Memórias Construídas
Um olhar restaurado para uma nova educação
Via Cultural - São Paulo - 2012
2
Pedagogia da transformação . As variadas formas de conduzir a relação educativa, envolvendo conhecimentos . e práticas, formam-se constantemente em sintonia com os contextos de mudança individual e social. Por isso, na realidade em que vivemos, a apreensão de um tempo que pode ser sentidoem seu fluir cada vez mais acelerado- porque as coisas ao redor tendem a não permanecer, devido em grande parte à renovação constante das trocas mercadológicas e à mutabilidade das inovações tecnológicas -, leva a pensar que o passado perdeu o lastro de significação com o presente. Mais do que isso, chega a gerar a sensação de que não temos em nossas mãos os meios de fazer surgir o novo, nem o controle ou a responsabilidade sobre o que nos acontece. Esse estado de sentimento atinge em cheio o desenvolvimento da criatividade cultural, reduzindo o campo de nascimento do possível. Para alterar essa sensação, e também o cenário, é preciso acentuar que além dos espaços formais - e eprimordiais - de relação educativa, o ensino e a aprendizagem ocorrem no dia a dia e não prescindem da memória, da perspectiva histórica, da experimentação e da atividade construtiva e pr´tica todas a ampliação da criação, da liberdade e da autonomia de cada indivíduo - e principalmente dos jovens, que iniciam o estabelecimento de sua visão de mundo e a descoberta de variados itinerários profissionais.
O Projeto Memórias Construídas, desenvolvida pela Via Cultural com a parceria do SESC São Paulo, realiza atividades educativas e de valorização pessal envolvendo jovens entre 14 e 21 anos, na intenção de agregar valores e possibilitar, acima de tudo, a criação de relações - de autoconsciência, de convivência e pertencimento - com uma coletividade digna e substantiva, na forma de uma pedagogia de transformação. A pedagogia a que se dedica o SESC é feita de relações que são estabelecidas em cada ação cultural, de maneira qe permita ao público ampliar as condições de apreensão e disseminação de valores e informações, a favor do aprendizado, da capacidade de abstração, elaboração e leiura da realidade. Com esse entendimento, o SESC sublinha que as relações educativas são um bem primordial e que as experiências daí advindas buscam a transformação. Uma transformação que também coloca em primeiro plano a ‘’vocaçãopara o ser mais’’ de cada um de nós, como ensinou Paulo Freire. Danilo Santos de Miranda Diretor Regional do SESC São Paulo
3
4
Um projeto de Memória, resgate e construção Memórias construídas - 2012 - São Paulo, Brasil, América Latina. Estamos em São Paulo, mega cidade, plural, mas seccionada e apartada em zoneamentos de contenção. Códigos, fronteiras, linguagens, ocupações. A vida acontece em movimento fracionado entre conduções e metrôs, musica e pânico, cansaço e espaço virtual. É no território urbano de onde saem decisões que mudam os nomes e o tamanho das doenças sociais que destroem nosso sistema ético, físico, emocional e ambiental. Mas também é dele que pode ser feita a curadoria do novo comportamento e da cartografia de ocupação afetiva em processos econômicos e sociais. O meio ambiente urbano é um território que, se reconquistado através dos olhos da semiótica e revisto culturalmente, criará um novo mapa contemporâneo. Os adolescentes e jovens do Projeto Memórias Construídas - projeto de inclusão e construção pessoal através da arte e do restauro criado pela VIA CULTURAL com realização do SESC SP, parceiro desde 2008 - são convidados a participar de um processo de despertares do coração e da imaginação, para disseminar a construção de um novo contexto urbano, ou melhor, humano. Acredito que a acessibilidade a oportunidades educativo-culturais deve se iniciar na inclusão seja territorial, intelectual, afetiva e técnica, como psíquica, econômica e ambiental. O início dessa disseminação prevê o contato com vivências experimentais e a promoção do auto conhecimento. O fomento da discussão, teoria e práticas apresentadas neste curso possibilita aos participantes, a utilização da memória simbólica na construção do indivíduo social e da emancipação da própria história e repertório.
O Projeto Memórias Construídas, afeta a partir da restauração do olhar para com o mundo exterior e da consciência de si mesmo, levando a uma discussão de retomada de território (ocupação como processo de pertencimento). No momento em que ele, aluno, como indivíduo, se sente «pego» - em um processo de descoberta quase lúdica de encantar-se - surge como ponto de partida o imaginário onde, através da memória afetiva, consegue nutrir sentidos e expectativas. A arte de criar novas relações a partir deste momento inicia um reconhecimento glocal para “quebrar” a visão de “lugar nenhum” e de «indiferente». Passando pela primeira etapa de apropriação simbólica - fazer parte de um novo grupo e postura diante das coisas cotidianas transformamos aos poucos as técnicas de artes visuais e plásticas, teatro, restauro, história, ética e cidadania em linguagem de acesso que ao serem desenvolvidas e compartilhadas, incitam a reconstrução de pontos de referência onde, a formação da nova memória cultural torna possível a introjeção, compreensão e realização das expectativas como parte do processo formador. O território pode ser salvaguardado e conduzido uma vez que, transformado para além de ruas, avenidas, lixo, pó, trabalho, morada e gente desconhecida, a ser caminho, reciclagem, ofício, profissão, comunidade e identidade. Agradecemos ao SESC, a todos os parceiros, amigos e colaboradores, sabendo que juntos estamos contribuindo num esforço conjunto para novos meios de pedagogia cidadã. Anna Lucia Marcondes VIA CULTURAL 5
Considerações iniciais e espinha dorsal O ser humano como obra de arte e a cidade como espaço do entorno. “O mundo da obra de arte e o espaço do comum”, de Alberto Tassinari, cita: “é por sinais do fazer que a obra está conectada ao espaço do comum em comum. (...) A obra toda passa a ser, então, a obra e suas vizinhan ças”. Nossos jovens são a obra de arte da nossa cidade. Memórias Construídas propõe um processo de aculturação e apropriação de identidade ala vancado na restauração de patrimônio histórico como portal de entrada na capacitação técnica para resgate da autoestima e inclusão no mercado de trabalho. O processo rompe uma avassaladora transformação do olhar. Oficinalmente, um olhar restaurado para uma nova educação, distribui um conteúdo técnico, prático, teórico e criativo. Conte údos de matemática e química permeiam o dia-a -dia com pintura e fotografia, se complementando. Buscar fora requer antes buscar dentro..
6
História da arte, da arquitetura, da cidade e cidadania INÍCIO DO CAMINHO: Patrimônio imaterial. História como ponto de partida para a compreensão da semiótica social e dos processos de linguagem e cultura. A arte como espelho da passagem do homem, seus costumes, valores e necessidades. Arquitetura como organização espacial deste homem e marca temporal. A história da arte e arquitetura como história da cidade-le vando à constituição, origem, aculturação, política, crescimento e processos migratórios chegando à questão da cidadania como empoderamento e consciência de um papel a desempenhar. Conhecer a história cria raízes. A história da cidade, o resgate da memória comum e a apropriação da identidade miscigenada, abrem o repertório criativo e imaginário, inserido na metodologia deste curso. Estender olhares através dos recortes estéticos e vivências experimentadas, estimulam o caminho a ser pensado e construído.
7
Primeiras impressões O universo da Arte sempre me encantou. Desde os três anos de idade comecei a desenhar, antes mesmo de saber exatamente o que era uma linguagem. As possibilidades que isso me dava para me expressar eram imensas e, como um bom japonês, sempre tive dificuldade para me comunicar. Isso gera uma contradição, um japonês com dificuldade de se comunicar hoje atuando como educador. Sou formado em Artes Visuais e a partir do ultimo ano da faculdade comecei a me aventurar nesse universo da arte educação. Conheci muita gente e trabalhei por diversas instituições. Acabei por descobrir a possibilidade que esse contato com o público abria para a construção de um conhecimento em conjunto. A Via Cultural aparece como a minha primeira experiência com um ensino continuado dentro do universo da arte. Através dessa aula de história da arte, poderei aprofundar melhor dentro do universo que os adolescentes vivem e trazer um paralelo entre o passado e o presente. Creio que estamos à margem e que ainda estamos plantando uma semente que florescerá e poderemos colher os frutos de uma educação informal com o passar dos anos. Prof. Leandro Watanabe - Professor de História da Arte
8
Memórias construídas e libertadoras A arte tem uma caráter subversivo que a faz grande, livre e libertadora. A arte educação tem um alcance que está além das fronteiras da transmissão de conhecimento. Extrapola os limites da mente, do corpo e está impregnada de história de um povo, de traços reveladores de sentimentos e anseios de uma sociedade. Utilizar a arte em suas diversas faces para sensibilizar e levar a sensação de liberdade que todo artista possui se converte em uma ferramenta, mais que pedagógica, transformadora. O exercício de restauração por conseguinte se traduz na retomada desta liberdade esquecida e ultrajada. Na percepção de que mesmo aparentemente inutilizada, a obra de arte pode recompor-se e voltar a encantar. Assim como a obra, o artífice desta façanha assume uma função que transcende as dimensões do trabalho e assume a responsabilidade e nobreza das missões.
Prof. Sócrates Magno Torres - Educador Social
9
Restauração Nas mãos, a apropriação da técnica. Nos olhos, a sedução do entendimento, a clareza da observação, a visualização da importância da comunicação com o universo tangível da história e da memória. O ato de ser um agente transformador e recuperados da história da cidade, da arte e arquitetura de seu interlocutor - o homem que a ocupa - cria um território de múltiplas possibilidades de mudança interna e externa - restauração cognitiva, emocional, pessoal, coletiva. As principais ferramentas de um restaurador é seu próprio corpo, a sensibilidade por ele desenvolvida, sua consciência, sua concentração, criatividade, dedicação, poder de investigação. O processo pretende disseminar a capacidade de construir um repertório vivencial e interativo, refazendo valores. Buscar fora requer primeiro buscar dentro. A restauração abre o procedimento de ser restaurado.
10
Dever cumprido
O Projeto “Memórias Construídas” através das ações de conservação e restauro, além de aulas práticas de cunho profissionalizante, tem como proposta primordial o resgate do indivíduo dentro da sociedade a que pertence, além de socializar acesso aos bens culturais a que todos temos direito, propicia o desenvolvimento cognitivo e desenvolve habilidades artísticas que, muitas vezes o educando traz em sua bagagem necessitando apenas serem estimuladas para aflorarem, e isso se torna visível quando percebemos que o educando demonstra melhora na capacidade de se expressar esteticamente. Há ainda questões de ordem socioafetiva diretamente relacionadas ao desenvolvimento pessoal, no fortalecimento da autoestima, cujas atitudes positivas vêm efetivando o direito ao desenvolvimento integral do educando; como arte educadora e restauradora imbuída no firme propósito de uma efetiva contribuição contra a exclusão social que vem penalizando toda uma geração, posso verificar que muitos de nossos objetivos são concretizados, pois tive a oportunidade de presenciar a inserção de nossos jovens nesse seleto mercado, o que é motivo de orgulho somado à sensação de dever cumprido. Os desafios são diários e constantes e dentro da minha linguagem proponho uma restauração de projetos de vida e faço uso da arte, que por si só regenera e transforma, como ferramenta para alcançar o sensível. Bárbara Zmekhol Arte educadora da Via Cultural Conservadora-restauradora de Bens culturais 11
O corpo Assim como nossos órgãos e membros precisam de uma harmonia para o perfeito funcionamento do corpo, assim deve ser uma equipe de restauro. Os membros ou orgãos, cada qual com a sua função, importância e atuação, representam os alunos que contribuíram de forma a executar todo o movimento desse processo, onde as mãos são chamadas ao trabalho, deixando de lado o ócio, os pés apoiam e fortalecem através de novos caminhos, a cabeça é chamada ao raciocínio, o coração dá alma aos procedimentos. Todas as habilidades e ideias somadas criam uma nova perspectiva. O conjunto parece ao olhar externo confuso, mas depois da aparente desordem há ordem, não de forma absoluta, mas dando uma nova visão do entendimento. O que poderia ser realmente melhorado, ou recuperado no processo do individual, o resultado está e depende de cada indivíduo que participa dessa equipe - seja como órgãos ou membros. Meus agradecimentos ao Projeto Memórias Construídas pela oportunidade de ensinar, aprender e poder ser uma porta de entrada para novas experiências. Jaqueline Fola Restauradora e arte educadora da Via Cultural
12
Som. SilĂŞncio. Corpo e Movimento. Pensamento. VivĂŞncia. Conhecimento.
13
Percepções EU INTERIOR, EU EXTERIOR, COMUNICAÇÃO Desenho técnico, Maquete, Pintura, Desenho Artístico, Fotografia, Teatro, Expressão Corporal e Musicalidade. No processo perceptivo, o Teatro é porta de entrada para o EU Interior, trabalhando postura, oratória, atenção, respiração, dialética grupal e individual. Criando consciência, amplitude, vendo os limites de si e em si. Soma-se aqui a musicalidade a partir do corpo, das coisas, da comunicação das falas e experiências sonoras. Neste momento, permeando o EU recém descoberto, a fotografia procura o detalhe, o relato, registro de pormenores, fragilidade das aparências, ou magnitude de espaços desvelados e adquiridos. Busca aí, o EU exterior para compor os cenários. Para entender a conversa destes «Eus», apresenta-se o desenho, a maquete 3D e as artes plásticas, com a linguagem das representações sensoriais e visuais para fazerem interlocução com a construção e tradução técnicas.
14
Missão A “grande missão” de nós educadores é atrair a atenção e fazer com que haja interesse onde os “horizontes” não são nada “lineares”. Os recursos e metodologias utilizados são de caráter prático e imediatista – não há tempo ocioso ou desperdiçado, se não, as atenções se dissipam e as suas realidades não absorvem nosso foco. Temos conseguido resultados satisfatórios com aqueles que se entregam e permitem essa nova percepção na mudança de sua postura, sensibilidade e visão do seu papel de atuação no contexto da sua cidade. Oportunidade não única, mas quase exclusiva de poder participar de um grupo cuja maior intenção é o resgate de sua própria personalidade, ou melhor, a melhor parte desta. Eduardo Cordeiro Arquiteto e professor
A fotografia na formação Uma via de múltiplas mãos, onde o jovem é instigado a conhecer um universo que até pouco tempo se fazia desconhecido, por meio das linguagens artísticas a lente interna de cada indivíduo que por aqui passou se abriu para um mundo fascinante. E quando tudo começa a ficar claro, é visível perceber o quanto isso o faz feliz, o faz se sentir autor de sua própria história, o faz se sentir seguro. Me orgulho em fazer parte destas pequenas histórias que começam a ser escritas. Perceber pequenas sementes de amor, amizade, respeito e cultura plantadas em cada ser, me faz ter um sentimento de que estamos no caminho certo para uma educação transformadora. Aline Domingues Educadora Social Arte Designer/Fotografa
15
Manifestação da arte Sou professora de artes, ofereço ferramentas (papel, lápis, tinta e diversos suportes) para que meus alunos adolescentes se manifestem. Sim, são reais e lindos manifestos. O que ensino é que o resultado será sempre bom se for verdadeiro. Que saber desenhar é respeitar o próprio olhar, que pintar é como dar cor aos seus sentimentos. E alguém me pergunta: meu trabalho é mais bonito do que o dele? E eu respondo: você não poderia fazer como ele, nunca ficaria bom porque não seria você. O bom é ser autêntico, o bom é se dar continuidade pelo papel, pelo gesto na tela, pela linha que desenha. E como é lindo quando consigo que eles façam do jeito deles mesmos. Porque o manifesto se torna uma verdadeira declaração de amor. Luciana Pereira. Professora de Artes
16
O que é música? Cada um reage á música de um jeito, porque ela é muitas coisas ao mesmo tempo. Não é só uma melodia.....pode ser uma história, uma dança, drama ou um hino nacional. Não é só um som.....pode ser um dueto, uma sinfonia de orquestra, um coro; na verdade, há muitos instrumentos e vozes que podem ser combinados. Não é só um ritmo...existem vários como o reggae, o jazz, o rock, o samba e o hip hop. Não é só uma composição, há música em todo lugar: no canto dos pássaros, no ritmo dos pés, no aplauso das mãos e no som da água caindo. Não é só agradável..pode ser dramática, espiritual, rebelde ou polêmica. A música provoca as mais diversas emoções. Não é só ouvida em casas de espetáculo..mas também em templos religiosos, em festivais, na rua e até nas lojas. Não é só tocada ao vivo..mas também em rádios, nas tvs e nos filmes. É possível ouvir música em qualquer lugar com um tocador portátil. Não é só tocada por alguém famoso....também é tribal, experimental... Você mesmo pode criar música, AVENTURE-SE. Foi com algumas destas ideias que eu, Silvio e Tânia trabalhamos juntos com a música e o teatro em tempo real com os alunos, assistentes e coordenação. Respeitando o tempo e momento de cada indivíduo e dando uma esperança que a arte de um modo geral pode sim transformar. Obrigado alunos e VIA CULTURAL por momentos difíceis, marcantes e emocionantes. Silvio Ribeiro Viana : Músico, pesquisador e arte educador. 17
Co(m)vivência criativa Repensar a prática da aprendizagem. Esse foi o eixo de amparo diante do desafio "não-modelar" dos encontros. Digo não-modelar, por que todas as condições humanas do projeto Memórias fugiam ao romantismo das convenções dos educadores. A lucidez disto, permitiu produzir condições para a construção de saberes que assumissem esta natureza pessoal dos participantes. Desafiava-se o desafio. Talvez o Teatro tenha sido uma designação muito amedrontadora para definir a linguagem exercitada nas oficinas. Observou-se, conversou-se, discutiu-se, silenciou-se, omitiu-se, calou-se. Os encontros propiciaram tudo isso, e também a construção de momentos de troca de aprendizagens e significâncias entre orientadores e participantes. Revisitamo-nos. A estratégia foi se reconfigurar as atividades para algo que se denominou VIVÊNCIAS CRIATIVAS.
Impossível avançar na arte dramática com indivíduos em drama nas suas artes existenciais. Promover o preenchimento destas lacunas afetivas e exercitar o protagonismo criativo e também o pertencimento do próprio saber foram as alternativas. Optou-se assim, pela Ludicidade: a brincadeira como uma forma legítima de se relacionar, de ser e estar no mundo, na sua espontaneidade e significação. Ou seja, reconhecer a bagunça, a alegria, o jogo, a derrota e a fantasia como aspectos desta construção de memórias. Neste contexto o "tempo de experimentar" traduziu todo o cuidado com o tempo dos indivíduos, fato primordial para que a experiência do criar seja plena em possibilidades, sob o signo da liberdade - retirada da vida real, mas oferecida pela vida fictícia: a oficina. Tânia Granussi Atriz e professora de Teatro
18
Experiência impar é estar ao lado de cada aluno (a) no exato momento em que ele (a) descobre do que é capaz, e é capaz de sonhar, de conhecer, de construir e acima de tudo realizar sonhos e concluir seus objetivos. Poder atuar com estes jovens é imensamente gratificante, sem sombra de dúvida esta experiência mudou minha visão de mundo. Luana Rosa Alves Supervisora do Projeto Memórias Construídas
Minha experiência com o Memórias Construídas foi intensa e capaz de modificar minha percepção de mundo e vida. O envolvimento com o Restauro foi além do fazer técnico, foi emocionante, uma mudança de dentro para fora! Gláucia Ramos Monitora e ex-aluna do Memórias Construídas
Minha experiência no Memórias Construídas foi capaz de mudar minha percepção sobre o mundo. As disciplinas se complementam, é algo muito envolvente; a dedicação dos professores para que possam tornar a aula cada vez mais agradável é incrível! Os alunos se sentem a vontade no ambiente, e acabam tornando-se uma grande família. Tiago Pina Monitor do Memórias Construídas 19
Participar do Memórias Construídas certamente foi muito mais que um trabalho onde temos a obrigação de comparecer e fazer o nosso dever. Foi um processo de aprendizagem que acumula muito para a compreensão sobre as diversidades sociais, humanas e de ideias. Para mim significou sair da minha zona de conforto, para lidar com gente que tem histórias de vida e condições muito diferentes das minhas. Além de ter tido a chance de trocar experiências com todos aqueles e aquelas que estavam ali, fossem estudantes, professores, supervisores, coordenadores e monitores, acredito que apreendi a essência do projeto: restaurar o olhar. Foi no Memórias Construídas que reaprendi a olhar a cidade em que nasci e fui criada, que deixei de lado todo o cansaço que São Paulo proporciona aos seus moradores para olhar de outra forma a megalópole e perceber suas belezas. Hoje já caminho por São Paulo com um olhar mais atento às suas transformações cotidianas, e enxergando que no meio de todo esse cinza ainda existem cores esplêndidas não só na magnitude de seus prédios e ruas, mas também nos corações que pulsam em todos os cantos. Ivie Macedo Souza Monitora do Memórias Construídas
Ao longo do semestre, universos distintos se encontraram para criar relações de autoconsciência, convivência, liberdade e pertencimento. Alunos, monitores, professores, supervisores, todos construindo suas próprias memórias em uma experiência coletiva de transformação. Foi de desmedido privilégio acompanhar a autodescoberta desses jovens através de oficinas, passeios e vivências. Depreender o brilho nos olhos daqueles que se depararam com um talento latente. O sorriso de se descobrirem capazes e o orgulho ao concluírem uma atividade. A esperança ao perceberem que há outros caminhos, carinhos. Da desconfiança do primeiro encontro aos projetos expostos na exposição, nos tornamos amigos e nos despedimos um pouco mais cidadãos. Talitha Iamamoto Monitora do Memórias Construídas
20
O Projeto Memórias Construídas é muito importante para todos os envolvidos, nós da equipe, professores e alunos. É um projeto onde você aprende e troca experiências,e cada um sai com uma bagagem. Maria Aparecida Ferreira Dir. Executiva
«Vimos agradecer a esta parceria, que através do curso que é oferecido para nossos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, muito nos têm auxiliado como facilitadores na construção de sua auto-estima, cidadania e melhores oportunidades no mercado de trabalho»
-
Vania Laurindo Diretora da Casa de Semiliberdade Professor Paulo Freire
«Nós da Casa Semiliberdade Alvorada reafirmamos a importância da parceria estabelecida junto à Via Cultural, que traz a grande oportunidade de inserção de nossos jovens no mundo do mercado de trabalho formal, com a vertente da Cultura, que visa ao engrandecimento de cada jovem» Vitor Fernandes Ribeiro Diretor da Casa de Semiliberdade Alvorada 22
-
23
Ficha técnica
24
Jovens participantes 1º semestre Adriana Santos da Silva/ Alan Cipriano Barreto/ Alan Ribeiro da Silva/ Alan Tadeu de Oliveira Rosa/ Alef Junio da Silva/ Alessandro da Silva Prado/ Alex Sandro Domingos da Silva/ Alexandre Silva Ribeiro/ Alexsandro Celestino/ Aline Nepomuceno de Campos/ Alisson Fernando dos Santos/ Amanda de Jesus Vieira/ Amanda Muniz Pina/ Ana Paula da Cruz Matos/ Ana Paula dos Santos Pacheco/ Ana Paula Fernandes/ Anderson Rodrigues de Ascenção/ Angélica da Silva/ Ariel Fabricio Ramos/ Beatriz Pereira Nunes Coelho/ Bruno da Costa Silva/ Bruno de Souza Cardoso/ Bruno Henrique de Souza/ Bruno Reinaldo de Souza/ Bruno dos Santos/ Caique Darley da Silva/ Camila Toshie Yumito/ César Augusto Moraes/ Cristiane Ap. Paiva das Neves/ Cristiane Aparecida Paiva/ Daniel Lima dos Santos/ Daniele de Almeida Neves/ David Willian Azenha/ Dayane Santos Rodrigues/ Diego Mendes da Silva/ Douglas Fernandes Costa/ Douglas Pereira da Silva/ Ederson lves Siqueira/ Eric Roberto Lopes/ Erika Thamiris Ferreira/ Everton De Souza/ Flávio da Rocha Gomes/ Flávio de Araújo/ Flávio Henrique Pennaforte/ Gabriel Pereira dos Santos/ Geovane Guilherme da Silva/ Graziela Leal de Miranda/ Gustavo Alberto Lopes Cuba / Helen Cristina Ferreira da Costa/ Isabela Batista Silva/ Isabele Bispo Teles/ Jailson de Jesus Santos/ Jenifer Vieira da Silva/ Jhonne Lima da Conçeição/ Josias Monteiro do Nascimento/ Kelvyn da Silva Souza/ Kerolaine Tainara Marques / Leandro Bezerra de Barros/ Leonardo Feitosa Amorim Sá/ Letícia Barizan de Araújo/ Lucas de Souza Santos/ Lucas Henrique Cesário/ Lucélio Serafim da Silva / Lucia Karine dos Santos Calixto/ Luisa dos Santos/ Maicon Willian Barros Moreira/ Marcos Samuel Maziero / Matheus Henrique Santos / Matheus Pacheco de Abreu / Maurício de Azevedo Vieira / Michelle Marry dos Santos / Miguel Arcanjo / Nathália Leandro Silva / Pamela Cristina Silva Carneiro / Pamela de Jesus Dias Regina/ Patrícia Moreira Nogueira / Paulo César Gonzaga de Jesus/ Paulo Sérgio Costa de Oliveira J./ Rafael Zeferino Batista/ Rebeca Cavalcante / Rogério Alves Amorim/ Rony Cardoso dos Santos/ Thayná Silva Alves Hipólito/ Thiago Belmiro dos Santos/ Uriã Wagner Barbosa Ferreira/ Válber Campos de Carvalho/ Victor Hugo S. dos Santos / Wallace Oliveira da Silva/ Washington Ferreira Botelho/ Wellisson Benedito de Oliveira/ Wesley da Silva Oliveira/ Willian Marinho de Oliveira/ Yang Kauab/ Yara Aureliano da Silva
Jovens participantes 2º semestre Alex Julio dos Santos Reis/ Allan Santos/ Ana Carolina Matos Florenço/ Ana Carolina Vieira/ Anderson Cabral/ Anderson Moura Ferreira/ Angel Gomes Silva/ Antonio Carlos Cardoso/ Brenner dos Santos Bruno/ Bruno Alexandre Bezerra/ Caio Richard Silva Rodrigues de Paula/ Carlos de Jesus Santiago/ Cesar Barbosa de Oliveira/ Cristalina Manbote Clementina/ Cristiane Aparecida Paiva Neves/ Danilo Gomes de Jesus/ Danilo Vinicius Anez Ferreira/ Diego Omar Silva/ Diego Pinheiro da Silva/ Djalma Alves Junior/ Eder Lima dos Santos/ Ednilson dos Santos/ Fabio Soares dos Santos/ Felipe César Lopes da Costa/ Felipe Santos de Almeida/ Flavio Henrique Pennafote/ Gabriel Roberto de Paula/ Geovani Moreira dos Santos/ Gicelmo da Costa Oliveira/ Gildenir dos Santos Feitosa/ Gustavo da Silva Vasconcelos Pinto/ Gustavo Henrique Soares/ Gustavo Lopes Batista/ Helton Felipe da Silva/ Igor Alcântara Soares/ Igor Ferreira de Queiroz/ Ingrid Cosi de Oliveira/ Isac Leonardo Roberto Andrade/ Jaqueline Pereira de Souza/ Jefferson Luan do Nascimento/ Jhonatan Dias/ Johnny Iago Freitas Generoso/ Jonnatan Willian da Silva Menezes/ Julio César de Souza Barros/ Keroline Tainara Marques da Silva/ Letícia da Silva Cruz/ Luan Ferreira/ Lucas Jomes Silva Oliveira/ Luciano Fonseca Maceli/ Luiz Felipe Vasconcelos/ Marcelo Max Gonçalves Conceição/ Mariana Faria Feitosa/ Matheus da Silva Sales/ Paulo Alex da Silva Sacramento/ Pedro Luis Oliveira Ferreira/ Rafael Costa Machado Lima/ Rafael da Costa Silva/ Robert Honório Barreiro/ Robson Ribeiro/ Roger Willian de Oliveira Queiroz/ Rony Henrique Costa e Silva/ Sara Eloisa Alves/ Savio Almeida Santos/ Sidnei Vilas Boas/ Vinícius Felipe da Silva/ Wellington Igor Ferreira Lima
25
26
27
SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO SESC Administração Regional no Estado de São Paulo PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL Abram Szajman DIRETOR DO DEPARTAMENTO REGIONAL Danilo Santos de Miranda SUPERINTENDÊNCIAS Técnico-Social Joel Naimayer Padula Comunicação Social Ivan Paulo Giannini Administração Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento Sérgio José Battistelli Superintendente GERÊNCIAS Programas Socioeducativos Maria Alice Oieno de Oliveira Nassif Adjunta Flávia Roberta Costa Assistentes Henrique Barcelos Ferreira e Lucy Mary Rego Nobre Franco Ação Cultural Rosana Paulo da Cunha Adjunta Flávia Andrea Carvalho Estudos e Desenvolvimento Marta Raquel Colabone Adjunta Andréa de Araújo Nogueira Artes Gráficas Hélcio José P. Magalhães Adjunta Karina Musumeci Assistentes Marilu Donadelli Vecchio e Viviana Bomfim Moreira Estagiária Rosa Thaina Santos SESC Odontologia José Paulo Bersan Adjunto Cleber Blanco Assistentes Francisco Carlos Alves e Waldir Scalzitti VIA CULTURAL - Instituto de Pesquisa e Ação pela Cultura Presidente Anna Lúcia Marcondes Vice Presidente e Diretor Técnico Eduardo Araújo Consultor Jurídico: Carlos Eduardo M. Peluso Diretor Financeiro Administrativo Maria Aparecida Ferreira Contabilista Responsável Jucelino Shimura Assistente administrativa Luna Rosa Recaldes Assistente de produção Carolina Petrucci PROJETO MEMÓRIAS CONSTRUÍDAS Coordenação e organização Anna Lúcia Marcondes Supervisão Luana Rosa Alves Assistência Técnica Eduardo Cordeiro Administração Maria Aparecida Ferreira Professores Aline Domingues, Bárbara Zmekhol, Eduardo Cordeiro, Jaqueline Fóla, Leandro Watanabe, Luciana Pereira, Silvio Viana, Sócrates Magno Torres, Tânia Granussi Monitores Ivie Macedo, Gláucia Ramos, Talitha Iamamoto, Tiago Pina Assistência e comunicação Luna Rosa Recaldes, Carolina Petrucci CICLO DE DEBATES: Mediação Anna Lucia Marcondes Palestrantes convidados Amanda Cuesta, Christina Freire, Henrique Resende de Castro, Lilian Caffaro, Lucio Bittencourt, Rogério Ianelli, Tatiana Travisani
28
CO-PATROCINADORES, COLABORADORES E PARCEIROS Prefeitura do Município de São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, Secretário Carlos Augusto Machado Calil; Secretaria de Participação e Parceria, Secretário Uebe Rezeck, Secretário Adjunto Felipe Spir; CONPARES Coordenador Fábio Souto; Fundação Casa, Gerência de Educação Profissional, Gerente Ana Maria da Silva. Memórias Construídas 2012 Rua Florêncio de Abreu, 305, Centro, São Paulo SESC Odontologia A realização e o resultado deste processo tornou-se possível por meio da ação conjunta de pessoas, entidades, empresas, instituições e órgãos governamentais. Agradecemos a todos que acreditaram e se entregaram a esse trabalho fazendo-o possível, em especial ao SESC, que nos recebe. À equipe, o mérito, aos parceiros, a admiração. Aos jovens participantes, caminhos abertos. VIA CULTURAL - Instituto de Pesquisa e Ação pela Cultura Idealização e Gestão do Projeto
Parceria
Realização
VEREADOR ELISEU GABRIEL
Apoio
-
29