Duas línguas

Page 1

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LIBRARY ofthe UNIVERSITY OF TORONTO by

Gomes de Rocha Madahil


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A

S

DUAS línguas.



AS

DUAS línguas, o u

GR AMMATICA

PHILOSOPHICA DA

língua PORTUGUEZAi COMPARADA COMA

LATINA, Para

Amhas

se

aprenderem ao

mesmo tempo.

im

POR

JERONYMO SOARES BARBOZA, Deputado da Junta Efiudos

,

da Direãoria Geral do%

e 'Escholas do Reino na

Univerjidade

de Coimbra,

COIMBRA. NA REAL IMPRESSÃO DA UNI VERSID AD»,


Grammatica in honore erat civitate

nec

,

oíim Romae nc in ufu quidem,nedum rudi scilicct, ac bellicosa etiam

;

dum magnoperc

liberalibus

tum

discipli-

nis vacantc.

Suet.

t>!^o

De

lllufir.

u pareça trabalho fohejo

linguagem ni emente

:

porque ,

fe

fores

o feras nas alheas.

íodoUos Gregos

,

e Latinos:

Gramm. in

Praef.

entender tanto na própria

bem doutrinado

EJie

o

modo

^

nella

;

/?-

que tiveram

tomaram for fundamento

fa^m

ler primeiro o feo que o alheo»

João de Barros.

"Dial.

em

louvor de noffa Lingua^

gem. Edic, de Lisboa. 1785. pag. 227.

INTRO.


,

INTRODUCÇÃO.

E

Nrre todos os que entendem de matérias de Educação publica paílou já em axioma que o primeiro eftudo do Cidadão Nobre deve fer o de fua lingua e o primeiro pado para elle o de íua Grammarica, A prova de que huma nação eílá mais , ou menos civilizada he , ou o cuidado em cultivar íua ,

Jingua Tem deTprezar as alheas , ou o de aprender as alheas, defprezando a fua ; como o he de íua negligencia o viver da induítria e terreno alheo ^ defprezando o próprio. Nem em aprender primeiro as línguas fabias

nacional fe ganha tempo , cuidando fe perde aprender primeiro a que já íe íabe. He outro axioma igualmente aíTentado que o eíludo da Grammatica própria facilita tanto o das Grammaticas eftranhas , que os progreíTos , que neftas fe haviao de fazer em muito tempo, principiando por ellas fevem afazer em metade menos, começando da própria. A Grammatica he huma íclencia univerfal , como o he a Lógica. Os principies geraes de todas as línguas fam os mefmos , como o são os do raciocínio e difcurío. Todos tem ideas , e todos as combinão do meímo modo em qualquer paiz que feja. Toda diíFerença eftá nas formas accidentaes externas 5 que lhes íervem de íinaes. A qucílão portanto he Qual Terá mais fácil e utíl aprender as regras da linguagem em geral no próprio idioma ou no alheo ? Qualquer a pode decidir per íi. Todos noílos Grammaricos desde João de Barros ate nós conhecerão efta verdade , e períuadídos d*ella intimamente, compuzerão fuás Grammaticas Portuguezas para facilitar não menos o çíluio das Línguas , Latina e Grega , que o da

que

a

em

,

:

,


noiTa. Efte

grande aU(^or e meflre o mais abaliza-

do de noíTa linguagem ja dizia na Prefação á fua Grammatica Portugueza , dada a Luz em i^^O „ Com tanto amor receberão (os meninos) os delia, que quando forem aos da Gramj, preceitos :

não lhes ferao trabalhomatica Latina e Grega cada huma que deftas tem , por a confor3, „ midade que entre ellas á. ,, Amaro de Roboredo também no Prologo ao íeo Me! bodo Grammaúcal para todns as Ibiguas dado á luz em i6i5', repetia o mefmo dizendo ; ,, E vio commercio entre as na* 5, rá-fe a facilitar mais defcobrir muitas propriedades da íine 5, coes 3,

,

fos os

,

,

5

5 5

5,

3,

^,

gua eftranha 5 fazendo-fe da materna quafi regra cÕmum^ como, por exemplo , quem foubcr per arte a Portugueza, ou Caftelhana , difcorrendo Latina per femelhança , hirá defcobrindo hum concerto, propriedade, e metaphora racional 5 e ainda as irregularidades , e particulares modos defallar, que o ignorante vulgo introduzio os quaes são certas quebras da Arte que '' fendo mui arreigadas, devemos uzar. razão he ; que os Latinos erão homens, ,, com os quaes concordamos na racionalidade, que encaminha o entendimento e lingua a declarar o que fenrimos ainda que as palavras fejão di-verfas , aífim cada huma per íl como muitas comtudo a união rajuntas na razão da fraze cional delias em todas he a merma." E mais adiante: ,, Por fe não faber a lingua inaterna per arte, vão na Latina Medres e Dif-

na

;

3,

,

A

\y

3, 5, 5,

3, 3,

3,

5, 3,

3,

3, 3>

,

,

:

e no cabo cipulos morrendo em ambas juntas huma de quatro annos as fabem remlíTamente feni Arte, e outra per Arte, mais proporcionada. com feos abfurdos e rodeos á longa vida da primeira idade que á brevidade e puerícia des;

,

E fe, quando fc tem ror mui Latinns , a rasão da lingua que falperguntamos 5> própria dão mçlhor a „ lãoj emmudecendo na ^ ,

ta

noíla.

lhes

,


,

5, 119

eílranha

que aprenderam e não

,

fállão.

,,

Nos princípios do antecedente feculo , para efte nieímo fim de facilitar o eíludo da Lihgua Lacompôz D. Jeronymo Contador de Argote, deo a luz em 1721 íua Arte que poriíTo inti-

tina,

e tulou

,

Regras da Lingua Fortttgiíeza , efpelho da Língua Latina ou Dijpofiçao para facilitar o enfino da Lingua Latina pelas regras da Fortugueza , :

,

e na Introducção a ella diz aííim :, Lingua Latina he univerfal em toda a ,, ,, Europa , e neceíTaria para as occupações da Re-

A

„ publica,

e poriíTo muitos a

aprendem

;

mas pou-

3,

cos a íabem íufficíentementc-, e raros com perfeição. a aprender gaílao os Meninos a maior parte da puericia 5 e ainda da adolefc^ncia. Para

,,

evitar eílas

j,

danos

5,

Em

5,

demoras, de que procedem graves tem propoílo por alguns varões fabios diveríos arbitrios. Entre eftes o que íe tem achado fer mais fácil util , e feguro ( aomenos para as naçóes 5 cujas linguas vulgares fam filhas da Latina , aíTim como a Portugueza ,

55

5,

;

íe

,

55

5,

5,

Caílelhana 5 Italiana, e Franceza ) he enfinar aos rapazes primeiro a Grammatica da íua lingua vulgar e depois enfínar-lhes a Grammatica Latina: porque affim viráo a aprendel-a fácil e brevemente íegundo mollra a experiência , e

j)

a rasao.

5,

5, ,5

,

55

*'

porque a maior parte ,, Moílra-o a razão das regras da Grammatica Portugueza convém , e são as meímas de que uza a Grammatica Latina e alUm , fabidas as primeiras , tem vencido o Eftudante , quando entra a aprender o Latim , a maior parte das fuás regras, nem encontra difficuldade em as perceber e as uzar aííim como aquelle 5 que fabe jogar cartas com figu:

,5 5,

;

„ ,

j, 5,

5,

,5

;

com faciliviade ou cartas Portuguezas aprende a jogar com cartas Francezas: porque como as regras do jogo são as mefmas e fo as figuras são differçntes i conhecida a figniíicação ras

,

,

,


Vlir ,

, ,

das figuras

;

e a efpecíe

l

com

facilidade applica

o jogo , de forte que íó tem difficuldade no conhecimento das figuras , porem não na applicação dos preceitos. " „ Do mefmo modo pões , fabendo o Menino os preceitos da GrammaticaPortugueza; terá difficuldade fomente em conhecer a fignificação ou efpecie das palavras Latinas mas fabida a efpecie e fignificação lhe hade íer facil accom^ modar os preceitos da Grammatica ás palavras pelo que pertence ás rergas , em Latinas. Ifto que convém huma e outra Grammatica; e pe-^ lo que pertence ás regras em que differem co^ mo fam poucas , facilmente virá no conheci^ as regras para

:

,

,

;

mento

delias.

'^

5, A efta rasâo confirmao as experiências. Pois he certo que a Lingua Grega , ao menos em toda a íua, extensão , differe muito mais da Latina do que d'eíla difFere a Portugueza, Com»tudo vemos que os que tendo aprendido o La^ tim entrão a aprender o Grego , com mediano eftudo 5 dentro de anno e meio , ou dous annos fabem fufficientemente a Lingua Grega. E daqui fem duvida procedia que os Romanos , não ohftante íer a Lingua Latina a fua lingua vulgar , aprendião a Grammatica delia. Porque como entre os nobres e fabios eftava mui valido o uzo da Lingua Grega ; para a aprenderem íem difllculdade , aprendião primeiro na puericia a

Grammatica Latina.

^'

A

eftas experiências geraes c eftranhas ac*,, creícento a que eu particularmente obíervei. Recommendouíe-me enfinar a Lingua Latina a

hum menino, filho de hum Grande da noíTa corte; e reparei que, enfinando-lhe primeiro qualquer regra no Portuguez , a percebia logo na Grammatica Latina. Nem me digão que os teráo igual difiiculdade em aprender os preceitos da tírammatiça Portuguesa , e çiji

Meninos


vim

os perceber, do que tem em perceber e aprender os da Latina. Porque vai grande diíFerenca em perceber os preceitos d^aquillo de qne já fel a praélica , e d'aquillo de que ainda a não fei. Daquillo , de que já fe fabe a praftica e le

,,

tem exercicio

9,

,,

„ 5>

he

,

perceberem-íe as

fácil

re-

gras y e he diíEcultoíb de íe perceberem as „ d'aquiIIo , de que le não tem a pradica ; e coMeninos tem a pradica e uío da !in3, mo os „ gua Portugueza facilmente perceberão as reo que não pode fer ,, gras da Tua Grammatica „ na Latina , porque não tem ufo delia. ^' Até aqui o Contador de Argote. Sincoenta annos depois , no de 1770 , faio também á luz António Jozé dos Reis Lobato com a fua Arte da Gramynatica da Lihgna Portuguesa para dous fins, legundo elle mefmo diz na Introducçao hum, pa3,

;

;

:

os Portuguezes falarem a fna língua com certeza e perfeição; e o outro, para com ella fe ra

deíembaraçarem para aprender com muita facilidade qualquer outra è em erpeciál a Latina, con,

firmando

ifto

com

muitas autloridades , e com as e experiências ja allegadas per

mefmas razoes Roboredo , ,

Barros

e Argote. não entro, nem há miíler entr?ír no exame do merecimento de todas eftas Artes de Grammatica Portugueza , aíJim abíoluto , como relativo aos íins para que forão compoílas. que he certo he , que feos auftores tem muita razão em querer íe aprenda a Lingua materna per princípios , e em pretender que efte eíludo prévio abra caminho e aplane grandemente o das línguas eítranhas e da Latina particularmente e que , íe elles com íuas Grammaticas não preencherão os fins, que íe propuzerão; nem poriílo deixão de fer mui dignos de louvor pol-o que tentarão , pol-o que fizerão , e ainda mais poTo que deze,

Eu

O

,

;

jarão

fazer.

Nem

a

imperfeição de íuas Grammaticas foi a


cauza de não terem ufo no enfino publico da Namefmo como são, fe íe enfinaílem ; ninguém duvida que diflb tiraria grande utilidade tanro para falar melhor a Mocidade Portugueza para lingua como fe lua habilitar e preparar para o eíhido da Latina. O embaraço maior, que lé ora teve eíte plano para fe não executar, foi o de não fe aífentar em^ quem havião de íer os Medres da Griímmatica Portugueza. A João de Barros lembrou que os mefmos Meílres de Ler e Efcrever o poderião também fer daGrammatica da íun língua a encarregal-os diffe foUem capazes. Porém fo como cUq mefmo confeíTa ,, nem todolos , que eníinam ler e efcrenam fam para o officio que rem quanto ,, ver ( a Grammarica) por crara que ,, mais entendella ,, feja,,: e aindir agora o com m um dos Meílres públicos das Primeiras Letras íe achao quaíi no mefmo eílado para fe lhe? nao poder confiar o enfino de huma coufa que requere outros conhecimentos que elles nao tem. Os Profefiores óc Grammatica Latina fao os que eílavaõ mais em. termos de eníinar juntamente com aquella também a da fua lingua. Porque fó hum Meftre de Grammatica de qualquer lingua que feja he que he capaz de conhecer e de enfinar a de outra pol-os princípios e snalogia comraum , que todas tem. Porém o prejuízo vulgar de que o enfino da Grammatica Portugueza embaraçaria e atrazaria o da Latina , de que fó fc achavão encarregados, arredou efta lembrança do eípirito das pelloas a que cila poderia vir, para a não darem a execução. Poriíío Argodefenganado defta parte , reconheceo que no le eibdo preíente das couías , o eíludo da íua Grammatica e methodo , que propunha para ella fe aorender juntan.ente com a Latina , não era prafticavel íenão a rcfpeito dos Meninos, que aprenção. Aíilm

,

,

,

,

,

,

,

;

,

,

,

,

,

,

,

,

dem em

íuas

cazas

com

M-^^ílres

particulares

,

c


não com os que aprendem nos Eftudos públicos. Mas emíim os brados da rasao e os clamores de tantos homens doutos e zelolos do bem commum há dous íeculos , chegarão no noíTo aos ouvidos , e fízerão a devida imprefsão no eípiriro do immortal Reílaurador da Literatura Portugueza o Senhor Rey D. Joze primeiro o qual pelo Alvará de 30 de Septembro de 1770 em Coníul;

,

,

da Real Meza Cenforia , foi íervido encarregar o eníino da Grammatica Portugueza aos meímos ProfeíTores públicos do Reino, e Conquiílas, que já enfinaváo a Latina ordenando-lhes que, depois de receberem em íuas claííes os Difcipulos para os eníinar a lingua Latina ; houveílem 'de inftruil-os primeiro per tempo de íeis mezes , fe tantos neceífarios foílem, na Qrammatica Portugueza^ compofta per António Jozé dos Reis Lobato , approvada para iíío por Sua Mageftade. ta

;

Não

coníia que efte Alvará tiveíTe execução alguma , não obftante vigiar fobre fua obfervancia o mefmo Tribunal , que o tinha promovido. Em-

baraços de outra natureza impedirão o dezejado lucceílb , que outras diiiiculdades ti n hão antes embaraçado. Mandava-íe eníinar aquella Arte para facilitar

também

a

inteliigencia e

ccmpreheníam

da Grammatica Latina. Porém ella não fazia applicação alguma de huma a outra: e ifto era hum novo trabalho , que tinhão de fazer os ProfeíTopara o qual não eílavão preparados. Eíle res mermo trabalho per outra parte lhes era imprae Sjntaxe élicavel no fyítema de Declinação Latina , em que aquella Arte e todas as mais até agora tem fido fundadas e que , parecendo á prihe pelo meira viíla o mais favorável para o cazo contrario o mais oppofto. Porque não tendo noíTa ,

,

,

;

,

lingua Cazos ^ nem \\\q convindo poriíío meímo íicava regra alguma das que lhes dizem refpeito forçofamente manca a applicação da Grammarica Portugueza á Latina na maior parte , e na mais :


XII

Aíem do que bailava para fruftrar aquella íaudavel providencia a preoccupação antiga , comrnum aos Meftres aos Difcipulos, e aos. Pais de faiuilias, de íe perder no eftudo da lingua Latina hum tempo , cjue fe dava ao de huma iingua , que já fe lábia. Aííim que nao fe fabe

importante.

,

nem hum

liouveíle iTiãos

íó

obra, ficando

á

Meílre

defte

que

,

modo fem

puzeíle

efíeito

aU

gum

o dito Alvará. Lembrou-me pões , que juntando-fe em huma Arre só as duas Grammaticas Portugueza e Latina; e fazendo-fe caminhar a par, mas de modo que a noíTa foíTe íempre abrindo o caminho á eí^ tranh^ e moílrando em ambas os meímos princípios e as mefmas praílfcns , ainda que per differenres finaes íe poderia coníeguir o que té ora fe mallogrou; e enfinarem-fe ao meímo tempo ain,

,

,

,

:

fem prejuízo , ourra , antes com f^anho d'ambas. Tal he o plano defta novaGrammaticai o qualnao fe podia executar fem tomar outra diíFerenté vereda d'aquella quefeguirao noííos a ntepaíIados.Todas fuás Grammaticas Portuguezas são fundidas pela meípia forma das Latinas. Efta a origem do mal ; querer que os proceíTos de huma lingua Poípofitiva firvâo de regra aos de outra que he Prepoíitiva. Eu náo tomei outro modelo ienao o da Grammatica Geral, e Philofophica. Ponho os princidelles formo pies communs a todas as línguas que applíco prias regras geraes da lingusgem meiro á lingua Portugueza em exemplos curtos e bas as

Grammaticas comparadas

huma de

,

;

,

familiares, os quaes traduzidos logo verbalmen^ te em Latim , moftrão a conformidade das duas línguas e quando a Latina dilcrepa da noíTa ; :

ponho primeiro vezes íuccede ) o exemplo Latino , íeguido immediatamente de fua traducção em linguagem. Per eOe methodo confegui fazer o enfino de ambas as Grammaticas o m.ais fimples , que he fOÍ-'

(o que poucas

,


XIÍI partes elementares do difcurfo , duas dosobjeótos, rres Combinatórias dos nativas J<íomi as Interje^ivas hztnx rodos os macom mermos , da Oração , o qiíaí levantao e edifício do teriaes únicas duas relações de Conveniência as coordenão as meímas em ambas que são Dependência e áe y y^t differenres íique figuradas ainda a^ linguas , para entrarem na Nomes dos preparação naes. mcíma a quer íe faça pelas fua conílrucção he ,

ível. Seis

A

O

Ferbo ^ que Pojpofições ^ quer pçhs Prepq/lfões. liga as partes principaes do edifício , he hum ió , e n' elle fe transformão lodos os mais. Os Mo^ dos delle são só três ; íó três também feos Tem^ pos. A*s irregularidades niefmas dos Verbos Poríuguezes e Latinos fe dá huma efpecie de Analo-

que deminue em grande parte lua Anomalia. , Prepojíçoes reduzem-le a Ijílemaj e a ellas com feos confequentes todos os Advérbios , e todos os mefmo fe faz nas ConjuncçÕes, As reCazos. gras da Syntaxe de Concordância sao só íeis , e oueílas fe reduzem todas tras tantas as de Regência, gia

As

O

A

EU

Irregularidades p.er mt\o àz Syllepfe ^ e da fim na Co7j/lrucfão Direita^ Invertida ^ lipje. e Tranjpojla de ambas as linguas fe moftra o em que convém , e o em que differem.

íis

Em

Ainda aífim , á viíta defta fimplicidade , poderá parecer a alguém que a Arte he grande. Porem não o parecerá, fe reflectir que sâo duas em huma: que a Latina ^ fendo ainda mais abundante que as que fe cnfinão nas Eícholas , he comtudo mais breve em razão do methodo , perquc e que a Portugueza não deve envai dirigida trar em conta ; porque ferve de preparação , de explicação e de exemplo á Latina , e poupa aos Meílres muito trabalho , que íem ella terião de tomar. Deos queira lhes firva de proveito ::fte meo , ;

como

dezejo.


XIV

índice D A

PARTE PRIMEIRA. L

V R o

I

I,

Pag. 2 Classe I. D^'í Palavras Exclamativas ou Interjeições» 2 Cl.ASSii II. Das Palavras Analyiicas ^ ou Difcurjivas 3

Da

EtyiMologia.

,

--.--------_ 5 ------. ---.---.-.jb^ ,

CAP.

Dos Nomes Suhflantivos.

I.

Ar'1'.

Da

I.

Números

/>^/-

§. II.

ÀuT.

II.

§.

§.

CAP.

í-

Dos Números, Dos Cazos.

§.

II.

1.

Cazos.

8

Do

Género dos Nomes Suhjlantívos* - - «l^ Dos Géneros Naluraes , determinados pela I. Significação. i^ II. Dos Géneros Arbitrários , <^<3</á'j' a conhe"

--------. ------.

cer pela Terminação. Dos Adjeaivos,

Art

Dos Adjeãlvos Determinativos*

\s

,

§. I. Z)íí

^.

r

variação dos 'Nomes Suhjiantivos per

Artigss Portuguezes,

-

Dos Determinativos PeíToaes

II.

mitivoSt como Derivados

,

-

<^w

,

Z)<?j

li.

«

30 35

Dos Adjectivos Explicativos

vos. §.

I.

-

-

-

Das Formas

-

-

.

-

-

e Rejlritli^

,

-

-

-

..

39

Genéricas dos AdjeLatinos , e Declinação

e InJIexões

----------

ctivos Portuguezes dejles.

-^ -

-

Pri^

27

,

Art.

-

chamados Pronomes. Demonftrativos , o/*-

Determinativos • como Conjimâivos. fim Puros §. IV. Dos Determinativos de Quantidade. §. III.

-

....

i^

2Z 23 24

,

e

-.40

Do Augmento na figniJicaçaÕ dos AdjeSlivos, 43 . CAP. ÍII. Do Verbo. 44 Art, I. Do Verbo Subjlaniivo e Jeus Auxiliares. 45 e Jeus §. I. Da Conjugação do Verbo Subjluntivo §. 11.

,

--------^.46 -__---.----_ ^o ,

Auxiliares.

Conjugação liares,

Art. M. Do

do

Verbo Subjíantivo

,

Verbo AdjeBivo. Verbo Âdjtãivo

%.\.- Conjugação do

Aaiva.

-

I,

Conjugação

II.

Conjugação

e

e

Latinos em

Latinos

efeos Auxi-

/-A/J

-

Verbos Portuguezes em

ARE, dos

em ere

-

-

-

-

-

-

Verbos Portuguezes em longs.

r

"

5^

em jua Voz

r

-

-

ar -

tVi

-

.

58

,

-

(no

,

r

^^


6

XV

Conjugação

III.

^IV. §. II.

dos

Latinos

Verlos

dos

Conjugação

Ili.

em ere

------------

breve.

dos Verbos Portu^uezes

-----

em IRE.

Latinos

Conjugação

yz

IR,

do Verbo Adjeãivo

erfi

y6

em juaVoi.

82

Faíiiva

85Conjugação Latina dos Verbos PaJJivos, 88 II. Conjugação Latina dos Verbos Pajjlvos, III. Conjugação Latina dos Verbos PaJJjvos, 92 IV. Conjugação Latina dos Verbos Pajjivos. - 96 §. 11 1. Conjugação do Verbo Adjeâtivo em fiia

I.

Voz Media §.

IV.

ou

,

Conjugação

guezes.

Reflexa.

-

-

-

-

-

I02

dos Verbos Irregulares Portu-

--------*--!

03

Conjugação dos Verbos Irregulares Latinos. 108 Conjugação dos 8 Verbos Irregulares. - - - iio Art. 111.' ObfervafÕes /obre o ufo^ que os Modos e §.

V.

,

Tempos do Verbo tem na

-

-

-

-

1

1

ib. fuás Linguagens. §. II. efeos Tempos comparados com os do Subjuntivo, -119 IV. Da Prepojifam. i2£ Art. I. ClaJJificação das PrepoftcÕes Portuguezas, 122 Classe Das PrepoftcÕes pertencentes ao lugar I.

§,

CAP.

Do Modo Infinito e Do jModo Indicativo

Orafciõ.

I.

,

Onde. II.

-..----------. -----ib.

Classe Das D'onde.

III.

,

PrepoJiçÕes pertencentes

ao lugar

-----------124

Classb Das

--.---_--

Prepofiçoes pertencentes

ao

lu-

pertencentes

ao

lu-

gar Per onde.

IV. Classe Das

PrepoftcÕes

ib.

---------125

gar Para onde.

Art.

II. Reducção das Prepofife^ com feos confequenUs em AáMtxbios , /? Cazos. -

CAP. V. Da 1.

11»

Conjuncfão,

-

-

-

-

Similares.

-

-

-

126 129 130

Dff/imilares,

-

-

-

-

ib.

-

Classe, Conjuucções Classe, Conjuncçôes

-

..

-

-

-

PARTE PRIMEIRA L CAP. CA?,

I,

Da Oroçam

V R o

I

Da Syntaxe em

,

e

II.

ConstrucçaÕ.

geral.

-"

-

-

-

-

-

-

132

-

-

13'^

Syntaxe de Concordância. * - 13K \. Syntaxe de Concordância Regular. - 119 §. I. Concordância entre os Terjjius da Fr&pcjiçao, ib. §. II. Concordância das Propojifoes Parciais com,

11.

Art.

os Tataes^

I^q


XVI Concordância das Propoftçhs Subordinadas a Principal do Período, . « i^f Art. II. Concordância Irregular, reduzida a Re» guiar pela Syllepíe. - ib* III. Syníaxe de Regcncia, 14^ Art. I. Syntaxe de Regência Regular, - 145 §.

III.

cfjm

CAP.

§. I.

Do

§. II.

Do

-.--.---------------i^â ---------

I\'ominaíivo*

i^y

l^ocativo,

III. D') Complemento Ohjeâlivo e Accufativo, jb. » 149 §. IV. Do Complemento I ermihativo^ e Dativo, ou Genitivo, §. V. Do Complemento Refirifíivo 151 §.VI. Do Complemento CircunJiunciaUe Ablat\V6, 152 Art. II. Regência irregular , reduzida â Regular

§.

,

^

pela Ellipfe.

CAP.

IV.

----------

Da

Conflruc^aô da Orafaõ Pertugueza, e Latina. I. Da Conjlrucfaô Direita.

Akt. Art. II, Da ConJirucçaÕ Invertida, Art. 111. La ConJlrucçaõTranjpo/la, ApPENDiCE. Da Profodia Latina, -

-

-

156 160 162

-

-

-

164.

-

-

-

.

.

i6ò 168

ERRATAS. Pag, 1

Erratas,

Regr, in Jin,

Emendas.

(adde) Eftas quatro partes ainda fe podem rcdu* huma Lógica , que , a faber:

zir a duas gcraes

confidera a Lingua fó pcKo que tem de Intelle* que he o objecto da Etymologia c da íS^w; /âAf^ : e outra Mecânica , que íó íe occupa nos Sons materiaes da mefma , e feus Sinúes Litt" raes , que íiizem objecto da Orihoepia , c da (?/*• âiual

thographia,

IO

7 8 12

iilt.

1-2

lilt.

Jb.

20

39

I

Gentilitate

Gentilidade

Anciãos

Anãos

Orpheon Ablativo

Orpheum

os , a, o. Applicativo

os, as, o,

Vocativo Appellativo

CAPÍTULO IV. CAPITULO Devere

Dovere

Am

Am-âráo

ávão

III.

Houvemos

Houvermos

ou os contrahidos

e os contrahidos*


:

GRAMMATICA

PHILOSOPHICA A

í)

LÍNGUA PORTUGUÉZA> tÒMÍ'ARADA

COMA

LATINA; í>arA se

aprenderem ambas ao mesmo tempo.

Rammatica héa

arte de falar, e de efcrever corrè6la*

huma Lingua.

inente

A Língua compôe-fe de Orações; as Orações de Pala^^ vras ; as palavras ds Sons ariiculados ; e tudo ifto fe figura aoS olhos e íe fixa per meio da Efcripiura. Daqui as quatro partes elTenciaes da Graitimatica , a faber:' a Etymclogia , que cnfina as efpecies de palavras que entraò na coir.pofição da Oraçam , fuás analogias e diíFerenças A Syntaxe e Confirucção que eníina à coordenar e dif* por eftas palavras no difcurío de modo que facão hum fentido , ao mefir.o tempo diínníio e ligado Orthocpia , que enfina a diííinguir e a conhecer os fons articulados de qualquer palavra e feos diíFerenies áccentos , e quantidades , para bem os pronunciar Ea Orfhographla em fim que enfina os finaes Literaes/ ifdoptados pelo ufo , para bem os reprezenur na efcrrptura. ,

,

:

,

,

,

,

,

,

A

,

i

:

,


PARTE PRIMEIRA DA

ETYMOLOGI A E SYNTAXE, ,

L

o

V R

I

I.

DA ETYMOLOGIA, o u DAS PARTES ELEMENTARES DA ORARÃO PORTUGUEZA, E LATINA.

A

ou Propojtção

Oração t

léJeas

e luas

,

he a reprefentação vocal da» entrão e<ii qualquer juizo que Ideas tem nas Línguas leos fmaes pró-

Relações

,

,

qi>e

alma forma. As e as Relações também.

noíTa

prios

,

Eíias Ideas e Relações são fimultancas no noíTo penfamení-

A

to.

dem

petiva os objedos fuás relações.

melmo tempo na fua ortempo em huma profofterecem á viíla , com todas

e contempla ao

altna as vê,

bem como o olho

,

,

que

vê ao m.cfmo fe lhe

O difcurfo

pode rcprefentaras também ou juntas e em ou feparadas , e com diftincção fazendo-as fuc-ceder humas a outras. Daqui os dous methodos de reprefentação hum Natural j e Syntheíico , oulío J ri jfdal , e ^/m* confusão

,

,

,

:

ly/ieo,

Deftes dous

guagem

modos

contrários de dar a conhecer pela Lin-

noífos penfamentos

nafceo a divisão mais geral das em duas claííes ; huma das Ex^e outra das Analyticas , ou DiJ-^

partes elementares do difcurfo

ílamalívas

,

ou

Interjerções

9

4urfivas,

Classe

A

Í.

Das Palavras Exclamativas

,

ou Interjeições»

S Interjeições fam humas partículas , pela maior parte monofyllabas afpiradas , e exclamativas , que, metidas enti» o gefío , uu difcurfo , exprimem os tranfportes da paixão , e fentin^eíitos, com que a alma fe acha occupada. Eilas compõem a linguagem primitiva , que a natureza enfina a todos os homens quando nafcem , e em quanto per outro modo fe não ,


4^( 3 )=^

poáem fazer entender para indicarem o eílado , ou de dor ou que por ilFo também devem ter o que os atFeiSia de prazer primeiro lugar na ordem das partes da oração. Deitas Interjeições, humas são exclamativas geraes para qualquer aífcdo como ah! (Heu !) , e oh! (O', Proh ) v. g. Àh feliz de ti\ (Heu nimium felix ) Ah raça malãiíal (Heu Oh coftames\ ( O' têmpora O* ftirpem invifam! ) Oh tempos mores ) Oh dcjgraçndo de mim ( O' me perdiíum ) OB que nitígoa\ (Proh dolor ) Oh\ foccorrãa-me os Deofes e os homensl atque hominum íidem ) (Proh! Deum Outras fam próprias para certos aíFeítos , como as nolFas Ai!GuAi!, e as Latinas Heilf^al, para exprimir os ais de iquem chora , c fe láftimá v. g. Ai de mim (Hei mihi !) Guai :

,

,

!

!

!

,

!

!

!

1

:

!

,

!

de ti\

(

Va;

tibi

!

)

;

e as feguintes

Portuguesas,

Latinas*

De quem fe fobreralta,e admira Ahi Vah A'quj! (d'Elrey) Io (Qiiirites' De quem pede foccorro Chi St De quem faz filencio St!, De quem exhorta e afaga Eia De quem ri Ha! HA HE De quem approva e dá parabém Ha há De quem fe indigna [Chula] Ikra De quem zomba Hui !

!

!

!

!

,

!

!

!

!

!

!

Vocativa fimples

O'

"Vocativa e admirativa

dezeja

Ola'! Oxalá'!,

anima

Sus!

Utinam Age!

Ta*

Hem Ohe

Dé quem De quem De quem

fuíta

,

e faz parar

Classe*

11.

ASSi!

!

!

Sic!

!

^


Hoinem Ic

VtrtuJe\ e os nomes

,

,

que

as

exprimem

mefmo Suhjíaníivos-, outras AcceJJarias como Humano attributo de hum fubjeito

por

fer

iiío

,

nomes

^

exprimem

cliamãd, que fó podem

,

Virtuojo

»

que

chamão Adjeãivos, As primeiras podem figurar per fi fós na Oração as fegundas , porque fuppoem Tempre hum fubjeito claro ou occuU não por

os

iíTo

,

que

as

,

fe

;

:

,

em que eftejão , como Homem viriuofo , Virtude humana. primeiras reprefentão os objeftos as fegundas as f»ias qualidades e attributos : e aííim como na natureza não há fenâo individuos e qualidades ; aííím no penfamento não pode haver outras ideas nem no drfCurfo por confeguintc outras palavras, fenão as que as exprimem. Efta he a primeira operação áo noíTo Entendimento , chamada Percepção, Porem entre as Ideas Principaes c as /Jccef/ortas , humas com outras , e entre eílas mefmas há Re/f/fôes , que nofTo efto

,

As

,

,

pirito apprehende , quando as compara ; e eíta he a fegunda operação do Entendimento, chamada y^i/z'?, na qual fc comprehende a do Raciocínio» Segundo ertas relações fam de diíFercntc natureza ; aíhm neceílítâo de diííerentes palavras que as exprimão no difcurfo.A eílas derão os antigosGrammaticos o nome geral de Convinãiones , e eci lhes dou o de Conjun£iivas ou Combinatórias ; porque fervem para ajuntar , e comparar as ideas entre fi. Elias fam de três efpecies , fcgundo as três re,

,

que exprimem. , Forque, ouhumaidea tem com outra relação de Idemtidade, c Coexi/icncia ; e a palavra, que exprime eíla relação, chamaou tem relação de Determinação , e de Dependência ; c fe Verbo as palavras , que as exprimem , chamão-fe Prepoftções: ou tem que exprimem eflu rel'áção á^ Nexo , e de Ordem e as palavras chamão-fe Conjuncfôesi finco efpecies de palavras difrelação

lações difFerentes

:

,

,

,

ctufivas

;

as únicas fufficientes

;

as únicas neceiTarias

,

e indif-

penfaveis para a enunciação de qualquer penfamento , ou difque fe encontrão geralmente em curfo ; e as únicas emfim ,

todas as Linguas , antigas e modernas. As que fe acrefcentão a eflías , ou fe incluem nellas , como o Artigo , Q Pronome f e o Participio , que pertencem aos Adjedivos ; ou fam humas expreííões abbreviadas , e compoíias como os Verbos Adjeóíivos , que de oiitra'j partes elementares fe refolvem todos peloVerbo fubílantivo, e pelos adjedrvos verbaes ; e os Advérbios , que equivalem a hum nome com fua ,

prepoíição. Se a eílas finco partes Difcurfívas fe ajuntão as Interjeãinjãs , de que falámos ao principio ; féis , nem mais nem me» divfno? , vem a fer as Palavras Elementares do Difcurfo que vem a coincidir com a mais antiga , mais fimples , e «ão :

,

^oriíl® talvez

também

a

mais verdadeira

,

que

Qiii-ntilianô

di-2i


'

^i

)^

5

jizcrão os antigos das partes da Oração , reduzlndo-as só a e Vincules , corRpretrês efpecies , que são Nomes , l^erbo ,

hendendo

neíles as Prepofições íeis efpecies

Deitas

e as

,

de pabvras

,

Conjuncçóes

(a).

huiiías sáo variáveis

nas»

para com eíias mefmas moítrarem a relação de idemtidade e conrefpondencia entre as ideas , que fignificão. Taes são os Subjlantivos , os ÁãjeClivfis e o Verbo» Outras fam invariáveis \ porque só indicão relações íimples , e geraes , fuás formas

,

,

como

são as Iníerjetçaes Prepofições , e Conjuncçóes, Aquellas são neceiJorias á integridade da Fropoíição ; eílas acàdentaes : aquellas ordinariamente s?lo polyfyllabas \ edas ?nonofyllahas i aquellas innumeraveis ; eftas mui poucas. Paliemos já a tratar dç

cada

,

huma em

particular,

CAPITULO Dos Nomes

I.

Suhjiantivos,

N.

OmeSuhftantivo he todo aquelle, que per Ji pode fer fuhjeito da Oração, EHe he ou Próprio , que cohvem só a huma pelFoa ou CÕou coufa como Pedro (Petrus), Lisboa (Olilipo) chamado também Appellativo que convém a muitas mutn ou coufas , como Homem (Homo) Cidade (Urbs;). peííoas Os nomes Próprios verdadeiramente não pertencem ás Línguas como methodos analyticos , e inftrumentos do difcurfo; nem per coníequencia á fua Grammatica e Diccionario ; os Appellativos fim que são huns nomes geraes , que exprimem huma natureza comua a muitos ; e huns nomes de cklfe que comprehendem muitos indivíduos da mefrna efpecie. Sendo pois huns refummos das qualidades indivíduaes dos objedos; comprehendem em íi vírtuahyiente todos os adjectivos , que as cfpeci* Wcão , e vem aíHm a formar as noções geraes , que são as que fervem de Meios termos ao raciocmio. Daqui vem que , como per fi não tem caracler algum individual , nunca podem fervir de Subjeílo á Propofição fem Arque lho dê ; e quando fervem de Attributo á mefma ; tigo nunca fe lhes ajunta Artigo para poderem ficar na fua generalidade. Eu não poifo dizer em Portuguez Homem he mortal , :

,

,

,

,

,

,

,

,

,

.

,

:

xnas fim

O

,

mortalis

eji

,

homem

he mortal',

he porque a homo

e fe fe

em Latim

fe

entende omnis

,

diz

,

Hom9

que o deier-

mina.

Os nomes Appellativos dividem*fe em Primitivos que são como Rei (Rex) ; ou Diriva* os que não nafcem de outros como Regulo (Regulus). dos , porque nafcem ,

,

;

JI

' 1

_^——^,—___«_„^

_—

'

1

Vcteres J^etbu moJo, òi Natniua , Sí Convln^iones tmdidcrunt i vidalicetr («) ^uovi jn Verbis i;/»; y>rwiw//i , in Nojninibus wa/tr/«»/ , in Cor.vindionibus com-p!exum

forum

éfle judiçaverunt, Qv^int,

I»j?, Çrat,

cap. 4

,

njiaí

1;,


,

^( Os

6 )«^

nomes Próprios , ou de Appella* Próprios fe dirivão os GentUicios , como Poríugue^ e os Patronimicos, como Alvares, filho de Álvaro , (I.nfitaniis) Vajqueí , filho de Vafco , e em Latim Anchifiades , filho de AnDiriva.^os on o sâo de

Dos

tivos.

,

(bifes.

Dos Appellativos fe dirivão i°. os Augmenfailvos , como de fnulher Mulherão , Mulherona ; de vilhaco Vilhacaz ; de meftre Mejirnço , de Thcologo Theologaco (Theologafter). Porem maior parte carecem os Latinos. Diminufivos como de Homem Homemzinho (HoHomuncio) ; de Mulher Mulherzinha , ^.?)lus , Homnncnhjs ^Mulherinha (Muliercula) ; de Cavallo Cavallete Equuleus) de Puelluliis) ; de Vilía Eapas Rapazinho (Puellns , Puerulus yUlagem , Villocn (Oppidulum) &c. Dos Appellativos yUleta também huns são Colle£iivQS , outros Verbaes e outros Cotn^ deites pela

Os

Of',

,

,

;

,

,

,

pfios.

Os

Gemes como Exercito [ Exercitas ; como Parte Pars ) Multidão ( Multitudo ), Os Verhaes são como de Ler Ledôr ( Le£\or) e final mentriente os Compofíos como Malfeitor ( Maleficus ) Melodia C(;lhãivos ou são

ou Pnrtitivos

,

,

)

(

,

,

:

,

,

{

Meridies

)

&c.

Os nomes jfifros

Subflantivos Portuguezes

e Géneros

,

e os

,

A

R .T

G o

I

,

e Latinos

também

Latinos

I.

Dei Variação dos Nomes Subfiatj tivos per e per Cazos,

"í^

Números

I.

§. ^'"

tem Nu-t

Cafos,

Dos Números*

a diíFerente terminação de hum nome , hnm só , on dons , on mais os indivi-» idlios , ou coufas que clle íignlfica. L"^aqui a divisão dos niimeros em Singular , Dual , e Plural, Os nomes Portuguezes e

\^y Hama-fe Numero pePa qnal indica

Latinos

,

gnifícaçãò

fer

huns tée )

,

s(3

o\\

Singtilar

Flúràl ao biefmo tenipo. Tce só fingular, i."^ os ^cero},

S'cipião

(Sciprc)

,

outros só Dual

,

e outros só Plural

nomes

próprios,

Lisboa (Oliíipo).

os Brazis

,

(

quanto a

os mais delles Singular

,

bem

como

fi-» ,

e

Cícero, (Ci-

Redizemos

os C/-

algmr.as terras tée nomes ^\\ixztt\co\vo Ahrajites ^ Alnfqes , Alcáçovas Òic, i lie porque aquellcs de próprios fe fazem communs per meio ceros

,

o^'Sc!piÕes

do Artigo

;

,

e

aífim

communs fc fizeráo com terminação pluial,

e cftes de

ío sâo fingulares

;

próprios

,

e por if»


,

^{

3"^

7

de Idades , como Meninice (Piiefitía) , Moei" os de Virtudes habituaes, os d'Artes, Scicomo Caridade , Prudene outras ideas abftradas encias (Charitas , Pru£Ía , Grúmmatica , Fome , Sono ^ Sangue 6íc dentia, Grammatica, Fames, Somnus, Sanguis: e os de Efpecies c Subllancias , como Ouro Prata Azeite ^ Trigo ^ Cevada

Gs nomes

2,®

êade (Jiivenfiis)

hc

:

,

,

:

,

^

Oleum Triticum Hordeum) Os nomes Verbaes como Amar Querer ÒCQ e emíim alguns nomes Colledivos como Milicia ( Miiitia ) Infmítaria ( Pedi-

ínc

(Atiriiin

:

,

Argentum

,

,

,

,

,

,

tatus)

,

:

:

^

Cavallaria

(

Equi tatus

,

)

Chrifíianijmo

Gentiliíate

,

&c,

(quanto â iignificaçáo) os nomos que íigniAfidiJhas, A/gemas, Bofes, Bra^ íicão parelhas , comiO Andas Gémeos [GGV(\\n\ figno) , F^«Cíilções , Fauces (Fauces) gas tas (Nares), Dous , Duas (Duo , Duae) Ambos , Ambas (Am-

Tée

só Dual

,

^

,

,

bo

Amba^ ) &c, fó Plmalno Português os nomes que

,

Tée

fignificão,

ou con-

de coufas da mcfma efpecie , como Cominhos , Sêmeas ; ou miíluras de differentes efpecies , como Fezes Migas , &c ; ou aggregados de coufas para o mefmo fim , como Alviça^

gcílões

,

Arras Scc, Também tem fo Plural os numeraes para flma dons, como Três , Quatro &c. Em Latim também ha nomes fó do Plural , como Parifii-orum (a Cidade de Paris) •Jthena-arum ( a Cidade de Athenas ) , Arma-orum (as Armas), hluga-arum (Frioleiras) , hluptide^-arum (Bodas), Di" vitia-arum ( as Riquezas) , Grafes (Graças) &c. Têe Singular, e Plural ao mefmo tempo , e com huma só Cães , Lejles Arraes terminação os fcguintes Alferes Ouras

,

jt!e

:

rives

P refles

,

Simples

y

\

,

,

e

em Latim

,

os indeclináveis

,

como

Ne^uaWf Pondo &c. Porem a maior parte deftes nomes podem reputar irregulares os mais todos á excepção de

Frugí

j

fe |)oucos ,

gal

,

ou

:

,

,

fegundo acabâo em voverá nas duas regras feguinteSa

têe duas formações regulares

em

confoante

,

como

le

Regra

T,Odo nome

em

,

L

forma- fe o do fingular , como Ave Aves Hora Floras , javali Javalis , Povo Povos , Nú Nús, Mahim Mahins , Do Dos t ou fc e da niefma forte Lã Lãs cfcrevão aílim ou com A', Lan Lans &c, como também os terminados em diphthongo Pai Pais, Pão Pãos , Lei Leis tCh .Cios Mâi Mais , Bee Bces Riíi Ruis : fem fer precifo fa,

acabado

plural acrefcentando

S

vogal, ou diphíhongo

,

á terminação

,

^

,

,

,

,

pois as forzer excepç(5es por conta da differente efcriptura mações fazem-fe pela pronunciação , e não pela efcriptura. Os que acabão em ão , huns formão regularmente , como Ancião Anciãos , Anãa Acórdão Acórdãos , Aldeão Aldeãos , :


Anàãos e do mefmo modo Chão Chrijlao Comarcão Cortí-^ Órgão Pagão Orégão Grão Irmão , Mão , Órfão zãú ^jí? , Zangão» Rabão iÇtí^ «y^/^í , Temporão como /í/^Outros porém mndão o diphthongo <5í em ãe ,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

/«ãí Alemães

modo ytí/>í/5

Charlatão

P^^

,

Deão

,

Soldão

,

Cã^j

Cã(?

,

,

,

Capellães

CapeJlão

,

Ermitão

Sacrijião

Efcrtvão

,

,

,

e pelo

Guardião

mefmo A/í?/-

,

Tabcllião.

,

A

todos os mais qiiafi tofora eíles nomes e os de (ima por via de regra, formão feu Plural irregularmente mudando o ão em Õe como Sermão Sermões Lição Lições, Porem ou de outro Benção , Cidadão F/7/<í(? podem fazer de hum modo Bênçãos ou Benções , Cidadãos ou Cidadoes , yUlãos ou

dos

,

,

,

,

,

,

,

Os nomes acabados cm O' grave, mas precedido de outro O, porem fechado alem de a fazerem os feos pluraes em 0*9 mu,

,

O

dão pela maior parte o to

,

como

o

grande

Cachopo Cachopos

fechado

Povo Povos

,

Regra

em ,

O' grande aber-

Soccorro Soccórros

II.

em confoante formão o plural do finaccrefcentando-lhe ES , como Â4ar Mares , Pás Pá' ou fe efcreva adira com a vogal a^centuada , paíTando o S jfes no plural por ficar entre vogaes ; oti Paz Pazes, SL fervir de Os que acabão em JL , OLt UL , tirafe-lhes primeiro o L final , como Animal Animâes , Farol Faróes , Taful Tafães, Exceptuão-fe il//<7/ , (?«/ do moinho , Conful , c^uq hzem Males , gular

S nomes acabados ,

,

Z

Caies

»

Confules,

acabão em EL mndão o L em IS f como Broquel Broquéis ; os que acabão em IL grave mudão-no em E!St como Ágil Ágeis ; e fe he agudo mudãp-no em IS também agu«do , como Ardil Ardis Ceitil Ceitis , Fuzil Fuzis &c. lílo pelo que pertence ás variações Numeraes dos nomes Portuguezes. Os Latinos formão os pluraes de feos nomes não do Nominativo do Singular como nós ; mas do Genitivo porque he o gerador de todos os mais cafos afílm chamado y o que melhor fe verá nas fuás Declinações.

Os que

,

,

,

*,

,

,

Dos

o

Cafos»

S Nomes aílim Portuguezes como Latinos , na fua pricomo do plural não fazem meira forma tanto do finguiar parte da Oração: porque exprimem os objédosem fi mefmos fem relação alguma a outros. A palavra //í^/wrw Homens [Ho" tnoU Homines ) nomea $ó efta efpccie dç indivíduos fem íef*,

,

,

,

,

,

pcito

algum

a outra coufj.


^( Mas

)<*

9

obje£los podem dizer relação a oufros , e certo ^ fe ajnntão em oração. Eftas relações podem fer infinitas. Mas as mais ordinárias c importantes são as que fe efcolhêrão para per meio de certas partículas juntas aos no-

dizem

eftes

quando

,

exprimirem. Taes são Subjeãiva que faz da idea exprimida pelo nome o Subjeito que fala ou de quem fe fala na oração. 2.- a Relação ^ocaflva que faz da mefma idea o Suhjàto cota quem fefilii na oração. 3. a a Reli^ão ReJlriBtva que faz com que hum nome, junto

mes

fe

:

l.a a Relação

,

^

,

,

,

lhe refírinja fua fignificaçao geral, a outro a Relação Terminaliva , que faz que o nome ,

4. a

Termo de outra relação. a Relação Ohjeílivay que faz com que

,

ou fua idea

feja o 5.^1

a idea,

exprimida pe-

o Ohjeâfo de huma acção. 6.* Relação Circumjiancial que faz dos nomes , ou de fuás ideas, varias circumftancias , que modificão , e explicão os termos da Propofição. Para que hum mefmo nouie pudeííe exprimira fua idea com todas eíias relações , efcolhêrão as Linguas hum deites três meios: ou o das Terminações firmes sós juntas aos mefmos nomes , chamadas Cafos , e a que podemos dar o norne de Pof" fojiçoes\ e efte methodo feguio a Lingua Vafconfa ou o das Partículas quer incorporadas prepoítas aos mefmos 'nomes

nome Emfim a

lo

feja

,

^

,

:

y

,

chamadas /í(^a*<?j como fez a Lingua Hebraica quer chamadas PrepofiçÕes como ora praticão a Lingua Portugueza e quafi todas as modernas ou emfim o de ambos os modos ao mefmo tempo como fizerão os Gregos e os Romanos, fervindo-fc já só dos cafos fem Prepofição como fe fervem os Latinos do Genitivo e do Dativo já dos mefmos com ellas como pradlicão os Gregos em todos os Cafos e os nelles

,

,

feparadas

,

,

:

,

,

,

,

;

,

,

jLatinos

A

em

alguns.

Língua Portugueza não tem Gafos

e para indicar eftas

;

as Nominaes efcolhêo os Ariigas as Interjeições que he a do Prepoftções e as Pofções, Exprime a i.^ Relação Nominativo ou pelo nome próprio fem artigo, ou pelo appella-

relações

,

,

,

,

y

com

que he a do f^ocativo pela Interjeição a 2,^ Vocativa O , e pela poliçáo do nome entre paufas a 3.^ que he a do Cotnplement^j Reflriãivo^ pela prepoíição e fua pofição immediata ao appellativo, qjie reítringe: a 4,-1 que he do Complemento Tertninativo pela prepoíição A prepoíla ao nome: pelo nome , quan35.^ , que he a do Complemento Objectivo do he de coufa poíto fem Prepofição ifu mediatamente ao Verbo de cuja acçam he objeclo ; e quando o nome he de pcííoa com a mefma Prepofição Ai a 6.-'^ emfim que he a do Complemento Circumf.ancial, com o nome piecedidu, jci de huma. tivo

elle

:

,

,

:

,

DE

,

,

,

,

,

,

,

,


:

ja

cie

outra Prepofição

Com

fegiindo

,

a

circiimílancia a

demanda.

prepara a LinguaPortugucza os nomes para entrarem em oração ; bem como a Latina o faz com as fnas Declinações , ou terminações do mefmo nome , chamadas CanoiTíe de Declltiaçãa não convém aos nomes Portuguc* Jos. ZLS » mas o de Preparação íim ; e deíie ufarei em lugar daquelle nos nomes feguinies , que ferviráõ de exemplo para to» efles íinaes

O

lios os

mais.

Preparação dos Nomes Próprios, Feminino,

Miifculino, í

Nomin»

\ l/ocat, ?Jlr.

?"' \C. Term.

Maria.

De Pedro

De

A A

A Â

O' iMaria. Maria.

Maria. Maria. P^r Maria.

Pedro,

Pedro. Circum/i, Per Pedro. Objeâl,

'li

Pedro, O' Pedro

Prepararão do Nomes ApeUativos.

2)í A^íwr Appellalivo Mafculino

^.

,

í;.

,

ou

Homem.

Singular,

Nomin,

Homem

f^ocat.

O'

C. Refr,

Hum Homem

,

Homem

o

Homem, De Homem, on De hum Homem ou D' o Homem. A Homem A hum Homem ou Ao Homem. ,

C. Terrnin,

C. Ohjeã.

,

,

Homem Hum Homem ou hum Homem ,

,

C»CircumJí, Per Homem, Per

Homein.

o

,

ou Pel^o

Homem»

Plural.

Huns Homens

Nomin,

Homens

Focaf.

O' Homens,

C. Re/ir,

,

,

ou

os

Homens.

De Homens, ou De

C. Term,

^Homens

C, OhjeSi,

Homens

A

,

,

Hum Homens

C, CireumJi,PerHoir\ens,

Do Nome

huns Homens, ou Z)'sjHomens. huns Homens , ou Aos Homens.

ou Os Homens. Per huns Homens ou Peíos Homens, ,

Appellativo Feminino v. g.

Mulher.

Singular,

Nomin,

Mulher, Hí/w« Mulher

y^GCiít.

O' Mulher.

C. Refir.

De Mulher

,

ou

,

ou « Mulher.

De huma Mulher

,

ou D\i Mulher,


Kfulher, A huwa Mulher ou Aa Mulher. Huma Mnlher ou A Mulher. Mulher Per huma Mulher, ou Pel\i Mulher; Cireumji. P^r Mulher

C. 7erm, C, Objeâ.

C

A

,

,

,

,

PhraL Mulheres

Nomirj, ^ocat.

,

Humas Mulheres

O' Mulheres. £)í Mulheres, ou

ou As Mulheres.

,

^re5.

Mulheres, ou DVvíMulheA Mulheres A humas Mulheres, <,u if^í Mulheres. Term, Bumas Mulheres ou As Mulheres. C. Ohjea, Mulheres C, Cireumji. Per Miúheiesy Per humas Mulheres, ou /^^/'fíx MuC. Reftr.

C

D'/6í/wfl.f

,

,

,

lheres {a), Eftes quatro exemplos fervem para todos , e quaefquer nomes Portuguezes. Donde fe vê que os íinaes das Relações No-

minaes nenhum trabalho dão na Língua Portugueza. Não fuccede o mefmo na Latina. Efta ufa de Cafos ou Terminações difFerentes do mefmo nome em lugar das Prepofições, Exprime a l.^ relação do Subjeho da primeira , e terceira ou Nominativo : a 2.^ do Subjeiío perfoa pelo Cafo re£lo da fegunda pelToa pelo Focaiivo ; a 3.^ do Complemento Rea 4.^ do Termo de huma relação peftridivo pelo Geniíivo pelo que he do Objeâo de huma acção lo Dativo: a 5.=» Jiccufativo fem Prepofição , e a 6.« das varias relações Circuní,

:

,

,

ftanciaes

,

pelo Ablativ/

e pelo

,

mefmo

Accufativo

com

va-

ou expreíías , ou fobentendidas. E ertes mefmos Cafos ou Terminações não são os mefmos em todos os nomes ; mas diíFerentes fegundo as DecU* que acabão a i.^ dos nomes nações , que são finco , a faber no Nominativo em ^ , e no Genitivo em yE a 11.^ dos acabados em ER IR US e UM, e no Genitivo em /: a iii.»^ a i v.^ dos acabados no Nodo5 que fazem o genitivo em IS minativo em US e í/, com o Genitivo femelhante ao Nominativo e a v.» dos acabados em ES com o Genitivo em El, como fe verk nas Taboas feguintes , em que fe não pÕe os nomes Portuguezes preparados ; porque o feo apparelho he o rias Prepofições

,

,

,

:

,

:

,

y

,

:

,

:

mefmo

(a)

Ui

,

As

(jne fe

vè nas taboas antecedentes,

rasSes das diíFerentes Prepaiaç-5es deftcs

oa Ifldefiniío, cu Definito

,

fe

Nomes

,

ji fetn Artigo, já

jHjdemver no Cap. feguintc, Art,

i. §, i.

com

cl-


pECLINAÇAÓ Dos Nomes Femininos em A com

o

I,

Getiitivo

em

M.


Declinação Dos Nomes MafcuUnos o

Singular,

,

Femininos

,

ÍII. e

Genitivo em IS,

Neutros

,

que fazem


4'(

u)^

Declinação I^is

Nomes MafcuUnos em U$

e Neutros em , femelhante aâ Nominativo»

Singular,

tv

IV»

U com

o Genittiiê


mtntfjoé Eftas são as claíTes naturaes

Todos os mais

niaes.

Seres pois

,

cm que entrao sô os anique nâo tem fexo algum , ,

nem deverião fer poftos na Clalíe , ou Género Neufrj, ifto he mafculino nem femwiino ; e tal com cffcito foi a diílribuição , que delles fez a Lingua Ingleza, Não foi o ufo tão difcreto nas outras Línguas, A Portugueza não reconhece nos nomes fe não dous géneros , iVIafculino > nem eftes nera e Feminino. Os Latinos tem três. Forem que os Inglezcs. Entre nós guardámos a mefma diftribuição nós iodos os Seres inanimados centre os Latinos hum granou na ClaHe mafculina ou na femide numero delles entrão ou claífe que fe lhes alfignou nina , de forte que o género foi inteiramente arbitraria ; o que tem difRcuhado grandemen-te eíla parte da Grammatica Portugueza e Latina ; a qual fe-ria efcufada ,. fe os Adjedivos , que tem de concordar em ge* nero com os Subftantivos folfem de huma só forma, como são na Lingua Ingleza. Mas como na Portugueza, e Latina a maior parte delles tem terminações genéricas ; efte conheci,

,

,

,

,

,

,

,

,

-,

,

,

mento dos Géneros

fe

faz indifpenfavel.

Para o facilitar mais, tratarei primeiro dos Géneros A^^j-iuraes , determinados pela fignificação cujas regras são quaíi as mefmas em ambas as Línguas e depois paliarei aos Géneros dados a conhecer pela terminação Arbitrários notando só as diíFerenças , que huma € outra Lingua faz nos Géneros , maículino e feminino ; e quanto ao neutro claírtficando nelle todos os nomes Latinos , que lhe pertencem. ;

:

,

,

,

,

§.

Dos Gentrcs Naturaes

,

I.

determinados pela Significação.

Regra

O A6

do género Mafcidino

I,

na Lingua Portuguesa, que fignificáo , tnacho aflim próprios como appellativos , oji fejão de homens , como Alexandre (Aíexander) , Rei (Rex); 011 de brutos , como Bucephalo ( Bucephalus) Cavallo (Equus); on de probílócs e minifterios próprios do homem , como Profeta (Propheta) Magifirado (Magiftratus). K como na linguagem reprefeniativa da Pintura , e da

como na Latina

,

todos os

,

j

aííim

nomes

fubftantivos

,

,

,

,

'

•Poefia fe

coOnmão

bulofos

os Anjos

%es

,

ifto

:

pintar com figura de os Ventos , Montes ,

bafton para fe

(

como Olympus )

(

Januarius

nos

,

,

,

j ,

homem Mares

,

os De'jjes fa>Rios , e A/^-

porem também na c.laíTe dos mafculi(Aquilo), Olympo

Júpiter , Lúcifer y Norte Oceano ( Oceanus ) , Tejo e outros femelhantes.

(

Taguii

j

,

"Janeiro


:

Regra

II.

EM

ambas as Linguas ?ão do género Feminino todos os nomes Subftantlvos que {\gmí\c^o fcmerj ou féjão de mulher, como DlrJo Dido ) Glyceria (Glycerium ) on de officios e coufas que lhe pcitenção como Rainha ( Regina ) Mãi ,

,

(

;

,

,

(

Mater

,

,

)

,

Avó (Avia)

Madrajla (Noverca) Ama (Niitrixj Vaca ( Vacca) Egoa ( Equua ) Leoa ,

,

de brutos como Lea^na) ou emfim de coufas perfonificadas e reprefentadas em figura de mulher, como Deofas v. g. Palias Vénus &c. 5 as partes principaes da terra , Europa America Afia , Africa &c. ; as Sciencias e Artes Liberaes como Theologia Hifíoria Pintura (Pi6lura) ; as Virtudes e PaiPoefia (Poefis) xões , como Juftiça ( Jurtitia) , Prudência (Prudeníia) Foríaleza [¥ox\\Xnào) Temperança (Temperantia) , Soberba (Superbia), Foriuna Fama &n.\ Pela analogia da fecundidade das terras c arvores fruíííferas com a dos animaes são outrofi do género feminino os nomes de Regiões , Provindas , Terras Ilhas , Cidades e os Maceira { Mahis ). de Arvores como Fruteira ( Pomus ) Os de arvores filvellres ordinariamente são mafculinos em Portuguez , como Pinheiro , em Latira Pinus feminino.

©II

,

,

,

:

(

,

,

,

,

,

,

,

f

,

^

y

,

^

,

,

,

,

Regra

III.

OAó

ofa a Comuns de dous ^ ifto he, pertencem ora a hum ou com huma só terminação (â outro género os nomes que maneira dos adjedivos de huma só forma) fe podem applicar com o Artigo Mafculino , ou Femi-nino , já a macho , já a( Infans), /«/^r/r^/^ (Interpres) Affini fêmea, como Infante óu com huma só termi(Affinis) Conforte ( Conjux ) &c. ou femafculino ção e debaixo de hum só género e artigo minino i fervem para fignrficaf ambas os Sexos ; no qual cafo tem então o nome de Epiccnos , ifto he , Sohre-comuns, Taes são os nomes mafculinos Elefante (Elephas) , Qoífnhd Corvo ( Còrvus ) Javali ( Aper) e muitos ou.( Delphinus) , tros ; e os femininos Águia (Aquila) , Cobra (Anguis), Codor-. quando fe nos faz prefiiz (CoHirnix) ÔlC. Neííes Epicenos ,

,

,

(

:

,

,

,

,

,

,

ajtmtamos ao nome proniifdo animal íuo debaixo do' mefmo artgo , o adj^élivo cxplícaiivo wííiho , ou fêmea, dizendo: O Elefante macho (Mas Elephas)\ O Elefante fêmea (Elephas foemina &c.). cifo efpecificar o fexo ,

,

,


,;

11.

§.

Dos Géneros

arlítrarios

,

a ionhecer pela

datíos

Terminação,

EM

outro tempo houte na Lingna Portugueza nomes

eomo

Diadema

Fantafma

/;/-

Metrimor^ Scijma , Torrente Tribu , que fe 11 fafhoje , Perjonagem houve nomes mafcuvão já em hum , jâ em outro genbro que ora são femininos e pelo contrario. Agora rio úfò linQS prefente e vivo de nolla Lingua não ha nonne algum incerto. Todos são ou mafculinos ou femininos còmò na Liilgua Heceríos

,

Cata/iroph'e

,

,

<?

,

,

,

:

»

,

,

nenhum

braica,

neutro.

Na Lingua Latina , agora morta , alguns nomes há de géque iios melhores claíTicos ora fe achâo mafculinero incerto ora femininos, ou também neutros , confervando femprè tibs a mefma fignificação. Com eftes não he neceíTario embaraçar não os principiantes. Porque qualquer gjenero , que lhes dêm crrão e tem audoridade por íi. Palfemos pois aos que são cerc no Latim. Todos ertes entrão nas regras tos no Portuguez geraes .das Terminações , das quacs no Portuguez humas saò Mafculinas fempre , outras fempre Femininas ; e outras , já Mafculinas já Femininas , como fe vê nas três Regras fc-; ,

,

,

,

,

;i

guintes.

Regra

I.

OAõ fempre ínafculinas 1°.

jfavaUt

Baço

,

,

Brim

dos nomes em í e u agudos, como ^ Bambú\ ecm ò gravcj è em o grande fechado, como Aço, Brio Avô e bem aílim em im om um como i Dom Atum» As terminações nos Dipthongos ãi áo éo êo, êi oú as terminações

,

2.°

f

,

;

^

,

,

,

como Pai

,

,

Balandrào , Céo , Brêo , Comhói , Heróe, Exceptua-fc só A^á^ femihiho, 3."^ As terminações em íd él // , ó/, úl , como Areât Burel t Abril f Anzol, Paul. ( Exceptua-fe só C^?/ feminino} c também os acabados G\n ar , êr (com ^grande fechado) ^ ir , ór (com ô grande aberto) ^ zír e os (com o grande fechado ) como Ar , Prazer , Elixir , Balôr , Catur , yf/ée

,

,

,

,

,

,

^ôs &C.

Regra IL k^AÒ fempre feminmas as terminações erí» « grave, como Aba Pada Tia &c. ( P^xeceptua-fe .s6 Garrafa, Poga Dia mafculino) as em a, q ai nazaes como Irmã Lani Ma fã Marram R^mà , Mãi tttnê grande fechado, como ,

,

i

:

,

Mercê,

,

,

\

S

,

,


Ri:gra São commuòs aos Géneros

III.

Masculino

,

e

,

Feminino as

iertninaçÕes feguintes em,

5 qmiHo

/ ^'-

è grave

^

rM

.

f.

^^^'"^rà

,

y^r/f

Neve

grande*"!^

V \

'

/

âo

,

F.

Jvó

«

y

V

) F

'

^

llkô

^

^

,

Teiró,

,

,

,

,

,

,

" '•

final.

(Cabeçãoy Caixão, Colchão , Coração, Frangão, Ef" \ crivão , Feijão, Melão, Órgão, Pão, f Lezão , Z/fã? Mão Multidão Occafiâo Opi^ «/^(?, e todos os mais que antes de ão tem ou /, ^ ou f ou Ji. 1^ Armazém, Âffem , 5^w Defdem , Homem Pa^ Selvagem , Trem , Fintem, ^^'^^ » Refém L Homenagetn Imagem , c todos os f , / ^^^^^^S^^^^ \ "^^^'^ 9"^ antes de em tem ^.

ir

V

E

i^^r/n Termo, Vento,

Filho

^

c todos os mais,

^//«í/í,

,

antes do

Z);?, A^í?,

Enxó

,

Tafetd.

,

/^tí//^.

,

,

i F.

Pará

,

tÇ^a-V

,

D

que tem

/ M. -5^/^ó,

aberto ^

Mote

^í/y w^

\^

Ó

Maná

,

*

»

(M.Ret, y?í7.

Bei.

Grei,

M. Dezér , Talher, Mulher Colher. IF. ^ TM. Amor, Andor, Ardor, Calor ^ Favor, Fervor - J Terror, L?Vjr (

^^

^^

,

qr -

-

• - -

^

,

(^F. ... .

Cír, Z)ír

Antraz

Paz

,

/^/^r,

e os mais monofyllabos,

Arganaz

,

Calaz

,

,

Rapaz

Tenaz, M. Convéz , Revéz, F,'

/ M.

^

_ _ .

rez

,

J

,

Arnêz

i'z

Indèz

,

Mêz,

,

Vez, Lf. Rêz , T':rqiHZ Matiz , Nariz , Ferníz. / M. Eápiz E , \f. £ uiz , Cerviz , Matriz , Raiz» ,

IZ

j ^

- -

M. Aljaróz

Cóz,

,

Fôz , Nóz Vôz. Capuz , Cufcúz f M, Arcabuz p^

Antróz

,

,

,

Por

efte

modo

ficão

,

Lapãz,

mais facilitadas do que ate agora erao,

as regras dos Géneros Portuguezes. De 42 terminações que noffos nomes tem , 27 ficão lixadas nas piinieiras duas regras »

para por ellas podermos dizer ao ceno

íe

hum nome

he mafcu-


tino ; òii feminino , e de que fórma de Artigo hade fcr precedido, ficando aílim fó 15 duvidofas. quaes são as da Regrai II. Mas deltas mefmas , tirando as quatro terminações em è grave ^ ão ^ em , e or , que são as mais abundantes , e para as qnaeS dei regras geraes no feu mefaio lugar; as mais tem tam poucos nomes, que pouco mais ferão dos queahí fe aportião para

exemplo.

EíUbclecidaS aílim as regras dos Géneros dos nomes Pore huma excepção fe podetuguezcs ; com huma Regra geral rá enfmar aos principiantes o qiie lhes baíte aprender ao prine Feminino dos notncs Latinos, cipio do Género Maículino fem os embaraçar logo corh tantas regras , quantas são quaíi as excepções* ,

,

L

Regra Pará

D

os

Ado

nomes Latinos do Género Mafculino

qualquer

nome Latino

,

e Feminino^

que não pertença ás regras puzerão atraz , nem á dos nomes neutros , que le porá logo repare-fe de que género he na Língua Portuguêza o feu fignificado próprio; e eíle mefmo género he ordinariamente o do nome Latino comoTiiio (Tiçãoj , Care (Carne.)

da

I

fignificação

,

que

,

fe

:

i

Excepção

De 'Masculinos

alguns nomes mais ufados

,


^(2o)i^ Femininos

'•^Masculinos

Ombreira

Poílis

Ordem

Ordo

Laus dis Meihodus,

Parede Pedra

Paiies

Lápis

Pérola Pente

Pons

,

J^Jethodo

I^nrdo Período Pefcoço

Nardiis , Periodus

i

i

i

,

Pinheiro

Cervix Pix eis Pinus i

Pórtico

Porticns,

Roxinol Synodo Talião Receio

Aedon

Valle

Vallis

,

,

Alvus VelVis

,

Piilex

eis

,

is

,

Tiaras

as

, ,

is

Unguis,

1%

nis

,

is í

is

não parecer

eíla regra

tis

nis

,

,

nis

,

Fuftis

tis tíis

,

i

,

Formido

Veftido

nis ,

,

Caílis

Unha

nis

,

Synodus Talio ,

Ventre

í

is

,

,

Unio

Pulga Pede 7iara Vara

eis

,

Fez

em LaLuii.

Idiis , iium Sindon , nis

Idos

Lenço Louvor

FemininOJg

em Português.

Latim.

Português.

Se

Masculinos

em

em

baila nte para o principio vai

Regra

a

II.

Geralmente falandê , humas terminações são MnfcuVinas outras commuas a hum e outrt outras Femininas género , e outras Neutras,

f

,

i.*^

Verm,

O AM EN

Terminações Mafculinas,

Exemplos.

Homo

,

Pósan

,

is

Peóien,

is

Excepç^óes,

Caro

nis

nis

f

F.

Flamen (aíTopro) Flumen Lúmen Inguen , Unguen N. , ,

,

,

,

Gluí-

ten

IN

ON

Delphin

Canon

,

is

,

is

ER

da L« Decl. Ager gri

IR

VirJ

OR

Amor

Aedon

,

Alcyon

,

Icon

,

Sindon

F#

,

OS

,^

Mos

,

Arbor F; Ador, Cot, Mquor, Marmor^^i.

ris .

,

ons

,

Ç Arbosy^orisy Coí-ótis, Doí-otis < r^r n xt OJ-ogis N^ \OJ*nu , rir •

F. Chãos,'


,,

2.* Terminações Femininas^

Exemplos ^

T'erm-

A

Excepções,

da I.Decl. Ara-ce

Cometa

Adrla

dirivados de verbos,

i

cha

,

í£

ou

,

tis

E da I D ec Ej)itorne- es Os numcráes -^ ^ „. Ua.onu.. IO |&^. M. i

.

DO. M.

f\ )

Epicenos

e os

Paf-^

N. £/«/>

,

Duernio

^uateritit

,

os de 2 Syllabas , como Cardo-inis fí arpago de 3.

também

c

,

F. CS de 3 Syllabas , como Dukedo- inis , e também Gr ando de %, M. os da I. Decl. como Tiaras-a : os da 111.» com o

GO.

^ f

Gen, em

^

,

como JcolaM»

Commuas,

3.° Terminações

-

,

] .

,

i

Planeta

{

\

«

antis.adiSf aris,

mas^-antis, Vaf^dis

I

^

,

ajjis

,

MaJ-aris

como AdaAJ-oJfis c

,

feos compoftos.

F.

Todos

M.

o^ mais d^ 3,^ Deçl.

do VaJ-fis"^. como Pejdis Cefpes-iiis ,

como ,

JEflas-tis

,

tiran*

Cocles-itis^ Eques-itis

,

FomeS'tiSy Gurges-iíisj Limes^itiSf Palmes^ iiSf Lehes-etiSf

ES

Paries-etis, e Poples^ Stipes,

TermeSf Trames AcinaceS'is , Cometes , íT, os mais da 2.^ e 5.^ Decl. como Alesitist Fi^ Porem Ms-erris N, des-ei os em NI s, f Axis^ Caulis, Cajjis-isy Cenchris^ ^

F.

Todos

:

M. Todos

Cucumis-eriSf Enfts, Fajcis

,

Follis

FufliSf Glis-irist Mênfis t Mugilis

,

Oròis

Collisy

)

*

Pifeis, Pollis, Pojiisy Sangufs-inis, Sentis

"^

Torris

F,

Todos

os mais

,

^

f

Feáfis, f^ermis, Un^iiis, f^omis.

cm

is,

como

Caffis-idis

,

TuJJis-is^

M. Os

da 2»^ e 4.» Decl. como Annus-i , Fruãus-ãs* V Porem Pelagus, Virus, Sexus / N. jF. HumuS'if Vannus-iy Acus-ús, Domus-i, ou us\ Ficus-it ou úsy Idus-uum, Manus-us Porticus-ús , < ^uinçuatrus-us, Tribus-ús, e os da 2.» Dei / dirivados dos Gregos em oí , ou cl. em wj r

,

US

,

,

V

como

Byffus, Melhodus &c. EX de duas fyllabab, como Ahax Apex, Porem Alex, CareXy Fornax , Lodix Phalanx, Thomex, Vivex são F. F. Os em X de 1,63 fyllabas, como Fax SupeUex-ctilis Porem Qrex-gis he M. ou incerta, ,

#5^5?

M. Os cm AX

,

e

,

,


.

4.® Terminações Neutras*

Á

Decclinação em /', emplumai Declinação em Poema-atQS

E

Cubile-íS

AR ER

Calcar- is Cadãver-ls

UR

Murmurais

.

Da

2.»

UM I)a 3.^

/'''""^"'^fci^.--'^'^'^*...*^^'''**^

.

Xav/a-

-

-

/wr f

f

US

Exceptuâo-fe

T

Ccelumy

,

Mulier F.

Furfitr

l^epus^oris

--•-.< Fraus-dis

Corpusroris

\

,

tis,

(

l

, ,

Lausrdis

C

La C' tis Jnimah-is

Todos

os

Todos

os Indeclináveis de qualquer terminação

-

nomes do

/tíJ

Nefas

,

,

PI,

-

em A

Manna

C A P

N

.

I

Dos

,

Mugil^ Sal,

Sol,

de qualq»ier Decl.

M///í

T U

,

L

M. M. ,

Salus*

^irtusntis F,

Lf

-

Vultur

,

Mus-ris

,

Prx/ul

como

como

M,

>^r-

^-^í,

;

PíW<7 &c.

O

IL

AJjeâiivQS,

que exprime as ide^s accerr aquelle que só podem fer attributos de hum fub-» jeito. Poriífo nunca figura per fina oração, e connota femSabia pre hum fubjeito emqueexifta, como Bom [^onws) (Sapiens) pedem hum fubjeito, que fe diga tal, caguem fòrias

Orne Adje^^ivo he e qualidades

,

,

,

,

H^odifiqucrn.

Os Adjedlvos nam podem

modificar fenâo

nomes appella*

porque só eftes fam fufceptiveis de determinações, e os ; próprios, não: porque os indivíduos, que elles exprimem , tem todas aquellas , perque são o que são, fem fe lhes podePedr9 rem accrefcentar nem tirar. Aílim quando dizemos he hm (Petrus cft bónus); o adjeOivo Bom não concorda com Pedro como queni dinclfe Pedro he Pedro bom , ifto he , Pe^ mas concorda com o appellativp Homem , que (Jro heo que he

tivos

:

,

,

:

entende. Mas , fe o AdjeíHvó modifíc^ fempre hum appellativo , claro ou occnlto \ de quantas maneiras diiferentes o modificar , tantas ferão as efpecies de Adjeólivos. Ora todo o appeU JátVvoTc pode çonfiderar de dous modos : ou como hum nome , que exprime huma noção , oti complexo de propriedades ef-

le lhe

fenciaes de

huma

natureza

commuoi

a muitos

indÍYÍt|uòs

i

ç


I

«5^

(

23

)

«^

nerte fcntido he rufceptivel de duas modificações ; cação , que defenvolva as ideas parciaes, incluidas

ou de Explina idea ge-

que per meio de alguma idea accidcnliaccrefcetítada ás elienciaes da natureza commum lal mite el^a com hum maior numero de ideas a hum menor de inrai

ou de

;

Rejiricçã')

,

,

,

tiividuos

:

ou o appellativo fe toma como hum noiíie de Claffe Género que contem debaixo de fi muitos indivíduos e nefle fentido pode fer applicado , e determinado a comprehender , ou hum só ou nenhum. ou todos os indivíduos ou alguns Os Adieò^ivos que explicão chamão-fe Explicativos os que reiínu^em Reftrictlvo^ os que determinão Determinatimas nem vos, Odiando digo por ex : Todo hojjiem he racional fed iodos os homens são razoados ( Omnis homo eQ rationalis non omnes homines funt rationabiles ) o adje<Srivo Todo , To^ dos he Determinativo, o adjeílivo Raàonaihç. Explicativo, e O adjcétivo Razoado he Rcftridivo,

Ou

,

:

,

,

,

,

,

,

,

,

^

,

:

Artigo Doí

I.

Ãdjeêllvós Determinatttiis*

Q

Uatro são ns cara<5eres , que diftinguera os adje£livo9 Determinativos dos Explicativos, e Reftridlivos ; i,° não mudarem nada na fjgnificação do appellativo 2.° precederem-no fempre 3.° não ferem capazes de grãos de augmento , ou diminuição na fua fignificação 4.° ferem mui poucos em numero, comparados comos Explicativos e Rettridivos » que são :

:

:

infinitos.

Os Determinativos applicão os appellativos a tomarem hum fentido individual de dotis modos : ou caraclerizando-os com certos finaes, e qualidades individuaes: ou applicando-os a certo numero. Os primeiros chamão-fe Determinativos de

^a^

lidade

os fegundos de

,

Os

de Qiial idade

,

^antidade. ou são Geraes

,

ou Efpeciaes,

Os Ge-

juntos a qualquer noiv.e coinmum , indicãa que elle fe emprega então em hum fentido individual , ou vago c indeterminado , ou determinado: e taes são os nolíos dous Artigos hum IndefinitOf como Hum Homem , e outio Definito, raes são os que

,

,

como O Hoíiiem, Os Efpeciaes são

os que individuão o nome commum poc alguma qualidade, ou circunftancia particular, quer feja P^/"-

Joal refpeito ao papel que rcprefenta no difcurfo, António Egó Antonius) Tu Pedro ( Tu Petre ) t

,

{

(Paulus

is

Noifos bifavós

),

rer.tes veftrij

;

,

(

Noílri proavi)

quer 8 circunftancia feja Local

como Eu E.lle

Pau}9

,

FoJJos pais (Pa-,

,

que os moílra e


aponta pçla diftancia

em

,

que

vendo

fe eílão

,

como

Eflt f/?-

Âçulllo çue ( IIrhem (Hichotno), EJfa mulher (líla miilier) lúd quodj. Os primeiros chamão-fe PeJfoaeSf os fegundos De,

tnofiratlvos»

Os Determinativos

"

Jaes

de ^lantidade

fe

dividem

em

Univer-m

c Partilívos.

,

Os primeiros applicão o appellativo ^ totalidade dos indichamados poriOb Pcfitivos como víduos , quer affirmando ^odos QS homens ( Qmnes homines) ; quer negando, chamados como Nenhum homem (Nemo ou Nullus homo). h^egativos Os Pariítivêi applicão o nome commurn só a huma porção de individuos, ou vàg-ày como Muitos homens (Multi homiou epcada e certa coAlguns himens (Aliqui hominesj X)'ès) mo Hum Dous Três homens fUnus Duo , Três homine<;) , O Primeiro Ó Segundo Rey ( Primus , Secundus Rex ), Os primeiros chamão-fe Indeterminados, os fegundos Numéricas^ Dq yòdòs elles palio a tratar per eíta mefma ordem. ,

,

,

:

,

,

,

y

y

y

h

§!

Dos

\w> Hamão-fe iTofyilabos

gnificão

;

Artigos Por(uguezes*

Artigos certos adje<5tivos Determinativos, rnqno difcurfo , que per fi nada fipoflos antes de qualquer appellativo , indicãq

e frequentiffimos

,

mas

fe deve tomar ali na fua generalidade; mas em hum quer ou indeterminado ou determinado íentldo individual pelo difcurfo , e circunílancias , quer pelo fentido de quen>

que

elle

não

,

,

,

delle ufa.

Para o primeiro ufo tem a Lingua Portugueza o ArHu^ //«wrf para o fmgular, (? Huns Indefinito PJum Tiias para o plural ; a Ingleza o feii A \ a Frânceza o feu Vn ; a Grega e Latina carecem dellç exprçíío , porem enten-»

tigo

,

,

dem-no. Para o fegundo tem a Língua Portugueza o Artigo DefiniA para o fingidar e Os As para o plural; a Ingleza q La LeSy tirado do demofíêo The ; a Frânceza o feo j^f lUud de qup também os Romanos ília írativo Latino llle tò. e a Grega o feu o t fe fervião em cafo de neceílidade diíFerença de hum e outro Artií^o fe vê claramente neílas exto

O

,

y

y

,

y

y

y

,

íí

,

prefsões Éfie he

,

applicadas a

hum homem

,

hum mefmo

lifte

he

o

íubjejto

;

Ejie he

A

,

home^

,

homem,

^ Os feo? ofncios na oração são i.° Entre muitos objectos , comprehendfdos na ílgnificação geral do nome appellativo fincar a attenção do ouvinte fnbre hum dclles só, ou indeterminadamente quando he defconhccido ou determinadamente ^ :

,

,

,


»

Ariíloteles obfervava

quando o não he. Já

mermo

O prazer

hum bem

(

n)

:

que não era o

A

O prazer

he 9 bem. primeira propofiçâo he verdadeira a fegunda falfa j porque O Bem por excellencia he O Summo bem» 2.° Individuar , ç determinar a íignificação vaga dos apquando elles pellativos para poderem fer fubjeitos da oração ou uci)ão fam iiidiyidnados por outro determinativo claro Rei deve fcr o paftor do [eu çulto. Ninguém diz em Fortuguêz

dizer

:

he

c

,

,

,

,

;

fovo

Hjuiem he animal

,

Rex

populi pajior

mas fim

tale:

,

^

dehet

ejje

Hum

Animal he mortal^ como em Latim , hhma eji animal Animal eft mor^ ^

,

Rei deve fer

o

pa/lor do j eu povo , O hên meHnos appellativos Lati*

kc O Animal he &c Nos entende Omnis ^zxà os determinar. e qualquer outra parte da 3.° Suhftaniivar os adje£i:ivos oração para poder entrar nos termos delia, como O /^/?^ e O injujlo O como O quando O porque Hum J em fenâo. O querer provar de mais he nã9 provar nada, complementos ds 4.° Adjeciivar os nomes appellativos Ho-^ outros, fubtrahindo-lhes o Artigo, como Homem de honra 7Tiem he

nos

,

,

íe

,

,

,

,

,

,

,

,

como

niem de leiras, que tanto valem rpdo , Hoínem letrado. 5.° Appropriar os

Bahia

O

,

com m uns

Algarve

,

nomes

os

os adjectivos

nomes cpmmuns

Homem

como O

,

Porto

hon».

,

A

contrario fazer próprios como Os Ciceros , Os Virgílio he, Os oradores como Cícero , Os poetas cs-

A

líxtremadura

;

e pelo

,

Camões iíto v}0 yirgilio e Camões. Dizer; E^fte he hum Cícero he o mefmo que dizer He hum orador como Cícero. 6.° Preparar fempre qualquer adjectivo reílriclivo ou propofição incidente com preceder o nome appcUativo que aqueile, ou cfta modificão. Eu digo bem: Efte homem he digno de honra: mas já não poílo dizer: Ejle hojnem he digno de honra, que fe lhe fez. Devo dizer com o Artigo; d' a honra ^ que fe lhe os

Os.

,

,

:

,

fiz, 7.° Emfim Servir de reclamo do fubjeito, ou do predicado da oração antecedente para a feguíute coirj o verbo Ser , ou outro equivalente , como Ha verdades que a nós O não parecem ; mas nem poríffo O deixâo-d^ fer onde o Artigo O, repetraz á uíemoria o appellaiitindo nas duas orações fegnintes vo herdades ftibjeito da primeira. Neíie cafo o Artigo O fempre he do género neutro , e indeclinável per números e per :

,

:

,

,

géneros. Os Artigos , como fervem para-individuar , sao efcuzados cm todos os nomes, que de fua natureza são determinados 014 já o forão per outros Determinativos, Por ílfo não fe põem '

V

". (<?)

;

,

"

^.

-

ÂKal^t. Prio\ Lib,

.

I.

Cap.

^jo,

,,

.

K ^-^us^:^ -...^^ '


,

«^

(

26

)

0^

Antes (los nomes Próprios He Divindades, Homens, Cie Lugares eaíTinn dizemos Deos Seipião Lisboa f ia cavem &íc, fem Artigo. 2." Quando <i nonie appcllativo já fe acha individuado por outro qualquer adjedlivo Determinativo, como Ejie homem Aquella mulher hicjjns pães Voj]'os ams &c. Contudo o nfo antigo, e moderno ajunta Articro ao Collectivo univerfal Todo ^ corno lQd'is os homens ou "íodoCos homens \ quando porem he T.®

dades

.

,

:

,

,

^

^

,

diíiribuíivo

,

nã()(«).

Odiando o nome appçllarivo

quer tomar adjediva* 011 de qualificativo a outro nome, como Pedro he homem He h^jmem de pro" hidnde , He homem de prudência ; onde Homem não tem Artig(., nem os appcilativos Probidade Prudência \ porque valem o mefmo que Probo Prudente, 4.° Qjiando o nome appellativo fe toma s6 pela cfpecie , abílrahindo de individuos o que pôde acontecerem toílas as firas relaçÓes nomlnaes, (exceptuando a do Vocativo como 11a de Nominativo Onde ha amor ^ não ha trabalho ; na de complemento Tcrminativo A homens não he dado penetrar os dejignios da Providencia \ na de Objeólivo, ^uero obras e não pa^ lavras , e na de Circunftancial De gojlos nãoje dijputa, A Lingua Latina não tem Artigos o só algumas vezes por Emphafe fe fervia de Vnus , a , íun para o primeiro e de /7Illud para o fegundo. Por iílb dá ella occafião a muile , lUa tas ambiguidades como he na Vulgata Latina a contradição entre a affirmação de Jczus ChriRo, dizendo: João he profe* tn y e a negação deíie Não Joii profeta ; a qtial defapparece , como no Portuguez com o Artigo dizen» aílim no Grego do: Não fou o Profeta ifto he, o Profeta promettido por Moifés ^ Mas fe os Latinos não tinhão Artigos alguns e os Gregos carecião do Indefinito ; nem porilTo dcixavão clles de fc entenderem do contexto mefmo, e círcunflancias do difcurfo ; os quaes cumpre exprimir na lingua, que os tem. Por exemplo: deílas duas únicas palavras Latinas Filius Regis não menos ,de nove traducções diftercntes fe podern fazer só com a como varia combinação dos noifos dous Artigos Filho de Peiz^z 2.^ Plum Filho de Rei z=z 3,» Filho de l.'"» hum Reiziz 4..^ Hum Filho de hum Rei z=: 5.^ Filho d' o Rei r=z 6.« O Filho de Rei=y.* O Filho d' o Rei ^=2 8.^ flum Fiího d'o Reiz=z e 9 ^ emfim O Filho de hum Rei; traducções lo^ das , que bem analyfadas , não são fynonymas. 3.°

mente para

fe

fervir de attribnto â Froporiv7ão

,

,

^

,

:

.•

,

,

,

,

,

,

,

,

,

y

,

,

^

,

:

[a) Como ; Dina de em loja lingua fer cantada, Ferr. Pocrn, fon. ij, }7 P^''i der tcdu ejperanr^ á falvaçá-j, Caní, Eclog, iii, 3, Eftes ç:iCmplQS chçgao-fe Wais á regra, €Í rasiíp^ da (jue alguíis outros çontrafios»


Aílimqne na tradncção Portiigueza dos Claí!ícos Latino* algum doa noUbá quando, e como convier; o Indefinito nos objeélos Ailigos novos > e defconhecidos e o Definito nos que já o não são. traduzir bem cm Portuguêz o Se cu quizer por exemplo principio da i.» Fabula de Phedrozzi: y^^ rivum eundem Lúpus, [uperior erat Lúpus rz:, LcéH» it J^nus venernnt ir= SUi compulft dcvtrei dizer: Ao mefmo regato eruQ geque inferior Agnus &c fie

necelíario ajuntar fempre aos appellativos ,

,

,

,

:

,

hum

'lindos

Loho

e

hum

hobo ficuva a cimazzz

Cordeiro

Eo

zm

Obrigados da fede

Cordeiro muito mais abaixo

:

o

&c*

§. II.

Dos Determinativos

o

Peííoaes

dirlvados

,

,

ajjim primitivos

,

como

chamados Pronomes.

S Determinativos Pe[j\aes , chamados Pronomes , sâohuns que modificão os nomes, a qtie fe ajuntão, ou a que

adje(3"ivos

referem , deierminando-os pela qualidade e caraíter da pèr-m fonngem e figura, que reprefentão no afío do difcurfo, ou de í.* que he quem falia nelle ; ou de 11.^ que he com quem Pe[Joa que he de quem fe falia ; e tWts chaou de ííl.» fe falia mão-fe Primitivos: ou determinando-os com a relação de pere chamão-fe DrrivadoS, tencer a alguma deílas pélToas e a í^atina tem onze Determinativos PefNoíía Lingu'4 6 Primitivos que são dons da I.^ Peííba Eu foaes, a faber e Nos (Nos) para o plural dous da ( Ego ) para o S-ngular 11.^ Peííba , Tu ( Tu ) para o fingular , e í^ós ( Vos) para o plural: ^e outros dous da III.^ Pellba hum Direâio no finElla gular Elle e Ello antigo , ( Is Ea , Id ), e no plural MUes f Elias , f li Eas , Ea ) e outro Reciproco , ou Reflexo da mefma terceira peíToa, que ferve para o fingular e para o pluque he Si (Suij, Todos eítes 6 Primitivos são declináveis ral per Números e per Cafos, tanto no Portuguêz como no Latim fe

,

;

,

,

,

:

,

,

:

,

,

,

,

,

,

;

,

,

,

da maneira fe^uintc.

t,

-n

rr


*^

Mim

r Per

Me

f

M>

f Per

f

Nobis

Il.a PcíToa.

Singular.

N. y.

Plural.

T14

Tu Tu

//"^V

de fi

Tui

de Fós

Vos Vos

/^'í/

Veílrum

D.

a r/,

n

Tibi

a

Ac.

r/

Tc

Fòs

Ab "

,

a

\^Q'Cum

\Cofn'tig9

f^ós

.

Vobis

F^^í

(«)

Vos

a ^Jí

,

fPer-fVí \Com'VÔfco

j"^^

J'^^^'"^'' '

<5«

{ Veíiti rVobb

\ Vobis-í«/;i

IlI^PeíToa, D/V^^í7. Singular,

Plural.

ElUs, Elias li, Ea=. Ea Carece (Earum, Eorum

N.

Elle, inia, Ello Is,

V.

Carece

G. p.

à'EHle, á'E'lla Ejus

D'Elles, A' Elias

Lhe ò,ãt

Lhes

Ac. Ab.

Per

Ea, Jd

Ei ò

E'lle, E'lla

Eum,Eã, Id 0'j Eo, Ea, Eo Per

líL»

Ac. Ab,

de Si

,

á'ElJes

^^£//^f

,

a i9/, ou (^r Sè Qu ^ Si J'/,

,

í (a)

E'lles,

,

lis

Eos,Eas,Ea Elias Eis, ou li»

,

e Plural.

Sui Sibi

,

Per

r/

cr/

PeíToa, Reciproçê

Singular

G. D.

Eorum Eis,

com- figo

Sc Se,

Se-rtí/íí

Os Pefloaes Dirivados determinâo 08 appellativos pela Relação de Propriedade , pertencente a hunpa deílas três peíToas. Nos temos íinco, e os Latinos outros tantos , e mais dous de paiz. Chamáotfc Dirivados , porque fe form|o dos accufativos dos j^riniitivos e da terminação adjeíliva de três fíjfr mas , piasculina, feminina, e neutra. EUçs tem duas relações, a quem pertence, outra da couza , que hup^a da pelíoa ou lhe pertence. .A primeira he indicada pela primeira voz Tê-f fyllaba , e a fegunda pela terminação , Mê-o ( Me-us) [Tu'us)y Sê o (Su-us). Eíles Dirivados não tem decrmação n^ ,

,

,

,

palavra difFereptes cazos, Qs que tero accento grave são Ericliticos , ifto he, pronun^ çi?o-fe juntos em overíro, debaix© do feo accento preáominante. ^(«í) Kíle accufalivo, Singular e Plural do Pronome Portuguêz da III. pefíba não hq 9 níeímo que o nolTo Artigo. Eile anda fempre junto aos appelUtivos, e nos veio dos Gregojg: aqueile anda fejr-pre junto aos veibos adtWos , e nos ycíq do abiativo l/atinç^^o.;»

Ea,

.

.

'


tingna Portugueza deite modo.

,

Da Sxng^Meo

N. V. G. D.

,

Meus

Mi

,

ou

,

Mei

Minha Mea,

,

como

os Primitivos

/.^ Pejfoa,

Mei Mei

Meus ,

Méis

,

Méis

Da

me/ma

I.^

Peffoa

Sing. No[[õ , Noffa, N. Nolter, Noílra, Noílrum V. Norter, Nortra, Noftrum G. Noítri, Noftras, Noítri D. Noítro, NoftríE, Noltro Ac. NoíUu, Noítrã, Noftrum

Da

V.

G. D.

Noftratis Noftrati

,

Mea. ,

Mcx

,

Mea

Mearum, Mcorurn

Meãs, Mea.

para muitas.

Noftri, Noftra, Noftra Noítroru, Noítraru, NoftroriJ

Noíiris

NoRros, Noftras, Noftra Noftris

Nome

Pátrio

Pejfoa.

Plur. Couzns de nojfa Patrt0 Noftrates, Noftratia

Noftrates

,

Noftratia

Noftratium

Da

//.^ Pejfoa

Sing. Voffo,

V. G. D.

,

,

/.«

Ac. Noftratem Ab. Noftrate, ou Noftrati

N.

ou M'\

mejma

Sing. Couza de noffa Pátria

Noftras Noftras

,

Alinhas,

, ,

Plural. Naffos , Nojfas. Noítri, Noítrae, Noftra

Ab. Noftro, Noílra, Noftro

N.

Mcos Meãs

Mcos

Ac.

,

,

Meorum

Meae , Mei Meãs Meo

Mco Meum, Meam, Meum Ab. Meo Mea Meo ,

para hufna fô. Plural.

Meum

a dos Latinos hi

:

Vofja Vefter, Veftra,

Noftratibus Noftrates , Noftratia Noftríitibus

para huma Plur.

Veftrum

fô.

Vojfo';

,

Voffas

Veftri, Veftrx, Veftra

Carece

Carece

Veftri, Veftras, Vcftri

Veftroru, Veftraru, Veftroru

Veftro, Veftra:, Veftro

Veftris

Ac. Veftrum, Vertram, Veftrum Veftros, Veftras, Veftra Ab. Veftro, Veftra, Veftro Veftris.

Da

meJma

II.'*

Nome

Pátrio.

Sing. Couza de voffa Pátria Ni Vcltras &c. íí^/wí Noftras

Peffoa*

Plur. Couzas de 'Wjffa Pátria Veftraies , Veftratia , &c. í:^-

m9 Noíbates, Noftratia.

-


Da Sing. <?/•<?

,

K.

Sniis

V.

Carece,

G.

Sui

,

IIL* PeJJoa

Súdé ,

Sua

Suae

,

,

para huma

,

ê

para mutiaíé

Plur. ,

Suum. Sui,

Suorum

,

Suarum

,

Suorum^


^i


4^ D. Eidem.

Eumdem

Ac.

,

Eamdcm

30 4»

(

ou íifdem*

.

Eifclem

,

Eofdem

,

Eafdcm

Eifdcm

,

ou lirdem,

,

Eâdem;

,

Idem.

Ab. Eodem, Eadem, Eodem.

Demojirattvos Cofijunãivos,

c

Hamão-re Demojíraiivos

Conjunâliyos os que alem dé ou Attributo defiuma oração antecereferem (donde tomarão o nome de Re-

tiioftrarem o Subjeito

dente, aos quaés fervení

lativos)

fe

,.

,

,

tambcm

de atar as orações parciaes, tanto inci-

como integrantes rom as fuás totaes. hum Nés temos três na Lingua Portugueza

dentes

,

,

declinaveí , per números, e per cafos, que he: o ^ual ^ a §ual , o ^al ; òti o ^ue para o fingular ; Os ,^uaes as ^uaes e o ^ue para 6 plural . e Cujo , Cuja , Cujos y Cujas para ogenitivo de ambos os números ao qual cOnreípondè no Latim O relativo !^i i ,

,

:

^ua E

§uod. què fervem para todos os números ; dous indeclináveis géneros e cafos , que são: ^uem , que fe diz ordinariameníe fó de peíTcas , do Latino ^uis ; e ^ue para pelíoas e coúPortugueíás ; é fas ; o que fe verá nas fuás declinações ,

,

,

Latinas.

L° Demofrailvo

Conjunéiivo o Qiial (^«/) Sifjgulan

N. O V;

G. D.

Qui , Quas , Qiicd* .gí/a/, a ^ual, o ^ualy oU o ^ue, Carece, Carece. Cujo,Cuja,ouf/o^iwhd'a^uaI,d'6.^ue.Cujus: Cui úmQiioÍ. Jlo ^ual.ã^ial ,no^4e, ,

Ac. O ^uaha^ual, o ^ue, Ab. Pêro ^ual, Pera,^ual

Qjiem, QiJam.Qjiod, ,

PeV

o

^ue, Qjió, Qiia

Qiio

,

,

oU

Qíii.

Plurali

N. Os ^unes V.

^ue. Carece.

G.

Cujos

o

D.

,

,

as ^uaei,

---

--.-^ •

Cujas,

o\\

d^os^uaes," - -

-

Qiii

Qiias , Carece,

Qiiorum

O.f

^ariesj as ghweSyO

^naes, Fel' as

Ab/P^/' os ^uaes.Pero^je^

^ue.

-

Qiiarum

,

Çhiorura. QiJtbns , oú Queis

das ^uaeSyd'o ^ue yios^uaesy âs^uaâSy ao ^uê.

cu

Ac.

Qliar.

,

- -

-

Qiios

,

- - (Juibns

;

QlHS. Qiias ,

Ctt

Ci«is.

,

Qiias.

Qiieis

;

i


}

.

^{ Oí

)^

33

Latino ^ui são ^t-dàm

Hiirfi tcvto , aquelle que ; os qiiaes íe declinão como o fimples , aiuiitando-lhe no fim a todos os què os Meftres cazos as partículas darri i Ubet , e cumque,

CóiTtpoftòs

tio

j^i-libet Qiialquer

^ui-cumgue

,

Todo

O

podem mandar

facão na

aos difcipulos

Declinação por ef-

cripto. t.^ DemoftrativQ Conjunãivo

Quem

{^is)è

Singular^

V.

$uemi ^ue, Carece.

G

Cujo , Cuja de

)^,

.

,

Qiiis

^uém

J ^uem,

D.

Qiias

i

«

,

Qíio,

Quam Q^iod Qtia Quo ou

Quae

^uem, ^ue,

Q^ii

Carece.

Carece»

G.

Cujos

Quiái Qui.

Qiiae^

,

de

f

^uem, ^ue, D. ud ^uem, ^ue. Ac. yí ^uem, ^ue. Áb. Per ^Acmi ^e,

Os Compoftos do como ^uf-quis

,

,

,

,

,

,

,

V.

ros

Quoi,

ou

!M.

Cujas

Qiiidé

,

C uj u s Cui Qiiem

^ue, Ac. y^ ^t4em, ^ue, Áb, Per ^uem, ^ue,

,

Qiioá

,

Carece,

Qiioruni , Quarutn , Qiioruna* Qiiibus , ou Qiieis , ou Quis. Quos , Qtias Qua?. Quibus, ou Qiieis , ou Quis* ,

Latino ^uts {

Qiialquer

ou o são de fimples de alguma ^ ou

i ,

que)

inter-*

parti-

cuia d'antes.

E efta ou hc troncada , como AU em íiígar de Alias , donde Aliquis Algum ; Ec em lugar de Ecce , donde Ec-quis Por ventura algum ? Ou inteira , como A^*?, Num^ St , donde 'Ne-qufs Para qiie ningueni Num-quis r Porventura alguém? Si-quis Se alguém^ Ou de alguma particula depois como são Nam , ,

^am

,

^ue donde ^if-nam ? Q^iem ^if-quam Alguém §uif'piatn Alguém ^ttij~'que Q_ualquer. Piam

?

\

,

,>

,

,

Ou

emfim de

particula dantes e depois , Coriío Uc-^quiíUnus-quis-que Cada qual. Todos elles compoílos fe declinão pelo fen íimpíes com' lhe ajuntar na principio, ou no fim dos Cazos as ditas partículas; ou tendo compoftos de doas inteiros , com os declinar ambos ao mesmo (empo. Na que os principiantes fé devem exercitar de viva voz , e per ef-

nam

r*

Q^^icm

r

,

cripto,

A

refpcito dos

€umprc advenír,

Dcmaííratiyos Gonjunctivos

C

PortugUezes


com

não deve confundir o DemoRrativo O^ua] {Qm) o comparativo ^lal (QiJalis). Aquelle lem fcrapre Artigo ,

efte

nunca.

1.° Qiie Tc

2.°

Que

bons Claílícos noíTos lho dâo género neutro iifano ^ue, 3.^^ Qiic nas orações incidentes he indiíFerente atal-as ás principaes com o Conjundivo declinavel o ^ual ou com o indeclinável ^ue , quando eftão em relação Subjectiva ou de No« niinativo. Porém quando ellão em relaç% Objediva , ou de Accufativo ; he melhor ufar de ^ue do que de ^ual , e dizer antes O Homem , que Deos creou do que O Homem , o qual Deos creou. Qiiando porém as orações são Integrantes , e fervem de completar a fignificação do verbo, que as determina, como ; Creio que ha Deos ^iiero que faças o §ue he então obrigado, e nunca fe pôde fubftituir com O ^ual, 4.° Que o Conjiindivo Cujo, Cuja.CujõS, C/(//2í deve fempre confervar-fe na fua relação própria de complemento Rellriélivo ou Genitivo, em lugar Do qual. Da qual, D'os quaes, D'as

do

^ual em lugar de

6

,

:

,

\

^

,

çuaes, para fe refeiç

;

com a fua primeira fyllaba e com a fegunda, variável

moíirar o poííuidor, a que per Géneros e Números,

acoufa poíTuidajCom que concorda. He por tanto erro pòVo em outra qualquer relação, ou de Subjeito e Nominativo, como Hum homem , cujo mora rtefie lugar ; ou de Objeâ:o e accufativo , como Dess, cujo eu amo\ ou de complemento Circunftancial, e ablativo de prepofição , como fez o nolfo Lobo , Écloga IIÍ : E o bem, ÒlÇ, z\y\o Deosfabe. Neítas expreíTõcs Ter £ujo , Ser cujo \ onovoQ cujo eíla por cliipfe, e vai tanto coi^c, HÍo Ter dono , Ser dono , cujo he 5.° Qije o Demoftratívo Conjunclivo indeclinável ^aení ordinariamente não fe diz fenão de peílbas. Comtudo ás vezes fe poderá dizer também de coufas, como dilTc Heitor Pinto > Ãs boas arvores dão bom fruclo , e as inàs como quem são. Ellc ferve não fó para o fingular, mas também ás vezes para o plu,

como fe vc deíie ínefmo exemplo. ó.^Qiie todos eíks Demoftrativos Conjuntivos podem fer, mas nem par iífo perde^ii a c são muitas vezes Interrogativos natureza de Conjunctivos, entcndendo-fe-lhes por ellipfe a fua oração antecedente , como quando pergunto ^ual he melhor ?* ^ ^ueit! es lu f Cujo es P entsnde-fe .eíta Dizcme a coufa , a pefm

ral

,

:

:

soa

y

o ílono

,

Í2c,


§.

IV.

bõs Determinativas

o

de Qimntidadc.

S Determinativos de Quantidade são os adjevSlivoS , que niodiâcão os appellativos, applicando-os a figniíicarem os individues da fua cíaílb , não já qualificando-os , como os antecedentes ; mas contando-os, Eíía applicação póde-fe fazer ou a todos ou fó a pafte dellcs. Daqui a divisão mais geral deftcs Determinativos em Univerfaes , e Paríiíiv&s, Os Univerfaes , ou são Pofitivfis ; porque affirmão alguma coufa de todos os individues ; ou Negativoi porque a negão (los mefmos. Os Pofitivos ou affirmão alguma còufa de todos os individuos, confidcrados juntos, e chamâo-fe CoUe£fivos\ ou de cada hum feparadamente e chamão-fé Dijiribuíivos, A Língua Portugueza não tem fenãodous GoUectivos Univerfaes ; hum que comprehende todos os individuos que he Toda para o mafculino Toda para o feminino , e Todo oil Tudo para o neutro em Latim Omnis e outro que comprehende todas as partes de qualquer individuo que he Total , etn( Latim Totus , cujas declinações são as feguintes. ,

,

,

,

,

,

,

,

:

,

,

S\\\g.Todo

N. V.

Todo

,

Omnis Omnis

,

Plural. Todos y

Tud9i

Omne. Omne^

,

,

,

,

G. Omnis, D. Omni. Ac, Omnem Ab. Omni.

Omnibus. ,

Omnes

Omhe.r

G. D.

Ornnia,

Plur. Totais*

Totus, Tota, Totumv Tote, Tota, Totum. Toiius. Toti Gil Totó, Totaí , Totó.

V.

,

Omnibus.

Sing. Total.

N.

Todas,

Omnes Omnia. Omnes Omnia. Omnium.

Toti Totr

,

,

Totas Totas

,

,

Tota. Tota.

Totorum,Totarum, Totorui^i^

To tis.

,

Ac. Totum, Totam, Totum, Ab. Totó , Tota Totó. ,

Totós

,

Totas

,

Tota.

Toris.

Devc-fe notar que Todoy t (Omnis) no fingular he liníVer» mas diftributivo ; e Todos, e (Omnes) no plural he collectivo. Elle na Língua Portugueza deVc hir fempie antes do ap« peliativo ; fc fe põe depois vai tunto como Total» Aiilm Ta*

fal

,

,

do

o

komem

he mortal

(Omnis homo

poííção univerfal diítributiva rnortai: Todos os

,

eft mortalis) he huma proequivalente a Cada hum homem he

homens são rnortc:es{Omncs humines funt morta-

2,


!cs)

he univerfal colleíliva, e ambas verdadeiras:

O

homem

ís-f

w^r//7/(Totus homo eft mortalis)hecolle6tiva das partes do individuo, e por iíTo falfa , e impia. Os Univerfaes Diílributivos Portugueses sáo trcs ; dpus compoftos , hum indeclinável e só para pefloas , que he ^uem" qUer (Qiiilibet , Quivis) ; outro declinavel só per números »

</í>

/;^

para pcíroas, e para coufas, que he ^alquer, ^uaesquer (Qiii-

cumque) ; e hum terceiro fimples, indeclinável, c para todos os géneros, que he Cada (Unufquifque). Efte diftributivo toma as parles de hum todo quacsqucr que ellas fejão , como outras tantas unidades proporcionaes » para per ellas dividir o attributo da propofição, Aííra fe ajunta elle , jâ aos appellativos, Cada homem (Viritim) , Cada caÇa (Oíliatim); (a) já aos numeraes , como Cada hum ( Singuli), Cada dous (Bini) , Cada ires (Terni) , Cada cem (Centeni) ; ja aos partitivos Cada qual (Unufquifque). Neíks dirtribuiçóes as partes fempre fuppõem hum todo, c o diftributivo das mefmas fuppõe a Propofição univerfal colleftiva , como ; Cada qual foffre feus próprios males (Quifque fuos patitur manes), ifto \\ttTodosfoffrem males, cada qual ofeu. Todos eftes Determinativos são Univerfaes Pofitivos , ou Colle£livos , ou Diftributivos , e fazem as Propofições Univerfaes affirmativas. Os Univerfaes Negativos pelo contrario fazcm-nas negatiNenhum Nenhuma, Nenhuns , vas. Nós temos três a faber Nenhumas para coufas , e peíToas (Nullus , Nulla , Nulhtm cm Latim, que fe declina por Totus): Ninguém (Nemo), indeclinavel,que fe diz fó de pelíoas, e AW^fNihil}, também indepara as coufas de Género neutro. clinável Paflando já dos Determinativos Universacs aos Partíiivasi eftcs são os que fazem as Propofições Particulares , applicanda o nome appcllativo , não á totalidade dos individuos, como os antecedentes ; mas só a huma parte delles para fobre eíla fó recahir o attributo da Propofição. Efta parle, ou he vaga e indeterminada , ou exada e determinada ; c daqui a diftincção dos Partitivos em Indefinitos e Definitos, parte, que osíndefinitos extrahem da totalidade dos indivíduos de huma claífe , pode fer ou hum fó individuo ou d^jus , ou muitos\ ou ora hum, ora muitis e alíim são etles , ou SingU' lares , ou Duaes , ou Pluraes , ou Communs a hum e outro ,

,

:

,

,

,

,

A

,

:

numero.

Nós

temos quatro Partitivos Singulares,

sl

faber:

dous aUfo-

ta) Juramente , conforme dszcTn os Gregos, xar âvS^^a, xat' Suiu? , ya^^íva.. Donde veio fazer da C^aa huma Propoíif io a Cramm, da Ling, Hefpanbola, Eunãodu» porém lu poíía Língua a fua fundão h€ de adjcdivo. tido da erigem :


,

Aíguemt indeclinável [ Ali^uis ) , e Fulano ^ (a) Fula'; que fe dizem fó de peiroas c dous relativos. na declinavel para peíToas lo ; c Outro , Outra Outrem , indeclinável Al, declinavel per todos os números e géneros, ainda neutro , para pclfoas e para coufas ; ou com relação a muitos ( Alius , Alia , Aliud ) : ou com relação a dous Cós como Alter , Altera , Alteram , que fc declináo per eftc modo,

1uto«

:

,

,

^

,

Sing.Ow/rí

Outra, Al.

Plural. Outras

Alia, Aliud,

Alii

,

N.

Alius

V.

Carece»

G.

Alíus,

,

Ali^e

,

,

^

Outras*

Alia.

Carece, <?tt

Aliorum

Alii, Alix,

Aliarum

,

,

Aliorum.

Alii.

D.

Alii

ou Alio

,

A!ix,

,

Aliis.

Alio.

Ac. Alium

Ab.

Aliam

,

Aliud. Alio , Alia

A

Sing.O Outro,

N

,

Alios

,

Alio.

Alias, Alia.

,

Aliis.

Outra,

Alter, Altera, Alte-

Plural,

Os Outros, As Outras,

Alteri

Alterac

Altera.

,

rum,

V.

Carece,

Carece,

G.

Alterius.

Alterorum, Alterarum, Alterorum;

D.

Alteri

,

Altero Altero.

ou

AltcríE

Ac, Alterum

,

Alteram

,

Alteris.

Alteros

,

,

Alteras

,

Altera»

Alterura.

Ab. Altero,

Altera,

AU

Alteris.

tero.

Os Panitivos Duaes extrahem da totalidade dos indivíduos fó dous, ou duas partidas dos mesmos, e iílo ou colle6licomo Ambos (Ambo), Dous fDuoJ; ou diftributivavamente mente , quaes são os Latinos Uter} (Qual dos dous?) Alteru^ JJterque (Hum e outro) , c Neuter ter (Hum dos dous ) (Nem hum , nem outro); que fe dcclinão da maneira feguintc. ,

,

Duas, Dual. Dous Duaí, Duo. V. Duo, Duae , Duo, ,

Dual. Amhos

Ambo Ambo

,

Amhas,

Ambo, Ambo. G. Duorum, Duarum, Amborum, Ambarum, Amborum.' Duorum.

N. Duo,

Efta palavra

[a)

va no Hebreo. fc fabc

,

EUa

poiém nao

tom

,

Ambse Ambce

,

,

oulras nos ficou do^Dialeclo Bastulo-Phenicio

conrefponde ao fc

,

Aiij';{

^uer nomear.

dos Gregos

,

c íigniftca

huma

,

e fe confcr-

certa pçíToa

,

(juô


* Duabus , Duobus,

D. Duobiis

Duo

,

eu Duos , Duas Duo. Ab. Ducbus. Duabus^ Duobus,

Ac,

,

(

38

*

)

Ambobus, Ambabtis, Ambobus.

Ambo,

ou

Ambos, Ambas, Ambo.

,

^al

dos dons ou Sing. das duas, N. Uter, Utrj, Utrura, V. Carece,

G. D.

,

Ambobus, Ambabus

Plur. ^iiaes dos dous, ou das duas,

Utri

Utrae

,

Uirius.

Utrorum Utris ,

Utros

,

Ab. Utro, Utra, Utro. Por efte mermo por Aller AltenUer, jc

Os

t

fc

Utrat

,

Carece.

Utri.

Utram Ac. Utrum Utrum.

Ambobus,

,

,

,

Utrarura

Utras

,

Utrorum»

,

Utra.

Utris.

declinão os feus compoOiOsU/erçueycNeuferf mefmo tempo o compoílo de ambos

e C//^r ao

Partitivos Pluraessío os que

extrahem da totalidade dos

huma parte que confia de muitos indeterminadaTemos dous hum Colledivo /1/«//w Muitas^ Alui-

indivíduos jnente.

,

:

,

Multa: Multa) ; e outro Diftributivo Os Mais , As Mais fempre com Artigo (Reliqui, Reliqux, Reliqua, e Ceteras, Cetera). Lftes Latinos declinão-fe por Bo* Ceteri ÍQ (Miilti

,

,

,

,

tius

,

}3ona

Os f>ão

,

Bonum no

plural.

communs

Partitivos

tanto

ao Singular

como ao

Plural

já hum já três dcfta efpecic, a faber:

os que cxtrahcm da totalidade dos individuos

,

,

nmitos indeterminadamente. Temos Algum Alguma vf /^a fneutro) para o fingular e Alguns, ///Certo, Certa para ^wwr/í para o plural (Aliquis, Nonnullus) prepofto fempre aos p fingular, Certas Certas para o plural appellativos (Qiiidam): e T"*»/ para o fingular c Tacs para o ,

i

,

:

,

plural.

O

,

primeiro determina o appellarivo a fignificar indiví-

duos defconhecidos, e indctermiuados ; o fegundo a individuos conhecidos porém indeterminados ; e o terceiro a individuos também conhecidos c indeterminados ; porém comparados com outros: CQ\r\o Algum homem fez ijlo i Cerio homem fez rjio'. Tal Jemen que nao colhe Tal cdhe que uão fêmea, A mefma força jem ^ual, quando dizemos ^al do cayallo voa z=z^dl e'o CRvalh em terra dando Í5'c, Em fim os Partitivos Definitos são os Numcraes que applicados aos appellativos os determinão por huma quantidade ou certa e exa<^a de Individuos. LUes são de quatro modos ou Ordinaes como PrifCardcaes, Hum , Dous , Trts , ^c, \

:

,

,

,

:


«*»

(

39

)

«*

Ti^rcelro i^c, : ou Multiplicativos, como D^meiro^ Sfgufjrlo brado , Treplicado í^c. ou Fraccionarios , como ^larta , ,

A

§^iiít2la

A

,

A

Decima bV.

Os Grammaticos,a{Tim Latinos como Portuguczes, tem tratado deites Adjcéti vos Determinativos muito fiípcrficialmcnte , fem or.«em alguma, r.ern (ieliinção; confiderando-os só pelo e não pela íunçáo , que fazem no íjue tem de declináveis de analylar os nomes appellalivos » eípecificando , illícurfo dividindo e fubdividindo os indlviduos das fuás claííes , para formarem varias efpecies de Propoíições , cujo conhecimento não hc menos neceifario ao Grammatico que ao Lógico, lílo mefmo fazem os Adjeâivos Explicativos, e Reftriâivos , analyfando os appellativos , não jâ como nomes de ClaJ]'es\ mas ,

,

,

como

A^í)p7í?í

de

huma

natureza

commua

a muitos»

Artigo IL

p \w

Dos Adjeãivos

Explicativos e ReJiriBivos*

Hamao-fe Adjectivos

íenvolvem

as qualidades

Explicativos

tão

os que explicâo e de-

fómerite, eílenfiaes

,

comprehen-

^idas na definição nominal, ou noção do nome appeliativo, fem nada qccrefcentar á fua fisjnificação , como Deos jujlo , Ho' z«<f/» 7//^r/^/. (Deusjuftus, Homo mortalisj, Chainão-fe Rejiriãivos os que mudáo a comprchenção do nome appellativo , ajuntando-lhe alguma qualidade accidental , pela qual o mefmo fe reílringe a hum menor numero de individuos do que antes comprehendia, como Homens jujios , Hq^ viens fahios.

(Homines jiiíti

,

Hoaiines doíti).

DiíFerenção-fe huns dos outros i.° Forque os Explicativos podem também modificar nomes próprios , ou ja individuados ; os Reílriílivos , não. Ninguém diz: Pedro bom, como

nem

pouco Pedro mclkcr. Os nomes próprios ou approfe podem refiringir ; porque são o que são. 2.° Porque todo o adjedivo Explicativo appofto ao ap» pllcativo em qualquer Proponção fe pode refolver por huma Incidente caufal com Porque e o Reííriííiivo fó por huma Incidente condicional com ^S*^ ou ^ando, Qjiando por exDeos jiiflo cafiiga os màos , he o «nefmo que; emplo, digo Deos porque hejuflo cajiiga os máos Qiiando porém digo O homemjufio dã a cada hum o que he feu , he o m.cfmo que: O tão

,

priados não

,

,

;

,

,

:

,

t

homem^ quando he jujl o, 3.° Daqui vem que ,

podem-fe

:

:

í:fc,ç v.^o^ porque hejujlo.

os adjeéliv.os

Explicativos, appoílos,

da Propofição fem prejui^o algum de fi;a verda» de ; os Reítriólivos , não. Pofio dizer ; Deos aijUga os tnaós , mas não O hpmvn dá a cada hum o q.n! he Jeu, tirar

:


^ 4.**

Os

appellativo

(

40

)

«^

Adjectivos Explicativos podem-fe pôr, ou antes do ou depois , como A incauta mocidade^ ou A mocl-^

,

c A injaciavel avareza y ou A avareza injaclovel. dade incauta Os Rcftridivos ordinariamente vão depois, e fe fe põem d'antes, ás vezes fazem difFerente feniido,como dizei Pobre ho-, mem c Homem pobre, Huns e outros tem de commum o receberem diíFerentes formas , aííim genéricas , como numeraes ; e ferem capazes íie augmcnio , e de grãos na figniíicação. ,

,

,

Dai Formas^

o

Genéticas dos Adjeãivos Portugue-f

e Inflexões

zes

,

e

Latinos

,

Declinarão

e

dejies.

S AdjeClivos , tanto Portugueses, como Latinos são, ou ou de huma fomente. de três terminações , ou de duas São de três terminações, noPortuguez, o Peílbal primitivo da 3.=» peíToa Elle quando hç rela» Ella Ello , e o Artigo O tivo os quatro adjeélivos Demortrativos EJie, EJia , lfiQ\ Ef' Je . Efja , IJJo ; Aquelle , Aquella Aquillo ; e O ^unl^ a ^ual, ê ^ual t ou ^ue ; e os quatro Determinativos de quantidade , Toda Todo ou Tudo: os dous univerfaes Todo a faoer Nenhum , Nenhuma Nada ; e os dous Partitivos Algum AU guma , Algo e Ouiro , Outra Al que por todos fazem dez. Os AdjeiSlivos Latinos de três terminações são ou os que tem as mefmas do nominativo, e do genitivo da L* e IL^ Declinação dos nomes Snbftantivos , pelos quaes fe declinão , fazendo no Genitivo em / ce ^ / , como Bónus e Pulcker ou fazem no Genitivo em / j como os da III. ^ Declinação , e por elles fe declinão do modo feguinte. ,

,

,

,

:

,

:

y

^

^

,

,

,

,

,

,

:

,

,

,

I.* Adjeííivss de três formas

p

,

pertencentes â L''

,

IL^

IlL^ Declinação»

Sing

Bo.



B\ng.Mah Breve,

Plur.

K. V. G. D.

Brevior Brevior

Brevius.

Breviores

,

Breviora,

,

Brevius.

Breviores

,

Breviora.

Brcviorum.

Brevioris,

Erevioribus. Breviores , Breviorar

Brevioii.

Breviorem

Ac.

Ab. Breviore

o

,

Brevius.

3.° ÂíJjeãivos de

huma forma.

S Adjeítivos Porlngiiezes de huma fó terminação são os ou em è grave como Brev^ Trifte^ Prudente \ , el , il ^ como Celeftial Amável ^ Fácil \ ou em ãr, ^

iz

^

Brevioribiis.

ou Breviori.

,

que acabão ou em ai

ãz

Mais Breves,

,

t

cíles são

,

,

^

e í?z, como Exemplar Copdz também de huma fó terminação ,

Mais Menos Somenos Os Latinos de huma

,

Feliz,

l^elóz.

Ajfim, Corlez,

A

íóra

Ruim

,

Grão contrahido de Grande, fó terminação acabão pela maior parou em L Mernor Celer le R S como l/igil Nof» Docens ; Princeps Pecors iras ou em NS , como Amans e decliFelix cu em X como Capax , F^xlex Velox, Trux todos como o feguinte pela III.» Declinação dos rião-fc ,

,

,

,

,

,

,

,

e

,

,

,

Subftantivos,

Sing. />//%,

,

,

,

;

,

,


§.

o

Do Augmento S Adjeílivos

,

11.

na ftgnijicação dos AJje^ivos^

quanto ao aiigmcnto de

fiia

ílgnificação fe

ou Jugmentativos ou Superlativos, dizem ou Pojitivos Chamão-le Pafttiios os que podem receber augmento co-> mo Grôw^í- (Magnos) Pequeno (Parvus), que podem Ter mais ou menos. Ora nem todos os Adjedivos tem íignificação capaz de augmento. Taes são como Porfuguez, Soi.^ Osdirivados de nomes próprios ,

,

»

,

,

lar

2.°

Terrejire,

,

Os

nomes de fubílancias coOs que exprimem hum eftado.para

dirivados de

,

nio Efpiritual, Cerporeo,!^.^ o qual fe paíTou inítantaneamcnte , como Najctdo , Cafado , Morto. 4,° Os acabados em or , como Amador y Vencedor. 5.* Emfim os explicativos de nomes próprios como, O ricoLuculiu Chamão-ie Augmentalivos os que na fua íignificação poíiti-. va tomão algum giáo de augmento ra

menos

,

,

quer para mais

como Muito grande (VzXúq magnus)

,

,

Mui

quer papequena

(Valde parvus), Pouco douto (Parum do6tus), Chamão-fe Superlativos os que levão a íignificação do poíitivo ao maior auge poíllvel, ou para cima, como Máximo (Ma*ximus), ou para baixo , como TI^/w/otc (Mini mus). Noifos antigos para fupprirem a falta , que tinham deites fuperlativos de huma fó palavra , ufavão de Mui Muito , como Mui muito breve em lugar de BreviJJimo, Prefentemente temos toda a facilidade em os formar ou á Latina, tomandoos inteiros, como fe achão na mesmaLingua.fem mais mudança quea troca do us final em o, como Antiquiffimoiou áPortugucza, accrcfcentandp ijjimo á ultima confoante final do Adjeélivo Porcomo Antiguo AntiguiJJiino e fe rxaba em tuguez ou ÃO mudando eílas terminaçces em N, com.o Bom Bonijjimo ^ Chão Chanijjimo, Os que acabâo em Z mudáo-no em C, co;

,

M

,

,

,

,

mo

¥cliz PeHciJJimo ; Mão porém faz Maliffimo. Eíles grãos de augmento podem fer , ou Abfolutos fem refpeito algmn a outro objeclo ; e taes são os que ficão ditas : com relação a outro objecto , e taes são os ou Comparativos ,

,

que

fe

feguem

parativos

Os

,

Pojitivos

;

Comparativos

,

Augmentalivos

Com'^

e Superlativos Comparativos,

ou são de Semelhança como ou de Igualdade como Tanta e todos os mais Adjectivos feitos , , comparativos pelos advérbios Tao^ ^uão ou !^uaNto (Tam , Pojitivos Comparativos

^al ^ual (Talis Q^ialis) Qijantus) Quanto {TãnXus ,

,

,

,

;

,

Tanto gnus),

,

Qiiam

,

Quanto)

,

como

Tam7?ianho

Tam

(

ma-

^ucmmanho (Q^iam magnus).

Oi Augmentalivos

Ccmpcirativjs

^

quer para oigis

,

quer p^-


n menos

fazem-fc

,

cm Portuguez

dos adrer-

pela addlção

Mais Menos juntos ao Poíitivo, e fcguidos do Conjun(fíivo ^ue (Qiiam), como Mnis douto que {Magis do£lus quam), Menos (huto que (Miiius do£lus quam): E no Latim não só defte modo masformando-os do ca20 em i do Pofitivo, e accrefcentando-lhe a fyllaba or, como de

bios

t

i

,

;

de Pulcri Pulcrior, de Brevi Brevior, Dos dcf, formação paliarão inteiros ao Portuguez Maior « Menur , Melhor f Pear que são quaíi os mefmos Latinos irregulares

'juJVt Juflior

ta

^

Major

Minor

,

,

Melior

Pejor»

,

Os

Superlativo: Comparativos da Língua Portugueza fe dos Pofitivos da mefma com lhes accrefcentar os

fazcm-

mefmos ajuntão nos Au-

advérbios comparativos Mais , Menos , que íe gmentativos Comparativos porem com a diffcrença , que ncftes não levão Artigo e são feguidos de ^ue; nos Superlativos Comparativos porem levão fempre Artigo e são feguidos da Prepofição cxtra£^iva de que os faz partitivos , como f^ar-rão o mais douto dos Romanos, (Varro Romanorum maxime doélus , ou dodiílimus). Os Superlativos Latinos mefmos , para de abfolutos fe fa» zercm Comparativos , neceíiitão de levar hum Genitivo , ou hum Accufativo com Inter , ou Ante , ou hum Ablativo com Pra: porque Varro doãijftrnus não he o mefmo que Varro do» Siijftmus Romanorum , ou Inter omnes Romanos , ou Pra omni» :

j

bus Romanis, ito

douto

t

ou

No

modo

primeiro

doutij/imo

f

e

quer dizer

:

Farreio

no fegundo, Parrão

o

mui mu*

mais douto

dos Romanos,

formão-fe , como feus Comparado cazo em / dos Pofiiivos , accrefcentando-lhe a partícula j^wmj, como Amans Amanti Amanti-ffimus, Exceptuãofe os Pofitivos em er, que fe convertem em fuperlativos, acrefAcer Acer* ccntando»lhesr/w«J como Pulcher Pukher-rimus rimus. Facilis porem faz Facillimus ; Citer Citimus ; Bónus , Melior , Optimus ; Malus Pejar , PeJJimus ; Magnus Ma* jor Maximus ; e Parvus , Minor Minimus, Eíles , c ou*

Os

rativos

Superlativos Latinos ,

^

tros são irregulares.

CAPITULO Do

V

Erbo he hnma das

IV,

Verho,

partes

Conjuntivas da Oração

,

que

a identidade, e exiftencia do attributo no fubjeito da propofição com relação a certos Tempos , e PclToas; como Eu Sou { Ego Sum ) , Tu Fojie ( Fuiíli)i mie fera (Ille Erit/ Podemos diílinguir três efpecics

per diíferentes

Modos enuncia

Tu


f^erbo Suhjiantivo de Verbos em geral , a fabcr xillarts do mefmo , e l^erbo Adjeãivo» :

Artigo Do

o

Verho Subjiantivo

Au*

Verias

,

Í.

t feos AuxiliafeSi

,

Verbo Subjiantivo he o que compara o Attributo da Orá*

com o feo Subjeito e enuncia a exiflencia de hum em oue o Verbo tro. Os Nomes pois fazem a matéria da Oração Subítantivo he quem a combina e anima que poriflo he huma parte eíTcncial e indifpenfavel da Oração. Não há Lingua alguma que a não tenha e ainda fe pode dizer com verdade ção

,

^

:

,

a falar cxaftamente

he o único , porque com eíle fó fe podem fazer todas as fortes de Orações ; c fem elle nenhuma. Tal he o Verbo Ser na Lingua Portugueza , c Ejje na Lati*

que o Verbo Subítantivo

Verbo

neceííario

,

á enunciação

:

na.

O

he enunciar a Exifiettàa de huma do Attributo no Subjeito < cm qualquer tempo, ou Prefente ou Paliado ou Futuro , pode fer ou fó Cçmffac/a na refolução e preparos, t por fazer quanto á execução ; ou Continuada ; ou Acabada já e eftes três eftados de exiliencia , ncceíTarios ao difcurfo i não exprime per fi fó o Verbo Seré Tomou pois para iíTo na Língua Portugueza, e cm outras Haver , Ef^ modernas, o foccorro dos três Verbos Auxiliares iar e TVr com os quaes fatisfez a todas as precisões da enunEu HoUve de Ser Efiive ciação. Qiiando de Pretérito digo Tl?* Tinha Sido ; de Prefente Heide Ser , EJiou Sendo Sendo nho Sido ; c de Futuro Haverei de Ser , Ejlarei Sends , Terei Sido: todas eftas Linguagens, cadaqual dentro do mefmo Tempo , exprimem huma oxiftencia não já fimplcs , como as do Verbo Ser , dizendo: Eu Fui, Eu Sou, Eu Serei: mas qualificaou peKa fiia da ou pel'o feo Começo^ ou pePa fiia Continuação CeJJação : e ifto independentemente dos Tempos, e dos Modos ^ como paliamos a moílrar. Os dons auxiliares Ter e //^zy/r ei^pregão- fe hum por ou* como nos de Por-fazer, v. tro , taíito nos Tempos Perfeitos gr. Tenho fido e Hei (ido , Hei de fer e Tenha de fer e aíiim nos mais. Com tudo parece que a Linguagem Hei de fer ftippõe fó huma tenção e refolução livre; a de Tenho de [cr porém parece levar também comllgo huma efpecie de obrigação ou e conrcfponder aos auxiliares , Fiancez Dede neceíTidade CGufa

feo caracter eíTenfial

em

outra.

Mas

efla coexiftencia ,

,

:

,

^

,

í

,

,

,

,

,

,

,

,

,

ijoir

,

e Italiano Dcvere;»


^(46 I.

§.

)4ÍS'

ConjUgafãâ do Verbo Suhjlanthò

,

AuxiUareSi

c feos

V^ Onjugafão

hc o fyftema total das difFerentes terminações , íórma primitiva de qualquer Verbo toma para indicar os differentes Modos de enunciar a coexiftencia do attributo nO os differentes Tempos deíia coexiftencia ; e as diffefubjeito rentes PcrjonagenSy que o fubjeito do Verbo faz no aíto do dife Conjugar he recitar a eito todas eftas formas e termiciitfo nações fegundo a ordem dos mefmos Modos , Tempos , e Pefqtie a

;

:

fons,

A Conjugação ou he Simples òu Compojia Regular A Simples coníla de huma fó palavra Sou Fui j

,

,

Irregular, rei

[

Siun

,

,

Fui

liadas entre

nho

fi,

,

oU

,

Se-

Ero ) a Comporta de dUas até três combiHei de Jer ( Futuriis fum ) EjIqu fendo , Te* ,

;

,

fido,

A Conjugação he Regular quando commum da formação dos Tempos e *

;

aparta delia.

O

Verbo Subftantivo

fegue a regra geral ò Irregular quando fe ,

e todos

feos Auxiliares são

irregulares.

Como o enunciar a exiftcncia do Attributo no Subjeito da propofição he o caraíter próprio do Verbo Ser \ e dos que o e os Tempos são differentes partes da duração , ou auxilião eíiá claro que os differentes modos de enunciar ef^ cxiílcncia ,

:

la exiílencia per

ordem aos

differentes

tempos

delia,

pertencem

enão privativamente ao Verbo Subftantivo, e feos Auxiliares que não faz outra coufa fcnão ajuntarao Verbo Adjeòtivo Ihes a idca atiributiva. PeVo que tudo o que a efte refpeito fc não pôde deidiííer do Verbo Subftantivo e feos Auxiliares que não tem Mo^ xar de fef applicavel ao Verbo Adjedivo nem Tempos ^ nem PeJJhaSy fenão as que lhe dão as tertios hiinaçóes, em as quaes o Verbo Subftantivo vai tianformadOé ,

,

,

,

^

Dos Modosi

c

Hama-fe Modo do Verbo, a maneira ordem á Syntaxe, e coordenação

per

çãí>

differente'de enuncia-

das orações dentro do

ifto he ^ indeterminada, Pcrioilo. Se a Enunciação he Infinita e ainda de Peftbas sbftrahindode Tempos e de Affirmação para a mefmipoder fer determinada a qualquer tempo, ou pcfloa por outro Verbo , ou parte da Oração 5 c hama-fe Modo como Ser ou EJiar Sendo (Elfe) Ter Sido ( FuifInfinito de Ser ( Forc ). Haver fe) £i\e Modo he a fóxma primitiva de qualquer Verbo , c o ,

,

,

,

,

,


4|!- (

47

)

^

ptimcíTO formativo das outras formas: e por ííTo deve ter o prU meiro lugar na Conjugação. Elle tem linguagens Impere Por-fazer Perfeitas mas nao tem Tempos. Porque feitas fuás linguagens são de todos os tempos a que fe determinão , tanto em Portugnez como em Latim, Se a mefma Enunciação he determinada, affirmativa, directa, abfoluta, e independente de qualquer outra para poder figu* :

,

,

,

,

per

rar

£u

fou

Hei

íle

fó no difcurfo chama-fe M^r/o Indicativo ou Eflou fendo ( Sum ) , Eu Tenho fido ( Fui fer ( Futurus Sum ). C\

,

;

,

mefma

Se a

finalmente he fim affirmativa

,

)

coma Eu ,

porém

in-

e dependente de outra que a deterdeterminada indireéía mine, e fem a qual, clara ou occulta, não pódc eftar em o Peou Ejiejct riodo ; chama-fe Modo Snbjunciivo , como Eu Jeja fendo (Sim } ; Eu Tenha fido ( Fuerim ); Eu haja de fer (Fu,

,

,

turus íim

).

Afora eftes Modos, não pode haver outros, e todas as linguagens fe reduzem a elles. As Imperativas Sê tu (EíloJ Sede vós (Eílote) ; as Condicionaes Eu Seria^ EuTeriaftdoyEu Haveria de fer são linguagens diredas formão Propofiçoes principaes e independentes, que per u podem eftar fós no difcurfo, e que longe de iicceíiitarem de fer determinadas per outras; ellas detcrminãa as Subjunâivas. que tudo prova que pertencem ao Indica^ tivo fegundo a idéa , que dêmos deite Modo. ,

;

O

Dos Tempos,

T

jL Empo he humà parte da duração ctr exiflencia. Toman'do por epocha ou ponto o acto rncfmo de quem eitá fallando ; elle he ou Prczente ^ ou Pretérito ou Futuro, Eíles fão os iinicos Tempos e não pode haver mais. ,

,

,

^

,

Mas em qualquer delles pode-fe confiderar a exiflencia de qualquer coufa, e acção ; ou como Continuada e Nâo acabada ; ou corno já Acabada , ou como fó Começada na tenção e preparos , fem fer dada a execução, AíTim cada hum de(lcs Tempos fe fubdivideem Imperfeito^ ifto he, Nao acabado, em Perfeito, ifto he Acabado e Por-faíer^iRo he, Começado c vvko executado» Todos os Tempos Imperfeitos , e Por-fazer são de fua natureza Periódicos . iíto he correm diíTerentes efpaços os quaes porque tocão huns nos outros, fuás Linguagens fe communicão também, v. g. as de Perioda Pretérito e Periodo Futuro com a do Prefcnte , como Eu Efcrevia honlem e Ef^ f revia agora ( Fleri fcribebam, e Scribcbam nunc) ; Eu EfcrC" 'Verei â manhã , e Efcreverci agora ( Mane fcribam e Nunc fcribam) e pelo mefmo modo as Linguagens do Prefente Imperfeito cora as dos Períodos , Preteriía ^ e Fu:uro como:,

,

,

,

,

,

:

,

,

:

,-


niurh tempo tJÍ9U partindo

JHfa

farto ( cor ).

Nunc

proficifeor

)

(

Jam

diu proficiícor

Parto ã manha

j

ÂgofA

<

)

Mane

{

proficif-

Pelo contrario todos os Tempos Perfeitis sâo de fua mefma natureza Momentaneosè que he acabado , acabou em hum inf-

O

tantei e porilFo as fuás Linguagens são incommunicaveis. Poffo dizer do inftantc em que fallo , Tenho ditd ( Dixi j ; maa dito, PolFo dizer de huma epoeha Pretérita Tinha dito (Dixcram), de outra Futura Terei di" Agora Tinha dito , ou Terei dito , e to { Dixero )/ mas não muito menos A' manhã Tinha dito» As Linguagens Condicionaes , como aífirmâo huma exiften* cia dependente da de huma hypothefe meramente poíiivel 5 podernç o que he poíiivel tem lugar em todos os tempos fe dizer de todos elles v. g« Eu Partiria , Teria Partido , ou

não, Hontem^ ou A' manhã Tenho

,

:

Haveria de Partir hontem : Eu Partiria Haveria de Partir agora : e Eu Partiria Haveria de Partir á manhã.

, ,

Teria Partido Teria Partido

f

ou

t

OU

Dos Tempos

Imperfeitos , e Perfeitas i huns são Ahfolu-^ porque não notáo fenão hum único ou Prefente Eu fou i óu Pretérito Eu Era, Eu Fui ou Futuro Eu ferei outros Relativos \ porque além do Tempo próprio que notãoj quer 'quer Pretérito quer Futuro \ nelFes mefmos conPrefentfe notão indiredamente outro tempo, ou epocha, a refpeito da qual fe dizem , ou Imperativos ^ ou Condicionaes , ou Perfeitos , e tos;

,

:

i

,

^

,

acabados.

Aílim a Linguagem hnperativa alem do Tempo Prezenque hota para o mandado, connota hum Futuro para a fua execução. As Condicionaes alem do Prefente, Pretérito e Futuroi que notão para a fua affirmação, connotão outros femeIhantes, que são os das fuás hypothefes e condições: e todos e do Futuro ^ os Tempos PerfeitoSi do Prefente, do Pretérito alem deftes Tempos connotão outras tantas cpochas ou pon,

tC)

,

,

,

,

tos fixos

em

cada

findos e acabados^

hum

delles

Todas

as

Ter com o Participio Sido

liar

nota

TempOj

,

,

fe

dizem

compofías do Auxi-

são deíie género.

O

Auxiliar

connota a epocha. v.g.

e o Participio Perfeito

tiho (ido feliz até

quaes

a refpeito dos

,

Linguagens

Tír-

agora, TinhaftdofelÍ7,2Ln{t^ d'aquelle infortu-

quando morrer fe o continuar a fer. Linguagens Porluguezas do Pretérito Perfeito Fora, Tinha fidoy e Tivera fido^ eíla ultima fó tem lugar ordinariamente A carta que nas orações de ^e^ e nas fobordinadas, como

tiio

,

Terei

Das

fido feliz

,

três

?

,

as duas primeiras tem lugar diz tivera fido efcripta êic. r.ão fó neílas , mas também nas orações Principaes ; com adifferença porém , que a primeira fe ufa mais quando fe não exi prelía epocha alguma , como Fora elle Rey por muitos annos^ elle

:


^ qiran^o

porem

Tinha fido Rei antes &c.

49

)

«*

então a fegunda hê mais «zada; Rei antes de Jubir g9 trono , e não Ford

fe expfeíTa

como

(

,

Com eftes Preteritoi Perfeitos nãe fe deve confundir o afíim chamado vulgarmente Fui { Fui ) , que he hum Pretérito Attrifio , ou Indeterminado , que ferve para todo o tempo paffado , feni determinar fe a couza paílada deixa de exiftir ao e Eu prefente ou não ; pois dizemos ; Eu fui vifttado hontem fui vifitado agora e o mefmo fe deve dizer da linguagem Houve de fer. Irto prenotado, 9 são as Linguagens do Infinito ; 15 as Incotóo fe vai à dicativas , e 9 a? Subjundivás , por todas 33 ,

i

,

ver na

Coj.n


^

50

(

)

* CON

LO FERBO

J U-

SUBSTJNTII

N

F

I.

INFINITO RFEITO,

•tMP.È Sêr

,

ou E/iâr Sendo

EíTe*

,

IMP E RFEÍ T O^ Eu Ser Sêfy ou

i

,

Tu

EJiár Sendo

(

^

ou Eftâres Sendo , {\L\\QSêr, ou Ejiãr Sendo t cu Ejiarmos Sendo í Nos Sermos P« l Vos Serdes ou Eji ardes Sendo , ( Elles Serem , ou EJiârem Sendo , <

Seres

,

,

i

,

IMP E R FEITO,] Sendo,

'

Ens

(

de/usado )

131 PERFEITO, r

!

i

Eu

<yí7«

Tu

Es

ou /:y?íjz/ JVwí/i7 , ou Eftàs Sendo , Elíe E' ou E/íã Sendo Nos tíowoí , ou E/ia mos Sendo Vos 4Í5/J ou E/^áis Sendo , Ellcs Sãof ou E/ião Sendo, ,

y

,

,

^

,

IMPERFEITO IMPERATIVO. S.

tu,

ou

/í/?/í

P, Sede vos, ou

tu Sendo t

iiy?a/

Es, om EÍÍo." z=: Efto 5'^y/7 í»//^ f^) vos Sendo, Efte ow Eílote izrSunto Scjão elles

NoíTos CJaíTicos até o principio de Século de 1700 uzavao mais do auxiliar do que do auxiliar Ter para todos c« Tempos Perfeitos de todos os Modos, Hei do Verbo Subltanti/o j como na do Adjeòlivo , dlzcnao Sido.i Hti Amado ,' Havia iiido ^ Havia Amado; Híuvera ^ido , Houvera Amado; [a)

ÍJui-e»-

tanto na conjugação

:

Ha,


,

^(

)^

51

G AC AO FO, ESEOS AUXILIARES; N I T o. ÍMPESSOALi PÓR-FAZER.

glTO, Sido

FuiíTc,

,

1

P ES SOA El TO

Hà^er

de Ser

P OR'FAZ ER.

,

Me

j

Haver

,

Te

V FuiíTe,

tíaveres de Ser,

lllura Sido Sidoy Nos ,

Sido Sido

>

,

lllos

)

FuilTe.

CIP lOS, EITO, I

A T I V Ò £ NTE S El

Havendo de Ser

til

Fui.

Hei de Ser

,

Fúirti;

,

Fuit,

Hás, de Ser t Hâ de Ser

,

f

a

,

i

,

Havemos de Ser, H.ve;s

Fui mus." FuHVis. Sido, Fuerunt ou Fuerc.

Haverti Sido

y

Haverei Amada

/^áí

S:c.

Lingiia Portugue.za não

</<

cie

Sir

ou

,

uni*'

\

^

í

Sum,

.1 <.

"™

E'

Jis.

\ F.ft.

t? ^utun

,

,

l

Sumas,

í

Siint,

U^.^^

,

y

,

^

'

*

Nos agora ufamos mah ácTer do que ác Hr^^r, tem formas próprias para as terceiras pcílo^s da

Toma-a» empreitadas do Prczeníe

r*o-re as Latinas primcirc^f

Ser

. futurus

>

,

imperativo.

Futurus

) TT

^

,

A

,

FuiíTe.

POR-FAZER,

,

(^)

Futur-os,asé a Eíle

,

7 o,

Sido Sido Sido Si d'? Sid^

Futur-uro

am ,11 EíTe Te 111 um ou Fuifle.

PO REFAZER.

*

Jido.

Me

,

,

\

Vos

de Ser

Haver de Ser Havermos de Ser^ Nos Haverdes de Ser^ Vos Haverem de Ser^ lUos

)

,

ou Futuriím cíTc.

,

Li

y

Sido Sido

Forc

;

o^uc fçmpre

D

le

2

liTiperíeito

obfcrva

«m

do Stòjunítivo. Poriílo puzecifos fcnaelhantos,


^(

S^

)'^

PREtERITÒ5 S.

f

Eu

/'tt/,

<

Tu

Fí?/?^

ou £/?/ou Ejli^ ( Elle Eoi ou £y?í'. / Nos Fomos, ou F/^ } Vos /"o/F^j, ou jÇ/1 ^ Elles Fí?rfl^, ou £/",

,

p *

PRETE-

IMPERFEITO

P E RP*

,

Eu£r/í,ou EJiavaSendoy Eram. wEras ^QxxEftavas Sendo ^X2i%* Elle E.ra ^ ou EJiava

Tinha Foras, Tinhas Fora

^

Sendof

.

.

Nos Éramos ou f

.

.

ou ou

,

,

,

.

.

.

.

.

.

Fora Tinha , ou . . . Fôramos , Tinhamos^ ou

Erat.

,

Efia-

vamos Sendoy • • . Eramus. WosEreisouEjiavelsSendoUí^ús, p.< Elles Erão, ou EJiavão , Erant. Sendo*. t

...

Fôreis i Tínheis

Forão

,

ou

,

Tinhão

,

ou

.

.

.

PRETÉRITOS

IMP ERFEITO, rÉu Eu

RF^

Seria, F«r</,ou ^/^

taria Sendo ^ S.

PE

.

.

Serias, Foras,

ou

E(rem,í?«Foretn.r«)

EíTes, o« Fores. . Eftarias Sendo , Elíe Seria, Fora, ou

r

Ellet, , Efiaria Sendo , Seriamos, Fôramos

(J«

Foret.

Teria, ou Tivera

Terias

ou

,

Tive--

ou Tive»

Teria,

Nos

ou EjiariamoSySendo, Eííemus. Serieis Fôreis, ou E/iarieis Sendo , EíTetis. .

Teriamos

ou

,

«

ou 77-

,

Vos

Terieis

,

Elles Seriâo, Forão,Q\i Ejíarião Sendo

,

.

EíTent, ou Forent.

Ter ião, ou T^r^í-

FUTV-

IMPERFEITO, Eu

ou Eftarei Sendo , ( Tu 5'^rái , ou Ejiaràs Sendo, (Elle i^í-rá ou Ejlarâ Sendo, / Nos Seremos cu EJiarcmos Sendo P. < Vos Sereis, ou Ejiareis Sendo, ou Enfiarão Sendo, ( Etles Serão Serei, .

,

,

PER

F-

Ero*

Terei Sido

,

Eris.

Terás Sido Terá Sido

,

Erit.

,

Erimus.

TeremosSidít

Eritis,

Tereis Sido

,

Erunt.

Terão Sido

,

{a) Os Latinos não tem j como nos, forma propvia paia as Linguagens condicionaes ,• iílb drS do Subjunfíivo Ejfem y FuiJ/cm , Fututus Fjfem, determinadas pela principal Indicativa Fieri ^otfji ut , ou pelo auvérbio Fçrjan, i^uc vai o mefmo.

fcivTrn-fe para


y

,

.

INDETERMINADOS, Fui.

ve Sendo vefte Sendo t ve Sendo,

Fuifli.

Fuit.

tivemos Sendo, Fui mus.

Senda

iívefles

Fuiftis.

y

Houve de Ser, Houvejle de Ser, Houve de Ser, Houvemos de Ser, Hêuvejies de Ser,

Futu-

f

Fui

rus,a,

/

Fuifti

um

(

Fuit.

Futu-

/

Fuimus,

(ri

,

Fuillis,

a;

Fuerunt Houverão de Ser, [ou Fuere

tiver âo Sendo,

,

Fuerunt ou Fuerc.

RITOS DETERMINADOS, P o R^F Ã ZE

EITO,

R.

Haviaou Houvera de Ser, ) Futuriis a , Havias ou Houveras defum Eram , Ser, t ou Fuerara Havia ou Houvera de Ser, ) ôcc. 7ivera Sido Fuerat. Havíamos ou Houvera- \ Tivéramos mos de Ser,i Futuri as, a Sido Fueramus . Havíeis ou Houvéreis ( Eramus Tivéreis ou Tivera Sido Fueram. tiveras Sido Fueras.

,

'

.

,

,

Sido

.

,

de Ser,

Fucratis.

Tiverão Sido Fuerant»

Hiivião ou

Houverão

/ Fueramus

,

V&c.

de Ser, )

CONDICIONAES

,

P O R-F A Z E R

EITO,

Haveria ou Houvera FuiíTem

Sido

de Ser,

Futurus,a, i3 EíTem ou FuiiTem &c»

Haverias ou Houveras ras Sido

de Ser,

FuiíTes.

Haveria ou Houvera ra Sido

de Ser,

Fuiflet.

TiveramosSido Fu vereis Sido

i

íTe

mus

Haveríamos ou Houvéramos de Ser, Haveríeis ou Houvé-

Futuri

&

Haverlão ou Houverão rão Sido

aí a,

,

Eííemus , ou FuiíTemus

reis de Ser,

FuiíTetis

de Set

FuiíTent,

JÇOS,

P O R-F AZ E

JilTOy

Fueritis.

Haverei de Ser , Haverás de Ser Haverá de Ser , Haveremos de Ser Havereis de Ser

Fuerint.

Haverão de Ser

F^ueroí^),

Fueris. Fucrit.

(b)

Os

Latinos empregao ,

e

dizem

j

Tu

txiuitas vezes efta

viJcris

em

lug.^r

de

Futurus,

Ero

,

Tuerimu?;

•imperfeito

R, \

ro,

,

ou

&.

,

hut Futuri, >Erii ^.. .mus

,

/

)

j

,

u

a

FUQ-

a ou Fíierimus,5v. 2£

,

,

forma do Futuro Perfeito para Q fytuf»

Tu

vidabis

,

í^c.


,

y

.

s^)^

"^í

S

U

B

J

U

N.

F REX^

IMPERFEITO, ÍEu

Tu

P E RF~

Seja ou EJíeJa Sendo

ou Eftejas Sendo , Eíle Seja ou EJieja Senda , !Nós Sejamos ou Eftejamos Sendo^ Vos Sejaes ou Ejhjaes Sendo , . Elles Sejào ou Ejiejào Senda , Se'ias

Sim,

7V«è«

Sis.

Tenhas

Sit,

Tenha , Tenhamos

.

.

, ,

Simus.

Tenhaes Tenhão

Sitis.

Sint.

.

,

PR ET E IMPERFEITO,

PE

fõjp ou EJílvéffe Sends , F^íj/í-i ou EfiivêJJes Sendo Ellç FoJJe ou Ejlivéffe Sendo

EíTetn ou Forê Tiveffe

SEu Tu

Nos

p

, ,

ElTes cw Fores

Tivejfes

Eiretow Foret

r/V-^/í

. .

.

.

FoJJemos o\\ EjVivéffemob

«yí^wz/í?

/

,

.

.

EíTemus

.

Vo^Fofjets ou EJiívejJels Sendo ^ EíTetis (rent Elles Eejfem ow Ejiivèjjem Sendo EíTent ou Fo-

*

RE

Tiverem os Tivejjeis

Tivejfem

. .

FUTU^ IMPERFEITO, Eu f^r ou

PER

EJiiver Sendo Sim. (^) ou EfHveres Sendo , Sis. EUe For ou Eftiver Sendo í>ií. Nos Formos ou Eflivermos Sendoy Simus* Vos Fordes ou E(tiverdes Sendo Sitis. Elles i^ír^/w ou ÈJiiverem Sendo, Sint#

Tu

,

/'Vr^j

,

P.

F^

^

Tiveres

Tiver . Tivermos ,

Tiverdes

Tiverem

Os Latinos nao tem fcnao buma forma para o Prezente e Futuro Ir^perfeido Subjundivo, que he iS/w ; e outra para o Prezente e Futuro Perfeitos do mefModo, que hé Fuerim , como tambcm a nicfma para o Prezente e Futuro Perino fazer, que he í«/*;a.ç 5//«, O fentidodo frafc he quem os determina. Alguns Grami^a)

tos


,

y

^( c T rV

55

/«^

o.

ENTES, P OR-FAZ ER,

EITO, St do Sido Sido Sido Sido Sido

i?

Fuerim.

Haja de Ser

,

Fueris.

,

Fuerit-

,

Fuerimus.

Ser , Haja de ^er , Hfijaní$i de Ser , Haju^s de Ser , Hajão de Ser,

,

Fueritis.

,

Fuerint.

,

^Fiiturijs

Hí-ijas ds

Sim

i

X

Futiiri,

í«

a

,

um

,

Fuerim &c»

ou

Simus

a

,

Fuerimus

6íc,

ITOS, PO R^FAZ E R,

EITO,

Houveffe de Ser, Houvejjes de Ser

Sido, FuiíTem. FuiíTes. Sido Sido, FuiiTet, ,

Sido Sido

,

\

a

um

,

HouveJJe de Ser,

Fui (Tc mus.

rj rr j o I Mouve emos de òer.f •" ^ -

'

FuiiTetis,

Houveffeis de Ser^

i

Sido, FuiíTent.

Houvejjem de Ser,

^

,

Futurus,

>Eírem, ou Fuiilem Futuri

,

SC

mus ou mus &c. ,

,

3 t-

EOc-.r.

ruillc-

ROS, F O R-F AZ ER,

EITO, Sido Sido sido Sido Sido

Fuerim,

Houver

,

Fueris. Fuerit.

de Ser , Houveres de Ser Houver de Ser,

,

Fuerimus,

hhuvnmn

y

Fueritis.

Houverdes de

,

,

Sido, Fuerint.

[a)

Houverem

^ , .

de Ser, f'--. de òer,

> j

Futurus , a , um Sim, í7«Fuerim &c. { a)

puturi.^.a. Simus, Fuerimus &c. (,„ j ^

tnaticos tranfpartão o Futaro Perfeito em r o do Indicativo para o Subjunítlvo em lU" gar do em rim. Elles nSo são difterentcs fenão na primeir* pefíba , c he neceíTario

exemplo da forma çm ro com uí , ouan para fe dizer do Subjuncllvo. Poia nada prova. Todas eftas obfervações fobre os Tempos do Verbo SubiUiUivOj çntcndaQ tainb?in fcites para os do Verbq Adjcíiiyo ; <jue fcgucm.

xnoftrar

com fe

si


Artigo Do

o

II.

Ferho ÂcljeãlvOi

Verbo Adjeãlvo chama-fe

o que faz he^ aílim ; porque adjedlivo Verbal ao Verbo Subfhntivo que 3he íirva de Attributo e com o qual refundido em huma fó ,

hum

accrcfcentar

,

,

nerta comprehcnda huma oraçíío perfeita. Verbo Adjeélivo pois he huma reducção e concentração do Subjeito, do Attributo e do Verbo Ser em huma fó

palavra

,

O

,

,

O

palavra a hm de fazer a phrafe mais breve e corrente. verbo Subílantivo leva comngo o Subjeito, e a affirraação e c AdjeíSiivo o Attributf). Se eu havia áe dizer em ires vocabul&s : £u Sou Ârnante , ou Eu EJhu Amando ( Ego fum amans ) di,

hum

go tudo em

A

fó Amo (Amo), mefma de qualquer Verbo

Adje£livo acaba de em dous membros de forte que as terminações Portuguezas Ar ér ir e e as fylas Latinas Ire e Tre íação huma parte êrí: êre labas que as precedem outra partindo-as defte modo Am-ar analyfe

rnoítrar efta verdade. Divida-fe o feo vocábulo

.

,

,

,

,

,

i

,

,

,

(Am -are

a prie Ouv-ir ( Aud-irq ) Tem-er (Tim-erej ineira parte que he a Radical e a única que pertence aò V^erbo como Adjedivo exprime a qualidade ou acção que qu« são o Subjeito, ou Agenfe affirma da PelToa, ou Peíroas Tem o mefte da Linguagern. Am he o mefmo que Amante jmo que Terneníe e Ouv.. o mefmp que Ouvinte , ( Am-ans , Tim-en? Aud-iens ) que poriífo efla parte Radical he fem,

j

:

,

,

,

,

,

,

,

^

,

:

,

em todos os Modos, Tempos e PefVerbo como fe verá na divisão que da mcítna farcr ^r.os na fua Conjugação. A Terminação pelo contrario que faz a fegunda parte do vocábulo, he a única variável. Porque he o mefmo Verbo Subqne enuncia a coex iílencja do Attribuflantivo ti ans formado pre a

mefma

foas do

e invariável

,

,

,

,

,

no S.ibjcito e para moílrar os differentes Modos deíla toe PcíToas enunciação coin relação a differentes Tempos ma também diíferenies formas ronrefpondcntes a cada huma (^). Nas Linguagens compoffas os Verbos Auxiliares são , os que fazem as ftmcções do Verbo Subítantivo. Aífimque todas as Linguagens fimples do Verbo Adjediyo fe podem refolvér pelo Verbo Subftantivo com os Particito

,

,

,

,

(a)

Todos

03

Verbos regulares

fóa do Prezfcute Indicativo

em O;

vê na fegunda Conjugação Latin.i

», '

o

de que

em

fe

Porluguezes e Latino? terminao a primeira pefalguns juljzão contrahido de ee, que ainda fe Eíce he o nieímo Verbo Subílantivo dos Grego?

cjus ;

Sum, hçEsjU'- Eft, tei-aiinaçÕes das Conjugares

fez

tadas as

j

Êi,otí

:

he que vai correndo transformaVerbos Adjcftivos.

c efte

dos


Imperfeito, ou Perfeito do mefrno Verbo A^ljetflivo , , iflQ que saõ os da fua competência, dellc modo: [Amo) ou Eu EJlou Sendo Amante ( Amavi) he. Eu Sou Amante ou Tenho amado-. (Amaturus ifto he: Eu Tenho Sião amante Jum) iílo he Eu Hei de Ser amante ou Hei de amar, e aífiiil pios

^

,

,

j

,

,

,

as niais.

Per ordem pois aparte Radical do Verbo Adje6Vwo a qual e he que cllc fe divide em Intranjitivo contem o Altributo ,

,

,

Tranfitivo, Intranfitivo todo o Verbo que figniflea qualquer ou arção que nca no mefmo fubjeiío que a tem , fem pedir outra neífoa ou coufa em quem paífe , ou exercita como Velar ( Vigilare) Dormir (Dorrnire) Andar (Ambii-

Chama-fe

qualidade

,

,

,

;

,

,

laie).

O

Tranfitivo

,

pelo contrario

he aquelle

,

qtie

,

fignifica

,

em que fe exercite ou huma qualidade relativa que requer hum Termo a que fe diou huma coufa e outra ao mefmo tempo como Amar a rija Deos (Amare Deum) Aproveitar aos homens (Prodeíle hominiDar o feu a cujo he (Suum cuiqne tribuerc). bus ou huma acção que pede

\í\.\\ví

Objecto,

:

,

,

,

;

,

)

,

O

Verbo Tranfitivo pode fer ou Aáiivo quando o fubjeito como Am(j da Oração produz huma acção que outro recebe a Deos (Amo Deum) ou PaJ/ivo quando o fubjeito da Oracomo que outro produz ção recebe e padece luima acção ou Médio, e (Deus amatur a me) jDeqs he amado por mim Reflexo quando o mefmo fubjeito, que produz a acção a recebe também em fi , como Deos ama-fe a ft (Deus dili,

,

:

,

,

,

:

,

,

,

git

fe).

Também

fe

dividem os verbos Adjectivos

em

FrequentatU

InchoativoSf ImpeJJoaes, e Compo/los.Os primeiros rnodráo a frequência da ^cção , íignificada pelos feus primitivos , como ,

vos

,

Dormitar (Dormitare). Nos temos Efcrevinhar (Scriptitare) poucos defte género na Lingua Portugueza. Mas fupprimos fua junto aos Participios Imperfeitos falta com o auxiliar Andar que queremos fazer frequentativos como Ati' dos verbos dar Gritando (Clamitare^; Andar Lf«<^5> (Leclitare^'. Os //;í^(;«//t?oj exprimem huma acção ou paixão principiada. Nos não os temos; mas fazemo-los com o auxiliar Hir^ como Hir Aque^ junto aos mefmos Participios Imperfeitos m^Ç" cendo (Incalefcere), Hir ///ííí//r<:^«^í' (Advefperafcere). mo auxiliar junto acs Infinitos de qualquer verbo moíira a procomo Vou ximidade futura de fua acção em qualquer tempo jfcycr^i/í-r (Eo Scriptum), Hia D^/V/vr-/;/í(Ibam Cubitum), Hi&. Chamão-fe Impeífo.nes os verbos r^/ ^'<fr (Spedatum ibo) defecai vos, que fe não usão fcnão na terceira peíToa do Singular, Troveja çoiTip Anoiitece (Advefperafcit) , Chove (Pluit) qu ,

,

,

,

,

,

O

,

,

,

,


Trovia (Tonat)

Peza-me

Pezava-me, Pezou^me i^c, fPoe* me &c. Os Verbos Adjedivos Compoftos fazem- fe de duas partes elementares da Oração cu feja de Nome e Verbo como Maniatar ou de Adverbio, e Verbo, como Bemquercr \ ou de Prepofição, que tenha fignincação no Portuguez como Antever Contramiuar y ÓV^r^y^i/S/V; ou finalmente da partícula •Portugueza Des , que he privativa co'.r50 Desfazer , ^c. Os Verbos Latinos compoftos , cujos eiemenlos feparados iiko tem ufo rrn noíía Linguagein , ainda que adoptados per ella não merecem o nome de compoílos, como são Exhortar , i^c, íílo prenotado JffeiçQijr paííemos as Conjugações dos Verbjos Adjedivos , Portuguezes e Latinos. nitet me;

,

me

Pc3enitebat

,

,

Pc^enituit

,

,

,

,

\

,

i

,

,

,

,

,

§. I.

Voz

Conjugarão do Verho Adjeãlvo em fua

xAéliva.

Lmgua Portugueza tem fo três Conjugações , a Latina quatro a faber: a í.* dos Verbos acabados em dr que conrefponde á primeira dos Latinob cm are , como Am-ur (Ama II. a cios Verbos em ér com o ê grande fechado are ) que conrefponde á fegunda e terceira dos Latinos em ere c ere , aquella com o e penúltimo longo e eíia breve , como Dí?rífr(Debere) Cíj/Zj^V Legere) ; ea ÍII.^ dos Verbos em /V , f jque conrefponde á quarta Latina em ire , com 0/ longo como FuJir (Polire). A terminação irregular do verbo Por^ c feus cornpoftos, he huma contracção de Poêr^ que he da fegunda; quando não huma irregularidade. As Lingoagens Portuguezas tem dous Formativos, que são e o primeiro tempo do Indicativo, que O Infinito Impeífoal he o Prezente Imperfeito. Do i.° fe formão os Participios , muJando as terminações irem ando endo indo nos Participios Imperfeitos , (jr t er como Am- ando Dev-endo Pui- indo ; c em ado , ido , ida nos Perfeitos, tanto adivos como paílivos , /Im-ado ^ Devia, e accrefcentando á terminação as fyllabas a idot Pul-ido Perei , JJe fmudado o r final em s). ; fe formão os Pretéritos feitos Amar-a os Futuros Imperfeitos Polir-a Dever-a Amarrei Dever-ei , Pulir-ei ; os Pretéritos Imperfeitos do Subjuntivo AmaJ-je e os Futuros ImDevef-fe Pulif-fe perfeitos do niefmo Modo per inteiro , Amar y Dever ^ Pulir, Do 2.^ fc formão os Jírperaiivos só com lhe tirar o s final das fegundas peficas; Amas, Ama tu; Amais^ Amai yos, i^c, í)s pretéritos Imperfeitos do mefrao Indicativo mudando o e fiÂ. JL

,

,

:

,

^

,

,

,

5

,

.

,

t

,

,

,

,

,

:

^

i

\

,

,

,

,

,


ta , como j4m'avn , Dfv-ta PuUini os Pre-# , Indeterminados, mudando o me fino em «Z , /, como ylm-ci Dev-i Pul-i ; e finalmente os Prezentes Imperfeitos do Subjuntivo, mudando na primeira Conjugação o o cm ^ e na fcgunda e terceira em a como Am-e Dev-a ,

em ava

nal

,

ícritos

,

,

,

,

PuUa

,

,

t5fc, ^

As Lingoagens Latinas tem

três

Formativos

,

Prezente,

Prelerito^ e Sul>lno,Dos FrtÇGnXQsAfn-OjDtfò-eo.Lfg-OyPrJ-io for-

mão- Te i.° os Pretéritos Imperfeitos Am-abnm Deh^ebam y Pol-iehami 2.° Os Imperativos jím-a Am-afo, heg-ehum Leg-e Leg-iio ^<r. 3.° Os Pol-i Pol-iio Deb-e Deh-etn PoUfam Deb-eho Leg-am Futuros Imperfeitos Am-abo 4..° Os Prefentes.e Pretéritos Imperfeitos do Subjunclivo.como Am-em , Am-arem Deb-enm Deh-erem Leg-am, Leg-ere?n ; Pol-irem Am-are Deb-ere LegPol-iam e os do Infinito e os Participios e Gerúndios em Z)^j como Pol-ire ire ^

y

,

,

,

,

\

,

\

;

,

,

y

•,

,

,

:

,

,

,

Am-anàus tsfc. Dos Pretéritos, mudando 0/ ,

final

em er^m

,

ero,erim, ijfem

e ijfe Çq formão em todas as Conjugações todos os Pretéritos Perfeitos de todos os Modos, como Amav-eram , Aínav-ers , Arnav-erim , Amav-iffemy âmav-ifjây c aílim nos mais. Finalmente do Supino em um fe formão em todas as Con-

jugações os Participios adivos como de Amat-um , Amat^urus

em ,

#%

s

r«í,

cos

Amaí-us,

a,

paffivos

um ^c.

em

us,


^( 6o)^

CON JU-

1/

DO^ FERBOS PORTUGUEZES I

N F

I.

INFINITO IMPERFEITO, 4mar ou

PER-.

EJiar Âvi-ando

^

[Ter Ama^

Anvare

,

INFINITO JMP ERI< EIRÓ,

PE

Eu S.

p.

<

Am-xar oii Eflar Am-anâo , Til Am-ares QM Ejiares Am-ando^ Elle Am-ar ou ^j^^rvr Am-anâo^

Me

Am.

Te

are.

Illú

f

L>ios Am-armos QwEfiarmos Am-anão^ Nos Nos/

<

Vos Am- ar des ou DU Eftardes Èfiardes Am-andê^ Vos Elles

Amarem ou

R^

j

.

>

are,

EJiarern Am^arido^ lllos

Termos Am" Terdes Am'" Terc Am^

PARTICU IMPERFEITO,

PERF^

ou Ejiando Am'and$i

4tfi'^ndo

Amans

,

tis

IT^wií

GERÚNDIOS Amandi

,

De Am-ar

\

Amuando,

Em

yf/w»

E

y

Ara-

Am^ar^

Os Latinos não tem efl:a Linguagem fenSo nos Depoentes , como Tendo Ex(<í) kortaJo Hortatus , a, um ; TerrJo Receado WcútviS^ a , um; Tendo Acommettido Aàgrefius, a, um; Tendo Medido Menfus , a, um; dos Veçbos Depoentes, Hoftor y ytr.eoTy Adgredior y Metior , c aíuin outios.

G

A-


^{

6i

)«^

GAÇÂO. EM dr, E L Atmos EM N

T

1

are.

o.

M PESSOAL,

1

P O R^F A Z R

FEl TO, do

Amav-iíTc.

,

\

R.

Haver de Am-ar, Amatum

ttéi

IMPESSOAL, PÒR'FARE R,

FE I TO, adò,

Me

ado. ado,

Te 111 um

ado.

Nos

>

,,

(

.

'

Amav-

^ wT

tíd6, íllos

,

Haver de Am-ar , Havermos de Am-ar Haverdes de Am^ar , Haverem de âm^ar ,

»

)

>

Mc, Te, íllutrí Amat-urum, am,

5

um

\

^

Haveres de Arn-ar

illc.

Vos

cdoy

Hnvir de Am-ar

Amav-

EíPe eu Fiiilíe.

>

Nos, Vos, lUos Amat-urcs, as , a

J

EíTe

\

,

ovl

Fuiííe.

TIOS, EITO, ado

,

{a)

P O R-È ** I

SU P 1 NO andum

j

Havendo de Am-ar

;

J Z ER.

Amat-urus

,

a

,

Um<

LA^riiSfOS.

Para Am-ar Am-atum

;

Para Am^ar

[h)i

[b) Os Verbos Pertuguezes não tem Gerúndios , nem Snf>:nos , que sao hnma efdo Inlinito. Supprimos eíta falta, á manciía dos Gregos, com ò inefmo Infinito Portuguez j regido de vavias Prepofições, equivalentes aos Cazos. Qijnndo falta a Linguagem Portugucza ; j,cnho primeiro a Latiga , c depois fua traiu^áo Poituguczji, como at^ui íe vê.'

pçcie de Declinação


45f- {

62

) í§5.

INDICA, PREZ. IMPERFEITO, Eu Am-Q ou Ejhu Amuando Tu Am-as ou Eflàs Am~ando^ Elle Am- a ou Ellà Am- ando Nos Amuamos ou Eflamos Am-cndo, Vos Am-oues ou EJlaes Am-ando

S

Si

\

P.

í

Ám-o.

,

Am-as. Am-at.

Tem Jím* Am-amus, Temos Am» Am-atis.

Tendes

Am-ant.

Teni

,

Elles Arn-ão ou EJíão

Am-ando

,

P £ R F^ Am~ Am~

Tenho Tens

Am»

Am"

.;

PREZE IMPERE. O IMPERATIVO. Am-a m, ou Eflã tú Am-ando Am-a ou Am-^ato. Am-ato, Am-e elle, ou EJieja Amando Am-ai vos, ou EJiai vos Am-ando^ Amate ou Ara-atòte; Am-anto , Am-em elles ou Ejhjâb Am-ando, ^

s.

,

,

,

p.

,

PRETÉRITOS ou Am-afet ou

SAm^ei

Am-ou

,

Ejíive

Am-

Efilvejle

AmAm^

oU EJievè Ou Efiivemos Ain» Am-àfes OU EJiiveJies Am» Am-árãó ou EJiwerã^ Am» t

ÍAm-ãmos

IMPERFEITO: Eu Am-ava ou

Efiava

Am-andô To Ám-avaS ou i^tí^;aí Am-ando ... Elle Am-ava ou Efiava Am-ando Nos Am-avamos Ou ^y"íavamos Am»andò .

,

.

.

.

,

,

,

os Am-avêis *

,

ou

\

.

.

,

tavão

Am-cndo

,

Am-

AmAm-

£/*-

tciveis Am» ando , B^\\t% Am-aiâo on Ef»

\

Am-

AmAm-

,

IMPERFEITO, Eu Am-arid Am-dra OU Efiaria Am» ando .... ,

Am-arias-,

Am-ãras ou

Efiarias Am-ando . Elle Am-a ri a , A nuára ou ,

Efiaria

Am-ando

,

.

.

.



Nos

Am^àriamoSyAni' aramos ou

FJiariamos Am-ando

.

.

.

Àm-aremus. Teríamos

Vos Am-ârieis.Am-áreis ou £/nritis

Am-afidò

.

.

.

Elles Am-ariao ^Am-àrm ou Ef~ iariao Am-ando

....

Ám-arctis.

Teríeis

;

Am-arent.

TeriaÕ

.

FXJT. P E R^

Eu Amparei ou

EJiareiAm-anâOi

Tu

Am-arâs ou EJiarãsAm-^ando , fE Elle Am-ard ouEftarâ Am-ando, Nos Am- aremos ou Efiaremos Am-ando Vos Am-areis ouEft areis Am-ando, Elles Am-araòouÈfiaraó Am-andoi

.......

Am-abo. Atn-abis,

Am-abit.

;

Amab-unt.

U NPREZ^

P E RF^

Am-es ou tjiejas Am-ando, Am-es. ¥A\e Am-e ou EjiejaA?n-ando, Ain-et. Nos Am-ejnos ou EJiejamos Am-

ando

J

,

Tenha Am- ado Tenhas Am-ado Tenha AiH-ado

Tu

Elles

TeraoAm-

U B

Am-em.

Am-e ouEJieja Am-ando,

ando

.

Am-abimu Teremos • Tereis Am^

IMPERFEITO

... ....

Vos Am-eis ou

;

»

Am-abitis.

S

"Eu

Terei Am^ Terás AmTerá Am-

Ejiejaes

;.....

Am-émus,

/

• »

Tenhamos Ath^adv

Am.

Ahn-etis

Am-em ou EJiejaôAm-ando, Am-ent

Tenhaes Am-ado Tenhao Am ado

PRETE

IMPERFEITO,

P E RF-

A m-are tn Am-offe o u EJliveffe Am-andó ; Am-aJJes ouEftiveffcs Am-ando, Am-ares. IÍWq Am- ajfe ou EJiiveffeÂmàndo, Am-aret. Eu

tiveffe

Tu

Tivefjes,

Nos

Am-aj[fem9S

.

Ti^vejje.

ou Eftiveffemos,

,..,...

Am-aremus Tivejfemos Am-ando Vos Amaffeis ou EfliveJJeis Am-ando ^Atn-^SiVtús. Tivejfeis . .

Eiles

A m-tíJfemouEjiiveJfem Am-ando, kiTi'd.itm,

TiveJJem

.

FUTU^

IMPERFEITO, í

Eu A m-ar ou

Tu Amares

EJiiver

Am

PE RFando,

Am-em.

ou Ejilve^es Am-ando, Am-es. Am-et. ( Elle Amar- ou Efiiver Am ando, S'\^o%Am-armosou EflivermosAm ando^Kxu-^vnw^. Vos Am-rdes ou tfliverdesAm ando, Am-cús, £\\ziAmarem ouEjíiverem Am-ando, Am-eht. \

Tiver

Am-

Tiveres Am-'

Tiver AmTivermos .

Tiverdes

,

.

Tiverem

. .


•^

65

(

•*

)

HaveriamoSt bii

Tivéramos

ou Tivéreis

Am-aviíTeriíus.

Am-aviífetis.

ouH.ouveramoSy Haver Íeis , ou Houvéreis

Haver ião ou Tiver âo

Am-aviíTent.

ii^'

| "^

j

ou

,

Houverão

,

.

Am-3tnri,2e, a , Eífemus, Fuiífe-

ou

,mus^ &c.

,

UROS,

FEITO, ado

j

tido

,

tido

,

Am-avero. Am-averis Am-averit

P O R-FyiZER. Amar , \ Am-aturtis,a,ú, Amar í« Fuero. Ero Haverá de Amar ) 6cc, Haverei de Haverás de

>

,

,

,

^;«-À</<?,Am-avenmns. Haveremos de Amar \ Am-aturi, se, a^ Havereis de Amar , vErimus.^a File» tíí/j , Am-averitis. ado Haverão de Amar , ) rimus. &c. Am-averiíit. j

^t

GTIVO. ENTES

EITO

,

POR-PyJZER.

Am-avcrimi' Am-averis. Am-averit.

Amar Tjj 4 tinias de Amar tiaja de Amar

Am-averimiis.

Hajamos de Amar y) » { Am-aturi, u j j

Atn-averitis,

Am .averint.

Haia

de

\

,

»

>c-

u;

'

'

^

,

Amar

Hnjto de Aníar

,

a,

'

<?

.

tlaiaes de

-

:

Am-aturus,

f ,

r c-

t

^i

,

'

i

,

x

«?

Ríros,

EITO

POR-FyJZER.

Am-adoy Am-aviífem.

Houvejfe de

jAtn-adot Am-avilfes.

H^QÚvejJes de

Amar Amar

Am-adot Am-aviííet.

Houve]]} de

Amar

Hoiivejfemos de

Houvejjeis

Jm-adOf Am-aviíTeut.

Houvejjem de

^

Am-atf)rus , a,

>

um,^ElTeírfi,

;

Fui fiem

^

,

Amar Amar Amar

Arruado^ Am-avUTemus. Ani'ádQ', Arn-aviiietis.

de

^

,

«ir*

&c.

>

Am-atíiriiíe, á> Eílemns , óu

;

Fuiflemus &Ct

, ^ ,

,

ROS\

EITO

PO R-FA Z E R.

Am-averlin. , ttdo , Am-averis. ado. Am-averit. Am-odo, Am-avcrirnus jlrn-ndoy Am-averitis.

Houver de Amar

Am- ado.

Houvenm

ado

,

Am-avcriíit.

Houver de Amar Hjuver?no's

,

Amar Amar Amar

de

,

^

,

Am-aturus, a

>nm, Sim

,

de

Houverdes de

£

\

,

Amar

Houveres de

,

*

ou

\

Fuerim ^^c,

^

Am-aUiri, x,a,

^Sm-kws, ;

ou^txxi^-

rinius/òcc/


,

,

^

(

66

)

4^

CONJUGAPORWGUEZES EM êr II:

N

I

F

1

N.

IN F INITO IMPERFEITO, Dev-er

,

PERF^

ou E/lar Dev^endo

,

Deb-cre»

|

Ter

Dev

IN FI N ITO IMPERFEITO [

Eftar Dev-etido,

Tu

S. 'J

(

Dev-eres ou EJlares Dev-endOf Elle Dev-er ou Ejiar Dev-endo ,

Me

C

Tc

a

Illum ^

<

^osDcv-ermos ou Eftarrnos Dev-endOf Nos Vos Dev-erdes ou Efíardes Dev-endo^ Vos

\

EXlQsDev^erem

L

P.

Eu Dev-er ou

PERF^

ou.

Dev

r<rr

^

TermosDeV' Terdes DeV' § Terem Dev-

7"

Ejía-rem Dev-endot lllos

PARTICI^ IMPERFEITO,

PERF*

Dev-endo, ou EJlanào Devendo, Dcb-ens,

tis.

|

Tendo Dev-^

GE R UNDIOS, E Deb-endi, de Dev-er, Deb-enJo, em Dev-er-, Deb-endum,

INDICAF REZ^

ÍMP ERFE ITO, (

3.

í

t.

Fu DeV'0 ou

Tu„

Ej^ou Drj-efidof

„- .^^ L)éV'€s .. ou lífíâs Dev-enda,, {'£Ã\p_Dév-e ou Ejià Dev-cndo,

<

-v

(

,

,

P ERF^ Deb-co. Deb»es.

Tenho DevTens Dev^

Deb-et.

Tem

Dev--

Temos

Dev

Tendes

DeV' DeV"

l-loiDev^émos ówEJiamos Dev-endOfT)eh-tvc\\\Si Dcb~etis. Vos Dev-eis ou Ejiáis Dcv-endo^ Deb-ent. Eiles^ Z)f r-tfw ©u EjIáÕ Dev-end</y

Tem


,

,

«???'

67

(

)

«^

CÃO DOS VERBOS £ LATINOS EM êre.

I

T o

I

M P ES SOALy

EITO

PO RF-AZ ER.

,

idt, Deb-uiíTe,

I

Haver

de Dev-er,

Deb-Itum

líréi

PESSOAL EITO Uo

,

P O K-FA Z ER.

Me Te

ido

,

ido

,

Haver

de Dev-er, Haveres de Dev-er,

Deb-uiíTe. Deb-uiífe.

Illiirn

Deb-uilTe,

Haver

de

Dev-er

\

MeDeb-itiinim^

/am

,

j

,

um

EíTc

,

,

&c.

í« FuiíTe

ido

,

Nos

Havermos de Dev

er,

\

NosDeb-ituros,

ido

,

Vos

V

as

ido

,

Haverdes de Dev^er, Haverem de Dev-er,

)

Fuiííe

Deb-uiíTe. Deb-uifle. Illos Deb-uiílc.

,

a

,

EíTe

ou

,

&C.

PIOS, EITO, ido,

PO R-FA ZER,

* I

Havendo de Dev-er, Dcb-iturus,

a,

um«

SUPINO LATINOS. Para Dev-er

T V I

j

= Dcb-itum

,

Para Dev-er,

O.

ENTES. El TO idv,

POK-FAZER,

Deb-ui.

ido, Deb-uiíli;

Hei

de Dev-er,

Has

de Dev-er,

Debitu* >rus,a,um,

j

;

Sum &c.

Havemos de Dev-er,

\

Debitui

Piáveis de Dev-er,

>a3, a,

Ha

ido,

Deb-uit;

ids,

Deb-úímus,

idoy

Deb-ui íi is.

Hão

)

íV/(?,Deb»uíírunf,<?«

Deb-uerc^

^^

de Dev-er*

de Dev-er»

í

Su-

mus &c.


S .j^> (

68

)

4^

PREi:^ IMPERF,"" IMPERATIVO. ç

Vev-e tu, ou Eftá tu Dev-endo,^ Deb-e ou Deb-cto. Deb-eto Dev^a clle 6U Efteja Dev-emh* Dev-ei vos, ou EJiat vos Dev-endoy Deb-ete. í« Dcb-etote# Deb-cnto, Dev-ão elies, ou Bftejao elles Dev-endo, ,

J )

_,

i

^'

,

,

\

P

RETER ITO í

En Dâv-i

j

Tu

ou . • ou , ( El!e DeV'io ou . Nos Dcv-emos , ou P. \ V^os Dev-eftes , ou Elles Dev-erão , ou

S.

,

Dev-êfte

,

,

í

P RET-

IMPERFEITO,

P ERF^

YAíDeU'ia YAíDeU'i( ou EJlava Dev-endo^ Dev-era Tinha , ou . • ebam. Deb-eb iTu DeV'./<7í ou Eftavas Dev- Dev-eras f Tinhas ou • , 5. endo Deb-ebas. EUé Dev'ia Ou Efuitia Dev-en- Dev-era Tinha , ou . . do, Deb-ebat. r Nos i\os Uev-iamos Dev-iamos ou £y/M'i EJlavamos Dev-eramos, Tínhamos, ou Dev-endo Deb-ebamus \^ Dev-ereis , Tínheis ou • 1 Vos Dev'íeis ou Eflavels DevP. endo Deb-ebat is Elles Dev-ião ou EJlavao De- Deverão , Tinhâo ou • v-endo , Deb-ebant. /

,

k

,

^

,

,

,

s

•'

,

P 'IMP E

RFEl

TO^

Eu Dcv-eria, Dev-era ou .^^rr/í/

Tu

S.

RET E R iro S

Dev-end'j

Dev»erias

i

Teria,GU

PERFTivera ....

Dcb-erem. Dev-eras

,

ou

Terias, ou Tiveras

.

.

;

EJiarias Dev-endo yT)th-QXes.

Dev-era ou £[/Dev-endo Dcberet* Nos Dev-eriamos Dev-eramos ou Ejiar íamos Dev-endo De-

Elle Dev-erid, /flr/í/

TVr/tí

,

ou Tivera

.

,

,

ou Tivéramos

Teríamos

,

Teríeis

ou Tivéreis

^

b-cieijius,

,

.

.

.

P»\ Vos í

Dev-erleiSj Devereis QuEftarhi^ Dev-endo fDch-títú^.

§\L\\q- Dev-criâo, \

Deverão

tanàs Dev-endot

o\\

tj-

Deb-ereiít.

Ter ião, ou Ti verão


.

^

,

,

69

(

)

4^

INDETERMINA DOS. Deb-ui. Dev-endo , D c b u ft E.peve Dev~endo , Deb-uit. E/livemos Dev-endo Deb ii ni u s ÉJiíveJícs Dev-endo, Deb-uiftis EJliverâ-j Dcv^:ndo, Deb-uerunt, ou Deb-ucre. Efiíve Dev-endo

,

Efiivejie

-

,

ER I TOS

i

-

i

i

Houve

Dev^er

de

Houvcjle de Dev-er

Havia

,

Houverão deDever

Tiveras Dev*'uh

,

Deb- u eras. Tivera Dev-ido

ou Houvera

,

de Dev-er

Deb-ueram.

,

Deb-uerat. Tivéramos Dev-ido Deb-ueramiJS.

Havias

,

ou Houveras de Dev-er , Havia , ou Houvera de Dev-er , HaviamoSf ou Houve,

rirmos de

Dev-er

,

Tivéreis Dev-ido

Havieis, ou Houvéreis

Deb-ueratis. Tiverâo Dev-ido Deb-uerant.

de Dev-er , Havia o ou Houverão y

de

Dev-er

COND ICION A E S Dev-ido

,

,

POR-FyíZER,

£;iTO, t

Haveria, ou Houvera de Dev-er , Haverias, ou Houveras de Dev-er, Haveria, ou Houvera de Dev-er , Haveriamos, ou Houvéramos de Dev-er Haverieis,ciU Houvé,

reis

de

Dev-er

,

Haveriao, ou Houverão de

a

Dev*er

,

,

r

um.

Fui &:c. )

Houve/les deÚev-er \

POR-F^ZER,

Tivera Dev-ido

Deb-iturus,

t

Houve de Dev-er Houvemos de Dev-er

DETERMINADO S»

EITO,

^

)

Deb

iíuri

22, a,

mus

Fui-

&;c.


,

10

)^

Dev-erei y ou BJlaret SEii Til Dev-erâs ou EJiarãs EUe Dev-erâ , ou Efiarâ

b

*(

IMP ERPEITO

P ERF-

,

,

P.

f

Nos

Dev-eremoSy ou Eft aremos

<

Vos

£>^'z;-í'rm

(

Elles Dev-erão

,

,

ou Eflarels ou EJlarãQ

Deb-ebo.

Terei

.

ç Dcb-ebis. è Deb-ebit,

7Vr^2

b

Teremos

Dcb-ebimns. ^ Deb-cbitis. ^ Deb-ebunt.

.

Tereis

.

,

Terão

.

.

SUBJUNP R EZ^

IMPERFEITO, .

J*.

Eu Dev-a

PE

b

Deb-cam

\

Deb-eas, S Deb-eat,

Tenha Tenhas Tenha .

[

Nos Dev-amos

^

Tenhamos

<:

<

(

,

,

ou Ejlejamos

Vos Dev-aisj^ ou Ejhjfiis ou ^y/^-yd^? Elles DeV'ão ,

Deb-eamus.

Eu

<

Tu

Dev-eJJe , Dev-ejfes ,

í Elle

£)^z;.#

( <|

(

ou Eftiveffe ou Ejiiveff^s ou £y?/i^#

,

Nos Dev-eJJemoSyOuEJiiveJJemos Vos

^ Deb-eres. S Dcb-eret.

TiveJJes

li^jDeb-eremus.

ER F

Tívefje

,

,

RETE^

bDeb-erem,

ou EJíívcffeis tí Deb-eretis. Elles Dev-eJJem, ou EjiiveJJem § Deb-ercnt. Dev-ejjeis

Tenhais Tenhão

§ Deb-eatis, ^ Dcb-eant,

P í

,

,

P

,

RF^_

ou Efleja Tu Dev-a St ou Eflejas Elle DeV'a , ou EJieja

c

.

^ ,

Tivejfemos Tiveffeis

TiveJJem

FUTU^ PE R S,

P.

Eu Dev^er

b

Deb-eam.

(

ou Efit'uer Tu Dev-ereSy ou Efli veres EUe Dev-er, ou £/Iiver

ç Deb-eas. 5 Deb-eat.

/

Nos Z)^?;-^^^^^ ou

b

í

<

,

,

^

V^os Dev^erdes

(

Elles

Dev-erem

,

,

Ef/ívermos

Deb-eamus.

ou tjiiverdes tí Deb-eatis. ou Efliverem % Deb-eant.

Tiver

F, .

»

Tiveres

,

íT/VíT

Tivermos Tiverdes

Tiverem


,

u

^

.

POR-FÂZ E R.

EITO, DeV'ido, Deb-ucio. Deb-ueris. DeV'idoy Deb-ucrit. ]0>ev-ido^

Haverei de Dev-er Haverás de Dev-er

Haverá de Dev-er

,

\

Dcb-itiiriis, a

,

>

iim

Ero Fuero &c.

)

,

Dev-iJoy Deb-uerimus. Haverefnos de Dev-er DcV'ido, Deb-ucritis. Havereis de Dev-er Haverão de Dev-er , Dev-idot Deb-iierint,

Deb-ituri,

^

C TIV

,

,

oíí

,

se, a,

Erimus íwFue» rimus &c.

O.

ENTE S P OR-FAZ ER.

EITO, Dev-idoy Deb-uerim. Dev-ido, Deb-ueris. Dev-idOf Deb-uerit.

Haja de Dev-er Hajas de Dev-er Haja de Dcv^er

,

Deb-iturus, a,

,

um

Devido, Deb-uerimus, Hajamos de Dev-er Dev-ido Dcb-ueritis« Hajais de Dev-er Hajão de Dev-er , Dev-tdot Deb-ucrint» y

RITOS

5cc«

Deb-ituri ,33,8,

j

,

^'

,

Siuius.

^"C«

)

,

EITO, Dev-ido Deb - ui fle m Dev-ido Deb-uiíTes. Dev-ido Deb-uiflèt.

P OR-FAZER. ,

^

y

HouveJJe de Dev-er Houveffes de Dev-er

,

>

t

HouveJJe de Dev-er

,

J

,

Dêv-idoy Deb-uiíTemus,

Dev-ido Dcb-uiíTctis, PeV'ido, DeiJ-uiííeqtt y

RO

Sim

.

,

H ouvc(jemos dcDev-er Houveffeis de

Dcv-er

y

\

Dcb-Iturus.a.n",

Eííem ou Fuiffem. &c. ,

Deb-ituri,

/ÍLiTcmus,

y

Houvejjem de Dev-er,

)

as,

í?w

a

»

Fu-

iíreraus. ôcc.

S

EITO^ Dev-ido, Deb-uerim. Dev-ido y Deb-ueris. Dcv^idoy Deb-uerit.

POR-FAZER. Houver de Dev-cr , Houveres de Dev-er Houver de Dev-er ,

,

Dev-ido Deb-uerimus Houvermos ouvermos ae de uev-er, Dev-er, D<^v-idoy Deb-ueritis. mverdes de Dev-er Houv Dcvrid:», Deb-uerint. mverem de Dev^cr , Hot y

,

\

Deb-iturus, a,

>

Sim

)

rim.

\

ou

,

Fuc-

&c

Deb-ituri, i^eu-iruri, ic a3,a, cu Fiae-

VSimns, 3

rimiis. 5cc,


,

CON

111/

U-

J

DOS VERBOS LA^ I

N

F

I.

INFINITO IMPERFEITO.^ Leg-ere

,

PER

Colher,

F^

Leg-iíTe, I

PARTIIM

PER FEITO,,

Leg-ens

,

Leg-enti?

PE RF^ Colhendo

,

ERUND lOS,

G jLeg-endi,

De

^

ou EJlanãú Colhendon

,

Colher \ Leg-endo,

Em

Colher

Leg-cndum|

;

N D

I

I

C.

PREZ'ÍMP í

S.

< ( í

P.

< (

ERFEI TO, Eu Cdho

P E RF~

ou E/Iou Colhendo^ Leg-i . Leg-ifti , ou Éjhis Colhendo» Elle Colhe, ou EJid Colhendo. Lcg-it , Leg-imu5, Nos Colhemos qu Efíàmos Colhendo, Leg-i mus Leg-itis , Vos Colheis Leg-i íi is ou E0 ais Colhendo, Leg-unt , Elles Colhem , ou Ejlã^ Colhendo, Leg~crunt ou Leg-ere

Leg-0

,

Tn

Leg-is, Lcg-it,

,

,

.

Colhes,

,

,

. ,

,

PREZE IMPERF.o IMPERATIVO. Leg-e

c

\

Colhei \^">s

(

Leg-unio,

Co lhão

í

p i

Tu

ou Leg-i to , Leg-i to, Lcg-ite ou Leg-i toíe,

J

*

,

,

Colhe

ou Eflà

,

Colhn^^Wo'

o\\

y

,

jiiies

Colhendo.

Efieja

Colhendo,

ou EJlal C^úhendo. , ou EJlejãs Colhendo,


^

7i) ^*

GACAO

EM

TINOS N

T

I

cre,

o,

IMPESSOAL^ £

I

P O R'F J Z E

TO /

Ter Colhido»

C

P

I

l

Ledum

I

O S

R^

Ire, Píaver de Colher^

f

P O R-F A Z E

EITO,

Le<Slurus, a

,

R.

um Havendo

de Calher^

I

E SUPINO, Para

Colher,

A T

I

V

E NTE

Leç-tHm

I

Para Colher

O, ^

^

P O R-F A Z E

El TQ, Tenho Colhido, Tens Colhido,

Lec-tiir"S

,

a

Lec-turus

,

a,

Tem

Lec-ttirus

,

a

Colhido.

Temos Colhido, Tendes Clhído,

Tem

,

Colhido»

Lee— turi Lcc—turi

,

s

Lec-turi

,

se,

,

ae

um, Sum

,

,

um um

,

Es

,

,

Eít

,

Siimus a, Edis , a , Sunt, a

,

,

,

,

Hei de Colher,

Has

Ha ,

R.

de Colher,

de Colher.

Havemos

de Colher,

Haveis de Colher,

Hão

de Colher,


,,

,

,

^(74)^ PRETÉRITO Eu

,Leg-i S. ^ Leg-ifti

Tu

,

(Leg-it.

Ellc

Leg-imus ,Nos )Leg-iftis, Vos p /

*

^ '

Leg-erunt Leg-ere ,

oi^

,

PRETÉRITOS

IMPERFEITO í

S. \

Leg-eham

,

Eu

PE

Colhia ou Efiava

Leg-erara Leg-eras , Leg-erat ,

Tu

Colhias ou Eftavas Elle Colhia ou Ejiava

Leg-ebas , Leg-ebat ,

(

Leg-eratis

,

Co^

,

Cí»-

Co-

Leg-eramus

íavaftios

Leg-ebamus,Nos Colhiamos ou EfLeg-ebat is Vos Colhi eis owEJlavcis Leg-ebant , EWts Cclhião ou Ejiavãa

RF'.

,

CqCo-

,

Co-

Leg-erant

FUT^

IMP E RF E I TO. !.

<

(

Lee-am

Eu

Colherei

Leg-es Le2-et

Tu

Colherás

P ERF^ ou EJÍareip Leg-cro

1

Leg-ennis, Nos Colheremos ou EJ' Leg-etis , VosColhereisow Eftarcis

\

Leg-ent

,

Terei

^

^

• .

ç^

Leg-erimus, Teremos

|^

Leg-erit is

Tereis

Eiles Colhei ão ow Efi a- ^ Leg-erint ( r^5 ^

,

• •

Terás Terá

Leg-eriy, Eftarâs Elle Colherá ou Ejiará |^ Leg-erit {taremos ^ oii

S

UB

Terão

J

U

N-

PREZ^

IMPERFEITO, Leg-am Leg-as Lcg-at

Eu

,

Tu

,

Colha, on Efl^ja CnlhaSyOn Eftejns

Elle Colhii, ou Epeja

,

f

Lcg.a!TU!S

<

Lcg-atis

,

i

Leg- ant

,

,

*

Nos

ColhamoSyOW EJlejaniGS

Vos

Colhaes, ou Efiejaes

Elics Colhao ,ou Ef^cjão

PER Leg-erim

,

Leg-eris , • Leg-erit , . Lcg-erimtis Leg-eritis , Leg-crint,


,

,

INDETERMINADO um, Sum um, Es um, Eli,

Houve de Colher, Houvefle de Colher,

Colhi,

Le6luriis, a,

Colhefte,

Leòlunis,

Colheo.

Ledurus,

Colhemos»

Leóturi

,

as

,

a

,

Houve de Colher, Sumus, Houvemos de Colher,

Colhefiei.

Lei3:uri

,

ae

,

a

,

Eftis

,

Houve/ies de Colher,

a

,

Sunt

,

Houverâo de Colher»

a,

,

,

a,

EUes CoLeduri

lhe tão»

,

X

,

DETERMINADOS PO R-FAZ ER.

El TO, Ihera

Tinha ou Tivera

,

ou Tiveras |: Ihera , Tinha ou Tivera |; ( veramos Jheramos, Tinhamos ou Ti- sj Ihereis^Tinheis ou Tivéreis ^. Iherãoj Tinhão ou Tiverâo ?

Havia ou Houvera de Colher kc,

Lecturus,3,u,Siim, Lecturns,a,u,Es , Lecturus,a,0,Eft

r-

Jherasj Tinhas

,

,

'

,

1

Haviam os ou Houvera*

Lecturi,se,a,Snmiis,

\

Lecturi,x,a,Eílis,

\mQS Colher í &c.

Lecturi,a2,a, Sunt, ::

'^

VROS, JÇ

I 7

o

POR-FAZER.

.

Colhido,

Leííiurus, a,

Colhido,

Leclurus, a, Leclurus, a,

Colhido,

um, Ero um, Eris, um, Erit,

,

ou Pueris,

Haverei de Haverás de

ou Fuerit,

Haverá

ou Fuero,

de

Colhido,

Leâ-uri, X, a, Erimus, ou 'Fu(ò\-\m\\sJ^averemos de Le6luri, as, a, Eritis , ou Fueritis, Havereis de

Colhido.

Leduri,^,

Colhido.

C T

I

V

a,

Erunt

,

Hauerào de

ou Fuerint,

O,

ENTES,

EITO

P O R-FAZE

Eu Tenha

Colhido,

Tu Tenhas

Colhido.

um Sim ,Haja um Sis Hajas um Sit Haja

Elic Tenha Colhido,

Lecturus Lecturus Lectorus

"Nos Tenhamos Colhido, Vos Tenhais Colhido,

Lecturi, aí , a, Simus Lecturi , aí , a, Sitis ,

EUes

Lecturi

T^nh'drj Colhido,

,

,

a

,

,

a

,

,

a

,

íe

,

R.

,

,

,

,

,

a> Sint

,

,

Hajamos Hajais

Hajxo


, ,

PRETE^

IMPERF El TO

PER F^

,

Leg-crem,

Eu

Colhejfe.ou Colheria,

Leg-iíTem,

Leg!-eres

,

Tu

Colhefjes.ou Colherias,

Leg-iflTes

Leg-cret

,

Elle Colhe[fe^ ou Colheria»

Leg-iíTet

s.

Leg-eremus,Nos Leg-eretis

,

Leg-erent,

Vos

ColheJJemoSt

ColheJ/eis

,

ou Colher iamos,

ou

Leg-iiremus, Leg-iííetis

Colheríeis.

Elles Colhejfemf onCalhsriâo*

Leg-as Leg-at

Eu

,

FUT^ PER'

Colher ^ ou Efliver Colheresjou Eftiveres

,

Tu

,

File Colher^ ou FJiiver

Leg-amus Leg-atis

Leg-ant

,

,

,

Nos Vos

Leg-erim

^ ^

Colhe nv os ^ow FJlivermos %^ Colhe rdes,oi\ Efliverdes It

Elles Colherem^onE/liverem

líL'

Leg-eris Leg-erlt

,

IMPERFEITO, Eu s.

Pv.l-ir,

Tu

ou

F.Jlar

Pul-ireSf ou

Efiar es

Eilc Pul'ir, ou Ejiar

Nos

Puhirmosycyvi EJlar mos ou Ejiardcs

"Vos' Pfíl-irdts,

Elles Pul-iretUtOu Ejlarem

.

,

.

, .

,

Leg-eriíis

,

Leg-erint

,

,

GONGUGAÇAO 1

IMPERFEITO,

,

,

,

Leg-erimus

EM TuUir, ou EJlar Pul-indo

,

Leg-iíTent

IMPE R FEITO, Leg-am

,

N

ir,

E

F

N^

1


i

^{11 )^ Riros,

EITO, Eu

P O R-F Â Z E

R.

ou Teria Lecturus,a,um,Eíiem Houvefje , ou Colhido. . 'i/U Fuifiem, Haveria • Tu TiveJfeSy ou 'Te ri ai Lecturus,a,um,Elies, Houvejjes ou Colhido, . ou Fuilfes, Haverias Elle Tivejfej ou Teria Lecturus,a,um, Eííct Houvejje , ou Tivejfe

,

b

.

,

.

Colhido,

Nos

TiveffemoSf ouTeriamos Colhido,

Vos

Tivejjeisj

ou T^-

Haveria

ou Fuilíct,

.

Fu ilTcmus, Haveríamos

ou

Lecturi,

se,

a, EíTctis HouveJ/eis

r/V/j Colhido,

ou Fuiíictis, Haveríeis

Lecturi, x, a, Eíient, HcuveJJem ou Fuillent, Haveriam

Colhido.

.

.

Lecturi,íE,a,Eíremus, Houvejpmos yOu

Elles TiveJJem, ou Trr/Víi?

.

UROS, FEITO,

P OR^FyíZ E

um

Tiver Colhido.

Lecturus,a,

Tiveres Colhido.

Lecturus,a,um

.

.

ou

,

.

.

.

ou

,

.

.

.

R-

^xmí o uYutnvríy Houver

Sis, ou Fueris,

Houveres'

Tiver Colhido. Houver Lccíurus,a,iim Sit, o« Fuerit. Tivermos Colhido. Lecturi a£,a, Si mus, <?M Tv\tr\v[\us, Houvermos Tiverdes Colhido. Lecturi, 3e,a, Sitis, ou Fueritis, Houverdes Tiverem Colhido, Lecturi, as, a, Sint on Fuerint. Houverem ,

DOS VERBOS PORTUGUEZES IF.^ DOS LATINOS EM ire. NI TO. IMPESSOAL 1'

,

P O R-F A

El TO,

ido

,

Haver

Pol-iviíre.

PESSOAL

de Pu-lir

,

ZE H. Pol-itum

Ire.

,

POR-FAZER.

FEITO,

Me,Tc,

Pul-ido,

TvTe Pol-ivIíTe.

Haver

^3

\

PuUido,

Te

Haveres de

r*

Miturum.am um,

Haver

^) Efle,oí/Fuiíre

Pol-iviíTe.

Pul-ido, lllum Pol-iviire. Pul-ido, Piíl ido

,

Nos V os

de de

IIlu.Po,

&c.

Pol-ivlfie.

HaverjHOS de

55

^Nos, Vos,

Pol-

Haverdes de

>

/

Políturos, as

)

EiiQ.ou Fuifie

V ilTe.

Ful'ido, illos PoUiviíie.

Haverem

de

•^*

Illos ,

a,

&,


^{

1^

)^ PARTI.

IMP Ê RI' El TO, Pul^indo

Pol-iens, ientis,

y

I

Tevdo

GERUNDJOS Pol-icntli

,

De

Pul-lr;

Pol-icndo,

Em

Pul-ir;

I

IM PERFEITO,

,

R^ .

E

PoUiendum,

N D

I

C-


"^

(

}^

79

CIPIOSs

PO REFAZER,

FEITO, PuUido,

*

de

PuUir

Para

Pul-tr,

Havendo

,

Pol-iturus

um»

a,

,

SUFI NO LATINOS. Para P///';V.= Pol-iturn

A T

1

,

V O.

ENTES, FEITO,

F O REFAZER.

Pul-ido, Pol-lvi.

Hei

Pul-ido, Pol-ivifti.

Hás

Pul'ídoy Pol-ivit. Ful-idoy Pol-ivimus.

FuUdo,

Haveis de Pul-ir,

de Pui' ir

de

de Pul-ir

Havemos

Pol-iviíHs.

J^uUido, Pol-iverunt ,ow

Hão

,

iturus.a.um, í Politu

Pui -ir, .

de Pui- ir

de Pul-ir

^ Politini.íe, i

mus

a,Su-

,

&c.

Politurus,

,

(Pol-ivere.

INDETERMINADO. Pol-ivi.

Houve

^

\

Pol-iviíli,

Houvefte de \^ ^' Houve de

\

ou EJiive Pul-indo, ou F.JliveJh Pul'ifido, ou Ejhve Pul-indo,

Pol-ivit.

ou ou

Pol-iviítis.

EJiívernos

PuUindj^ Pol-ivimus.

de

Houvemosde^

Heuvejhs de^ ou BJiiverão Pul-indo, Pol-iverunt, HouveruD de^ hfiivejles Pul-indo ,

a

,

um

)

Fui, hz.

\

Polituri

,

2e,a,Fui-

?

S

,

mus,

òíc.

(&«Pol-iverc.

ITOS DETERMINADOS. FEI TO,

P OR-FAZ E

R,

ri?^ ou Houvera Havias, ou Fíouveras tD »r tí ^' ^-'Pol-iverat. Haviat ou Houvera r.hnuios , ou77z;í'-VPol-ivcraHavíamos , ou HoU' >• (ramos ^ (mus. ( veramos "^ ;;ZY.'.f,ou Tivéreis SjPol-ivcratis. Havíeis, ou Houvéreis 7ihào,Q\x Tiveras • Pol-ivcrant, PlaviâotOU Houver ão

ou Tivera ou Tiveras ou Tivera

^sPol-iveram. Havia

,

v-PoUi veras,

^


^[«o ).^

Pretéritos

MPE RFEI 7 O,

í

Kn

P ER-

Pul-írir/íPiíl irãyOVi

Efia ria \ Tu

Pul-indo^

.

Pol«-irem.

Teria

.

.

Pol-'ires.

Terias f òu Tiveras

.'

Pol- iret.

Teria

ou Tivera

,

Piil-iriaSy Pul-iras,

ow EJIariasPuí-indo.

EUe

Pul-iria PuI-iruiOU ,

£ /ia ria

Ful-indo

,

.

ou Tivera

,

w

.

Nos Pul-iriamos yPul-iramos^ ou EJiar ia mos Pnl-iurJc/, Pai' ircmus. Teriatnos,ouTiveramos

Vos Pu i-irieis yPul- ireis

,

ouEjiárieis Pul-irído^

EWgsPuI

Pol- iretis.

Te ri eis

Pol-'irent.

Teria o

,

ou Tivéreis i

irião,Pui-irão,

ou Eji ar ião Pul-indo,

ou Ti verão

,

.

FUT^

IMP E RFE I TO, (

Eu

<

Tu

(

í

P.

)

Pukirei yOu E/tarei

Pul-i rascou EJiarã EUe Pul'irã,ou EJlard

PE R^ ^ Pol -iam T-Pol-ies.

Terei Pui- ido Terás Pui- ido

.

^'Pol-iet,

Terá Pui- ido

.

,

.

l<losPuI'ireMos,ouE/Iaremos ^Pol-iemus. Teremos Pul-ido >Pol-ietis. Vos Pul-ireisyOU Efiareis Tereis Pul-ido^ .

(Elles Ful-irão, ou EJíarão

I^Polient.

Tí-ríi?

S

Pul-ido

UE J U

4

N-

P7?E-

IMPERFEITO, Eu

^

Tenha

r-

Po! -ias.

Tenhas

Pol-iat,

Tenha

l

(

Nos

*^ Pol-iamus.

S. ^

P.

PE Pol-iam.

ou Ejiejn Tti Pui-as, on Ejiejas Eile Pu-lãjou Ejieja

í

?«/-</,

Pul-amos,oii EJlejamos

^ V^os Pul-acs,ou Ejíejaes l

Eiles

Pulâo,ou Ejiejâo

1-^

Pol-iatis.

^" Pol-ianl,

P

IMPE R FE I to; íEn ^

í

P,

\

(

•^Pol-i rem. Pui^iffe, ou £y?ro'^77> í>.Pol-ires, Ta Ful-iffes ou EJliveJJes t,i^o: 'iret lie Pul-ijje, ou EjiivcJJe Nos Pul-ffJ^niQs cu ffilvfffemos "I^^Pol-iremus Vos PuUiffeis , ou fi/liveffcis S, Pol- iret is. S*PoÍ-irent. Ellcs PuUijfem , ou Efàvcjfcm ,

,

,

R^ ,

*

.

4

,

é

Tenhamos Tenha es •

«

TenhÚQ

é

.

,

.

.

i

RETE^ PE Tive/Jâ

R^ «

Tivcjies 7 ivejfe

.

, •

,

TiveJjenrjS Tive[Jí':í

.

TiveJ]cin

«


,

y

(«^ 8l

«^

)

CONDICIONAES FEITO,

P O R^F A Z E

/?.

Hoverta.ou Houve' Pul-ído, Pol-iviíTem.

ra de Pul-lr,

Haverias

,

Pol-itnrus

ou Hou-

veras de Pul-ir,

Tul-idot Pol-iviííes.

FuiíTcm

Haveria, ou HouvePu!'ido, Pol-iviíTet.

ra de Pul-ir

Pul-ido, Pol-iviíTemus.

vereis de Pul-ir

rão de Pul-ir

&c.

,

Pol-ituri

3í»3i

Eííem us

,

ou

,

FuilTemus, &c»

Haverião fOu Houve-

PuUidbt Pol-ivifíent

,

ou

,

,

Haveríamos yOU Houvéramos de Pul-ir, Haver Íeis ou Hou-» ,

Pul-ido, Pol-iviííetis.

a

,

um, Eííem

,

UROS, FE I TO,

P O R-FJ Z ER.

Pol-ivero. Pol-iveris,

Haverei de PuUir Haverás de Pul-ir

Pol-ivcrit.

Haverá

de Pul-ir

,

1

Po!-iturUs

,

?

iim,

)

,

Pol-iverimuí.

Haveremos de Pul-ir

Pol-iveritis.

Havereis de Pul-ir

Poi-iverint,

Haverão de

Pul-ido, PoUiverit. Pul-ido, Pol-iverimus. Pul-ido, Pul-iveriíis. Pul-ido, Pol-iverint.

^

Pttl-ir^

C T I V O. Z ENTES, FEITO, Pul-ido, Pol-iverim. Pul-ido, Pol-iveris.

•\

,

,

)

^

Polfoi-itun.as, a» Erimus ou Fuerimus, 6íc, ,

R*

Pol-iturus

,

m, Sim,

Hajamos de Pul-ir Hajaes de Pul-ir

Hajâo de Pul-ir

,

,

P O R-F AZ E Haja d^ Pul-ir, Hajas de Pul-ir, Haja de Pul-ir,

a

,

Ero ou Fuero , &c.

i

,

Pol-ituri

,

Simus

,

>a,

,

,

PITOS, FEITO,

P O R-F J Z E

Pul-ido, Pol-iviíTem. Pul-ido, Pol-iviíIes. Pul-ido, PoUiviífet.

HouveJJe de Pul-ir,

HoNveJps de PuL^r

,

Houveffe de Pul-ir , Pul-ido, PoUivillemus. HouveJJe Vemos de Pui ir, ul- ido Po 1 - V le tis. Teis de Fullr, [Jouveffè Pul-ido, Pol-iviíícnt. Ho uv eííem de Pul-ir

P

,

i

i

i

F

R.

^

Pol-iturus, a,

\

Eííem

,

S

'ú^cvn Síc.

)

Pol-ituri

^

Eilcauis

^

ou

,

,

Fuiílèmus

um

Fu«

x

,a,

ou òic%


*( 82)^ IMPE RFEl TO £

Eu

Pul-ir^

^

Tu

PuUirts

ou Efttver PoUiam. ou Efiiveres •^Pol-ias. ( EWe Pul'ir ?,PoI.iat. ou Efliver (Nos Pul-trmos , ou Eftivermos S'Pol-iamus. ' Vos PuUrdes , ou Ejiiverdes .^"Pol-iatis. ÍEWqsPuI- irem ou Ejitverem Pol-iant. ,

t

5.

o

ConjugaçJío

Tiveres

,

Tiver . • Tivermos Tiverdes . Tiverem .

II.

do Ferio Adjeâlivo

em faa Voz PaíHva.

Verbo Adjectivo na Língua Portugueza não tem Linguagens fimples para a Voz Paííiva , como tem a Grega e a Latina ; e aíTmi carece de Verbos Paílivos. Mas nem porilTo deixa de ter Voz Paííiva , ifto he , huma forma de exprefsão , que o Verbo toma para indicar que o Subjeito da Ora^jão não he já o agente , como na Voz Activa ; mas fim o paciente , ou recipiente da acção. Ora para ifto baíla-lhe tamfomente huma linguagem fimque he a do Participio Perfeito Paííivo, declinado, como ples no Latim , per géneros , e números do modo feguinte, ,

,

r Âm-ados.adas.IKm-^útX.^, ^A«.W^,tí^/z,Am-atus,a,um, Dev-ido fida, Deh'husy3itum,p ; /)£í;-/Ví/í,/V/tíí,Deb-iti,a2,a S. '" " * ' '' ^ )Q//;./í/cí,/VrtJ, Lcc-ti,£e,a, j Colh-idotida-,Lcc-tus,a,um, Pol-itus,a,um. Pul'ids,ída, IdQsJdas , Pol-iti,2e,a. (

Porque


.

S3

•SS^ (

UROS^ FEITO, Pui

íftoi

P uí- ido

P O

Pol - V c r i

i

s

Pul-ido^ Pol-iverit. Pul-ido, Pol-iverimiis. Pul'ido, Pol-iverint.

Porque ,

i

e o

Linguagens

Ho tiver

de Pul-ir

\

> )

,

Houvermos de Pul-trf

nmus &c.

aíHm como os Latinos com os Verbo Subftantivo Sum formão Paílivas de todos

os

Tempos

Pol-itiinis, 3,0 j

Sim, 6U Fuerim kc. PoUituri, ac. a , Si mus, ou Fuc«

Houverdes de Pul-ir, Houverem de Pul-ir ,

Pul-ido, Pol-iveritis.

Paííivos

R^FJZER.

Houver de Pul-ir , Houveres de Pul-&,

Pol-lvcnm.

,

^

)

feos Particípios

todas

Perfeitos

,

as

fuás

e Por-fa-m

fimplcs fó para os Tempos só com o Participio Perfeito Paífivo , e com o Verbo Ser , e Auxiliares 'fupprimos Com toda íi facilidade , e mais analogia ainda que os Latinos , tô* das as Conjiigaçôes da voz PaíTiva. Para iílo não temos mais do que ajuntar a qualquer Linguagem , ou fimples , ou compofta do Verbo SubíUniivo o Participio Paílivo próprio de cada verbo Adjectivo ; c a Conjugação Paíliva fica feita, como fe vai a ver nas Conjugações Latinas do Verbo Paífivo. Para as abbreviar mais ; daremos as Linguagens fim pies per extenfo , e das compoílas só as primeiras peflbas do Singular , í:er

,

ficando- lhes as

Imperfeitos

:

Linguagens

afinn nós

também

,

,

e do Plural

pois as mais ; ção do Verbo Subftantivo

fe ,

fuppoem

ja fabidas

na Conjuga-

e feòs Auxiliares.

Fa

CON

J

U G.


E

CONJUGAÇÃO

1/

I

IMP ERF El TO Am-ari

,

NFU P E R-

,

Ser Am-ado»

\

Am-atirm, am,um,Eíre, 6U

PARrU P E R /-Am-atus

S.

P. Amati

,

a

,

.

,

Te do Sid9

um,

ti

a,

Tendo Sido

SUP^ Am-atu

N D

I

r

C.

1

PREZ-

IMPERFEITO, Am-or

P ER-

Eu Sou Am-adoé

,

Am-aris cu Amare,

Am-atus, a, unijSuin

••

,

,

S.

.

Am-atur Aro-amur, P.

V

Am-amini

\

Am-antur

Tn Es

Am-atus, a, um, Es Am-atus, a, um, Eft a, Sumus l^os SomosAm-ados. Am-aii , as

Elle

,

Am-ado.

,

He Am- a do»

,

l

Am-ati

,

Elles Sâo Am-ados, Am-ati

,

Vos

,

,

Sois

Am-aàos»

\

(

.

,

Am-ator Am-amiui, Am-antor , ,

.

,

se

ae

PREZ.E IMP ERF. o IMPERAnVO. Am-are ou Am-ator, Sê Tu Am- (ido J

.

.

é

.

ou

Am-aminor, •

,

,

a,Eftis

,

.

,

a,Sunt

,

.

.

t

a.

Seja Elle Am-ado , Oé Sede Vos Atu-ados , as, Sejão Elles

Am-ados

y

as,

PRETÉRITOS Am-atus, a um, FuiSf, P. Am-ati, aí, a,Fuimus&. S.

,

Eu Fui Am-adotO i^é Nos Fomos Am-ado^^n^

i^*

PRETE^

IMP ERF


LATINA DO VERBO PASSIVO. N

I

T o,

FEITO

P OR-F^ Z E

,

¥uií]c,TerSií/o

ClPIOS

EITO Am-ado Am-ados

Am- a do.

R.

Am-atiini Iri, ou Aiii-aadum,am,nna Ei\h,ou Fore, Haver de Ser Ama-do,

,

P O R-FA Z ER.

,

a,

,

I

as

,

I

Am-anclus,a,um j/Tia-yrWc de Ser Am-ado, a, Aoi-andi , as , z.^ Havendo de Ser Am-ndos^as^

IN o. De

Ser Amuado,

AT í V ENTES

O.

,

FEITO,

P O R-F

Tenho Sido Am-ado ^a.

A Z ER,

\m»andus,^iU,Siin],HeideferAm-ado,a,

Tens ^ido Am-ado, a. Am-andLis,3,u,Es, Ha/de Ser Am-ado^aé Tem Sido Am- a d o, a. Ain-atidus,a,u,Eft,ír^ de Ser Am-ada.a, Temes Sido Am-ados ^as kvn-2Ln^\^,2i,S\ircí\xs,Havemosde Ser Am* adoSy as,

Tendes Sido Am-ados ^as, Am-andi,as,a,Eftis,//tí'y^/V«^^ Ser Anuados

,

as^

T^em Sido Jm-ados^as, Xm-ânàiyXtQtSunttHâodeSer Am-ados, as.

INDETER MINADOS, Am-andii?,

Am-andi,

RITOS

a,

as, a

um ,

,

Fui,

Sc,

Fuimus, &,

Houve

Eu

FcrayTinhaf ou Tivera Si-

do Am-ado

,

a^.

Am-andus a, um, Eram, OM Fncram, ,

Fôramos, Tinha Am-andi,32,a, oLí Tivéramos Eramns,'5« Sido 'dni-adcs,as ':^. Fueramus ^, viGs,

Jm-ado, a íf. er Am-adus^as^^

,

FEIJÓ,

Nos

de Ser

Houvemos deS

P O R^FJZER. Eu Havia, ou Houvera de Ser Am-adOfúi^,

Nos Havíamos ou ,

Houvéramos de Ser Anirados^as ^,


,

,

*

86

(

)

.#.

IMPERFEITO, Am-abor J

'^\x

Serei

Am-ado

,

Til'

Serás

Am-ado

,

Nos

,

Am-abcre \ /Ara-abitur

,

Elle Será Amuada

,

SAm-abimur Am-abJn\ini A"i-abuntur

P.

Am-atus, a,inn, Fue^ <?w Ero ro , &c.

a%

^

Ani-aberis, ou

,

»

,

a* r/.

,

Am-^ii

Serem^is Amuados, as.

Vos Sereis EUgs Sarào

,

25

Ain-ados^ ^i-

Erimus,

4^i'^dos

rimus. 6íç#

as.

,

a

,

I

<?ttFue-T

SUBJ UN, P REZ^

IMP ERFEI TO (

Am-cf

)

Am

\ ^

P.

,

eris

Seja Atn-ado

,

Amatiis a, Uín,Sim.&c,

a^

ou

,

Tu

Am-ere Am-etur Am-emur

Sejas Atn-ado , a» Elle Seja Am-^ado- , a»

Nos

,

Arn emini

l'

P ERF^

Eu

Vos;

,

•l;Am^emur

òejamos Am-ados

,

SejíJis Ai.m-ados

aí»

Elles Sejãíf Am^aAdS

,

,

f

Am-ati,a?,a, ,Simus. &c.

as*

fíí,

PR

IMP ERFBITO, ÍA,;>m-ancr

Eu

^

PER

^<?^,

ou-. Slerifí

Am-adp,

a.

Am

(

arcre.Tu

Am-arctnr, YA\t

FoffeSj

ou Serias Atn-ado,

,ou Seria Fõjfe.o^

Am-ado^a,

a,

Efíem, ou FuiíTem. &c. ,

[as.

<

Am-aremur, '^osFoffemoSiOuSerimnosAriia-dos, Am-ati, Am-aremini, \Jo'!>Fo(feis yOuSerieis Amuados ^as, Eííemiis

{

Am-arentur,

i

Fk

Am-atus, a, u

)-A. trn*areris,<íM

\

ET E^

Elles/'^^í/7;,ou Seriâo Amuados ^as.

se, a, ,

oti*

Fuiflemus.&

FUT^ JMPEHEELTO, Am-er S.

s

\

Eu For

,

Aj3i-eris

í

<c

Am-ere

Am»atu», a^Ui, Sim &« Fue»

,

,

Am-emini Ara-entur,

"Forejs

Am'eid/j

y

rim.

a*

Am-ado a. Nos Formos Âm-aáos , Vos Fordes Am-ados , Elks Forerik. A/Urddoi , Elie For

,,

Arij-emiir

,

Tu

,

,

(

Am-fido

au

,

f Am»et})r P.

P ç.RF^

&c.

,

as^

Am-3ti,

as,

Si

çs.

as, a,

mus, cwFu*

erimus,.

&ç.


^{^1 )^ V ROS,

EITO Eu

P O R-FA Z ER,

,

Am-

Sido

Ttret

adoy a, &c.

Nos

Teremos Sido

,

Am» Am-andi

25 a, l>lo$Haverem9s deSer Erimus, ou FueAm-ados, ai.&c» riaius. kc.

kc»

adost as,

CTI V

Am-antlus,a,um, Eu Haverei de Ser, Ero Qu Fuero &c. Am-ado , a, kc.

,

,

O.

ENTES, El TO, Eu

POR-FAZER. Am-andus,a,um, Eu Haja de Ser Am-ado, a, kc. Sim , &c.

Tenbfj Sido

Am-adot

a*

&c.

Nos Tenhamos Am-ados

Sido as^

,

Am-andI

3C,

,

Simus

&c.

a

Nos Hajamos de

Ser Amuados, as, kc.

,

&c.

,

RITOS, P O R~F A Z E

El TO, Eu

Nos

Tiveffemos yOviTeria-

I

mos Sido Am-adostas.

\

kCp

Ri

Am-andus,a,uin, Eu Houveffe , ou Haveria de Ser Eíl€m,o«FuiíIem, kc, Am»ad6 , a, kc.

ouTeria Sido Am-adota. &C.

Tivé(fe,

I

Am-andi Efíemus

, ,

iílemus,

as

ou

,

a

Nos

,

Hoiivejfemos

,

Fu- ou Haveríamos de

kc

Ser Am-adsStaStkc»

UKOS, P OR.FAZ KR,

EITO, Eu Tiver ado

,

Sido a,

Am-

kc.

Am-andus, a um Sim ou Fuerim. ,

,

,

Eu Houver kc.

kc.

Nos Tivermos Am^adss,

Sido as,

&c»

de

Ser Amuado, a.

Am-andl,se,a, Simns, Nos Houvermos de Ser Amuadas QU Fuerimus, kc, as,

kc.


, , ,

,

,

# CONJUGAÇÃO LATINA 4*-

11/

(

88

)

N

I

IMP E RI^ El TO, Dcb-eri

,

Ser Dev*ic/t.

F I. PER-

IDeb-itum.am

P Ã R T

í^

PE

R~

Deb-itus, a um P. Deb-ili , ae, a ,

S.

um

,

Fui ire'

EíTe, ou

,

,

Tendo St\ Teado Si-^

U

S

f-

Dcb-itu 1

N D

C-

I

P R E

IMPERFEITO, Deb-eor

Eu Sou

,

Deb-eris, ou

Tu Es

Deb-ere Deb-ctur Deb-emiir

Ellc

Deb-emini Dcb-eRtiir

Z^

PE Dev-tJo , Dev-idOf

Deb-itus

Sum

a,

R-^

a,um|

,

,

,

&:c.

,

E' Dev^tdo, a» Somos Dcv-idos, as. Vos Sois DeV'idos, as. Elles São Dev-idoSf as.

Nos

,

Dcb-iti

,

ae

,

^

Sumus, &c«

PREZ.E KMPERF.o IMBERAIIVO. \

\ i

{

Deb-erc , su Deb-etor Deb-etor , Deb^smini, ou Deb-cminori Dcb-entpf

tu Dev-ído, a.

Seja e!le

Dev—do,

a*

Sede vos Dev-idos^ as, Sêjão elles Devidos^ as,

P

a , Deb-itus, a,

(

Deb-itus

/

p

Deb-itus

\

i

S.

RE7 ER ITO

)

,

um. Fui, um, Fuifti,

,

a,

um,

Fuit,

Deb-iti, ae , a. Fuimus, Deb-iti , Xj a, Fuiftis,

*i Deb-iti, a?, a, ^

S

Fueruut

,

êu Fuere,


,

DOS VERBOS PASSIVOS N I T o FEITO

OR-FJZE

P

/?.

Haver

Ter SidoDíVrído, \ Dcb-itum Iri, ou Dcb-endu m, ain, um, EOe, <?« íore, 1

C J^

I

E

P

O

I

s,

P o R-E

I TO,

do Dev-ido

a,

,

do DeV'ídoSy as*

1

de Ser Dcv-ido^

yi

ZE

R.

Debrendus^ a, u, Havendo de Ser Dev-ido^ a, Díb-endi, x^ a HavendQdeSerDevTidos, as» ,

NO

De

Ser Dev-tdo

A T

1

V

O.

ENTES, P OR^F AZE

FE I TO, Tenho Sido , Dev^ido , a, &c.

Deb-endiis

,

Sum

,

Temos Sido,

Deb-endi

f)eV'idos,aSf

,

Sumus

a^^,-.

um, Hei

R*

de Ser Dev^ido

as ,

,

a

,

a*

&c.

&c.

,

èiCf

Havemos de Ser Dev^i^ dos , as» Òic

INDETERMINADOS. Eu Fui Til Fo/Ie Elle Foi

Nos Fomos Vos

Fo/íâs

EUes Forã9

K-

^ i. ^ ^ç^

'^

Deb-endiis, a, iim, Fui , FJeb-cndus, a, um, Fnifti, Deb-endus, a, uni, Fult

Eu Houve

Deb-endi, x, a, Fuimus , Deb-endi, x, a, Fuiftis Deb-endi,a2, ^,Fuernnf, ou Fuere^

Nos Houvemos de

,

Dcv-ido

,

de Ser

a

Í5fc»

Ser Dev-idos as

^c.

,


,, ,, .,

,

m

90

}*

R E 7

E^ P ERF^

IMPERFEITO, Eu Era

Deb-ebar Deb-ebaris , ou Dcb-cbare. Deb-ebatur , ,

Deb-cbamur

Deb

'

Tn

Ertis DeV'idoi a. Elle Era Dev-ldat a.

Deb-itus

a,

,

um, Eram, ôw Fucram ,

&c.

^CísEramosDcy idaSt as, Dcb«»iti,x a VoF Éreis Del''- idos, as, ou Era mus Elles Efão Div^doSi as» Fueramus, &•

,

cbamitii

Dev^ic/o, a,

,

,

,

Dtb-ebantur

F U TU-

IMPERFEITO, Deb-cbor

/ T

s. i '

Deb

Eu

,

cberis

,

Deb-itus, a,

a,

,

um

cu

Deb-ebere Debebitiir

,

,

SDeb-ebimur Deb ebimini

FE RF"

Serei Dev-tdo

Serás Dev-ido

,

a*

Eilc Será Dev-ido

,

a,

Nos Seremos

,

Deb-ebuniur

Tn

Dev^idos, as*

,

V'os Sereis Dev-idos

,

Elles Serão Dev-»idos

as,

,

,

as*

s

Deb-iti

u B

J

IMPERFEITO, Reb-ear Deb- caris you

Eu

Seja Djev-ido

s.

Tu

Sejas DeVfído

(

Deb-care Dcb-catur ,

YA\çíSeja Dev-ido

í

Deb-eatTíur

Nos

) j

p.

<

(

,

Deb-eamini Deb-eantur

,

s.

,

um

,

a.

,

Deb»iti a:

,

a

,

,

Si-

mus &c.

P

RET EP ERF^

Eu

Foffe

Tu

FoJJes

ra

Deb-ereris, cu

,

Sim &c,

tf»

Sejamos Dev-idos, as^ Vos Sejais Dev-idóSf as, Elles Sejão Dev-tdos, as.

,

Deb-erere

NE Z^ P ERF.

a ,

IMPERFEITO, Deb-erer

U

F.

Deb-itus,

,

ac,

,

a,Fuerimus, &c.

F í

Fuero

,

&c.

,

Seria

DeV'ido ,

, ,

Serias

ou

Fo-

a.

ou

,

Deb-itus, a, u, EíTem, ou Fuiíícín

,&,

Foras Dev-ido , a, Elle FoJJef Seria, ou Fo" ra Dev-ido a.

'Dcb-eretur

,

Dcb-eremur,

Nos

Fofjemos,

Scriamos, ç^w

Fôramos Dev-idoSy Dcb-cremirii

V^os Fojfeis

,

Serieis

Fofeis DeV'idúS

Deb-ercntur

,

Elles

FoJJe.ri

,

Serião

as*

ou

,

,

,

as,

ou

Forãú Dev-idos, as*

Debí'iti,se,a,

Elíemus

,

ou

FuiíTemus.


«f»

RITOS,

(

90^


,,

,,

,

^(

9^

)^ Furu-

IMPERFEITO, Deb-ear

PERF^

Eu For

,

Dcv-iiio

Debitus

a.

,

um,

Deb-earis, cu

S.

Tu

Deb-eare De

\

(Deb.(eatiir Deb-eamur P.

<

(

Fores Dev-ido

V eu- ido

Elle For

,

Nos

a.

,

Formos Dev-idos, as. Fordes Dev-idos , as.

Vos

Deb-eaniini Deb^eaiiiur

Ellefi

,

&c.

tf.

,

,a

Fueriai

Forem Dev-tdoSy

Debiti a,

se

,

,

Fuerimus

aSf

llV CONJUGAÇÃO LATIN

I

IMPERFEITO, Leg-

i

,

F

I-

PERF^

Ser Colhido,

I I

Le(^nm

,

sm

,

um

EíFe, ou FuiíTe

T^r

,

P

ART U P E RF~

S.

I^e6lus

P^

Le6li

,

Le£lu

um

a,

,

£

,

S

UP-

.

,

a,.

.

,

f

INDICA. PREZ. IMPERFEITO or, Qu /Eee-< ^ eris Leg-ere \ f Leg-itur

PERF-

Eu

Sou Colhido

«

,

Le£^ns

í

P.

<.

i

Leg-imur Leg-imini Leg-untur

,

,

,

um^

Sum &c.

,

,

a

Tu Es

Colhido

a,

,

Elle h' Colhido , a. Nos Somos Colhidos^as

,

Vos

,

Elles 4?^^ Colhidos as»

tí^/x

Leâ:i

Colhidos, as,

as

,

Sumus

,

Síc,

,

PREZE IMPERE o IMPERATIVO. S.

P.

tu Colhido

5

Leg-ere

'

Leg-itor

í^í^Ví

)

Leg-inriini,ctt Leg-iniinor,

Sejamos nos Colhidos

^

Lcg-uinor

Sejão elles Colhidos

u Leg-itor

iÇ^

,

<7.

elle Colhido

,

<7.

,

,

as,

<rí.


,

^

93

(

'5^

)

Mos P OR-FAZER,

EITOi Eu Tivât Stdo DeV'ido a. ,

&c.

Kos

Tivermos

Deb-endus, a u, Sim ou Fuerim &c. ,

Deb-endi

Sido Dev-idoSt

&c.

as,

as

,

Si mus

ou

£

I

I

T

rinius

&c.

Nos Houvermos

de

Ser Dev»idoSf as»

PASSIVOS. P O R-FAZ E

LectQ

Iri, íM

am um ,

Legendo,

Haver

Fore,

ido»

ElTefití

R,

de Ser Colh^

O s,

l

POR-FAZER.

'EITO, Tendo Sido Co-

Leg-endus,

a,

um,

Leg-endi

as,

a,

y

Havendo de Ser dIhido

/7.

,

Tendo Sido CoIhido s

a.

èíc.

,

Sido Colhido»

Ihido

,

&c.

a,

,

O.

TO

CIP

ido

Fue*

NA DOS VERBOS N

'EuHouver deSerDeV'

,

,

a.

,

Havendo de Ser Ihidos

as,

,

Ct'

as.

JNO. De

Ser Colhido,

T

I

V O. ENTES, El TO, Tenho Sido Colhido

a. &CC,

,

Temos Sido Colhidos

,

tíS,

POR.FAZER. Legendns a Siim &c. ,

Leg-endi

Sumus

,

as

ôic.

um,

,

Hei a,

,

a,

de Ser Colhido

,

&c.

Havemos ihidos

de Ser Cs,

as &ÍC,


,

*

94

(

«*

)

PRETÉRITOS S.

Lectus,a, utn»

P.

Lecti

íB

,

a.

,

PRETE^

IMPERFEITO, Leg^i^ar

Leg-ebaris, (3« Leg-^ebare ,

Tu

Lcg-ebaíur

Elle

Leg-ebamini Leg-ebantur

Colhido

ram

Eras Colhido a, ^

Era

N os Eram'js Colhidos ,as Vos Éreis Colhidos, EUes Erâo Colhidos

,

,

&c.

,

Colhido^ a*

Lecti

.

f

,

^

,

Leg-3ris

Leg-ere Lcg-etur , Leg-em!ir

,

as.

Leg-eaiini Leg-entiir

PER*

Eu

Serei Colhido

Tu

Serás Colhido

Le8:us , a úm , Ero, í)«Fuero>&c.

a,

,

,

Elle Será Colhido , , ,

,

,

,

ou

,

a

,

ou Eramus Fueramus hc,

as.

MP EKF El TÒ,

Leg-ar

F*

Le6lns, a , um. Eram ou Fue-

<2<

,

,

Leg-ebainiir,

I

P^.R

Eu Era

,

,

a^

a,

Nos

Seremos Cúlhidos,as*

Leéli

Vos

Sereis Colhidos

mus mus

,

as,

Elles Serâõ Colhidos, as.

ou

&c.

,

U B

S

a /KrtFuerí-

aí,

,

,

J

U

N-

F R E

IMP ERFEI7

P E R^

O,

Eu

l

Leg*ar

\

Leg-aris, í?«Leg-are,

'

L eg- atu r

,

Leg-amur

<

Leg-amini

(

Leg antur

, ,

,

Lcí^us

Seja Colhido^ a,

Tu Sejas E c Seja 11

,

i

Colhido

,

Leg- crer

,

Lep^-erere,

Leg-eretíir

,

a, as,

Le£^i, Xi ai

Vo?

as.

Simus.&c,

Sejais Colhidos

,

Elles Sejão Colhidos

,

as.

\ (

RETE p er"

O,

Eu

Fojfe

Tu

FofjeSy Serias

,

Seria

^

ou Fora

Ledus,a,iJt Eirem , ou

^

ou Foras

Fniílcni

YA\Q.F'jj]i\Seriayi->yiFQra[ramos

^{i^Fo jernos, Seriamos ^owFo^ Leg-eremini, Vos F'>//eist Serieis, ou Foteis ^ Leg-ereuiur, Elles Folfem, Seria? , ou Forão ^

Leóti,

Le-j-ereinur,

P.

,

^osSejamosColhidoSf

Leg-ereris, ou S.

a

,

um.Sim&c.

Colhido^ a»

P

IMP E RFEI J

1^

F, (Fe

&c.

ae,

(nus

,

a,

ou

Fiiiíremus.

&c. |


^(9S )* INDETERMINADOS, Eu

Fui, Eu Fui Co- Leg-endus,a, um, Fui &c. lhido a. ae, a, Fuimus,NosF(?- Leg-encU

Fuimus, &c.

RITOS, El TO, Eu

Fora, Tinha,

ou Tivera Si^

mos, OM Tivéramos Sido Colhidos i as.

UROS, FEI TO, Eu Terei

a. 6cC«

Colhidos

Ser

flí.&c.

t

,

ram

,

do

&c.

Tin ha- Leg-endi

,

ver de Ser Co-

P O R'F A Z E R. Eu Havia, ou HoaLeg-endus,a. um. vera de Ser Colhia Fuemi Eram

do Cslbidot a.

Nos Fo ramos

,

Nos Houvemos de

,

mosColhidos^as.

fífou

lhido

,

y

ramus

íc

,

Eramus ,

&c.

ou , Houvéramos de Ser Colhidas , as, &c.

Nos Havíamos

a,

,

ou Fue-

,

a,

,

&c.

P OR-^FAZERSido Co'

ihido

Nos Teremos Ihidos

,

a.

,

SidoCo-

Leg-endus

a

,

Leg-endi,ae,a,Erimus,

Colhido

êíc.

a,

,

Haveremos de Ser Coihidos,a9»

]Sros

&c.

ou Fuerimus,

as,

Eu Haverei deSer

um,

,

Ero, ou Fuero. &c.

C T I V O.

ENTES, FE

I

TO

Colhido

Sido f

Colhidos

,

Leg-endus

Sim

a.

Nos Tenhamos

RITO

P O R-FA Z ER. um, Eu Haja de

,

Eu Tenha

Sido

as,

Leg-endi

a',,

, ,

,

Simus

&c. aí ,

,

a

Colhido

i

&c.

,

Ser ^ &c.

/7.

Nos Hajamos

de Ser

Colhidos, as,

&c.

S,

FEITO,

POR F-A Z E R.

Eu

TiveJ/e^Teria , ou Tivera Sido Colhia do y a*

Leg-endus,a, um,

Enem,c«

Fuiírein,

Eu Houveffè quHou^ vera de SerCoíhido,a,

kc,

&c.

Nos

Tiveffemos, Teriamos, ou Tivéramos

Sido Colhidos

,

as.

Lcg-endI, x, a, Eiremus, c«Fuiíkmus. 6cc.

Nos

FhuveJJ} mos yOM.

Houvéramos Colhidos

f

de Ser

as, 6:c,


,

,

.

^i

96

)^

FUTm IMP E R FEITO !Leg-ar

,

Leg-aris, ««Leg-are,

Leg-aiur

,

ÍLcg-amur

,

Leg-amini

PE H Eu For

Le£lus,a,u

Tu

Elle For Colhido ^ a.

Sim ou Fuerim,&.

Nos

Le6li,

Colhido ^ àé fotes Co/hú/o, a,

Vos

,

,

,

FormosColhidos, as Fordes Colhidos ^ as.

Si

as, a.

mus

ou

,

Èlle Forem Colhidos, as. |Fuerimus&,

Leg-antui

IV/ CONJUGAÇÃO LATINA N PL

1

IMPE RFE I TO Pol-itnm,am,um,

PoUiri, S^r PuUido.

EíiQtOuFuúTe,

P A kl: u P ERF^ Pol-itus

S.

P. Pol-iti

,

,

a

um,

,

as,

a

Tendo Sido Tendo Sido

,

U P^

S Põl-itu

, .

.

,

INDICA. PREZ. IMPERFEITO, (

.

.

^

Pol-ior

Pol-itiir

í

Pol-iiiiur

(

Tu Es

Pui- ido»

,

Elle £' PuUido, Nos Somos PuUidos.

,

(

}

Pulí'do,

su Pol-ire,

,

PoUiris

PEREu Sou

Vos

Pol-imini , Pol-iuntur ,

S«is Fulgidos

Elles São Pul'idos»

Pol-itus, a

ol-iti

\

p

Pol-ire, ou Pol-itor,

....

Pol-itor j

'

1

Pol-imini,

í?«

Pol-iuntor,

Pol-iminor,.

.

,

Sumus

PREZ.^ IMPERF.'^ IMPERATIPO. S,

um,

Sum.

Sê \u PuUtdo, SejacWe Pul-ido, Sede vo%.Pul-idos» SeJãoQWcs Pui- idos,

X, ,

a,

6c*


^

(

97

)

«í^

ROS, P OR-FuéZ E

IFEITO, Eu Tiver do

i

a, um, Fuerim ,&c.

Sido CoIhU

Lég-endds,

a, cfr.

Ncs Tivermos Colhidos,

Lcg-endi

Sido

,

ae,a

Eu Houver

de Ser

^c,

Colhido, a^

l^osHouvermos deSer

,

Fueriínus, &c.

as,Í!fc,

R.

Colhidos

,

as, t^c.

DOS VERBOS PASSIVOSNI T

O,

EITO,

POR-FAZER.

Ter Sido PuUidot

a,

\

Pol-itiira Iri, ou

Elíe

P I O EITO, C

I

Pui- Ido, a»

N

1

Pol-iendum,

árrt

,

um

,

Foré, Havei' de Ser Púl-uhyU,

s,

P O n.-FA Z E I

Pul'idos,as,

oii

I

R*

Pol-icndus, 3, um, Havendo de Ser Pul-ldo y tf. Pcl-iendl , s:, a^ Havendo de Ser Pul-idosias,

O.

De

Ser Pul-ldo.

T

I

V O.

ENTES, FEITO, Eu Tenho pul-ldo

P O R-F A Z E Sido

,

Nos Temos

a, i^c.

Sido

puUldGS,as, i^c.

PoI-iendi;s, a

Sum

,

,

um

as

Suinqs, Ôic,

Eti

Hei

de

Ser

Pul-ldo, a, ^c.

£cc.

Pol-iendi,

,

R,

,

a

,

Nos Havemos

de

SerPul'idos,aiO'c»


,

,

•^(

98

)•*

PRETElUrOS S. Pol-itus, a,

P.

Pol-iti

X,

,

um

Fui, &c'

,

Fui mus, &c.

a.

PRETE^

IMPERFEITO, Eu Era

Pol-iebar , Pol-icbaris S. ^

(

P.

<

(

P E R F-

,

Pol-iebarc , Pol-iebaiur , Po!-iebamiir,

Pol-iebamini Pol-icbantur ,

PuUidot a,

Pol-itus

Eram

ou

Tu

Eras PuUido,

a,

Elle

Era Pui- ido,

a,

um

a,

,

,

Fueram.

,o«

&c.

'^osEramosPul-idoíyas. Pol-iti, se, a, EraVos Éreis Pu/-idos,as. mus, ott Fueramus* Elles Fruo Pul-idos^us, &c.

FUT^

IMPERFEITO, Pol-iar

Eu

,

Pol-ieris

,

PoUietnr , Pol-iemnr P.<J Pol-ieiííini l

Pol-ientur

Serei PuUido, a,

Pol-itus

,

,

,

a

,

um,

Ero, í«Fuero,Ófc.

ou

,

Pol-iere

P E RF^

Tu Serás Pul-tdo f a, Elle S,'rá Pul-ido , a. Nos

Seremos Pul-idos,

Vos

Sereis Pul-idos

,

as.

Pol-iti, as, a, Eri.

mus mus

as»

Elles Seràô Pul-idos, as.

S

ou

,

Fueri-

&c.

,

U B

U

J

N-

PREZ. IMP ERFEI7 Eu

lar, í Pol.is

P E R^

O, Seja Pul-ido

,

Pol-itns

a.

*

\

Pol-iare

f PoUiatur { Pol-iamur P. < Pol iamini (

PoUiantur

,

a

,um.

Sim. &c.

IPoí-ia laris

g

,

,

,

Tu

Sejas PuUido , a, Elle Seja PuUido, a.

Nos

Sejiimos PuUidoSfOs,

Pol-

Vos

Sejais PuUidos

mus. &c.

,

as,

Elles Sejão PuUidos, as.

i

ti,

02,3

,

Si-


,

9

,

«*

(

99

*

)

INDETERMINADOS. Fui Pui 'ido, a ^c. |Pòl-iendus,á,u,Fui, Eu Houve de Ser &c. PulJdo, a,^c. Nosi^?«ííJPí//-/V(^J,aJb'./Poi-iencli.ae, a, Fui- Nos Houvemos dt mus, &c. SerPul'idQS,a5,lá.

'E^x

Riros, El TO

P O R-F A Z E

Eu

R,

Fora^ Tinha * òu ?ol-íéndus,a, um, Tiviru Sido Pul-í" Eram ou Fue» do a, iSc. ram &c.

Eu Havia, ou Hou»

Nos Fôramos ^Tinha

Nos Haviamos

vera de Ser Puli"

,

,

mos yOuTiveramosSi ^0 PuhídoSf as. i^c.

Pol-iendi

ae

,

l'ido

Sido Pi,

a,

iSc,

Nos Teremos SuloPu-

C T

I

,

,

as,

V

O.

Wc,

k^c.

,•

o\x

Houvéramos de Ser

,

Pui' idos

P O R-F AZE

Terei

l-idos

a,

,

Eramus ou Fueramus, &c.

UROS, El TO, Eu

do

,

as» i^Cm

,

R-

Eu Haverei

Poli-endus a, um, Ero , ou Fuero. &c, ,

Pul-ido

,

de Ser a, i^c.

Pol-iendi, ce,a,Erimus,

Nos Haveremos de

ou Fuerimus. 5cc.

Ser Pui- idos, as

ENTES, FE I TO

P O R-F A Z ER.

Eu Tenha

Sida

Pol-iendus

Fulgido, a. í^c,

Nos Tenhamos Pul-idos

,

as,

Sido t^c.

Sim Pol-iendi,

a

,

um

,

ae

bimus

,

,

a

&c.

Qi

,

Eu Haja PuUido

(Scc,

,

,

Nos

de ,

Ser

a^ l^c.

Hojarnos de Ser

Pul-idos, as, i^c.


,

^(

100

)cS§5.

P R E T IMPERFEITO, Pol-ircr

Eu

,

Pol-ireris

S.

Pol-irere

Pol-irctur f

Fojfe

PE RF^ ,

Seria

^

ou Fora

óu

,

,

Tu

FoffeSf Serias

t

ou Foras

ÍÍWeFoJ/e, Seria, ouFora(ramos

,

Pol-iremur Pol-i

,

•iremini ^ Pol-i

(Pol-i -ircntur

,

,

^ ^ ^

Politus,a,u,

EíTem , ou FulíFem &c.

^

'NosFoffemoStSeriamõs,ouFo' ^ Politi, se, a, Vos FnJJeis Serieis, ou Fôreis i- KíTemus ou Elles Fo[jem, Seriâo , ou Forão ^ FuiíTemus. ,

,

F U

IMPERFEITO, Pol-iar

,

Pol-iaris, o«Pol-iare,

Pol-iatur i

P,

,

Pol-iamur

D-i :---:..: Pol-iamini .CPol-iantur

>

'

•?

,

Es.

T^

P E RFEu For

PoUitus, a,

Tu

um, Fuerim

Pul-ido , a» Fores PuUido, a»

Etlc F<Jr Pul-ido, a»

&c.

Nos

Formos Pu/'idos,as»

Pol-iti, x,a,

Yqç

Fordes Pul-idos, as.

EiksForem

P ul'ídos,as.

Fuerimris


'^í

)^

lOI

RITOS, PO R-FA Z ER.

EITO, Eu 7ivege,Teria,ow

Pol-iendns.a,

um,

EúHouyeJ/e.ou Hou-

liver a Sido

EU'em,(í« Fuiirein,

vera de SerPuUidoya»

£!uli-dOi

Nos

TlveJJhnõSt Te» riamos^ ou Tivéramos

Sido PuUídoSias.^c.

V ROS El TO, Eu

f

Nos

a?, a,

Hõuvej/emos tOix de Ser

Eflemus, ou¥\X'

Houvéramos

&c»

Pul-idos, as,

ilTemus,

^c.

,

P O R-F A Z E

Tiver Sido Pulido

Pol-iendi,

Nos Tivermos

Pol-icndus

,

a

,

um

Eu Houver

,

Fuerim. &c.

a, i^c»

Sido

Pul^idoj a.

Pol-iendi,x,a, Fueri-

mus,

5cc,

R,

de Sep

^c,

Nos Houvermos

SerPul'idos,as.i^C9

f

111.


,

§.

III.

Conjugação di Verlo Adjeéiivo nojua voz Media

,

cu Reflexa,

E

Ntre os modos de o agentç exercitar a acção do Verbo ou produzindo-a em outro, ou recebendo-a delle; tem o meio o pro,

duziUa ò

ao^ente

Tu Temes 'iè

e rccebel-a

,

em

íi

mefmo

,

como Eu

Amo^

tne

EUe

Applaudir-fe-hâ, Efta he a Foz Media , para a qual os Gregos tinhão huma forma própria , que uós não ternos , nem os Latinos. Mas ef,

nós fupprimol-a com os Pronomes da mefnía peíloa do poílos ou antes, ou depois, ou em meio delie,c()mo fe vê nos exemplos afima. Daqui veio chamarem-fc os Verbos

les e

Verbo

,

adim conftruidos

,

Pronommues

,

e

também

Recíprocos

e

,

Rc"

fcxos.

Alguns Grammaticos porem fazem diftincção, dando o node Pronorntnaes só aos que nunca fe conjugão {t\n os dous pronomes da mefma peííoa como Ahfier-[e Arrepender- fe Jitrever-Je ^r. e aos que fem m.udança na ílgnificaçao ia fe conjugão com pronomes já fem elles como Adormecer-je , e Adormecer Partlr-fe e Partir , e affim outros muitos. Semelhantes a eíles são os Verbos Latinos Impeíloaes Mi" Poenitet me fPeza-me) Pudeí me Jeret me (Compadeço-me) (Envergonho-me ) Piget me (Cuíta-me), e Tadet me (Enfa^ do-me); os quais fe podem chamar Pronominaes; porque nun., ca fe conjugão fem pronomes ; mas não são Reflexos ; porque

me

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

entendc-fe-lhes de fora o agente, tirado da fua mefma ílgnificação , como Mijerct me hominis ifto he, Miferia hominis mifc^ rei me ; Posnitet me peccati , iílo he Poena peçcati pcenitet me. Ha outros , que não fendo impelToaes fe fazem taes com o nominativo da coufa, como s2iO:Decet ine^Deleãat íejdme Fal^ lit , ou Fugit , ou Praterit í^ç, (Iílo me efcapa da memoria). Chamão Recíprocos aos que com os mefmps pronomes exprimem a acção e reacção de dous on mais agentes , já com o Verbo no Singular, como Efcrevo-me com António AmIoiíÍo enten^ de fe comigoiquQT no plural »juntandolhes, para tirar qualquer equivoco , as palavras Entre Ji , ou Mutuamentey ou outras equivalentes, como: As Artes entre ft Je cmunicão. Chamão finalmente Reflexos ou Reflexivos 2iOs Verbos verdadeiramente aílivos, cujos agentes fazem recahir fobre fi mefque produzem, como Eu me amo^ Tu entendcf-te, iTDos a acção :

,

,

,

,

,

,

,

Os pronomes podem-fe pôr, ou antes, ou depois ou no mcip do Verbo como fe acaba de ver mas na fua poílura í\(im^'{q evitar fempre todo o equivoco e cacaphpnia. No Imperativo , c frazes Interrogativas os Pronomes deEUe

applaudir-Je^hã. ,

:

,

,


<5^( 103

)'^

nos tempos cnjas primeiras peíToas vem-fe fempre pôr depois <io pítjral tem o accento na antepenúltima, devem- fe pôr antes; ;

nos Futuros laes vão

As

mo no

Imperfeitos

no meio. Tu

te

,

ainda nas Lingoagens Ccndicio-

e

terceiras peíToas deftes plural

tomão hum

,

Ama-ie tu

amctSf

Verbos

,

Amar^teheu Amar-

tanto

,

fentido pailivo

,

no fmgular coquando os agentes ,

são :ouí"as inanimadas , que não tem acção como; Miiiias perde per preguiça o que fe ganha per jujiiça^ e As cou%<n eitin)ão-fc poVo que valem ^ e nã9 poVo que cujíão. Os Latinos ,

'vâze fe

lem muitos

qne nas terceiras peíToas deites V^erbos Reflexos uzãoabfolutamente,entendendo-fe'lhes o pronome ^S"^ em hum fentido Refiexo ; ou paííivamente , como os noílos. Taessão , per ex, ; Auxerat poieníia (Augmentára-fc o poder) Cnciant maíres (Affligem-fe as mães) , Bene res hahet (Bemeííã;, Ingeminant curce [y^dhxlnQ-^t, os cuidados), /«/7nuat />r;i;5r (Introduz-fe-lhe o medo). Lavai ijie ( Eíla-fc lavando ) c eíies Lenlunt curx , Terra movií , Fenti pofuere Pr£vcipita\ flumen Turhant aquora Variant unda Pro-ra avertit , FeKÍt in iram , e outros muitos. Deftes mefmos Médios á Latina temos muitos em Portuguez, como eftes de Fr. Luiz de Souza: Montes que entre Ji abrem, ifto he, /V airem ; Cerrou a noute ; Conforma bem com e feitio \ Levantava finco palmos o altar ; Começou. cila a obra ,

le

,

:

,

,

,

,

,

,

mover

a procifsão

\

Seg-iião os clérigos

bem

e

;

aílim Alojar

,

En-

(awinhar , Eflribar Fundar , Livrar Veftir por Alojar- fe , i^c. e ojtros muitos , uzados aíFim de noííos Bncaminhar-fe ,

,

,

,

inelhores ClaíTicos.

^

IV.

§.

Conjugação dos

Verbos

Irregulares

Portuguezes,

o

S noíTos Verbos são Irregulares pela mudança , oii da Pe^ nulíima , ou da Letra Radical ou àã Terminação da primeira peíloa do Prefenie Imperfeito do Indicativo, ou pelo Dlfferen^ ,

ie

Formativo

,

que tomão

as

linguagens

Tempos

dos

Per-

feitos.

l.° Qiianto ã Mudança da vogal penúltima , que precede só na til. Conjugação e soem algua Radical do Infinito mas peífoas do Prezente Indicativo he que muitos dos noííos Verbos antigamente regulares , coflumão ora mudar incgularmente ja acja o E em I ja o em ja o U em , crefcentar hum I ao A, ou E da penúltima para fazer ditongo 5 í»s quacç mudanças pafs^o aos Tempos, que fe íorínão do :

,

,

,

,

,

O

U

,

O


^^

104

(

)

>^

rnefiro Prezente, como são o Imperativo, e o Prezcnte do Subjunílivo , que fe foima da primeira peíFoa do Piezente Indicativo. Alíim

Os que tem E antes das Radicaes G,P,R,T, NT,e ST ml^ em I como Competir^ Conferir^ Deferir; De/pedir, Eí'

dão-no

,

Fregir Mentir Seguir Sentir í^ejiir c coUfa^em Compito Confiro Dçfi^ro , Dejpido Enxro, Frijo Minto Sigo Sinto ViJíq ^iío Í3c. Os que tem O antes das Radicaes BR, RM, mqdao-no em U como Cobrir , e feos cumpoftos e Dormir qui faDurmo. zem Cubro Os que. tem U antes das Radicaes B, D, G, L, M,P, SS, SP, ou os em que o mefmo U he radical; mudáo-no em O na Çq^ gunda e terceira pcííba do Singular, c na terceira do Plurai do Prexerlr

Ferir

,

y

^

,

,

poílos, que

,

,

,

,

,

y

,

,

,

,

,

,

,

,

,

mente do indicativo, c per confequencia tambern na ftgunda do Imperativo, como Acudir , Bulir Cufpir Confimir , Cor,~ Sacudir Fugir Subi) ^ Summir, Jumir^ Dejiruir^ EnguUr Tuffiry que Te conjugão no Prezente do Indicativo Tu Acodes, Elles Acodem e no Imperativo A coce tu , e aífiin Elie Acode que lie reguíar. excepto Prefumir todos os mais Emfim accrefccnta-fe hum I ao A, ou E u'a penúltima dos Verbos Ctí^^r, Requerer, pzYTi fazer dito ngo r^ primeira peíTo^ do Prezente Caibo , Requeiro e em t(/das aá do Prezente Subiundivo onde também o Verbo «9<3/^^r ízt Saiba , SaibaSySai^ ^

y

^

^

^

^

,

,

y

y

,

la

y

<Jí. como Caiba y Caibas y Requeira y Requeiras.^ c. 2.^ Mudão a Radica] i .° os V^ihos Arder , Fazer^ Jazer^

Me^ Mfdiry Ouvir e Pedir qnc fazem Arfo . Faço Jafo Perdçr y Trazer ^ Ouço Peço 2° Os Verbos Pizer fo Trago , 5.° Os Verbos Morrer Ver, que fazem Digo , Perco e os Verbos Pôr , Ter , Valer , Vir que fazeni Mouro , Vejo Tenho, Venho , Valh que fazem Ponho 3.° Qiianto á Mí(d<inça da Terniiíjaçíio são irregulares D^r, que fazem na e o amigo Var .ÇtíZ-^fr <5>r Efiary Haver primeira peíToa do Prefente Dou ^ EJlou ^ Hei y Sei , Sou, y

y

,

,

,

,

y

y

y

,

,

,

,

,

Vou. 4.°

,

,

,

Em fim

quanto ao Differante Formativoy que tomáo os Perfeitos dos Verbos Irregulares ; eíle não he o Prezente Indicativo , como nos Regulares ; rnas hum Pretérito Irregular , donde fe forma regularmente o Futuro do Subjun-r

Tempos

fíivo (que he de crer feria a forma Infinita mais antiga] , fó accrefcentar a terminação ER,e deíie os mais Tempos, que tem e SS com Iheç accrefcentar as terminações A, IA, El

comlhe

R

Rem SS como nas formações Regulares, o que yerána Taboa feguinie. As qu^r levão são irregulares, As Irregulariíiades Orihographicas de troca de Letras, ficandp os mcfmos faiis na pronunciarão , são irregularidades de

e

mudar o

melhor

fe

,

'-t


á

)

Efcriptura nao de Lingoagens ; e por tanto não devem entrar em conta alguma. Se Ficar , c Fingir^ per exemplo , fe efcrevem com Qj, c J no Subjiin6tivo Fique , Finja; a formação he a niefma ; porque he a mefma Conlonancia , e a Confoante fó ,

ditFerente.

Irregulares Na

/.*

AR.

Conjugação em

Imperf^In- Imperf, Imperf,

ParticipiõS,

Condic,

dicutivo,

I.° Forni. ^

Indicativo. 2.° Form°

DAR,

D-ando, D-ado, D-ava y

DOU Dás

Dê Imper, Dã

Fut.

Dur-ia, Dar-et,

Snbj.

.

.

tu

Dais.. Imper. Dai vós

DEI

Preferiu.

Fnt.° Subj. £)^>,Prt«».Perf. Ind, Dér-^

Im.

perf.^Siibj. i)^/-/^.

3.°/'<?rw.«

ÍISTAR,

Conjugação pa^. 50

V. a fua

TER,

\)Qm a dos Verbos Auxiliares //.'»

e

HAV^ER,

como tam-

,

pertencentes

ER,

Canjugaçâo em I.^

Infinito,

CAB-ER,

Pí7r//V.Cab-endo, Cdh-\áo .Imperfeito

Cab-

Caber- ia, Fut, Caber-ei. Caiba.

ia, Condic.

Pr.'Zf«/^

CAIB-O,

Preter,

Tu Cab-ES, Imperat. Cabe /«. Vós Ca B- RIS, Cabei vós, COUBE, Fut, Subj. Couber, Pret.

9^^/^;.

Coubér-a,

Indic.

Imperf, Subj. Coubér-fe, II.° Infinito.

DIZ-ER

,

rei

Prezente

DÍGO Dizes Dizeis

DISSE,

Preter.

Dize

. .

Dito

,

,

Dlz-ia

,

Dir-ia

Di-

,

'

Diga.

.

,

.

Diz-endo [a)

.

tu.

Dizei

Diílbr,

'vó^,

L)iHer.a,

DiíTef-íe.

III.° Infinito,

FAZ-ER Far-ei.

(a to

,

)

(

,

Faz-endo

,

Feito*

DJfO , Diria , Diyei sao contrahidos de Dizicio Farei df FaTuido , Fax.aitt ^ Fa^^erei^ ,

Fari»

,

Faz-ia

,

Far-ía

,

a

y

Vl7^:ria

^

Dizerei

:

e

Fei-


io6

«i§ío(

Prezeníe,

FAÇO

.

Fazfs Fazeis Preter,

FIZ

Infinito.

POR

. .

Fazc

,

,

.

,

.

.

,

,

,

Faça.

,

.

.

[contrahido de

PONHO Pões

.

.

Pondes Preter.

iu.

Fazei vós, Fiz-er , Fizer-a, Fizef-fe.

nha Frezente.

PUZ

.

,

,

,

,

PoER

Por-ia

*,

Pondo, Pôílo *

),

. ,

,

Pu-

Por-ei.

,

Ponha. Pge íu. Ponde vós. Puz-pr , Pnzcr-a, Puzef-fe.

..

.

^

)

,

.

V.° Infinito.

POD-ER

Pod.endo, Pod-ido, Po-dia

,

,

Poder-ia

,

Poder- a. Prczente,

POSSO

Preter.

PUDE

Poíía.

..., ...

Puder

,

,

Pudçr-a

Pudef-fe»

,

Tu Pudeste, EUe PouDE» kc. VI.»

.

Drfeãivo, Praz-cndo Praz- ido

JtnpeJJocil

Infinita.

PRAZ-ER

,

,

,

Prazer- ia

,

Pra-

zer-á.

Prezente. Preter.

Praz

.v.

,

PROUVE

.

.

Praza. Prouver

,,

,

Prouv-era, Prouvef-fe.

VIL*» Infinito.

QUER-ER

Qiier-endo

,

,

Quer-ido, Qiier-ia, Qtie-

rer-ia, Qijerer-ei.

Prezente.

QUERO

Suhj..

Queira ^

Tu Q_UEiiES. EUe QuERE ou Quer. Preter.

QUIZ

Qiiiz-er

,

,

Qiiizer-a

Quizef-fe,

,

VIII.'^ Infinito.

SAB-ER

,

Sab-endo, Sab-ido

,

Sab-ia, Saber-ia, Sa-^

ber-ei.

Prezente. SEI. Suhj. Saiba*

Tu Sabes ., Vos Sabeis .

Preter.

SOUBE

,

, ,

Sabe

tu.

Sabei vós.

Souber, Souber-a, Soubef-fe,


^

107

(

c^

)

IX.° Jnfmfo,

TRAZ-rER, Traz-endo, Traz-ido,Traz-ia, ia

Prezeníe.

TRAGO

.

Traga. ,

Tkazeis

Preter,

TROUXE

Infinito.

VAL-ER

Prezenie,

,

.

.

Tu Trazes Vês

VALHO

,

,

tu.

,

,

Val-id»

,

Valcr-a , Valer-ei Valha. . . ,

Tu Vales .. Elle Val. Vós Valeis .. Preter.

Traze

,

Trazei vós, Trouxer Trouxer-a .

Val-endo

,

Trar-

Trar-ei. f a)

,

,

Vale

,

Valei vós,

,

.

Trouxef-fe.

,

Val-ia

Valcr-ía,

,

Valcf-fc.

tu,

VALI. xr.«

Infinito.

V-ER,

Prezente,

VEJO

V-endo, V.iilo

...

Tu Ves Vos

f

reter.

Vê tu. Vedes ... Vede

VI ...

.

.

V-ia*, Vcr-ia, Vcr-çi.

.

Vir

,

*,

Veja.

Vir-a

.

vós,

Vif.fe.

,

.

^.,

,

JIL* Conjugação em IR. I Infinito,

I-R

Prezente,

VOU.

,

Indo

Tu Vas

.

,

Ido

,

Suhj,

Ia

,

Eu vá Vai

.

,

Ir-ia

vas, vá,

,

,

Ir-ei.

vamos, vades

,

vâo*

/«. *

'

Vai. hhs Imos Vos Ides Elle

,

ou

Vamos. Ide vos,

VaÕ. FUI, For*, For-a Tu Foste &c. como o

Elles

Preter,

Fof-fe.

,

Pretérito de

Ser.

II.° Jnpnito,

V-IR, V-Indo, Vindo, Vinha

Prezente,

VENHO Tu Vens

,

.

. .

.

.

*,

Vir-ia

,

Vir-ci.

Venha. Vem Tu,

.

{a) Traria , Trarei he contracção de Trax.eriit , Traxerei das coon afteri&jo fão de fonK3j:ão iriegul^r, como já difíe.

;

As Linguagens

nota»


io8

•?§? (

Ble Vem. Vimos, í^ós Vindes

«§«

)

hjós

VIM

Preter.

.

Vinde

.

t/^f,

V&M,

Elles

,

.

Vi-er*, Vicr-a

.

,

Vief-fc.

V.

§.

Conjugarão dos Verbos Irregulares Latinos*

D

Os Verbos Irregulares Latinos , huns aparião-fe da regra da formação fó quanto aos formativos do Pretérito, c Supino , formando«fe deHes regularmente os fcos dirivados outros também quanto a outros Tempos , que tomáo de diíFercntes Verbos outros cmfifr. por falta de alguns Tempos on PeíToas , :

:

,

chamados

Defedlivos , e ImpelToaes, Dos primeiros trataremos adiante ; dos fegundos e terceiros agora. i,° Os Irregulares não defcílivos mais ordinários são ; Pojjum , compofto de Potis y por apocopç Pot , ç de Sum e afiim conjuga-fe como eftc , ajuntando-lhe Pot atras todas as vezes que fe fégue vogal ; e feguindo-fe confoante tirandofe he F ; e fe he S fe mudando o em outro S , como Pojfum^ Potui , e em tudo o mais regularmente pocs Priffem , FoJJe são Syncopes de Pot-ejfem Pot-effe^ 2.° Fero toma CS Tempos Imperfeitos de Ferlo^ e os Perfeitos de Tollo que faz Tutu As formações deite são regulares ; as daquelle porem , não. Porque em certos Tempos , e Peífoas tira-fe o I de Ferio , como Fero , Fers Fert , Fer^ iis , Feruni ; F^rçbam &c. e em outros dobra-fe o R ^ como poriiío

,

,

,

,

T

,

:

,

,

,

,

Ferrem

,

Ferre»

Fio he hum Verbo PaíTivo com terminação a£liva nos Tempos Imperfeitos, que forma regularmente pelo Verbo Po^ Vto . á excepção do Pretérito Imperfeito do Subjuntivo , e do Infinito , onde toma hum E depois do 1 como Flerem Fleru 3.°

,

Os Tempos

Perfeitos são todos formados do Participio

vo Faâfus

a

y

,

urti

com Sum

,

Paííi-

Fui á maneira dos outros

Es,

Paílivos»

da Eot á excepção defta primeira peíToa do Prezente do plural Euní , do Prezente Subjunctivo Eam Eas &c. dos Participios Eundus //, ura c lens , Euntls e do Futuro Imperfeito do Indicativo Ibo Ibis ê>cc todos os mais Tempos feguem a formação regular da quarta Conjugação : como fe foífe Io ^ is It Imus Itls &c. No Imperfeito Ibam há Syncope do E em lugar de lebam, 5.° Km ps Verbos i^olo , Nolo Mah Mcmlnl ^ Novi ^ Odi , Corpi ainda há menos irregularidades \ e as que há s^Q 4.°

,

terceira

,

,

,

,

:

,

,

,

^

,

,

,


ordinariamente no Prefente Imperfeito do Indicativo , e nas primeiras Pelíoas de outros Tempos, de forte que fabendo-fc eftas , as mais são regulares. Pelo que, com a Taboa feguinte , fupprindo nella o que já fe fabe das Conjugações Regulares:

aprenderão os principiantes 4

%.#

CONJUG.


e^

(

IIO

)

4^

CONJUGAC7^0 DOS PossuM Eu Pojo

Fero Eu Levo

,

S

Fio Eu Sou ,

Feito

ÍNFIN. TMÍeRF.

Poííe

Infin. Pèrf*

PotuiíTé

.

.

Ferre

.

.

Tulifle

.

.

.

#

Fieri

,

.

F acium

,

Eíre.

^ iPart.

Act. Imp.

Potens,

tis

Part.Pass*Perf.

Ferens,

tis

Latus, a,

,

um

Laturijs, a,

K^

Part.Pass.Pòr-f.

íi

Fa6li)s a

^\]Part*Act.Por-f.

*

um.

,

*

Ferendusía,u Faciendus a

,

um,

r Ferendi,o,u rerendi,o,u f f Faciendi,

Gerund.

è Sup.

o (^

Prez* iMPRRFé

Si.

LaiUj Latu

\^

*

nm. Fadu, ,

Fio

.

.

Fis

.

.

Fit

.

.

Fimus Fitis

.

Fiunt Prk:^,

Imperat

Pket. Indet.

.

.

Fij^^Fito Fa£liis,

a,uín,ru

Pret. Imperf.

Pket, Perf.

Fiebam. Faclns,a» Q fueram

FuT. Imperf. V

FuT.

PfiUF.

Fiam.


VERBOS IRREGULARES. Eo. Eu Vou


^^{ IPrez.

I

eFutí Imp,

Prez.eFut.Perf

«Ni

'^

112

Poílim

Feram

Potuerim

Tulerim

Fiam

.

Factiis itiisl

fue rim j

PRET. ImPERF.

PoíTem

Pret. Perfeito,

Potuifiem

Ferrem

.

Fierem

.

s

Q

Tuliirem

Factusl fuifsé.

D''jS

Nos

D

Irregulares

Pretéritos

,

e

/

Supinos,

Eftcs há tantos que mal fe podem nem devem aprender de memoria. Baítará aos principianies faber as regras gc» raes e algumas exctpções mais importantes. mais com o uío fe aprende. ,

O

,

R

o

E

G

R

A

I,

S Verbos compoftos conjugão-fe ordinariamente còmò por ex. Reclamo como Amo, Muitos porem não dobrão no Pretérito a primeira fyllaba como os íimples v. g. Remordeo { Remorder ) faz Remordi , não obíianle Mordes feos fimplcs

,

,

,

fazer Momordi,

R

o

IL

E

S Verbos , que não tem Pretérito também nâo tem Supino. Mas muitos tem Pretérito , que não tem Supino. ,

Regra

o

III.

S Verbos da I.^ Conjugação em are com o A longo e o Supino cm atum. Muitos fazem o Pretérito cm avi porem tomão o Pretérito e Supino da fegunda Conjugação em VI c ITUM como Demo (Eu áouxo) Domiij^ Domitum; Crepo (Eu eftallo) Crepui Crepiíiim ; Tono [Kn irovoo Tonui, Toniium ; Seco (Eu corto) Secui, Seáfum ^/V5(Eu rcfplandeçoj faz Micui fem Supino. Outros tem ambos os Pretéritos e Supinos da 1.* e II.* Conjugação como são Cubo ( Eu me deito ) Cuòtwi Cuba^ ,

,

,

,

)

',

,

,

(a) P'>(Jim y Vellmy N')lim ^ Mallm conjugão-fe pelo SMtn\ aflim coaxo outros semelhaates^ <ju^is são Aíijifíi de

,

Imperfeito Subjcrnftivo de Audcjj panirn de Fucio^


Eam

Nolim

.

.

Malim

Voluèrim.

.

Noliierim

.

Mal lie-.

Vcllcm

.

Nollem.

.

Velim

iverim

.

Iremi

.

.

IvilTem.

.

Voluiffem

.

.

.

Noluiflem

.

.

(a)


)^ Regra. V. •^^f 114

o

III. Conjugação em ERE com o E pe^ ; fazem a Pretérito em I e o Siipino em Radicacs que precedem eílas terminações , sãa

S Verbos da

niilíimo breve

porem

as

UM

,

,

,

\arias.

Em

i,°

Eebo

mefma

hiins he a

Biòl

,

Blbitum

,

do Prezente

radical

Cario

:

Caio

,

,

como Blh,

,

e feiís Cajum Caio morto, Oí-

Ceciãi

,

,

Incidi h-ícnjum\ Occido compoíK^s Incido Recajum, Os mais Recaio Recidi cidi Occújum Rectdo compoílos lião tem Sopino. Citdo Cecidi Excido , Corto pela raiz» Firo Ccefum Fendo fidi Fijum Furí^ Exctdi Excijunu i^c: Findo do Derramo, Fudí Fufum: Tendo Eflendo, Te tendi Teh'fum Frango Qiiebro, Fregiy Fraóium Tango Toco, Teiigi TrMumy'^c, 2.° Em outros, para confervar a gnttural radical do Prezencomo ou te os Pretéritos são cm Xí , Duo Digo Dixi Diãum Ducoy Guio, Duxi , DuSfum : Finxiy FicJumi Finjo Figo Fingo Prego , Fixi Fixum Frixi Trigo Frixum ou Friófum Jungo Junto , Frijo Junxi Juncfum , ^c, 3.° Outros mudâo o A penúltimo do Prezente em E,corHo Obro Egi Aófum Facio Faço Feci, FaBum-, Ca^ jígo pio Tomo , Cepi Cartum : Pario Paro, Peperi Fartum^ y

,

\

,

^

,

,

,

,

,

,

:

,

,

:

:

,

,

y

y

y

^

:

,

,

y

XÚM

,

,

y

,

:

y

y

CTUM

,

,

:

y

,

y

y

,

:

,

y

y

:

y

,

y

y

,

,

,

,

,

tSc.

4.^ Outros mudão o B , 011 P fimples do Prezente em a fua como Scriho Efcrevo , Scripít Scriptum Car» dobrada PS Decerpo faz Decerpíiy DecerColho , Carpji , Carptum po ,

:

,

,

:

y

pi um

C3V.

y

í;.^

Outros

fazem em Uí, á maneira dos da 11.^

eiT)fim

como

Ra-» Cullum Colui CrJo , Cultivo Corripio íaz Corripui , CorRapuiy Raptum Arrebato Determino Sta^ e aífim os mais compoftos: Siatuo reptum Iniui St atui um , e feus compoftos, Con-ftituo , Re-fiiluo JlituQ jiltui fiitutum c muitos outros , que o uzo com o Didíonario enímará.

Conjugação

fio

,

:

:

,

,

,

,

:

,

,

,

.

y

,

y

,

Regra

o

Vf.

S Verbos da ÍV Conjugação em IRE com o I longo fao Pretérito em IVI e o Supino em ITUM, Entre outros exceptuãofe os fegutntes. Amitlnm Fardo , Amicio y Vifto ou Amixi Amicui Rechêo Farfi Farjuniy ou Fartum\ Fulcio Suíienho, FuU Vindo , Ato , Sarcio , Cirzo , Sarfi Sarium fi , Fultum

zem

,

,

,

,

:

:

,

y

y

,

;


t''nkít rhSiútfi Infiiià

Jfjjílfif

,

:

SàJio

ou

Salto, Sãlhi, Salii,

,

Infiiltum

ínfilui^

:

«u Salul, SaJtum

,

Sepelio^ Sepultar, Scpeii--

Ventum Vento, Venho, Feni Jí-//^? Cerco , ou Sepii ou Sepfi Sepíum : Haurto lirgoto HaU" Haujíum oti Haunvi Hauritum Aperto Defcubro, ji í^hcithio mais conipoftos de P^/r/ô /^pcrui fe Ofctio y^, petturru ^c. C'jmpcriú porem e Referio fazem Compcrit Cem* peitúm Repcri i Repérium. vi

SepUltumi

,

Sepiíti »

:

,

,

^

,

,

\

,

,

,

^

,

,

j

,

,

,

,

Regra

o

S Verboè

p;4ÍÍ5va

em

OR

nio Tempo

Còrhrfiiin!!, t Depoenteô , que com terminação lem, ou fignincação â£liva , e palliva ao mef-

ou só activa

,

V\h

fazem

;

como

,

os Verbos Pallivos

#

fcos Prcif ritos do Participio paíiivo próprio junto ao Verbo Stib.

como Hortor , Horíaris , Exhorto , Hor^ Mífercor , Mifererts , Compadeço me Miferi^ tus , ou Mifertus Sisf/j A?TipIc£for Ampleãeris , Abraço , ///«Blandior Blandirii^ Lizohgeio, Blandiíus Sum» plifxus Sum bio irregulares na II. Conjugação Fateor , Fateris, Qoi-\hÇ^ fo , Fa£us Sum, Os compofíos mudão o a ein e , como Profi^ te.r í-^roffjjiis Surn ; Reor , ^^m , Julgo , Rafus Surh, tSc, Na \\\..^ Gradioir y Gráderis Caminho^ Greffus Sinnx Laberis , Efcorrego , Lapftis Sum Lobor Loquor ,- LoqueLociiíus Sum : Morior , Moreris tts i Falo ou Moriris , Í^Iorro , Mortiiiis Sum Nafccr Nafceris Nafço, A^/7/«í ^wm; ÍSluncijcor i l^ancifcaris , Alcanço , Nafíus Sum MV/jr A'//."/M , Líhibo-me , Ntxus ou AVy^í *í«;7í Oblivijcor Of-

Swn

ítantivo

Surn

ttitus

,

:

:

,

:

,

:

,

,

^

:

,

,

,

i

^

,

r

blivijcefis

,

Efqucço-me

Na iV. Orior Ordiris , Ordior Ex|)erimento rts ,

,

Mcnjus Sum

,

,

Oblitus

Orerís

f

Começo

,

:

,

,

ou

,

Sum.

6V/m

,

Nafço

,

Or///.v «íw/»

Experior Fxperf/n Sum iVhllor Metiris c alguns outros , que o ufo entinará. ,

,

Or/í/x «Tmw :

Híi

:

,

;

F.xperi^

,

,

McÇQ,


1

^(

6 )

1

c^

ArtigoIII. Ohfervaçóes folre

o

ufo

o

Infinito

,

,

,

e

Tempos do

fua^ Linguagens,

e

como no Portugiiez, he hum no Latina que enuncia indetôrminadamente a coexiftencia

Infinito tanto

I^otne Verbal

Modos

I.

$.

Do Modo

os

(jue

,

tem na Oração»

l/erbo

,

do Attribuio cm hum Subjeito qualquer , abftrahindo de toda a Aííirmação de Tempos, e ainda de PeíToas » para poder > como os nomes Subftantivos Appellativos, Ter complemento de qualquer palavra regente que poriíTo os Latinos lhe davuo huma efpecie deCazos com os Gerúndios, e Supinos ; e os Gregos , e nós também declinando-o para aíiim dizer , per meia das Prepoíiçôes com o Artigo , ou íem elle. Como o Amar (Amare), o Ter Jw/^â^í) (Amavifle) o Haver de Amar (Amatum IreJ, De Amar (Amandi) De Ser A,

:

,

;

,

,

viado

(Amatu),

^w<2r

(Amandum

Peflbaes

,

A Amar

dr^Zemos

:

^

ou

O

Amar

eu

Amar

Ejji

(Amando), Para

,

E

Amatum).

í?m

,

nós que temos Infinitos De tu Teres Amado , Para

,

Haver de Amar Í^c. Ora he da natureza mefma do Nome, per fi indeterminado, nem no não poder ter Tempos. Aíiim o Infinito não os tem Portuguez nem no Latim. O que fim Lem são Ltngoagens , que exprimem huma Coexiftencia ou Imperfeita e não acabada como Amar (Amare) cu Perfeita e acabada já como Ter Amado (Amaviffe) ou Por-fazer ainda mas projctada , como. Haver de Amar (Amatum Ire, ou Fore, ut Amem, &C.) Ora eíles modos de exiftir são de todos os Tempos e Peffoas,a que são determ.inados, ou pelas linguagens dos ModosFielle

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

ou pelas nofias formas do Infinito Peílaal. Nós dizeEu quiz partir (Volui proficifci), ^iier) e partir (Volo proficifci) , Quererei partir (Volam proficifci) do niefmo modo, Arrppendi-weáe Ter feito (Poenituit me commilifíe), A rrependo-me de Ter feito (Fccnitct me commifilTe como Horácio dijje Commifiííe cavct), Arrepender-me-hei de Ter eaííim nas mais , como /ifeito (Poenitebit me commifine) mat urus fui Amaturus fum^ Amaturus ero» A Língua Portugueza entre todas tem a fingularidatle de ter dous Infinitos hum ImpelToal , e outro com terminações como ; O Pclíoacs. Uza do primeiro , ou abftra£lamenre viintir não he do meu caraâíer (MeDtiri non eít meum) ; ou quando o fubjeito da Oração regente he o mcfmo que o do Iniiitos

mos

,

,

per exemplo.

:

,

,

,

,


,

"7

4§^( finito regido,

como

:

)*?^

Folgarás de ver a poVicia^ e nâo, de veres,

como

erradamente dilíe Camões Z,«x. VII 72. Uza do fegiinOH qiíando o fubjcito de aml>os os Verbos he differente como Julgo feres fabedcr (Credo te feire) ; ou com as PrepoíiçÔcs , quando determinao infinito pelíual , como; Pa*ra aprenderes a Grammatlca LalUm bâs irdjler Jaheres a tua (Ut Latinam Grammaticam difcas tuam noviííe opus habcs). Se fe não determina pelíoa , bafta dizer Para aprender a GranunO" tica Laiina ha mlftcr Jaher a própria (Ad Latinam Gramniaticain difcendanFi , vema-culara didieiflc opus eíl].

do

,

,

.,

,

:

Paritcipios

o

Aãivos

Imperfeito^ e Perfeito,

,

S Parlicipios A£livos Portuguezes sâo prefentemente huns adiedivos indeclináveis aflim chamados porque participão do Noíne a lignifica-ção adjeâiva de hum attributo ou qualidade, que modifica o Agente da Oração; e participão do Verbo o feu regime. Nós temos dous ambos aí^ivos ; hum Imperfeito , aca,

,

,

,

em

ndo , como Amando Temendo , Ouvindo , que houvemos dos ablativos dos Participios Latinos em ans , ens , c tens , como Amante ^c, outro Perfeito Timente, Audicnte em ado c ido como Amado , Devido , Ouvido , que hou-

bado

,

y

,

:

,

,

vemos também dos

em

Participios Paílivos Latinos

,

declináveis,

uzavão no fentido paífivo com o Verbo Auxiliar Ter , concordando-os com o Subftantivo e dizendo: Os ferviços que tendes feitos\ o que ora dizemos Os ferviços fem declinação e em fentido activo acabados

tus

,

c dos quaes noííos antigos

,

,

:

,

que tendes feito (Beneficia , quce Reipublic^e pra:ílitifti). Dos primeiros uzamos de dous modos l.° Conjugando-os com hum dos três Verbos Auxiliares , ou com o Continuativo Eflar , ou com o Frequentativo Andar ; ou com o lachoativo ////• : cora o primeiro para exprimir a acção continuada, como Ejlrju Efcrevendo{Snm Scribensj-.eom o fegunclo para exprimir a mefma reiterada c frequente , como Ando Efcrevendo (Scriptito):e com o terceiro para a exprimir começada, como í''^ou RemO" çando (Repuerafco), Outro modo he Conjunãando^os , e fazendo-os depender de outro Verbo e Oração, a que fervem ou de Modo , como 'Zombando fe dizem as verdades (Ridendo dicitur verum) ou de Cireunfiancia como Tendo Cefar os Comidos , síio crea:

,

:

,

dos ConfulesJ, Cefar^ e P.

(Habente comitia Csefare , ou de Condirão , como Querendo o Povo Romano feremos livres em breve tempo (P. Romano confcntieiUe erimus profedo Uberi brevi tempore): ou emfim de CauzaU como OrdenandQ'0 tu , 1 e, per lua *S*^ri;/7/í?

confules creantur J, Csefar

,

et

P. Servilius)

,

,

;


«§»( ii8 )^'^ 'vIm (Te jubente, veni). Os Latino^; explicao também , pelu Si)bjun6^ivo com Cum os três íjltinios niodoc. Uzamos dos fegundos só com o Auxiliar 7Vr para f<)rniar todos os Tempos Perfeitos dos noíFos Verbos adViyos á irp.itaçá') dos Depoentes Latinos, como Tânhú Exhortíiila (Hprtatns òuiii ;, Tinha ExhQrtado (Hortaius Fueram )» Terei Exhoyíaão (Hortalus Eroj.

ordem

Paríicipios Perfeitos PúJJ!%:qS,

o

S noíTos Paiticipios Perfeitos Paílivos ^âo comq o<: Lahuns adjectivos Verbr.es declináveis per GencDs e Números , que participlo do Verbo a fua fiijjnihcação aítiva (não já exercitada pelo Siibjeito da Oração, como nos Participios aólivos ; mas recebida nelle e produzida per QiJtro) ; e do nome adjedbvo participlo a propriedade de modiTicar qualquer concordando com elle em geneio , e numeBOiíie appcllatlvo ,

tinos

,

,

,

,

,

como Amado, Amada (Amatus, A mata, Amatuu)} dos, Âmadu$ [A\T\iM\ AmatSí A mata). rp,

,

Amã'

,

t

tem três uzos na nolTa Lingna , c na Laprimeiro he de íervirem como Verbo Ser q feiís Auxiliares para foriDar todas as Lingoagens paffivas dos Tempos Perfeitos: o fcgnndo.como adjeílivos Verbaes, ajuntarem-fe an? appellaíiyos para os modificarem, como Curipos jemeadas (Arva Lugnres defpcvoados (Loca deferia) e o terceiro tOim;ir faraj rem-fé como nomes Subítantivados per meio do Artigo, como 0$ Semendos, Os despovoados (Satã , Deferia). Deílcs Partiçipios temos muitos communs com ílgnificação Pafíiva e Aíliva também porem intranHtiva: como Ccuza acreditada , e Homem acf editado iílo hc , que tem ciediío ; e Homem agradecido iílo he , que agraBeneficio agradecido dece ; Empreza atrevidq ^ e Homem atrevido » iílo hg , que fe atreve: e allim rnuitos outros femelhantes em parte aos communs dos Lafinr)&,quc dizem: Gnlli adorti (OsGallos acommettidos) e Gai/os adorti (Tendo acommetíido aos Gallos) ///pernaíus pauper , e Pauperem ajpernaíus ; Beíla tiiaírikus de» e Matres bella detefiúlcc \ Domus difpuri domino domina-^ tefiata e Urbs antiqua muitos dominaía per annos^ e aíTim outros. ta pode-fe refpeito do uzo deites nolllos Partiçipios communs di7.er em gerahqne na fignificaçãopaíl.va ordinariamente feapplicão a coufas, e na acliva a pcííoas. Há. também muitos Verbos noífos , que, como alguns tem dons Partiçipios paííivos ; htmi regular , e Latinos Eííes Partiçipios

O

tina.

:

,

,

,

,

»

,

,

,

,

,

,

A

,

,

contrahido daquelle como Aceitado e Aceito ; A-ff^ei» e AffeBo ; Annexad$^ e Jiíniexo ; Appromtado , e Prorn" coado Ajuniado cjunto; GaJJado e Gitfto ; Matada , e Mor^ pio to ; Salvado , e Salvo \ e pet eitc modo muitos outros á maotJtro

,

,

i

,

,


;,

4^( 119 )c^ fieira dos Latinos Hauritus , e Hnu/íus , Lâvatus , e Lçius^ Parcitus , e Parjus Prekenfus e Prenfus , Pnrilust e /^íjr/«j , ^<:. A refpeito dos noílos, os regulares uzão-fe mais com o Verbo Ser , ou os contr^hidos com o Verbo Ejiar , ou ouiros equivalentes. ,,

,

§.

Do Modo

Indicativo

,

II.

e pos

Tempos comparados com

do Subjunéíivo,

os

que o do Modo Indicativo de J A' diíTemos linguagens (comprehendendo imperativas, c cara£\er

as

fiias

,

todas

e

nellas as

,

Condicionaes) he o flc poderem eílar fós na Oração ; e quando fe junt5o com outras em período , ferem femprc as principaes , que deí^rminão e fubordinão ns mais, ,

e fubordinadas são fempre as linguado Infinito e do Subjunélivo d'aqueile , quando o Iribjeiío da determinante , eo da determinada he o mefmo pelo qual entaõ fe ligão huma a outra fem o Conjun£livo ^/^í, como ^ucro partir (Volo proficifci) Querem partir f VoUmt proficifci) quando o Subjeito he o mefmo , e quando e d'efte idifícrente ligandoíe ambas as propofiçôes, no Portuguez pelo Conjun«51ivo e no Latim per ^uod ou w/ ou a>7 (^c» , como Duvido que eu pojja partir (Dubito an proficifci poíTim) Duvido que partão (Haud feio an proficifcantur). As Linguagens do Indicativo também podem fer determinadas per outras e ligadas a eftas pela mefma , ou outra Coujuncção.como: Dizc?n que António chegou,ç Não/ei/e iJio})e verdade. Porem efla fubordinação he accidental e só produzida pela Conjuncção. Tirada eíta ficão na fua natureza de Indicativas como António chegou he verdade. Não acontece ÍJíq o mefmo com as Subjuntivas, que desligadas não fazem ^z\\tido fenãofufpenfo, e dependente, como: Eu poJ]'a partir ^ LUes

Eílas determiiTadas

gens

,

:

,

:

,

,

^e

,

,

,

,

,•

,

,

partiio (Proficifci

Daqiji

poffim

,

Proficifcantur).

vê que não he o

fe

Conjuntivo ^w^

,

nem

as

Con-

ou ou Indicativa mas fitn a fignificaçáo do Verbo determinante , e cumpre muito ao Grammatico faber tanto no Portuguez, como no Latim, quando efte deve levar o or.tro Verbo ao Indicativo ou Infinito e quando ao Subjundivo. A regra geral pois he que o Verbo da Oração determinada deve hir no Portuguez ao Indicativo com ^ne ç no Latim

juncções Latinas K^ubjimcliva

,

que determinão a linguagem

as

,

a

fer

,

:

,

,

,

;

,

fua e fazendo-fe peiroal , com a pefiba.ou agente em accufativo; quando os Verbos determinantes afiirmaõ com certeza, como são os que fignificão Saber, JuU

ao Infinito impeifoal

gar

,

Sujpdtar

Jínteníiiir^vntp,

,

,

Oizer

,

Contar

,

e outrus

^uç pertencem ao


,

4^( 120

E

)cí^

pelo contrario deve hlr ao Subjun£livo eom ^ue em Por» com gunr/, ou ^uin , on com «/, an, ou ne em Latim,

tugiicz, e

c>5 Verbos, que o determinuo.affirmâo com dtivida.e receio, corno sâo os de Perguntar Duvidar^ Temer Efperar, Dexíjar Mandar^ Pedir Acontecer e outros femclhanies, que mais pertencem a V\-)ntade , que ao Entendimento , e cujo objedo he femprc futuro e contingente. Com eíta diftincçâo diremos tanto em Portuguez , como em Latim Sei que ellevem (Seio eum venire) Duvido que ve^ Tervo que mo venha (Timeo ut veniat) vha (Pubito an vcniatj lema que venha (Timeo ne veniat). E no Pcrterito Di^em que veio , ou que z;/Vr^ (Aiunt eujrj advenille) , Gof" Tetni que 7iâo virjje (Tito ^wr "D/Vy/í- (Laetor quod advenerit] Temi que viejje (Mctui ne veniret), luui ut veniret) E no futuro :yft/^i? que clle virá (Credo eum eífe ventnrtim), i*'c/^í7ri-/y^ f/Vr (Si venerit gaudebo) , h^ão duvido que haja de vir (Non dubito quin vcnturus fií). E não ás avefl^s ^9^/ que venha ; Duvido que vem ; yulgo ou Tiveffe "jmque vier ; Temo que não vem \ D,izem que vifffe do ; Gõjio que viera ; Temi q^4e não viera \ e outras femelhan-

quando

^

^

,

^

,

,

:

:

:

:

,

,

:

,

tcs difcordancias,

Eíla mefma regra bc applicavel a toda? as Conjuncç6es, ou em que entra o mefmo ^^e. Aquellas , frazGS Conjunclivas qns fuppõem hum obje6lo certo, como l^iflo que^ JíUjue (QuSíVí-' ,

doquidem

,

Qiioniam), Porque, Porquanif/

h

que (Qnapropter)

io

que

(C^jiia,

Enim), Pa^

Eijque (Cum), Tan» todas eftas reLego que (Simul ac , Statim atque) a linguagem no Indicativo , airim em Portuguez , ,

AÇim que

(Itaque)

,

:

^

querem

como em Latim. Pelo contrario aquellas, qiae fuppòcm duvida, e moflrão ale fufpensáo de jnizo ; como Para que (Ut), incerteza Para que não (Ut non , ou Ne), Comíanto ^w^ (Dummodo), ^ue não , Sem que , Antes que (Qj^iin)-; Cazo que Ca7,o que Por mais que vão ( Si Nifi ) ; Ate que (Qiioad , Donec) Qijantumvis); Como, Co.no quer que (Com ) ; Oxa(Qjiamvis ou ^q pojpojlo) Se porventura (Utrum, An lá que (Utinam) Corr.o [e (Quaíi vero , &c.); todas tftas demandão Lmguagem

guma

,

,

,

,

,

,

,

,

SiibjuniBiva,

que são indiíFcrcntes , e fufceptiveis de Aquellas porem íegimdo o fcntido de quem fala , ou de incerteza , como Ainda que. Bem que , Pojlo que ^Qnamqiiam , Elfi , Se ( Si ) , Ou ( Aut , Sivc) eítas podem-fe junTameifi) tar ou com Indicativo, ou com Subjuntivo, coxn Iftp be pelo que refpsita á conrefpondencia de Modo Modo agora peio que pertence á conrefpondencia dos Temdos do Indicativo , que dcterminão , çom os do SubjunélivQ , ,

certeza

,

,

,

:

,

,

:


que são determinados ; podc-fe feguir a regra fegulnte. O Tempo do primeiro Verbo no Indicativo ordinariamente determina também ao mefmo Tempo a Linguagem Subjunou no Futuro; leva taméliva. Se o primeiro eílá no Prezente bém o fecundo ao Prezente, ou Impcrf«";ito ou Perfeito do fegundo a acção he ou não acabada ou acabaSubjuníSlivo He neceffario (jue eu parla (Opus da. Deve- fe portanto dizer He cít ut profecifcar); e não ^ue pnrtiffe ( ut profeciícerer ) naceffariQ que elle tenha partido (Fieri non poteít quin proíefíus (Quin profccifcerelur); Será necfjjario fil ), e não í^ue partijje que eu ame ou tenha amado (Opus eft ut amem, ou amavcnm), amar. Amarei fe puder (Amabo fi poíIiQi, ou potuec não ou poQa, rimj, e não Se poderei Se porem o primeiro Tempo Indicativo eftá em algum dos leva tan^bem o fegundo ou ao Pretérito ImperPretéritos ou ao Perfe a acção não he acabada feito do Subjunclivo fe o he. Deve-fe pois dizer Era necejfario que eu amaf^ feito ou íi-vejje amado (Opus erat ut amarem ou amaviííem ) Je ou Tenha amado (Ut amaverini) e não ^ue ame (\]l airiem) Amaria fe eu quizejje (Amarem e não Se quereria fi vellem), Teria amado fe eu tivejje querido (Amaviííern fi voluiirem) e aliaz dounão Se eu teria querido, He incrivel como homens eftão errando a cada palio nas Linguagens Portuguezas , tos ,

,

,

,

,

:

:

,

^

^e

y

^

,

,

;

,

;

;

,

,

,

,

:

,

:

,

,

,

,

e nas Latinas per falta deílas obfervações.

CAPITULO Dc^

A

IV.

Prepofição^

Prepcfição he huma das partes Conjiinálivas da Oração , que poíta entre duas palavras, indica a relação de complemenem que a fegunda eilâ para a antecedente. Aííim neftafi exto l^enho dat PartOt pajfo per Coimbra^ e vou para Lisboa prclfÔes (Venio a Portucale tranfeo per Conimbricam et in Oiifiporem pergo) as três Prcpofições Portuguezas De^ Per Para , Per Jn ^ portas entre os V^erbos yenho , c as Latinas A Fou (Venio Tranfeo Pergo}, e os riomes próprios Paffo ,

:

,

,

;

,

,

,

,

,

ç.

,

Pcr/ô (Portucale) , Cá'm//^r^ (Conimbricam) , e Lisboa (Oliílponem), moílião a relação de Complementos, em que efies eftão para aquelles

,

cujas fignificaçóes

,

fem

clles

ficarião in-

,

completas. Âííim como pois o Verbo Subfiantivo conjonáta o Attributo com o Subjciío da Propofição indicando entre ellcs a relação de Identidade aíllm a Prepofição iudica a relação , que outros objedos de fora tem , ou com o Snbjejto ou com o ,

:

,

Aufibuto

,

ou

com

o nicí.K j Verbo

,

para lhes completar

,

ou


^( determinar o

E como

fenticlo.

huns meros

)«^

122

cftas relaçócs

são geraes

fim-

,

dos objcdos luins para com outros as palavras dcílinadas para ferem os feos ílnaes , devem igualmente ÇtYjimpIes e não comportas ; primitivas^ c pliciílimas

c

,

afpetSios

,

:

,

Xíão derivadas

polyíyllabas

curtas

;

,

c indeclináveis

,

c não, pelo contrario,

c declináveis.

,

Daqui vem

qiic toda a palavra

,

que

íor polyfyll a è a

decli»

^

de ouxtíí porilío mefmo fe faz fufpeita para l"e iiáo dever contar entre as Prepoíiçces Portugiie-f cujo numero foi levado a quaienta per nolíos Grammazas licos , não tendo clles caraòieres fenão apenas ló delias, que são ; /l , Antât Jpoz J/é Com , Contra , De Desde Em , £ntre , Prira Por Sem So6j Sobre. As mais todas , Per !OU são nomes , ou advérbios, e como taes devem fer tiradas da poííe injuíla em que feni maior exame as pnzerão noííos Grammatjcos , conio fe verá no Artigo feguinte depois de neítc Ttavel

f

compcjla

oii r/erivada

^

t

;

,

,

,

,

,

,

,

,

,

as claíTitic^rmos.

Artigo

!•

Classi ficaçaó. Das

A

PrepofiçÕes Poriuguezas»

S Prepcjíçoes na fua origem forão dePii nadas somente para indicarem as relações dos obje£los pliyficos com o lugar, em. per onde > e para onde hião. Y)o ^ue exiftião, donde vinhão a fignificar as efpaço do lugar paliarão depois , per analogia relações dos mefmos obje6los com o efpaço do tempo ; e daqui , feguindo gradualmente o mefmo fio da analogia » paliarão por,

,

com

íim a moftrar as relações das idcas abílraclas, humas

no efpaço metaphyíico do difcurjo. Eftas relações são mui geraes ,

mo

as PrepofiçÕes

,

que

as

mui poucas comas qualquer delias he

e por iíTo

índicão

:

outras,

,

modificada de diírerentes maneiras pela diíFerente natureza dos objeélos

zem

,

gar D^onde

Todas porem fe reduordem i.° ao lugar Onde 2.° ao luao lugar Per onde , e 4." ao lugar Para onde^

c circuníiancias dodifcurfo.

a quatro ,

clafiTcs

3.°

per

,

I.^

Classe,

PrepofiçÕes pertencentes ao lugar

Onde.

I.° A relação mai<! geral de qualquer objedto per ordem ao lugar. Onde exiíie, he indicada pela noiTa Prepoficão EM,e pelas" Latinas /« , Apud f Penes, a primeira com ablativo , c as fegundas com accufativo, como; bjlar em o , ou no ceo , (Ef-^


FJíar em caza de algucm (EíTe apud aliquom) , Z/tar em meu poder (Elle penes mej. 2.° Mas no mefmo lugar Onde, per ordem ás Superíicies Hobal» rizotitacs, qualqticr gbjeíSlo pode eítar, ou Em cima^oM fe ín coelo),

Em

A

he indicada pee pelas Laíiiias Supra com accufa-. la noifa Prepoiição SOÍjKE coino Sohe as leis (Supra Ic-* ti\(> e Super com abiativo gcs) , S'}i^^e a relv(f verde (Super fronde viiidi). A íc-giinda fituação Inferior fe moiíra peli Prepofição Pormc Suhier co-ii gueza SOB, e pelas Latinas Sub com abiativo gccuianvo.como; $oh o Equ<idor (Sub yEq'.;alore), S^^ ielha (Suxo

ou

f

Er/l me/o,

prinneira fituação Superior ,

,

,

,

Iner tcctum).

A terceira Interior fe moftra pela PrepofiçãoPortiigMcza EN» TRE.e a Latina Inter coir; accurativo,coiiio:£n//-íí a orèa Inter (

arenam), Entre

mais (Inier ceteros). relativamente á^ Superfi-^ies 3.° No mefmo lugar Onde Perpendiculares, pode hum objeílo citar proximamente diante elie ou detraz d' eile , ou de frqriíe d' elíe , ainda remotaos

,

t

mente.

A primeira relação Anterior he exprimida pePa fioíTa Pie» pofição e pePíjs Latinas Ante, e Oh com atcufativo , e Era com abiativo, como: Ante os pés (Ante pedes) , y^«/tf (Ob óculos, ou Prasoculis). os olhos

ANTE

,

,

A

fegunda relação l^oflerior he indica(!a pela noíTa Prcpofição APOZ, ou fiaiplcsmente POZ,e pelas. Laiinas Poji, Pa* ne com accufativQ , como: Apoz as c<Jias ( Poíl tergum ), vni fentado o negro cuidado ( Poíl equitem Ap'i'Z. o cavulleiro Apoz g templo {Vq^q acdem). fedet atra cura ) A terceira fituação Fronteira fe moftra pela npíTa Prepofição e pelas Latinas Contrq , Verjiis, Adverjus com aç,

CONTRA,

como; Cart/j/Jg^ contra 14 líne Coram com abiativo Carthago í tal iam contra ) , Contra o monte ( Adverfus clivnm), Coníra a e/pfra»ça{ConUã Ç^tm) ^Çont r a, líio he, defron^

ciifativo lia

,

,

,

(

(Coram

íe d'elle

ipío).

No mefmo

lugar Onde qualquer objeílo pnde eí^ar , ou accqmpanhado de outros, ou só. Para exprimir a piirr.eira relação lie companhia , e concurfo, temos a Prepofição COMi C/r-» e Circa e os Latinos as fuás Cum com abiativo 4.'^

,

£um com accufatiyo ) ;

cotiio

:

Sou conitigo

Gladio ferire) Circum fórum , Circum

rir com efp.ida

agere

,

(

,

{

,

Sum tecum

)

/v-

Ohrar compaixão ( I.ubidinc litora ( Junto á praça, Jun-

to as praias ). Para a fegnnda relação de exclusão total de qualquer a« companhameniQ ou concurfo temos a Prepofição SH,M , e os dbsque com ablarivo, como: Sem com" l^atinos as fuás Sine ,

,

Sem Socorra Abíqns te j.

panheiros lio

,

,

Sepi ti

,

(

Sine fptiis

,

Sine auxi-


;

Classe.

II,

Das

Lugar D'ondc.

Prepofiçóes pertencentes ao

As Prcpcíições da primeira ClaíTe indl-pão as relações de exlQencia em hiun lugar as deita, e feguinie indicáo as relações de movimento de hum lugar para outro. Para o principio , d' ande começa qnalqner movimento ou acção temos duas Prepoíiçócs, que siio DLl, c DESDE, e os Latinos as fiias De £ ou í:x , c à ou Ab ou Ahs que todas regem abia» :

,

j

,

,

tivo.

A

DE

ou tcni hum antecedente de íignitodos os appellativos ; e ncíte cazo ferve com o feo confcquente de Complemento Reftrifiivo , conrefpondentc ao Genitivo Latino cazo adverbial que nunca tem prepoíição , como tem entre os Gregos , Ex O Li*vro de Ptãro ( Liber Petri) , O Senhor do e/cravo ( Dominus Prepofiçâo

ficaçáo vaga

como

,

,

são-

,

,

:

inefma accepção ferve também muitas vezes de lugar de adjedlivo, como í^azo de ouro ( Vas ou aureum ). auri , ou ex auro Ou tem hum antecedente de fignificação relativa ; e então exprime hum Complemento Terminativo de hum principio, à^ onde alguma coufa , ou vem Venho de Lisboa ( Venio ab Olihpone ) ; ou provem , Nafcido da terra (E terra natus); ou começa Do principio do Mundo ( A Mundo condito ) ; ou he cauzada , como Morto de frio (A frigore mortuusj. Neíta accepção de Principio, a prept)rição DESDE não lhe accrefcenta outra idca fenão a de continuação nam interrupta no mef* mo efpaço como: Desde a morte de Cefar ( A morte Caefa^ lis , oit A morte ufque Ccefaris).

fervi): e neíla

qualificativo

em

,

,

,

,

III.

Das

Classe,

PrepoftçÕes pertencentes ao

Lugar Per onde.

Para moRrar a relação de hum efpaço per onde alguém e confequentemente a de hum meio , peTo qual alguma coufa fe faz; não temos fenão a Prepoíição PER ou só, ou junta com o Artigo pela confoante cuphonica L át^'te modo pel'o pel'a. He a mefma que a Latina Per , c tem os mcfmos uzos , como: PeVos campos ( Per campos ) Pelo dia (Per diem) ; Andar per mar , e per terra {Per maré et per terram ou terra, marique ambnlare ); PeVos perigos (Per pcricula ); Subir aos cargos per empenhos ( Per ambitioncm^d honores pervenircy'. Mas onde efta Prcpofição tem mais ufo , he nas orações paíTa

,

,

,


,

per meio ilo qnal paíTa a da Vos pafliva para notar o Agente o que os Latinos fazem peFo acção ao Subjcifo das mcfmas e peFa raefma prepoabiativo com as Prepofições J ou Jll? fição y^^r com acciííalivo, como: Sfr poffuIJo, Ser a^overnado Ser oppngnari ab aliquo ): Se regi aíacndo per alguém (Teneri e rejlituldo peFos bons ( Niíi eu nâo fofíe expulfado peVos mãos ,

:

,

,

,

,

,

ab improbis expulfus eíTem

&

per bonos reflitutus).

Clãs

IV.

Das

,

se.

Prepofiçces pertencentes ao

Lugar Para Onde.

e fim , a qne Para mortrar emnm a relação de termo tende qualquer movimento , acção , ou penfamento , temos e POR. , quatro PrepofiçÓcs , que são A , ATE' , primeira moílra a relação de hum termo próximo , como ; Ser utíl a todos ( ProdeíFe omnibus ). Os Latinos exprimem eíla relação pelo feo cazo adverbial chamado Dativo , que nunca admitte Prepofição. Q^iando porem o termo não hc immediato , mas remoto e final, principalmente tratando-fe ,

PARA

A

,

de efpaço

,

uzão das fuás Prepofições Ad

com

das. primeiras três

accufativo

,

,

In

,

e da quarta

Erga

com

,

Tenus

:

abiativo

do Singular, ou Genitivodo Plural, que conrrefpondem âs nofPara com Até o\\ finiplesmenle Te como f^^ou fas Pura a Lisboa para me embarcar para o Brafily {Ad Olifiponem pergo, wt inde in Brafiliam navigemj ; A piedade para com Deos ( Pietas erga, ou adverfus Deum ) ; Até dez annos ( Ad decem annos ) Para ufo dos homens ( Ad ufum hominum) ; A e/pada cravada até os copos ( Gladius capulo tenus adactus ), /Ité os ,

,

:

t

;

peitos

(

A

Pedorum

tenus

).

FOR,

vinda das Latinas Pro, e Propter , indica , como eftas, jâ a relação de hum Principio moral , e cauza (Propter final, ou fc empregue aírim,como Por amor de vós vos), ou cora os Artigos unidos pela confoante Euphonica L, como Poi'a noffa amizade te peço ( Pro no(lra amicitia te oro): já a lelação de huma Troca,ou Suhftituição íQowx): Comprar ou pro n)agno prélio ) ; Em por grande preço ( Emere magno lugar do Pretor \ Em lugar do Conful ( Pro Prsetore Pro CoiiPrepofição

,

,

,

,

,(Proreo dicere) &c. Muitos confundem agora aííim na efcripta como no uzo , as duas e que nofque fam ínui difFerentcs Prepofições Per e Por fos bons ClalTicos diílinguem fempre , empregando-as a propocomo temos dito. fito Fora eíias i6 prepofições noífas c poucas mais dos Lairas advérbios, não o suo tinos as que fe contão por taes ou sós , ou acompanhados de alguma das ditas Prepoiições;

fule

;

)

c daqui

Advogar pof o

reo

,

,

,

,

,

,

,

,

;


^{

126

)

^

como sam Acerca , Afora AUni 4 Alraz Detraz. Dentro Conforme Depois Di^ri" Longe /^^r/í y««/d Segundo e as Latinas Ciam Cirte /^rc/»^ Procul Secundum , 5'/"^»^ cl ler, f^erfus Júxta t^/«/r^ Supra \ as qiiaes todas tem melhor lu* Extra tjue gar entre Os Advérbios, de que paíiamos a tratafé qne tòmão

'dè

Aquém

força

fiia

;

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

:

,

,

,

i

^

,

,

,

,

Artigo

II.

Redacção das PrepóftfÔes cèm feos Confequcntes Advérbios , è Cazoá,

ent

A

Dverhío nam he outra couza mais do qoé humã ReduC" exprefsão abbreviada àa Prepojiçuf} com feo conjequeníe em huma fó palavra indeclinável: e cHama-fc alfim; porque como a Prepoíição com feo confequente fempre fe ajunla a huma palavra ( vérhum ) antecedente , ou feguinte para a modificar ; que nuo iie huma parte da oraçâa o mefmo faz o Adverbio e do Nome ; mas hum compoíio de diíferenteda Prcpofição Obrar com prudência^ quer adverbialambas. Q^ier eu diga mente Obrar prudentemente ( Prudenter facere j \ he o mefção

011

,

»

:

:

tno.

Para evitar toda a confusão , hc precifo diílinguir Adver^ propriamente ditos ; Nomes adverbiados j e ExprefsÕes * ou Formulas adverbiaes. Adverbio he a reducçlo da Prepoíição com o feo confe* quente em huma única palavra , e eíía invariável , e fem outro ufo na Lingua , como Aqui ( Hic )• Os Nomes Adverbiados também sâo' reducções da Prepomas de Ííi:í natureza fam íição com o Çto nome confequente declináveis i e como tcies tem outro ufo na Lingua, Certo erti lios

:

c Certo em Latim são Humas palavras adverbia, lugar de Certamente ou Co7n certeza i mas Certo , coadjeíftivo, hedcclinavel , aíllm como o adjeòlivo Latino Cer*

Poriuguez

cm

das

mo

ww, e o comparativo Ccriior, Certius dcnde o neutro toma também adverbial mente. contendo Exprejsões , e Formulas Adverbiaes são as que o Confequente com a fin Prept^Oção expreíTa quer incorporaquer diflinda ; o mefmo nome, complemento da no meCmo iílo hc , falto de alguma palahe ellipiico da Prepofição D'/?vra , que pelo uzo fe entende e fuppre, como: D\jquem A'lerta iíio he , Da parte de cã Da parte de ià lem ( Adre^ tus

a

,

,

,

Certius

fe

,

,

,

,

,

,

éia

,

,

,

é.

1.

aure

).

Ilto fuppoíto

ditos

,

bemos

ou

delle

,

propriamente Portuguezes os recee laes coou» tiáu sam quafi todos os de Lugar , de Tempa ,

os Advérbios

;

achão

íe

,

feitos pelo u7.o

como

,

,

,


^ c

127

(

)

^

fazem fegundo as regras da analogia ^uanthlaU'. e ^alidade, sáo qtíaíi todos os de Modo 011 fe

(\c

taes

,

e

,

ADVÉRBIOS DE LUGAR

l.o

COM A SUA ANALYSE. Latinos,

Portuguezss,

Onde,

.

Ubi

Donde

f

Unde

Afjui

Jhi Jli

...

,

Em

...

,

Hic

,

,

Klhic,

.

.

.

.

Illic,

.

.

.

J\/uem,

Cis

Alem Cà Lâ

Trans, Ultra,

,

Citra

,

Hiic , lílhuc,

.

,

,

Uluc

Acolá Arriba , Abaixo , Cerca , Dentro . ,

Diante Delraz Longe

,

y

Para ejh lugar* Para ejfe lugar. Para aquelle lugar.

.

.

.

.

...

,

.

,

Deorfiim

No No

.

lugar acima.

Circa,Circiter,

lugar inferior» Acerca qua/i.

Intus, Intra , Foris, Extra ,

Em Em

a parte interior» a parte exterior.

Em Em

a parte anferiori. a parte pojierior.

Em Em

muita dl[lanei a. pouca dift anciã.

Coram

,

.

.

,

,

,

Retro, . • . • Procul . . Prope, Propter, .

,

on Em que lagar ? ou De que lug^r ^

Nejfe lugar» N^aquelle lugar, D'ejla parte onde eftamos. Da outra parte contraria*

,

.

.

Siirfum

,

,

N'ej)e lugar.

.

.

qual

9

D' 9 qual

2.^

ADVÉRBIOS DE TEMPO COM A SUA ANALYSE,

Toriu^uezes

guando

t

Sempre

,

Nunca

,

Agora

,

yJv^nte

Enfã) Antes

,

Depões

Hontem

.

.

Qiiando, Qi^iiim

No tempo

.

.

Semper

Em

.

.

.

.

.

.

.

.

Tnnc

,

,

.

Antea

,

,

.

,

.

,

Poítca

Heri

,

,

r

qiií^ow

Em que íettipo^

todo o tempo.

Em

tempo. nenhum tempo*

E.m

ejie

tempo.

Para

diante.

.

Em Em

tempo antecedente^

.

Em

o tetnpj

Em

o

,

• .

. .

,

.

,

,

.

.

,

,

,

.

,

Nunquam

Nu MC

.. Ultra

,

,

Latinos,

,

.

aquelle tempo. o

frguinfe.

dia antecedente.


rรก..

.


«2^

II

§. II.

.

aes

Qs Latinos

tcmnloiis cazos inteiramente

nunca ajuntão Prepofição

a qtie

,

)^

129

(

ora a ajimtão

,

dous

c

miílos

aííverbl-

que

a

,

ora não.

,

primeiros sâo o Genitivo , e o Dativo , cada hum dos feji deílmo próprio : aqiidle o de reílringir a ligniíicomo Liher Pâfrr\ caçâo geral dos Appellativos , om claros coino A d CojiorU fuytílnuí Achíllls \ ou fobentendidos fu pi. elie o de indicar o pl. (Bdcm ; Eft Reg'n , ofiicium termb de huma relacção ,ou attribuivão.como Dou te n juro [Do tibi foenorij, A[fim ao /?rv(Affinis Regi). AccuzatiOs fegnndos são o Accuzativo c (» Ahiativo. Võ , fem Prepofição , fempre faz o objecto da acção de hum Verbo, ou no iVIodo Finito, como Dei hum livro a António pondo-fe o agente (Dedi librtim António) , ou no Infinito cm accufativo regido pelo verbo adivo com toda a oração áo Infinifo , como /f/3 te ejj} fapicntem ; onde toda a oração Inde objeólo finita te eje (apientem ferve e accufativo ao Verbo A.ÍQ, Neíles dous cazos fempre o accufativo he adverbial. Afora eiles fempre he regido de Prepofição, clara, ou occulta bem como o Ablatlvo. As Prepofições de Accufativo que já fc exprimem , já fe entendem são Ad^ Ante , Circa , Cum , De E y Ex ^ Per ; as de Abiativo são A j Ab In Pra , Pro<, Sub : As mais tanto de Accufativo, coma Jn de Abiativo fempre fe exprimem , como são Apud , Erga , Intra Penes Pone Jnter Òb Poji , Prxíer , Propter f Tenus, Truns , UUra :=. Ahjfjut , Sine

Os

qiiaes tetii

,

,

,

:

O

,

,

,

,

,

,

y

,

^

,

:

,

,

,

,

,

,

,

CAPITULO Da

A

Conjuncção

como

,

o

V.

Conjuncfão,

mefmo nome

eí^á

dizendo

,

he a

Oração que arta c ordena entre as Orações para fazerem hum corpo de período e de difcurfo. El!a he pois a^ parte meihodica e fyíietrjaiira da Oração. Porque aliim como o Verbo atta os termos da Propoparte Corijimdiva da

terceira li

,

,

,

,

,

,

com os termos da Propofição oistras reítring^rem ou complepara lhes explicarem tarem o fentido aíTim a Conjtmcçâo atta muitos fentidos , e fiçdo

;

e'a Prepofição atta

ideas de fora,

,

,

:

Fropofíções

,

humas com

mento

,

e

total

hum

outras

,

para

formarem hum penfa*

difcurfo continuado.

de Conjunccões. Humas exprimem tão fomende Nexo entre as Propofiçôes ; outras não fó as relações de nexo , mas as de Ordem lambem ao niefmo íempo.

duíâ

clalfes

te as relações


:

C

I.''

L

A

S S E,

As primeiras são as que ligão Propofições , qiie cftâo na ra são luimas para outras , ou da mesma Afirmação , e Negarão Jt» multanea ; ou da meíma Affirmaçao alternada com exclusão

huma

da outra ; ou de Identidade de fentido ; ou de Affimdade e daqui quatro efpecies de Conjuncçóes , a faber Dijunófívas , Explicativas , e Continuativas, Copulativds Das Qopulativas temos fó duas na Língua Portugueza , a faber E , á qual conrefpondem no Latim Ac , Atque Et , C ^te pofpofitiva ; eíla he para affirmar c outra para negar, que Neque, Para variar temos as frazcs he , em Latim Ncc Conjuntivas Também (Qtioque , pojpofitiva) , E bem ajftm (Et-

do mefmo:

,

:

^

:

NEM

iam^

,

(Item)&c.

c Outroftm

,

As Dijunãivas são as que ligão Propofições affirmando-as também mas com alternativa de forte que fó huma pode fer verdadeira comparada com as outras. Para ifto a única Conque temos he OU. Os Latinos tem muitas» Aut , juncção SeUf c /v pofpofitiva. Mas para variar temos as exFel Sive Ora jfá fiando » preíTôes equivalentes como são ^er ,

,

;

,

,

,

,

,

,

ícmpre

,

,

,

repetidas.

Explicativas ligáo as Propofições com indicarem que fentido per outro modo. Temos para iíio o ConjunélivoCOMO , e as formulas A Jaber , IJio he , De forte que t Certo que , Mormente , Principalmente , Em quanto. Os

As

fazem o mefmo

:

Latinos

quam

,

tem ^c,

IJt

,

Vti

Velut

,

,

Sicut, Ceu, Prcefertim

,

Tam-

Emfim as Conjuncçóes Continuativas , ou Tranfttivas , fervem para fazer a paílagem deliuma Propofiçâo para outra em rasão da affinidade da matéria. A única conjuncção que temos pofpondo-fe fempre ã primeira , ou fedeftc género he POIS gunda palavra da Oração tranfiiiva. Para fupprir a falta de outemos muitas formulas de tranfição , como Mais , De tras mais . Quanto ao mais, Alem dijiof Com effcito, Na verdade i^c. Os Latinos tem Itaque , Nimi rum , Scilicet. Ca te rum i^c, ,

,

IL»

A

fegunda

claíTe

as Propofições pela

Classe.

de Conjuncçóes he das que não fó ligão connexão,que humas tem eom outras ; mas

cmque huma eftâ e fubordinação pela fua ordem para a outra, ou àc Excepção para humã R eg r a Ge r ai, o\i de Condição para huma AJJerção ou de Cor.fequencia para hum Principio , e prova ou de Conclufão para huma Premijfa ou de Hypothe» fe para huma Thefe, ou emfim de Parte para o Todo. Aílim humas são Adverjativas , outras Candicionaes , outras Cauzaes ,

também

,

.

,

,

,


,

^i outras Cenclufivas

)^

131

outras CircunJianciaeSt e outras

i

cmfim Suh*

jun olivas*

As Adverfalivas ligão a fegunda propofiçáo á primeira moftrando que aqíiella he huma excepção defta. Taes são as noíías duas Conjuncçóes, hiima prepoíitiva, que he MAS,e outra prepofitiva , e pofpoíitiva , que he ; ás quaes conrerpondem no Latim At ÂJi , Atqui , Sed. Supprimos a falta de outras com as frazes conjun6livas Todavia, Contudo^ Se bem que (Tamen , Attamen) , Ainda que , Iffo nãa objiante

PORÉM

,

(Verumtamen).

As

duas Prepoílçôcs pela relação para outra e donde depende fua verdade. Para as aííirmativas temos a condicional SE (Si, Modo, Dummodo) ; c para as negativas SENAÕ (Sin , Nili). Alem diílo temos as formulas , Comoi Com tanto que, Salvo-fe , £jcrí^r. Qiiandt) as Condicionaes são também Dubitativas; ptO'fe então coftuma-í'e juntar ao Se as formulas advcrbiaes Acazo (Si forte), Seperventura (An Anne Nccne). As Cauzaes conjun£lão duas Propofições moílrando que huma ferve de principio , e de prova a outra que vem a fer fua confcquencia. Para a primeira temos o Conjun£livo COMO, e as frazes Conjuntivas Porquanto , Vijioque (Qiioniam, Qiiandoquidcm) e para a fegunda tinha noífa Lingua a Conjuncção CA, corrupta de ^ue» Porem, como fc acha antiquada, íervimo-nos, ou do íimples !^e ou do comporto P<?r^//^(Nam, Namque Enim Etenim , Quia , Siquidem). Chamáofe Conclujivas as que , juntas a huma Propofiçáo, moílrão qi)c ella eílã em rasão de concluzão para a antecedente, que he como a fua premiífa.A noíTa Conjuncção PÕES, quando fe faz pofpofitiva, e os advérbios Conjuntivos Logo £)/?«de e as fornmlas Portanto Per confeguinte Polo que, AJjim que, Í5fc, valem tanto como as Conjuncçóes Latinas Prgo Jgitur Jtaque Ideo Proinde , ^uocirca, bV. Chamão-fe Circunjiiinciaes as Conjuncçóes que ligão huma Propofiçáo com outra em rasão de huma conter circunílancia , da qual depende a verdade ou cumprimento da outra. Eílas ordinariamente dizem relação ao tempo ; que porilfo lhes chamão também Periódicas como são os advérbios '7<2«io , ^uanro , guando Como e as frazes conjunitivas Tanto que Em quanto , Logo que , Como quer que Atéque , k^c» com as quaes damos as formulas Latinas Síatim atque , , SimuI ac , ^uGtíd i^c, Emfim dou o nome de Subjuntivas ^s que fervem para ligar as Propofições Parciaes que vão adiante, com as Totacs, que as precedem, Taes são pelo que tem de conjunílivo, os Demortrativos O ^ial ^lem Cujo \ mas fobrc todos o DemofCondicíonaes

de condição

em

que

ligão

huma

eftá

,

,

,

,

,

,

:

,

,

,

,

t

,

,

y

,

,

,

,

,

,

,

,

,

^um

,

,

,

,

,

1

2


^ue , com o (juat mintas veies ligamos as propoziçóes Incidentes com as Principaes e as Integrantes femprecom as fuás Totaes, como mais explicatlamente íe verá no livro feguinte Cap. I. Com iílo damos por concluído o primeiro livro da primeira ou parte defta Grammatica Comparada, que he da Etyníologia e Latina. Eldas Partes Elementares da Oração Portugueza tfativo conjun£livo indeclinável

,

,

,

ias

fão per todas

,

feís

huma

;

Interje^iva

,

e linco Dijcurji^

duas são Nominativas dos objeélos das noffas idcas, que são a matéria dos nolTos Juízos a faber : o Nome Subjian-' tivo , e o Nome Adjeãivo e tres Combinatórias , ou ConjurMi' vas deftinadas a combinar e comparar de vários modos os mefmos objectos, para das fuás difterentes ideas formarem hum painel único , c feguido de penfamento nnindo-as pelas relações de ídentidadey de Complemento de Nexo e de Ordem , que exprimem entre ellas, Taes são o Ferbo , a PTepoft^ão , e ^^flj.Dertas,

,

:

,

t

,

,

,

a ConjuTJcção. Elles

forma denação ,

,

e não outros

,

e

Conílrucção

de que fc , do Difcurfo per meio da fua Coorque he o objeélo da Syntaxe, a que

são os únicos materiaes

,

e levanta o edifício ,

vai dar principio o livro fegundo.

PARTE PRIMEIRA DA ETIMOLOGIA, E SYNTAXE. LIVRO DA Syntaxe,

on

%taxe

,

1

IL

Construcçaõ-

e Conftrucçao são coufas diíferentes. Syntaxe quer , e chama-fe aíhm efta parte da Grammatica •

dizer Coordenação

a fazer huma Oração das partes elementares do difcurfo , ordenando-as fegundo as relações , ou de Identidade , e Conveniência , ou de Determinação , e Dependência , em que as fuás ideas eíião humas para as outras, Conjirucção porem he a collocação , e ordem local das

que enfina

A

inefmas palavras auihorizada pelo uzo a qual com a mefma Syntaxe pode fer ou Direita , ou Invertida. Per exemplo*, neílas díias Orações Alexandre venceo a Dário , (Aleicandcr V'icit Darium) e A Dário venceo Alexandre (Darium vicit Alexander)as Conílrucções são contrarias; porem a Syntax-e hc a mefma. ,

,

,

:

,


*( Huma

133-)^

em

quanto tem por objeílo a ligação das enunciação são do foro da Gramniaiica. Mas para bem fe entender a Syotaxe e Conílrucção das partes da Oração ; be precizo faber primeiro qne couza he Oração e as varias cfpecies delia , que entião na compofiçãp ideas

e outra,

,

e a clareza

,

cia

,

,

,

do Dilcurfo,

CAPITULO Da

A

L

Oração em z^raJ»

oti Propofíção (pois tndo quer dizer o mefmo) he Or//cao qualquer jiiizo do entendimento expreílado com palavras. Ora jqiialquer difciirfo ou hum juinão fendo outra couza fenão todo elle não he ?:o ou hunij* ferie e encadeamento delles também fenão ou huma Oração , ou huma continuação de .Orações e aííim o que aqui fe diíícr da Oração em geral , fera applicavel a cada huma em particular. Toda Oração tem necelTariamente três termos iium, que exprime a pedba ou couza da qual fe enuncia alguma couza ouíro que exprime a couza quCf/e enuncia e o terceique exprime, c enuncia a coexiftencia, e identidade de huro ma couza e outra. primeiro termo chama-fe Suhjàto ^ o fegundo AltribulOf eo terceiro Verbo. Toda Oração pois he comporta de hum Suhjeito de hum /.t tributo ou com e de hum Verbo \ os quaes fe exprimem três palavras , conrefpondentes a cada hum Eu Jau amante (Egofum amansj; ou com duas. Sou amante (Sum amans) ; o^i fom huma fó , que contem em fi todas as três , como Amo ,

,

,

:

,

,

,

:

:

,

,

:

:

,

,

O

,

,

,

,

(Amo).

O

Subjeito he a idea , e termo principal da Propofição , ao qual todos os rn^is fe referem. Elle he fempre , ou hum nome Subflantivo , quer próprio fem artigo, Pedro he homem {Vc' Irus eíl iV//

homo)

(Homo

e(i

;

quer appellativo com elle O homem he mor^ ou qualquer parte da Oração fub,

mortalis)

flantivada; quer

feja

\

adje£\iv,o,

hum Verbo

O O

i> o r, e/Io,

e

O

(HoneCxum

u/l l

Saber he o principio de bem efcrever (Scribeodi recíe fapere eft principium ) ; quer huma Prepofição O pro et contra) ; quer hum e Q;7/rí/(lllud pro quandove Adverbio O como, e o quando não Je fahc (Quomodo Jatet ) ; quer emíim huma Conjuncção, Aquelk fenão ( íllud ^tque utile)

;

quer

,

,

y

,

vifí).

O Aítribu,to

ou hum Adjeí^ivo O homem he ou hum Appellativo, mas adje(5íiyado pela privação do artigo Pedro he homem (Petrus eít hoe o Verbo he fempre o Verbo Subíiintivo Ser (Elíc) Ví\o) ou

..

mortal

(Homo

fempre he

,

mortalis)

\

cíl

,

,

:

,


Sou amante (Siim amans) ou incorporado com o adje6lU ró vo na tnefma palavra como Amo (Amo). Se a Oração não tem mais que hum Subjeito , e hum Atcomo as que fc acabão de dizer, tributo, chzmn-Çc Simples porem fc tem mais de hum fubjeilo ou mais de hum attríbue attributos ao mcfmo tempo chato , ou muitos fubjeitos ,

,

,

t

,

,

ma- fe Compojia

\

como Eu

fomos amantes e ejiimadores et tu virtutis amatorcs juQique asftimado mereamento (Ego tores fumus) ; onde a Oração he compoíla de dous fubjeitos £u c Tu (Ego , et Tu) e de dous attributos Amantes c EJiimadores f Arnatores , juílique asílimatores) ; e contem em fi nada menos que quatro juizos conrcfpondentes aos feus qua? Tu es amante Eufou ef" tro termos , que são Eu fou amante meímo Verbo, pofto a vários fubúmador Tu es e/iimador. ferve de copula eommum a todos jeitos e attributos c como fe fe repetiíTc em cada bum. tanto vai ,

,

e tu

,

,

,

,

,

,

,

,

,

O

,

,

,

,

,

mefmos Subjeitor. e Attribíitos da Oração fimples , podem elles mefmos fer ccmpoftos e compleiflo he, modificados per varias acceíTorios, como são ou

Eíles

ou comporta xos

,

,

.

,

,

hum

Subíiantivo

com

Homem de />í«r// Probatae Homem honrado (Homo pror

fua prepofição

("

ou hum adje£livo , ; ou hum adverbio Portar-Je honradamente (Probc fe ge) rere ) ; ou huma Oração O homem^ tjue Je porta com honra (Homo, qui probc fe gerit). Eflas Orações quemodificão o Subjei* e Attributo da Propofição ou o completão , chamão-fe to ou AttriParciaes ; porque fazem parte do mefmo Subjeito buto da Propofição Total , ou principal , que he a que não fazi parte nem grammatical nem integrante dç outra. As Orações, ou Propofições Parciaes são de dous modos: oii Incidentes , ou Integrantes, As primeiras são as que modificãq qualquer dos termos da Propofição Total , ou cxplicando-o ou reítringindo-o. Per exemplo neíla Propofição Total: Os Saloios, çue são mais injíruidos gue o eommum dos homens , deverião tami bem excedel-os em virtude (Do£ti homincs, qui cetcris fapientií| a Parcial praeftant, iifdem virtute quoquc prxílare debcrent) vitas

homo)

bus

;

,

,

,

,

,

,

,

^ue

são mais inftruidos que

o

eommum

dos

homens

,

he

huma In-

c em eíh}utra, Ahonra^ cidente explicativa do fubjeito Sabias que vem da virtude^ he mais falida do que aquella.que vem do nafcimento (Nobilitas, quas virtute paratnr, multo efl: firmior quam vem da virquas a majoribusaccipitur) ; as duas Incidentes e ^ue vem do nafcimento ^ são reftri6livas ; a primeira da tude fignificação geral do appellativp Honra , fubjeito da Propofi:

^e

,

ção Total ; e a fcgunda da fignificaçâo indeterminada do demoílrativo Aquella , altributo da nicfma. Todos os adjeélivos Appoftos c todos os Complementos com prepofição , ou fem ella, que fe ajuntão , ou ao Subjei,


^(

135

)*

o» ao Attribnto da Propofição Total para os modificarem ; não fazem per fi Orações Incidentes porque não tem Verbo:

to

,

:

fc podem refolver ; pois são hnns verdadeiros juízos mentaes, que para fe converterem em Propofiçôes , não lhes falta feuão a exprefsão do Verbo. EUes modiíicão do mefmo modo , que as Propofiçues Incidentes , os

mas equivalem

a ellas

e per ellas

,

termos da Propofição Total

,

ou explicando-os

,

ou

rertringin-

do-os.

Affim neftas Orações hfíres

^

:

As

acções generofas

são os (jue fazem fidalgos [IWw^údi

e vão os pais //-

,

fa£la ilUiftres

homi-

nes,non genus faciunt); e Os h§mens de bejn reguião fuás acções pela e pela lei de quem são ( Probi homines vitara lei de Deos foam ad Divinas legis prasfcriptum et ad majorum fuorum e o exempla conformant) os adjeílivos Generofas Jlíujlres complemento qualificativo De hem tanto valem como As acfõest çue são generofas; Os Paes^ que são illuf}rcs\Q Os homens ^que ou bons. As Propofiçóes Incidentes e os são homens de bem adjeílivos modificativos dos termos da Propofição Total , co» nada nhecer-fe-há fe são explicativos ; quando tirados delia alterão fua verdade ; e fe são reftri6livos , quando tirados da mefma , o fentido fica dcftruido. A fegunda efpecic de Orações Parciacs são as Integrantes , aííim chamadas , porque não fó inteirão o fentido da propofição Total, mas também fua grammatica, completando a fignificação aâiva , ou relativa do attributo da mefma , que fcm iílo ficaria imcompleta e fuípenfa. attributo pois de huma fignificação ,

,

:

,

,

,

,

,

O

,

exprimido pelo adjectivo Verbo adjedivo , he quem determina tranfitiva

,

,

,

ou fó e

,

ou raettido no

demanda

eftas

orações

Integrantes

ou pelos Infinitos ImpeíToaes , quando e fubjeito do verbo determinante he o mefmo que o

Ellas fe enunciâo,

a peíToa

,

do infinito determinado, como ^uero amar-te ( Volo amare te) ; ou pela linguagem Indicativa com ^ue no Portuguez e Infinitiva no Latim , quando o Verbo determinante affirma com aflbveração como Creio que me amas (Credo me a te amari) ; ou pela Subjuncliva com ^le (ut) em huma e outra Lingua, quando o Verbo determinante affirma com receio como ^ue^ ro que me ames (Volo ut me ames). Onde as Orações Amarele (Amare te), ^ue me amas (Me a te amari) e ^ue me ames (Ut me ames) são integrantes, não só do fentido dos Verbos dcternrinantes Creio mas ainda de fua Volo) e ^uero (Credo Syntaxe pois são complementos neçeflarios de fuás fignifica* ,

,

,

,

,

,

,

;

:

ções. I3as Orações Totaes , e não das Parciaes he, que fe forma o Periodo que he hum yljuntamento de muitas Propofiçôes ^ fUf não fendo palies humas de autras , e/lão com tudo ligadas en^ ,


Irt ft

e âe tal

,

modo dependentes

,

que humas fuppoem

necejfariar

menie ns outras para o complemento do Jentído total, ou duas Propofiçccs Feriodo pode ter ou três ou quatro , chamadas então Membros, Palfandu deOc mmrcro, tcrn autcs o n(jme de Orarão Periódica do que o de Petiodo, Qualquer que feja o numero das Propoílçóes ; huma delias femprç e as mais são Subordinadas a ella. lie a Principal final pir dinario da Principal he fer enunciada per qualquer linguagem do Modo Indicatjvo quando feu Tentido fe não acha fuípeudido per alguma das Conjuncçôes da fcgunda claíTc. final daç Propofiçóts Subordinadas he ferem enunciadas per linguagens do Modo Subjimdíivo ou também Indicativo mas ligadas áç prinçipaes per conjuncçôes fvifpcnfivas do fentido, Humas e ojiiras não tem lugar fixo no período , como tem as Prop()f|ções Incidentes, e Integrantes qne de ordiná-

O

,

,

,

^

O

t

,

O

,

,

,

,

rio

fe

feguem immediatamente

No

ás partes,

que modificão

,

ou

Período ou a Principal vai primeiro e as Su^ bordinadas depois , ou eílas primeiro e aquella depois Qjíando as Subordinadas começãoo Periodo, fazem efperar pela Principal ; e quando o termiiião, fuppoem cila dantes. Tudo iílo fe verá melhor nos Períodos feguintes, couipletão.

,

,

,

Periodo de dous Membros,

Se eu quero parecer dijcreto ã pa

tecer

7..eloJo

ã

cuJia

d/js

catis

do próximo , fa%er, meus negócios e os de meos amigos aojom do \.

runi

e/ias couZ'iS

vem

,

ojicio

juftitias

,

fupplicurn

trato

comp melhor me fernão como a obrigação da o pede [Vci\\'à).

,

laudcm et t% clamoribus qiiaeftum mihi.meifque captem; ge* rv eqnidem ifta uti rçrum ipea-

peçcados

rèquerivienlo das partes

ex aliena infcitia ingenií ex aliorum pec--

Si

opinionem

cujia da ignorância de outrOy

l

,

iion ut officii

raiíp pof-?

tulat..

\

Eíle periodo tetp duas orações tota(?s , ,que são a Subordinada JV í'» ^^ítô i.^c e ^ Principal Trato ejias confas , t^ç. Mas alem dçftas tem ní> Portuguez finco propofições parciaes , ires Iuiegrante$ da acção do Vetbo ^ero^ que sãp a fdber Parecer zekfo laxer meot Parecer difcreto ia^c, , e fSc, fjegocios ,.(^c,j; e.duas Incidentes, reíiriótivas da fignificaçãq que são Como melhor mejcrvcm^ e Kão corno d'> V^erbo Tmto :

,

,

:

»

u obrigação do

officio o

,

pede*


.

Período de tres Membros

vmh

o são

tnnto menos je Jaiisjazem

de fi

Os doutos quanto etitenderulo o

para Jubtr.

tjue

i

ainda hã

['St\t^úix\)

Qiianto qnifqne iHnio

videat

\<z\\\r\ 1

aíihuc

eíl

miíins iple

llbí

dofllor

;

placet

;

quam muíla

peidifcenJa

fibi

fuperíint.

Propofiçoes Totaes. A l.^ Os dout^js quanto mais o pêlo cortiparativo cv>v\]v.í\t\\\o ^uí^ní^ principal Tanto menos fe Jatisfazem de fi \ €33,'' lubor-.

ELiletem são

multo

\ \

tre?

ÒV.

^

á 2.*

,

fiihordinada

dinadaá fecunda pela ideniidade do mefínu 'SubjeiiOtUfitendendo Porque entendem o o muito Í5c.i e vai tanto coir.a fe dilleiíe que ainda ha para faber. muito :

,

,

Período

de quatro Alembrcs

p]ê tanto menos ia

do que

o

o

e

,

Oração Periódica,

Q_nod ncl

que nos haf"

is eíl faiis

adeo

eíl

mimis eo, qno contenti fLimns; nt fi in vita opinionem fequa-

c.m que noSyConfen"

ínmoi que fe na vida feouirdes nunca jer eis rico \ fe O opinião (1 eonforniáf eis cou) a natureza :

,

,

nunca fôreis pobre. (LucenaJ,

ris

,

fis;

\\

minquam viiani

forií)ares,

dives

fiiturtis

ad naturam

panper

con-

nunquam

fu-

turus eiTeç.

Período todo he hnma Oração Periódica de finco ou Orações totaes iisarcadas pela pontuação. Ti, (íca hum período quadrado de rando-llye porem a primeira quatro membros em outras tantas í^ropofiçôes íimples qtie são 1.*^ Se na vida feguirdes a opiníam, 2.° Nunca Jer eis rico 3.° Se , ç Conformáreis com a naturea^a^ 4 Nunca fôreis pohre, Kl«a anaiyfe dodifcurfo e conheciíDento dtllinclo das ora* ções he de abfoiuta ne.ceíjidade para todt>.s os quo começão.dc conílruir e verter os claílicos. Porque, fabendo bem eOa pequena Lógica Grammatical do difcnrfo ; á viíla de qualquer período ou ponttí por mais exienfo e coir.plicado que patiles conhecerão logp com toda a faciluUde quantas sáo reça 8S orações , de que con,íía , e quais fiias efpecles , aílirn |>i^f prdem á compoíição de cada huma , como ao ajuntamento dç todas ellas no Permdo, Nenhimia Oração pode haver fcm verbo , e nenhum Verbo fem Oração. Ein qualquer período pois contando os Verbos , qu-; nelle fe contem p\\ do Modo Indicativo, ou do Subjunétivo , ou dp Infinito em qualquer das fuás, formas tantas-, jiem rrais , nem menos ferão as orações. E cbfervando depois os Modos a que fuás linguagens pertencem ; fe faberá a qua]idade das meímas per ordem â Syntaxe , e çoiilirucção áo PeEí^e

fiiembros

,

,

,

'^

,•

,

,

,

,

,

,

,

:

,

,

íiodo.


,

As do Indicativo de fua mefma natureza são abfolutaSrc independentes , e per confeguinte Principaes, menos quando fe fazem fubordinadas pelas conjimcções forpenfivas. As do Subjiinélivo fempre são Sobordinadas, nem podem deixar de o fer ; e as do Infinito Impelfual e Peífcal á excepção de quando fervem de Subjeito á Propofição feinpre são Regidas, ou de outro Verbo , ou de Prepolição. Os Pariicipios na Lin» gua Portugueza quafi fempre andáo juntos com os verbos Auxiliares a cujas orações pertencem. Se fe empregão feparadamente como no Latim fuzem então orações , já fubordijiadas áquella que imn)edia(amente lhes precede ou fe lhes fegue ; já incidentes fe ambas tem o n)efmo Subjeito e exprimem o modo da acção do Verbo principal. Conhecidas aífim as partes conftitutivas da Oração e os difFcrentes modos per que a podem compor: paíTemos ja á fua Syntaxe , que he ou de Concordância ou de Regência, ,

,

,

,

,

,

;

,

,

,

,

,

,

,

CAPITULO

IL

Syntaxe de Concordância,

V^

Oncordancía he a Conveniência das formas externas das pa» lavras com as correlações das ideas^ que as mejmas fignificao. Para haver Concordância

conformem

,

pre as principaes Propofição

,

e outras

T^is/fl/a

,

ha ,

niiíier

haver

ás quais fe

como o

partes

,

que

Subjeito na Propofição fimples

refpeito das parclaes na Propofição

xa

; e a Propofição Principal arefpeito texto do Período.

As

humas

fe

conformem. Eítas são fem-

di3s

;

a

Comple-

fubordinadas no con-

partes concordantes na Propofição Simples são o Ferho

quer feja enunciado per hum adjeélivo , quer , per hum fubílantivo appellativo. Os finaes defia concordância, tanto em Portuguez, como em Latim , são as Terminações Ge^ nericas nos Nomes , as PeJJoaes nos Verbos, e as Numeraes eno ambos ; e no Latim também as Cafuaes nos nomes. As partes concordantes nas Propofições Totaes são as propoe o Attribulo

fições Parciaes , quer sejâo Incidentes , quer Integrantes ; a os finaes defta concordância são os Demoflrativos Conjunâlivos , que travão cftas com aquellas , aííim pela relação que poeni entre humas , e outras ; como pela pofição immediata , que ,

tomão

eftas

Emfim

junto daquellas.

no Periodo são 2íS PropojiTotaes Subordinadas á principal ; e os finaes de fna concordância ião as Conjuncçoes , que moftrâo a fua ligação , o as partes concordantes

fões

conrefpondencia mutua, A concoidancia de todas

eílas partes

pode fer, ou Regular

;


.

quando fora

para a fazer

,

ou Irregular

;

,

não he precizo ftipplcmento algum de

,

quapdo

fc

faz precizo.

Artigo

I.

Syntaxt de Concordância Regular*

Concordância entre

§.

I.

os

Termos da Propofiçâs,

Regra

I.

Odo Attribnto da Propofição , fendo appellativo , cone não em género e cazo e numecorda na mefma relação como Pedro he efcravo[Vc\x\\^ ro com o Subjelto da mefma ,

,

eíl

mancipium

lioftr*ej;

cíTe

,

,

,

O

)

;

Tu/lia he nojjas

delidas (Tiillia

eft

delicias

macaco julga-fe que não he homem (Simia crcditur non

homo).

hum adjedivo concorda com o Sub* mefma relação c cazo mas também em ge nero e numero, como O juiz deve Jer inteiro (Judex dcbet efAs leis devem Jer jujl as [Ltg^s dcbent eíTejiiffc incorriiptus)

E

fendo o Attribnto

;

jeito não fó na

;

,

:

,

;

efpiriio (Corpus onde os adjedivos inteiro (incorruptus) jujias (juQoe) fubordinado (fubjedum) concordão com os Subjeitos das Orações, Juiz (Judex), Leis (Legçs), c Corpo (Corpus^ , não fó na mefma relação, e cazo ; mas também em género, e numero. Todos os Subjeitos deílas ora-

tae)

;

Cumpre que

o

corpo efteja fubordinado ao

animi império decet

efle

fubjedliim)

;

,

,

ções são fubfiantivos appcilativos.

Já fe forem nomes próprios, como Pedro he douto (Petrus doâus), Euftoquia he devota (Euílochium eíl religioía) ; os adje£tivos não concordão com clles ; mas com os appellativos que lhes competem, como fe diífcífemos: Pedro he homem douEujloquia hc mulher devota (Euíloto (Petrus eíl homo doítus) :

íft

,

çhium

mulier religiofa), que dilfemos dos appellativos , e adje£livos , quando são fe deve dizer dos mefmos , quando attributos da Propofição porque fazem com elles são appoflos aos nomes Subíiantivos humas propoficões virtuaes, e fcguem per confequencia a mefPedro efcravo (Petrus mancipium) iTia concordância , como eíl

O

,

:

:

^vllia

,

as noffas delicias (Tullia

,

delitiae noílrxj.


^ R

foa

140

f

G R A

E

^

)

II.

;.

Todo Verbo da Propofição concorda em numero com o Subjeito da mcfroa claro oii occulto qjier ,

e

pef-

fcja

no-

,

;

Deos he jujio (Deus eít jnílns) ; quer hum appellativo Os grJlQS são o princip'rj da nojja dói; (Gaudia principium nofiri funt doloris) ; quer hum pronome claro Eu temo (íigo vereor). Tu efperas (Tu Speras) EUes folgão (lili gaudent); quer occulto. AmOf Vive-Jif Chove y Neva (Amo, Vivitur, Pluit, Ninnie próprio

,

,

lí.

§.

Concordância das PropofíçÕes Parciaes com as Tolaes,

Regra.

I.

N,As

Propoíjçôes corapoflas de muitos Subjeitos ou Atírir butos continuados, os fcgundos concordáo com os primeiro? n^ TDefma relação de Subjeitos ou de Attribntos parciaes da mefr ,

,

ma

do mefmo Verbo e no Latim pela a ra-r identidade também do meímo cazo. Exemplo Ofenjo ratio, e o conjelho rezidem zão ou rezide nos anciãos (Mens onde o Verbo funt apcu efi) et confiiium in fenibus fnnt oração. pela identidade

,

,

;

j

,

,

:

,

applicado a cada Subjeito, faz dç cada hum delles outros tantos juizos parciaes deíía oração compofta ; e poriflb eílão todos concordes na mefma relação de nur minativo » aífim em Portuguez, comio em Latim. plicado

a

todos

,

ou

c/i

Regra As com as

II.

Propofiçoes Parciaes Incidentes ligão-fe , e concordão, Totaes per meio dos relatiuos conjun6iivos ^ucm ^ Qux Qiiody' ; que con^ $ ^ual y a ^Uíil f ^ue. Cujo {Qni quanr cordão com hum de feos termos em género e numero quando fe lhe fegue, do he antecedente ; e em cazo também fuás

^

,

,

,

,

como: Conciuio Pompco emfim qual guerra

guo

bello

guerra

ejia

iao

formidável

^

com ^

as nações fe achavao opprimidas(Be\U\m tantum, gentes premebantur , Pompeius confecit]^

/«//tfi

omnes

Da mefma

forte as

Propofiçócs

Integrantes Subjunclivas

concordão coin as Indicativas que as detcrrninão , quando os quane contingência Verbos dcftas affirmâo com hefitação c fegurança ; as Subjundivas do porem aífirm.ão com fçiencia fão então difcordantes ; c as que lhes convém, e conrefpondem fomente são as Propofições.ou Indicativas, ou Inhniíivas. A mefma difcordancia,*que há entre os Ml^dus.pode ha ver entre osTempos determinantes, e determinados, como hca explicado, e exemplificado Cap. IV. Art. 111. §. ii. ,

,

,

:


^i

)^

141 iir.

§.

Concordância das Propojícôes Subordinadas com a Principal ^ do Período,

Regra

A em

Refponfiva

Propofição

terrogativa na

differente peíToa.

Antonius) Pedro (Petri). ou fe repete

De lar

,

tempo

e

,

com

as

^jiem

A rasão ,

oii fe

,

he efe livro ? (Cujus cft liber) ? Na fraze refponfiva regu-

eftá clara.

entende o

mefmo Verbo

no mefnío

,

mefmas dependências.

Regra

II.

As Propofiçôes Totaes Subordinadas concordão com meio das Conjuncçócs correlativas

cipal per

In-

a

e na fua regência, ainda que es tu^ [Q}\\% es tn r) Sou Antónia

De quem

,

com

concorda

regular

mefma linguagem

(Sum

L

a Prin-

que não fó as mas moílrão ao

,

em hum mefmo período ou oração total mefmo lempo as correlações de humas com outras perturbadas as quaes, fe perturba lambem o fentido, como quem dilfef-

atão

:

,

;

fe

A

:

reputarão do homem não depende dos louvores que lhe dão ; depende, não acções louváveis , que faz : devendo dizer

mas das

:

dos louvores

,

mas

Í5fc,

em hiima femelhante difcordancia dizendo: da cruz foi a maior que padeceo^ nem podia padecer Chrijio a mãos da infidelidade e temeridade humana. Deveria dizer: ou podia padecer. Jacinto Freire Vida de D, João de Cnf.ro, Liv. II. N.° 2. -=: Reprendiao os primeiroSj que ajjentaraõ pazes com o Ejiado e aos que agora intentarão quebralas ; efies porque nao fahiâo guardar a féy nem aquelles conhecer a in^ nem juria. Deveria dizer ; Porque efes naõfabiaô guardar a fé Vieira cahio

(tí)

J

nffrottta

^

,

,

,

,

^

aquelles conhecer a injuria,

coluthos

,

Eítas difcordancias

chamão-fe Ana-

que quer dizer Inconfequencias,

ArtigoII. Concordância Irregular

,

reduzida á Regular pela Syllepre.

XJL

A' difcordancias apparentes rece difcordardo feu Subítantivo ro , ja em tudo 'ú\o ; ou o Verbo

,

(a)

la

Tom.

Langm

I.

Coíun. zig. V, Levizac

Francoije

,

em ja

cío

que

em

011

,

género

o adjedivo pa,

feu Subjeiío

^rí de Farler y

exKT, n. ca?. Xi a&t. íH,

et d'

^. I.

ja ,

em numeem nii-

ja

Ecrire

correclcment


^( Wi mero

,

em

ja

peíToa,

Procede

fe faz então de palavra

ma

idea análoga

,

com

ifto

de que

palavra

;

a Concordância ftão palavra com hu-

mas de

qual noíTo entendimento concebe.

Grammaticos o nome de

rão os

)•*»

Syllepfe

,

A

iílo

de-

que quer dizer Con»

cehimento,

do

Syllepfe

Género,

Q

Uando hum adjeííivo só , tem de concordar com muitos Subítantivosde difFerentes géneros: a impoííibilidade de concordarem género com todos ellcs e a neceílidade de concordar com algum obrigarão o uzo, ea razão a comprehender todos os Subftantivos em hum género fó, ou o mais nobre, que he o maf. culino , ou o mais próximo , qualquer que elle foííe , c dizer: e heras per ti honrados ; e Seus temores , e ejperan* Os louros ças erão vãs ; e Erão vãos feus temores , c efperanças. Os Latinos fazem a mefma Syllepfe, dizendo Pater mi» hl t et mater mortul (Meu pai , e minha mãi são mortos) ; D^cem ingenui , decemque virgines ad Id Jacrlficlum adhihitl (Dez moços nobres , e dez donzelas forão empregadas para efte facri,

,

:

ficio),

E ás aveíTas Legatos ,fortèfque expe£iandas (Qjie fe deviâo efperar os embaixadores, e a rcfpofta do oráculo). Tlbl omnium, :

quibus pnefis falutem , liberas famam , fortunajque charijji' mas ej]e (QiJe a vida, filhos, honra, e fazendas de todos , os que governas , te são mui charas). ,

,

Os mefmos Latinos , quando os fubftantivos de difFerentes géneros erão de coufas inanimadas ; concordavão o adjeclivo, ou com o ultimo, ou com todos, pondo-o no género neutro concordado com negotia: o que outrofim nós pradicamcs, juntando por fim aosfubítantivos algum dos nolTos colleclivos univerfaes neutros. Tudo , ou Nada , como: As riquezas a honra, e tudo nos ejià prefente (Divitix , decus , et gloria in a gloria ^

,

oculis fila funt).

mefma Syllepfe coftumamos nós em os tratamentos poSenhoria Mercê , de Magejiade , Alteza , Excellencia e coin concordar com elles opoíTelfivos que os precedem

Pela líticos

l^c

,

,

,

qua temos em mente, os adjectivos, que felhes feguem dizendo Foffa Magejiade f-ji fervido i^c, e do mefmo modo dizemos ; Huma fanfonina cego Huma pefjoa cha* as peíioas

,

,

:

,

,

mado^i^c,

H

IL°

Syllepfe dos

Números

,

e

das PeíToas.

A' Syllepfe nos Números, quando aos nomes, que no fmgubr ngnihcão multidão, fe dão Adjectivos, e Verbos no plural; e quando a nomes do plural fe ajuntão Verbos no fiugnlar. Qiiando o Subítantivo CoUeCtivo he pariitivo

,

e feguido de


gcnitivo no plural ; o genitivo exprime a totalidade dos inadjedivo pois , e o verbo e o colleítivo a pane. , devem hir ao plural ; porque a parte incluc-fe no todo , e dizer:

hum

O

divíduos

parte das inimigos for ao mortos , parte pofios em fuga, (Pars hoflium occifi, pars fugati). Odiando porem o Subílantivo Colledivo he geral, c nâo parcfte titivo e he feguido também de hum genitivo no plural :

,

genitivo indica então fó a efpecie , c qualidade dos indiviJuos, verbo pois , e o adjeílivo concordão incluídos no género. com o ColleSivo geral no fingidar , e não com o genitivo do

O

O

plural ; porque a efpecie vai incluída no género , como : exercito dos inimigos foi derrotado (Exercitus hoftium fufus eíl). Quando o Colle6livo geral eítá ou fó,ou com hum genitivo no

fmgular ; a concordância do adjectivo, e do verbo pode feguir, ou o numero grammatical do Colle£livo, ou o mental dos indiParte forão incarcerados , que com prebende , como viduos ou encarcerada-^ parte lançados ou lançada âs feras (Pars in carou obje£la). Ainda cerem a6li ou a£la ; pars feris objeíli com genitivo do plural diíTe Horácio Sat. II 3: Máxima fars ho-minum morbo jaSlutur eodenu (A maior parte dos homens he trabalhada do mefmo mal). AíTim como com os Colledivos geraes do fmgular fe p6e as vezes o adjeâivo , e o verbo no plural , em rasão da multidão tomados aííim com os fubftantivos do plural •que fignificão fc põem ás vezes o verbo no fmgular : o que coUeélivamente acontece fempre no Portuguez com o verbo Haver tomado impelToalmente na fignificação de Exijiir ,e com os verbos, que o íleterminão no infinito, como: Hâ homens; Haverá cem annos ; Pode haver alguns. Os Latinos dizem; Sunt homines\Centum fere Junt anni ; Erunt forte fjui , ^c. Da mcfma maneira, quando no Portuguez uzamos de Nós , ou Vós em lugar de Eu ou Tu \ os verbos concordão com elles no plural ; mas os adjeélivos vão ao fmgular pela Syllepfe. :

,

^

,

,

,

:

,

,

,

Antes fejamos breve do que prolixo. No Latim didiiíe remos quam longijimus, Breves potius Qíiando na Oração concorrem muitos Subjeitos de diífercntes peífoas do fmgular com hum verbo só;eíle póe-fe fempre no plural concordando com todos em Numero, e em PeíToa conr» o mais nobre ; qual he o da primeira peíToa a refpeito do da fcgunda e o da fegunda a refpeito do da terceira como ; Se tu, e TuUia vida nojja andais de faude ; eu, e o fuavijfuno Cicere

Barros

:

:

t

,

,

,

,

também.

(Si tu

,

et

Tullia

viílimus Cicero valemusj.

,

lux noftra

,

valetis

;

ego

,

et fua-


^ CAPÍTULO 5^

JU

f

)

IIÍ,

Syntaxe de Regência»

R

Eger quer dizer determinar e demandar algnma cõnzaé eni todas as Lingnas há muitis palavras , coja fignirtcação he traníiriva r. requerem hum objeíio ou termo que lha con)})lete para não íkar íufycnísí daqui veio dizer-fe que aíTim como a lãenti^hjde^ e C nveniencia entre as ideas hé o fundameijto da Syntaxe de concordância ; alHn a Oeterminaçãot c Dependência entre as mcTmas hé o fundamento da Syntaxe de Regência. Onde há Regência , ncceíTariamente há partes que regem , e partes qne são regidas. As partes Regentes propriatnente fahndo não são fenáo duas, a faber o Adjectivo de íignirtcação iranfitiva e a Prepofição. Porque no adjcclivo vai inclui* doo Veibo adje(5^ivo, e o Adverbio mefir.o de íignihcação tranfitlva pois que elles não tein eíU íignincação fenão do Atiri» buro , que levão cotn íigo. Depender de Deos Dependente de DeúS Dependentemente de Deos he tiido a mefma idea tranfiliva de dependência qnc fe reproduz debaixo de todas e(las formaSé A fignihcaçâo das palavras pode fer traníitiva de três modos; ou porque he aóiiva e demanda htm» objedio , fobre que ex,

E como

,

,

,

:

*

,

,

:

,

,

:

,

,

,

,

,

fua acção

ercite

,

como Amo

as riquezas

(Amo

divinas)

hum

ou

;

termo de fua relação como TJtil â Pátria (Utilis Patriae) ; oo a^iva e relativa ao mefmo tèítipo e então pede hum objedto para completar fua acção , c hum termo também para a fua relação , como Dei hum li" vro a Pedro (Dedi librum Petro) A Prepcíição também de fua natureza tem figníficaçâo relativa , e pede não fó hum termo Conjequente^ que complete fua porque he relativa

e requer

,

,

,

,

:

mas também hum Antecedente a quem ella mefma per ex ; complemento. Qijando não fó redigo a Deos (a Deo) ; a Prepofição Portiigucza a mas também hum antecedente que tem diante quer o nome de fignificação traníitiva a quem firva de complemento v. g. Rogo a Deos (Precora Deo ou Deum). Eíla regência Qomo relação

com

;

feu confeqnente firva de

,

,

;

,

,

,

,

hiima (\o antecedente e outra he fundada em duas relações do confcquente , chama-fe Correlativa, As parles Regidas í-ão todas as mais, que compõem a oração, e intrauíitiva, e qne de fua natureza tem fignificacão abfoluta ,

,

^

,

como os

são os

Nomes

mefmos Verbos

fer regida

,

fem

,

,

próprios

intr.infitivos

,

como

em fua forma

appellativos

inlmita, que

,

e

podo

fer regente.

Todas cQas panes foluta

aífifii

rcgidâs

e indeterminada,

,

huma fignificacão abncrn determinãu outras :

que tem

nem regem,


4^( 145 irias

podem

feíís

complementos

fer regidas ,

para

oii

)^

e determinadas pelas Prepoíiç6es

,

fe

bom

lhes reftringir a fignificação va-

ou para fe lhes explicar. Qiiando v. g. digo : Li» ga e geral ou Eu vivo (Vivo) ; nada determino mas a fi» vro (Liber) gnificação vaga do appellaiivo Livro pode ícr reftringida por hiima prepolição com íeu complemento, como Livro de Pedro e a do verbo intranfitivo l/ivo pode Ter explica(Liber Petri) do tempo , do modo j da por alguma circunílancia do lugar ècc. exprimida também pela prepolição com feu complemento, ,

.*

,

;

,

como

P^ivn

em defcanço

(V^ivo in oíio).

he fundada em huma relação só , do chama-fe Regência fimplefconfequente para o antecedente mente Relativa em contrapofição da Correlativa. Huma e outra pode fer , como a Concordância , ou Regular , ou Irre^ Eí\a regência

como

,

,

guiar.

Artigo Syntaxe de

A

!•

Regular,

Regência

quando as palavras regentes tem na complementos e oscomplemeni fem fer necelfario entenderem- fetos feus devidos antecedentes Jhes de fora. Eíles complementos moftrâo as relações em que huns objeélos eftão para outros. As Línguas Grega e Latina para tiioílrarem eflas diíFc* Regência he regular

Oração exprcílos

,

feus devidos

,

,

,

,

,

rentes relações dos objeòlos huns para pelas palavras

os

regidas refpeito ás regentes

ditFerentes terminações

que davão a

,

outros ;

,

hum niefmo nome

madas Cazos ou quando a palavra regida era pondo a junto da palavra regente como Genti ,

cavei

,

Ex

inde

,

,

cha-

indeclinável

,

ffiif^JJe

fignificadas

fervião-fe; ou das

jleSlere

^

,

Com^

excepção dos Pelfoaes primitivos, não temos Ca;tos. Mas nem porilío deixamos de exprimir as mefmas relações , que os Gregos c Latinos exprimião pelos feus Cazos ou fôs , fcin prepohção ou acompanhados delia. que éiles faziâo com huma fó palavra pelas Tuas Fospofiçoes , ou terminações , aecrefcentadas ao hm dos nomes , fazemos nós com duaâ palavras fim mas com mais facilidade e analogia pelas Pre» fofpes jimtas ao pritlcipio dos mefmos noriícs e âs vezes tncfmo incorporadas com eíles clidindo-lhes a vogal. Os fi-

Nos,

á

,

O

,

,

,

,

,

,

naes são differcntcs

,

mas

as relações fignihcadas

são

as

mcf<i

mas,

Eíbs relações são muitas , e mui variadas : porem todas fé reduzirão a féis g^eraes , conrefpondentes aos fei& Cazos Lati» nos, a fabei ; »

K


Ôii as partes da oração sâo principaes , ou acccíTorias. As principaes, a que todas as mais fe reportáo, fazem o Suòjeitoúã oração ; que, fe he da terceira peíToa, de quem Je fala, ou da pri-

meira que fala y chama -fe NominatíVo\ fe da fegunda , com quem jefaUiy chãtnz'fe Foeaíívs. Eíles mcffnos nomes empregare*inos na Gramraatica Portugneza ; porque no Latim mefm.o , o primeiro não he cazo e o ftgundo de ordinariohe o mcfmo que o Nominativo e tem entáo o mefmo final, que em Poi^ tugusz. Kftas duas relações dos nomes são Direâlas, Qííanto ás Indireãas c Obliquas : ou a parte regida eftá em xasão de ObjeSio para a parte regente , c lhe darem.os o nome de Complemento Ohjeâfivo que conrefpondc ao Accufativo Latino : GU cm rasáo de Termo e lhe chamaremos Complemento Terminatlvot que conrcfponde em parte ao Dativo Latino. Ambos ,

,

,

,

,

completão afignificação tranfitlva das partes regentes. outros dons que não completão ; mas mudáo a fignificaçáo vaga eabfoluta de outra palavra ou reflringindo-a oud efenvolvendo-a, c explicando a. Ao primeiro dou o nome de Complemento Reflrifíivo que conrefpondc ao Genitivo Latino e ao fegundo o de Complemento Circunjiancial, que conrcfponde ao cazo Ablativo dos Latinos. eftes

,

,

,

,

;

Os

primeiros dous, Objeâlivo, e TerminativOf sâo regidos das eíies dous últimos, Rejlriãivo , e Circunfian' ciai não são regidos, nem determinados pelas palavras a que fervem de complementos mas ellcs são os q?:e propriamente como as regem epe|erminão inBuindona fua ugnificação

partes regentes

:

,

y

:

,

íe vai a ver

,

,

em

cada

hum

Complementos

deftes

,

e

fuás

Sya-

tâxes. §.

Do

I.

Nominativo»

Regra geral.

o

Nominativo he o Subjeito , de que o Verbo da Oração diz alguma cowza e como nío pode haver oração fem Verbo também fiãopode haver Verbo Finito fem Nominativo, «^w Nominativoy>;;2 :

,

Verbo. Efle

Nominativo tem huma terminação própria no Latim

como vimos

,

que o dá a conhecer na oração : no Portuguez não a tem ; mas da-fc a conhecer pela fua Poji^ ou qualquer outro determinativo. Porfão , e pelo /artigo ou o Subítantivo que he fempre que na ordem direita da ían Artigo, Peoração precede ao Verbo, quer fcja próprio dro he homem (Pernis cft homo] quer fcja appclbtivo , com elle, O homem he mortal (Homo efe moitalis); ou qualí^uer parnas declinaçces

,

,

,

,

,

;


te

oração

(3a

ma

letra

,

OA

,

fubflantivada pelo he huma vogal (A

mefmò Artigo eft

1

adverbio, O porque não fe fabe (Cur latet) O teujaber nadn vai (Scire tuum nihil eft) inteira

como O

,

;

qilèr feja hii-

itera vocalis) ;

qiier

;

quer

quer hum hum verbo, huma oração ;

ter aprendido as artes liberaes civiliza os cofiU"

mes (IngeiíuaS didiciílc artes cmollit mores). §.

Do

lí.

Vúcatibe,

Regrageral,

T

Odo VoCativo he fewpre o S>\.\b]t\\.ú de huih Verlo na fun fegunda peíToa do ftngidar ou do pJuraí^com o qual verbo faz ora^

fão,

O

Latino? tinhão três fihaes para o dar a conhecer na oração a terminação própria ; em falta deita a Interjeição Vocativa, e em falta defta a fua pofição entre duas paufas. Nós fó temos eftes dous últimos finacs. Como o Vocativo he defíinado para chamar e excitar a atienção da peOba com quem fe fala ; quando não tem verbo , fempre fe lhe entendem os Imperativos Ouve , Aíiendei me (Audi como: O Meliheo , hum Deosfoi, quem nos Attendite) deo cjla paz [O Melíboee Deus nobis hsec otia fecit), ifto he, O Melibeo , oúvè-me (O Meliboee audi).

que èrão

,

,

»

,

,

,

,

Do

C<?mpUmenlo Objeãivo

,

ou

Accufativô.

Regra geral.

T

Oda paUvrn

ou oração , que he o chjeêf^o , fohr? que fe , Verbo aSlivOi he hum Complemento objedlivo, ^ue a Lingua Portv.gueza exprime pondo o nome immcdiatament^ depois do Verbo com a Prcprfição A , fe el/e he de pefjoa e fcm eU hl , fe he de couza \ e a Lingua Latina pondo- o em accufaiexercita a acfão do

,

tivo.

obj<j6^ivo he huma oração ; a Lingua Latina n ço/lumuo pêr immediotanicute junío dò Verbo aâlivo^ ligando huma orarão com outra íto Portuguez pela conjuncfdo Que, no Laiim pelo relativo Qiiod cií hf.nito quandd a oração inie^rnnle he Indicativa e pelas conjuncçces Ut, Ne, An, qnandõ he Subjuntiva, Exemploà complemento objetSlivo, e acciifuivo do verbo a<^)ivo não he outra cc.uza fenãi) a rerpofta dada á pergunta O que ? v.g. quando digo Eu amo (Ego amo) , fe me pergun-

Efe

o

Complemento

portugueza

,

e a

,

,

t

:

O

K

a

,


O

eu refponilo « Deos (Deum) , ou as riquezas fdícom a U\:\. propoíição a e riquezas fem ella e os accnfativos Latinos /)^;vA//, c dívitias são os complementos objeòlivos da acção do verbo Amo, Qiiando efte complemento cae fobre os peíToaes primitivos , on Pronomes ; como elles tem cazos na Lingna Portngueza ; poem-fe e(les, á Latina fem prepofição com os Verbos que tem só lignificação a6liva e não relativa como Eu te amo , *Tu me amas , Elle Je ama Eu amo-o , Tu os amas , &c. e Ao ta

(]Ue

vitias)

;

?

e

Deos

,

,

,

,

,

,

,

mermo modo em Latim Ego te amo Tu me Ego eum diligo lu eos diligis &c. fefe ,

:

,

diligis

,

llle

amat

,

,

A rasâo de huns complementos objeítivos levarení no Portuguez prepoíição, e outros não he, porque muitos veibos a6livos tem

huma

também

relativa, e pedeni per confequcncia,

íignificação aftiva

,

a qual

he ao mefmo tempo não fó hum objeâo

para a fua acção, mas alem diíío hum termo para a fua relação ; e como aquelle ordinariamente he de ccufas; as palavras, que exprimem eftas vão fem a prepofição A ficando eíla refervada para exprimir o termo da relação , como Dei hum livro a Pe» dro ( Dedi librum Petro ) que porifío com efles mefmos ,

:

Verbos os Pronomes, que erão accufativos para

tirar

todo o equivoco,

como Da-me

fe

,

fazem dativos (Da mihi

livro

o

librum). Outra efpecie de complementos objedivos do verbo aciivo são as orações parciaes integrantes da fua acção. Se ao pronunciar o verbo ^uero me perguntão O que P e refpondo ^te me ames (Ut me ames) ; cila oração não he mcno<^ hum complemento objectivo por fer oração , do que o feria fe nos ferviífemos do fubftantivo , dizendo ^ero o teu amor (Volo amorem ,

,

,

:

tuum). A Lingua Portugneza exprime fimplicifiimamcnte eíla cafta jde complementos objedlivos com os pôr immediatamente depois do verbo activo e ligal-os a ellc pela conjuncção ^«<? t feguida da linguagem ou Subjunctiva. Os ou Indicativa ,

,

,

porem tinhão a

uzos. Se os Verbos activos regentes pcrtencião ao Entendimento, e affirmavão com aíTeveração como são os verbos de "Julgar , Dizer Contar ^c, uzavão algumas vezes do ^uod , como nós uzamos do !^4e para iiidicar que a oração que fe feguia , era hum complemento objeólivo do verbo activo regente , como Sei que ninguém te efe revê (Scio quod nemo tfbi feri bit , mas as mais iftohe^ Sc\o Jjoe., quod íy^ , nemo tibi fcribit) das vezes iigavãp a oração regida com a regente per meio do infiniro , pondo o Subjeito deite e todos os adjectivos , que lhe pcrtencião , cm accufativo dizendo Scio neminem tibi Jcri' ^Latinos

efte reípeito differentes

,

,

,

,

:

,

:

ler4.


,

^{

149

^^

Se porem os Verbos activos regentes pertenclão mais

com

á Fon»

hum

objecto contingente , como são os de ^terer y Pedir , Acontecer í^c\ ou o fubjeilo do verbo regido era o mefmo que o do verbo regente , e então o regido punha- fc no Infinito , e tudo o que pertencia aa fubjeito noracfmo cazo delle, como Dezejo Jer clcme/ile {Cu— pio eííb clcmens , 5M me elfe dementem) ; Ca/ão nnteí queria Jer hom do que pareceUo (Catoelíe, qiiam videri bónus matade

e afFirmavão

,

incerteza fobre

^

,

lebat).

Sc os fubjeitos erão diverfos/ a fegunda oração, complcojenda primeira hia ao Subjunctivo , ligada ou pelo ^uod racional cm lugar de /)í?r^tt^ , ou de que ^ como Miror quod Lafor quod , Graiulor quod l^c, ou mais ordinariamente pelo XJt como Exhorto-íe Pefo-te MamJo-te que me ames (Hortone Peto ou Jubeo nt me ames) ; Tenío que me aborreças (Vcreor ut non , ou ne tibi fim ódio) ; Temo que me não ames (Timeo ne non me ames) ; ou emfim pelo an com os verbos de duvidar, como: Duvido que me ames (Dubito an me ames,í« amesto

,

,

:

,

,

nie

,

,

,

,

necnej. §.

Do

IV.

Complemento Terminatho

,

e

Dativa^

Regra geral.

T,

Oda palavra , ou oração , que ferve de Termo p\siar a fignificaçBo relativa das palavras regentes , he

para

cornai

hum com-

plemento Terwinaiivo,

Toda

a fignificação tranfitiva das palavras,

va, he relativa.

Mas como

que não he a£ti-

eílas fignificaçôes relativas

são diííe-

que são os finaes únicos dos complementos Terminativos na Lingua Portuguesa, e também na Latina á excepção do Dativo, A fignificação de humas requer hum termo Donds alguma ccuza, ou vem, como l^^enko de Hefpanhu ( Ab Hifpania venio); ou provem Najcer da terra JL terra nafci) ou começa Prin^ cipiei defde os primeiros annos (A prim.is uíque annis coepi) ; ou hc cauzada Vencido peíos inimigos jí^encido pef a dar (Ab hoftibus, dolore victus) &c. A fignificação de outras requer hum termo de comparação, como Comparada comigo Competindo comigo (Mecum comparaCongreíTus mecum) tus Trocar ouro por prata (Aurum pro argento commutare) Conjurar^ Je contra a pátria {Conirà patriam conjurare) , Mais feliz de que eu [Vv^ me beatos), &c. A fignificação de outras emfim requer hum termo paraCV/2c/^, OU alguém vai , Vou para Lisboa (Eo in Olifiponem) ; ou tende. rentes

;

affim o são tambein as Prepofições

,

,

;

,

,

,

,

,


,

d gJorla (Ad gloriam tendo) ; 011 a quem fe attribue Ser uíil ã pátria (Prodeííe reipublicsej ; 011 a que fe refere a acção, Offereço-Ie eJieprezeníelHoc úb\ niunus offeru) , e allim Jfpivo

infinitos outros.

Para atlribue

Termo , a que alguma couza fe deftinarão os Latinos privativamente o feq

ultima relação de

eílí»

ou refere

,

,

cazo adverbial , chamado Dativot que nós exprimimos ordinariamente pela prepoíição A junta ao nome, quando a fignificação da palavra regente a demanda e pela prepoíição PARA , a nâo pede , como Ju para elle es pai per na^ e eu peidas conjelhos (Natura tu illi pater es iitreza confiliis ego). Pois não há nome , nem, verbo algum a quem elle não ainda que o não peção: porem há adjectivos pofla caber c verbos que per fua mefma fjgnificação o requerem, como são, ,

quando a mcfma ,

,

,

,

,

,

Todos

os que fignificáo Prí;'W/o , Damno^ Obediência ^ Proximidade , Aptidão Jíppli cação , £5V. coma nâo prejudicar a ninguém (ProdeíTe omnibus , Ser util a todos nocere neminij ; Próprio aoju^o , ou para o jugo ( Apíus jngo, cu ad jugum) jipplicar-fe às letras (Literis ftudere, ou Incumbcre ad li terás). 2.° Todos os Verbos que íignificão preferencia e levar como Anteeo , Anteceílo , Antecedo , Prcejlo l^c^ vantagem l.°

Bejijienciã

,

,

,

,

,

,

,

A

como diviíiis

virtude excede às riquezas (Pracftat

exceli it vir tus

,

).

Todos os verbos activos, que alem da fua fignifjcaçãoacíir' tem também a relativa, como são os de Dar Negar T/-

3.°

va,

,

rar

Ajuntar

t

complementos,

tlous

ção

^

hum

&c. os

q.uaes

objectivo

,

,

tem ordinariamente

conrefpondente á fua ac-

e outro terminativo, conrefpondente á fua relação

,

Dar

Prometer

,

louvor a

merecimento (Virtuti laudem tribuerej,

o

direito a qiiem o tem (Jus

fuum

,

como

Tirar

9

alicui eripcre).

Como

na Lingua Portugueza os cazos peiToaes me , nos , Je valem tanto como a mim^ a noSy a ti , a vos , a ft \ quando elles fcajuntãoaos verbos meramente x^.flivos, fam fcmpre complementos objectivos dos mesmos;quando porem fe ajiintão aos verbos Activo-relativos, são femprccomplemcntosterminatlvos Dar-fe louvo' como Faze me ijia (Hoc mihi prierta) res (Laudem fibi fumere) , Fazer-lhe beneficio (Beneficium ei te

vos

,

,

,

,

conferrc).

Nem

nomes fervem de complementos Terminativos mas também orações intei-

só os

£s palavras defii^nificação relativa ras

,

ligadas

vo Ut

,

como

;

oa. pelo adverbio conjwnctipalavra regente Da operam ut valeas (Cuida em ter faude) ; ou pe-

á

,

em lugar de Datiyo como Apta regi (Própria a ou pelos Pariicipios en) dus , como Aptus cO" governada) Undis agriSf ou ad coUndos agros (Propno a cultivar os çaniposj lo Infinito fer

,

,

;


f

ou //; adem deram refiàendaftt (Dinheiro deftÍMado a refazer o templo) ; ou emtim pelos Supinos em Utn, como Lega/os ad Cóefareui mitluntt roga* tum auxiíiLím (Mandão embaxadores a Ccfar, a pedir foccorro^ A Lingua Porrugueza com feus infinitos ImpctJoaes e Peilbaes ,

Pf curtia

eTfV fficr^ reficieriíhc

,

regidos das prepofiçôes tem

,

ionftituta

como

os

Gregos

toda a facilU

,

dade para fazer de orações inteiras complementos terminativos de qualquer V-^erbo , ou Nonie , como íe vê nas traducções do$ exemplos ali ma. §.

Do

V.

Complemento Rejlriãivo

,

ou Genlilva»

Regra Geral.

Q

U(!lq.uer palavra , ou oração com a prepoftção immedialatíw^íc depões de qualquer nome oppellattvo

hum Complemento

DE

,

pojía

he Jempre Reftriâivo da fuajígnljicaçíw geral, que os La-^ ,

pelo feo Genitivo nos nomes , e pelos feo s GerúnVerbos; e quando o appelhii^o não ejlà exprejjo , Jempre fe lhe entende : como Creador d\j mundo ( Creator mundi ) , Ape-

exprimem

tinos

dios

nw

nino de excellenie g&nio

(

e Saber he o Puer optimre indolis ) bem ( Scribendi refle fapere eíl ,

principio e a fonte de efcrever

principium et fons ). Os Gramsnaticos chamão a eíte complemento Cazo de pof^ e muitas vezes o he como O fenhor às efe r avo ( Dofefsâo minus fervi ) ; porém as mais das vezes não , como quando dia;o O efcravo do fenhor ( Servus domini ) , Temor de Deos (Timor Dei ), Fazo de ouro ( Vas auri , ou ex auro , ou au,

reum

,

e outros infinitos.

,

)

Em

cazos porem feinpre o Complemento Refo Genitivo rellringem e detcrminão a fignificação vaga do appellativo , de forte que muitas vezes fazem o mefmo que os adjectivos reíhiélivos appoftos como Cabeça de hoTnem (Caput hominis),que he o mefmo que Cabeça humana [Hum:i'' mim CãUut),Ve/lido de mulher^ o mefmo que Ve/iido mulheril ( Vef-^ tis muliebris ) Homem de prudência , o mefmo que Homerri prudente { Homo prudens ), todos os

tri£livo

,

e

,

,

Meo a

fempre

,

quando fe faz com o? Pronomes PeíToexprime pelos Peífoaes dirivados, ou poiíedivos

Complemento

Efte aes

fe

,

Teo Seo , No[[o , Fc/fo Prepofição de dizendo : De ,

De vós n-efsm

,

e

,

mim

não pelos Primitivos ,

De

ti

,

De

cojii

De nós i DeOderium

fi

*

como: Saudades minhas Saudades tuas ( tuum ) ifto he que eu te-iho que tu tt-ns, Qi^ando dizemos Saudados de mim Saudades de íi são as que ouUem tem dç mim , e de ti ; e entio efte Complemento já nâo ,

,

^

,

,

,

,

,


,

hc ReRrictivo , mas Terminativo. Pões as mefmas Prepoíiç6ô$ que tomão Q fervem para formar diflerentes complementos nome da diíFcrente fignifieaçáo das palavras regentes que com,

,

pletão.

Dizem de

hum

Grammaticos que o Genitivo

os

Os

Subítantivo.

como

fem.pre he regido

Subílantivos, â excepção dos que <ãa

Irmão &ic, nuncz iQm figniPai poderem reger: que poriílV) são elles fcmpre os regidos pelos Verbos e pelas Prepofiçóes. O Conipie-r ruento Reítrictivo pões ou Genstivo, appo(to ao Subílantivo correlativos,

Filho

^

^

ficação tranfiiiva para

,

appcUalivo iiando-lha

,

,

he

quem

infiue na fua fignificaçáo geral,

e liráitando-lha

,

§.

Do

Complemento

e per coiiíequencia

determi-

quem q

reje.

IV.

Circutijlancial

t

e Ablutivo»

Regra Geral.

T

Oda a palavra ou ojunta a qualquer verbo , ,

JígnijicaçãQ

para

,

he

a explicar

pelo AccuJatíVf)

ornção regida de prepojlçao , que fie adjeéJivo fem fer pedida pela Jua

/;«

hum Complementa qual

Circuuflnncinl

CoJitplemento

;

o

,

ou pelo Ablativo

regidos

,

,

que fe lhe

Latinos exprimem

c/S,

de

hum a

,

dd ou

prepoftçao

,

pra^a ouvi hâ pouco de Davo (In foro , ou apud forurn modo de Davo audivi ). Elles Complementos Circimítanciaes são de dons inodos. Huns pertencem ao Verbo Subflantivo que faz a baze de todo Verbo adjectivo : e outros ao attributo ou adjectivo próprio a cada verbo. Todos os, que são relativos ao Lugar, ao Tempo, e aos gráos de Affirmação pertencem ao primeiro. Porque todos dizem refpeito á exiíiencia, qií perfitieníe ou fuccçííiva do objecto em hum ou diíFerentes lugares e tempos e ao modo de a enimciqr ; o que he fó próprio e privativo do Verbo SubRantivo. e não lia idea atíributiva que o V^crbo Adjectivo lhe accrefcenta. 'Taes são o Lugur onde algimi^ couzn exiíle ; a. Tempo Lugar , ç Tempo, \^\nde alguma couza fe move ; efpsço de Lugar , e Tempo, per onde alguma couza pada ; e o Lugar c para onde Temp'^ ou até onde íe dirije. Todos os mais Compleínentos Circunílanciaes relativos á Matei ia Cauza e Modo com que alguma couza fe faz , pertencem ao Attributo do mefmo Verbo adjectivo ; pões que todos são modihcações da acção do Verbo , ou da qualidade , que elle exprime. Todos eítes Gompleiíieptos Circuníhqciaçs , penenceme^ clara

ou.

,

jubentendida^^

con-ío

;

iV'//

,

,

,

,

,

,

,

,

,

O

O

,

,

,

,

,

,


,

adjectivo , podem fer também pedidos pela in:is fim ;e nefte cazo não são CircuníLmciacs Terminativos. São porem CirciiníUnciaes qnancio não são peCOTJO o nãii são nunca os que pertencem ao Verbo, didos

to Verbo

como

,

fiia fii^^nilicação

,

,

,

çnmo

Siibltantivo.

Nenhum Complemento

Circunílancial pois

he regido ; porque ner^hiim he pedido. Elles são propriamen» te os que regem, e que determinão a fignificação intranfiiiva e ^bloluia da palavra a que os ajuntamos para a deíenvolvcreni , e explicarem. ,

Exemplos Dos Complementos Circunfianàaes

pertencentes ao

,

Verbo SubjianíivQ*

xjL Circunftanciadf>Lw^/7r,7>;/í^5, e Couza, Ondeou em qtie edá, nota-fe cm Portugoez com o nome e a prepolição En.\ e no Latim com o Abiativo da Prepoíição In , ou claou node províncias reinos &c. ra , fe for lugar grande me appellativo anno Vive em França Vive na cidade {yx^^ V^ivit in urbe ) ; ou com a prepoíição occulta \\x in Gallia nos lugares pequenos, e com o appellativo Rus^ ris^ como Vive Pariem Cnrthngo em Paris no campo ( Vivit Carthagitie riiri ou rure ). NeJ^e anno e mormente nos di/is pujjados ilis me occupci todo ncjle negocio ( Hoc anno prasferiimque fupeI ^

fe

,

,

,

,

^

,

,

,

,

,

,

,

,

lioribus diebiis

totus fui in hoc negoiio ).

,

2.° A Circunílancia do Lugar do Tempo e do Principia D'onde alguma couza vem , indiça-fe em Portuguez com o nome precedido da preponção Portugueza De c em Latim com regido de alguma das prepoílções o mefrno nome cm ablaiivo como ou Â\ Ab , ou £ , Ex \ qtier expreíías Latinas /> do meo qttarlo { Reverfiis CK agro , c Tendo vindo do cc^ippo cubículo ), Volto de Itália ^ de Sicilin ( Redeo ex Itália, ex Desde a primeirq idade ( A primo astatis tempore ) Sicília ) De feos bens dá de modo que fe não arreda do que ke jujh ( De qtiér -fe fubentendão fuis bonis ita dat , iit pb jure non abeat ) ^s prepofiçóes ; o que fucceds mais vezes com os nomes de Aldeãs &c. e com como Cidades Villas ]ugares pequenos os appellativos como Vem de Roma do cam^ , de c aza ( Ve,

,

^

,

,

,

,

,

,

,

:

,

,

,

,

nit

,

Roma rure domo ). A Circimflancia do Lugar Tempo, exprime-fe em Portuguez pela paíTa ,

»

3.°

fe

prelfa

^

,

,

e

no Latim também com

fem prepofíçâo ifanfivi

)

,

clara

,

como

,

ou

Onde

prepoíição Pçr cxaccu/ativo, ou com o abiativo

Pafjei per Coimara

três annos

(

(

Conimbr'ca

per Hifpaniam) , Vixit per três annos , ou

frz jornada per Efponha (Feci

Viveo per ires annos

e Meios, Per

itcr


4^f ^54-)^ ou tribus annis annos imprudentiani facere ).

três

,

A

4.*^

A

Onde

Pura

,

com

OU claras

TJ/quct

fe vai ,

em

Obrar per inadvertência (Per

;

cmfim do Lugar

Circiiníiancia

de , ou Para pofições

)

Em

/ifé

,

,

nomes de

os

Tempo

,

Aon^

c Fim,

y

em Portiiguez pelas em Latim com Ad

explica-íe

,

e

,

preIn

,

regiões e províncias, e appel-

como Partir para o Brafil (Ad BraPaJ]ar em Africa (In Africam tranfmitterc) ; Ir à cidade ( Ire in lubem) ou occiíltas con^ os nomes próvillas prios de cidades lugares c com o appellativo Kus , r/V, também em accufativo, como Ir a Lisboa (Ire Olifiponem); Partir para Roma { Romam profecifci) ; Ir a campo ( Ire rus) ; Viver até cem annos , Viver para hum dia^ ( Vivere ad cenie* fmium annum , Vivcre in diem ; Dinheiro para reparar o tem" pio { Pecunia in o^dem facram reficiendam ). As Orações CArcunftanciaes de tempo , feitas pelos ablativoy dos Pariicipios e subordinadas ás principacs , também pertencem ao Verbo Subftantivo , como L/V/« tua carta ^ chegou António ; e efiando elle ouvindo ^ lhe narrei o feito ( Lectis tuis l3tivos,tud()

accuzativo,

filiuru proíecifci);

:

,

,

,

,

literis

,

venit Antonius

Os Grammaticos

,

ntio atidiente

,

rem

narravi

).

nome

de Abfjlu'fos. Porem não o sáo, nem quanto ao feniido, porque he fcmpre" fubordinado á propofição immediata antecedente , ou feguinte ; íiem quantx) á Grammatica porque são regidos de prepoíiçáo occulta , como Ab ieélis tuis literis ( Depois de lida tua carta chegou António), fub quo audiente ( e no tempo em que derão a eíles ablativos o

,

«He eftava ouvindo ), Eíles mefmos Pariicipios em qualquer outro cazo fem fer ablaíivo fazem as mefmas Orações circunílanciacs quando são appoftos aos nomes e pronomes , como Pompeius difcedens , adhortatus eft milites e Invnjduni urbem vino Jomnoque fcpultam que he o mefmo que Disce^ ,

,

,

,

,

dente Pompeio

,

e Urbe vino Jomnoque sepulta.

Exemplos Dos Complementos

Circunfianciaes

,

pertencentes ao

Verbo Adje6íivo,

E

Complementos são tirados das circunílancias da Ma-* Cauzn que acompanhão a acção e attribu* e Modo to do Verbo Adjeé^ivo e fe fazem per meio de varias Prepoaílim em o Portuguêz como no Latim. iições i.° A Matéria, de que fe trata, ou de que alguma couza confta, exprime- fe em Portuguêz com a prepofiçâo De, eem Latim A ^ pcU) Abblivo feguido de alguma das prepofições De Ex , expreflks ou occuhas como: Lugar abundante de pãa

teria

Stcs ,

,

,

,

,

,

,

,

,

,


ou frumento copiofns ) f^tvcr de lucn Ruivo do cabsUo (Crine ruber ). A Maicria , com que alguma coiifafe compara , exprimefe em Portuguez com a prepoílção De feguida do Artigo , e no Latim ou c<ím ^uam^ e o noc do Coujundivo ^ue me no meírno cazo que o antecedente, ou com a Piepoiíção Pra e ablativo. Ex. A prata vai menos d'o que , ou que o ouro , Vilius argentum eft auro, e o ouro menos d'o qi;e as virtudes Vilius argentum eji (juam nu» virlutibus aurum). Podia- fe dizer ou pra virtiitihus. rum ou prc8 auro aurum quam virtLktes A Matéria em que fe excede ou de que fe louva on vitupera, exprime-fe em Portuguez pela prepoíição /\7.';ecm Lutim pelo ablativo regido da prepoiíçãu /«, clara ou occulta como Nem elle em armas foi melhor que nn tcga ( Nec vero iii Cefar excedeo a todos em armis prseílaiitior, quam in toga fuit ) graça e bons ditos ( Sale et facetiis Caefar vicit omnes ). Em fmi a Matéria por que fe vende ou troca alguma COUZ3, explica-fc em Portuguez pela prepoHção /^ír, derivada da Latina Pro^áà qual também fe fervem os Latinos para o mef\x\o fim com o nome em ablativo , já exprimindo-a , como Dar per cada alqueire de trigo três dinheiros (Dare pro fir.gulis tricomo Vendeo a tici modiis ternos denarios ) já occu!iJudo-a

(Lociis a frumento,

(

De

lucro vivere

,

,

)

,

;

\

r

,

,

,

,

,

,

,

;

,

,

,

,

;

Vendidit hic auro patriam j. 2.° A Cauza ou Principio donde nafce ou .procede alexprime-fe em Poriuguêz pelas prepofições guma couza De , Per e no L^tim pelos ablativos regidos das Prepofições Ji Ab E Pr.^f claras ou occultas , como Padece d' a cabeça (Laboral capite) De triftcz.a não pode falar ( Pro;; moeMorro de melancolia ( Moerore ou prae rore loqui nequit ) inoerore ccnficior ). Todos os agentes das orações da voz paffiva exprimem-fe em Portuguez pela Prcpoíiçáo Per , ou De ^ Ab claras, € em Latim pelos ablativos com as Prepofições A como Os Romanos forão vencidos peVos ou d' os Portugueses as viais das vezes { Romani a Lufitatus plerunque foperati funt ). Com os Participios paííivos ás vezes em lugar de ablativo onde bum e outro capiHihão os Latinos Dativo á Grega 7,0 he o mefmo, Nulla iuarum audita mihi aut vija Jororum , e Refpublica pnsflaníibus viris gubernanda. 3.° Emfim o Modo e o In/lrumento , com que alguma couza fe faz exprime-fe em Portuguez com as prepoíições A f Com e Per ; c esn Latim com o ablativo regido da pre* pofição Cumy ou clara , ou as mais das vezes occulta, como ignique vafiare ) ; Expiar a e fogo Ferro Mctter a ferro PeTo seo grão a culpa com a morte ( Culpam morte luerc ) ^ahr e incrivd prejleza conchiio a paz marítima ( Pacem malitimam fumnia viitute , atque incredibili celeritatc confcçit. pátria poVo ouro

(

,

,

,

,

t

,

f

;

,

;

,

,

>

,

,

,

(

,

;

,


A

T

R

Regência Irregular

P Elo X

que temos dito

inteira, deve ter

hum

fe

G

I

o

II.

reduzida ã Regular peVa , EUipíe. ve que qualquer oração

Suhjeito, huni rerbo

c

,

hum

,

para fer

jJrtrihuto

,

ou feparado , ou incluído no mefmo verbo e que qualquer dos três termos da oração tendo fignificação tranfitiva deve ter hum Complemento que lha termine ; e todo o Complemen:

,

,

,

hum

Antecedente

quem

cumpiete. oração qualquer deftas parha Ellípje tes ido he Falta a qual he huma figura pela qual fe cala alguma palavra ou palavras neccelfarlas para a integridade Grammatical da fraze mas não para a fua intelligencia. Digo: não neccjjarias para a fua infelligencla porque toda a Ellipfe que não he viciofa anda fempre jutua com os fupplcmentos que, ou a Rasão ou o U.zo íubmi* miniftrâo ao entendimento de quem ouve , ou lê, para completar o fentido. E daqui vem duas fortes de BlUpfcs ; hurnas , que tem por fundamento a Rasão^ e outras o Vzo, Tem a Rasãõ por fundauícnto todas as EllipfeSy que fe fup» prem com alguma palavra já empregada na mefma oração , ou pcriodo., e que fe não repete por cauza de brevidade , e por fer fácil de entender. Taes são i.° Qiiando nas orações comportas de. muitos fubjeitos , ou de muitos atlributos fe põe hum verbo só para todos , como O defvergonham ou no principio ou no fim da oração o atrevimento o temor mento venceo o pudor e a loucura a ra-* são ( Vicit pudorem libido , limorem audácia , rationem ato

Todas

a

,

as vezes pois

,

,

que

talta á ^

,

,

,

,

;

:

,

,

,

,

:

,

,

,

,

,

,

mentia

).

1° Todas

as vezes que fe repete o Artigo fem fubftantiVo ; fe lhe entende fempre o que lhe precede, como: O caminho da verdade he o único e fimples ^ e o da falfidade he vario , e feguintes ao primeiro, querem infinitQ\ onde os dous Artigos fe lhes entenda o mcfmo fubftantivo Caminho, Mas até o adjee femelhan^ ctivo da oração antecedente fe lhe entende neítas tes locuções como Antes quero fer fahio , que pareceVo (Ma-, lim eífe, quam videri fapiens). Os Latinos, como carecem de Artigo carecem igualmente deíia elegância. 3.° Nas Propofições complexas íle muitas incidentes conti^ nuadas, o mefmo fubjeito ou attributo da primeira fe fobentende a todos os Relativos Conjuntivos das feguintes: o que não íiit ,

,

,

,

,

c^ÁQ,

quando

as incidentes são fubordi nadas

Ex,

A

ingratidão, c^ut preverte

cega

o

entendimento f que conrompe a vontade

o

,

humas

ás outras,

juizp, que perturba a rafão, ,

impede

o

quq

caminho do


:

Ceo, Ncílas, e fcmelhantes EUipfes a Rasâo mefma, e a aiialodas orações moftra logo a palavra, que fe deve entender «

gia

fem c

precizo repeti Ta

íer

commus

;

e poriflb ellas

fam mui ordinárias

»

a todas as línguas.

que só são au6lorizadas pcl o Uzo parNaqnellas porem não há o mefmo recurfo. He forçode cada huma para fazer a fraze ,{o fupprir de fora as palavras, que faitão que poriOb eflas EUipjes não sáo as mefinteira e corrente mas em todas as línguas , e cada qual tem as fuás. As macomo na Latina is ordinárias tanto na língua Portugueza , ,

ticular

,

,

:

,

são

A

i,"

todo Adjeftivo, que fe acha fó na oração , fe enhnni Subílaníivo. Aílim , quando dizemos : Os Os Chrijíãos , Os Infiéis , Os Sábios , fe lhes enten-

tende fempre

Mortaes

,

de Homens» Os Latinos entendião o feo fubílantivo commum NegO" tium (Couza] a todos os adjectivos na terminação neutra, quando o não tinhão próprio como Nada hã, nem tnais próprio para cada hum conjervar o que tem^ do que fazer- fe amar ; nada mais contrario ^ào que fazer "je temer, (Rerum autem omnium, nec aptius cftquidquam ad opes tuendas, quam diligi ; nec alienius, ,

quam

tiuieri)

,

onde a aptius quidquam

,

a alienius

e

Supplc

tjegotium*

A

2.° todo Artigo, que não tem appellativo diante de fi fe lhe entende ou o próximo antecedente ou hum de fora. Afíim quando fe diz : Brazil y Suppl. O pai% do Brazil ; ,

,

,

O

O

Portugal Supl. O Reino de Portugal O Douro O Tejo t Supl. O Rio \ O Camões Supl. O Poeta ^c» E a todo apellativo, que fendo Subjeito da oração , eftá nella fem Artigo fe Jhe entende eíte ou o Determinativo Alguns: como GetUe amhiciofa nem Jonhar que outrem vai pode JQJfrer (Paiva, *S'í'r.v?, Part. i.pag. 27 ij Supl. A gente ambiciofa. Homens hd Supl. Alguns, 3.° A todo appellativo oji adjectivo 011 complemento qualificativo , appoíio ao Subjeito, ou Attributoda oração fc entende fempre o relativo ^ue (Qiii Qiias Quod) com o verbo Suhííantivo equivalendo a huma Propofição Incidente, como Lisboa, corte dos Reis, he huma das cidades de cornmercio viais celebres da Europa Supl. que he (Oliíipo , urbs Regia, et emporium Europaí celeberrimum) Supl. quce eft\ Cicero.o mais eloquente dos Romanos, Supl. que foi (Cicero , Romanorum eloy

'^

y

^

,

,

,

y

,

,

,

,

,

,

,

quentiííimus), Síipl. qui fuit, 4.° A todo Relativo , que eflá só na oração fem antecedente ; ou pareça meramente conjunólivo ; ou faça parte de huma fraze adverbial ; ou fcja interrogativo ; fe entende fempre feu

antecedente,

como

Creio

(\\íq

fabes

,

Duvido lu^/aibas

,

Supl.


qut he/aòes , iffc. Duvido diílo , que he fatias ^ Depois que íepartijie , Des (\ue paríijie , l^ijío que jião hê kc. Supl. Depois , 011 Defde o momento, tm que par-* P'^[fivel ttjie , yijio iflo polo (^ue não he fojjivel íifr. Creio \({oy

iSc,

,

,

Da mefma

em

maneira

todas

trazes

eftas

interrogativas

:

Quanto cujia ejle livro} (Qiianti eft liber ) Como vão as couzcis P (Qiiomocio res proceduntr) yfoW^ vas lui [Q^o vadis?}. Porque} ( Qiiare ?) guando íornarús tu ? (Qiiando redibis ?') r

,

"^e Je feguc peras tu

(Q^iid

?

Em

&c.

(Q^iid feqnitur

?

cxpedus

rj

<

)

^lerti he

^4al

dos

r

(Qiiis eft

dous

r

(

?)

^ue

,

ef-

Vter duoiiim

?)

digo , fe entende fempre a fraze in^perativa Dizeme o preço por quanto , O modo como , O lugar aonde , rasão por que , O tempo quando , Jquillo, que/e Jegue , A pcjfoa todas

,

A

quem he

Aquelle dos dous, o qual, Úfc, todo Nominativo , ou Accufativo (nâo fendo de prepofição) que eftá na oração fem verbo , fe entende hum de fora como Antes poucas letras com boa confciencin , que muitas fem íe^ mor de Deos , Supl. haja ; Bons dias SupL te dê Deos ; e em Latim : Sed vos , qui tandem ? Supl. (ftis (Qijem íois vos?) Fortuna fortes f Siip). adjuva t (A fortuna favorece os fortes), £go illud fedulo negare faãum , Supl. capi (De propofito come,

A

.5.°

,

de negar o facto)

cei

;

Facile omnes perferre

ac pati

,

Supl.

(Coíiumava tolerar e foíFrer a todos de boa vontade) Ert hominem Supl. vides (Eifaqui o homem) ; Me miferum Supl* Guai\ falo de mim, Jentio ( Guai de mim!), ifto he 6'°A todoVerbo de modo finito, que fe acha na oração só ferti nominativo fe deve entender hum, Aííim entendemos nós faNos Fos, em todas cilmente os pronomes peífoaes Eu , Tu as formas Verbaesda priuieira, e fegunda peífoa de ambos os e bem aíIim nas ter^ números quando os náo tem exprcílos Oeiras do plural dos verbos, que dizem rerpeiío a todos os homens como Dizem, Contão (Aiunt, Ferunt) , Sufíl. homi^

folehat

;

,

,

,

,

,

,

;

,

,

tjes.

É

nas do fingular

também dos

fu{)prindo>fe-]hes o nominativo

como

,

verbos, chamados impeífones, tirado da fua mefma fignihca-

Luditur) (Vivitíir Supl. vita , Relampndcja , (Pluit , Tonat , Fulgurat) Supl. natura. Nos impcííoaes Peza-me Praz-me i &c, (Poeniíer me, Libet Cumpre Opvrs Releva , Importa Oportet, &c.) de ordinário ferve de nominativo a oração cft do Iníiuito ou Subjunclivo,que fe lhes fegue;e quando em Latim fedágenitivo SíMiferet, Pc^nilet, Pudeí^ Figct,Tcrdet, coir.o Adi--

çao

,

iujus

Five-fe

Chove

:

,

,

^í^^^í^-^V

Trcvêa

,

,

,

^

,

,

t

,

,

Jeret me hominis , (Compadeço-me do homem) ; i cenitet me peceati , (Peza-me de ler peccado) ; Fui te n^n pudetl (Não te envergonhas de ti O Hi^jusficti me piget (Arrependo- fr?e do que fiz)

,

Tad€t me harum ineptiarum (Enfaítio-me

de fcmelhantcs


ridicularias

entendem fe-lhes os fubílantivos derivados dos como Miferia , Posniíentia Pudor , Pigritia,

;

)

iTícrmos verbos

,

,

Taílluvi* 6."

A

todo Verbo activo , e a qualquer outra palavra de fieftando fó e abfointa na oração » fe deve entender hum complemento, que feja ou o objecto de fua acção, ou e a toda a linguagem fubjunctiva fe o termo de fua relação gnifícação relaiiva

,

:

deve entender outra indicativa

tem

,

que a determine

quando a não

,

exprelía.

Aííim quando dizemos O Turco arma ^\\^\, gente ; Ef^ ej}à fempre lenda meditando ou efe revendo , (Hic commentancío , fcribendove ufqne iníentus efl) Sulegendo :

te

,

homem

,

,

,

meditando couzas , efcrevendo papeis : Os ignorância prejudicial ^ (Literarum iludia Sapl. ao homem : Acharás mais profunt, iguorantia nocet) levemente quem peça do que quem de (Facilius raperias qui pofcat quam qui largiatur) , Supl. Accidit , ut facilius reperias /jtfw/iiem , qui tta fit comparatus , ut pofcat benefcium quam homi-' nem i qui talis fít , ut largiatur beneficium\ Praza a Deos que te </;í'í7w/«/í' ^<f;« (Utinam profperumiter faciasj, Supl. Opto ut t pl.

lendo

livros

,

ejiudos Jão úteis, a

,

,

ou Utinam

,

&c.

A toda

Prepofição /í fe deve entender hum antecedente de fignificação relativa, quando o nao tem claro. AiTim neftasex* preílôes Ad fmiA' direita y A' efquerda (Ad dexteram ftram) Sup], virado (verfus) ; Ao Deos defconhecido (Ignoto J)eo), Supl. dedicado ( facrum } ; A Deos , Supl. pe^o te guarde tSc» Alguns Verbos há em Latim, a que fe coíluma ajuntar dous dativos hum da peífoa c outro da coufa, como são Sum, Do, jDucu , P^erto ; mas o dativo da coufa he hum abiativo Grego , regido da propofição Pro ou In occulta , como [d etiam Rei" publica eji ornamento, [ Iflo também he de ornamento ao Eftado}., Tibi id laudi ducis (Tens^íe ifto a, nu em luuvorj, Supl. pro ornamento pro laude ou in laude. 9.° A todo accufativo que não he regido de verbo ací:i« vo, nem he fubjeito de huma oraçã«j no Infinito ; fe deve entender hiirna Prepofição. Pelo que quando aos verbos de £«Rogar Encobrir ^ejilr fe dão dous accuJlnar , /advertir fativos , hum da peíloa adverte roga &c., a quem fe enfina c outro da coufa , que fe enfina, adverte, roga 5cC. cite he fempre regido da prepofição Secundum , ou Lirca. Ex. Doceo te literas { Inftruo-te nas letras ) , Hoc te moneo ( Advirto-te diílo ) Rogo te hanc rem ( Peço-te ifto ) Supl. Circa literas , Secundum hoc, Secundam hanc rem. E huma prova evidente difto he , que os racfmos accuzativos fe mudão muitas vezes para ablativos com a propo8.°

:

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

,

:

,

,


^f

i6o

)4^

í/ção Dff como ou de Grnmmniica i D^ceo te Grammahcam JWonen íe hanc rem ou ãe hnc re\ que porilTo fazendo-fe eííaá Orações pela palliva ; rrnida-fe o accufativo da peííoa para riomiriativo ntas o da coiifa fica em feo fer como Doceris o me Grammniicom &c. Da merma furte o Supino Latino em um neílas e fenielhantes exprtTsces Amatum ire Amatum iri. Grátis fervi t um matribus ire Imitam perdiium ire Réus damna^ tum iri videhcitur ; he regido da propoíição /^// como, Ad attiatum ire &:c» Ad d.^i.-nnaturn iri, iíto he duci^ i^c. IO. A toda prepoítçáo De com leo complemento , fendo íefiriòiivo como. taínbem a lodo u Genitivo latinf) fe deve entender hum appellativo quando o não tem claro. oti Horu fe emendem neílas Afíim os appcllativos Tempo cxprcf^óes: De dia De noute De. madrugada de Par caufa neítas Chorou de gojio Fugto de medo Folgo de %)êr Gfjjio de ouvir , Fazer alguma coufa de propofito De ma vjntnde , de Tenção (;!i Rejolnçào I^e ordem De mandado do Juiz : em todas as linguagens compoílas do verbo Haver ou Ter , c dos Infinitos com a prepofição De como Hei , ou Tenha de fúzer de Carta neftas Efcrever de pezames FJcever de parabéns partitivo Alguns^ Algumas^ neftas D'elle5 , D'eU :

,

,

,

;

:

,

,

:

,

^

,

,

,

,

,

,

,

,

:

,

:

,

O

,

,

,

O

,

:

^

:

O :

,

,

O

&c.

las.

Nertas exprefsões Ai i ou hífeliz de mim ! Pobre d'elle ! que fe deve entender antes da há huma cllipfe do verbo Falo prepofição De pondo o final de exclamação logo depões da que faz as fuás vezes com.o Ai ! interjeição ou da palavra Falo de mim: Infelis ! Falo de mim : Poòre ! Falo d'elle &c. Da mefma forte no Latim, quando fe pÕe Genitivo depoes e dos que fignificão Cuidado cios adjeílivos verbaes Affeifão Anxiedade Tem^jr Ahundan-' Ignorância Sciencia Dezejo ou Pobreza como Paíiens iaboris Soifredor do trabacia Ávido da lho Tenax ira Tenaz da ira Avidus novitatis novidades: Ccnfcius fceleris- ^ Complice do crime: Timidus pro^ Sciente de cell(€ Temerofo da tcfnpeítade Peritas iVIuJica Expets conjílii. Carecido de confelho &c. entende-feJVÍufica Ihe fempre o ablativo commum Caufa , ou Ergo, Também aos verbos de Accufnr Anjolver Condemnar fe coftuma pôr Geniti\o da coiifa, entendendo-fe-lhe hum appellaSupl. de crimine: Condeninare tivo , como: Accujare fnrii eapUisy Supl. pQsna, Da mefma forte aos Geíiitivos de preça ^anti Magni Paryi kc, que fe coíbimão pôr Tarai Ejlimar^ íe Comprar Avaliar depois dos verbos de fender :

,

,

,

:

,

,

,

,

,

,

,

:

'

,

,

:

,'

,

,

,

:

,

,

:

,

,

:

,

,

^

,

,

,

,

,

,

como Pro re tanti pretii &c. entende o fubílantivo geral na iign ih cação daí Refert Aos Verbos Sum , Inicreji Importar fe dão também Gcnitivos da peíloa , Pertencer a quem pertence ,ou importa , como Tanta molis erat Roma* :

,

,

,

,


ftam conâere gentem ( De tanto pezo era fundar o Império Romano), Interefi Ciceronis (He do intereire de Cicero), Mogni

Referi ( Importa muito) &c. Mas cftes genitivos não çâo dos Verbos. EDes reftringem a fignificação dos appcllativos Res , que fe lhes entendem como Tantcr molis Negotiumy Caufâ res eral ; Interefi caufâ , ou ad negoiium Cicercnis ; Refert ad r«rn magra pretii. porque os poíleflivos Meus , Tuus , Suus^ Eíla he a rasâo Nofier l^ejier vão ao ablativo , concordando com o appellacomo Importa a mim a ti a elle a nós , tivo Caufâ occulto a v5s ( Intereji , ou Refert meâ , tuâ , fuâ , nojirâ , vejhâ ) , :

,

,

,

,

,

,

,

^

fupl. caufâ,

O

mefmo

fe

deve dizer dos Genitivos de coufa

que

,

Ta d et

dão aos ímpeíloaes Miferet, Posnitety Piget, Pudet,

fe

como Miferet me tui^ Pcenitet me faóii^ fupl. Miferia tui Pceni^ tentia faíii : e dos Genitivos do lugar Onde dos nomes próprios de Cidades . Villas ou Aldeãs da primeira e fegunda decliSum Roma Sum Corinthi fupl. in urhe in nação , como ippido ; e dos dos appellativos Domus Húmus , Bellum , Mili" Sum domi mece fupl.//7 ceàe\ Humi jaceó , fupl. in tia , como ,

,

,

,

,

:

,

,

,

^

:

loco tiis

Domi

,

ou militi^ magna gerere (fazer proezas na paz e na guerra. )

;

,

bellique

,

,

fupl,

in nego»

,

Todas cíías fyntaxes ellipticas são irregulares. Porém os fup* plementos, que a Rasâo , ou o Uso promptamente fubminiftrão, fazem com que levemente fe reduzão ás niefmas regras geraes da Regência regular , que propuzemos no Artigo antecedente.

CAPITULO Da

IV.

Conftrucçâo da Oração Portugueza

,

Latina,

e

V>' Onflrucção he a coUocação das palavras dentro da Orsção fem mudar fua fyntaxe, EUa he de dous modos ou Direita ,

,

ou Invertida.

A

Direita hc aquella da fua fyntaxe

ma ordem

,

,

em que as palavras feguem a mcfreferindo-fe cada huma fncceííiva-

niente áqnella, que lhe precede im mediatamente , de forte que o feniido nunca fica fufpenfo ; antes fe vai percebendo á meou lendo. dida que fe vai ouvindo A Invertida pelo contrario he aquella , em que fe muda a ordem da Syntaxe , e as palavras , e orações, ou regidas ou ,

vão priíneiro que as que as regem fubordinadas ou fuborde forte que o fentido fica fufpenfo. dinão Hum General ^ue fe Exemplo da Conftrucção Direita ,

,

,

:

,

contem aji mefmo y mal pode csnter o exercito, ( Is Imperator , qui non continet feipfum , uon poteíl contincre exernão

citum

).

L


Exemplo da Coníírucçãò invertida A4al pede conter o exef^ hum General que a Ji fe não contem ( Non poteft ex:

€Íto

,

crcitiiin

continere Imperator

is

qui feipfum

,

non coniinct j

Pro Leg, Man.

Cie.

A Da

Q

R T

I

G o

I.

Conjimcção Direita*

he íimples, e coníla fó de hum Sub-r c de hum Attributo ; efta mefma he foa ordem direita; Deos he jujio ( Deus eít juítus ). Nas orações imperativas porem , e nas interrogativas de todas as pef» foas , o fubjeito vai depois do verbo. Ama tu , Amai vós , Queres tu f ^tereis vós ^ Quererão elles P Quando porem a mefma oração he compofia de vários Subjeitos, ou Atiributos continuados ; naquelles, àt\Q.{Q guardar a ordem de fua dignidade ou precedência , quando a há ; e neftes a de fua gradação, quando crefcem em fignificaçâo , e força.

Uando

jeit(j

a oração

hum Verbo

de

,

Segundo

eíla regra

como em Latim

:

,

deveremos dizer taiito em Portiigues , Tu Elle ; O Rei e o povo ; O pai e ,

Eu

,

,

,

^

marido e a mulher ; O filho e a filha ; Cidades , villas e lugares ; Ceo , Terra ; Sol , e Lua ; Najcente , e Poente; Dia , e noute ; e não ás aveífas. E quanto aos verbos e attributos , devemos feguir a ordem lie fua gradação afcendente quando affirmamos , dizenpor ex. Eu fempre te protegi do fempre te beneficiei Jeniprt te doei e muitas vezes te jalvei também a vida [ Ego tibi femper favi femper benefeci , femper donavi , fsepe ctiam vi-

a mãi

O

;

,

^

,

,

,

^

,

,

,

tam

rcftitui j.

E pelo contrario feguir a ordem de fua gradação defcendente , quando negamos como no mefmo exemplo Tu nunca we jalv fie a vida , nunca me dejie nada , nunca me beneficia/nunca me protegejle, (Tu mihi nunquam vitam reílituifti , te :

,

,

nunquam

donalli,

nunquam

benefecifti

,

nunquam

faviíii).

EHa

mefaia ordem de gradação ou afcendente , ou defcendente fe deve outrofim feguir nos epithetos ou appoílos , e em todas as orações incidentes de ^«^ pertencentes ao me fmo antece,

,

dente.

Os

termos da Oração

quer compoíla » fcr modifio\i per cados com vários acceííorios que fe lhes ajuntem ou pelas conjuncçôes como são Adjeãivcs , Ad'appoHção e Orrjcôes parve^bi^js , SiibftantiviS regidos de prepoficam cines quer Incidentes quer Integrantes, Qj^jalquer deitas moque fe acrefcente a hutn cios três tenpos da Prodificações pofição j a faz Complexa , e roais ou menos complicada , que três

o Subjeito

,

digo

,

o Verbo

,

,

quer íimples

e o Áttributo

,

,

podem

,

,

:

,

,

,

,

,

y


l

;

mais faz inifler fabcr a ordctrí , que guardar fe deve na conflrucção deites acceíTorios , para a oração ficar poriíTo tanfo

clara

,

c corrente.

ou Attributo he modificado per hum he Determinativo deve precedel-o , *Iodo homem (Omnis homo) ; fe ReQridivo , deve feguil-o , O homem honrado (Homo probus) ; e fe he Explicativo, pode* fe pôr antes ou depois e dizer; A virtude verdadeira, ou A ver^ dadeira virtude ( Virtus vera «« Vera virtus). Quando o appofto he hum Complemento Reftriftivo , fem Artigo ; he obrigado a hir fempre diante do appellativo , como Homem de fortuna e não De fortuna homem. Qiiando e no veríb efporem leva Artigo pode hir diante ou atras peciahticnte , como: Oí revezes da fortuna , ou Da fortuna os como não tem Artigos colloca corevezes, A língua Latina mo lhe praz. Mas no primeiro cafo ufa mais dos adjectivos Reftri£livos, e no fegundo dos Genitivos, dizendo: Vefiitus mue Vefiitus mulieris paliehris para fignificar Vejlldo de mulher ra fignificar o veftido de certa mulher , qual noífo Artigo

Quando o

Subjeito

adjedlivo appofto

;

,

fe efte

,

:

,

,

,

,

,

O

indica,

veflido d' a

mulher,

Qiiando o adjc£livo appoflo he modificado per hum Adverbio ; fe efte hc de quantidade , deve preceder , Mais douto ou fcguirfe de qualidade,- pode preceder { Magis do6lus ) fe , e dizer : Juflamente criticado , ou Criticado jujiamente (Mérito reprehenfus , cu Reprehenfus mérito ). A.os Verbos aétivos coftuma a lingua Portugueza ajuntar primeiramente o feo com.plemento objeòlivo , fobre que cae fua acção quando elle he de eoufa , Dei hum livro ( Dedi librum ) em fcgnndo lugar o Complemento Terminativo, fe o verbo o pede Dei hum livro a Pedro (Dedi librum Petro) e muitas vezes o fim da mcfma acção com hum Complemento Circunftancial , Dei hum livro a Pedro f>ara ejludar (Dedi librum Petro, ut literis operam daret), Q^uando porem o Complemento Objectivo he de pelfoa , como então leva coinfif^o a e dizer prcpofição A ; pode-fc antepor ao verbo A Deos ,

;

,

:

,

,

amo de

Deum diligo mefmo o Termo

todo meo coração

totó peírore

(

:

).

e o Fim da acção do Mas o Obje6to e eítes trazerem apoz de íl verbo podem fer outros verbos e modificaçójs que outro trem dos mefmos complemenios são dados ao verbo principal. Para ordenar ePces complemenpertencentes ao mefmo verbo quando são mais de tos todos que fc podem dar são Ucs i as duas Regras mais gerais ,

,

,

,

,

,

,

:

,

I.^ ,,

Nunca pôr

plemeníos

,

R

E G R A.

depois do Verbo mais de dous até três Cora»

e fe ha mais

,

poTos JL a

d'antc:s.


f

II. a

)^

í64

R

E G R A^

Ordenar eíles mefmos Complementos , pertencentes aio ,, que o mais curto vá immediato ,, mermo Verbo de modo „ á palavra, aquém ferve de eomplcmento c hir feguindo de maneira que o mais com,, nos mais efta mefma regra ; ,, prido fique para o fim. ,, Defta forte os que ficão em ultimo lugar achar-fe-hão o menos longe que poífivel hc da que modificão palavra c fua relação per coufequencia não ficará tanto a perder de viíla que fe não comprehenda ao inefmo tempo. O que tudo fe pode ver nefte exemplo fó vertido em Linguagem. de Cicero Principiada a guerra , O Cejar , e feita jà também em gran^ ,

,

,

,

;

,

,

àe farte

me

,

de penjado e vontade própria

ohrigaffe

me fui mctter

,

armas contra

ti.

(

no

Sufcepto bello

magna nulla vi coaéíus ad ea arma profedus fum , quas parte

,

, ,

A

Conjhucfão

ninguém a iffo que tinha tomado as

Jern que ,

Casfar

,

confilio

erant

Artigo Da

,

partido

gefto

ac

contra

jam etiam ex

voluntate te

fumpta

mea j.

II.

Invertida,

Conílrucção Invertida- he a oppofta á Direita, Efta reou nominativo antes do verbo , e diz; quer o Subjeito A fama de D. Duarte de Menezes era clara naquelle tempo : aquella depois , dizendo Era clara naquelle tempo a fama de D. Duarte de Menezes. A Direita põe o Adjedivo depois de feo Subftantivo. A navegação tam árdua os estimulou fua ambição a Invertida dantes , A tam árdua navegação &:c. A Direita põe depois do Verbo feos complementos , objc* 61ÍV0 e termi nativo , e diria : Perdiâo por falta dos merecimentos alheos o que fe lhes devia pelos feos ; e Daô commifsões prigozas ,

:

:

a que confervao merecimentos e fidelidade inculpável : diz ; O que fe lhes devia por feos merecimentos , perdiâo por falti dos alheos e Àquelles , a que confervão mere^ amentos , e fidelidade inculpável^ dão commifsões perigozas. Direita póe os Complementos depois de feos antecedentes , como: Os naturaes fabulào da antiguidade de fua fundação :=z: To" ca acadir pola honra a tam honrados Turcos z=. Todas as injufíiças € todos os juales nafcem de perverier^fe a ordem das couzaszizi Em» pregão na exaltação dos validos feas penfamcntos que fó fe deviâa occupar em acções ghriofas. àquelles

A

,

Invertida

:

A

,

A frazes iuiaes

Invertida pelo contrario e diz

=

,

A

Da

muda

a

ordem

deitas

mefmas

antiguidade de fva fundação fihulão os na^ tam honradas T-'ércos toca acodir pola honra ziz

:


:

De

perverta' fe a ordem

das couzas nafcevi todas as injujilças e que Je dcviào occupar em ac» , fões gloriofas , empregão-nos na exaltação dos validos, Todas eflas e outras femelhantes Inversões fe fazem ne« ceílarias , jâ para approximar ao obje6í:o as idcas , que lhe são relativas ; jâ para evitar ambiguidades ; jâ para contraílar ideas , e penfamentos , huns com outros ; jâ para ajuntar e coordenar em huma oração total muitas parciacs , e em hum pcriodo muitas totaes ; já para variar a forma do difcurío c evitar a monotonia das conftrucçóes ; jâ para prefentar á vifta , onde mais convém , as ideas importantes ; jâ em fim para dar ao difcurfo mais fuavidade , e harmonia. Portanto , fe as Inversões fe fazem tam neceííarias , como cftes fete fins , para que fe procurão ; não podem ellas deixar de fer tam Natiiraes , como as Conftrucções Direitas. E certo, humas e outras fe conformão igualmente com o feo prototypo natural ,'qiie he o painel do penfamento. Nefte não há fuctodos os males zzi: Seos pen[amentos

,

cefsão nas ideas relativas

,

ligação fim:

Ora

as ideas ficão igual-

na Conílrucçáo Invertida , como na Direita. Quer eu diga Tam árdua empreza quer Empreza tam árdua-, o adjeí^ivo tanto liga porto ames , como depões. As Inversões que não são naturaes são as que perturbâo como de Reas relações da Syntaxe , tanto de Concordância e causão equivoco na fraze não fó quanto ao fengência tido , mas ainda quanto á fua conílrucção , fufceptivcl per íi í^i hum homem , que hum livro ejere^ de dous. Se cu dilíeíle via ( Vidi homincm librum fcribentem } ; efta inversão não deixaria de fcr viciofa por a matéria não fofFrer equivoco, não o haver deve«fe á natuieza da couza , e não ao compofitor; que quanto efteve de fua parte , fez o penfamentQ efcuro , como bem obfervou Qiiintiliano [a] , devendo dizer que eílava Vidi hominem fcribentem librum ( Vi hum homem efcrcvendo hum livro). Comtudo Camões (^) diffc da mefma forte Senão no Summo Deos , que o Ceo regia ; e Naquelle Deos , que o mundo govarnava, Qtianto ao mais , a Língua Portugueza tem eíla vantagern fobrc a Franceza c a Ingleza , que fe prefta a quafi todas a^ inversões da Latina. PoriíTo aos que principião de aprender juílo he fe lhes facão reduzir todas as frazcs á orcfta lingua dem Direita de fua Syntaxe para fe firmarem bem nella. Mas depões deneíla eftarem feguros , e puíTando da Conftrucção , ou Versão áTraducção: devefe-lhes enfinar a confervar no Portugucz as mefmas inversões do Latim , que forem compatíveis com o génio de noífa Lingua.

mente

ligadas

:

,

,

,

,

,

,

:

O

,

:

,

,

,

m

.

.

I

I

^

[a) Inft. Orat.

VIU

,

2.

[b]

Luf. III

j

43, e 11

, ia.

I

II

y

l


Para exemplo porei aqui o primeiro período da Oração do Cícero a favor de Marcello , conftruido , e traduzido cm Lin-

guagem. Diuturni ribus cv.ndia

lem

ftlentit , Patres Cfinjcripli , quo eram his tempo^ non timore aliquo ^ Jeã partim dohre , partim vere^ fitiem hodiernuí dies aíliilit : idemque initlum qua vel'

ufiis ;

meo prlftino more dicendi»

quctque Jentirem

f

CONSTRUCÇAÓ.

o

Dia de hoje Senadores , dco fim ao diuturno íllencio ^ue há tempos a eíla parte cu hei guardado nam por te^ n^or algum mas em parte por magoa em parte por verg*»* e o mcfmo tem dado já principio a eu dizer nha fegundo meo antigo coíiume tudo o que eu bem quizefle ,e ainda tudo o que eu penfaíTe. ,

,

,

,

,

:

,

,

A

Traducçaô, O

diuturno filencío , Senadores que há tempos eu hei guardado não por temor algum mas parte por magoa par» te por vergonha ; pôz termo o dia de hoje c efte m-efmo jâ dêo piincipio a eu dizer t«ido o que quizefle e ainda tudo o que penfalfe com a mefma liberdade , que antigamente era de meo collume. III, ,

,

,

,

:

,

Artigo

Da

Conjlrucçãa Tranjpcjia,

c

Hama-fe Covjiruccáo TranfpoPa aquella , que fepara as idêas correlativas , mettendo em meio delias outras palavras , qye lhe? não pertencem propriamente. Quando digo por ex. Accepi literal luns , he a ordem direita ; quando, Tuas accepi Tuas accept liferas , he a invertida e qiisndo he a tranfpoQa ; porque as duas idcss correlativas fHfis e //^ íerns , que devcriao eí^ar j;intas , coiut) eíiao nas duas primeiras conftrucçóes . fe tranfpoem neíla de hum lugar para outro, fcparando-fe pelo Verbo accepi que fe lhes introduz no meio, lílo he o que fe chama Hyperbato [ Tranrpoíição da [>alavra ), ou Ordem Interrupta , como lhe chama Cicero. Porque , aíTim como a T?nefe rompe a unidade da palavra compolla , fcparando lhe feos elementos ; e a porentheje a do fentido da Oração , mettendo-lhe outra em meio aílim o Hyperbato rompe a unidade da idêa e a fepara da fua modiíicaçáo , que na natureza c em noíío modo de penfar são infeparaveis. Se que lie efla pocs há al,í2,urna ordem que nam feja natural poriíTo cumpre muito faber quandg fe poderá adiriitlir , e quan^ do não.

literas

,

;

,

,

,

:

,

,

,

,

:


As Lingims que tem cazos , chamadas Pofpoftttvas^ (porque os nomes levão depois de fi os finaes de fuás relações ) , como a Grega e Latina tem por conta diíTo muita mais liberdade nas tranrpofições, do que tem as Análogas ou Prepocomo são Jitivas , que uzuo de Prepofições em lugar de cafos e entre ellas a Portugueza.as modernas Os Latinos fazião huma elegância de refervar quaíi femcomo ; pre o Verbo para o finj das orações e dos periodos l^unquum temer itai cum Japienlta comniifcetur nec ad coyftlium cajus adnúttitur, O Portuguêz ainda admitte efta conítnicção quando a fraze he interrogativa ou quando principia que então he per algum dos Demonílrativos Conjuntivos obrigada; ou quando o Verbo he paíiivo como: Nunca com a fahedona a temeridade fe mi/lura , nem a onjelho o acazo ,

,

,

,

,

,

,

,

,

;

,

,

,

he chtimodo,

Qtiando porém o Verbo he a£livo ; a Lingua Portuguêza mais de o pôr á frente da fraze corri feo nominativo , e complemento depões, do que no fim delia. Nos dizemos cotn mais elegância Não fepultârão ccmfígo aquelles vahrojos Portugueses toda a gloria das armas ; e Trazião o Capitamm^r JmUcíIo o ejlado das coufas , e a incerteza dos negócios do que: Aquelles valerofos Portuguezes não JepuUíirão comfigo &c. ; e O eftado das coufas , e incerteza dos negócios trazião JoUcito o Cu' pitammor. Mas pôr o verbo a£tivo no fim da fraze , regendo o complemento obje£livo , qne lhe fica atraz e que fendo de coufa , não tem outro final da fua relação , fenão o de eíl-ir diante do verbo ifto não he permittido , fe não ás linguas Pofpofiiivas, Eu não diria , nem com Barros [a) mefmo í^ue importa o meo trabalho ao Principe NoJJo Senhor começar de aprender ; nem com Camões (ò) Em quanto o mar cortava a armada, Noííos AA. mais chega:los ao Homiucc Portuguêz e gofta

:

,

,

:

:

:

,

os Latiniftasdo tempo d'Elrey D.João IH affedavão algumas vezes dar á nolía Lingua a mcfma eftru6lura da Romana q\ie lhe não podia quadrar por não fer Pofpofitiva, Ja fe o complemento obje£livo he de pelToa ; como então leva prepofição , pode muito bem hir antes do verbo como os mais complementos que a tem fcgundo vimos no Artigo antecedente. he feOutra elegância mui ufada na collocaçâo Latina ,

,

,

parar o Genitivo de feo Subílantivo meitendo-lhe o Verbo da oração nomeio, como : Tuarum literarum demiratus fum eleganiinm, NoíTa lingua ainda foffre que fe metta entre hum e outro alguma palavra , que continue a mefma relação ào antecedente com o confeqnentc como O Cabo , chamado das :

,

[a) Dial.

da L, Port, cd, ds Líxboa pag, 207.

{b)

Laf.

V

,

14.


,

:

O amor Jincero

,

como

da verdade ; mas nunca de dlffcrenvê no verfo de Camões [a) grita fe levanta ao Ceo^ da gente. Nem he menos nfual no Latim feparar o adjc(^ivo de feo fubftantivo com quem concorda como: Jnimadverti Judiomnem accujatorh orationem in duas divijam ejje partes, ces \{\o nam podemos nos fazer ; fó fim mettendo-lhes em meio algum adverbio , modificativo da fignificação do adjcélivo principalmente fendo efte participio, como Mares nunca dane perdoa-fe a CamÓes , como poeta , dizer [b): tes navegados Em verjos divulgado numerojos ; mas não

Tormentas

te

relação

fe

A ,

,

,

,

:

,

----•--..

Hani cabe

A

:

^le em

altivo peito

o

terreno

.

tam peçuens*

,

(e)

das transpoHções na lingua Portugneza hc I." nunca metter entre duas ideas relativas huma terceira, que 2.° Qjie as mefmas modificatenha outra relação differente não ções, que fazem parte de huma das duas ideas relativas fejáo tam extcnfas , que apartem demaziadamente huma da outra. Do contrario fe feguem as Synchyfes , iflo he, as Mixturas e confusões das palavras no diícurfo , como a de Virgílio (í/J Saxa vocant Itali mediis^ qua in fiuclibus aras% E a de Moufmho [e). Entre todos , co dedo era notado , Lindos moços de ArzlUa , em galhardia, E com iílo damos por concluida a primeira parte def^* regra pões

!

,

Grammatica, que he

à^i

Etymologia

,

e Synlaxe.

A

fegunda

,

que he da Orthoepia e Orthographia fe pode ver na Granimat Uca Phihjophica da Lingua Portugneza^ ou Princípios da Grani' piatica Geral opplicados ã nojja Linguagem ; onde fe achar* tudo o que he precifo faber a refpeito da boa Pronunciação da Lin^^ua Portugueza , e fua Profodia, como também da Or,

,

thographia

em

geral

Como porém

,

e da

meíma

lingua

em

particular.

Latina tem muitas regras parajuntaremos ticulares, que fe não comprehendem nas geraes aqui hum breve Appendice delia para fuppletKento do que ali a Profodia

,

faltar.

A

APPENDICE Da

Os

tidade

,

palavras [a) \e)

Vrojodia Latina*

geraes da quando principio e meio das que hc o que para as pronunciarem com certeza

principiantes

bafta faber fó as regras

e as particulares das fyilabas ,

Liif. II,Qi. [h) lbidrla9. AíFonfo Africano IX, 73,

,

,

(f)

Ibid.

ni;94.

{</)

iSn.

I ; 1

13*


,^,

^(

1^9

)^

delíes fe pode exigir ao principio. Q^iando entrarem na trae mecanifíno da verfificação Latina;então ducção dos Poetas que fenfe lhes poderão enfinar as regras das ultimas fyllabas do as mais embaraçadas também são as menos nccellanas ,

,

,

.

para a lição dos Profadorcs.

/Regras Geraes. Od/J Díphihongo , porijfo mefmo que he hum fom cowpojia de duas vozes^ he de fua natureza longo £Gmo:^X2iS ãnrum, EOrns , fõennm, Comiurh a prep^jfição Pras na conip^Jlçào Jendo Jeguida de vogal he breve pela regra da vogal antes de vogal ^

^

^

^

fomo: Prxire das palavras

,

,

Praeuílus, guando ep.e% diphthongos estão no fim nem por iffo Je Jegue ienhão o accento agudo.

Il.a

Toda

Contracção de duas fyllabas em huma he de fua n(U iureza longa\ como Cõgo por Coago , Nil por Nihil , T|:

jbicen

por Tibiicen. Ill.a

A

vogal antes de vogal he breve

como ]n\{\\í^

t

Diílcía,

,

Peus. Excepiuão-fe o E do Genitivo , e Dativo da guinta declinação^ que efiando entre dous II he longo Diêi, Speciêi; O í de Fio nos tempos , que não tem R , e o de Alius geniiivo de Alius , a, ud. O de Alteríus- he breve ; e o de Unius , Illius , Ipfius Totius, Utrius he duvidofo', mas nós cofluniamos pronuncialo longo, ^

,

A vogal feguida de duas confoaníes dentro da m efma palavra ou no fim de huma, e principio doutra, ou feguida d'alguma das Cobradas e Z he longa por poftçào , cêmo\ Cármen, Sapiens ãt pius , Deúm cole , Dumtãxat Platonizo. guando porem a primeira confoaníe he alguma das fete Mu" das Bt C, D, Ff G, P, 7", e he feguida de huma das duas Liqui' das Ly ou R em huma mefna fy linha a vogal então na profa he breve ^ e fe o he de fua natureza , he commua , ifh he t indifferen^

X

y

,

:

te no ver/o

cstno

,

:

Volucris

,

Tenèbra^

,

Locuples.

As palavras derivadas de ordinário feguem a quantidade das fuás primitivas ; e as compcjlas a quantidade das fimpleces. Affim ãnimare aDimofus terá a primeira , e fegunda breves ; porque deriíno de ãnimus ; Nãturalis as mefmas longas , porque vent de Natura Imprõbus tem a penúle da mefma forte Perlego tima brev^ porque feos fimpleces Lego Prõbus também a tem, ( Perlêgi longa , porque a de Légi o he também. ,

:

,

»

,


.

^(

)^

170

A Analogia tamlem pode fervir de regra de (juanlidade para a pronuncia ção das palavras duvidozas dando-lhes a mefma que ,

/abemos tem outras Jemelhantes, Ajjim discorreremos que Stanislãus tem a penúltima longa

porque Meneíãns também a tem , e ^ que a mefma he breve em Dcxtimiis , Laurinus , porque o he nos Juperlaiivos , e adjeãivis jemelhantes Pessimiis , Óleagínus díff

Regras Especiaes

Sl.a

Para as Syllabas primeiras

e medias,

,

Aô breves na compoftçlo as partículas ab, ad, ante, in, ob, per, re, fub, fuper, não ficando antes de duas confoantes , co^ mo ábeo , ãdorior ^c, ^^-^ -

São longas na compofição as partículas a €omo ámovco, dednco i^c,

,

de

,

di

,

pro

,

fe,

Procns Profanns , Profari , Pro, Profundus Pronepos ProterVus , Dirimo Dferuis , que tem a primeira breve. Parem Procumbo , Procuro , Propago, Propello , Propulfo tem- na com^ mua, Excepíuão'fe Procella

ít^i)

Proficifcor

,

,

,

Profiteor

,

,

,

,

Ill.a

Os pretéritos ga

como Vidi

,

e fupinos de

,

,

duas fyllabas tem a primeira lon^

vifum

Excepiuão'fe os pretéritos Bíbi Stiti

,

Tuli

tum

,

Sítum

Os

,

f

Audivi

,

Cítum

,

,

Dédi

iítum,

e fupinos dos verbos tem a penúltima longa , como e

^

Amãtum

Flétum

,

mo

:

os fupinos

Cécíni

,

,

e

,

Pépcri

Pedo ,

dos verbos

Moneo, Monui

,

,

que fazem

^

Amãvi

Solutum

,

,

no pretérita

Flêvi

,

Solvi

,

Auditum.

que dobrão a primeira fyllaba { a tem efla , e a fegunda breves , co^ Tetígi e tem a penúltima também bre»

pretéritos dos verbos

excepção de Cíedo

ve

Stêti , Fídi , Scídi , Lituni , Rutum , Sâ^

que a tem breve.

pretéritos

em VI

Os

e os fupinos

,

,

)

:

,

que

fazem

no pretérito

em VI

,

com^

Monítum. vr.a

Os Incrementos

são

as fyllnbas que

na declinação dos nomes

accrefcem ao nominativo do ftngular , e do plural ; e que na conjugação dos verbos accrefcem à fegunda pefjla do Prefente eh que fe accvcfcentão , tantos Indicativo, Quantas são as fyllabas ,

são os

Incrementos

fyllaba, que precede

;

mas a quantidade

confidera-fe

a qualquer Incremento

,

como

:

fempre

na.

Sermo Ser-


mõ-nis, Sermõ*m-bus; Araõ, Amas, Amã-mu?, Amã-bãmus, Amã-vé-rí-tis. Os nomes da Jegunda declinação tem o Incremento do ftnguVir Viri , Satiir Saturi, Po" Jar breve f como : Puer Piiéri r/w Ibcr Ibéri , Cellibér Celtibêri tem-m longo ^ porque he 9 ,

Grego,

jEta

Vll.a

O go

,

Incremento em

como*.

A

do finguiar da terceira declinação he Ic»"

Animal Animãlis

Calcar Calcãris

,

,

Titan Ti-

tãni?.

Porem os mafcuUnos em AL AS como Annibal Annlbâlis , Par Paris e os Gregos em. Amílcar Amilcáris, Mas Maris ,

,

,

J

t

ÃS

,

ou

AX

,

trax Antriicis, tem

como o

,

Poema Poemâtis,

Aa-

Palias Pallãdis,

incremento breve. Syphax, acis he

commum,

VlII.a E da terceira declinação he Ire^ Hiems? Hiémis. Mnlier Mulieris ve como Grex Gregis Exceptuxo-fe Fcx Fêcis Heres Herêdis Lex Lêgis LoQuies Plebs Plébis cnples Locuplctís, Mercês Mercêdis Rex Rêgis , Seps Siípis Ver Véris Vervex VerveQiiiétis eis, e 05 que fazem o genitlvo em ENISt como Siren Sirénis, e os

O

Incremento do ftngular em ,

y

,

,

,

,

,

,

,

acabados em tis, que tem

,

ER» o

ou

ES

^

,

como Crater Cratéris

,

Tapes Tapê-

incremento longo^ tirando os de Aér, e iíither, que

sHo breves.

IX.a

O

Incremento finguJar em

O

Incremento fingular em

T

da terceira declinação he /, ou breve , como Ordo Ordínis , Calybs Calybis. São longos Dis Dítis, Lis Lítis , Samnis Samnitis , Qtiiris Qjiiritis, e os que fazem o genitivo em INIS» como Delphin Delpbinis , e os que tom o nominativo em ÍX , como Radix Radieis, fxcepto Nix , Pix, Varix , que tem o incremento breve,

X.a

O

da terceira declinação he longo » Heros Heróis. Sam breves Arbor Arbõris Bos Bovis, Compôs Compõtis, Lepus Leporis , Marmor Marmoris ; e os nomes Gregos e os Latinos neutros i que fazem o genitivo cm O RIS , como Neílor Meftoris , Corpus Corpóris tirando Os, õris , que he hngo, (omo Sermo Sermõnis

,

Decor Dccõris

,

,

,

,

Xí.a

o

U da terceira declinação he breve , como Conful Consulis, Murmur Murmuris e mais ejles ires Pecus Pecudis Ligtis Liguris Intcrcus Intcrciitis. Os mais com o genitivo em UDIS , URIS UTÍS , e Frux ,FrQgis. e Lux Lucis fam longos , como Paius Paiudis , Tellus Telluris , Viitus Virtutis. Incremento fingular em

,

,

,

,


Xlí.a

O

E

plural em A , he longo , como Mufae , O Musárum Dies Diêriim , Pueri Puerõrum. Porém o Incre» pienio da mejmo plural em I ^ e he breve como Montes Montibus Portus Portubus.

Incremento

fio

,

U

,

,

EJlas doze Regras são ãs que bastão para os Dijcipulos da primeira e Jegunda Clajfe Latina poderem ler per fi com certeza quanto ao Incremento dos ver^ CS A A, Latinos de profa. Porque hos \ as regras delle Jam ejcuzadas para aquelles , que aprende^ rão a bem pronunciar com o ujo da vós do Mcjire as quatro Con^ que fervem de regra a todos os verbos regulajugafões Latinas res e ã Conjugação dos irregulares, em que poderia haver algu,

,

,

ma dijcrepancia. As regras das ultimas fyllobas nada influem na pronuncioçuo prefente e ajjim he melhor deixa-las para quan* do Je houverem de medir , e compor verfos ; e fam os Jeguintes^ ,

REGRAS

PECIAES

ES

PARA AS ULTIMAS SYLLABAS. São longas as partes acabadas em algumas das letras Jyllabas

oU

,

vocábulo artificial,

dejie

ASCUNESA lOS 2

I I

I

I

3

I

4

I

5

6

I

I

7

1

,

c

8

1

QUAES SAÓ Lon- Exemp os

gas,

Tp,

.

-

/ttas

Exceptuão-fe

l^^ y S X

f

C. U.

accujativos doplu*

e

fazem o geni Lampadis , Acc*

dos nomes Gregos y que

Lampas

,

Lâmpadas,

IIlãcrrDonec Nêc, Lamêc, efemelhantes Hebraicos, zzzEndú.Indu e Nenú, vozes antigas por in, nõn. Os nomes em en e tamen forsãn UM in como FiuménTitãii ) que fazem o genitivo em inis ,

,

,

,

,

:

,

/

N

h-^^

^ \ ^ í

A,

2íS

Cornu

(

FS

em

^-^^ ^^^ ^^1^^ ^^^^^^

Sic,

í

N.

nominativos do fingular, ral

fam breves

Amã

< '

inis íffc,

que fazem o genitivo em itis , Os nomes em es Pe^"^^ Milês, itis Es 1,^ pejjoa de Siim e femelhantes Árcades nés adv, e Troes Nomin. e Focativos pluraes da 3.=» Decl, Os cnjos acabados em a que não forem ablativos Latinos y ou vocativos Gregos , como Ora, Corpora , e também Eia , Itã , Qiilá. ,

:

:

,

,

,

:


•^( 173 )'^ Os

f

Arbori

I,

i í

OS. Honõs

vocatlvos Gregos

O

Adoni

ver bios Nisí , Qi^así , mi , como Gumi ^c.

<

Compôs, Impôs,

e

òs-oíTis:

,

os

O

Pari ; os aãuomes neutros em

Gs Geniiivos Gregos

em os, como Arcados e os Nominativos tambem em os com Omicron, coma Arctõs ^c.

\

,

\

II.»

Sam

as partes acabadas em alguma das letras fyllabas dejie vocábulo artijicial,

breves

ou

,

BELDUSTRIs' Iil2|3l4l5|6l7|8| ^

Bre-

Exem-

ves

B.

QUAÉS SAÔ

_

Exceptuão-fe

pios

z=:Horêb

âb

,

Jacob

,

,

e são longas

e outros

Hebraicos femelhan-

ies.

Os

E.

-j

^

Nempe^^^

cajos em e Diê cem feos ,

tanto Latinos da 5.^ Declin,

compojtos Qjiarê

,

Hodiê

Ne, Vé

,

que são breves

:

Os advérbiosformados

//• como Sandé Male breves, Procúl=Nihil, Sãl,Sõl,í os em el Hebraicos^ como Daniel. Quíd

rando Bené

D.

,

V

US.

Ré, como

Gregos da i.a Z^í-í/. Epitomê, Anchisê: a 2.^ pejfoa do Imperativo dai,* Conjug. como Debê: ^^ monofyllabos, como Mê, Dé.Té, tirando Que, dos adjectivos da 2.^ Declin,

L,

;

Tem-/ pus

T.

Audít,

R,

Robúr

IS.

Apís

,

,

Os Genitivos do Singular

e Nominativos AccufntiPlural da 4. ^ Decl» como Tellus-uris Sfis-is, Opus-opuntis, t

vosy e Vocativos do

Currus,

^

,

tem o incremento em u que he breve*

a

e outros (emelhantes^ que

V

excepto Intercús-útis

,

,

Fãr, Lãr, Nãr, Pãr, Ibêr, Sêr, Ver, Hir , Cúr , Fur com Cratêr , e outros Gregos em R com vogal longa antes. i Os caz9S do plural em JS » como : Ar mis com os advérbios , ou ablativos pluraes Ciimprimis , Inprimis, e Foris, Aforis, Deforis, Grátis, Ingraiís, Omnimodis l^c. Glís, Qiiirí?, Salamis, } Jemelh antes Latinos e Gregos que tem sincre^ mento longo: « 2.a pfffha do Prezente da 4,* Conjug. e Fis, Sis, Vi<:, Velis, csm feos compojios Adsis, Qiiamvís, Nolis ^f, í

<

Íe

,


t

:

Ill.a

São Commuas

,

ijío tís

he , ora longas , ora hreves partes acabadas em

Dõ Stõ, Prõ , e outras monofyllahas Os Dativos e Ahlativos em o como Dominó : Os advérbios ou ab la ti vos adverbiaes como Krgõ, Meritõ: =. E são breves Cito Iminõ Dummodo, e outros cempojios de Modo, e Sciõ, Nefcio, Cedo por Dic. Amaveris, e todos os em RIS do Pretérito , e FutuSão Longas

,

y

o

Sermo,

no verfo

,

,

ro

Suhjunctivos^

Commoda, Memora,

E

as fcguin

tes

termina

çôes tam-

bém.

,

Puta, Impera , Imperativos Conjugação, Com par , e todos os mais compojios de Par. Triginta,^ oí /72/3/j numerais em IhJTA, eosjeguin» Cor, Cui , David, Fac, Fruíira , tes : Contra Hic , Hoc, Hymen Ibi, Mihi , híihil, Palus , Sanguis , Sibi , Tibi , Ubi , Vir , $ em Poflea

da

/.'^

,

,

,

fim a ultima Syllaba de qualquer verfo

F

I

U.


CATALOGO DAS Ohras do Doutor Ântonto Suares Barloza

Lenle Jubilado , e , Direólor que foi da Faculdade de Filofojia da Univerjidade de Coimbra e na mejma Deputado da Junta da Dircãoria Geral dos Efludos , e EJcholas do Reino, ,

Impressas.

.—^ ^,

JL^-r Ifcnrfo fobre o 4.° Lisboa 1766.

bom

,

e verdadeiro Gofto na Filofoíia

Moral

3. vol. 8.°

Coimbra

,,

Tratado Elementar de

'792Elevações a Deos fobre todos os Myfterios da Religião

Filofofia

,,

trad, de BoíFuet 2. vol. i2.°Coimbra 1794. , Parecer fobre os chamados Aâos de Fé, Efperança , e ridade, trad» dtí Guadagnini 8,°

9,

Educação

,

por outro

nome Cathecifmo

Chrirtão

Ca-

Manuscritas. em forma de Cathecifmo, de Nápoles, trad, 3. vol, 8.° li-

e Inílrucção Chriftam

cenciada» ,, ,i -,,

Cathe. ifmo fobre a Igreja , traduzido , e acrefcentado 8^. Cathecifmo fobre o Sacrofanto Sacrifício da Miíia 8.° Expofição do Decreto do Concilio Tridentino fobre as Indulgências.

,,

8.°

Meditações fobre o Evangelho, trad, de BoíTuet. 4.

v. 8.°

licenciada, ,f

Carta de hum Theologo fobre a difiincçâo das duas ReliNatural , e Revelada, trad. do Abbade Pelvert. 8.^ Exame Analytico da Propoíla de hum Parocho contra o Parecer fobre os Ados de Fé , Efperança , e Caridade. 8.° giões

y.

,

OBRAS D E Jeronymo Suares Barhoza^ Jubilado na Cadeira de Eloquência e Poejin da JJniverjidadey e na mefrna Deputado da Junta da Di reporia Geral, ^c. ^

.0

Impressas, Ratio Aiifpicylis

Máximo, anno 1766

habita Conimbricas , 4.° OlíTipone 1767.

in

Gymnafio

Inftituições Oratórias de M. F. Qtiintilinno , efcolhidas , traduzidas, e iihiftradas. 2. vol. 4." Coiníbra. 1780 Poética de Horácio , traduzida, e explicada, 8 ^Coimbra,

I78£


M.

,,

Inrtitutioncs Oratoriaè 8.° Conimbr. 1786

Efchola Popular das Primeiras Letras , dividida em quatro partes. 8."^ Coimbr. 1796. Do Coração de Jefus , ou da Abertura do Lado. 4.° Lisboa.

,,

F. Qiiintil. ad ufum Scholarum#

1802

„ Epitome

Univerfas Hiíloriae , et Lufitanas ad ufum Schol, Rbetorico-HíRoric. 2. vol. 8/ Conimbricas 1805 „ As Duas Lingiias, ou Grammatica Philofophica da Lingua Portugueza , comparada com a Latina para fc aprenderem ambas ao mefmo teiiipo. 8.° Coimbr. 1807

Manuscritas. ,,

,, ,,

Orationes XV, habitas in Academia Canimbricenfi , et E« piftolse Nuncupatoriae XX. FoL Grammatica Philofophica da Lingua Portugueza 4. vol. 8.^ Grammatica Philofophica da Lingua Portug. compendiada. I

vol. 8." licenciada.

Obfervaç6es Grammaticaes fobre os principaes ClaíUcos Portuguezes. i vol. 8.° „ Verdadeira Idea da Conversão do Peccador. irad, de Op,,

ítraet. i vol. 8.° licenciada.

^uem quizer comprar alguma dejlas Ohras tmpreffas , ou tm^ primir alguma das Manufcriíus Jó com a gratificação de alguns exemplares ; dirija-je à Loje de António Barneoud , Mercador de livros em Coimbra.




9



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