Manual de Produção Gráfica

Page 1

Manual

PPRODU O PRODUCÃO RODUCÃÃO GGRÁFICA GRÁFIC GRÁ RÁFICA

Veronica Magno


2


Manual de Produção Gráfica

Manual de Produção Gráfica

3


5 31 61 69 75 79 4


INTRODUÇÃO Escrita Papel Cor

CAPÍTULO 1 Porcessos de Impressão

CAPÍTULO 2 Acabamento

CAPÍTULO 3

Check List para uma boa impressão

CAPÍTULO 4 Peça Gráfica

GLOSSÁRIO Manual de Produção Gráfica

5


6

INTRODUÇÃO


INTRODUÇÃO • Escrita • Criação da Escrita e sua História

• Papel • Invenção do Papel • Produção do Papel • Tipos de Papel • Características

• Cor • Etapas da Produção Gráfica • Meio Tom • Traço • Fotolito • CTP • Matriz e seus Elementos

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

7


ESCRITA CRIAÇÃO DA ESCRITA E SUA HISTÓRIA A história da humanidade é marcada pela busca do homem pela comunicação, primeiramente através de desenhos feitos nas pedras (pinturas rupestres). Por volta de 4.000 a.C, os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme, em que originalmente era constituído por desenhos de objetos, sobre placas de argila. Os egípcios antigos também desenvolveram a escrita quase na mesma época que os sumérios. No inicia a esta era formada de sinais que representavam objetos, porém, essas figuras (ou pictogramas) foram sofrendo alterações. Os sinais vão sendo simplificados e abreviados já não podendo mais ser reconhecido como a imagem de um objeto específico. A escrita egípcia adquire significados amplos, transformando-se em ideogramas (sinais que significam uma idéia), sendo composto por símbolos divisíveis de fonogramas (sinais fonéticos). O fonetismo aproximou, portanto, a escrita de sua função natural que é a de interpretar a língua falada, a língua oral, a língua considerada como som. Decompondo o som das palavras, o homem percebeu que ela se reduzia a unidades justapostas, mais ou menos independente umas das outras e nitidamente diferenciáveis. Daí surgiu dois tipos de escrita: a silábica, fundamentada em grupos de sons e a, alfabética, onde cada sinal corresponde a uma letra. A escrita alfabética foi difundida com a criação do alfabeto fenício, constituído por vinte e dois signos que permitiam escrever qualquer palavra. Adotado pelos gregos, esse alfabeto foi aperfeiçoado e ampliado passando a ser compostas por vinte e quatro letras, divididas em vogais e consoantes. A partir do alfabeto grego surgiram outros, como o gótico, o etrusco e, finalmente o latino, que com a expansão do Império Romano, que foi imposto em todas as suas colônias. As formas da letra do alfabeto latino mudaram e evoluíram através dos séculos, e serviram de base para a criação dos futuros tipos utilizada para a produção de livros. O surgimento da tipografia pela Europa começa na idade média, em que monges copista, escribas, produziam livros e textos manualmente, em folhas de papiro ou pergaminhos, um processo muito trabalhoso e demorado Foi na década de 1440, em que ocorreu uma das maiores mudanças do século XV, que gerou um enorme impacto nesta situação. Foi

8

INTRODUÇÃO


o alemão Johann Gutenberg quem criou o primeiro processo de impressão, usando tipos móveis em madeira e mais tarde de metal. Ao montar um livro com tipos de chumbo, ele podia fazer muitas cópias a um custo muito inferior ao de um texto copiado à mão. O primeiro livro produzido em massa foi A Bíblia de Gutenberg em 1454, conhecida como a Bíblia de quarenta e duas linhas. Esse avanço da imprensa possibilitou que os livros produzidos em massa, fosse para casa dos cidadãos comuns, colocando a Palavra de deus á todos, algo que Lutero compreendeu, ao contrário de Gutenberg. Dentro de algumas décadas essa tecnologia se espalhou pela Europa. Muitos materiais foram usados como suporte para a escrita, o que fez a evolução de ambos estarem relacionados. Entre os percursores do papel além da pedra, argila (Babilônia), Madeira (Mediterrâneo), Bambu (Indonesia), Palmeiras (Índia), Seda (China), Casca de árvores (indígenas) e Pergaminho, o principal precursor, especialmente comercial, foi o papiro. Utilizado pela primeira vez em 4.000 a.C, o papiro, é uma planta aquática perene típica do vale do Nilo, que se transformou na maior exportação do Egito. Cortavam-se tiras finíssimas da parte branca interna da haste da planta, que eram depois sobrepostas, cruzadas e pisadas – as folhas assim obtidas formavam uma longa fita que se podia enrolar. Porém por ter se popularizado rápida e amplamente, os egípcios proibiram a exportação, com medo de escassez, provocando uma maior procura de outros materiais. A invenção do papel se dá na China. A arte da caligrafia delicada chinesa com pincel, requeria uma superfície macia e lisa, desse modo eles utilizavam tecidos de algodão ou seda. Porém igualmente ao papiro esses materiais começaram a se tornar escassos, sendo mais rentado apenas para produção industrial têxtil, assim inventa a arte da fabricação do papel.

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

9


PAPEL INVENÇÃO DO PAPEL Por um processo artesanal na produção da mistura de água, casca de amoreira, bambu, rami, rede de pesca, roupa usada e cal (desfibramento), se dava uma pasta que era colocada em telas, secando e assim formando folhas finas. Por 600 anos esse processo de fabricação, chinesa, foi mantida em segredo. Porém derrotados por árabes, chineses que sabiam fabricar papel foram presos, sendo obrigados a repassar as técnicas de fabricação do papel. Desse modo os árabes aperfeiçoaram a técnica e difundem o papel, que não era muito conhecido, pelo norte da África. No século XII o papel chega à Europa, e com a invenção dos tipos móveis a produção e a procura se acelera. Até então, só o linho eo algodão eram usados na fabricação do papel, e, assim como o papiro, essas matérias-primas começaram a se tornar escassas. As técnicas de impressão foram evoluindo, aumentando a procura do papel. Por isso, ampliaram-se as pesquisas de novas fontes de matéria-prima abundante e barata. A celulose, um composto natural existente nos vegetais e encontrada em todas as plantas fibrosas, foi uma destas matérias-primas, porém nem todas as plantas são economicamente viáveis para a produção do papel. A fibra de melhor qualidade para esta produção é a de algodão. Contudo, é a madeira a matéria-prima mais utilizada na fabricação do papel por dois motivos: o algodão ser mais rentável quando destinado à indústria têxtil e a celulose não se deteriora mesmo depois de anos de uso. O papel é composto de pastas originárias das fibras de vegetais, como citado anteriormente. As fibras são divididas, selecionadas e maceradas em água, formando uma calda, que é colhida ou espalhada em camada delgada sobre uma superfície filtrante. A água escorre e pela pressão e pela secagem, é obtido papel no estado de folhas.

PRODUÇÃO DO PAPEL A operação da colagem consiste em incorporar, na pasta do papel, soluções caseínas, resina, fécula e outros, para os papéis de fabricação mecânicas. A colagem no papel de fabricação manual faz-se depois da secagem, mergulhando as folhas em um vasto recipiente contendo o banho preparado para este fim, e de novo pondo-as a secar.

10 INTRODUÇÃO


A fabricação do papel se dá através de etapas: 1. Colheita Ocorre dentro dos plantios onde são cultivados os eucaliptos. O processo acontece em três etapas: colheita, corte e descascamento. Casca, folhas e galhos ficam na terra para virar matéria orgânica

Processo Químico

2. Produção de Cavos Após esse processo, as toras são levadas para lavagem, picagem em tamanho pré-determinado e peneiramento. A partir daí, os cavacos são depositados em silos.

3. Polpação e Depuração Os cavacos formam uma pasta marrom (celulose não branqueada). Ocorre a dissolução da lignina e libera a celulose como polpa de papel de maior qualidade.

4. Branqueamento No branqieamento, a celulose é peneirada para remover impurezas e suas propriedades (alvura, limpeza e pureza quimica) são melhoradas.

5 . Secagem Na secagem, a água da celulose é retirada até que esta atinja um equilíbrio satisfatório com a umidade relativa do ambiente.

6. Formação da folha e prensagem Na próxima fase, onde a cortadeira reduz a folha contínua em outras menores. Estas folhas formam fardos de 250 kg de celulose.

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

11


TIPOS DE PAPEL Revestido

Os revestimento é aplicado sobre a superfície da folha, com a finalidade de torná-la mais uniforme e menos áspera, melhorando a opacidade do papel e a qualidade da impressão, e aumentando o grau de brilho e de alvura da superfície. • Papel acetinado: O papel acetinado é prensado em calandras perdendo um pouco de espessura. Permite melhor impressão de caracteres e ilustração. • Papel Bíblia: Conhecido como papel Índia, opaco, extremamente fino e resistente, usado na impressão de obras muito extensas e quando se visa reduzir a grossura dos volumes. • Bond: Originalmente era um papel feito todo com pasta de trapos, usado pelos norte-americanos na impressão de títulos da dívida pública (bonds. A denominação se escreveu depois aos papéis de carta com bastante cola, relativamente leves e constituídos de pasta de trapos, química de melhor qualidade ou mistura de ambos. • Couché-Gessado: Papel com uma ou ambas as faces recobertas por uma fina camada de substâncias minerais que lhe dão aspecto cerrado e brilhante, muito próprio para a impressão de imagens a meio-tom e, em especial, de retículas finas. Para a impressão de texto, o papel gessado é muito lúcido e, por isso, incômodo à vista, defeito que se procura contornar com a criação das tonalidades mate. • Couché Mate: Ou couchê fosco, um pouco mais barato que o comum e com menos brilho, facilitando a leitura. • Papel Filigranado: Deixa transparecer letras, marcas ou desenhos, que são bordados em relevo, sobre a máquina de fabricação, fazendo com que a massa fique menos espessa, formando os desenhos. Papel de qualidade para impressão cuidadosa. Na sua massa são incluídas imagens vistas por transparência (contra a luz).

12 INTRODUÇÃO


• Velino: O papel velino, que tem este nome por ter a transparência e o aspecto do verdadeiro velino, é um papel sem grão, muito compacto,liso e acetinado. Preparada para receber manuscritos e impressões para a produção de páginas soltas, códices e livros. • Papel Ilustração: Diz-se particularmente do papel gessado e do lustroso, de superfície muito lisa e compacta, que se prestam oticamente para a impressão de clichês de retículas. • Cartão Duplex: Cartão constituído de duas faces de composição e/ou até de cor diferente. Uma das faces (suporte) fabricada com pasta química branqueada tem uma composição fibrosa e de características superficiais de melhor qualidade, com acabamento monolúcido e eventualmente revestimento em couche. A outra camada (forro), geralmente de maior gramatura, é preparada com pasta mecânica, não-branqueada ou de aparas, proporcionando um produto mais econômico.

Não Revestido • Papel Jornal: A princípio, de superfície áspera, papel de baixa qualidade É fabricado em rolos para prensas rotativas, utilizado apenas em rotativas de jornal. • Apergaminhado: Possui uma qualidade superior, feito de trapos e parte química. No aspecto, imita o pergaminho legítimo. • Papel para impressão em Offset: Papel com bastante cola, de superfície uniforme, livre de felpas e penugem, e preparado para resistir a ação da umidade. Papel mais utilizado principalmente em capas de livros. • Kraft: Papel muito resistente, em geral de cor pardo-escura, usado para embrulhos e sacos. Feito com pasta de madeira tratada pelo sulfato de sódio. KRAFT é o nome genérico dado a um conjunto de papéis, produzidos com celulose não branqueada, normalmente na sua cor natural, parda característica, monolúcido ou alisado, maioritariamente em bobinas, de 40 g/m2 para cima.

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

13


• Cartolina e Papelão: Cartolina ou cartão é um intermediário entre o papel e o papelão, que pode ser fabricado diretamente na máquina ou obtido pela colagem e prensagem de várias outras folhas. Os papelões são compostos de diversos tipos de pastas, segundo a sua finalidade e utilização. Especiais São papéis dos mais variados tipos, que não se enquadram em outras classificações, formando uma classe à parte. Em sua maioria, foram criados para atender exigências além dos papéis e impressos comuns. Os papéis especiais são uma opção mais barata do que as operações de acabamento, tais como plastificação ou envernizamento. • Papel da China: Fabricado com casca de bambu. Apresenta uma cor parda ou amarelada, aspecto sujo, que é proveniente de sua fabricação ao ar livre. Além disso é fino e esponjoso, macio e brilhante. • Papel Japonês: É um papel branco ou ligeiramente amarelado, sedoso, acetinado ao mesmo tempo espesso e transparente. É feito com casca de arbustos da floresta japonesa, de fibras macias, flexíveis, compridas e resistentes. Absorvendo tinta fácilmente. O impacto visual causado por um impresso está diretamente relacionado ao papel. Para obtenção de um produto de qualidade algumas qualidades devem ser observadas em relação a printabilidade: - O comportamento em máquina - A capacidade de tintagem - A capacidade de reflexão da imagem impressa. Além do aspecto visual, deve ser considerada a racionalização do material e o custo para viabilização de projetos gráficos.

Acabamento Quanto a superfície o papel pode ser áspero, liso, macio ou acetinado, prensado.. nos dois ou em um lado só. A prensagem, tanto em calandras quanto em prensas, influi na aparência, na qualidade e, consequentemente, no preço do papel. O papel recebe o acabamento quando passa pelo conjunto de rolos sobrepostos, calandragem.

14 INTRODUÇÃO


Cor As composições dos papéis podem variar, desde os que conservam seu tom natural, aos dos mais diversos tons e cores. Os fabricantes empregam diversos processos para obter papéis de cor.

Peso O papel, ao sair da fábrica, é acondicionado em bobinas, para o uso nas rotativas, ou em resmas para as máquinas planas. O peso é uma indicação aproximativa da espessura e eventual transparência do papel. O peso é dado ao papel durante o processo de manufatura, pois depende do número de vezes que ele passa pelos rolos da calandra. (kg/rema, gramagem).

Formatos Padronizados O formato padrão para o papel, conhecido como ‘formato internacional’ ou DIN, foi calculado para que a folha sempre mantenha sua proporção independente do número de vezes que for dobrada ou cortada. A folha inicial tem 1m2 (A0), na dimensões 841x 1189 mm. Pela divisão sucessiva desta, obtêm-se os demais tamanhos A1,A2,A3.. que sempre serão a metade do anterior e o dobre do seguinte. Padrões : AA (76X112cm) BB(66x96 cm) Existem dois esquemas básicos de corte que norteiam a obtenção do formato final. CORTE AO MEIO: Procedimento de sempre cortar o bloco de folhas na metade de sua dimensão.

CORTE AO TERÇO:

Procedimento que consiste em cortar o bloco em um terço de sua dimensão.

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

15


COR ETAPAS DA PRODUÇÃO GRÁFICA A produção de um impresso envolve, de forma geral, quatro etapas, independente do processo gráfico utilizado. 1. Projetação Ocorre na empresa ou no escritório do designer, devem ser considerados e mostrados o método de impressão, tipo de papel, acabamentos e formatos. -Editoração eletrônica: Grandes volumes de textos e fotos (Adobe InDesign). -Vetoriais: Pequenos textos, desenhos, fotos (CorelDRAW, Adobe Illustrator). -Tratamento de imagens digitais: Predomínio de fotos, fotomontagens (Adobe Photoshop). 2. Pré-impressão Ocorre no birô de pré-impressão, tende a ser gradativamente eliminada devido ao abandono do uso de fotolitos e da digitalização e tratamento de imagens de alta resolução. 3. Impressão Inicia-se com a produção da matriz e termina com a impressão da tiragem determinada, incluindo a prova de contrato. O produto gráfico impresso está pronto para a etapa de acabamento. 4. Acabamento Pode ser dentro ou fora da gráfica, dependendo do porte da empresa. Inclui dobras, refiles, cortes especiais, revestimentos, vernizes, relevos, encadernação etc...

16 INTRODUÇÃO


MÁQUINA PLANA : Impressora cujo papel fica disposto sobre uma base plana, e é alimentado com folhas, com formatos específicos, soltas. Cada torre da máquina equivale a uma cor entre as CMYK ( Ciano, Magenta, Amarelo e Preto) Por exemplo as máquinas de impressão offset. MÁQUINA ROTATIVA: Impressora cujo papel fica disposto em cilindros (bobinas) e todo o processo é rotativo- e, portanto, muito mais rápido.

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

17


MEIO TOM É comum não vermos algumas formas 'preenchidas' por cores chapadas, mas sim por cores repletas de meio-tons. No entanto, não é tão simples reproduzi-los num impresso. Para que isso seja possível, é preciso decompor estes meio-tons em pequenos pontos que, variando de tamanho e cor, misturam-se em nossa visão. Se observarmos com um conta-fios (lente de aumento) uma imagem impressa, notamos que ela é composta por um sucessão de centenas de milhares de pequenos pontos, variando em ângulos, tamanho e forma.

Retículas e o degradê visito ao olho humano

18 INTRODUÇÃO

Retículas CMYK, e sua sobreposição


Tipos de Pontos Essa 'rede' de elementos geométricos é responsável pela composição das cores e dos degradês da imagem e é chamada Retículas. Os pontos que formam a imagem reticulada podem ter diferentes formas. As mais comuns são quadradas, elípticas e redondas. A escolha do formato dos pontos também tem consequências na reprodução correta das tonalidades. PONTOS QUADRADOS: Formam ratículas mais comuns, reproduzindo os meios-tons de maneira satisfatória.

PONTOS ELÍPTICOS: Reproduzem melhor os meios-tons da pele clara ou morena (revistas mais sofisticadas e livros de arte).

PONTOS REDONDOS: Impressos em máquinas rotativas offset do tipo headset de altas tiragens, em cores e com boa qualidade (revistas de bancas). Apropriado para imagens de altas luzes.

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

19


Ganho de Pontos Um dos principais cuidados que o uso das retículas requer é com o efeito conhecido como ganho de ponto, que é a variação da forma dos pontos nos elementos impressos, com o aumento de seu tamanho (perda de detalhes, escurecimento das imagens, degradês que se inviabilizam, textos ilegíveis etc.). As retículas são divididas em três grandes áreas, de acordo com a densidade dos pontos: • ÁREAS DE MÁXIMAS (ou sombras): 75 a 100% da área do suporte, maior quantidade de pontos, mais escuras ou mais carregadas de tinta. Escura x mais tinta. • MEIAS-TINTAS: Entre 25 e 75% da área do suporte, intermediárias entre máximas e mínimas (meios-tons). • ÁREAS DE MÍNIMAS (altas-luzes): Não mais que 25% da área do suporte, ausência ou pequena quantidade de pontos, tons mais claros.

Comparação de imagem reticulada e como vemos

20 INTRODUÇÃO


Lineatura A resolução de uma imagem no computador é definido pela unidade DPI ou PPI. Todavia, nas matrizes de impressão a resolução depende ainda da propriedade LPI, é o número de linhas presentes numa unidade linear. A lineatura se refere à frequência dos pontos que formam a retícula: quanto maior a lineatura utilizada, menores os pontos e bem mas simulados serão os meio-tons, aumentando a definição da imagem.

A relação de DPI e LPI é de 2:1 . Significa que a resolução da imagem em DPI deve ser sempre o dobro da LPI.

Combinação de impressão x suporte é o que determina a lineatura ser usada. Quanto mais porso o suporte (papel jornal, por exemplo) maior a capacidade de tintado ponto de retícula. Se não houver uma combinação perfeita pode-se entupir o papel, criando um borrão, o ganho de ponto.

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

21


60 lpi

No entanto, lineaturas muito altas são difíceis de serem impressas. Os pontos de retícula sofrem alterações de formato na fase de confecção das matrizes e também no momento da transferência da tinta na impressão.

Roseta Para obter maiores resultados, as retículas são posicionadas de modo que os pontos formem um padrão simétrico, que o olho funde em uma cor de tons contínuos. Para isso, as linhas de pontos formadas por cada tinta da quadricromia devem estar dispostas em um ângulo específico para que não confunda o olho humano.

linguagem Post Script definiu uma inclinação padrão para as retículas de CMYK

22 INTRODUÇÃO


Existem diferentes tipos de retícula que podem ser usados em artes gráficas.

AM- Amplitude Modulada (retícula conven-

FM- Frequência Modulada (retícula esto-

-Pontos estão alinhados formando uma distribuição uniforme. -Os pontos variam de forma e tamanho para gerar as tonalidades.

-Os pontos são distribuídos aleatóriamente. -Pontos são microscópios. -Usada em impresso com alta qualidade. -Evita o moiré.

cional).

cástica).

Moieré É a aplicação errada das angulaturas, ocasionando a sobreposição de pontos e conflito de retículas, manchando a imagem. O moiré acontece somente nas retículas convencionais AM.

Foto com impressão correta, e a ocorrência de Moiré

TRAÇO Quando não há meio-tom, temos impressão ao traço. Esse é a propriedade de todo elemento impresso que é formado por uma única tinta uniforme sem variações e, portanto, por uma única cor chapada. Utilizado na produção de desenhos vetorizados na maioria do caso, porém não se aplica o degradê.

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

23


FOTOLITO O fotolito é sempre formado por áreas pretas (para impedir ao máximo a passagem da luz) e outras vazadas (transparentes, para permitir a passagem). É preciso um fotolito para cada uma das tintas utilizadas no impresso, assim como também é necessária uma matriz para cada uma delas. São gerados eletronicamente, diretamente do arquivo de computador que contém o layout, produzido por um equipamento denominado imagesetter, cuja definição mais simples é a que se trata de uma “impressora” a laser que sensibiliza filme ou papel fotográfico em alta resolução.

24 INTRODUÇÃO


CTP O fotolito está sendo substituído, de forma gradual, por processos informatizados de gravação de matrizes: os sistemas CTP (Computer-To-Plate). Produzem as matrizes utilizando feixes de laser, a partir dos dados enviados diretamente pelo arquivo de computador fornecido pelo designer. Atualmente, estão disponíveis três tipos de tecnologias CTP: Chapas Convencionais, Tecnologia Violeta e Tecnologia Térmica. Chapas convencionais: São usadas em sistemas baseados em lâmpadas ultravioleta, com feixes direcionados por fibras ópticas e/ ou micro-espelhos controlados digitalmente. O manuseio e carregamento podem ser automático, semi-automático ou manual, sob luz de segurança. A velocidade de gravação limitada pode ser incrementada com uso de cabeçotes múltiplos. A qualidade de impressão é semelhante à do sistema convencional, sendo uma tecnologia recente, ainda em fase de evolução, contando com poucos e caros equipamentos de gravação no mercado. É uma chapa de fácil adaptação nos processos de impressão, com baixo custo e um grande número de fornecedores. Tecnologia Violeta: Existem diferentes modelos de chapas de haletos de prata para uso com laser vermelho (650-670 nm), verde (532 nm), azul (488 nm) e violeta (400-410 nm). Elas permitem manuseio e carregamento automático ou semi-automático, exceto no caso das chapas violeta, que podem ser ficar sob luz amarela. A alta sensibilidade permite gravação rápida das chapas, mesmo com uso de lasers de baixa potência. O processamento é direto (sem uso de forno), mas exige o uso de processos químicos relativamente complexos. Há a opção de chapas de base em poliéster, para uso em platesseters híbridas. Tratase de uma tecnologia mais amadurecida e testada há anos, que possibilita alta qualidade de impressão, porém contando com um número reduzido de fornecedores de chapa. Tecnologia Térmica: Sem produtos químicos realiza a exposição digital a partir do princípio da “foto-polimerização”. Depois de o laser ter formado a imagem da impressão, à mesma não se vê alterada nem afetada por nenhum processo químico. A chapa processless é uma boa alternativa para trabalhos com tiragem máxima de 100 mil exemplares, sem reim­pres­são. No caso de tiragens maio­res ou de trabalhos que serão reim­pres­sos, as chapas con­ven­cio­nais são mais indicadas porque têm mais resistência física e química.

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

25


MATRIZ E SEUS ELEMENTOS As matrizes podem ser físicas (nos processos mecânicos) ou virtuais (nos processos digitais e em alguns híbridos). As matrizes físicas recebem nomes diversos de acordo com o processo: chapa (offset), cilindro ou forma (rotogravura), tela (serigrafia), borracha (flexografia), rama e clichê (tipografia). Há três marcas fundamentais: as marcas de corte, as marcas de dobra e as marcas de registro. Marcas de corte – Indicadas por traços uniformes, situadas nos quatro cantos da arte-final, determinam as dimensões finais do impresso. Indicam o corte e o refile dos impressos na fase de acabamento. Marcas de dobra – Semelhantes às marcas de corte, porém tracejadas, indicadas fora da margem de corte, indicam a localização das dobras que o impresso terá. Marcas de registro – Elementos com círculos para orientar o gráfico quanto ao registro das tintas de cores diferentes. Também indicam o eventual excesso (ou falta) de carregamento de alguma tinta, evidenciado pela definição da impressão dos fios finos que estão vazados sobre os círculos a traço.

26 INTRODUÇÃO


Barra de controle – Trata-se de uma estreita impressão padronizada, fundamental para que o gráfico possa avaliar a qualidade do trabalho durante o andamento da impressão. Os números vazados ou sobrepostos aos retângulos, além de indicarem a porcentagem do respectivo meio-tom, ajudam o gráfico a equilibrar o carregamento da tinta na máquina. Sangramentos – São justamente o cuidado necessário para que os elementos gráficos que ficarão nas bordas do papel fiquem efetivamente sangrados. São excessos de impressão (no mínimo 3mm) que ultrapassam os limites do formato final do impresso estabelecidos pelas marcas de corte. Faca de corte – Indicação do local onde se deve aplicar o corte especial dentro da área da arte-final, sem prejudicar o restante do material. Formato de fábrica – É a folha de papel tal como é adquirida de fabricantes e distribuidores. Formato de entrada em máquina – O formato de entrada é aquele obtido após o pré-corte (para máquina de porte menor, comum em gráficas pequenas e médias). Margens laterais da folha – É o primeiro elemento que tem de ser considerado na matriz e, portanto, no aproveitamento do papel para a impressão. Cada máquina exige uma margem mínima determinada. Margem da pinça – Em vários modelos de impressoras a alimentação do papel é feita por um equipamento, a pinça. Esta peça amassa, marca ou mesmo suja ou rasga o papel, e por isso é preciso desprezar a área da folha onde ela atua. Área de impressão – É a área do papel onde efetivamente pode se dar a impressão, subtraindo-se do formato de entrada em máquina, as margens laterais, a margem da pinça e a área das barras de controle. Caderno – Quando se trata de um impresso paginado, um livro, uma revista etc., cada uma das folhas impressas é dobrada de acordo com o número e formato das páginas que contém e então três de seus lados são refilados, para que as páginas possam ser abertas Formato aberto/formato fechado – Mesmo que venha a receber dobras, qualquer projeto é impresso aberto, e não dobrado. Para as dimensões que o impresso possui sem estar dobrado dá-se o nome de formato aberto e dobrado, o formato fechado.

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

27


ESCALA DE CORES RGB (Red, Green, Blue): Visualização das cores na tela do monitor por feixes luminosos, cor luz. CMYK (Cyan, Magenta, Yellow, Black): Aequada ao uso de pigmentos para impressão. Cor visivel Cor RGB Cor PANTONE Cor CMYK

Na produção de um impresso sempre converter as cores originais geradas nos programas (em RGB) para CMYK.

• Cor de Seleção: São tintas das cores básicas, Ciano, Magenta, Amarelo e Preto (CMYK)

• Escalas: É o conjunto de diversas cores formadas peas cores •

básicas. ouseja, todas as cores que podem ser criadas a partida da mistura das cores de seleção. Cor de Escala: Conjunto das cores (CMYK) de seleção que juntas, misturadas formam outras (escalas). Uma cor feita a partir das cres de escla (mistura das de seleção).

Especificação das cores de Escala : Indica as retículas, a seerem usadas de cada tinda (CMYK) para a simulação de outras cores. Através de uma porcentagem, definindo a quantidade de pontos de cada cor de seleção para alcanlçar as cores de escala.

Sobrecarga de Tinta: É o excesso dos pontos de uma das quatro cores de seleção que ‘entope’ as retículas então, a quantidade de tinta retirada aumenta o ganho de ponto, gerando imagens borradas e má definidas.

28 INTRODUÇÃO


A sobrecarga de tinta aumenta o risco de rasgos durante a impressão. Para evita-la existe um limite para a soma das porcentagens das cores de seleção, no processo offset, de 260 a 320%. Por isso é comum corrigir as porcentagens, para que todos os meios-tons sejam formados por uma soma dentro do limite aceitável.

Existem dois métodos automatizados para correção de cores, que retiram o porcentual das 2 cores CMY e compensa em porcentual de preto: • o UCR (Undercolor removal, ou Remoção de cores sobrepostas) . Essa atua em áreas de tons neutros da imagem. • GCR (Gray component replacement, ou Substituição do componente cinza), que também diminui o percentual CMY em todas as áres de máximas, sejam elas de neutros ou não.

Cor Especial PANTONE: Utilizada em vários setores de diversos países. Baseada em 14 tintas (incluindo a preta e a branca) que produzem 1.114 cores especiais, consultadas por meio de catálogos disponíveis para compra. Essa possuí uma padronização numérica das cores, que podem sofrer variação em função do tipo de papel. Apenas 45% das cores Pantone são fielmente reproduzidas em quatro cores. Devido a demanda bem abaixo da registrada pelas tintas da escala CMYK e custos um pouco mais altos, é comum que as tintas da Escala Pantone não estejam presentes nos estoques das gráficas. Para isso é utilizado o “Solid to process”, que são tabelas de cores que apresentam conversão via software de cores especiais em CMYK. Esta, por fim, é necessária para visualização prévia de uma cor que será reproduzida com outros pigmentos. PANTONE C – coated (revestido) PANTONE U – uncoated (não revestido) PANTONE M – matte (fosco)

642

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

29


USO DAS CORES ESPECIAIS: 1- Quando existe a necessidade que um impresso tenha cores, mas com custo baixo. Policromia: custos de pré-impressão e impressão vezes 4 ou mais (impressões, fotolitos e matrizes ou chapas). Alternativa : optar por duas ou três cores. 2- Como quinta cor de impressão para o alcance de uma cor impossível de ser obtida por meio das cores de seleção (cores metálicas e fosforescentes).

PANTONE 1777 C R 260 G 99 B 126

PANTONE 1777 PC C: 0 M: 68

Y:28

K:0

HEXACROMIA PANTONE: Utiliza dois tons muito saturados de laranja e verde, ao lado das cores da escala CMYK. Geração de cores mais vivazes e tons que a escala CMYK não tem como alcançar. Custo alto, seis tintas, seis impressões = impressos de alto luxo ou projetos muito especiais.

30 INTRODUÇÃO


Entrada na Máquina: Cada cor utilizada uma impressão separada. No jargão gráfico, cada uma destas impressões é chamada de entrada em máquina. Por isso, um dado fundamental para um serviço de impressão é informar quantas entradas em máquina aquele trabalho requer. Esta informação é dada de uma maneira padronizada:

X/Y

Ele é formado por dois números, separados por uma barra, que indica quantas entradas em máquina (impressões de cada tinta) cada face do papel terá.

• 1/0 (um-barra-zero) = impressão de uma cor numa face e nenhu• • • • • •

ma impressão no verso da folha (um cartaz em preto-e-branco por exemplo). 1/1 (um-barra-um) = impressão de uma cor em cada face da folha (maioria dos miolos dos livros). 2/0 (dois-barra-zero) = impressão de duas cores numa face e nenhuma impressão no verso. 3/3 (três-barra-três) = impressão dos dois lados da folha, com utilização de três tintas. 4/1 (quatro-barra-um) = impressão de quatro cores numa face e de apenas uma cor no verso. 4/4 (quatro-barra-quatro) = impressão de ambas faces em quatro cores. Policromia completa nas duas faces. 5/4 (cinco-barra-quatro) = impressão de uma face em cinco cores e o verso em quatro. Ambas as faces são em policromia, mas a frente leva uma quinta impressão (dourado, fosforescente…) como fator de diferenciação.

INTRODUÇÃO / Manual de Produção Gráfica

31



CAPÍTULO 1 • Processos de Impressão • Relevográficos • Flexografia • Tipografia • Termografia • Xilogravura

• Encavográficos • Talho Doce • Rotogravura • Tampografia • Router

• Planográficos • Litografia • Offset

• Permeográficos • Serigrafia

• Outros

• Impressão Digital • Impressão U.V • Plotter Eletrostática


FLEXOGRAFIA Processo de Impressão Relevográfico

É um sistema de impressão em relevo, realizada mediante a uma matriz em alto-relevo. Os elementos que serão impressos ficam em relevo na matriz e são entitados, imprimindo mediante pressão sobre o suporte. Teve origem no processo de Xilogravura, por se basear no mesmo princípio de carimbo. É realizada por um provesso rotativo direto, com tinta de secagem rápida. A Flexografia utiliza clichés a base resinosa, ajustáveis sobre os cilindros porta-clichês e entinados por um clindro simples ou outro provido de uma racle, que transportam tintas líquidas ou pastosas sobre qualquer suporte. Sobre a matriz flexográfica, flexível e em relevo, produzida em borracha ou fotopolímero. Apresentam baixo custo e alta durabilidade. A matriz pode ser gravada de três formas: Entalhe manual, borracha vulcanizada ou fotopolímero (1.200.000 cópias dependendo da condição da máquina). Porém quando a borracha (clicê) é feita em máquinas planas, o fotopolímero sofre uma distorção natural ao ser colocado no cilintro porta-clicês. Um circulo perfeito, se não corrigida a distorção será impresso oval. A distorção sempre ocorre no sentido longitudinal, nao havendo necessidade de corrigir lateralmente a imagem. Chamada de Squash (Ganho de Ponto) e Trapping (sobreposição de cores).

34 CAPÍTULO 1


VANTAGENS E DESVANTAGENS: • A velocidade de impressão pode chegar a 400 m/minuto. • Os problemas mais comuns no processo de impressão flexográfi-

ca são: squash, ganho de ponto, perda de ponto, falta de cobertura.

• Substratos possíveis para a impressão: poliméricos: BOPP, PVC, PET etc; celulósicos: papéis, cartões, etc; metálicos: Alumínio (mole e duro).

• Alguns exemplos de materiais resultantes desse processo são latas de refrigerantes e embalagens de alimentos (fast food)

• Apresenta vantagens de maior precisão no controle de registro,

menor espaço físico necessário e menor custo de equipamento em relação a uma máquina.

Clicê de borracha posicionada no cilidro de flexografia. Marca Contitech

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

35


TIPOGRAFIA Processo de Impressão Relevográfico

O sistema tipográfico de impressão é o que mais se aproxima da prensa criada por Gutenberg em 1440, pois consiste na montagem de uma matriz em alto relevo. Um sistema de impressão direta A qual é banhada de tinta por um sistema de distribuição entre vários rolos. A tinta é posta no tinteiro, que por sua vez banha o rolo principal. Este irriga outros dois rolos menores colocados em um trilho. Quando a prensa com a matriz levanta, o trilho desliza por debaixo dela, e os rolos lhe transferem a tinta. Quando esta abaixa, carimba o papel corrente efetuando a impressão. É simplesmente a impressão de tipos, ou seja, de letras em variados formatos. A cada nova configuração de um conjunto de letras, forma-se um novo conjunto tipográfico. Cada tipo de letra é utilizado de acordo com o assunto e o objetivo do texto, em livros, por exemplo, o mais adequado é o serifado. Uma das vantagens da impressoras tipograficas é que esta cria linhas nítidas e limpas. Além disso, as impressões são feitas com tinta de alto nível de pigmento , fazendo com que as imagens e escritas fiquem fortes, destacadas no papel . Utilizada atualmente para a produção de impressos simples, populares e de uso generalizado, como por exemplo santinhos, nota fisca, ingressos de show, etc..

36 CAPÍTULO 1


Impressão tipográfica sendo preparada e banhada de tinta manualmente

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

37


TERMOGRAFIA Processo de Impressão Relevográfico

Também chamada de Relevo Americano, é um tipo de im-pressão de imagens e textos em relêvo com o uso de calor. Assim, consiste na cobertura de uma fina camada de tinta úmida com um pó termoplástico que, quando aquecido, torna-se um líquido homogêneo. No resfriamento, o líquido solidifica-se para deixar um acabamento em relevo sólido sobre a área impressa.A termografia é conseguida ainda hoje através de métodos tradicionais de impressão, juntamente com máquinas de termografia. Por alguma razão caiu em desuso, mas dentro das técnicas de gravação continua a ser dos efeitos gráficos mais vistosos e comparativamente, económicos.É um processo que não utiliza solventes, mas um toner que fixa um pó onde a imagem será revelada. O pó passa por uma fonte de calor que faz a sua fusão resultando na imagem.Podendo ser aplicado mesmo em detalhes finos com alta definição, ele pode dar ao seu produto uma aparência de ex-clusividade, dando valor. O Relevo Americano aumenta o impacto de imagens impressas em embalagens, catálogos, literaturas promocionais, capas de livros, convites, entre outros. A impressão termográfica refere-se a duas variações de impressão, sendo que ambos dependem de calor para criar as letras ou imagens em uma folha de papel.

38 CAPÍTULO 1


Térmica Direta: Quando o papel é revestido com um material que muda de cor quando aquecido. Utilizado em modelos mais antigos de aparelhos de fax e na maioria dos recibos de loja. O objetivo é imprimir etiquetas, recibos, códigos de barras, extratos, entre outros. Imprime somente em papel térmico pois ele é impregnado com uma substância química que muda de cor quando exposto ao calor. A matriz é aquecida acima de seu ponto de fusão, o corante reage com o ácido, muda para a forma colorida e esta é então conservada quando a matriz torna a se solidificar com rápidez.

Transferência Térmica: Consiste em depositar por meio de calor emitido pela impressora certa quantidade de tinta termo fusível sobre um receptor. Esse modo permite imprimir com um elevado nível de qualidade sobre todos os tipos de suporte, desde o papel comum ao sintético. Estas impressões se revelam muito resistentes às manipulações, fricções, térmicos, químicos ou climáticos. Adequada para a impressão de etiquetas em meio industrial. Possui aplicações muito diferentes: desde a solução econômica com curta duração de vida, até à solução durável e altamente resistente.

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

39


XILOGRAVURA Processo de Impressão Relevográfico

É um processo de impressão relevográfico, em que uma superfície é entalhada. Sobre essa superfície é passada então uma camada de tinta, e, por fim é posicionado o substrato a ser impresso, e precionado contra a superfície, gerando então, a xilogravura. Existem dois timpos de xilogravura: a de xiogravura de fio e a xilografia de topo que se distinguem através da forma comos e corta a árvore. Na xilogravura de fio (também conhecida como madeira à veia ou madeira deitada) a árvore é cortada no sentido do crescimento, longitudinal; na xiografia de topo (ou madeira em pé) a árvore é cortada no sentido transversal ao tronco. Pode-se descrever a xilogravura como uma espécie de carimbo. Em seu processo, uma gravura é entalhada na madeira ocm o auxílio de objeto cortante e, na sequência, utiiza-se um rolo de borracha embebida em tinta, que penetra somente nas partes onde está a grauvra (entalhe). Então, a parte em que fica a gravura é colocada em um contato com a superfície a ser ilustrada. Após alguns minutos, retirase também chamada de impressão em algro relevo e pode ser feira à base de linóleo (linogravura) ou qualquer superfície plana, também tem sido gravada em peças de azulejo, reproduzindo desenhos de menor dimensão.

40 CAPÍTULO 1


Processo de entalhe na madeira., produzindo o desenho.

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

41


TALHO DOCE

Processo de Impressão Encavográfico

Intaglio ou Talho doce é uma técnica de impressão na qual a imagem é entalhada em uma superfície. O trabalho ainda é bastante artístico e a técnica do profissional gravador é de extrema importância. Talho doce é utilizado até hoje para a confecção de matrizes para impressos de valores (cédulas, cheques, selos etc), geralmente combinado com a rotogravura, na etapa da impressão. Possui excelente qualidade, mas é um processo lento e caro, exigindo grande destreza do responsável pela reprodução do original nas etapas intermediárias. É utilizado basicamente para a produção de impressos de valores justamente por permitir alta definição das imagens e capacidade de reprodução de detalhes microscopicos, dificultando falsificações. Normalmente, são usadas placas de cobre ou zinco e as incisões são criados por técnicas especiais. A matriz é uma placa metálica, onde é gravado um desenho ou uma impressão fotográfica. O papel é levemente umedecido e a impressão pode ser monocromática (tradicionalmente) ou a cores. O processo se dá a partir do revestimento da chapa que pode ser de ferro, cobre, alumínio, zinco ou latão - com um verniz de proteção, seguido da incisão do desenho que se deseja obter, com 48 estilete ou outra ferramenta de ponta metálica, ou através de impressão fotográfica.

42 CAPÍTULO 1


VANTAGENS E DESVANTAGENS: • A impressão obtida a partir do processo • Talho Doce é difícil, praticamente impossível de se imitar por outros meios de impressão.

PROCESSO DE IMPRESSÃO: Na impressão, a superfície entalhada é coberta de tinta, e esfregada vigorosamente com um pano ou papel especial para remover a tinta da superfície, deixando-a limpa e a tinta depositada somente na incisão (entalhe). O suporte a ser impresso (papel) é colocado na parte superior e um rolo aplica uma forte pressão no papel contra a placa, transferindo a tinta para o papel.

APLICAÇÃO: A aparência do Intaglio - Talho Doce é muitas vezes vezes imitada em impressão offset para itens como convites de casamento, dando uma impressão artística diferenciada e exclusiva. Talho Doce foi usado extensivamente para impressão de revistas de alta qualidade, tecidos e papéis de parede. Hoje o Intaglio - Talho Doce é usado amplamente na impressão de papel-moeda (dinheiro), notas, passaportes, documentos notoriais (cartórios), selos alto valor, etc.

Limpando com um pano de linho oleado.

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

43


ROTOGRAVURA Processo de Impressão Encavogrãfico

Rotogravura é o processo de impressão direto que emprega uma matriz cilíndrica em baixo relevo. Para identificar um impresso de rotogravura, observe as bordas de traços finos e letras. Devido à sua característica de gravação, a rotogravura apresenta imagens reticuladas. Na impressão, o clindro é imerso em tinta e o excesso é raspado por uma lâmina e, ao seguir, a imagem é transferida para o substrato. A aplicação é em embalagens e revistas de alta tiragem, além de poder ser impressa em qualquer tipo de substrato flexível.

PROCESSO DE IMPRESSÃO: O princípio da impressão de rotogravura consiste na gravação de pequenos alvéolos na superfície de um cilindro metálico revestido com cromo. Esse cilindro gira dentro de uma banheira com tinta líquida. A tinta então é raspada da superfície do cilindro deixando uma quantidade suficiente dentro desses minúsculos furos ou alvéolos. O substrato a ser impresso (papel, alumínio ou plásticos) é pressionado por um rolo de borracha contra a superfície do cilindro. Então a tinta sai de dentro dos alvéolos e é transferida para a superfície do material que está sendo impresso. A secagem é quase que instantânea da tinta.

44 CAPÍTULO 1


Máquina de Rotogravura

Imprime sobre qualquer tipo de substrato desde que seja flexível (embalagens como cartonagens dobráveis, embalagens flexíveis, papel, alumínio, películas diversas, folhas de rótulos e embalagens. Mas tem mais: é utilizada para imprimir envoltórios, vinil, plásticos diversos, papel de parede, cortinas, toalhas de mesa, azulejos, laminados decorativos, revestimento de pisos e papel-toalha). Campo de aplicação: Embalagens em geral e Editoria (revistas e alguns livros) MATRIZ METÁLICA: Matriz metálica e cilíndrica.Os elementos que serão impressos são decompostos numa retícula de baixo relevo no cilindro metálico. Existem duas formas de gravação da matriz: 1. Gravação química - mais antiga, mas ainda utilizada por algumas empresas. 2. Gravação eletromecânica - mais precisa e a mais utilizada. É feita com a vibração de um pequeno diamante na superfície do cilindro, que fica girando em um equipamento apropriado.

VANTAGENS E DESVANTAGENS: • Imprime sobre diversos tipos de materiais flexíveis (papéis, cartão, alumínio e plásticos em geral).

• Utilizada em embalagens flexíveis e semirígidas - como é o caso de caixas de sabão em pó, por exemplo.

• Também imprime padrões em papel para fórmica e padrões para heat transfer em tecidos.

• Altíssima velocidade e qualidade de impressão.

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

45


TAMPOGRAFIA Processo de Impressão Encavogrãfico

Processo de impressão indireto de baixo relevo (encavográfico) este sistema era visto como uma arte simples de decoração e hoje se tornou um sistema de impressão capaz de imprimir em diversos tamanhos, tipos de peças e materiais. A máquina tampográfica transfere tinta de uma imagem gravada em um clichê para um objeto ou produto a ser decorado; Uso de um tampão de silicone que se molda conforme a forma do objeto. Pode ser plano ou com curvatura. Por uma etapa em que a tinta é espalhada por cima do clichê. Toda essa tinta é retirada do clichê com exceção da que se encontra no grafismo que esta em baixo relevo.O grafismo é transferido para o tampão (transferir a tinta depositada no clichê para a peça a ser decorada.O tampão se move para a peça a ser impressa. E por fim o grafismo é transferido para a peça. É aplicada para impressão em peças fabricadas em plásticos, metais, vidros,madeiras, couro, etc. Sendo utilizado em diversos seguimentos da indústria tais como: eletrodomésticos,eletroeletrônicos, brinquedos, autopeças, embalagens e peças técnicas (escalas,termômetros, instrumentos de medição, mostradores de relógio, painéis indicadores).

46 CAPÍTULO 1


Tampão, que é semelhante à uma almofada. É fabricado de silicone e usado para transferir a tinta depositada no clichê para a peça a ser decorada.O tampão varia de acordo com o material e o formato da peça e com as configurações do grafismo a ser impresso.Ele possui uma medida chamada dureza, que regula qual será a flexibilidade da massa de silicone do tampão. Cada peça pede um tipo diferente de tampão, devido às distorções que podem ocorrer com o grafismo e a pressão excessiva ou ausente, por isso é necessário saber o que se quer fazer para que não haja erros de impressão. O clichê tampográfico é a matriz de onde será gerada a impressão. É gravado em baixo-relevo, com cerca de 5 a 8 mícrons (a milésima parte de um milímetro) de profundidade (esse é um dos motivos pelo qual não é aconselhável o uso de tinta serigráfica, pois o depósito de tinta de sua matriz é de 30 a 50 mícrons, aproximadamente), solicitando tintas de grãos finos. As tintas são composta por Resina, Pigmento e Solvente, conferindo maior cobertura. Há tintas mais adequadas e aderentes para determinados materiais. Há 2 tipos de tintas mais utilizados, Monocomponente: Ausência de catalisador, possuindo uma secagem por evaporação dos diluentes; secagem entre 24 a 30 horas. Bicomponente: Exige catalisador e o processo de secagem é de 48 a 72 horas.

Vantagens e Desvantagens • É um sistema de impressão que permite maior qualidade é muito usado para decorar, personalizare identificar. Apresenta altíssima qualidade de impressão em grafismos e traços finos. Possibilita impressões em superfícies irregulares.

• O processo de impressão contínua, sem necessidade de constantes paragens para acertona qualidade de impressão, permitindo uma elevada produção horária e pode ser em até 4 cores na mesma máquina.

• A máquina para tampografia imprime em qualquer objeto, inclusive superfícies irregulares, basta garantir que a peça não se mova no momento da impressão.

• Não aderência da tinta no substrato, tampão não transfere tinta e impressão apresenta falhas.

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

47


ROUTER

Processo de Impressão Encavogrãfico

Mais conhecido como corte do que impressão, é feita com a Router CNC para fazer cortes em materiais semirrígidos. CNCé a sigla de Controle Numérico Computadorizado, ou Comando Numérico Computadorizado, refere-se ao controle de máquinas ferramentas programáveis porcomputador. É a evolução do NC (Comando Numérico), que diferente do CNC, não necessita de um computador presente no processo, antes era feito com fitas ou cartões perfurados. O nome Router em inglês refere-se às Tupias. São semelhantes as fresadoras, porém tem a configuração de pórtico móvel onde a ferramenta de corte, se movimenta ao longo dos eixos, XYZ. Consegue obter uma área de trabalho maior em relação às máquinas fresadoras comuns, onde a parte móvel é a mesa. Router CNC é um equipamento que possui 3 eixos (x, y e z), o controle dos eixos é todo computadorizado. Para receber o comando é necessário gerar o código G, que é transformado nos movimentos. Informa-se ao programa a espessura do material, qual a fresa a ser utilizada (para cada material existe uma especifica), o avanço dos eixos (que é a velocidade de x e y), e o passo vertical (movimento eixo Z) O processo mais comum de router é de corte, porém também pode imprimir pelo processo de transferência térmica.

48 CAPÍTULO 1


Aplicação e Material MDF, Madeira, Compensado, ACM (Alumínio Composto), Plásticos, Acrílico, PVC Expandido, PS (Poliestireno), PP (Polipropileno), PEAD (Polietileno de Alta Densidade) O Corte Router é aplicado a Comunicação Visual, Cenografia, Artesanato, Marcenaria, Design, Stands, Display, Painéis, entre outros. O corte Router é aplicado a cortes especiais, com formas e curvas, ângulos e vincos, rebaixos e gravações

Design Decor -laboratório-

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

49


OFFSET

Processo de Impressão Planográfico

O offset é um sistema de impressão do tipo planográfico, no qual os elementos de imagem estão gravados sobre uma superfície macroscopicamente plana. O princípio básico da impressão offset é a incompatibilidade recíproca entre a água e substâncias gordurosas, de modo que as zonas impressoras sobre a fôrma atraem a tinta gordurosa (lipófilas) e repelem a água, e as zonas não-impressoras fazem o contrário (hidrófilas). Basicamente a impressão offset se dá em 3 ou 4 passos: geração de um fotolito a partir de um arquivo digital; a gravação da chapa metálica que servirá de matriz de impressão; passagem da imagem para a blanqueta e finalmente, passagem da blanqueta para o papel. A matriz é uma chapa metálica, flexível e fina, projetada para envolver um cilindro de impressão. Feito de alumínio por ser a máteria prima ideal, devido as suas características físico-químicas. Essa é gravada a partir de filmes positivos ou negativos do original a ser reproduzido. O sistema offset apresenta custo unitário baixo para tiragens acima de 3.000 exemplares porém é bastante poluente. Além disso pode ser utilizado para imprimir sobre suportes plásticos e metálicos sendo o processo mais utiizado atualmente.

50 CAPÍTULO 1


Offset Seco (Digital): É um processo semelhante ao offset convencional, com tintas especiais e placas de poliéster, em que as áreas de impressão são em relevo, sem necessitar de nenhum sistema de umidificador. A margem de um ótimo desempenho para a tecnologia do offset seco, é estabelecida entre longas impressões que podem ser executadas sob demanda com apenas 24 horas de antecedência, esta é a maior diferença entre offset convencional e seco. Além de oferecer um grande número de vantagens ambientais a mais que o modo tradicional. Enquanto a tinta do offset convenvional é constituída por uma solução de resinas sintéticas e óleos de secagem mineral, a tinta sem água tem como veículo o óleo de silicone. Em geral essa tinta destaca-se por sua alta qualidade, uma vez que o nível de brilho e nitidez alcançado é muito maior do que com as tintas convencionais.

Máquina de Offset

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

51


LITOGRAFIA Processo de Impressão Planográfico

Litografia é um processo de gravura em plano, executada sobre pedra calcária (chamada pedra litográfica) ou sobre placa de metal (em geral, zinco ou alumínio), granidas e baseado no fenômeno de repulsão entre as substâncias graxas e a água, usadas na tiragem, o qual impede que a tinta de impressão adira às partes que absorveram a umidade, por não terem sido inicialmente cobertas pelo desenho, feito também a tinta oleosa. Litografia é um processo de gravação QUÍMICA, ou seja, o que grava a pedra é a GORDURA e não o pigmento.

• Granitar a pedra (calcária, que veio da Bavária) – É preciso adquirir a textura desejada, ou muito polida ou mais áspera.

• Feito o desenho, passa-se a goma arábica, espalhando-a

• •

uniformamente por toda a pedra com um pano tipo Perfex. Ela não pode acumular em pontos da pedra, é preciso que fique bem espalhada. Derrama-se querosene em cima da pedra, para retirar o pigmento do material usado para o desenho (lápis ou tinta), apenas para uma melhor visualização da imagem que está sendo gravada. Hora de imprimir: a impressão é feita com tinta off-set.

52 CAPÍTULO 1


Processo de imprimir, passando tinta off-set.

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

53


SERIGRAFIA Processo de Impressão Permeográfico

Serigrafia ou silk-screen é um processo de impressão no qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela preparada. A tela (Matriz serigráfica), normalmente de poliéster ou nylon, é esticada em um bastidor (quadro) de madeira, alumínio ou aço. A “gravação” da tela se dá pelo processo de fotossensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotossensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto matriz+fotolito colocados por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotossensível. É utilizada na impressão em variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, tecido. etc..), superfícies, espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. Pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas). A serigrafia caracreriza-se como um dos processos de gravura, determinado de gravura planográfica. Seu princípio básico é relacionado ao mesmo do estêncil, uma máscara que veda áreas onde a tinta não deve atingir o substrato (suporte).

54 CAPÍTULO 1


Tela, Bastidor, Rodo e Tintas • SEDA Possui boa resistência aos solventes, menos à soda cáustica e à água acima de 60°C. Além disso, tem baixa resistência à tensão.

• NYLON É o tecido mais usado. Possui boa resistência aos sol-

ventes e à abrasão mecânica, bem como, à tensão e umidade.

• POLIÉSTER Possui características parecidas ao nylon, apesar de apresentar melhor estabilidade dimensional e melhor resistência à tensão e umidade – não absorve a água como o nylon. Os importados propiciam uma melhor qualidade nos resultados impressos, sendo as melhores marcas de origem suíça.

• METÁLICA São confeccionadas com fios de aço e inox, ou

liga de fósforo e bronze. Usada para impressões industriais à quente, nas quais a tela deve manter-se aquecida durante a impressão. Também é usada na impressão de circuitos impressos. A limpeza é feita com soda cáustica.

Modo de pasar tinta sobre a matriz srigráfica.

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

55


IMPRESSÃO DIGITAL

Em produção gráfica, a impressão digital é um método de impressão no qual a imagem é gerada a partir da entrada de dados digitais direto do computador para a impressora. É vulgarmente conhecida pelo nome da máquina Xerox, porém existe uma diferença entre a impressão digital e xerox: a entrada de dadoos é realizada digitalmente, ou seja, via arquivos de dados, e não pela produlçao de um original em papel. Forma geral, conhecida como impressoras a laser. Hoje equipamentos de impressão digital de grandes formatos contam com resolulções de até 2400dpis e impreimem gráficos e textos com nitidez. Ao longo do tempo a impressão digital foi ganhando espaço no mercado gráfico, conseguindo a mesma qualidade e durabilidade das impressões “offset”, permitindo praticamente todos os acabamentos e encadernações. Os desafios da impressão digital estão focados em reduzir os custos para a popularização de seu uso. Algumas gráficas de vanguarda aprimoraram o seu uso com a técnica de impressão híbrida, parte do material é produzido no tradicional offset e outra em processo de impressão digital, permitindo um impresso de altíssima qualidade e aplicações de personalizações.

56 CAPÍTULO 1


Máquina de Impressão Digital

Vantagens e Desvantagens • Permite a impressão de dados variáveis. • Os ajustes de impressão são mais simples / sem lavagem de máquina, uma vez que não há variação de tom dentro de um mesmo lote.

• As etapas de produção (pré-impressão e impressão) são melhor integradas.

• Provas de impressão são baratas quando comparadas ao offset e são mais fiéis ao produto final.

• Grande parte das impressoras não permitem a utilização de cores especiais (como Pantone e cores metalizadas).

• Vivicidade dos tons: resttitos tanto por conta da menor faixa de tonalidades permitidas pela própria natureza do toner.

• Gerenciamento de cores bem mais complexo. Tal se deve não exatamente a deficiência tecnológicas, mas à falta de familiaridade

• Ausência de custos fixos: para uma cópia ou para mil, o preço por cópia é em teste o mesmo.

• Qualidade da impressão: Ainda que satisfatória, ela é inferior

a processos como o offset e a rotogravura. Em geral, elas apresentam falhas.

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

57


IMPRESSÃO U.V

É um processo de impressão que utiliza uma luz Ultra Violeta para acelerar o processo de secagem da tinta. Pode ser feito por impressão digital, serigrafia, flexografia ou o-set; Por beneficiar fornecedores, clientes e o meio ambiente, foi facilmente considerada como a melhor do mundo. O processo emprega tintas especiais que secam rapidamente após a impressão, graças a uma fonte de luz ultravioleta emitida dentro de um equipamento diferenciado, que é a curadora UV. A impressora através de duas ‘cabeças’de impressão, dispara tinta em um determinado substrato onde é emitida a luz ultravioleta, causando uma reação química e secando o material instantaneamente.

Aplicação Com a tecnologia UV, além de eficiência e alta qualidade de impressão, é possível produzir a impressão tanto em materiais flexíveis, como lonas e adesivos, como em materiais rígidos tais como MDF, PVC, PVC expandido, vidro, acrílico, alumínio ou aço. Como por exemplo em Adesivo, Lona,Tecido, Couro, Papelão, Borracha, Acrílico, Vidro(liso ou jateado), Madeira, Porcelanato, Cerâmica, entre outros.

58 CAPÍTULO 1


Vantagens e Desvantagens • Elevada resistência mecânica e química • Ocorre em baixas temperaturas e rapidamente • Maior durabilidade • Menor distorção das peças • Qualidade superior de impressão(detalhes finos) • Não emite substâncias tóxicas que prejudiquem o meio ambiente

• Ocupa pouco espaço físico (a Digital) • Cores estáveis, brilhantes e intensas • Melhor custo benefício e menor custo de energia em relação aos sistemas térmicos de secagem convencionais

• Ótima opção para tiragens pequenas • Manutenção • Custo(da máquina e a tinta) • Velocidade Módo de impressão U.V

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

59


PLOTTER ELETROSTÁTICA

A plotter eletrostática gera imagens a partir de um padrão de pontos em papel com revestimento especial. Podem ser até 50 vezes mais rápidas que as plotadoras de penas, porém com custo maior. Sua vantagem em relação a plotter de jato de tinta é a melhor definição dos impressos e a maior velocidade dos equipamentos A plotter eletrostática é empregada para a produção de projetos em grandes formatos que exigem maior qualidade de resolução das imagens (em geral até 400 dpi) e, principalmente, grande resistencia a intempéries. É utilizado para a confecção de painéis gigantes de piblicidade fixados em laterais ou fachadas de prédios, com imagem que vai além de 400dpi, letreiros e backlights, banners, display, faixas e outros impressos promocionais também são aplicações deste processo. O papel eletrostático recebe dois tratamentos: Torna o papel condutor de eletricidade, de forma a permitir a dissipação das cargas letrostáticas que ocorrerão durante a impressão. É feito um revestimento a base de óxido de zinco mais outros elementos químicos, de forma a torná-lo fotossensível. O processo ocorre a partir da exposição do papel à luz com determinados comprimentos de onda, definindo a imagem no papel.

60 CAPÍTULO 1


INFINITI SKY 330 SW | PLOTTER

Vantagens e Desvantagens • Alta qualidade em impressos de grandes portes. • Impressões em diversos formatos e tamanhos. Ex: chapas de metal, plástico,papelão e etc.

• Impressora grande (ocupa muito espaço) . • Preço da máquina é superior.

CAPÍTULO 1 / Manual de Produção Gráfica

61


62 CAPÍTULO 2


CAPITULO 2 • Acabamentos • Refile • Dobradura • Vincagem • Cortes com faca especial • Impressões adicionais • Encardenação • Revestimento

CAPÍTULO 2 / Manual de Produção Gráfica

63


ACABAMENTOS O acabamento possui algumas operações básicas (refile, dobraduras,encadernação) e outras específicas.

Refile: Cortes no papel necessários para a finalização do impresso.Por ser uma etapa básica e invariavelmente necessária, o refile sequer é mencionado no item “acabamento”. Pode ter quatro funções, de acordo com a etapa no qual ocorre. Logoapós a saída da impressora é utilizado para: • Eliminar as margens e marcas de impressão na folha de entrada demáquina. • Em lâminas soltas, para separar diversas unidades impressas (cortelinear). • Em impressos paginados, para “abrir” os cadernos após eles serem formados pela dobradura da folha de entrada. • Definir o formato definitivo do impresso, já na etapa final do acabamento.No caso de impressos paginados, é aplicado o refile trilateral: aspáginas são refiladas simultaneamente nos seus três lados, igualando toda a tiragem.Para isso, é utilizada uma guilhotina própria, denominada guilhotina trilateral.

Dobradura: Na determinação do número de dobras, é preciso levar em conta a gramatura do papel utilizado e o equipamento usado pela gráfica (dobras complexas). As dobras mais comuns são as paralelas (viradas para o mesmo lado), as sanfonadas (viradas para lados diferentes, alternadamente) e as cruzadas (uma dobra sobrepõe a outra, ortogonalmente).

Vincagem: O vinco é um sulco aplicado ao papel para facilitar seu manuseio ou a realização de dobras. No primeiro caso, ele é utilizado em capas de brochuras com lombada quadrada, localizado próximo à lombada,

64 CAPÍTULO 2


permitindo a abertura da capa sem forçar o papel. No segundo caso, é usado em papéis de maior gramatura,principalmente quando a localização da dobra é transversal à direção das fibras. O vinco é produzido num equipamento próprio, com uso de uma lâmina arredondada de aço que pressiona o papel.

Cortes com faca especial: Embora o refile seja um corte, este termo é utilizado para aqueles que necessitam de lâminas específicas (não podem ser produzidos nas guilhotinas comuns). Muito adotado na confecção de embalagens para a geração de abas. Recurso expressivo para a valorização de projetos gráficos, inclusive coma inclusão de formas vazadas no papel. Trata-se de um acabamento caro devido a fabricação de uma lâmina deaço com o formato desejado, que é fixada sobre um suporte de madeira: a faca de corte. A lâmina atua por pressão sobre o conjunto de impressos, realizando o corte desejado simultaneamente sobre várias unidades.

Impressões Adicionais: Certos recursos utilizados como elementos adicionais de acabamento são, em realidade, processos de impressão. Custo alto e efeito marcante no layout, em determinados elementos, valorizando o conjunto. Alguns desses processos convertidos em elementos de acabamento são: • Gravação a quente (hot stamping): Processo relevográfico que consegue obter efeito semelhante ao de uma impressão em metal (ouro, prata e outras tonalidades), tanto em relação à coloração quanto ao brilho e à textura. Tem como matriz (apenas traço) um clichê que é pressionado contra o suporte em altas temperaturas. A tinta utilizada – em forma de fitas ou folhas de celofane – se liquefaz com o calor, aderindo por pressão ao papel ou outro suporte, como o couro. Não é recomendável o uso de elementos visuais muito detalhados ou letras serifadas em corpos inferiores a nove pontos. • Relevo Americano (termografia, relevo tipográfico): Impressão tipográfica cujo resultado produz uma textura espessa, com efeito tátil. Esse resultado é obtido imediatamente após a impressão comum, pela adição de pó resinado à tinta úmida. Em seguida, o impresso é submetido a efeito térmico, em estufa, resultando na dilatação da resina misturada à tinta. Seu custo não é baixo.

CAPÍTULO 2 / Manual de Produção Gráfica

65


Encadernação: Em geral é a última etapa do acabamento de impressos paginados.Pode ser classificada em cinco tipos: • Canoa (ou dobra-e-grampo, ou encadernação a cavalo): é a forma maissimples, rápida e barata para a confecção de brochuras. Os cadernos são encaixados uns dentro dos outros, sendo reunidos por grampos na dobra dos formatos abertos. • Com tela: de maior custo e o mais resistente de todos, esse tipo de encadernação inclui, além da costura, a aplicação de uma tela para reunir todos os cadernos, juntamente com a cola. Usado em edições de luxo e em volumes grandes destinados a intenso manuseio (dicionários, bíblias etc.). Número de páginas múltiplo de quatro. • Com costura e cola: As folhas de cada caderno são unidas porcosturas na dobra do formato aberto e só então os cadernos sãoreunidos, lado a lado, com o uso da cola. Mais resistente (manuseio) e de custo maior, adequada para impressos com mais de 200 páginas (múltiplos de quatro), que exijam apresentação mais nobre. • Mecânica: Relativamente barata, consiste na reunião das páginas pelo encaixe dessas em acessórios plásticos ou metálicos por meio de furos. É o caso dos espirais, wire-o, grampo pasta-arquivo, pasta arquivo etc. No layout é preciso prever uma margem interna maior, para que as áreas impressas não sejam perfuradas. • Lombada quadrada (ou brochura sem costura): Utilizando adesivo térmico (hot melt), dá uma aparência um pouco mais sofisticada, por criar uma lombada.O processo é em geral aplicado em equipamento com uma fresa que faz pequenas incisões no dorso da publicação, nas quais penetra a cola derretida.

66 CAPÍTULO 2


REVESTIMENTOS • Plastificação: Seu principal objetivo é o aumento de durabilidade do impresso (daí o uso em capas). É aplicado, por calor e pressão, um filme, em geral de polietileno. Não recomenda-se a aplicação em papéis abaixo de 120g/m2 (enrugamento), impressão de tintas metálicas e papéis ásperos com grandes áreas chapadas. • Laminação fosca: Recurso com o objetivo e efeito semelhante ao da plastificação, porém com maior aderência. A laminação fosca tem sido largamente utilizada por propiciar um acabamento discreto, resistente, elegante e de baixo custo (BOPP). Tende a diminuir a vivacidade das cores e a prejudicar a definição de elementos pequenos e detalhados (como letras abaixo de corpo 8). • Vernizes: A aplicação de verniz pode ter como objetivo efeitos gráficos (criação ou destaque de elementos do layout), valorização do impresso (proporcionada pelo brilho, a lisura e avivamento das cores), à abrasão (rasura) etc

• Verniz de máquina (verniz offset): É o mais barato e consiste numa impressão adicional realizada com matriz semelhante à usada na impressão das tintas. Barato, simples e rápido, tende ao amarelamento e baixa resistência à abrasão. • Verniz U.V.: Necessita de equipamento apropriado, com matriz específica em nylonprint (de alto custo) e estufa de luz ultravioleta. É um recurso muito utilizado sobreposto apenas a alguns elementos gráficos impresso sobre papel fosco, dandolhes destaque, ou mesmo como uma forma de impressão sobe fundo homogêneo, “criando” a imagem apenas pelo brilho e textura do verniz e pela cor da tinta.Este recurso é denominado verniz localizado, verniz de reserva ou verniz em reserva. • Impressão em relevo: Obtido pela pressão de uma matriz e umcontramolde que moldam o papel, é utilizado para dar destaque aelementos impressos do layout. • Relevo seco: Recurso idêntico à impressão em relevo, porém sem o uso de impressões. A imagem é formada apenas pelo relevo obtido por pressão da matriz e contramolde. O relevo seco, é trabalhado sem a utilização de qualquer tipo de tinta, pumaprodução simples.

CAPÍTULO 2 / Manual de Produção Gráfica

67


EFEITOS SOBRE O PAPEL: • Gofragem: Forma de dotar o papel liso de fábrica com texturas específicas, por meio de sua prensagem por duas calandras, sendo uma delas com a textura desejada. • Serrilhado: Pequenos cortes na folha de papel ajustados e utilizados para a produção de itens destacáveis (canhotos, cartões-resposta etc.) e também como etapa preliminar para dobraduras em papéis de alta gramatura. Produzidos em equipamentos próprios. • Picotes: Também utilizados para itens destacáveis. O picote consiste numa perfuração do papel de maneira que os pequeninos furos, lado a lado, formem uma linha. Seu destacamento costuma ser mais eficaz do que o serrilhado. Produzidos em equipamentos próprios.

Técnica de Gofragem

68 CAPÍTULO 2


Máquina de verniza localizado

CAPÍTULO 2 / Manual de Produção Gráfica

69



CAPÍTULO 3 • Check List de Informações Gráficas.


Check List para uma boa impressão 01 - Não utilize cores RGB, use sempre CMYK ou cores especiais. 02 - Salve sempre suas imagens/fotos em TIF. 03 - Salve gráficos e vetores em EPS. 04 - Confira a resolução. Para impressão offset o ideal é 300 dpi. 05 - Envie o arquivo final para gráfica em TIF, EPS ou PDF. Procure não enviar em arquivo aberto. 06 - Cuide para não escrever muito perto das bordas. Faça uma área de proteção (5 mm). 07 - Lembre-se de sangrar seus arquivos (5 mm). 08 - Indique com linhas (de 3 mm) as marcas de corte. 09 - Indique com linhas tracejadas (de 3 mm) o local das dobras. 10 - Antes de iniciar o trabalho pense no tipo de papel que irá usar e consulte o fornecedor gráfico para saber se as características do mesmo são compatíveis com o seu trabalho. 11 - Antes de iniciar o trabalho confira a tabela de aproveitamento de papel (de acordo com a gráfica que irá imprimir) e tente adequar seu trabalho a este formato. 12 - Peça para o cliente fazer uma correção detalhada do material final a ser impresso. Isso diminui a porcentagem de erros e diminui sua parcela de culpa no caso de algum erro. 13 - Envie sempre prova do seu trabalho com as últimas modificações e de preferência no tamanho 1:1. 14 - Envie todas as fontes usadas com suas devidas famílias (ex. bold, itálica, etc.). 15 - Elimine todos os objetos que estiverem fora da página ou que não devam ser impressos.

72 CAPÍTULO 3


16 - Envie somente os arquivos que devem ser impressos. Não mande arquivos com páginas em branco ou com páginas que não devem ser impressas. 17 - Deixe e-mail ou telefone de contato com a gráfica. 18 - Anote qualquer observação que for necessária no seu trabalho, tais como: camada para silk, número de cores, cores especiais, corte especial, etc. 19 - Simplifique seus arquivos, evite usar blends, lentes, transparências, patterns, máscaras, etc. Caso utilize alguns destes efeitos, converta-os em vetor. 20 - Evite rotacionar ou mudar o tamanho das imagens nos programas de ilustração ou de paginação, faça isso nos próprios programas de edição de imagem (ex. Photoshop). 21- Não amplie suas imagens, escaneie de novo caso você precise em um formato maior, quando você amplia elas na verdade está perdendo resolução e com isso qualidade. 22 - Marcando as opções bold e/ou itálico para fontes pode funcionar para a tela ou impressão em baixa resolução mais quando a impressão for em alta resolução pode não funcionar, você deve ter certeza de que tem a fonte que quer usar e sua respectiva família. (ex. usar Helvetica e Helvetica Bold funciona pois existe esta fonte correspondente, agora usar Futura Black e depois selecionar a opção Bold não irá funcionar pois não existe a fonte Futura Black Bold, neste caso você deve usar a fonte Futura Extra Black). Isso também resolve-se transformando as fontes em curvas. 23 - Indique os locais de verniz localizado com 100% de uma cor pura em uma página separada. Especifique bem que aquela página é referente a aplicação de verniz e deixe claro a que página ela deve ser aplicada. 24 - Indique o formato das facas especiais com uma cor pura (magenta, ciano ou amarelo). Evite o preto neste caso. 25 - Lembre-se que a faca de corte é feita com uma lâmina torcida no formato solicitado. Portanto, enquanto mais simples menor o custo e as chances de erro.

CAPÍTULO 3 / Manual de Produção Gráfica

73


26 - Caso o trabalho requeira alguma faca especial, procure não colocar nada muito perto da margem de corte. 27 - Depois do trabalho impresso você (e seu cliente) tem o direito de ter de volta o fotolito e a faca de corte. Você pagou por eles e pode querer utilizar no futuro. 28 - Nem todas as gráficas trabalham da mesma maneira com todos os materiais. Por isso, a cada novo trabalho procure fazer orçamentos em outras gráficas. As vezes uma gráfica que trabalha bem e barato com corte especial não consegue reproduzir com precisão as cores. Pesquise sempre. 29 - Ao realizar um trabalho impresso pense no processo inteiro, desde a sua criação, envio de arquivo, impressão, distribuição, local de distribuição, manuseio e descarte. A preocupação com o processo é a principal característica de uma arte-final bem realizada.

74 CAPÍTULO 3


CAPÍTULO 3 / Manual de Produção Gráfica

75



CAPITULO 4 • Orçamento peça gáfica • Email para gráfica


Peça Gráfica Para a impressão de um produto gráfico em Florianópolis existem diversas empresas localizadas principalmente fora da ilha. Mesmo não tendo que reproduzir esta peça gráfica, foi mandado um email para o orçamento de um folder com as seguintes características: Veronica Magno de Moraes < vevemagno@gmail.com > Boa tarde, Peço a gentileza de orçamento para o seguinte material: > Folder, 4x4 cores, formato A4, 2 dobras paralelas verticais, papel offset 120gr > Quantidade 1.000/2.000/3.000 > Importante: na capa (primeira dobra) do folheto, há uma janela (corte vazado) na parte de baixo no formato de 6cmx 3cm Aguardo orçamento e agradeço desde já. Att. Veronica Magno

Foi possível receber o retorno de duas gráficas: Gráfica Natal Editora Ltda, gráfica localizada em Capoeiras, com modo de impressão em Offset. Eliziane Silva Comercial (48)3244-0058

Prezado(a) Cliente, Vimos, por meio desta, apresentar nossa proposta orçamentária para a confecção do(s) servico(s), conforme especificações abaixo : orçamento número : 081203. • 1.000 Impressão Folders 29.7x21cm, 4x4 cores em Offset 120g. SAÍDA EM CTP. Prova Contratual Impressa. Faca Especial, Corte/Vinco, Dobra= 2 paralelas. Total: R$ 790,00 Unitário: 0,79 Pgto: A combinar Entrega: A combinar • 2.000 Impressão Folders Idem item anterior Total: R$ 1.030,00 Unitário: 0,515

Pgto: A combinar

Entrega: A combinar

• 3.000 Impressão Folders Idem item anterior Total: R$ 1.269,00 Unitário: 0,423 Pgto: A combinar Entrega: A combinar

78 CAPÍTULO 4


Gráfica Rocha/SC, localizada na Palhoça. com modo de impressão igualmente em Offset Vimos através desta apresentar nossa proposta orçamentária para a confecção do(s) serviço(s) conforme especificações abaixo : Validade da proposta: 5 (cinco) dias. Ítem(ns) solicitado(s) do orçamento nro : 174235. • 1.000 Folders 21x29.7cm, 4x4 cores, Tinta Media 4 Cores em Couche Fosco Comercial 250g. CTP. Prova por e-mail. Corte e Vinco=1 Img , Faca Especial, Dobra Manual= 2 paralelas. Total: 1.484,30 Unitário: 1,4843 Pgto: 28 dias • 2.000 Folders Idem item anterior Total: 2.154,20 Unitário: 1,0771

Pgto: 28 dias

• 3.000 Folders Idem item anterior Total: 2.728,20 Unitário: 0,9094

Pgto: 28 dias

Atenciosamente, Andresa Oliveira | Atendimento (48) 9991-8101

CAPÍTULO 4 / Manual de Produção Gráfica

79



GLOSSÁRIO • Palavras utilizadas no texto com ilutrações


Arquivo Aberto: Termo utilizado para arquivos de computador em formato nativo do programautilizado para criação do trabalho. Ex: .CDR, .PM6, .AI, .PSD etc. Arquivo salvo no próprio programa criado como por exemplo arquivos de PageMaker/InDesigner, QuarkXpress, Illustrator ou CorelDRAW. Arquivo Fechado: Termo utilizado para arquivos de computador em formato nativo da impressora onde este será impresso. Ex.: PS, PRN, PDF etc. Arquivo salvo para uma impressora PostScript com todas as configurações de saída de filme, lineatura etc. Birô: É o trabalhador de um local que realiza impressão digital. Bobinas: Grande rolo de papel contínuo, para impressões tipográficas de grande tiragem. Brochuras: Encadernação simples, na qual os cadernos são cosidos ou colados na lombada de uma capa mole. Capitular: Caracter em caixa alta, utilizado no início de um texto, sendo de corpo superior ao do texto. Conta-fios: Pequena lupa de grande aumento, desdobrável, montada sobre uma peça dobradiça, bastante usada na indústria têxtil para observar os fios de um tecido e em tipografia para verificar detalhes de impressão Conta fios

82 GLOSSÁRIO


Estêncil

Check- List: Enumeração do conjunto de acções a desenvolver por forma a atingir determinado objectivo com a máxima eficiência. CMYK: Seleção de cores primárias utilizadas para produções impressas., cujas cores são C (Cyan, ciano), M (Magenta) e Y (Yellow, amarelo), mais o canal adicional K (preto). É o mais usado em impressos de papel. As cores da quadricromia. Cor Especial: Tinta de cor diferente das cores de impressão básicas. Pode ser obtida com as misturas das tintas de impressão. Ex.: Pantone 485C, Ouro, Prata. Couchê - Tipo de papel que contém gesso em sua massa, com textura muito fina e bem brilhante. Coat (Revestimento): Diz-se de todo material depositado sobre uma superfície (verniz, tinta etc), para melhorar a qualidade de impressão. Colfão: Inscrição que pode estar no fim ou início do livro e que contém a informação sobre título, autor, editor, gráfico, tipografia, local e data de impressão, entre outros. Densidade - Medida do grau de escurecimento do filme, papel fotográfico ou tinta impressa. Display: Peça Promocional e de merchandising que exibe uma mensagem e um produto no ponto-de-venda.Peça de propaganda ou promoção de vendas, impressa sobre cartão ou papelão ondulado, exibida em pontos-de-venda para chamar a atenção. DPI (Dots Per Inch): Pontos por polegada. Unidade de medida de resolução. Estêncil: Folha recortada de modo que, ao ser aplicada sobre uma superfície lisa e passando-se tinta por cima passando da matriz, se obtêm a gravura desejada.

GLOSSÁRIO / Manual de Produção Gráfica

83


Folder com 3 dobras

Escala de cores: Tabela impressa que contém as diversas combinações de tonalidades de cor Filete: Traço ou conjunto de traços, de espessuras variáveis que se usam na composição gráfica das páginas. Folder / folheto: Impresso constituído por uma única folha , com uma ou mais dobras Fotolitos: Pedra ou placa de metal com imagem reproduzida por fotolitografia para impressão ou transporte. Fonte: Arquivo de computador que possui a descrição matemática de um determinado tipo de letra. A partir desta descrição matemática pode escalar este tipo para qualquer tamanho imaginável. Gramagem: (grama+agem) Tip Peso em gramas de um determinado papel que serve como termo de comparação com outros papéis. Utilizado para definir a espessura de uma folha de papel, em g/m2 (gramas por metro quadrado), ou seja, quanto mais pesado é o papel, maior sera sua espessura. Lineatura: Medida que define a resolução de reticulas usadas em fotolitos, relacionando as distâncias entre pontos. Ex.: 150 linhas, 133 linhas, etc. LPI (Lines per Inch): Linhas por polegada. Unidade de medida por lineatura, resolição das retículas.

84 GLOSSÁRIO


Marca de corte: Marcas especiais que indicam como o trabalho deverá ser cortado na gráfica, no processo de acabamento do material. Offset: Processo de impressão baseado em cilindros de borracha para transferência de tinta para o papel. Atualmente o mais utilizado. Pixel (Picture Element): Menor unidade de uma imagem digital. Postscript: Linguagem de programação usada para descrever imagens gráficas. Criada pela Adobe Systems , é utilizada pela maioria dos fabricantes de equipamentos profissionais de editoração eletrônica. JPEG/ Joint Photographic Experts Group: O JPEG é um dos formatos mais usados em arquivos digitais por sua alta taxa de compactação, isso faz que seus arquivos tenham tamanhos pequenos. Esse método descarta certas informações gravadas na imagem, fazendo diminuir drasticamente o tamanho do arquivo. Knockout: Um termo de impressão que se refere á técnica de prerarar a separação de cores para que reserve uma área transparente no filme. Isso ocorre geralmente na área em que uma cor se sobrepõe a outra e só uma deve imprimir. Margem Pínça: Zona com cerca de 1,5 cm na margem da folha de papel que será agarrada pelas pinças da máquina de impressão. Moiré: Padrão de interferência criado pela justaposição de duas ou mais estruturas geometricamente regulares e repetitivas. Quando ocorre entre retículas de impressão, causa um efeito visual de “ondas” ou “ilhas” onde se esperaria uma cor chapada.

Resma de papel (bloco)

GLOSSÁRIO / Manual de Produção Gráfica

85


Pantone: Padrão de cores muito utilizado em artes gráficas como referência para impressão. PostScript: Uma linguagem de programação especializada para visualizaçãode informações, ou uma linguagem de descrição de páginas, originalmentecriada para impressão e posteriormente modificada para o uso com monitores (‘display PostScript’). Resma: É uma tradicional unidade de medida para contar folhas de papel, exclusivamente de 500 folhas (que é igual a 20 ‘mãos’, uma mão é igual a 25 folhas) Refile: Refile é uma das etapas finais do processo gráfico e é considerado um tipo de acabamento. Retículas: Aparelho semelhante usado em fotogravura, interposto entre a objetiva e a chapa, que torna possível a reprodução dos meiostons pela decomposição da imagem em inúmeros e pequeníssimos pontos. RGB: (Red, Green and Blue) Sistema de cor utilizado em monitores.

Conta fios e catalogo de cor Pantone

86 GLOSSÁRIO


Máquina para o refile

Squash: Termo para o ganho de ponto da easticidade do sistema de impressão da flexografia. O clicê feito de borracha é deformado quando colocado ao cilindro, então as retículas se esticam e aumentam de tamanho, deformando a imagem. Tiragem: Número de exemplares de uma edilçao impressos de uma só vez. Trap/Trapping: É o encaixe que existe entre cores adjacentes no fotolito. Quando geramos um fotolito, áreas de cores adjacentes podem ficar milimetricamente justas que é inevitável para a gráfica realizar a impressão sem que apareça um filete branco entre elas (falta de registro). Verniz: Espécie de tinta de acabamento superficial do impresso que pode ter ou brilho ou textura fosca, com ou sem aroma. Vetor (ou curvas): Um formato de imagem eletrônico ou legível pelo computador, que incorpora uma fórmua matemática de representação de arte em traço, linhas e áreas. O formato de vetor, usado durante o processo de ampliação ou redução. mantêm a qualidade das imagens e facilita modificações.

GLOSSÁRIO / Manual de Produção Gráfica

87


REFERÊNCIAS: LIVROS E ARTIGOS OLIVEIRA, Marina. Produção Gráfica para Designers. Rio de Janeiro: 2AB, 2002. Livro Flexografia: Princípios e Práticas – Editado pela FTA/USA nos idiomas Inglês e Espanhol. Tradução e Coordenação Técnica: Sérgio Vay/Diretor Técnico de Recursos Humanos e Treinamento da ABFLEXO/FTA-BRASIL Colaboração: Assis Kavaguchi/Brylcor Ind e Com de Tintas e Vernizes Ltda Biblioteca George J Parisi/ABFLEXO/FTA-BRASIL Denis Niubó/Praxair Surface Technologies Edson Rabelo do Carmo/ Máquinas Ferdinand Vaders S/A Escola SENAI Theobaldo de Nigris / Biblioteca Fernando J Bortolim/Gutenberg Máquinas e Materiais Gráficos Ltda Jorge Fumio Kurossu/Takano Reprografia e Embalagens Ltda Produção Gráfica (Português) Capa comum – 20 mar 1999 por Lorenzo Baer (Autor) Produção Gráfica. Arte e Técnica na Direção de Arte (Português) Capa comum – 1 jan 2012 por Antonio Celso Collaro (Autor) Novo Manual de Produção Gráfica (Português) Capa comum – 17 set 2012 por David Bann (Autor) Produçao Grafica Arte E Tecnica Da Midia Impressa. Por Antonio Celso Collaro

SITES Processos de impressão disponiveis em: http://pt.slideshare.net/chsamorim/sistemas-de-impresso https://www.printi.com.br/blog/os-processos-de-impressao-e-suascaracteristicas http://pt.artsentertainment.cc/Art/Fontes-da-arte/1009019608.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Xilogravura http://pt.abcassistant.info/article/as-vantagens-da-impressolitogrfica

88


http://sellerink.com.br/blog/tag/talho-doce/ http://www.fernandocaparroz.hpg.ig.com.br/offset/ impressaooffsetoficial.htm http://www.girafamania.com.br/artistas/pintura-litografia.htm http://www.mhariolincoln.jor.br/ www.rotogravura.com Introdução, papel, cor, escrita disponiveis em: http://design.blog.br/design-grafico/tipos-de-papel http://www.fiesp.com.br/download/publicacoes_ http://www.designculture.com.br/o-que-e-producao-grafica/ http://www.producaografica.com/home http://www.designculture.com.br/o-que-e-producao-grafica/ https://issuu.com/patrickfcm/docs/tcc_patrick http://www.aplike.com.br/down/processos_impressao.pdf

Manual de Produção Gráfica

89


Edição Única Fonte Domine (Texto) Antônio e Bitter (Título) Esphimere (Legendas) Produção em papel Offset 90 g/m2 Impresso na PostMix e Duplic Digital -Novembro 2016-

90


a partir das aulas d e design n a UFSC, com o s professores Israel de Alcântra e Luciano Castro.

Manual de Produção Gráfica

91


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.