É no contato com as mais variadas expressões do sofrimento psíquico,
vivido cotidianamente na clínica, que nos inquietamos a ponto de querer
emprestar a esta experiência a forma de um texto.
Assim, nos perguntamos: o que determina que certos sujeitos sejam sugados
pelo ideal e adoeçam gravemente, enquanto outros mantêm com
ele uma relação capaz de fazer brotarem daí manifestações humanas
menos violentas?
Na tentativa de compreender essas questões, a autora busca – dentro das
engrenagens da metapsicologia freudiana – circunscrever o campo do ideal
em relação às suas condições de possibilidades, seu desencadeamento e
suas consequências.