Bauru, 2 de maio de 2012
3º termo - Jornalismo/FAAC - Unesp
Restaurante universitário finalmente sai do papel A promessa é que o RU entre em funcionamento em até 18 meses
Isis Rangel e Mayara Abreu Maria Eduarda Amorim
A
pós anos de reivindicação estudantil, o restaurante universitário da UNESP de Bauru começou a ser construído no dia 20 de fevereiro. A empresa RNascimento, construtora da cidade de Jandira (SP), foi a vencedora do processo de licitação aberto no final de 2011. A previsão de entrega da obra é de 12 meses, além do tempo necessário para mobiliar o RU O restaurante terá uma área construída de cerca de 1400 m² e comportará 444 pessoas sentadas e servirá, aproximadamente, 1200 refeições diárias. Entretanto, ainda falta muito para os estudantes poderem utilizar o serviço do RU Segundo o presidente do Grupo Administrativo do Câmpus (GAC), Jair Manfrinato, depois de concluída a obra, será aber-
Obras do RU de Bauru seguem cronograma previsto
to processo de licitação para a aquisição do mobiliário e dos equipamentos da cozinha do restaurante. Após essas licitações, será decidido o quadro de funcionários: se pertencerão à UNESP ou se será um serviço terceirizado. Tudo isso, ainda segundo Manfrinato, influen-
ciará no preço do bandejão. Um dos motivos da demora para a construção do RU foi a decisão do local da obra. O diretor da Administração Geral do Câmpus (AG), José Munhoz, explica que, segundo o Plano Diretor do Campus, o RU seria construído perto da
Graduação da Faculdade de Ciências (FC), mas a CETESB, órgão ambiental do governo municipal, vetou o local por causa da grande quantidade de mata de cerrado que seria derrubada para realizar a obra. Depois de a reitoria sugerir a construção próximo a Central da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) e de ser vetada novamente pelo mesmo motivo, surgiu a ideia de construir o RU no terreno em frente ao Anfiteatro Guilherme Ferraz, o Guilhermão, que não possuía nenhuma espécie de mata ameaçada de extinção. A obra está dentro do prazo e espera-se que os processos de licitação posteriores ao término do prédio sejam feitos de forma transparente e rápida para que os estudantes possam, finalmente, usufruir da comida do “bandejão” de Bauru.
A luta por comida boa e barata
Vanessa Souza
UNESP de Bauru é o maior entre os 23 câmpus espalhados pelo estado de São Paulo. Mesmo com 540 docentes, 477 servidores e mais de 6300 alunos, não havia previsão para se construir um restaurante universitário (RU) até o ano passado. As obras finalmente começaram, mas as reivindicações não são recentes. Em 1998, um grupo de alunos acampou perto da cantina para protestar contra a falta de RU e de moradia estudantil. Munidos de mais de 1800 assinaturas a favor das construções, os alunos conversaram com a diretoria do Grupo Administrativo do Câmpus
(GAC) e até chegaram a formar uma comissão para cuidar da causa do RU, mas não foram bem sucedidos. Como parte do protesto, existia a tentativa de boicotar o restaurante privado com a venda de marmitex a R$2,00. As manifestações continuaram em 1999 com mais um abaixo-assinado e venda de salada de frutas no intervalo das aulas. Em 2008, a Comissão do RU foi restabelecida para coordenar as reivindicações. Mais uma vez, a forma de protesto foi a venda de refeição alternativa: os alunos podiam comprar um Bauru e um copo de refrigerante por R$1,00 toda terça e quinta-feira na hora do
Blog Greve Não É Férias
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Manifestações incluíam abaixo-assinados e venda de refeições alternativas
Protesto de 2008 tinha venda de sanduíches e refrigerantes
almoço. Essa medida também tinha como objetivo dar mais visibilidade ao movimento a favor do RU. Outros câmpus O projeto do RU de Bauru só saiu mesmo do papel no início deste ano, mas o câmpus de Ilha Solteira tem seu restau-
rante subsidiado pela universidade desde 1991. Atualmente, oferece almoço e jantar, assim como nos câmpus de Marília, Franca e Araraquara. Em Rio Claro e Assis é oferecida só uma refeição por dia. Os preços variam de R$2,50 a R$3,00 para os estudantes unespianos.