Alice Borchardt – A Loba de Prata Tradução, revisão, formatação: Comunidade RTS – ORKUT: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
A moça deu um grito de ultraje e fúria ao cair com o soldado sobre os paralelepípedos. O soldado conseguiu ficar de joelhos e desembainhar sua espada. Golpeou com força, em um poderoso e terrível ataque. Mas não o fez. O fio da espada tirou faíscas das pedras da rua. O lobo ficou atrás dele imediatamente, fechando seus afiados dentes sobre as costas do homem. Um ameaçador grunhido estremeceu por um momento cada músculo do corpo de Regeane, até que ela se deu conta de que não era dirigido a ela, mas ao lobo vermelho. O soldado chiou um pouco, soltou sua espada. O lobo vermelho se afastou do casal e voltou para beco, onde se sentou tentando aparentar inocência, coçando a orelha com uma pata traseira. Outros dois lobos apareceram a seu lado. Um era cinza, somente uma sombra na escuridão e o outro tão negro, que ao princípio parecia unicamente um par de olhos que captassem a luz. O lobo cinza grunhiu novamente ao vermelho, desta vez com menos ameaça e mais reprovação no som. O soldado e a moça conseguiram ficar em pé. Olharam de modo selvagem ao redor durante alguns momentos e depois correram para a porta de um albergue junto ao botequim. Os três lobos deslizaram silenciosamente na franja de luz que saía da porta do botequim e ficaram paralisados ao ver a loba de prata. O lobo vermelho fez uma careta sorridente, com sua língua ainda pendurada como estivera enquanto esperava suas vítimas. Aproximou da loba, que o deteve 401