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RIA FORMOSA
O MAIS IMPORTANTE SANTUÁRIO DE VIDA SELVAGEM NO ALGARVE, A RIA FORMOSA, A PAR DO SAPAL DE CASTRO MARIM E VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO, A ZONA ALAGADIÇA DO RIO GUADIANA, SÃO ÁREAS PROTEGIDAS PARA DESCOBRIR A PÉ OU DE BARCO.
ZONA HÚMIDA DE IMPORTÂN- CIA INTERNACIONAL, a Parque Natural da Ria Formosa é um labirinto de canais, ilhas, sapais e bancos de areia, que se estende ao longo de 60 kms do litoral algarvio. A sua diversidade de ecossistemas atrai uma fauna variada que inclui numerosas espécies de aves.
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PARA COMEÇAR A VISITA, o melhor será ir ter com quem sabe. Os Centros de Educação Ambiental fornecem informações sobre as espécies que se podem avistar e os trilhos pedestres aconselhados para desfrutar em pleno das paisagens, sempre em respeito pela natureza. O Parque organiza igualmente passeios numa barca tradicional antigamente utilizada na pesca do atum. E nestes labirintos de canais há muito para admirar. Dos verdes da vegetação que se harmonizam com os azuis das águas e contrastam com a brancura das salinas, aos tons rosados das penas dos flamingos, encontram-se muitos motivos para fotografias de sonho.
NO LONGO CORDÃO DE AREIA que separa a Ria Formosa do mar, descobremse praias deslumbrantes, quase desertas, embora o Parque Natural, que se estende entre a península do Ancão e a praia da Manta Rota, seja frequentado por cerca de 1500 espécies de seres vivos. Uma das mais raras é a galinha-sultana, com as suas plumagens vistosas, símbolo do Parque Natural, e que não é possível encontrar em nenhum outro lugar do País. Também os guarda-rios, o camaleão que toma as cores dos locais onde passa ou o felpudo cão de água português são alguns dos “residentes” habituais. Esta é uma raça de cães de pelo comprido, que ajudavam os pescadores na sua faina, mergulhando e apanhando o peixe que ficava preso nas redes.
MAS NESTE OÁSIS DE PRESERVA- ÇÃO DE FAUNA e flora também há uma grande variedade de moluscos que fomentam uma das principais atividades económicas da região, e dão origem a especialidades da gastronomia que o vão deliciar, como o arroz de lingueirão, ou as ostras e os mexilhões. Para ter uma perspetiva sobre esta área e a sua dimensão há que procurar pontos altos como a fortaleza de Cacela Velha, uma aldeia de origem árabe que vale a pena conhecer.
Salinas
Castro Marim
Galinha Sultana
E SE DIRIGIR O OLHAR PARA LES- TE, quase vislumbra o Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, a primeira Reserva Natural criada no nosso país. Esta zona de salinas, pastagens e sapais, tem como limites as duas localidades e estende-se ao longo do Guadiana. Para além dos trilhos pedestres, pode observá-la a partir do castelo de Castro Marim, para uma vista abrangente, ou de barco, para uma experiência relaxante. Junto à margem, descobrem-se rãs, sapos, tritões e lagartixas; e nos céus, a cruzar o horizonte, são a cegonha-branca, o pernalonga e a garça que captam as atenções. E há ainda uma zona seca com áreas agrícolas, onde se cultivam cereais, plantações de amendoeiras, figueiras, alfarrobeiras e oliveiras. Muito para conhecer entre rasgos de natureza resplandecente!
Além da pesca, a extração de sal e a apanha de moluscos e bivalves são as atividades tradicionais das populações da Ria que, com sabedoria e arte, criaram deliciosas especialidades gastronómicas
Cacela Velha