Revista PF nº 6

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Número 6 JUNHO/DEZEMBRO de 2012

REVISTA Aquário do Mês 15 Meses de aquariofilia

Betta splendens - A genética das cores Aequidens rivulatus

Camarões de água doce


Índice

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Editorial

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Betta Splendens – A genética das cores

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Aquário do mês – 15 Meses de aquariofilia

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Camarões de água doce

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Neicaridima Heteroposa

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Aequidens

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Rivulatus

Ficha Técnica da Revista PF

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Fundador: José Martins

Fotografia: Francisco Ramalho, Pedro Santos , Hatori

Director: Vera Santos

Design Capa e Paginação: Vera Santos

Subdirector: Hugo Saldanha

Revisão: Vera Santos

Colaboradores: Francisco Ramalho, Pedro Santos , Hatori e Vera

Propriedade e publicação: PeixeFauna

Santos

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Editorial

A revista aparece de novo para os nossos membros e amigos agora com a periocidade de seis em seis meses. Tem sido um prazer desenvolver este trabalho, embora não tenha sido fácil encontrar mais membros do nosso querido fórum a querer participar nesta empreitada. Deixamos aqui então um apelo para serem mais participativos nesta revista que não queremos deixar lhe dar continuidade. Nesta 6ª edição presenteamos-vos com dois artigos sobre camarões que ultimamente sentimos haver mais adeptos. Mais uma vez a rúbrica aquário do mês com o intuito de vos mostrar os bons exemplos e dedicação de alguns dos nossos membros e leitores. Desta feita Pedro Santos também nosso colaborador fala-nos na sua experiência como aquariofilista. A Revista PeixeFauna quer também deixar aos seus leitores e amigos o desejo de um Bom Ano de 2013 para todos com saúde, paz e amor! Mais uma vez pedimos a vossa participação para futuros artigos e questões que queiram aqui comentadas, contactando-nos no tópico do fórum!

Abraços Vera Santos

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Achei por bem partilhar com o forum a pesquisa que estou a fazer porque penso que será do interesse de todos ter um pouco mais de informação sobre os bettas e a maneira como se organizam e se transmitem as cores dos pais para os filhos.

As cores dos bettas estão organizadas em 4 camadas, sendo a mais superficial chamada de iridiscente, a seguir a camada preta, em 3º a camada vermelha e por ultimo a camada amarela Em cada uma dessas camadas existem células que controlam a quantidade de pigmentos no peixe. A essas células chamam-se, iridócitos ( para a camada iridiscente), melanóforos ( para a camada preta), eritróforos ( para a camada vermelha) e xantóforos ( para a camada amarela).

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Quanto ao comportamento dos genes nos bettas aí vão algumas dicas:

Betta splendens A genética das cores


Existem dois tipos de genes que transcrevem as cores do betta; eles são do tipo I e do tipo II. Os genes do tipo I estabelecem uma relação de dominância/recessividade entre eles. Quando um gene é dominante sobre outro, a cor pelo qual esse gene é responsável vai aparecer visível no peixe( esta cor vai ser o seu fenótipo). Quando um gene é recessivo em relação a outro, este vai ficar "escondido", ou seja ,a cor pela qual ele é responsável não vai ser visível no peixe. No entanto, se um par de genes for composto por dois genes recessivos iguais, a cor que os caracteriza vai ser visível no peixe, porque não tem nenhum que domine sobre eles. Existem também as relações de codominância entre os genes, onde dois genes diferentes, quando combinados no mesmo par, vão ser ambos dominantes, ou seja, ambas as cores caracterizadas pelos genes vão ser visíveis no peixe. Esta relação de codominância dá-se com os genes de tipo II, onde dois genes de cores diferentes se combinam para formar uma nova cor que vai ser visível no peixe. Um facto a ter em atenção é que cada gene só se emparelha( forma par) com genes da mesma camada, ou seja, um gene pertencente á camada preta não tem relação com um gene da camada vermelha. Outro factor que influencia as cores dos bettas, é a intensidade destas. Cada cor em cada camada tem uma intensidade diferente. Esta intensidade varia de individuo para individuo e pode ser "calibrada" ao gosto dos criadores. Para isto, vão -se cruzando os bettas com a intensidade de cores que se quer e seleccionando os que mais se adaptam ao gosto de cada um. A seguir passo a explicar o que caractreriza cada gene de cada camada e como se relacionam entre si:

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1ªCAMADA Esta camada é a camada mais densa e cobre todas as outras camadas de cores. Os iridócitos são responsáveis pela quantidade de pigmentos azuis e verdes. Nesta camada apresentam-se as cores azul real, turquesa e azul aço. É também nesta camada que se encontram as variações iridócitos extendidos e não-azuis A iridescência nos bettas selvagens limita-se a pequenos raios espalhados pelas barbatanas dos peixes e pequenos pontos pelo corpo. Nos nossos bettas, uma mutação dessa iridescência ( iridescência estendida), passou a "ocupar" a totalidade do peixe, dando-lhe a cor uniforme que estamos habituados a ver. Esta iridiscência estendida é dominante sobre a iridiscência normal, portanto, sempre que presente no genótipo(genes) do peixe, esta manifesta-se no seu fenótipo( características visíveis).

Em uma azul dos

relação ás cores iridescentes, temos co-dominância entre o turquesa e o aço. Um heterozigótico ( combinação dois) apresentará a cor azul real.

Quanto ao não-azul, não foi encontrado nenhum gene que seja responsável por esta característica, no entanto, por vários criadores conseguirem eliminar esta camada, a sua existência já foi comprovada.

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Por último, e como curiosidade, um azul aço combinado com iridescência normal reduz em muito a camada azul, deixando apenas um brilho prateado, eliminando assim a cor do peixe, sem, no entanto, eliminar a camada iridescente.


Os melanóforos controlam a quantidade de cor preta no peixe e apresentam as seguintes variedades: Cambodian, Blond/ Bright, Melano normal, Melano extendido e Marble. O gene Cambodian faz com que o peixe apresente cor apenas nas barbatanas e deixe o corpo sem cor ou com uma cor muito ténue. O gene Cambodian é recessivo em relação ao gene Melano normal. O gene Blond faz com que a densidade da cor preta no peixe seja menor, tornando a camada mais "tranparente". O gene Melano é o que dá a cor preta ao betta e tal como no gene iridiscente, temos o melano normal(que só cobre partes do corpo) e o melano estendido( que cobre a totalidade do corpo). O gene melano normal é dominante sobre o melano extendido. Um heterozigótico dos dois apresentar-se-ia como um betta multicolor. O gene Marble faz com que a cor preta apareça em padrões que vão variando ao longo da vida do peixe. Ao que parece, este gene apresenta padrões variados de peixe para peixe, pelo que não foi ainda possível avaliar as relações de dominância/recessividade deste gene. Sabe-se, no entanto, que é um gene de tipo I. É importante saber que as fêmeas com gene melano são inférteis, por isso, para as reproduções são usadas fêmeas azul aço com iridiscência normal ou marbles( chamadas fertile black) .

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3ª CAMADA Nesta camada temos as seguintes variedades: vermelho estendido, vermelho normal, red-loss, não-vermelho tipo 1, nãovermelho tipo 2 e Butterfly. O gene vermelho estendido é uma mutação do gene vermelho normal que ainda se encontra em apuramento. Este gene faz com que a cor vermelha cubra todo o corpo do peixe, enquanto que o vermelho normal cobre apenas partes do corpo. O gene vermelho estendido é dominante sobre o gene vermelho normal. O gene red-loss caracteriza-se pelo desaparecimento do pigmento vermelho no peixe. Este gene manifesta-se á medida que o peixe vai crescendo até atingir a maturidade, podendo voltar a ter pigmento vermelho na velhice ou na pele nova após um ferimento. O gene red-loss é recessivo em relação ao gene vermelho estendido e dominante sobre todos os outros genes vermelhos. O gene não-vermelho causa a ausência de pigmento vermelho no betta. Existem dois tipos de não-vermelho, tipo 1, que na ausência de pigmento o peixe fica com uma coloração amarela, e do tipo 2, na qual a densidade da cor é tão baixa que o peixe se torna laranja. O gene não-vermelho é recessivo em relação ao vermelho normal. A cor amarela do não-vermelho tipo 1 deve-se á cor da camada inferior e não a qualquer tipo de pigmento da camada vermelha. Já no não-vermelho tipo 2, a cor laranja devese á sobreposição da pouco densa camada de 8


pigmento vermelho sobre a camada de cor amarela, que lhe dá essa cor. O gene butterfly faz com que o betta apresente as extremidades das barbatanas transparentes ou brancas em maior ou menor extensão. O gene butterfly é dominante sobre todos os outros, no entanto, tal como o marble, os padrões podem variar de peixe para peixe. 4ª CAMADA Até ao momento ainda não se isolaram os genes responsáveis pela cor amarela. No entanto, pode existir uma alteração da cor amarela devido a um factor chamado "Opaco" O actor Opaco não é um gene, mas uma característica da cor. É como se fosse um apêndice que vai influenciar o aspecto do fenótipo. Este factor vai fazer com que a cor do peixe tenha uma aparência leitosa. O factor Opaco é do tipo II, e tem codominância com os genes da camada amarela. A cor amarela desta camada manifesta-se no fenótipo apenas na ausência das 3 camadas superiores. HATORI (continua)

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15 Meses de aquariofilia

Foi-me

lançado o repto de vos apresentar o meu aquário comunitário. Além do enorme orgulho que é ver o nosso trabalho reconhecido e apreciado, decidi escrever-vos estas palavras numa forma de incentivo a todos os que estão a iniciar-se, ou não, neste fantástico hobbie no sentido de acreditarem em vós próprios e de que, com um pouco de empenho, vontade e (muita…) paciência tudo é possível! Decidi então, não fazer uma simples apresentação do que tenho, mas antes como tem vindo a evoluir! O gosto pelos aquários e pela aquariofilia já vem de longe, pois em casa do meu pai sempre houve aquários, no entanto o conhecimento que existia deste hobbie era muito pouco e muitas asneiras foram feitas ao longo dos anos…

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Cerca de 2 anos depois de adquirir casa própria, em Julho de 2011, e após ter descoberto um aquário parado em casa do meu pai, o “bichinho” cresceu… Socorri-me do aqua do meu pai, "roubei-lhe" um pouco de areão, filtro interno, pedras e uns guppys, montando o aqua lá de casa. Meti as mãos à obra e preparei o aquário, comprando numa loja perto de casa 2 pés de Valisnérias Nana e 2 pés de Anúbias Nana. O resultado foi este:


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Curioso como sou não me fiquei por aqui… Comecei a pesquisar na net por mais informação e deparei-me com diversos fóruns de onde comecei a reter alguma informação. Quanto mais lia e aprendia, mais o "bichinho" da aquariofilia ia crescendo... Assim, apaixonei-me por um aqua de 280l, não resisti e decidi comprá-lo!

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Como o conhecimento não era muito e o investimento já era algo considerável, não foi introduzido qualquer tipo de substrato fértil, o que se veio a provar interessante, pois obrigou-me a uma aprendizagem mais rápida para conseguir manter as plantas que queria… Introduzi o areão, um tronco que tinha por casa, um filtro antigo do meu pai enquanto não chegava o que tinha encomendado, uns xistos e umas plantas e o resultado foi este:

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O primeiro Setup deste aquário foi o seguinte: Aqua JEBO R210 Iluminação T8 2x35w + 1x20W Filtro JBL E1501 Green Line + o EHEIM Pro3e 2078 (1850 l/h). CO2 DIY Fertilização líquida com TPN+ Fauna: Discus CAE Beaufortia leveretti (Plecostumus Borboleta) Red Cherry Flora: Valisnéria Nana Anubias Nana Bola Musgo Grande (+- 20cm) Blyxa Japonica Echinodorus ozelot green


Como eterno insatisfeito que sou, a busca pela melhoria foi constante! Passado 2 meses da montagem foi introduzido novo tronco.

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Aqua JEBO R210 (180l Brutos) Iluminação T8 2x35w + 1x20W Filtro JBL E1501 Green Line Filtro UV 55w Odissea CO2 Pressurizado com solenoide Fertilização líquida Macro e Micro DIY Fauna: Ottocinclus Affinis orydoras Punctatus Beaufortia leveretti (Plecostumus Borboleta) Red Cherry Discus Paracheirodon innesi (Neons) Plecostomus Rasboras Herlequim Flora: Cabomba Caroliniana Anubias Nana Blyxa Japonica Echinodorus ozelot green Heteranthera zosterifolia (HZ) Rotala Rotundifolia Hygrophila Difformis Cryptocoryne wendtii 'Mi Oya' Microsorum pteropus (Fetos de Java) Nymphoides sp. ''Taiwan''

Passados apenas 13 meses do meu início na aquariofilia foram finalmente introduzidos os tão desejados Discus e hoje, 15 meses depois de tudo começar, está assim. 16


Aqua JEBO R210 (180l Brutos) Iluminação T8 2x35w + 1x20W Filtro JBL E1501 Green Line Filtro UV 55w Odissea CO2 Pressurizado com solenoide Fertilização líquida Macro e Micro DIY Fauna: Ottocinclus Affinis orydoras Punctatus Beaufortia leveretti (Plecostumus Borboleta) Red Cherry Discus Paracheirodon innesi (Neons) Plecostomus Rasboras Herlequim Flora: Cabomba Caroliniana Anubias Nana Blyxa Japonica Echinodorus ozelot green Heteranthera zosterifolia (HZ) Rotala Rotundifolia Hygrophila Difformis Cryptocoryne wendtii 'Mi Oya' Microsorum pteropus (Fetos de Java) Nymphoides sp. ''Taiwan''

Termino com uma palavra de apreço a todos quanto, de uma forma mais directa, com participação ativa nas “montagens”, ou indireta, quer seja com conhecimento quer com fornecimento de plantas e animais, têm contribuído para o crescimento deste aquário e de mim

mesmo enquanto apaixonado por este hobbie! Mais informações em http://www.peixefauna.com/t10122p300wood-heaven

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Escrito por Pedro Santos

Fotos de Pedro Santos

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Camarões de água doce

Desde

à alguns anos há muitos aquariofilistas que mantêm camarões com peixes em aquário de água doce, mas nos últimos tempos começou a aparecer uma nova geração de aquários, apenas de Invertebrados, esta tendência deve-se sobretudo ao comportamento desinibido principalmente dos camarões em relação à coabitação com peixes. As cores dos camarões, movimento, no fundo o seu quotidiano muda completamente. Hoje em dia os aficionados de aquários de camarões continuam a manter algumas espécies em aquário chamados de comunitários, onde mantêm várias espécies de peixes e invertebrados, temos por exemplo a caridina japónica/caridina multidentada ou ainda camarão amano pois foi nas montagens de Takashi Amano que inicialmente surgiu.

Ou ainda o caridina Gracilirostris/nariz de pinóquio .

Precisamente ao ser muito difícil a sua reprodução devido ao serem de ordem inferior, raramente são utilizados como moradores únicos num aquário de Invertebrados, apesar de toda a sua beleza e eficácia na hora da limpeza e eliminação de algas. O aquário

Um camarão originário do Japão, Korea e Taiwan, de ordem inferior pois passa por fase larvar, sendo necessário água salobra para a sua reprodução, como outras espécies como por exemplo o camarão filtrador/ camarão madeira/Atyopsis moluccensis 22

Tipo Deve ser de preferência um aquário apenas de camarões, com uma filtragem não muito forte, excepto no caso dos camarões filtradores, pois esses necessitam de algum fluxo de água para que a mesma passe mais vezes pelas zonas filtrantes dos mesmos. O aquário mínimo deve ter uns 20 litros não sendo recomendado mais pequeno pois está sujeito a maiores variações nos parâmetros da água do mesmo, sendo os camarões muito sensíveis a variações.


Decoração Não nos podemos desleixar na decoração do aquário, camarões adoram muitas plantas sobretudo musgos, com esconderijos e troncos, pois adoram ir desfazendo pedacinhos de madeira dos troncos com o passar do tempo, tal como limpar musgos e algas que alojam microorganismos muito apreciados. Rochas são mais apreciadas pelas espécies do Sulawesi, onde se descobriram recentemente novas espécies. Água Antes de adquirirmos os nossos camarões teremos de verificar que tipo de água temos para o nosso aquário ou quais os parâmetros que a espécie que pretendemos requer. Trocas de água de 10 a 30% semanal ou no máximo de duas em duas semana repomos nutrientes e são sempre muito parecidas, sobretudo para a reprodução e manutenção de espécies mais sensíveis. A temperatura da água também é fundamental, na maioria das espécies oscila entre os 20 a 26º, convém verificar para cada espécie qual a temperatura ideal. Alimentação Os camarões comem desde frescos como alface, feijão verde,

espinafres, até comidas industriais para peixes ou fabricadas especificamente para camarões, com cálcio e outros compostos necessários para o saudável crescimento e reprodução de algumas espécies.

Cuidados e perigos Muito cuidado na hora de adicionar produtos químicos ao aquário como por exemplo fertilização, pois a maioria das espécies são muito sensíveis a esses compostos. Caracóis em aquários de camarões ajudam por vezes na hora de limpeza, mas algumas espécies defecam mais que os próprios camarões o que vai sobrecarregar o aquário e quando morre um caracol pode haver um pico de amónia o que pode levar à extinção de toda a colónia. Na hora de Manusear objetos ou colocar as mãos no aquário, muito cuidado onde anteriormente se passou com as mãos. Quando próximo do aquário não devemos deitar desodorizantes ou ambientadores para o ar, podem ser libertadas partículas que causam problemas.

alimentos 23


Caridina heteropoda red (Red Cherry)

Caridina Tiger

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Caridina Blue tiger golden eyes

Caridina heteropoda yellow

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Cristal red

Escrito por Francisco Ramalho

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Neocaridina heteropoda Nome científico: Neocaridina heteropoda, família Atyidae, género Neocaridina Nome comu: Neocaridina heteropoda Origem: Taiwan, ano de 1940 Temperatura da água: 10º a 28ºC, reprodução 24ºC pH: 6 a 8, reprodução 7 Dureza da água: 4 a 16 Dimensões: 2 a 3cm Dimorfismo sexual: Fêmea mais corpulenta, zona abdominal arredondada Sociabilidade: Bastante sociável, manter em grupo da mesma espécie Longevidade: 2 anos Alimentação: Omnívoro, comem qualquer tipo de alimento, alface, cenoura, feijão

verde, gorgete, pepino, pimento, alimento para peixes ou invertebrados. Reprodução: Muito simples. grupo de pelo menos 8 camarões, mudanças frequentes de água com água fria em alguns graus de diferença. Quem não se recorda dos pequenos camarões, únicos na altura a aparecer no nosso mercado, cujo entusiasmo continua a crescer, mesmo quem mantém mais espécies, continua a tê-los, pois têm uma enorme resistência e facilidade de reprodução. Principalmente pela robustez e fácil reprodução são recomendados para iniciantes. Podem ser encontrados em múltiplas colorações, Verde/castanho (Wild), coloração oriunda de exemplares existentes na natureza pois todos as outra colorações são originárias de apuramentos.

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Amarelo

Neste caso temos uma fêmea cheia de ovinhos, são fáceis de difrenciar dos machos pelo abdómen mais volumoso, maiores dimensões e coloração mais intensa Vermelho (red cherry)

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Vermelho sakura / red fire

As últimas novidades, Chocolate (black)

É uma espécie de reconhecido valor devido à sua variedade e capacidade de apuramento, adoro ver os seu minúsculos movimentos e comportamento fantástico.

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Nome comum: Green Terror Nome científico: Aequidens rivulatus Família:Cichlidae Habitat: -O habitat natural deste ciclídeo pode ser encontrado tanto no Equador (rio esmeraldas) como no Peru (rio Tumbes). -O seu ambiente típico é composto pelas correntes costeiras encontradas no lado do oceano pacífico destes dois países. -Este peixe não se encontra na lista vermelha de espécies ameaçadas da UICN. Tamanho máximo: -Os machos podem crescer até cerca de 30 cm mas a maioria fica-se pela expectativa dos 20 cm. -As fêmeas, por sua vez, podem crescer até cerca de 20 cm mas a maioria fica-se pelos 15 cm. 30

Aquário Mínimo: -Enquanto jovens (<13 cm) costumam dar-se bem em aquários com cerca de 130L (90 cm de frente), porém, já adulto, a litragem recomendada passa a 200L ou mais(120 cm de frente). -No caso de um aquário comunitário recomenda-se um aquário no mínimo de 380L. -O tamanho apropriado do aquário irá depender do tipo e quantidade de espécies a colocar juntas com este ciclídeo. Temperatura: 20-24ºC pH: 6,5-8 (óptimo 7) Dureza(dH): 15-25


Manutenção (Aquário ideal): -Este ciclídeo irá apreciar um aquário bem decorado, os seus grandes dotes como ‘escavador’ são a principal e frequente causa de plantas desenraizadas a boiar no aquário, deste modo, um substrato fino torna-se o mais recomendável. -Plantas flutuantes ou de outro tipo que possam ser mantidas fora do substrato revelam-se melhor opções. -Rochas e troncos são indispensáveis mas devem estar seguros de modo a evitar algum tipo de acidente. -Por último, resta salientar que este ciclídeo pode ser um tanto quanto sensível à má qualidade da água por isso, recomenda-se uma filtragem eficiente e uma boa manutenção em ordem à sua coloração permanecer saudável.

Alimentação: -Trata-se de uma espécie omnívora que se adapta facilmente a vários tipos de comida, incluindo flocos ou granulado específico de ciclídeos. -Exemplares maiores irão preferir, naturalmente, pedaços maiores de comida tais como granulado para ciclídeos de grande porte ( big pellets) ou alimento vivo de tamanho considerável. -É recomendável uma dieta variada, desde vegetais a diferentes tipos de alimento vivo como artémia e larvas de mosquito que serão sempre apreciadas. Sociabilidade: -Peixes mais pequenos serão, regra geral, comidos. Peixes de similar agressividade, de robustez maior ou semelhante são uma melhor opção e algumas lutas podem ser prevenidas mantendo os peixes num grande aquário bem decorado. Agressividade: -É evidente um carácter agressivo na espécie, torna-se pois necessária uma prévia reflexão .sobre os seus futuros companheiros. -Manter este peixe no seu próprio aquário (dividido ou não por vidro ou rede) é outra alternativa. Por vezes, exemplares mais velhos e robustos podem tornar-se extremamente agressivos pelo que devem ser movidos para um aquário sozinhos. Zona do aquário: -Este ciclídeo caracteriza-se por ser uma criatura bento pelágica no seu ambiente natural, e como tal não irá permanecer dentro de uma região limitada mas sim ocupar várias posições, procurando por comida em todas as partes do aquário.

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Características: Ciclídeo de aparência deslumbrante. Geralmente, os exemplares adultos possuem uma coloração verde ou verdeazul vistosa. A parte de trás do corpo tem uma sombra verde-azeitona que cobre a parte superior, enquanto que os flancos tendem a ser de cor pálida. A parte inferior é geralmente rosa ou acastanhada. Alguns limites de barbatanas (normalmente decoradas com manchas azuis ou verdes) podem apresentar padrões dourados, o que intensifica ainda mais a sua beleza. Algumas riscas e/ou pontos de cor azulturquesa podem facilmente serem verificados no rosto. -Existem duas variações de cores diferentes passíveis de serem encontradas nesta espécie: bordas da cauda e barbatanas dorsais em cor amarelo-laranja, ou ainda puramente brancas no segundo tipo. Em Juvenis podem ainda não apresentar a cor verde desejada (por norma apresentam cores de base bege e manchas azuis prateadas), estas irão desenvolver-se ao longo da maturação do peixe. À semelhança de vários outros ciclídeos, o macho adulto apresente uma corcunda de tamanho médio na cabeça (região da nuca). Peixes adultos de ambos os sexos apresentam barbatanas compridas, corpo e barbatana caudal arredondada. Quanto ao dimorfismo sexual: Apesar de o macho ser significativamente maior, ambos apresentam um padrão e cor idênticos sendo que o macho apresenta a barbatana dorsal e anal mais alongada bem como as características realçadas.

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Reprodução (espécie ovípara): A reprodução desta espécie não é difícil e pode ser beneficiada com o aumento de temperatura bem como num controle mais preciso do pH (valores próximos de 6,5) e da dureza da água (valores entre 5-8 dH). A formação de pares será facilitada ainda em juvenis pelo que, nalguns casos, já adultos, o macho tende a tentar matar a fêmea no caso de tentativa de formação de par forçada. Esta situação pode ser evitada/atenuada de algumas formas, nomeadamente: comprando um lote de 5-6 peixes juvenis, deixar o casal formar-se naturalmente e de seguida retirar os restantes, ou ainda, aquando adultos, utilizando uma divisória transparente no aquário(rede ou vidro) durante algumas semanas, deixando assim, o casal estabelecer relações.


Para que a reprodução ocorra é recomendado algum objecto, tal como uma pedra/rocha lisa que será previamente alvo de uma limpeza por parte do casal antes do acasalamento e da respectiva postura dos ovos (geralmente cerca de 300 mas pode ultrapassar 600). O macho irá proteger o local de desova (podendo tornar-se um pouco agressivo em relação à fêmea) enquanto a fêmea estiver a cuidar dos ovos. A eclosão dos ovos ocorre cerca de 3 a 4 dias depois, dando origem a pequenas larvas que devem então ser alimentadas com flocos esmigalhados. Não se devem separar os progenitores dos ovos/larvas mas sim retirar/separar os outros habitantes do aquário sob pena de serem mortos.

Por volta de 9-12 dias após a eclosão as crias começam a nadar livremente, nesta fase e posteriormente, estas irão apresentar um crescimento notório porém, são extremamente sensíveis a más condições da água e podem ser facilmente sugadas nas TPA. É também nesta altura que os alevins devem passar a ser alimentados com náuplios de artémia. Referências: aquaticcommunity,thetropicaltank Escrito por Daniel Andrade

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