Avril ashton pecador do brooklyn 01 amando o pecador

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Disp. e Tradução: Rachael Revisora Inicial: Regina Revisora Final: Rachael Formatação: Rachael Logo/Arte: Dyllan

O Detetive Gabriel Ashby nunca olhou duas vezes para outro homem, mas o criminoso em frente a ele, o homem que ele está interrogando, não é como qualquer outro. Gabe não pode lidar com a súbita e intensa necessidade que ele tem para um dos mais procurados da NYPD. Todos perto de Angelo Pagan acabam mortos, com o presunçoso líder de gangue em pé no meio dos escombros. Gabe adoraria nada mais do que arrebentar a bunda de Angelo e prendê-lo. Então, por que ele está vendo o bastardo em seus sonhos durante a noite? Angelo Pagan sabe atração por Gabe é o suicídio. Ele está decidido a ignorar a química... até que uma batida policial dá errado. Ele fere Gabe gravemente, mudando a trajetória da vida de ambos. Agora os dois não podem ficar pertos o suficiente. Eles estabelecem um caso proibido ameaçado por mentiras e traição, vivendo em lados diferentes da lei com nenhuma forma de ultrapassar o fosso entre eles. Com as autoridades procurando fazer de Angelo um exemplo, Gabe tem que decidir se realmente vale a pena a odiar o pecado, mas amar o pecador.

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Revisoras Comentam...

Regina: Dizem que os opostos se atraem. Um policial e um bandido. Homens dos lados opostos da lei. Um hétero e outro no armário. Resultado: um romance proibido e ótimo. Gabe é uma pessoa de mente aberta, e apesar de nunca ter sentido atração por outro homem, passando o choque inicial, ele se recusa a negar o sentimento e se atira de cabeça nessa nova relação. Angelo é adorável. Apesar de sua fama de mau, como chefe de gangue, com Gabe ele pode ser ele mesmo, terno e carinhoso e se apaixonou ao primeiro olhar em Gabe. Apesar de a história ser um pouco surreal, não a torna menos adorável. A combinação de paixão e conflito é incrível, eles são perfeitos juntos, a química é explosiva e incontrolável.

Rachael: Uauu adorei essa autora! Ela te envolve numa trama desde o princípio. Gabe e Angel são os opostos, mas ficam atraídos um pelo outro no primeiro encontro. Gabe nunca sentiu atração por homens e não entende porque não esquece o líder da gangue, contudo a atração só aumente e ele acaba percebendo que é atraído por Angelo e aceita a atração, o problema é que ele é um mafioso. Como seus mundos podem se encontrarem? É incrível, mas em algum momento tanto Angelo quanto Gabe cedem e seus mundos colidem, não de uma forma apaziguadora, pelo contrário, Gabe sente que está entre o amor e a lealdade, que ele faz todos os sacrifícios para manter aquela relação viva. Mesmo sabendo que Angelo o ama como ele pode conviver com a morte e os atos criminosos que são cometidos todos os dias? Ao mesmo tempo, Angelo sabe o preço que está cobrando de Gabe, ele entende que seu amado está sacrificando tudo na sua vida para estar com ele e ao tomar a sua decisão final sabe que só trará sofrimento. Será que eles conseguirão sobreviver a tudo?

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Capítulo Um "Já era a maldita hora de um de vocês aparecerem." O Detetive Gabriel Ashby fechou a porta da sala de interrogatório atrás dele e levantou uma sobrancelha para o homem que falava. Sentado em uma cadeira, com o longo cabelo escuro passado seus ombros, Angelo Pagan fez uma careta para ele por detrás dos óculos escuros. Gabe caiu na cadeira em frente, colocando sobre a mesa de metal cinza as fotos da cena do crime. "Eu não sabia que você tinha um lugar mais importante para estar do que aqui, nos ajudando a encontrar o assassino de sua irmã." "Isso é porque ninguém perguntou sobre meu itinerário." Pagan escovou um fiapo invisível fora de sua jaqueta de couro preta e se inclinou para frente, entrelaçando os dedos. "Eu estou aqui, sem o meu advogado, porque não tenho nada a esconder. Encontrar o assassino de minha irmã é minha prioridade número um. Sentado aqui e jogando conversa fora com você? Nem tanto." Seu sotaque do Brooklin, áspero e mesclado com espanhol, puxou algo dentro de Gabe. Ele franziu a testa, apertando os dedos na borda da pasta que segurava. "Nós não fomos devidamente apresentados, Sr. Pagan." Ele estendeu a mão. "Gabriel Ashby. Tire os óculos de sol." Os lábios de Pagan, cheio e de aparência firme, se curvaram. "Você é novo, não é?" Ele segurou a mão de Gabe, envolvendo-o em calor áspero. As paredes brancas e maçantes da sala se fecharam sobre Gabe. Um arrepio cobriu sua pele, mesmo quanto o suor correu por sua espinha. Ele engoliu em seco, lutando contra o desejo de fugir como uma criança assustada ao invés do veterano de doze anos que ele era. Quando ele tinha começado a perceber os lábios dos homens ou a textura de sua pele? Angelo Pagan era uma figura dominante mesmo sentado. Gabe sabia de seu arquivo 4


consideravelmente grosso que o líder do Los Pescadores, uma das gangues mais notórias do Brooklin, tinha um metro e oitenta e três de altura. Ele não era bonito, pelo menos não no sentido tradicional. O homem era duro. Seu corpo e rosto eram realçados com a sua estrutura óssea angular e acentuada. Sua mandíbula o fazia parecer o homem perigoso que o NYPD sabia que ele era, mas não podia provar. A camisa preta que ele usava moldava um peito sólido e ombros largos. Seu cabelo reluzia a um vibrante negro azulado na iluminação intencionalmente fraca. E aqui Gabe estava lutando para não olhar para sua boca. Catalogando as características de Pagan como se ele fosse uma mulher. Cristo Todo-Poderoso. Quando isso aconteceu? Ele balançou a cabeça para clarear seus pensamentos, se lembrando da pergunta de Pagan. "Sim, de fato. Eu sou novo." Cruzando os braços sobre o peito, Gabe olhou para seu reflexo naqueles Ray Bans. "Você gostaria de alguém com quem você está mais confortável?" Ele não chegou a esconder o seu sorriso. "Tire os óculos de sol. Eu não vou pedir de novo." "Você vai servir por agora, policial." Pagan removeu os óculos de sol e piscou. Essa última palavra, dita em um rosnado provavelmente para denegrir, aqueceu a pele de Gabe e endureceu o seu pênis. Ele estremeceu. Que porra é essa? Os lábios de Pagan se curvaram quando seus olhos castanhos focaram em Gabe, segurandoo no lugar. Seu olhar brilhou fogo, o que provocou um incêndio sob a pele de Gabe, e ele não conseguia desviar o olhar. O brilho zombeteiro nos olhos de Pagan o desafiou a romper primeiro o contato. Ele engoliu em seco, molhando a garganta ressecada quando ele se lembrou de seu trabalho. E Trish esperando pacientemente em casa. Isso não é nada. Isso não significa nada. Gabe tossiu. "Onde você estava ontem à noite entre as horas de dez horas e uma hora, Sr. Pagan?"

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"Em uma festa de aniversário. Mais de cem pessoas podem atestar isso. Você acha que eu matei minha irmã?" Ele manteve seu tom calmo, mas Gabe detectou a raiva controlada fervendo lentamente por baixo e propositalmente ignorou a pergunta. "A festa de aniversário planejada por você, sim? Como uma surpresa para sua irmã?" Um flash de dor, profundo e doloroso, cruzou o rosto do homem antes de ele o esconder e assentiu. "Sim. Ela completou vinte e cinco ontem." Compaixão brotou por um segundo, mas Gabe a esmagou imediatamente. Não importava que Pagan, obviamente, se importava com sua irmã. A mulher tinha sido morta a tiros na frente de sua própria casa, no meio da sua rua. "Catarina foi executada.” Gabe apontou. "Quem queria tanto machucá-la assim?" Pagan se inclinou para frente, com os cotovelos sobre a mesa. "Eu não tenho ideia, policial." Gabe inalou lentamente, pegando uma lufada de hortelã misturada com algo exótico e selvagem. A forma Pagan o chamou de policial fez o seu corpo reagir, o fez desejar. Ele amaldiçoou o seu pau contorcendo, querendo que ele se comportasse, se lembrasse que ele gostava de buceta, não de pau. Deus, ele não podia estar atraído por esta pessoa... Pagan era do sexo errado e um maldito criminoso. Se ele não estivesse lentamente enlouquecendo, ele iria rir da ironia. Seu pênis estava se fingindo de morto para Trish nas últimas semanas, mas despertou a uma palavra rouca de um homem de olhos dourados. Um criminoso. Um homem. Gabe não achou engraçado. "Você acha que isso é engraçado, Pagan?" Ele empurrou as fotos da cena do crime para Pagan. As fotos coloridas de sua irmã morta no meio da Fifty-Third Street com um tiro na cabeça. "Ela foi executada por causa de seus crimes." Pagan se recostou, sua mandíbula apertada. 6


"Quem você irritou ultimamente?" Pagan riu, baixo e rouco. "Eu sou a última pessoa a entrar em qualquer um lado ruim, policial. Eu sou um sedutor." Ele piscou. "Você vai descobrir em breve." Gabe estreitou os olhos, buscando encontrar uma maneira de limpar o olhar complacente do seu rosto. Tudo isso era bravata, ele sabia que era uma fachada. Qual era o verdadeiro rosto de Angelo Pagan? "Sua irmã descobriu da maneira mais difícil, não é? Um de seus inimigos queria lhe enviar uma mensagem e ela perdeu a vida." Os olhos de Pagan escureceram, mas ele não falou. "Você coloca as pessoas que você alega que se importa em perigo e aqui está você, enterrando sua irmã. Como é a sensação de ser a razão da morte de sua irmã? A razão pela qual sua mãe está com o coração partido?" Pagan apenas olhou para Gabe, os lábios curvados e os olhos zombeteiros. Inabalável. Inacessível. Gabe doía por dar um soco na mandíbula dele, bater algum juízo nele. Alguma moral. Acima de tudo, ele ansiava por tocar no homem, testar a textura dos lábios, e isso não era o mais fodido de tudo? Antes que ele entrasse nessa sala, a sua maior preocupação era como reagir se Trish trouxesse o assunto de casamento de novo, e agora isso. Cobiçando um criminoso. Gabe empurrou a cadeira para trás e ficou de pé, girando para longe na tentativa de esconder a protuberância em sua calça jeans. Ele se dirigiu até a porta e a abriu antes de virar para Pagan. "Você pode sair, mas acredite em mim quando eu digo que vamos encontrar a pessoa responsável por isso." Pagan se levantou, pegando seus óculos de sol. Ele passou por Gabe, roçando-se contra ele, o calor do corpo chegando a escaldar ele. Gabe assobiou uma respiração, arrumando suas características em uma lousa em branco. Seus dedos se contraíram, comichando para segurar o abundante cabelo de Pagan. "Eu te advirto para não fazer justiça com suas próprias mãos, mas eu estou esperando que você vá tentar." 7


Pagan parou e encontrou seu olhar com uma sobrancelha levantada. "Eu quero que você tente algo porque eu vou estar lá assistindo," Gabe rosnou. "E eu vou caçar a sua bunda. E vou te tirar das ruas, finalmente." Um sorriso lento se espalhou pelo rosto de Pagan, genuíno e verdadeiro, pegando Gabe completamente desprevenido. Ele fechou suas mãos em reação com a fome de seu corpo, olhando para longe antes de Pagan pegar quaisquer sinais de sua atração em seus olhos. "Te vejo em breve, policial." Gabe se virou para ele, vendo como Pagan permitiu que sua máscara escorregasse por um segundo. Lá. Escrito por trás daqueles olhos piscando ouro estava o mesmo calor. A mesma atração. Então ele piscou e isso desapareceu. Pagan caminhou para fora, deixando o coração de Gabe batendo e seu corpo dolorido.

***** "Todo mundo em posição?" Concentrando-se na pesada porta do armazém escondendo mais novo carregamento de armas de Angelo Pagan, Gabe falou em seu fone de ouvido. "Pronto." Os outros homens – oito no total – situado em diferentes posições ao redor do prédio responderam afirmativamente. Parece que o negócio não parou, mesmo que a irmã do líder da gangue morreu. Gabe apertou seus dedos enluvados sobre sua arma e esperou pelo sinal. Ele salivava com a ideia de trancar o bastardo Pagan, talvez então ele fosse descansar um pouco dos pensamentos eróticos que corriam pela sua cabeça nos três dias desde que ele colocou os olhos sobre ele. Ele não devia estar se perguntando sobre a sensação dos lábios de Pagan sobre os seus ou que gosto ele teria.

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Não que ele tivesse alguma coisa contra gays. Seu irmão era gay pelo amor de Cristo, mas Gabe tinha uma namorada que queria um compromisso. Ele não poderia dizer a Trish que a razão para a vida sexual inexistente deles fosse as suas fantasias sobre outro homem. "Tudo bem, pessoal," McCabe, o líder da força tarefa, falou no fone de ouvido. "Temos algumas pessoas. Dois na parte inferior e uma em cima. Preste atenção a suas bundas. Vão. Vão. Vão." Ao lado de Gabe, dois outros agentes derrubaram a porta do armazém com dois balanços do aríete. Todos eles entraram. "NYPD, ninguém se mexa!" Os ocupantes do armazém correram através das caixas empilhadas por todo o lugar, do chão ao teto. Gabe se virou para a esquerda, enquanto policiais e criminosos se dispersavam, movendose em direção ao som de passos com a arma em prontidão. Com o coração batendo, ele pisou com cuidado, um pé na frente do outro enquanto ele espiou ao virar um canto. Ele pegou a silhueta de um corpo correndo para o segundo nível. Gabe subiu as escadas, pisando levemente. "NYPD, saia com as mãos para cima." Vozes baixas chegaram aos seus ouvidos. "Angelo Pagan, por favor, apresente-se." Eles não tinham nenhuma prova real de quem estava no armazém esta noite, mas Gabe não poderia imaginar Pagan ficando nos bastidores. Quando o informante lhes contou sobre a nova remessa que chegava hoje à noite, todos na Força-Tarefa da 72ª aproveitaram a oportunidade a para prender Pagan e seu grupo. Gabe se moveu rapidamente assim que ele chegou ao patamar do segundo andar, examinando cuidadosamente a primeira das duas salas atravancada com barris e caixas. O lugar estava vazio, então ele se moveu para a próxima. Um baixo ruído alcançou Gabe antes de entrar na próxima sala. Ele fez uma pausa, dedo no gatilho. "Quem está aí saia com as mãos para cima."

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Um tiro ressoou, zunindo por sua cabeça. "Foda-se." Ele correu atrás de um barril e se agachou. Pagan estava atirando nele ou ele tinha ordenado que seu pessoal cuidasse de Gabe? O pensamento deixou um gosto amargo na sua boca. O som de tiros parou. Pés correndo e gritos ecoaram no andar de baixo. Ele rastejou por trás de seu esconderijo, arma levantada. Satisfeito a área estava vazia, ele deu um passo adiante e congelou. Angelo Pagan e outro homem saíram de trás de uma porta, fuzis apontados para ele. Gabe ignorou o outro homem, mantendo sua atenção em Pagan. "Pagan." Aqueles olhos cintilaram. "Policial." Algo parecido com lamento tomou conta de seu rosto antes que ele suavizasse suas feições. Gabe balançou a cabeça. "Pagan, não – ” Ele não ouviu o tiro, mas ele sentiu a explosão de fogo de dor em seu ombro esquerdo. Seus joelhos se dobraram e ele caiu. E apagou.

Seis semanas mais tarde

"Tudo pronto, mi hijo1." Angelo inclinou a cabeça com um sorriso. Sua mãe afastou seu cabelo e beijou sua testa enquanto ela se afastou. "Gracias2, Mama." Um breve sorriso iluminou seus tristes olhos castanhos, dando-lhe esperança. Talvez ela estivesse saindo de sua intensa dor por perder Catarina. A rotina de sua mãe de escovar seu cabelo e o puxar em um rabo de cavalo sempre o relaxavam.

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Meu filho. Obrigado.

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Ele empurrou sua cadeira para longe da mesa da cozinha e ficou de pé, agarrando sua jaqueta. Sob o olhar de censura de sua mãe, ele colocou o material pesado em seus ombros e se preparou para a familiar discussão. "Angel, por que você continua assim?" de braços cruzados, ela pronunciou seu nome na versão espanhola. Em momento de sua vida, Liliana Pagan tinha sido uma mulher linda, mas o tempo e o sofrimento a envelheceu rapidamente. Pequenas linhas marcavam seus olhos e boca, e sua pele geralmente vibrante estava pálida e manchada. Tudo obra dele. Tudo resultado da dor e mágoa que ele a fez passar. Angelo aproximou e a segurou em seus braços. Seu corpo magro afundou em seu abraço. "Mamãe, por favor." Ele alisou o seu cabelo grisalho, dando beijos em sua bochecha. "Eu vou ficar bem." "Hijo." Ela fungou. "Você dança com el diablo." Torcendo os lábios, Angelo a soltou e deu um passo atrás. "Eu sei o que estou fazendo. Confie em mim." Mas ela não confiava e ele não podia culpá-la. Ela deu um aceno de cabeça e se afastou, torcendo as mãos. Angelo pegou as chaves da mesa, fechando sua jaqueta enquanto caminhava para fora da casa. No trajeto de moto de sua casa em East New York para a sede da gangue em Sunset Park, Angelo se permitiu o luxo de recordar os tempestuosos olhos cinza e bochechas coradas. Seis semanas desde que eles tinham enfrentado o outro, mas ele tinha mantido seu olho no Detetive Gabriel Ashby desde o primeiro encontro deles na sala de interrogatório do 72º, para aquela noite quando tudo foi para o inferno. Ele gostava de se iludir pensando que o motivo pelo qual ele manteve um olhar atento sobre o policial era porque Ashby estava querendo prendê-lo. Sem chance disso, então a verdadeira razão tinha que ser porque ele não conseguia parar de pensar sobre o policial.

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Não era como a se atração que formou um arco entre os dois seria ainda existisse depois que Ashby atirou nele. Angelo tinha imaginado que os policiais viriam para prendê-lo, mas ninguém o veio procurar. Ninguém apareceu estourando através de suas portas. Apenas uma razão para isso. O policial não tinha dito ao seu pessoal quem atirara nele. Através dos pesados ventos cortantes chicoteando seu rosto e pescoço, o calor de sua atração pelo detetive inflamou seu sangue. O rugido do moto entre suas pernas vibrou contra seu pau e bolas, dificultando sua viagem ao longo do Belt Parkway. Um policial. Ele nunca tinha fodido um, ficando tão longe dos meninos de azul quanto possível, mas ele queria Gabriel. Ele queria aquele policial debaixo dele, banhado em suor, contorcendo-se. Gritando. Porra. O maldito policial não se parecia com um gritador, mas não seria divertido tentar? Ele realmente não precisava disso em sua vida. Muitas poucas pessoas sabiam da sua sexualidade. Catarina e sua mãe eram as únicas que sabiam. As únicas pessoas que ele confiava com seu segredo. Sexo sempre foi um rápido encontro de uma noite o mais longe possível de Sunset Park. De jeito nenhum o líder de Los Pescadores poderia ser gay. O aguaceiro previsto começou quando ele virou no quarteirão do homem que ele tinha vindo ver. Escondido atrás de uma van branca de entrega e um vermelho Ford Expedition, Angelo ficou sentado em cima de sua moto e olhou para a casa do outro lado da rua. A chuva caía como agulhas com ponta de gelo, picando seu rosto e olhos, encharcando sua calça jeans e escorrendo pela nuca, mas ele não se mexeu. Manny Duarte vivia naquela casa com seu pai e antes da noite terminar, aquele bastardo do Manny estaria muerto. Ele assinou sua sentença de morte por matar Catarina e a tentativa de assassinato de Gabe no armazém foi a porra da cereja do bolo. Ele afastou a água de seus olhos com a mão enluvada. Exceto pela chuva, ainda era noite. Nenhum carro percorreria rua de sentido único, às duas da manhã. 12


Nenhum cão latiu, nenhum bebê chorou. Ele estremeceu sob o frio, rangendo os dentes. Um pouco de aquecimento estava em ordem, assim que ele terminasse seu negócio aqui. Olhos cinzentos brilharam em sua mente. Gabe. Porra. Ele sentia falta da presença do policial. Todas as noites Angelo tinha subornado os enfermeiros de plantão para lhe dar acesso ao quarto de Gabe no hospital. Todas as noites ele passava pela casa do homem no Queens. Seus olhos se encontraram apenas duas vezes, mas era uma aposta segura dizer que Angelo estava obcecado pelo policial e por seu corpo magro e cabelos pretos ondulados. Ele balançou a cabeça para si mesmo. Patético. As luzes se apagaram na casa de Duarte. Angelo pulou da Kawasaki, enroscando o silenciador em sua Glock, enquanto observava a porta da frente. Ele bloqueou sua mente, sua visão focada na tarefa na mão. A porta se abriu e Manny saiu vestindo uma jaqueta aberta sobre uma camiseta branca, jeans escuros largos e tênis brancos. Enquanto descia as escadas, Manny destrancou o Dodge Charger preto estacionado na frente de sua casa com um controle remoto. Angelo respirou fundo, esperando até que Manny entrasse seu carro antes de ele atravessar a rua correndo, abrir a porta do passageiro e deslizar suavemente para dentro. "Angel?" Manny usado a versão espanhola de seu nome, olhando fixamente quando Angelo apontou a Glock para ele. "Desligue o motor, Manny." "O que você está fazendo, hermano?" Os olhos arregalados de Manny saltaram da arma para o rosto de Angelo. "Eu não sou a porra de seu irmão, Manny," Angelo gruniu. "Agora, desligue o motor." "Ok. Ok." Manny fez o que disse com movimentos bruscos.

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"Mantenha suas mãos em seu colo." Inclinando-se para frente, Angelo deu um tapinha na cintura de Manny em busca de armas. Ele encontrou um 0.38 pequeno escondido nas suas costas e puxou-o para fora. "Isso é uma merda, cara." A voz de Manny balançou. "O que você está fazendo?" Angelo ignorou. "Mais alguma arma que eu deveria saber?" Manny franziu os lábios, sua mandíbula apertada. Angelo lhe bateu na boca com a coronha de sua arma. Um estalo forte ecoou quando sangue voou, pontilhando a janela do lado do motorista. A cabeça de Manny empurrou de volta enquanto ele gemia de dor. "Deixe-me deixar isso claro, Manny." Angelo trouxe seus rostos juntos. "Você vai morrer esta noite. A única escolha que você tem é se isso vai ser lento e doloroso, ou rápido e indolor. Você escolhe." O medo brilhou nos olhos de Manny como o sangue escorria pelo seu queixo. "¿Qué quieres3?" Angelo sorriu. "Eu quero saber quem ordenou a morte da minha irmã." Manny engoliu em seco. "Sim, eu sei que você a matou. Sei desde o dia em que os policiais me questionaram." Angelo abaixou a voz. "Você vê, eu estive esperando a minha vez. Esperando. Planejando sua morte." Ele enfiou a arma debaixo do queixo tremendo de Manny. "Você deveria ter pensado melhor antes de pensar que você se safaria disso." "Carlos ordenou." Manny soluçou. "Ele queria lhe mandar uma mensagem." Angelo tinha suspeitado que seu tio fosse o responsável, mas ouvir a confirmação quebrou algo dentro dele que ele não sabia que ainda estava inteiro. Sua própria carne e sangue. Ele manteve sua expressão neutra. "Eu quero acreditar em você, Manny. Eu realmente quero."

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O que você quer?

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"Es verdad. Ele queria te enlouquecer, e depois, avançar sobre o território." Manny engoliu em seco. "Ele odeia você." Isso Angelo sabia. Ele tinha testemunhado o ódio de seu tio em primeira mão aos dezessete anos. "Por que você não disse alguma coisa?" Ele perguntou a Manny. "Você poderia ter vindo a mim." Eles cresceram juntos. Ele sabia do que Manny era capaz, mas ele ainda se sentia traído. Manny lhe deu um encolher de ombro apologético. "É o que eu faço, Angel. Negócio é negócio." "E eu aplaudo a sua perspicácia nos negócios, mas não se engane. Isto aqui?" Angelo apontou a arma entre eles. "Isso é muito pessoal. Especialmente quando você tentou matar aquele policial." "¿Qué?" "O policial que você queria tanto matar no ataque ao armazém... él es mío4." Ele permitiu que seus sentimentos por Gabe aparecessem em seus olhos. Manny tinha que saber de todas as razões que ele morreria esta noite. Manny recuou. Sua mandíbula inchando rapidamente caiu quanto nojo encheu seus olhos. "Maricón5." A calúnia gay era uma reação esperada, uma que Angelo não assumiu pessoalmente. Ele moveu o cano da arma do queixo de Manny e a apertou contra a testa do filho da puta com um sorriso. "Sí." Ele puxou o gatilho.

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Ele é meu. Viado.

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Gabe estremeceu quando o ar gelado de janeiro penetrou seu casaco abotoado e afundou em seus ossos. Levantando a gola com uma mão enluvada, ele apertou ainda mais o pacote de cerveja. Um dos invernos mais frios já registrados em Nova York e ele teve que caminhar até a loja da esquina. Ar fresco, minha bunda. Dois dias desde que ele saiu de sua casa e ele estava em grave perigo de se tornar um picolé humano. A cicatriz ainda curando em seu ombro esquerdo latejava, sem dúvida agravado pelo frio e sua decisão estúpida de ajudar Trish a empacotar suas coisas. Ele grunhiu, bufando um suspiro gelado. Ela levou muito tempo para ir embora. Ele sabia que ela ficou só por causa de sua lesão, mas suas palavras de despedida ainda soavam em seus ouvidos. Medo de intimidade. Alcoólatra. Gabe se sentiu muito insultado com essa última afirmação. Antes e agora. Empurrando a mão no bolso, ele encolheu os ombros e ignorou a pontada de dor. Ele não era um alcoólatra. Ele bebia para esquecer. Pelo menos ele tentou, mas as lembranças não deixavam em paz. Aquele rosto ainda invadia seus sonhos, ainda o fazia querer. Continuava o deixando necessitado. Não era uma opção. Nunca seria. Ele subia se arrastando pelas escadas para sua casa e colocando a chave na fechadura com os dedos congelados. No instante em que ele entrou pela porta, os cabelos na nuca dispararam. Ele piscou na escuridão, mantendo as luzes apagadas quando ele enfiou a mão no bolso do casaco e agarrou a culatra fria do seu SIG, sua parte pessoal. Em pé, com as costas contra a porta fechada, ele esperou, acalmando a respiração. Nada se moveu. Ele tinha imaginado a presença de outra pessoa? Ele tinha estado na borda desde o tiroteio infernal, e mesmo antes disso. Desde que eu o interroguei. Droga. 16


Ele não deveria pensar nisso. Sobre ele. Gabe manteve o seu domínio sobre o SIG, não inteiramente convencido de que ele estava imaginando coisas. Curvando-se, ele colocou cuidadosamente a cerveja a seus pés, acendendo a luz enquanto ele se endireitava. "Você demorou demais." Não. Gabe engoliu em seco por uma golfada de ar. Angelo Pagan estava encostado no arco que levava a sua sala de estar, de braços cruzados, a sensualidade descontraída escorrendo de todos os seus poros. Vestido dos pés a cabeça de preto, o homem parecia ser o mais maldito sexy ladrão de todos os tempos. Os pés de Gabe estavam se movendo antes de ele perceber suas intenções. Agarrando Pagan pela garganta, ele o bateu contra a parede e apertou a arma debaixo do queixo. "Por que diabos você está na minha casa?" O almíscar muito familiar de especiarias e calor afetou seu nariz. "Cuidado onde você coloca essa arma." Os joelhos de Gabe enfraqueceram no sotaque preguiçoso. O homem que ele estava tentando tão difícil esquecer estava em seus braços. Ele tirou o gorro de lã preta cobrindo a cabeça de Pagan e observou com faminta fascinação quando os cabelos escuros caíam sobre os ombros largos. "Pagan." Fazendo uma careta na rouquidão em sua voz, Gabe pigarreou. Longos e ondulados cílios tremeram, levantados. Aqueles olhos castanhos expressivos encontraram os seus e ele mordeu o interior da bochecha. "Policial." Uma palavra e Gabe estava de volta dentro daquela sala de interrogatório. "Por que você está aqui?" Ele ignorou a contração carente de seu pau entre as pernas e continuou segurando a arma com um aperto não tão estável.

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Aqueles olhos o seguraram cativo. Ele não conseguia desviar o olhar, ele não queria mesmo quando a voz no fundo de sua mente exigia que ele corresse. "Abaixe sua SIG, amado." Gabe piscou. Ama-o que? "Não." Pagan sorriu e Gabe não teve problemas em romper o contato visual então. Ele abaixou o olhar para aqueles lábios curvados e reprimiu um gemido. Deus, as muitas vezes que tinha ficado acordado ao lado de Trish imaginando as formas de abusar desses lábios, dessa boca. "Gabe." Ele levantou sue olhar para os olhos de Pagan. Merda. Ele não deveria ter olhado. "Seis semanas é muito tempo, amado." Pagan balançou contra ele, sua excitação esbarrando na de Gabe. Gabe fechou os olhos em um assobio. Calor arrastou por sua espinha. "Não... Não faça isso." "Dios6, policial." Pagan o tocou; dedos quentes mergulhando sob o colarinho de Gabe e roçou sua nuca. Ele estremeceu. "Olhe para mim." Seus olhos se abriram no comando duro. Pagan o olhou para baixo, narinas se alargaram. "Você está bebendo demais." A preocupação passou pelo rosto de Pagan, antes que ele a afastasse. "Você não pode se entorpecer com álcool." Jesus. Os olhos de Gabe doeram. "Por que diabos você está aqui? Vá embora." A arma que ele ainda segurava tremia violentamente. A expressão de Pagan ficou séria. Triste. "Eu estou aqui para garantir que você está bem. Ter certeza que você não está com dor." Seus lábios se torceram. "Fisicamente." "E por que diabos você se importa?" Gabe rebateu. "Você tentou me matar."

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Deus.

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"¡Idiota!" Os dedos no pescoço de Gabe apertaram. "Se eu quisesse você morto, você não estaria respirando agora." Ele apontou com o queixo para o ombro ferido de Gabe. "Essa bala salvou sua vida. Eu salvei a sua vida." Gabe bufou. "Sim. O que seja." "Ouça-me, policial." Pagan se inclinou para frente, trazendo seus rostos a meros centímetros de distância. "Eu preciso de você vivo. Eu preciso de você respirando." Ele respirou fundo e depois, o soltou rapidamente. "Eu preciso de você." Gabe queria correr o mais longe que podia daqueles olhos que refletiam suas necessidades, mas mais do que ele queria provar o homem em seus braços. Ele queria tanto e tão feroz. "Abaixe a arma, policial." Gabe seguiu o movimento lento da sua própria mão quando ele abaixou a arma. Ele a enfiou em suas costas antes de encontrar os olhos de Pagan. O ar frio desapareceu, substituído com chamas lambendo sua pele. "Pagan." Ele rosnou o nome enquanto ele se aproximava mais perto. Pagan agarrou suas lapelas e o puxou ainda mais apertado. Gabe levantou a mão trêmula e fez o que ele queria desde o primeiro dia, ele deslizou os dedos pelo cabelo grosso do Pagan. Os fios macios ao redor de seus dedos eram como seda. Pagan estremeceu. Gabe segurou seu queixo. Os curtos pelos da sua barba picou a palma de sua mão. "Eu não sou..." Ele lambeu os lábios. Os olhos de Pagan dilataram. "Eu nunca... Eu não sou gay." Se ele não estivesse perdido naqueles olhos dourados, ele não teria percebido o seu ligeiro alargamento. Pagan se afastou, fora do seu domínio, e Gabe nunca me sentiu mais vazio. Sozinho. "Mierda." Pagan empurrou os dedos pelo cabelo. "Eu... você..." Angústia sangrava de seus olhos e sua voz áspera. Ele se virou.

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"Angelo." Gabe agarrou seu braço. A eletricidade rangeu e estalou com o contato pele a pele. "Por Favor." "Você não quer isso, certo? Então me deixe ir, policial." O olhar de Pagan se abaixou, onde Gabe o segurava. "Deixe-me ir." Gabe engoliu seco. "Eu não posso." Ele apertou mais sobre o pulso grosso. "Eu não posso." O pensamento de ver Pagan sair, de nunca mais vê-lo novamente, perfurava algo em seu peito. Mas qual seria o resultado se ele ficasse? Ele poderia estar com um homem, este homem? "Qué quieres, Gabe? O que você quer?" Seu nome nos lábios de Pagan soou tão bem. Tão certo. Gabe olhou para ele, tentando, mas não encontrando palavras. "Droga, Gabe." Pagan se arrancou de seu aperto e agarrou seus ombros. "Me diga o que você quer." "Te beijar." As palavras saíram de seus lábios, mais duras do que ele pretendia. "Só uma vez. Para saber o que é. Que gosto você tem." Os olhos de Pagan escureceram. "Talvez então eu seja capaz de esquecer você." Pagan arqueou uma sobrancelha e deu um passo adiante. "Você acha que é assim tão simples?" Gabe se manteve firme. "Sim." "Então faça isso." Eles ficaram peito a peito. A respiração quente de Pagan acariciou a testa de Gabe quando ele disse suavemente, "Beije-me, policial. Então tente me esquecer." Gabe o agarrou pelo pescoço, puxando-o para baixo. Seus lábios se chocaram, duros e quentes. Ele enfiou a língua dentro quando Pagan se abriu. Não tinha como descrever o sabor único do homem e da necessidade quando Pagan grunhiu em sua boca. Nada feminino sobre a língua golpeando com sua ou os dedos agarrando sua bunda. Nada repulsivo também. Simplesmente certo e... Angelo. 20


Entre seus corpos pressionados com tanta força juntos, quando isso aconteceu? – seu pau alongou e chorou, dolorido. Ele gemeu, deslizando os dedos nos cabelos de Pagan e ancoragem enquanto se balançava na ereção do outro homem. Ele acariciou a língua nos dentes e língua de Pagan, procurando profundo, necessitando mais do que o gosto. Esse gosto indescritível de Angelo Pagan que ele estava rapidamente ficando bêbado. Seus quadris roçando um no outro, paus tensos, esfregando quando ele inseriu uma coxa entre as pernas de Pagan. Pagan estremeceu, arqueando seu corpo enquanto ele se movia na coxa de Gabe, seus movimentos fluidos e sensuais. O pânico que Gabe pensou que teria pelo toque do outro homem, seu beijo, nunca chegou. Seis semanas ele tinha sonhado com isso, se perguntado se ele estava enlouquecendo, e nada parecia tão natural como o deslizar da língua de Pagan sobre a sua ou a sensação de seus dedos afundando em sua bunda. Toda a dor e traição das últimas seis semanas desapareceram a uma memória maçante no fundo. O atrito de jeans e coxas contra seu pênis era tão bom. Ele aprofundou o beijo, dentes se chocando, se contorcendo em Pagan enquanto suas bolas ficavam mais pesadas e a base de sua espinha coçava. Apenas de um beijo. Pagan rasgou sua boca longe. "Foda-se!" Seu peito arfava. "Oh meu Deus." Gabe não reconheceu as palavras que saíram de seus lábios. Elas soaram destruídas, devastadas. Como suas entranhas. Olhando fixamente para os lábios de Pagan, vermelhos e brilhantes de seus beijos, ele não conseguia recuperar o fôlego. Ele curvou os punhos e se balançou sobre seus calcanhares, com os olhos bem fechados. Dedos ásperos espalmam sua garganta. "Você pode esquecer isso, amante?" Beijos suaves roçaram sua testa, nariz e olhos. "Eu não posso. Eu te desafio a tentar." Pagan se afastou, levando seu calor com ele. Gabe não abriu os olhos até que ouviu a porta da frente fechar. 21


Capítulo Dois Uma semana. Gabe gemeu e esfregou mais forte sua pele. Sete dias inteiros e nenhuma palavra, nenhuma visão. Ele não sabia com quem ele estava mais furioso – Pagan por lhe dar esperanças, ou ele mesmo, por desejar e rezar que Pagan apareceria. O chuveiro quente acalmou suas articulações doloridas após sua sessão diária de fisioterapia, mas a dor em sua virilha permaneceu. Hoje em dia todos os pensamentos do homem lindo traziam calafrios e arrepios. Seu pênis estremeceu. Ele se recusou a surtar, se recusou a se sentir mal por querer Pagan. O beijo da outra noite foi muito certo, muito real. A única mosca na sopa era o que Pagan era. Um criminoso. Por mais que tentasse, Gabe não poderia ignorar esse fato. Ele não prestou atenção ao seu pênis semiduro, terminando seu chuveiro. Seu estômago roncou, ele precisava de comida, mas ele queria uma cerveja. Impedido de beber durante os últimos três dias, ele imaginou que Pagan não estava por perto para vê-lo desfrutar. Não passou despercebido a ele que ele tinha feito exatamente como Pagan ordenou e ficou longe do álcool. Ele desligou o chuveiro com uma maldição murmurada. "Eu preciso parar de pensar nele." Seu fisioterapeuta, Desmond, tinha notado a preocupação de Gabe e comentou sobre sua falta de foco nas últimas sessões. Ele deveria se preocupar em passar no teste de arma de fogo para se reintegrar ao seu trabalho e arma, não cobiçar o líder de Los Pescadores.

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Gabe andou nu para o seu quarto, com uma toalha em volta do pescoço, e vestiu uma calça jeans, deixando a desabotoada enquanto a água em sua pele esfriava. O brilho vermelho-alaranjado do sol poente filtrava através de suas cortinas na janela, o céu claro dando a impressão de um dia de verão morno em vez do congelante meados de janeiro. Ele tirou a toalha em torno de seu pescoço e a deixou cair no pé da cama antes de hesitar. Trish odiava quando ele fazia isso. Ele se abaixou para pegar a toalha úmida, então pensou melhor e saiu do quarto com um encolher de ombros. Trish não estava mais lá. Ele podia fazer o que quisesse. Seu estômago roncou de novo, desta vez mais alto, quando ele entrou na cozinha. Ele abriu a porta da geladeira e franziu a testa. Cerveja, mostarda, água e chinês de três dias. Tenho que ter um pouco de comida neste lugar maldito. Ele pegou uma cerveja e cutucou a porta da geladeira com um quadril para fechar. "O que eu disse sobre cerveja?" Seu coração balançou e seus dedos se apertaram em torno da lata de Bud. Mentalmente pediu ao seu pênis se contraindo para se acalmar, ele limpou o sorriso que veio sobre os lábios e se virou. Angelo estava em sua porta da cozinha, vestindo uma jaqueta de motoqueiro sobre um suéter preto enfiado na calça jeans escura e botas. Uma grossa corrente de prata, protegido pelo cós, pendurado em seu lado direito. Seu boné azul do Yankee estava puxado pra baixo sobre os olhos cobertos com óculos escuros. "Você nunca ouviu falar de uma porta? Você está adicionando arrombamento e invasão no seu currículo?" Pagan se aproximou com um sorriso. "Você pediu comida?" Ele tirou a mão de trás das costas e ergueu uma sacola verde de compras. O mais delicioso cheiro emanava de dentro. "O que você tem aí?" Um ronco alto do estômago de Gabe pontuou sua pergunta. "Mi madre te fez enchiladas." 23


Santa mãe de – "O quê?" Gabe engoliu em seco. "Sua mãe sabe?" Sua mãe? "Sí." Pagan colocou o saco sobre o balcão, juntamente com seus óculos de sol e se aproximou de Gabe. Olhos castanho-dourados intensos focados nele. "Você está com medo, policial." Cagando. Gabe inalou. "Esta não é uma boa ideia." As repercussões seriam devastadoras. "O que não é uma boa ideia?" Pagan tocou a ponta do nariz de Gabe com um dedo, em seguida, traçou seus lábios suavemente. Gabe engoliu seco. Seu pau inchou. "Não é uma boa ideia me querer, policial?" Pagan aninhou seu pescoço e os olhos de Gabe se fecharam enquanto orava por força. Arrepios cobriram sua pele. "É uma má ideia querer transar comigo?" Pagan lambeu sua orelha, enfraquecendo seus joelhos, e então, deslizou sua língua para baixo, onde o pescoço e o ombro se encontravam. "Ou por eu foder você?" Os dentes afundaram em sua pele. Gabe rosnou e arqueou. A lata de cerveja na mão espirando sobre seus dedos e em seu peito. Pagan se afastou, arrastando a língua sobre o líquido sobre o peito nu de Gabe. Uma pequena trilha de cerveja deslizou sobre seu estômago e Pagan a perseguiu. "Foda-se!" Gabe jogou a cabeça para trás, estremecendo no calor úmido dos beijos de Pagan. Dedos se enroscaram em sua virilha, roçando sua ereção dolorosa enquanto Pagan lentamente a abria. Ele olhou para baixo. O boné encobria o rosto de Pagan, então ele colocou a cerveja no balcão atrás dele e tirou o ofensivo boné. Olhos derretidos olharam para ele como dedos seguros agarrou sua ereção e apertou. "Pagan." Um rubor escuro cobriu maçãs do rosto do outro homem. Pupilas dilatadas, lábios entreabertos, ele caiu de joelhos e puxou o latejante pau de Gabe. "Você está molhado, policial." A voz de Pagan era profunda e grave. "Deixe-me secá-lo."

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Um polegar escovou sobre fenda de Gabe, espalhando pré-sêmen em torno de sua coroa. Ele travou seus joelhos e segurou o queixo de Pagan. Angelo Pagan, o homem mais procurado em Brooklyn – inferno, em toda a Nova Iorque – iria chupar seu pênis. Deus. Seus olhos ardiam. "Angelo." Ele sussurrou seu nome. O homem de joelhos o acariciou com firmeza, enquanto olhava em seus olhos. "Policial." Ele lambeu os lábios. Gabe imitou o gesto. "Sim." Ele viu através de seus cílios quando Pagan se inclinava e levou-o para o fundo da garganta de uma só vez. "Deus!" Gabe segurou no balcão por equilíbrio. Pagan chupou avidamente, sua língua passando rapidamente por cima e mergulhando em sua fenda. Gabe empurrado em sua boca, grunhindo no molhado escorregar da língua e o pequeno arranhão de dentes. Suas bolas pesadas doíam, fogo chamuscou sua pele. "Por Favor. Pagan." Pagan acariciou enquanto ele chupava, gemendo ao redor do pênis de Gabe. As vibrações o sacudiram. Ele segurou o balcão com uma mão, a outra ele usou para agarrar a parte de trás da cabeça de Pagan, movendo-o para cima e para baixo sobre ele. "Sua boca", ele balbuciou. "Molhada. Quente." Dedos frios seguraram suas bolas, acariciando enquanto a boca de Pagan desapareceu. "Policial." Gabe acalmou seus movimentos e olhou para ele. Ele não tinha percebido até aquele momento, a palavra era um carinho de Pagan para ele, carregado de emoção e todas as coisas que era melhor não dizer. Sua garganta apertou. "Coloque sua perna no meu ombro." Pagan pontuou seu comando, deslizando o dedo por todo o cume no lado inferior da coroa de Gabe.

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Sua respiração oscilou. Ele fez o que ele tinha sido ordenado e colocou a perna esquerda sobre o ombro direito do Pagan. O homem mergulhou, chupando primeiro uma depois a outra bola de Gabe em sua boca, rolando sua língua sobre ela e sugando. "Filho da puta." Gabe ofegava. "Você está me matando." Em resposta, seu amante passou a língua sobre a área entre as bolas e bunda. O corpo inteiro de Gabe tensionou. Seu peito se contraiu. Pagan acariciou suas bolas, em seguida, empurrou sua língua endurecida no buraco trêmulo de Gabe. Ele silvou. Dedos afundaram em sua bunda e as afastou. Ele inclinou a cabeça cima e fechou os olhos como Pagan trabalhou seu buraco, lambendo, sugando até que o músculo relaxou, em seguida, empurrando para dentro. Seu corpo se apertou contra a intrusão quando Gabe circulou seu pênis e bombeou. "Merda. Merda." Ele não podia pensar. Ele precisava disto, queria tanto isso? Um dedo empurrou nele, afundando profundo e tocando algo elétrico dentro dele. Ele gritou, seu corpo sacudindo enquanto o controle sobre seu pênis vacilou. Outro dedo empurrou para dentro. Depois, outro. Três dígitos afundaram, alongando, queimando. A dor trouxe prazer e ele se congratulou com ele, contraindo em torno desses dedos com um gemido gutural. "Policial." Pagan gemeu. "Porra, você é tão fodidamente apertado." Gabe olhou para baixo, segurando olhar de pesado de Pagan como ele apertou sua mão sobre o balcão. Então, ele se ergueu sobre aqueles dedos o alongando tão amplo e afundou de volta, traiçoeiramente lento. Um gemido lamentoso saiu de seus lábios. Pagan chiou. Os dedos dentro dele se curvando. Gabe se ergueu novamente e bateu para baixo neste momento. "Deus." Seus olhos se umedeceram pela queimadura, mas ele repetiu o movimento. Desta vez Pagan empurrou para cima enquanto ele se ergueu, acertando esse lugar dentro dele. "Deus." Estrelas o cegaram quando o orgasmo golpeou, inundando seus sentidos. 26


Ele se contorceu nos dedos de Pagan, bunda apertando descontroladamente. "Foda. Foda." Pagan não parou, ele continuou massageando e pressionando esse ponto doce enquanto fluxos de sêmen dispararam de Gabe. "Sí, amado. Goze pra mim." Os pulmões de Gabe queimavam enquanto cavalgava o clímax até que esses dedos mágicos escorregaram dele. Ele baixou a perna do ombro de Pagan. Seu amante permanecia de joelhos, cabeça baixa. Gabe caiu no chão e o arrastou em seus braços. "Pagan." Afundando suas mãos nos cabelos de Pagan, Gabe inclinou a cabeça para trás. "O que estamos fazendo? O que estamos fazendo?" "O que você acha que estamos fazendo?" Angelo sentou no chão, de costas contra os armários, e puxou o saco de comida para fora da mesa. Sem olhar para Gabe, ele enfiou a mão dentro e tirou as enchiladas embrulhadas em papel alumínio. As pernas de Gabe pareciam como macarrão molhado, então ele imitou Angelo, sentou ao lado dele, bunda de fora. Os azulejos frios chocaram sua pele por um segundo rápido, mas em breve aquecido com o calor do seu corpo. Ele tinha acabado de ter o melhor boquete de nunca, de um homem. De Angelo Pagan. Ele queria mais. Ele queria tocar e provar e fazer todas as coisas que os lábios e os olhos de Angelo prometiam. "Aqui." Angelo lhe entregou uma das enchiladas e ele a pegou, ignorando o leve tremor em sua mão. Seus membros estavam estranhos. Merda, ele se sentiu estranho. Todas essas emoções, ele não sabia o que fazer com elas. Eles ficaram sentados lado a lado em silêncio, Angelo completamente vestido, Gabe com a metade inferior nua, comendo a comida que Angelo trouxe, revezando saboreando sua morna Bud. O silêncio os envolveu, leve e reconfortante. Ele estava à vontade. Ambos estavam. "Então, sua mãe, né?" Ele lambeu os lábios e olhou de lado para Pagan. Um sorriso curvou a boca que o destruiu com momentos de prazer antes. 27


"Sim. Mi mama, ela é uma pessoa legal." Angelo encontrou seus olhos, seu olhar dourado sorridente. Quente. Gabe se viu sorrindo de volta, inclinando-se para se afogar mais fundo naqueles olhos. "Você disse a ela sobre mim? Por quê?" "Há muito poucas coisas que guardo da minha mãe." Angelo ficou sério. "Você não é alguém que eu jamais esconderia dela." O coração de Gabe balançou dentro de seu peito. Este homem. Este homem estava fazendo algo com ele e ele não queria que ele parasse. "Quem mais sabe que você prefere homens?" Ele não podia imaginar muitas pessoas sabendo, coisa que ele saberia por ver o arquivo de Angelo na estação. Duras realidades esperavam alguém como ele lá fora, nas ruas, então obviamente alfa e hispânico, se muitas pessoas sabiam de sua preferência sexual. Angelo tomou um longo gole da cerveja. Gabe não conseguia desviar o olhar hipnótico de seu pomo de Adão enquanto ele engolia. "Duas pessoas sabiam. Sem contar você, agora só uma sabe." Amargura era evidente nessas palavras. Ele se referiu a sua irmã. "Vamos falar sobre você." Pagan virou o seu olhar cheio de calor sobre Gabe. "O que aconteceu com a mulher com quem você vivia?" "Trish?" Gabe levantou uma sobrancelha quando Angelo concordou. "Eu quero saber como você sabe sobre ela?" Angelo encolheu os ombros. "Eu rondei o hospital depois que eu atirei em você. Ela estava sempre lá." "Eu a mandei embora." Gabe se virou. "Ela não merecia a merda que eu a fiz passar nestas últimas semanas. Ela saiu há uma semana, mas nós terminamos muito antes disso." "Por que vocês terminaram?" dedos quentes e ásperos seguraram seu queixo e virou sua cabeça. Ele conheceu a curiosidade aberta aos olhos de Angelo. "Que merda que você a fez passar, Gabe?" 28


"Eu-eu..." Tempo de confissão. Ele queria dizer isso em voz alta, colocá-lo pra fora. "Ela queria fazer planos para o nosso futuro. Crianças. Casamento. O conjunto todo." Os olhos de Angelo brilharam. "O que você quer?" "Você." Cílios escuros se fecharam, em seguida, levantaram, os mesmos sentimentos imprimidos no olhar de Angelo. Gabe abaixou o olhar para aqueles lábios. "Beije-me," ele sussurrou. Porque ele estava viciado. Ele precisava e Angelo estava lá para fornecer. Lábios firmes cobriram os seus, levemente, roçando. Ele agarrou a camiseta de Angelo e o puxou para mais perto, aprofundando o beijo com um grunhido. Línguas duelando entre elas, curvando, degustando. Ali entre comida e cerveja, ele encontrou o gosto que ele desejava. Unicamente Angelo. Deslizando a mão para baixo da frente de Angelo, ele traçou a bainha da camiseta, em seguida, a levantou, os nós dos dedos deslizando sobre a pele de seu estômago firme. A respiração de Angelo travou e Gabe sorriu no beijo. Ele não podia se afastar disso, se sua vida dependesse disso, e ela dependia. Ele sabia que existia uma necessidade como aquela que estava rastejando através de seu sangue. Ele nunca tinha experimentado um calor como o inferno ameaçando engoli-lo. Ele queria ser queimado. Ficar em chamas. Porque Angelo estaria com ele. Ele interrompeu o beijo. "Tire sua camiseta." Angelo procurou seu olhar, luxúria cobrindo seus olhos, suas bochechas coradas. "Amado, você não – ” Ele engoliu em seco. "Você não tem que fazer isso." Um sorriso se espalhou pelo rosto de Gabe enquanto olhava a ereção lutando contra jeans de Angelo. "Mas eu quero. Eu preciso." Ele nunca tinha visto outro homem nu tão perto e tão intimo, nunca quis até agora. Ele agarrou a camiseta de Angelo e a puxou para cima. "Deixe-me vêlo. Eu quero te tocar." 29


Um músculo flexionou na mandíbula de Angelo quando ele se sentou e puxou a peça de roupa sobre a cabeça e a atirou para o lado. Músculos. Dourados, duros e quentes. Gabe olhou para a vasta extensão do peito de Angelo e engoliu em seco. Seu pênis pulsou e agitou, acordando com a visão de toda aquela carne. Carne de Angelo. Ele não era volumoso, mas musculoso e duro. Tatuagens nas cores dos Los P – verde, vermelho e azul – símbolos de gangues e escrita estrangeira cobriam os dois braços do ombro ao pulso. Gabe identificou os nomes da irmã e pai de Angelo, juntamente com datas. Seu peito era esculpido, seus dois mamilos escuros lisos perfurados com minúsculos anéis de prata. Ele estava sentado, mas Gabe lambeu os lábios, o olhar deslizando sobre tanquinho de seis gomos de Angelo e seguiu os cabelos escuros de sua trilha tesouro quando ela desaparecia na frente de seu jeans. "Você é..." Que palavra que melhor descrevia a beleza do homem diante dele? "Você parece realmente bom." Qualquer outra coisa o teria feito soar como uma garota, uma garota excitada. O calor de um rubor sobre o rosto queimou quando Angelo sorriu. "Você é muito observador, policial." Ele piscou. Gabe passou a ponta do seu indicador direito sobre o anel no mamilo esquerdo. Angelo arqueou. Sons ressoaram de seu peito enquanto seus cílios fecharam. Gabe ficou mais ousado. Enganchando o dedo mindinho no anel, ele puxou. "Ugh, amado." Angelo fechou suas mãos onde estavam em seu colo. Ele abriu os olhos. "Toque-me, Gabe." Gabe fez. Ele alisou a palma da outra mão sobre o peito de Angelo e para baixo seu estômago, seus batimentos cardíacos frenéticos, respirando através de sua boca enquanto Angelo se moveu com ele, arqueando em cada toque de sua mão, a cada puxão no anel do mamilo. Faminto. Ele movia-se como estivesse carente de toque. Gabe mergulhou os dedos no cós da calça jeans de Angelo. "Quando foi a última vez que você teve isso?" 30


"Eu nunca tive isso." Os olhos de Angelo estavam fechados novamente. "Você nunca foi tocado assim?" Gabe não conseguiu esconder a incredulidade em sua voz. "Você é Angelo Pagan, se você quiser ser tocado você será." Ele apertou a protuberância em sua mão. Angelo olhou para ele, então, os olhos de pálpebras pesadas e escuras de luxúria. "Muito arriscado. Eu vou muito, muito longe e mesmo assim eu não fico muito para ser tocado." Ele arqueou na palma de Gabe, o comprimento duro dele pulsando e quente. "Eu transo e então eu vou embora. Eu não sou fodido ou tocado." "Eu vou foder você." As palavras saíram de sua boca antes que eles terminaram formando em seu cérebro e Gabe não queria levá-los de volta. A emoção tiro na espinha como Angelo olhou-o de forma constante. "Sí, amado." Ele girou seus quadris, estremecendo sob o domínio de Gabe. "Sí, você poderá me foder." Deus. Gabe jurou que ele teve um orgasmo logo em seguida. Inclinando-se sobre Angelo, ele passou a língua ao longo de um anel de mamilo, em seguida, se sentou sobre seus calcanhares. "Bom. Agora nós precisamos conversar. Coisas sérias. Sobre nós." "Existe um nós, amado?" Angelo se sentou, flexionando os músculos, as tatuagens em seus braços dançando. Gabe olhou para ele. "Não sei. Você quer que exista um nós?" De repente, ele sentiu como se estivesse de volta na escola, negociando encontros com a arrogante líder de torcida. Gabe mordeu sua bochecha. "Depende. Conte-me. Diga-me o que você quer." Ele precisava ouvir essas palavras. Ambos tinham que reconhecer as coisas de merda poderia acontecer para eles. Regras básicas precisavam ser definidas. Deus, ou ele estava prestes a fazer a melhor ou mais estúpida decisão de sua vida. "Gabe." Ele encontrou os olhos de Angelo. 31


"Eu quero que você queira. Desde o primeiro até agora, nada mudou. Eu quero você." Havia poder naquelas palavras. Eles fizeram o seu coração disparar e seu peito doer. Ele jurou que ouviu seu sangue correndo em suas veias. Ele estava tendo uma experiência fora do corpo? Ele limpou a garganta, olhando para aqueles olhos que o mantinha cativo desde o primeiro olhar. "Você me tem." Ele se arrastou em cima de Angelo, seu pênis pesado ficando preso entre seus corpos como ele envolveu seus braços em volta dos ombros nus de Angelo. Capturando o rosto de Angelo em suas mãos, ele trouxe suas testas juntas. "Você me tem. Não me deixe." Angelo segurou seu traseiro, balançando nele, e inclinou o rosto para cima. Gabe pegou sua boca, sua língua mergulhando rápido, desesperado, faminto. Ele beijou o homem em seus braços como se estivesse possuído, alegando os lábios de Angelo como seus, tomando como Angelo deu, dando como Angelo tomou. Eles se contorciam sobre o outro como Angelo segurou forte, empurrando os quadris. Angelo rasgou sua boca longe. "Gabe, eu vou... Eu tenho que..." Dedos cavaram em sua bunda, segurando firme enquanto Angelo se esfregava contra ele. Seu clímax. "Sim, faça isso," Gabe sussurrou as palavras quando ele alcançou entre eles e puxou um anel de mamilo. Forte. "Argh!" Angelo arqueou. "Gabe." "Sim." Gabe o incitou como ele torceu ambos os mamilos. "Goze pra mim. Deixe-me ver você fazer isso." Um gemido gutural encheu a cozinha. Os olhos de Angelo se abriram e ele segurou o olhar de Gabe enquanto seus quadris balançaram mais e mais rápidos. Suas pupilas estavam dilatadas, suas narinas alargadas. "Goze pra mim."

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Angelo gozou com um grito abafado, olhos em Gabe enquanto sêmen quente encharcou o jeans de Angelo e aqueceu Gabe. Ele esperou até que Angelo parasse de antes de dar um beijo em seus lábios entreabertos e dizer, "Nós ainda temos mais coisas para discutir." Angelo grunhiu, se movendo no chão. "Não consigo me lembrar da última vez que gozei nas minhas calças." Gabe não deveria se sentir orgulhoso ou presunçoso, mas ele se sentia. Ele riu. "Muitas estreias, né?" Angelo fez uma pausa no processo de arrumar seu pênis em sua calça jeans e assentiu. "Em mais de um sentido." Gabe puxou seus jeans pra cima e fechou o zíper. Ele se levantou do chão e puxou o restante da Bud da geladeira. Dando de ombros para as sobrancelhas levantadas de Angelo, ele se sentou de pernas cruzadas. "Pensei que poderia precisar de um pouco de coragem líquida." Pelo menos ele precisava. "Sobre o que você quer falar?" Ele descobriu que não conseguia olhar para Angelo. Puxando uma lata de cerveja do pacote, ele se agarrou a ela, manteve o olhar sobre ela. "Por que você atirou em mim?" O silêncio encheu o espaço entre eles. Gabe se recusou a olhar para cima, para olhar nos olhos de Angelo. Ele não sabia por que ele temia a resposta a essa pergunta. E se ele tivesse cometido um erro? Seu coração batia em seus ouvidos enquanto ele esperava por uma resposta de Angelo. "Gabe." Ele se encolheu. Angelo tinha a intenção de matá-lo naquela noite? "Droga, olha para mim." Angelo agarrou seu queixo e forçou sua cabeça para cima. Seus olhos se encontraram, olhares se abraçaram.

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"Você acha que eu me pretendia atirar em você naquela noite?" Os olhos apertados de Angelo brilhavam de uma raiva furiosa dourada. "Eu não sei o que eu acho." Gabe engoliu seco. "Eu pensei que, embora a situação não fosse ideal quando nos conhecemos na delegacia Pensei que tínhamos nos conectado de alguma forma." Angelo concordou. "Então você atirou em mim, à queima-roupa." A voz de Gabe se tornou acusatória, mas ele não poderia evitar. "O que eu deveria pensar?" Angelo largou seu queixo e suspirou. Movendo-se perto para que eles fixassem frente a frente, ele levantou os olhos sérios para Gabe. "Eu quis dizer o que eu disse antes, se eu quisesse você morto você estaria morto. Eu salvei a sua vida." Gabe franziu a testa. "Como? Explique-me. Faça-me entender." Porque agora ele estava se debatendo, tentando entender a lógica de Angelo. Angelo passou os dedos pelo cabelo, deixando os fios escuros em ângulos estranhos. "Esse cara com quem eu estava no armazém – Manny – nós crescemos juntos. Ele tinha voltado recentemente para o bairro e estava tentando me convencer a deixá-lo participar da gangue. Ele é um cabeça quente, age antes de pensar, mas ele faz algum trabalho molhado aqui e ali." Trabalho molhado, código para matar. "Manny queria provar que podia ser um trunfo para mim." Angelo manteve a voz baixa, mas Gabe detectou a raiva que ele segurava firmemente pelas rédeas. "Eu queria que ele me deixasse em paz e desaparecesse, mas ele queria matar um policial." Ele encontrou os olhos de Gabe. "Eu sou um monte de coisas, mas eu não mato policiais. Isso traz uma porrada de problemas que eu simplesmente não preciso. Eu lhe disse que não, mas você nos seguiu para cima e ele queria te matar. Meu policial." Emoção crua queimou no olhar de Angelo. Gabe estendeu a mão, lhe agarrou o ombro e apertou. "Angelo." 34


"Ele queria atirar em você, teria atirado em você, se eu não estivesse lá." A voz de Angelo tremeu. "Você tem alguma ideia do que esse pensamento faz para mim? Eu não deveria estar lá naquela noite." Ele fechou suas mãos. Gabe segurou seus punhos, acariciando-os até Angelo relaxou. "Onde você deveria estar?" Um lampejo de um sorriso curvou os lábios de Angelo. "Com Piper Espinoza conseguindo meu pau chupado." Gabe franziu a testa para o golpe quente de ciúme disparando através suas entranhas. Ele não queria pensar sobre Angelo e qualquer outra pessoa. "Espere, se você é gay por que você recebe boquete de uma mulher?" "Eu posso fechar os olhos e estar em outro lugar," disse Angelo. "Com alguém. Isso é o máximo que acontece. Eu não durmo com mulheres e sim, eu percebo que eu sou um idiota." Gabe não poderia julgá-lo. Essa era a sua cobertura, sua maneira de manter seu segredo a salvo. "Por que você estava no armazém?" O rosto de Angelo fechou. "Um palpite." Gabe evitou perguntar quem era o informante. Já se sentia chafurdar em águas muito profundas. "Então, você estava certo. Você salvou minha vida." Ele segurou o queixo de Angelo, maravilhado com o quão natural tudo isso sentia. Conversando com Angelo, tocá-lo, parecia certo. Bom. "Eu tive que puxar o gatilho antes dele e confie em mim, ele não estava apontando para o seu ombro." Angelo torceu os dedos ao redor dos de Gabe. "Eu sinto muito por isso." Ele levou suas mãos unidas à boca e beijou-a. "Eu entendo," disse Gabe suavemente. "Obrigado." Angelo sorriu. "Agora responda uma coisa para mim. Por que você não me entregou?" Sim, por quê? "Eu ficava revendo aquele olhar em seus olhos bem antes de você puxar o gatilho." Ele passou o polegar sobre o lábio inferior de Angelo. "Pesar. Você estava pedindo desculpas. Eu vi isso, mas não sabia por quê." 35


"Eu tentei explicar isso para você no hospital, mas você estava fortemente sedado." "Eu ouvi a sua voz." Gabe deu uma gargalhada. "No momento, eu estava com tanta raiva de você. De mim. Eu pensei que, mesmo em meio à neblina de drogas, você ainda estava em primeiro lugar em minha mente. Me atormentando mesmo em meus sonhos." Angelo sorriu. "O que você me ouviu dizer?" Gabe ficou sério e lambeu os lábios. "Você precisava que eu abrisse os olhos. Você disse que precisava que eu acordasse por toda a merda que você me fez passar." O sorriso desapareceu do rosto de Angelo. "Eu quis dizer isso. Isso vai ser difícil, amado. Você e eu – " Ele balançou a cabeça. "Eu não sei como nós fazemos isso." "Precisamos de regras." Uma sobrancelha escura se elevou. "Regras, né?" "Estou falando sério, Angelo. Nada de falar de polícia ou coisas relacionadas à gangue." Gabe assinalou os itens com seus dedos. "Quando estamos juntos, onde quer que estejamos, é apenas Gabe e Angelo. Sem outros rótulos, apenas nós." Os olhos de Angelo ficaram sombrios quando ele perguntou: "Você acha que é assim tão fácil?" "Sim." Gabe mordeu o lábio. "E tão complicado." Angelo abriu a boca, mas um celular tocando parou suas palavras. Ele cavou ao redor em seu jeans, puxou um telefone do bolso de trás e respondeu com um sorriso de desculpas para Gabe. "¿Sí?" Ele latiu no telefone. Gabe se sentou de volta, sua atenção presa pelo balanço suave do cabelo de Angelo quando ele se arrastou do chão e arrumou suas roupas. "O que diabos aconteceu?" Angelo segurou seu celular em sua orelha com seu ombro direito enquanto ele usava as mãos livres para reunir seu cabelo na nuca e o prender em um rabo de cavalo. "Mierda. Eu estarei aí em poucos minutos e Pablo, cabeças vão rolar, você me entendeu?" Ele terminou a chamada e olhou para Gabe. 36


"Lo siento7. Eu tenho que ir." Gabe concordou. "Eu ouvi." Este lado de Angelo, o lado violento do gângster, ele não sabia se seria capaz de lidar. Como posso lidar com isso? Angelo estendeu a mão para ajudar Gabe e ele a segurou, levantando-se. Angelo o puxou em seus braços, capturando sua boca avidamente. Gabe gemeu e se esfregou contra ele, abrindo a boca para deslizar língua contra língua. Angelo abraçou com força, empurrando profundamente em sua boca, dentes o beliscando. Gabe afundou seus dedos pelo cabelo de Angelo, balançando sua ereção contra Angelo até que o outro homem se afastou. Com os peitos arfantes, olhavam um ao outro. Os lábios de Angelo brilhavam e Gabe lambeu os seus próprios, saboreando-o. Ele queria se lançar de volta para os braços de Angelo, se esfregar contra ele até que ambos esquecessem quem eles eram, seus papéis, até que era apenas eles dois. Ele não queria que ele saísse. E pelo olhar no rosto de Angelo, ele não queria ir também. "Jante comigo amanhã," disse Angelo. Gabe franziu a testa. "O que, tipo lá fora?" Ele acenou com a mão na janela. "Em público?" Angelo queria sair com ele? Eles poderiam sair sem se comprometerem? O calor no olhar de Angelo esfriou instantaneamente. "Você não quer sair comigo?" Gabe revirou os olhos. "Nada disso, ok? Eu quero ter certeza que estamos na mesma página. Eu não quero me esconder, mas precisamos ser inteligentes. Onde podemos ir?" O sorriso deslumbrante estava de volta no rosto de Angelo. "Não se preocupe. Eu vou cuidar disso." Ele agarrou a mão de Gabe e o puxou junto enquanto ele se encaminhava até a porta de trás. Não se preocupe. Hah, fácil para ele dizer. Gabe destravou a porta de trás e a abriu. Uma rajada de ar frio lhe deu um tapa no rosto. "Merda, maldito frio." 7

Sinto muito.

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Angelo riu quando ele colocou de volta em seu boné Yankee e óculos de sol. "Eu vou pegar você as oito amanhã à noite, ok?" "Tudo bem." Gabe concordou. "Ah, e me dê o seu número." Angelo puxou um telefone do bolso da jaqueta, diferente daquele que ele tinha respondido anteriormente. O anterior era preto, este era azul. "Dois telefones?" "Um de negócio." Ele segurou o telefone azul. "Este é pessoal, apenas a minha mãe tem esse número." "E agora eu." "E agora você." Gabe pegou seu telefone da bancada da cozinha e eles trocaram números. Ele salvou número de Angelo sob o nome de contacto A. "Tudo bem, eu tenho que ir, policial. Vejo você amanha. Sinta-se livre para usar esse número a qualquer momento. Para qualquer coisa." Gabe sorriu. "O mesmo." Angelo procurou seu olhar, em seguida, o beijou de novo, duro e contundente e curto demais antes de ele se virou, correu escada abaixo e desapareceu.

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Capítulo Três Angelo esfregou os dedos sobre os olhos e olhou através do vidro no corpo deitado em uma laje na sala estéril. "Você o reconhece, senhor?" O senhor idoso com os olhos cansados do mundo e um bigode esperou pacientemente em seu cotovelo. Maury, dizia seu crachá. Maury, que trabalhava no necrotério. "Sim." Sua voz falhou e ele teve que engolir e tentar novamente. "Sim, o nome dele é Auggie, uh, August de Souza, mas todos o conhecem como Auggie." Um soldado leal que Angelo nunca tinha visto usar qualquer coisa mais forte do que maconha, mas a palavra na rua teve o magro e falador Auggie ODing. Em que? Sem drogas. Sem drogas em seu território, em suas ruas. Uma regra que nunca teve que dobrar, então por que estava acontecendo? Ele se afastou do corpo, a cabeça cheia de perguntas, e saiu da sala. Ele tinha que contar a mãe de Auggie, Sonia. Ele era o filho mais novo, mas levava para casa a maior parte do dinheiro, Angelo sabia disso. Assim como ele sabia tudo sobre seus soldados. O que ele não sabia era como as drogas chegaram a suas ruas, mas ele descobriria. Um relógio soou em algum lugar próximo, ruidosamente no silêncio pouco natural que o rodeava. Ele olhou para cima e olhou em volta. Nove e quarenta e cinco da manhã. Ele ainda não tinha chegado em casa, para sua cama. Direto da paz e retidão de Gabe a esta loucura. Policiais estavam reunidos ao redor, questionando todos, deixando todo mundo nervoso. Seu pessoal queria respostas. Ele não tinha nenhuma. Ele queria dormir e comida.

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Ele queria voltar para os braços de Gabe onde merda como esta não podia se intrometer. Mas aqui nas ruas não tinha nenhum amortecedor, ele era o líder, el jefe8, e teve que liderar mesmo quando ele não sabia onde diabos as coisas estavam indo. Seu telefone comercial vibrou em seu bolso. Ele o pegou enquanto ele saía do escritório do legista e de volta para o sol ofuscante e o amargo vento frio. "Sí." "Chefe, você está pronto?" "Sim, eu estou na frente," ele disse a seu segundo em comando. Pablo era seu motorista hoje, era desde que Angelo apareceu na cena ontem à noite. "Eu estou estacionado na esquina, em frente ao salão de beleza. Tive que me mover." "Eu estou indo." Angelo terminou a chamada, empurrou o telefone de volta no bolso da jaqueta e correu em torno da esquina, a cabeça curvada contra o vento. Seu intestino torceu enquanto ele se concentrava em sua próxima parada, casa da mãe de Auggie. Portador de más notícias. A culpa estava sobre seus ombros, porque mesmo que ele não tinha fornecido as drogas, ele colocou Auggie lá fora, nas ruas, suas ruas. Ele chegou ao Escalade preto e abriu a porta do passageiro. Angelo pulou para dentro, empurrando seu capuz de sua cabeça e tirando os óculos escuros quando Pablo se afastou do meiofio. "Foi Auggie." As três palavras saíram de seus lábios como pedras, caindo no SUV. "Filho da puta." Pablo bateu no volante. "Como? Por quê?" Angelo olhou para fora através do para-brisa. "Eles estão dizendo que ele teve uma overdose, mas eles não têm certeza do quê." "O quê?" Pablo estalou. "Teve uma overdose de quê? Não há drogas no território dos Los Pescadores."

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O chefe.

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Angelo grunhiu. "Parece que não é mais o caso, amigo." Sua fechou suas mãos. "Eu tenho que dizer a outra mãe que ela sobreviveu a seu filho, Pablo. Esta merda não pode continuar. Eu quero saber de onde diabos essas drogas, sejam elas quais forem, vieram. Coloque todo mundo para trabalhar." Quando Pablo parou na frente da casa da mãe de Auggie, Angelo falou baixinho, "Diga-lhes para começar com mi tío9."

***** Angelo se arrastou através das portas da casa de sua mãe, exausto, as palavras da mãe de Auggie ainda soando em sua cabeça. Ele não podia culpá-la pelas duras maldições cheias de lágrimas, ela estava certa. Era sua culpa. Seu bairro, como ele não poderia saber o que estava acontecendo? Ele arrancou sua jaqueta, jogando-a no sofá enquanto ele andava pela sala de estar. Sua mãe não estava em casa no meio do dia, mais ela estaria repreendendo-o por esse ato. Ele se dirigiu para a sala de estar como seu estômago roncou, mas ele o ignorou, vasculhando os armários até encontrar o prêmio que buscava. A garrafa de Jim Beam10 ainda era nova, mas ele estaria rasgando esse selo hoje. Lá embaixo no porão, seu covil pessoal, ele tirou suas roupas e subiu na cama. Seu pênis pendurado entre suas pernas, pesado semiduro, mas ele ignorou isso também. Apoiando-se em seu travesseiro, ele usou o canivete para abrir o Jim Beam e tomou seu primeiro gole. O licor queimou como fogo em sua garganta, os olhos ardendo, molhando-os. Ele piscou para afastar a umidade e tomou outro gole e outro. A queimadura não era mais do que ele merecia. 9

Meu tio. Marca de Bourbon.

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Um sorriso autodepreciativo se formou em seus lábios. Ele estava fazendo penitência, deitado nu de costas, fogo líquido escaldando suas entranhas. Pablo o tinha deixado depois que Angelo lhe deu instruções para enviar alguns de seus homens espionarem seu tio, Carlos. Em seu intestino, Angelo sabia que seu tio estava por trás do súbito aparecimento de drogas no território Los Pescadores. Qualquer coisa para criar discórdia e pânico, ter todos se virando contra Angelo. Então, Carlos poderia aparecer em seu cavalo branco e salvar o dia, limpando as coisas enquanto ele pregava o seu eu lhe disse. El hijo de puta11 não se safaria disso. Angelo tinha planos para sua bunda. Por Catarina, por Auggie, por seu pai, Angelo iria fazê-lo pagar. Ele despejou a garrafa novamente, o deslizar do uísque em sua garganta não tão duro como antes. Ele fez uma careta e fechou a tampa. Se ele não podia sentir a queimadura, Jim Beam não era de qualquer utilidade para ele. Pegando o telefone azul ao seu lado na cama, ele verificou as horas. Doze e quinze. Onde Gabe estava agora? Ele precisava ouvir a voz do outro homem. Antes que sua mente pudesse alcançar, seus dedos já estavam batendo na discagem rápida três. Discagem G. Seu estômago apertou e as palmas das mãos ficaram escorregadias. Ele amava como seu corpo reagia de apenas pensar em Gabe. Ele sabia desde o início que o policial seria especial, ele simplesmente não sabia o quanto ele iria significar para ele em tão pouco tempo. "Uh, telefone de Gabriel Ashby." A voz profunda não era de Gabe. Os pelos do pescoço de Angelo subiram. Ele apertou o telefone na mão. Forte. "Eu gostaria de falar com Gabe." Seu tom era contundente, mas ele não se importou. Quem diabos estava atendendo ao telefone de Gabe? 11

O filho da puta.

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"Ah, claro. Espere." Vozes baixas e pegadas chegaram aos ouvidos de Angelo. Ele se deitou sobre os travesseiros, o olhar no teto enquanto ele lutava para controlar seu temperamento. Podia não ser nada, mas ele não gostou de outra pessoa atendendo ao telefone de Gabe. E mesmo enquanto esses pensamentos circularam em sua cabeça, ele percebeu que não gostava da sensação correndo por ele. Ciúme. "Ashby." Gabe falou, o tom brusco e totalmente formal. O pau de Angelo latejou. "Policial." Sua voz tremia de necessidade e uma porrada de outras emoções que ele não se importava de nomear. Gabe inalou bruscamente em seu ouvido. "Oi." "Quem foi que atendeu ao telefone?" Angelo sabia que ele exigia coisas que ele não tinha o direito, mas não pôde evitar a necessidade correndo por ele. A necessidade de fincar seu nome. "Um..." Gabe pigarreou. "Eu estou em fisioterapia. Era Desmond, meu terapeuta." "Eu não gosto dele atendendo ao telefone." Angelo correu dedos trêmulos pelo cabelo. O silêncio encheu seu ouvido, então Gabe murmurou, "Espere." Angelo ouviu passos, em seguida, uma porta batendo. "Que porra é o seu problema?" Gabe sussurrou ao telefone. "Se você vai me dar essa porcaria, vamos acabar com essa merda agora." Angelo fez uma careta. "Mierda." Foda. Ele se empurrou de pé e desceu da cama. Ele se desculpou enquanto andava. "Lo siento. Isso não – isso não vai acontecer novamente." Hoje não era o seu dia. "O que há de errado?" A raiva de Gabe mudou para preocupação. Angelo fez uma pausa. "O que faz você pensar que algo está errado?" Gabe suspirou. "Porque você não soa como você mesmo e você está agindo estranho, francamente."

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"Ah, então você já me conhece, policial?" Ele sorriu enquanto falava, algo suave espalhando em seu peito. "Eu conheço o suficiente." Gabe resmungou. "Algo está definitivamente errado, então fale comigo." Angelo afundou no colchão, uma mão varrendo seu cabelo fora de seus olhos. "Ah, policial. Eu gostaria que eu pudesse, eu queria..." "Mas é uma coisa relacionada a policia e líder de gangue," Gabe terminou a frase. "Sí." Silêncio, então, "É ruim?" Angelo bufou. "Ruim o suficiente." "Mas você está bem?" Ele estava? "Fisicamente, eu estou." Ele cortou a mão através do ar. "Mas chega de falar de mim. Como está seu ombro? E como a fisioterapia está indo?" Gabe suspirou. "Mudando de assunto. Meu ombro está curando bem, ficando melhor a cada dia. A fisioterapia é cansativa, Desmond é um sargento de merda, mas é bom." Outro lembrete das falhas de Angelo. Ele limpou a garganta. "Eu sinto muito." "Hmm, por quê?" "Por você ter que passar por essa merda, Gabe. É minha culpa." "Ok, o que diabos é isso?" Gabe latiu. "Saia disso antes de eu chutar o seu traseiro. Eu não culpo você." Sua voz se suavizou. "Eu não culpo você, Angelo." Mas ele se culpava. "Eu tenho que tomar banho," disse Gabe. "Conversamos depois. Você ainda virá de mais tarde, certo?" A esperança indisfarçável em sua voz trouxe um sorriso ao rosto de Angelo. "Sí, eu ainda vou te levar para jantar, policial. Não entre em pânico." Gabe riu. "Bom. Minha mente está toda na comida de graça." "Entendo." 44


"Você? Eu espero que você saiba que você pode falar comigo e eu prometo ouvir e não julgar." Dios, quando ele conseguiu tanta sorte? Angelo subiu na cama e puxou o lençol até a cintura. "Eu sei." "Bom. Onde está você?" "Em casa, acabei de subir na cama." "O que, você quer dizer que você acabou de chegar a sua casa desde que você me deixou na noite passada?" Ele riu da incredulidade na voz de Gabe. "Sim, literalmente acabei de chegar em casa e para a cama." "Sim?" Gabe virou hesitante. "O que você está fazendo?" Era ciúme que ele detectou na voz de seu policial? "Lembre-se daquela coisa que eu não posso discutir?" "Uh-huh." "Eu estava lidando com isso. Nada sobre isso foi divertido ou agradável. Na verdade, eu estava bebendo de uma garrafa de Jim Beam antes de eu ligar pra você." "Foi ruim, então?" "Sim, mas a sua voz ajuda." Angelo deslizou a palma da mão em seu peito nu. "Você já ajudou mais do que você sabe." "Estou feliz." A verdade disso tocou claro na voz de Gabe. "Eu estou aqui, sempre que você precisar de mim." Angelo tinha toda a intenção de aceitar a oferta. "Eu sei. Vá fazer sua coisa. Vejo você mais tarde." "Tudo bem tchau." Os olhos de Angelo se fecharam. "Adiós, policial."

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***** O sono foi Angelo agitado até seu telefone vibrando o acordou. Grunhindo, ele rolou de costas e se vasculhou ao redor pela maldita coisa com os olhos fechados. Ele o encontrou debaixo do travesseiro e abriu as pálpebras para olhar para o identificador de chamadas. Pablo. Ele respondeu. "Sim." "Chefe, você em casa?" "Sim." Angelo esfregou os dedos sobre os olhos. "Acabei de acordar." "Ok, eu vou chegar aí em cerca de vinte minutos." Angelo se sentou contra os travesseiros. "Você descobriu alguma coisa?" Pablo hesitou. "Eu acho que sim, embora nós tenhamos que resolver alguns detalhes." "Tudo bem." Balançando uma perna para o lado da cama, ele arrastou os dedos pelo cabelo. "Eu vou tomar um banho, Mami vai deixar você entrar." "Legal." Eles desligaram o telefone e ele se levantou, cambaleando para o banheiro. Debaixo do spray do chuveiro quente, ele repassou sobre tudo o que aconteceu recentemente em sua cabeça. Nos dez anos que ele tinha sido o líder dos Los Pescadores, esta era a quinta vez que ele tinha que notificar a família de um dos seus próprios que seu amado estava morto. Catarina e Auggie eram os únicos cujas mortes foram tão pertos – seis semanas de intervalo. A morte de Catarina retalhou suas entranhas e ele pensou que tinha encontrado uma maneira de passar a dor incapacitante e a raiva, mas hoje provou que ele não estava nem perto disso. A raiva e fúria estavam de volta junto com a dor e ele precisava que alguém pagasse. Abaixando a cabeça sob a água, ele prendeu a respiração e fechou os olhos. As duas últimas mortes eram pessoais, orientada para deixá-lo de joelhos, e ele só conseguia pensar em um homem que salivava com o simples pensamento da destruição de Angelo. 46


Difícil de acreditar que ele compartilhava sangue e DNA com Carlos, considerando a forma como o outro homem o caçava tão cruelmente. Aos dezessete anos, ele aprendeu o quanto seu tio o odiava e aos vinte e dois, ele perdeu seu pai para ódio de Carlos. A faca de Carlos alojada no intestino de seu próprio irmão tinha sido um exagero depois da bala na parte de trás de sua cabeça e inúmeras outros golpes sobre o corpo de Sal Pagan. Carlos desferiu o golpe em seu próprio irmão quando ele tinha muitos homens o cercando quem teria feito a morte do pai de Angelo rápida e indolor. Cada detalhe do assassinato foi contada a Angelo pelo braço direito de Carlos, logo antes de Angelo cortar sua garganta. Ele não pode se vingar a Carlos já que seu tio tinha sido preso por uma carga de armas, alguns dias depois e foi para o norte do estado por oito anos para cumprir sua pena. Se Angelo não se importasse como Carlos morresse, ele teria recorrido aos muitos favores que alguém devia a ele e mandado matar Carlos, mas esse era seu trabalho. Ele tinha que ser o único a enviar o monstro de volta para onde diabos ele veio. Carlos tinha que morrer e quanto mais cedo melhor, porque Angelo tinha mais a perder agora do que nunca. Ele fechou a água e saiu do chuveiro, seu cabelo escorrendo pelas costas. Ele enrolou uma toalha em torno de sua cabeça e colocou um par de jeans. Ele ainda tinha cerca de quatro horas, antes que ele pegasse Gabe, mas ele estaria deixando a casa em breve para fazer algumas rondas, recolher algum dinheiro devido e estabelecer aquela nova remessa de armas. Alguém bateu na porta do porão. "Hijo, Pablo e uma mulher estão aqui." "Vou subir em um minuto." Ele deslizou um suéter preto sobre a cabeça, em seguida, pegou seu telefone e botas. Espionando sua Glock em seu criado-mudo, ele a pegou e colocou na cintura antes de ir para as escadas. No andar de cima, ele encontrou a mãe carrancuda na cozinha, e Pablo e Piper Espinoza sentados no sofá na sala de estar. 47


Droga, por que diabos Pablo trouxe Piper aqui? Angelo esteve evitando a mulher por semanas. Ela colocou suas vistas sobre ele e não estava disposta a aceitar um não como resposta. Ele poderia colocá-la no lugar dela, mas ele não machucava as mulheres, mesmo se elas fossem sedentas escavadoras de ouro. "O que foi?" Ele ignorou o olhar cheio de luxúria de Piper e se virou para Pablo. "Chefe." Pablo de levantou. O suor brilhava em seu couro cabeludo raspado, que ele enxugou com um golpe de sua palma enquanto ele caminhou até Angelo. "Eu tenho algumas novidades." Angelo acenou com a cabeça, seu olhar indo para Piper onde ela estava sentada, peito estufado e lábios entreabertos em convite. "Vamos conversar em outro lugar." Ele se virou, voltando para baixo no porão. "Mami, estou lá embaixo." Sua mãe resmungou. Ele sorriu. Ela odiava quando qualquer um dos seus soldados caía, odiava os carros armados e guarda-costas que tinha atribuído a ela há muito tempo, mas ela lidou com isso como uma profissional. Ele lhe devia tanto e ele tinha que encontrar uma maneira de compensar toda essa merda para ela. Uma vez no porão, Pablo se sentou à mesa do computador no canto, enquanto Angelo caiu sobre a cama. "Conte-me." "Ok. Então, eu perguntei ao redor para descobrir com quem Auggie tinha andado nas últimas semanas." Pablo falou em espanhol, seus olhos castanhos aguçados e alertas quando ele encontrou o olhar de Angelo. "Um nome continua aparecendo e não é o nome que eu esperaria." "Quem?" "Gordo. Eles estavam inseparáveis recentemente."

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Angelo franziu a testa. "Esses dois são opostos polares se alguma vez houve um." Onde Auggie era de fala mansa e tranquila, Gordo era forte e desagradável, sempre se metendo em brigas. Sempre em algum tipo de problema. Gordo também superava e ultrapassava Auggie. "Sim. Esse é o meu pensamento também," disse Pablo. "Por que é um dos nossos tenentes de repente fica tão íntimo de um soldado?" "Boa questão. Onde está Gordo agora?" Pablo deu de ombros. "Eu parei em sua casa. Sua mãe disse que ela não o vê há dois dias." "Ela poderia estar mentindo por ele?" Seu estômago apertou. Ele entendeu a mãe querendo proteger seu filho, mas se Gordo tinha alguma coisa a ver com a morte de Auggie, Angelo entregaria seu próprio golpe mortal. "Eu não acho que ela esteja mentindo." Pablo balançou a cabeça. "Mas eu deixei uma equipe observando o lugar, apenas no caso." "Bom, eu quero que ele seja encontrado." Angelo vasculhou sua gaveta, em busca de uma escova para domar o cabelo molhado. "Qual é o próximo?" Pablo pigarreou. "Os brasileiros estão querendo descarregar algumas armas, merda de nível militar. O mais recente material. Eles querem três milhões." "É quente?" Angelo não se metia com armas roubadas, como Pablo bem sabia, embora ele tivesse nenhum problema em encontrar compradores. "Não sei, mas temos feito transações com eles antes sem problemas." "Isso foi antes de toda essa merda." Angelo desistiu de encontrar a maldita escova. "Podemos muito bem estar à beira de uma guerra com Carlos e seu pessoal e eu não quero outra distração na mistura. Adie a dar aos brasileiros uma resposta definitiva. Pergunte ao redor primeiro. Melhor prevenir do que remediar." Pablo assentiu. "Com certeza, chefe." Angelo levantou uma sobrancelha. "Terminamos?" "Sim." 49


"Diga-me porque Piper está lá em cima na minha sala de estar." Os olhos de Pablo se arregalaram. "Ela disse que você estava esperando ela." "Sério?" Angelo cruzou os braços sobre o peito enquanto olhava para seu segundo-emcomando. "Você acredita que tudo o que uma descartável lhe diz?" Uma descartável era o termo da gangue para as mulheres usadas exclusivamente para o sexo. "O Quê? Não." O rosto de Pablo avermelhou. "Mas eu sabia que você tem passado tempo com ela recentemente." Ele deu de ombros. "Eu imaginei que vocês estivessem – você sabe, fodendo." Angelo deu uma gargalhada. "Pelo amor de Deus, Pablo, ela me deu um boquete duas vezes. É aí." E cada vez que ele teve a fantasiar seus lábios eram os de Gabe, para chegar ao clímax. "Oh..." O outro homem sorriu. "Parece que ela está de olhos em você, chefe." Angelo grunhiu e se levantou. "Ela pode qualquer merda que ela queira. Não vai acontecer." Pablo ficou de pé e Angelo apertou o homem mais baixo no ombro. "Você pode tê-la, se quiser." "Ugh." Pablo estremeceu enquanto repulsa encheu seu olhar. "Já estive lá, nunca mais quero voltar." Ambos riram enquanto subiam as escadas. "Ei, chefe, o que você quer fazer para o seu aniversário?" Angelo congelou. Seu aniversário. Ele não tinha pensado em seu aniversário com todas as coisas com que ele tinha lidado. Ele ergueu um ombro em um gesto evasivo. "Eu não estou no clima de festa, Pablo. Então, qualquer coisa que você esteja planejando," ele encontrou a inocência falsa no olhar de Pablo com um severo de sua autoria, "esqueça." "Claro, chefe."

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Eles reentraram na sala de estar para encontrar Piper se sentido em casa no sofá, sem sapatos, pernas apoiadas, controle remoto na mão enquanto ela assistia TV. Na cozinha, panelas e frigideiras ecoavam, sinalizando o descontentamento de sua mãe. "Piper." Ela virou a cabeça, seu grande olhar marrom o despindo mesmo como seu rosto fingia indiferença. "Por favor, tire os pés fora da mesa de café de minha mãe, coloque seus sapatos de volta, e saia." Surpresa escureceram seus olhos. Sua boca se abriu e Pablo deu um passo adiante. "Piper, eu tenho um trabalho para você." Angelo observou friamente quando Pablo pegou Piper pelo braço e a puxou de pé com um sorriso largo. "Eu realmente gostaria de sua ajuda com alguma coisa, por favor." Pablo pegou seus sapatos e a guiou para a porta antes de ela proferir uma palavra. Na entrada, ele jogou um sorriso para Angelo por cima do ombro. Angelo respondeu com um aceno de cabeça. Ele não tinha paciência para lidar com pessoas da laia de Piper, não hoje. Ele esperou até que a porta se fechasse atrás deles antes de ele se dirigir para a cozinha. Sua mãe estava no fogão, um avental em torno de sua cintura enquanto mexia uma panela. Ele limpou a garganta e ela olhou para ele, expressão feroz. "Eu não gosto daquela garota." Não tinha necessidade de perguntar a quem ela se referia. Ele sorriu e caminhou até ela, envolvendo seus braços ao redor da cintura dela por trás e colocando a cabeça em seu ombro. "Eu sei. Eu não gosto dela também." "Hmm." Ela se virou e olhou para ele. "Você está bem? Eu ouvi sobre o que aconteceu." Ela soube. Ele balançou a cabeça. "Não, eu não estou bem."

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"Hijo." Ela segurou seu queixo. "Você acha que... é ele?" Sua mão tremia e medo tangível iluminou seus olhos. Apenas um homem poderia fazer isso com ela. Ele cobriu a mão dela com a sua e lhe disse a verdade. "Há uma chance real de Carlos estar por trás de tudo isso." Ela respirou fundo, em seguida, puxou a mão dele, esboçando rapidamente o sinal da cruz. "Santa Mãe, me perdoe." Ela respirou, olhou para o lado, em seguida, trouxe seu olhar de volta para ele. "Eu nunca quis essa vida para você, Sal não queria, mas aqui, hoje, eu vou dizer algo que eu nunca vou repetir." Ele ficou em silêncio e esperou. Olhar firme, voz clara e sua mãe falou. "Eu quero que você o faça pagar. Eu quero que as ruas fiquem vermelhas com seu sangue. Eu quero que ele sinta a dor que ele me fez passar, que ele nos fez passar. Morte." Angelo a puxou em seus braços, dando um beijo em sua bochecha. Ele sabia o quanto lhe custou dizer isso, ela sempre odiou a violência da vida da gangue. "Ele vai pagar, Mami. Eu prometo." Ela permaneceu em seus braços por um tempo depois se afastou. Puxando seus cabelos, ela sorriu timidamente com os olhos molhados. "Vamos." Ela o puxou para a mesa da cozinha onde ambos sentaram. "Conte-me sobre o seu homem. Ele gostou das enchiladas?" Angelo reprimiu um sorriso. Às vezes, ele se arrependia de ser tão aberto com sua mãe. "Ele adorou, Mami. Ele estava... apavorado que você sabia sobre ele." Ela franziu a testa. "Por quê?" Ele não contou a profissão de Gabe para ela, mas ela precisava saber. "Ele é um policial, o detetive que me questionou sobre Catarina." A cor de sua mãe desapareceu com cada palavra que ele falou. Quando ele terminou, ela bateu com a palma para baixo em cima da mesa. 52


"Você está louco?" Ela o repreendeu em espanhol. "Um policial, Angel?" "Mami, por favor." Ele agarrou a mão dela. "Ele é... diferente." "Ele é um policial, quão diferente ele pode ser?" Ela balançou a cabeça. "Não, ele está provavelmente tentando te apanhar desprevenido, e depois, ele vai te derrubar." "Mami, não." Em nenhum momento ele cogitou esse pensamento. Ele conhecia seu policial. Sua mãe olhou para ele, o assombro escrito por todo o rosto. "Você gosta dele profundamente." "Eu – " Ele abriu a boca e fechou-a. Não havia nenhuma maneira que ele negaria tudo o que ele sentia por Gabe. Sua mãe afastou sua hesitação. "Você saiu para mim aos quinze anos, hijo, e você esteve com a gangue por dez anos e nenhuma uma vez que você mencionou alguém que estava vendo." "Isso é porque eu não estava vendo ninguém." Ela sorriu. "Porque você nunca de preocupou com alguém, ninguém afetou você assim." Seus olhos se suavizaram. "Se você gosta dele, então ele deve ser especial. Eu quero conhecê-lo." "Não." Ele não podia fazer isso. Seria muito arriscado, muito perigoso, e duvidava que Gabe concordaria. "Ele te faz feliz." Ela colocou um dedo sob o seu queixo e inclinou a cabeça para cima. Angelo conhecia aquele olhar. "Está aí, em seus olhos," sua mãe sussurrou. "sua felicidade." Seus olhos se encheram. "Mami, não chore." Merda. "Sinto muito." "Não." Ela fungou. "São lágrimas de felicidade. Você está apaixonado. Eu quero conhecê-lo." Ele soltou um suspiro pesado e arrastou os dedos pelos cabelos emaranhados. "Eu vou mencionar isso a ele, mas sem promessas." Ela riu, cobrindo seu rosto com as duas mãos. "Eu tenho fé em meu filho." Ela beijou sua testa, em seguida, se levantou. "Tudo bem, vamos lá. Vamos fazer algo sobre seu cabelo."

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Capítulo Quatro Gabe jogou os lençóis e edredons na secadora e olhou para o relógio na parede. Antecipação agitava seu intestino. Ele nunca ansiou por ver alguém do jeito que ele estava para ver Angelo Pagan. Hoje na fisioterapia seu foco tinha se perdido pelas memórias do gosto de Angelo. A sensação de sua pele e daquele olhar quente e necessitado em seus olhos. Seu pênis pulsava, empurrando contra a toalha enrolada na cintura. Ele negligenciou sua lavanderia e agora teve que correr para lavar algumas calças jeans e blusas, mais os lençóis e edredom na cama. Ele era a pior governanta de todas. Trish tinha sido a única a cuidar de todas essas coisas, porque ele nunca podia pegar o jeito das cores. Ele estragou muitas camisetas brancas depois que ela saiu. Olhando fixamente sem ver na porta da secadora, ele reconheceu que estava sentindo falta de Trish. Falta de sua presença. Agora ele entendia todas as coisas que ela fez para ele e ele lhe devia um pedido de desculpas por ser tão burro como nos dias imediatos após o seu tiro. Ela precisava saber como ele estava arrependido por tratá-la como o enteado ruivo12 quando ela estava apenas cuidando dele. Sua atração por Angelo tinha realmente fodido com sua cabeça. Gabe sabia que o mais que o assustou não era o fato de que Angelo era um homem, mas o seu estilo de vida criminal. Claro, até aquele momento, ele nunca quis acariciar o pau de outro homem e observar seu rosto quando ele chegasse ao clímax.

12

Uma pessoa ou coisa que é negligenciada, indesejada ou maltratada.

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Ele nunca quis foder outro homem ou ter outro homem chupando-o, mas agora ele queria. Na academia hoje ele observou os homens do através de novos olhos. Ele observou músculos flexíveis e bundas firmes e, mas nada disso deixou seu pau duro e seu sangue correndo. No instante em que ouviu a voz de Angelo ao telefone, porém, ele ficou duro o suficiente para cortar granito. Ele aceitou querer Angelo, aceitou querer sentir a bunda do outro homem envolvido em torno de seu pênis, mas ele não tinha certeza se ele estava pronto para estar no fim de recepção. A sensação de boca e dos dedos de Angelo dentro e sobre ele foi malditamente incrível, mas o ato foi assustador. Ele precisava falar com Kane. Seu irmão mais velho era a pessoa perfeita para conversar, mas como um membro da Federal Marshals’ Fugitive Task Force ele estava fora da cidade perseguindo um criminoso que tinha fugido da audiência de fiança. Kane era gay e sempre aberto sobre sua sexualidade. Gabe nunca pensou duas vezes sobre as preferências sexuais de seu irmão, mas agora ele precisava dos conselhos de seu irmão. Kane ainda estava sofrendo de um coração quebrado pela morte de seu parceiro de longa data, mas Gabe sabia que seu irmão iria ajudá-lo. Claro, Kane sabia da reputação de Angelo Pagan. Como é que ele iria defender o seu relacionamento com Angelo para seu irmão? Gabe deu de ombros. Tempo suficiente para isso. Ele pegou o telefone da prateleira acima de sua cabeça e discou o número de Kane. Seu telefone estaria desligado, mas ele deixaria uma mensagem, dizendo a Kane que era urgente. Segurando o telefone ao ouvido, ele saiu do porão e voltou para cima para terminar de se vestir. Angelo estaria chegando em breve. Foda-se, seu pau e bolas latejava. "E aí, mano?" A voz profunda de seu irmão ecoou em sua cabeça. "Kane." Gabe sorriu. "Eu não achava que você iria atender, eu ia deixar uma mensagem." "Sim, nós pegamos o nosso cara, estou terminando a papelada e estarei de volta em seu pescoço amanhã à noite." "Oh, tudo bem." 55


"O que está acontecendo, o que você quer falar?" "Eu..." Gabe lambeu os lábios. "Isso pode esperar até chegar aqui." "Tem certeza?" Gabe imaginou seu irmão franzindo a testa, sua testa vincando. "Você soa estranho." "Sim, eu tenho certeza." "Tudo certo. Eu vou pela manhã depois que eu chegar ao Brooklyn. Nós poderíamos tomar café da manhã ou algo assim." Gabe concordou. "Sim, isso parece bom." Agora que ele colocou a intenção de conversar com Kane de lado, a ansiedade corroeu suas entranhas. "Como está o ombro?" Kane tinha exigido saber quem tinha atirado em Gabe, jurando vingança enquanto ele estava deitado em sua cama de hospital. Seu irmão mais velho tinha uma veia protetora muito intensa. "O ombro está bem, ficando melhor a cada dia." Ele rolou o ombro em questão, tomando nota da ausência de dor. Sim, a fisioterapia estava funcionando. Ele seria capaz de voltar ao trabalho em algum momento. "Ok. Eu vou ligar assim que chegar a Nova York e veremos um ao outro em breve." Vozes chamaram Kane e ele xingou. "Tenho que ir, irmãozinho. Te amo." "Você também, se cuida." Depois de terminar a chamada, Gabe jogou o telefone em cima da cama e pegou sua jaqueta preta do armário. Ele colocou a jaqueta ao lado do telefone, sentou-se à beira da cama e colocou os sapatos. Onde Angelo iria levá-los? O outro homem disse que eles iriam para fora, mas onde eles poderiam ir sem o risco de serem vistos? Pelo menos era no meio da semana, não haveria muitas pessoas em restaurantes e similares em uma noite de quarta-feira. Ainda assim, tudo podia acontecer. 56


Ele vestiu a camisa branca sobre a camiseta, e então, pegou sua jaqueta, chaves, carteira e telefone antes de voltar pra baixo. O relógio na sala de estar marcava oito e um. Ele pulou para baixo as escadas do porão para verificar o material na secadora, telefone celular na mão. Seu coração se recusou a parar de bater. Sua palma ficou lisa com a umidade. Ele olhou para as horas em seu celular. Oito e três. Se alguma coisa tivesse surgido, Angelo teria ligado. Por que diabos ele estava reagindo dessa maneira só porque o homem estava alguns minutos atrasado? A secadora soou e ele girou, indo para o lavabo para jogar água no rosto. Erguendo a cabeça, ele olhou para si mesmo no espelho. Seus olhos cinzentos estavam arregalados, assustados. Ele afastou o cabelo dos olhos, só então percebendo os tremores na mão. Segurando ambas as mãos na frente dele, ele olhou para elas. Tudo isso porque Angelo Pagan estava atrasado uns poucos minutos para um encontro? O medo em seus olhos não era para ele, Gabe percebeu. Era por Angelo. Ele se preocupava com o outro homem. Ele se importava com ele. Gabe ergueu seu olhar de volta para o espelho, observando sua expressão chocada com fascinação individual. Ele se preocupava. Foda-me. Suas pernas viraram elástico, sua garganta doía, e seu celular tocou, assustando-o. Ele olhou para ele onde estava de face pra cima da pia, identificador de chamadas piscando "A", e pensou em não responder. Ele não considerou não caminhar até as escadas, não olhar nos olhos de Angelo, não tocá-lo e não conseguiu. Ele pegou o telefone e correu até as escadas, subindo-as de dois ao mesmo tempo. Ele estava assustado, se debatendo na água profunda que ele intencionalmente entrou, mas nada estava impedindo de estar com aquele homem lá fora. Ele colocou sua jaqueta, enrolou um lenço preto em volta do pescoço e enfiou a carteira no bolso. Pegando as chaves, ele ignorou o telefone vibrando na palma da mão e saiu de sua casa, trancando a porta. 57


O ar frio explodiu seu rosto. Um SUV preto desligado na frente, a janela do lado do passageiro da frente abriu e Angelo olhou para fora. O pulso de Gabe pulou. Ele lambeu os lábios enquanto corria escada abaixo, lutando para não correr enquanto alegria aquecia sua espinha. A porta do passageiro abriu e ele entrou, deslizando nos braços de Angelo antes da porta se fechar novamente, trancando-os no veículo. Inclinando-se sobre o console central, ele puxou Angelo, sussurrando: "Você está atrasado," antes que ele tomasse seus lábios. Angelo gemeu, a boca bem aberta, língua mergulhando dentro, devorando Gabe. Seus dedos quentes seguraram o pescoço de Gabe, massageando como Gabe arranhou suas costas, os dedos cravando o material de sua jaqueta. Entre as pernas dele, seu pau empurrou, alongando com cada passada da língua de Angelo, cada mordida de seus dentes afiados. Seu perfume quente, almíscar masculino e um perfume amadeirado, rodeou Gabe, puxando-o mais profundo na névoa de luxúria e necessidade. Finalmente, Angelo interrompeu o beijo e Gabe tentou não fazer beicinho. "Foda-se!" Angelo pressionou seu nariz no de Gabe. "Amado, mierda." Sua respiração quente acariciou o rosto de Gabe, abanando o calor em sua pele. Gabe lutou para respirar. Ele fechou os olhos, os dedos agarrando-se Angelo, e se forçou a se acalmar. "Isso é... Deus." Ele estremeceu. "Eu não sei o que diabos é isso." Ele levantou a cabeça, encontrando o olhar de pálpebras pesadas de Angelo. "Mas eu gosto. Eu quero mais do mesmo." Angelo rosnou e o beijou de novo, forte, agressivo. Gabe gemeu, lábios agarrados mesmo quando Angelo se afastou. "Temos que ir, amado. Senão eu vou me despir e implorar você me foder, aqui e agora." A respiração de Gabe travou. Seu zíper machucou sua ereção e ele estendeu a mão, reposicionar seu bojo. "Deus, Angel. Eu quero isso. Eu quero." Seu corpo inteiro tremeu.

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Angelo olhou para frente, os dedos segurando o volante. "E nós iremos ter, mas agora temos um encontro." Ele afivelou o cinto de segurança e deu um sorriso e uma piscada para Gabe. "Aperte o cinto, policial." Gabe fez como instruído, sem tirar os olhos de Angelo. O outro homem estava envolto em preto, o cabelo fluindo para baixo em suas costas e brilhando sob a luz fraca. Gabe estendeu a mão, mergulhando os dedos nos cabelos escuros quando Angelo saía para o meio-fio. "Eu amo seu cabelo." Angelo sorriu com os olhos na estrada. "Você tem uma raia sensível em você, amado." "Como você." Gabe enrolou uma mecha de cabelo em torno de seu dedo. "Eu sei o que significa amado." Os lábios de Angelo se curvaram. "Você sabe?" "Sim, isso significa amado." Ele estava chocado com a tradução quando pesquisou a palavra em seu telefone enquanto estava. Ele era o amado de Angelo. Angelo tirou a mão direita do volante e a estendeu para Gabe que largou seu cabelo e segurou a mão estendida. Angelo juntou seus dedos e os levou aos lábios. O seu beijo fez Gabe se arrepiar. "Você é o meu amado." Gabe traçou a curva dos lábios de Angelo com um dedo, então, puxou suas mãos unidas para baixo, deixando-as descansar no console central. "Onde você está nos levando?" Espiando através do para-brisa, ele notou os sinais de trânsito e ficou boquiaberto com Angelo. "Você está nos levando de volta para o Brooklyn?" Angelo concordou. "Williamsburg. Que tal de comida tailandesa?" "Sim, mas não é que um grande risco? Nós no Brooklyn?" Ele soltou seus dedos e cruzou os braços sobre o peito. Angelo balançou a cabeça lentamente, sem tirar os olhos da estrada. "É um risco, mas isso é tudo o que fazemos. Recuso-me a me esconder atrás de portas fechadas. Eu quero levá-lo para sair, 59


além disso, eu não tenho ido ao Sea13 a um longo tempo." Ele piscou. "Eles fazem uma ótima comida lá." "Sea?" Gabe deu uma gargalhada. Que tipo de restaurante era nomeado de Sea? Angelo riu. "Sim. Catarina me levou lá no ano passado durante o verão. Nós comemos como porcos. " Um sorriso triste vincou o seu rosto. Gabe apertou seu ombro. "Você sente falta dela, não é?" A tristeza encheu o espaço de repente. "Eu sinto." Angelo suspirou. "Mas está ficando tolerável. Estar com você, ver você ajuda muito. Você não tem ideia." Gabe sorriu. "Eu estou feliz que eu posso te ajudar, Angel. E como sua mãe está?" "Ela é dura, ela está sobrevivendo, também." Angelo parou em um sinal vermelho e olhou para Gabe com olhos sérios. "Ela quer te conhecer." Gabe conseguiu não gritar, inferno não! Conhecer a mãe de Angelo? "Eu – nós não podemos. É muito arriscado," ele chiou. "Eu sei, mas ela insiste." Ele arrastou uma junta pelo rosto de Gabe antes dirigir na luz verde. "Será que você pode, pelo menos, pensar sobre isso, por favor?" Gabe concordou. "Eu irei." Eles se estabeleceram em um silêncio confortável, mas Gabe mordeu o lábio inferior. Ele não podia deixar de sentir apreensivo quanto mais perto chegavam ao Brooklyn. Para se distrair de pensar sobre se preocupar desnecessariamente, ele se virou para Angelo. "Fale comigo," ele insistiu. "Conte-me sobre o seu relacionamento com sua mãe. Sua irmã." Angelo nem lhe olhou. "Os arquivos que vocês têm de mim na delegacia não abrange isso?" Gabe dispensou suas palavras. "Eu não me importo sobre o maldito arquivo. Fale comigo. Você vive com a sua mãe?" O arquivo disse algo nesse sentido, mas ele tinha que começar por algum lado. Fazer Angelo se abrir era tão frustrante como a tentativa de rolar morro acima. 13

Mar.

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Angelo deu uma gargalhada na sua pergunta. "É isso que você acha? Eu moro com minha mãe?" Revirando os olhos para o tom de zombaria, Gabe disse: "Então você não mora com a sua mãe?" "Minha mãe mora comigo, há uma diferença. Somos muitos próximos e desde que sou seu único filho vivo, ela quer manter seu olho em mim." Gabe riu. "Ela soa como um guardião." "Ela é uma força da natureza," Angelo disse a contragosto. "Nós moramos juntos, mas eu tenho o meu espaço independente dela. Um lugar onde eu posso aliviar o stress e apenas ficar sozinho por um tempo." Gabe olhou para o perfil de Angelo, pensativo. Ele podia ver isso, ele podia ver Angelo precisando de uma saída segura para descansar e escapar de todas as suas responsabilidades. "Como é este seu lugar?" "É meu. Separado da gangue, da violência. Tudo." Angelo encolheu os ombros largos. "É o meu refúgio." "Seu refúgio," Gabe rebateu. Angelo assentiu brevemente. "Isso também." "Eu quero vê-lo." O olhar de Angelo disparou para ele e de volta à estrada rapidamente. "¿Que?" Gabe sorriu. "Não me venha com essa. Este lugar é o seu esconderijo secreto. Eu quero vêlo." Talvez então ele pudesse ter uma melhor noção do homem que Angelo não queria Gabe soubesse que ele era. A cada momento ele vislumbrava a pessoa suave e gentil Angelo era antes de ele se esconder por trás da fachada de gangster implacável. "Por que você precisa vê-lo?"

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Gabe não deixou de perceber o jeito que os dedos de Angelo flexionaram onde eles agarravam o volante. "Se vamos fazer isso," ele disse, "Eu quero dizer realmente fazer isso, eu preciso conhecer você. Completamente. Não os minúsculos pedaços e peças que você me alimenta." Um pesado silêncio vibrou o interior escuro do SUV. Gabe jurou que ouviu Angelo pensando. Será que ele acha que Gabe iria traí-lo, usar tudo isso contra ele? Ele queria saber se era sábio ir por este caminho que eles tinham a intenção de trilhar? Angelo não expressou qualquer desses pensamentos e Gabe queria que ele dissesse, pelo menos, então ele poderia garantir ao outro homem que eles estavam no mesmo barco com os pensamentos incômodos. Nenhum tinha mostrado ao outro que eles poderiam ser confiáveis. E se Angelo recusou este passo? Gabe engoliu seco. Ele tinha jogado um teste a Angelo, mesmo sem perceber e ele cerrou a mão direita enquanto esperava o temido veredicto. "Você quer que a gente peça comida para viagem?" O tom de Angelo era suave, seu olhar para frente enquanto um músculo em sua mandíbula saltou. O estômago de Gabe afundou. Ele desviou o olhar como sua garganta trabalhava. "Nós poderíamos fazer isso." Angelo tinha desistindo antes mesmo de começar? O pensamento forçou uma respiração de pânico nele. Ele olhou sem ver para fora da janela, sombreado piscando por um cenário como Angelo pediu a comida através de seu fone de ouvido Bluetooth. Gabe não prestou atenção nas palavras que Angelo falou, apenas na cadência e timbre de sua voz. A cadência profunda Brooklyn era sensualmente misturada com espanhol e Gabe amava como ambas as línguas fluíam sem esforço de Angelo. Suas unhas afundaram na palma da mão, fazendo-o estremecer. Ele não aceitaria a retirada de Angelo. Fodidamente não. "Policial." Ele se virou, encontrando o olhar curioso de Angelo. 62


"Você está bem?" Angelo franziu o cenho. Gabe concordou. Ele não confiava em si mesmo para falar naquele momento. A expressão de Angelo permaneceu cética. "É em Coney Island." "Huh?" "A – minha casa. É em Coney Island. Eu comprei o prédio com outro nome. Quinze andares com vista para o parque de diversões e água." O coração de Gabe martelou em seus ouvidos. "Você está me contando sobre isso?" Foda-se, sua voz falhou. "Você confia em mim com seu segredo, com este segredo?" Angelo puxou para o estacionamento do restaurante, encontrando rapidamente um espaço e desligou o motor antes de se virar para Gabe. Seu rosto estava sério, os olhos dourados atentos, pesquisando. "Você duvida de mim? Você duvida que eu confie em você?" Tom cortante, lábios apertados, ele esperou pela resposta de Gabe. Gabe desviou o olhar do olhar de mágoa nos olhos de Angelo. "Ver um ao outro em minha casa é diferente do que você dizer ou me mostrar o seu esconderijo." Ele encontrou o olhar de Angelo. "Se os papéis fossem invertidos eu estaria hesitante em revelar isso. Sua vida e segurança estão em jogo." "Mas os papéis não estão invertidos," Angelo disparou contra ele. "Só de estar com você coloca a minha, as nossas vidas e a segurança em risco." Ele arrastou os dedos pelo cabelo. "Não que já discutir isso?" A frustração de Angelo era clara em sua voz e narinas. "Mas é diferente – ” "Não, não é. Se eu não confiasse em você, você não estaria aqui, Gabe." Ele soltou o cinto de segurança e abriu a porta do carro, saindo antes Gabe poder falar. Angelo sintonizou o rádio em uma estação de hip-hop espanhol quando ele retornou de com a comida. Eles dirigiram pelas ruas de Brooklyn em quase completo silêncio. Gabe expressou

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suas desculpas mais de uma vez em rota para local secreto de Angelo, mas o seu homem se recusou a sequer olhar para ele. Gabe não sabia quando ele começou a se referir a Angelo como seu homem, mas isso não tornava menos verdadeiro. Angelo era dele. O que quer que estivesse por vir na jornada que eles empreenderiam, eles enfrentariam juntos. É claro que no momento Angelo não estava exatamente em uma posição receptiva para Gabe falar essas palavras em voz alta. Em vez disso, ele esperou seu momento, esperando pacientemente. As ruas estavam desertas em Coney Island, o parque de diversões mundialmente famoso fechado para o inverno. O clima não estava tão frio como os dias anteriores, mas eles estavam perto da água agora e Gabe sentiu a queda na temperatura. "Aqui está." Gabe olhou para o edifício branco envolto em escuridão. "Você é o dono?" "Sim." Com um nome falso, Gabe lembrou. Claro que Angelo tomaria todas as precauções necessárias. Ele era um homem naturalmente cuidadoso e ali estava ele, abrindo-se para Gabe. Compartilhando seus segredos. Isso não era algo para desprezar, Gabe entendia isso, mas o que ele tinha que dar Angelo em troca? Sua vida era um processo aberto, um livro chato, até que ele conheceu Angelo. Ele não tinha nada para dar a Angelo, nada além de si mesmo. Em vez de estacionar na entrada da fronte, Angelo passou por ela, e em torno de uma entrada lateral. Um sinal desbotado lia "Garagem Privada" e Angelo entrou no estacionamento subterrâneo quase escondido atrás de uma cerca de arame e galhos quebrados. Ele estacionou e Gabe pegou a sacola de comida, pulando para fora para ficar ao lado de Angelo em uma pesada porta de aço. Mordendo para tirar a luva de couro que ele colocou mais cedo, Angelo abriu uma trava preta e digitou um código no painel de segurança escondido embaixo. "O lugar todo está vazio?" perguntou Gabe. "Por que não alugá-lo?" 64


Angelo bufou e empurrou a porta aberta. "Não, é só meu." Gabe entrou no lugar e suspirou. O calor o saudou enquanto pó fazia cócegas seu nariz. Angelo acendeu uma luz e Gabe piscou. Eles estavam em um corredor, suas respirações ecoando no silêncio. Um elevador estava aberto à esquerda deles, o interior pintado um dourado brilhante e preto, o mesmo que as paredes do corredor. Angelo entrou no elevador. "Vamos?" Ele levantou uma sobrancelha e esperou. "Claro que sim." Sorrindo, Gabe deu um passo atrás dele e esperou enquanto ele apertou um botão marcado PH2. "O que tem na cobertura?" "Uma academia." Gabe riu. "Legal." Angelo riu também, erguendo o olhar para encontrar o Gabe. "Escute, eu não queria testá-lo mais cedo. Isso não é o que era." Ele segurou o queixo desalinhado de Angelo. "Eu só... Eu quero te conhecer. Não o líder de Los Pescadores. Você." Angelo se transformou em seu toque, pálpebras tremulando. "Eu sei disso." Ele deu um passo para o espaço de Gabe e envolveu ambos os braços ao redor de sua cintura. "Eu quero a mesma coisa." Ele baixou a cabeça e Gabe entreabriu os lábios, gemendo quando Angelo deslizou dentro de sua boca, lento e suave. Ele moveu a mão do rosto de Angelo para a parte de trás do seu pescoço, segurando-o no lugar enquanto gemiam na boca um do outro. Angelo segurou a sua bunda, dedos quentes através das calças jeans de Gabe, e Gabe balançou contra ele, empurrando sua ereção em Angelo. Eles arquearam contra o outro, paus colidindo, enquanto se beijavam, línguas deslizando. Gabe inalou a fome de Angelo, levando-a em seu corpo e tornando-a seu. Necessidade arranhou sua espinha, seu pênis dolorido, gotejando, e ele sabia o que ia dar a Angelo. Algo que ambos precisavam. Queriam. O elevador apitou e eles pularam, os olhos se encontrando enquanto eles riam.

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"Merda." Angelo passou a mão sobre o rosto. "Você me faz esquecer." Ele levantou os olhos cheios de luxuria para Gabe e então estendeu a mão, esfregando o polegar sobre o lábio inferior de Gabe. "Obrigado por isso." Ele saiu para o corredor e Gabe o seguiu, perplexo. Fazer Angelo esquecer era uma coisa boa? Eles caminharam por um corredor acarpetado até que Angelo parou na frente de uma porta preta. Ele tirou uma chave do bolso e abriu a porta, em seguida, se afastou com um floreio. "Bem-vindo à minha casa longe de casa." Suas palavras eram leves, mas seus olhos dourados estavam pesados. Sérios. Gabe olhou para ele, tentando ignorar a pequena voz no fundo de sua mente sussurrando esta era um passo monumental para ambos. O passo que ele deu era lento, mas constante e ele estendeu a mão cegamente, agarrando a mão de Angelo. Espremendo Angelo, ele disse, "Eu sei o que este momento significa." Então ele o soltou, ergueu a cabeça e entrou. Uma luz piscou e a porta se fechou atrás dele quando Angelo o seguiu. No meio do caminho para o apartamento, ele parou. Isso não era um refúgio, era uma casa. O loft de dois andares era pintado com um caramelo quente e era arejado e espaçoso. O luar se infiltrava através das cortinas diáfanas nas janelas do chão ao teto. A TV widescreen e o console de jogos estavam ligados na parede oposta, enquanto um sofá de couro marrom no estilo ferradura em torno de uma mesa de vidro decorado com livros e pequenas estatuetas de vidro. Ninguém confundiria isso para outra coisa senão uma casa, tão quente e convidativa. Gabe olhou por cima do ombro para Angelo. "Esta é a sua casa." Ele engoliu a emoção em sua garganta. Angelo concordou com um aceno de cabeça. Ainda segurando sua comida, Gabe foi até a parede mais próxima dele decorado com fotos de armação preta. Seu olhar deslizou sobre fotos de Angelo em seus anos mais jovem com sua mãe e irmã, parando no rosto de Salvatore Pagan. O pai de Angelo era uma figura imponente, mesmo

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em fotografias, seu bigode com expressão feroz. Seus olhos, muito parecido com os de seu filho, eram quentes e cintilantes. Gabe levou a mão livre para a garganta. "Você se parece com ele. Exatamente como seu pai." Braços fortes o abraçaram por trás. Angelo beijou sua nuca e seu cabelo e Gabe virou em seus braços. Olhando nos olhos de Angelo, se sentindo corajoso. "Eu não posso acreditar que você me trouxe aqui. É tão fodidamente pessoal." Angelo riu, em seguida, deu um beijo no seu nariz. "Você está em meus braços e eu coloquei a minha língua na sua bunda, eu diria que estamos muito íntimos." Gabe deitou sua cabeça no peito de Angelo e riu. "Sim, estamos muito íntimos." "Vamos." Angelo deu um beijo em sua testa. "Vamos comer."

***** Sentaram-se no chão na sala de estar, partilhando arroz frito com abacaxi, pato ao curry e macarrão Drunk enquanto bebiam Coronas. Isso e água eram as únicas coisas na geladeira na cozinha decorada de Angelo. Gabe roubou um dos rolinhos primavera de manjericão de Angelo e fingiu inocência quando Angelo levantou uma sobrancelha. Em retaliação Angelo pegou o recipiente de arroz frito e o afastou de Gabe. "Inferno, não, você não vai." Gabe investiu contra ele, agarrando um punhado de cabelo de Angelo. "Largue o arroz frito, se você sabe o que é bom para você." Angelo torceu longe, levantando a tigela no ar, uma pior expressão em seu rosto. "Oh, você quer me testar, não é?" Gabe rolou de joelhos e deslizou sua mão debaixo da camisa preta de Angelo, dedos patinando sobre suas costelas. 67


Os lábios de Angelo ergueram. "Sério, policial? Não tenho cócegas." "Não?" Gabe montou suas pernas e avançou os dedos sobre a pele quente de Angelo. "Isso é bom, eu não estou com disposição para cócegas de qualquer maneira." Seus dedos roçaram o peitoral de Angelo como ele encontrou o seu alvo. Ele enganchou um dedo mindinho através do pequeno anel no mamilo de Angelo e puxou. "Isso é o que estou procurando." "Aahh." Angelo arqueou. Seu corpo estremeceu. "Droga." "Sim." Gabe puxou os dois anéis de uma vez, observando como o pomo de Adão de Angelo balançava. Seu pênis pressionado contra seu zíper. "Nós podemos fazer isso a noite toda ou você pode entregar o arroz aí bem devagar." "Merda, Gabe." A voz rouca de Angelo ondulava, moendo sua ereção em Gabe. "Eu estou pensando que é uma ameaça que eu gostaria de vê-lo realizar." "É?" Gabe se inclinou para frente, enterrando seu nariz no ombro de Angelo. Tirando rapidamente sua língua para fora, lambeu a pele exposta. Angelo estremeceu debaixo dele, os quadris empurrando. Ele abaixou os braços, colocando o recipiente de comida de lado antes de pegar a bunda de Gabe e amassar. "Mmm." Gabe gemeu em seu ombro, se esfregando sobre Angelo. O atrito era bom, o sangue corria em suas veias e suas bolas doíam, mas ele queria mais. Ele queria saber sabor e textura de Angelo. Ele beliscou a orelha de Angelo, em seguida, se afastou. Afundando os dedos no cabelo de Angelo, Gabe encontrou seu olhar entorpecido. "Eu quero te provar, sentir você na minha boca." Um músculo na mandíbula de Angelo saltou. Seus lábios se separaram, mas ele não falou e seus olhos brilharam medo. A visão alarmou Gabe. Ele segurou o queixo de Angelo. "O Quê? O que foi?" Angelo balançou a cabeça, seu olhar indo longe de Gabe. "Eu só... será a sua primeira vez fazendo isso." Ele se virou para Gabe. "E se o meu pênis em sua boca fizer com que você decida que isso não é o que você quer, afinal?" 68


Gabe realmente queria sorrir, mas ele não achava que Angelo apreciaria direito, então ele beijou Angelo até que seu homem ficou dócil debaixo dele mais uma vez. Sacudindo a língua sobre Angelo, ele se atrapalhou com o cinto, o desafivelando. A ereção fazendo tenda no jeans de Angelo bateu na mão de Gabe quando ele o abriu com cuidado. Ele beijou Angelo novamente, em seguida, deslizou para baixo de seu corpo, estabelecendo-se no chão entre coxas separadas de Angelo. Gabe apertou o rosto na virilha de Angelo, inalando o calor e o cheiro de almíscar. Seu pênis vazou e ele empurrou a metade inferior de seu corpo no chão, balançando os quadris, fodendo a superfície plana. Angelo ainda estava debaixo dele, quase sem respirar, provavelmente esperando por Gabe mudasse de ideia. Perceber que ele não queria pau afinal de contas. Lambendo os lábios, Gabe enfiou a mão dentro da braguilha aberta de Angelo e roçou contra a pele. "Essa porra de provocação," ele murmurou. "Nenhuma roupa interior." Envolvendo sua mão ao redor do pênis quente empurrando contra ele, ele olhou para Angelo e apertou. "Ugh." Angelo arranhou o chão com os olhos fechados, quadris empurrando para cima, pau latejante, endurecendo ainda mais. "Gabe." "Abra seus olhos." Gabe apertou-o novamente, mais forte. Os olhos de Angelo se abriram, a necessidade neles gritante e nua. "Diga-me," Gabe perguntou. "diga-me o que você quer." Ele mergulhou um polegar na fenda molhada de Angelo e esperou. "Eu quero..." Angelo lambeu os lábios. "Leve-me em sua boca. Eu quero a sua língua e seus dentes e os lábios." Gabe sorriu. Ele puxou da cintura das calças jeans de Angelo para baixo seus quadris, deixando-os em torno de suas coxas. Sua boca, na verdade, molhou a sua primeira visão do pau de Angelo, duro e grosso, apontando sua ponta molhada e corada para o teto. Ele espalmou o eixo do jeito que ele faria com o seu, deslizando a mão para cima e para baixo em um traçado estável. Os quadris de Angelo levantaram com cada movimento e pau de Gabe tremeu, suas bolas doíam. Ele fodeu no chão enquanto ele acariciava Angelo. 69


"Seu pau é tão bonito," Gabe sussurrou. Ele colocou um beijo de boca aberta na cabeça, degustando o saber amargo adocicado como Angelo empurrou e assobiou. Gabe gemeu, lambendo ao redor da ponta com sua língua. Ele estava prestes a chupar seu primeiro pau, pau de Angelo, e ele não podia esperar. Agindo puramente por instinto, ele abriu a boca e tomou a cabeça dentro, selando seus lábios em torno dele quando ele chupou como se ele fosse um picolé. "Oh, Deus. Gabe." Angelo agarrou seu cabelo enquanto seus quadris empurravam para cima, alojando Angelo mais fundo na garganta de Gabe. "Hmm." Os olhos de Gabe se fecharam como Angelo pulsava contra sua língua. Tão doce e salgado e amargo. Os muitos sabores de Angelo. Ele afrouxou a mandíbula, balançando a cabeça, e Angelo deslizou para o fundo da garganta, fazendo cócegas. Ele engoliu. Angelo gritou. Seu domínio sobre o cabelo de Gabe apertou, enviando dor ondulando através dele, mas ele ignorou. Ele balançou mais rápido a cabeça, sua saliva lubrificando o comprimento de Angelo. Gabe usou a mão, trabalhando nele, acariciando-o como ele se moveu mais abaixo e pegou uma das bolas de Angelo em sua boca. Angelo rosnou. Seu cheiro único de almíscar se aprofundou como Gabe lambeu uma bola e depois a outra. As texturas de pele enrugada nas bolas de Angelo, veias lisas e grossas no seu pau parecia familiar, ainda que diferente de Gabe. Ele inalou a excitação aquecida ao redor dele e lambeu a parte inferior de bolas de Angelo. Ele se moveu mais abaixo ainda, batendo sobre a área entre as bolas e bunda que ele nunca tinha prestado atenção em seu próprio corpo até Angelo o beijou lá. Esse sentimento de joelhos bambo, a falta de ar, ele queria Angelo experimentasse como se ele tinha feito Gabe experimentar. Usando um dedo escorregadio, ele o pressionou na área, sorrindo como as coxas de Angelo tremeram e ele amaldiçoou em espanhol. A língua de Gabe se juntou o dedo, saboreando Angelo.

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Nada sobre isso parecia errado para Gabe, nada parecia tão natural quanto correr o dedo indicador ao longo do períneo de Angelo, e depois, sua língua. "Gabe." Angelo sacudiu debaixo dele, sua voz soando como se estivesse chorando. "Gabe." "Hmm." Gabe murmurou como gosto de Angelo, escuro e almiscarado, dissolveu na sua língua. Tão mau, isso, mas ele daria a sua alma nesse instante para amar Angelo assim sempre. Ele endureceu sua língua e apertou na apertada entrada de Angelo, abandonando o seu aperto no pau de Angelo, em favor de segurar as bochechas de sua bunda com as duas mãos e abri-las. Angelo empurrou contra sua língua, oferecendo-se, e Gabe estava mais do que disposto a obedecer. Ele lambeu dois dedos e os pressionou dentro de Angelo, lentamente, porque ele não tinha ido longe demais com luxúria para lembrar que ninguém nunca tinha tocado seu homem assim. Angelo endureceu ante a invasão, suas coxas tensas, mas Gabe lambeu ao redor dos dedos invasores, permitindo que sua saliva facilitasse o caminho. Logo ele estava a meio caminho. Ele torceu o pulso e entrou o resto do caminho. "Deus. Foda-se." Apesar das palavras duras, Angelo abriu mais as pernas e balançou nos dedos de Gabe. "Sim." Olhos nos dedos como eles trabalhavam dentro e fora de Angelo, Gabe sussurrou: "Foda-se nos meus dedos." Os músculos quentes em torno dele se apertaram e ele gemeu. "Sim, querido. Porra, você está faminto por isso, não é? Tão pronto." Angelo revirou os quadris em resposta, o movimento conduzindo os dedos de Gabe mais fundo dentro dele. "Ah Deus." Gabe estendeu a mão entre suas próprias pernas, mexendo para desabotoar sua calça jeans e libertar seu pau preso. "Porra. Eu poderia gozar de apenas sentir você em torno de meus dedos." Ele puxou seu pênis, contorcendo-se no chão. Angelo espalmou seu negligenciado pau, puxando rudemente como Gabe observou.

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"Sim, querido. Ah merda." Gabe retirou os dedos em Angelo lentamente, os nós dos dedos pastando um nó que fez Angelo gritar, sua bunda contraindo. Isso devia ser a próstata. Gabe apertou os nós dos dedos contra ele e olhou para cima quando a cabeça de Angelo se debatia. Oh, fantástico. "Você gosta disso, não é?" Ele se sentou, os dedos ainda dentro de Angelo. "Quando eu toco nesse ponto, você se derrete." Para demonstrar, ele puxou e mergulhou de volta, as pontas de seus dedos acertando o nó. Angelo arqueou, seu queixo caído, os olhos brilhantes enquanto seus músculos trabalhavam os dedos de Gabe. "Sim, você gosta disso," Gabe murmurou. Ele se masturbou enquanto ele fodia Angelo com os dedos. "Você quer gozar, não é? Eu posso ver isso, a tensão sobre o seu rosto." Ele se inclinou, contorcendo-se para lamber a cabeça do pau de Angelo. "Vamos. Goze na minha garganta." Ele selou os lábios ao redor de Angelo e chupou. "Ungh, Gabe. Não... porra! "Angelo levantou nos dedos de Gabe e mergulhou para baixo. Eles gritaram em uníssono. O pau na boca de Gabe inchou, alongando. Ele empurrou outro dedo em Angelo, e ele pressionou aquele nó esponjoso. Forte. "Gabe!" Angelo empurrou para cima, batendo em Gabe e acertando seu pau em sua traqueia quando gozou, sua bunda apertando dolorosamente, enchendo a boca de Gabe com seu esperma. Olhos abertos, Gabe balbuciou em torno da carga em sua boca, puxando seu pênis para a expressão no rosto de Angelo. Suas bolas encolheram e ele soltou Angelo com um empurrão, cambaleando na posição vertical e rastejando sobre o corpo de Angelo. Gabe montou o torso de Angelo como seu peito arfava. Ele masturbou quando Angelo observou com olhos meio abertos. "Abra", Gabe ordenou. Angelo obedeceu e Gabe molhou os lábios de seu homem com o seu pré-sêmen. "Eu vou gozar." Ele parecia diferente, áspero, duro. "E você vai me chupar quando eu gozo." 72


Os olhos de Angelo se arregalaram, suas narinas infladas. Ele lambeu os lábios e permaneceu em silêncio. Gabe guiou seu pênis na boca de Angelo com a mão direita, ele espalmou a garganta de Angelo com a esquerda, apertando suavemente. Angelo o chupou, sua boca quente e molhada, o deslizar de sua língua na parte inferior da coroa de Gabe como o paraíso. "Eu amo isso," disse Gabe suavemente. "O jeito que você me chupa." Sua mão na garganta de Angelo flexionou. "A maneira como você se rende, tão fodidamente doce." Angelo gemeu em torno dele, o som vibrando nas bolas de Gabe. Ele arqueou, dirigindo seu pênis mais fundo na boca de Angelo. "Faça isso." Ele apertou a garganta de Angelo novamente e sentiu o pulso ali falhar, em seguida, acelerar. "Me desmonte. Desmonte o seu homem." Os cílios de Angelo vibraram, mas não antes de Gabe ver a felicidade. A alegria em suas profundezas douradas. A visão ficou com ele e ele começou a foder a boca de Angelo. Áspero e descoordenado. Angelo fechou os olhos e chupou, sua boca como um vácuo quente e molhado que Gabe não queria sair, mas o calor revelador na base de sua espinha espiralou para cima e através de seu corpo. Ele engasgou enquanto seu corpo tremia. Angelo mergulhou sua língua em sua fenda então a deslizou ao cume na parte inferior de sua coroa. "Merda!" Ele agarrou o cabelo de Angelo, apertando-o como ele fodeu seu rosto. "Porra, me faça gozar!" Angelo grunhiu, talvez uma risada, e lambeu o cume novamente. "Fodaaa!" Gabe se dobrou enquanto seu gozo derramava na garganta de Angelo. Ele continuou empurrando como Angelo espalmou sua bunda e o segurou na posição vertical. "Filho da... porra!" Angelo não parou de chupá-lo, gemendo ao redor do pênis de Gabe como ele engoliu e lambeu. Gabe tremeu acima dele enquanto cavalgava as ondas, estrangulado gritos deixando sua

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garganta. Angelo segurou apertado até que o tremor diminuiu um pouco e então o soltou. Gabe caiu em cima dele, seu pau mole deslizando livre quando Angelo o apertou perto. Ele rolou para o lado dele, puxou Angelo em cima dele e o beijou. Gabe enfiou a língua dentro da boca de Angelo, provando o seu homem no meio do gosto amargo de sua própria porra. Angelo o beijou de volta, com fome e insistente, roubando a respiração de Gabe. Ele rasgou sua boca longe. "Maldição, esta merda é fodidamente intensa." Angelo sorriu e acariciou sua bochecha. "E vai ficar mais intenso." Ele roçou os lábios sobre Gabe. Gabe segurou o cabelo dele e olhou em seus olhos. "Leve-me para o quarto. Eu vou foder você esta noite." Colocando as palavras pra fora, falando em voz alta fez sua necessidade e intenção mais potente e ele lambeu os lábios enquanto os olhos de Angelo vidravam. "Quarto." Gabe deu um tapa no ombro de Angelo. "Agora, a menos que queira a nossa primeira vez seja no seu chão." Ele segurou o queixo de Angelo e forçou seus olhares juntos. "Você quer que eu foda você aqui?" Angelo saltou de pé, balançando instável em seus pés. "Quarto, sim." Palavras arrastadas, ele parecia bêbado. Puxando seus jeans pra cima, Angelo foi para as escadas curvas que levavam ao segundo andar do loft. Gabe sorriu e removeu sua calça jeans, procurando em seus bolsos por sua carteira antes de subir as escadas atrás Angelo apenas de cuecas. Ele encontrou Angelo na entrada do quarto e envolveu um braço em torno dele por trás, mordiscando seu pescoço e ombros. Angelo gemeu e pressionou sua bunda contra Gabe enquanto batia palmas das mãos na parede para manter o equilíbrio. Gabe empurrou contra ele, as mãos correndo sobre a frente de Angelo, agarrando suas bolas e apertando. "Hmm." Angelo jogou a cabeça para trás e revirou os quadris. "Porra, Gabe." Gabe afastou o cabelo de Angelo de seu pescoço com uma mão, afundando seus dentes nele enquanto a outra mão trabalhava jeans de Angelo, empurrando-os para fora de seus quadris. Ele 74


acariciou a ereção de Angelo, passando a pré-sêmen em torno da cabeça e mergulhando o polegar na fenda. "Ah. Ah." Angelo alternava entre empurrar na mão de Gabe e moer sua bunda em seu pênis. Gabe trabalhou o pau escorregadio de Angelo, ficando os dedos lubrificados antes de removê-los. Colocando a palma da mão na parte de trás da cabeça de Angelo, cuspiu nos dedos lubrificados e os levou ao buraco de Angelo. "Vou te foder aqui," Gabe sussurrou. Sua voz era áspera, irregular, quando ele empurrou para Angelo. O calor mais incrível o encontrou. Ele cerrou os dentes e se afundou mais profundo. "Foder você tão bem." "Sí." Angelo estremeceu, ampliando sua postura e dobrando a cintura. Seu corpo se abriu mais e Gabe afundou lentamente, procurando aquele nó com as pontas dos dedos. Angelo estremeceu. "Dios." Sua voz ecoou na quietude, disparando o sangue de Gabe. Ele puxou os dedos para fora e os afundou de volta mais forte. Angelo gemia com cada impulso, balançando para encontrar Gabe, dedos arranhando as paredes. "Você é tão sexy assim." Gabe deu um beijo em sua espinha. "Quero te foder tão mau, bebê. Preciso tanto, mas eu não quero te machucar." Ele torceu os dedos e Angelo arqueou. "Merda, ah. Eu tenho – eu tenho lubrificante," Angelo gemeu. "Oh, você tem?" Gabe bateu uma nádega. Angelo respirou fundo. "Onde ele está?" "Quarto." Gabe riu. "Então por que estamos na porta?" Ele tirou os dedos de Angelo e se curvou, lambendo seu caminho até o vinco de Angelo. "Diga-me onde está o lubrificante." Ele roçou a língua no buraco de Angelo. "Hmm, foda. Cabeceira, segunda gaveta." Angelo empurrou sua bunda para o rosto de Gabe.

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Gabe deu mais alguns golpes de sua língua antes de se endireitar e se afastar. "Tire a roupa e suba na cama," ele ordenou. Eles entraram no quarto e Angelo fez como ordenou, tirando os jeans e meias e puxando a camiseta sobre a cabeça antes de subir na enorme cama de dossel. A cama e mesa de cabeceira foram tudo que Gabe notou no quarto. Ele se moveu para a mesa de cabeceira e abriu a segunda gaveta, pegando um tubo de lubrificante à base de água. Suas bolas contraíram, pênis pulsava. Foda. Antecipação queimava sob sua pele. O passo final para o que poderia vir a ser a sua morte profissional estava aqui e ele não podia esperar. Não conseguia pensar em qualquer outra coisa que ele preferia fazer. Ele enganchou um dedo no cós da cueca e puxou para baixo. Virando-se para Angelo, ele engoliu seco. Seu homem estava deitado na cama, com os joelhos dobrados, uma mão envolvida em torno de seu pênis, acariciando como ele trabalhou seu buraco com os outros dois dedos, entrando e saindo lentamente. Gabe caminhou até o pé da cama e assistiu. Angelo levantou um olhar vidrado para ele, faces coradas, dentes beliscando em seu lábio inferior. "Vejo que você começou sem mim." Gabe se arrastou até a cama e entre suas pernas. Angelo sorriu, sua palma acariciando seu pau avermelhado, dedos empurrando para dentro e para fora. "Você estava demorando muito, amado." Ele soou gutural, mais perto do ponto sem volta. Gabe deu um beijo no joelho de Angelo mais próximo a ele. Ele abriu o preservativo que tinha pegado de sua carteira com dedos trêmulos e o colocou, rangendo os dentes. Apenas o toque da sua própria mão sobre seu pau era o suficiente para mandá-lo arremessado em direção ao orgasmo. Puxando fôlego em seus pulmões, ele inalou o cheiro de suor e sexo enquanto os gemidos roucos de Angelo enchiam seus ouvidos. Ele apertou uma gota de lubrificante na palma da mão e se lubrificou antes de arremessar o tubo de lado.

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"Você parece tão fodidamente sexy agora." Puxando as pernas de Angelo, ele se moveu no meio como se soubesse o que diabos ele estava fazendo. "Tão quente para mim, necessitado." Ele cobriu a mão de Angelo com a sua e ambos se moveram, acariciando cima e para baixo. "Sí, amado. Assim mesmo." Angelo arqueou para fora da cama, seus anéis de mamilo brilhando na luz. Gabe alinhou seu pênis na entrada de Angelo, deslizando-o para cima e para baixo sua fenda. "Diga-me o que você quer," ele sussurrou. "Mostre-me o que você gosta." Suas bolas doendo reclamavam com ele para mergulhar em Angelo, mas ele se segurou. Isso precisava ser bom para ambos. "Te quiero a ti. Eu quero você." Angelo largou seu pau e alcançou debaixo dele, separando suas nádegas. Ele inclinou os quadris para frente. "Eu só quero você, qualquer coisa que você fizer será bom, Gabe. Me dê – nos dê o que nós precisamos." Gabe olhou para aqueles olhos dourados, perdendo-se quando ele tomou seu pau em sua mão e avançou, empurrando nesse buraco apertado, pressionando para dentro. Angelo sustentou o olhar, os lábios se movendo, mas o sangue correndo nas orelhas de Gabe afogou o som. A cabeça do seu pau empurrou o anel externo de músculos e mergulhou dentro. O calor o inundou. Aperto o estrangulou. Ele se esforçou para respirar pelo nariz, lutou para ficar parado quando todos os seus instintos insistiam em bater na fornalha de boas-vindas do corpo de Angelo. "Angel." O nome surgiu de trás de seus dentes cerrados. "Bebê." Emoção obstruía sua garganta e queimou seus olhos. "Eu posso ficar assim para sempre. Você se encaixa tão bem em mim." Os olhos de Angelo brilharam. O pomo de Adão balançou. "Sim, tão bom." Seus músculos se apertaram em torno de Gabe.

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"Ah, foda!" Gabe jogou a cabeça para trás e revirou os quadris. "Estou dividido entre ficar assim e afundar em você." Ele cavou seus dedos nas coxas de Angelo. "Diga-me o que fazer," ele gemeu. "Diga-me." "Foda-me, amado." Angelo apertou em torno dele novamente. "Foda-me." Gabe empurrou, afundando mais e mais em todo desse calor. Todo o seu corpo brilhou, o suor escorria quente em seus olhos e para baixo sua bunda. Ele afundou em até suas bolas pressionarem contra a bunda de Angelo. "Estou tão profundamente em você." Ele encontrou o olhar de seu homem, seus lábios se curvando na fome impressa ali. "Vou te foder agora." "Sim. Gabe, por favor." Gabe recuou e empurrou de volta. "Nnng, simmm!" Angelo arqueou. "Puxe os anéis," disse Gabe com voz rouca. "Deixe-me te ver brincar com eles." Angelo puxou os anéis de prata em seus mamilos, maldições em espanhóis saindo de seus lábios enquanto seu corpo se apertou em torno de Gabe. "Foda-se, sim." Gabe retirou até que apenas sua ponta permaneceu em Angelo, então bateu de volta. "Foda-se!" "¡Mierda!" Suas pernas enfraqueceram e sua visão ficou escura por um momento. A dor em suas bolas cresceu insuportável. "Deus, bebê. Eu não vou durar, você é tão bom." Ele puxou e bateu novamente. "Você me espreme tão bom pra caralho." "Faça. Faça-me gozar." Angelo espalmou seu pênis e acariciou ao tempo dos impulsos de Gabe, suas coxas enrijecendo. "Vou gozar."

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"Sim." Gabe inclinou os quadris para frente e mergulhou quando seu pênis entrou em erupção. "Ah Merda. Oh merda!" Ele se esvaziou no preservativo, vendo através dos olhos semicerrados quando Angelo gozava, sua porra caindo em seu próprio estômago. Visão do caralho. Ele continuou empurrando até que suas pernas cederam debaixo dele e ele caiu de bruços sobre Angelo. Braços trêmulos o seguraram, lábios firmes pressionaram beijos em sua têmpora e na testa. Eles permaneceram em silêncio, peitos arfando até que seus corpos esfriaram. "Como você se sente?" Angelo sussurrou em seu ouvido. Gabe se levantou sobre o cotovelo. "Eu não deveria estar te fazendo essa pergunta? Você é a pessoa que acabou de ser fodido pela primeira vez." Os olhos de Angelo enrugaram nos cantos. "Sim, mas eu sempre fui gay. Eu fiz isso, apenas no lado ativo. Você é novo em tudo isso, então eu vou perguntar de novo, como você se sente?" Gabe afundou os dedos no cabelo de Angelo e o puxou para perto até que seus narizes se tocaram. "Eu sinto que eu quero fazer isso e muito mais de novo e de novo. Eu sinto como se pudesse tocar em você por horas e nunca parar. Eu poderia me embebedar com você, nisso." Ele acenou com a mão entre eles. "Eu ainda quero mais." Angelo procurou seu olhar, em seguida, puxou o cobertor para cima e sobre eles. "Ainda há momentos em que eu não posso acreditar que estamos onde estamos, que poderia ser feliz com isso, mas eu não quero mudar nada." "Bom." Gabe o beijou, suave, fugaz. Ele se aconchegou no abraço de Angelo, colocando a cabeça no peito dele. "Nunca vamos mudar isso."

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Capítulo Cinco O som de seu telefone o acordou. Angelo se virou e fez uma careta. Sua bunda doendo e o braço pesado pendurado em seu peito o manteve preso na cama. Gabe estava estendido sobre ele, sua cabeça na curva do pescoço de Angelo e uma perna em volta de seu quadril. Maneira doce de acordar. Desconhecido, mas doce. Ele tirou uma mecha de cabelo da testa de Gabe e o beijou suavemente antes de rolar para fora de debaixo dele. "Mmm." Gabe abriu um olho. "Hey." Ele rolou de costas e passou a mão sobre o rosto. "Que horas são?" Angelo pegou o telefone da mesa de cabeceira. Uma chamada perdida de Pablo. "É um pouco depois das quatro." "Merda." Gabe caiu para trás sobre os travesseiros. "Volte a dormir, eu tenho que fazer uma ligação." Ele saiu do quarto enquanto discava para Pablo. "Ei, patrão." "O que foi?" Angelo desceu as escadas e entrou na cozinha. "Achamos Gordo." "Bom." Servindo-se de um copo de água, apoiou um quadril contra o balcão. "Na verdade, não." Pablo fez uma pausa. "Nós o encontramos em Port Authority, prestes a embarcar em um ônibus para o Texas." "Huh, não diga." Angelo olhou sem ver no seu copo de água. "Isso não soa realmente como as ações de um homem inocente, agora, não é?" "Não, mas ele não quer falar."

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"Ainda." Água esquecida, Angelo voltou lá em cima para se vestir. "Onde é que você o levou?" "Estamos todos aqui em casa na o Fifty-Third." "Leve-o para o local em East New York. Eu estarei lá em pouco tempo." A instalação de armazenamento abandonado na Williams Avenue serviria muito bem para o que Angelo tinha em mente. Total privacidade era necessária. "Você precisa que eu pegue você?" "Não." Ele desligou a chamada quando ele voltou no quarto. Gabe estava envolto nos cobertores, apenas sua cabeça cacheada visível. Um sorriso surgiu nos lábios de Angelo. Ontem à noite. A noite de estreias, uma que ele nunca esqueceria. Sem recuar agora, para qualquer um deles. Gabe podia pensar que ele sabia o que Angelo Pagan era, mas ele não tinha ideia. Angelo sabia que ele encontraria uma maneira de estragar o que ele e Gabe tinha. Ele sabia disso, assim como ele sabia que estava apaixonado pelo policial em sua cama. Ele se vestiu e puxou o cabelo para trás em uma trança antes de se inclinar e beijar Gabe na bochecha. Sua policial se esticou e abriu os olhos. "Eu tenho que ir, querido. Eu sinto muito." "Tudo bem." Seus olhos se fecharam. "Fique," Angelo disse a ele. "Durma até que você esteja pronto para sair. Todas as portas tem fechamento automático, então você ficará bem. Você quer que eu te dê uma carona de volta?" Os olhos de Gabe se abriram. "De jeito nenhum. Eu posso pegar um táxi para casa, não se preocupe." "Merda. Eu – eu me sinto mal, deixando você aqui sozinho." "Jesus, eu vou ficar bem." Gabe se enterrou sob os cobertores. "Vá cuidar dos seus negócios. Certifique-se de me ligar mais tarde."

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Angelo riu. "Eu vou." Ele beijou Gabe nos lábios. "Obrigado por ontem à noite." Ele sentiu a boca de Gabe se curvando em um sorriso. "Eu ligo para você." Ele se afastou, a coisa mais difícil que ele já tinha feito até agora, e se afastou. "Pagan." Ele parou na porta do quarto e olhou por cima do ombro. Gabe encontrou seu olhar. "Seja cuidadoso. Isso é uma ordem do caralho." A suavidade em seus olhos não suavizou as palavras. "Sí, señor." Angelo retrucou a saudação e saiu.

***** Em 20 minutos ele estava caminhando pelas portas fortemente vigiadas do edifício em Williams Avenue. Os rapazes na porta estavam sombrios, acenando para ele em silêncio enquanto ele passava. Angelo sentiu as suas preocupações e confusão. Eles esperavam que ele fizesse as coisas direito, chegar ao fundo da morte de Auggie, e ele o faria. O primeiro passo era lidar com Gordo. Ele encontrou Pablo e Gordo sentados em uma pequena sala sem janelas na parte de trás do lugar. Pablo ficou de pé, logo que Angelo entrou. Gordo permaneceu sentado, mas sua cor diminuiu consideravelmente. Angelo ignorou Gordo e ficou de pé, mãos nos bolsos, quando Pablo falou. "Ele tentou se disfarçar, chefe. Cortando seu cabelo e usando base e um chapéu, mas nós o pegamos." Ele empurrou o queixo em direção Gordo. "Tive que praticamente o arrancar para fora do ônibus, el hijo de puta não queria sair." "Chefe, eu posso explicar." Gordo ficou de pé. "Eu estava indo visitar minha irmã." Angelo lhe lançou um olhar e ele afundou em sua cadeira. "Deixe-nos, Pablo." 82


"Sí, chefe." Dando um olhar de pena para Gordo, Pablo saiu da sala. "Deixe a porta aberta," disse Angelo suavemente. As próximas atividades agiriam como um exemplo para qualquer um que pensasse em agir pelas suas costas, trair a confiança dele. Dobrando na cintura, Angelo puxou uma faca pequena e fio garrote de suas botas. Ele colocou os itens de lado na mesa e pegou uma cadeira. Depois de posicionar a cadeira na frente de Gordo, ele se sentou e cruzou os tornozelos. "Eu estou ouvindo quando você estiver pronto para começar a falar." Dedos no queixo, ele encontrou o olhar cheio de medo de Gordo. "Chefe, por favor. Eu não fiz nada." Gordo fungou. Lágrimas encheram os olhos, mas elas não caíram. "Tente outra, Gordo." Angelo manteve seu tom civilizado e baixo quando por dentro seu sangue fervia. "Um homem inocente não foge e sai da cidade." "Minha irmã – ” "Sua família está na Flórida, Gordo. E você não tem uma irmã." Angelo inclinou para frente. "Eu quero saber o que meu tio lhe prometeu que valia mais do que a sua vida, porque você tinha que saber que eu te mataria se eu descobrisse." "Eu não fiz nada, chefe." Angelo puxou a 0.22 da cintura e puxou o gatilho, abrindo um buraco no joelho direito de Gordo. Gordo gritou, dobrando, mãos agarrando seu joelho quando ele deslizou para o chão de concreto frio. "Eu tenho muito mais balas e nenhum lugar ir, Gordo. Nós podemos fazer esta dança a noite toda." "Meu joelho!" Gordo balançava para frente e para trás no chão. "Meu pé!" Saliva escorria do queixo, ranho do nariz correu em sua boca. Não era uma imagem bonita.

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"O que ele prometeu a você?" Angelo colocou o cano da arma sob o queixo de Gordo e levantou. Olhos lacrimejantes, vidrados com dor, olharam para ele. "Ou será que ele tem algo de você?" Os olhos de Gordo piscaram e Angelo sorriu. "Ah, ele tinha algo sobre sua cabeça. O que era?" "Eu tenho um problema," Gordo sussurrou. "Carlos sabia, porque ele a criou e quando ele precisava atacar você, ele explorou isso." A coisa mais coerente que ele tinha ouvido de Gordo desde que ele entrou. Angelo concordou. "É o que meu tio faz. Eu avisei meu pessoal sobre ele anos atrás, Gordo. Você sabia como ele operava desde o primeiro dia, então eu não entendo como você foi pego em sua armadilha." "Ele e sua equipe têm lidado com drogas nas sombras há um tempo." Gordo abaixou a cabeça. O suor escorria em seu couro cabeludo recém-raspado. "Eu experimentei heroína. Eu fiquei viciado. As únicas pessoas que lidavam com nas proximidades era o pessoal de Carlos, e eu tinha que pegar minha dose." Ele encontrou os olhos de Angelo. "Para alimentar o meu hábito que eu tinha que ir para o covil de Carlos. Ele tinha fotos, vídeos de me drogando." "E ele usou isso para chantagear você." "Sim." Gordo se moveu, então gemeu. O sangue jorrou de seu joelho. Angelo observou friamente. "Ele me ligou. Me disse que tinha um trabalho para mim e se eu não fizesse isso, ele se certificaria que todos soubessem sobre o meu pequeno hábito." Típico de Carlos. Sempre um para as táticas de força. "O que ele queria?" "Ele queria que eu experimentasse alguns comprimidos em um dos meus amigos para ‘ver’ se eles funcionavam." Gordo deu de ombros. "Eu não sabia o que eram, mas eu conhecia Carlos e eu sabia que os comprimidos eram perigosos. Auggie estava saindo comigo, então eu o deixei bêbado uma noite e o convenci a tomar alguns. No dia seguinte, ele voltou por mais. E no próximo." Gelo congelou as veias de Angelo. "Você o deixou viciado." 84


Gordo assentiu. Ele parecia genuinamente arrependido. Ou poderia ser a dor em seu joelho. "Eu não tenho ideia do que eram as pílulas, mas elas levaram Auggie ao redor em uma coleira." "E o dia em que ele morreu?" "Eu estava sem, Carlos não tinha enviado mais para mim e Auggie estava ansiando por ele. Nós discutimos e eu disse a ele a única pessoa que tinha as malditas pílulas era Carlos, talvez por isso ele devesse ir para lá. Essa foi a última vez que o vi." "O que o meu tio sabe sobre minha operação?" Gordo empalideceu. "Chefe – " "Porque eu conheço o meu tio e não de modo algum que ele teria alguém de dentro da minha equipe em seu meio e não procurasse conseguir informações." Ele se levantou e pegou o garrote. "O que você disse a ele?" "Por favor, eu tive que dizer a ele," gritou Gordo. "Ele ameaçou mi madre." "Isso é muito ruim." Angelo caminhou até ele, ajoelhando-se atrás de suas costas. "Delatores não vivem por muito tempo em nossa linha de trabalho, Gordo. Você sabe disso. Você também sabe o que Carlos fez com a minha família. Isso é fodidamente pessoal e você escolheu o seu lado." "Sinto muito. Eu sinto muito." Gordo virou. "Ele me fez contar todos os seus fornecedores e as datas de seus próximos embarques." "Eu sinto muito também." Angelo envolveu o fio garrote em torno de seu pescoço e puxou. As pernas de Gordo chutaram para fora, raspando no chão enquanto ele lutava. Angelo rangeu os dentes, apertando seu aperto enquanto o fio cortava a garganta do Gordo. Ele continuou puxando até que o corpo ficou mole e o cheiro de urina quente encheu seu nariz. Suas mãos e ombros doíam. Ele se afastou do corpo sem vida diante dele quando Pablo entrou na sala. "Passa-me a minha faca." Angelo não tirava os olhos de cima de Gordo. Tristeza o comia. No entanto, outro de seus homens morreu por causa de Carlos. Ele poderia ter poupado a vida de

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Gordo, pensou seriamente sobre como fazer isso, mas que tipo de mensagem que ele enviaria aos homens que ele liderava? E seu tio? Lições precisavam ser ensinadas, mas quando ele se ajoelhou na frente de Gordo e cortou sua garganta de orelha a orelha ao longo das marcas de fios, ele prometeu que a próxima e última vida que ele tirasse seria a do seu tio. "Tragam os homens aqui," ele ordenou a Pablo. "Aqueles lá fora também." Ele permaneceu de joelhos, enquanto os homens entravam, olhando inexpressivos para o corpo no chão. Eles entenderam a natureza da besta. "Há drogas em nossas ruas. Heroína e comprimidos. Não sei o que são pílulas ainda, mas eu vou." Ele olhou para cada homem no olho. "Está prestes a ter uma guerra, uma que vocês nunca viram antes, e é pessoal. Fodidamente pessoal." "Estamos com você do começo ao fim, chefe." "Vocês estão?" Ele ficou de pé. "Eu, pessoalmente, cortarei a garganta qualquer um lidando com Carlos. Ele é uma cobra, trafica drogas para os nossos soldados e os nossos filhos. Ele quer o controle do território Los P e ele fará qualquer coisa para segui-lo. Ele está marcado para morrer, mas ele também é meu. Ninguém toca nele, exceto eu." "O que você quer que façamos, chefe?" "Descubra o que são os comprimidos. Pode ser de prescrição ou algo completamente diferente, de qualquer forma, precisamos saber. Mantenha os olhos na equipe de Carlos, observem os seus movimentos e relatem para mim. Não se envolvam com eles, quanto menos derramamento de sangue para os Los P, melhor." Ele acenou com a mão no corpo no chão. "Gordo se permitiu ser enganado. Acredite em mim quando eu lhes digo, vocês foram avisados. Vocês decidem que querem foder por aí com Carlos, trair Los P e tudo o que nós defendemos, isso vai parecer misericordioso em comparação com o que vou fazer." Silêncio encontraram suas palavras. "Limpe este lugar e todo mundo vá para casa." Os homens se apressaram em suas funções. 86


"Chefe, você quer que o joguemos por aí ou..." Pablo levantou uma sobrancelha. Ou fazer com que ele nunca seja encontrado. "Jogue-o em algum lugar."

***** O telefone de Gabe tocou quando ele entrou na delegacia. Ele o puxou de sua jaqueta, lábios curvando-se na identidade de seu interlocutor. Sério, isso deveria parecer tão bom? Seguindo seu caminho para o escritório de seu capitão, ele respondeu ao chamado de Angelo. "Hey." "Você chegou em casa bem esta manhã?" "Sim. Sai logo depois de você." A cama tinha ficado fria, então realmente não havia qualquer objetivo em ficar até o sol nascer. "Você está bem?" Ele não queria pressionar Angelo a confiar nele. Ele confiaria se ele quisesse e Gabe tinha que fazer as pazes com isso. Ele entrou no escritório vazio de seu capitão e fechou a porta suavemente atrás dele. Angelo suspirou em seu ouvido. Isso por si só falava muito. "Eu não estou bem, nem de longe." Gabe percebeu a tensão e o cansaço que Angelo tentou esconder. "Você – ” Ele deslizou em uma cadeira e fechou os olhos. "Eu estou aqui se você quiser falar. Só você e eu, sem amarras. Você sabe disso, certo?" "Eu sei e talvez um dia eu aceite a oferta." "Tudo bem." Movendo sua cadeira para ter uma melhor visão da porta, ele abaixou mais a voz. "Eu fui fazer compras hoje." "Oh."

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Gabe sorriu. Imaginou olhos dourados de Angelo brilhando, uma sobrancelha levantada, enquanto esperava que Gabe continuasse. "Sim, eu gastei uma pequena fortuna em guloseimas do tipo liso e elástico." Seu corpo cantarolou na ingestão rápida da respiração de Angelo. Pressionando a palma de sua mão livre contra seu bojo, ele se mexeu em sua cadeira. Ele havia gasto uma grande quantidade de dinheiro na farmácia local, mas a maioria de suas compras foi online. Ele salivou com a quantidade de merda que eles tinham disponíveis. Coisas que ele queria tentar com Angelo, fazê-lo gemer e implorar. "Você não vai contar?" Angelo soava rouco. "Eu deveria te fazer uma visita em breve, não? Te levar o jantar?" Gabe riu. "Soa como um plano." Ele viu seu superior indo para seu escritório e abaixou a voz. "Eu tenho que ir, mas apareça quando você estiver pronto, tudo bem?" "Está bem." "Tchau." Ele desligou quando Capitão Kowalski abriu a porta do escritório e entrou com uma sobrancelha grisalha levantada. "Ashby." Um homem grande, em tamanho e altura, Kowalski caminhou ao redor da mesa e se sentou. "Capitão." Gabe balançou a cabeça para ele, esperando quando Kowalski abriu sua gaveta e limpou as mãos e a boca com uma toalha de papel. "Eu não disse que você tinha que vir imediatamente, Ashby." Kowalski enrolou a toalha de papel e a jogou para o lixo a alguns metros de distância, não acertando o alvo. Ele ignorou a bagunça no chão e alisou o bigode com o polegar e o dedo indicador. "Eu não tenho mais nada para fazer hoje, então imaginei que poderia vir." E também, seu coração tinha momentaneamente parado de bater quando ele recebeu a mensagem de voz de Kowalski esta manhã, dizendo para ele para ir até a delegacia. Seu primeiro pensamento, seu único pensamento, foi a de que ele tinha sido descoberto. Todo mundo sabia sobre ele e Angelo. Mas

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apesar de sua ansiedade em vir até aqui, ninguém olhou para ele engraçado. Todo mundo o saudou com gritos e palmadas nas costas. Ele tinha se sentido como um falso naquele momento. Um traidor. "Nenhuma terapia física hoje?" Ele sacudiu a atenção para o rosto de Kowalski. "Uh, não. Vou amanhã." Ele se recusou a piscar sob o olhar azul direto de Kowalski. "Hmm." Kowalski pegou uma pasta da pilha sobre a mesa, o abriu e o empurrou para Gabe. "Você reconhecê-lo?" Gabe pegou a pasta de cima da mesa e olhou de soslaio para a foto preta e branca granulada. O jovem homem com cabelo cortado perto e um sorriso em seu rosto cheio de cicatrizes parecia familiar. "Esse é o cara no armazém." "Manuel Duarte," Kowalski forneceu o nome. O Manny de Angelo. O cara que queria matar Gabe. "Achamos que ele foi ele que atirou em você." Ele endureceu e olhou para Kowalski. Seu capitão obviamente esperava que ele corroborasse a história. "Ele estava lá," Gabe cobriu. "A arma estava apontada para mim, mas eu não me lembro se ele puxou o gatilho." "Nós o encontramos com a arma enterrada sobre em Spring Creek." "Foda-se!" O desabafo saiu de seus lábios, desenhando uma carranca de Kowalski. "Você parece chocado. Zangado mesmo, Ashby." Se se encostando à cadeira, Kowalski o estudou. "Parece-me que Los Pescadores estão limpando a casa." Jesus, Angelo. Por que não disse Gabe ele tinha lidado com Manny? "Por que Los P mataria um de seus pela tentativa de assassinato de um policial?" Sua boca se moveu, mas Gabe não podia ter certeza do que ele estava falando. Seu intestino disse a ele Angelo fez isso porque Manny queria matar Gabe. Este assassinato foi pessoal e tudo sobre os ombros de Gabe.

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"Ouça, Pagan é um monte de coisas ruins, mas ele não é nenhum assassino de policiais. Se um de seus homens agiu nas suas costas e tentou atirar em você, Pagan pode ter feito dele um exemplo." Que é exatamente o Angelo fez. Gabe sentiu um músculo pulsando em sua mandíbula quando ele perguntou: "Qual é a causa da morte?" "Ferimento de tiro único na cabeça." Kowalski acenou para o arquivo na mão de Gabe. "A balística na arma mostra que é a mesma usada em você." "Mas por que enterrá-lo com a arma? Será que eles querem que a gente saiba que ele fez isso?" Gabe arrastou os dedos rígidos pelo seu cabelo. "Mas poderia facilmente ter saído pela culatra, nos fazer ir atrás dos Los P ainda mais." Que diabos Angelo estava pensando, fazendo esta merda? "O que nós vamos. Isso não muda nada, apesar do que Pagan poderia esperar." Kowalski se inclinou mais perto, cotovelos sobre a mesa. "Todo o grupo dele precisa ser exterminado. Na noite de anteontem, um dos homens de Pagan teve uma overdose. Parece que ele está entrando no comércio de drogas. Nós vamos pressioná-los ainda mais, invadir em poucos dias, paradas aleatórias, as obras." Gabe não ouviu nada depois de "tráfico de drogas". Quando Los P passaram para o tráfico de drogas? A dor atravessou seu peito. Um erro. Ele tinha feito um erro enorme. Deus, ele precisava vomitar. "Eu coloquei Phelps nisso, então vamos começar a atacá-los amanhã." Ele praticamente podia ver Kowalski espumando pela boca. Jeremy Phelps era um policial decente. Gabe tinha sido parceiro dele em alguns casos quando ele tinha transferido de Connecticut e se sentia à vontade com o homem de família dedicado. Agora esse homem estaria na mira de Angelo. Porra. Ele cerrou os punhos. Ele agora estava na posição mais insustentável de nunca. Será que ele avisava Angelo sobre os ataques? Pedir para Phelps e sua equipe serem cautelosos? 90


Drogas, fodidas drogas. "Eu liguei para você para lhe dizer o atirador foi pego," disse Kowalski quando ele se levantou, "e para que você saiba que nós estamos indo atrás daqueles bastardos pelo que eles fizeram com você. Eu só queria que você pudesse estar lá quando o prendermos." Gabe sorriu fracamente. "Eu também." Ele se levantou e caminhou até a porta. "Felizmente, eu vou estar de volta a tempo." "Vamos torcer." Kowalski lhe deu um tapa nas costas, puxando um suspiro sufocado. "Mais tarde, Capitão." Ele apertou a mão de Kowalski e endureceu sua espinha enquanto caminhava de volta pela sala do plantel. "Ei, Ashby." Merda! Ele parou quando Phelps se afastou de uma multidão de oficiais e se dirigiu para ele. Porra, como é que ele iria olhar o homem nos olhos? "E aí, Jeremy?" Ele estendeu a mão e Phelps a apertou com força. "O Capitão te contou?" Gabe balançou a cabeça para o outro homem. Phelps era alguns centímetros mais baixo do que o seu um metro e noventa. "Sim, ele me deu os destaques." "Sim, cara." Phelps concordou. "Parece que Pagan lidou com o cara que atirou em você, mas nós temos uma surpresa para sua bunda." Gabe colou na obrigatória expressão alegre e permaneceu quieto enquanto Phelps se regozijava sobre os planos que eles tinham para Los Pescadores e Angelo Pagan. Gabe não prestou atenção. Ele estava dividido entre sua raiva em Angelo e querer dar um soco na cara Phelps pela sua sede de sangue flagrante por Angelo. "Eu estou lhe dizendo, Ashby. Desta vez não podemos perder." Phelps deu um sorriso brilhante. "Nós vamos pegar o filho da puta, com certeza." "Bem, boa sorte." Gabe passou por ele, mas Phelps o acompanhou. "Como está seu ombro, a propósito? Aposto que a pequena dama que você tem em casa está mimando você." Phelps piscou para ele com um sorriso malicioso. 91


Gabe abriu a porta e saiu, Phelps com ele. "Nah, nós terminamos há pouco tempo atrás." Ele não se sentia tão estranho quanto ele costumava dizer isso. "Ah homem, isso é uma porcaria. Desculpe." Phelps colocou a mão no antebraço de Gabe. "Você está bem?" Gabe franziu a testa. "Sim, por que não eu estaria?" Ele correu para o estacionamento para pegar seu carro e Phelps com ele. "Ei, cara, eu só estou dizendo. Primeiro você leva um tiro, então, sua mulher vai embora. A maioria das pessoas não ficaria bem." Gabe deu de ombros. "Eu não sou a maioria das pessoas." "Eu ouvi isso." Phelps lhe bateu nas costas. "Escute, eu não cheguei a lhe perguntar antes..." Phelps abaixou a voz e ficou mais perto de Gabe. "Você não se lembra de nada sobre o tiroteio, eu quero dizer, nenhuma coisinha de nada?" Os cabelos na nuca de Gabe se levantaram. Ele não tinha ideia de por que, mas ele deu um passo para trás. Será que ele não percebeu alguma coisa? Por que Phelps estava questionando-o sobre isso agora? "Uh, não, cara. Eu ainda não consigo me lembrar de muito." Ok, ele não estava imaginando o brilho predatório nos olhos Phelps quando ele deu de ombros e ofereceu um pequeno sorriso. "Só perguntando. Se você se lembrar, não hesite em me chamar, eu estou no comando da operação, então qualquer coisa poderia ajudar. Mais munição contra Pagan e Los P, certo?" Gabe riu com alegria que não sentia. De repente, tudo parecia como se ele estivesse pisando em uma realidade alternativa. Seu amante estava matando pessoas em seu nome, seus colegas estavam em uma caçada ao referido amante, e a contagem de corpos poderia se amontoar se ele ficasse em silêncio e não avisasse ninguém. Mas quem?

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Quem quer que ele escolhesse para avisar, ele estaria escolhendo em relação ao outro. Ele sabia que havia uma escolha a fazer, ele não tinha imaginado que seria tão cedo. Ele passou a mão sobre o rosto e se afastou de Phelps. "Escute, eu tenho que ir. Agradeço pela conversa." "Sim, eu também. Tenho uma informação quente" Phelps caminhou para longe e Gabe seguiu com seu olhar. Todas as vezes que ele tinha trabalhado lado a lado com Phelps ele nunca tinha se sentido tão desconfortável quanto ele era estava agora. Era ele, porém? Uma parte de sua consciência culpada ou havia algo que ele não estava percebendo? Balançando a cabeça, Gabe desbloqueou seu carro e deslizou atrás do volante. Ele precisava colocar sua mente e as suas prioridades em ordem. Tudo estava se tornando muito real, muito rápido, e ele tinha que falar com Angelo antes que ele fizesse qualquer outra coisa. A escolha precisava ser feita hoje à noite, que ele não estava ansioso por fazer.

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Capítulo Seis "Quanta mercadoria você está querendo descarregar?" Angelo pegou seu laptop, fazendo uma pesquisa para as mesmas armas que ele estava negociando a compra. Ele era um homem de negócios e, como tal, ele tinha que saber a origem de seus produtos. Se as armas que os brasileiros estavam descarregando eram quentes, ele estava passando. "Eu tenho três caixas a caminho de uma doca de carregamento em Jersey. Cinquenta a caixa." A voz baixa e profunda, do outro lado da linha era familiar, não que ele soubesse como Faro se parecia. Angelo duvidava que Faro fosse mesmo o nome do homem, mas ele tinha feito negócios com eles duas vezes antes e não teve problemas. Ainda assim, tinha que tomar cuidado com esses malditos brasileiros. Eles podiam ser traiçoeiros. "Eu não preciso de toda essa mercadoria," disse Angelo. "Meus compradores são principalmente cheios e aqueles que precisam não querem tudo. Não me é bom pra eu gastar dinheiro pela coisa toda, e depois não ter como movê-la rápido." Ele estava avaliando o desespero de Faro, se o outro homem o pressionasse demais ou nada, Angelo não faria a negociação. "Elas são o que tem de melhor," disse Faro suavemente. "Direto do fabricante. Você conhece o valor delas e eu acho que você pode ganhar um bom dinheiro com as três caixas em pouco tempo com o seu discurso de vendas habitual." Ah, lisonja. "Você foi um que recebeu meu discurso de vendas?" Ele não duvidava. Ele fazia a maioria das suas vendas por telefone, negociando com compradores de todo o mundo. "Sim." "Então você sabe bajulação não funciona comigo. O seu chefe tem alguém dentro da fábrica?" 94


"Talvez." Isso seria um sim. "Então você consegue as mercadorias por, na pior das hipóteses, metade do preço, mas você está vendendo-as para mim pelo preço de custo." Ou Faro esquecia que ele estava falando com ele ou deliberadamente soltou o deslize do fabricante. Este último, sem dúvida, mas que colocaria Angelo – o comprador – em uma posição melhor do que o vendedor. Por que seria? "Seus contratos com nós têm sido bastante rentável para ambos os lados," disse Faro. "Nós tendemos a lidar mais com as pessoas que nos fazem dinheiro." Não brinca. "Você está falando muito, mas você não está dizendo nada. Você está tentando levar vantagem sobre mim e eu me pergunto quantas vezes você fez isso e quando eu consigo a minha parte do prazer?" "O que você quer?" Um tom irritado surgiu na voz de Faro. Angelo sorriu. "Quero os três engradados por um terço do seu preço pedido e que todas as transações futuras sigam o exemplo." Vozes baixas sussurradas através do telefone quando Faro falou com seu chefe. Angelo esticou as pernas na mesa de café, o telefone mantido em seu ouvido por seu ombro. Em frente a ele, Pablo trabalhava em outro laptop, enviando de uma chamada para todos os seus compradores que eles estavam conseguindo mais estoque. Retornos rápidos eram sempre melhores em sua linha de trabalho. "Ok, isso é viável." Faro voltou na linha. "Aqui está o que você vai precisar." Angelo anotou as informações pertinentes para a sua expedição e o contato em Jersey com um sorriso de satisfação. "O preço final será quinhentos mil e – ” "Espere aí, Faro. Eu tenho mais uma condição." Pablo olhou para cima de sua tela de computador com uma sobrancelha levantada. Angelo apenas sorriu para ele. "O que agora?" 95


Porra, Faro soou como se ele estivesse no limite de seu ponto de partida. "Eu quero ser o único a vender suas armas na Costa Leste. Elimine os compradores em Philly e Miami e nós estamos no negócio." A boca de Pablo caiu aberta. Silêncio encontrou suas palavras ao telefone. Ele foi com o objetivo ambicioso, mas os lucros valeriam a pena e ele não tinha dúvida de que chefe de Faro chegaria à mesma conclusão. "E se nós dissermos não?" Faro desafiou. "Então você perde um cliente muito rentável e todas as vendas de Nova York, que eu sei que compõe um terço das suas vendas globais de armas... mais os três engradados em Jersey." "Isso é uma ameaça muito cara, Sr. Pagan." Faro falou devagar, com cuidado. "Você pode sustentá-la?" "Você sabe que eu posso e eu vou. Inferno, eu poderia até jogar minha sorte com os russos e competir fortemente com vocês." Essa ameaça em particular devia acender um fogo sob o chefe de Faro. Os brasileiros e russos estavam em forte concorrência pelo comércio de armas dos EUA por anos. Faro suspirou. "Eu vou ter que discutir isso com meu chefe." "Você tem cinco segundos." Não valia a pena a agir agradável e maleável com essas pessoas. Ele tinha que deixar claro o quão sério ele estava falando e quais os passos que ele estaria disposto a dar para garantir a sua meta. Los Pescadores era uma pequena gangue em relação ao Blood e Crips, não tão notório fora de Nova York, mas enquanto aqueles tolos mataram uns aos outros e visando de realizações pequenas, ele tinha seu olho sobre as nuvens. "Feito." A única palavra soou com uma finalidade tangível. Um sorriso largo estourou em seu rosto e ele olhou para Pablo com um polegar para cima. Seu segundo sorriu. "Foi um prazer fazer negócio com você, Faro. Se você passa pelo Brooklyn, eu vou levá-lo para tomar uma Corona." 96


Faro resmungou. "Com todo o dinheiro que você tirou de nós hoje, melhor pagar algo muito mais potente... e caro." Angelo riu quando o telefone de Pablo tocou. "Feito." "Vamos falar novamente, Sr. Pagan." "Estou ansioso para isso." Ele desligou e entrelaçou os dedos atrás da cabeça. Hoje foi um dia produtivo, que teria sido ótimo se não fosse o incidente com Gordo esta manhã. Ele economizou um monte de dinheiro, fechou mais um contrato inatingível, e falou com Gabe. Este último trouxe um arrepio em sua pele e calor para sua virilha. Ele não podia esperar para que o negócio terminasse para ele pudesse ir para o Queens para ver seu homem. Ele nunca pensou que algum dia ele diria isso, meu homem. "Chefe, era um dos nossos homens infiltrado." Pablo colocou o celular na mesa de café ao lado dos pés de Angelo. "Ele quer se encontrar, ele tem novidades."

***** Pablo manobrou a SUV através do drive-thru do fast food enquanto Angelo mantinha os olhos abertos. Ele avistou o Toyota verde e destrancou a SUV. A figura encapuzada correu por trás da Toyota e se dirigiu para o SUV, abrindo a porta do passageiro de trás e entrando. Angelo revirou os olhos. Pablo lutou para esconder sua careta. Lidar com o detetive delirante era sempre uma viagem, mas o homem tinha seus usos. "O que foi, Phelps?" "Yo, Angelo. Pablo." Phelps se inclinou para frente. "Você vai pedir algo?" Ele perguntou a Pablo. "Eu queria um refrigerante. Eu estou ressecado." Angelo acenou com a cabeça quando Pablo olhou para ele por confirmação. "Você disse que tinha novidades, Phelps." 97


"Sim, hoje tivemos ordens diretamente de cima para começar a pressionar mais os Los P. A partir de amanhã vamos fazer incursões em todos os seus edifícios e armazéns." Angelo resmungou. Por isso ele não esperava. "Você achou o corpo, onde eu lhe disse para procurar?" "Sim e meu capitão pediu para Ashby identificar Manny." Maldição, Gabe sabia. Foda. Foda. "Então, por que seu pessoal ainda está pressionado essa merda?" Pablo perguntou como ele entregou Phelps sua bebida. "Eles têm o corpo do homem que atirou no policial." "Sim, mas você perdeu um de seus indivíduos a uma overdose no outro dia." Phelps tomou um gole do refrigerante. "Eles agora acham que você entrou para o comércio de drogas, então está tudo preparado." "Foda-se!" Angelo bateu no painel. Tudo o que podia pensar era que Gabe sabia que ele matou Manny e por quê. Ele achava que Angelo tinha começado a vender drogas em seu próprio bairro também? "Não se preocupe." Pablo jogou um olhar presunçoso a Phelps. "Eles não vão encontrar coisa nenhuma, não importa quanto eles procurem." "Eu tentei perguntar a Ashby o que viu no armazém naquele dia, mas ele estava agindo de forma estranha. Eu acho que ele se lembra de alguma coisa," disse Phelps. "Talvez ele possa ter um acidente ou algo assim? Você sabe, calá-lo para sempre?" Eu gostaria de ver você tentar. "Assassinato de policial não é algo que os Los P fazem," disse Angelo friamente. "E se nós fizermos, eu seria o único a fazer essa decisão. Eu sugiro que você se lembre do seu papel, Phelps. Não cometa o erro de pensar que você está a salvo. No final, você é apenas um rato e esses roedores sempre são pisados."

***** 98


Angelo estacionou seu SUV a três quarteirões de distância da casa de Gabe e pulou para fora, uma caixa de pizza na mão. Ele apressadamente enviou um texto para Gabe. Chego em cinco minutos. Ele inalou uma golfada de ar surpreendentemente leve e caminhou em direção a Gabe, com o coração na garganta. Ele não queria ver a condenação e decepção nos olhos de Gabe. Suas ações em cuidar de Manny foram justificadas, mas Gabe não veria dessa forma. Seu celular vibrou no bolso e ele o tirou para fora com ansiedade, meio que esperando ver as palavras ‘não se preocupe em vir’. Em vez disso, ele leu, Porta de traz aberta. Ele apressou seus passos, cada um levando-o para mais perto da última pessoa que ele queria pensar mal dele. Abrindo a trava da porta da frente de Gabe, ele entrou na propriedade e a fechou atrás dele, então, circulou ao redor da casa para a porta dos fundos. Ele a abriu e entrou na cozinha quente. Enquanto ele trancava a porta atrás dele, ele olhou em volta por Gabe, mas tudo o que ele viu foi duas latas de cerveja vazias na mesa da cozinha. Porra. Colocando a pizza sobre a mesa, ele gritou por Gabe. Sem resposta, ele entrou na sala de estar. Gabe estava sentado no sofá no escuro olhando para a TV. Angelo moveu seu olhar do rosto impassível de Gabe para a TV e congelou. Seu bairro era a notícia, uma foto de Auggie em primeiro plano como letras vermelhas dizendo Drogas infestam as ruas de Sunset Park. "¡Cristo!" Ele enfiou os dedos pelos cabelos enquanto ele se aproximava Gabe. "Amado, eu posso explicar." "Você pode tentar." Gabe não olhou para ele. Angelo acendeu a luz do teto e se sentou em frente Gabe. O rosto de seu homem estava duro, os olhos implacáveis, mesmo quando ele se recusou a encontrar o olhar de Angelo. "Você vai me olhar, por favor?" Gabe olhou depois de um momento, mas seus olhos permaneceram hostil. "Bem, vá em frente. Explique." 99


Jesus. Angelo não conseguia encontrar as palavras de repente. "O que – o que você quer que eu diga?" Os primeiros sinais de vida acenderam nos olhos de Gabe. Incredulidade olhou para Angelo. "O que eu quero que você diga? Você está brincando comigo com essa merda?" Gabe pulou para se levantar do sofá. "Você matou alguém por minha causa, você pensou que eu não iria descobrir? Não você acha que eu iria descobrir que você está vendendo drogas nas ruas?" "Eu não – " Gabe avançou sobre ele, a dor em seu rosto e Angelo sofria para segurá-lo em seus braços e apagar a mágoa. "Eu não posso acreditar que você me colocou nesta posição." A respiração de Gabe travou. "Eu não posso acreditar que eu deixei." Ele se virou e Angelo agarrou seu braço. "Por favor, Gabe." Ele se levantou, seu aperto sobre Gabe ficando mais firme. O pedido de desculpas estava na ponta da língua, mas se ele falasse em voz alta seriam apenas palavras. Ele não estava arrependido que Manny estava morto. "Eu sou o chefe de Los P, eu tenho que fazer um exemplo de alguém se eles caírem fora da linha." "É tudo o que você é? O líder do Los P?" Gabe puxou sua mão. "Por que você não me diga o que você fez a última vez que falou sobre Manny?" Angelo encolheu os ombros. "Por que eu deveria? São negócios dos Los P e – " "Eu não estou fodendo com os Los P." com os punhos cerrados, Gabe o enfrentou, narinas inflamadas, olhos arregalados. "Eu não estou em um relacionamento com Los P. Eu estou com você. Eu estou transando com você. Você me deve uma explicação." A garganta de Angelo queimou. Gabe estava certo, é claro. Ele segurou o queixo mal barbeado de seu amante e pressionou suas testas juntos. "Você está certo. Lo siento." Ele deu um beijo nos lábios rígidos de Gabe e apontou para o sofá. "Sente-se e eu vou explicar." A testa de Gabe enrugou, mas ele sentou. Anglo desligou a TV e caiu no chão ao lado do sofá. 100


Tomando a mão de Gabe na sua, ele disse: "Eu não lido com drogas. Nunca lidei e nunca ligarei." "Então por que eles estão nas ruas que você controla?" A boca de Angelo apertou. "Essa é uma história muito longa e que requer alimentos." Ele se levantou e correu para a cozinha, onde pegou a pizza e duas garrafas de água da geladeira. De volta à sala de estar, ele entregou uma das águas para Gabe e colocou a pizza no sofá ao lado dele. Com o apetite muito longe, ele assistiu Gabe comer como ele começou a falar. "Quando minha mãe tinha dezoito anos ela conheceu dois irmãos em uma festa em casa. Meu pai e meu tio. Ela gostava do meu pai e ele gostava dela, mas ele estava com outra pessoa, por isso, quando meu tio pediu para ela sair com ele, ela disse que sim." Ele tomou um gole de água para molhar a garganta. "Minha mãe e meu tio começaram a namorar, mas ela logo descobriu que ele era maciçamente controlador e agressivo. Ela queria sair, mas ele a ameaçou de modo que ela ficou. Durante esse tempo, meu pai ficou solteiro e uma noite ele e minha mãe ficaram juntos." Gabe olhou para ele. "Ela traiu seu tio com seu pai?" Angelo concordou. "Eles se amavam, mas não sabia como dizer ao meu tio. Ele era violento e temiam que ele machucasse Mami. Os dois começaram a ter um caso debaixo do nariz dele e, alguns meses depois Mami descobriu que ela estava grávida." Os olhos de Gabe ficaram maiores. "Minha mãe não sabia quem era o pai." "Merda!" "Sim. Durante toda a de sua gravidez, os dois homens pensavam que eram. Meu pai, em segredo, e meu tio, em público. Quando ela deu à luz, o meu tio estava na sala e imediatamente soube que, ao ver meu rosto, que eu não era seu filho. Ele ficou louco." "Eu posso entender a parte toda de ficar louco. Ele tinha sido traído," disse Gabe.

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"Sí. Ele nos fez de refém naquele dia, segurando eu e minha mãe no quarto do hospital com uma arma. Ameaçando me matar, e depois a ela." Gabe fez um som e deslizou os dedos nos cabelos de Angelo. "Ele se acalmou depois de algumas horas e nos deixou sair, mas isso não tinha terminado. Ele tinha sido enganado e traído e ele precisava que nós pagássemos. Não apenas a minha mãe e meu pai, mas eu também. Ele tentou subornar minhas babás para me levar para ele. Quando elas se recusaram, ele tentou ameaças. Meus pais estavam juntos agora e meu pai estava fazendo grandes coisas com a gangue no momento. Então, um dia, quando eu tinha três anos, eu desapareci." "O que aconteceu?" "Ele finalmente encontraram uma babá que cedeu com a quantidade de dinheiro que ele oferecia, o que me disseram foi uma porrada." Ele nunca descobriu se ele deveria se sentir lisonjeado com a quantidade de dinheiro que Carlos estava disposta a oferecer por ele. "Como seus pais o conseguiram de volta?" Angelo encolheu os ombros. "Meu pai torturou a babá até que ela falou. Quando eles me encontraram em Long Island, eu estava desaparecido há três dias." "Como é que nada disso está no seu arquivo?" "Meus pais não o denunciaram, meu pai lidou com isso sozinho. Até hoje, apenas algumas pessoas sabem. Depois disso, eles me mandaram para Seattle, para viver com um amigo de um amigo da família. Eu cresci como um garoto seguro e feliz, mas eu sentia falta dos meus pais, conversar com eles não era suficiente, então eu fugi. Fui para Nova York, quando eu tinha dezessete anos." "Jesus." "Sim. Especialmente quando o pessoal do meu tio me encontrou caminhando por uma calçada de Manhattan. Eles me levaram para ele. Aparentemente, tinha uma recompensa por minha cabeça e ele me segurou por meses." Ele estremeceu ao recordar a dor desse período de tempo. "Ele... O que ele fez com você?" Dedos hesitantes tocaram sua bochecha. 102


"Ele me deixava algemado em todos os momentos. Nu e em exposição para ele e seu bando se divertirem. Ele me batia com um cinto sempre que eu desobedecesse, que era muito frequentemente, e se esquecia de me alimentar muitas e muitas vezes." "Deus." Angelo olhou fixamente, sem ver. "Eu podia suportar a dor da punição, mas não o jeito doente e torcido que ele tentava me recompensar quando eu fazia algo que lhe agradasse." "O que ele fez?" Angelo engoliu seco. "Ele trazia suas prostitutas, as mulheres que vendia seus corpos nas ruas para ele, e as soltavam sobre mim. Eu tive que realizar o ato sexual com elas, às vezes mais de uma de cada vez, na frente de uma plateia. Eu sabia desde que eu tinha quatorze anos eu era gay e isso foi a coisa mais difícil que eu já fiz." Gabe escorregou para o chão e passou os braços em volta dos ombros de Angelo. "Deus, bebê. Eu sinto muito." Angelo lhe apertou como seus olhos ardiam. "Eu sobrevivi. Eu não deixei que ele me quebrasse e eu nunca duvidei que meu pai me encontrasse. Ele me encontrou algum tempo depois. Voltei para a minha família onde eu era amado e protegido e fui para a faculdade." "Isso está em seu arquivo." Gabe beijou seu pescoço. "Você abandonou faltando um ano de pós-graduação." "Foi quando meu pai foi morto. Morto com um tiro na parte de trás da cabeça e esfaqueado por meu tio." "Por que ele ainda está vivo, então?" "Um dia após o esfaqueamento, ele foi preso sob a acusação de carga de arma e cumpriu oito anos. Ele voltou há quase seis meses." "E vocês estão em guerra?" Gabe se afastou e encontrou o olhar de Angelo. "Você vai cair tão baixo quanto ele?" "Ele matou Catarina, Gabe. Ele contratou Manny para matá-la." 103


"É por isso que você o matou?" "Sim, mas também por você." Gabe abriu a boca, mas Angelo o ignorou. "Ele não poderia tentar te tirar de mim e não ser punido." Gabe revirou os olhos. "Conte-me sobre as drogas e o homem que você perdeu." "Auggie." Angelo balançou a cabeça. "Essa merda foi sem sentido e cruel, orquestrada por meu tio para conseguir que as ruas se voltassem contra mim. Eu sempre prometi sem drogas, é uma das minhas regras firmes, mas um dos meus soldados morre de uma overdose. A totalidade do território Los P está em alvoroço." "Exatamente o que o seu tio queria." "Sim." Ele pegou o queixo de Gabe e olhou em seus olhos. "Eu não lido com drogas. Nunca, nunca lidarei. Estou trabalhando para descobrir exatamente que tipo de comprimidos Auggie usou, mas sem sorte ainda. Talvez eu tenha que ir diretamente à fonte." "Isso é uma boa ideia?" Os braços de Gabe apertaram ao redor dele. "A melhor que eu tenho." Eles seguraram um ao outro em silêncio. Angelo sentiu a batida constante do coração de Gabe com seu amante pressionado tão apertado contra ele. Ele passou os dedos no cabelo de Gabe, raspando seu couro cabeludo. Gabe correspondeu, torcendo fios dos cabelos de Angelo em torno de um dedo enquanto ele estremeceu e suspirou. "Eu estava tão bravo com você," Gabe confessou com os lábios no pescoço de Angelo. "Eu me senti como se eu tivesse que escolher entre você e meu trabalho e eu não tinha ideia de qual seria minha decisão." Angelo inclinou a cabeça para trás para olhar nos olhos de Gabe. "Eu sei que eu pedi muito de você, mas isso não é nem metade do que eu quero. Eu sou um bastardo egoísta." "Você está disposto a dar o mesmo?" "Sim." Nenhuma porra de dúvida sobre isso. "Sim."

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"Eu quero a verdade de você. Sempre." Os olhos de Gabe estavam sérios. "Essa merda como hoje, ser surpreendido com a notícia sobre Auggie, Manny e as drogas. Não deixe que isso aconteça novamente." Angelo conseguiu esboçar um sorriso quando roçou o polegar sobre o lábio inferior de Gabe. "Acho que as regras que estabelecemos anteriormente estão sendo deixados no esquecimento?" Gabe se inclinou para frente, roçando seus lábios sobre a testa e o nariz de Angelo. "Uh huh." Angelo riu e segurou sua nuca, puxando-o mais perto para cobrir a boca de Gabe com a sua, beijando seu homem com traços gananciosos de sua língua e beliscões afiados. Gabe abriu para ele, se movendo até que ele se sentou montado em Angelo, balançando sua bunda vestida jeans sobre a igualmente coberta virilha de Angelo. Angelo segurou o traseiro de Gabe, instando-o a se mover mais rápido, mais forte quando ele inclinou sua pélvis para frente. Suas bolas pesadas imploravam por libertação, mas ele as ignorou em favor de apenas se esfregar em Gabe. Interrompendo o beijo, ele arrastou a boca em toda a mandíbula de Gabe à sua orelha esquerda, onde ele pegou o lóbulo na boca. "Você disse algo sobre compras mais cedo. O que exatamente você comprou?" Ele apertou sua mão na parte de trás das calças jeans de Gabe e sob o cós da cueca. "Hmm." Os dedos de Gabe no cabelo de Angelo apertaram dolorosamente. "Eu comprei cerca de um mês de abastecimento de camisinhas e toda uma variedade de lubrificante." Angelo arrastou um dedo para baixo seu vinco e Gabe se encolheu. Seu peito arfava como suas palavras se arrastavam. "Eu não sabia que tipo comprar, então eu comprei todas." Ele agarrou os ombros de Angelo como ele gaguejou. "Eu também fiz algumas compras online." "Não diga." Angelo arrastou a ponta de seu dedo indicador sobre o buraco de Gabe enquanto mordia o lóbulo da orelha com os dentes. "O que você comprou online, amado?" 105


"Ah." Os quadris de Gabe balançaram. Ele jogou a cabeça para trás, os dentes afundados em seu lábio inferior. "Eu comprei brinquedos e plugues." Angelo sorriu. "Você comprou?" Inserindo a ponta do seu dedo em Gabe, ele perguntou, "Você vai querer esses brinquedos e plugues em mim, amado?" Os cílios de Gabe se abriram. "Essa era a minha esperança, sim." Um sorriso brincou nos cantos de sua boca. Angelo trabalhou mais de seu dedo no corpo de Gabe, saboreando o calor apertado e suavidade. "Tenho de retribuir?" "Foda-se, sim." Gabe balançou, enfiando o comprimento restante do dedo de Angelo nele. "Deus". Seus músculos se apertaram em torno de Angelo. Angelo tomou sua boca de novo, empurrando sua língua profundamente, fodendo a boca de Gabe enquanto ele se arqueava no dedo em sua bunda com pequenos grunhidos. Ele amava os sons Gabe fazia quando estava excitado, o olhar em seus olhos mostrando de forma tão clara de sua necessidade por Angelo. Depois de estar tão sozinho por tanto tempo, Angelo não conseguia envolver sua cabeça no quanto Gabe significava para ele. Faminto por toque por todos estes anos, ele poderia felizmente fartar no deslizar da palma da mão de Gabe na sua bochecha, ou os lábios de Gabe sobre ele. Ele não preocupava em não ter a bunda de Gabe, no entanto, ele realmente amava ser o fundo. Ser o fundo por Gabe. "Sabe o que eu quero?" Ele sussurrou no ouvido de Gabe enquanto empurrava para dentro dele. "Eu quero que você me foda sem barreiras, sem camisinha." Gabe enrijeceu e se afastou. "O quê?" "Amanhã eu vou me testar, então eu não quero nenhuma barreira entre nós." Ele olhou nos olhos cinzentos de Gabe, tentando avaliar sua reação. "Eu nunca fiz sexo sem proteção com ninguém, nem mesmo com Trish." Gabe lambeu os lábios. "Eu nunca pensei sobre isso no que diz respeito a nós." 106


"Você quer, com a gente?" Angelo nunca sequer pensou sobre isso até que ele falou as palavras, mas era bom. O que ele compartilhava com Gabe não deveria ter barreiras, físicas ou de outra forma. "Eu fiz um exame de algumas semanas atrás. Eu estava limpo e desde então eu só estive com você, com preservativos. Eu estou bem." Gabe balançou a cabeça, um sorriso brilhante florescendo em seu rosto. "Vamos fazer isso." Angelo o puxou, colocando o queixo no ombro de Gabe. "Vamos fazer isso." Ele beijou Gabe então tirou a mão da parte de trás da sua calça. Levantando de Gabe de seu colo, ele se levantou e estendeu a mão para ele. "Venha." "Para onde estamos indo?" Gabe pegou sua mão e Angelo o puxou na posição vertical. "Minha mãe me deu algo para ajudá-lo com o seu ombro. Você tem que mergulhar na banheira." Angelo voltou para a cozinha e pegou a caixa de sais de Epsom. "Eu deveria lhe colocar em um banho quente, despejar isso, e te deixar de molho por um tempo." Gabe franziu a testa. "Mas o que sobre isso?" Ele apontou para sua ereção delineando seu zíper. "Pensei que estávamos prestes a ficar obscenos?" Angelo riu. "Obscenos? Sério?" "Que seja." Gabe o agarrou pela cintura enquanto ele passava. "Você me deixa duro e para?" Ele espalmou o pênis dolorido de Angelo. "Você está tão pronto." Gabe o apoiou contra a parede e esfregou sua virilha em Angelo. "Aahh." Angelo arqueou quando Gabe cravou os dentes em seu ombro. "Porra, isso é para mais tarde." Ele apertou contra Gabe, respiração saindo em arquejos. "Primeiro banheira, então nós fodemos." "Droga!" Gabe se afastou com uma última lambida molhada no ombro de Angelo. "Tudo bem." Ele marchou em direção às escadas. "Vamos acabar com isso."

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Capítulo Sete Angelo sentou no chão ao lado da banheira como Gabe jazia submerso na água morna. Seus tornozelos e cabeça eram as únicas coisas visíveis. "Diga-me outra vez, como isso deveria funcionar?" Angelo sorriu no tom cético de Gabe. "Mami viu algo sobre isso na TV... ou talvez ela tenha lido em algum lugar, de qualquer forma isso deveria relaxar os músculos." Ele mergulhou a mão na água e desenhou círculos no peito de Gabe. "Sexo teria feito a mesma coisa, não?" Gabe sorriu para ele e Angelo riu. "Isso é tudo que você pode pensar?” "Bem, você tinha um dedo na minha bunda alguns minutos atrás." Gabe deu de ombros. "O que eu deveria estar pensando se não isso?" Angelo sacudiu a cabeça e olhou para ele. "Talvez eu esteja sendo uma má influência sobre você, meu jovem." "Sim, você está." Gabe prendeu a mão de Angelo e a arrastou para baixo, cobrindo sua virilha. "Influencie um pouco mais." Angelo o apertou. Gabe arqueou. "Seja um bom menino e faça o que eu disse e poderá receber uma recompensa." "Recompensa, hmm?" Gabe apertou os olhos. "Será que tem algo a ver comigo gozando em sua garganta? Porque eu sou a favor disso." O pau de Angelo alongou nas palavras. "Onde está o jovem inocente e detetive que eu uma vez conheci, huh? Ele desapareceu e foi substituído por um devasso." Gabe balançou sua mão molhada para ele. "Você me transformou em um devasso e eu não sou jovem. Acontece que eu sou três anos mais velho do que você, filho." 108


"Sim, você é, meu velho." Angelo riu no olhar mortal que Gabe apontou para ele. "Falando nisso, seu aniversário é em dois dias." "Como é que você – ” "O seu arquivo." "Ah." "Então, o que você vai fazer para comemorar seus trinta e dois?" Gabe enlaçou seus dedos. "Festa?" Angelo balançou a cabeça. "Eu tinha planos com Catarina." Ele olhou para longe. "Todos os anos no meu aniversário íamos para Miami. Começou quando ela fez vinte e um. Eu não tenho mais nada planejado para este ano." "Eu sinto muito." Gabe beijou seus dedos. "Eu sei que sou um pobre substituto para Catarina ou Miami, mas eu adoraria estar com você nesse dia. Se você quiser." Angelo olhou para seus dedos, emoções queimando sua garganta. Ele levantou o olhar para o olhar hesitante de Gabe. "Você é tudo menos um pobre substituto. Eu não queria estar com mais ninguém." Os olhos de Gabe se iluminaram. "Eu provavelmente terei que passar algum tempo com a minha mãe, mas depois disso, eu sou todo seu." "Bom." Gabe sorriu. "Eu pensei sobre isso, você sabe." "Hmm, o quê?" "Conhecê-la. Sua mãe. Eu gostaria." "O quê? Sério, você tem certeza?" Gabe parecia que iria vomitar quando ele riu. "Não, eu não tenho certeza. Cagando de medo, na verdade, mas eu ainda quero conhecê-la." Angelo inclinou-se e o abraçou apertado. "Ela vai te amar." Ele beijou a testa de Gabe. "Obrigado." Ele não tinha percebido o quanto ele queria que os dois se encontrassem até agora. Ele 109


queria que sua mãe conhecesse Gabe e visse que o policial era um bom homem. Um Angelo não merecia, mas estava mantendo de qualquer maneira. "Você é bem-vindo," Gabe sussurrou. "Agora, deixe-me sair daqui para que você possa me recompensar adequado." Angelo o agarrou pelas axilas e o ajudou a sair da banheira. Assim que seus pés estavam plantados no chão de azulejos, Gabe apertou seu corpo molhado contra Angelo, encharcando a sua frente. "Parece que você vai ter que tirar a roupa." Gabe se afastou com um sorriso. "Você também pode querer pensar em se juntar a mim no chuveiro." Ele piscou e entrou no chuveiro enquanto Angelo o olhava boquiaberto. "Você acha que é inteligente, não é?" Angelo tirou suas botas, sua calça jeans e empurrou seu suéter sobre sua cabeça. Ele ouviu risadinha de Gabe sobre o chuveiro funcionando. "Não se você não se apressar essa bunda linda," Gabe disse alto. "Preciso de ajuda com minhas, hum... costas?" Angelo não pode evitar a explosão de risos quando ele afastou a porta de vidro e entrou no chuveiro. Gabe estava debaixo do chuveiro de frente para ele, água caindo sobre sua cabeça e ombros, caindo sobre seus peitorais e torso. "Hey." Gotas de água brilhavam nos cílios de Gabe quando ele piscou. Ele abriu os braços e Angelo correu para eles. "Hey." Uniu seus lábios molhados e com fome, línguas torcendo, empurrando. Gabe espalmou sua bunda, puxando-o em mais perto, balançando suas ereções juntos. Angelo gemeu com o atrito liso quando seus paus deslizaram sobre o outro. Ele quebrou o beijo, mordiscando o pescoço e ombro de Gabe, unhas afundando em suas costas enquanto ele revirava os quadris. Ele lambeu seu caminho pelo peito de Gabe, sacudindo a ponta de sua língua sobre um mamilo plano. 110


A respiração de Gabe travou. "Oh sim." Angelo capturou um mamilo com os dentes, mordendo suavemente, em seguida, mais forte quando as unhas de Gabe arranharam os ombros. Ele moveu suas atenções para o outro mamilo, lambendo e mordendo até Gabe empurrou seus ombros. Ele se endireitou, limpando a água de seus olhos e viu como Gabe se ensaboou, frente e atrás, e depois, seu pênis. Gabe se acariciou com as mãos ensaboadas e Angelo fez o mesmo, puxando sua ereção, olhos grudados mãos de Gabe. "Pare." Seu olhar voou para Gabe. "Mãos fora de seu pênis, Pagan." Gabe se enxaguou com um sorriso torto. "Eu quero você em seus joelhos." "Eu – ” Angelo lambeu os lábios. Antecipação o levou de joelhos antes que ele soubesse o que ele tinha feito. Os frios e duros azulejos do piso do chuveiro em sua carne, mas ele ignorou, olhando para o olhar de adoração nos olhos de Gabe. Segurando sua ereção, Gabe se aproximou, longe do spray do chuveiro, e a levou aos lábios de Angelo. "Eu quero a sua boca em mim," Gabe rosnou. "Quero a sua fodida boca sexy." Angelo gemeu. Suas bolas e pênis pulsavam e ele esfregou a palma da mão sobre sua virilha. "Não se toque," disse Gabe. Uma gota de pré-sêmen brilhava na ponta vermelha de seu pênis e ele a limpou no lábio inferior de Angelo. Angelo a lambeu. "Vamos ver quanto tempo você consegue evitar gozar." Gabe o cutucou com o pau, a cabeça pulsava quente em seus lábios. "Abra." Angelo obedeceu, abrindo seus lábios. "Mãos espalmadas sobre as coxas," Gabe instruiu. Angelo obedeceu e Gabe passou os dedos pelos cabelos, acariciando-o. "Chupe-me." 111


Angelo bateu a língua sobre fenda de Gabe, gemendo ante o sabor potente de sal amargo antes de ele selar os lábios em torno dele, escavado suas bochechas e chupar. "Aahh." Gabe se apoiou na parede e se moveu em pequenos impulsos. Angelo o chupou com os olhos fechados, saboreando os sons molhados de sua boca, a respiração forte de Gabe sobre sua cabeça e o sabor dele derretendo em sua língua. Ele nunca tinha tido a chance de fazer nada disso antes, não haviam praticado com ninguém, exceto com Gabe e ele estava contente com isso. Os quadris de Gabe aceleraram e ele começou a empurrar mais forte. Angelo abriu os olhos e olhou para cima. Gabe olhou para ele com olhos meio fechados, lábios molhados separados, maçãs do rosto coradas. "Você ama isso, não é? Chupar o meu pau?" Ele balançou a cabeça, engolindo Gabe mais fundo e seu amante puxou seu cabelo, puxando sua cabeça para cima. Angelo gemeu. "Você adora chupar o meu pau, não é?" Calor feroz brilhou nas profundezas dos olhos cinzentos de Gabe, queimando a pele de Angelo. Ele assentiu. Gabe puxado para trás, tirando seu pênis. Angelo gemeu de frustração, mas Gabe sorriu. "Boca aberta." Angelo deixou cair sua mandíbula. "Sim, apenas continue assim." Gabe inclinou seus quadris para frente, seu pênis deslizando entre os lábios de Angelo, antes que ele se retirar. "Você parece tão fodidamente quente para mim." Ele deslizou pra dentro em seguida, novamente. As bolas de Angelo agitaram com a necessidade de gozar. Ele amava isso, a forma como Gabe, naturalmente, assumia o comando, tirava as decisões das mãos de Angelo. Dando-lhe ordens. Ele amava. "Abra mais." 112


A tensão apertava as linhas do corpo de Gabe. Seu pau pareceu inchar contra os lábios de Angelo e ele sorriu interiormente. Ele não foi o único no limite. "Eu vou te foder." Gabe bateu na boca de Angelo. Eles gemeram. O orgasmo nas bolas de Angelo se moveu para cima, subindo, subindo. "Vou gozar na sua garganta." As palavras de Gabe estavam quase inaudíveis sobre o rugido nos ouvidos de Angelo. "Oh merda!" Gabe arqueou. Ele segurou a parte de trás da cabeça de Angelo como creme inundou suas papilas gustativas. Angelo se soltou, quadris movendo descontroladamente quando ele esvaziou sua semente no chão chuveiro. Ele choramingou quando Gabe empurrou em sua boca novamente. "Oh, Deus. Sim, bebê." Gabe estremeceu. "Engula-me." Angelo engoliu em torno do pênis em sua boca. Gabe gritou, jorrando mais, enchendo sua boca. Angelo lutou para engolir o máximo que podia como Gabe puxou para fora e ordenhou o último de sua porra sobre a boca e o rosto de Angelo. "Fodaaa." Gabe piscou para ele "Você é quente pra caralho, bebê." Ele limpou a porra do rosto de Angelo com dois dedos e os ofereceu a Angelo, que os chupou em sua boca. "Hmm." Ele gemeu ao redor dos dedos enquanto ele os limpava. O olhar de Gabe ficou impenetrável. Ele tirou os dedos, limpou o resto de sua porra do rosto de Angelo e lambeu os dedos. Quando ele terminou, ele entortou um dedo. "Venha aqui." Angelo se levantou lentamente em pé, os joelhos protestando o tempo passado no chão. Gabe o agarrou pelo pescoço e Angelo estremeceu. Ele amava quando Gabe o segurava assim. Gabe o beijou, os lábios macios e pegajosos. "Obrigado por confiar em mim." Angelo enterrou seu rosto no ombro de Gabe. "Oh amado. Você torna isso tão fácil."

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Gabe segurou sua cabeça com as duas mãos até Angelo abrir os olhos e encontrar seu olhar carinhoso. "Vá para o quarto." Gabe o beijou novamente, desta vez forte e cheio de promessa. "Você vai me montar."

***** Angelo se sentou na beirada da cama e esperou por Gabe sair do banheiro. Seu cabelo molhado se agarrou a seus ombros, fazendo cócegas em sua pele bem tensa de antecipação. Acariciando seu pau lentamente, ele fechou os olhos e recordou o olhar nos olhos de Gabe enquanto Angelo o chupava, a adoração escaldante, tudo para ele. Porra. Ele poderia gozar apenas pela lembrança desse olhar. Um som chamou sua atenção e seus olhos se abriram. Gabe estava de pé na frente dele, água brilhando em sua pele, seu pau curvado para cima. Angelo o acariciou com o olhar, lambendo os lábios. Gabe jogou uma perna sobre Angelo, montando-o em pé, enterrou os dedos em seu cabelo e inclinou a cabeça para cima. Aquele olhar cinza brilhou com um milhão de fogueiras, varrendo o rosto de Angelo em uma carícia aquecida. Angelo passou os braços ao redor da cintura magra de Gabe e pressionou a testa ao seu tronco. Ficaram assim, os dedos de Gabe correndo pelo seu cabelo. "Às vezes me assusta quão natural isso é," Gabe sussurrou. "Como eu não questiono o que eu sinto por você. Eu não acho que ninguém pode me fazer sentir como se eu estivesse derretendo cada vez que eu olho em seus olhos. Mas você sim." Ele pegou um punhado de cabelo de Angelo e puxou sua cabeça para trás. "Cada vez, você faz."

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"Amado, é o mesmo para mim." O que mais Angelo poderia dizer? Sentia-se à deriva, sem rumo, e o pensamento não inspirava pânico ou desespero. Gabe estava com ele, experimentando a mesma coisa. Ele se inclinou para frente, deslizando a língua sobre as saliências do estômago de Gabe, tentando deixar seu toque falar. Ele transmitiu seus sentimentos para Gabe através de cada carícia, cada lambida. Segurando a bunda de Gabe, ele amassou a carne enquanto ele beijou seu caminho para baixo do corpo de seu amante, seguindo a trilha do tesouro escuro para o prêmio final. Ele lambeu o líquido translúcido na ruborizada ponta bulbosa, e depois mergulhou sua língua dentro da fenda, sondando enquanto o aperto de Gabe em seu cabelo ficou mais forte e ele se arqueou. Angelo recuou, chupou a cabeça uma vez, duas vezes, depois, voltou para a fenda. "Não – ahh, Deus." Gabe estremeceu. "Porra, amo sua língua." Angelo continuou segurando os quadris de Gabe, afundado suas bochechas e engoliu o comprimento de Gabe. "Hmm. Oh sim. Isso é bom." Relaxando os músculos da garganta, Angelo balançou a cabeça, engolindo Gabe mais fundo até que a cabeça do seu pau cutucou o fundo de sua garganta. A sensação pesada de Gabe contra sua língua o excitou. Ele inalou, levando em o cheiro limpo de Gabe em seus pulmões. Nada melhor do que isso. Os quadris de Gabe bateram para frente, empurrando seu pênis mais fundo, roçando os dentes de Angelo. Gabe gritou. Angelo bateu a língua sobre ele, então, para o cume na parte inferior da cabeça. Como ele antecipou, Gabe começou a se mover descontroladamente. "Foda, pare!" Gabe arrancou a cabeça de Angelo longe e deu um passo para trás, cambaleando. "Os preservativos e lubrificantes estão na gaveta." Ele apontou para a mesa de cabeceira e subiu na cama. Apoiado nos travesseiros, Gabe se deitou e acariciou a si mesmo.

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Angelo puxou a gaveta, procurando cegamente pelas mercadorias, sem tirar os olhos de seu homem na cama. Sua mão se fechou em torno de uma caixa, e ele a puxou para fora e olhou para ela. Trojans. Confere. Ele empurrou a mão para trás e encontrou um tubo. Olá, lubrificante. Jogando ao lado de Gabe, ele pulou na cama e o montou. Alinhando seus paus, ele os esfregou juntos, sibilando no delicioso atrito. "Oh sim." Ele jogou a cabeça para trás, contorcendo-se, se esfregando em Gabe, enquanto seu amante apertava o lubrificante em seus dedos. "Vire-se." Angelo fez como pedido, apresentando sua bunda para Gabe quando ele inverteu sua posição. Dedos frios e escorregadios pressionaram sua entrada, roubando sua respiração. Ele afundou os dedos na carne da coxa de Gabe quando ele empurrou para dentro. "Tão apertado e suave aqui," Gabe murmurou. Ele empurrou mais fundo seus dedos, torcendo, empurrando enquanto Angelo engasgou por ar. Calafrios trouxeram arrepios na pele de Angelo com cada roçar dos dedos de Gabe sobre sua próstata. "Mais. Me dê mais." Ele se inclinou para frente, rosto abaixado aos tornozelos de Gabe quando ele inclinou mais a bunda. Gabe atendeu com um grunhido, puxando para fora e batendo nele. Angelo gritou, arqueando. Ele não sabia quantos dedos Gabe tinha dentro dele, mas essa merda trouxe uma queimadura em sua bunda. Deitado sua bochecha na cama, ele alcançou por trás dele e separou suas nádegas. "Forte," ele implorou. "Gabe, por favor." Sua voz tremeu, sua boca estava seca, mas ele se deleitava com a dor doce como Gabe empurrava nele. 116


Firmes e inflexíveis, aqueles dedos batiam contra o seu ponto com precisão estranha. Ele balançou, fodendo-se nos dedos de Gabe. "Você é tão maldito quente quando você está implorando assim." Gabe grunhiu quando ele bateu em contra Angelo repetidamente. "Eu tenho quatro dedos em sua bunda apertada, baby, e você está levando tudo." Merda! Angelo sentiu o efeito das palavras de Gabe, bem como suas ações e essa voz gutural agitou o orgasmo em suas bolas. Ele apertou seus músculos em torno desses dedos. "Deus, policial. Você vai me fazer gozar." "Não." Angelo acalmou todos os movimentos naquela palavra afiada. "Vem se sentar em mim, eu quero gozar dentro de você." Gabe tirou os dedos lentamente, arrastando contra a próstata de Angelo. "Foda!" Ele mal conseguia se mover, mas Angelo se sentou e se virou até que ele encarou Gabe mais uma vez. Vendo o pênis de Gabe já com camisinha, Angelo passou uma perna por cima dele e afundou Pra baixo. Oh a porra da queimadura. "Aahh." "Filho da puta." Gabe agarrou seu cabelo e o puxou para baixo. "Você está tentando me matar?" Ele beijou a resposta de Angelo, mordendo, lambendo. Seus dentes bateram, lábios esmagados juntos como Angelo moveu sobre ele, montando o pau na sua bunda, seus gemidos derramando na boca do outro. As mãos de Gabe se moveram pelos cabelos de Angelo, correram por suas costas e seguraram suas nádegas enquanto ele encorajou-o a mover-se. Sacudindo a língua sobre queixo e nariz de Gabe, Angelo chamou os joelhos para os lados do torso de Gabe e mudou-se. Seu corpo queimou na preparação anterior de Gabe, mas ele descobriu que a queimadura facilmente se dissolvia em prazer. Ele apertou seus músculos, prendendo e soltando o pau de Gabe, 117


e observou as emoções no rosto de seu amante, a excitação colorindo as maçãs do rosto, enquanto a emoção suavizou a luxúria e fome em seus olhos tempestuosos. Angelo o beijou. Lábios macios até Gabe apertou sua bunda, e depois, empurrou para cima, batendo em sua próstata. "Ugh." Angelo agarrou a cabeceira da cama, as juntas brancas como ele segurou. "Foda-me, amado. Faça-me gozar." Ele bateu para baixo, abrindo a boca em um grunhido silencioso. "Merda." Gabe levantou a cabeça, lábios escovando o peito de Angelo, antes de capturar um anel de mamilo entre os dentes e puxar. "Argh!" Angelo resistiu descontroladamente, sua bunda apertando enquanto ele lutava para ficar na vertical. Gabe puxou mais forte o anel enquanto algo se juntou ao seu pau empurrando em Angelo. Seu dedo. "Jesus." O formigamento em suas bolas e coluna vertebral aumentou. "Gabe, vou..." "Sim." Gabe se chocou contra ele, dedo e pênis, e Angelo gritou sua liberação, gozando em todo o estômago de Gabe. Seu amante arqueou, seu pau inchou e pulsou dentro Angelo, em seguida, uma sensação quente em suas entranhas. Gabe gozou no preservativo protegendo-os. Os membros de Angelo doíam, preso em uma posição por muito tempo, mas Gabe continuou o segurando e Angelo nem sequer considerou se mover. Dentro dele Gabe latejava, amolecendo lentamente. Ele limpou o suor na testa de Gabe com o polegar, em seguida, desenhou círculos ociosos no couro cabeludo de seu amante. Gabe inclinou o queixo para cima, encontrando seu olhar. Eles olharam nos olhos um do outro, sem necessidades de palavras, não precisava de nenhuma como Gabe deslizou a mão pelo ombro de Angelo, para baixo para sua mão e unir seus dedos.

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Tinha uma vulnerabilidade nos olhos de Gabe que ele não tinha visto antes. Ela refletia a sensação no peito de Angelo. Uma estranha tranquilidade pairava no ar ao seu redor, envolvendoos em suavidade. Talvez ele estivesse ficando mole, mas Angelo realmente não se importava no momento. Foram poucas vezes em sua vida que ele sentiu assim, e inferno se ele não amava. Inferno se ele não queria mais. O tempo todo. Jesus. O medo rastejou então, porque não achava que ele seria capaz de sobreviver se perdesse Gabe. Gabe os girou de repente, seu comprimento flácido deixando o corpo de Angelo. Angelo se encontrou em suas costas, piscando para os olhos ferozes. "Eu estou aqui," Gabe murmurou contra seus lábios. "Eu estou aqui." Angelo agarrou seus ombros, abrindo a boca quando a língua de Gabe deslizou sobre seus dentes e gengivas. Angelo gemeu no beijo, acariciando as costas de Gabe, abandonando o medo em favor de atividades mais prazerosas. "Posso passar a noite?" Ele perguntou. Gabe levantou a cabeça, os lábios molhados, narinas infladas. Sua expressão era cautelosa. "Você quer?" Foda-se, ele nunca queria sair dos braços de Gabe. "Sí." Gabe soltou o maior sorriso Angelo já tinha visto. "Eu adoraria que você dormisse aqui." Ficando de joelhos, Gabe tirou o preservativo e o jogou no chão ao lado da cama antes de voltar para o lado de Angelo. Ele beijou a tatuagem de cruz envolta em hera no bíceps esquerdo de Angelo e jogou um braço sobre o peito. Angelo puxou as cobertas e depois apagou o abajur na mesinha de cabeceira. Gabe se aconchegou contra ele, sua respiração quente roçando sobre o peito de Angelo. Apertando o braço em volta Gabe, Angelo beijou seu templo. "Buenas noches, policial." 119


Capítulo Oito Um barulho alto arrancou Gabe do sono. Ele empurrou na vertical, piscando pela luz do sol entrando pelas janelas e olhou em volta procurando Angelo. O local ao lado dele na cama estava amarrotado. Ele colocou uma palma lá. Ainda quente, então Angelo não tinha saído há muito tempo. Outro barulho veio do andar de baixo, balançando a cama. "Não se mova!" Kane? Era a voz de seu irmão? Gabe pulou da cama, colocando o jeans da noite anterior enquanto pegava a arma de dentro da mesa de cabeceira. "Kane?" Descendo as escadas de dois em dois, ele perguntou ao seu irmão. "Kane, o que há de errado?" "Você me diz, Gabe." A voz de seu irmão veio da cozinha, parecendo mais do que irritado. Gabe entrou na cozinha, arma em punho e olhou. Angelo estava de costas contra a pia usando apenas seus apertados shorts pretos, uma 0,9 milímetros apontada para Kane, que estava do outro lado da mesa virada para cima, com uma Glock apontada para Angelo. "Rapazes." Gabe enfiou a arma no cós da calça jeans e passou por cima de uma cadeira quebrada no chão. "Abaixem as armas, por favor." "Que porra é essa, Gabe?" Kane olhou para ele com os olhos arregalados, peito arfante. "Porque é que este filho da puta está na sua casa?" Gabe desviou seu olhar entre a calma e quase expressão de tédio de Angelo e comportamento agressivo de Kane. "Abaixem as armas, então vamos conversar." Angelo empurrou o queixo em direção a Kane. "Depois de você, Delegado." Os olhos de Kane se estreitaram. "Eu posso atirar em você agora, Pagan, e eu pegaria a porra de uma medalha." Seus dedos apertaram o gatilho, músculos salientes. 120


"Você pode tentar." Gabe deu um passo à frente de Angelo. "Eu não vou pedir de novo. Abaixem as armas!" Os olhos de seu irmão brilharam de incredulidade. "O que está acontecendo, Gabe?" Ele abaixou a arma lentamente, curvando-se e colocando-a no chão. Se endireitando, Kane gritou, "Comece a falar." "Cuidado com seu tom, Delegado." A respiração quente de Angelo tocou o pescoço de Gabe antes que seus lábios roçarem a pele do Gabe. "Bom dia, bebê." Kane engasgou. Gabe inclinou a cabeça para trás, colocando-a no ombro de Angelo. Levantando uma mão, ele segurou a cabeça de Angelo. "Ei." "Você está brincando comigo?" Kane atacou. "Você e ele, Gabe? Desde quando você é –?” "Desde ele." "Mas você sabe quem ele é. O que ele faz." Kane deu um passo em direção a ele. "Ele é um assassino. Um traficante de drogas. Seu trabalho é colocar as pessoas como ele atrás das grades, não dormir com eles." Sua boca se contorceu em desprezo óbvio. "Eu não vou conversar com você a menos que você se acalme, porra," Gabe disse a ele. "Pare de agir como uma criança fazendo birra." "Eu estou fazendo birra?" Kane estufou o peito. "Então você está tendo uma crise de meia idade?" "Claro que não." "Então o que é isso? De repente, você é gay e você encontrou a pior pessoa possível para experimentar?" Angelo se inclinou para Gabe. "Devo deixar vocês sozinhos?" Gabe concordou. "Sim. Obrigado, querido." Ele se virou nos braços de Angelo e passou os braços ao redor da cintura nua de Angelo. "Eu pensei que você tinha ido embora."

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Angelo abriu um sorriso. "Eu desci para fazer o café." Ele piscou. "Eu gostei de acordar ao seu lado." "Nós vamos fazer isso de novo." Gabe beijou sua garganta. "Vá cobrir toda essa deliciosa pele." Angelo bateu uma saudação e saiu da cozinha depois de piscar um sorriso para Kane. Assim que Angelo desapareceu pelas escadas, Gabe se virou para seu irmão. "Você trouxe café?" A veia grande no meio da testa de Kane tornou-se mais pronunciada. Sua boca abria e fechava rapidamente. Gabe jurou que se ele olhasse por tempo suficiente ele veria a fumaça saindo das orelhas de seu irmão. Ele segurou um sorriso, porém. Seu irmão tinha todos os motivos para estar confundido, todas as razões para questionar a sanidade de Gabe. "Vamos." Ele entrou na sala de estar. "Você precisa se sentar." Antes de tombar de choque. Essa parte ele guardou para ele. Seu irmão mais velho não apreciaria o humor. Kane afundou no sofá, aquela expressão atordoada rebocada por todo o rosto. Seus olhos azuis claro encaravam os de Gabe como se ele fosse um estranho. "O que está acontecendo com você?" A voz de Kane balançou. "Foi o tiroteio? Fale comigo." Kane agarrou seu joelho com as mãos trêmulas e Gabe percebeu que seu irmão estava assustado. Por mim. "Olhe para mim." Kane sacudiu o olhar para cima. "Olhe realmente para mim," disse Gabe. "Estou bem. Está tudo bem." "Tudo não pode estar bem!" Kane explodiu. "Essa – essa merda autodestrutiva não é você." Sua voz se elevou por toda a casa e Gabe estremeceu. "Mesmo se você se sentisse que... que queria estar com um homem, por que ele? Ajude-me a entender." Gabe ficou em silêncio enquanto seu irmão vociferou. "Você não tem que entender. É a minha vida, a minha decisão querer estar com ele. Com quem eu quero dormir."

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Kane estreitou os olhos. "Você está sendo deliberadamente denso e isso não combina com você. Por que ele? Quando isso for descoberto, quando as pessoas descobrirem – e elas irão, se eles já não souberem – sua carreira vai acabar. A reputação que você trabalhou tanto para construir será dizimada e por quê?" Nenhumas dessas perguntas eram novas para Gabe. Ele se faz as mesmas perguntas todos os dias desde que conheceu Angelo, desde aquele primeiro beijo. "Você se lembra da primeira vez que viu Bailey?" Kane congelou com a menção de seu parceiro morto. "Você se lembra da primeira vez que você olhou em seus olhos e você derreteu?" Gabe tocou o ombro de Kane. "Eu sei que sim, porque você chegou em casa e não conseguia parar de falar sobre ele. Você se apaixonou por ele quando você olhou nos olhos dele... suas palavras." "N-não compare Bailey e Angelo Pagan." A voz de Kane era um fio fraco de som. Seus olhos brilharam selvagens e seu rosto enrugou lentamente antes de ele inalar e visivelmente se recompor. "O que Bailey e eu tínhamos – ” "Era maravilhoso. Impressionante. E acabou cedo demais." Gabe concordou. "Mas eu sei o que vocês tiveram, e Kane," ele agarrou o braço de seu irmão e apertou com força, "Angelo olha para mim e eu derreto. Ele me toca e eu esqueço meu nome." Kane sacudiu a cabeça e passou a mão em seu rosto. "E sobre seus crimes, aqueles que você convenientemente ignorou?" Como se ele pudesse. "Eu estou bem ciente dos pecados de Angelo. Eu não posso varrê-los para debaixo do tapete e eu não tento. Eu odeio o que ele faz e a vida que ele leva, mas há uma diferença entre isso e quem ele é. Eu não posso odiá-lo. Não quero." Kane soltou um suspiro longo de sofrimento. "Desde quando você tem atração por homens, de qualquer maneira?" "Eu não tenho." Kane olhou para ele como se ele fosse louco. 123


Gabe deu de ombros. "Eu não me sinto atraído por homens assim." "Exceto pelo nu em sua cozinha." "Somente esse nu na minha cozinha." Os lábios de Kane se contraíram. Os irmãos ficaram em um silêncio pesado até Gabe o quebrou. "Então, você realmente não trouxe café?" Kane riu. "Eu deixei uma mensagem em seu telefone na noite passada, disse que eu estava vindo para levá-lo para o café da manhã." "Não vi." "Huh. Percebi." Eles ficaram em silêncio novamente, as tábuas do assoalho rangendo sobre suas cabeças enquanto Angelo se movia no andar de cima. "Você tem muito mais a perder do que ele," disse Kane suavemente. "Muito mais." "Sim, mas eu também sei mais sobre a sua organização nestes últimos dias que o NYPD nunca saberá." "Ele fala com você?" Os olhos de Kane se arregalaram. "Isso o que é considerado como conversa de travesseiro hoje em dia?" "Conversamos," disse Gabe. "Ele confia em mim. Eu confio nele." "Espero que essa confiança não seja equivocada." "Quando você ficou tão cínico? Você costumava ser diferente." Suavizando sua voz, ele disse, "Já se passaram quatro anos, quando você vai se permitir viver?" Ultimamente Kane se consumia por seu trabalho, caçando criminosos de todo o mundo sem parar para respirar no meio. "Sério?" Kane olhou para ele pelo canto do olho quando passos ecoaram descendo as escadas. "Não comece, por favor." Gabe abriu a boca, mas a fechou quando Angelo apareceu vestido com suas roupas do dia anterior, camiseta e casaco de couro branco, jeans escuro e botas, seu boné azul dos Yankee estava puxado para baixo sobre os olhos. 124


"Você está bem?" Seu olhar foi de Gabe para Kane e volta. "Sim." Gabe concordou. "Meu irmão mais velho e eu estamos bem." Kane resmungou. Angelo sorriu. Gabe franziu a testa. "Espere. Vocês se conhecem? Porque eu estou captando uma vibração de ódio." Angelo encolheu os ombros. "Nós nos conhecemos quando seu irmão estava caçando um ex-associado meu." "Associado, minha bunda," Kane resmungou. "Aquele desgraçado era o seu fornecedor de armas por anos." Angelo suspirou quando ele afastou o cabelo fora de seus ombros. "Por acaso você tem a prova, Delegado? Eu não acho. Ainda assim, sua captura por Reynarde fez minha vida um pouco... difícil." Ele piscou para Kane. Gabe revirou os olhos. "Chega, os dois." Ele agarrou a beirada da jaqueta de Angelo e o puxou para perto. "Vai embora agora?" "Sí." Angelo abaixou a cabeça e roçou os lábios sobre Gabe. "Eu tenho que ir ver o meu tio," ele sussurrou. "Jesus." Gabe o segurou mais apertado. "Você tem certeza sobre isso?" Ele se afastou e encontrou o olhar de Angelo. "Eu tenho, sim." Determinação brilhou nos olhos de Angelo. "Quanto mais cedo, melhor." "Foda-se." Gabe passou os dedos pelo cabelo quando o medo o percorreu. "Fique seguro." Ele segurou o queixo de Angelo. "Isso é uma ordem do caralho." "Entendi." Puxando-o em seu peito, Angelo o beijou profundamente, avidamente, até que Kane teve a coragem de limpar a garganta. "Eu ainda estou na maldita sala." Angelo levantou a cabeça, o olhar nunca deixando Gabe quando ele se dirigiu para Kane. "Sim, mas por quê?" 125


"Ok, tchau, bebê." Ele beijou o queixo de Angelo. "Venha mais tarde e talvez eu cozinhe para você." "Oh, eu definitivamente estou vindo mais tarde." Seu olhar dourado acariciou o rosto de Gabe, persistente, em seguida, ele empurrou sua atenção para longe. "Foi um prazer, Delegado." Ele saiu pela porta da frente com uma piscada. Gabe olhou para a bunda dele até que a porta se fechou atrás dele. Porra, eu não posso acreditar que eu estou fodendo Angelo Pagan. "Bem," Kane falou do sofá. "Falando estritamente como um homem gay, o corpo daquele desgraçado é uma porra de um problema." O brilho em seus olhos disse que isso era uma coisa muito boa. O riso borbulhou e derramou dos lábios de Gabe. "Vamos lá, irmão mais velho. Leve-me para tomar café da manhã."

***** Angelo foi ver sua mãe, sentando para café da manhã e finalizar um encontro para jantar com Gabe, antes de ele dirigir para a garagem que seu tio usava como base. Ele deliberadamente ficou longe de Carlos quando o homem foi salto, escolhendo ordenar aos seus homens para ficar de olho nele, em vez disso. Eles não se encontraram cara-a-cara há anos. Angelo sempre temia que ele perdesse a calma e batesse em seu tio com os nós dos dedos nus por toda a dor que Carlos cometeu contra ele e sua família ao longo dos anos. As feridas ainda estavam lá nos olhos de sua mãe, assombrando-a dia e noite. Ele ficou sentado no SUV em frente a garagem de Carlos, janelas fechadas, enquanto observava os homens que estavam na entrada. A postura casual e as brincadeiras deles não o enganaram. Eles eram os porteiros, a saliência no cós de suas calças jeans o deixando saber o quanto 126


armados eles estavam. Ele desligou a música 99 Problems14 de Jay-Z e se recostou, respirando fundo para acalmar os nós em seu estômago. Esses nós não eram por Carlos. Não, eles eram pelas memórias que olhavam fixamente em seus olhos que ressuscitariam e Angelo precisava se preparar. Ele esvaziou os bolsos de tudo, exceto por seus telefones celulares, levantou a gola de seu casaco de lã e pulou para fora do carro. Provavelmente deveria ter dito a Gabe como se sentia sobre ele. Angelo vestiu luvas de couro preto como ele se apressou em frente. As vozes e risos pararam. Os homens colocaram as mãos nos cós, agarrando suas peças sem dúvida, e ele levantou as mãos, palmas abertas. Andar a pé na cova do leão sem cobertura, nenhuma proteção. Ninguém, exceto Gabe sabia que ele iria lá hoje. "Calma, senhores." Ele parou na frente do grupo, olhando nos olhos de Hugo, o homem mais leal de Carlos. Mais de uma vez Angelo desejou ter cortado a garganta de Hugo quando ele teve o bastardo de joelhos e chorando. "Hugo, há quanto tempo. Espero que você tenha crescido um pouco desde então." Um rubor vermelho escureceu o rosto de Hugo, ódio encheu seus olhos quando ele deu um passo adiante. Angelo permitiu um sorriso preguiçoso curvasse seus lábios. "Pra trás, Hugo. Nós dois sabemos que você não pisca sem ordens. Leve-me para ver meu tio." Hugo rosnou como um de seus amigos colocou a mão em seu bíceps, mas ele deu esse passo para trás. "Eu tenho uma bala com seu nome nela," Hugo prometeu. "Sério?" Angelo riu. "Eu cheiro o seu medo daqui." Ele cuspiu na calçada. "Forte, como mijo quente."

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www.youtube.com/watch?v=6uikJTnmtgw

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Hugo congelou, apenas por um segundo rápido, antes de ir para a parte de trás da garagem, mas Angelo pegou. Esse comentário bateu em casa. Hugo havia se mijado quando Angelo enfiou o cano de sua 0.9mm em sua boca. Ele sorriu com a lembrança. Como Hugo desapareceu por uma porta dos fundos, três caras rodearam Angelo onde ele estava, mãos agora cruzadas nas costas. Esperando. Ele ignorou, olhando para a pintura de zul em de um Chevy Impala. Bonito. A garagem era uma fachada para o qual quer que fosse a bagunça que Carlos decidiu mergulhar suas mãos sujas, mas eles eram legítimos e fazia um bom trabalho. Antes de Carlos ser preso, o lugar fervilhava se clientes. Hoje, além de Angelo e a equipe de três homens dando-lhe o olho podre, o lugar estava deserto. Carlos era um parasita de merda, sugando o sangue de qualquer um e quem conseguisse se encontrar preso em sua teia. Seu tempo estava quase acabando, porém, Angelo cuidaria disso. Uma porta bateu dentro da garagem e ele olhou para cima. Hugo voltou para fora, mandíbula apertada, olhos atirando punhais no Angelo. "O revistem." Angelo sorriu enquanto os homens o empurraram contra a parede e o apalparam, mergulhando as mãos ásperas para cima suas pernas antes de esvaziar seus bolsos. Não tinha nada, exceto seus celulares e as chaves do carro. Eles permitiram que ele ficasse com eles enquanto continuavam sua busca. Terminando, eles recuaram, carrancas em suas testas. Provavelmente se perguntando quem era louco o suficiente para ir voluntariamente ao covil de Carlos sem armas. "Siga-me." Hugo apontou para os homens que estavam ao lado de Angelo. "Vocês ficam aqui. Olhos abertos, entenderam?" Ele voltou para a garagem escura e Angelo o seguiu.

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Hugo o levou para uma sala pequena, empoeirada e com má iluminação. Carlos estava sentado em um sofá puído, uma mulher vestida apenas com uma tanga vermelha dormindo em seu colo. Outra mulher, metade de sua cabeça raspada, estava deitada no tapete escuro ao lado do sofá, completamente nua. Maconha e álcool misturavam com o cheiro de sexo rançoso e suor. Outro par de lacaios Carlos estava sentados em cadeiras de plástico, os olhos sobre Angelo, armas em seus colos. "Sobrinho, veio me dar boas vindas, afinal." Carlos se sentou, deixando a mulher em seu colo cair no sofá. Sua camiseta branca estava agarrada a sua pele, manchas de suor ao redor do pescoço e axilas. Angelo enfiou as mãos nos bolsos, franzindo o nariz em desgosto arrogante. "Ainda um favelado, eu vejo." "Não por muito tempo, eu lhe garanto." Carlos sorriu, olhos enrugando nos cantos. "Em breve eu vou estar onde eu deveria ter estado todo este tempo." Ele parecia tanto com seu irmão. Angelo balançou a cabeça e levantou uma sobrancelha. "E onde é exatamente isso? A penitenciária em Ossining ou a ala psiquiátrica?" Carlos olhou com olhos claros e firmes. "Você tem o humor lendário dos Pagan, sobrinho. Espero que ele o ajude." Cansado da brincadeira fútil, Angelo se balançou sobre seus calcanhares. "Fique longe de território Los P, você e os idiotas que você mantém como animais de estimação. Seu plano, seja ele qual for, não vai funcionar." Carlos cruzou os braços, sua risada baixa dando lugar a gargalhadas. Seus homens olharam um para o outro, antes de rirem também. Angelo revirou os olhos. Por que me sento como se estivesse em um filme ruim de gangster agora? "E o que você sabe do meu plano, sobrinho?" Correndo a palma da mão sobre seu cabelo escuro e ondulado e ralo no topo, Carlos piscou. "Você fica se escondendo atrás das saias de sua 129


mãe e você acha que sabe o que se passa nas ruas? Eram minhas ruas antes de você sequer pensar em reivindicá-las como suas." "Mas eu as reivindiqueis, tío. E eu as controlo." Ele acenou com a mão na sala em geral. "Eu deixei você ter esse buraco infestado de ratos na parede. Eu permito que você e seus animais de estimação respirem e você opta por tirar a vida de sua sobrinha. As ruas que você escolheu inundar com drogas." Droga, ele estava ficando irritado. "Você é mais louco do que eu pensava, se você acha que eu permitiria que você respirasse depois do que fez a Catarina." "Ah, mas já se passou mais de um mês desde a sua querida irmã morreu." Carlos esboçou o sinal da cruz com um sorriso. "Como está Liliana? Ela deve estar devastada." Ira quente como fogo ferveu dentro de Angelo. Ele curvou os punhos dentro de seu bolso do casaco e mordeu o interior da bochecha, tirando sangue. Sem sinais. Sem sinais. Ele não daria ao bastardo a satisfação de uma expressão. Não o deixaria saber como cruas essas feridas ainda estavam. Em vez disso Angelo pensou no olhar nos olhos de Gabe esta manhã. Aquele olhar tão suave e intimista, acalmando-o. Centrando. "Minha mãe é a pessoa mais forte que eu conheço," disse Angelo suavemente. "Mais forte do que você, forte o suficiente para se envolver com você e sobreviver. Ela vai sobreviver a você, posso lhe prometer isso." Os olhos de Carlos brilharam. "Não faça promessas que não pode cumprir, sobrinho. Catarina e esse seu soldado, suas mortes são apenas a ponta do iceberg." Ele se inclinou para frente, como se comunicando um segredo. "Eu estou apenas me aquecendo e ao contrário da morte de sua irmã, a sua não vai ser rápida. Você vai vê-la chegando." Angelo riu. "Agora quem está fazendo promessas que não pode cumprir? Eu não sou mais aquele assustado garoto de dezessete anos de idade que você pegou das ruas, tío. Eu pago na mesma moeda e ao contrário de você, eu sujo as mãos." Ele olhou fixamente para os poços escuros de ódio que eram os olhos de seu tio e sorriu. "Você sempre foi um covarde, atacando pelas costas, indo atrás de mulheres e crianças. Você não tem grandes bolas. Nunca teve." 130


Os dois homens sentados saltou para seus pés, armas em punho. Angelo os ignorou, sustentando o olhar de seu tio. Carlos não afastou seu olhar, mas ele acenou para seus homens afastarem e ficou de pé. A mulher no chão fez um som, roncando um pouco durante o sono quando Carlos passou sobre ela e se adiantou para ficar na frente de Angelo. "Para você, sobrinho, eu vou fazer uma exceção." Cerveja velha e suor queimaram o nariz de Angelo quando Carlos se aproximou. "Está vendo essas mãos?" Ele levantou ambas as mãos, sujeira preta endurecida debaixo das unhas dos dedos. "Serão essas mãos apertando a vida fora de você, e depois, tocando sua mãe. É uma ocasião especial afinal de contas." Angelo doía para dar um soco na cara dele, sentir a gratificante trituração quando ossos rachavam e quebravam sob seus punhos, mas ele se manteve firme, fingindo uma expressão entediada. "Você vai ter que fazer melhor. Você não me assusta." "Mas eu assustei, não foi? Quando você estava acorrentado a uma cama, completamente nu." Um sorriso sereno brilhou no rosto de Carlos. "Quando você implorou e suplicou para deixá-lo ir. Quando você gritou por Papa Sal em seu sono." A garganta de Angelo queimou. Ele sentiu sua fachada calma desmoronando com cada palavra seu tio falou. "Eu tive você quebrado," disse Carlos suavemente. Prazer iluminou seus olhos, fazendo-o parecer mais feliz e mais como seu irmão, o pai de Angelo. "Eu espanquei você e eu você estava disposto a fazer qualquer coisa." Tique. Tique. Tique. Angelo contou os tiques em sua têmpora enquanto Carlos falava. "Você se lembra, sobrinho? Você implorou e suplicou, me disse que faria qualquer coisa." O sorriso mais revoltante curvou a boca de Carlos. Medo rastejou seu caminho através de entranhas de Angelo. Sua mente gritou com ele para ir embora, mas ele não quis ouvir. Ele era Angelo Pagan, o líder do Los P. Ele podia lidar com as palavras de seu tio. Ele podia lidar com – 131


"Eu vou fazer de tudo, tio." Carlos elevou mais a sua voz, imitando um Angelo de dezessete anos. "'Por favor, tio. Não me obrigue a fazer isso, não me faça fazer isso." As memórias caíram sobre Angelo duro e rápido. Sentimentos de impotência total de fome, de dor. Chicotes. Bofetadas. A completa escuridão... e as mulheres. Uma após a outra elas vieram, violando-o enquanto seu tio observava. E ria. Sua visão ficou turva, obscurecendo as feições de Carlos enquanto Angelo se lembrava de tudo. Mesmo aquelas que ele nunca tinha realmente esquecido. Risos encheram seus ouvidos, tudo em torno dele, puxando-o de volta para o presente como Carlos e seus homens se divertiam com as memórias que ele preferia esquecer. Angelo agarrou Carlos pelo pescoço, puxando-o em seu corpo quando ele recuou para a parede. Homens de Carlos gritaram com ele, apontando suas armas, mas Angelo focou em seu tio, girando-o e usando seu corpo como escudo. "Tanto prazer que você toma da dor de uma criança, tío. Eu vou ter ainda mais em sua morte." O pulso sob seus dedos acelerou. Ele apertou com mais força e Carlos balbuciou, arranhando-lhe a mão. "Eu conheço a sua fraqueza," disse Angelo. "Eu as vejo. Eu ouço seu coração trovejando no peito, sinto seu pulso correr e eu sei. Você tem medo de mim." Os homens avançaram lentamente, gritando com Angelo para soltar seu chefe. "Você começou este jogo quando eu era apenas uma criança, mas eu vou terminá-lo." O corpo de Carlos soltou, seus dedos se afundando na pele de Angelo. "Tire suas drogas das minhas ruas." Ele soltou Carlos abruptamente e joelhos do outro homem fraquejaram. "Chefe, você está bem?" Um dos homens de seu tio o segurou na posição vertical, enquanto os outros dois agarraram os braços de Angelo e o bateram contra a parede. Seus ombros protestaram e ele reprimiu um estremecimento, respirando com a dor. Alguém deu uma joelhada nas suas bolas e ele mordeu a língua, recusando-se a lutar. Este não era o 132


momento nem o lugar para uma briga. Ele veio para dizer o que precisava e ele disse, portanto, na próxima vez que Carlos decidisse agir e Angelo reagir, ninguém poderia dizer que não tinham sido advertidos. "Estoy bien." Carlos chiou e levantou uma mão. O cano da arma encostada ao templo de Angelo desapareceu. "Meu sobrinho estava simplesmente se comportando mal." Avaliando Angelo, Carlos massageava a garganta. "Você não estava, Angelo?" "Eu já disse o que eu vim dizer." Se empurrando da parede, Angelo ficou peito a peito com Carlos. "Você me quer, venha me pegar. Mas você deve saber, eu não jogo nenhum jogo eu não possa ganhar." Os lábios de Carlos torceram. "Senhores, escoltem o meu sobrinho pra fora, por favor." Girando, Angelo saiu do lugar, à frente dos homens cutucando-o nas costas com suas armas. Pisando fora, o sol o cegou brevemente e ele piscou para o brilho antes de dar uma piscada para um carrancudo Hugo. "Adiós, mijão." Ele não vacilou seus passos, caminhando confiante e atravessando a rua com um aceno de despedida. No interior do SUV, ele respirou fundo e ligou o veículo, se afastando enquanto suor escorria pelo rosto e umedecia suas roupas. Dois quarteirões acima, ele encostou ao lado da estrada e tirou seu celular do bolso do paletó. Ele ativou o gravador de voz, reproduzindo toda a conversa que teve com seu tio. Botões borrados enquanto discava Gabe, memórias e dor lutando para ser soltos. Ele engoliu e engoliu, sua respiração forte o único som no espaço fechado. "E ai, como vai?" Ele abriu a boca no cumprimento de Gabe, mas nada saiu. Sua garganta trancada. Seus olhos ardiam. O nó em seu peito apertando mais forte, mais forte. "Angelo? Bebê?" Tanta preocupação na voz de Gabe. Preocupação por ele. Angelo enrolou o punho e lutou para respirar, lutou para controlar os demônios ansiosos para arrastá-lo para baixo. 133


"Angelo?" A voz de Gabe ficou mais alta. "Responda-me, bebê. Você está bem?" "Eu – sí." Ele limpou a garganta e conseguiu um coaxar. "Eu estou aqui." "Cristo! Você está aí, mas você está bem?" Essa emoção nua derramado de Gabe por telefone, envolvendo em torno de Angelo e aquecendo suas entranhas. O nó afrouxou o suficiente para ele respirar. "Sim, eu estou bem agora." Algo roçou sua bochecha esquerda e ele passou um dedo que saiu molhado. Gabe suspirou profundamente. "Você me assustou. Não me assuste assim." "Lo siento." Angelo olhou friamente para seu dedo molhado. "Lo siento." Ele inclinou a cabeça para trás enquanto as lágrimas escorriam do queixo e sobre as coxas. "O que está errado?" Era assustador como Gabe conhecia seus humores e podia lê-lo, mesmo por telefone. Assustador, mas bom. "Eu acabei de deixar o lugar de meu tio." Pressionando a palma da mão em seus olhos, Angelo confessou: "Eu não estava preparado." Sua voz vacilou. "Eu não estava preparado para as memórias." "Oh, Deus. Oh Deus." As palavras de Gabe tremeram. "Sinto muito, bebê. O que aconteceu?" Seus lábios se curvaram em um sorriso amargo. "Ele é exatamente como ele era há tantos anos atrás, um monstro, e ele se concentrou naquele garoto de dezessete anos, com medo como um tubarão farejando sangue na água." Gabe xingou. "Você fraquejou na frente dele? Você demonstrou qualquer fraqueza?" "Não, mas eu mal consegui segurá-los." "Mas você conseguiu e isso é bom. Nunca os deixe vê-lo suar." Angelo sorriu. "Sí." "Onde você está agora?" "No carro, a duas quadras de distância. Eu deveria dirigir ao hospital para fazer meus testes em pouco tempo." Então ele tinha que verificar o fornecimento de armas, certificar que tudo estava

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dentro do cronograma. Ele teria que ir pessoalmente a Jersey para fazer isso. Os compradores já estavam alinhados. "Respire fundo," disse Gabe suavemente. "Controle-se e volte sua cabeça no jogo. Não deixe que o seu tio leve a melhor sobre você. Você não é mais aquele garoto. Entendeu?" Angelo riu. "Entendi." "Bom. Ele não pode tocar em você a menos que você deixe. Você deixou?" Ele reprimiu um sorriso. "Não." "Então foda-se o bastardo louco e volte para casa para mim." Gabe foi veemente e apaixonada. O palestrante motivacional perfeito. "Eu irei. Obrigado, policial." "É por isso que estou aqui." Ele ouviu o sorriso na voz de Gabe. "Gracias pela conversa," Angelo disse. "E por ouvir." Era espantoso como era natural conversar com Gabe, como o som da voz de seu amante o acalmava mais rápido do que qualquer coisa ou qualquer outra pessoa jamais poderia. "A qualquer hora. Te vejo mais tarde." "Até mais."

***** Gabe entrou por seu portão e olhou para a mulher sentada em sua varanda, sorrindo para ele com os olhos bem cautelosos. "Trish. O que você está fazendo aqui?" Ele subiu as escadas, sacolas de supermercado em ambas as mãos, e curvou, roçando os lábios sobre sua bochecha suave.

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"Oi, Gabe." Ela se levantou, seu corpo flexível coberto com calças escuras e um casaco elegante. Seus olhos castanhos estavam hesitantes enquanto falava. "Eu vim pegar aquela caixa que deixei no porão." "Oh." Ele tinha esquecido sobre a caixa de romances que ela tinha deixado e prometido voltar. Ele colocou no chão uma das sacolas de compras e se atrapalhou no bolso pelas chaves, abriu a porta e fez um gesto para ela entrar. Ela lhe deu um pequeno sorriso e pegou a sacola que ele tinha colocado no chão. Ele a seguiu até a casa, chutando a porta e entrando na cozinha. Eles colocaram as sacolas na mesa da cozinha. Eles ficaram em lados opostos da mesa e olharam para o outro. Deus, ele se sentia extremamente desconfortável e isso não era certo. Ela era alguém com quem ele tinha vivido e dormido por três anos, alguém com quem ele pensou que estaria para sempre. "Então..." "Como tem passado?" Ele perguntou suavemente. Seus olhos, sempre tão expressivos, aumentaram ligeiramente. "Eu – eu estive ocupada com o trabalho e escola." Ele acenou e fez sinal para que ela se sentasse. Ambos sentaram e ele cruzou as mãos sobre a mesa. "Como estão seus cursos, mais difíceis?" Trish era uma assistente jurídica e terminando suas aulas de direito em uma faculdade comunitária à noite. Ele estava com ela quando ela começou ajudando em seu estudo, interrogando-a. Nostalgia o acertou em cheio. "As aulas estão mais difíceis, mas elas estão quase no fim. O trabalho é agitado, mas eu gosto do ritmo, como você sabe." Ela apertou os lábios. Ele sabia. Trish operava em plena aceleração, o tempo todo. Ele sempre amou isso nela. "E você?" Ela perguntou. "Como está seu ombro?"

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"Curando bem." Ele o girou devagar. "Na próxima semana eu vou passar por avaliação e se eu passar eu vou voltar ao trabalho." "Você vai passar." Seu olhar se agarrou ao seu brevemente, suave e familiar, antes que ela quebrasse o contato e voltasse sua atenção para suas sacolas de supermercado. "Finalmente você fez compras de supermercado. O que você tem aí?" "Uh." Gabe pulou da mesa e pegou as sacolas. Ele as levou até o balcão, perto da pia, dando-lhe as costas enquanto ele guardava as compras. "Não é nada sofisticado, apenas o essencial. Tenho que encher os armários antes de morrer de fome." Ele forçou um riso. "Só o essencial, hein?" Ele saltou na vibração de sua voz em seu ouvido. Gabe se virou, despreparado para a devastação nos olhos de Trish. "Trish – ” O sorriso que ela tentou vacilou. "Espaguete. O prato que você cozinhou para mim no nosso primeiro encontro." Seus olhos ficaram anormalmente brilhantes. "Eu me apaixonei por você naquela noite." O mesmo prato que ele fez toda vez que ele queria cortejá-la ou pedir desculpas por algo. O mesmo prato que ele faria para Angelo esta noite. "Você encontrou outra pessoa." "Trish – ” Ele estendeu a mão e ela se afastou, balançando a cabeça. "Nós rompemos, Trish." Por que diabos ele se sentia como estivesse se desculpando? "Nós terminamos há um tempo." Muito antes que ela saísse. "Não." Lágrimas riscaram suas bochechas. "Você tomou essa decisão sem me consultar, você terminou o nosso relacionamento sem nos dar uma chance."

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Que diabos era isso, a Twilight Zone15? Capturando seus pulsos, ele a levou para a mesa. Sentou-se e puxou uma cadeira ao lado dela e fez o mesmo. "Nós deveríamos ter que trabalhar tão duro para manter nosso relacionamento, Trish. Ele parou de funcionar e precisava terminar. Você foi a forte, saindo." Agarrando-lhe o queixo, ele a forçou a encontrar seu olhar. "Eu já não queria estar no nosso relacionamento, mas eu era um covarde, eu não queria sair também." Sua mandíbula se apertou. "Você estava me traindo, é por isso que não queria mais?" Ela manteve a voz firme, mas ele viu em seus olhos que ela temia a resposta. "Não." Ele balançou a cabeça. "Eu nunca considerei isso. Eu era cem por cento fiel a você em todos os momentos." Eles deveriam ter tido essa conversa o dia que ela saiu, mas ele estava muito bêbado e ansioso para escapar do incômodo de discutir. Ela tinha falado e ele resmungou respostas monossilábicas. "E agora?" Trish ergueu o queixo. "Você tem alguém?" Gabe suspirou. "Já faz mais de um mês, Trish. Você saiu, levou tudo o que possuía, exceto a uma caixa no porão." "Eu tenho vivido no porão da casa dos meus pais, esperando por você me ligar. Esperando que você aparecesse, esperando que você lutasse." Seus olhos brilharam. "Foi tão fácil assim jogar três anos pelo ralo e seguir em frente? Não significou nada?" Seus ombros tremeram e seu rosto enrugou. "Deus, Trish." Ele se aproximou e envolveu um braço ao redor dela. "Eu não me arrependo de nosso tempo juntos, mas eu escolhi aprender e seguir em frente." Ela soluçou mais forte e ele bateu em suas costas sem jeito. "Eu sinto muito, Trish." Ele beijou o cabelo dela. "Não chore, por favor." "Ela – ” Trish levantou a cabeça e o olhou com os olhos molhados. "Ela te trata bem?" Porra. "Eu – uh – ” Ela. Claro, Trish não suspeitaria que ele estivesse com um homem. Por que suspeitaria? 15

Série de TV, apresentando histórias de ficção científica, suspense, fantasia e terror. No Brasil, Além da Imaginação.

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"Você a ama?" "Estou feliz," admitiu. "Vamos deixar por isso mesmo." Ela procurou seu olhar. "É aquela vadia de sua equipe que sempre olhou engraçado para mim quando chegava?" "O quê?" Gabe franziu a testa. "Phyllis? Não, inferno, não!" "Bom." Ela mordeu o lábio. "Eu sinto muito, Trish. Eu realmente sinto." Ele não poderia dar a ela qualquer coisa diferente de seu pedido de desculpas. "Desculpe, mas não deu certo, que você coloque a sua felicidade em espera por mim." "Eu também." Sua expressão se suavizou quando ela balançou a cabeça. "Eu também." "Venha aqui." Ele estendeu os braços e ela deslizou para o colo dele, enrolando os braços ao redor de seus ombros. Sua respiração aquecia o lado de seu pescoço e ele deslizou as palmas para cima e para baixo suas costas, pressionando os lábios em seu cabelo. Uma garganta limpou e ele levantou a cabeça para encontrar a expressão fechada de Angelo. Merda. Trish se afastou dele e se sentou em sua cadeira enquanto os olhos de Angelo os avaliavam. "Você deixou a porta aberta," disse Angelo. "Eu trouxe vinho." Ele ergueu um saco de papel com a garrafa de vinho aparecendo no topo. "Ah... Trish, este é Angelo. Angelo, Trish, minha ex." Ele segurou o olhar de Angelo, tentando avaliar os pensamentos de seu amante, mas Angelo tinha tudo trancado. "Hum, eu vou pegar aquela caixa." Trish se levantou e enxugou os olhos. "Oh, você não precisa." Gabe arrastou sua atenção de Angelo. "Eu posso pegá-la." Ela olhou para ele através de seus cílios. "Está no mesmo lugar?" Ele assentiu. "Então eu vou encontrá-la." Ela correu em direção às escadas do porão e Gabe esperou até que ela desapareceu antes de ele se virou para Angelo. 139


Seu amante observou-o friamente. "O quê?" Gabe agarrou seu braço. "O que você está pensando?" "Por que ela está aqui?" A pergunta era gelo puro, cem por cento Angelo Pagan. Gabe conseguiu – por pouco – não revirar os olhos. "Ela deixou uma caixa de coisas no porão, ela voltou para buscar." Uma sobrancelha se elevou. "Por que ela estava em seus braços?" "Eu não sei, Angelo. Por que você acha?" Perguntas ridículas. Aparentemente Angelo não pensava assim, porque ele olhou com raiva e passou por Gabe, abriu a porta de trás e saiu. A porta se fechou atrás dele. Que diabos estava acontecendo aqui? Passos na escada do porão soou antes que Trish aparecesse, uma caixa de papelão de tamanho médio na mão. "Onde está o seu amigo?" Ela olhou em volta. Gabe deu de ombros. "Ele precisava de ar." Colocando a caixa sobre a mesa, ela colocou o casaco e olhou para Gabe. "Você o ama." Ele tossiu, medo fodendo com sua respiração. "O quê? O que faz você dizer –" "Nos três anos que eu estive com você, nem uma vez que você olhou para mim do jeito que você acabou de olhar para ele." Ela realmente sorriu, genuinamente. "Eu estou realmente meio que aliviada que você não me deixou por uma buceta nova. Ele estava com raiva que eu estava em seu colo, né?" "Umm." Como exatamente responder a essa pergunta? "Eu acho que é doce." Ela beijou sua bochecha. "Eu realmente sinto muito." Ela pegou a caixa e se dirigiu para a porta da frente. "Eu diria isso a ele se eu fosse você." Ele segurou a porta aberta e ela abriu um sorriso. Ele esperou enquanto ela entrou no carro e foi embora. O que diabos acabou de aconteceu?

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Capítulo Nove Ele não encontrou sinal de Angelo quando ele abriu a porta de trás e olhou para fora. Gabe deu de ombros e foi fazer o molho para sua massa. Era perda de Angelo, se ele decidisse sair sem uma palavra. Gabe ainda precisava processar toda a situação com Trish. Ela estava esperando que ele voltasse para ela. Ele não desperdiçou nenhum pensamento significativo sobre ela depois que ela saiu, apanhado no turbilhão de Angelo, mas ela estava esperando por ele. Como fodido era isso? Três anos com a mulher e Angelo apareceu e limpou todas as suas memórias. Ele tinha amado Trish, construído uma casa com ela e ele se sentia menos do que uma escória que ele permitiu que essa coisa com Angelo assumisse todos os aspectos de sua vida. Adicionando tomates cortados na panela fervendo no fogão, Gabe balançou a cabeça. Trish merecia alguém muito melhor do que ele. Muito mais do que o que ele tinha dado a ela ao longo dos anos. Se ele realmente a amasse, se sua vida juntos poderiam ser tão facilmente apagada? Ele deixou a massa cair na água fervente quando a porta traseira se abriu. Ele endureceu, mas não se virou, mantendo sua atenção nas panelas, mexendo o molho que sua avó tinha lhe ensinado a fazer. Braços fortes circularam sua cintura e Angelo deitou sua cabeça no ombro de Gabe. Soltando uma respiração reprimida, Gabe perguntou: "Terminou de fazer beicinho?" "Eu não estava fazendo beicinho." Angelo fez uma pausa. "Eu também não gostei de encontrar a sua ex em seu colo, chorando em seu ombro."

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Gabe agitou a massa, diminuindo o fogo do molho, e se virou nos braços de Angelo. "Ela estava esperando que eu mudasse de ideia e voltasse para ela." Choque brilhou nos olhos de Angelo. "O quê? Ela não deixou você?" "Sim, mas, aparentemente, era uma espécie de teste. Me fazer perceber o que eu estava perdendo ou algo assim." Ele esfregou o queixo. "Eu fique completamente surpreso por isso." Angelo estreitou os olhos e recuou. "O que isso significa exatamente?" Gabe avançou. Angelo recuou novamente. "O que você acha que isso significa e por que eu sinto que estou perseguindo você está aqui?" "Você quer voltar para ela, agora você sabe que ela está disponível?" Angelo quebrou o contato visual, suas palavras sem emoção. "Você quer ela de volta?" Gabe inclinou a cabeça. "Pronto para se livrar de mim, eu vejo." A vulnerabilidade que Angelo lutava tanto para esconder era bastante evidente para Gabe, delineado claramente em sua postura e no tique em sua mandíbula. "Olhe para mim." Angelo levou o seu tempo para se virar para Gabe e quando o fez, Gabe se moveu para o seu espaço, deslizando a mão sob a camiseta branca e para seu quente estômago plano. Os músculos tensos contraíram. "Eu não desperdicei meu tempo pensando Trish desde que você e eu começamos isso. Eu a amava, eu passei três anos com ela, então por que é que eu sinto que minha vida começou quando eu e você começamos?" Ele viu como o gelo no olhar de Angelo derreteu, polegada por polegada dourada. "Trish passou todo esse tempo esperando por mim, pensando em mim, e eu passei pensando em você, precisando de você. Querendo você."

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Angelo estremeceu debaixo da sua mão. Acariciando a ponta a um dedo sobre as saliências do seu estômago, Gabe continuou. "O que diz sobre mim que eu posso apagar a vida que Trish e eu tivemos juntos?" Ele implorou a Angelo por respostas. "Será que eu realmente a amava?" "Claro que você a amava." Angelo segurou seu rosto, roçando o polegar sobre sua bochecha. "Você a amava, eu sei que sim." Gabe fechou os olhos. "Eu gostaria de pensar assim, mas parece que nada, ninguém mais existia antes de você aparecer. Isso pode ser uma coisa boa." Ele abriu os olhos e encontrou o olhar de Angelo. "Mas pode ser muito ruim." A mão de Angelo apertou em seu rosto. "Lo siento. Sinto muito." "Não, não se desculpe. Não." Ele pegou as duas mãos de Angelo e o puxou mais perto até que seus corações tocaram. "Eu não preciso de desculpas," Gabe sussurrou. "Beije-me em vez disso." Ele inclinou seu queixo e Angelo o beijou suavemente. Gabe se agarrou a ele, separando os lábios, tocando sua língua na de Angelo. Seu amante aprofundou o beijo, tomando sua boca avidamente. Gabe combinava com seu fervor, saboreando o sabor viciante de seu amante antes de se afastar com um gemido. "Vou queimar o jantar." Angelo lambeu os lábios e Gabe quase se lançou contra ele. Em vez disso, ele passou o polegar sobre o lábio inferior do outro homem e se virou. "Abra o vinho," ele instruiu enquanto ele provava o molho. "Copos aqui." Ele apontou para o armário com os copos de vinho. Desligando o fogo debaixo do molho, ele pegou pratos e talheres. Angelo tirou a rolha do vinho tinto, observando quando Gabe enchia seus pratos com a comida. "Você quer comer aqui ou na sala de estar?" Gabe lambeu molho de suas mãos, em seguida, a lavou. "Os Knicks estão jogando esta noite, então, sala de estar."

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Angelo pegou o vinho e copos enquanto Gabe pegou seus pratos e se dirigiram para a sala de estar. Ele colocou os pratos na mesa de café e voltou para a cozinha para o queijo parmesão ralado. Eles se sentaram no sofá, pés um sobre o outro quando Angelo ligou o jogo. Eles caíram em um silêncio confortável, comendo suas massas, tomando vinho e assistindo o jogo. No intervalo, a comida tinha acabado, três quartos do vinho tinha sido bebido e eles estavam brincando com os pés cobertos com meias. Angelo arrastou seus dedos sobre as costelas de Gabe, fazendo cócegas nele, e Gabe tentou fugir, mas Angelo segurou tornozelos juntos e se recusou a soltá-lo. Gabe arqueou rindo com tanta força que seus lados e bochechas doíam. "Maldito seja, jogue limpo." "Você deveria saber agora que eu não jogo." Angelo riu. Ele tirou uma meia do pé de Gabe e raspou a unha na parte de baixo. "Foda-se!" Gabe expulsou para ele. "Pare. Pare." Angelo riu e deu um beijo na sola de Gabe. "Você, amado, é muito fácil." Ele soltou o pé de Gabe e rastejou sobre ele, deitando em cima de Gabe. "Você é muito fácil." Deslizando os dedos pelo cabelo grosso de Angelo, Gabe beijou seu nariz. "É ótimo ver você rindo, relaxado." "Eu me sinto muito melhor do que me sentia hoje cedo." Traçando um dedo pelo nariz de Gabe, Angelo sorriu. "Você acabou por ser a cura para todos os meus males." Calor floresceu no peito de Gabe. "Tratamento Gabe. Eu gosto disso." Angelo sorriu. "Eu sabia que você gostaria." Inclinando-se sobre o sofá, ele pegou o vinho e levantou a garrafa. "Sobrou um pouco, quer terminá-lo?" Ele tomou um gole. "Sim." Gabe pegou a garrafa dele e tomou um gole. Eles passaram a garrafa um para o outro, trocando beijos com sabor de vinho. Quando a garrafa finalmente secou, Angelo a colocou de volta no chão e lambeu o pescoço de Gabe. 144


"Conte-me sobre você e Kane," disse Angelo. "Quão próximos vocês são?" Gabe deitou sua cabeça no braço do sofá com um sorriso. "Nós sempre fomos muito próximos. Somos somente nós dois desde que nossos pais morreram quando eu tinha quinze anos e ele vinte e um." "Eu sinto muito." Angelo esfregou a palma da mão sobre o peito de Gabe em um padrão circular. "Obrigado, eles eram ótimos pais. Um motorista bêbado os matou. Kane cuidou de mim com a ajuda da nossa avó materna." As memórias voltaram então, toda a dor, era uma dor incômoda que ele poderia tolerar agora. "Onde você cresceu?" "Connecticut." Gabe sorriu. "Família comum. Minha mãe era uma professora, apesar de não ter que trabalhar. Sua família tinha dinheiro. Meu pai era um advogado." "Soa como uma família incrível." As palavras de Angelo retumbaram através da TV sem som. "Sim, éramos afortunados, mas nunca mimados. Nossos pais queriam que nós soubéssemos que o dinheiro que nossa família tinha não era nosso. Kane e eu tínhamos que ganhar o nosso sustento, mas quando morreram tudo ficou para nós." "Espere." Angelo levantou-se em seu cotovelo. "Você é rico?" Gabe riu. "Eu tenho algum dinheiro. Nossos pais se garantiram que Kane e eu ficássemos confortáveis para resto da vida e quando minha avó morreu, ela também me deixou uma casa em Poconos. Uma cabana." Se a construção extravagante de dois andares com todas as comodidades disponíveis conhecidas pelo homem poderia ser chamada de cabana. "Legal." "Sim, Kane e eu só fomos lá duas vezes. Ele se tornou um pouco de um recluso desde seu companheiro faleceu." "O que aconteceu?" 145


Gabe pigarreou. "Um homem armado tomou de refém todo o edifício de Bailey. Ele trabalhava como um advogado judiciário de apoio. Quando a poeira baixou, dois foram mortos, três feridos." Esse momento ainda estava fresco para ele. "Kane estava fora da cidade, perseguindo um fugitivo." Ele engoliu em seco sobre a queimadura em sua garganta. "Eu tive que ligar pra ele, lhe contar por telefone." Olhando nos olhos de Angelo, Gabe disse, "Essa foi a coisa mais difícil que eu já fiz, contar ao meu irmão que o homem que ele amava, o homem que eu considerava meu irmão, estava morto." Os braços de Angelo apertaram ao redor dele. "Eu sinto muito." Gabe concordou. "Pegamos o cara que o matou, mas desde isso Kane está focado exclusivamente em seu trabalho. Ele quase não fala mais sobre Bailey." "Ele o amava," disse Angelo calmamente. "Isso não deve ser fácil de superar." "Eu sei que não é, mas ele tem que continuar a viver. É como se ele desistiu de ter uma vida fora do trabalho e eu sei Bailey teria odiado isso." Angelo encolheu os ombros. "Ele precisa de tempo. Dê-lhe tempo." Gabe abraçou Angelo, beijando a testa e pálpebras de seu amante. "Vou tentar." Angelo piscou e abaixou a cabeça, afundando seus dentes em no peitoral direito de Gabe através de sua camisa. "Hmm." Gabe cravou os calcanhares no sofá e arqueado. Angelo agarrou a bainha de sua camisa e a levantou, puxando-a sobre a cabeça de Gabe e a soltando no chão. Ele passou a olhar para baixo do corpo de Gabriel com um sorriso apreciativo. "Você é lindo, amado." Sentando entre os joelhos de Gabe, ele passou a língua sobre um mamilo. "Oh sim." Gabe afundou os dedos no cabelo de Angelo, puxando quando seu amante raspou os dentes sobre cada mamilo, em seguida, chupou. "Merda, isso é bom."

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Angelo cantarolou, arrastando sua língua para baixo estômago e abdome de Gabe enquanto seus dedos trabalhavam o zíper de Gabe. Pressionando sua ereção contra Angelo, Gabe abriu as pernas e permitiu que seu amante desabotoasse sua calça jeans. O zíper fez um silvo distinto quando Angelo o puxou para baixo e espalmou Gabe. "Aah." Gabe se curvou no calor dos dedos ásperos de Angelo, cabeça girando com uma sobrecarga de prazer. E vinho. A respiração de Angelo chamuscou sua coroa antes de seu pênis ser cercada por sucção quente e úmida. "Foda-se, sim. Chupe-me." Angelo fez exatamente isso, engolindo-o profundamente, engolindo-o até a raiz com um mergulho de cabeça. Gabe jogou a cabeça para trás com um gemido, quadris empurrando na boca de Angelo. Sons encheram a sala enquanto Angelo o chupava, puxando as calças jeans de Gabe com uma mão, a outro acariciando seu comprimento. Respiração assobiou fora de lábios entreabertos de Gabe e ele levantou os quadris para fora do sofá, apertando sua bunda quando Angelo puxou sua calça jeans até o meio da coxa. Angelo achatou a língua na parte de baixo do pênis de Gabe, traçando o cume lá com a ponta endurecida. "Ungh." Gabe torceu os dedos no cabelo de Angelo e puxou, revirando os quadris, levando seu pênis mais fundo na garganta de seu amante. Saliva deslizou de seu pênis, pingando em seus pentelhos. O cheiro de sexo e excitação encheu seu nariz e derreteu em sua língua. Angelo se moveu mais pra baixo, lambendo suas bolas, os dedos dançando sobre a área sensível entre as bolas e bunda. Gabe se esticou e se obrigou a ficar calmo. Ele não estava pronto para a penetração real ainda, mas Angelo sabia disso e seu amante não faria nada que ele não queria. Ele amava a boca de Angelo sobre ele e seus dedos profundamente dentro dele, mas Gabe ainda não estava pronto para o sexo completo.

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A língua de Angelo o lambeu, seu amante fazendo aqueles sons sensuais geralmente reservados para quando Gabe estava dentro dele. Movendo-se ainda mais pra baixo, Angelo escondeu o rosto entre as bochechas de Gabe, lambendo, a língua dura sondando. Gabe tentou alargar as coxas, mas o jeans em seus joelhos parou qualquer movimento. A boca sobre ele, língua mergulhando em sua entrada, Angelo ajudou agarrando o jeans e puxando até que o artigo ilícito de vestuário se moveu mais abaixo. Trabalhando um dedo em Gabe, Angelo se afastou, finalmente, puxando as calças jeans com uma mão. Com as pernas livres, Gabe jogou uma sobre o encosto do sofá, a outra plantada no chão quando outro dedo se juntou ao primeiro dentro dele. "Porra, Angel." Ele agarrou as almofadas do sofá e apertou em torno dos dedos tesourando dentro dele. "Mais." Angelo chupou o pau de Gabe em sua boca novamente, a língua deslizando sobre a fenda como ele empurrou três dedos dentro dele, torcendo, as juntas raspando aquele delicioso nó. "Deus." Angelo empurrou dentro e fora, forte, e Gabe levantou os quadris, olhando para o seu corpo, para a cabeça inclinada de Angelo enquanto cavalgava os dedos. "Foda-me," Gabe pediu-lhe. "Foda-me mais forte, Angel. Forte." Angelo levantou a cabeça, tirou os dedos e separou as bochechas de Gabe rudemente. Olhos em Gabe, Angelo o beijou em sua entrada, molhado e quente. Depravado. Ele estremeceu ao ver a expressão de puro prazer no olhar de seu amante. "Tão fodidamente quente. Jesus. Amo te observar." As pálpebras de Angelo vibraram. Dois dedos entraram de volta ao buraco de Gabe e ele os girou, olhando Angelo enquanto ele os movia. Exatamente quando Gabe se aproximava do clímax, sua pele ficando tensa, Angelo retirou os dedos. Um gemido fome deixou a garganta de Gabe e Angelo olhou para ele, um brilho perverso nos olhos lindos. 148


"Paciência, você vai ter o que você precisa." Ele lambeu entrada de Gabe, em seguida, chupava os dedos, olhar fixo em Gabe. Gabe engoliu em seco, esperando enquanto todo o seu corpo doía, engolindo o grito para mandar Angelo continuar. Fazer alguma coisa. Fazê-lo gozar. Ele seguiu os movimentos lentos de Angelo com os olhos apertados. Seu amante, finalmente traçou seu buraco com um dedo antes de deslizá-lo dentro dele. Um dedo. Dois dedos. "Aah" Ele abaixou a metade superior, músculos contraindo em torno da intrusão de Angelo. Três dedos. Mais. "Aah." "Porra, policial." Os olhos de Angelo brilharam com fogo. "Tão lindo te observar." Gabe jogou a cabeça para trás com a sensação plena. Tão bom. Angelo deslizou mais fundo e depois parou. Gabe apertou em torno dele. "Olhe pra mim," disse Angelo. "Olhe." Gabe abriu os olhos como Angelo puxou quase todo o caminho para fora, em seguida, empurrou com uma torção do pulso. "Oh. Oh." Manchas dançaram na frente de seus olhos. "Angel." "Sí, me veja te fodendo." Angelo empurrou de novo, corpo deslizando para fora do sofá, até que ele se ajoelhou no chão. "Tão fodidamente quente, sucio tan16." "Ungh." Essas palavras aceleraram os quadris de Gabe. Ele levantou os ombros do braço do sofá, usando os braços para se firmar enquanto se sentava. Um impulso forte enviou Angelo deslizando sobre sua próstata e ele engasgou. Suas bolas agitando. Espalhando suas coxas, ele plantou as palmas das mãos no sofá e levantou o corpo, em seguida, deslizou para baixo nos dedos do seu amante. 16

Tão obsceno.

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"Simmm. É isso aí, amado. Foda-se. Faça." Tremores subiram pela coluna de Gabe. Sua bunda e pulmões queimavam, mas ele levantou, e depois se abaixou, repetidas vezes, fodendo-se nos dedos de Angelo enquanto gritos saiam de seus lábios. "Lindo, tão lindo." Ele olhou para si mesmo, em suas pernas espalhadas tão amplas, os dedos de Angelo desaparecendo dentro e fora de seu corpo, e sentiu o orgasmo crescendo. "Angel, Angel. Foda-se!" Ele moveu seus quadris mais e mais rápidos, membros derretendo como cada movimento enviou as juntas de Angelo raspando contra sua próstata. Tão bom. Angelo envolveu sua palma livre ao redor do pênis de Gabe e puxou, masturbando-o com movimentos descoordenados e ásperos. "Sí, goze para mim. Me dê isto." Angelo empurrou mais forte. Gabe mergulhou para baixo. Esses malditos dedos o acertando perfeitamente e um grito rouco borbulhou em sua garganta enquanto seu pênis entrou em erupção, porra inundando toda a mão de Angelo. "Ugh. Foda. Foda." Seus quadris continuaram se movendo e Angelo não parou, uma mão ainda se movendo dentro dele, a outra ordenhando Gabe. "Deus. Angel." Angelo se sentou sobre os calcanhares, a mão ainda envolvida em torno de Gabe, e sorriu. "Fodidamente quente." Gabe começou a rir. "Loucura." Suas palavras saíram arrastadas. "Sim." Angelo soltou e lambeu a porra de seus dedos com um gemido. "Somos loucos. Você tem gosto amargo doce e eu tenho porra presa nos meus pentelhos." Gabe caiu de volta no sofá rindo e Angelo se levantou e rastejou em cima dele, embrulhando braços ao redor dele, os lábios se unindo, transferindo a porra de Gabe para ele. "Hmm. Você está bem?" Ele perguntou a Angelo.

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"Claro que sim, eu estou bem." Angelo aninhou seu pescoço. "Eu gozei simplesmente observando você. Por que não deveria estar bem?" Gabe beliscou o lóbulo da orelha. "Quer ir para a cama?" Angelo resmungou. "Em pouco tempo, quando eu conseguir sentir minhas pernas." Um tempo depois, Gabe agitou Angelo para acordar e os dois subiram para o andar de cima, agarrados um no outro como eles caíram na cama. Angelo ainda estava completamente vestido, então Gabe teve o desprazer de se despir o seu amante enquanto ele estava deitado de barriga para baixo, como um peso morto. Grunhindo, ele se sentou sobre os calcanhares e tirou as botas e calças jeans de Angelo, deixando-o com a camiseta branca e cueca pretas apertada. Gabe se permitiu um olhar autoindulgente nas costas toda tatuada de seu amante, e sorriu. Ele o amava. Eu amo Angelo. Inclinando-se sobre o corpo de seu homem, ele tirou o cabelo do rosto de Angelo e escovou os dedos pela testa. Angelo agitou, um pequeno sorriso nos lábios. "Buenas noches, policial." O sono deixava sua voz áspera e rouca. Gabe beijou seu ombro, pressionando os lábios sobre a frase espanhola tatuado ali, traduzido livremente como "Foda-se o que você ouviu". Deitando ao lado Angelo, ele puxou as cobertas sobre eles e se enrolou no calor hipnótico de seu amante. Ele estava apaixonado por Angelo Pagan.

***** Um pau duro, a ponta molhada e escorregadia, cutucou a fenda de Angelo, tirando-o do sono. Sua ereção agitou quando o hálito quente de Gabe soprou em sua nuca. Ele se empurrou contra a dureza cutucando-o por trás, mão levantando para segurar o quadril de Gabe.

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"Eu não te acordei, não é?" Gabe disse enquanto ele passava a língua na concha da orelha de Angelo. "Hmm." Angelo revirou os quadris lentamente como Gabe deslizou para cima e para baixo sua fenda, molhando-a. "Você acordou e eu estou feliz." "Bom." Circulando sua cintura, Gabe deslizou a palma da mão sobre o peito de Angelo e puxou um anel de mamilo. "Eu quero ficar assim, esfregando um contra o outro até que eu goze por toda a sua bunda." Ele puxou bruscamente o anel. "Aahh." Angelo arqueou, os dedos cavando nos quadris de Gabe. "Você é um sádico filho da puta, não é?" Dentes afundaram em seu ombro. "Mas você gosta disso. Na verdade – ” Gabe soltou o anel e se moveu mais pra baixo, segurando o pau de Angelo. "Eu acho que você ama quando eu fodo você, quando eu assumo o controle de Angelo Pagan." Ele chupou no ombro de Angelo, forte. "Porque então você não é o líder de Los P, você é apenas meu amante." Ele arqueou contra Angelo, o comprimento quente e suave dele inchando mais enquanto acariciava Angelo. "Você é apenas meu homem. Apenas meu." Ele segurou bolas de Angelo, apertando como Angelo agarrou o lençol e empurrou para trás no pulsante pênis entre sua bunda. Angelo ofegou, cabeça jogada para trás sobre o ombro de Gabe quando seu amante sugou seu ombro até que a pele queimou e acariciou seu pênis enquanto se esfregava em sua bunda. Contentamento simples o inundou e ele desejou que ele nunca tivesse que partir, nunca tivesse que voltar a um mundo dominado pela violência e morte, a maioria dos quais era ele próprio fazendo. "Ah, policial." Um orgasmo preguiçoso viajou por sua espinha. "O que você faz para mim, eu não posso explicar."

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"Então não tente." Gabe apertou o polegar na fenda de Angelo, os sons lisos de seu pênis deslizando atingindo os ouvidos de Angelo. "Apenas goze para mim." Ele acariciou Angelo mais uma vez, apertando forte, e Angelo gozou sobre os dedos de Gabe. A respiração de Gabe travou em seu ouvido quando calor derretido se espalhou sobre a bochecha esquerda de sua bunda e pingou em sua fenda. Angelo agarrou a mão de Gabe, juntando seus dedos e segurando sua preciosa vida enquanto eles continuaram se movendo, balançando uns sobre os outros. Torcendo a cabeça, Angelo procurou os lábios de Gabe, capturando suspiros e gemidos de seu amante. Ele manteve o beijo suave, macio, saboreando o gosto do homem que ele tanto amava. Ele já sabia há muito tempo que isso não seria nenhum caso passageiro e ele estava certo. Ele amava Gabe e ele foi além de assustado do que poderia acontecer com ele. Com eles. "Policial." Gabe estremeceu contra ele. "Sim." Essas três palavras estavam na ponta da língua, mas ele não conseguiu dizê-las, ainda não. Em vez disso, ele disse, "Eu tenho que sair da cidade hoje." Gabe se afastou dele e rolou para fora da cama, levando seu calor e conforto. Com o rosto impassível, ele desapareceu no banheiro. Angelo ficou onde estava na cama, ouvindo a água corrente, olhando para o teto. Esperando. Gabe voltou para o quarto e caminhou até seu armário, onde ele colocou um par de shorts, olhos em todos os lugares, exceto em Angelo. "Policial." Gabe se encolheu. "Não. Apenas... não." "Por que você está com raiva?"

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"Se eu perguntasse aonde exatamente você vai e porque, você me diria?" Gabe ficou de frente para ele, com os braços cruzados sobre o peito, músculos salientes, o rosto duro e inescrutável. "Sim." Angelo respondeu a sua pergunta com um aceno de cabeça. "Onde você está indo e por quê?" Angelo sentou-se, fazendo uma careta para a bagunça pegajosa colando-o no lençol. "Você está perguntando como meu amante ou como um policial?" A dor passou pelo rosto de Gabe e Angelo amaldiçoou. "Se você tem que perguntar isso, então tudo isso," Gabe acenou com a mão entre eles, "foi um erro." Angelo saltou da cama e ficou na frente dele. "Desculpe-me?" Ele se recusou a permitir que o arrepio de medo abrindo seus poros o intimidasse. "Você está nos chamando um erro?" Um músculo palpitou na mandíbula de Gabe. "Se você se recusa a me ver como seu amante e como um policial, então sim, nós somos um erro." Angelo agarrou seu braço, puxando-o em seu peito. "Deixe-me lhe dizer algo, policial, de nenhuma maneira no inferno que você vai se livrar de mim. Você entende? Eu sei quem você é, você é o homem que entorpece a minha dor. Quem afugenta as coisas ruins. Quem me faz querer ser melhor." Gabe mordeu o lábio inferior e desviou o olhar. "Foda, olhe para mim." Angelo agarrou seu queixo e forçou sua atenção de volta para ele. Aqueles olhos cinzentos o queimaram, marcando-o. "Você é meu amante, mas você também é um policial. Eles estão misturados há muito tempo e agora você é simplesmente o homem que eu não posso viver sem. Eu me recuso a viver sem você." Os lábios de Gabe se separaram e Angelo o beijou, língua mergulhando nos recessos quentes, empurrando. O homem em seus braços devolveu o beijo com fome enquanto Angelo fodia sua boca. 154


Gabe se afastou. "Essas palavras não significam nada se você não as apoiar. Eu quero saber onde você está indo e por quê." Angelo lambeu os lábios, saboreando Gabe, e arrastou os dedos pelo cabelo. "Tudo bem." Ele se sentou na beira da cama e olhou para seu amante sobre ele com olhos de pálpebras pesadas. "Eu negociei um acordo com o Cartel Delatorre." Os olhos de Gabe arregalaram, sangue escorrendo de seu rosto. "Você-você está fazendo negócios com os Delatorres?" O cartel Delatorre era conhecido por tráfico de humanos, armas, drogas, sexo, crianças. Qualquer coisa ilegal, os Delatorres estavam sobre ele e até a cintura. "Sou homem de negócios. Eles têm armas e eu preciso de armas." "Eles negociam mulheres e crianças por sexo," Gabe gritou. "Eles vendem pessoas!" "Eu sei disso, mas eu sou agora o único fornecedor de suas armas na Costa Leste." Gabe ficou boquiaberto e Angelo se apressou em explicar. "Há anos eu compro suas armas. Estou simplesmente ampliando nosso relacionamento." Gabe se afastou dele, sacudindo a cabeça. "Eu não – eu não posso... eu não posso acreditar em você." "Tem um quadro maior que você não pode ver ainda e eu gostaria de poder explicar, mas eu não posso. Eu não posso explicar, só sei nem tudo é o que parece." "Não comece essa merda enigmática comigo. Conte-me ou não." Gabe virou as costas para Angelo. Merda! "Gabe, por favor." Ele se levantou e colocou a mão no ombro nu de Gabe. "Eu não – foda!" Ele passou os braços ao redor de Gabe, que enrijeceu. "Você quer que todos os meus segredos, amado, e eu acho que eu quero contar todos para você." Roçando os lábios sobre a nuca de Gabe, ele ordenou: "Vire-se. Olhe para mim." Gabe fez relutantemente, levantando os olhos nublados ao rosto de Angelo.

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"Eu estou trabalhando com alguém para derrubar os Delatorres, alguém que foi queimado por eles. Gravemente." "O quê?" A testa de Gabe vincou. "Você está brincando comigo com isso?" "Não." Os lábios de Angelo torceram. "Parte do plano era ganhar o controle do mercado de armas em Costa Leste. Eu ganhei. Minha viagem hoje é para Jersey para tomar posse de um carregamento de armas provenientes de Phoenix." Olhos cautelosos pesquisaram seu rosto. "O que mais esse plano consiste?" Angelo encolheu os ombros. "Eu vou saber mais hoje. Eu só quero que você saiba, isso não é pessoal para mim, pelo menos não da maneira que você pensa. Minha reputação torna mais fácil para pessoas como os Delatorres trabalharem comigo e meu colega conspirador viu isso e se aproximou de mim." "Jesus! Você sabe o que você está fazendo?" As unhas de Gabe afundaram em seu braço. "Os Delatorres descobrirão que você os está enganando e você vai desaparecer." "Eu estou ciente disso, mas lembre-se, eu sou Angelo Pagan." Angelo piscou. "Notório líder dos Los P. Quem pensará que meu plano é mais do que a compra de armas ilegais?" Gabe passou a mão sobre o rosto. "Para quem você está trabalhando? ATF, ICE, FBI?" Angelo riu. Seu amante podia ser tão ingênuo? "Ah, policial. Esta é uma merda pessoal, não há meninos do alfabeto envolvidos. Meu parceiro no crime é um civil e tão sem escrúpulos como eu." "Maldito seja!" Gabe deu um soco no seu ombro. Angelo grunhiu. "Se você entrar em qualquer tipo de problema, eu vou ficar seriamente irritado." O medo se escondia nos olhos de Gabe, cru e desolado. Angelo segurou seu rosto. "Enquanto você estiver aqui esperando, eu estarei bem. Eu vou ficar bem." Ele tomou os lábios de Gabe, beijando seu amante profundamente. Quando ele o soltou, Gabe passou um polegar sobre o lábio inferior. "Quando você vai voltar?" 156


"Amanhã." "Seu aniversário." Angelo concordou. "Talvez você não consiga se comunicar comigo, então não enlouqueça se você ligar e eu não atender." O rosto de Gabe nublou. "Eu tenho algo para você." Pegando o jeans no chão, Angelo procurou nos bolsos até que encontrou o que procurava. Ele levantou um jogo de três chaves em um chaveiro. "Estas são as chaves da casa em Coney Island. O código para a garagem é seu aniversário." Gabe riu. "Meu aniversário, hein?" Ele pegou as chaves de Angelo e os adicionou ao seu próprio chaveiro que estava sobre a cômoda. "Obrigado, querido." "Você pode ir a qualquer hora, eu não tenho que estar lá." Angelo se levantou e olhou em volta. "Agora eu preciso tomar um banho e sair." Ele se dirigiu ao banheiro, em seguida, parou e se virou. "A propósito, minha mãe decidiu que todos nós vamos jantar depois de amanhã." Ele sorriu enquanto Gabe engoliu em seco. "Ah ok." "Cuidado, amado." Angelo riu quando ele se virou. "Parece que você está prestes a desmaiar." Ele fechou a porta no ‘foda-se’ de Gabe.

***** Angelo chegou à Nova Jersey ao meio-dia e reservou um quarto no Motel 6. O carregamento não deveria chegar até depois do anoitecer, mas ele precisava um local para ter certeza que tudo estava bem organizado.

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Normalmente, Pablo e pelo menos mais dois outros homens estariam com ele, mas esta viagem ele tinha que fazer sozinho. Seu trato com os Delatorres precisava ser mantido sobre estrito sigilo até que chegasse o momento da merda bater no ventilador. Ele não se arrependeu de contar a Gabe, porém. Seu amante tinha o direito de saber, ele precisava saber que Angelo confiava nele. Por um momento, de pé no quarto olhando para a dor nos olhos de Gabe, Angelo temia que ele tivesse perdido seu amante. Ele nunca queria sentir aquele medo novamente. Ele tirou suas roupas e se sentou na cama, armas na mesa de cabeceira. Ninguém sabia de sua viagem para cá, apenas Pablo, Gabe e Faro, mas ele ainda se preparou para qualquer bandido que pudesse ter ouvido que o líder do Los P estava na cidade e decidisse dar um tiro nele. Ainda não tinha acontecido, mas havia sempre uma primeira vez. Com a morte de Catarina, ele não estava ligando pelo seu aniversário, mas agora sim. Ele sorriu enquanto olhava para o teto. Gabe o deixou antecipando ansiosamente por outro aniversário, outro dia. Ele não podia esperar para ver o que seu amante estava planejando para eles. Ele também precisava dizer a Gabe como ele se sentia. Seu amante sentia o mesmo, ele podia dizer pelo olhar nos olhos de Gabe. Pela forma como seu amante o tocava, o beijava. Amor. Ele nunca pensou que ele o teria, nunca procurou por ele, mas a emoção paralisante o encontrou de qualquer maneira. Agora ele tinha que garantir que ele o manteria pra sempre, ele tinha que proteger seu futuro e o de Gabe. Nenhuma ideia ainda como eles iriam gerir quando Gabe voltasse ao trabalho, mas Angelo era engenhoso. Ele encontraria uma maneira de manter o seu amor ao seu lado e mantê-lo seguro. Primeiro ele tinha que lidar com Carlos e a ameaça que ele representava para todos e tudo que Angelo amava. Seu celular apitou com uma mensagem de texto e ele o pegou. Mensagem de "S". Atualização. 158


No jardim, Angelo digitou, pegando guloseimas. Bom. Avise-me dos detalhes. Ok. Angelo jogou o telefone na cama e virou de barriga para baixo, agarrando os travesseiros como ele fechou os olhos. Ele não tinha riscos pessoais na queda dos Delatorres. Seu trabalho era enganar os cães grandes em suas próprias redes e deixá-los expostos aos elementos. Neste caso, os elementos estavam em busca de sangue, na jugular, e Angelo estava feliz que ele tinha assento na primeira fila. Ele dormiria um pouco, comeria alguma coisa e voltaria correndo para Gabe.

***** Quando ele acordou, ele estava congelando e seu telefone pessoal estava apitando. "Hmph." Ele rolou na escuridão, ligando a lâmpada de cabeceira e pegando os telefones ao lado dele. Ele tinha uma mensagem de Pablo em seu telefone comercial. Angelo ignorou e checou o seu pessoal por alguma coisa de sua mãe ou Gabe. Nada de sua mãe, mas Gabe lhe mandou uma mensagem. Coney Isle amanhã. 20h00 Antecipação trouxe um sorriso ao seu rosto. Ele mal podia esperar para descobrir o que Gabe tinha planejado para eles. Primeiro eu tenho que me levantar e ir pegar a carga. Ele saiu da cama, tomou um banho rápido antes de se vestir e sair. Ele entrou no carro de aluguel preto, dirigindo alguns quarteirões para uma lanchonete onde rapidamente comeu um hambúrguer e batatas fritas.

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O carregamento não deveria chegar por mais uma hora, mas ele iria para o local de qualquer maneira, ficando dentro do veículo enquanto ele observava a área desocupada. Um mensageiro estaria trazendo as armas por estrada, mas o ponto de encontro era pela água. Eles usaram este método antes e então, como agora, ele não tinha ideia de por que Faro e os Delatorres escolheram trabalhar assim. Ainda assim, a maneira como eles transportavam a sua merda não era o seu problema. Ele estava lá simplesmente para comprar. Um frio rastejou para dentro do carro e ele ligou o termostato, ajustando seu cachecol em volta do pescoço. Suas mãos já estavam com luvas, mas elas também sentiram o frio. Ele realmente deveria pedido para alguém fazer essa merda. Qual era o sentido em conduzir uma organização criminosa se ele não poderia ter empregados? Pelo menos ele poderia ter enviado Pablo. Ele balançou a cabeça. Este acordo era muito importante, ele tinha investido muito para colocar nas mãos qualquer outra pessoa, exceto as dele. Ele fazia muito isso, ele percebeu, fazia a sua própria merda mesmo com todos os homens que havia na folha de pagamento. Os homens eram seus amigos, sua família na maioria dos casos, mas ele não confiava neles. Após a confusão com Manny e Gordo, ele não confiava em nenhum deles. Esse não era um lugar para se estar, cercado por pessoas que ele não confiava. Ele sempre esteve lá com eles, juntando-se a eles nas trincheiras, disposto a sujar as mãos. Para conseguir sujeira debaixo de suas unhas. Não havia nada que ele pediria a seus homens para fazer se ele não estivesse disposto a fazer também. Mas as coisas definitivamente tinham mudado e ele não estava pedindo a ninguém para fazer qualquer coisa, ele estava fazendo tudo sozinho. Hora de sair. As palavras fortes ecoaram em sua cabeça, saltando ao redor em seu crânio enquanto sua espinha endureceu. Ele não as tinha falado, mas ele sentiu o peso dessas três palavras em sua pele. Sentiu a verdade em seus poros. 160


Ele apertou seus dedos enluvados no volante, o medo mais intenso misturado com alívio no espaço fechado. Estou saindo. Por sua mãe. Por Gabe. Por Catarina. E por mim. Faróis brilhantes o cegaram quando um veículo virou no caminho que levava à beira-mar abandonado. Angelo se recompôs, enxugando o rosto e engolindo respirações profundas. Seu próximo passo viria quando este acordo estivesse no passado, mas a voz em sua cabeça o instando a sair do jogo era alta e insistente e ele se viu querendo ouvir. Precisando.

***** Ele voltou para o seu motel após a coleta. Depois de estacionar em um lugar isolado, ele arrastou as malas ofensivamente pesadas cheias de armas para a sala, uma por uma. No momento em que ele terminou, seus ombros doíam como uma cadela e ele estava banhado em suor. Ele tirou as botas, subiu na cama e ligou a televisão. Não completamente relaxado, ele enviou uma mensagem para seu parceiro silencioso. Mudança de planos. Seu celular tocou alguns segundos depois. O que mudou? Meus planos.

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Ele esperou, mal prestando atenção ao reality show na TV. Quando os dois fizeram seus planos, tudo dependia de ele estar e permanecer exatamente onde ele estava. A maioria das operações e negócios que ele fazia estava todas voltadas para derrubar os Delatorres e se Angelo Pagan não estivesse por perto como líder do Los P, o plano iria direto para a merda. Ele não precisava de permissão, mas ele queria o poder do outro homem. Demoraria longo tempo com o plano se formando na parte de trás de sua cabeça. Seu telefone tocou. V quer sair? Nosso plano permanece o mesmo, mas eu quero sair do jogo. Segundos depois, a resposta chegou. Diga-me o que vc tem em mente.

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Capítulo Dez "Sim senhor. Obrigado." Gabe desligou a ligação com seu capitão e voltou para seu irmão olhando para ele com as sobrancelhas levantadas. "O que Kowalski quer?" Kane roubou batatas fritas do prato de Gabe e sorriu para sua carranca. Gabe pegou seu prato e apertou ketchup em seu hambúrguer. "Se eu aparecer amanhã, ele vai acender uma fogueira debaixo de mim por voltar e me trancar com os membros do Los P." Kane fez uma careta. "Isso não pode ser bom quando você está dormindo com o líder, pode?" "Mantenha sua voz baixa, ok?" Gabe olhou ao redor da lanchonete quase vazia e deu de ombros. "É difícil, mas eu tento não pensar sobre isso." Se ele pensasse, certamente ele perderia sua fodida mente. "Como é que funciona para você?" Kane inclinou para frente, olhar intenso bloqueado no rosto de Gabe. "Você escolhe enterrar seu rosto na areia, irmão. Ele é um criminoso, um gangster para todos os efeitos, e mais cedo ou mais tarde essa vida vai pegá-lo. E você." Gabe mordeu seu hambúrguer que já não tinha saber e fingiu indiferença. "Até então nós continuamos como estivemos." Kane abriu a boca e Gabe cortou. "Eu não vou deixá-lo ir!" Kane recuou, surpresa nublando seu rosto enquanto seus olhos se suavizavam. "Gabe, me diga que você não – me diga que você não o ama." Gabe desviou o olhar, os dedos dormentes soltando a comida de suas mãos. O hambúrguer caiu sobre o prato com um baque audível. Ele olhou para a mesa. "Eu não posso." "Você não pode o quê?"

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Ele olhou para cima. "Eu não posso dizer que não o amo, isso seria uma mentira. Eu não posso desistir dele." A pressão em seu peito ficou maior, mais quente. "Eu não posso." "Gabe." A expressão de Kane combinava com a sua voz, suave e de pena. "Você tem que saber – ” "O quê?" Gabe atacou. "O que eu tenho que saber? Ele pode acabar morto ou na cadeia? Eu posso perder o meu emprego e minha credibilidade? Eu já sei de tudo isso." Ele segurou a beirada da mesa, suas mãos trêmulas enquanto seu sussurro ficou áspero. "Eu também sei que não há sentido em esperar, mas eu quero um futuro com ele." Sua voz falhou, vacilou. "Eu sou egoísta e delirante e talvez a meio caminho da loucura, mas eu o quero." Silencioso, Kane pegou um guardanapo de papel da mesa e entregou a Gabe. Ele olhou para o guardanapo e para seu irmão antes de ele perceber que a queimadura em seus olhos eram lágrimas, agora escorrendo pelo rosto. "Foda." Ele enxugou os olhos com raiva, olhando ao redor da lanchonete. Ninguém prestou atenção a eles, graças a Deus. "Desculpe. Estou claramente enlouquecendo." "Você está apaixonado, dá no mesmo." Gabe se engasgou, os lábios se separando quanto ele encontrou os olhos de seu irmão. O riso borbulhou em seu peito e derramou de seus lábios. Kane se juntou a ele e logo eles estavam uivando com risos. Os esparsos clientes na lanchonete tomaram conhecimento deles, então, parando e olhando como Gabe se em sua cabine, os ombros tremendo. "Eu sinto como se estivesse em uma bolha," confessou baixinho. A risada de Kane parou abruptamente. "Quando estamos juntos, não há nada melhor. Nada tão intenso ou que parece tão certo. Nós estamos em uma bolha, uma que é certo que explodirá quando eu voltar ao trabalho. Eu não estou ansioso por isso." Kane concordou. "Entendi. O que Angelo diz?"

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"Nós não falamos sobre isso." Gabe tomou um gole de sua água. "Eu acho que nós dois estamos fingindo que se não falarmos sobre isso, vamos ficar como estamos pra sempre." "Negação." "Sim." "Não é apenas – " "Oh cale-se!" Gabe se levantou e deixou cair alguns dólares sobre a mesa. "Eu vou embora." "Aonde você vai?" Kane se levantou e acrescentou algum dinheiro na pilha de Gabe. "O aniversário do Angelo é hoje, temos planos." Kane assobiou. "Parece interessante." Ele deslizou um braço em torno do ombro de Gabe, enquanto caminhavam para fora da lanchonete. "Gostaria de compartilhar?" Gabe zombou. "De jeito nenhum." "Faça como quiser." Kane tirou suas chaves enquanto caminhavam até o carro dele no estacionamento. "Eu estive pensando, porém, como é o sexo?" A mandíbula de Gabe caiu. "Quero dizer, olhe para Angelo Pagan." Kane destravou seu carro e abriu a porta do lado do motorista. "O homem deve ser um animal na cama." "Foda-se". Gabe deu um soco no ombro. "Você nunca vai saber."

***** "¡Feliz Cumpleaños, hijo17!" "Gracias, Mami." Angelo beijou o rosto de sua mãe quando ela o abraçou. Ele apertou seu pequeno corpo, inalando seu perfume de flores e pão cozido. Soltando-a, ele recuou. "Você cozinhou." 17

Feliz Aniversário, filho!

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"Claro." Ela golpeou seu braço. "É o aniversário do meu filho, pode apostar sua bunda que eu vou cozinhar." "Olha o linguajar, Mami." Ele foi para a cozinha, os olhos arregalados com a quantidade de comida e sobremesas empilhadas sobre as mesas e balcões. "Será que alguém morreu?" Sua mãe deu uma risadinha. Deu uma risadinha. "Não, eu pensei que seus amigos pudessem vir." Ela agitou as mãos na generosidade na cozinha. "Este é apenas se acontecer." "Huh. Não gostaria de ver o que acontece quando você realmente planejar para uma festa." "Devo lhe fazer um prato?" "Sim." Ele se dirigiu para o porão. "Eu vou tomar um banho depois vamos sair." Ele queria visitar o túmulo de Catarina, colocar algumas flores. "Eu tenho que encontrar Gabe mais tarde." O sorriso no rosto de sua mãe não poderia ter sido maior se ela tentasse. "E como está meu genro? Eu não posso esperar para conhecê-lo amanhã." Sim. Ele não tinha certeza de como ele se sentia sobre aquele brilho feroz em seu olho. "Ele não pode esperar para conhecer você também." Uma pequena mentira inocente já que ele sabia que Gabe estava apavorado. "Eu já volto, então nós podemos sair." Vinte minutos depois, ele estava de volta no andar de cima, e atacando a comida. "Hmm, isso está bom, Mami." Ele comeu mais um pouco e afastou o prato. "Ok." Ele lambeu os lábios. "Vamos lá." Eles dirigiram até o cemitério e ele teve uma chance de contar a sua mãe de seus planos ainda se formando sobre deixar os Los P. "Você tem certeza sobre isso, hijo?" Ela virou os olhos arregalados para ele. "Este seu plano certamente irá te matar." "Então está fazendo o que estou fazendo agora." "Essa pessoa que você está trabalhando, você pode confiar nele?" 166


Ele deu de ombros. "Tanto quanto qualquer outra pessoa, eu acho. Neste caso, eu sou mais útil para ele vivo. Ele não pode conseguir o que quer comigo morto, então sim." Ela ficou em silêncio por um tempo, em seguida, perguntou: "O que o seu homem acha?" Ele flexionou os dedos em torno do volante. "Ele não sabe." Sua mãe balbuciou. "Você está tomando decisões sobre o seu futuro sem a opinião dele?" "Mas é justamente isso, Mami." Ele se forçou a falar as palavras. "Eu nem tenho certeza de que nós temos um futuro." Ela balançou a cabeça. "Eu não acredito. Você ambos começaram isso sabendo que seria difícil, porque as dúvidas agora?" Às vezes, ele gostava de conversar com sua mãe. Alguns dias, não. Hoje não, porque ela estava soando sensata enquanto ele soava como um tolo. Dirigindo para a entrada do cemitério, ele suspirou. "Difícil é uma coisa. Isso... isso é algo diferente e eu não o culparia se fosse embora." Ele estacionou o SUV no estacionamento e desligou o motor. Sua mãe parou com a mão na maçaneta da porta. "Parece que você já se resignou com ele deixando você quando você lhe contar." Ele ergueu um ombro em derrota. "Eu não o culpo." Sua mãe saiu do carro com um aceno de cabeça. Sim, ele sabia que estava tomando decisões por Gabe, mas com a ideia plantada na sua cabeça, ele precisava colocar as coisas em movimento. Depois que tudo estava em curso, ele contaria a Gabe. Quem sabe ele teria sorte e Gabe não o odiaria. Não prenda sua respiração. No túmulo de Catarina ele apertou forte a mão de sua mãe na sua e eles se ajoelharam, cabeças inclinadas, em sua lápide. Sua mãe colocou o bonito buquê de rosas cor de rosas e brancas que Catarina amava na pedra de mármore e Angelo sussurrou uma oração enquanto fazia o sinal da cruz. 167


"Eu sinto sua falta, hermana. Todos os dias." Sua mãe balançou a seu lado. Lágrimas obstruíram sua garganta e ele engoliu em seco. "Sinto muito. Lo siento." Ele repetiu as palavras repetidas vezes enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto e sua mãe o puxou em seus braços. "A melhor maneira de fazer as pazes com ela, para mim, é saindo," sua mãe sussurrou. "E leve seu homem com você. Dê a ele uma escolha." Ele deveria, Angelo sabia disso. Ele estava com medo da escolha Gabe que faria, qualquer uma poderia ser ruim para eles. Afastando-se de sua mãe, ele enxugou o rosto com as costas da mão. "Eu vou sair, você vai sair. Sua lição de casa é escolher qualquer lugar que você queira viver." Seu rosto se iluminou. "Eu posso fazer isso." "Bom." Seu telefone comercial disparou. Ele verificou o identificador de chamadas, em seguida, respondeu. "O que foi, Pablo?" "Chefe, onde está você?" Ele teve que se concentrar em discernir as palavras de Pablo com a quantidade de ruído na outra extremidade. "No cemitério com Mami. Por quê?" "Você precisa vir aqui agora!" A voz frenética de Pablo subiu acima do ruído em sua extremidade. "Aqui, onde?" Angelo agarrou a mão de sua mãe e a levou de volta para o SUV. "O que está acontecendo?" "Estamos na Cinquenta Três. Venha aqui rápido." "Que diabos está – " O tom de discagem soou em seu ouvido. "O que foi?" Sua mãe olhou preocupada para ele. "Não faço Ideia." Ele a ajudou a entrar no veículo, em seguida, correu para o lado do motorista e entrou. "Eu vou te levar para casa e pedir para alguns dos rapazes ficarem de olho na casa enquanto eu vou para a Cinquenta e Três." "Tenha cuidado." 168


"Sempre, Mami. Sempre."

***** No momento que ele levou sua mãe para a casa e dirigiu para a casa na Cinquenta e Três, ele tinha ligado para Pablo três vezes e não conseguiu resposta. Todos os tipos de cenários loucos passaram por sua cabeça, todos envolvendo seu tio. Quando ele estacionou na frente do prédio em mau estado, ele estava suando e sangue encheu sua boca de morder o interior de sua bochecha. Veículos estavam estacionados ao acaso na rua, até mesmo em cima da calçada. Ele contou vinte e três antes de pular para fora do SUV e subir os degraus da frente, sua mão sobre a coronha da arma cutucando seu quadril. A casa estava às escuras, mas a porta estava entreaberta. Merda. Ele a empurrou mais com um ombro. "Yo, Pablo." Rastejando para a escuridão, ele puxou a arma, segurando-a a postos. "¿Pablo, que pasa18?" "Surpresa!" Ele empurrou para trás quando gritos soaram e luz brilhante queimou seus olhos. Ele piscou para os rostos sorridentes lotando o local e vestindo chapéus de festa, bebidas na mão. "Feliz aniversário, patrão." Pablo falou por trás em seu ouvido. Uma mão serpenteou na frente e entregou Angelo uma garrafa de Moët19. Ele enfiou a arma de volta em sua cintura e pegou a garrafa. "Feliz cumpleaños, Angel." Piper se aproximou dele, aqueles peitos roliços pressionados em seu peito enquanto ela beijou sua bochecha. Ele deu um passo para trás e ela piscou, lábios vermelho vivo amuou perfeitamente. Houve uma época em que eles estiveram envolvidos em torno de seu pênis, agora eles o enojavam. 18 19

"Pablo, que está acontecendo?" Marca de Champagne.

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A multidão cercou Angelo, homens dando-lhe abraços e tapinhas no ombro, enquanto as senhoras ofereciam beijos, pressionando perto demais, demorando um pouco longo demais. Ele encontrou os olhos de Pablo sobre a multidão, atirando-lhe um olhar de reprovação. "Você precisava disso, mesmo você se recusando a admitir." Pablo sorriu enquanto ele sinalizava para alguém. "Confie em mim, chefe." A música alta balançou o chão e todos aplaudiram, pegando seus parceiros rapidamente enquanto dançavam ao mais recente hit de Pitbull. Angelo olhou para o relógio com um suspiro. Ele ainda tinha horas antes de se encontrar com Gabe, então ele podia ficar um pouco. Ele teria que ter uma conversa com Pablo sobre desobedecê-lo, mas quando ele olhou para o bolo em uma mesa no canto, ele decidiu que não repreenderia Pablo. Com isso resolvido, ele estourou a rolha da Moet, tomando um gole. "Você quer um pouco de comida?" Pablo apontou para onde a comida estava colocada em estilo buffet. "Sua mãe fez todos os seus favoritos." Aquela mulher. "Então é por isso que ela cozinhou toda aquela comida." Ele balançou a cabeça. Eu não posso acreditar que Mami conseguiu guardar segredo de mim. Pablo assentiu. "E no último minuto também. Liguei para ela ontem à noite para contar o meu plano." Angelo apoiou em uma parede, longe da multidão dançando, e tomou outro gole de champanhe. "Eu não posso acreditar que você fez tudo isso. Depois que eu disse especificamente que não." Pablo não pediu desculpas, em vez disso, ele se moveu para frente de Angelo, bloqueando sua visão da multidão como ele disse, "Você tem estado meio... preocupado com seu tio e merda, além de todo essa confusão com Auggie e Gordo. Eu pensei que você precisava de algum tempo de inatividade."

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Quando o seu segundo em comando encontrou seus olhos, Angelo viu algo lá que ele realmente desejava ver. Algo suave e quase terno, não um olhar reservado para a relação que ele sempre teve com Pablo – de amigos, patrão e empregado. Pablo piscou e a emoção em seus olhos desapareceu como se nunca tivesse estado lá. Angelo desviou o olhar. Ele e Pablo cresceram juntos, ele foi o primeiro a ficar com Angelo quando assumiu Los P e ele tinha provado sua lealdade inúmeras vezes. Angelo o amava como um irmão mais novo, um amigo, e agora ele estava percebendo que ele estava tão ocupado esconder quem ele era, ele não percebeu Pablo fazendo o mesmo. "Você não é realmente chateado, não é?" Abrindo um sorriso torto, Pablo tocou o ombro de Angelo e se afastou. "Não, eu não estou louco. Eu – gracias." Angelo ignorou o flash de dor nos olhos de Pablo e falou novamente. "Isso foi ótimo." Pablo procurou seu olhar, em seguida, deu um aceno de cabeça. "De nada." Ele se virou para sair e Angelo agarrou seu braço. "Você fez um grande trabalho com o negócio." Ele tentou um sorriso hesitante. "Eu acho que você devia estar orgulhoso. Tenho orgulho de chamá-lo de meu amigo. Meu irmão." Pablo visivelmente endureceu com essas duas últimas palavras. Angelo sustentou o olhar, tentando transmitir sua mensagem sem palavras. Eles nunca poderiam ser qualquer outra coisa, outra pessoa tinha seu coração. O rosto de Pablo suavizou, seu corpo relaxou e ele concordou. "Nós estamos bem?" Pablo sorriu. "Sempre." Ele se afastou e Angelo olhou atrás dele. Como eu não pude ter visto isso? Ele realmente estava tão profundamente em sua própria merda que ele não percebeu o que o seu segundo também estava escondendo? "Foda." Ele esfregou a mão no rosto e se dirigiu para as escadas. Ele precisava dar uma mijada. Braços delgados enrolaram em sua cintura. Ele gemeu. 171


"Onde você está indo, Angel?" Piper ronronou em seu ouvido. Sua respiração quente soprou enquanto ela falava. "Quer saber o que eu tenho você para o seu aniversário?" "Não, obrigado." Ele arrancou as mãos dela e continuou a subir as escadas sem olhar para ela. Ela tinha lhe dado boquetes duas vezes, e desde então que ela tinha estado no seu encalço. O que a fazia pensar que era outra coisa senão uma descartável, usado pelos homens para o sexo e nada mais? Ele fez o seu melhor para não ferir seus sentimentos, mas maldição, a cadela cavadora de ouro estava brincando com ele. Pena que ele não pudesse vir a público e lhe dizer que não estava interessado em sua vagina, ou qualquer vagina. Ele fez o seu caminho para um dos banheiros no segundo andar, mijando enquanto ele tomava outro gole de Moët. Depois que ele lavou as mãos, ele entrou no quarto mais próximo, chutou para fechar a porta, e caiu de costas na cama. Com os gritos altos e música vindo do andar de baixo silenciado, ele poderia descansar alguns minutos de antes de ir para Gabe. Ele passou a melhor metade da noite anterior e o dia planejando, organizando sua mente, trabalhando com seu parceiro no crime para chegar a uma opção viável de rota de fuga. Onde quer que ele se virasse, não importa o que ele fizesse ou qual caminho ele tomasse, as pessoas iriam se machucar. Gabe, os homens que ele tinha em sua folha de pagamento, sua mãe. Você. Ele ficaria magoado demais, sim, mas a sua dor não era nada comparado ao que ele teria que fazer passar as pessoas que ele amava completamente. Elas não mereciam isso, mas ele não viu nenhuma outra maneira. Engraçado, ele nunca tinha considerado desistir antes. Nenhuma vez. Mas sua mãe não merecia morrer nas ruas de Brooklyn, porque ele se recusou a virar as costas.

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Ele nunca pensou que ele encontraria alguém, qualquer um. Angelo Pagan não merecia felicidade e amor, mas ele o tinha em Gabe e seu amante merecia uma vida onde eles não estavam escondidos, onde o amor deles não fosse um segredo sujo para ser usado contra eles. No final, ele era egoísta. Ele queria uma vida com Gabe. Ele queria as madrugadas e início da manhã, mas não havia nenhuma garantia. Quando seu amante conhecesse seus planos, ele poderia não querer ficar. E eu não o culpo. Ele colocou a garrafa de champanhe no chão e se deitou com as mãos atrás da cabeça enquanto olhava para o teto. Houve o incidente com Pablo esta noite. De jeito nenhum ele poderia ter confundido aquele olhar nos olhos de seu segundo. Como fodido era isso? E o que fez Pablo achar que ele poderia baixar a guarda com Angelo? Será que eu baixei a guarda? Pablo teve sua cota de momentos divertidos com as descartáveis assim como Angelo. Mas, enquanto Angelo nunca o levou para o nível de sexo com qualquer uma delas, ele sabia que Pablo tinha. Ele se lembrou de quando Pablo e alguns dos rapazes tinham dado uma festa de maconha nesta mesma casa. Toda uma grande quantidade de sucção e foda que se seguiram entre os quatro homens, Angelo e Pablo incluídos, e umas seis descartáveis. Ele só tinha conseguido um boquete, mas Pablo fodeu com duas das mulheres. Angelo tinha visto. Não teve uma vez que ele considerasse que seu amigo estava escondendo o seu verdadeiro eu. Ele deveria, certo? Afinal, ele estava fazendo o mesmo. Como deve reconhecer semelhantes, não? Essa merda era além de complicada. Talvez Gabe pudesse ajudá-lo a entender um pouco disso. Ele fechou os olhos sobre esse pensamento.

***** 173


Pele quente e lábios macios o acordaram. Excitação pesada nublou seu nariz antes de ele piscar os olhos abertos. Dedos seguravam seu pênis enquanto alguém sugava seu pescoço. O quê – "Oh Angel." Ele se levantou e empurrou a mulher nua se contorcendo sobre ele. Puxando a arma debaixo do travesseiro, Angelo a engatilhou e apontou para a testa de Piper. "Que porra é essa?" Piper se agachou no chão, terror em seus olhos arregalados, mamilos duros e apontados para ele. Angelo saiu da cama e ficou sobre ela. "Você quer que eu atire em você, Piper? É isso?" Fúria balançou suas palavras. "O que diabos você pensa que está fazendo?" "Eu estava lhe dando o seu presente de aniversário. Eu-eu pensei que você me queria." Cristo. Angelo bateu no bolso por seu telefone quando ele franziu os lábios. "Já ouviu falar de um cartão de aniversário do caralho? Se eu quisesse você, eu já teria tido você, Piper." Lágrimas brilhavam em seus olhos, os seios extremamente empinados arfavam. Puxando seu telefone do bolso, Angelo verificou as horas. 00h50. "Foda-se!" Ele deveria encontrar Gabe às oito. Ele enfiou a arma de volta na cintura e pegou as chaves. "Se vista e a partir de agora fique longe de mim, Piper. Caso contrário, eu vou atirar em você." Ele correu para fora do quarto e desceu as escadas. A multidão tinha praticamente triplicado de tamanho. Ele se virou, dirigiu-se para a porta dos fundos, e alguém agarrou seu braço. "Chefe." Pablo gritou para ser ouvido acima do barulho. "Você está bem?" "Sim, tenho que ir." Ele se afastou e saiu correndo pela porta dos fundos. Ele circulou o edifício, correu até o SUV e o ligou. Depois que ele saiu do estacionamento, ele percebeu que ele tinha desligado o telefone pessoal e o deixado no porta-luvas. 174


"Mierda." Ele dividiu sua atenção entre a estrada e o porta-luvas, puxando-o para abrir e pegar o telefone. Sim, desligado. Ele o ligou, esperando até que estivesse ligado novamente. Os bipes começaram a tocar, dizendo que ele tinha três chamadas e cinco mensagens perdidas, todas de Gabe. Oh, e sua bateria estava acabando. Ele discou para Gabe, tamborilando os dedos impacientemente no volante. O telefone tocou e tocou, finalmente caindo na caixa postal. Angelo soltou um suspiro. "Policial," ele falou quando a mensagem lhe deu o seu aval. "Eu sinto muito, eu dormi demais e meu telefone estava desligado. Estou indo para lá agora, talvez em 15 minutos. Ligue-me de volta e deixe-me saber se você ainda está lá." Ele fez uma pausa. "Sinto muito." Ele não se lembrava da corrida louca através das ruas lotadas, tudo o que ele lembrou eram os olhares impacientes em seu telefone, onde ele estava no banco do passageiro, querendo que ele tocasse. Nada. Vinte e três minutos depois, ele pulou para fora do SUV no local de estacionamento subterrâneo de seu prédio em Coney Island e correu para a porta, inserindo o código com os dedos congelados. Ele não viu o carro de Gabe. Seu amante provavelmente se cansou e foi embora. Angelo entrou no elevador, cantando, "Vamos lá. Vamos lá." enquanto ele apertava o botão iluminado para PH2 e esperou, pés batendo. Medo. Ele nomeou a emoção deixando rastros de gelo na espinha. Por que ele estava com medo? Ele não queria decepcionar Gabe. O elevador apitou e ele soltou um suspiro antes de sair, passos ecoando enquanto caminhava os poucos degraus até a porta do apartamento.

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Ele destrancou a porta e entrou, fechando-a com firmeza atrás dele. O lugar estava às escuras, a TV silenciosa ligada em um dos locais canais de notícias. Ele acendeu a luz e caminhou mais para dentro da sala, parando perto do sofá. Seu amante estava deitado lá, cobertor puxado até seu peito nu, seu telefone no chão. "Gabe." Ele se ajoelhou ao lado do sofá, uma mão indo para o ombro de Gabe para acordálo até que ele viu seu amante estava acordado, os olhos brilhantes. Vigilante. "Desculpe, estou atrasado." Gabe se sentou lentamente, soltando o cobertor. O material caiu no chão, expondo o peito liso de Gabe e do cós de uma calça de pijama de Angelo. Tirando uma mecha de cabelo de seus olhos, Gabe encontrou seu olhar. Raiva. Raiva e medo. Angelo segurou seu queixo. "Sinto muito. Eu dormi demais." Gabe levantou uma sobrancelha. "É por isso que você cheira a álcool? Bebeu em seu sono?" Ele se afastou, ficou de pé e se dirigiu para a cozinha. Merda. "Uh, Pablo me deu uma festa surpresa. Eu bebi um pouco de champanhe." Gabe resmungou. Ele abriu a geladeira e tirou uma garrafa de água, expondo os recipientes de alimentos e do cupcake com uma vela na parte superior. "Amado, por favor. Olhe para mim." Gabe olhou, olhos cinza ardentes. "Eu estava com medo por você, você percebe isso?" Suas palavras gritadas para Angelo e ele balançou a cabeça. "Sinto muito." "Foda-se as suas desculpas." Gabe avançou sobre ele com os punhos fechados e agonia em seus olhos. "Eu estive me cagando de medo durante todo o dia. Você nem se preocupou em me avisar que você estava no Brooklyn, e eu fiquei colado na notícia, aterrorizado para saber qualquer coisa." "Gabe – ” 176


"Era a única maneira de eu poder descobrir alguma coisa," disse Gabe. "Porque ninguém sabe sobre nós. Eu não estou na lista de pessoas para ligar se algo acontecer com você." Sua boca se apertou em uma linha branca. "Aqui estou eu, preocupado com você, e você estava festejando com os seus homies." "Não é o que você pensa." Angelo deu um passo adiante. "Que porra é essa o eu que penso?" Gabe gritou. "Você se importa com o que eu penso que quando você vem até mim com batom em seu rosto e pescoço e cheirando a vagina?" Oh merda! Angelo olhou para si mesmo e Gabe o agarrou pelo pescoço, jogando-o contra a parede. "Ahh." Ele fechou os olhos como dor atravessou seu crânio. "Olhe para mim!" A voz de Gabe balançou. Angelo levantou seu olhar, olhando nos olhos de seu amante nublado com dor e raiva. E medo. "Eu estou te compartilhando com as suas descartáveis?"

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Capítulo Onze O corpo inteiro de Gabe balançou com o medo. A ideia de compartilhar Angelo com qualquer pessoa, homem ou mulher, deixava um gosto de cinzas na sua língua. Ele passou toda a noite pensando e se preocupando, navegar na web, assistindo ao noticiário local para qualquer informação. Assustado além do limite, sabendo que se algo acontecesse, ele seria o último a saber, e aqui estava seu amante, batom vermelho-escuro em seu pescoço e colarinho da camisa branca, encharcado no fedor de buceta descartável. A dor que a ideia trouxe ao peito era debilitante. Ele apertou a garganta de Angelo. "Responda-me," Gabe rosnou. "Estou compartilhando você?" Os lábios de Angelo se separaram quando ele tentou engolir ar. Suas narinas e seus olhos brilharam. "P-Policial." "Eu fui ingênuo em pensar que eu poderia confiar em você, Pagan?" Ele agarrou o ombro de Angelo e o virou, para que seu amante encarasse a parede. "E pensar que eu seria o único?" "Porra, você é." Ele ignorou as palavras afiadas e alcançou a frente, reunindo o material da camisa de Angelo e puxando. Botões se soltaram, material rasgou. Seu amante gemeu. Gabe puxou seu cabelo, puxando sua cabeça para trás. "Eu não compartilho, porra." Ele mordeu o ombro exposto de Angelo, a mão trabalhando nos botões de seu jeans. "Eu particularmente não compartilho você. Você é meu."

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Libertando o pênis de Angelo de sua calça jeans, Gabe acariciou o comprimento duro como ele puxou o jeans para baixo os quadris de Angelo. Deixando-os juntos aos seus joelhos e pressionou a perna entre suas coxas, separando-as. Angelo arqueou as costas, se empurrando no aperto de Gabe em seu pênis. "Ninguém vai ter você." Ele acariciou Angelo, apertando suas bolas e a raiz de seu pênis. "Ninguém toca você, exceto eu." Ele transferiu o aperto do pau de Angelo para a mão esquerda. Cuspindo em seus dedos, ele os levou para buraco exposto de Angelo e os mergulhou dentro dele. "Foda-se!" A cabeça de Angelo bateu na parede enquanto seus joelhos se dobraram. Gabe o segurou na posição vertical apertando seu cabelo. "Ninguém," Gabe ofegou em seu ouvido. "Ninguém tem permissão para tocar em você." Ele tirou os dedos do calor aquecido da bunda de Angelo e circulou o músculo contraindo antes de colocar três de volta. "Ugh." Angelo bateu as palmas das mãos na parede em frente a ele, empurrando para trás nos dedos de Gabe, seus músculos internos lutando para levá-lo mais profundo. Gabe cravou os dentes no pescoço de Angelo, diretamente sobre essa mancha vermelhoescuro, e chupou. Grunhidos e gemidos saíram de Angelo enquanto se balançava para trás, levantando a bunda no ar, implorando por mais. Gabe puxou para baixo suas calças de pijama e se alinhou, sem preservativos, apenas ele e Angelo. Pele com pele. Usando sua saliva como lubrificante, ele umedeceu sua coroa e empurrou para dentro, observando a cabeça desaparecer dentro de seu amante. Fogo roubou seu fôlego. As contrações de bunda de Angelo o levando imediatamente ao limite. Pressionando a palma da mão na nuca de Angelo, ele forçou seu amante a se inclinar. Fechando os olhos, engolindo em torno de sua garganta seca, ele recuou e mergulhou de volta.

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A raspagem dos dedos de Angelo na parede misturou com seus grunhidos. Gabe mordeu o ombro de Angelo para abafar seus próprios sons. Subindo na ponta dos pés, ele afundou os dedos em quadris de Angelo e afundou nele, soltando toda a raiva e dor e medo. E amor. Todo o amor que ele tinha tanto medo de expressar. Angelo o encontrou impulso por impulso, dobrando seus quadris e balançando para frente, combinando os golpes ferozes de Gabe. O calor apertado do canal de Angelo deixou suas veias em chamas e provocou uma fogueira nas bolas de Gabe. Ele envolveu o cabelo de Angelo em torno de seu punho e puxou sua cabeça para trás. "Eu vou gozar dentro de você," ele rosnou. "Inundá-lo com minha porra." Os músculos de Angelo contraíram dolorosamente. Gabe respirou. "Vou marcá-lo, dentro e fora." Ele o golpeou. Repetidas vezes. "Então, todo mundo saberá que você é meu. Meu." Uma sequencia constante de espanhol saiu dos lábios de Angelo, rouco e sexy, empurrando Gabe ao limite. Ele inclinou os quadris, atingindo a próstata de seu amante com cada impulso. "Sí, Gabe. Por favor. Por favor." Angelo estremeceu em seus braços, sua bunda ordenhando Gabe. "Merda!" O orgasmo bateu através de Gabe, puxando um grito gutural de seus lábios enquanto ele explodiu, espalhando calor dentro de Angelo. "Argh, Gabe!" Angelo empurrou então tremeu quando ele gozou, atirando em sua própria mão. Gabe não diminuiu suas estocadas, mantendo o ritmo, batendo o ponto doce de Angelo até que ele não podia sentir seus membros. Ele finalmente se acalmou, seu pau se contorcendo dentro da bunda contraindo de Angelo. Quando seu amante estendeu a mão para trás, para tocar Gabe, ele puxou para fora. 180


Sufocando um gemido com a perda de todo aquele calor e suavidade, ele se afastou. Ele observou seu amante, pernas abertas enquanto ele se apoiava na parede, calças jeans em torno de seus joelhos enquanto a porra de Gabe escorria pelo interior das suas coxas. Ele queria tanto cair de joelhos, lamber todo esse material gosmento, limpando o seu amante com a língua, mas Gabe murmurou, "Feliz Aniversário," ele disse em voz baixa, puxou as calças e subiu as escadas. "Policial." A voz baixa de Angelo chegou a ele no meio da escada. Ele congelou, cerrando os dedos ao redor do corrimão. "Eu amo você." Gabe travou seus joelhos e fechou os olhos, tentando segurar as lágrimas, mas elas derramaram de qualquer maneira. Ele inclinou a cabeça para trás, contou até dez em sua cabeça, em seguida, continuou a subir as escadas, fugindo para o quarto sem olhar para trás, para Angelo. Sem lhe dizer aquelas três palavras.

***** O sono brincou de pega-pega com ele. Ele virava na cama no quarto frio, os lençóis torcendo em torno de sua metade inferior, sentindo falta do calor de Angelo. Saudades dele. Ele repassou a cena lá embaixo em sua cabeça, sua violência e raiva. Todo o medo. E essas três palavras que saltavam ao redor em seu crânio. As palavras que quase o levou de joelhos. Palavras que ele nunca pensou que ele ouviria, apesar do toque revelador de Angelo e aquele olhar profundo, com alma em seus olhos.

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Ele descobriu seu coração e Gabe recompensou-o por ir embora, sem sequer olhá-lo nos olhos. Ele estava com raiva, sim. Todas àquelas horas, sentado à espera, como o paciente parceiro obediente enquanto Angelo estava lá fora, fazendo sabe Deus o quê. O batom em sua camisa e pescoço. O cheiro de mulher em cima dele. De jeito nenhum Gabe iria tolerar partilhar Angelo com qualquer outra pessoa, mas em retrospectiva, ele devia ter as coisas de pensamento completamente. Angelo estava em uma posição insustentável, talvez ele tivesse que chegar perto de mulheres para preservar seu segredo. Gabe piscou para o teto, o estômago em nós. Ele não podia lidar com isso. À queima-roupa. Ele não podia. Eles precisavam conversar, resolver as coisas de uma vez por todas. Angelo tinha que saber os limites que Gabe nunca permitiria que fossem atravessados. Prendeu a respiração e escutou, tentando determinar se Angelo ainda estava na casa ou se ele tinha saído, mas ele não ouviu nenhum som. Sem TV. A casa ainda estava silenciosa. Após o show ele deu lá embaixo ele não ficaria surpreso se Angelo tivesse ido embora. Ele não se arrependia, mas talvez as coisas pudessem ter sido menos aquecidas. Angelo não podia esperar fazer uma aparição do jeito que ele fez e não estar preparado para Gabe ficar furioso. Girando, ele ligou o abajur de cabeceira e pegou seu celular, discando para Angelo. O relógio marcava 04h03 da manhã, mas se Angelo tivesse realmente saído de casa, eles estariam tendo essa conversa por telefone. Isso era importante demais para esperar. Angelo atendeu depois de três toques, voz clara e forte. "Amado." "Onde está você?" Uma pausa se seguiu, em que Gabe conseguiu contou até cinco. "Aqui embaixo. Sofá." 182


Gabe piscou lentamente. "Você não foi embora?" Ele se surpreendeu. Angelo pausou de novo. "Eu deveria ter ido?" Gabe se sentou, os dedos apertando o telefone quando ele se levantou e vestiu o pijama que ele tinha descartado antes. "Policial." Ele levantou a cabeça no tom agudo de Angelo. "Sim." Ele caminhou até a porta, a abriu-a e olhou nos olhos dourados. Angelo o bloqueou na porta, desligando o telefone enquanto seu olhar inescrutável segurava Gabe imóvel. "Eu deveria ter ido?" Gabe deu de ombros, lutando para encontrar sua voz. Angelo se aproximou mais dele, seus peitos nus roçando enquanto o telefone de Gabe caiu de seus dedos rígidos sobre o tapete. "Eu achei que você iria embora." Ele lambeu os lábios. "Depois – ” "Depois de você afirmar seu domínio." Chamas saltaram dos olhos de Angelo. "Depois que você marcou sua reivindicação." Seu grunhido gutural fez Gabe se arrepiar. Ele ficou preso no lugar como Angelo bateu suas testas juntos. "Eu tenho um galo na parte de trás da minha cabeça," disse Angelo suavemente. "Meu pescoço e bunda doem, então a minha pergunta é, quando eu vou marcar a minha reivindicação?" O pulso de Gabe disparou. Apoiado no batente da porta, Angelo o prendeu, braços o enjaulando como Angelo esfregou o nariz e lábios sobre os lábios e garganta de Gabe. Cada toque fez Gabe tremer. "Eu te disse que te amava e você se afastou," Angelo sussurrou no canto de sua boca. "Você foi embora sem olhar para trás." Esfregando o queixo mal barbeado sobre o rosto de Gabe, ele perguntou, "Como eu devo entender isso? Que você não se importa? Que você não me ama também?" 183


Gabe agarrou os antebraços de Angelo, apenas um pouco constrangido com os gemidos escapando dele. Só um pouco. "Angel." Ele não poderia soar mais sem fôlego se tentasse. "Eu-eu – ” Angelo o soltou bruscamente e deu um passo atrás. "Tire suas calças." Seus olhos ficaram em Gabe quando ele rapidamente puxou para baixo as calças do pijama e as chutou de lado. O olhar nos olhos de Angelo o deixou sem fôlego, sem palavras. Tão intensos e quentes e cheios de toda aquela emoção que Gabe nunca pensou que ele fosse capaz. Todos focados nele, tudo para ele. O olhar de Angelo viajou para abaixo do corpo de Gabe, a varredura preguiçosa uma carícia áspera, a apreciação brilhando fazendo Gabe se sentir mais desejável do que nunca. O olhar de Angelo voltou para seus olhos quando ele enganchou seu polegar na cintura de seu moletom e puxou para baixo. A boca de Gabe encheu de água, sua garganta trabalhando com a visão de Angelo, duro e pronto, sua coroa inchada molhada e brilhante. Sua bunda apertou. Necessitado, vazio, implorando para ser preenchido. Um gemido pontuou no ar. Seu. "Venha até mim." Antes de Angelo terminar de falar, Gabe estava em seus braços, esfregando contra ele, pele quente sobre a pele quente, sons famintos saindo de seus lábios. Angelo o levantou e ele acabou com as pernas ao redor da cintura de Angelo, dedos correndo por todos aqueles seus cabelos sedosos. Girando-os para que as costas de Gabe ficassem contra a porta, Angelo falou. "Ninguém me teve antes de você, ninguém teve desde que você, e ninguém me terá depois de você." Gabe fechou os olhos, apertando os dedos enquanto seu pênis pesado pressionava no estômago duro de Angelo. "Abra seus olhos." Angelo o beijou o queixo. "Você precisa entender algo, Gabe." 184


Gabe engoliu em seco e abriu os olhos, respiração presa na intensidade no olhar de Angelo. "Angel." "Eu te amo." As palavras eram uma maldição, dura e punitiva. "Eu não posso mudar isso e eu não quero. Você é o único para mim." O corpo de Angelo sacudiu entre as pernas de Gabe. "Eu te dei meu coração naquela maldita sala de interrogatório, policial, mas você esteve segurando o seu de mim." Ele puxou a cabeça para trás, os olhos brilhantes, lábios vermelhos e inchados. "Eu quero que essas palavras. Eu mereço essas palavras." Sua voz vacilou e falhou. "Eu exijo essas palavras. Eu preciso delas." Uma lágrima caiu do olho esquerdo de Gabe, fazendo uma caminhada lenta pelo seu rosto. Ele agarrou o rosto de Angelo em suas mãos, trazendo-o para mais perto, tomando seus lábios, lutando contra as emoções que derramavam através dele. "Eu também te amo." Gabe apertou as pernas em torno dele. "Muito. Muito." Angelo afundou os dedos no cabelo de Gabe, segurando-o enquanto se beijavam. Lento. Profundo. Como se degustando um ao outro pela primeira vez. Angelo os levou até a cama, colocando Gabe para baixo e rastejando entre suas pernas. Gabe se abriu para ele sem hesitação ou reserva, os dedos torcendo nos lençóis enquanto Angelo beijava uma trilha molhada sobre seu corpo, parando em seu pênis onde ele o beijou e lambeu, acariciando e apertando até Gabe gritou, contraindo os músculos do estômago, as costas arqueando. Angelo o acariciou enquanto ele levava sua boca mais pra baixo, sua língua circulando a entrada de Gabe, dedos saturados de cuspe empurrar para dentro e para fora. Gabe encheu a sala com seus gemidos, implorando, pedindo a Angelo até seu amante mergulhou sua língua dentro. Fodendo. Sondando. "Oh Deus." Gabe se contorceu naquela língua, coxas apertando ao redor da cabeça de Angelo. "Por favor, Angelo. Vou gozar." Arremessando uma mão para fora, ele fechou os dedos em 185


torno do tubo de lubrificante na mesa de cabeceira. "Por favor." Ele bateu no ombro de Angelo com o lubrificante. Achatando a língua na parte de baixo do pênis de Gabe, Angelo empurrou seus dedos nele mais uma vez, em seguida, se retirou, se colocando de joelhos entre as coxas inquietas de Gabe. "Gabe." Ele olhou para Angelo através de pálpebras pesadas, acenando com a cabeça diante da pergunta clara nos olhos de seu amante. "Faça sua reivindicação." Angelo manteve o olhar no rosto de Gabe, enquanto ele se lubrificou e se posicionou. Gabe respirou fundo e a soltou quando Angelo o pressionou. Dentro. A dor roubou seu fôlego, fechou as articulações e fez seus olhos lacrimejarem. Mas ele segurou o olhar de Angelo e seu amante congelou, peito arfando, e esperou. Piscando para afastar a umidade de seus olhos, Gabe balançou. "Gabe." Tanto esforço e disciplina na voz de Angelo. "Mova-se." Gabe cravou os calcanhares no colchão, agarrando os lençóis e rebolou quando Angelo afundou mais profundo. "Oh Deus." As palavras saíram de Angelo, tanto uma oração e um grito. Como Angelo afundou mais fundo, arrastando ao longo da passagem de Gabe, a dor se transformando em prazer doce. "Ah sim. Tão bom." Ele experimentou algumas hesitantes estocadas. Angelo gritou, elevando para trás e empurrando dentro, batendo em sua próstata. Fogo o atravessou. "Deus. Deus." Gabe se balançando de volta para ele agora, levantando as pernas e envolvendo-as em torno da cintura de Angelo. Angelo beijou sua panturrilha como ele mergulhou dentro e para fora, batendo no ponto de Gabe com cada estalar de seus quadris. "Angel." Os dedos de Gabe rasgaram os lençóis. "Me faça gozar. Me faça gozar."

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"Amado." Angelo estremeceu acima dele. "Te amo. Tan bueno." Ele começou a se mover em movimentos circulares, dedos agarrando dolorosamente o traseiro de Gabe. "Você é meu. Meu." "Sim." A respiração vaiou entre os dentes, o suor de Gabe ou eram lágrimas, inundaram seus olhos, queimando-o. "Me dê mais." As bolas de Angelo bateram contra a parte de trás de suas coxas. Ele arqueou, abrindo-se mais como seu amante deslizou dentro e fora. Cada dentro e fora arrastando ao longo de suas paredes, fazendo seus músculos contraírem. "Fodidamente bom." "Sí." Angelo se abaixou sobre os cotovelos, os anéis em seus mamilos um choque temporário do frio no peito aquecido de Gabe. Angelo lambeu seu rosto e nariz antes de tomar sua boca, língua empurrando dentro, fodendo a boca de Gabe enquanto se movia em seu interior. Quente e carnal e todos os tipos de delicioso. "Amo você, policial," Angelo murmurou em sua boca. "Goze para mim, goze ao redor do meu pau." Dobrando as pernas de Gabe para trás até os joelhos quase tocarem seu peito, Angelo mergulhou dentro. "Ah foda-se!" A espiral de calor na base da espinha de Gabe explodiu por todo o corpo. Seu coração batia em seus ouvidos quando ele atirou grossas cordas de porra por todo seu peito e estômago. Sua bunda apertou em torno de Angelo, que jogou a cabeça para trás e gritou. "Cristo!" O calor intenso inundou suas entranhas, arrancando outro jorro dele. Ele se debatia debaixo de Angelo, arranhando sua bunda como seu amante o golpeava. As estocadas e o aperto de seu amante diminuíram e Angelo entrou desabou em seu peito. "Mierda." "Huh." Gabe gemeu no pescoço de Angelo. "Sim." Eles agarraram um no outro, corpos aquecidos juntamente com suor e porra, batimentos cardíacos sincronizados.

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"É oficial." Angelo falou quando suas respirações acalmaram. "Nós marcamos nossas reivindicações." Gabe riu, sacudindo sua língua para fora para provar a pele úmida e salgada de Angelo. "Você nunca vai me compartilhar," Angelo sussurrou. "E eu nunca vou compartilhar você. Eu sou um bastardo ciumento e ganancioso." Gabe se afastou dele, olhando em seus olhos. "O que foi aquilo com o batom e o resto?" Angelo fez uma careta. "Eu dormi no andar superior da casa no Cinquenta e Três, que foi onde Pablo fez a festa surpresa. Eu acordei com uma Piper nua em cima de mim." Nojo escorria de suas palavras. Gabe levantou uma sobrancelha. "O que você fez?“ "Que porra você acha que eu fiz? Eu apontei minha arma para ela." A boca de Gabe caiu. "Então eu olhei as horas, vi que eu estava atrasado para chegar até você e dirigi como um louco até aqui." "Você já teve relações com esta Piper antes, certo?" Gabe se lembrava de Angelo mencionar isso uma vez. Ele acariciou as mechas de cabelo de Angelo, roçando os travesseiros. "Sim." Angelo olhou para longe. "Eu não tenho orgulho disso, mas ela me deu boquetes duas vezes. Um antes de nos conhecermos e uma vez depois." Gabe franziu a testa. "Quando, depois?" "Depois da primeira vez que nos encontramos. Eu estava tão irritado, tinha uma enorme ereção e nenhum alívio." Ele não parecia orgulhoso de si mesmo em tudo. "Então, você a usou." Gabe agarrou o queixo de Angelo e o virou para que seus olhos se encontrassem. "Sim." Angelo encolheu os ombros. "Ela tinha uma boca quente e eu precisava tirar você da minha cabeça." A boca de Gabe torceu. "Como foi?" 188


"Nada bom." Angelo deu uma gargalhada. "Ela ficou de joelhos e eu gozei imediatamente. Ela conseguiu me persuadir de volta, mas eu tive que fechar meus olhos e me lembrar de você, seu rosto e seus olhos para terminar." "Huh." Ele deveria se sentir lisonjeado? "Depois disso eu fiquei longe dela." "Mas você deveria encontrá-la de novo," Gabe apontou. "Naquela noite, no armazém." "Oh sim." Angelo bufou. "Eu nunca estive mais animado por um boquete antes." Gabe o olhou em silêncio. "O quê?" "Eu não vou tolerar você ficando tão perto com alguém," disse ele. "Eu sou tão egoísta e ganancioso." Angelo sorriu e beijou sua testa. "Feito." "Fique aí." Gabe caminhou até o banheiro, onde ele se limpou, em seguida, correu escada abaixo para a cozinha. Ele pegou o cupcake da geladeira, acendeu a vela com um fósforo e segurou sua mão em torno da chama enquanto voltava para o quarto. "Feliz aniversário." Valia a pena ver o grande sorriso bobo espalhando sobre o rosto de Angelo. "Uau." Angelo se sentou, jogando seu cabelo sobre o ombro. "Gracias, amado." Gabe se arrastou para o seu colo, colocando sua bunda sobre o semiereto pau de Angelo como ele entregou-lhe o cupcake. "Red velvet20. Peça um desejo." Angelo segurou o olhar dele e apagou a vela. "Você é incrível." Ele mergulhou um dedo no glacê de cream cheese e o levou aos lábios de Gabe. "Lambe." Gabe fez como pedido, gemendo ao sentir o gosto e o olhar quente nos olhos de seu amante. "Vai dividir?"

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O bolo veludo vermelho é um bolo popular, com uma coloração vermelha ou marrom-avermelhada. É usualmente preparada como um bolo de camadas, coberto com creme de baunilha ou, mais comumente, cream cheese.

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Como Angelo deu uma mordida do bolo, Gabe se inclinou para a mesa de cabeceira e abriu a gaveta, tirando o presente que ele comprou para Angelo. Ele levantou seu presente coberto de papel de embrulho vermelho e azul. "Isso é pra você." "O quê?" Angelo colocou o cupcake para baixo, dedos ocupados rasgando o papel de seu presente. Gabe pegou o bolo e deu uma mordida, os olhos se fechando. Que coisa incrível. "Gabe." Ele olhou para Angelo, no espanto no rosto de seu amante. "Um bloco de desenho?" Angelo a ergueu. "Por quê?" "Eu sei que você estudou design e arquitetura na faculdade." Ele deu de ombros. "Eu percebi que já faz um tempo desde que você criou ou projetou alguma coisa, talvez você gostasse de experimentar algum dia." A garganta de Angelo trabalhou rapidamente. Ele piscou algumas vezes, voz rouca quando ele disse: "Eu gostaria de fazer isso de novo. Obrigado." "O prazer é meu." "Te amo." Angelo o puxou para perto, beijando-o suave e docemente, em seguida, quente e exigente. "Eu também te amo." Gabe colocou seus braços ao redor do pescoço de Angelo, os quadris rolando, cupcake e bloco de desenho esquecidos.

***** Um beijo quente na parte de trás do seu pescoço acordou Gabe. Ele gemeu, os olhos ainda fechados, quando Angelo estava dentro dele, balançando suavemente, o prazer requintadamente doce e lânguido. Nenhuma mordida e barulhos altos, apenas seus dedos entrelaçados descansando 190


no quadril de Gabe, a respiração suave de Angelo em seu ouvido, e o calor dele, duro e insistente, deslizando para dentro e para fora de Gabe. Algo que ele poderia se acostumar. Algo que ele pensou que poderia ter todas as manhãs por toda a vida sem reclamar. A respiração difícil de Angelo e a aceleração de sua pulsação contra as costas de Gabe mostraram que seu clímax se aproximava rapidamente. Gabe apertou em torno dele, estremecendo como a cabeça do pau grosso de Angelo raspou aquele ponto dentro dele. Angelo moveu suas mãos unidas do quadril de Gabe para entre suas pernas, segurando suas bolas, apertando, e Gabe gritou, estremecendo, gozando em suas mãos enquanto Angelo o inundava com o calor pegajoso. Eles continuavam agarrados um no outro enquanto suas temperaturas baixaram e frequências cardíacas desaceleravam. Só então Gabe virou a cabeça, pegando a boca de Angelo em um beijo suave. "Hmm, bom dia." "Buenos dias." "Amo acordar com sexo, muito quente." Gabe beliscou o queixo de Angelo, estremecendo enquanto Angelo deslizou para fora dele. "Hmm, foda-se." Rindo, Angelo beijou seu ombro e, então se afastou. Gabe rolou de costas, com os olhos semicerrados quando Angelo desapareceu no banheiro, reaparecendo momentos depois com um pano que ele usou para limpar Gabe. "Que horas são?" A julgar pela brilhante de luz solar atravessando as janelas, eles tinham dormido metade do dia. "Quase hora do almoço," Angelo gritou sobre a água correndo no banheiro. "Está com fome?" O estômago de Gabe respondeu com um grunhido alto. Riu quando Angelo voltou para o quarto, ele concordou com a cabeça. "Parece que eu estou." 191


"Café da manhã na cama?" Angelo subiu de volta na cama, movendo de lado o bloco de desenho que Gabe lhe deu na noite anterior. "Uh, sim, mas não é chamado de brunch agora?" Gabe pegou o bloco de desenho, a sobrancelha subindo no esboço dele dormindo. "Isso é bom." Ele virou a página e olhou para a planta baixa de algum tipo de estrutura. "O que é isso?" "Uma casa. A ideia simplesmente apareceu na minha cabeça, então eu tinha que desenhála." Angelo pegou o esboço, escondendo-o na gaveta do criado-mudo. "Sobre o brunch, ou qualquer que seja o nome correto, o que você quer comer?" "Qualquer coisa que não seja comida de ontem à noite, eu não acho que há alguma coisa para comer na geladeira." Gabe se sentou e tirou uma mecha de cabelo de seus olhos. "Eu poderia ri buscar." Angelo disse as palavras como uma pergunta e Gabe balançou a cabeça. "Não, você não pode." "Bem, tem waffles no congelador. Eu posso fazê-los." "Ahhh." Gabe beliscou seu nariz. "Eu não sabia que você podia cozinhar." "Bem, eu não posso, mas o quão difícil pode ser descongelar waffles e espalhar xarope sobre eles?" Gabe riu. "Não é difícil. Não é nada difícil." "Além disso, tem café." Ele olhou para Gabe com olhos esperançosos. "Bem, se tem café..." Angelo revirou os olhos. "Você é muito difícil de agradar, policial." Ele saiu da cama e vestiu a calça jeans. "Eu vou fazer waffles pra você e eu aposto que você vai ser o melhor que você já comeu." Era uma ameaça? Gabe riu, mostrando a língua na carranca temível de Angelo. "Promessas. Promessas."

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Angelo jogou uma camiseta nele e desapareceu pela porta. Momentos depois, os barulhos de panelas e frigideiras atingiram a orelha de Gabe e ele abafou seu riso na camiseta de Angelo. Felicidade. Uma sensação quente surgiu em seu peito. Ele desejava ardentemente que ele pudesse engarrafar esse sentimento, mantê-lo trancado. Mas ele não podia, então eles tinham que dar um passo, um dia de cada vez. Eles ainda não haviam discutido como seria quando ele voltasse para o seu trabalho. Ele saiu da cama, colocando as calças de pijama de ontem à noite. Depois que ele escovou os dentes e jogou um pouco de água em seu rosto, ele se dirigiu para o piso térreo. A voz irada de Angelo chegou a ele antes que ele estivesse no meio da escada. "Tem uma razão para eu lhe pagar a quantia de dinheiro que eu pago, Phelps. Me diga o que diabos está nesse mandado." O estômago de Gabe afundou. Phelps? Seu parceiro, Phelps, estava na folha de pagamento de Angelo? Avançando cada vez mais para a cozinha, ele se esforçou para ouvir mais quando Angelo abaixou a voz. "Então descubra, porra," Angelo rosnou no telefone. "Investigue ou faça o que for preciso. Você não vai querer me ver irritado." Deus, eu fui ingênuo. Gabe se repreendeu. Aqui o homem que amava estava ameaçando um policial, o policial que estava espionando pra ele. Você é um idiota. Ele entrou na cozinha, limpando a garganta. Angelo se virou da pia, o telefone na mão. "Ligue-me de volta em uma hora." Angelo terminou a chamada. "O que aconteceu?" Perguntou Gabe. A boca de Angelo torceu, tentando um sorriso, mas Gabe viu através dele. Falso. "Tem um mandado de prisão contra mim." Angelo manteve seu tom indiferente, mas seus olhos estavam cautelosos. Vigilantes.

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Gabe apertou os lábios. "Qual é a acusação?" Ele ficou de costas contra a parede, os braços cruzados sobre o peito. Angelo se virou, brincando com Deus sabia o que na pia. "O corpo de um dos meus homens foi encontrado algumas horas atrás." Huh. "E você o matou?" Claro que ele o matou. Mas Gabe tinha que perguntar, não era? "Ele viciou Auggie em drogas e o enviou para Carlos. Para sua morte." Angelo de um encolher despreocupado de ombros. "Sua sentença foi justa." Engraçado como Gabe podia ouvir seu coração rasgando dentro do seu peito, como ele podia doer até cair de joelhos, enrolar em uma bola e chorar, mas permaneceu de pé por tudo isso. Um som escapou de seus lábios, notavelmente semelhante ao de um animal ferido. Angelo se virou e correu em direção a ele, uma mão estendida. Mãos encharcadas de sangue que ele deu permissão para tocar e acariciá-lo. Segurá-lo. Ele recuou, mas não havia nenhum lugar para ir. Desgosto e raiva rolaram por seu intestino, por Angelo. Por ele mesmo. Ele era um policial, seu trabalho era proteger. Colocar pessoas como Angelo atrás das grades, mas aqui ele estava dormindo com ele, rindo com ele enquanto ele matava a mesma facilidade que ele o beijava. "Gabe." Ele levantou a cabeça, encontrando a preocupação no olhar de Angelo e ele quebrou. Seus joelhos cederam e ele caiu. "Merda, Gabe!" Angelo caiu com ele, envolvendo aqueles braços em volta de seu ombro. Gabe o empurrou. "Fique longe de mim," ele rosnou. "Não me toque". Angelo congelou, olhar interrogativo, como se ele não pudesse entender por que Gabe estava com raiva. 194


"O que está errado?" "Eu não posso mais fazer isso." Gabe balançou a cabeça, forçando as palavras a saírem. "Eu deveria estar te levando para a cadeia por essa merda, não me divertindo. Não fodendo você." A expressão de Angelo fechou. "Você conhecia o acordo." Tom monótono, palavras dolorosamente suaves, ele segurou o olhar de Gabe. "Eu sabia o que você era, mas eu também pensei que tinha uma ideia de quem você poderia ser," Gabe sussurrou. "Eu nunca tentei mudar você, nem uma vez, mas eu pensei que talvez, apenas talvez você visse que havia coisas lá fora que valia mais do que a vida que você leva. Eu estava errado." "Gabe". A expressão em branco permaneceu, mas o nome de Gabe estava cheio de angustiante tormento. Mesmo enquanto sua garganta e os olhos queimavam, Gabe queria estender a mão e abraçar Angelo. Puxá-lo em seus braços. Ele cerrou os punhos com o pensamento. "Eu ignorei tudo," disse Gabe. "Minhas crenças, meu trabalho, em favor de estar com você e o que eu recebo? Você ainda está matando as pessoas e voltando para mim, me tocando com essas mãos encharcadas de sangue. Eu não posso mais enterrar minha cabeça na areia. Acabou." "Não faça isso." Angelo agarrou seu pulso quando Gabe se mexeu para se levantar. "Gabe, por favor. Eu te amo." A máscara caiu e medo brilhava nos olhos dourados. "E eu te amo, mas eu não posso ficar por perto enquanto você mata e faz o que você faz." Gabe balançou a cabeça. "Eu me odeio agora. Eu estive cego por você, por essa coisa entre nós que não se baseia na lógica ou princípios. Eu não posso mais fazer isso." Sua voz tremia. Uma lágrima caiu, espirrando no pulso que Angelo segurava tão apertado. Os tremores em seu corpo aumentaram e logo ele estava tremendo como um pequeno ramo sobre ventos fortes.

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"Gabe." Angelo ficou de joelhos, envolvendo os braços ao redor da cintura de Gabe, tremendo quando ele inclinou o rosto para cima. Seus olhos estavam vermelhos e molhados. "Não diga isso." Gabe tentou sorrir, escovando a mão pelo cabelo de Angelo. "Acabou. Nós terminamos." Angelo apertou o rosto no estômago de Gabe, seu corpo tremia violentamente. Gabe percebeu que ele não tentou dissuadi-lo de sua decisão, então isso era definitivo; esta era uma situação impossível e eles estavam em melhor situação sem o outro. A dor em seu coração era insuportável, deixando-o imóvel. Respirar era uma luta, uma que ele não sabia se poderia ganhar. Ele não se incomodou em esconder as lágrimas caindo sobre suas bochechas. Poucas horas atrás, eles estavam declarando seu amor e agora isso. "Eu mereço mais," disse ele através das lágrimas. "Alguém disposto a se sacrificar por mim. E você merece alguém não dividido entre o amor e lealdade." As lágrimas caíram mais fortes, mais rápidas. Angelo se agarrou a ele mais apertado, molhando seu estômago. Eles ficaram assim, Angelo de joelhos, rosto no estômago de Gabe, e Gabe acariciando seus cabelos, até que o telefone de Angelo tocou. Gabe se afastou. "Atenda ao telefone, pode ser Phelps novamente." Ele saiu sem olhar para trás.

***** Depois de enviar uma mensagem para Pablo para deixar as coisas em ordem, Angelo entrou na 72ª Delegacia com seu advogado. Todos o olhavam, alguns até mesmo vaiando, mas ele nem prestou atenção. Ele se sentia morto por dentro. 196


Gabe tinha saído mais cedo do loft com um adeus simples e embora cada instinto em Angelo exigisse que ele o detivesse com todos os meios necessários, ele observou seu amante ir embora e sair de sua vida. Gabe estava certo. Angelo não tinha feito nenhum sacrifício enquanto que Gabe se esforçava, e ele tocou o homem que amava com as mãos encharcadas de sangue. Ele sabia que haveria um momento em que Gabe se cansaria dessa condição, ele imaginou agora que ele deveria ter compartilhado seus planos de sair. Dar a Gabe alguma esperança. Mas esses planos estavam longe de ser realizados e, mesmo assim, não havia garantia de que ele viveria com ele. Então ele teve que deixar Gabe ir. Com exceção das mortes de seu pai e de sua irmã, isso tinha que ser a coisa mais dolorosa que ele já tinha feito. Ele se sentou na mesma sala de interrogatório que tinha conhecido Gabe em uma vida atrás, um dedo tocando em seu queixo enquanto ele ignorou seu advogado. Seu rosto seria exibido em todo o noticiário da noite, e nas primeiras páginas dos jornais da manhã, para sua mãe e Gabe verem. Mais uma vez ele estaria quebrando seus corações. Sua mãe conhecia seus planos, mas Gabe não. "Você tem uma caneta?" Ele perguntou ao seu advogado. Peter Heppner – da Stanislaus, Reid e Heppner, um dos maiores escritórios de advocacia do país – assentiu com a cabeça e tirou uma caneta do bolso do paletó. Angelo apegou. "Papel?" Peter empurrou um bloco amarelo para ele e ele rapidamente escreveu um bilhete antes de rasgar a página e dobrando-a. Ele a estendeu para Peter. "Para somente os olhos de minha mãe. É para você mesmo entregá-lo." "Sim, senhor." Peter colocou a nota dentro de seu paletó quando a porta abriu.

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O promotor assistente e um detetive com características familiares entrou e se sentou em frente à Angelo e Peter. "Senhor Pagan, você está ciente de que encontraram o corpo de um de seus tenentes?" O promotor assistente Krazinksy olhou para a pasta na frente dele. "O Sr. Gordon Ruiz, também conhecido como Gordo." "Eu ouvi." Angelo encolheu os ombros. "Você o matou?" O detetive fez uma careta para Angelo. Cabelo vermelho, sardas quase imperceptíveis... Fitz-alguma coisa. FitzRoy? Fitzsimons. Sim, é isso. "Ele foi assassinado?" perguntou Angelo. "Estrangulado com algum tipo de garrote. Garganta cortada. Bala no crânio após o ataque." Com cabelos grisalhos, impressionantes olhos verdes e um bigode bem aparado, o promotor assistente Krazinksy era realmente um homem bonito para sua idade. As pequenas rugas ao redor dos olhos e da boca mostravam que ele ria muito. "Isso é trabalho seu?" "Não responda a isso," Peter falou. "O que exatamente você está tentando acusar o meu cliente, Krazinksy?" "Assassinato." Krazinksy sustentou o olhar de Angelo. "Temos um mandado de busca para a casa de sua mãe e esse local na Cinquenta e Três. Também estamos buscando seus muitos modos de transporte. Se encontrarmos uma arma correspondente com a bala na cabeça de Gordo, eu vou te derrubar." "Eu meio que gosto estar no topo," Angelo riu. "Além disso, por que eu mataria o meu próprio pessoal?" O detetive fez um barulho rude. "Nós encontramos o mesmo tipo de medicamentos prescritos em Gordo como em seu outro soldado morto, August alguma coisa. Talvez ele tenha provocado uma overdose em August e você o matou como punição." "Huh. Primeiro vocês pensam que eu comecei a vender drogas em minhas próprias ruas e agora o quê, você acha que eu matei Gordo porque ele deu drogas a Auggie?" 198


"Se você vai acusar meu cliente de alguma coisa, eu sugiro que você faça agora," disse Peter para Krazinksy, "Ou vamos embora e mais uma vez você e seu escritório irão parecer idiotas." "Eu posso segurá-lo por 24 horas e eu quero, enquanto buscamos em sua propriedade." Krazinksy se levantou e caminhou até a porta. "Jogue-o em uma cela." "Hey." Peter se levantou. "Eu vou entrar com um processo contra você e o NYPD por acusação excesso de zelo de um inocente." Angelo abriu um sorriso nisso. Inocente. Uma palavra tão suja. "Peter, eu vou ficar bem." Ele se levantou e ofereceu seu pulso para o Detetive Fitzsimons. "Vá primeiro ver a minha mãe. E esteja de volta aqui amanhã para me soltar." Peter acenou com a cabeça. "Confiante, não é?" Fitzsimons prendeu as algemas em volta dos pulsos de Angelo, bem apertadas. Ele ignorou a picada de dor e piscou. "Existe alguma outra maneira de ser?"

***** Gabe não saiu de casa quando ele voltou de Coney Island. Ignorando o pacote de brinquedos sexuais que FedEx trouxe, ele vagou pela casa, limpando, passando aspirador e lavando roupa enquanto tentava não assistir a cobertura da prisão de Angelo na TV local. Ele tinha parado, uma pilha de roupa na mão quando Angelo e o seu advogado chegaram na delegacia. Seu amante estava focado, ignorando a multidão de espectadores gritando e as câmaras de TV. Lentes davam zoom sobre ele e Gabe reconheceu o chupão e queimadura de barba que ele tinha deixado no pescoço de Angelo na noite passada. Suas marcas. Angelo as usavam abertamente.

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Ele se forçou a ficar longe da TV, tentando limpar sua mente de todas as coisas Angelo Pagan. Não era uma boa ideia pensar sobre as coisas que ele não poderia mudar, então ele se focou no que ele poderia, como suas roupas de cama e os pratos na pia. No momento em que ele terminou seus afazeres autoimpostos, seus braços doíam de toda a lavagem, varrição e aspiração, mas a casa parecia incrível. Ele tomou um banho e passou algum tempo ao telefone conversando com Kane. Seu irmão estava preocupado com ele depois de ver Angelo no noticiário. Gabe não disse a ele que ele tinha terminado as coisas com Angelo, mas ele conseguiu tranquilizar um Kane cético que ele estava bem e não assistiu nenhum dos canais de notícias. No momento que a noite chegou, ele tinha passado quase o dia inteiro de pé e seu estômago estava fazendo sons demoníacos. Ele tinha acabado de pedir uma pizza quando a campainha tocou. Espiando através do olho mágico, ele conseguiu ver o topo da cabeça de uma mulher. Ele abriu a porta devagar. "Posso ajudar?" Mal alcançando os seus ombros, a mulher virou a cabeça. Olhos escuros focados nele, ela parecia infinitamente familiar. "Gabriel Ashby?" As palavras com sotaque espanhol selou sua identidade. Gabe balançou a cabeça enquanto respiração fugia. "Sim." Seu rosto se abriu num sorriso enorme quando ela passou por ele e entrou na casa. "Eu acredito que nós tínhamos um encontro hoje à noite?" Ela levantou uma sobrancelha. "Estou Liliana Pagan, a propósito. Sua sogra."

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Capítulo Doze "Uh, vamos lá dentro?" Gabe trancou a porta atrás dele, então, enfrentou a mulher que estava em sua sala de estar. Seu cabelo era tão belo quanto o do filho, preto brilhante com fios prateados aparecendo com orgulho. Ela usava um casaco preto sobre calças vermelhas, um xale multicolorido jogado em torno de seu pescoço. "Não fique aí parado, querido." Ela tirou as luvas pretas e abriu os braços. "Me dê um abraço." Bem, ele não poderia desafiar seu comando, poderia? Ele deu um passo em seus braços e ela o abraçou, apertando-o. Ele inalou flores e o perfume delicado da mulher, totalmente em desacordo com o seu comportamento mandão. "É tão adorável te conhecer," ela sussurrou. "Já ouvi falar ótimas coisas. Ótimas coisas." Gabe limpou a garganta e deu um passo atrás. Direcionando-a a um lugar no sofá, ele se sentou ao lado dela. "Como você chegou aqui?" "Taxi, é claro." Seu olhar vagava ao redor da sala. "Lugar adorável." "O os homens que protegem você? Onde eles estão?" E se ela levou os homens de Angelo à sua porta? "Relaxe, Gabe." Ela bateu sua mão. "Eu saí escondida deles." "Jesus." Ela enlouqueceu! "Mas por que você veio?" "Angelo me enviou." Ela disse como se fosse a coisa mais natural do mundo. "Ele não quer que fiquemos sozinhos." "Ele não quer – " Gabe engasgou, tossiu. "Ele te disse isso?" O que isso queria dizer, ele não quer que eles fiquem sozinhos? O que Angelo estava tentando fazer? 201


"Ele me enviou um bilhete da cadeia," disse Liliana. "Seu nome e endereço." Gabe deu uma gargalhada beirando a histérica. "Será que ele também te disse que eu terminei com ele esta manhã?" "Você terminou?" Ela inclinou a cabeça para o lado e olhou-o atentamente. "Por quê?" "Eu não quero discutir isso." Ele se levantou e andou. "Você não devia ter vindo. É muito arriscado. Ele não deveria ter mandado você aqui." "Ele sabia que você estaria sentindo falta dele." A mulher nunca perdia a calma? Seu tom de voz era calmo e suave. "Eu acho que ele pensou que faríamos melhor se tivéssemos um ao outro para conversar." Gabe passou a mão pelo cabelo. "Eu não quero conversar." Liliana se levantou e se aproximou dele com passos tranquilos, muito parecidos com seu filho. "O que você quer, Gabriel?" Angelo. Mas é claro que ele não podia admitir isso, por isso, em vez disso ele disse, "Silêncio." Ela assentiu com a cabeça. "Nós podemos ficar em silêncio. Podemos fazer barulho. Podemos chorar e amaldiçoar Angel, mas vamos fazer isso juntos. Isso é o que ele queria que acontecesse." "Bem, ele não pode controlar tudo," Gabe cuspiu. "Se ele pudesse, ele não estaria preso." Uma sombra cruzou o rosto de Liliana. "Talvez." Ela pegou o braço de Gabe e levou de volta para o sofá. "Você odeia meu filho por suas escolhas?" Deus, se pudesse. "Eu não o odeio, Liliana." Suas palavras eram angustiadas. "Eu não posso odiá-lo." "Porque você o ama." "Mas isso não é o suficiente," ressaltou. "Amor não é suficiente. Ele é quem ele é e eu não posso em boa consciência, estar com alguém assim."

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Ela apertou os dedos em torno de seu pulso. "Mas você sempre soube quem e o que ele é, por isso que a indignação agora?" Ele soltou um suspiro. "Talvez eu pensasse que ele encontraria um motivo mudar, para ficar comigo. Sua intensidade me varreu e eu não queria parar isso." "Agora você quer." "Agora eu não tenho escolha." Ele balançou a cabeça. "Você não vê? Eu já tinha começado a me odiar por fazer vista grossa. Eu comecei a odiá-lo também." "Entendo." Liliana apertou suas mãos unidas em seu joelho. Gabe franziu a testa. "Você não vai tentar me convencer a aceitá-lo de volta?" Ela bufou e ele sorriu. "Eu faria se eu pensasse que funcionaria." Ela encolheu os ombros. "Vocês dois são meninos grandes. Vocês podem resolver suas bagunças. Eu simplesmente queria dizer obrigado." Ela lhe deixou sem palavras novamente. "Uh... hum, ok. Obrigado pelo quê?" "Por fazê-lo feliz, porque ele era. Por fazê-lo sorrir, porque ele sorriu. Muito." Seu sorriso vacilou. "Ele teve de esconder quem ele é para um muito tempo e com você – ” Ela fungou. "Com você ele tinha liberdade de ser ele mesmo." Ela segurou o rosto de Gabe, deu um beijo na testa. "Obrigado por isso, Gabriel Ashby." Ele se aproximou, a puxou em seus braços e balançou para trás e para frente. "Eu não fiz nada, exceto o amar. Eu era egoísta nisso." "Você deu a ele o que ele precisava," ela murmurou em seu ombro. "Amor. Você. E se você nunca vê-lo outra vez, eu sempre serei grata." Eles se abraçaram em silêncio, cada um em seu próprio pequeno mundo, até que ela se afastou. "Ele disse a você sobre seu tio e por que ele entrou neste negócio, em primeiro lugar?" "Ele disse."

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"É tudo culpa minha, você sabe." A expressão dela vacilou, sua voz ficou frágil. "Por causa das minhas decisões erradas, ele teve que passar por coisas terríveis e fazer coisas terríveis. Carlos teria tomado a gangue quando Sal morreu, mas quando Angelo descobriu que Carlos tinha matado seu pai, não havia nenhuma maneira que ele deixaria isso acontecer." Gabe entendia isso, ele realmente entendia. "Ele é um homem leal." E muito mais. "Ele é." A voz de Liliana ficou mais forte, mais alta. "Apesar de tudo, ele tem um coração mole." Seu olhar atreveu Gabe contradizer sua declaração. "Eu o amo, Liliana." Ele lhe de um pequeno sorriso. "Eu não acho que eu poderia, se ele não fosse um homem maravilhoso." Seu sorriso o cativou, amplo e irrestrito, iluminando os olhos e enrugando seus cantos. A campainha tocou e ela agarrou seu braço, a preocupação escurecendo seus olhos. "Está tudo bem." Ele afastou os dedos e se levantou. "Eu pedi pizza." Eles ficaram sentados na sala de estar, comendo pizza, bebendo uma garrafa de vinho branco que Gabe encontrado na parte de trás de seu armário. Entre mordidas, ele disse a ela sobre sua vida, seu irmão e seu trabalho. Por sua vez, ela contou histórias hilariantes da juventude de Angelo, antes que ele fosse sequestrado, olhos brilhantes enquanto falava das palhaçadas entre ele e sua irmã. Gabe lhe apertou a mão sobre a mesa, lhe emprestando a sua força sem palavras. Seu tempo juntos passou rapidamente, a presença de Liliana confortável e confortante. E Gabe pensou que de alguma forma, de alguma forma, Angelo sabia que seria assim. Ele se encontrou sorrindo enquanto ele ajudava Liliana colocar seu casaco, o táxi esperando na calçada para levá-la de volta para o Brooklyn. "Você vai ficar bem?" Ele perguntou. Ela enrolou seu cachecol em volta do pescoço e assentiu. "Sim, eu ficarei."

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Ele olhou para ela por um segundo, então, pegou seu celular. "Dê-me um número onde eu possa falar com você." A ideia de ela estar sozinha enquanto Angelo estava preso por Deus sabe quanto tempo não parecia bom. Ela recitou seu número e ele o programou em seu telefone, então, ele deu o seu a ela e ela fez o mesmo. Quando ela terminou, ela o abraçou apertado. "Diga-me," disse ela baixinho. "Se ele se afastasse da gangue, hoje ou amanhã, você o aceitaria de volta?" Ele aceitaria? Poderia? Gabe suspirou em seu cabelo. "Eu realmente não sei, Liliana." Isso foi tão honesto como ele poderia ser no momento. "Tudo bem." O carro buzinou. Liliana saiu pela porta e ficou nos degraus, olhando por cima do ombro para Gabe. "Adiós, Gabriel. Eu espero que nós possamos nos ver novamente." Com um aceno, ela caminhou para fora da porta e entrou no taxi. Gabe a observou ir com uma dor surpreendente de perda em seu peito. Estar com Liliana o fez se sentir como se estivesse perto de Angelo, algo que ele não achava que ele nunca sentiria novamente. Fechando a porta, ele discou o número pessoal de seu capitão e esperou ansiosamente enquanto o telefone tocava e tocava. Kowalski finalmente respondeu, soando como se ele estivesse correndo. "Sim." "Ei, Capitão." "Ashby. O que foi, filho?" "Eu ouvi que vocês colocaram Pagan em custódia." Olhos bem fechados, ele perguntou: "Você tem alguma coisa de concreto para acusá-lo?"

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Kowalski resmungou. "Você sabe que o bastardo é um maldito Teflon. Krazinksy o segurou por 24 horas e que estamos procurando, mas até agora, nada. Parece que ele estará saindo na parte da manhã, se não encontrarmos nada." Gabe ouviu a palavra não dita. Mais uma vez. "Isso é uma merda." Outro grunhido de Kowalski. "Mantenha-me informado, por favor." Ele tentou não parecer muito ansioso. "Você precisa se apressar e voltar lá, talvez olhos novos possa nos ajudar." "Irei, Capitão." Ele terminou a chamada e olhou para o telefone na mão. Ele tinha feito seu exame físico final para voltar ao trabalho, mas ele não estava ansioso por isso. Não estava ansioso para voltar a trabalhar com homens que não podia dar ao luxo de confiar, os mesmos homens que deviam cuidar de suas costas. Phelps estava na folha de pagamento de Angelo. Quem mais foi comprado por não apenas por Angelo, mas os muitos criminosos que eles deveriam prender? Eu não posso voltar. Ele não queria voltar. Sua vida mudou radicalmente desde aquele dia ele que conheceu Angelo Pagan, algumas boas e outras nem tanto. Não havia como voltar para a vida que levava antes. Ele tinha sido comprometido da pior maneira ao se apaixonar pelo inimigo. Seus colegas policiais não o aceitariam no meio deles se soubessem, eles o considerariam da mesma forma que ele em relação Phelps. Ele era o maior hipócrita de todos eles. Todo o tempo ele tinha estado afastado do trabalho, ele não sentia aquela coceira para voltar para ele. Não havia pressa, nenhuma dor para voltar ao trabalho. Inferno, ele mal pensava sobre o trabalho. Que falava claramente e mais alto do que qualquer outra coisa. 206


A paixão que ele já teve desaparecera. Apesar do tremor em seus membros, a realização não o assustou do jeito que provavelmente deveria. Ele procurou por seu telefone e discou para Kane.

***** "Está tudo resolvido?" Angelo perguntou a Peter. Eles estavam sentados na parte de trás de um carro a caminho da casa na Cinquenta e Três. Ele tinha que finalmente se sentar com Pablo e lhe dizer seus planos. Peter acenou com a cabeça. "Todas as coisas que você tenha solicitou foram feitas. O plano andamento." Angelo sorriu. "E o Sr. S?" "Está com a sua mãe, finalizando seus planos." "Bom." Ele se recostou e relaxou. Seu cronograma tinha se adiantado mais rápido do que ele esperava. Peter e Sr. S fizeram o trabalho pesado, trabalhando durante a noite para garantir que todos estavam seguro e prontos para partir. Agora o próximo passo era dele. O carro parou na frente do prédio da Cinquenta e Três e Peter se virou para ele. "Você tem certeza disso?" "Eu tenho." Peter tinha estado com ele desde o início, defendendo-o e agindo como o intermediário entre ele e seu parceiro misterioso, o Sr. S.. Pedro era gente boa e não doeu que ele tenha ganhado uma porrada de dinheiro com más escolhas de Angelo. "Tudo bem." Peter acenou com a cabeça. "Vejo você amanha."

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Angelo estendeu a mão. "Obrigado, Pete." Ele segurou a mão de seu advogado em um aperto de mão firme, em seguida, saiu do veículo e correu até as escadas. Pablo esperava do lado de dentro e Angelo não tinha ideia de como ele reagiria à notícia. Ele fechou a porta atrás dele. Seu olhar foi direto para Pablo no sofá, um laptop sobre os joelhos. Alguns outros rapazes estavam sentados ao redor, falando alto. Angelo limpou a garganta e eles ficaram em silêncio, focando toda a atenção nele. "Chefe." Pablo pulou do sofá, alívio tangível em seu olhar. "Você está bem?" Os outros homens se juntaram, perguntando se Angelo estava bem. Ele levantou uma mão. "Eu preciso que todos saiam, todos, exceto Pablo." Os homens saíram sem dúvida, parando apenas para dar um tapinha nas costas dele, ou lhe dar um abraço. Eles estavam orgulhosos dele, viu isso em suas expressões, orgulhoso que mais uma vez o seu patrão tinha se safado e saído da prisão. Ele não estava orgulhoso da bomba que estava prestes a cair ou a bagunça que ele estaria deixando para trás. Ele amava esses homens, mas ele tinha que ir embora. Eu tenho que escolher um caminho diferente. A porta se fechou atrás do último dos homens e Angelo puxou uma cadeira, acenando para Pablo se sentar. "O que está acontecendo, chefe?" Linhas marcaram a testa de Pablo. "Eu vou falar um pouco." A voz de Angelo Pagan ficou rouca. Ele engoliu em seco. "Eu vou falar e eu quero que você ouça e não interrompa." Confusão escureceu o olhar de Pablo, mas ele balançou a cabeça. "Ok." Angelo falou, mantendo seu tom de voz, mesmo quando ele detalhou todos os seus planos. Ele observou as muitas emoções passando sobre o rosto de Pablo, primeiro choque e descrença, depois dor e raiva. Seu amigo praticamente vibrava com a raiva, nós dos dedos pálidos fechados em punhos em seus lados.

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Pablo conseguiu segurar a língua, enquanto Angelo terminava seu pequeno discurso de despedida. "Você pode fazer a mesma coisa," Angelo disse a ele. "Ou você pode assumir o controle rédeas. O que você quer fazer?" "Yo, isso é fodido." Pablo passou a mão sobre os olhos. "Você vai simplesmente se afastar de tudo isso, de tudo o que construiu?" "É hora, mi hermano." Angelo manteve seu tom calmo. "É hora de algo novo. Eu não posso lidar com toda a morte e destruição, nem a minha mãe pode. Sim," ele continuou quando Pablo abriu a boca, "Eu sabia tudo isso quando assumi, e eu o escolhi, mas agora eu estou escolhendo algo diferente. Eu quero algo diferente. Você não?" Um músculo tremeu sob o olho esquerdo de Pablo. "Isto é sobre ele, não é?" Angelo não tentou reagir, mesmo quando seu pulso acelerou. "Ele quem?" "O policial do Queens," Pablo cuspiu. "Naquele que você atirou. Quem você está fodendo." Angelo se recostou na cadeira, colocando um braço em volta do encosto enquanto tentava manter a calma e compostura. "O que você sabe?" E como Pablo sabia? "Você tem agido estranho, mais reservado desde que você atirou nele," disse Pablo. "Eu pensei que talvez estivesse preocupado com isso, já que nunca tinha cruzado essa linha antes." "Eu estava." "Mas isso não foi tudo. Eu o segui, pensei que talvez você fizesse algo louco." Dando a Angelo com um olhar acusador, a boca de Pablo torceu. "Eu não esperava te ver ir até ele, ver você beijando-o pela janela." Pablo ficou de pé. Angelo agarrou a coronha de sua arma e se preparou, mas Pablo virou as costas para ele. "Você ficou desleixado, descuidado, profundamente envolvido com ele até o ponto onde não havia mais nada. Vi isso em seu comportamento. Durante todo esse tempo." Pablo soltou uma risada áspera. "Todo esse tempo você esteve fodendo um policial." Ele soou como se ele estivesse ficando desequilibrado, rapidamente. 209


"Pablo." Angelo se levantou e cautelosamente se aproximando de seu amigo. "Lo siento." "Sabe, eu pensei que talvez você estivesse usando ele." Pablo se virou. Angelo congelou no meio do caminho. "Eu pensei que talvez você estivesse tentando comprometê-lo de alguma forma para que ele não pudesse ou não quisesse fazer quaisquer acusações contra você." Ele balançou a cabeça. "Mas eu sabia. No instante em que você o beijou, eu sabia." Angelo ficou quieto e Pablo vociferou. Não havia nada a dizer para tornar tudo isso melhor de qualquer maneira. "Aquele policial está bem apaixonado." "Você está com raiva que eu estava transando com um policial ou é porque eu estava com ele?" Os olhos de Pablo brilharam. "Ele é a razão que você está saindo?" Angelo encolheu os ombros. "Ele é parte da razão, não toda ela." "E você confia nele?" "Eu o amo." O corpo de Pablo sacudiu como se ele tivesse sido acertado por um golpe e Angelo foi até ele, puxando-o em seus braços. "Eu sinto muito." Ele não tinha mais nada a dizer, nada para confortar Pablo. Pablo se inclinou nele por um segundo, em seguida, o empurrou. "Eu quero o controle de Los P." Sua voz era forte, mas ele não olhou nos olhos de Angelo. "Você tem certeza disso?" "Sim." Pablo assentiu com a cabeça vigorosamente. "Tudo certo. Feito." Seu amigo se afastou, indo para a porta, e Angelo falou. "Pablo, sinto muito por não ser honesto com você sobre mim." Pablo parou na porta. 210


Angelo caminhou até ele. "Você esteve ao meu lado desde o início, você sabe a merda que eu já passei porque você passou a maior parte dela comigo. Eu deveria ter confiado os meus segredos para você, talvez eu pudesse ter ajudado você com seu." "Ajudar-me com o meu o quê?" A mão de Pablo na maçaneta tremeu. Angelo suspirou. "Eu só quero dizer que você não cometa o erro que eu. Se você quiser alguém, se você quer ser aberto com alguém, este não é o negócio para ele. Pense muito bem. Se você está nesta posição, o que acontece quando você se apaixonar? Você vai mantê-lo escondido e se satisfazer com momentos roubados? Nenhum dos dois será feliz." "Eu não sei o que você está falando." Pablo saiu pela porta e para a rua, entrou em seu carro sem olhar para trás. Angelo se recusou a acreditar que Pablo seguiria o mesmo caminho que ele tinha visto Angelo seguir. Ele estava ferido e com raiva agora, mas Angelo tinha fé que assim que ele se acalmasse, Pablo repensaria a sua próxima jogada. Agora, porém, Angelo tinha negócios urgentes para cuidar. Pontas soltas precisavam ser amarradas. Ele precisava ver sua mãe pela última vez. Em seguida, fazer uma ligação para o promotor assistente Krazinksy.

***** "Nós encontramos duas armas sem licença em sua propriedade, Sr. Pagan." Krazinksy tinha o sorriso de autossatisfação a todo vapor. "Você vai para a prisão. A única questão, é claro, é por quanto tempo." Angelo lutou contra a vontade de revirar os olhos. "Claro."

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"Você está querendo me convencer a retirar as acusações?" Uma das sobrancelhas grisalhas de Krazinksy subiu. "É por isso que você pediu para falar comigo no minuto que sua bunda foi presa novamente esta manhã?" Sério, dê ao homem uma medalha. Ele era muito rápido em entender. Como se Angelo tivesse qualquer arma sem licença apenas esperando a incompetente NYPD encontrasse. Eles invadiram casa de sua mãe antes do amanhecer, naquela manhã, acenando mandados e exigindo que ele ficasse fora do caminho. Ele ficou... e esperou que eles descobrissem o que ele queria que eles descobrissem. "Diga-me, Krazinksy. Será que seus meninos encontraram a arma do crime que matou Gordo?" Ele bateu um dedo em seu templo. Os olhos de Krazinksy estreitaram. "Ainda não, mas nós a encontraremos." "Você vai encontrá-la," Peter falou. "Mas não aonde você acha." Colocando a pasta em cima da mesa do promotor assistente, Peter a abriu e tirou o telefone de Angelo. Aquele em que ele tinha gravado Carlo confessando ter matado Catarina e Auggie. "O que é isso?" Krazinksy olhou para o telefone com cautela. Peter tocou a gravação de voz e quando terminou, Angelo falou. "Você tem a prova de que vem fazendo os assassinatos no território dos Los P e tenho certeza que com o mandado, você sem dúvida vai conseguir fazer uma busca no lugar do meu tio, você vai encontrar a arma que ele usou para matar Gordo." O rosto de Krazinksy ficou em um tom bastante singular de roxo. "Você está me dizendo como fazer meu trabalho, Sr. Pagan?" "Quero dizer..." Angelo encolheu os ombros. "Alguém tem que fazer as coisas por aqui." "Você deve querer alguma coisa," Krazinksy disse com raiva. "Senão você teria lidado com o seu tio pessoalmente." "Ah, mas eu estou mudando." Angelo sorriu. Peter se inclinou para frente, com os cotovelos sobre a mesa. "Vamos falar de negócios." 212


***** Com a decisão de se demitir do NYPD feita, Gabe se encontrou respirando mais fácil. Kane não tentou falar com ele sobre isso, na verdade, seu irmão o encorajou a fazer uma mudança, embora Gabe suspeitasse que Kane também soubesse que a mudança incluía seu relacionamento com Angelo. Seu irmão ainda não sabia que ele tinha terminado as coisas com Angelo. E Gabe ainda estava tentando lidar com a visitante do dia anterior. A aparência de Liliana Pagan o ajudou a entender melhor como ele tinha se apaixonado por seu filho. Com uma mãe assim, apesar de todas as coisas ruins, bom ainda residia no núcleo de quem era Angelo. Pena que ele tinha enterrado tudo isso. Agora eu só tenho que esquecê-lo. Saindo do chuveiro, Gabe bufou para seu reflexo no espelho embaçado. Essa merda era muito mais fácil de dizer do que fazer. E se de alguma forma ele conseguisse seguir em frente, sem Angelo, o que ele faria em seguida? Quem ele veria a seguir? Homem ou mulher? Ele não achava que ele fosse gay, não no sentido tradicional, de qualquer modo. Ele ainda não tinha achado outro homem, que não fosse Angelo, atraente. Mulheres, então? Ele ainda gostava de olhar para seus corpos. Isso o fazia bi? Todos esses malditos rótulos. Agora não era o momento de decidir qualquer coisa, não quando ele ainda sentia a marca do toque de Angelo em sua pele. Dentro dele. Seu celular apitou com uma mensagem de texto quando ele entrou no quarto. Ele o pegou da cama. Mensagem de A. Encontro @ Coney Ilha @ 8. 213


Ele checou as horas – 06h34 – então, se conteve. Eles tinham terminado. De jeito nenhum ele iria encontrar Angelo novamente. Ele começou a escrever "inferno. não" e o telefone tocou na sua mão. Seu capitão. "E aí, Capitão?" "Nós o pegamos!" Droga. Ele segurou o telefone longe de sua orelha com uma careta. O que há com os gritos? "Quem é que vamos chegar?" "Pagan. Nós o pegamos, Ashby." As pernas de Gabe se dobraram debaixo dele e ele afundou na cama. "O que você quer dizer? Como?" Isso era sua voz? "A fofoca na promotoria diz que fez um acordo com eles esta manhã, mas eles ainda não anunciaram nada ainda." Kowalski resmungou. "Não é a acusação de assassinato que esperávamos, mas ele ainda vai ser acusado e preso. Eu só não sei por quanto tempo." "Ah, obrigado por me dizendo, Capitão. Até mais." Ele terminou a chamada em protestos de Kowalski e jogou o telefone do outro lado do quarto, quebrando-o.

***** Angelo entrou no loft da Coney Island um pouco depois das oito horas. Não tinha nenhuma expectativa de ver Gabe lá esperando, já que seu ex-amante não tinha respondido a sua mensagem, mas ele esperava. Ele esperava que Gabe estivesse lá. Ele esperava que ele tivesse a coluna de aço necessária para olhar nos olhos de Gabe e lhe dizer o que tinha feito, e ele esperava que ele não se envergonhasse por desmoronar e chorar aos pés de Gabe.

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O lugar estava na escuridão. Gabe não devia ter chegado ainda, se viesse em tudo. Angelo ligou o interruptor de luz e abriu a boca para chamar, mas um movimento no canto do olho o deteve. Ele se virou para a esquerda, cambaleando para trás quando o punho de Gabe se conectou com sua têmpora. "O que você fez?" Gabe gritou. "Que porra é essa que você fez?" "Que diabos?" Angelo agarrou o braço de Gabe, apertando. "Que diabos está errado com você?" Ele viu os olhos vermelhos e inchados de Gabe e Angelo o soltou abruptamente. "Policial, o que aconteceu?" "O que você fez?" Essas palavras estavam cruas, duras e grossas com a emoção que Gabe não parecia capaz de conter. Seu olhar estava torturado, os olhos arregalados brilhando muito. "Eu não entendo o que você está falando." Angelo esfregou sua têmpora. O maldito policial sabia bater. Gabe investiu contra ele, dedos frios fechando em torno do pescoço de Angelo quando ele o bateu na porta. "Porra, policial." Ele soltou um suspiro trêmulo. "Você tem que parar de fazer isso." Gabe não achou engraçado, na verdade, o olhar de seu amante endureceu ainda mais. "Você fez um acordo com a promotoria?" Gabe falou com os dentes cerrados, sua respiração quente explodindo rosto de Angelo. Merda! Como ele descobriu? A coisa toda era para ser mantida em segredo até acusação de Angelo. "Você fez." Pressionado contra Angelo, Gabe balançou violentamente. "Você fez, seu filho da puta. Você fez um acordo." Gabe tirou sua mão e se virou. Um barulho, semelhante à de um animal ferido soou e quase levou Angelo de joelhos. "Amado." 215


"Não!" Gabe virou para encará-lo, saliva voando quando ele dispensou o carinho de Angelo. "Eu sou o seu amado? Porque me parece que é tudo sobre você." "Gabe, por favor." Angelo estendeu a mão para ele e Gabe empurrou de volta. Ele engoliu a mágoa. "Eu sinto muito, por favor." A raiva palpável não saiu olhar de Gabe. "Você vai para a prisão?" "Sí." O Pomo de Adão de Gabe balançou. "Por quanto tempo?" "Gabe – ” "Quanto tempo?" O grito de Gabe ricocheteou nas paredes. "Eu não posso saber? Não tenho uma palavra a dizer?" Ele suavizou seu tom. "Eu não que mereço isso?" "Sí, você merece." Angelo fechou a distância entre eles e puxou Gabe em seus braços. Desta vez seu amante não lutou, ele não lutou. Gabe enrolou seus braços ao redor do pescoço de Angelo e segurou firme. "Lo siento." "É tarde demais para isso," disse Gabe contra seu pescoço. "Diga-me quanto tempo." "Apenas dois anos." Gabe caiu no chão e Angelo foi com ele, acariciando as costas de Gabe, beijando sua cabeça. "É um mísero dois anos," disse Angelo. "Eu posso fazer isso, acredite." A mancha molhada em seu pescoço aumentou. Ele inclinou a cabeça para cima, uma fraca tentativa de esconder suas próprias lágrimas, mas elas escorriam do queixo e na camisa de Gabe. Hoje à noite podia muito bem ser a última vez que ele seguraria Gabe em seus braços assim. Sua vida não estava garantida na prisão, com todos os parceiros e amigos que tinha lá dentro, ele tinha uma quantidade igual de inimigos. Mesmo se ele sobrevivesse a sua pena de prisão, quem sabe se Gabe olharia para ele mais uma vez. "Você não confia em mim o suficiente para me dizer isso." Gabe o soltou e saiu do seu colo. "Você estava planejando isso, não é? E mesmo dormindo comigo e me dizendo que me amava, nem uma vez você mencionou isso." A dor era tão evidente em sua voz. 216


"Tudo aconteceu de última hora e eu precisava me certificar que tudo estava pronto antes que eu fizesse alguma coisa." Não soou convincente até mesmo para Angelo, mas ele não estava tentando dar desculpas, só explicando por que ele fez o que fez. Gabe zombou de suas palavras. "O promotor soube antes de mim, a pessoa que você diz que ama." Ele se levantou e pegou sua jaqueta. "Desculpe-me se eu duvido de suas palavras." "Gabe, por favor." Angelo levantou-se e correu para o seu lado. "Não saia." "Eu não posso ficar." Gabe balançou a cabeça. "Eu não posso olhar para você e não me sentir traído e com raiva." "Você ainda me ama." Por que diabos ele disse isso? Gabe estreitou os olhos. "Claro que eu ainda te amo. Você acha que isso vai desaparecer um dia?" "Então fique," Angelo sussurrou. Ele passou os dedos pela bochecha de Gabe, observando como sua mão tremia. "Fique comigo." Ele ficaria de joelhos se fosse preciso, pediria e imploraria a noite toda. "Fique comigo hoje à noite, eu não tenho amanhã." Os cílios de Gabe tremeram. A jaqueta na mão caiu no chão e Angelo agarrou a frente de sua camisa, puxando-o para perto. "Eu amo você, policial. Eu nunca vou parar, não importa o que aconteça." Ele beijou Gabe, duro e feroz, derramando o seu amor naquele beijo. Gabe gemeu em sua boca, lábios abertos, línguas entrelaçando. O ritmo foi de zero a sessenta e Angelo assumiu o controle, arrancando as roupas de Gabe, atirando-as até Gabe estar nu diante dele, seu pênis quente e pronto. As mãos de Gabe foram para o cinto de Angelo, desafivelando e puxando sua calça jeans e boxer para baixo, liberando sua ereção. Ele cuspiu na palma da mão, em seguida, acariciou Angelo, puxando duro e insistente em seu pênis. Seus grunhidos ásperos e respiração pesada encheram a sala.

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Angelo caminhou para as escadas, jeans agrupados em torno de seus tornozelos, e se sentou no terceiro degrau. Gabe o montou de pé, e Angelo lhe pediu para se aproximar mais. Gabe concordou, subindo mais alto na escada até que ele estava agachado sobre o rosto de Angelo, seu pau molhado cutucando os lábios de Angelo como os dedos agarraram o corrimão por apoio. Deitado a cabeça para trás, Angelo abriu a boca e Gabe empurrou dentro, forte. "Hmm." Angelo acariciou a si mesmo com uma mão, a outra ele afundou na bunda de Gabe. Gabe estremeceu, o cheiro pungente de sua excitação enchendo o nariz de Angelo. Ele ficou de boca aberta, maxilar solto enquanto Gabe mergulhava dentro e fora, saqueando sua boca com golpes cortantes. "Porra." Angelo tirou a mão da bunda de Gabe e a levou à boca, abrindo espaço ao lado de Gabe. Ele deixou seu dedo molhado e o levou para a entrada de Gabe, empurrando até a última junta. "Merda!" Gabe estremeceu na boca de Angelo, pré-sêmen escorrendo dele. Angelo tirou o dedo e o enfiou de volta, curvando-se sobre o movimento ascendente. Gabe vaiou em um fôlego. "Sim, assim. Assim mesmo." Ele moveu seus quadris em pequenos círculos, seu pau deslizar mais fundo, a cabeça lisa batendo no fundo da garganta de Angelo. Angelo fechou os olhos, memorizando cada estocada, cada golpe. Ele registrou o cheiro de Gabe, seus sons, e o roçar áspero de sua pele contra Angelo. Ele acrescentou outro dedo em Gabe, torcendo e girando, gemendo quando Gabe apertou contra ele. O calor apertado o fazendo suor e ele arqueou. Gabe se afastou, tirando seu pau da boca de Angelo e se moveu mais pra baixo, pairando sobre a ereção de Angelo. Com uma mão no pescoço de Angelo, Gabe se agachou sobre seu colo. Seus olhos se encontraram, os de Gabe quase fechados, mas Angelo viu a necessidade desesperada piscando ali. 218


Angelo espalmou seu pênis, alinhando com entrada de Gabe, nunca quebrando o contato visual quando Gabe afundou e afundou. Seus músculos apertaram o pau de Angelo, beijando-o com todas as coisas apertadas e macias. Ele parou de respirar, olhos lacrimejando, peito doendo. O rosto de Gabe turvou, suas feições fazendo uma dança macabra. Gabe não parar de afundar até que suas nádegas tocaram as coxas de Angelo. Quando tocaram, ele parou e se inclinou para frente, pressionando sua testa em Angelo. "Angel. Bebê." Suas palavras eram instáveis, chorosas. Suplicantes. "Angel." Angelo abriu os olhos, afastando a dor no olhar de Gabe. Ele agarrou Gabe, dedos raspando suas costas, pau pulsando dentro dele. Gabe o segurou tão apertado enquanto sua bunda contraía e seu pênis, preso entre seus corpos, pingava. "Não me faça deixar você ir," Gabe implorou. "Angel, por favor. Não me faça deixar você ir." Um soluço irrompeu de Angelo, emoções demais para serem negadas. Lágrimas escaparam de suas pálpebras fechadas e a língua úmida de Gabe as lambeu. Ele desejou que ele pudesse ter tudo de volta. Aqui, neste momento, ele desejou que ele pudesse ter tudo de volta, dar a Gabe o que ele pedia e deixá-los bem. Deixar suas vidas bem. "No puedo," ele sussurrou em meio às lágrimas. "Gabe, eu não posso." Os ombros de Gabe balançaram. Ele levantou e, em seguida, bateu para baixo. Forte. A dor excruciante ressoou em suas bolas, arrancando gritos de ambos. Angelo abriu os olhos, encontrando o brilho de traição nos olhos de Gabe. Ainda assim, seu amante não diminuiu ou recuou. Gabe se levantou novamente e mergulhou para baixo, envolvendo Angelo em seu corpo apertado. "Eu te odeio por isso." Gabe se inclinou para trás, circulou seu pênis e puxou, se acariciando. Seus olhos permaneceram em Angelo, suas bochechas molhadas. "Eu odeio que você fez isso com a gente." 219


Angelo se odiava também; ele também odiava as decisões que ele tinha feito, aquelas que o levou para longe de Gabe pelo que parecia uma eternidade neste momento. Ser nobre, ser honesto, nada disso significava nada se ele não tivesse Gabe. Ele mordeu o lábio. "Policial." Gabe pegou um punhado de seu cabelo e o puxou para frente, tomando sua boca com uma ferocidade. Angelo se abriu para ele e Gabe lançou um ataque oral, beijando, mordendo, beliscando. Angelo aceitou tudo como sua punição, aceitando o desespero de Gabe. Combinando-o. Gabe balançou sobre ele, seus músculos ondulando em seu pênis e puxando seu orgasmo. Ele plantou os pés de cada lado de Angelo e moveu seus quadris. Afastando sua boca, Gabe puxou a cabeça de Angelo para trás e raspou os dentes sobre sua garganta. "Porra, eu te amo, muito." Suas palavras vibraram na pele de Angelo. "Eu amo você. Eu lhe dei meu coração, e vai embora desse jeito." Ele apertou ao redor de Angelo, em seguida, soltou. "Por que, Angel? Por que você fez isso?" O orgasmo agitando as bolas de Angelo ficou mais quente e mais quente, queimando sua pele e puxando seus testículos para cima. Angelo agarrou os quadris de Gabe e implorou. "Gabe." "Sim." A mão de Gabe trabalhou entre eles, se acariciando e Angelo empurrou para dentro dele. "Assim, sim." "Deus, tão quente." Suas palavras misturaram, Gabe balançou mais rápido, Angelo empurrando mais forte. "Nnng." O som rasgou da garganta de Gabe, a sua bunda contraindo descontroladamente. Jatos quentes de porra riscaram o estômago de Angelo quando Gabe disparou sobre ele, provocando seu clímax. 220


Puxando Gabe perto, ele segurou suas nádegas e empurrou para cima, sua semente inundando o interior de Gabe. Seu amante estremeceu, ainda puxando seu pênis e jorrando sobre Angelo. Quando seus espasmos diminuíram e seus membros destravavam, Gabe mergulhou um dedo em seu creme no corpo de Angelo, manchando a boca de Angelo, em seguida, lambendo-o. Ele fez de novo e de novo em silêncio até Angelo pegou seu pulso e levou o dedo à boca, sugandoo. Gabe olhou para sua boca, em seu dedo na boca de Angelo, em seguida, se levantou abruptamente. "Aahh." Angelo estremeceu quando seu pênis flácido deslizou para fora de do aperto de Gabe. "Eu tenho – " A cabeça de Gabe balançou de um lado para outro. "Eu tenho que sair daqui." Ele pegou suas roupas em seus braços e as chaves da mesinha de café. "Gabe!" Angelo lutou para ficar de pé apenas para tropeçar nas calças jeans agrupadas em torno de seus tornozelos. Ele caiu contra as escadas quando bunda de Gabe desapareceu pela porta. "Gabe."

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Capítulo Treze Gabe vestiu suas roupas no elevador, dentes batendo no frio. Ou talvez a sobrecarga de emoção. Ele não sabia. Tudo o que sabia era que ele precisava sair do lugar, longe de Angelo. E daqueles olhos dourados implorando por compreensão e perdão. Ele saiu do edifício e na queda de neve preguiçosa. Ele puxou seu capuz para cima, enfiou as mãos nos bolsos e manteve a cabeça baixa, caminhando para o calçadão. O pouco de vento em sua pele, fazendo-o tremer enquanto sua respiração nublava na frente de seu rosto. Com o parque de diversões fechado para o inverno, nenhuma luz forte iluminava a noite e a lua cheia brilhava como diamante distante sobre as águas escuras. Ele andou até o píer, com o rosto exposto já ficando dormente, e se inclinou contra as grades. Ondas negras batiam contra a rocha irregular parecendo como sombras desfocadas. Gabe respirou profundamente, estremecendo. Uma tentativa de limpar sua mente da ferroada definitiva de traição. O ar frio não estava ajudando, tudo o que fazia era lembrá-lo de como a pele quente de Angelo sentiu ao lado dele. Eles nunca teriam isso novamente. Angelo podia tentar minimizar, mas ambos sabiam que ele tinha inimigos no interior, todos eles tubarões famintos circulando, esperando para dar uma mordida em Angelo. Por quê? Angelo não tinha lhe dado uma resposta. Por que agora, depois de todo esse tempo? O que mudou? "Tudo mudou."

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Gabe se virou. Ele tinha falado em voz alta? Angelo estava atrás dele, com os braços em volta de sua cintura, tremendo. Sem nem pensar, Gabe estendeu a mão e puxou Angelo perto, esfregando as mãos nas laterais de Angelo. Era bom e familiar e necessário. Como a água. Como o ar. Como a maldita respiração. Angelo murmurou baixo em sua garganta. "Eu pensei que você estava indo embora." Gabe se afastou com um encolher de ombros. "Eu precisava limpar a minha cabeça." Ele se virou e se apoiou contra a grade, cabeça inclinada. Olhos fechados, ele sentiu Angelo se aproximar mais perto, sentiu o calor de seu corpo enquanto ele ficava ao seu lado. "E limpou?” "Vai demorar mais do que isso." Ele estremeceu com a irritação em suas palavras, mas ele se recusou a pedir desculpas. Dedos enluvados agarraram os seus e apertaram. "Eu sei." Gabe abriu os olhos e olhou para seus dedos. "Qual é o plano? Você fez a sua proposta, e depois volta aos negócios de sempre?" "Não. Eu entreguei o controle de Los P para Pablo. Eu vou sair, amado. Permanentemente." A triste conclusão naquelas palavras atingiu Gabe e ele olhou para o perfil escuro de Angelo. Seu cabelo saía debaixo do gorro de lã preto puxado baixo e corriam sobre a gola do casaco. "Eu amo seu cabelo," ele sussurrou. Angelo empurrou o queixo para cima, olhar pesquisando os de Gabe. "Eu digo a você que eu vou sair da gangue e você quer falar sobre o meu cabelo?" "O que eu devo dizer?" Gabe empurrou a mão de Angelo. "Eu espero até você decidir me contar sobre seus planos, me fornecer com quaisquer migalhas que você queira?" "Não é nada disso!" Angelo agarrou o ombro de Gabe em um aperto forte, forçando-o a encontrar seu olhar. "Não é desse jeito. Você ignorou isso por tempo suficiente, você não acha?" "É a minha escolha," disse Gabe com uma carreta teimosa. "A minha escolha." "Não isso. Não desta vez." 223


"Sério? E eu tenho que ficar sentado por dois anos e esperando que nada aconteça com você, esperando que você volte para mim inteiro?" Ele não podia fazer isso. Ele não faria isso. "Eu pensei que você terminou comigo? Eu pensei que você não queria mais nada comigo?" Angelo levantou uma sobrancelha. "Ou será que minha prisão iminente o fez mudar de ideia?" "Você acha que isso é uma piada?" A mandíbula de Gabe caiu. "Você acha que pode rir disso? Você acha que eu estarei esperando por você, girando meus polegares até você sair?" Ele girou para longe. "Se você sair." Angelo moveu-se com ele, envolvendo seus braços ao redor da cintura de Gabe e se inclinando. "Eu não espero nada, exceto que você viva sua vida. Seja feliz." Gabe engoliu o nó na garganta. "Eu preciso de você pra isso. Eu preciso de você." Angelo o virou e Gabe encontrou seus olhos brilhantes e o sorriso triste. "Você não precisa de mim para ser você feliz," disse Angelo. Ele raspou os dedos sobre o queixo de Gabe. "Você é um bom homem. Apesar de tudo isso, as coisas boas vão sempre aparecer no seu caminho." Ao redor deles o vento aumentou e a neve caiu mais rápido, os pequenos flocos ficando presos no cabelo e roupas de Angelo. Gabe inclinou o rosto, cílios vibrando quando flocos de neves beijaram seu rosto e pescoço. "Eu me apaixonei por você em uma sala estéril e fria." Ele falou com Angelo sem olhar para ele. "E desde aquela noite em minha sala de estar, depois do tiroteio, quando você invadiu minha casa, eu estive ligado a você de alguma forma. Eu poderia te ligar ou mandar mensagem e a resposta mais curta de você faria tudo ficar bem." Angelo tocou sua garganta em uma pequena carícia e Gabe pausou. Ele abriu os olhos e sorriu. "Você fez isso bem." Gabe fez um gesto entre eles. "Eu me apaixonei por um homem quando eu nunca tinha sequer olhado para os homens dessa maneira. Eu me apaixonei por você quando eu deveria estar colocando você na cadeia." 224


Angelo riu. "Eu nunca duvidei de você," disse Gabe. "Eu nunca guardei qualquer coisa de você." "Nós sabíamos que isso era quando começamos." "Sim." Gabe concordou. "Mas esse relacionamento... era melhor do que pensávamos, não era?" Eles eram bons juntos, Angelo não podia negar isso. Ele não podia negar a intensidade e a profundidade de seus sentimentos. "Ele era maior." Angelo abraçou perto. "Maior do que qualquer coisa, Gabe. Qualquer coisa." Gabe enterrou o rosto no pescoço de Angelo. "E agora nós dizemos adeus? Nos afastamos como se isso não existisse, como se o nosso amor não importasse?" "Importa. Em dois anos eu vou estar livre da prisão e livre de Los P." Angelo apertou Gabe até que ele não conseguia respirar, mas ele não protestou. Ele simplesmente fechou os olhos e segurou. "Em dois anos eu vou ser apenas mais um homem," Angelo sussurrou. "Livre para amar e estar com quem eu quiser." Gabe queria acreditar nisso, ele realmente queria. Mas ele sabia melhor do que ter esperanças, desejar. "Leve-me de volta para cima," disse ele baixinho.

***** Com as cortinas puxadas para deixar a luz da lua entrar, eles despiram um ao outro em silêncio depois se arrastaram para o meio da cama, Gabe em cima. Ele beijou o seu caminho através o peito de Angelo, língua traçando a tapeçaria das tatuagens coloridas como Angelo arrastou as unhas nas costas e arqueou contra ele. A coroa

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inchada de Angelo pingava pré-sêmen em seu estômago, mas Gabe esfregou nele enquanto ele lambia os anéis nos mamilos de seu amante. Angelo arqueou, a respiração ofegante saindo de seus lábios entreabertos, inchados e vermelhos de ataque de Gabe. Gabe lambeu a palma da mão e circulou o pênis de Angelo, acariciando-o enquanto ele mordiscava seu caminho para baixo de sua trilha do tesouro. Atingindo seu objetivo, a virilha de Angelo, Gabe apertou o rosto nos pelos curtos ali, parando para inalar o cheiro de Angelo, aquela excitante mistura de calor e necessidade e suor. Angelo espalmou a parte de trás de sua cabeça bruscamente, empurrando o rosto dele, e Gabe abriu a boca, engolindo-o todo. "Ugh!" Angelo arqueou em sua boca, os dedos puxando seu cabelo. Gabe se afastou lentamente, arrastando a língua sobre o suave comprimento pulsante e pingando sal amargo em suas papilas. Ele alisou as mãos sobre as coxas de Angelo, sentindo os músculos flexionarem e contraírem. Endurecendo sua língua, ele agitou a ponta na fenda de Angelo, fechando os olhos como Angelo assobiou e puxou seu cabelo. "Gabe, porra." Angelo empurrado para ele. "Vire-se, deixe-me provar você também." Um arrepio de antecipação disparou por sua espinha, mas ele não se apressou, sua língua deslizando a parte inferior, movendo-se sobre o pau de Angelo mais algumas vezes antes de se levantar e montar Angelo, de costas para ele. Dedos ásperos agarraram seus quadris, puxando-o para trás até que ele estava em cima Angelo, suas coxas espalhadas em ambos os lados de sua cabeça, o rosto de Gabe ao nível dos olhos com a ereção de Angelo. Ele lambeu a gota de líquido formando ali, achatando a língua na parte de baixo enquanto ele acariciou com uma mão. Sua própria ereção roçou o queixo de Angelo antes de dedos quentes o circularem e o levar para a boca quente e úmida de Angelo. "Hmm." Sua bunda se apertou, arrepios formando em sua pele. 226


Angelo agarrou a bunda dele, os dedos afundando na carne como ele escavava suas bochechas e chupou. A cabeça de Gabe girou, mas ele retribuiu, sugando Angelo para o fundo de sua garganta, o chupando enquanto ele lubrificava um dedo e o enfiando na pequena entrada esperando para ser preenchida. Angelo murmurou redor de seu pênis, os sons vibrando para baixo do comprimento do seu eixo. Gabe girou seus quadris, subindo do rosto de Angelo e batendo de volta para baixo, dentro aquela boca a espera. O aperto de Angelo sobre ele aumentou dolorosamente quando Gabe triplicou os dedos em sua bunda. Eles convenientemente ignorado o frasco de lubrificante ao alcance de um braço, na mesa de cabeceira e Gabe usou sua saliva, a melhor coisa mais próxima, deixando-a escorrer de sua boca e para baixo do eixo de Angelo, reunindo debaixo dele sobre o colchão. Ele levantou seus joelhos, sugando cada uma das bolas de Angelo em sua boca, e seu amante se moveu com ele, os quadris empurrando enquanto Angelo se arqueava da cama. O calor úmido em torno do pênis de Gabe desapareceu e ele bufou em frustração. Angelo riu e abriu suas nádegas, áspero. Gabe acalmou todo o movimento, as costas arqueadas, esperando enquanto os músculos aquecidos de Angelo apertavam seus dedos. A respiração quente soprou sobre sua entrada. Ele respirou fundo, pulso desacelerando. Algo molhado e escorregadio arrastou para baixo sua fenda. A língua de Angelo. "Deus." Gabe recomeçou a empurrar em Angelo, mergulhando a língua na mistura, sacudindo e lambendo enquanto Angelo circulou sua entrada com toques leves. "Bunda pra cima," Angelo rosnou contra sua pele. Gabe obedeceu sem hesitação, levantando sua bunda, seu rosto no colchão. Ele fez o melhor para continuar acariciando Angelo, manter os dedos trabalhando dentro dele, mas desistiu da luta assim que Angelo enfiou a língua nele.

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Tudo o que ele conseguiu se concentrar na era aquele homem, a ponta da língua de Angelo penetrando os músculos e empurrando para dentro. "Aah, merda!" Gabe arqueou naquela de língua, quadris subindo e descendo, seus dedos dentro de Angelo há muito esquecido. Ele empurrou e Angelo apertou ao redor dele. Gabe moveu os dedos mais fundos, curvando-os, e os movimentos de Angelo vacilaram. Ele alcançou atrás dele com sua mão livre, auxiliando Angelo, mantendo-se aberto para a boca de seu amante. Angelo gemeu e Gabe empurrou de volta para ele, fodendo sua língua, ofegando enquanto seu corpo estremeceu. "Foda-se, sim." Ele torceu os dedos dentro de Angelo. "Faça gozar," ele cantarolou. "Me faça gozar." Angelo ficou mais voraz, seus sons esfomeados cada vez mais altos enquanto empurrava um dedo em Gabe. "Angel. Deus, Angel." As pernas de Gabe cederam e ele desabou sobre Angelo, gozando sobre o peito de Angelo. A confusão pegajosa atuou como cola, prendendo-os juntos. Gabe se contorcia e Angelo arqueava, um som suave retumbando de sua garganta enquanto ele inundava a mão de Gabe. Gabe lutou para respirar, o coração batendo em seus ouvidos como Angelo acariciou a parte inferior das costas. Quando sua frequência cardíaca diminuiu, Gabe se levantou de Angelo e se virou, colocando suas cabeças juntas no travesseiro, olhando para o outro, respirações se misturando. "Te amo." Angelo beijou seu nariz. "Eu sou tão apaixonado por você agora como eu era na primeira vez que nos encontramos." Um sorriso curvou seu rosto, triste e genuíno. "Meu sonho, meu maior sonho é que um dia eu possa voltar para você. Para isso." Gabe traçou os lábios de Angelo com um dedo. "O meu é estar com você, sempre." Angelo capturou seus dedos e os beijou.

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Gabe olhou para ele, tentando ler seus olhos, mas Angelo piscou, escondendo seus pensamentos. Gabe se aproximou, jogou uma perna entre Angelo, deitou sua cabeça em seu peito e adormeceu contando seus batimentos cardíacos.

***** Quando ele abriu os olhos, já era de manhã. Escura e cinzenta e triste. Angelo estava ao lado dele, apoiado sobre os travesseiros, olhando para ele. Seus olhos se encontraram e se aproximaram um do outro, beijos suaves e tenros, dizendo adeus sem palavras. As lágrimas vieram com o primeiro roçar dos lábios de Angelo nos seus e Gabe permitiu que elas caíssem, e ele subiu em Angelo. Dedos se enroscaram, lábios unidos, pele em contato quando Gabe se afundou em seu amante para o que ambos sabiam que seria última vez. Ele tentou fazer isso durar, torná-lo bom para Angelo, mas ele não podia ver através das lágrimas nos seus olhos. Angelo os girou, ficando por cima, assumindo a liderança, deslizando em Gabe lento e constante. Batendo em seu ponto doce, fazendo-o gritar. Palavras saíram dos lábios de Angelo, palavras em espanhol, que fluiu sobre Gabe como água. Pareciam promessas essas palavras. Como se seu amante estivesse prometendo uma vida que eles poderiam dar ao luxo de esperar. Ele balançou a cabeça e envolveu um punho em torno de cabelo de Angelo, abaixando sua cabeça para beijá-lo, parando essas palavras. Ele se entregou à tristeza e a raiva, empurrando Angelo dele e sobre o colchão, forçando-se entre suas pernas e se empurrando dentro dele sem preparação e delicadeza. E Angelo o levou com uma careta vacilante, olhos nunca deixando o rosto de Gabe. Gabe desejava que ele pudesse odiar o homem cujo corpo o acolhia tão docemente. Mas ele não podia. 229


Os lábios de Angelo se moveram. Eu te amo, ele murmurou. Gabe sufocou um soluço, um orgasmo elevando, exigindo libertação. Ele bateu em Angelo, dando-lhe o que eles queriam. O que eles precisavam. A boca de Angelo abriu, seus olhos ficaram desfocados, e Gabe o golpeou até o corpo de Angelo inclinar e seus músculos contraírem em torno dele. Só então ele se soltou, gozando dentro de Angelo. Marcando seu território com cada jorro de sua semente. Ele olhou para Angelo, em seu peito arfante e as palavras foram arrancadas de sua alma, derramando de seus lábios. "Eu amo você. Não me faça perder você." Ele caiu em cima de Angelo, agarrando-o, olhando para aqueles olhos dourados e molhados. "Eu amo você, Angel. Por Favor. Por favor." Não havia nenhuma vergonha implorar, nenhuma vergonha em pedir o que queria. Para o que ele precisava para sobreviver. Quem ele precisava. Angelo o abraçou, acariciando suas costas, beijando seu cabelo, até que seu telefone tocou na mesa de cabeceira. Seu tempo acabou. "Eu amo você, policial." A voz rouca de Angelo sussurrou em seu ouvido. "Eu amo você." Com um último beijo na boca de Gabe ele rolou para longe e desapareceu no banheiro. Gabe caiu de costas, mordendo seu punho, o corpo tremendo enquanto Angelo se limpava. Ele queria ser forte, lidar com isso, engolir as lágrimas e mostrar coragem com um adeus rápido. Vê-lo em dois anos. Talvez. Mas ele não podia. Seu peito parecia como se alguém o tivesse aberto com uma lâmina enferrujada e a encravado seu coração. Respirar era difícil e não importa o quanto ele tentasse, as lágrimas não paravam de fluir.

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Angelo saiu do banheiro com o cabelo em um rabo de cavalo, sua camisa branca enfiada nas calças jeans. Ele se sentou na beira da cama e calçou as botas, cada movimento demorando uma eternidade, mas era rápido demais. Em pouco tempo ele estava sobre a cama, olhando para Gabe. "Você é lindo," disse Gabe com ternura, reverente. Ele levantou a mão, os dedos abertos e Angelo os pegou, unindo seus dedos. "Eu te amo, Angelo Pagan. E eu não me arrependo disso. Não me arrependo de nós." Os olhos de Angelo soltou aquele fogo familiar. "Eu também te amo. Sempre. Lembre-se sempre disso." Gabe balançou a cabeça, seu olhar guardando suas características. Seu perfume. Ele fechou os olhos enquanto se Angelo afastou dele, seus passos o levando cada vez mais longe. Gabe cerrou os punhos. "Pagan," ele gritou, sem abrir os olhos e os passos diminuindo. "Fique vivo e volte para mim. Isso é uma fodida ordem."

***** Angelo ficou na frente do juiz, suas mãos algemadas atrás das costas, e se desligou dos sons de Pedro e Krazinksy falando. O negócio estava feito, tudo o que precisava era que o juiz concordasse com os termos e o sentenciasse adequadamente. Ele cheirava a Gabe, a sua noite juntos. Ele não poderia tirar de sua mente os sons e a visão de Gabe implorando-lhe para não deixá-lo. Ainda assim, ele não tinha revelado seu plano completo para Gabe. Não havia nenhum propósito em dar esperanças a ele, não quando Angelo nem mesmo tinha certeza que as coisas iriam funcionar. Ele cumpriria seu tempo na prisão, manteria a cabeça para baixo e faria o que ele pretendia até que seu tempo acabasse. Dois anos não era tanto tempo. Não para ele, mas para Gabe isso poderia significar duas vidas. 231


Angelo mordeu o lábio. Ele tinha sentenciando Gabe também? Ele deveria lhe ter dado permissão para ver outras pessoas, certo? Dois anos, de jeito nenhum alguém como Gabe permaneceria celibatário por tanto tempo. Porra! O pensamento de alguém recebendo o que ele teve poucas horas atrás, não pareceu bom. Claro que não, ele não queria Gabe com mais ninguém. Homem ou mulher. Mas o que diabos ele poderia fazer a não ser sorrir e aguentar? Merda! Um rubor quente aqueceu sua nuca e ele endureceu. Ele olhou por cima do ombro e seu coração alojou em sua garganta. Gabe entrou na sala, os olhos sobre Angelo quando ele deslizou em um banco atrás de sua mãe. Que diabos ele estava fazendo ali? Angelo estreitou os olhos e Gabe apenas deu de ombros. "Senhor Pagan, você está me ouvindo?" O juiz bateu no martelo e Angelo focou sua atenção na sua frente. "Uh, sim senhor." "Eu não estou nada feliz com este negócio que as pessoas fizeram, mas infelizmente eu vou ter que cumpri-la." Ele olhou para os papéis sobre a mesa. "Eu estou te condenando a dois anos na prisão estadual e você vai passar esse tempo em Clinton Dannemora21." Angelo voltou a não prestar atenção, sorrateiramente olhando sobre seu ombro. Sua mãe enxugou os olhos e Gabe se inclinou para frente, sua mão em cima do seu ombro, apertando as costas de sua bancada. Angelo viu o quão difícil era para seu amante ver sua mãe em lágrimas. Os olhos de Gabe também estavam vermelhos, seus lábios inchados, com queimaduras da barba de Angelo no rosto e pescoço. Aquela visão o emocionou demais. "Vamos lá." Um oficial de justiça fez sinal para ele e Angelo concordou.

21

Prisão de segurança máxima localizada em Dannemora, New York.

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Ele se arrastou para frente, ouvindo os soluços de sua mãe e prometendo que seria a última vez que ela chorava por ele. Ele lhe deu uma piscada por cima do ombro e ela se acalmou. O olhar de Gabe deslizou sobre ele como um toque quente e ele parou na porta que o levaria para fora do tribunal e para o desconhecido. Ele aproveitou a chance, se virou e olhou para onde sua mãe e Gabe estavam sentados. "Amado." Foda-se sua voz não tremeu. Gabe estremeceu e levou um punho fechado à boca. Angelo conhecia este movimento, sabia que seu amante estava mordendo os nós dos dedos para abafar os gritos. Os olhos brilhantes de Gabe retomaram suas palavras, e Angelo se agarrou a elas quando o oficial de justiça o empurrou através da porta e a fechou.

***** A carta chegou dois meses, três semanas e cinco dias depois. Gabe tinha chegado em casa de uma noite com seu irmão, tentativa idiota de Kane de tirar a sua mente das coisas. Não tinha acontecido durante todo esse tempo, Gabe não via isso acontecendo tão cedo. Ainda assim, ele satisfez seu irmão, se deixando arrastar enquanto eles pulavam de bar em bar. Gabe tentou se divertir, tentou viver o momento nos ruídos altos, a música mais forte e o cheiro de álcool, mas não deu certo e Kane começou a notar depois de um tempo. Finalmente Kane o levou para casa, sem dizer nada no trajeto de táxi e simplesmente o abraçando com força na porta. Gabe percebeu o envelope quando lanternas traseiras do táxi desapareceram na esquina, a caminho da casa de Kane. Ele pegou o envelope amarelo de sua caixinha contra a porta e o ergueu para ler as informações do remetente. Nada do remetente, exceto uma caixa postal do Colorado. 233


Dentro de sua casa, ele tirou os sapatos e afundou no sofá enquanto rasgava o envelope. Outro envelope estava lá dentro, este com carimbo postal da New York State Prison22 e dirigida à mesma caixa postal do Colorado. Seus dedos tremiam, garganta seca enquanto ele deslizava o dedo sob a aba do envelope selado e o abriu. Um envelope branco e fino estava lá dentro, a letra "G" rabiscado ao lado. Sua visão ficou turva, coração batendo contra suas costelas. Não houve nenhum contato com Angelo desde aquele dia no tribunal e nenhuma palavra de sua mãe também. Quando Gabe tentou ligar para o número que ela lhe dera, ele recebeu uma mensagem que estava desligada. Ele olhou para o envelope na mão, hesitante em abri-lo, para torná-lo real. As noites sem dormir, os dias solitários. Eles tinham sido reais. Abrir o envelope tornaria tudo real e apesar do sofrimento dos últimos meses, ele não estava certo de que ele estava pronto para ouvir a voz de Angelo, ao ler suas palavras. Então, novamente, o que seu amante teria a dizer? Ele estava bem? Não entrar em problemas e ficar seguro como Gabe ordenou? Ele rasgou o envelope, removendo as folhas de papel dobradas no interior. Recostando-se no sofá, e respirando fundo, ele desdobrou o papel com dedos cuidadosos e começou a ler. Amado, Eu comecei esta carta tantas vezes e tantas vezes eu parei. Não existem palavras poderosas o suficiente para transmitir o quanto eu desejaria poder olhar em seus olhos. Ou tocar você, tocar seu rosto e ver suas pálpebras tremendo. É o seu jeito de falar, você sabia disso? Eu estou cercado por barulho e silêncio extremo e eu sonho com você. Fico acordado me preocupando sobre você. Por favor, não se perca dentro de você. Não se condene a fazer este tempo comigo. Não é culpa sua, não é o seu crime. 22

Prisão Estadual de Nova York.

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Nós dois sabíamos o que isso era, o que isso é, e somos muito teimosos para falar o que deveria ter sido falado na nossa última noite juntos. Está terminado. Acabado. Não há nada para se segurar como você diz, não temos certeza se eu vou sair. Eu estou mantendo meus dedos cruzados para eu sair quando meus dois anos estiveram cumpridos, mas, policial, nós, nós não podemos continuar. Não é justo. Não está certo de tê-lo sentado em casa, noite após noite esperando por mim, colocando sua vida em espera. Não é justo para você e, tanto quanto fode comigo em pensar em você com qualquer outra pessoa, já chega de ser egoísta. Eu tive muito de você e pedi demais. Eu não estou sendo generoso; simplesmente realista. Talvez egoísta nessa ação também, já que mais uma vez eu estou tomando decisões sem sua autorização. Sem perguntar o que você pensa ou quer. Mas, amado, eu conheço você e eu sei que você estaria em sua cama, mas não vivendo. Não sorrindo. Cumprindo pena como eu e comigo. Esta será a minha única carta para você. Não escreva, por favor. Não. Vive. Siga em frente. Não, eu não espero ou quero que você esqueça. Eu quero que você esteja comigo, sempre e para sempre, mas não é realista. Não agora. E isso não é algo que eu escrever com tanta facilidade. Está me matando escrever isso, mas isso precisa ser dito. Concentre sua energia em seu trabalho, fazendo o que você ama. Talvez um dia, eu posso vê-lo novamente. Tocar em seu rosto novamente e vê-lo se derreter. Talvez um dia. Eu não vou pedir desculpas por isso, porque quando você superar a raiva e mágoa, assim que você superar a traição e parar de amaldiçoar meu nome, você vai ver a verdade. Você me ama e eu te amo. Muito, policial. Demais, mas isso termina aqui. Vamos acabar com isso agora.

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Ele assinou um grande e floreado "A" no final. Gabe não poderia reconhecer os sons saindo de sua garganta, passando por seus lábios. A dor intensa no seu peito roubou o fôlego e ele agarrou sua garganta, se dobrando, escorregando do sofá e no chão.

***** "Você tem certeza sobre isso?" Kane se inclinou contra a porta do carro e levantou uma sobrancelha. Gabe concordou. "Eu preciso de espaço e tempo." Fechando o porta-malas, ele caminhou até o lado do motorista e entrou. "Eu vou ficar em contato, eu prometo." "Eu ainda acho que você está fugindo." Kane se inclinou e encontrou seu olhar com olhos sérios transbordados de preocupação. "Eu não acho que isso vá ajudar com alguma coisa." Gabe fez uma careta. "Muito obrigado pela compreensão." "Eu só estou dizendo, você está fazendo as malas e partindo. Correr para Poconos não vai resolver nada. Isso é a geografia." "Eu preciso de uma mudança de cenário." Gabe ligou o carro. "E uma mudança de ritmo." Um lugar não inundado com memórias dele e de Angelo. Ele não falou as palavras em voz alta, mas Kane apareceu para ouvi-lo, no entanto. Seu irmão deu um tapinha no ombro e um pequeno sorriso. "Espero que ajude." "Você e eu, meu irmão." Gabe acenou e foi embora, foi para sua cabana isolada em Poconos. Ele não tinha outros planos imediatos, exceto chegar lá, nenhum objetivo em mente, exceto esquecer Angelo Pagan. Três dias após aquela carta e seu interior ainda se sentia cru e exposto. Nenhuma ideia sobre como voltar ser normal sem Angelo, mas ele ia tentar. Ele tinha. 236


Seis meses em sentença de dois anos. Prisão Clinton Dannemora.

Rostos conhecidos cercavam Angelo no pátio da prisão, alguns amigáveis, alguns nem tanto. Ele se aproximou de Ricky Ruiz, alto membro dos Latin Kings e um amigo de infância. Embora ele tivesse andado com Ricky e seus meninos, Angelo fez questão que todos soubessem que ele não era afiliado. A última coisa que ele precisava era ser pego na mesma merda. Em vez disso, ele compartilhou risos e memórias com Ricky, que cumpria três penas de prisão perpétua por matar um juiz e toda a sua família. Merda horrível, mas Angelo não poderia realmente jogar pedras. Na parte de trás de sua mente, ele manteve a lembrança de olhos cinzentos e carícias ásperas, rezando que Gabe não o odiasse por aquela fodida carta, sabendo que ele iria. Ele não se arrependeu de escrever, só da dor que ela traria. Ele amava Gabe demais para permitir que ele chafurdasse e definhasse. Seu amante era um homem orgulhoso, leal ao extremo. Ele não viraria as costas para Angelo, a menos que fosse forçado. Um rosto muito familiar apareceu no meio da multidão de jogadores no campo de softbol da prisão. Seu tio era um dos novos moradores de Clinton Dannemora após acusação de matar Catarina e Auggie. Carlos tinha se livrado da acusação de matar seu irmão, mas isso não importava. Os tribunais lhe deram 35 anos sem condicional. A sentença viria cedo ou tarde. Angelo se afastou dos outros prisioneiros em torno dele, observando com um sorriso como os olhos de Carlos ficavam mais e mais amplos. Olhe, ninguém disse ao Tio Carlos que seu sobrinho também estava na residência. Ricky parou de falar e cutucou Angelo. "É ele, Angel?"

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Angelo concordou. "É ele." Ele andou até Carlos, se aproximando furtivamente dele enquanto observava os guardas. "Hola, tío." Carlos estreitou os olhos. "Você!" Angelo deu uma gargalhada. "Sí. Eu. Aquele com cordas, o mestre das marionetes. A razão porque você está aqui. Agora." O parceiro secreto de Angelo tinha influência e dinheiro para queimar. E subornar. Uma das mais inteligentes jogadas que ele já feito foi a de concordar com a parceria com o Sr. S. "De agora em diante você estará olhando por cima do ombro," disse Angelo para Carlos. "Toda vez que alguém olhar para você de forma errada, você vai saber se eles estão trabalhando comigo e contra você. O seu fim estará chegando em breve, tío." Ele piscou. "É como eu disse a você, não jogo nenhum jogo que eu não posso ganhar." Vozes altas atingiram sua orelha e Angelo olhou por cima do ombro. Um dos homens de Ricky e um dos Bloods estavam prontos para brigarem, gritando enquanto quatro guardas os separavam. No momento em que os dois homens se acalmaram, suas respectivas gangues se reuniram em torno e a violência girou no ar no calor da tarde empoeirada. "Muito bem, rapazes." Um dos guardas falou. "Vamos dispersar. Agora." A multidão recuou, mas Angelo sabia que a violência não tinha acabado. Nem de longe.

***** No dia seguinte, a violência reprimida do dia anterior transbordou na sala de almoço. As duas gangues provocavam uma a outra através de suas mesas vizinhas enquanto os guardas gritavam por ordem, os dedos apertando os seus rifles. 238


Angelo ficou de lado quando o pessoal de Ricky se levantou, rudemente gesticulando para a gangue Bloods uma mesa. Carlos e alguns prisioneiros mais velhos estavam na mesa entre eles, assistindo a discussão alta enquanto eles comiam. Num piscar de olhos, um tumulto estourou quando Ricky se lançou sobre a mesa de Carlos, batendo em Carlos, numa tentativa de chegar à mesa dos Bloods. Todos pularam de uma só vez, punhos e alimentos voando. Tiros de advertência encheram o ar e Angelo caiu no chão, gemendo quando seu peito fez contato com o chão. Assim que a guerra começou, tudo estava acabado. Guardas algemaram os homens e os levaram para fora da sala. Todo mundo que estava de pé. Exceto Carlos. Angelo se levantou assim que os guardas sinalizaram tudo limpo, deslizando mais para o centro da luta. Passos correndo atingiu sua cabeça, guardas correndo por ele e caindo no chão. Angelo viu os pés de seu tio, e então, seu corpo em espasmos, sangue escorrendo do corte fatal na garganta. Ele ainda não estava morto, seu olhar rapidamente desaparecendo subindo e reconhecendo Angelo pairando nas proximidades. A boca de Carlos aberta, jorrando sangue enquanto ele tossiu e então ficou imóvel. A mão enluvada de um guarda abaixou suas pálpebras. Angelo sorriu.

Quinze meses depois de sentença.

A vida de Gabe tinha se tornado uma monotonia, pontuados por e-mails de Liliana Pagan, telefonemas de seu irmão e as cartas que ele se encontrou escrevendo para Angelo. Cartas que ele não podia enviar. 239


Ele começou a escrever para Angelo na noite em que chegou a Poconos, um raivoso discurso de dez páginas chamando Angelo algumas palavras bem escolhidas como covarde e egoísta. Sentiu-se melhor, muito melhor depois de escrevê-la, por isso, cada vez que a solidão e outras emoções intensas se tornavam demais, ele escrevia para Angelo. Em seguida, ele enfiava as cartas na gaveta da sua mesa. A cada duas semanas, ele dirigia os 16 quilômetros para a cidade, assistia a um filme ou cortava o cabelo ou a qualquer coisa que ele sentia. Depois, ele compraria o que precisava de mantimentos no supermercado local. O velho Bodine tinha transferido o controle de sua loja para seu filho. Trevor, ele leu na paquinha com o nome. Trevor que sustentou o olhar de Gabe um pouco longo demais e ficou olhando para sua boca quando ele falou. Trevor de olhos castanhos sorridentes e cabelo rebelde escuro sob o boné sujo. Gabe não pensava em ficar com mais alguém. Sexo caiu no esquecimento de alguma forma, o desejo rastejava sobre ele na calada da noite, quando ele estava sozinho em sua ampla cama solitária. Ele rolava, se lembrando de olhos dourados e pretos cabelos, e ele se masturbava, jorrando na palma de sua mão enquanto seus olhos ardiam e seu peito doía. Apesar do interesse mal escondido de Trevor, Gabe ainda foi pego de surpresa quando o proprietário da loja lhe convidou para ir a um bar. Mesmo quando sua cabeça disse de jeito nenhum, sua boca estava dizendo sim. E mais tarde naquela noite de verão ele se viu se divertindo, sorrindo uma ou duas vezes, e quando Trevor se moveu para um beijo no final da noite, Gabe não o impediu. O beijo foi doce, o roçar da barba de Trevor ainda não familiar. Ele tinha gosto da cerveja e do churrasco que eles tinham comido mais cedo e Gabe gostou, mas algo estava faltando. Trevor não era Angelo. Era injusto julgar e dispensar um cara legal baseado nesses critérios muito tendenciosos, por isso Gabe se encontrou dizendo sim para outro encontro. 240


E outro.

241


Capítulo Quatorze "Pagan." Angelo levantou os olhos do jogo de xadrez com Ricky. "Hora de se preparar para sua visita," disse o guarda. Ah, sua visita. A primeira e única pessoa de fora que ele estaria vendo em quase 16 meses. Hoje ele iria conhecer o seu parceiro misterioso, o Sr. S. Ele sentou-se na área de visitante, cabeça para trás, os olhos fechados. Seu tempo na prisão até agora tinha sido relativamente livre emoção, exceto pelo dia em que seu tio foi morto. Os membros de gangues que começaram a briga foram jogados na solitária por 30 dias cada um, incluindo Ricky, mas as autoridades não tinham ideia de quem realmente tinha empunhado a lâmina. Acontece que Angelo tinha amigos aqui dispostos a fazer um favor pelo preço certo. Tudo se resumia a dinheiro e que ele tinha contado com isso quando ele tinha formulado o seu plano. Uma sombra se moveu na frente dele quando o visitante se sentou atrás do vidro transparente que os separava. Syren Rua. O único membro restante da família Rua, a mais longa organização criminosa do Brasil. Angelo nunca tinha visto o homem face a face, eles comunicavam via e-mails, mensagens de texto e advogados. Em pessoa, Syren Rua era um homem pequeno, talvez um metro e setenta, com uma cabeça de cabelos loiros claros e olhos azuis pálidos. A palavra delicado veio à mente imediatamente. E bonito. O homem era bonito, seus ossos altos da bochecha, nariz pequeno e lábios carnudos lhe dando uma aparência quase feminina. Mas seus olhos, eles falaram de dor e de coisas que eram 242


melhores não serem ditas, das trevas e um homem mais velho além de qualquer que fosse a sua idade. Rua pegou o telefone em sua extremidade com um sorriso. Angelo fez o mesmo. "Você já checou a sua carga, Pagan?" Filho da puta! Ele conhecia aquela voz. Angelo ficou boquiaberto com o homem exigindo silêncio com os olhos brilhando. Syren Rua, seu parceiro para derrubar o Delatorres, era Faro, o intermediário para os Delatorres. "Que diabos?" O homem era suicida, operando desse jeito dentro do campo inimigo? Rua deu de ombros. "É negócios como de costume, Sr. Pagan. Eu faço o que deve ser feito." Para conseguir sua vingança sobre o homem que ordenou a execução de sua família e vendendo dez anos de Syren como um profissional do sexo. Angelo sabia disso, embora ninguém mais soubesse. Todo mundo assumia que toda a família Rua tinha sido dizimada. Além de Angelo, Peter e Syren, a única pessoa que sabia era Ricardo Delatorre. "Você tem certeza disso?" "Muito." Syren acenou com a mão. "Mas não é sobre mim hoje. Eu queria que você soubesse que estamos dentro do cronograma." "A casa?" Angelo levantou uma sobrancelha. Ele tinha dado a Peter os planos para a casa que ele tinha elaborado com o bloco de notas que Gabe lhe deu e orientou o advogado e o Sr. S para construírem a casa em um estado e área de sua escolha. "A casa está se saindo muito bem." Syren enfiou a mão no bolso da jaqueta e tirou uma foto. "Você pretende morar lá com seu amado? Acho que não." Syren bateu a no vidro. Era de Gabe beijando outro homem. Olhos fechados, mãos apertadas na camisa do outro homem, beijando. Apesar do ácido produzindo em seu intestino e o desejo de atirar em alguém, Angelo deu de ombros. "Fadado a acontecer." 243


Syren riu. "Você não me engana, mas está tudo bem. Você sabia que ele se demitiu de seu emprego e se mudou para fora da cidade?" Não, ele não sabia, mas Angelo não piscou e Syren deu de ombros, rosto bonito torcendo em um sorriso. Ele colocou a foto de volta em sua jaqueta e se inclinou para frente. "Você tem um pouco de tempo antes de sair. Fique fora de problemas, Sr. Pagan. Eu vou te ver do lado de fora."

***** Sua soltura foi adiada por dois meses, mas ele estava finalmente livre. Angelo saiu da prisão com um voto que ele não iria procurar Gabe. Seu amante tinha se mudado. Hora de ele fazer o mesmo. O primeiro lugar que ele foi, depois de ligar para sua mãe, foi para o Brooklyn, para celebrar com os homens que ele tinha liderado por tanto tempo. Para abraçar Pablo e lhe dar elogios por um trabalho bem feito em manter a ruas livres de drogas e violência. Depois de uma agitada festa de álcool e risos, ele voltou para a casa de sua mãe. Onde tudo começou e onde tudo terminaria. Sua mãe tinha limpado o lugar. Foi uma loucura, mas ele andou pelos quartos pela última vez antes de seguir as etapas finais do seu plano. Tomou banho e fez a barba, abrindo a porta para deixar Pablo e seu amigo do necrotério entrar. Uma maca com um corpo e ele acenou para eles descerem para o porão enquanto mandava uma mensagem para Syren. O amigo de Pablo saiu e Pablo ficou, trabalhando ao lado de Angelo em silêncio enquanto eles derramavam gasolina sobre o corpo colocado na cama, usando as roupas que Angelo estava usando mais cedo. Isso, mais um dentista forense com uma gorda conta bancária deviam convencer a todos o corpo era de Angelo. 244


Eles encharcaram o porão de gasolina, e em seguida, Angelo riscou o fósforo. Os dois homens correram até as escadas, e saíram pela porta dos fundos, Angelo parando apenas para travar a fechadura no interior antes de batê-la fechada. Sentado no carro de Pablo do outro lado da rua, eles assistiram a casa em chamas, afastando somente quando sirenes soaram à distância. Pablo o levou a um motel perto dos limites do Brooklyn e Queens, o puxou para um abraço. "Boa sorte, amigo." "Gracias." Angelo o abraçou com força. "Gracias, Pablo." Ele locou um quarto e rapidamente ligou a televisão. Sua casa em chamas estava em todos os noticiários, os apresentadores relatando-o como morto, o chefe dos bombeiros hesitando em confirmar ou negar. Uma chamada para a sua mãe mais tarde, ele estava em um táxi, dirigindo-se para uma pista de pouso particular.

***** O telefone acordou Gabe. Ele rolou com um gemido, alcançando às cegas para a maldita coisa em seu criado-mudo. Ele o abriu com um olho fechado. "Sim?" "Ei, sou eu." "Droga, Kane! Eu estava dormindo." Seu irmão hesitou. "Eu sei e eu sinto muito, mas você precisa saber que Angelo Pagan foi declarado morto em um incêndio em sua casa há duas horas atrás." Gabe se empurrou de pé, atirando as cobertas pra fora. "O quê? Por que você está me dizendo agora?" 245


"Acalme-se. Porra." Kane suspirou em seu ouvido. "Sinto muito. Seu corpo estava carbonizado além do reconhecimento." "Oh Deus!" Gabe caiu da cama e sobre os joelhos. "Oh Deus." Angelo se foi. Foi. "Eu não posso – Eu não posso respirar." "Gabe!" Kane gritou. "Não fique doente. Porra. Eu estou atravessando a Califórnia, então eu estou caminho para você agora." "Eu preciso ir lá. Preciso vê-lo." "Não," Kane disse rispidamente. "Você vai acabar de revelando se você fizer isso e você sabe muito bem que ele não iria querer isso." "Sua mãe." Gabe suspirou. "Eu tenho que falar com ela." "Faça isso, mas me ligue de volta quando estiver pronto," disse Kane. "Prometa-me." Gabe prometeu e rapidamente desligou, escrevendo um e-mail e enviando. Agora era esperar. "Foda-se!" Ele andou e andou até seus joelhos cederam e ele se encolheu no canto do seu quarto, os joelhos contra o peito, e chorou. Um som o acordou minutos ou talvez horas mais tarde. Ainda estava escuro lá fora, noite ainda. Ele lutou para ficar de pé, olhos cansados, boca como uma lixa. Uma batida soou na frente da cabana e ele agarrou a arma de seu criado-mudo. O telefone celular em sua mão apitou bateria fraca e ele fez uma careta. Ele se arrastou para a sala de estar quando a porta da frente se abriu, o intruso conseguindo abrir as fechaduras bastante sofisticadas ele tinha instalado. Um vulto escuro entrou, fechando a porta suavemente atrás dele. "Mãos para cima, filho da puta." Gabe engatilhou a arma. "Você escolheu a hora errada para fazer isso." "Será que eu escolhi? Eu pensei que meu timing era impecável, amado." 246


Gabe deve ter desmaiado porque a próxima coisa que ele percebeu eram os cintilantes olhos dourados que estavam olhando para baixo para ele onde ele estava deitado no chão e sua arma tinha desaparecido. Bastante embaraçoso, realmente. Mas Angelo estava vivo e em sua casa e olhando tão fodidamente – Gabe levantou a mão e deu um soco no nariz de Angelo. Ossos rangeram, sangue voou e Angelo gritou. "Ow, foda-se!" Ele segurou seu nariz enquanto o sangue escorria. "Que diabos foi isso?" "Você cortou o cabelo, porra!" Gabe lutou para ficar ereto, olhando para Angelo. Ele tinha cortado todo o cabelo. Deixando apenas uma sombra em seu couro cabeludo. Seus olhos estavam mais definidos, as maçãs do rosto mais proeminente. Tinha perdido peso também. Angelo limpou o nariz com a manga e olhou para ele. "Realmente. Isso é tudo que você tem a me dizer?" "Por que você está aqui?" A chocante dormência nos membros de Gabe se dissipou e ele segurou a parede enquanto ele se levantava. "Eu pensei que você estivesse morto." "Você ordenou que eu voltasse para você, para onde mais eu estaria senão com você?" Angelo piscou, mas seu sorriso era um pouco tenso. "E eu estou morto, pelo menos Angelo Pagan está." Ok, Gabe precisava de uma bebida. E plantar o pé de volta em terra firme. "Eu não acho que eu quero saber o que você está falando. Eu também não entendo por que você está aqui. Você terminou comigo, lembre-se daquela carta?" Angelo ficou mais sombrio. "Era preciso. Eu tinha que protegê-lo. Minha correspondência não era segura na prisão, você sabe disso. As chamadas telefônicas são monitoradas e escutadas, você sabe disso também." Angelo tocou seu ombro brevemente. "Também sei que você não teria perdido tempo em tentar entrar em contato comigo da maneira que podia. Eu precisava impedir isso." 247


"Você sabe o que aquela carta me fez?" Gabe agarrou o braço de Angelo, segurando firme. "Você quebrou meu coração." A dor daquele dia voltou com força total e ele se afastou, dando Angelo costas. "Você acha que escrevê-la não quebrou o meu?" A respiração quente de Angelo tocou a nuca de Gabe. "Mas funcionou, não é? Você saiu com outra pessoa." Gabe se enrijeceu. "Você tinha pessoas me vigiando o tempo todo?" Por que diabos ele estava surpreso? Angelo gostava de estar no controle. "Eles foram garantindo que você estava bem." Angelo agarrou seu ombro e o virou. "Eles estavam cuidando você e quando eu vi a foto de você beijando aquele cara, eu os cancelei." Cristo! Ele ouviu, a dor e ciúme que Angelo tentava esconder. Gabe sustentou o olhar. "Por que você os cancelou?" Angelo encolheu os ombros. "Você se mudou e estava a salvo. Meus inimigos não sabiam sobre você, então não havia necessidade de cuidar do que já não era meu." Gabe doía de socá-lo novamente. "Você é um filho da puta, você sabe disso? Eu fiz o que você pediu, eu segui em frente. Pelo menos eu tentei, mas essa merda não estava funcionando. Ele me toca e eu o comparo com o seu. Ele olha para mim e eu vejo os seus olhos." Essa coisa com Trevor se transformou em um grande desastre de trem, poderoso e rápido. Angelo olhou para ele. "Você dormiu com ele?" "Não." "Você quer?" "Que porra é essa, vinte perguntas?" Gabe se virou, mas Angelo pegou seu pulso, segurando-o no lugar. "Responda-me, policial."

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Essas palavras fluíram sobre ele, grossas e roucas, colocando sua frequência cardíaca a um galope. Gabe engoliu em seco e balançou a cabeça. "Eu não o queria, mas eu queria desejá-lo. Eu queria esquecer toda a merda que você tinha feito passar e me entregar a outra pessoa." Ele olhou para cima de debaixo de suas pestanas. "Alguém não era você." Os lábios de Angelo se curvaram. Ele se moveu pra perto, muito perto. Perto o suficiente para Gabe para inalar seu calor e gemer. "E agora?" perguntou Angelo. Ele se inclinou, roçando seus lábios sobre a garganta de Gabe. "Ainda me odeia? Ainda quer me esquecer?" Gabe o agarrou pelo pescoço, apertando enquanto Angelo estremeceu. "Isso não vai acontecer. Você está preso comigo." Ele o beijou, língua fazendo um trabalho completo de busca de recessos quentes de sua boca. Angelo se esfregou contra ele, sua pesada ereção sob o jeans que ele usava. Gabe espalmou sua bunda, puxou-o mais apertado, girando sobre essa protuberância. Sons famintos soaram da garganta de Angelo e Gabe interrompeu o beijo para olhar profundamente em seus olhos dilatados. "Angelo Pagan está morto, certo?" Ele soltou o cinto de Angelo, abrindo o zíper de seu jeans enquanto Angelo tirou as botas. Deslizando a mão entre a pele quente e os boxes, Gabe circulou ereção de Angelo. "Qual é o seu nome?" "Hmm." Angelo jogou a cabeça para trás, curvando na palma da mão de Gabe. "Raphael Soto, mas você pode me chamar de Rafe." Gabe caiu de joelhos, puxando para baixo os jeans de Angelo – de Rafe – e os jogou para o lado. "Quais são os seus planos depois disso, Rafe? Você ganha um último boquete, depois pega a estrada e desaparece?" Ele acariciou o pau pulsando em sua mão firmemente apesar de sua voz vacilar e suas entranhas estremeceram. Onde é que ele se encaixava nesta nova vida? 249


Rafe inclinou os quadris para frente, as pernas tremendo. "Merda! Meu plano é amar você tanto quanto você deixe." Gabe apertou o rosto para a virilha de Rafe, escondendo seu sorriso. Dedos trêmulos agarraram seu cabelo e ele levantou a cabeça, encontrando o olhar de Rafe quando ele abriu a boca e o levou para dentro. Rafe arqueou, sua respiração acelerada e Gabe gemeu no familiar gosto em sua língua. Sugando suas bochechas, ele abaixou a cabeça, arrastando seus lábios ao longo do comprimento. Rafe pulsava e pingava. Gabe o trabalhou com a boca e as mãos, chupando enquanto acariciava da base à coroa, apertando à raiz de Rafe, língua deslizando através do cume sensível. Ele não se permitiu pensar o que estava acontecendo, este sentimento, esse gosto, então ele fechou os olhos e saboreou, saliva fluindo, misturando com a lubrificação natural de Rafe. Ele segurou as bolas tensas, acariciando-as enquanto Rafe separou mais suas coxas. Gabe passou a ponta do polegar sobre a área entre as bolas e a bunda, em seguida, se moveu mais pra baixo, empurrando um dedo molhado com saliva em Rafe. Os músculos se apertaram, queimando-o, segurando-o firmemente. "Ugh, Gabe." Rafe rolou os quadris, empurrando seu pau mais fundo na boca de Gabe enquanto cavalgava o dedo em sua bunda. Ficaram assim, grunhidos e gemidos enchendo a sala, até os joelhos e mandíbula de Gabe doerem. Ele soltou Rafe e se ficou pé com ajuda dele. "Quarto." Ele puxou Rafe atrás dele, jogando-o no colchão, levando um segundo para admirar a pele tatuada exposta a ele. Rafe dobrou os joelhos, acariciando seu pênis enquanto Gabe tirava as roupas e pegava o lubrificante da cômoda. Ele subiu em cima da cama e se posicionou entre os joelhos de Rafe. Cobrindo sua ereção com o lubrificante, Gabe empurrou dois dedos de volta para dentro de Rafe, esticando-o, curvandoos e pressionando sobre essa glândula. 250


Rafe arqueou. Gabe removeu os dedos e bateu de volta. Todo aquele calor e a tensão quase o fizeram perder sua mente. Rafe agarrou os lençóis, arqueando, contorcendo-se em Gabe. "Deus, sim." Rafe acariciou a si mesmo. Gabe olhou para ele com os olhos semicerrados. "Eu não me importo qual é o seu nome," ele murmurou. "Eu amo você." Aqueles olhos dourados se arregalaram, iluminaram, e ele se abaixou nos cotovelos, mergulhando dentro e fora do canal quente de Rafe. Ele tomou a boca de seu amante, seus gemidos se misturando. "Eu amo você, policial." Rafe falou quando eles se separaram por ar. "Fique comigo." "Sim." Gabe lambeu seu pescoço, mordendo sua pele enquanto os músculos de Rafe se contraiam em torno dele. "Não importa o que, ninguém vai partir." Ele recuou, espalmando a garganta de Rafe enquanto olhava para ele. "Ninguém." "Hmm, porra!" Rafe gozou o estômago de Gabe. "Sim, assim mesmo." As contrações selvagens na bunda de Rafe derrubaram Gabe enquanto beijava Rafe, boca aberta e desesperada, e derramou dentro dele. Selando o seu amor. "Eu não vou deixar você ir," ele advertiu enquanto ele lutava para respirar. "De novo não." Rafe o puxou para perto, seus corpos presos juntos por seu esperma. "Lembra-se daquela casa que eu desenhei com o meu presente de aniversário?" Gabe balançou a cabeça, colocando a cabeça no peito de Rafe. Ainda dentro de Rafe, seu pau estremeceu. "Sim." "Eu mandei construí-la. Na Carolina do Norte." Gabe levantou a cabeça. "Esse é o seu plano de fuga? Construir uma casa e viver na Carolina do Norte como Rafe Soto?"

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"Sim. Seja meu companheiro, ou meu marido. Seja quem você quiser ser, apenas fique comigo." O queixo de Gabe caiu. "O que – devo mudar meu nome e desaparecer na obscuridade com você?" E na verdade, por que isso o atraía tanto? "Você não tem um emprego, já que você saiu do NYPD. Como Raphael Soto, eu vou ter o meu próprio negócio de arquitetura. Vou precisar de um parceiro de negócios." Gabe levantou uma sobrancelha. "Ou um secretário, sua escolha." Gabe mordeu o lábio inferior. Ele poderia deixar tudo para trás e ficar com Angelo – uh, Rafe? "Eu tenho que te chamar de Rafe?" "Sim." "Nah, eu acho que vou ficar com Angel." Ele esfregou a palma da mão sobre o couro cabeludo de Rafe. "Eu quero que você deixe crescer o seu cabelo. O que eu vou puxar quando eu estiver transando com você?" Rafe sorriu. Grande e largo e cheio de alívio. "Combinado." Gabe desviou o olhar e em seguida, olhou de volta para ele. "Você quer se casar?" Rafe juntou seus dedos e os levou aos seus lábios. "Se você quiser. Quero que fiquemos juntos, ponto." Eu quero o mesmo. "Não sei se isso é legal onde estaremos vivendo, mas nós podemos fazer isso. Nos comprometemos um com o outro." Deus, como isso conseguiu soar piegas e bom ao mesmo tempo? Rafe riu. "Mami vai adorar isso." "Meu irmão não vai." Gabe beliscou seu queixo. "Onde está sua mãe a propósito? Nós estivemos nos falando por e-mail, mas ela não quis me dizer onde ela está."

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"Na Carolina do Norte. Em sua própria casa," disse Rafe rapidamente. "Dez minutos de distância da nossa." Gabe soltou um suspiro. "Graças a Deus!"

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Epílogo Eles estavam na praia, usando calças e camisas brancas combinando, as ondas batendo em seus tornozelos nus. A poucos metros de distância estava a casa deles, isolada de qualquer um. A casa deles. Rafe olhou nos olhos lacrimejantes de sua mãe com um sorriso. Ela parecia mais jovem, descontraída. Se comportava uma graça e confiança que ele esperou muito tempo para ver. Próximo a ela estava Kane, de calças beges e camisa rosa pálido. Ele parecia bem, sem aquele ar de desaprovação sobre ele. Ele havia passado tempo suficiente com eles para testemunhar o sorriso permanente no rosto de seu irmão, a leveza em seus passos e a felicidade e o riso que enchiam sua casa. Seis meses desde que saiu da prisão e Rafe ainda tinha que se beliscar. Eles haviam criado uma vida e um negócio, fizeram alguns amigos e se estabeleceram na comunidade. Ninguém olhou duas vezes para eles. Eles foram aceitos e Gabe estava feliz, portanto, Rafe estava feliz. Ele olhou para além do ministro sorrindo graciosamente para seu amante em pé ao lado dele, olhos lacrimejantes, sorriso vacilante, e Rafe sentiu completo ponto de estourar. Ele nunca pensou que eles acabariam aqui, mas ele não tinha reclamações. Seus inimigos pensavam que ele tinha morrido, então não tinha ninguém procurando por ele. Ele não tinha falado com Syren Rua além do presente de inauguração da casa que ele enviou. Rafe tinha contado tudo para Gabe e seu amante tinha levado tudo numa boa. Ninguém sabia qual era o plano de Syren com os Delatorres, mas Rafe tinha feito a sua parte. Se Syren precisasse dele mais tarde, ele o ajudaria de qualquer maneira que poderia, sem colocar a sua família em perigo. Família vinha em primeiro lugar.

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"Rafe. Gabe." O ministro acenou para eles ficarem juntos. Eles fizeram, ombro a ombro, Gabe no lado esquerdo de Rafe. Gabe juntou seus dedos, acariciando o anel de ouro no dedo anelar de Rafe. Gabe usava um igual em seu dedo anelar, anéis que eles trocaram na noite que eles se mudaram para a casa deles. Rafe o apertou. "Eu te amo," Gabe sussurrou. Rafe sorriu. "Te amo, policial." "Hoje, vocês prometem o seu amor e dedicação para o outro," disse o ministro. "Por favor, repitam comigo..."

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