Movimento Viva o Centro vem trazer às autoridades Vereador Serjão e Vereador Vinícius Simões sugestões a fim de devolver ao Centro a dignidade de um bairro que reúne a história, a tradição, a cultura e o berço da sociedade Capixaba. Trouxemos uma série de sugestões, umas simples , outras complexas, mas acima de tudo trouxemos a disponibilidade, o voluntariado e o emprenho que os quase 1800 adeptos do nosso movimento se dispõem a dar pelo bairro, a contribuição de cada um, assim como nós que aqui viemos para trazer estas ideias, que podem parecer audaciosas, mas que são factíveis e implementáveis sem termos que reinventar a roda. Desta forma sugerimos em primeira instância que os senhores tenham acesso ao Livro de Kim e Maubourgne, a Estratégia do Oceano Azul, o livro trás vários cases, dentre eles o de Rudolph Giuliani prefeito de Nova York, que via a cidade ter níveis alarmantes de criminalidade, passando de um barril de pólvora a uma das cidades mais seguras do mundo. A estratégia tem como base se analisar os pontos quentes e os pontos frios, e daí remanejar esforços, atenções, pessoal e recursos para viabilizar a mudança. O pulso de ferro é fundamental, e a tolerância zero com delinquentes é mister, há a premissa da necessidade de participação da polícia militar, guarda municipal. Isto aqui é a base de qualquer trabalho. Após nossa análise dos pontos frios e quentes do Centro, vamos então a uma breve lista que elaboramos , valendo ressaltar que são todos igualmente graves, escalonados em prioridades, mas interligados, pré-requisitos e também subsequentes em quase toda sua totalidade. São eles: 1-Prédios abandonados, devem ser lacrados imediatamente, os proprietários multados pesadamente. 2- Epidemia do Crack, ação enérgica do poder público afastando os usuários do centro, com monitoramento constante, e com o fim dos “abrigos” que eles encontram. 3- Violência, presença da guarda municipal, da PM, e uso de apitos pela população e alarmes de alerta nas ruas a exemplo de outras cidades da Europa, temos um link aqui que mostra como funciona o Policiamento Comunitário, que é um caminho a ser seguido: http://www.nevusp.org/downloads/down247.pdf 4-Sujeira e abandono de ruas, parte abandono, parte “esculhambação” da própria população: campanhas de mutirão, com participação da PMV, multa e sanções a infratores, necessidade de locais de despejo de entulhos e orientação , informação e uma campanha euducativa para a população.
5- Decadência dos imóveis, falta de investimento do setor imobiliário. E a consequente desvalorização, degradação e falta de interesse da própria população em frequentar o bairro. A construção incentivada de edifícios garagem , demolição de prédios abandonados, sejam por desapropriação de prédios de risco, seja a demolição de prédios públicos como o IAPI, aproveitamento de áreas livres, que ainda há por incrível que pareça onde se construir edifícios residenciais, edifícios garagem, reformar as praças e criação de alternativas viáveis, e viabilizadas pela iniciativa privada. Estudar o case da Lapa no Rio de Janeiro, e a revitalização passou por uma campanha em prol da valorização do bairro e do investimento privado, com o lançamento do empreendimento Cores da Lapa , isto pode ser potencializado fazendo as devidas alterações no plano diretor urbano, dando incentivo a novas edificações no Centro. O comércio do Centro, mesmo assim ainda é pulsante, e pode ser um alavancador para todo o processo. Se trouxermos mobilidade e segurança, se observarem tudo se encaixa , uma coisa depois da outra, uma junto a outra. 6- Falta de lazer e turismo. Desenvolver o potencial turístico do bairro, com as mazelas acima sendo tratadas uma a uma , e desenvolvendo em paralelo pequenas ações a fim de trazer a população de volta ao centro, e uma orientação mais adequada ao turista que desembarca nos navios. Aqui fica a sugestão da criação da rua de Lazer na Beira Mar, aos sábados, tal como a criação de um mapa ilustrado do comércio do centro, a exemplo do que existe acerca dos prédios históricos, para o turista saber onde tem o sorvete, o lanche, o restaurante bacana, a banca de revista bacana, o chopp bacana, os ateliês, as galerias, as lojas interessantes, ou seja um lance pop e Cult, fácil de fazer e com impacto incrível. É necessário se enumerar as ruas e setores por ordem de “gravidade”, sendo a duque de Caxias um caso extremo, toda a região do parque Moscoso, a Praça Ubaldo Ramalhete, entre outras. Com relação ao mobiliário urbano, recuperação de espaços públicos (praças e escadarias principalmente), e de aproveitamento comercial de prédio e espaços , mesmo que abandonados, citamos aqui o case da jcdecaux, para criação de espaços de mídia versus conservação e recuperação. A empresa é líder mundial em mídia out door, e este é um ponto que pode ser estudado como ponto de viabilidade para a alavancar recursos, ou até mesmo como exemplo e ideia para empresas locais fazerem o aproveitamento; é fundamental o uso de criatividade. Uma campanha de marketing de baixo custo e alto impacto, mesmo que digital nas mídias sociais, na web 2.0, e com peças fora da mídia convencional, como painéis, busdoor, cartazes, eventos esportivos no centro, etc, com a participação dos
moradores e comerciantes para terem orgulho do bairro e zelarem por ele, o centro está doente mas tem muitas qualidades, e tem cura. Exemplo disto é o concurso fotográfico que estamos organizando para a regata volta da Taputera, e o movimento Viva o centro, que terá mídia espontânea e rede social como divulgação principal, pois a população apoiou e abraçou a ideia. Se contarmos com o apoio do fechamento da rua para a regata, o evento terá uma força que vocês poderão se surpreender com a adesão da população, não digo do evento das fotos, e sim da população nas ruas , se divertindo em família e assistindo a regata enquanto anda de bike, namoram , brincam etc, no cartão postal da cidade. Pode-se fazer maciçamente passeios ciclístico, corrida rústica, campeonato de basquete de rua, torneio de skate, torneio de patins, caminhada , recuperação de áreas de lazer para as crianças pequenas etc, etc. Tudo isto é muito simples com uma rua de lazer aos sábados e ou domingos na beira mar. Que se divulgado a população o povo vem, criar movimento vivo entre os moradores do centro e de toda cidade, mudar a ótica onde hoje o que se vê que não há um olhar para o morador, para o centro também como bairro residencial. Implementar o uso das bikes alugadas como no Rio, e em Paris, o banco Itaú é pioneiro no Brasil , poderia ser contatado via as autoridades e ver a viabilidade. Criar mais opções de ônibus para o pessoal que trabalha no Centro e mora em outras regiões da cidade, e incentivar o uso do transporte publico e da ciclovia da beira mar para os que vão trabalhar no centro, não enfrentam lotação, pois o fluxo do horário é inverso. O mundo caminha neste sentido, e assim devemos pensar. O Assunto parece vasto, mas é fácil de ser trabalhado, basta organizarmos as forças e, fazer um plano de trabalho sério e contar com a criatividade com apoio da prefeitura e da iniciativa privada. Todavia mesmo sem o apoio inicial das grandes verbas, podemos fazer muito usando a criatividade e a boa vontade dos moradores e simpatizantes do Centro.
Atenciosamente Renato Avelar