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BALEIAS E GOLFINHOS

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RIA FORMOSA

RIA FORMOSA

TERCEIRA, SÃO JORGE, PICO, FAIAL E GRACIOSA DISPÕEM-SE HARMONIOSAMENTE NO MAR AZUL POR ONDE BALEIAS E GOLFINHOS ESPREITAM. JUNTAS, FORMAM O GRUPO CENTRAL DOS AÇORES.

ATERCEIRA FALA-NOS DE HIS- TÓRIA em Angra do Heroísmo. Tal como o nome indica, esta foi a terceira ilha do arquipélago a ser descoberta, embora no início fosse chamada de ilha de Jesus Cristo. Começou a ser povoada no século XV, tendo-se desenvolvido de forma consistente, muito devido à sua localização geográfica. Mas o que torna a Terceira tão especial é o magnífico contraste entre a beleza natural desta ilha vulcânica e o admirável trabalho do homem no centro histórico de Angra do Heroísmo, a sua capital, fundada em 1534, primeira localidade dos Açores a ser elevada a cidade e classificada Património Mundial pela UNESCO.

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OBSERVADO DO ALTO DA MEMÓRIA ou do miradouro do Monte Brasil, o centro histórico de Angra é um testemunho dos reis e dos nobres que por ali passaram, deixando para trás uma bela arquitetura que se estende num rendilhado de ruas, ruelas, igrejas, palácios, casas senhoriais, monumentos, praças e jardins, que foi preservado até aos dias de hoje. A partir de Angra, podemos explorar a zona costeira da ilha. Entre muitos percursos possíveis, vale a pena fazer o passeio de carro até à Praia da Vitória, tendo como pano de fundo os ilhéus das Cabras, passando pela baía da Salga e pelas praias de areia negra cercadas por falésias, como Porto Novo.

FAIAL É O FRESCO AZUL DAS HORTÊNSIAS, a marina colorida pelas pinturas dos iatistas vindos de todo o mundo e o vulcão dos Capelinhos que, já extinto, lembra uma paisagem lunar. Terá recebido o nome de Faial por aqui existirem muitas faias, mas mais nenhuma ilha se pode orgulhar tão justamente dos imensos maciços de hortênsias, em diversos tons de azul, que emolduram as casas, separam os campos e bordam as estradas, justificando o título de Ilha Azul.

PELA SUA SITUAÇÃO GEOGRÁFICA, a cidade da Horta proporciona paisagens ímpares da ilha do Pico e, por vezes, de S. Jorge. Está ladeada pela Ponta da Espalamaca e pelo monte da Guia, cujos miradouros, conjuntamente com os do monte Carneiro, oferecem ricas panorâmicas da cidade e da imensidão do mar. No extremo ocidental da ilha, o vulcão dos Capelinhos ergue-se majestoso, como testemunho da última erupção vulcânica que ocorreu entre 1957 e 1958 e que acrescentou nova terra à já existente. Aqui podemos visitar o Centro de Interpretação, provido das mais modernas técnicas expositivas e de multimédia. A

Igreja de Nossa Senhora do Carmo

Angra do Heroísmo

Pico São Jorge

Moinho Flamengo

Graciosa

visita a este centro termina com a subida ao topo do farol, para uma experiência visual e emocional incomparável.

A ILHA DO PICO É A MONTANHA QUE NASCE DO MAR, a mais alta de Portugal, com 2.351 m de altitude. A subida até ao topo é verdadeiramente cansativa, mas recompensada por panorâmicas fantásticas e únicas, com as vizinhas Faial e São Jorge ali ao lado e, nos dias límpidos, o vislumbre da Graciosa e da Terceira. Em seu redor, surgem extensos vinhedos plantados em negros campos de lava, que formam a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, declarada Património da Humanidade da UNESCO, em 2004. O Pico é também uma terra de fortes tradições baleeiras. De destacar o Museu dos Baleeiros, nas Lajes, o Museu da Indústria Baleeira, em São Roque, e o Museu do Vinho, na Madalena, locais obrigatórios de visita que retratam uma época importante da história da ilha. O Museu do Vinho ocupa as antigas instalações do Convento das Carmelitas, proporcionando visitas às vinhas, provas de vinho e, em Setembro, participação nas vindimas.

EM SÃO JORGE, O DESTAQUE VAI PARA AS FAJÃS e para o seu queijo, especialidade única e de sabor inconfundível. Paisagisticamente, salta à vista o contraste da cordilheira central com a escarpada e recortada costa, salpicada pelas típicas fajãs que se estendem mar adentro. As fajãs são pequenas planícies que tiveram origem em desabamentos de terras ou lava e nesta ilha existem mais de 40, daí ser muitas vezes apelidada por ilha das fajãs. GRACIOSA DE NOME E DE APARÊN- CIA, esta ilha verde tem campos cobertos de vinhas que contrastam com os seus peculiares moinhos de vento. O património arquitetónico da ilha está preservado em vários tipos de edificações, com destaque para igrejas, ermidas, casas rurais, e uma curiosa “arquitetura da água” associada a uma centenária rede de reservatórios e sistemas de abastecimento de água potável. Outro apontamento bem característico da paisagem desta ilha são os moinhos de vento com cúpulas vermelhas, de inspiração flamenga, que testemunham a abundante produção de cereais de outros tempos. Um passeio à volta da ilha, com paragem nos vários miradouros, elabora um álbum das boas recordações que podemos guardar da graciosa paisagem desta bonita ilha.

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