REVISTA AC MINAS 110 ANOS

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ACMinas EDIÇÃO ESPECIAL

UMA PUBLICAÇÃO COMEMORATIVA DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE MINAS - ANO 2011

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A

de rsário nive

Parceira do desenvolvimento de Minas REVISTA SUPERE 110 anos ACMinas.indd 1

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A Cemig é a segunda melhor distribuidora de energia, na opinião dos consumidores do Sudeste.

SABE COMO VAMOS COMEMORAR ESSA CONQUISTA? TRABALHANDO PARA SER A

Em 2010, a Cemig subiu da sexta para a segunda posição na preferência dos consumidores da Região Sudeste, medida pelo Índice Aneel de Satisfação do Consumidor – IASC 2010, da Agência Nacional de Energia Elétrica.

No ano passado, investimos mais

O IASC visa estimular a melhoria dos

de R$ 200 milhões em ações para

serviços, orientado pela satisfação do

agilizar nosso atendimento e

consumidor.

reduzir a frequência e a duração das interrupções do serviço. Para fechar o ano, fomos finalistas do PNQ – Prêmio Nacional da Qualidade.

www.cemig.com.br

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Agora, queremos agradecer aos nossos quase 7 milhões de clientes, em 774 municípios de Minas, que reconhecem a qualidade dos nossos serviços. É por eles que, em 2011, vamos trabalhar mais para conquistar o primeiro lugar na satisfação dos consumidores.

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110 anos Em 2007, a ACMinas se mobilizou em favor da ética e pelo fim da corrupção na política brasileira. O Movimento Mineiro pela Ética cobriu de luto a fachada da entidade, na avenida Afonso Pena

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Fundada em 6 de janeiro de 1901, a Associação Comercial de Minas conta, ao longo de sua trajetória, uma história de coerência na defesa da livre iniciativa, dos interesses do empresariado mineiro e na promoção do desenvolvimento de Minas e do Brasil. Nesses 110 anos, a ACMinas levantou bandeiras e liderou campanhas vitoriosas pela industrialização e pelo crescimento econômico do Estado e do País, sempre com os olhos voltados para os aspectos sociais desses avanços. Entre elas, cabe destacar as campanhas pela implantação da Vale, da Açominas e da Fiat Automóveis; o projeto de expansão da Usiminas e da Refinaria Gabriel Passos, a criação da Cemig,entre várias outras. A concretização de empreendimentos de infraestrutura como o ramal de Capitão Eduardo ou a pavimentação da BR 262 teve grande efeito multiplicador sobre o desenvolvimento industrial de Minas, atraindo outros investimentos de porte para o Estado Preservando uma postura de isenção, mas de livre trânsito entre os vários governos, a ACMinas abraçou movimentos institucionais de inspiração política, como o Movimento de Cidadania, o Projeto Voto-Cidadão e o Movimento Cívico pela Unidade Territorial de Minas, contra a separação do Triângulo, além de atuar decididamente junto à Assembléia Nacional Constituinte. São iniciativas que incluíram o empresariado no processo de democratização do País e consolidaram sua presença nas mudanças ditadas pelas transformações sociais no mundo. Nos últimos 20 anos, a ACMinas participa ativamente dos processos de modernização da economia, defendendo a função social da livre iniciativa e, como sempre, o desenvolvimento de Minas e do Brasil.

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Aplítica, mas mobilizada pelo desenvolvimento de Minas

Entrevista com o presidente da ACMinas, Roberto Fagundes

O ex-governador Rondon Pacheco lembra uma década de desenvolvimento

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Índice conteúdo 110 anos

Sumário

Capa ACMinas completa 110 anos como parceira do desenvolvimento do Estado Pág. 12

08

A ACMinas nasceu junto com Belo Horizonte

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A luta em favor da produção mineira de açúcar

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O papel da ACMinas na criação da Cemig

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ACMinas REVISTA ESPECIAL

Expediente Diretor / Editor responsável Ângelo Roberto de Lima Reg. Profissional: 3033/MG Editora Bianca Alves Reg. Profissional: MG 3466 JP Diretor de Criação Pablo T. Quezada Diretor de Arte Amado Nicoli Produção Gráfica Raquel Pacheco Coordenação Wagner Sá / Marcelo Valadares Reportagens Luciana Sampaio / Andréia Pio Wângela Jacintho / Bianca Alves Assessoria de Comunicação da ACMinas Departamento Financeiro Cláudia Simões claudia@verobrasil.com.br Diretoria Administrativa e Jurídica José Nonato Costa de Lima Vero Brasil Comunicação Periodicidade Bimestral Impressão / Tiragem Gráfica e Editora Del Rey / 10.000 exemplares Atendimento ao Leitor supere@verobrasil.com.br / 55 31 3344-2844

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Sonho realizado: Minas tem a sua indústria automobilística

76

Açominas: uma longa história

80

Usiminas investe para ampliar produção

A revista Supere, edição especial dos 110 anos, não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e artigos assinados. As pessoas que constam no expediente não têm autorização para falar em nome da Revista Supere ou de retirar qualquer tipo de material se não tiver em seu poder autorização formal do editor responsável constante do expediente. A revista Supere é uma publicação da ACMinas, localizada à Av. Afonso Pena, 372 - 2º andar +55 31 3048 9555. Editada e produzida por Vero Brasil Comunicação.

Av. Prudente de Morais, 44 3º andar | Cidade Jardim

Belo Horizonte | MG | Tel.: +55 31 3344 2844

Artigos Marcelo Cordeiro Edison Zenóbio Luiz Carlos Costa Cledorvino Belini Charles Lotfi

Brasil comunicação

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Colunas Mário Mateus

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Origens

A irmã gêmea de Belo Horizonte Ao tempo da Província de Minas, era o Curral Del Rey. Corria o tempo do Antigo Regime, a Monarquia, de conhecida centralização de poder, escravismo e entraves ao crescimento econômico, político e social. Nos fins de 1889, fora proclamada a República e com ela, veio a possibilidade de concretizar velhos sonhos acalentados pelos

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mineiros. Entre eles, a mudança da Capital da Província, a histórica mas acanhada cidade de Ouro Preto, que já não oferecia condições logísticas – e mesmo sociais, econômicas e políticas para apoiar o futuro crescimento do Estado em todas as esferas. Em 1893, o Congresso Mineiro, reunido na cidade de Barbacena, na Serra da Mantiqueira,

região das Vertentes, designou para a construção da Capital do Estado de Minas o local então chamado Arraial do Belo Horizonte, nome que já fora entronizado em 1890 por decreto do Presidente do Governo Provisório, João Pinheiro da Silva. No momento de inaugurar a cidade, em 1897, as autoridades mineiras deram à Capital a

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a sisuda denominação de Cidade de Minas. Que, graças aos deuses que olham pela capital, durou pouco: o povo não se acostumava com esse nome e insistia em chamá-la de Belo Horizonte, muito mais poético. E em junho de 1901 foi votada a lei que adotou definitivamente o nome de Belo Horizonte. No mesmo ano de 1901, em 6 de janeiro, fruto de outro sonho aca-

lentado, e com amplas ambições, foi fundada a Associação Comercial da Cidade de Minas. As mobilizações para a criação de uma entidade capaz de representar os interesses econômicos, sociais e políticos de comerciantes, agricultores, industriais, prestadores de serviços, coincidiram com os primeiros passos dados pela jovem capital.

E como a poesia faz parte do perfil mineiro, pode-se dizer, numa licença poética, que a ACMinas é como se fosse irmã gêmea de Belo Horizonte. E como tal, a entidade vem deixando suas digitais nos grandes movimentos político-econômicos de Minas, com valores que historicamente tem sustentado: visão, coragem e tenacidade.

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Criação

FOTO: ARQUIVO ACMINAS

FOTO: ARQUIVO ACMINAS

Nasce uma associação “Mais vale amigos na praça

Paiva, Raul Mendes, Avelino

(tesoureiro). A maioria absolu-

que dinheiro na caixa” – este pro-

Fernandes, Oscar Trompowski,

ta dos empresários da ainda

vérbio, muito usado em Minas

Joaquim

Francisco

Cidade de Minas assinou a ata

Gerais no início do século passa-

de Oliveira e Manoel Martins de

de fundação da AC Minas: eram

do, norteou a fundação da entida-

Figueiredo propôs a criação de

75 signatários.

de, cujos primeiros movimentos

uma entidade para representar

A ACMinas cresceu em

se deram ainda em 1898, quando

seus interesses econômicos,

dimensão e importância quan-

representantes dos setores eco-

sociais e até mesmo políticos.

do, mesmo enfrentando várias

Proença,

nômicos da recém-nascida capi-

A idéia se transformou em

crises que acompanharam o iní-

tal se reuniram para conseguir,

realidade em janeiro de 1901,

cio da trajetória da nova capital,

junto ao Governo do Estado, o

quando a primeira assembléia da

consolidou-se não só junto a

tráfego mútuo do ramal ferrovi-

entidade elegeu a diretoria com-

seus membros como também a

ário da Central do Brasil até a

posta por Teófilo Ribeiro (presiden-

autoridades do Estado e do país.

capital.

te), Avelino Fernandes (vice-pre-

Já em 1915, era ouvida pelo

Já naquela primeira reu-

sidente), Artur Joviano (primeiro

Governo Federal como órgão

nião, o grupo formado por

secretário), Donato Aita (segun-

informativo e consultivo em

Arthur Haas, Antonio Garcia de

do secretário) e José Benjamim

questões de economia mineira.

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Primeiros tempos

Apolítica, mas, se necessário, pronta para a briga

“Essencialmente, a ACMinas

lutou por esta bandeira”, afirma

participar e vai sempre que pode,

sempre foi o baluarte da livre ini-

João Camilo Penna, ex-ministro

para debater temas como o papel

ciativa. Esforçava-se para valori-

da Indústria e Comércio do gover-

do empresário na economia ou a

zar o empresário, para que Minas

no João Figueiredo. Ele lembra

valorização da eficiência e do lucro

entendesse o papel do empresário

memoráveis encontros e cafés da

reinvestido – que, para ele, é a

mineiro como criador de riqueza,

manhã promovidos pela ACMinas,

base do crescimento. “A ACMinas

de emprego e renda, e ela sempre

dos quais teve a oportunidade de

sempre teve papel importante nes-

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deu o da representatividade das atividades econômicas de seus representados e avançou na preocupação com o desenvolvimento social da comunidade. Suas ações mais enérgicas, e mais proveitosas para Minas Gerais, se acentuam nas primeiras décadas do século passado. Mas não há ação política sem reflexo econômico. Além disso, desde os primeiros tempos da Humanidade, o comércio move o mundo. E quando foi necessário fazer política, a ACMinas fez. Dessa maneira, diante de fatais

repercussões

econômi-

cas que as tumultuosas vagas políticas dos primeiros anos do século XX geraram, e gerariam, em prejuízo do empresariado FOTO: ANDRÉA PIO

Camilo Penna destaca a força política da ACMinas

mineiro, a ACMinas não se furtou de assumir posições. De lá até hoje, essa tem sido a sua cartilha: se for preciso, se há risco para o comércio, indústria, ou qualquer atividade econômica, atua-se na questão política. Não com intuito partidário ou na defesa de facções, mas exclusivamente em favor do meio empresarial e, portanto, econômico.

Assim foi

FOTO: ARQUIVO ACMINAS

que se envolveu na questão política que desaguaria na Revolução de 30, ao garantir solidariedade a Antônio Carlos Andrada, então Presidente do Estado, na sucessão de Washington Luiz. Na esfera sas causas”, diz o ex-ministro, que

No entanto, a ACMinas é

propriamente econômica, bateu-se

destaca também a força política da

uma entidade apolítica, que nas-

na defesa do café de Minas, cujas

entidade: “ela sempre teve muita

ceu com ideais definidos: forta-

exportações haviam caído a níveis

influência e presença forte entre os

lecer seus associados e garantir

alarmantes. Era 1930, quando o

governadores e todos eles sem-

sua participação e importância no

Brasil enfrentaria a crise econômi-

pre tiveram forte ligação com a

cenário econômico. Ao longo de

ca que se deflagrou em todos os

ACMinas”.

sua história, seu papel transcen-

setores da sociedade organizada.

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Primeiros tempos A instalação da CSN em Volta Redonda pelo presidente Getúlio Vargas representou um grande revés para a economia mineira

Em 1932, a ACM se

diplomático entre EUA e Brasil, o

Nos passos desses marcantes

pôs contra a Revolução Consti-

Acordo de Washington, em que

movimentos nacionais a ACMinas

tucionalista de São Paulo. Olegário

o Brasil forneceria aço para os

não ficou ausente. Agiu e reagiu,

Maciel governava Minas. Neste

EUA e países aliados durante a 2ª.

mas sem se limitar a simples mani-

mesmo ano Maciel veio a falecer.

Guerra Mundial em troca da ajuda

festações de aplauso ou contesta-

Estava aberta a questão sucessó-

no desenvolvimento do País em

ção; mais que isso, apresentando

ria, tema naturalmente analisado

tempos de paz. Ainda uma vez

soluções e projetos de ordem institu-

reagiu a ACMinas, em manifesta-

cional para o erguimento da econo-

ções severas, mas o mal já estava

mia mineira, notoriamente acanhada

feito. No entanto, a própria direção

desde o Império, no seu perfil de

da CSN mais tarde reconheceu

estado eminentemente rural. Duas

expressamente que a ACMinas foi

outras unidades da Federação já

participante de relevo no projeto

caminhavam na rota do desenvol-

siderúrgico nacional.

vimento alavancado pela Indústria

Esse ânimo foi a razão de,

e pelo Comércio: Rio de Janeiro

contrariamente a qualquer solução

e São Paulo, principalmente este,

pragmática, a CSN ter sido insta-

um e outro sem perder de vista as

lada em Volta Redonda e não em

atividades agropecuárias; era essa,

Minas, a grande fonte do minério

justamente, a rota a que se propu-

de ferro do país. “Nunca fez sen-

nha Minas, através da ACMinas.

com seriedade pela ACMinas. A

tido colher o minério em Minas e

Enquanto isso, mantinha a luta

ordem, portanto, era pressionar

transportá-lo até o Rio de Janeiro,

recorrente com os órgãos do Poder

Vargas, a quem cabia nomear o

elevando os custos e dificultando

Público, reprovando veemente-

sucessor de Olegário. A indicação

a agilidade do projeto siderúrgi-

mente as medidas governamentais

de Getúlio causou perplexidade

co”, critica Camilo Penna.

de natureza político/administrativa,

nacional: foi nomeado Benedito

Ex-presidente da ACMinas,

e por conseguinte fiscais, que ten-

Valadares, cujo nome nunca este-

entre 1973 e 1976, o advogado

diam a desmerecer e prejudicar as

ve nas cogitações do mundo polí-

José Romualdo Cançado Bahia

atividades empresariais mineiras.

tico. E a crise se agrava. A Aliança

também vê na decisão de Getúlio

Uma dessas lutas foi na salvaguar-

Liberal, o Movimento Integralista e a

uma incongruência administrati-

da da sua própria razão de ser:

chamada Intentona Comunista dei-

va: “A siderúrgica deve estar junto

os governos federal e estadual se

xam aberta a estrada de Vargas no

à fonte mineradora. É o mínimo

uniam para engessar a ACMinas.

rumo do autoritarismo.

que o bom senso indica. Ele

Benedito Valadares, Presidente

No leque das diretrizes eco-

fez isso para beneficiar o genro

do Estado de Minas, pretendeu

nômicas da ACMinas também

dele, que era governador do Rio

interferir na Entidade, vetando o

estava a siderurgia, setor em que

de Janeiro”. Este fato não aba-

nome de Magalhães Pinto para

os interesses de Minas eram aba-

lou os ânimos do empresariado

presidi-la, no que foi barrado

fados por Vargas, culminando com

mineiro. E prossegue Bahia: “Seja

pela atitude firme da Entidade.

a instalação da CSN (Companhia

como for, a CSN foi para Volta

Também foi da ACMinas a ini-

Siderúrgica Nacional), em Volta

Redonda, mas esse fato acabou

ciativa de incluir no anteprojeto

Redonda (RJ), o que representou

reforçando a combatividade da

da CLT (Consolidação das Leis

um grande revés para a economia

ACMinas, que uniu ainda mais o

do Trabalho), os institutos do

mineira. Vale lembrar que a CSN

empresariado mineiro às bandei-

aviso prévio e a demissão sem

nasceu por meio de um acordo

ras da entidade.”

justa causa.

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Ousadia e isenção Minhas sinceras congratulações a esta exemplar instituição mineira, a Associação Comercial de Minas, pelos seus 110 anos de intensas atividades. Em mais de um século, a ACMinas, reconhecidamente uma das mais notáveis e importantes entidades de classe de Minas Gerais e do Brasil, dedica esforços ao crescimento econômico e social de Minas e do país, com ousadia e isenção, transmitindo, de geração a geração, os méritos da tradição e as qualidades da modernidade. Antonio Anastasia Governador de Minas Gerais

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É preciso ter muita saúde para viver 110 anos. A Unimed sabe da importância do trabalho da ACMinas para o desenvolvimento do nosso estado e do nosso país. Parabéns e vida longa.

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Economia FOTO: ISTOCKPHOTO

Com açúcar, sem afeto Findos os tempos de exceção, a palavra de ordem era açúcar, fortemente racionado durante a Segunda Grande Guerra. Curiosamente, o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) preten-

deu, em 1946, racionar o açúcar em Minas, ainda preso em pontos essenciais pelo Governo Vargas, não poucas vezes com a anuência dos governos mineiros. Autarquia Federal, criada em

1933, o IAA controlou a economia canavieira quanto à produção, o comércio, a exportação, os preços e produtos até 1990, quando foi extinto. A política daninha do IAA, entre outras

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Minas enfrentou o preconceito do governo Vargas para ampliar seu parque sucroalcooleiro, que hoje é o segundo do país

medidas, sufocou a produção em Minas ao privilegiar unidades produtoras de cana-de-açúcar de Pernambuco e São Paulo. A propósito desse descaso com Minas, o ex-ministro João

Camilo Penna comenta: “Vargas, já antes do Estado Novo, demonstrava clara má vontade com Minas Gerais que, na Revolução de 30, ficou contra os seus projetos políticos’. A reação enérgica da

ACMinas à atuação do IAA, claramente prejudicial ao desenvolvimento econômico mineiro, teve mobilização nacional em torno da melhoria da produtividade, do transporte e do comércio. A pri-

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FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Economia Presdiente do Siamig/Sindaçucar, Luiz Custódio Martins confirma que a ACMinas teve voz ativa na criação do Proálcool

meira resposta da ACMinas foi a importação do açúcar pernambucano, saindo do Recife para o porto de Angra dos Reis. A resposta não somente enfraqueceu a política do IAA como culminou na abertura de uma agência do Lloyd Brasileiro em Belo Horizonte. A capital mineira passou de simples importadora para um centro de distribuição. Como se não bastasse, a atuação desastrosa do IAA abriu espaço para severas críticas à política econômica do governo. Além da solução prática pela ‘importação’ do açúcar pernambucano, a entidade fez chegar às mãos do Presidente Eurico Gaspar Dutra um documento no qual repudiava a atuação do IAA no Estado e solicitava abertura de inquérito sobre a ação do órgão, sugerindo uma devassa imediata no Instituto. O fantasma de Vargas pairava ainda sobre Minas, que, reconhecidamente, não foi um Estado por ele prestigiado na altura da sua importância político/econômica. Como se já não bastasse a crise que se abatia sobre as usinas mineiras de cana, Vargas, ao implantar a pri-

meira refinaria nacional de petróleo estendeu a já obrigatória mistura de etanol à gasolina, em 5%. Para piorar, com as dificuldades provocadas pela II Guerra, a mistura alcançou patamar de 42%. Depois de tantos prejuízos advindos de intervenção estatal no domínio econômico, que resultou na fixação de preços bem abaixo dos valores apurados e propostos pelo IAA, gerando sérias dificuldades para o setor sucro-alcooleiro mineiro, a luz da esperança finalmente é acesa para os mineiros com o lançamento, em 1975, do Proálcool (Programa Nacional do Álcool). Além de reduzir a dependência nacional em relação ao petróleo importado, o programa tem como objetivo substituir em larga escala os derivados de petróleo. Luiz Custódio Cotta Martins, presidente do Siamig/Sindaçúcar (Sindicato da Indústria do Açúcar e Álcool de Minas Gerais), confirma que a ACMinas teve voz ativa para a implantação do PróÁlcool. “A ACMinas pressionou e incentivou os empresários a constituir sociedades para o fabrico do álcool”, recorda.

Outro incentivo também se deu por parte do governo, ao financiar 70% para a instalação das usinas, a juros baixos e grande período de carência. Luiz Custódio lembra que a derrocada do Proálcool se deu na Nova Republica: “Com o baixo preço do petróleo, a demanda de álcool já não era tão grande e em Minas, 23 usinas foram fechadas”. Custódio destaca ainda que uma das premissas do Pró-Álcool era regionalizar a produção, fora do grande meio consumidor, até como forma de fixar o homem no campo. “As destilarias eram distantes, com pequena produção e se tornaram antieconômicas.” Com tabelas e gráficos à mãos, Custódio mostra que a situação mudou e hoje Minas Gerais é o segundo maior produtor de álcool no Brasil. Com a instalação da Fiat e diante da nova realidade, foi fabricado no Brasil, em 1979, o primeiro carro a álcool, o Fiat 147. Essa incumbência ficou a cargo do então ministro da Indústria e Comércio, o engenheiro João Camilo Penna, com parte das diretrizes do governo João Figueiredo.

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Uma história

de carro a álcool

No final da década de 70, Cloves Mendes testava motores para a Fiat. Estava na rua com um colega, testando um novo modelo, quando o combustível que usavam acabou. Entrou no primeiro boteco que achou e pediu um substituto que os levaria para casa: álcool. Era véspera de eleições, período de “lei seca” e o dono do estabelecimento não quis vender de jeito nenhum. Quando os rapazes disseram que o álcool era para o tanque do carro, aí mesmo é que o comerciante teve certeza que falava com dois bêbados. Casos como esse permeiam a estréia do Fiat 147, o primeiro carro a álcool produzido em série no mundo. “Era empolgante para nós participar daquele momento em que desenvolvíamos um combustível nosso. Só pensávamos que não íamos mais depender do petróleo”, lembra Mendes. O desenvolvimento de um combustível alternativo, renovável e, hoje sabemos, ecológico, não foi um processo fácil. Mas acabou sendo vitorioso e os automóveis movidos ao novo combustível, que respondiam por 0,46% do mercado em 1979 chegaram a representar 95% da produção de automóveis em 1986. E hoje que o mundo acorda para relatórios como o do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) alertando sobre os efeitos do aquecimento global - causados, entre outros motivos, pelo aumento da emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera - o Brasil pode sair na frente, devido a sua expertise na produção do etanol. Sem que a plantação de cana-de-açúcar atinja reservas florestais e outras fronteiras agrícolas, o etanol brasileiro pode substituir 10% da demanda mundial de gasolina em 2025.

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Uma Associação de Minas

FOTO: MARCELO PASSOS / HD

Artigo

Marcelo Cordeiro

O nome da Associação Comercial de Minas

Governo Federal. Desde a década

(ACMinas) talvez seja a maior prova da sua importân-

de 1970 a ACMinas vinha brigando

cia para o Estado. Embora a Associação Comercial

pela ampliação do corredor ferro-

seja de Belo Horizonte, as bandeiras que levantou

viário do Centro Oeste para os

em favor do desenvolvimento, não só da capital,

terminais portuários de Vitória, no

mas de todo o Estado deram à ACMinas grande

Espírito Santo.

importância na maioria dos municípios mineiros, bem como papel de destaque no cenário nacional.

Já na década de 1980 foi modernizado o corredor Capitão

Quem não se lembra de Minas Gerais quando

Eduardo - Costa Lacerda, que via-

vê passar na rua um automóvel Fiat? Hoje a ligação

bilizou o escoamento da produção

Fiat/Minas Gerais é tão estreita que é quase impos-

de grãos, produtos siderúrgicos

sível não se associar uma a outra. A implantação da

e cimenteiros. Também nos anos

Fiat em Minas foi apenas uma das bandeiras defen-

80 foi inaugurado o aeroporto de Confins, outra campanha pro-

Por todas as posições que tomou, a relação da ACMinas com a imprensa não poderia ser outra que não o constante diálogo

movida pela associação desde a década de 1970. No

plano

ACMinas

nacional,

que

foi

defendeu

a

junto

ao Conselho Interministerial de Preços (CIP) o fim do controle dos preços, o que deu mais agilidade à economia privada, já que

didas pela ACMinas com tamanha relevância que os

na época o PIB estava 70% nas

dois primeiros presidentes da montadora italiana,

mãos do Estado. A integridade do

no Brasil, foram ex-presidentes da ACMinas, Adolfo

território de Minas Gerais se deve

Martins Neves e Miguel Augusto Gonçalves de Souza.

ao esforço da associação em sua

Na década de 1970 a ACMinas talvez tenha sido

campanha para impedir a criação

uma das mais atuantes associações do país. Além da

do Estado do Triângulo.

implantação da fábrica da Fiat em Betim em 1973,

Por todas as posições que

outras bandeiras levantadas pela Associação obti-

tomou, a relação da ACMinas com

veram o mesmo êxito e foram de grande importân-

a imprensa não poderia ser outra

cia para o Estado. Em 1976 foi criada a Açominas,

que

uma verdadeira luta travada pela ACMinas junto ao

Essa é, inclusive, uma das marcas

não

o

constante

diálogo.

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FOTO: ARQUIVO PESSOAL

da associação: dialogar sempre,

continua atuante, atenta e vigilante no que diz

ouvir sempre, participar ativamen-

respeito aos problemas que afetam a vida da

Marcelo Cordeiro

te do dia-a-dia de Belo Horizonte,

cidade, do estado, do país e da sociedade.

Diretor de Jornalismo,

de Minas Gerais e do país. Ao

Tenho certeza que continuará sempre assim,

completar 110 anos, a ACMinas

até porque agora isso já é uma tradição.

Jornal Hoje em Dia www.PalestradePalestrante.com.br

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Entrevista Roberto Fagundes Presidente da ACMinas

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A ACMinas é a voz do empresário

A Associação Comercial nos permite trabalhar em função do outro, é uma segunda família pela qual você passa a viver intensamente

Na ACMinas, já é tradição que os vice- Turismo. “Fomos eleitos por unanimidade, o -presidentes sejam indicados a candidatar- que aumentou ainda mais a nossa responsabi-se à presidência. Foi o que aconteceu na lidade ao assumir este compromisso”, observa sucessão de Charles Lotfi, que conduziu com Fagundes, que não economiza elogios ao maestria um processo que desaguou na esco- seu antecessor. “O presidente Charles teve a lha, por consenso, do empresário do setor sabedoria de dar continuidade ao seu trabade Turismo Roberto Fagundes, há 23 anos lho e não causar nenhum tipo de divergência na entidade, onde já foi diretor, vice-presi- dentro da casa”, afirma o novo presidente da dente e presidente de conselhos como o de ACMinas. E completa: “quem convive com o Assuntos Internacionais, Política Urbana e Charles não consegue deixar de admirá-lo”.

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Entrevista

Revista ACMinas

determinados compro-

começa a notar que, em

tipo de remuneração e é

O Senhor falou em

missos ou obrigações.

todas as áreas, todos

nossa obrigação desen-

alguns

momentos

Você chega no horário

os segmentos, todos os

volver

sobre a responsabili-

previsto, dá seqüência

locais, todos os eventos

trabalho pela história

dade em aceitar este

à reunião, encontro ou

em que você compare-

da entidade e pela atu-

convite. Como é este

evento e, ao seu térmi-

ce, há um respeito muito

ação que ela tem den-

sentimento, qual é o

no, volta para suas ati-

grande pela Associação

tro da comunidade. Eu

peso desta responsa-

vidades na empresa ou

Comercial. É isso me dá

sou de Belo Horizonte,

bilidade?

negócio, pois você está

um orgulho muito gran-

nascido e criado aqui.

um

excelente

Foi aqui que constitui família e carreira e tenho um compromisso com a cidade. É o mínimo que podemos fazer por esta cidade que tanto nos deu na sua vida profissional. Quero me doar para fazer o melhor possível junto aos associados

da

ACMinas,

pois assim estaremos também ajudando no desenvolvimento de Belo Horizonte e de Minas. Revista ACMinas E como é a responsabilidade de suceder Charles Lotfi? Roberto FagundesÉ

responsabilidade

extremamente grande porque o Charles - eu costumo brincar chamando-o de embaixador - é uma figura impar. Quem convive na Casa como voluntá-

de, de a ela pertencer, e

com ele não consegue

Roberto Fagundes-

rio. Quando assume a

é uma responsabilidade

deixar de admirá-lo. E

Quando você trabalha

responsabilidade de pre-

enorme, principalmente

ele realmente implan-

na Casa, ou quando

sidir uma entidade do

por ser uma atividade

tou um trabalho dentro

você frequenta a Casa,

tamanho e da dimensão

de doação. Aqui você

da Associação, prin-

você

da nossa Associação,

trabalha sem nenhum

cipalmente no fortale-

responde

por

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cimento muito

institucional,

acentuado.

A

senhor frente à presi-

ceito e a visão que eles

incrementar nosso SAC

dência da ACMinas?

têm da Casa e tentar

(Serviço de Atendimento

fazer um consenso de

ao Cliente). Estamos

casa conquistou uma respeitabilidade muito

Roberto Fagundes-

tudo o que ouvimos. A

recuperando

grande em todos os

Desde a minha entra-

partir daí, começamos a

nosso mailing também,

planejar o que pretende-

não só o dos asso-

mos fazer nesta gestão.

ciados, mas de todos

Estamos fazendo um

aqueles que têm um

novo planejamento de

relacionamento com a

atuação da Casa, um

Casa. Estamos traba-

planejamento

interno,

lhando muito na parte

pontuando uma série de

de melhoria do nosso

coisas que são impor-

sistema de informática.

tantes para a nossa evo-

Pretendemos dar mais

lução. Nós queremos

agilidade ao nosso site

muito colocar a casa no

e também entrar em

século XXI, fazendo dela

todos os sistemas de

uma

redes sociais. Enfim,

Fomos eleitos por unanimidade, o que aumentou ainda mais a nossa responsabilidade ao assumir este compromisso

setores. Aprendi muito

instituição

mais

moderna, mais ágil e

estamos

todo

o

procurando

isso passa por diversas

colocar a casa mais

com ele nesses últi-

da, no dia 10 de janei-

áreas e departamentos.

voltada para os asso-

mos quatro anos e,

ro, procurei conhecer

Queremos nos aproxi-

ciados, sem nos esque-

como bom aluno que

a casa. Para isto, nada

mar mais do associado

cer do lado institucio-

sou, vamos tentar seguir

melhor do que conver-

e, ao mesmo tempo,

nal e da posição que a

todas as diretrizes que o

sar com as pessoas que

mostrar o quanto a Casa

Associação ocupa no

nosso mestre estabele-

a conhecem bem. Nos

pode lhe ser útil e lhe

cenário da cidade e do

ceu. Evidentemente que,

primeiros 30 dias, fomos

servir. Estamos procu-

Estado.

a partir do momento

só ouvidos. Conversei

em que se muda uma

com todos os membros

presidência

uma

da diretoria executiva,

diretoria, é comum que

todos os vice-presiden-

surjam novas ideias,

tes, todos os conselhei-

novos pensamentos e

ros, todos os presiden-

novas intenções. Mas

tes dos conselhos, com

nós pretendemos dar

varias pessoas da casa.

Queremos colocar a casa no século XXI, fazendo dela uma instituição mais moderna e mais ágil

continuidade a tudo de bom que o Charles fez

Revista ACMinas

e que foi praticamente

Com o intuito de rece-

toda a gestão dele.

ber sugestões....

Revista ACMinas

Roberto Fagundes-

E quais foram, neste

Exatamente. De ouvir

início de gestão, as

deles a suas experiên-

principais ações do

cias, descobrir o con-

ou

rando dar mais agilida-

Revista ACMinas

de aos nossos diversos

Existe alguma ação

departamentos para que

especifica ou um seg-

o associado tenha mais

mento estratégico a

facilidade de interação

ganhar mais atenção

conosco.

nessa gestão?

Queremos

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da Conspiração Mineira

um visgo que é inexpli-

Roberto Fagundes-

Nós estamos ainda con-

pela Educação. É um

cável, pois a partir do

A ACMinas é uma casa

ceituando todos os pro-

projeto do Charles ao

momento que entra na

de representação, ela é

jetos, mas sem dúvida

qual vamos dar todo o

Casa, você tem muita

a voz que o empresário

o Custo Brasil receberá

apoio e continuar tra-

dificuldade em conseguir

tem para defender seus

grande atenção. Não

balhando para que ele

se desligar dela. Apesar

interesses. É muito difícil

cresça e se fortaleça.

de ter a denominação

expressar as suas ideias,

podemos estar alheios a ele. Pretendemos fazer um fórum, o mais rápido possível, trazendo pessoas que tenham expertise

no

assun-

to. Pretendemos estar sempre

em

contato

com Brasília para levar as sugestões e reivindicações do empresário e trazer de lá nossos

sugestões e dificuldades individualmente,

legisladores para que eles ouçam e discutam com nossos associa-

em

qualquer negócio e em

A Associação Comercial é uma casa de representação, ela é a voz que o empresário tem para defender seus interesses

qualquer nível, do micro ao macro empresário. A partir do momento

Entrevista

Roberto Fagundes-

em que o empreendedor entende que dispõe de uma entidade com o porte, peso e credibilidade da Associação Comercial, ele passa a ver que existe um guarda chuva protetor para

dos temas como este

Revista ACMinas

“comercial” em seu nome,

a sua causa; ele des-

do Custo Brasil, que é

O que a ACMinas

ela atua praticamente em

cobre que existe uma

de extrema importância

representa para você

todos os segmentos ati-

força maior que vai se

para o desenvolvimen-

como empresário?

vos do mercado e isso

interessar pelo assunto

nos permite estar sempre

dele, que vai lutar pelo

empresarial. Dentro das

Roberto Fagundes-

em contato com pes-

desenvolvimento do seu

ações de planejamento

A nossa vida profissional

soas, com momentos

negócio. E quando você

interno da casa, procu-

exige muita dedicação

e situações novas. Sair

compra essa idéia, você

raremos dar mais força

ao nosso dia-a-dia, ao

para representar a casa

luta por ela e obtém

aos nossos meios de

nosso ganha pão, dei-

é algo muito interessan-

sucesso. Isso traz uma

divulgação. Queremos

xando poucas oportuni-

te, pois você se atuali-

satisfação indescritível.

repaginá-los para que

dades para nos dedicar-

za e conhece pessoas

eles possam ter mais

mos a questões sociais,

fantásticas. É um orgu-

Revista ACMinas

influência e abrangên-

para pensar e desen-

lho muito grande, uma

O que o associado

cia. Nós acreditamos

volver ferramentas capa-

satisfação

pode esperar do novo

que nos próximos três

zes de ajudar outras

profissional enorme fazer

meses

estaremos

pessoas. A Associação

parte da Associação

projetos

Comercial nos permite

mais consolidados e em

trabalhar em função do

Revista ACMinas

Muita luta, muita vonta-

condições de colocá-los

outro, é uma segunda

E qual é a importân-

de e muita garra. Muito

a disposição de todos.

família pela qual você

cia da entidade para

interesse em poder ser-

Queremos também dar

passa a viver intensa-

a classe empresa-

vir e, principalmente,

continuidade ao projeto

mente. A ACMinas tem

rial?

acertar.

to do nosso trabalho

com

já esses

pessoal

e

presidente? Roberto Fagundes-

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Mineração

A maior produtora de minério do mundo Assim como a CSN, a Vale

sociedade anônima criada com

do Rio Doce nasceu também

capital misto, em junho de 1942,

em decorrência dos chamados

pelo Presidente Getúlio Vargas,

Acordos de Washington. Na nova

com controle acionário do governo

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FOTO: ARQUIVO VALE

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Mineração

federal. Naquela ocasião, a CVRD

governo brasileiro, na época capita-

encampou as atividades desenvol-

neado pelo presidente Dutra, assu-

vidas no eixo Minas Gerais - Espírito

me a gestão do controle da CVRD

Santo por sucessivas companhias

e reformula seu estatuto, consoli-

estrangeiras, que anteriormen-

dando-a como agência de gover-

te exploravam, comercializavam,

no, com o objetivo de geração

transportavam e exportavam miné-

de desenvolvimento econômico,

rio de ferro no Brasil.

montando operações, integrando

Em maio de 1942, o então presidente da ACMinas, Lauro

mina, ferrovia e porto, nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Gomes Vidal, lembrou, em dis-

Com uma área de atuação a

curso, a importante colaboração

princípio concentrada em torno das

da entidade para a efetivação da

jazidas de ferro de Minas Gerais,

empresa. Ainda em setembro de

a CVRD com o tempo passou a

1937, a ACMinas havia divulga-

operar também na região amazôni-

do um parecer, cujas conclusões

ca, onde se localizam as jazidas de

indicavam os meios de o nosso

Carajás, no sul do Pará.

Estado abastecer os mercados norte americanos de minérios de

Privatização de resultados Das privatizações realizadas

ferro e manganês. teve

no Brasil durante década de 90, tal-

grande repercussão no país, se

vez nenhuma tenha rendido tantos

aprofundou em questões como a

e tão positivos resultados quanto

necessidade de aparelhamento da

a Companhia Vale do Rio Doce,

Estrada de Ferro Central da Brasil e

hoje Vale S/A, uma das empresas

sua autonomia administrativa, além

mais admiradas do país, com

da remodelação da Vitória a Minas,

presença consistente na econo-

seguindo Gomes Vidal, “elemen-

mia de Minas Gerais e nacional

tos vitais para o escoamento das

e, também, operações em outros

imensas reservas minerais do Vale

38 países dos cinco continentes.

O

documento,

que

do Rio Doce e de outras opulentas regiões do Estado”.

A Vale é hoje líder mundial na produção de minério de ferro

A diretoria da companhia, pre-

e pelotas e segunda minerado-

sidida pelo mineiro Israel Pinheiro,

ra diversificada do mundo e a

foi composta de cinco diretores,

maior em valor de mercado das

sendo dois norte-americanos liga-

Américas. Com 115 mil empre-

dos ao Eximbank, o que demons-

gados, entre próprios e terceiros,

tra ter sido a criação da CVRD

é, ainda, a primeira mineradora

uma concessão do governo norte-

ocidental a ter suas ações nego-

-americano, embora o domínio da

ciadas na bolsa de Hong Kong,

exploração pertencer, na época,

uma conquista que revela a soli-

aos ingleses, através da empresa

dez e competitividade da com-

Itabira Iron Ore Co.

panhia, conquistada nos últimos

Somente em 1952 é que o

13 anos.

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Um negócio que vai bem A compreensão da finitude do negócio extração mineral e da importância de lidar com a diversidade cultural dos países em que atua para gerar resultados a curto, médio e longo prazos para essas comunidades são dois princípios básicos do modelo de gestão da Vale, em um sistema global que tem adaptações locais. O negócio Vale vai bem. Em 2010, mais uma vez, a empresa ocupou posição de liderança nas exportações de Minas Gerais. Entre janeiro e novembro, a mineradora respondeu por 37,1% dos embarques do Estado, tendo gerado divisas que somaram, US$ 10,367 bilhões, ante US$4,896 bilhões em idêntico período de 2009. Um crescimento de 111,7%. As previsões econômicas para os próximos anos são positivas no que se refere ao aumento da demanda por commodities, a base da economia de Minas Gerais. E a Vale, neste contexto, tem muito a ganhar. Para tanto, além de investir na qualidade dos seus gestores, em formação de mão de obra conectada com a cultura da organização e, ainda, em programas de estágio e trainees que garantam a continuidade da empresa, há projetos ousados para estudar o futuro da atividade extrativa, para torná-la cada vez mais eficiente e sustentável. O Instituto Tecnológico Vale (ITV) é um dos projetos FOTO: ARQUIVO VALE

mais importantes da companhia, idealizado para ser fonte de geração e difusão de conhecimentos científicos inovadores por meio da pesquisa científica e da pós-graduação dos profissionais nas áreas afins do negócio. Das três unidades a serem construídas nos próximos anos, uma será implantada em Ouro Preto. A de Belém, no Pará, já está em andamento. Falta, ainda, a de São José dos Campos (SP). Em parceria com fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados de Minas Gerais (Fapemig), Pará (Fapespa) e São Paulo (Fapesp), a empresa criou um programa de pesquisa científica e tecnológica para áreas ligadas a mineração. Além de gerar conteúdo para seu processo de melhoria contínua – outro diferencial competitivo da Vale – a companhia também reduz a longa distância entre a academia e o setor produtivo nacionais, um passo definitivo para fortalecer, no Brasil, a cultura da inovação.

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Energia

A Cemig veio para criar riqueza e não iluminar pobreza

O episódio Volta Redonda

projetos - como a instalação do

de 50 se iniciava, JK assumia o

ainda estava atravessado na

Parque Industrial de Contagem,

Governo do Estado e em breve

garganta quando o empresa-

uma forma de apressar a indus-

implantaria seu Plano de Metas

riado mineiro, capitaneado pela

trialização no Estado, e a criação

ancorado no binômio energia/

ACMinas, deu a volta por cima

da CEMIG (Centrais Elétricas de

transporte. Até então cabia à

e passou a cuidar de novos

Minas Gerais S/A).

Companhia Força e Luz de MG,

A década

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FOTO: ARQUIVO CEMIG

tando o desenvolvimento indus-

tivo da companhia energética

trial do Estado.

que viu crescer, João Camilo

No

início

do

Governo

Penna conta que “ao assumir o

Kubitschek, a ACMinas em-

governo, JK chamou dois plane-

punha a bandeira da criação

jadores de sua confiança: Julio

de uma holding para incorporar

Soares, aliás, médico particular

as usinas particulares de ener-

do Presidente e homem dota-

gia elétrica, então disseminadas

do de grande senso estratégico,

pelo Estado. Era o embrião da

mais o engenheiro Lucas Lopes.

atual CEMIG. É da mesma época

A eles incumbiu os trabalhos de

o esforço da Entidade para a

criar uma grande empresa de

criação da Usina de Três Marias,

capital privado, com ações ordi-

A ACMinas empunha a bandeira da criação de uma holding para incorporar as usinas particulares de energia elétrica: era o embrião da Cemig

campo onde já tivera a expe-

nárias, que agisse e se compor-

riência de empalmar o projeto

tasse como empresa de capital

congênere de Itutinga.

privado, mas da qual o Estado

O ex-ministro João Camilo

tivesse o controle. O texto dessa

Penna confirma que a ACMinas

incumbência está exposto na

sempre teve papel importan-

ante-sala da presidência da

te de liderança na formulação

Cemig”, reforça Penna.

dos grandes temas em Minas

Como JK queria resulta-

Gerais. Comenta também que

dos imediatos, Lucas Lopes

a ACMinas já fazia articulações

levou o assunto até a ACMinas.

para a criação de uma grande

Amparada pela sua expertise

empresa elétrica em MG. “O

técnica, o tema foi acolhido com

trabalho da ACMinas pela livre

muita vibração. “O pessoal da

iniciativa, na busca de empresas

ACMinas defendeu essa tese

concessionária da Electric Bond

sediadas em Minas,

isto tudo

com muita ênfase, pois coincidiu

and Share o fornecimento de

foi importante para crescer e

com o que o Lucas Lopes queria:

energia, mas desde 1930 o seu

consolidar a nossa empresa de

somente pessoal técnico para a

desempenho era precário, não

energia elétrica. A Cemig é muito

Cemig”, recorda João Camilo

atendia às necessidades da

grata à Entidade”, ressalta.

Penna, aos 84 anos, dono de

cidade e seus entornos, dificul-

Hoje no Conselho Delibera-

uma simplicidade franciscana e

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das mais importantes concessio-

República, é preciso reconhe-

da empresa da qual foi o enge-

nárias de energia do Brasil. Ela

cer: “a medida era necessária e

nheiro de registro número 01 e

cresceu extensamente venden-

urgente; afinal o estrangulamen-

que presidiu entre 1969 e 1975.

do ações lá fora e ¾ do seu capital

to das indústrias situadas naque-

Ao recordar o plano elaborado

estão em mãos privadas, com

les estados seria um desastre

para montar e organizar a Cemig

mais de 100 mil acionistas espa-

econômico.

e ressaltar sua importância atual

lhados em todos os continentes,

Mas em troca, Juscelino,

sempre repete e se remete a

com papeis altamente negociáveis

cumprindo a sua promessa,

uma frase de Lucas Lopes: “a

nas bolsas de Nova York e Madri”.

deu Três Marias de presente

Cemig veio para criar riqueza e

E continua: “Pelo seu excelente

à CEMIG para compensar um

não para iluminar pobreza”.

desempenho, a Cemig integra,

pouco essa troca de energia”,

O plano, que contou ainda

por 10 anos consecutivos, a car-

esclarece. João Camilo recor-

com apoio técnico de dois espe-

teira do Dow Jones Sustainability

da que a ACMinas não só foi

cialistas no ramo, John Cotrin e

World Index – DJSI World, sendo

asperamente

Mauro Thibau, consistia em bus-

a única empresa do setor elétrico

como lutou muito e pressionou

car, primeiro, um grupo de cida-

da América Latina a fazer parte

o Governo Federal para a cria-

des mais densas e mais ricas

deste Índice internacional, desde

ção de São Simão. “A Cemig

para nelas gerar lucro; depois,

a sua primeira edição, em 2000”,

havia descoberto o local e feito

as menos densas e menos ricas,

finaliza.

os estudos para construção de

contra

Furnas,

Furnas, portanto ela era propriedade da CEMIG”. E destaca:

A Cemig cobre mais de 90% do território mineiro e é uma das mais importantes concessionárias de energia do Brasil Percalços

que não dessem lucro, mas

“Seja como for, de tudo resultou

também não fossem deficitárias,

Mas nem tudo foram flores

para, finalmente, chegar às cida-

para a consolidação da Cemig,

des que davam prejuízo. “Assim,

que numa manobra elaborada

como forma de compensar o

por JK, tirou parte da energia de

lucro das primeiras, a Cemig

Furnas para salvar SP e RJ, que

chegou em todo o Estado”, diz.

corriam sério risco de raciona-

Ao folhear o Relatório de 2009

mento. Como se não bastasse,

da Cemig – da qual integra o

a Companhia de Furnas passou

Conselho Deliberativo - João

a ser administrada diretamen-

Camilo Penna elogia o desem-

te pelo Governo Federal. Para

penho da empresa.

João Camilo Penna, que presi-

“A Cemig cobre mais de

diu Furnas de 1985 a 1989, do

90% do território mineiro e é uma

ponto de vista da Presidência da

mais tarde um grande benefício para Minas, que foi o financiamento da Usina de São Simão, a maior usina mineira e o maior orgulho da Cemig”.

FOTO: ARQUIVO CEMIG

Energia

memória invejável. Ele se orgulha

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AD Vero


Para acompanhar o sucesso da ACMinas no 110, a Vero Brasil ligou as ideias no 220.

Parabéns ACMinas: 110 anos de energia. É Vero!

Brasil comunicação AD Vero ACMinas 1 REVISTA SUPERE110 110anos.indd anos ACMinas.indd 37

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Energia FOTO: ARQUIVO CEMIG

Cemig

eficiĂŞncia e sustentabilidade

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A única empresa do setor elétrico da América Latina a fazer parte da carteira do Índice Dow Jones de Sustentabilidade – DJSI – é a mineira Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Em 2010, além de ser confirmada em um dos mais seletos grupos do mundo, a organização também foi selecionada para compor o Índice Carbono Eficiente (ICO2), desenvolvido pela BM&FBovespa e pelo Banco Nacional e Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esse novo indicador sinaliza para os mercados de capitais nacional e internacional que o Brasil e as suas empresas listadas nas bolsas de valores estão alinhadas com as mais avançadas discussões sobre mudanças climáticas. O Índice Carbono Eficiente é composto pelas ações das 50 empresas mais negociadas na bolsa que aderirem a essa iniciativa e que controlarem a emissão de gases de efeito estufa. No caso da Cemig, na nova carteira do Índice Carbono Eficiente para o período 2010/2011, houve aumento de participação em relação ao IBrX-50 de 1,196% para 2,275%, um percentual que corresponde a 53,8% do peso das ações da empresa do setor elétrico no ICO2. Falar na companhia, mesmo no tempo presente, é reafirmar que ela continua na vanguarda em todos os sentidos.

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FOTO: ARQUIVO CEMIG

Energia FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

Apenas em Minas Gerais, a Cemig, empresa mista de capital aberto controlada pelo Governo do Estado, com ações listadas no Bovespa, Nova Iorque e Madri (Latibex) e valor de mercado de R$ 20 bilhões, responde pelo fornecimento de energia elétrica para 20 milhões de pessoas – ou 7 milhões de clientes - em 774 municípios. Para tanto, utiliza a maior rede de distribuição de energia elétrica da América do Sul, com 400 mil quilômetros de extensão. Como uma das principais geradoras do país, seu parque é formado por 64 usinas hidrelétricas, térmicas e eólicas, o que contribui para que o Brasil mantenha a sua matriz energética limpa e sustentável. A expansão da economia brasileira e, também, mineira e a necessidade de ampliar o seu mercado de atuação – constituída por 49 empresas e dez consórcios, a Cemig responde por 12% do setor no país, com negócios em Minas, em outros 19 Estados e Distrito Federal

e também no Chile – é o que justifica os investimentos de R$ 2,5 bilhões nos próximos dois anos, para a expansão e manutenção dos ativos, nas áreas de geração e transmissão de energia. As negociações devem ser concluídas até o primeiro trimestre de 2011. O presidente da empresa, Djalma Bastos de Morais, afirma que o projeto de expansão da Cemig tem foco certo: torná-la a maior do setor de energia elétrica no Brasil. “O crescimento da Cemig, nos últimos anos, tem sido extraordinário, mas é conduzido de forma sustentável. É importante para nós esta expansão, mas sem

deixar de olhar para as nossas raízes e para o mercado de Minas Gerais. Afinal, a Cemig nasceu em Minas e se consolidou neste estado”, ressalta. Para o executivo, o sucesso da Cemig está no equilíbrio de ser uma empresa rentável, segura e voltada para ações de responsabilidade e preservação do meio ambiente. Além da tecnologia, a previsão de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para 2011 é de R$ 30 milhões. A empresa conta com um quadro de 8.900 funcionários capacitados, admitidos mediante aprovação em concurso público.

Projeto de expansão da Cemig tem como foco torná-la a maior do setor de energia elétrica no Brasil, garante o presidente da empresa, Djalma Morais

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.art.br ojetomemoria Fonte: www.pr

FOTO: A

Energia e transporte A Cemig foi criada durante o governo JK para sustentar a industrialização de Minas

JK chegou ao governo de Minas com

portes aéreos, revelando em JK um apaixonado

um programa que se chamava “binômio energia

pela aviação: ao termo de seu mandato, havia em

e transporte”. O principal objetivo – promover a

Minas 75 campos de pouso capazes de receber

industrialização de um estado até então conde-

aviões de porte médio.

nado à agricultura e à pecuária – seria alcançado

O setor da agricultura ganhou uma empre-

com a criação de empresas energéticas regionais

sa, a Fertilizantes de Minas Gerais (Fertisa), para

e ao seu entrosamento delas numa holding, as

produzir adubos com a apatita de Araxá e o

Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig).

potássio de Poços de Caldas. A pecuária viu

A eletrificação do estado, graças à construção

surgir a Companhia de Frigoríficos de Minas

das usinas de Salto Grande, Itutinga, Paredão e

Gerais (Frimisa). Foram construídos 120 postos

Pandeiros, entre outras, e à ampliação da usina de

de saúde, 137 escolas e 251 pontes, ao mesmo

Pai Joaquim permitiu a instalação, em Contagem,

tempo em que se criavam conservatórios de músi-

nas imediações de Belo Horizonte, de uma usina

ca e faculdades de medicina, direito, farmácia,

siderúrgica do grupo alemão Mannesmann.

odontologia e belas-artes.

No outro item do binômio, os transportes, o

Visíveis para além das fronteiras de Minas, as

governo JK construiu dezesseis estradas-tronco

realizações de seu governo permitiram a JK rea-

– mais de 3 mil quilômetros –, permitindo inte-

lizar voo mais alto, que o faria pousar no Catete,

grar as regiões de Minas e facilitando o acesso

sede da presidência da República – o “Palácio das

a outros estados. Cuidou-se também dos trans-

Águias”, como era então conhecido.

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Entrevista Rondon Pacheco Ex-governador de Minas Gerais

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Um governo desenvolvimentista O ex-governador de Minas lembra um período em que o Estado cresceu integrando os esforços do poder público e do empresariado, reunido em entidades como a ACMinas

Rondon Pacheco foi governador do Estado trou os bastidores da instalação da Fiat em entre 1971 e 1975, escolhido de forma indireta Minas, além de lembrar nomes do empresariapelo regime militar. Exerceu também seis man- do mineiro que contribuíram para o desenvoldatos como deputado federal e um estadual, vimento do Estado. Mencionou e deu destaque sendo o último no período de 1982 a 1986, ao papel da Associação Comercial de Minas na Câmara Federal. Aos 91 anos de idade, ele Gerais como uma das entidades importantes foi entrevistado pela revista ACMinas/SUPERE nesse processo. em seu apartamento no centro de Uberlândia, onde reside atualmente.

O último cargo público que ocupou foi como membro do Conselho Deliberativo do

O ex-governador falou sobre seu governo, BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas a visão desenvolvimentista da época e mos- Gerais), que deixou recentemente.

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Entrevista

Revista ACMinas

de frustração de não

Revista ACMinas

integral apoio para a

- Durante seu gover-

termos uma indústria

E

iniciativa.

no (1971/1975) teve

automobilística,

resultados dessa via-

início um processo

que todas as indús-

efetivo

trias iam para São

de

indus-

por-

quais foram os

gem?

Revista ACMinas Como se deu esse

trialização de Minas

Paulo.

Gerais. O que desen-

feito algumas tenta-

Bom,

uma

da Fiat em Minas? As

cadeou esse proces-

tivas e elas se frus-

audiência com o sau-

dificuldades e resis-

so e quais as par-

travam.

doso Giovanni Agnelli,

tências foram grandes?

cerias

Minas

tinha

Rondon Pacheco tivemos

projeto de instalação

que

foram

Ao assumir o gover-

presidente da Fiat e

importantes

para

no fiz o compromis-

expus a ele a grande

modernizar a eco-

so com a sociedade

aspiração que tínha-

Rondon Pacheco

nomia

mineira, com a vida

mos de ter em Minas

Um processo desses é

empresarial

uma

auto-

lento porque depende

mobilística. Eu estava

de se organizar uma

credenciado pelo pre-

estrutura para milhares

sidente Médici (Emílio

de empregados, para

Garrastazu Médici) para

uma produção muito

conversar

grande. Na ocasião, a

mineira

na

época?

minei-

Ao assumir o governo, fiz o compromisso com a sociedade mineira, com a vida empresarial mineira, de trazer uma indústria automobilística para o Estado

indústria

com

ele.

Agnelli ponderou a boa

imprensa

intenção e o apoio do

em editoriais que Minas

presidente Médici, mas

aspirava muito trazer a

me disse que dificilmen-

Fiat, mas que não tinha

te levaria a Fiat para o

estrutura,

Brasil. Ele disse que era

indústria de autopeças,

algo que sempre quis,

por exemplo.

lembrou de sua amiza-

Mas o próprio presi-

de com o presidente

dente da Fiat dizia para

Juscelino

Kubitschek

não me impressionar com isso, pois se con-

comentava

não

tinha

Rondon Pacheco

ra e principalmente

e a impossibilidade de

Realmente foram muito

com a Associação

levar a Fiat para o Brasil

seguíssemos

expressivas e signifi-

Comercial

a

durante o seu governo,

a Fiat em Minas, as

cativas as iniciativas

Federação

das

em razão da reserva de

indústrias de autope-

naqueles

Indústrias, de trazer

mercado das empresas

ças viriam automatica-

tempos, nos idos de

uma indústria auto-

existentes. Lembrei a

mente.

1971. O Brasil vinha

mobilística

o

ele que o país havia

mas resistências. Foi a

experimentando uma

Estado. Conseguimos

mudado, passava por

Turim uma comissão

desenvolvimen-

um contato com a Fiat

uma fase exuberante

de descendentes ita-

tista da industrializa-

italiana e para lá fui

de desenvolvimento e

lianos de São Paulo,

marcadamente

em companhia do meu

já era apontada como

de famílias tradicionais,

São Paulo, que era até

futuro secretário de

a oitava economia do

buscando indicar o seu

então o pólo existen-

Indústria e Comércio,

mundo. No final Agnelli

Estado para a instala-

te. Em Minas Gerais

Francisco

me disse que eu pode-

ção da fábrica. Mas o

ria contar com o seu

Giovanni foi muito exato

tomadas

fase ção,

tínhamos uma gran-

e

para

Noronha,

ex-diretor da Cemig.

montar

Houve algu-

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com os compromissos

eu precisava de uma

retorno e criar condi-

ca de rações, instala-

assumidos com Minas

pessoa que tivesse em

ções para a fixação da

da na cidade de Pouso

Gerais. Eram freqüen-

contato constante com

juventude universitária

Alegre,

fábrica

de

tes as conversas, as

a vida econômica e

em Minas.

transformadores,

em

visitas, os estudos e os

industrial do Estado. O

Foram inúmeras as ini-

Contagem e fábrica de

levantamentos. Para a

Dr. Adolfo foi exemplar

ciativas. Trouxemos a

motores da Fiat, tam-

assinatura do acordo

no seu trabalho e esse

General Motors com a

de interesses - o joint

projeto vem alcançan-

fábrica de caminhões e

venture- levamos quase

do o maior êxito até

tratores, a Krupp alemã.

três anos.

hoje.

Eu corri toda a Europa,

Revista ACMinas

Revista ACMinas

fui à Itália, à Alemanha e ao Japão, fazendo

O empresariado mi-

Como se deu a ini-

justamente essa divul-

-neiro também com-

ciativa de criar um

gação. Cito o exem-

partilhou e participou

ambiente

favorável

plo da Usiminas. Fui à

desta visão desen-

aos

investimentos

Alemanha em compa-

volvimentista?

internacionais

no

nhia do presidente da

Estado e sua rela-

empresa, Amaro Lanari

Rondon Pacheco

ção com o comércio

e do seu vice-presiden-

Eu procurei trabalhar

exterior?

te, Luiz Verano, para

na sociedade mineira

manter um contato com

todas aquelas fontes

Rondon Pacheco

mais ativas e progres-

Estava

sistas, no sentido de

Minas o Instituto de

buscar apoio para uma

Desenvolvimento

que é hoje uma das

cresceu muito. Naquele

iniciativa desse vulto.

Industrial e eu aumen-

mais fortes do nosso

tempo o nosso PIB

Quando se estabele-

criado

em

a Ferrostaal e instalar

bém em Contagem.

dentro da Usiminas a

O setor primário, na

indústria

mineração,

mecânica,

também

tei a sua estrutura com

Estado.

Ainda tive o

(Produto Interno Bruto)

ceu que Minas teria a

a

Cemig,

destino, depois de ter-

foi de 14%, enquanto o

presidência da indústria

BDMG

do país estava em 10%.

ajuda

da

entidades

minar o meu governo

a ser criada, eu tive

paraestatais. O leque

de ser convocado pelo

o cuidado de convi-

e

para a arregimentação

presidente Geisel para

Revista ACMinas

dar o presidente da

dos investimentos em

presidir a Usiminas e

A

Associação Comercial

Associação

Minas estava carente

lá estive por sete anos,

Comercial de Minas

de Minas, Adolfo Neves

de iniciativas industriais,

consolidando a segun-

completa esse ano

Martins da Costa, para

que os índices demons-

da e terceira fases de

110 anos de existên-

ser o primeiro presiden-

travam. Por exemplo,

expansão da empresa.

cia. Que conselhos o

te da Fiat no Brasil. A

a

Criamos

escolha deveu-se primeiramente à idonei-

Minas

senhor daria para o

estava indo para os

todo um sistema cons-

empresariado mineiro na atualidade?

juventude

mineira

em

grandes centros - São

trutivo e motivador das

dade de sua pessoa

Paulo e Rio – buscando

iniciativas, juntamente

e à sua liderança na

trabalho e isso refletia

com entidades como a

Rondon Pacheco

Associação Comercial.

na sociedade mineira.

Associação Comercial.

Primeiro, tenho pela

Minas ia fazer um inves-

Tínhamos a responsa-

Entre outros exemplos,

Associação Comercial

bilidade de fazer esse

podemos citar a fábri-

de Minas o maior apre-

timento muito grande e

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Entrevista

fecundos, fomentan-

Revista ACMinas

somos uma nação

colaboração na implan-

do o desenvolvimen-

Como o senhor vê

emergente e as nos-

tação da Fiat no Estado,

to e a produção de

o futuro do país e

sas

na pessoa de Adolfo

forma integrada com

o que acha neces-

estão

Neves

da

as demais entidades

sário

que

também essa gran-

Costa, mas de outros

empresariais, e esse

possamos avançar

de força tecnológica

nomes como o Lúcio

trabalho deve con-

mais e nos creden-

desenvolvimentista.

tinuar.

ciar para estarmos

O que nós precisa-

Tenho também maior

no rol dos países

mos é incrementar

Comercial), o Paulo

reconhecimento pelo

mais

a educação e reali-

Vieira, que foi meu

trabalho

dos do planeta?

secretário de Plane-

dente que acaba de

jamento e Francisco

concluir seu manda-

Rondon Pacheco

universidades para

Noronha, secretário de

to, Charles Lotfi, e os

Creio

fornecer os melho-

Indústria e Comércio.

demais dirigentes da

mente

ACMinas.

do Brasil. Que nós

ço, não somente pela

Martins

Assunção

(ex-presi-

dente da Associação

São 110 anos muito

do

presi-

para

desenvolvi-

universidades produzindo

zar o aprimoramento tecnológico das

profundano

destino

res profissionais ao mercado.

São 110 anos muito fecundos, fomentando o desenvolvimento e a produção de forma integrada com as demais entidades empresariais e esse trabalho deve continuar

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FiemG. Liderando uma indústria competitiva e atuante. A FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais trabalha para que a indústria mineira se torne ainda mais competitiva, dinâmica e inovadora, atuando sempre com responsabilidade social e ambiental. Para tanto, a FIEMG promove oportunidades de negócios; oferece assessoria fiscal, tributária, trabalhista, econômica e ambiental; facilita o acesso a financiamentos; auxilia nas negociações coletivas de trabalho; forma lideranças e realiza inúmeras ações voltadas para o desenvolvimento industrial. FIEMG. Uma entidade do SISTEMA FIEMG que atua ao lado da indústria mineira e de todo o Estado.

www.fiemg.com.br

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1901 - 2010

Presidentes

Presidentes da ACMinas 110 anos

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1901 - 1908 Teófilo Domingos Alves Ribeiro

1909 - 1910 Benjamin de Paula Lima

1911 - 1914 Pedro José Drummond

1915 Cristiano França Teixeira Guimarães

1916 - 1918 João Nepomuceno Licas de Lima

1918 Arthur Diedonne Haas*

1919 - 1924 Sebastião Augusto de Lima

1925 - 1926 Lauro de Oliveira Jacques

1927 Eduardo Dalloz Furett**

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1930 Sebastião Augusto de Lima***

1931 Lauro de Oliveira Jacques***

1932 Arthur Vianna

1933 Teódulo Leão

1934 - 1936 Caetano de Vasconcellos

1937 Victório Marçolla

1938 José de Magalhães Pinto

1939 - 1940 Caetano de Vasconcellos***

1941 - 1942 Lauro Gomes Vidal

1943 Joaquim Vieira de Faria

1944 - 1945 Paulo Macedo Gontijo

Presidentes

1901 - 2010 1928 - 1929 Antônio Ribeiro de Abreu

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Presidentes

1901 - 2010 1946 - 1947 José de Campos Continentino

1948 - 1950 Alberto Brochado

1951 - 1952 Renato Falci

1953 - 1956 Paulo Macedo Gontijo***

1957 - 1958 Eduardo Simões

1959 - 1960 Gerson Dias

1961 - 1962 Euler Marques Andrade

1963 - 1964 Miguel Augusto Gonçalves de Souza

1965 - 1966 Euler Marques Andrade***

1967 - 1968 Avelino Meneses

1969 - 1972 Adolfo Neves Martins da Costa

1973 - 1976 José Romualdo Cançado Bahia

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1981 - 1984 Francisco Guilherme Gonçalves

1985 - 1987 Hiram Reis Corrêa

1988 - 1990 Lúcio de Souza Assumpção

1991 - 1994 Lúcio Marcos Bemquerer

1995 - 1998 Francisco Américo Mattos de Paiva

1999 - 2002 Arthur Lopes Filho

2003 - 2006 Eduardo Prates Octaviani Bernis

2007 - 2010 Charles Lotfi

Presidentes

1901 - 2010 1977 - 1980 Nilo Antônio Gazire

* Substituiu, como Vice-Presidente, por seis meses, ao Presidente João Nepomuceno Licas de Lima. ** Exerceu a presidência durante nove meses em virtude de licença concedida a Lauro de Oliveira Jacques, eleito deputado federal. *** Segunda eleição

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Informe Publicitário

Ato solene marca início do mandato dos suplentes na CMBH 52SUPERE

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Foi realizada na Câmara Municipal, na noite de 1º de fevereiro, a reunião solene de posse dos novos vereadores. A cerimônia contou com a presença do prefeito Márcio Lacerda (PSB) e diversas autoridades municipais e estaduais dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, lotando o Plenário Amynthas de Barros. Conheça

os

novos

vereadores

da

CMBH

destacaram a emoção do momento e o compromisso com o trabalho parlamentar

Plenário e galeria ficaram completamente lotados,

e com o povo de Belo Horizonte.

com presença de presi-

dentes e representantes de institutos, sindicatos, partidos políticos, associa-

Assista a Solene de Posse dos novos vereadores

ções comunitárias, de bairro, empresários

Novos vereadores

e populares. O presidente da Câmara, Léo Burguês

Carlúcio Gonçalves (PR), Heleno (PHS),

(PSDB), destacou a emoção de receber

Joel Moreira (PTC), Márcio Almeida (PRP),

e dar posse aos “novos protagonistas da

Silvia Helena (PPS) e Tarcísio Caixeta

história escrita pelo parlamento munici-

(PT)

pal”, conclamando-os a “cerrar fileiras

respectivamente,

junto aos outros 34 membros desta Casa

(PRB), Fred Costa (PHS), Anselmo José

para

parlamento,

Domingos (PTC), João Vitor Xavier (PRP),

sinônimo de representação e participação

Luzia Ferreira (PPS) e Paulo Lamac (PT),

popular”.

eleitos deputados estaduais. Já Toninho

o

fortalecimento

do

assumem

as

cadeiras

por

Carlos

deixadas, Henrique

Para o presidente da Casa, “nenhuma

Pinheiro da Vila Pinho (PTdoB) substitui

democracia sobrevive sem um parlamento

Luís Tibé (PTdoB), que foi para a Câmara

forte, com plena liberdade de ação, cum-

dos Deputados, em Brasília.

prindo sua função de dar voz à multiplicidade de forças populares”.

Presenças

O prefeito Márcio Lacerda ressaltou

Integraram a mesa também o vice-

“a honra de ter assinado hoje a indica-

prefeito Roberto Carvalho (PT); o depu-

ção de Tarcísio Caixeta (PT) para líder do

tado estadual e ex-vereador João Leite

governo na Câmara Municipal pelos próxi-

(PSDB), representando o presidente da

mos dois anos” e frisou “o sentimento

Assembleia Legislativa; o secretário de

de responsabilidade perante os grandes

Estado Leonardo Couto, representando o

desafios que estão à frente”, afirmando

governador do Estado; o procurador-ger-

que o Executivo e o Legislativo continu-

al de Justiça de Minas Gerais, Alceu José

arão a “trabalhar juntos para melhorar a

Torres Marques; a defensora pública do

vida da cidade”.

Estado de Minas Gerais, Andréa Abritta; o

Após a entrega da cópia do termo de

presidente da Fiemg-MG, Olavo Machado

posse a cada um dos novos vereadores,

Júnior; o presidente da OAB-Seção Minas

os parlamentares subiram à tribuna para

Gerais, Luiz de Silva Chaves; o secretário

agradecer às famílias, amigos, eleitores,

municipal de Governo, Josué Valadão,

colegas e autoridades presentes. Todos

entre outras autoridades. Superintendência de Comunicação Institucional.

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FOTO: EUSTÁQUIO SOARES

Artigo

Edison Zenóbio

110 anos de luta Muitos ainda se lembram do ranger do asso-

cada tentativa de separação do

alho do velho prédio da Associação Comercial

Triângulo Mineiro, cuja bandeira

d e M i n a s , o n d e a s g r a n d e s c a usas de interesse

já se encontrava em Uberaba.

de Minas era m

fervorosamente

defendidas.

Em tudo isso a presença da

Da construção da Usiminas à anexação de

imprensa se revelava necessária

parte do território do Norte de Minas à área

para permitir a ressonância das

da SUDENE - rodeado por centenas de temas

idé ia s c ív ic a s que e c lodiam no

e c o n ô m i c o s e s o c i a i s – t u d o f o i debatido na

velho casarão da Afonso Penna.

entidade, sempre comprometida com a História

Durante a luta pela anexação de

de Minas e com seus severos desafios.

parte

do

território

Corriam os anos 60, severamente marca-

mineiro à área da SUDENE, com

dos pela repressão, mas a voz de Minas era

forte oposição dos nordestinos,

sempre ouvida todas as semanas durante as

criou-se

plenárias. O empresariado que se reunia na

começa em Minas Gerais” com

ACMinas não temia a dura e pesada mão da

municípios

censura, sempre protestando contra a vio-

seca e contemplados pela gene-

lência de determinados atos e aplaudindo os

r o s i d a d e d a c ultura popular.

esforços pelo desenvolvimento econômico e progresso social.

a

frase

“O

Nordeste

atormentados

pela

Afinal, em meio aos graves problemas sociais e econômicos

Enquanto o assoalho crepitava ao passar dos

que devasta v a m o p a í s a o t e m p o

empresários e dos jornalistas, Minas lutava pela

da inflação esquizofrênica, era importante

importante

manter

Minas

dis-

tante dos ventos tempestuosos

Tudo foi debatido na entidade, sempre comprometida com a História de Minas e com seus severos desafios

das crises e da calmaria dos indecisos. Hoje, aos 110 anos, não chega a ser demasia afirmar que a nossa ACMinas levantou bandeiras, protestou

empunhou contra

faixas,

aberrações

consolidação de seu desenvolvimento. Eram lutas

políticas e mostrou ao país que

ferozes pela implantação da Vale, pela Refinaria

se os estados nordestinos são

Gabriel Passos, criação da Cemig, alem, do inten-

o Cântico dos Cânticos, Minas

so e magnífico movimento cívico contra a treslou-

sempre será o Eclesiastes.

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Edison Zenóbio jornalista

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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

Empresário e cidadão Em janeiro de 1962, meu pai, José Costa, empresário

com a ACMinas perdura até

da comunicação, já atentava para a premente necessida-

os dias de hoje. Reconheço

de de coesão das classes produtivas na defesa dos seus

a

interesses. Não de setores específicos, mas de um projeto

desenvolvido pela institui-

maior e sistêmico onde todos – empresários, governo e

ção que influenciou a minha

sociedade – teriam muito a ganhar.

formação profissional desde

seriedade

do

trabalho

A sua atuação em entidades de classe como a

a infância até os dias atuais,

ACMinas, onde ingressou em 1941, foi a forma que ele

quando dou continuidade à

encontrou para contribuir para o processo de desenvol-

trajetória de meu pai à fren-

vimento do Estado, de forma ampla, não apenas como

te do jornal.

empresário, mas como cidadão. Da tribuna, ele falava de

Acredito

que

o

pro-

projetos visionários que são realidade. Entre eles a Cemig,

cesso

a Vale e a Petrobras.

to de Minas Gerais ainda

de

desenvolvimen-

Foi assim, também, que ele conduziu o Diário do

terá capítulos memoráveis

Comércio, como veículo de comunicação que chega a 78

como aqueles, do passado.

anos de história com a missão de acompanhar os fatos

O Estado tem ampliado a

e, principalmente, de apontar oportunidades de negócios

sua vocação econômica e,

ainda inexploradas pelos empresários mineiros. Esse foi o

afirmo, a ACMinas é parte

seu legado como dirigente empresarial.

importante desse processo

A relação do Diário do Comércio e da nossa família

e sempre será.

O Estado tem ampliado a sua vocação econômica e, afirmo, a ACMinas é parte importante desse processo e sempre será

Artigo

a a Cost Luiz Carlos Mott

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FOTOS: ARQUIVO ACMINAS

José Costa liga a primeira impressora off-set do Brasil

Luiz Carlos Motta Costa é diretor-presidente do Jornal DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Industria

Enfim, uma fábrica de automóveis O Plano de Metas de JK incluía a instalação de uma grande indústria automobilística em Minas, idéia antiga da ACMinas.

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FOTO: ARQUIVO ACMINAS

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e

gestões

que sobre ele faz longas conside-

confiados no talento de Adolfo

exaustivas estavam em plena

rações ressaltando aquela déca-

Neves Martins da Costa, que na

efervescência

para a instalação

da como um marco na história

época presidia a ACMinas”. Para

da fábrica de automóveis SIMCA

econômica de Minas Gerais: “A

Romualdo, esses três homens

(Sociedade Anônima Industrial

foram fundamentais para

de Motores, Caminhões e

essa

Automóveis) que se insta-

resolveu invadir o Estado de

laria no município de Santa Luzia, em 1958. Entretanto, mais uma reviravolta contra Minas: o empreendimento ficou em São Paulo. Razões de ordem política, econômica, estratégica e geográfica não deixaram que a empresa se instalasse em Minas, tampouco a empredo

ro, n agestão

governo

“Agnelli

A década de 70 é um MG e interiorizar a Fiat, ao tempo secular em proveito invés de se encostar em SP, os italianos dele por lá. da economia de Minas. com Rondon, com sua visão fanE a ACMinas esteve na tástica de estadista, queria a economia de MG sua vanguarda enquanto lançar num patamar muito mais entidade líder da iniciativa alto que mineração, siderurgia e pecuária”. privada José Romualdo tem

sa deixou-se seduzir pela proposta

reviravolta.

um grande estoque de lem-

minei-

década de 70 é um tempo secu-

branças daquela época, quando

Magalhães Pinto.

lar em proveito da economia de

o Brasil vivia em pleno governo

“Naquele momento era apenas

Minas. E a ACMinas esteve na

militar: “o Rondon havia servido

um sonho. Depois, não havia

sua vanguarda enquanto entida-

ao Costa e Silva como chefe de

dinheiro”, lembra José Romualdo

de líder da iniciativa privada. A

gabinete, onde adquiriu conhe-

Cançado Bahia, ex-presidente da

pedra angular do avanço mineiro

cimento e experiência. Voltou a

ACMinas.

na economia foi a Fiat, catalisa-

Minas como político acreditado,

O impulso desenvolvimen-

dora de progressos fantásticos

o que foi fundamental para rea-

tista dos anos 70 é tema que

a partir de um projeto genial de

lizar a aspiração de trazer a Fiat

entusiasma Romualdo Cançado,

Gianni Agnelli e Rondon Pacheco,

para cá”. Romualdo ressalta o

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FOTO: ARQUIVO FIAT

Industria

Entendimentos

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papel eminentemente político da

tamanha envergadura. “Não havia

ACMinas, ao brigar com SP e

capital privado; era Minas de um

dar respostas quando os pau-

lado e Fiat de outro. Mas Rondon

listas apresentaram resistência,

conseguiu! O Estado honrou seus

sobretudo quanto às indústrias

compromissos, a Fiat conseguiu a

de autopeças. A mídia paulista,

alocação dos recursos e o genial

à época, condenou em termos

Adolfo saiu da presidência da

candentes a localização da mon-

ACMinas para construir a Fiat”,

tadora em terras mineiras, com

completa.

o argumento de que nem havia aqui qualquer fábrica de auto-

Seriedade mineira

ACMinas

Fiat e ex-presidente da ACMinas

aproveitou a “deixa”: envolveu os

(de 1969 a 1972 e de 1973 a

dirigentes da FIAT e o Governo

1975) Adolfo Neves Martins da

Federal, visando à instalação em

Costa, revela que a montadora

torno do empreendimento, de

foi o resultado de um esforço

unidades industriais de implemen-

feito pelo governo do Estado de

tos automobilísticos. Essa atitude

Minas Gerais nas gestões de

desagradou aos paulistas, mas

Israel Pinheiro e Rondon Pacheco

a habilidade política e o espírito

visando à industrialização do

de unidade dos mineiros foram

Estado e a internacionalização

decisivos. “Num regime militar em

do seu comércio. “Minas estava

que aquilo, que o presidente da

‘muito jeca’, precisava entrar numa

República falasse estava falado,

fase de cosmopolitismo maior e

ajudar o Rondon era um com-

ampliar os seus links de comércio.

promisso do governo. E nesse

Era preciso fazer com que o Estado

compromisso certamente foi cos-

tivesse uma grande capacidade de

turada a sua nomeação ao gover-

produção e de comercialização, da

no de Minas. Geisel e Aureliano

melhor maneira e o mais depressa

também foram favoráveis e os

possível”, diz Costa.

Sabiamente

a

mineiros foram muito hábeis, o

Conhecido também como “o

que acabou vencendo todas as

brasileiro que construiu a Fiat”,

resistências”, diz Romualdo.

Adolfo Neves Martins da Costa

FOTOS: ARQUIVO FIAT

O primeiro presidente da

peças.

O ex-dirigente da ACMinas

conta que os primeiros enten-

acha que a instalação da Fiat

dimentos foram feitos ainda no

que ficaram muito impressiona-

é também fruto de um milagre,

governo Israel Pinheiro, por meio

dos com a seriedade mineira

pois o projeto saiu praticamen-

de um acordo entre o governo e

e a nossa maneira de conduzir

te do nada: não se sabia onde

a direção da Fiat para implantar

contratos internacionais”. Martins

estava o dinheiro, e para compli-

no Estado uma fábrica de trato-

da Costa relata que o governa-

car, ainda sofrendo a ressaca da

res. “Como Minas sempre agiu e

dor Rondon Pacheco, “homem

tentativa infrutífera de instalação da

age com muita seriedade, esse

supinamente inteligente e arroja-

francesa SIMCA, muitos achavam

empreendimento se tornou um

do”, foi ao Japão com um grupo

que era loucura um projeto de

marco indelével para os italianos,

de técnicos, dentre eles Camilo

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Industria

Pena, Noronha e outros, e lá

É uma oportunidade única de con-

entre os governos mineiro e italiano,

conversou com a direção da FIAT

tribuir para interiorização do desen-

a Fiat e acionistas italianos, no qual o

para a instalação de uma mon-

volvimento no Brasil”. Com a decisão

governo mineiro, além dos benefícios

tadora no Estado. E perguntaram:

favorável de construir a fábrica em

fiscais, entraria com capital neces-

“Por que não construir uma

Minas, imediatamente foi firmado um

sário em conjunto com a Fiat e o

fabrica de automóveis em Minas?

“acordo de comunhão de interesses”

governo italiano. Estava previsto que as ações do Estado de Minas Gerais eram para ser vendidas, com a obrigação da Fiat de comprá-las. Além disso, ao governo mineiro coube a escolha do primeiro presidente da montadora, para um mandato de quatro anos. Adolfo Neves Martins da Costa, que exerceu o cargo de 1973 a 1979 e cuja indicação partiu do próprio Rondon Pacheco, comenta: “A Fiat, com 51% do

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

capital, forneceria toda a tecnologia e o Estado participaria do capital junto com o governo italiano. Essa foi uma forma inteligente de fazer a captura do projeto.”

Adolfo Martins da Costas, primeiro presidente da Fiat: os italianos ficaram impressionados com a seriedade mineira

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Fiat e AC Minas, a bela história compartilhada Dos cento e dez anos de história da ACMinas, quarenta e sete têm sido partilhados com orgulho e gratidão pela

e dedicado condutor do processo de transição que se seguiu.

Fiat. É que, desde os albores da empresa em nosso Estado,

Em 1987, coube ao presidente

antes mesmo de sua constituição formal, que ocorreu em

Hiram Reis Correa liderar a campanha

14 de março de 1973, a ACMinas ergueu-se em defesa do

cívica de defesa da Fiat e dos legítimos

direito de aqui se implantar uma indústria automobilís-

interesses do Estado. A ACMinas foi,

tica, repelindo, assim, a ousadia daqueles que deseja-

então, a primeira entidade de representa-

vam ver Minas Gerais como a eterna “exportadora de

ção empresarial a erguer, e impor, sua voz.

minérios e mineiros”.

Outros importantes dirigentes da

Foi por essa decidida posição da Casa que o ilus-

ACMinas deram sua pessoal contribuição

tre Governador Rondon Pacheco aqui colheu o primeiro

à história da Fiat, na qualidade de membros

presidente da empresa recém-constituida, o engenheiro

de seus conselhos consultivo e fiscal: os pre-

Adolfo Neves Martins da Costa que, havia pouco, findara

sidentes Lúcio de Souza Assumpção, Nilo

seu mandato de presidente da ACMinas, conduzindo-o

Antônio Gazire, Avelino Menezes, Francisco

ao cargo pela prerrogativa estatutária que então detinha o

Guilherme Gonçalves e Lúcio Bemquerer,

acionista Estado de

e os diretores Aristides

Minas Gerais. A Fiat

De 1973 a 1976,

Por todos esses fatos, por todos José Alencar Gomes da esses ilustres nomes, por toda uma Silva, ex vice-presidente da bela história compartilhada, os cento eRepública. Por todos esses fatos, dez anos da ACMinas são uma festa por todos esses ilustres da Fiat, além de efeméride de todos nomes, por toda uma bela história compartilhada, os mineiros os cento e dez anos da

coube ao então pre-

ACMinas são uma festa

reconhece

nesse

primeiro presidente um artífice notá-

vel da constituição e consolidação do

pólo automobilístico de Betim.

Mário Rache Ferreira e

Artigo

C. Belini

sidente da ACMinas, José Romualdo Cançado Bahia e seus

da Fiat, além de efeméride de todos os

companheiros de diretoria, acompanhar e vencer com

mineiros.

firmeza as vicissitudes transcorridas desde a criação

Hoje, quando a Fiat, mineira de

da empresa até sua inauguração em 9 de julho de

fato, coração, alma e caráter, reali-

1976.

za uma integração nacional de sua

Ao longo de sua história mineira a Fiat contou com

produção industrial, é Minas que se

outro presidente da ACMinas em sua própria presidência,

integra e se expande no País, levando

Miguel Augusto Gonçalves de Souza, recentemente falecido,

consigo a herança histórica de tantos

que desempenhou marcante papel na consolidação financeira

homens ilustres que viam e vêem

da empresa; e um diretor da Casa, Cássio José Monteiro

além das montanhas. “Minas além do

França, último presidente da Fiat a ser indicado pelo Estado

som, Minas Gerais”.

Cledorvino Belini

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é presidente da Fiat para a América Latina

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FOTO: ISTOCKPHOTO

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Mais aço, menos impostos Ainda no Governo Rondon, a ACMinas sustentou gestões contínuas para a implantação de uma siderurgia mineira, velho sonho tantas vezes negado.

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des de sempre, mais a insistente

plano, o Estado comprometia

resistência paulista, que deixa-

para o futuro a arrecadação do

ram o projeto em banho-maria.

ICM. “Ou seja, era preciso levan-

A ACMinas voltaria à carga no

tar a empresa, produzir, esperar

Governo Aureliano, agora com

a entrada de dinheiro e só depois

fôlego renovado. Ainda entala-

de obter a receita que viria dali é

da com o episódio CSN/Volta

que o Estado integralizaria a sua

Redonda, ela lançaria as bases

parte no capital. O governo fede-

para a vinda da Açominas.

ral aceitou; o projeto atrasou,

O

ex-presidente

José

Fotos: Arquivo pessoal

estivesse gerando ICM. Neste

balançou, mas saiu”, explica.

Romualdo Cançado relata que

A construção de uma usina

a ACMinas se lançou de corpo e

de aço no Vale do Paraope-

alma em dois projetos ao mesmo

ba era reivindicação antiga do

tempo: a Fiat e a Açominas,

empresariado mineiro. Em fins

para avançar mais a siderurgia

de 1962, presidentes de todas

às obras, que tiveram grande

em MG, que estava escapando

as entidades empresariais do

atraso na década de 80, que

para o RJ e SP. “A nossa Usimi-

Estado entregaram um docu-

teve sua primeira fase concluída

nas estava indo muito bem; nós

mento ao então governador

em 1984.

queríamos, e a economia nacio-

Magalhães Pinto mostrando as

nal exigia, maior produção de

vantagens de ali se localizar uma

aço. Mas onde buscar dinheiro

segunda usina da CSN. A Aço-

Um fato pitoresco é lem-

para construir a Fiat e a Aço-

minas volta à pauta da ACMinas

brado por Cançado, sobre a

minas?” Romualdo explica que

em uma campanha pela recupe-

saga da Açominas. Ele conta

a Açominas e Fiat foram cons-

ração da economia mineira, em

que o governador Magalhães

Romualdo Cançado conta que a ACMinas se lançou de corpo e alma em dois projetos ao mesmo tempo: a Fiat e a Açominas

Não vou pagar!!!

truídas mais

Pinto estava com-

ou

menos

prometido com o

da

mesma

forma, com a

diferen-

ça de que

a Açominas

Siderurgia

Cedo afloraram as dificulda-

O adicional reembolsável (AR) não foi devolvido e acabou beneficiando pequenas empresas, por sugestão da ACMinas

movimento político que viria a ser desfechado em março de 1964 e precisava aparelhar a Polícia Militar. Como

era socieda-

não havia recursos

de de governo federal com estadual. “Era

1966 e assim foi até a posse de

para isso, Magalhães instituiu

mais fácil, mas nem tanto. Foi

Rondon Pacheco. “Houve um

uma nova modalidade tributária,

preciso uma gestão de malaba-

momento em que parecia que

o chamado “AR”, ou Adicional

rismo estratégico de João Cami-

eu estava contra o governador

Reembolsável, um empréstimo

lo Penna para arranjar parte do

Rondon Pacheco. Rondon fala-

compulsório, um percentual a

dinheiro com o governo mineiro”.

va que queria a Fiat e eu falava

mais adicionado ao imposto

A estratégia, que consistia

que queria a Fiat e a Açominas”.

devido, que o Estado se com-

numa promessa, era integralizar

lembra José Romualdo, no livro

prometia a restituir. “Ou seja,

o capital de responsabilidade do

“100 anos da ACMinas”.

se eu tinha que pagar 100, eu

Estado, depois que a empresa

Aureliano Chaves deu início

pagava 110; esses 10 exceden-

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devolvido, era capitalizar o projeto

fiscalizado pelo Governo Federal

me restituir depois. Em tese. Pois,

de instalação da Açominas. Mas

e o empresário era obrigado a

vem o golpe, Magalhães prepara

isso também não deu. Então,

investir todo o dinheiro. Romual-

a polícia, Israel Pinheiro assume, e

o Fernando Reis, Secretário da

do lembra que Simonsen pediu

nada de devolver os valores do AR”.

Fazenda do governo do Rondon,

apoio da ACMinas, pois os Esta-

e a ACMinas construíram

dos do Sul, principalmente SP,

a solução de, aos poucos,

tentaram boicotar a tramitação

canalizar os fundos do AR

da lei do Fundão.

para as pequenas empre-

de lei de criação do Fundão foi

sas. Foi uma idéia muito sim-

elaborado na ACMinas, no meu

pática e proveitosa”, relata

tempo, com participação minha

Romualdo Cançado.

e do hoje Vice-Presidente José

FOTO: JOMAR BRAGANÇA

“O esboço

Ainda no campo dos

de Alencar, muito interessado

impostos a ACMinas impu-

nisso, pois estava começando a

nha outra bandeira. Dessa

sua fábrica de Montes Claros”. A

vez, contra o desastroso

oposição foi derrotada sob pres-

projeto da SUDENE (Supe-

são da ACMinas.

rintendência do Desenvol-

Enquanto liderava o projeto

vimento do Nordeste), no

de construção da atual Estação

A questão voltou à pauta das

qual boa parte do imposto de

Rodoviária de Belo Horizonte, a

reuniões da ACMinas e decidiu-se

renda podia ser aplicada em um

ACMinas atuava junto ao Par-

que uma delegação, composta

projeto no Nordeste. “Ao invés

lamento visando à supressão de

por Gerson Dias (ex-presidente

de pagar 100, você pagava 80

institutos fiscais ultrapassados e

da ACMinas), Newton Moreira

e 20 aplicaria em projeto da

fazendo sugestões de relevo nas

Veloso, da Federação do Comer-

Sudene. Entretanto,

cio e o próprio Romualdo, fosse

o beneficiário dava

ao Palácio da Liberdade para

um recibo de 20,

cobrar do governador Israel

mas recebia do con-

Pinheiro o tal AR. Israel reagiu:

tribuinte somente 10.

“Vocês acham que eu sou besta?

” Isso deu uma rou-

Se o Magalhães não pagou, por

balheira dos diabos”,

que acham que eu vou pagar?

explica o ex-presi-

Não vou! No caixa não tem

dente da ACMinas

dinheiro para esse adicional e

Romualdo Cançado.

está acabado”, disparou Israel.

Sem fiscalização, o

O AR nunca seria devolvido. À época, como isso era um

www.belohorizonte.mg.gov.br

Siderurgia

tes, o x a mais, o Estado prometia

projeto da Sudene já começara falido.

fato consumado e irreversível, a

Mais uma vez

ACMinas não deixou por menos:

gritou a ACMinas.

ajudou a entabular um projeto

Protestou e o assunto chegou ao

discussões sobre o novo Código

para dar a esse fundo uma des-

ministro Mário Henrique Simon-

Tributário Nacional, no afã de

tinação favorável ao comércio.

sen, que nesta ocasião, criaria o

entronizar na nova lei rumos tri-

“Um dos apelos da ACMinas,

Fundão, na Amazônia. Diferente-

butários que não prejudicassem

já que o AR não seria mesmo

mente do anterior, o Fundão era

o universo empresarial de Minas.

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Petróleo, Transporte, ferrovia De grandes empreendimen-

a luta pela implantação, na

o transporte de produtos

tos a ACMinas foi participante de

década de 80, do Aeroporto

mineiros destinados à expor-

primeira hora. A velha luta pelo

Internacional de Confins. Den-

tação, pois era inconcebível

monopólio estatal do petróleo

tre as mobilizações vitoriosas

um ramal com trechos tão

e pela autonomia da Petrobrás

da ACMinas para o cresci-

acidentados”, diz. Pelo seu

culminou na implantação da

mento

Refinaria Gabriel Passos (Regap)

e social do Estado,

em Minas Gerais. Em um estado

destaque

minerador, faltavam siderúrgicas

vitoriosa campanha

e foi assim que a entidade lutou

pela pavimentação

pela instalação de uma grande

da rodovia BR-262

indústria do setor em território

(Belo

mineiro: foi uma trajetória de difi-

Vitória/Uberaba).

MINAS foi finalmente instalada. Em época de “salário-míni-

para

a

Horizonte/

Destaque também para a vitoriosa campanha da

Dentre as mobilizações vitoriosas da ACMinas para o crescimento econômico e social do Estado, destaque para a vitoriosa campanha pela pavimentação da rodovia BR-262

mo regional”, quando não havia

Entidade para construção do

empenho, de grandes pro-

a fixação unitária desse salário

ramal férreo entre Capitão

porções, diga-se, na cons-

em âmbito nacional, a ACMinas

Eduardo e Costa Lacerda.

trução do ramal, o trecho

teve outra vitória, no combate à

O ex-presidente da ACMi-

Costa Lacerda

política salarial de Vargas, que

nas Adolfo Martins da Costa

nome de “Trecho Martins da

novamente castigava o Estado,

recorda que, quando presi-

Costa Lacerda”.

agora com a fixação do salário-

dia a entidade, a ACMinas

-mínimo em gritante descom-

trabalhou

passo com o estabelecido para

na campanha de moderniza-

as demais unidades federadas.

ção desse trecho da antiga

Na área da Educação, não se

Estrada de Ferro Central do

deve esquecer o trabalho da

Brasil. “Era um gargalo que

ACMinas na reforma da Facul-

precisava ser eliminado para

dade de Ciências Econômicas,

viabilizar, por meio do Porto

de onde saíram nomes expres-

de Vitória, no Espírito Santo,

culdades mas, em 1956, a USI-

econômico

recebeu o

exaustivamente

FOTOS: ARQUIVO IBGE

sivos que deram vasta contri-

Porto de Vitória-ES

buição na esfera econômica. Na área de Transportes, a ACMinas fez tratativas e enérgicas pressões pela melhoria das estradas e, mais recentemente, pela remodelação do à época ainda mais precário aeroporto da Pampulha; ou

Pavimentação BR-262

Refinaria Gabriel Passos

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Siderurgia

Uma refinaria em Minas

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A luta por uma unidade da Petrobras em Minas começou logo depois da criação da estatal. A refinaria Gabriel Passos (Regap) foi inaugurada em 1968 Militante de primeira hora na defesa do monopólio estatal do petróleo, a ACMinas não arrefeceu com a criação da Petrobrás, pondo-se a defender a empresa dos ataques contrários. Ao mesmo tempo, no plano regional, a entidade se batia pela instalação de uma refinaria de petróleo em Minas, mas, para driblar pressões contrárias, estrategicamente propunha inicialmente a construção de um oleoduto. Para isso, atuou junto à bancada mineira na Câmara dos Deputados, mobilizou entidades empresariais por todo o estado, conversou diretamente com o presidente JK. Para a ACMinas, construir um empreendimento como este no centro do país só consolidaria a Petrobrás. Colocou seu departamento de estudos econômicos para analisar o assunto e dali nasceu um projeto de lei, entregue ao deputado Magalhães Pinto, que conseguiu na Câmara a autorização para a instalação do oleoduto. O passo seguinte foi procurar o presidente Juscelino. Em 1961, foi finalmente anunciada a construção do oleoduto e da refinaria, com capacidade para 25 mil barris

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Siderurgia

diários e, em abril de 1962, a

no país e sinônimo de desenvol-

obra começou. Inaugurada em

vimento industrial e econômico.

A meta da companhia é

1968 com capacidade para refi-

Para se adequar à demanda

elevar o produto nacional aos

nar 45 mil barris/dia de petróleo,

crescente do mercado mineiro

padrões europeu e norte-ame-

a refinaria ganhou o nome de

por produtos à base de petróleo,

ricano e, para 2013, está pre-

Gabriel Passos, um dos princi-

em especial para os combustíveis

vista a inauguração da estação

pais parlamentares mineiros a

gasolina e diesel, a Petrobras vai

de tratamento de diesel.

defender no Congresso a “Tese

investir R$ 2 bilhões até 2014

O projeto de ampliação

mineira do petróleo”.

na ampliação da capacidade de

também inclui uma unidade de

refino da empresa. Em 2009, sozi-

recuperação de enxofre, o que

nha, ela respondeu por 16,73%

irá conferir à Regap melhores

Instalada em Betim, às mar-

do Imposto sobre Circulação de

condições de tratamento do

gens da rodovia Fernão dias, a

Mercadorias e Serviços do Esta-

gás ácido gerado nos proces-

Regap é a sétima refinaria em

do.

sos

Regap hoje

de refino. A obra mini-

O processo de melhoria de

mizará o impacto ambiental

processos teve início em 2010,

da operação. Os recursos

o que já elevou a produção de

também serão destinados às

gasolina de 150 mil metros cúbi-

áreas de cogeração de ele-

cos/mês para 175 mil metros

tricidade e vapor para uso

cúbicos/mês, um ganho de

próprio e, ainda, ao sistema

16,6%. Entretanto, o acumulado

de tratamento de água des-

entre janeiro e setembro deste

mineralizada.

ano – 1,310 milhão de metros

Atualmente, a Regap tem

cúbicos – ainda é insuficiente

1 mil empregados diretos e

para cobrir a venda de 2,675

outros 1,9 mil terceirizados.

milhões de metros cúbicos do

O projeto de ampliação que

combustível registrada no perí-

tem prazo até 2014, o ano da

odo no Estado, um crescimento

Copa do Mundo, vai deman-

de 11,4% no consumo, ante o

dar um contingente de 3,2 mil

mesmo intervalo do ano anterior.

operários.

FOTO: ARQUIVO PETROBRAS

produção entre as 12 instaladas

Qualidade dos produtos

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Siderurgia

Aรงominas

Compromisso com Minas e com o mercado brasileiro

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FOTO: ARQUIVO GERDAU AÇOMINAS FOTO: CARLOS ALBERTO

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Siderurgia

Quem entende de siderurgia

realizando e para outros ramos

atualmente com o nome forte

e, especialmente do aço e de

da indústria como a automobilísti-

do grupo gaúcho Gerdau, está

suas múltiplas aplicações, sabe

ca e de bens de consumo que têm

em obras para ampliar a sua

que o consumo desse material

experimentado a força do mercado

capacidade

é sinônimo de desenvolvimento

interno, esse é um insumo que não

planta

sustentável. O Brasil não foge

pode faltar.

Branco,

produtiva.

localizada região

em do

Com Ouro

Campo

à regra. Como matéria prima

Sabendo disso, a Gerdau Aço-

das Vertentes, a empresa que

indispensável para as obras de

minas, uma das mais tradicionais

ocupa posição de destaque

infraestrutura que o país já está

empresas mineiras, que conta

nas exportações de aço no

Estado e no país comprova que está otimista em relação ao futuro do país e, também, de Minas Gerais. Na área de mineração, estão sendo investidos R$530 milhões para a construção da segunda unidade de tratamento de minério de ferro em Miguel Burnier, localizada em Ouro Preto, região Central do Estado, para garantir 100% da necessidade de consumo da Gerdau até 2012. Outro grande investimento da empresa é a instalação de uma linha de laminação de aços

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Fotos: Arquivo pessoal

planos, o que marca a entrada

construção civil”, afirma.

de suas terras, Minas Gerais

da companhia nesse segmen-

Com operação em 14 países,

é reconhecida pela força que

to de mercado. Com previ-

o grupo Gerdau tem, em Minas

possui nos ramos da siderur-

são para início das operações

Gerais, uma unidade estratégi-

gia e da mineração e a Gerdau

em até 2012, cerca de 80%

ca. Esse é o fato que expli-

é uma das principais empre-

da produção será destinada á

ca os investimentos realizados.

sas que compõem esse cená-

venda de bobinas à quente e

“Devido à riqueza mineral natural

rio”, considera o executivo.

chapas grossas para o mercado brasileiro, como destacou o vice-presidente da Gerdau Açominas, Manoel Vitor. A ampliação da capacidade instalada de perfis estruturais para 700 mil toneladas/ano, a partir de 2011, é

outro

relevante

investi-

mento em curso, que tem demandado aporte de cerca de R$ 100 milhões. “Estamos reforçando o compromisso da empresa com Minas Gerais e com o abastecimento de perfis no mercado brasileiro, com quase 100% da produção sendo destinada à indústria da

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Siderurgia

Investimentos s達o a resposta

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Manter a liderança do mer-

A siderúrgica de Minas

cado nacional no seu setor de atuação e agregar valor aos clien-

Tão logo Juscelino assumiu a presidência da república, a ACMinas encaminhou a ele um extenso ofício, expondo a necessidade de Minas de ter a sua siderúrgica. O maior produtor de minério do país precisava beneficiar o produto, agregar-lhe valor e, então, exportar. Afinal, segundo o slogan da época, “o minério não dá duas safras” e a entidade não poderia assistir omissa à evasão dos nossos recursos naturais. A Usiminas constituiu-se legalmente em 25 de abril de 1956, com capital subscrito por empresários mineiros. Instalada em Ipatinga, a Usiminas tornou-se, em 1958, uma joint venture, somando capital estatal aos investimentos de acionistas japoneses, permitindo um novo estilo de gestão compartilhada - nos moldes da iniciativa privada. Tornou-se a primeira estatal privatizada em 1991, no governo Collor.

tes são os desafios que a mineira Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) pretende enfrentar nos próximos anos para se tornar uma das maiores fornecedoras de aço do país. Com mais de 30 mil colaboradores e capacidade para produzir 9,5 milhões de toneladas do insumo por ano, está presente em toda a cadeia, da extração do minério à distribuição do produto final. Hoje, a Usiminas é líder do mercado nacional de aços planos e tem amplo portfólio de produtos – de placas a aços revestidos – fruto de constantes investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para atender a demanda de setores estratégicos da economia nacional como automotivo, naval, petróleo e gás, construção civil e, ainda, linha branca. Os eixos de negócio são quatro: mineração e logística, siderurgia, transformação do aço e bens de capital. Investimentos são a resposta que a Usiminas continua a dar para o aumento da demanda por aço, nos próximos anos, como destaca o presidente da companhia, Wilson Brumer. “Em 2011, a Usiminas planeja investir R$ 2 bilhões no aumento da produção de aços de alto conteúdo tecnológico para agregar ainda mais competitividade a setores econômicos estratégi-

FOTO: ARQUIVO USIMINAS

cos”, aponta. A agenda de investimentos tem como base a otimização das duas usinas siderúgicas, uma em Ipatinga, no Vale do Aço (MG) e

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FOTO: ARQUIVO PESSOAL

outra instalada em Cubatão (SP) e,

cio ao plano de inves-

também do aumento da atividade

timentos de R$ 4,1

mineradora. A meta da companhia

bilhões na expansão

é se preparar para os projetos de

das

infraestrutura que o país vai realizar

Mineração Usiminas.

nos próximos anos, seja para a

Nossa

cadeia produtiva do pré-sal ou em

é aumentar a capa-

função dos eventos esportivos que

cidade de produção

serão realizados no país, como

das minas em quatro

a Copa do Mundo de 2014 e os

vezes até 2015”, anun-

Jogos Olímpicos de 2016.

cia Brumer. O aporte

atividades

da

perspectiva

Entre 2012 e 2014 serão mais

visa aumentar a pro-

R$ 2,6 bilhões em investimentos,

dução de minério das

completando o montante de R$

atuais sete milhões de toneladas para 29 milhões de

Siderurgia

Perspectiva é quadruplicar capacidade de produção das minas até 2015, diz Wilson Brumer

A meta da companhia é se preparar para os projetos de infraestrutura que o país vai realizar nos próximos anos

toneladas. a

Em 2011, Usiminas

planeja investir

Paralelamente, daremos início

R$ 2 bilhões no aumento

ao plano de investimentos de

da produção de aços de

R$ 4,1 bilhões na expansão

alto conteúdo tecnológico

das atividades da Mineração

para agregar ainda mais

Usiminas. Nossa perspectiva

7,8 bilhões em aportes, que tiveram

competitividade a setores eco-

é aumentar a capacidade de

início no ano passado.

nômicos estratégicos, como

produção das minas em quatro

o automotivo e o industrial.

vezes até 2015”. FOTO: ARQUIVO USIMINAS

“Paralelamente, daremos iní-

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Pública

Usiminas. Soluções completas em aço para agregar ainda mais valor ao Brasil.

A Usiminas atua em toda a cadeia produtiva do aço, a partir da integração de quatro eixos de negócios: Mineração e Logística, Siderurgia, Transformação do Aço e Bens de Capital. Por isso, é capaz de oferecer produtos e serviços diferenciados para diversos segmentos estratégicos da economia. Automóveis, prédios, pontes, eletrodomésticos, máquinas industriais, plataformas de petróleo e navios ganham a forma de um aço moldado pelo profissionalismo de 35 mil colaboradores em cidades de oito Estados. É assim, oferecendo soluções completas em aço e agregando valor aos produtos, que a Usiminas participa da história e da vida do Brasil.

Sensibilidade para evoluir. www.usiminas.com

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FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Artigo

Charles Lotfi

Um novo desafio para a ACMinas Estamos vivendo uma fase especialmente favorável para

de. E, vejam bem, os índices são relati-

a atividade empreendedora, motivado, sem dúvida, pelo

vos a 2009, ano em que faziam-se sentir

momento positivo da economia brasileira, que abre cada vez

na plenitude os impactos da crise.

mais espaços para tais iniciativas. Tenho conversado muito a

Também vi nos jornais nova com-

esse respeito – e principalmente ouvido – e daí venho extrain-

provação de minhas suposições: segun-

do conclusões que, se não têm o rigor científico de uma

do dados da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais, a abertura de novas

Em 2010, a ACMinas realizou mais de 50 eventos, entre atividades de treinamento, workshops, seminários e congressos focados no aprimoramento de empreendedores

empresas na Região Metropolitana de Belo Horizonte durante o primeiro semestre de 2010 – com nítida predo-

minância de firmas de micro e pequeno portes – chegou a 11 mil 331 estabelecimentos, contra 8 mil 823 em igual período de 2009, um crescimento de 28,4%. Nada mau. Embora seja ponto pacífico reconhe-

pesquisa, dão no entanto sinais claros, por exemplo, de que

cer-se a iniciativa privada como a grande

um número expressivo de pessoas está deixando empregos

força catalisadora de riquezas e empre-

(ou se preparando para fazê-lo), atraído pelas oportunidades

gos, a alavanca do desenvolvimento

que decorrem de um mercado aquecido e no qual já é visível

social e econômico do País, há um

um “apagão de mão de obra” – algo impensável num Brasil de

outro lado nessa moeda, nem um pouco

apenas um ano e pouco atrás.

entusiasmante: aquele brasileiro que

Recentemente, pesquisando o assunto na internet, cons-

quer empreender, buscar lucros, gerar

tatei que estas impressões eram corroboradas por dados

novos postos de trabalho, contribuir para

– estes sim, científicos – do Global Entrepreneurship Monitor,

que sejam atendidas as grandes aspi-

instituto internacional que analisa, em mais de 50 países, o

rações da sociedade aqui encontrará

comportamento da atividade empreendedora. O trabalho,

um ambiente em que o grau de risco é

apresentado em abril de 2010, mostrou que no Brasil o índi-

alto. No universo das micro e pequenas

ce de empreendedorismo por oportunidade (ou seja, o que

empresas, que constituem mais de 90%

decorre de intenção explícita), havia ultrapassado e se distan-

dos empreendimentos registrados no

ciado daquele motivado por necessidade: 9,4% contra 5,5%,

Brasil, cerca de 75% encerram suas

um resultado estimulante se considerarmos que na pesquisa

atividades após um período entre seis e

anterior a proporção era inversa: a cada 8,5 empresas criadas

10 meses.

por necessidade correspondiam apenas 5,7 por oportunida-

Tal ambiente é devido, em parte, a

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fatores que vão da enorme e custosa

nos negócios – e entidades de classe como a Associação

burocracia que atazana o dia a dia de

Comercial de Minas têm sido determinantes na disseminação

todo e qualquer empresário à pesada

de conhecimento. Em 2010, a ACMinas realizou mais de 50

carga tributária que o obriga a destinar

eventos, entre atividades de treinamento, workshops, semi-

bem mais de um terço de sua produção,

nários e congressos focados no aprimoramento de empreen-

de suas vendas e de seu trabalho para

dedores.

os impostos. Mas há, também, um outro

É diante de todos esses fatos que em 2011, quando a

fator relevante para o insucesso, que, ao

Associação Comercial de Minas comemora seus 110 anos,

contrário de impostos e burocracia, não

seu braço social e cultural, a Fundação ACMinas, dará um

é condicionado pela política fiscal brasi-

passo de larga amplitude que, sem dúvida, contribuirá subs-

leira: a falta de capacitação.

tantivamente para reduzir a taxa de mortalidade do segmento,

O empreendedorismo pode, sem

pelo menos naquilo que tem por causa a falta de capacitação:

dúvida, resultar de um talento especial

uma Escola de Empreendedorismo, que terá como diferencial

para negócios que, no entanto, não será

o foco na transferência de experiências bem sucedidas àque-

suficiente para assegurar o sucesso.

les que pretendem empreender.

Intuição, com certeza, não é a ferramenta mais eficaz para gerir uma empresa.

A iniciativa constitui motivo de orgulho para mim, como marco do final de minha gestão à frente da entidade, uma vez

É imperativo, na verdade, que o

que o projeto foi gestado no ano passado e hoje, já com a fase

empreendedor se prepare, adquirira

de planejamento concluída e currículos sendo definidos por

conhecimento, palavra mágica que lhe

técnicos e especialistas, entra na etapa de implantação. Não

proporcionará visão de mercado, de

é, sem dúvida, suficiente para as carências que persistem,

processos, de compras, de marketing,

em nosso País, na área de capacitação empresarial. Mas é,

do ambiente econômico, de comercia-

com certeza, uma semente que germinará e se multiplicará,

lização e mesmo de contabilidade, pois

reduzindo riscos e contribuindo para que as empresas de

esses fatores precisarão, cada um, ser

micro e pequeno portes possam realizar melhor o seu papel

pesados e balanceados para que desse

de catalisador do desenvolvimento.

mix emerjam simultaneamente lucro e

Na outra vertente – aquela em que os riscos são impostos

competividade na justa medida. Nesse

pelas políticas oficiais – a ACMinas, pelas mãos de seu novo

ponto não pode haver desequilíbrio.

presidente, Roberto Fagundes, continuará a desfraldar sua

As ações de instituições como o

conhecida bandeira contra a carga tributária, a burocracia, o

Sebrae – que, aliás, tem feito excelen-

juros. Enfim, contra tudo aquilo que constitua empecilho para

te trabalho de capacitação de peque-

o exercício pleno da capacidade empreendora.

Charles Lotfi ex-presidente da ACMinas

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Sommelier Supere

Vinhos

Cento e dez anos são para poucos Por Arilton Soares*

Existem alguns mitos no mundo do vinho que fazem com que o consumidor com menos informação deixe justamente de apreciar um bom vinho. Curiosamente os anos ímpares no Chile têm sido melhores, mas daí a dizer que o bom vinho chileno é o das safras ímpares é mito. No Chile, na Argentina e em outros países do novo mundo, onde boa parte dos vinhedos é irrigada, as safras não são tão diferentes como acontece na Europa. Outro mito: vinho quanto mais velho melhor. Este faz muitas pessoas perderem vinhos ou consumirem um vinho morto, pois cada vez mais as vinícolas colocam no mercado vinhos prontos para serem consumidos. Só uma parcela pequena de vinhos chega aos 15 anos ou mais em plena saúde; acima de 20, 25 anos de guarda, são raros e muito caros. Quando o vinho é produzido em uma boa região, por um produtor fantástico e a safra é excepcional, este vinho pode chegar aos mais de 100 anos em plena saúde e aí você tem uma obra-prima. Em 1900, na região de Bordeaux na França, alguns fatores contribuíram para uma safra histórica, entre estes um verão muito quente e a pouca chuva, que caiu principalmente na época da colheita, elementos essenciais para produzir vinhos de qualidade espetacular. Uma boa parte destes vinhos estava tão boa que chegou-se a pensar que pioraria com o passar dos anos, o que foi um engano. Quanto mais décadas passavam, mais o vinho melhorava e, em 2010, esta obra-prima, o imortal Château Margaux safra 1900, completou 110 anos em plena forma. O critico de vinhos mais influente do mundo, Robert Parker, degustou o melhor vinho do século XX (segundo a mais respeitada revista especializada do mundo, a Wine Spectator) e deu nota máxima (100) dizendo: “é um vinho imortal, um dos mais extraordinários que já provei”. Há que se lamentar que as garrafas deste vinho estejam acabando. Das 300 mil garrafas produzidas, calculava-se no ano passado que restavam apenas mil, nas mãos de poucos e felizes enófilos. Em breve, serão apenas uma lembrança dessa inesquecível obra-prima - no próprio Château Margaux, restavam oito exemplares que talvez nunca sejam abertos. O enófilo que estiver disposto a degustar esta preciosidade terá que ter dis-

posição para garimpar uma dessas garrafas mundo a fora e desembolsar um valor superior a R$ 27 mil. E ainda corre um risco comum para quem adquire vinhos de safras antigas e raríssimas: por não ter outra garrafa para fazer a troca e pelo valor alto, caso o vinho esteja estragado, o risco é seu. E mais: dependendo de onde o enófilo garimpou esta garrafa, ele pode ter adquirido um falso Château Margaux 1900. Quem não encontrar um exemplar dessa preciosidade ou não estiver com R$ 27 mil disponível, pode comprar um Château Lafite da safra de 1982 que talvez esteja pronta em 2050, por pouco mais de R$ 10 mil. Ou o próprio Château Margaux, da safra de 2000, que não tem previsão de quantos anos viverá, mas já é considerado o melhor da década, com potencial para ser o melhor vinho do século XXI. Este candidato à obra-prima ainda está fácil de encontrar e pode ser adquirido por aproximadamente R$ 5 mil. Para fazer 110 anos tem que nascer da mão de grandes homens, ter caráter, ser estruturado, robusto, intenso e persistente. Parabéns a ACMinas que, como um bom vinho, está completando 110 anos de fundação com muita força e alegria. A parte triste é que não vamos comemorar com um Château Margaux 1900 - que seria um vinho a altura desta data - porque as garrafas que restam no mundo não são suficientes para todos que merecem uma taça. A ACMinas, TIM TIM

* Professor da ABS-Minas e Sommelier da PIZZARIA OLEGÁRIO: Av. Olegário Maciel, 1748 Lourdes - BH - MG - Tel.: 31 3292 4692 - ariltonsommelier@pizzariaolegario.com.br

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s a n S Indica i M AC

ommelier Castelet de Rose – 2008 Tipo: Tinto País: França Região: Bordeaux – Saint Julien Produtor: Vignoble Meffre Castas: 60% Cabernet Sauvignon, 30% Merlot e 10% Cabernet Franc Graduação Alcoólica: 12,5º GL

Indica

Laberinto – 2007 Tipo: Branco País: Chile Região: Maule Produtor: Viña Ribera Del Lago Castas: Sauvignon Blanc Graduação Alcoólica: 13,5º GL

Barolo Tortoniano – 2005 Tipo: Tinto País: Itália Região: Piemonte Produtor: Michele Chiarlo Castas: Nebbiolo Graduação Alcoólica: 13,5º GL

Gravner Breg Anfora -2000 Tipo: Branco País: Itália Região: Friuli Produtor: Gravner Castas: Sauvignon Blanc, Riesling Itálico, Chardonnay e Pinot Grigio Graduação Alcoólica: 13,5º GL

A Sírio – 2000 Tipo: Tinto País: Itália Região: Toscana Produtor: Sangervasio Castas: 95% Sangiovese, 5% Cabernet Sauvignon Graduação Alcoólica: 13,5º GL

Casa do vinho .: Av. Bias Fortes, 1543, Centro, 31 3337 7177 / Av. Bandeirantes, 504, Mangabeiras, 31 3286 7891 www.casadovinho.com.br acesse nosso blog www.blogdacasadovinho.blogspot.com

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Mário Mateus

A HORA DO BALANÇO

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Coluna

Matur Contabilidade

Fim de ano. Hora de reflexão. De crítica e autocrítica. Hora de assimilar a transformação de todas as coisas, hora de compreender que tudo muda com o tempo, que não se detém e escorre como a areia na ampulheta. A sabedoria consiste em acompanhar a marcha dos dias com predisposição para inventar e reinventar tantas vezes quantas forem necessárias. Viver é estar engajado na vida, comprometido com a vida. Aquele que se engaja na vida e se compromete com a vida tem a seu favor o nascer do sol, que traz a luz e a renovação dos dias. Engajar-se na vida – eis a receita para a restauração e o aprimoramento, para se permitir sonhos mais altos, fazendo de cada dia um estimulante desafio a vencer, uma barreira a transpor. Como

diria

O homem, em sua ânsia de Henry Ford, objetivos elevados dão compreender o nascer e o mais alento ao dia seguinsão a matéria-pripôr do sol, buscou dividir o te, ma, a predisposição tempo, numa tentativa de e a garra para criar e produzir. sobre ele exercer controle

o tom do equilíbrio à existência. Desse modo, a vida, se vista pela perspectiva de direitos e obrigações, faz de cada um de nós competentes Contabilistas. Saberemos analisar, classificar e registrar os fatos. Estaremos mais naturalmente propensos a pesar os acontecimentos, a pôr na balança os dois lados de todas as coisas. Quem põe na balança os dois lados de todas as coisas, exercita-se na arte de interpretar a vida. Pôr na balança todos os fatos, ponderar e avaliar fazem uma grande diferença. E não apenas isso: amplia horizontes, cria abertura para se discutir e debater, gera tolerância e compreensão.

A hora é a hora do balanço.

O tempo não passou depressa. O ano de 2010 fluiu como fluem os dias, as noites e as estações.

E aqui me permito usar o termo “balanço” no sentido não técnico. Com “balanço”, quero dizer “pôr a mão na consciência”, refletir sobre o ano que se vai e avaliar o desempenho ao longo dos doze meses.

Não é sensato – e nem possível – apressar o tempo, tampouco o é empenhar-se em retê-lo.

Feito isso, examinemos os registros. Mas façamos o exame desses registros com o mesmo espírito com que o fazemos na hora em que nos defrontamos com as demonstrações contábeis.

O homem, em sua ânsia de compreender o nascer e o pôr do sol, buscou dividir o tempo, numa tentativa de sobre ele exercer controle.

Examinemos o ativo e o passivo. A vida, como a Contabilidade, tem ativo e passivo. Tem direitos e obrigações. Cumprir essas obrigações e exercer esses direitos dão

Inicialmente, quis entender e marcar o tempo pela “lingua-

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FOTO: ISTOCKPHOTO

gem do sol”, como assinala Mário Ferreira dos Santos em interessante trabalho intitulado “O relógio”. Depois, inventou o relógio, que, pelos séculos, vem sofrendo transformações e ajustando-se aos caprichos da moda e à tecnologia. Nem o relógio foge ao jugo do tempo, como se vê. Tampouco nós. Todavia, dotados que somos de inteligência, podemos extrair do tempo as lições que ele nos dá. É só questão de crítica e autocrítica, de bom-senso e lucidez. Quem olha para trás e, no rastro dos dias e noites que

se sucedem, consegue identificar falhas e imperfeições, não vai repetir no ano seguinte os erros do passado. Reconhecidas as falhas e imperfeições, mudam-se os planos. Afinal, planos existem para serem mudados. O plano é como a tática, deve ajustar-se a novas circunstâncias. Como já disse Públio Siro, poeta latino, “o plano que não pode ser mudado não presta.” Vamos, assim, fazer o balanço. Mas antes, lembremo-nos de que tudo se ajusta ao tempo – até o relógio teve de mudar para não ser vítima do próprio tempo. Esta é a hora do balanço. Vamos examinar os registros. Munidos de números e dados, renovados pelas lições do tempo e estimulados pelas conquistas de 2010, aguardemos 2011, que há de fazer de todos nós Contabilistas do maior patrimônio – a vida!

Mário Mateus Contabilista, Advogado, Pósgraduado em Ciências Contábeis pela FGV, MBA em Direito Tributário pela FGV, Conselheiro do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), Diretor da Associação Comercial de Minas Gerais, Membro do Fórum de Líderes da Gazeta Mercantil, Diretor da Matur Organização Contábil. Autor do livro Os sentidos do empreendedorismo. mariomateus@matur.com.br SUPERE

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Sebrae/MG. Tudo o que você precisa para abrir, diversificar, gerenciar ou ampliar sua empresa. Incentivar o empreendedorismo e fortalecer os pequenos negócios. Fornecer os instrumentos para aprimorar a gestão dos empreendimentos. Com o Sebrae Minas, você tem acesso a orientações sobre crédito e legislação, consultorias de gestão, cursos de capacitação, palestras e seminários. Você também participa de exposições, feiras e eventos. Uma instituição que está sempre ao seu lado, contribuindo para o sucesso dos micro e pequenos empresários. Acesse www.sebraemg.com.br ou ligue 0800 570 0800 e saiba tudo o que o Sebrae pode fazer por você.

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