Monsenhor Lefebrve

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MONSENHOR LEFEBVRE A LUTA É NOSSA HERANÇA Capela Nossa Senhora das Alegrias, Vitória/ES - EDIÇÃO Nº 02 - AGOSTO 2013

“O Vaticano II é uma obra satânica. É a fundação da nova religião humanista, a religião que rende culto ao homem.”

termo,

está

liberalismo,

que

a foi

origem

do

de Galarreta, entrevista de 7-4-13

batizado

no

publicada

em

“Zawsze

Wierni”,

Vaticano II a qual a Fraternidade

revista polaca da FSSPX. Maio-junho

está

de 2013)

dando

inegável,

atualmente

ou

acaso

um

não

giro

disse

o

Superior Geral, entre muitas outras,

O

estas escandalosas e inacreditáveis

satânica. É a fundação da nova

Vaticano

II

é

uma

palavras: depois das discussões, nos

religião

demos conta de que os erros que

que rende culto ao homem.

humanista,

a

obra

religião

Ensina Santo Tomás que a astúcia

críamos provenientes do concílio, de

consiste

fato são resultado da interpretação

Disse o P. Álvaro Calderón FSSPX,

que

em seu livro “Prometeu, a religião do

em

simulados

ou

empregar

meios

aparentes

para

conseguir um fim bom ou mal (Suma

comumente

se

fez

dele

(entrevista a CNS, 11-5-12).

homem”, que a palavra chave [para

Teológica, II-III, c.55, a.3) O astuto

compreender

o

para alcançar o fim que pretende,

Non serviam (Jer 20, 20), disse o

“humanismo”,

pronunciada

utiliza

o

engano,

a

mentira,

concílio]

é pela

a

demônio em sua rebelião, isto é, não

primeira vez no século XIV (...), [a

ambiguidade, a linguagem dúbia, a

estarei a serviço de ninguém, serei

que desde o começo se contrapôs a

simulação,

livre.

palavra

a

intriga.

Daí

que

para

o

liberal

o

“cristianismo”.

Em

sua

Lamentavelmente temos visto muito

primeiro será a liberdade. Para o

primeira origem, o “humanismo” é

disso na atual aproximação a Roma

católico, ao contrário, o primeiro é a

um

liberal e modernista por parte das

verdade. Cristo disse “a verdade os

autoridades da FSSPX.

fará

livres”.

contrário:

“a

O

liberal

liberdade

disse os

o

fará

O diabo é sumamente astuto, e

verdadeiros”. Por isso a Fraternidade

também

que

diminui ante Roma a exigência da

tentou desde o princípio separar o

disse

Verdade e aumenta a petição de

homem da obediência [a Deus] baixo

liberdade.

pretexto

(Suma

rincão seguro na estrutura oficial,

Teológica, III, c.8 a 7). Em último

com que se concede um espaço em

de

Santo

Tomás

liberdade

Conforma-se

com

um

que se possa gozar de liberdade. As seis condições do Capítulo de 2012 protegem a Fraternidade contra o estabelecimento de qualquer acordo que seja, se as autoridades romanas não garantirem verdadeiramente a possibilidade segurança

da e

da

existência

em

operação

em

liberdade a Tradição Católica (Mons.

engano

diabólico

pelo

que,0

ÍNDICE O Vaticano II é uma obra satânica, Padre Trincado - Pág. 1 A Nova Igreja, Padre Calderón Pág.2 É admissível que uma esposa e mãe católica tenha um emprego fora de casa? Pelo Padre Peter Scott. – Pág. 3 Conselhos, Règlement, pelo Rev. Padre Júlio Maria de Lombaerde.Pág 4 Aos sacerdotes, Curso de Liturgia Padre Reus – Pág 6. Demônio, o eterno derrotado – Pelo Arsenius. – Pág 6. Tempos tenebrosos, por um noviço do Mosteiro da Santa Cruz - Pág. 6 O espírito e a letra do fundador, Monsenhor Lefebvre – Pág. 7 Retratos da Crise da Igreja – Pág. 9 Se é pecado o liberalismo e que pecado é – Por Dom Félix Sarda y Salvany – Pág 10


Página |2 envolvendo-nos em sofismas análogos a aqueles os que o

Este é o pecado de Lúcifer, que preferiu a contemplação a

mesmo se enredou com seu “non serviam”. (...) O Concílio

sua própria essência, como mais perfeita imagem da

Vaticano II é o maior – e talvez o último – esforço para

divindade, a ter que subordinar-se com toda a natureza em

sustentar um humanismo católico que se levanta ante o

adoração ao Verbo Encarnado. O Padre Calderón é um

cristianismo ou Religião de Cristo, como a Religião do

grande

Homem. O Concílio (…) foi uma manobra de prudência

extraordinariamente

humana levada a cabo por uma hierarquia de constituição

nenhum

divina, que fez arder para os homem o incenso que

Vaticano II, demonstrando o que é: uma armadilha

pertence a Deus. Para o Concílio o fim da criação e do

satânica e um engano mais funesto e destrutivo de

homem já não é Deus, senão o mesmo homem (...) Já não

toda

é mais a glória de Deus o maior bem do homem, senão a

autoridades da FSSPX não querem dar a esta obra a

glória do homem o maior bem de Deus!

difusão devida por temor a desagradar aos liberais e

a

teólogo, outro,

história

e

seu

livro

importante

desmascara

da

Igreja

Prometeo porque,

admiravelmente

Católica.

é

como

Porém,

ao

as

dificultar o entendimento com a Roma apóstata. Sobre isso, o Padre Rafael Arízaga OSB relata a seguinte

deste livro?”. Quando ele viu, saltou em sua cadeira como

anedota: Eu mesmo fui testemunha desta aversão a este

espantado, como se houvesse visto uma serpente, e me

livro. Durante nosso retiro de agosto de 2012 em Silver

disse: “não é um bom livro”. E como lhe indagara sobre a

City, visitei em sua cela o R. P. Pflugger. Com o livro

razão de seu rechaço, me contestou: “para dizer a

“Prometeo” em minha mão lhe perguntei: “Padre, que opina verdade, o que diz este livro está bem, mas se o

não querem que o concílio seja condenado e não querem

apresentamos

que

a

Roma,

eles

nos

rechaçariam

por

Bento

XVI

seja

condenado

tampouco.

Para

a

extremistas”. Foi quando me dei conta que a verdade e a

Fraternidade isso é uma loucura. Pior que uma loucura: é

defesa da fé já não eram a prioridade da FSSPX, e que algo

um suicídio, é o suicídio da FSSPX. É como comprar um

grave estava passando nela.

cachorro guardião e amordaçá-lo a noite para que não lata (conferência

E

Mons.Williamson,

disse

sobre

este

livro:

Está

de

Bristol

nº8,

ano

2012).

em

espanhol, foi traduzido para o francês, mas chegaram

É um suicídio, o suicídio da FSSPX. Que pela intercessão da

ordens

pela

Santíssima Virgem Maria, Deus nos livre do liberalismo, do

Fraternidade em francês. A tradução já está pronta, está aí,

Vaticano II, e das autoridades indulgentes com os enganos

talvez até o levaram a imprensa e... luz vermelha!, porque

e mentiras que sabemos que provem do diabo.

de

acima

de

que

não

fosse

publicado

Padre René Trincado, sermão do VIII Domingo depois de Pentecostes.

A Nova igreja Paulo VI afirma, no discurso de clausura, que o Concílio teve duas grandes “intenções religiosas”: uma última, aproximar-se do homem moderno por um “novo humanismo”, e outra imediata, a redefinição” da Igreja: O Concílio, mais que das verdades divinas, se ocupou principalmente da

Igreja, de sua natureza, de sua composição, de

É claro que convinha guardar esta ordem porque, se bem a instauração

sua vocação ecumênica, de sua atividade apostólica e missionária. “Esta secular sociedade religiosa, que é a Igreja, tratou de realizar um ato reflexo de si mesmo para conhecer-se melhor, para definir-se melhor e dispor, consequentemente, seus sentimentos e seus preceitos (n.5). No capítulo anterior falamos daquela última intenção, agora nos toca falar desta mais “direta e primordial intenção religiosa”. (n. 5).

do “novo humanismo” é algo último em quando a execução, esteve certamente primeiro na intenção. A redefinição da Igreja é uma intenção “direta”, isto é, mais imediata, e se o Papa a considera “primordial”, é justamente porque constitui o meio para alcançar aquele. A Igreja, como boa samaritana, se redefine para salvar o humanismo moderno, que se feriu a beira do caminho:

“O humanismo laico e profano apareceu, finalmente, em toda sua terrível estatura e, em certo sentido, desafiou o Concílio. A religião de Deus, que se fez homem, se encontrou com a religião – porque tal é – do homem que se faz Deus. Que se sucedeu? Um choque, uma luta, uma condenação? Podia ter dado, mas não se produziu. [O que se deu foi uma redefinição da mesma Igreja:] A antiga história do samaritano foi a pauta da espiritualidade do Concílio. Uma simpatia imensa penetrou tudo” n.8. Depois de ter falado no capítulo anterior, podemos compreender as linhas gerais da redefinição da Igreja segundo o Concílio. Esta consiste em um redimensionamento no contexto da humanidade, mais precisamente, em uma humilde diminuição. Foi tão grande a estima dos valores humanos, que o Concílio tomou consciência de que a Igreja católica não é a única que vale e existe, como antes Ela pareceu pensar. Antes a Igreja católica parecia crer que Ela era Tudo, mas agora tomou consciência que é Parte de um Todo maior, é algo na Humanidade e para a Humanidade: A religião católica e a vida humana reconhece Paulo VI – reafirmam assim sua aliança, sua convergência em uma só humana realidade: a religião católica é para a humanidade; em certo sentido, ela é a vida da humanidade” (n.15 ). A primeira surpresa que traz o “achicamiento” da Igreja, consiste em descobrir que há algo respeitável mais além de suas fronteiras: o mundo e as religiões. Antes a Igreja se considerava como única Arca de salvação, e de seus muros para fora somente se via um reino de


Página |3 trevas condenado a perdição. Toda sua atividade estava dirigida ad intra em um esforço de conversão e incorporação dos homens e dos povos nela mesma. Agora que o Concílio a vê como parte de algo maior, aparece uma dupla direção de atividades e preocupações, ad intra e ad extra. PROMETEO, Rev. Padre Calderón, Pág. 52.

Doutrina Católica O Reino de Deus iniciado na terra se identifica com a Igreja. O Reino de Deus se estende mais além da Igreja visível as almas de boa vontade, em razão da dignidade cristã do batismo de desejo, incorporadas pela fé e a caridade a Cristo Redentor. As consequências do pecado original e a experiência das coisas humanas obriga a ser pessimista, considerando extraordinária a existência de dignidade cristã fora da Igreja. De lá a necessidade e obrigação de ingressar a Igreja, que é Arca universal de salvação, porque sem a doutrina, sacramentos e costumes da sociedade cristã, se faz impossível a santificação dos homens. A hierarquia sacerdotal continua a presença e ação de Cristo em ordem ao crescimento do Reino Igreja, a maneira de imagem vivente e de instrumento, por meio do Sacramento da Ordem. Assim como nem todos estão chamados a ingressar no clero.

Doutrina Conciliar O reino de Deus iniciado na terra se identifica com a humanidade. O Reino de Deus se estende mais além da Igreja visível nas almas de boa vontade, sem razão da dignidade humana de toda pessoa, incorporadas quodammodo a Cristo Encarnado. Contra os ensinamentos da Revelação e da experiência, o Concílio se obriga a ser otimista, considerando ordinária a existência da dignidade humana na Humanidade. Por isso, não seja necessário nem obrigatório ingressar na Igreja, que é sacramento universal de salvação, porque o testemunho da vida da sociedade eclesiástica é uma eficaz ajuda a humanização dos homens. A Igreja visível continua a presença e ação de Cristo em ordem ao crescimento do Reino-Humanidade, a maneira de sinal e instrumento, porque Ela mesma é sacramento. Assim nem estariam todos chamados a ingressar na Igreja.

CONTRA-REVOLUÇÃO: É admissível que uma esposa e mãe católica tenha um emprego fora de casa? Pelo Padre Peter Scott, FSSPX. Não pode ser aceito como algo normal e aprovado pela Igreja que um esposa e mãe seja livre para ter um emprego fora de casa, enquanto seus filhos ainda são dependentes de seus cuidados.

O trabalho das mães fora de casa por um salário é chamado pelo Papa Pio XI “emancipação econômica” em sua encíclica sobre 1930 o matrimônio cristão, Casti Connubii:

“Essa, no entanto, não é a verdadeira emancipação das mulheres, nem a liberdade racional e exaltada, que pertence a nobre tarefa de uma mulher e esposa Cristã; pelo contrário, é o rebaixamento do caráter feminino e da dignidade da maternidade, e de fato da família inteira, resultando que o marido sofre a perda de sua esposa, os filhos de sua mãe, e a casa e toda a família de


Página |4 uma guardiã sempre atenta. Mais do que isso, essa falsa liberdade e igualdade natural com o marido acontece em detrimento da própria mulher, pois se a mulher desce do seu trono verdadeiramente real para o qual ela foi elevada dentro das paredes da casa por meio do Evangelho, ela logo será reduzida ao estado antigo da escravidão (se não na aparência, certamente, na realidade) e tornar-se-á como entre os pagãos um mero instrumento do homem”. (§ 75)

O final da mesma encíclica do Papa é ainda mais explícito. Ele fala sobre os males e as injustiças que desencorajam os casais, e compara o mal de mães que tenham de trabalhar com o de não ser capaz de encontrar um lar adequado.

“Se as famílias, particularmente aquelas em que há muitas crianças, não têm habitações adequadas, se o marido não consegue encontrar emprego e meios de subsistência, se as necessidades da vida não podem ser adquiridas exceto por preços exorbitantes, se

até

mesmo

a

mãe

da

família

para

o

grande

mal

da

casa,

é

obrigada

a

sair

e

ganhar

dinheiro por seu próprio trabalho… é patente a todos que as pessoas casadas podem perder o ânimo”. (§ 120)

Claramente, não podemos julgar a situação particular das mães que experimentam a necessidade de trabalhar fora de casa. Pode haver muitas razões que poderiam fazer disso um mal necessário, tais como a doença e o desemprego do marido, ou um marido que não recebe um salário justo, suficiente para sustentar a família. Também pode haver razões psicológicas e profissionais pelas quais uma esposa e mãe possa ser obrigada a permanecer na força de trabalho fora de casa. No entanto, a Igreja ensina claramente que este é um mal. Não podemos fingir que é uma coisa boa, ou que é indiferente, ou que não vai fazer nenhum mal aos seus filhos e familiares. Além disso, nenhuma mulher pode ser liberada de casa dessa forma, sem alterar sua própria consciência do que é ser uma esposa e mãe católica. Por conseguinte, isso só pode ser tolerado como um mal inevitável e necessário, e desde que seja apenas considerado um arranjo temporário, de curto prazo, e onde um esforço máximo é feita pela mãe e pelo marido para minimizar os efeitos negativos. No entanto, seria muito errado afirmar que isso é uma coisa boa, ou aprovada e autorizada pela Igreja. É na melhor das hipóteses um mal inevitável e necessário, pelo qual se deveria se desculpar, e nunca se gabar.

CONSELHOS,

Règlement

do Rev.

se

por

impossível

construído

Padre Júlio Maria de Lombaerde, SDN.

com

que

essa

pareça,

o

resto

fosse

armação,

o

edifício

será

sendo logo

terminado. Isto acontece com a virtude. Quando uma se eleva, as outras a seguem, mesmo que não se pense nisso.

É

preciso

determinar

uma

virtude

na

qual

se

quer

especializar. É o que se observa na vida de todos os santos. Se um homem devesse levantar uma torre de dez metros de altura e 3 metros de largura, se ele se contentar apenas em jogar pedras sobre a terra, nunca levantará a torre. Mas, fazendo primeiro uma armação da altura da torre, e,

(S.Tomás?)


Página |5 DEVOÇÃO

Sto. Afonso de Ligório – a atividade S. Gabriel – a fidelidade a Igreja

É preciso ter uma devoção dominante, que seja como o

Escolhamos, pois, esta virtude: apliquemo-nos a ela –

centro de nossa vida. Há muitas devoções para todos os

façamo-la objeto de nossa meditação, exame e oração.

gostos e todos os caracteres. Não se pode ter todas elas... portanto, uma dominante que nós aperfeiçoamos... no

O mesmo para as devoções:

estado da paixão... que ocupe nossos pensamentos... que controle nossa imaginação... detenha nossa mobilidade... A

São Francisco de Assis: Jesus Crucificado

Virgem Maria... Nossa Senhora das Dores. É preciso que só

M. Maria e Pe. Colombo: Coração de Jesus

sua lembrança nos leve ao entusiasmo... nos arrebate...

Pe. Eymard: Eucaristia

Amamos a Maria até este ponto?...

S. Bernardo, Sto. Afonso de Ligório, Bem aventurado Estanislau, Gabriel: Maria – suas dores.

RETIRO 1909 São nossas duas asas: Meios de progredir: eles nos são fornecidos pela vida dos

Uma nos desprende da terra

Santos: (os precedentes)

A outra nos eleva até o céu.

a)

– Aplicar-se a uma virtude determinada

8 de Outubro

b)

– Ter uma devoção particular Apaixonar-se pela virtude de sua escolha e pela sua

Cada Santo teve sua virtude de predileção na qual se

devoção. É então necessário: por ex.

São Francisco de

especializou:

Assis: que paixão pela pobreza, por Jesus Crucificado! É o fundo e a marca de sua santidade. Nosso Senhor disse:

S. Francisco de Assis – a pobreza

“Regnum coelorum vim patitur, soli violenti rapiunt illud.”

S. Francisco de Sales – a doçura

Esta força é o próprio da paixão – Ser violento é ser

S. Francisco Xavier – o zelo

apaixonado.

Sto. Inácio de Loyola – a obediência Nós

devemos

nos

santificar

tais

quais

nós

somos.

indiferentes – ou elas são empregadas para o mal ou para o bem. Escolhamos, pois.

A paixão não considera e nem calcula as dificuldades. Ela vai direto ao seu objeto e ao seu bem, ou afasta tudo o que a detém. Vamos assim a Deus: “direto como uma bala de canhão” – com violência: quebramos o nosso orgulho, nossa

sensualidade

afastamos

as

distrações,

as

preocupações inúteis e tenhamos sempre os olhos fixos em Deus, dizendo para nós mesmos sem cessar: “Eu quero me tornar santo”. RÈGLEMENT Notas espirituais do Padre Júlio Maria de Lombaerde.

Temos

paixões

essas

paixões

não

podem

ficar


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AOS SACERDOTES. Curso de Liturgia, Pe. Reus.

3)

Quantas mais almas o demônio levar para o inferno e quantos mais pecados ele fazê-los cometer, tanto mais rigorosamente ele será castigado por toda a eternidade. Portanto, o que aparentemente é uma vitória do demônio, é-lhe, na verdade, uma causa de derrota maior. Assim, quando o demônio tentou os homens a matarem Nosso Senhor, julgando com isso obter a maior de suas vitórias, teve, na verdade, como resultado a sua grande derrota. E, sabendo disso, por que o demônio continua tentando os homens e conseguindo que eles se condenem? Porque ele tem um ódio cego, louco e insaciável, que o faz “dar soco em ponta de faca”: arruína-se, faz mal a si mesmo e torna sua derrota cada vez maior.

4)

Assim como é verdade que Deus não cria ninguém para ser condenado, é também verdade que Ele só salva os que predestinou, e todos os que Ele predestinou se salvam. Portanto, o demônio não arrebata nenhum eleito das mãos de Deus.

5)

Deus só permite os males (entre os quais estão as aparentes vitórias do demônio) para deles tirar bens maiores. Quais são esses bens? Uns podemos conjecturar quais sejam, mas da maioria deles só tomaremos conhecimento no juízo final, quando veremos como Deus tudo fez com suprema sabedoria, fazendo tudo redundar na Sua maior glória.

A nave da Igreja está destinada aos fiéis. Em regra geral os homens ocupam o lado da epístola e as mulheres o lado do Evangelho. Assim é o uso desde a antiguidade cristã como o testemunha o “Testamento de N.S Jesus Cristo” (séc. V, Braun, Handl, p.202), e assim o deseja a Igreja (cân. 1262, ss1) Os bispos do Brasil querem (C.P. nº781) “que haja nos templos completa separação de homens e mulheres, sendo conveniente para isso a colocação de uma grade, alguns metros acima da entrada principal da Igreja, os homens ficarão acima do arco cruzeiro, e abaixo dessa grade, e as mulheres entre essa grade e o arco cruzeiro, em toda largura do templo”.

DEMÔNIO: O ETERNO DERROTADO Poderíamos perguntar-nos se não seria uma vitória do demônio contra Deus o fato de que ele consiga que o número dos pecados dos homens cresça cada vez mais e que a maioria dos homens se condene. Sabemos que a resposta é não, pois é inconcebível que Deus perca e que, também, o demônio vença, mesmo uma batalha sequer. Vejamos porque:

Felizes os que usam de sua vida para servir a Deus: são vencedores do mundo, como Nosso Senhor Jesus Cristo. E reinarão com Ele eternamente.

1)

Nunca a glória essencial de Deus pode ser diminuída, atingida ou perturbada por nenhuma ação das criaturas.

Dignos de toda lástima são os que vivem para fazer sua vontade própria em vez da de Deus: estão preparando sua derrota eterna, pois, vivendo assim, estão servindo ao demônio: o eterno derrotado.

2)

Somente a glória externa de Deus é atingida pelo pecado. E esse ultraje foi abundantemente reparado pelo Sacrifício Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Arsenius

Tempos Tenebrosos, aos padres da FSSPX Por um noviço Do Mosteiro da Santa Cruz

O que se passa na Fraternidade? Estamos vivenciando uma crise dentro da crise, uma assombrosa crise da Fraternidade dentro da crise da Igreja. O momento é instável, por isso não podemos saber o que virá ou terá no futuro em relação à Fraternidade. Mas o que nos permite falar são as evidências (que podemos chamar de sinais) dados pelo que é divulgado e tornado público nesses últimos tempos no caso de acordo ou não acordo da Fraternidade, que já gerou divisões, expulsões e resistências. Então, sobre o que é público e comprovado por documentos escritos e falas, é lícito, permite ser avaliado e se preciso criticado.

Avaliar a situação pelo campo doutrinário é a melhor opção. O que fazer? O que é preciso fazer nessa situação é ler, se informar, acompanhar os acontecimentos, as notícias, estudar, pensar, refletir e tomar uma iniciativa, uma decisão, fazer uma escolha, ou melhor, escolher um caminho a seguir, a buscar, a trilhar, a percorrer. Por que escolher? Para não ficarmos apoiando um pensamento que não é o do fundador, Dom Lefebvre, para não concordarmos com as idéias de um superior geral por inércia, com imparcialidade, com indiferentismo diante de falácias que não respira mais o espírito de fé, espírito de combate, da Igreja, de São Pio X, de Dom Lefebvre. Para não ficarmos calados ou fazer-nos calar diante de idéias que não coincidem com o

objetivo de fidelidade, de defesa e de doutrina da Fé católica. Para não concordarmos em contribuir com o desandamento, o desvio, o desmaio, a traição da Tradição. Quais os caminhos? Bom senhores, temos e podemos percorrer três vias: A via de Dom Fellay - Ficamos onde sempre estávamos, ou seja, dentro da congregação que caminha ao abismo profundo e sem volta do liberalismo (se continuarem com os andamentos de acordo prático com Roma), engolindo a mudança de atitude da nova Fraternidade que parece ter deixado por alguma fissura, entrar condutas e posturas políticas bem arquitetadas e liberais, de um diálogo ainda aberto com a Roma conciliar. Esse grupo diz: - A situação exige tática, por isso, vamos dar tempo ao tempo. Esperar a hora certa! O silêncio é o melhor remédio. Vamos calar os alarmantes agitados (transferir, advertir,


Página |7 expulsar), e colocar em banho-maria o restante dos reverendos. A via da neutralidade – ficar parado, paralisado, não fazer nada no momento, esperar planejadamente a poeira baixar, a reação foi significativa e deu para conhecer quem é a favor e quem é contra o acordo na congregação. A via da Resistência – Nada de acordo prático sem a conversão de Roma e dos bispos, da aceitação de denúncia aos erros propagados pelo Vaticano II, do retorno ao verdadeiro Catolicismo, que outra coisa não é senão a aceitação da Tradição, ela mesma. Salvaguardar os tesouros da Fé. Conservá-la intacta e inviolada. Esse é o espírito do Bispo Lefebvre. Já está perceptível, já está claro que não são dignas mais de confiança as autoridades da Fraternidade. Por seus pensamentos e direcionamentos não podemos mais acreditar em suas palavras que passaram a ser ambíguas e dissimuladas. Dom Fellay e seus compassas perderam a noção da verdade, da realidade. Estão iludidos. E as consequências dessa ilusão é a vontade, a procura de deixar aberto o dialógo de um acordo puramente prático, sem a conversão de Roma. Essa é uma atitude falha e perigosa, pois o combate que a antiga Fraternidade fazia mudou - no seu modo de falar, agir, escrever, de conduzir-se moralmente e politicamente. Argumentos Mas Roma nos dá sua palavra. Roma nos dá garantias, segurança de podermos ser membros efetivos e ativos na Igreja, com atuação e construção, e diz que não devemos nos preocupar, ela não vai mexer nem pedir, nem impor-se em “nada”. Ela (Roma) só está oferecendo uma

oportunidade, uma bandeja de ouro romano para a Fraternidade entrar na Igreja, colocando seus preciosos tesouros e cristais com a legalização canônica (tesouros esses que são a integridade da fé católica, a bela liturgia da Missa de São Pio V, o canto gregoriano, os bons costumes, a modéstia católica). Lembremos, os filhos das trevas são sempre mais espertos que os filhos da luz, por debaixo desse “presente” romano existe uma intenção, um tapete debaixo dos pés da Fraternidade pronto para ser puxado por esses modernistas e assim fazer cair, derrubar, quebrar tudo de mais valioso que ela (Fraternidade) tem, ou seja, o bom combate pela fé, a herança da verdade, as riquezas do catolicismo, que não estão em outro lugar, se não na Tradição. É isso que a Roma modernista deseja fazer, acabar com a conservação da fé católica, destruir a fé católica. Eles são perversos! Não se pode confiar neles. Eles não amam a Igreja Católica, a única e verdadeira Igreja de Nosso Senhor. Eles querem vê-la destruída e querem destruir quem a Ela se mantém firme, fiel. Os modernistas estão a todo custo estimulando uma intensa perseguição a Nosso Senhor. Bem que São Pio X disse que a Igreja é Una Santa Católica Apostólica e Perseguida. Relembremos o que Dom Lefebvre disse em relação a Dom Gerard sobre fazer acordo com Roma... Dom Lefebvre: Se Dom Gerard pensa que em Roma ele pode fazer alguma coisa, ele está muito enganado. Em Roma a gente não faz o que quer, mas o que Roma quer! Não podemos nos colocar debaixo de autoridades que não professam a integridade da fé católica, e infelizmente o que se passa em Roma é isso, a maioria dos padres, dos bispos, dos cardeais, o próprio Papa não professa mais a santa fé

católica. Isso é uma realidade. A experiência diz muito, por isso ouçamos o que disse Dom Lefebvre ao Ratzinger (04/10/1987): “Mesmo se concedeis de continuar o seminário e a Fraternidade como estamos fazendo. Nós não podemos colaborar! É impossível, impossível... Nós estamos trabalhando em uma direção diametralmente oposta. Vós trabalhais pela descristianização da sociedade, da pessoa humana e da Igreja. E nós trabalhamos pela cristianização, não podemos nos entender. Roma perdeu a Fé, meus amigos. Roma está na apostasia! Não é uma forma de dizer, não são palavras ao vento, aquilo que vos digo... é a verdade. Roma está na apostasia. Não se pode ter confiança neles, (Roma) deixou a Igreja, eles deixaram a Igreja! É claro... claro... claro!”. Isso ainda vale para a situação da Fraternidade hoje. A voz do fundador é a voz de Deus. Se os beneditinos seguirem a voz de São Bento, se os franciscanos seguirem a voz de São Francisco, se os dominicanos seguirem a voz de São Domingos, se os padres da Fraternidade seguirem verdadeiramente a voz de Dom Lefebvre, com certeza eles estarão seguros, seguindo a voz de Deus. Tal voz não se faz ouvir pela boca de Dom Fellay. Se cada decisão nossa implica em renúncias... Que saibamos ser decididos. Peçamos a Deus, a Nosso Senhor Jesus Cristo, a Virgem Maria, a São Pio X, sabedoria para discernimos com exatidão as renúncias necessárias que precisamos fazer para ouvir a voz da razão, e escutando-a, não sejamos covardes, fracos, omissos, tenhamos atitudes, posicionemo-nos, à hora de agir ou reagir é agora! Por um noviço Do Mosteiro da Santa Cruz

O espírito e a letra do fundador, retirados do livro do Padre Rioult, A IMPOSSÍVEL RECONCILIAÇÃO. O combate da Fé “Não é com o coração alegre que nós tivemos dificuldades com Roma. Não é por prazer que nós tivemos que batalhar. Nós o fizemos por causa dos princípios, para guardar a Fé Católica. E eles (Dom Gerard e os outros rallies) colaboravam conosco. E depois de repente eles abandonam o verdadeiro combate para se alinhar aos demolidores sob pretexto que lhes é concedido alguns privilégios. É inadmissível. Eles praticamente abandonaram o combate

da Fé. Eles não podem mais atacar Roma”. (Monsenhor Lefebvre, Fideliter, nº 79, p. 6, jan. 1991) A realeza social do Cristo Não se deve se espantar que nós não chegamos a nos entender com Roma. Isto não será possível enquanto Roma não voltar a Fé na realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo... Nós nos confrontamos a respeito de um ponto da fé católica.” (Mons. Lefebvre, Sierre, 27 nov. 1988; Fideliter nº 89,p.12.)


Página |8 “Assim quando nos perguntam quando haverá um acordo com Roma, minha resposta é simples: quando Roma coroar novamente Nosso Senhor Jesus Cristo. Nós não podemos estar de acordo com aqueles que destronam Nosso Senhor. O dia em que eles reconhecerem de novo Nosso Senhor rei dos povos e das nações, não será a nós que eles terão se unido, mas à Igreja católica, na qual nós permanecemos”. (Mons. Lefebvre, Flavigny, dez. 1988; Fideliter nº 68, p.16) O ecumenismo “O papa está mais ecumenista do que nunca. Todas as idéias falsas do Concílio continuam a se desenvolver... É então, absolutamente inconcebível, que se possa aceitar de colaborar com uma tal hierarquia.” (Mons. Lefebvre, Fideliter, jan. 1991, p. 4) As reformas conciliares “Nós recusamos, porém, e nós sempre recusamos seguir a Roma de tendência neomodernista e neoprotestante que se manifestou claramente no Concílio Vaticano II e depois do Concílio em todas as reformas que procedem dele.” (Mons. Lefebvre, Declaração 21 nov. 1974) “Eu esperei até o cinco de junho para escrever ao papa: “eu lamento, mas nós não podemos nos entender. Vós não tendes o mesmo objetivo que nós. Fazendo um acordo vosso objetivo é de nos conduzir ao Concílio. O meu é, ao contrário, de podermos manter fora do Concílio e das vossas influências.” (Mons. Lefebvre, Flavigny, dez. 1988, Fideliter, nº 68, p.15) Os bispos conciliares “É-nos absolutamente necessário convencer os fiéis de que se trata bem de uma manobra, que é um perigo se por entre as mãos dos bispos conciliares e da Roma modernista. É o maior perigo que os ameaça. Se nós lutamos durante vinte anos para evitar os erros conciliares, não é para nos colocar agora nas mãos daqueles que professam esses erros.” (Mons. Lefebvre, Fideliter, jul. 1989, nº 70, p.13) A redução ao silêncio “Quando eles dizem que eles “os ralliés” não abandonaram nada, é falso. Eles abandonaram a possibilidade de se oporem a Roma. Eles não podem dizer mais nada. Eles devem se calar por causa dos favores que lhes foram concedidos. Agora lhes é impossível denunciar os erros da Igreja Conciliar.” (Mons. Lefebvre, Fideliter, nº 79, p.3) O perigo liberal “Sobretudo, se há um acordo “com Roma”, nós seremos invadidos por um mundo de gente: agora que os senhores têm a tradição e que os senhores são reconhecidos por

Roma, nós poderemos ir nos vossos priorados. Há uma grande quantidade de pessoas que vão guardar o seu espírito moderno e liberal, mas que virão em nossas capelas porque lhes agrada assistir de vez em quando uma cerimônia tradicional, e de ter contatos com os tradicionalistas. Isso vai ser muito perigoso para os nossos meios. Se nós somos invadidos por essa gente, o que acontecerá com a Tradição? Pouco a pouco, haverá uma espécie de osmose que vai se produzir, uma espécie de consenso... Devagarzinho, se terminará por não ver mais a distinção entre o liberalismo e a Tradição. É muito perigoso.” (Mons. Lefebvre, Flavigny, 11 jun. 1988, Fideliter, nº 68, p.23) Nada de acordo prático sem antes um acordo doutrinal “Supondo que daqui a certo tempo Roma faça um apelo, e que se queira nos receber, nesse momento, seria eu que poria as condições. Eu não aceitaria mais a situação na qual nos encontramos durante os colóquios. Está terminado. Eu colocarei a questão no plano doutrinal: os senhores estão de acordo com as grandes Encíclicas de todos os papas que lhes precederam? Os senhores estão de acordo com Quanta cura de Pio IX e Immortale dei e Libertas de Leão XIII, Pascendi de Pio X, Quas primas de Pio XI, Humanis generis de Pio XII? Os senhores estão em plena comunhão com esses papas e com suas afirmações? Os senhores aceitam ainda o juramento antimodernista? Os senhores são pelo reino social de Nosso Senhor Jesus Cristo? Se os senhores não aceitam a doutrina de seus predecessores, é inútil falar. Enquanto os senhores não tiverem aceitado reformar o Concílio, considerando a doutrina desses papas que lhes precederam, não há diálogo possível. É inútil. As posições seriam assim mais claras.” (Mons. Lefebvre, Fideliter, nº 66, nov-dez. 1988, p.12-13) Testamento espiritual “É então um dever estrito para todo padre (e para todo fiel) que quer permanecer católico, de se separar desta Igreja Conciliar, enquanto ela não reencontrar a tradição do magistério da Igreja e da fé católica.” (Mons. Lefebvre, Itinerário espiritual, 1990, p.31) Última palavra “Agora, eles são dirigidos por outros princípios, verdadeiramente por outra religião, absolutamente. E isto é muito mais grave ainda porque, lá onde a fé diminui, é lícito esperar que se possa fazê-la reviver, lhe dar novamente vida, mas quando se substitui a religião por uma outra religião, então é muito mais grave. Então as consequências são consideráveis. É a isto que nós assistimos atualmente...[eu vos convido a ler o longo artigo de Si si no no que foi publicado hoje. Ele é sobre o cardeal Ratzinger. O autor do artigo, eu não sei quem é porque é sempre com pseudônimos, então a gente não sabe, mas

enfim, é um artigo muito bem documentado no qual ele conclui: cardeal Ratzinger é herético!...] O que é grave no cardeal Ratzinger é que ele põe em dúvida a realidade mesma do magistério da Igreja. Ele põe em dúvida que haja um magistério que seja permanente e definitivo na Igreja. Isto não é possível. Ele ataca a raiz mesma do ensinamento da Igreja, o ensinamento do magistério da Igreja. Não há mais verdades permanentes na Igreja, verdades de fé, por conseguinte, não há mais dogmas na Igreja. Isto é radical, evidentemente que é herético! É terrível, mas é assim! Então, se vê a fé se esvanecer, desaparecer, e eles o dizem de uma maneira sempre mais evidente, sempre mais clara. Então, é claro, que somos nós que não somos católicos, e


Página |9 são eles que são católicos! Por quê? Porque eles estão nas sedes episcopais... isto não é uma razão! Como dizia Santo Atanásio: Vós tendes as igrejas, nós temos a fé!...Eles

tem

as

sedes

episcopais,

nós

temos

a

fé!

Somos

nós

que

somos

católicos,

é

evidente!”

(Penúltima conferência espiritual aos seminaristas de Ecône, antes de sua morte, 11 de fev. 1991)

O PAPA NO BRASIL. ONDE ESTÁ A PRIMAVERA MONSENHOR FELLAY? Monsenhor Fellay, em 6 de outubro de 2012 (em La Reja) declarou: “A situação em que estamos é como a situação ao final do inverno: se veem os brotos. A primavera está para vir. Há já sinais da primavera... para mim a situação não é madura, há que esperar o desenvolvimento para ver quando estará a primavera.” Como está a fé do Papa Francisco? Extratos de entrevistas concedidas no Brasil e no retorno a Roma. A repórter Patrícia Zorzan perguntou-lhe: No Brasil, foi aprovada uma lei que alarga o direito ao aborto e permitiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Por que não falou sobre isso? “A igreja já se expressou perfeitamente sobre isso. Eu não queria voltar sobre isso. Não era necessário voltar sobre isso (note-se que a lei foi sancionada pela presidente dias após o retorno do Papa a Roma), como também não era necessário falar sobre outros assuntos”. Mas é um assunto que interessa aos jovens…, replicou-lhe, e ele respondeu: Sim, contudo não havia necessidade de falar sobre isso, mas das coisas positivas que abrem o caminho aos jovens. Não é verdade? Além disso, os jovens sabem perfeitamente qual é a posição da Igreja!” “Esses movimentos são uma graça para a Igreja. A Renovação Carismática não serve apenas para evitar que alguns sigam os pentecostais. Eles são importantes para a própria Igreja, a Igreja que se renova”.

Simplesmente ridículo: Na JMJ, Bispos convencidos pelos coreógrafos, ensaiam para flash mob. A coreografia inclui braços para cima, pulinhos e rodopios.

“Creio que é preciso estimular uma cultura do encontro, em todo o mundo. No mundo todo. De modo que cada um sinta a necessidade de dar à humanidade os valores éticos de que a humanidade necessita. Cada religião tem suas crenças. Mas, dentro dos valores de sua própria fé, trabalhar pelo próximo. E nos encontrarmos todos para trabalhar pelos outros. Boa noite, Santo Padre. Santo Padre, voltando ao ecumenismo: hoje os ortodoxos celebram 1025 anos de

cristianismo (não!) [obs. De terrível cisma]; haverá grandes celebrações em muitas capitais. Se quiser fazer um comentário sobre este fato, deixar-me-á feliz com isso. Obrigado. [Alexey Bukalov] Nas Igrejas ortodoxas, foi conservada aquela primitiva liturgia, tão bela. Nós perdemos um pouco o sentido da adoração; elas conservam-no, elas louvam a Deus, elas adoram a Deus, cantam, o tempo não conta. O centro é Deus, e esta é uma riqueza que gostava de sublinhar nesta ocasião em que você me faz essa pergunta. Certa vez, falando da Igreja do Ocidente, da Europa Ocidental, sobretudo a Igreja mais crescida, me foi dita esta frase: «Lux ex oriente, ex ocidente luxus». O consumismo, o bemestar fizeram-nos muito mal. Vocês, pelo contrário, mantiveram no centro essa beleza de Deus, como referência. Quando se lê Dostoiévski – eu acho que é, para todos nós, um autor que devemos ler e reler, porque tem uma sabedoria – percebe-se qual é a alma russa, a alma oriental. É algo que nos fará muito bem. Precisamos dessa renovação, desse ar fresco do Oriente, dessa luz do Oriente. João Paulo II escreveu isso em sua Carta. Mas, muitas vezes, o luxus do Ocidente nos faz perder o horizonte. Não sei, mas o que me ocorre dizer é isto: Obrigado! Sobre ele insistentemente se apresentar como bispo de Roma: “A verdade, nesse ponto, é que não se deve ir além do que diz. O Papa é bispo, Bispo de Roma; e porque é Bispo de Roma é sucessor de Pedro, Vigário de Cristo. São outros títulos, mas o primeiro título é «Bispo de Roma», e daí deriva tudo. Falar, pensar que isso queira dizer ser primus inter pares, não; isso não se segue daquele título. É simplesmente o primeiro título do Papa: Bispo de Roma. Mas temos também os outros... Eu acho que, naquilo que você disse, há algo de ecumenismo: penso que isso possa favorecer um pouco o ecumenismo. Mas, só isso…” Gostaríamos

de

saber

como

é

sua

relação

de

trabalho, e não só de amizade e colaboração, com Bento XVI – nunca antes houve uma situação semelhante –, saber se você tem contatos frequentes e se ele lhe está ajudando neste trabalho. Muito obrigado! “Creio que a última vez que houve dois Papas, ou três Papas, eles não se falavam; eles estavam brigando entre si para ver quem era o verdadeiro. Chegaram a ser três, durante o Cisma do Ocidente. Há uma coisa que qualifica a minha relação com Bento: eu o amo muito. Sempre o amei. Para mim, ele é um homem de Deus, um homem humilde, um homem que reza. Fiquei tão feliz, quando ele foi eleito Papa. Mesmo quando renunciou, foi para mim um exemplo de grandeza! Um grande. Só


P á g i n a | 10 um grande faz isso! Um homem de Deus e um homem de oração. Agora ele vive no Vaticano, e alguns dizem para mim: Como é possível chegar a isto? Dois Papas, no Vaticano! Mas ele não lhe estorva? Ele não move revolução contra você? Enfim, todas essas coisas que dizem, não? Eu encontrei uma frase para explicar isto: «É como ter o avô em casa», mas o avô sábio. É como, numa família, quando o avô está em casa, quando é venerado, amado, ouvido. Ele é um homem de prudência! Não se intromete. Eu lhe disse tantas vezes: «Santidade, receba, viva a sua vida, venha conosco». Ele veio para a inauguração e a bênção da estátua de São Miguel. Bem, aquela frase diz tudo. Para mim, é como ter o avô em casa: o meu pai. Se eu tivesse uma dificuldade ou uma coisa que não entendia, telefonaria: «Mas – me diga – eu posso fazer assim, isso?». E quando eu fui para falar sobre aquele problema sério de Vatileaks, ele me contou tudo com uma grande simplicidade... como se estivesse ao serviço”

importa. O que me importa é que a eduquem e saciem a sua fome”.

“Se há uma criança que tem fome, que não tem educação, o que deve nos mobilizar é que ela deixe de ter fome e tenha educação. Se essa educação virá dos católicos, dos protestantes, dos ortodoxos ou dos judeus, não

(Poderíamos prolongar...)

Ao ser interrogado sobre as canonizações de João XXIII e João Paulo II, responde, dentre outras coisas: [sobre João XXIII] “É um grande, um grande! Depois o evento do Concílio: é um homem dócil à voz de Deus, porque aquilo lhe veio do Espírito Santo; lhe veio e ele foi dócil.” “De João Paulo II, apetece-me chamar-lhe «o grande missionário da Igreja»: é um missionário, é um missionário, um homem que levou o Evangelho a toda a parte; sabem-no melhor vocês do que eu. Quantas viagens ele fez? Ia! Ele sentia este fogo de fazer avançar a Palavra do Senhor. É um Paulo, é um São Paulo, é um homem assim; e isso para mim é grande. E acho que fazer a cerimônia de canonização dos dois juntos seja uma mensagem para a Igreja: estes dois são bons, eles são bons, são dois bons.”

Se é pecado o Liberalismo, e que pecado é, Dom Félix Sarda

Nega-os a todos em geral quando

nega

afirma ou supõe a independência

parcialmente

absoluta

no

medida

Y Salvany

ou

circunstâncias,

critério

da

indivíduo,

e

razão da

público

individual

razão na

social

sociedade.

Dizemos afirma, ou supõe,

porque

cada

um ou

dos em

que,

dogmas,

concreto,

segundo os

à as

encontram

opostos ao seu critério racionalista. Assim,

nega

a

recebida

no

O Liberalismo é pecado, quer se

às

considere na ordem das doutrinas,

secundárias não se afirma o princípio

de

quer na ordem dos fatos.

liberal, mas dá-se já por suposto ou

matrimônio

quando

admitido. Nega a jurisdição absoluta

doutrina

chamado

Na ordem das doutrinas é pecado

de Cristo Deus sobre os indivíduos e

civil;

grave contra a fé, porque as suas

as sociedades, e por consequência a

Pontífice

doutrinas são heréticas. Na ordem

jurisdição delegada que sobre todos

admitir como lei os seus mandatos e

dos

fatos

é

pecado

contra

vezes

nas

consequências

batismo quando admite a igualdade cultos;

nega

do

nega

a santidade

a

do

sustenta

a

matrimônio

infalibilidade

Romano

quando

do

recusa

os

e cada um dos fiéis, de qualquer

ensinamentos

diversos mandamentos da lei de

condição e dignidade que sejam,

sujeitando-os

Deus e da sua Igreja, porque a todos

recebeu de Deus, o Cabeça visível da

ou exequatur, não como no princípio

viola. Na ordem das doutrinas o

Igreja.

para

Liberalismo é a heresia universal e radical,

porque

as

compreende

e

ensinos ao

oficiais,

seu

assegurar-se

passe

da

sua

autenticidade, mas para julgar do Nega

a

necessidade

da

divina

todas; na ordem dos fatos é a

revelação, e a obrigação que tem o

infração radical e universal, porque

homem

a todas autoriza e sanciona.

alcançar o seu último fim.

de

admiti-la,

se

quer

seu conteúdo. Na ordem dos fatos é imoralidade radical.

E

isto

porque

destrói

o

princípio ou regra fundamental de Procedamos

por

demonstração. doutrinas

o

Na

parte

na

ordem

das

Liberalismo

Nega o motivo formal da fé, isto é, a

toda a moralidade, que é a razão

autoridade

eterna de Deus impondo-se à razão

de

Deus

que

revela,

é

admitindo da doutrina revelada só

humana;

heresia. Heresia é toda a doutrina

aquelas verdades que o seu curto

princípio da moral independente, que

que nega, com negação formal e

critério alcança. Nega o magistério

é no fundo a moral sem lei, ou o que

pertinaz, um dogma da fé cristã. O

infalível da Igreja e do Papa, e

é o mesmo, a moral livre, uma moral

Liberalismo-doutrina

nega-os

a

canoniza

o

absurdo

portanto todas as doutrinas por ele

que não é moral, pois a idéia de

todos, primeiramente em geral, e

definidas

moral,

depois a cada um em particular.

desta negação geral e em globo,

e

ensinadas.

E,

depois

diretiva,

além

da

sua

condição

encerra essencialmente a


P á g i n a | 11 idéia

de

restrição

Demais,

o

limitação.

Liberalismo

imoralidade, processo

ou

porque

contra

a

a

é

todo

pois, pecado máximo o que ataca o

contumácia

em

seu

fundamento máximo daquela ordem.

orgulhosa

razão sobre a razão de Deus.

e

uma

preferência

da

e

certa própria

e

Um exemplo esclarecerá. Se se dá um golpe numa árvore cortando-lhe

todos os mandamentos, desde o que

qualquer dos seus ramos, se lhe faz

Portanto, as doutrinas heréticas e as

ordena o culto de um só Deus, que é

maior golpe quanto mais importante

obras heréticas constituem o maior

o primeiro do Decálogo, até ao que

é o ramo que se corta; se lhe dá

pecado de todos, à exceção do ódio

prescreve o pagamento dos direitos

golpe máximo ou radical, se se corta

formal a Deus, do qual, como já

temporais à Igreja que é o último

a árvore pelo seu tronco ou raiz.

dissemos,

dos cinco desta.

Santo Agostinho, citado por Santo

comumente,

Tomás falando do pecado contra a

condenados.

isto

se

pode

cometeu

nele,

obstinação

sancionou como lícita a infração de

Por

histórico

pontos desta ordem sobrenatural; é,

dizer

que

o

fé,

diz

com

são

o

capazes,

demônio

e

os

precisão

Liberalismo, na ordem das idéias, é

incontestável: Hoc est peccatum quo

Consequentemente,

erro absoluto, e na ordem dos fatos,

tenentur cuncta peccata: “Pecado é

que é heresia, e as obras liberais,

desordem absoluta. E por ambos os

este em que se contêm todos os

que são obras heréticas, constituem

conceitos

pecados”. E o

o pecado máximo que se conhece no

é

pecado, ex

genere

suo gravíssimo: é pecado mortal.

mesmo Anjo

das

Escolas discorre sobre este ponto,

o

Liberalismo,

código da lei cristã.

como sempre, com sua costumada IV

clareza. “Um pecado, diz ele, é tanto

Da especial gravidade do pecado

mais grave, quanto por ele o homem

Liberalismo

mais se separa de Deus. Pelo pecado contra a fé o homem separa-se o

SER LIBERAL É MAIOR PECADO DO QUE SER BLASFEMO, LADRÃO, ADÚLTERO OU HOMICIDA

Ensina a teologia católica que nem

mais que pode de Deus, pois priva-

todos

são

se do seu verdadeiro conhecimento:

Logo (salvo os casos de boa fé, de

igualmente graves, ainda dentro da

por onde, conclui o santo Doutor, o

ignorância

sua

pecado contra a fé é o maior que se

liberal é maior pecado do que ser

conhece”.

blasfemo,

os

pecados

condição

graves

essencial,

que

os

distingue dos pecados veniais. Há graus no pecado, ainda dentro da

e

indeliberação),

ladrão,

adúltero

ser ou

homicida, ou qualquer outra coisa

categoria de pecado mortal, como há

Todavia, é maior ainda o pecado

das que a lei de Deus proíbe e a sua

graus

contra

justiça infinita castiga.

na

obra

boa

dentro

da

a

fé,

quando

não

simplesmente

lei de Deus. Assim o pecado direto

desta virtude e conhecimento, mas

Não o entende assim o moderno

contra Deus, como a blasfêmia, é

negação e combate formal contra

Naturalismo, mas sempre assim o

pecado mortal mais grave em si, do

dogmas

formal

creram as leis dos Estados cristãos

que

definidos

pela

o

pecado

o

expressamente divina.

até ao advento da presente era

Então o pecado contra a fé, de si

liberal; assim o prossegue ensinando

à

gravíssimo, adquire uma gravidade

a lei da Igreja, e assim o continua

Deus, que é o maior dos pecados e

maior,

se

julgando e condenando o tribunal de

que raríssimas vezes se comete pela

chama heresia. Inclui toda a malícia

Deus. Sim, a heresia e as obras

criatura, a não ser no inferno, os

da

protesto

heréticas são os piores pecados de

pecados mais graves de todos são os

expresso contra um ensinamento da

todos, e por isso o Liberalismo e os

pecados contra a fé! A razão é

fé,

atos liberais são, ex genero suo, o

evidente. A fé é o fundamento de

ensinamento que por falso e errôneo

toda a ordem sobrenatural; o pecado

é

é tal enquanto ataca qualquer dos

Acrescenta

do

contra

e

culpável

homem, como é o roubo. Pois bem, exceção

direto

carência

é

categoria da obra boa e ajustada à

ódio formal contra

que

constitui

infidelidade ou

revelação

adesão

condenado ao

mais

o o

expressa pela pecado

que

a

mesma

um

mal sobre todo o mal.

fé.

gravíssimo

Dom Félix Sarda y Salvany, DO LIBERALISMO É PECADO.

Editado por: Creem as autoridades da Igreja conciliar na presença real? Abaixo momento da comunhão na “missa” da jornada mundial da Juventude. Copos descartáveis serviram de cibórios.

Capela Nossa Senhora das Alegrias www.nossasenhoradasalegrias.com.br

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