ano 1 | n°1 | abril/maio 2013
Primeira Demão Leo di Stasi
Toque de Mestre Biaggio Mazzeo
Cozinha da Pintura Uma Introdução
Destaque Verniz
Paulo Frade O artista clássico, que transmite as lições dos grandes mestres.
editorial
a s a C a d z i Vern
Aos meus atuais e futuros
Camila Giudice Editor/Idealizador
amigos
Apresento-lhes a revista Verniz! A Verniz é uma revista criada com muito carinho, para artistas pintores, estudantes de arte, e para os que querem se arriscar a viver de uma intensa paixão que é a arte. A ideia surgiu a partir da necessidade de não encontrar uma publicação que explicasse sobre material, artistas brasileiros, cursos, mercados da arte, etc. A Verniz abre espaço para novos, profissionais e artistas da velha guarda, que com maestria regem sua principal ferramenta: o pincel. Nosso objetivo é valorizar nossos artistas pintores, os conhecedores do mercado de arte e trocar experiências com vocês. Queremos receber muitas contribuições de dicas, trabalhos, indicação de talentos, para que possamos sempre oferecer o que há de melhor! Estamos de braços e corações abertos para o que der e vier. Sejam bem vindos ao universo da Verniz.
Raimund Schmidt Design Gráfico e Diagramação Markus Runk Marketing e estratégia Redatores Camila Giudice Conselho Editorial Camila Giudice, Raimund Schmidt e Markus Runk
Aproveitem a leitura e não deixem de visitar nosso site: www.vernizarte.com.br e nosso Twitter @Vernizarte, sempre com muitas novidades.
Colaboradores Márcio Alessandri, Marcel Bernardi Twitter:@vernizarte Facebook: www.facebook.com/vernizarte Site: www.vernizarte.com.br
Muito brilho em suas obras! Camila Giudice Editora da Revista Verniz e Artista Plástica
Distribuição: eletrônica Publicidade: contato@vernizarte.com.br
ano 1 | n°1 | abril 2013
Capa Paulo Frade
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Os artigos são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução parcial de textos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem a prévia autorização dos artistas ou do editor da revista. Para colaborar com a Verniz, envie seu material para: contato@vernizarte.com.br Verniz é uma Marca Registrada ® Todos os direitos reservados.
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editorial
a s a C a d z i Vern
Aos meus atuais e futuros
Camila Giudice Editor/Idealizador
amigos
Apresento-lhes a revista Verniz! A Verniz é uma revista criada com muito carinho, para artistas pintores, estudantes de arte, e para os que querem se arriscar a viver de uma intensa paixão que é a arte. A ideia surgiu a partir da necessidade de não encontrar uma publicação que explicasse sobre material, artistas brasileiros, cursos, mercados da arte, etc. A Verniz abre espaço para novos, profissionais e artistas da velha guarda, que com maestria regem sua principal ferramenta: o pincel. Nosso objetivo é valorizar nossos artistas pintores, os conhecedores do mercado de arte e trocar experiências com vocês. Queremos receber muitas contribuições de dicas, trabalhos, indicação de talentos, para que possamos sempre oferecer o que há de melhor! Estamos de braços e corações abertos para o que der e vier. Sejam bem vindos ao universo da Verniz.
Raimund Schmidt Design Gráfico e Diagramação Markus Runk Marketing e estratégia Redatores Camila Giudice Conselho Editorial Camila Giudice, Raimund Schmidt e Markus Runk
Aproveitem a leitura e não deixem de visitar nosso site: www.vernizarte.com.br e nosso Twitter @Vernizarte, sempre com muitas novidades.
Colaboradores Márcio Alessandri, Marcel Bernardi Twitter:@vernizarte Facebook: www.facebook.com/vernizarte Site: www.vernizarte.com.br
Muito brilho em suas obras! Camila Giudice Editora da Revista Verniz e Artista Plástica
Distribuição: eletrônica Publicidade: contato@vernizarte.com.br
ano 1 | n°1 | abril 2013
Capa Paulo Frade
4
Os artigos são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução parcial de textos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem a prévia autorização dos artistas ou do editor da revista. Para colaborar com a Verniz, envie seu material para: contato@vernizarte.com.br Verniz é uma Marca Registrada ® Todos os direitos reservados.
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COZINHA DA PINTURA Márcio Alessandri
Uma introdução à Cozinha da Pintura, onde trata sobre a importância do conhecimento do uso dos materiais.
PRIMEIRA DEMÃO
Leonardo di Stasi Entrevista com o promissor artista plástico, cujo poder de criação de técnicas já levou a execução de mais de 1000 obras em sua curta carreira.
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ANÁLISE DA OBRA
DESTAQUE VERNIZ
Márcio Alessandri
Paulo Frade
As técnicas empregadas na obra “O casal Arnolfini”, de Jan Van Eyck é analisada pelo professor Márcio Alessandri da Cozinha da Pintura.
Entrevista com um dos maiores mestres da pintura clássica da atualidade, Paulo Frade, que dissemina a antiga arte à nova geração de pintores.
22
28
TOQUE DE MESTRE
SKETCHBOOK André Biral
Biaggio Mazzeo
Entrevista com o grande pintor retratista, responsável por imortalizar em telas grandes personalidades nacionais e internacionais.
O desenhista, pintor e tatuador André Biral abre seu sketckbook e dá uma amostra de seu grande talento com influências na cultura oriental.
40 48
| Bruno Passos A arte na Campanha da Conto Figueira
Arte na Moda
08
Mercado da Arte | João Carlos Lopes dos Santos
46
Dicas Culturais | Camila Giudice
14
Espaço da Arte | Camila Giudice
50
| Marcel Bernardi Programa Autodesk – SketchBook Pro
Arte na Tecnologia
20
Dicas do Artista | Biaggio Mazzeo
52
Burburinho | Camila Giudice
26
Ateliê do Artista | Camila Giudice
53
Arte e Consumo | Camila Giudice
38
Toy Art | Raimund Schmidt
54
Dicas de Materiais | Camila Giudice
39
Verniz Visita | Camila Giudice
58
TOP 5 Filmes de pintores
Bibliotecas especialistas em Arte Fun Design – Loja Uzinga
Materiais que facilitam o trabalho do artista
Onde posso registrar uma obra de arte de minha autoria? Casarão do Belvedere
Como limpar e conservar o pincel em 5 passos
Os ateliês dos artistas da edição
Coleção Clássicos da Arte – Monalisa
SP-Arte
COZINHA DA PINTURA Márcio Alessandri
Uma introdução à Cozinha da Pintura, onde trata sobre a importância do conhecimento do uso dos materiais.
PRIMEIRA DEMÃO
Leonardo di Stasi Entrevista com o promissor artista plástico, cujo poder de criação de técnicas já levou a execução de mais de 1000 obras em sua curta carreira.
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ANÁLISE DA OBRA
DESTAQUE VERNIZ
Márcio Alessandri
Paulo Frade
As técnicas empregadas na obra “O casal Arnolfini”, de Jan Van Eyck é analisada pelo professor Márcio Alessandri da Cozinha da Pintura.
Entrevista com um dos maiores mestres da pintura clássica da atualidade, Paulo Frade, que dissemina a antiga arte à nova geração de pintores.
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TOQUE DE MESTRE
SKETCHBOOK André Biral
Biaggio Mazzeo
Entrevista com o grande pintor retratista, responsável por imortalizar em telas grandes personalidades nacionais e internacionais.
O desenhista, pintor e tatuador André Biral abre seu sketckbook e dá uma amostra de seu grande talento com influências na cultura oriental.
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| Bruno Passos A arte na Campanha da Conto Figueira
Arte na Moda
08
Mercado da Arte | João Carlos Lopes dos Santos
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Dicas Culturais | Camila Giudice
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Espaço da Arte | Camila Giudice
50
| Marcel Bernardi Programa Autodesk – SketchBook Pro
Arte na Tecnologia
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Dicas do Artista | Biaggio Mazzeo
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Burburinho | Camila Giudice
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Ateliê do Artista | Camila Giudice
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Arte e Consumo | Camila Giudice
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Toy Art | Raimund Schmidt
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Dicas de Materiais | Camila Giudice
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Verniz Visita | Camila Giudice
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TOP 5 Filmes de pintores
Bibliotecas especialistas em Arte Fun Design – Loja Uzinga
Materiais que facilitam o trabalho do artista
Onde posso registrar uma obra de arte de minha autoria? Casarão do Belvedere
Como limpar e conservar o pincel em 5 passos
Os ateliês dos artistas da edição
Coleção Clássicos da Arte – Monalisa
SP-Arte
arte na moda
Conto Figueira
o: r n s o t u d o r p .b Conhoejçaa.coosntofigueira.com http://l
Texto: Camila Giudice | Imagens: Conto Figueira
A loja conto figueira lança suas coleções, regadas de muito charme, exclusividade, qualidade impecável e sempre com muito estilo e arte! A Conto Figueira divulga sua nova campanha, com as obras do Artista Bruno Passos, que transmite toda a elegância da marca voltada para pessoas de bom gosto, que apreciam ter uma identidade visual impactante! Uma ótima opção para nossos artistas que apreciam uma roupa cheia de conceitos e atitude, que são feitas através do olhar da arte por quem entende de arte!
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Continua
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arte na moda
Conto Figueira
o: r n s o t u d o r p .b Conhoejçaa.coosntofigueira.com http://l
Texto: Camila Giudice | Imagens: Conto Figueira
A loja conto figueira lança suas coleções, regadas de muito charme, exclusividade, qualidade impecável e sempre com muito estilo e arte! A Conto Figueira divulga sua nova campanha, com as obras do Artista Bruno Passos, que transmite toda a elegância da marca voltada para pessoas de bom gosto, que apreciam ter uma identidade visual impactante! Uma ótima opção para nossos artistas que apreciam uma roupa cheia de conceitos e atitude, que são feitas através do olhar da arte por quem entende de arte!
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arte na moda
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Maria Quitéria, nasceu em 1742, contrariando as normas patriarcais da época, lutou ferozmente a favor da independência do Brasil. A espada em punho não a masculinizou, de beleza altiva e forte, usava em seu uniforme um saiote que serviria de exemplo que era possível ter os mesmos direitos e também partilhar de objetivos iguais aos outros, mesmo sendo diferente. Já Portinari, nascido em 1903, foi um dos pintores brasileiros com maior preocupação com as questões sociais de nosso povo, mostrando que a arte se justifica com os olhos e não com calhamaçoes de textos, conceitos e justificativas. Pintou o café, o trabalhador, a dor e o amor de ser brasileiro. Na nova fábula da Conto imaginamos o que aconteceria se M. Quitéria e C. Portinari tivessem dividido a mesma época. Com quem ela lutaria e como o pintor retrataria estas batalhas se este tempo fosse o Agora. Nas redondezas de um castelo branco tem o início a batalha de um povo que se ergue perante anos de preguiça e submissão. Eles estão famintos, famintos de ética e honestidade. Famintos de exemplos. Críticas já não são mais suficientes para matar a fome. Encuralemos os falsos Eleitos, eles representam o oposto do que é humano e do que é natural, são indiferentes a bondade, a mim e a você. Se agredir nunca foi uma solução, que seja pintada a vontade de nossa retomada e que a vergonha que sentimos perante estes senhores seja também imortalizada. Que todo ódio se transforme em inspiração. Texto de divulgação Conto Figueira
Modelo veste Conto Figueira.
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arte na moda
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Maria Quitéria, nasceu em 1742, contrariando as normas patriarcais da época, lutou ferozmente a favor da independência do Brasil. A espada em punho não a masculinizou, de beleza altiva e forte, usava em seu uniforme um saiote que serviria de exemplo que era possível ter os mesmos direitos e também partilhar de objetivos iguais aos outros, mesmo sendo diferente. Já Portinari, nascido em 1903, foi um dos pintores brasileiros com maior preocupação com as questões sociais de nosso povo, mostrando que a arte se justifica com os olhos e não com calhamaçoes de textos, conceitos e justificativas. Pintou o café, o trabalhador, a dor e o amor de ser brasileiro. Na nova fábula da Conto imaginamos o que aconteceria se M. Quitéria e C. Portinari tivessem dividido a mesma época. Com quem ela lutaria e como o pintor retrataria estas batalhas se este tempo fosse o Agora. Nas redondezas de um castelo branco tem o início a batalha de um povo que se ergue perante anos de preguiça e submissão. Eles estão famintos, famintos de ética e honestidade. Famintos de exemplos. Críticas já não são mais suficientes para matar a fome. Encuralemos os falsos Eleitos, eles representam o oposto do que é humano e do que é natural, são indiferentes a bondade, a mim e a você. Se agredir nunca foi uma solução, que seja pintada a vontade de nossa retomada e que a vergonha que sentimos perante estes senhores seja também imortalizada. Que todo ódio se transforme em inspiração. Texto de divulgação Conto Figueira
Modelo veste Conto Figueira.
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cozinha da pintura
Introdução à
Cozinha da Pintura Texto e Imagem: Marcio Alessandri
prometimento com um estudo de seriedade e de profunda qualidade quanto as técnicas e os materiais de pintura. Através do gentil convite dos editores, a Cozinha da Pintura contará com uma coluna que tratará sobre as propriedades e aplicações desses materiais, assim como um pouco sobre a história desses materiais, sejam eles históricos ou contemporâneos. O intuito é apresentar materiais e técnicas históricas não familiares aos leitores, assim como desmistificar informações pertinentes a procedimentos e materiais contemporâneos já consagrados. Pou-
longo de nosso percurso artístico: é comum encontrarmos obras das décadas de 70 e 80 que estão literalmente se desmanchando, que desbotaram suas cores entre outros desastres. Há não somente uma questão de praticidade operacional e consequentemente expressiva na Cozinha da Pintura, mas como uma questão ética, ligada a durabilidade das obras que muitas vezes podem ser vendidas a preços exorbitantes. É necessário lembrar que a arte é um produto vendável e os compradores são clientes que pagam por um produto que deveria sustentar boas condições de fruição. Isso significa durabilidade. Essa é uma das muitas diferenças entre o pintor envolvido em sua cozinha e aquele que não parece muito preocupado com suas ferramentas: o conhecimento. É ele que nos dá suporte, é ele que nos garante liberdade e segurança em diversos níveis. O artista que usa esse conhecimento pode melhor avaliar os materiais oferecidos pela indústria, evitando assim comprar gato por lebre ou cair em quaisquer armadilhas. Para os artistas que produzem artesanalmente seus próprios materiais a vantagem é poder cria-los no ateliê ajustando-os especialmente a seu gosto pessoal ou ate mesmo criar materiais não disponíveis pela indústria. Pretendemos mostrar por aqui uma série de artigos focados nessa cozinha de cores e aromas que estuda as funções e as características dos materiais para que você possa experimentá-los e então julgar o quão importante nos é esse conhecimento. Conhecimento esse que outrora fora largado numa época de diferente sensibilidade, mas que hoje mostra-se novamente fundamental tanto na esfera poética quanto na esfera formal. Muita tinta, um grande abraço e nos vemos por aqui!
"O conhecimento. É ele que nos dá suporte, é ele que nos garante liberdade e segurança em diversos níveis."
grandes editoras, mas do próprio artista que não procura informação pertinente e de qualidade. Onde não há demanda, não há o produto específico. Mas, os tempos mudaram. A pesquisa da Cozinha da Pintura, assim como a Revista Verniz, surgiu dessa necessidade: o com-
O Brasil é um país jovem, com pouca tradição em pintura quando comparado a Europa ou até mesmo aos EUA. Sofremos com a carência de textos especializados e principalmente com a falta de precisão nesses textos. Mas isso talvez não seja somente culpa da indústria ou das
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cos artistas procuram conhecer profundamente a vasta gama dos diferentes materiais históricos ou aqueles disponíveis no mercado. Essa falta de comprometimento, ou intimidade, pode resultar em grande dificuldade no emprego de diferentes técnicas assim como diminuir seu leque de opções expressivas. No pior dos casos até mesmo comprometer a integridade física de suas obras. É necessário que os artistas compreendam que a medida que seu conhecimento e intimidade aprofunda-se na “cozinha” da pintura, temos a oportunidade de controlar melhor nossas ferramentas, criando novas possibilidades técnicas e estéticas. Ao conhecer e controlar os materiais intimamente não somente alcançamos objetivos estéticos mais facilmente mas temos uma menor chance de descobrir surpresas desagradáveis ao
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cozinha da pintura
Introdução à
Cozinha da Pintura Texto e Imagem: Marcio Alessandri
prometimento com um estudo de seriedade e de profunda qualidade quanto as técnicas e os materiais de pintura. Através do gentil convite dos editores, a Cozinha da Pintura contará com uma coluna que tratará sobre as propriedades e aplicações desses materiais, assim como um pouco sobre a história desses materiais, sejam eles históricos ou contemporâneos. O intuito é apresentar materiais e técnicas históricas não familiares aos leitores, assim como desmistificar informações pertinentes a procedimentos e materiais contemporâneos já consagrados. Pou-
longo de nosso percurso artístico: é comum encontrarmos obras das décadas de 70 e 80 que estão literalmente se desmanchando, que desbotaram suas cores entre outros desastres. Há não somente uma questão de praticidade operacional e consequentemente expressiva na Cozinha da Pintura, mas como uma questão ética, ligada a durabilidade das obras que muitas vezes podem ser vendidas a preços exorbitantes. É necessário lembrar que a arte é um produto vendável e os compradores são clientes que pagam por um produto que deveria sustentar boas condições de fruição. Isso significa durabilidade. Essa é uma das muitas diferenças entre o pintor envolvido em sua cozinha e aquele que não parece muito preocupado com suas ferramentas: o conhecimento. É ele que nos dá suporte, é ele que nos garante liberdade e segurança em diversos níveis. O artista que usa esse conhecimento pode melhor avaliar os materiais oferecidos pela indústria, evitando assim comprar gato por lebre ou cair em quaisquer armadilhas. Para os artistas que produzem artesanalmente seus próprios materiais a vantagem é poder cria-los no ateliê ajustando-os especialmente a seu gosto pessoal ou ate mesmo criar materiais não disponíveis pela indústria. Pretendemos mostrar por aqui uma série de artigos focados nessa cozinha de cores e aromas que estuda as funções e as características dos materiais para que você possa experimentá-los e então julgar o quão importante nos é esse conhecimento. Conhecimento esse que outrora fora largado numa época de diferente sensibilidade, mas que hoje mostra-se novamente fundamental tanto na esfera poética quanto na esfera formal. Muita tinta, um grande abraço e nos vemos por aqui!
"O conhecimento. É ele que nos dá suporte, é ele que nos garante liberdade e segurança em diversos níveis."
grandes editoras, mas do próprio artista que não procura informação pertinente e de qualidade. Onde não há demanda, não há o produto específico. Mas, os tempos mudaram. A pesquisa da Cozinha da Pintura, assim como a Revista Verniz, surgiu dessa necessidade: o com-
O Brasil é um país jovem, com pouca tradição em pintura quando comparado a Europa ou até mesmo aos EUA. Sofremos com a carência de textos especializados e principalmente com a falta de precisão nesses textos. Mas isso talvez não seja somente culpa da indústria ou das
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cos artistas procuram conhecer profundamente a vasta gama dos diferentes materiais históricos ou aqueles disponíveis no mercado. Essa falta de comprometimento, ou intimidade, pode resultar em grande dificuldade no emprego de diferentes técnicas assim como diminuir seu leque de opções expressivas. No pior dos casos até mesmo comprometer a integridade física de suas obras. É necessário que os artistas compreendam que a medida que seu conhecimento e intimidade aprofunda-se na “cozinha” da pintura, temos a oportunidade de controlar melhor nossas ferramentas, criando novas possibilidades técnicas e estéticas. Ao conhecer e controlar os materiais intimamente não somente alcançamos objetivos estéticos mais facilmente mas temos uma menor chance de descobrir surpresas desagradáveis ao
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dicas culturais
Pipoca e pintura
Fonte: www.cinemaclassico.com www.imdb.com
A Verniz selecionou cinco filmes sobre a vida de grandes pintores para a sua sessão pipoca, regada com muita arte!
A Moça do Brinco de Pérola – 2003 – Peter Webber Uma jovem camponesa vai trabalhar na casa do grande pintor expressionista Johannes Vermeer (1632-1675), e acaba tornando-se sua modelo para seu quadro mais famoso. (100 min) Com Scarlett Johansson, Colin Firth, Tom Wilkinson, Judy Parfitt
Caravaggio – 1986 – Derek Jarman Conta a história da vida do celebrado pintor do século 17, Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) por meio do seu brilhantismo, sua sexualidade e sua relação com o poder. (93 min) Com Noam Almaz, Dexter Fletcher, Dawn Archibald, Sean Bean
Os Amores de Picasso- 1996 – James Ivory Um apaixonado drama que conta a história de Francoise Gilot, o único amor de Pablo Picasso (1881-1973) mas a infidelidade dele acaba por destruir a relação. (125 min) Com Anthony Hopkins, Natascha McElhone, Julianne Moore, Joss Ackland
Vincent & Theo – 1990 – Robert Altman A intensa relação de amor e ódio, entre o pintor holandês Vincent Van Gogh (18531890) e seu irmão mais novo, Theodore. Conheça a solidão, a euforia e a poesia de Van Gogh (138 min) Com Tim Roth, Paul Rhys, Adrian Brine, Jean-François Perrier
Modigliani - A Paixão pela Vida – 2004 – Mick Davis Modigliani. Andy Garcia personifica o doce e boêmio pintor italiano Amedeo Modigliani (1884-1920), quando morava em Paris. Seu trágico romance com Jeanne Hebuterne e suas brigas com Picasso. (128 min) Com Andy Garcia, Elsa Zylberstein, Omid Djalili, Hippolyte Girardot
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dicas culturais
Pipoca e pintura
Fonte: www.cinemaclassico.com www.imdb.com
A Verniz selecionou cinco filmes sobre a vida de grandes pintores para a sua sessão pipoca, regada com muita arte!
A Moça do Brinco de Pérola – 2003 – Peter Webber Uma jovem camponesa vai trabalhar na casa do grande pintor expressionista Johannes Vermeer (1632-1675), e acaba tornando-se sua modelo para seu quadro mais famoso. (100 min) Com Scarlett Johansson, Colin Firth, Tom Wilkinson, Judy Parfitt
Caravaggio – 1986 – Derek Jarman Conta a história da vida do celebrado pintor do século 17, Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) por meio do seu brilhantismo, sua sexualidade e sua relação com o poder. (93 min) Com Noam Almaz, Dexter Fletcher, Dawn Archibald, Sean Bean
Os Amores de Picasso- 1996 – James Ivory Um apaixonado drama que conta a história de Francoise Gilot, o único amor de Pablo Picasso (1881-1973) mas a infidelidade dele acaba por destruir a relação. (125 min) Com Anthony Hopkins, Natascha McElhone, Julianne Moore, Joss Ackland
Vincent & Theo – 1990 – Robert Altman A intensa relação de amor e ódio, entre o pintor holandês Vincent Van Gogh (18531890) e seu irmão mais novo, Theodore. Conheça a solidão, a euforia e a poesia de Van Gogh (138 min) Com Tim Roth, Paul Rhys, Adrian Brine, Jean-François Perrier
Modigliani - A Paixão pela Vida – 2004 – Mick Davis Modigliani. Andy Garcia personifica o doce e boêmio pintor italiano Amedeo Modigliani (1884-1920), quando morava em Paris. Seu trágico romance com Jeanne Hebuterne e suas brigas com Picasso. (128 min) Com Andy Garcia, Elsa Zylberstein, Omid Djalili, Hippolyte Girardot
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primeira demão
Leo
di Stasi
Texto: Camila Giudice | Pinturas: Leo di Stasi | Fotografia: Markus Runk e Raimund Schmidt
Leo Di Stasi, nascido em 28 de Junho de 1975 em São Paulo, Capital, começou a pintar em 2004. Teve como mestre Paulo Frade, mas não se restringe ao Clássico. Fã de Van Gogh, possui mais de 1000 obras nos mais diversos estilos. Acompanhem a história desse artista promissor, que vive pela e para arte! “Em 2004 fiz meu primeiro quadro, girassóis como de Van
Gogh, com o material de pintura de minha mãe, em uma plaquinha de madeira. Tenho esse quadro até hoje. Comecei a estudar em 2005, e sempre busquei as referências do Van Gogh. Fazia as pinceladas grossas, com muita tinta, muitas cores, contornos. Estudei com o Paulo Frade em 2006, a arte clássica.” Em 2009, seus recursos financeiros se esgotaram, o que foi
16
um ponto crucial que deu um “boom” em suas criações. “Precisava pintar, e conseguir um material mais barato. Foi quando comecei a pegar placas de eucatex na rua, e trabalhar com giz de cera e areia. Como não tinha grana para o material, pegava o que aparecia. A partir disso, surgiu o trabalho com madeirite, tintas esmalte, papel, onde fiz bastante desenhos de nus, e na fase atual
primeira demão
Leo
di Stasi
Texto: Camila Giudice | Pinturas: Leo di Stasi | Fotografia: Markus Runk e Raimund Schmidt
Leo Di Stasi, nascido em 28 de Junho de 1975 em São Paulo, Capital, começou a pintar em 2004. Teve como mestre Paulo Frade, mas não se restringe ao Clássico. Fã de Van Gogh, possui mais de 1000 obras nos mais diversos estilos. Acompanhem a história desse artista promissor, que vive pela e para arte! “Em 2004 fiz meu primeiro quadro, girassóis como de Van
Gogh, com o material de pintura de minha mãe, em uma plaquinha de madeira. Tenho esse quadro até hoje. Comecei a estudar em 2005, e sempre busquei as referências do Van Gogh. Fazia as pinceladas grossas, com muita tinta, muitas cores, contornos. Estudei com o Paulo Frade em 2006, a arte clássica.” Em 2009, seus recursos financeiros se esgotaram, o que foi
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um ponto crucial que deu um “boom” em suas criações. “Precisava pintar, e conseguir um material mais barato. Foi quando comecei a pegar placas de eucatex na rua, e trabalhar com giz de cera e areia. Como não tinha grana para o material, pegava o que aparecia. A partir disso, surgiu o trabalho com madeirite, tintas esmalte, papel, onde fiz bastante desenhos de nus, e na fase atual
primeira demão
com recicláveis, mangueira de bombeiro, toalhas, latas, peças de roupas, arame farpado e vários outros objetos inusitados. O que encontro uso.” Diz que a inspiração vem a todo momento. Dorme e acorda artista. Não sossega até terminar, e de acordo com a escassez do material surgem várias fases. “A inspiração simplesmente vem. Quando acho um objeto
te, me satisfaz a parte do ego, ganho meu dia com minha obras. As pessoas acham que sou doido, playboy, mas moro com meus pais, e coloquei como meu objetivo viver da arte. Foi uma escolha que fiz, quero entrar para história.” Aconselha para quem está começando a pintar, a fazer o que gosta. Nunca tentar agradar os outros e não se comparar aos demais. Se não sair bom, não
“A inspiração simplesmente vem. Quando acho um objeto na rua, já tenho o quadro pronto na mente." na rua, já tenho o quadro pronto na mente. Enquanto estou fazendo um, já vem logo a ideia de outro. E nas dificuldades que encontro a ajuda, sempre vem alguma coisa nova, não sei o que vai vir, sei que vem.” Leonardo respira arte 24 horas, convive com elas, e vive somente desta produção. Hoje sua rotina é acordar pintar e dormir. Se dedica 100% a arte. Espera ter no futuro reconhecimento e poder viver da arte. “Preciso da arte espiritualmen-
interessa. Começar outro e praticar. Estudar é muito importante. “Ia ao MASP e ficava deprimido, achando que nunca chegaria a pintar daquele jeito, ia lá para sofrer, ficar lamentando. Resolvi inverter isso e começar a fazer os meus. Hoje quando vou lá, já acho os meus mais legais. Tem que gostar do que está fazendo. Aí dá certo!”
es: õ ç a m r o f n Mais.lieodistasi.com www
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primeira demão
com recicláveis, mangueira de bombeiro, toalhas, latas, peças de roupas, arame farpado e vários outros objetos inusitados. O que encontro uso.” Diz que a inspiração vem a todo momento. Dorme e acorda artista. Não sossega até terminar, e de acordo com a escassez do material surgem várias fases. “A inspiração simplesmente vem. Quando acho um objeto
te, me satisfaz a parte do ego, ganho meu dia com minha obras. As pessoas acham que sou doido, playboy, mas moro com meus pais, e coloquei como meu objetivo viver da arte. Foi uma escolha que fiz, quero entrar para história.” Aconselha para quem está começando a pintar, a fazer o que gosta. Nunca tentar agradar os outros e não se comparar aos demais. Se não sair bom, não
“A inspiração simplesmente vem. Quando acho um objeto na rua, já tenho o quadro pronto na mente." na rua, já tenho o quadro pronto na mente. Enquanto estou fazendo um, já vem logo a ideia de outro. E nas dificuldades que encontro a ajuda, sempre vem alguma coisa nova, não sei o que vai vir, sei que vem.” Leonardo respira arte 24 horas, convive com elas, e vive somente desta produção. Hoje sua rotina é acordar pintar e dormir. Se dedica 100% a arte. Espera ter no futuro reconhecimento e poder viver da arte. “Preciso da arte espiritualmen-
interessa. Começar outro e praticar. Estudar é muito importante. “Ia ao MASP e ficava deprimido, achando que nunca chegaria a pintar daquele jeito, ia lá para sofrer, ficar lamentando. Resolvi inverter isso e começar a fazer os meus. Hoje quando vou lá, já acho os meus mais legais. Tem que gostar do que está fazendo. Aí dá certo!”
es: õ ç a m r o f n Mais.lieodistasi.com www
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arte na tecnologia
Autodesk
SketchBook Pro Texto: Marcel Bernardi | Imagens: Divulgação
Hoje em dia existem muitas possibilidades para o artista exercitar sua criatividade, dentre elas, papel, tela, computador e ultimamente os fantásticos tablets, que são telas sensíveis ao toque. Dentre elas a que mais se destaca no mercado é o iPad da Apple, devido ao marketing sobre sua marca, seu Sistema Operacional extremamente intuitivo e uma enorme variedade de aplicativos de qualidade em sua loja. E claro que o artista não estaria de fora desta gama de aplicativos. Um dos mais atraentes em minha opinião para o design e criação de imagens é o Autodesk SketchBook Pro para iPad, custando apenas U$ 2,99 este aplicativo é uma verdadeira tela de pintura em uma tela sensivel ao toque. Fabricado pela Autodesk que é uma das empresas pioneiras no ramo da Computação Gráfica, o SketchBook
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Pro possui uma interface limpa, deixando a tela completamente limpa para que o artista possa desenhar usando apenas os dedos ou uma caneta (vendida separadamente) própria para o iPad. Com apenas um toque de 2 segundos na tela, deslizando o dedo para cima e para baixo, ou então para esquerda e para a direita o usuário tem o controle da largura, tamanho e opacidade dos pincéis, com outro toque na parte superior da tela, podemos escolher as cores e o tipo de pincel a ser utilizado. Os pontos fracos do aplicativo ficam por conta das poucas camadas disponíveis (apenas 6) e do tamanho da imagem exportada (1024x768 nos iPad’s 1,2 e mini e 2048x1536 nos iPad’s 3 e 4). Mas mesmo com estas poucas limitações, o SketchBook Pro é uma ferramenta fantástica para criações de imagens em um tablet.
tore s p p A a n Downcelsosaedo link no site ou a erniz: da V.vernizarte.com.br www
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arte na tecnologia
Autodesk
SketchBook Pro Texto: Marcel Bernardi | Imagens: Divulgação
Hoje em dia existem muitas possibilidades para o artista exercitar sua criatividade, dentre elas, papel, tela, computador e ultimamente os fantásticos tablets, que são telas sensíveis ao toque. Dentre elas a que mais se destaca no mercado é o iPad da Apple, devido ao marketing sobre sua marca, seu Sistema Operacional extremamente intuitivo e uma enorme variedade de aplicativos de qualidade em sua loja. E claro que o artista não estaria de fora desta gama de aplicativos. Um dos mais atraentes em minha opinião para o design e criação de imagens é o Autodesk SketchBook Pro para iPad, custando apenas U$ 2,99 este aplicativo é uma verdadeira tela de pintura em uma tela sensivel ao toque. Fabricado pela Autodesk que é uma das empresas pioneiras no ramo da Computação Gráfica, o SketchBook
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Pro possui uma interface limpa, deixando a tela completamente limpa para que o artista possa desenhar usando apenas os dedos ou uma caneta (vendida separadamente) própria para o iPad. Com apenas um toque de 2 segundos na tela, deslizando o dedo para cima e para baixo, ou então para esquerda e para a direita o usuário tem o controle da largura, tamanho e opacidade dos pincéis, com outro toque na parte superior da tela, podemos escolher as cores e o tipo de pincel a ser utilizado. Os pontos fracos do aplicativo ficam por conta das poucas camadas disponíveis (apenas 6) e do tamanho da imagem exportada (1024x768 nos iPad’s 1,2 e mini e 2048x1536 nos iPad’s 3 e 4). Mas mesmo com estas poucas limitações, o SketchBook Pro é uma ferramenta fantástica para criações de imagens em um tablet.
tore s p p A a n Downcelsosaedo link no site ou a erniz: da V.vernizarte.com.br www
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análise da obra
O Casal
Arnolfini
Texto: Marcio Alessandri | Pintura: Van Eyck (Divulgação)
O Casal Arnolfini Óleo sobre Painel Jan Van Eyck / 1434
Apesar de muitas fontes citarem que Van Eyck fora o “criador” da pintura a óleo (graças ao livro de Giorgio Vasari) e hoje sabermos que anteriormente outros artistas fizeram uso do óleo, o artista empregou de forma magnífica o procedimento indireto de pintura e por isso é o principal estandarte da pintura flamenga. Ironicamente é um pintor que costuma figurar sempre muito atrás de pintores renascentistas e impressionistas nas listas dos grandes nomes da pintura. A razão para isso é provavelmente o desconhecimento da real importância de sua obra e de certos fatos relacionados a história da técnica de pintura, informações muitas vezes deixada de lado nos livros de história. Devemos lembrar que durante o Proto-Renascimento, o pintor mostrava seu talento escondendo a pin-
celada e não deixando-a visível. A marca do gesto e da espontaneidade é algo que somente com o impressionismo torna-se popular. Portanto, apesar de ser uma pintura “lisa” e desprovida do gesto, há outros fatores a se considerar. Jan Van Eyck é responsável por potencializar a técnica de pintura flamenga com a aplicação de inúmeras delicadas velaturas transparentes para alcançar uma ilusão de profundidade e tridimensionalidade nunca vistas antes. É o baluarte de uma sensibilidade estética (e técnica) que nos apresenta um novo elemento, o mimetismo extremo, ainda não completamente desenvolvido pois nota-se resquícios de uma frontalidade medieval nas formas, embora haja profundidade de campo assombrosa com volume praticamente tátil. Esse tipo de pintura lisa e meticulosa,
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análise da obra
O Casal
Arnolfini
Texto: Marcio Alessandri | Pintura: Van Eyck (Divulgação)
O Casal Arnolfini Óleo sobre Painel Jan Van Eyck / 1434
Apesar de muitas fontes citarem que Van Eyck fora o “criador” da pintura a óleo (graças ao livro de Giorgio Vasari) e hoje sabermos que anteriormente outros artistas fizeram uso do óleo, o artista empregou de forma magnífica o procedimento indireto de pintura e por isso é o principal estandarte da pintura flamenga. Ironicamente é um pintor que costuma figurar sempre muito atrás de pintores renascentistas e impressionistas nas listas dos grandes nomes da pintura. A razão para isso é provavelmente o desconhecimento da real importância de sua obra e de certos fatos relacionados a história da técnica de pintura, informações muitas vezes deixada de lado nos livros de história. Devemos lembrar que durante o Proto-Renascimento, o pintor mostrava seu talento escondendo a pin-
celada e não deixando-a visível. A marca do gesto e da espontaneidade é algo que somente com o impressionismo torna-se popular. Portanto, apesar de ser uma pintura “lisa” e desprovida do gesto, há outros fatores a se considerar. Jan Van Eyck é responsável por potencializar a técnica de pintura flamenga com a aplicação de inúmeras delicadas velaturas transparentes para alcançar uma ilusão de profundidade e tridimensionalidade nunca vistas antes. É o baluarte de uma sensibilidade estética (e técnica) que nos apresenta um novo elemento, o mimetismo extremo, ainda não completamente desenvolvido pois nota-se resquícios de uma frontalidade medieval nas formas, embora haja profundidade de campo assombrosa com volume praticamente tátil. Esse tipo de pintura lisa e meticulosa,
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análise da obra
consagrada pelos Renascentistas Italianos e que constitui a base da pintura classicista europeia deve na verdade suas origens justamente aos flamengos, a escola na qual Van Eyck é um dos grandes expoentes. O artista desenvolveu um método minucioso de aplicar tinta compondo valor e chroma de modo tão realístico que a abordagem será usada durante todo o período classicista, deixando de ser usada somente após o impressionismo. Ele cria a fundação da pintura clássica europeia ao tornar-se um dos baluartes da têmpera e popularizando um novo modo de pintura: a técnica mista, que mais tarde, viria a se chamar o que conhecemos hoje por pintura a óleo. Mas como exatamente era esse procedimento?
Certos procedimentos técnicos tornam-se imperativos para alcançar esse resultado peculiar. Embora muitos estudiosos especulem incansavelmente sobre o suposto veículo usado pelo artista como um “grande segredo” de sua técnica, o mesmo não é tão importante quanto os procedimentos que serão citados a seguir. A tinta óleo usada em velaturas não necessariamente necessita do uso de mediums e concatenações óleo-resinosas, embora seja correto afirmar que o artista tenha feito uso dos mesmos para facilitar a secagem e para auxílio na fatura de pequenos detalhes, como um medium óleo-resinoso de copal ou âmbar. Entre os principais procedimentos da pintura do Casal Arnolfini é o meticuloso preparo de um painel de madeira liso com auxílio de uma base de cola animal e gesso que resulta num suporte perfeitamente branco, deveras luminoso, chamado mais tarde pelos italianos de tavole. Por ser muito claro, transparece luminosidade por trás das cores aplicadas de modo transparente (velaturas). Uma boa analogia seria imaginar a pintura de Van Eyck como um vitral de igreja, onde a luz trespassa as cores, revelando grande força em luminosidade, uma resolução inteligen-
Tavole
"Por ser muito claro, transparece luminosidade por trás das cores aplicadas de modo transparente (velaturas)."
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Tempera Oleosa
"Um resultado suave, com degradês perfeitos. Graças a isso torna-se possível a aplicação de finas e uniformes camadas transparentes que somadas entre sí, em diversas aplicações, formam o delicado jogo de luz e sombra e a típica profundidade exuberante dos flamengos."
delicado jogo de luz e sombra e a típica profundidade exuberante dos flamengos. Portanto, uma imprimatura clara e luminosa aliada a uma aplicação de tinta fina e de secagem lenta corresponde a seu “segredo de sucesso” em termos técnicos e estéticos. O tipo de abordagem usado por Van Eyck foi colocado de lado em nome de novos procedimentos que atendem a uma nova sensibilidade conceitual, como a marca do gesto, que enaltece a espontaneidade da pincelada solta, usando do método direto de pintura (alla prima). Mas todo pintor deve lembrar da herança do classicismo como o alicerce que serviu de base para tudo aquilo que veio depois: sua importância histórica como um novo advento técnico só possui paralelo com a popularização da pincelada visceral, colocando a abordagem de Van Eyck como uma das mais importantes na história da pintura a óleo. Para aqueles que não tem Van Eyck em sua lista de favoritos, é hora de fazer justiça e adicioná-lo, afinal, através de sua inquietação a pintura ocidental deixou de ser a mesma.
te para uma época em que os pigmentos não possuíam altíssima intensidade de cor, constituindo-se principalmente por cores terrosas. A tinta a base de gema (ou clara) de ovo seca rápido demais, impossibilitando as passagens de degradês e transições delicadas. Portanto, põem em uso uma têmpera oleosa, juntando pigmento e óleo. Uma escolha lógica para se obter um resultado suave, com degradês perfeitos. Graças a isso torna-se possível a aplicação de finas e uniformes camadas transparentes que somadas entre sí, em diversas aplicações, formam o
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análise da obra
consagrada pelos Renascentistas Italianos e que constitui a base da pintura classicista europeia deve na verdade suas origens justamente aos flamengos, a escola na qual Van Eyck é um dos grandes expoentes. O artista desenvolveu um método minucioso de aplicar tinta compondo valor e chroma de modo tão realístico que a abordagem será usada durante todo o período classicista, deixando de ser usada somente após o impressionismo. Ele cria a fundação da pintura clássica europeia ao tornar-se um dos baluartes da têmpera e popularizando um novo modo de pintura: a técnica mista, que mais tarde, viria a se chamar o que conhecemos hoje por pintura a óleo. Mas como exatamente era esse procedimento?
Certos procedimentos técnicos tornam-se imperativos para alcançar esse resultado peculiar. Embora muitos estudiosos especulem incansavelmente sobre o suposto veículo usado pelo artista como um “grande segredo” de sua técnica, o mesmo não é tão importante quanto os procedimentos que serão citados a seguir. A tinta óleo usada em velaturas não necessariamente necessita do uso de mediums e concatenações óleo-resinosas, embora seja correto afirmar que o artista tenha feito uso dos mesmos para facilitar a secagem e para auxílio na fatura de pequenos detalhes, como um medium óleo-resinoso de copal ou âmbar. Entre os principais procedimentos da pintura do Casal Arnolfini é o meticuloso preparo de um painel de madeira liso com auxílio de uma base de cola animal e gesso que resulta num suporte perfeitamente branco, deveras luminoso, chamado mais tarde pelos italianos de tavole. Por ser muito claro, transparece luminosidade por trás das cores aplicadas de modo transparente (velaturas). Uma boa analogia seria imaginar a pintura de Van Eyck como um vitral de igreja, onde a luz trespassa as cores, revelando grande força em luminosidade, uma resolução inteligen-
Tavole
"Por ser muito claro, transparece luminosidade por trás das cores aplicadas de modo transparente (velaturas)."
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Tempera Oleosa
"Um resultado suave, com degradês perfeitos. Graças a isso torna-se possível a aplicação de finas e uniformes camadas transparentes que somadas entre sí, em diversas aplicações, formam o delicado jogo de luz e sombra e a típica profundidade exuberante dos flamengos."
delicado jogo de luz e sombra e a típica profundidade exuberante dos flamengos. Portanto, uma imprimatura clara e luminosa aliada a uma aplicação de tinta fina e de secagem lenta corresponde a seu “segredo de sucesso” em termos técnicos e estéticos. O tipo de abordagem usado por Van Eyck foi colocado de lado em nome de novos procedimentos que atendem a uma nova sensibilidade conceitual, como a marca do gesto, que enaltece a espontaneidade da pincelada solta, usando do método direto de pintura (alla prima). Mas todo pintor deve lembrar da herança do classicismo como o alicerce que serviu de base para tudo aquilo que veio depois: sua importância histórica como um novo advento técnico só possui paralelo com a popularização da pincelada visceral, colocando a abordagem de Van Eyck como uma das mais importantes na história da pintura a óleo. Para aqueles que não tem Van Eyck em sua lista de favoritos, é hora de fazer justiça e adicioná-lo, afinal, através de sua inquietação a pintura ocidental deixou de ser a mesma.
te para uma época em que os pigmentos não possuíam altíssima intensidade de cor, constituindo-se principalmente por cores terrosas. A tinta a base de gema (ou clara) de ovo seca rápido demais, impossibilitando as passagens de degradês e transições delicadas. Portanto, põem em uso uma têmpera oleosa, juntando pigmento e óleo. Uma escolha lógica para se obter um resultado suave, com degradês perfeitos. Graças a isso torna-se possível a aplicação de finas e uniformes camadas transparentes que somadas entre sí, em diversas aplicações, formam o
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burburinho
Biblioteca
Alfredo Volpi
Fonte do Texto: www.centrocultural.sp.gov.br | Imagem: www.band.com.br
Biblioteca
Jenny Klabin Segall Fonte do Texto: www.museusegall.org.br | Imagem: Divulgação
O acervo desta biblioteca é composto por catálogos de exposições de artes indexados pelo nome do artista, livros sobre artes plásticas, arquitetura, fotografia, moda, recreação e artes performáticas, além de periódicos e CDs-Rom. Destaque para a coleção da revista Cinelândia, publicada entre as décadas de 1950 e 1960, e para os mais de onze mil catálogos de exposições, dos quais 5.247 já estão indexados pelo nome do artista, em um banco de dados que, em breve, será disponibilizado pela internet. A Alfredo Volpi é a seção da Biblioteca Sérgio Milliet que abriga o acervo de artes do CCSP, proveniente da Biblioteca Mário de Andrade e
do IDART (Departamento de Informação e Documentação Artísticas). O nome Alfredo Volpi foi oficializado em setembro de 1996 pelo decreto 36398, do então governador Paulo Maluf.
Aqui você encontra um acervo único nas áreas das Artes do Espetáculo (Cinema, Teatro, Rádio e Televisão, Dança, Ópera e Circo) e de Fotografia. A Biblioteca possui também a mais completa documentação sobre a vida e a obra de Lasar Segall. A coleção conta com mais de 530 mil itens entre livros, periódicos, folhetos, teses, catálogos, programas de espetáculos, cartazes, fotos, press-releases, CD-Roms, artigos de jornal, etc. Aberta ao público desde maio de 1973, seu nome é uma homenagem a Jenny Klabin Segall, escritora, tradutora de clássicos do teatro alemão e francês, esposa de Lasar Segall e idealizadora do Museu. Não há sistema de empréstimo,
mas é oferecido serviço de cópias reprográficas, dentro dos limites da legislação vigente sobre o direito autoral e da política de conservação do acervo. A Biblioteca participa ativamente da REDARTE-SP - Rede de Informação em Arte da Cidade de São Paulo.
Horário de funcionamento: Das 14h às 19h. Fechada às terças-feiras. A Biblioteca abre nos feriados, exceto Carnaval. Grátis. Rua Berta, 111 – Vila Mariana – São Paulo – SP Tel.: 11 2159-0400 http://www.museusegall.org.br
Horário de funcionamento:
De terça a sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados (exceto Carnaval e Páscoa), das 10h às 18h. (A entrada é permitida até 30 minutos antes do fechamento) Livre. Grátis. Rua Vergueiro, 1.000, Liberdade – São Paulo - SP Te.: 11 3397-4087 / 11 3397 - 4002 bibliotecaccsp@prefeitura.sp.gov.br http://www.centrocultural.sp.gov.br
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Alfredo Volpi
Fonte do Texto: www.centrocultural.sp.gov.br | Imagem: www.band.com.br
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Jenny Klabin Segall Fonte do Texto: www.museusegall.org.br | Imagem: Divulgação
O acervo desta biblioteca é composto por catálogos de exposições de artes indexados pelo nome do artista, livros sobre artes plásticas, arquitetura, fotografia, moda, recreação e artes performáticas, além de periódicos e CDs-Rom. Destaque para a coleção da revista Cinelândia, publicada entre as décadas de 1950 e 1960, e para os mais de onze mil catálogos de exposições, dos quais 5.247 já estão indexados pelo nome do artista, em um banco de dados que, em breve, será disponibilizado pela internet. A Alfredo Volpi é a seção da Biblioteca Sérgio Milliet que abriga o acervo de artes do CCSP, proveniente da Biblioteca Mário de Andrade e
do IDART (Departamento de Informação e Documentação Artísticas). O nome Alfredo Volpi foi oficializado em setembro de 1996 pelo decreto 36398, do então governador Paulo Maluf.
Aqui você encontra um acervo único nas áreas das Artes do Espetáculo (Cinema, Teatro, Rádio e Televisão, Dança, Ópera e Circo) e de Fotografia. A Biblioteca possui também a mais completa documentação sobre a vida e a obra de Lasar Segall. A coleção conta com mais de 530 mil itens entre livros, periódicos, folhetos, teses, catálogos, programas de espetáculos, cartazes, fotos, press-releases, CD-Roms, artigos de jornal, etc. Aberta ao público desde maio de 1973, seu nome é uma homenagem a Jenny Klabin Segall, escritora, tradutora de clássicos do teatro alemão e francês, esposa de Lasar Segall e idealizadora do Museu. Não há sistema de empréstimo,
mas é oferecido serviço de cópias reprográficas, dentro dos limites da legislação vigente sobre o direito autoral e da política de conservação do acervo. A Biblioteca participa ativamente da REDARTE-SP - Rede de Informação em Arte da Cidade de São Paulo.
Horário de funcionamento: Das 14h às 19h. Fechada às terças-feiras. A Biblioteca abre nos feriados, exceto Carnaval. Grátis. Rua Berta, 111 – Vila Mariana – São Paulo – SP Tel.: 11 2159-0400 http://www.museusegall.org.br
Horário de funcionamento:
De terça a sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados (exceto Carnaval e Páscoa), das 10h às 18h. (A entrada é permitida até 30 minutos antes do fechamento) Livre. Grátis. Rua Vergueiro, 1.000, Liberdade – São Paulo - SP Te.: 11 3397-4087 / 11 3397 - 4002 bibliotecaccsp@prefeitura.sp.gov.br http://www.centrocultural.sp.gov.br
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Paulo Frade Texto: Camila Giudice | Imagens: Paulo Frade
A revista Verniz entrevista este grande artista clássico, que resiste na atualidades na transmissão das lições dos grandes mestres, arraigando um grande público a princípio inusitado do universo da tatuagem. Hoje ele é um dos grandes reponsáveis pela formação de uma geração de artistas Clássicos. Paulo Frade começou a desenhar muito cedo, aos 5 anos de idade, quando reproduzia no papel os desenhos animados que assistia na televisão: O Demolidor, Speed Racer, A Princesa e o Cavaleiro, Fantomas, entre outros. Ele conta para a Verniz como foi a trajetória na infância e na escola. “Recebia elogios pelo fato dos desenhos estarem acima da média para uma criança. Colocava no papel os desenhos que assistia na televisão, da maneira que eu imaginava.”
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Paulo Frade Texto: Camila Giudice | Imagens: Paulo Frade
A revista Verniz entrevista este grande artista clássico, que resiste na atualidades na transmissão das lições dos grandes mestres, arraigando um grande público a princípio inusitado do universo da tatuagem. Hoje ele é um dos grandes reponsáveis pela formação de uma geração de artistas Clássicos. Paulo Frade começou a desenhar muito cedo, aos 5 anos de idade, quando reproduzia no papel os desenhos animados que assistia na televisão: O Demolidor, Speed Racer, A Princesa e o Cavaleiro, Fantomas, entre outros. Ele conta para a Verniz como foi a trajetória na infância e na escola. “Recebia elogios pelo fato dos desenhos estarem acima da média para uma criança. Colocava no papel os desenhos que assistia na televisão, da maneira que eu imaginava.”
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“Na escola não havia incentivo. Eu era um aluno de médio para ruim. Só ficava desenhando. Quando adolescente, desenhava nas carteiras escolares e a turma da noite sempre comentava. O interesse maior de ir para a escola era desenhar nas carteiras e ver os comentários. Não era muito interessado nas aulas.” Aos 11 anos foi levado pela mãe para frequentar aulas de desenhos na escola Cândido Portinari. Um ano depois, começou a estudar com quem seria o grande mestre de sua vida: Pedro Álzaga. “Quando conheci a escola do Mestre Pedro, levei um choque com o realismo das pinturas. Amei a escola e foi lá que decidi que queria pintar. Álzaga foi um grande mestre que sempre me
incentivou, me passou todos os fundamentos primordiais e depois de 10 anos, me tornei seu assistente, onde aprendi a dar aula.” Paulo Frade também é versado na arte da música. Dono de um extremo talento, arrebenta na guitarra e faz parte da Banda de White Metal Eterna. Comenta sobre seu início na música e como concilia com a pintura: “Nos anos 80, quando comecei a estudar pintura com o Pedro Álzaga a banda Kiss se apresentou no Brasil. Neste momento soube que queria tocar guitarra. Meus pais não gostaram muito da ideia. Comecei a estudar música como autodidata, mas era difícil conciliar os dois. Um sempre acabava ficando para trás. Houveram fases de
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maior dedicação à pintura, e outras à música. Hoje meu foco é a pintura, onde dedico a maior parte do tempo.” Com o universo da música muito presente em sua vida, diz que não consegue ser somente ouvinte. Tem que tocar também, e a vontade aumenta quando escuta as músicas dos anos 80. Conversamos sobre a Banda e seus fãs. “Os fãs do Eterna acham que vivo da música, só porque tenho CD gravado. Gostam muito do meu trabalho quando descobrem que pinto, pois o Rock e a música Clássica estão ligados a pintura realista. Eles apreciam a capa do CD, os desenhos, a pintura estilo fantasia. Tem fã que pede para pintar seu retrato ou uma capa de
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“Na escola não havia incentivo. Eu era um aluno de médio para ruim. Só ficava desenhando. Quando adolescente, desenhava nas carteiras escolares e a turma da noite sempre comentava. O interesse maior de ir para a escola era desenhar nas carteiras e ver os comentários. Não era muito interessado nas aulas.” Aos 11 anos foi levado pela mãe para frequentar aulas de desenhos na escola Cândido Portinari. Um ano depois, começou a estudar com quem seria o grande mestre de sua vida: Pedro Álzaga. “Quando conheci a escola do Mestre Pedro, levei um choque com o realismo das pinturas. Amei a escola e foi lá que decidi que queria pintar. Álzaga foi um grande mestre que sempre me
incentivou, me passou todos os fundamentos primordiais e depois de 10 anos, me tornei seu assistente, onde aprendi a dar aula.” Paulo Frade também é versado na arte da música. Dono de um extremo talento, arrebenta na guitarra e faz parte da Banda de White Metal Eterna. Comenta sobre seu início na música e como concilia com a pintura: “Nos anos 80, quando comecei a estudar pintura com o Pedro Álzaga a banda Kiss se apresentou no Brasil. Neste momento soube que queria tocar guitarra. Meus pais não gostaram muito da ideia. Comecei a estudar música como autodidata, mas era difícil conciliar os dois. Um sempre acabava ficando para trás. Houveram fases de
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maior dedicação à pintura, e outras à música. Hoje meu foco é a pintura, onde dedico a maior parte do tempo.” Com o universo da música muito presente em sua vida, diz que não consegue ser somente ouvinte. Tem que tocar também, e a vontade aumenta quando escuta as músicas dos anos 80. Conversamos sobre a Banda e seus fãs. “Os fãs do Eterna acham que vivo da música, só porque tenho CD gravado. Gostam muito do meu trabalho quando descobrem que pinto, pois o Rock e a música Clássica estão ligados a pintura realista. Eles apreciam a capa do CD, os desenhos, a pintura estilo fantasia. Tem fã que pede para pintar seu retrato ou uma capa de
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“Me olham melhor quando digo que sou artista pintor, se eu comparar quando digo que sou músico e tenho uma banda."
CD para a banda que tocam. E tem alunos de pintura que escutam o Eterna porque gostam de Rock.” Houve um tempo que pensou em parar de pintar. Chegou a estudar linguagem de programação de web, para ter uma profissão mais reconhecida e trabalhou com seu pai na área. Ao mesmo tempo, continuava a dar aulas de pintura. Sobre a visão do artista na sociedade, acha que ainda existe preconceito. “Me olham melhor quando digo que sou artista plástico pintor, se comparar quando digo que sou músico e tenho uma banda, Já olham meio torto...se eu for abrir um crediário, acham que sou pintor de parede. Acho que nos Estados Unidos somos melhor vistos, ainda mais quando pintor realista.” Um fato curioso e definitivo que o levou a se dedicar quase integralmente a arte, podemos dizer que praticamente foi uma intervenção divina!
“Quando fui me casar, minha esposa Aline escolheu a Paróquia Nossa Senhora da Saúde, em São Paulo e quando o Padre perguntou minha profissão, disse que eu era pintor. Então o Padre disse que havia duas Capelas para pintar. A maior coincidência é que uma delas era a que sempre ficava admirando e havia sido minha inspiração para uma das capas do CD da Banda Eterna. Então voltei com força total, num processo o qual nunca deveria ter parado.” Foi Premiado no Salão de Belas Artes de Piracicaba com um quadro que se tornou parte do acervo da Pinacoteca da região. Paulo Frade não se preocupa em retratar questões políticas ou religiosas. Gosta de retratar o que vê. Apaixo-
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“Me olham melhor quando digo que sou artista pintor, se eu comparar quando digo que sou músico e tenho uma banda."
CD para a banda que tocam. E tem alunos de pintura que escutam o Eterna porque gostam de Rock.” Houve um tempo que pensou em parar de pintar. Chegou a estudar linguagem de programação de web, para ter uma profissão mais reconhecida e trabalhou com seu pai na área. Ao mesmo tempo, continuava a dar aulas de pintura. Sobre a visão do artista na sociedade, acha que ainda existe preconceito. “Me olham melhor quando digo que sou artista plástico pintor, se comparar quando digo que sou músico e tenho uma banda, Já olham meio torto...se eu for abrir um crediário, acham que sou pintor de parede. Acho que nos Estados Unidos somos melhor vistos, ainda mais quando pintor realista.” Um fato curioso e definitivo que o levou a se dedicar quase integralmente a arte, podemos dizer que praticamente foi uma intervenção divina!
“Quando fui me casar, minha esposa Aline escolheu a Paróquia Nossa Senhora da Saúde, em São Paulo e quando o Padre perguntou minha profissão, disse que eu era pintor. Então o Padre disse que havia duas Capelas para pintar. A maior coincidência é que uma delas era a que sempre ficava admirando e havia sido minha inspiração para uma das capas do CD da Banda Eterna. Então voltei com força total, num processo o qual nunca deveria ter parado.” Foi Premiado no Salão de Belas Artes de Piracicaba com um quadro que se tornou parte do acervo da Pinacoteca da região. Paulo Frade não se preocupa em retratar questões políticas ou religiosas. Gosta de retratar o que vê. Apaixo-
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nado pela pintura barroca e pelo forte contraste entre luz e sombra. Expressa se muito bem através de traços marcantes, rugas, pessoas de idade, na representação da realidade. Seus quadros tem vida. A produção atual é de cerca de 60 obras, e tem um carinho especial pelas mais novas. Profissionalmente vive dando aulas de pintura, é uma maneira que encontrou para viver da arte e que lhe dá muito prazer. Sua escola teve um “boom” de alunos, principalmente de tatuadores e artistas que utilizam vários tipos de mídias para criação. A maior exposição para divulgação das aulas foi através de mídias digitais, redes sociais. “Antigamente não corria atrás de muita divulga-
ção, porque também queria tocar, e a facilidade não era muito grande. O Orkut na época ajudou bastante a divulgar, e alguns alunos que vieram são da área da tatuagem. Eles faziam tatuagens realistas, e percebi que este público queria aprender mais técnicas. Tive um aluno com estúdio de tatuagem na Paulista e com ele aprendi muitas coisas. Não fazia ideia do glamour que a tatuagem tinha. Comecei a dar aulas lá, participei de exposições, a divulgação aumentou, o nicho cada vez mais se abriu, a ponto de neste ano (2013) realizei um Workshop para tatuadores na Argentina.” O tipo do perfil de aluno, desde que voltou com força total e nova estrutura de ensino também mudou.
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“Antes vinham pessoas que somente queriam passar o tempo, a pintura era mais como um hobby. Atualmente, as pessoas vem em busca de um estudo mais aprofundado, gostam muito de pintar, querem muito aprender e aplicar as técnicas em seus meios de trabalho. Conseguimos fazer a migração da pintura para os meios digitais e para a tatuagem. Ensino os fundamentos clássicos no óleo, carvão e pastel seco, então a aplicação dos conceitos de luz e sombra e outras técnicas é o mesmo. Para entender melhor isso, também aprendi a utilizar as ferramentas digitais e na tatuagem. Quem domina o aparelho, o ofício, consegue obter os resultados.” Hoje sua escola de pintura, percorre um ca-
minho de ensinamento mais técnico, no programa. Utiliza da natureza morta, paisagem e retrato. Faz uma análise mais pictórica, estilo clássico, não usa muito do elemento de criação. Quando questionamos sobre o mercado para obras de arte, se ainda há o espaço para o Clássico, ele acredita que atualmente o status da arte é visto como decoração, e não como obra de arte. O mercado está na mão de quem faz a Bienal. Os artistas são muito desunidos, não acho que o clássico está renascendo na mídia. Diz que mercado do Moderno, é para quem tem muito dinheiro, investem em arte para vender. São interessados na grife. É difícil
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nado pela pintura barroca e pelo forte contraste entre luz e sombra. Expressa se muito bem através de traços marcantes, rugas, pessoas de idade, na representação da realidade. Seus quadros tem vida. A produção atual é de cerca de 60 obras, e tem um carinho especial pelas mais novas. Profissionalmente vive dando aulas de pintura, é uma maneira que encontrou para viver da arte e que lhe dá muito prazer. Sua escola teve um “boom” de alunos, principalmente de tatuadores e artistas que utilizam vários tipos de mídias para criação. A maior exposição para divulgação das aulas foi através de mídias digitais, redes sociais. “Antigamente não corria atrás de muita divulga-
ção, porque também queria tocar, e a facilidade não era muito grande. O Orkut na época ajudou bastante a divulgar, e alguns alunos que vieram são da área da tatuagem. Eles faziam tatuagens realistas, e percebi que este público queria aprender mais técnicas. Tive um aluno com estúdio de tatuagem na Paulista e com ele aprendi muitas coisas. Não fazia ideia do glamour que a tatuagem tinha. Comecei a dar aulas lá, participei de exposições, a divulgação aumentou, o nicho cada vez mais se abriu, a ponto de neste ano (2013) realizei um Workshop para tatuadores na Argentina.” O tipo do perfil de aluno, desde que voltou com força total e nova estrutura de ensino também mudou.
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“Antes vinham pessoas que somente queriam passar o tempo, a pintura era mais como um hobby. Atualmente, as pessoas vem em busca de um estudo mais aprofundado, gostam muito de pintar, querem muito aprender e aplicar as técnicas em seus meios de trabalho. Conseguimos fazer a migração da pintura para os meios digitais e para a tatuagem. Ensino os fundamentos clássicos no óleo, carvão e pastel seco, então a aplicação dos conceitos de luz e sombra e outras técnicas é o mesmo. Para entender melhor isso, também aprendi a utilizar as ferramentas digitais e na tatuagem. Quem domina o aparelho, o ofício, consegue obter os resultados.” Hoje sua escola de pintura, percorre um ca-
minho de ensinamento mais técnico, no programa. Utiliza da natureza morta, paisagem e retrato. Faz uma análise mais pictórica, estilo clássico, não usa muito do elemento de criação. Quando questionamos sobre o mercado para obras de arte, se ainda há o espaço para o Clássico, ele acredita que atualmente o status da arte é visto como decoração, e não como obra de arte. O mercado está na mão de quem faz a Bienal. Os artistas são muito desunidos, não acho que o clássico está renascendo na mídia. Diz que mercado do Moderno, é para quem tem muito dinheiro, investem em arte para vender. São interessados na grife. É difícil
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a d a l e c Pin Um grande mestre: Pedro Álzaga Uma técnica: Alla Prima Não pode faltar para o artista: humildade Sua inspiração diária: minha esposa Quando pinto escuto: rock Melhor lugar para pintar: meu ateliê Animal de estimação: cachorro (ele tem dois) Objeto de desejo: Ferrari Material favorito: o meu material de pintura competir com a arte Moderna. Fala que muitas pessoas ainda gostam da arte Clássica e até se identificam. Para ele, hoje é uma missão resgatar a arte Clássica, não deixar ela morrer. Compara com os Estados Unidos, onde quem manda é o mercado do Moderno, mas existe muito mercado ainda para o Realismo Contemporâneo, e a vantagem de que lá consegue-se encontrar muito material em diversos lugares e o bom convívio das duas vertentes de arte. “Quando participei de exposições em salões de arte, vi que o público está muito carente da arte Clássica. Há poucos Clássicos nos salões. Talvez não haja tantas obras realistas porque não há tanta gente pintando. Se houvesse, creio que as galerias teriam maior aceitação.” Um grande feito, foi o lançamento de um DVD de vídeo-aula, na qual ele ensina a técnica Alla
Uma mania: falar o que penso (não sei se isso é mania ou um problema ...)
prima, o qual já vendeu mais de 200 cópias no Brasil. Trata-se de um material inédito, em português, muito bem explicado, com a mistura de tintas, preparação de tela e modelo vivo. Ele deixa para os leitores da Verniz preciosas dicas: Para os que iniciam nos estudos, tem que estudar e praticar muito, treinar a observação, frequentar escolas de arte. Para quem já está no mercado, nunca deixar de observar os mestres, acompanhar o trabalho e estudar bastante as referências de pintores realistas americanos.
Um sonho antes de partir: morar nos Estado Unidos O segredo do sucesso: correr atrás Uma cor: roxo Uma obra que te intriga: auto retrato do Rembrandt Um recado: prestar mais atenção nos artistas nacionais e saber valorizar aqueles que realmente tem o que passar.
es: õ ç a m r o f n i Mais ulofrade.com.br www.pa 36
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destaque verniz
a d a l e c Pin Um grande mestre: Pedro Álzaga Uma técnica: Alla Prima Não pode faltar para o artista: humildade Sua inspiração diária: minha esposa Quando pinto escuto: rock Melhor lugar para pintar: meu ateliê Animal de estimação: cachorro (ele tem dois) Objeto de desejo: Ferrari Material favorito: o meu material de pintura competir com a arte Moderna. Fala que muitas pessoas ainda gostam da arte Clássica e até se identificam. Para ele, hoje é uma missão resgatar a arte Clássica, não deixar ela morrer. Compara com os Estados Unidos, onde quem manda é o mercado do Moderno, mas existe muito mercado ainda para o Realismo Contemporâneo, e a vantagem de que lá consegue-se encontrar muito material em diversos lugares e o bom convívio das duas vertentes de arte. “Quando participei de exposições em salões de arte, vi que o público está muito carente da arte Clássica. Há poucos Clássicos nos salões. Talvez não haja tantas obras realistas porque não há tanta gente pintando. Se houvesse, creio que as galerias teriam maior aceitação.” Um grande feito, foi o lançamento de um DVD de vídeo-aula, na qual ele ensina a técnica Alla
Uma mania: falar o que penso (não sei se isso é mania ou um problema ...)
prima, o qual já vendeu mais de 200 cópias no Brasil. Trata-se de um material inédito, em português, muito bem explicado, com a mistura de tintas, preparação de tela e modelo vivo. Ele deixa para os leitores da Verniz preciosas dicas: Para os que iniciam nos estudos, tem que estudar e praticar muito, treinar a observação, frequentar escolas de arte. Para quem já está no mercado, nunca deixar de observar os mestres, acompanhar o trabalho e estudar bastante as referências de pintores realistas americanos.
Um sonho antes de partir: morar nos Estado Unidos O segredo do sucesso: correr atrás Uma cor: roxo Uma obra que te intriga: auto retrato do Rembrandt Um recado: prestar mais atenção nos artistas nacionais e saber valorizar aqueles que realmente tem o que passar.
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dicas de materiais
Fun Design
Bloco de Tela Fredrix
nas vendas do produto que leva sua arte! Além disso, há vários produtos prontinhos no site, com estampa de vários designers e artistas que você também pode comprar! Entre no site e saiba como funciona!
1
2
Consulte valores e disponibilidade no site: www.uzinga.com.br
3
1 - Porta Chaves Magnético Emoticon :) 2 - Capa Notebook Old School 15 3 - Almofada Osso Meu 4 - Camiseta Hungry 5 - Caneca Caveira Mexicana Preta 6 - Chaveiro Almofadinha Bauhaus
4
5 6
imagem: divulgação
Uzinga é uma loja virtual de presentes diferentes e divertidos, também conhecidos como fun design. Você como artista pode participar e criar artes e enviar para votação e ter sua arte estampada em algum dos produtos ou criar um design de produto, como: capa de Notebook, almofadas, canecas, camisetas, entre outros e ter participação
imagem: divulgação
A Verniz não tem qualquer responsabilidade ou vínculo com a empresa/site e produto anunciado.
Texto: Camila Giudice | Imagens: Uzinga (Divulgação)
Pan Pastel
Bolsa para Pintura Prática em Algodão Caranmo
Para quem quer comodidade na hora de pintar, o bloco telado da Fredrix é ideal! Utilizado para tinta a óleo e acrílica, não requer preparo, prático de transportar, excelente para estudos! Só colar com fita na prancheta e iniciar sua pintura! Super recomendado, testado e aprovado! Blocos com 10 folhas, disponível nos tamanhos de 22X30cm, 30X40cm e 40X50 cm. A Casa do Artista. Valores e disponibilidade sob consulta. www.acasadoartista.com.br
A
imagem: divulgação
arte e consumo
B
Uma boa dica para estudantes de arte, é esta Bolsa para pintura prática em Algodão da Caranmo. Serve para transportar o material durante trajetos curtos e é reforçada, com alça de transporte. Fica tudo organizado e em mão!!! Facilita bastante na pressa do dia-a-dia! Você encontra na Fruto de Arte. Fruto de Arte Valores e disponibilidade sob consulta. www.frutodearte.com.br
Aos amantes da pintura em pastel seco, vão se apaixonar pelo PanPastel (A). São embalados em potinhos que parecem maquiagem, e disponíveis em 80 cores. As cores são facilmente aplicadas e controladas. A textura é ultra macia! Para melhor aplicação são utilizadas ferramentas chamadas de “Soft”, que são como esponjinhas em uma espátula de plástico (B). A diferença no resultado do trabalho é extrema! Vale muito testar!!! Um pouco difícil de encontrar no Brasil, mas A Casa do Artista trabalha com este produto. A Casa do Artista. Valores e disponibilidade sob consulta. www.acasadoartista.com.br
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Bloco de Tela Fredrix
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Texto: Camila Giudice | Imagens: Uzinga (Divulgação)
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Para quem quer comodidade na hora de pintar, o bloco telado da Fredrix é ideal! Utilizado para tinta a óleo e acrílica, não requer preparo, prático de transportar, excelente para estudos! Só colar com fita na prancheta e iniciar sua pintura! Super recomendado, testado e aprovado! Blocos com 10 folhas, disponível nos tamanhos de 22X30cm, 30X40cm e 40X50 cm. A Casa do Artista. Valores e disponibilidade sob consulta. www.acasadoartista.com.br
A
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Uma boa dica para estudantes de arte, é esta Bolsa para pintura prática em Algodão da Caranmo. Serve para transportar o material durante trajetos curtos e é reforçada, com alça de transporte. Fica tudo organizado e em mão!!! Facilita bastante na pressa do dia-a-dia! Você encontra na Fruto de Arte. Fruto de Arte Valores e disponibilidade sob consulta. www.frutodearte.com.br
Aos amantes da pintura em pastel seco, vão se apaixonar pelo PanPastel (A). São embalados em potinhos que parecem maquiagem, e disponíveis em 80 cores. As cores são facilmente aplicadas e controladas. A textura é ultra macia! Para melhor aplicação são utilizadas ferramentas chamadas de “Soft”, que são como esponjinhas em uma espátula de plástico (B). A diferença no resultado do trabalho é extrema! Vale muito testar!!! Um pouco difícil de encontrar no Brasil, mas A Casa do Artista trabalha com este produto. A Casa do Artista. Valores e disponibilidade sob consulta. www.acasadoartista.com.br
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toque de mestre
Biaggio Mazzeo Um pintor filatelista Texto e Fotografia: Camila Giudice | Pinturas: Biaggio Mazzeo
Biaggio em seu estúdio, com quadro de seu mestre Tony Koegl ao fundo. 40
Biaggio Mazzeo, nascido ao dia 29 de Outubro de 1924, paulista, de família italiana com grande tradição no ramo de douração e galvanização. Aos 88 anos, emana muita energia e disposição, ainda consegue tempo para praticar esportes e escrever belos sonetos. Sua trajetória começou bem cedo, aos 6 anos de idade, quando teve a felicidade de morar ao lado de um grande mestre da época Tony Koegl e ser um dos seus discípulos. “Naquela época, eu, minha
41
irmã mais nova e a filha dele, 2 anos mais velha que eu estávamos sempre juntos. Passávamos a maior parte do tempo na casa dele, e ele era padrinho de minhas irmãs (mais tarde Tony Koegl tornou-se padrinho do seu casamento também). Ele nos estimulava a parte artística, e o Tony ficou impressionado com o desempenho na minha escrita, já que fui para escola muito cedo, e a partir daí comecei a fazer alguns desenhos. Saía da escola e ia direto para casa dele para es-
toque de mestre
Biaggio Mazzeo Um pintor filatelista Texto e Fotografia: Camila Giudice | Pinturas: Biaggio Mazzeo
Biaggio em seu estúdio, com quadro de seu mestre Tony Koegl ao fundo. 40
Biaggio Mazzeo, nascido ao dia 29 de Outubro de 1924, paulista, de família italiana com grande tradição no ramo de douração e galvanização. Aos 88 anos, emana muita energia e disposição, ainda consegue tempo para praticar esportes e escrever belos sonetos. Sua trajetória começou bem cedo, aos 6 anos de idade, quando teve a felicidade de morar ao lado de um grande mestre da época Tony Koegl e ser um dos seus discípulos. “Naquela época, eu, minha
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irmã mais nova e a filha dele, 2 anos mais velha que eu estávamos sempre juntos. Passávamos a maior parte do tempo na casa dele, e ele era padrinho de minhas irmãs (mais tarde Tony Koegl tornou-se padrinho do seu casamento também). Ele nos estimulava a parte artística, e o Tony ficou impressionado com o desempenho na minha escrita, já que fui para escola muito cedo, e a partir daí comecei a fazer alguns desenhos. Saía da escola e ia direto para casa dele para es-
Fonte da Imagem: Livro Justiça Eleitoral, uma retrospectiva - TRE SP
toque de mestre
tudar. Quando o Tony foi para Limeira, já que era compadre de meu pai, sempre vinha nos visitar, e eu deixava um estudo pronto para ele avaliar. Assimilei as técnicas do mestre e estive ao seu lado até seu último suspiro.” Em 1955 um fato marcante determinou toda sua trajetória artística. Um grave acidente de aviação tirou de maneira trágica a vida do secretário do Tribunal Eleitoral de São Paulo, Ibsen da Costa Manso, que via-
java para Casa Branca (interior de São Paulo) a trabalho. Ibsen era muito querido por todos e causou uma comoção geral entre os funcionários. Biaggio resolveu fazer um quadro para homenagear ente tão importante e entregou ao TRE como doação. Bastou essa “sementinha” para que gerassem os primeiros pedidos, o que proporcionou retratar todos os ex-presidentes do TRE-SP. O primeiro foi do Desembargador Justino Maria Pinheiro. O con-
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junto de retratos atual conta com 32 obras. Retratou cinco reitores da Universidade de São Paulo – USP, um dos seus grandes sonhos, e também cerca de 12 retratos de Diretores da Politécnica. Produzido cerca de 200 telas, a maioria delas por encomenda de grandes personalidades nacionais e internacionais. “Sou um artista que não tinha uma regularidade de pintar, somente quando havia alguma encomenda, acho que pintei
l g e o K y n o T Nascido em 1898 na Alemanha, Tony Koegl imigrou para o Brasil em 1927, radicou-se em São Paulo, morava no Pacaembú e ficou 7 anos em Limeira, onde realizou grandes trabalhos. Iniciou seus estudos na Academia de Insbruck, Áustria, deixando os estudos em 1916 por causa da guerra. Foi um grande retratista realista da época, produziu inúmeras obras de retratos para a família paulistana, pintou interiores, paisagens e alegorias. Retratou quatro reitores da Universidade de São Paulo – USP: Reynaldo Porchat, Lúcio Martins Rodrigues, Domingos Rubião Alves Meira, Jorge Americano. Estão localizados no Salão de Atos do Gabinete do Reitor, Galerias de Reitores, na Universidade de São Paulo – USP.
pouco proporcionalmente ao tempo que já desenvolvia a arte. Se tivesse pintado mais, faria composições de cenários, não ficaria somente nos retratos”. A arte ainda é seu ofício. Atende às suas encomendas, e divide seu tempo para fazer seus trabalhos em bico de pena, os quais já perdeu a conta de quantos produziu. Ganhou a pequena medalha de prata no Salão Paulista de Belas Artes com um quadro a bico de pena
Fontes Internet http://cimitan.blogspot.com.br/2008/10/tony-koegl-artista-alemo.html Livro: Universidade de São Paulo: Seus Reitores e Seus Símbolos: um pouco da história - Por Rosana Oba
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Fonte da Imagem: Livro Justiça Eleitoral, uma retrospectiva - TRE SP
toque de mestre
tudar. Quando o Tony foi para Limeira, já que era compadre de meu pai, sempre vinha nos visitar, e eu deixava um estudo pronto para ele avaliar. Assimilei as técnicas do mestre e estive ao seu lado até seu último suspiro.” Em 1955 um fato marcante determinou toda sua trajetória artística. Um grave acidente de aviação tirou de maneira trágica a vida do secretário do Tribunal Eleitoral de São Paulo, Ibsen da Costa Manso, que via-
java para Casa Branca (interior de São Paulo) a trabalho. Ibsen era muito querido por todos e causou uma comoção geral entre os funcionários. Biaggio resolveu fazer um quadro para homenagear ente tão importante e entregou ao TRE como doação. Bastou essa “sementinha” para que gerassem os primeiros pedidos, o que proporcionou retratar todos os ex-presidentes do TRE-SP. O primeiro foi do Desembargador Justino Maria Pinheiro. O con-
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junto de retratos atual conta com 32 obras. Retratou cinco reitores da Universidade de São Paulo – USP, um dos seus grandes sonhos, e também cerca de 12 retratos de Diretores da Politécnica. Produzido cerca de 200 telas, a maioria delas por encomenda de grandes personalidades nacionais e internacionais. “Sou um artista que não tinha uma regularidade de pintar, somente quando havia alguma encomenda, acho que pintei
l g e o K y n o T Nascido em 1898 na Alemanha, Tony Koegl imigrou para o Brasil em 1927, radicou-se em São Paulo, morava no Pacaembú e ficou 7 anos em Limeira, onde realizou grandes trabalhos. Iniciou seus estudos na Academia de Insbruck, Áustria, deixando os estudos em 1916 por causa da guerra. Foi um grande retratista realista da época, produziu inúmeras obras de retratos para a família paulistana, pintou interiores, paisagens e alegorias. Retratou quatro reitores da Universidade de São Paulo – USP: Reynaldo Porchat, Lúcio Martins Rodrigues, Domingos Rubião Alves Meira, Jorge Americano. Estão localizados no Salão de Atos do Gabinete do Reitor, Galerias de Reitores, na Universidade de São Paulo – USP.
pouco proporcionalmente ao tempo que já desenvolvia a arte. Se tivesse pintado mais, faria composições de cenários, não ficaria somente nos retratos”. A arte ainda é seu ofício. Atende às suas encomendas, e divide seu tempo para fazer seus trabalhos em bico de pena, os quais já perdeu a conta de quantos produziu. Ganhou a pequena medalha de prata no Salão Paulista de Belas Artes com um quadro a bico de pena
Fontes Internet http://cimitan.blogspot.com.br/2008/10/tony-koegl-artista-alemo.html Livro: Universidade de São Paulo: Seus Reitores e Seus Símbolos: um pouco da história - Por Rosana Oba
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toque de mestre
s e d a d i s o i Cur A PAIXÃO PELA FILATELIA Desenvolveu cerca de 500 peças filatélicas, carimbos postais, selos e blocos postais para os Correios Brasileiro e Italiano. Expôs sua coleção de selos temática: “Evolução e Decadência das Artes Plásticas (pintura) e ganhou o grande prêmio nacional na Brasiliana 79, III Exposição Mundial de Filatelia Temática. Criou o primeiro selo para cegos em 1974 , onde se lê em caracteres de Braille a seguinte frase: “O Cego é um cidadão participante”.
Estudo de reprodução para acervo pessoal.
"Outras gerações farão como foi feito no princípio. Sempre existem os que cultivam a boa arte e serão eles a levar adiante”
da Ladeira da Memória, e participou duas vezes de salões, “somente para marcar essa história”. Um recado para os pintores de hoje é praticar a arte responsável. A arte de entregar um trabalho com compromisso e respeito ao nosso cliente e ao público, principalmente quando se trata de um retrato. “Nós pintores clássicos fazemos um trabalho responsável. O que quer dizer, que se eu fizer um retrato, não precisa ter um nome embaixo para saber de quem é, as pessoas vão reconhecer. É um trabalho de
44
raciocínio, técnico, perfeito. Se me pedir, posso fazer o mesmo retrato várias vezes. Leva-se muitos anos praticando e estudando para chegar em um excelente resultado. No clássico, nós comandamos o pincel e a tinta. Sofremos críticas, a cobrança de um trabalho perfeito, da semelhança. Quando questionamos sobre a situação atual da pintura clássica ele acredita que tudo é cíclico, que nossa arte não está perdida. "Outras gerações farão como foi feito no princípio. Sempre existem os que cultivam a boa arte e serão eles a levar adiante”.
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toque de mestre
s e d a d i s o i Cur A PAIXÃO PELA FILATELIA Desenvolveu cerca de 500 peças filatélicas, carimbos postais, selos e blocos postais para os Correios Brasileiro e Italiano. Expôs sua coleção de selos temática: “Evolução e Decadência das Artes Plásticas (pintura) e ganhou o grande prêmio nacional na Brasiliana 79, III Exposição Mundial de Filatelia Temática. Criou o primeiro selo para cegos em 1974 , onde se lê em caracteres de Braille a seguinte frase: “O Cego é um cidadão participante”.
Estudo de reprodução para acervo pessoal.
"Outras gerações farão como foi feito no princípio. Sempre existem os que cultivam a boa arte e serão eles a levar adiante”
da Ladeira da Memória, e participou duas vezes de salões, “somente para marcar essa história”. Um recado para os pintores de hoje é praticar a arte responsável. A arte de entregar um trabalho com compromisso e respeito ao nosso cliente e ao público, principalmente quando se trata de um retrato. “Nós pintores clássicos fazemos um trabalho responsável. O que quer dizer, que se eu fizer um retrato, não precisa ter um nome embaixo para saber de quem é, as pessoas vão reconhecer. É um trabalho de
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raciocínio, técnico, perfeito. Se me pedir, posso fazer o mesmo retrato várias vezes. Leva-se muitos anos praticando e estudando para chegar em um excelente resultado. No clássico, nós comandamos o pincel e a tinta. Sofremos críticas, a cobrança de um trabalho perfeito, da semelhança. Quando questionamos sobre a situação atual da pintura clássica ele acredita que tudo é cíclico, que nossa arte não está perdida. "Outras gerações farão como foi feito no princípio. Sempre existem os que cultivam a boa arte e serão eles a levar adiante”.
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mercado da arte
Acompanhando o Mercado
s: e õ ç a m r o f n Maisnisultarte.com.br www.co
Onde posso registrar uma obra artística de minha autoria? Texto: João Carlos Lopes dos Santos | Imagens: Divulgação
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O diploma legal que protege os direitos autorais, Lei nº 9.610, de 19/2/98, em seu capítulo III, que trata do "Registro das Obras Intelectuais", preceitua: Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro. Art. 19. É facultado ao autor registrar a sua obra no órgão público definido no caput e no § 1º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973. Art. 20. Para os serviços de registro previstos nesta Lei será cobrada retribuição, cujo valor e processo de recolhimento serão estabelecidos por ato do titular do órgão da administração pública federal a que estiver vinculado o registro das obras intelectuais. Art. 21. Os serviços de registro de que trata esta Lei serão organizados conforme preceitua o § 2º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973. Assim, já que a lei atual se reporta aos § 1º e 2º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973, veja o que eles preceituam: Art. 17 (da Lei nº 5.988, de 14/12/1973) - Para segurança de seus direitos, o autor da obra intelectual poderá registrá-la, conforme sua natureza, na Biblioteca Nacional, na Escola de Música, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio
de Janeiro, no Instituto Nacional do Cinema, ou no Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia. § 1º Se a obra for de natureza que comporte registro em mais de um desses órgãos deverá ser registrada naquele com que tiver maior afinidade. § 2º O poder executivo, mediante decreto, poderá, a qualquer tempo, reorganizar os serviços de registro, conferindo a outros Órgãos as atribuições a que se refere este artigo. Importante: quando você estiver diante de um caso concreto, já que no Brasil as leis e os procedimentos mudam muito, pesquise antes as informações aqui contidas, procurando diretamente a legislação em vigor ou, preferencialmente, se aconselhe com o seu advogado que, decerto, analisará o seu problema diretamente e sempre terá o melhor aconselhamento.
Dica Verniz:
Sites para consulta da Legislação na íntegra: http://www.cultura.gov.br/consultadireitoautoral/wp-content/ uploads/2010/06/Lei9610_Consolidada_Consulta_Publica.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm
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Onde posso registrar uma obra artística de minha autoria? Texto: João Carlos Lopes dos Santos | Imagens: Divulgação
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O diploma legal que protege os direitos autorais, Lei nº 9.610, de 19/2/98, em seu capítulo III, que trata do "Registro das Obras Intelectuais", preceitua: Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro. Art. 19. É facultado ao autor registrar a sua obra no órgão público definido no caput e no § 1º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973. Art. 20. Para os serviços de registro previstos nesta Lei será cobrada retribuição, cujo valor e processo de recolhimento serão estabelecidos por ato do titular do órgão da administração pública federal a que estiver vinculado o registro das obras intelectuais. Art. 21. Os serviços de registro de que trata esta Lei serão organizados conforme preceitua o § 2º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973. Assim, já que a lei atual se reporta aos § 1º e 2º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973, veja o que eles preceituam: Art. 17 (da Lei nº 5.988, de 14/12/1973) - Para segurança de seus direitos, o autor da obra intelectual poderá registrá-la, conforme sua natureza, na Biblioteca Nacional, na Escola de Música, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio
de Janeiro, no Instituto Nacional do Cinema, ou no Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia. § 1º Se a obra for de natureza que comporte registro em mais de um desses órgãos deverá ser registrada naquele com que tiver maior afinidade. § 2º O poder executivo, mediante decreto, poderá, a qualquer tempo, reorganizar os serviços de registro, conferindo a outros Órgãos as atribuições a que se refere este artigo. Importante: quando você estiver diante de um caso concreto, já que no Brasil as leis e os procedimentos mudam muito, pesquise antes as informações aqui contidas, procurando diretamente a legislação em vigor ou, preferencialmente, se aconselhe com o seu advogado que, decerto, analisará o seu problema diretamente e sempre terá o melhor aconselhamento.
Dica Verniz:
Sites para consulta da Legislação na íntegra: http://www.cultura.gov.br/consultadireitoautoral/wp-content/ uploads/2010/06/Lei9610_Consolidada_Consulta_Publica.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm
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sketchbook
André
Biral
Texto: Camila Giudice | Imagens: André Biral
André em plena criação.
Quem vê esse garoto de 23 anos, de sorriso fácil, corpo tatuado, com grande coração, não imagina o grande talento e a paixão pela arte e pela vida que carrega, tal como seu ídolo, Modigliani. Paixão que leva a desbravar novos horizontes para absorver com intensidade a cultura japonesa, que tanto estuda e admira. Assistente do pintor Paulo Frade (matéria capa), desenhista, pintor e tatuador de grande talento, abriu para a Verniz seu sketchbook e nos presenteia com um gostinho das suas representações da arte oriental. Acompanhem o excelente trabalho deste artista!
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sketchbook
André
Biral
Texto: Camila Giudice | Imagens: André Biral
André em plena criação.
Quem vê esse garoto de 23 anos, de sorriso fácil, corpo tatuado, com grande coração, não imagina o grande talento e a paixão pela arte e pela vida que carrega, tal como seu ídolo, Modigliani. Paixão que leva a desbravar novos horizontes para absorver com intensidade a cultura japonesa, que tanto estuda e admira. Assistente do pintor Paulo Frade (matéria capa), desenhista, pintor e tatuador de grande talento, abriu para a Verniz seu sketchbook e nos presenteia com um gostinho das suas representações da arte oriental. Acompanhem o excelente trabalho deste artista!
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Espaço de Arte
Casarão do Belvedere Fonte do Texto: http://casashistoricaspaulistanas.blogspot.com.br | Imagens: Panoramio
Construção do Casarão do Belvedere 1927 | Arquivo pessoal: Paulo Goya
Casarão do Belvedere em 1970 Arquivo pessoal: Paulo Goya
o d a i r ó t s i h e a e e como r b o s s i a m Saibarão do Belvedere: Casa o espaço no sit ere.com.br. locar.casaraodobelved www 50
O Casarão do Belvedere é um imóvel localizado na Rua Pedroso, no Bairro da Bela Vista em São Paulo, Capital. O imóvel construído em 1927 foi habitado por 4 gerações de descendentes de seus construtores, a família de Ernest Sohn. Em 2001 estes decidem se desfazer do imóvel, organizam uma venda e nessa venda são retiradas portas, janelas, vitrais e escadas. Em dezembro de 2002 o imóvel é tombado pelo CONPRESP da cidade de São Paulo. Depenado e já sem o lustro original, em janeiro de 2003, Paulo Goya, ator e atualmente o Presidente da OSCIP Espaço Cultural Dona Julieta Sohn que determina a linha de criação e gerencia os projetos artísticos do Casarão, como herdeiro do imóvel propõe à família a transformação do imóvel em espaço cultural. Hoje a luta é para que seja preservado o patrimônio, tanto sua história como sua estrutura, que por vários anos abrigou projeto artísticos,
como peças teatrais, viradas culturais, concertos musicais e exposições. Hoje ela abriga o projeto musical chamado Ao Vivo no Casarão. Mais informações: www.aovivonocasarao.com. A Verniz foi visitar o espaço, que prima ainda pela beleza arquitetônica, mas infelizmente não conta com o apoio das entidades para que seja conservado e restaurado. O Casarão conta com um anexo preparado para receber os mais diversos tipos de eventos. A proposta é atender interessados em alugar o espaço para realização de cursos de arte, música, teatro. A renda da locação do espaço é revertida para a preservação do Casarão do Belvedere.
Informações:
Endereço : Rua Pedroso, 267 - Bela Vista, São Paulo, SP Fone: 11 5549-7131. falecomocasarao@gmail.com Visitas somente com horário agendado.
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Espaço de Arte
Casarão do Belvedere Fonte do Texto: http://casashistoricaspaulistanas.blogspot.com.br | Imagens: Panoramio
Construção do Casarão do Belvedere 1927 | Arquivo pessoal: Paulo Goya
Casarão do Belvedere em 1970 Arquivo pessoal: Paulo Goya
o d a i r ó t s i h e a e e como r b o s s i a m Saibarão do Belvedere: Casa o espaço no sit ere.com.br. locar.casaraodobelved www 50
O Casarão do Belvedere é um imóvel localizado na Rua Pedroso, no Bairro da Bela Vista em São Paulo, Capital. O imóvel construído em 1927 foi habitado por 4 gerações de descendentes de seus construtores, a família de Ernest Sohn. Em 2001 estes decidem se desfazer do imóvel, organizam uma venda e nessa venda são retiradas portas, janelas, vitrais e escadas. Em dezembro de 2002 o imóvel é tombado pelo CONPRESP da cidade de São Paulo. Depenado e já sem o lustro original, em janeiro de 2003, Paulo Goya, ator e atualmente o Presidente da OSCIP Espaço Cultural Dona Julieta Sohn que determina a linha de criação e gerencia os projetos artísticos do Casarão, como herdeiro do imóvel propõe à família a transformação do imóvel em espaço cultural. Hoje a luta é para que seja preservado o patrimônio, tanto sua história como sua estrutura, que por vários anos abrigou projeto artísticos,
como peças teatrais, viradas culturais, concertos musicais e exposições. Hoje ela abriga o projeto musical chamado Ao Vivo no Casarão. Mais informações: www.aovivonocasarao.com. A Verniz foi visitar o espaço, que prima ainda pela beleza arquitetônica, mas infelizmente não conta com o apoio das entidades para que seja conservado e restaurado. O Casarão conta com um anexo preparado para receber os mais diversos tipos de eventos. A proposta é atender interessados em alugar o espaço para realização de cursos de arte, música, teatro. A renda da locação do espaço é revertida para a preservação do Casarão do Belvedere.
Informações:
Endereço : Rua Pedroso, 267 - Bela Vista, São Paulo, SP Fone: 11 5549-7131. falecomocasarao@gmail.com Visitas somente com horário agendado.
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dicas de limpeza
Ateliê do Artista
imagem: divulgação
Cinco passos para limpar o pincel
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A Verniz acompanhou o processo e te mostra o passo a passo! Seu pincel ficará sequinho, limpo e com as cerdas conservadas! Os pincéis do Sr. Biaggio são um exemplo!
Mergulhe rapidamente o pincel num potinho com um solvente de sua preferência, cuidado com o excesso de solvente para não estragar as cerdas.
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Ateliê do e Paulo Frad
imagem: divulgação
Texto e Fotografia: Camila Giudice
Ateliê do eo z Biaggio Ma
imagem: divulgação
Lave o pincel em água corrente, fazendo o movimento de um “8” em um sabonete, até soltar toda a tinta e enxague bem.
Passe um pano para tirar o excesso de tinta.
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4 Retire o máximo de água das cerdas e seque bem o pincel com um pano. Envolva as cerdas do pincel com tiras de papel sulfite, somente na horizontal.
Finalize colocando nas cerdas encapadas pregadores de madeira de acordo com o tamanho do pincel. Assim seu pincel ficará com as cerdas retas, prontas para seu próximo trabalho!
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Ateliê do i Leo di Stas
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dicas de limpeza
Ateliê do Artista
imagem: divulgação
Cinco passos para limpar o pincel
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A Verniz acompanhou o processo e te mostra o passo a passo! Seu pincel ficará sequinho, limpo e com as cerdas conservadas! Os pincéis do Sr. Biaggio são um exemplo!
Mergulhe rapidamente o pincel num potinho com um solvente de sua preferência, cuidado com o excesso de solvente para não estragar as cerdas.
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Ateliê do e Paulo Frad
imagem: divulgação
Texto e Fotografia: Camila Giudice
Ateliê do eo z Biaggio Ma
imagem: divulgação
Lave o pincel em água corrente, fazendo o movimento de um “8” em um sabonete, até soltar toda a tinta e enxague bem.
Passe um pano para tirar o excesso de tinta.
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4 Retire o máximo de água das cerdas e seque bem o pincel com um pano. Envolva as cerdas do pincel com tiras de papel sulfite, somente na horizontal.
Finalize colocando nas cerdas encapadas pregadores de madeira de acordo com o tamanho do pincel. Assim seu pincel ficará com as cerdas retas, prontas para seu próximo trabalho!
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Ateliê do i Leo di Stas
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toyart
MonaLisa A Sorridente Texto: Camila Giudice | Imagens: Divulgação | Toy Art: Raimund Schmidt
De acordo com o trabalho do pesquisador Frank Zöller, publicado em livro de sua autoria: Leonardo da Vinci – Obra completa de Pintura, Editado pela Taschen, os retratos das mulheres do Renascimento tinham como base a imagem da mãe de Deus, pois era considerada o modelo de toda mulher respeitável. Desta maneira, nota-se um paralelismo entre a representação das madonas e os retratos das mulheres, o que ocasionou a semelhança do sorriso da Gioconda com o da Virgem. Esse sorriso correspondia a um lugar comum da graça feminina, em uma época em que a serenidade de traços e a decência do sorriso eram consideradas um reflexo da beleza e portanto da virtude feminina, tão como a posição de suas mãos, que denotam uma mulher de boas maneiras e conduta de vida pudica.
a d n o c o i G a Monalies l Lisa d o, Giocond em nascida . 1479 54
Fonte de Pesquisa:
Livro: Leonardo da Vinci – Obra completa de Pintura, Editado pela Taschen, Frank Zöller.
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Fonte de pesquisa: Livro:
toyart
MonaLisa A Sorridente Texto: Camila Giudice | Imagens: Divulgação | Toy Art: Raimund Schmidt
De acordo com o trabalho do pesquisador Frank Zöller, publicado em livro de sua autoria: Leonardo da Vinci – Obra completa de Pintura, Editado pela Taschen, os retratos das mulheres do Renascimento tinham como base a imagem da mãe de Deus, pois era considerada o modelo de toda mulher respeitável. Desta maneira, nota-se um paralelismo entre a representação das madonas e os retratos das mulheres, o que ocasionou a semelhança do sorriso da Gioconda com o da Virgem. Esse sorriso correspondia a um lugar comum da graça feminina, em uma época em que a serenidade de traços e a decência do sorriso eram consideradas um reflexo da beleza e portanto da virtude feminina, tão como a posição de suas mãos, que denotam uma mulher de boas maneiras e conduta de vida pudica.
a d n o c o i G a Monalies l Lisa d o, Giocond em nascida . 1479 54
Fonte de Pesquisa:
Livro: Leonardo da Vinci – Obra completa de Pintura, Editado pela Taschen, Frank Zöller.
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1. Imprima a página ao lado em uma folha tamanho A4 ou tamanho Ofício, conforme sua preferência. Aconselhamos o uso de papel com gramatura entre 160g e 240g. 2. Com a página já impressa, utilize uma ferramenta para vincar, marque as dobras pontilhadas e as alças de encaixe. Tome cuidado para vincar exatamente na área de dobra. Dessa maneira a toyart terá um melhor acabamento. 3. Com os vincos feitos, é hora de utilizar um estilete e cortar as linhas internas da toyart. Na cabeça, além do queixo, as marcações: 7, 9, 10, 11 e 12. No vestido, as marcações: 17, 18, 19 e 20. Para todas as peças, não esqueça dos cortes nas alças que receberão os encaixes. 4. Agora com uma tesoura, recorte todas as peças cuidadosamente. Preste especial atenção nos encaixes. É importante que a área do "dente" da alça seja preservada. Caso contrário, a fixação das peças pode não ficar adequada e balançar em demasia.
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1. Monte as peças: Braço Direito e o Braço Esquerdo. 2. Encaixe os braços, já devidamente montados, na peça Vestido ainda desmontada.Dobre as alças 17, 18, 19 e 20 para dentro, rente com a peça Vestido. 3. Já com os braços encaixados, monte a peça Vestido. 4. Monte a peça Corpo. 5. Depois de montada, encaixe a peça Corpo na peça Cabeça, ainda desmontada. Repita a ação com a peça Vestido/Braços. 6. Pronto, agora é só curtir o sorriso da pequena Monalisa aonde você quiser!
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1. Imprima a página ao lado em uma folha tamanho A4 ou tamanho Ofício, conforme sua preferência. Aconselhamos o uso de papel com gramatura entre 160g e 240g. 2. Com a página já impressa, utilize uma ferramenta para vincar, marque as dobras pontilhadas e as alças de encaixe. Tome cuidado para vincar exatamente na área de dobra. Dessa maneira a toyart terá um melhor acabamento. 3. Com os vincos feitos, é hora de utilizar um estilete e cortar as linhas internas da toyart. Na cabeça, além do queixo, as marcações: 7, 9, 10, 11 e 12. No vestido, as marcações: 17, 18, 19 e 20. Para todas as peças, não esqueça dos cortes nas alças que receberão os encaixes. 4. Agora com uma tesoura, recorte todas as peças cuidadosamente. Preste especial atenção nos encaixes. É importante que a área do "dente" da alça seja preservada. Caso contrário, a fixação das peças pode não ficar adequada e balançar em demasia.
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1. Monte as peças: Braço Direito e o Braço Esquerdo. 2. Encaixe os braços, já devidamente montados, na peça Vestido ainda desmontada.Dobre as alças 17, 18, 19 e 20 para dentro, rente com a peça Vestido. 3. Já com os braços encaixados, monte a peça Vestido. 4. Monte a peça Corpo. 5. Depois de montada, encaixe a peça Corpo na peça Cabeça, ainda desmontada. Repita a ação com a peça Vestido/Braços. 6. Pronto, agora é só curtir o sorriso da pequena Monalisa aonde você quiser!
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A Visão da SP-Arte por uma artista Texto: Camila Giudice. | Fotografia: Camila Giudice
a Cobertrutrura da Abeeira, da F ada realiz 3 de no diaril Ab
A Verniz visitou a 9a edição da SP-Arte que aconteceu nos dias 04 até 07 de abril, no Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera em São Paulo. Participamos da abertura e também da visitação aberta ao público para contar a impressão por meio do olhar de uma artista pintora clássica. A SP-Arte reuniu as principais galerias do mundo, e é muito importante e satisfatório saber que ainda há muito espaço para nossa arte com pincel. Para o artista pintor, ainda há a
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impressão que somente vamos encontrar arte muito moderna, ou instalações nas galerias, mas a constatamos muitas possibilidades na busca do artista por um espaço para vender suas obras. Tanto nas galerias nacionais quanto nas internacionais há muitas telas. Lógico que também deparamos com inúmeras instalações, esculturas, fotografias, mas surpreendentemente, havia um certo equilíbrio entre telas nos espaços. Uma das maiores gratificações
foi praticamente “encostar o nariz” em Picasso Candido Portinari, Lasar Segall e outros tantos ilustres nomes nacionais e internacionais, poder observar atentamente os traços e sentir a energia tão vibrante destes artistas refletida nas pinceladas de suas obras. Além de poder passar muito tempo andando pelas mais de 120 galerias, o mais interessante foi analisar o comportamento dos frequentadores, um mix de artistas nacionais e internacionais, donos de galerias europeus, americanos, latinos, orientais, os compradores de obras, estudantes de arte e o público em geral. A sacada mais genial dessa feira é o artista ter a possibilidade de entrar em uma galeria de Londres, depois na de Paris, logo mais está na de
Tóquio e em uma de Milão, depois dá um pulinho em São Paulo, Nova York....é surreal!!! É uma volta ao mundo em algumas horas! Conhecer o perfil de cada galeria, ter o contato com os galeristas, a troca cultural, a moda, o clima que “grita” ARTE, as pessoas, foi no mínimo sensacional! É um bom exercício para o artista enxergar a importância e repercussão de seu trabalho, de seu esforço e ver a grandeza de um mercado que gira em volta de sua criação. Uma das coisas que me deixou mais impressionada é o número grande de pessoas que frequentaram o evento, e a dimensão de que a arte dá sim dinheiro e tem muita gente que consegue viver dela, direta e indiretamente.
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A Visão da SP-Arte por uma artista Texto: Camila Giudice. | Fotografia: Camila Giudice
a Cobertrutrura da Abeeira, da F ada realiz 3 de no diaril Ab
A Verniz visitou a 9a edição da SP-Arte que aconteceu nos dias 04 até 07 de abril, no Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera em São Paulo. Participamos da abertura e também da visitação aberta ao público para contar a impressão por meio do olhar de uma artista pintora clássica. A SP-Arte reuniu as principais galerias do mundo, e é muito importante e satisfatório saber que ainda há muito espaço para nossa arte com pincel. Para o artista pintor, ainda há a
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impressão que somente vamos encontrar arte muito moderna, ou instalações nas galerias, mas a constatamos muitas possibilidades na busca do artista por um espaço para vender suas obras. Tanto nas galerias nacionais quanto nas internacionais há muitas telas. Lógico que também deparamos com inúmeras instalações, esculturas, fotografias, mas surpreendentemente, havia um certo equilíbrio entre telas nos espaços. Uma das maiores gratificações
foi praticamente “encostar o nariz” em Picasso Candido Portinari, Lasar Segall e outros tantos ilustres nomes nacionais e internacionais, poder observar atentamente os traços e sentir a energia tão vibrante destes artistas refletida nas pinceladas de suas obras. Além de poder passar muito tempo andando pelas mais de 120 galerias, o mais interessante foi analisar o comportamento dos frequentadores, um mix de artistas nacionais e internacionais, donos de galerias europeus, americanos, latinos, orientais, os compradores de obras, estudantes de arte e o público em geral. A sacada mais genial dessa feira é o artista ter a possibilidade de entrar em uma galeria de Londres, depois na de Paris, logo mais está na de
Tóquio e em uma de Milão, depois dá um pulinho em São Paulo, Nova York....é surreal!!! É uma volta ao mundo em algumas horas! Conhecer o perfil de cada galeria, ter o contato com os galeristas, a troca cultural, a moda, o clima que “grita” ARTE, as pessoas, foi no mínimo sensacional! É um bom exercício para o artista enxergar a importância e repercussão de seu trabalho, de seu esforço e ver a grandeza de um mercado que gira em volta de sua criação. Uma das coisas que me deixou mais impressionada é o número grande de pessoas que frequentaram o evento, e a dimensão de que a arte dá sim dinheiro e tem muita gente que consegue viver dela, direta e indiretamente.
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Há sempre a possibilidade de alguém se interessar pelo nosso estilo, mas tem que correr atrás, visitar galerias, divulgar seu trabalho em sites, enviar os portfólios, não desanimar. "Uma das maiores gratificações foi praticamente “encostar o nariz” em Picasso Candido Portinari, Lasar Segall e outros tantos ilustres nomes..."
É uma visão que motiva o artista a produzir, e batalhar pelo seu pedaço, pois nem sempre acreditamos que exista tanta gente que se importa com isso. Outra questão importante, é que temos galerias em busca de novos talentos, o que quebra muito o conceito de que somente quem só tem nome consegue espaço.
Um recado para nós artistas é sempre ficar atento ao mercado, aos eventos, acompanhar o trabalho de outros artistas, mas o mais importante, não faça pelo mercado, e sim para você, pois sabemos que colocamos em nossas obras nossos sentimentos, o que torna cada obra única e especial. Há sempre a possibilidade de alguém se interessar pelo nosso estilo, mas tem que correr atrás, visitar galerias, divulgar seu trabalho em sites, enviar os portfólios, não desanimar. O mais importante de tudo é acreditar, tudo pode acontecer, pois afinal, o Sol brilha para todos! E até quem saber, ter seu trabalho em alguma galeria na próxima edição da SP-Arte?
da s e õ ç a m for o galerias n i s i a M rte, com ja no Ve ? SP-A s a i f a r e fotoigte da Verniz! s
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Há sempre a possibilidade de alguém se interessar pelo nosso estilo, mas tem que correr atrás, visitar galerias, divulgar seu trabalho em sites, enviar os portfólios, não desanimar. "Uma das maiores gratificações foi praticamente “encostar o nariz” em Picasso Candido Portinari, Lasar Segall e outros tantos ilustres nomes..."
É uma visão que motiva o artista a produzir, e batalhar pelo seu pedaço, pois nem sempre acreditamos que exista tanta gente que se importa com isso. Outra questão importante, é que temos galerias em busca de novos talentos, o que quebra muito o conceito de que somente quem só tem nome consegue espaço.
Um recado para nós artistas é sempre ficar atento ao mercado, aos eventos, acompanhar o trabalho de outros artistas, mas o mais importante, não faça pelo mercado, e sim para você, pois sabemos que colocamos em nossas obras nossos sentimentos, o que torna cada obra única e especial. Há sempre a possibilidade de alguém se interessar pelo nosso estilo, mas tem que correr atrás, visitar galerias, divulgar seu trabalho em sites, enviar os portfólios, não desanimar. O mais importante de tudo é acreditar, tudo pode acontecer, pois afinal, o Sol brilha para todos! E até quem saber, ter seu trabalho em alguma galeria na próxima edição da SP-Arte?
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Imagem: Biaggio Mazzeo (estudo acervo pessoal)
Imagem: Leo di Stasi