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A G O S T O 2 019

N EX T NEXT AGOSTO 2019

P R E Ç O R$ 2 2 ,9 0

DAS COISAS QUE SÃO... COM RICARDO SILVA / LINHA DO TEMPO SAMPA

JA N U A R Y 2 019

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PA R E N T S




SUMÁRIO

1 CONTANDO HISTÓRIA PG 9

3 SÓ TEM AQUI!

PG 17

2

A CIDADE FALA PG 23

QUAL É SEU DESTINO? PG 15

4


6 5 7 8 SUMÁRIO

DEU FOME?

PG 29

TURISTANDO PG 27

ENTREVISTA PG 35

FALA Aí PG 41


O que faz você sair de casa e explorar SÃO PAULO?

N EX T

JAIR ALVES JR. Vice Presidente, Editor Chefe Diretor executivo / criativo DENIZE ROMA Editor Exexcutivo MARIANA DIAS Editora administrativa PÂMELA HOFFMAN Editor LÚIS RICADO

Descobriu que na Vila Madalena tem inúmeros restaurantes veganos por preços super acessíveis!

Diretora de Estética KATE SANDOVAL BOX Diretora de Lifestyle LAURA FENTON Diretora de Saúde Mental JULIA BRITO Diretora Alimentícia JENAÍNA HELWIG Editora Sênior KAREN CICERO Editora JESSICA HARTSHORN Editora Associada SARA LINS Editor Associado PATRICK CALDEIRA Editora Associada LARISSA SAAD Assistente Editorial KARINA FLORES

DENIZE ROMA Vice Presidente Sênior

Associada de Publicações da Editora Sinestesia NEXT TRACY HADEL VENDAS Diretora do Noroeste JULIE BANFIELD Diretora do Sudeste WENDY SEELIG WALKER Funcionárias do Administrativo ALYSSA CRAMER COHEN, CATHERINE DAUN, ANNE GILHOOL, HILLARI LAZZARA, MOLLY THOMPSON, MARIA TOCCO, NADINE WAXENBERG Assistentes BRIDGET CORRY, MICHELLE KWAN, KIM SCHWARTZ, MAGGIE THELEN Diretor de Anúncios ALISA JANOWITZ GOLUB Gerente de Mídia Direta TYLER HUB Diretora de Viagens Nacionais MELISSA LUEBBE Gerente Sênior de Pesquisas ALISON JAYE MARKETING

ARTE & PRODUÇÃ0 Diretor de arte EMILY FURLANI Diretora de Arte Associada SABRINA MARCONDES Designer Senior VICTOR CHAVES Ilustradora MILENA SANTOS Assistente de Arte IARA CENTRONE Gerente de produção de arte PIETRO SPADINI

Group Marketing Director SUSAN JOYCE Senior Marketing Manager JUDY SCHIFFMAN Marketing Managers MARNIE DOWLER, WILL PRIGGE Marketing Coordinator DIANA ZULUAGA Group Creative Director JEANETTE CHOW Art Director TRACY D’AGOSTINO Associate Art Director DAVID L. TRACY

Workholic! Só para de trabalhar quando precisa repor o café da sua xícara

ADMINISTRAÇÃO FOTOGRAFIA

Este mês, ele participou de uma exposição super legal de robótica na Santa Ifigênia! Pensa em alguém que ficou feliz pra caramba?

Diretor Executivo de Fotografia LETÍCIA SACKS Diretor de Fotografia DAVI MUNDIM Editor de imagem JOANA MUNIZ Coordenador de Fotografia MARCELO FRANÇA Editor Assistente de Fotografia ERIKA MALTA RECURSOS & CÓPIA

Diretor de Negócios ROBYN DEAN Diretor de Negócios Sênior SANDY GALLENTINE Gerente de Negócios BOB PARLAPIANO Gerente de Marketing e Consumo RACHEL BLACK Diretor de Produção MELANIE STOLTENBERG Gerente de Produção Sênior TIFFANY GJERSTAD Supervisor de Produção ALI FELSENTHAL Diretor de Qualidade JOSEPH KOHLER Analista de Qualidade BEN ANDERSON

Diretor de recursos BARBARA BRANDON-CROFT Copy Chief LISA K. MARUM Copy Editor JEAN RODIE Test Kitchen Project Manager LINDA BREWER, R.D.N. Deputy Managing Editor TARA LUSTBERG Coordenadora Executiva de Operações, Gabinete do Editor Chefe ADRIANA FARO Editores Contribuintes DAPHNE de MARNEFFE, Ph.D., SABRINA JAMES, SALLY KUZEMCHAK, R.D., JENNY MOLLEN, ERIN ZAMMETT RUDDY, COLBY SHARP, VIRGINIA SOLE-SMITH M Í D I A D I G I TA L Diretora Digital JULIA DENNISON Editora Senior MELISSA DIAS SEO Editora ALINE BARBOSA Editor de Mídias Sociais GILLIAN NIGRO SEO Escritora NICOLE HARRIS A D V I S O RY B O A R D Sociólogos ARI BROWN, M.D., DAVID L. HILL, M.D., HARVEY KARP, M.D., PHILIP LANDRIGAN, M.D., JANE MORTON, M.D., IRWIN REDLENER, M.D., MICHAEL RICH, M.D., M.P.H., HARLEY A. ROTBART, M.D., DARSHAK SANGHAVI, M.D., JENNIFER SHU, M.D., WENDY SUE SWANSON, M.D., M.B.E. Nutrição JILL CASTLE, R.D., CONNIE DIEKMAN, R.D., DAVID LUDWIG, M.D., Ph.D. Saúde Física ROBIN BERMAN, M.D., DAVID FASSLER, M.D., HAROLD S. KOPLEWICZ, M.D., REBECCA LANDA, Ph.D. Dentista LEZLI LEVENE HARVELL, D.M.D. Historicistas WAYNE FLEISIG, Ph.D., EILEEN KENNEDY-MOORE, Ph.D., JENN MANN, Psy.D., WENDY MOGEL, Ph.D., MICHAEL THOMPSON, Ph.D. Metroviários ALICE D. DOMAR, Ph.D., MARJORIE GREENFIELD, M.D., LAURA RILEY, M.D. Educação do Trânsito DEBORAH STIPEK, Ph.D.,

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GRUPO EDITORA SINESTESIA

JON WERTHER

Presidente

Presidenta das Revistas THAEME NERIS Presidenta das Revistas Digitais ANDRESSA NAVARRO Presidente dos Produtos de Consumo THALES DE BARROS Chefe de Revendas MICHAEL BROWNSTEIN Chefe de Marketing e dados ALÍCIA COSTA Marketing e Comunicações Integradas BEATRIZ SEABRA VICE PRESIDENTES SÊNIOR Revendedora e Consumo NATHÁLIA MARTINS Vendas Digitais AGATHA LAURINDO Soluções de Pesquisa HENRIQUE TOLEDO Produtos e Tecnologias SANDRA BUARQUE Chefe Digital CAMILA MEDEIROS Vendas Corporativas ISABELLA REIS VICE PRESIDENTE Financiador FERNANDO GOMES Planejador de Negócios e Análises LEANDRO MAIA Licenciamento de Conteúdo THIAGO FLORENTINO Media Direta PATRÍCIA FONTANA Abastecedor Estratégico SOPHIA FONTINELLI Produção CHUCK HOWELL Mercado e Consumidores LUCIANO BATISTA Licenciamento de Marca STEVEN GRUNE Diretor do Grupo Editorial LÁZARO ELI Diretor de Operações e Finanças Editoriais ALEXANDRA BREZ

EDITORA SINESTESIA Presdente e Chefe Executivo TOMAS NIESS Chefe Financeiro JOSÉ CERYANEC Chefe de Desenvolvimento JONAS BALTO Presidente, Meredith Local Media Group DIEGO MOURA Vice Presidente Senior, Recursos Humanos PAULA SALOTTI

Ama andar de bike no Parque Vila Lobos!



C A R TA D O S E D I T O R E S

A Menina, O Menino, Uma História D E A M I Z A D E . Que delícia começar essa conversa com você usando essa pa lav r a . Amigos. Mais uma que parece ser simples, mas é muito mais profunda do que parece. Posso dizer de boca cheia que as minhas amizades valem ouro. Mas isso não foi do nada. ...

“E a faculdade...vale mesmo a pena?” Eu digo que sim. Acredito que ela é a propoulsora de d iver sas coisas:

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emoções, conhecimento e responsabilidade. É muita coisa acontecendo de uma vez só. Em diversos momentos, eu e Mila, pensamos em desistir. No início do nosso curso, morávamos muito distantes e tinhamos um longo tempo de caminhada. Isso tudo corrob-

N E S TA E D I Ç Ã O FIZEMOS UMA E N T R E V I S TA M E G A ESPECIAL.CONFIRA N A PÁ G I N A T U D O N A PÁ G I N A X X D A R E V I S TA

Por isso venho aqui ressaltar o valor que os amigos, as famílias tem em nossas vidas. O valor que a Mila, meus pais, meus irmãos e meu Namorado têm pra mim. Assim como os pais da Mila e seus amigos tamabém tem um grande valor. No frigir dos ovos, são os risos sinceros (ou de desespero ... hahaha) são o que ressignificam tudo. São essas coisas que fazem a faculdade valer a pena muito além de só adquirir conhecimento.

H E Y,

OS EDITORES TA M B É M T E M VIDA FORA DA REDAÇÃO

No mês passado, nossos editores executivos estavam em São Paulo, com toda nossa equipe de redação fazendo um tour para conhecer toda a cidade. O trabalho vira diversão e torna tudo mais leve. A nossa revista é repleta de amor e carinho pelo que fazemos e é isso que faz ela ter seu valor. NEXT!

Abra a câmera do seu smartphone e veja a página de fotografias dos nossos editores executivos na plataforma do 46 Graus #CreativeMakers. Compartilhe suas experiências conosco!

XO

Siga a gente no Instagram para ver o dia-a-dia da nossa redação: @Vituchaves + @Snowmiih

NA FOTO, SELFIE DOS NOSSOS EDITORES EXECUTIVOS NO IMS PAULISTA, NA AVENIDA PAULISTA. FOTO AUTORAL

orava com nosso cansaço físico, emocional e intelectual. E, quantas noites de sono foram dei xadas para trás. Quando comecei a estagiar, ficou tudo sem pé nem cabeça! e foi tudo bem compl ic a do... minha saúde mental já não estava boa...e me lembro que a rotina e as apertadas datas de entrega eram o que me moviam e me faziam continuar de pé. Não faz sentido. A vida não faz sentido. Porém, tem pequenas coisas, pessoas, nomes, lugares que fazem a vida ganhar seu sentido novamente.



C O N TA N D O H I S T Ó R I A

LINHA DO TEMPO A P SA M

S A M PA L OV E R S ! Mais do que amar São Paulo, é preciso entender como esse grande pólo brasileiro se tornou o que é o que conhecemos hoje

Entenda como a metrópole mais rica e populosa do país saiu do marasmo para conquistar o protagonismo na economia nacional por Victor Chaves / fotografias por Victória Grange

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C O N TA N D O H I S T Ó R I A

Hoje é assim ... mas antes, é preciso entender as tradições trazidas com os primeiros imigrantes e como se incorporaram à vida do povo nascido aqui, que convive harmoniosamente com aqueles que escolheram São Paulo para chamar de lar.

Linha do tempo da maior metrópole do Brasil

São Paulo foi fundada em 25 de janeiro de 1554, quando foi rezada a primeira missa no Pateo do Collegio pela Companhia de Jesus. Os representantes eram Manoel da Nóbrega, José de Anchieta e Manoel de Paiva. Os jesuítas, com o objetivo de catequizar e transmitir ensinamentos aos colonos, criaram o sítio do Colégio de São Paulo de Piratininga.

Assim como o Brasil, São Paulo é marcada pela mistura de diferentes povos, que somaram suas heranças formar a identidade do povo paulistano. São mais de 70 países que deixaram sua marca na arquitetura, culinária, esportes e em muitos outros aspectos da cidade.

Em 1591... A primeira versão da igreja da Sé é fundada. Foi o cacique Tibiriçá quem escolheu o local onde se encontraria o primeiro templo da cidade. DE ONDE VEM

Você Sabia?

Em 1822... Às margens do Rio Ipiranga, D. Pedro I proclama a Independência do Brasil e a cidade de São Paulo vira Sede Administrativa da Província.

Quando era 1891... A Avenida Paulista é inaugurada e formada pela alta aristocracia cafeeira e pela burguesia industrial.

Já em 1892... Surge o Viaduto do Chá, com construções de madeira. Recebeu este nome porque estava próximo às plantações de chá da Índia.

Em 1927, após a morte de Carlos de Campos, então governador de São Paulo, o endereço foi renomeado em sua homenagem. Os paulistanos não gostaram nem um pouco da mudança e logo depois, no início da década de 1930, o local recebeu novamente seu nome original: Avenida Paulista.

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C O N TA N D O H I S T Ó R I A

Um mundo todo em uma só lugar São Paulo concentra o maior número de japoneses, libaneses e italianos fora de seus respectivos países de origem.

Piratininga virou São Paulo: o colégio é hoje uma metrópole

Em 1895... O Museu Paulista (Museu do Ipiranga) é inaugurado no dia 7 de setembro de 1895.

A cidade que nasceu com um colégio O nome São Paulo foi escolhido porque o dia da fundação do colégio foi 25 de janeiro, mesmo dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso.

1905... É inaugurada a Pinacoteca do Estado de São Paulo, primeiro museu de arte da capital paulista. DE ONDE VEM

Em 1922 ...

Quando em 1911... O Theatro Municipal é aberto ao público no dia 12 de setembro.

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Acontece a Semana de Arte Moderna no Theatro Municipal. Participantes da Semana de Arte Moderna: Couto de Barros, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Graça Aranha, Manuel Villaboim, Gofredo Silva Telles, Cândido Mota Filho, Rubens Borba de Moraes, Luís Aranha e Oswald de Andrade.

Em 1929 ... Foi inaugurado o Edifício Martinelli, que foi idealizado pelo italiano Giuseppe Martinelli e começou a ser construído em 1924.

Foi entre as estações Jabaquara e Saúde que aconteceu a primeira viagem de metrô na cidade, em 1972. Depois de dois anos, o trecho Jabaquara – Vila Mariana começou a receber passageiros também.

© UNPLASH (FOTO ILUSTRATIVA)

Você Sabia?


C O N TA N D O H I S T Ó R I A

Próxima parada ... Cerca de 8 milhões de pessoas são transportadas por dias nos ônibus de São Paulo, isso mostra como é possível locomover-se de uma forma fácil na região.

Quem aqui ama andar de metrô e conhecer a cidade?

Metrô entre os 10 melhores do mundo Aí, em 1932... Em 9 de julho acontece a Revolução Constitucionalista.

Parece ironia, mas o metrô de São Paulo está entre os 10 melhores do mundo. Ainda que a rede não seja extensa, transporta 895 milhões de pessoas por ano.

1933... Foi inaugurado o Mercado Municipal, substituindo o antigo Mercado Central. DE ONDE VEM

© UNPLASH (FOTO ILUSTRATIVA)

Você Sabia?

Em 1936... 1934... Em 25 de janeiro, a Universidade de São Paulo (USP) é fundada.

Inauguração do Aeroporto de Congonhas, em abril de 1936. Nos anos 1950, o aeroporto foi um dos mais movimentados do mundo em volume de carga aérea.

Já em 1947! O Edifício Altino Arantes foi fundado pelo governador Ademar de Barros, em 27 de junho.

O reduto nipônico de São Paulo era antes morada dos italianos. Até 1920, foram os europeus que fixaram residência no bairro da Liberdade. A imigração japonesa só chegou à região na década de 1930, quando as primeiras famílias começaram a se instalar pelo bairro.

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12 AGOSTO

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C O N TA N D O H I S T Ó R I A

“Não sou conduzido, conduzo “ São Paulo é incrível e há muitas atrações na Terra da Garoa. Explore o que a cidade tem de melhor: viva mais histórias!

“Non ducor, duco”

1954...

Criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM.

Em 1982 ... E aí, em 1965... Edifício Itália é inaugurado, com a mais bela vista panorâmica da cidade.

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13 A G O S T O

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No ano de 1974 ... Deu-se início das operações do Metrô.

Em 8 de maio de 1982, é inaugurado o Terminal Rodoviário do Tietê, um dos mais movimentados do mundo.

O Monumento às Bandeiras foi inaugurado em 1954, juntamente ao Parque Ibirapuera, em comemoração do IV Centenário da cidade de São Paulo.

E quando foi 1954... Teve início da construção do Memorial da América Latina, projeto cultural de Darcy Ribeiro e arquitetura de Oscar Niemeyer.

© UNPLASH (FOTO ILUSTRATIVA)

Em 1948...

A emblemática bandeira Além da frase existe uma coroa em referência ao Império Português, duas Cruz de Malta representando os jesuítas e o cristianismo, folhas de café exaltando o grão, o braço dos bandeirantes que saíram de Sao Paulo desbravando o Brasil.


C O N TA N D O H I S T Ó R I A

Em 2001... Inauguração do Centro Cultural Banco do Brasil, em 21 de abril de 2001, com o objetivo de mudar o modo como os moradores costumavam lidar com o chamado Centro Velho.

Aí, em 2004... A sede da Prefeitura passa do Palácio das Indústrias para o Edifício Matarazzo.

© UNPLASH (FOTO ILUSTRATIVA)

Hoje em dia...

Em 2006... Fundação do Museu da Língua Portuguesa, um dos mais visitados do país (atualmente em reforma).

Em 2006... Inauguração da Arena Corinthians, que foi construida para ser sede na Copa do Mundo de 2014.

São Paulo continua se expandindo, sendo palco da história brasileira, inspirando muita gente, inovando nosso dia-a-dia e reiventando conceitos. São Paulo nasceu para ser de todos e ligar a todos.

A

ATÉ

“NEXT” NEXT

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QUAL S EU DESTINO?

Quizz

A cidade de São Paulo fez aniversário recentemente e, para celebrar a data, a Next desafia vocês a testar seus conhecimentos sobre a maior metrópole do país.

Você conheche São Paulo? Acha que sim?! Então prove seus conhecimentos nesteincrível teste que preparamos para vocês! fotografia por IAR A SAK A MOTO

O QU E E S T Á E S C R I T O NA B A N DE I R A D A C I D A DE?

QUA N T O S A N O S A C I D A DE E S T Á FA Z E N D O ?

500

453 463 LI B E R TA S Q UA E SERA TA M E N

CORRETO! São Paulo foi fundada em 25 de janeiro de 1554.

O LOCA L DA FUNDAÇÃO D A C I D A DE É U M P O N T O T U R Í S T I C O FA M O S O N O C E N T R O D A C I D A DE . C O M O E L E S E C H A M A?

A LE A JAC TA EST

CORRETO! A expressão latina significa “Não sou conduzido, conduzo” e está presente no brasão municipal.

QUA L D O S B A I R R O S A B A I X O JÁ F O I U M MU N ICÍPIO PRÓPR IO?

P R AÇ A DA S É L A R G O S ÃO FRANCISCO

ITAQ U E R A

CORRETO! A missa que marcou a fundação de São Paulo ocorreu diante de uma cabana onde hoje fica o Pateo do Collegio.

P I R ITU B A S A NTO AMARO

CORRETO! Santo Amaro foi considerado um município em 1832. Teve administração independente da capital até 1935, quando o governador Armando Sales de Oliveira o anexou a São Paulo. OO S T2O0 1 2 90 1 9 1515 A GA OG ST

N EN XET X T

© UNPLASH (FOTO ILUSTRATIVA)

PAT E O D O C O LLE G I O

NON DUCOR DUCO



SÓ S Ó T E M AQ U I

TEM AQUI

Instituto Tomie Ohtake Inaugurado em novembro de 2001, destaca-se por ser um dos raros espaços da cidade especialmente projetado, arquitetônica e conceitualmente, para realizar mostras nacionais e internacionais de artes plásticas, arquitetura e design. por M I R E L A D E J E S U S

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S Ó T E M AQ U I

salas de exposição, um setor educativo com ateliês, salas para palestras e setor de documentação. O piso térreo é integrado a um grande hall onde funcionam restaurante, livraria e loja de objetos. GRANDE HALL

Av. Bri gadeir o Far

ia Lim a

201, Rua Coropé, 88 P in hei ro

s // São

Pau lo

SOBRE Como homenageia a artista que lhe dá o nome, o Instituto desenvolve exposições que focalizam os últimos 60 anos do cenário artístico, ou movimentos anteriores que levam a entender melhor o período em que Tomie vem atuando, organizando mostras inéditas no Brasil como Louise Bourgeois, Josef Albers, Yayoi Kusama, Salvador Dalí, Joan Miró, entre outras. Além de um programa de exposições marcante na cena cultural brasileira e que se desdobra em outras atividades como debates, pesquisa, produção de conteúdo, documentação e edição de publicações, o Instituto Tomie Ohtake desenvolve, desde a sua fundação, ampla pesquisa no ensino da arte contemporânea. Por isso, foi pioneiro na criação de novos processos para a formação de professores e de alunos das redes pú-

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blica e privada, além de realizar uma série de atividades dirigidas ao público em geral e projetos de estímulo ao desenvolvimento da produção contemporânea.

ESPAÇO Com arquitetura de formas marcantes que compõem espaços e volumes escultóricos, o Complexo Aché Cultural – composto por dois prédios de escritórios, centro de convenções, teatro e o Instituto Tomie Ohtake - já se tornou referência na paisagem da cidade de São Paulo. A criação de um espaço urbano inédito, onde as pessoas podem conviver com cultura, trabalho e lazer naturalmente integrados, rendeu ao autor do projeto, Ruy Ohtake, mais um prêmio em seu currículo, o da 9ª Bienal de Arquitetura de Buenos Aires, em 2001. Ocupando dois pisos, o Instituto é distribuído em 7.500m2, com 7

São exatos 2300 M2 em áreas expositivas do Instituto. Tudo é dividido em 7 salas de exposições climatizadas. Além disso, 4 salas de aula para workshops estão espalhadas pelo ambiente. Como um total de 210 exposições realizadas com mais de 85 publicações, entre livros e catálogos, de exposições de 90 itinerâncias realizadas fora do instituto (dados de 2015 - Disponibilizados pelo próprio instituto). SALA DE ESPOSIÇÕES


S Ó T E M AQ U I

SALA DOS QUADROS

HALL MEZANINO

SALA DAS ESCULTURAS

SALA DE ESTILISMO

SALA PARA WORKSHOPS

ATELIÊ

QUER ACESSAR A PROGRAMAÇÃO?

institutotomie ohtake.org.br/ exposicoes

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S Ó T E M AQ U I

TOMIE OHTAKE NASCEU EM KYOTO,

no Japão, dia 21 de novembro de 1913, onde fez seus estudos. Em 19 3 6 c h e g o u a o B r a s i l para visitar um de seus cinco irmãos. Impedida de voltar, devido ao início da Guerra do Pacífico, acabou ficando no país. Casou-se, criou seus dois filhos, e com quase 40 anos começou a pintar incentivada pelo artista japonês Keiya Sugano. A obra de Tomie destaca-se tanto na pintura e na gravura quanto na escultura. Marcam ainda sua produção as mais de 30 obras públicas desenhadas na paisagem de várias cidades brasileiras, incluindo São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Araxá e Ipatinga; feito raro para um artista no Brasil. Entre 2009 e 2010, suas esculturas alcançaram também os jardins do Museu de Arte Contemporânea de Tóquio e a província de Okinawa, no Japão. Em 2012, ainda, foi convidada pelo Mori Museum, em Tóquio, a produzir uma obra pública que situa-se no jardim do edifício.

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Sempre disposta a novos desafios, Tomie levou a sua arte para outras frentes. Criou dois cenários para a ópera Madame Butterfly, o primeiro em 1983, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e o segundo em 2008, no Teatro Municipal de São Paulo. Foi também convidada a criar obras para prêmios e comemorações, como por ocasião do centenário da imigração japonesa, em 2008, quando concebeu a monumental escultura em Santos e a do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Peças de pequenas dimensões, como o troféu da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, a homenagem-prêmio para a Fórmula 1, utilizando a pedra do pré-sal (2011), cartazes, ilustrações de livros e periódicos, medalhas e objetos para laureados de muitos eventos são parte de sua diversificada produção. Sobre o seu trabalho foram publicados dois livros, vinte catálogos, um documentário e oito filmes/vídeos, entre os quais o realizado pelo cineasta Walter Salles Jr. Em São Paulo, dá nome a um vibrante centro cultural, o

FOTO TEATRO IBIRAPUERA // REPRODUÇÃO INSTITUTO TOMIE OHTAKE

Sra. Ohtake

Instituto Tomie Ohtake comemoração ao seu aniversário de 97 anos, o Instituto exibiu cerca de 25 pinturas em grandes dimensões que investigam o círculo, produzidas em 2010. Com seu reconhecimento, Tomie tornou-se uma espécie de embaixatriz das artes e da cultura no Brasil. Assim, durante toda sua vida foi sempre convocada a receber grandes personalidades internacionais, como a Rainha Elizabeth, o Imperador, a Imperatriz e o Príncipe do Japão, o dançarino Kazuo Ohno, a coreógrafa Pina Bausch, a artista Yoko Ono, o escritor José Saramago, o encenador Robert Wilson, entre muitos outros. Em 2012, além da obra pública para Tóquio, criou uma série de pinturas azuis, nas quais, mais uma vez, fica evidente o seu interesse em renovar-se ao inventar uma nova pincelada – a pincelada como forma, sem que a tela perca o movimento e a profundidade característicos de sua produção. Dos 100 aos 101 anos concebeu cerca de 30 pinturas. Até a sua morte em fevereiro de 2015, aos 101 anos, seguiu trabalhando.


Alvará Expedido com vencimento em 30/06/2019 sob nº 2018/10806-00 – Sujeito à renovação. Vistoria Bombeiros Nº 392614 – Válido até: 19/12/2021 – Sujeito à renovação.

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Tem aventura nova, em 4D, esperando por você.

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X TT NEX

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FOTO POR STEVE JOHNSON ILUSTRAÇÃO: TIM BURTTON

por MIL E NA

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CIDADE FALA


T r a gé d

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por Ber imba de Jesus Jabaquara conheceu Conceição / que foi apresentada por São Judas / o qual dizem que é santo / os dois com Saúde trabalharam na Praça da Arvore / na Santa Cruz se casaram / e foram morar na Vila Mariana. / Conceição pariu Ana Rosa e tudo foi um Paraíso, / só que Conceição conheceu Vergueiro / que foi apresentado por São Joaquim / o qual também dizem que é santo./ E ela traiu Jabaquara na Liberdade na cara larga. / Pra se vingar Jabaquara foi a um puteiro e conheceu a Sé, / que foi apresentada por São Bento, / o qual, também dizem que é Santo. / E a Sé deu a Luz / a Tiradentes e Armênia. / Jabaquara discutiu com Conceição pelas bandas do Tietê / e injuriado matou Conceição afogada. / Foi parar no Carandiru. / Santana, irmão de Jabaquara, / ficou com a Sé, / assumindo Ana Rosa, Tiradentes e Armênia, / e foram todos morar no Jardim São Paulo. /Mas num belo passeio de domingo pela Parada Inglesa, / todos morreram atropelados na linha um azul do metrô, / e foram enterrados como indigentes no Tucuruvi.

PA R E N T S

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A C I D A D E FA L A

m riz e

ci a núp

s

et Me r por Barbara Leite Com postura nada tímida ela insistia em olhares insinuantes, que eu percebia

a svairad mpre de Pa r a s e por Maria Júlia Pontes

O que é aquela cruz no fim do túnel Rebouças

a cada alçar das pálpebras

que o paulistano sustenta

Era mais baixa que eu

[dia ……. após….. dia]

que me equilibrava em salto.

e que não se traduz?

Ensaiava um ar submisso

luzes ao contrário trafegam nas vias

que chegou como emboscada.

nas vidas dos transeuntes, Inferno e céu,

E isto ao invés de me fazer Golias, me tecia átomo. Ínfima! Miseravelmente ínfima! Quando eu sem pedir licença invadia as luzes e seus lares os carros e seus sonhos os concretos e seus abstratos

[se misturam] ilustres, trabalhadores e otários [Se aturam] e desvaira pra nunca mais parar a paulicéia nos palcos da multi-étnica platéia que se arranha entre fumaça e pó menino no farol [malabarista da fome] um pouco de fé, e mais nada a temer, meia volta vou ver!

Ela sedutora profissional

e única saída que alenta,

me flertava

[desapressado]

me rondava

não adianta correr,

me pedia

[é esperar pra morrer]

Eu sabia de sua ausência de castidade e de todos os seus amantes. Meus pés fizeram-se nus Num ímpeto, minhas pernas se distanciaram para tal senhora deslumbrante. E eu amei São Paulo com toda intensidade

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25AAGGOOS ST TO O2 021091 9 25


a Em plen por Larissa Marques

em plena Paulista trava-se uma guerra silenciosa nenhum passante se dá conta da angústia caminhante as lembranças transitam sentido Brigadeiro a realidade chama para o lado oposto

Maremoto

os passos firmes em destino certo

por Barbara Leite

alcançam o viaduto da Treze

São ciclos desejando

nos olhos de calos

oceanos e paz

saudosos e ansiosos

quase suplicando areia e rede

quase encantados

E depois, tudo tanto faz.

desapercebidos do tempo

O mar causa angústia

deparam-se com o templo

por mais de cinco dias

carcomido pelas horas falhas

Ser descalça, inflama

por década encoberto

a mente

a estátua do saguão central

Me consolo nas águas de minha mãe

o santo desvirtuado

por mais um instante

ainda voltava seus olhos para o oratório

Ninguém é ileso ao asfalto: É preciso um Niemeyer ao alcance é necessário que meu olhar se fragmente

um novo Bixiga renasce hoje

e sorria, num sorriso tão largo guardava mesmo o aroma contemplam-no imóvel, em devoção

na próxima parede

a imagem sussurra e o pagão ouve

assim lembro-me pequena e

entrega-se em orações

limitada.

livra-se das dores mundanas

Uma vez infectada de pressa

e de olhos vidrados, entrega-se.

Apresenta-se sintoma latente de Madalena e Mariana. Mochila de novo nas costas O último olhar de paulistana. Riso, gratidão e alívio num suspiro alto E eu ainda Morro de São Paulo


T U R I S TA N D O

Bem-vindo à Sampa

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6 CO I SAS Q U E VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE FA Z E R !

O MASP ad o foi projet ite ta pe la arqu rdi Lina Bo Ba

1. Japan House A Japan House já impressiona pela fachada, que é toda de madeira encaixada. É um centro cultural criado pelo governo japonês, para difundir a cultura japonesa. Lá abriga exposições temporárias, shows, cursos e informações turísticas. Também tem um café e loja no térreo.

2. MASP O MASP é um dos mais importantes museus da América Latina. No seu acervo tem obras de grandes artistas como Van Gogh, Degas, Monet, Portinari, Anita Malfatti, Victor Brecheret e etc. É simplesmente maravilhoso ver essas obras de pertinho! Também há exposições temporárias, cursos,

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um restaurante e um café.

3. Casa das Rosas

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A mansão tem estilo clássico francês, com cômodos, edícula, jardins e pomar. Hoje a Casa das Rosas é um Centro Cultural, aberta ao público para visitação, com exposições, shows, cursos, entre outras coisas. Na parte de fora, a edícula se tornou um café super bacana e o jardim continua cheio de rosas.

4. Itaú Cultural

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O Itaú Cultural é um centro cultural que abriga exposições temporárias super bacanas e sempre gratuitas. No térreo, tem um café e um espaço para descanso. Aos fins de semana, tem apresentações de música, dança ou teatro, com distribuição de ingresso algumas horas antes.

o Exp osiçã e no B rasilie ns ra l It a ú Cul tu

5. IMS PAULISTA

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O Instituto Moreira Salles é um centro cultural com sete andares para exposições, cinema, shows, cursos, loja, entre outros. Também tem um café super bacana, com vista para a Paulista.

6. SESC O Sesc Paulista tem 17 pavimentos com opções culturais, educacionais e gastronômicas, mas sua grande atração é seu mirante no último andar que proporciona uma vista da Avenida Paulista.

© UNPLASH (FOTO ILUSTRATIVA)

A vista desse prédio suntuoso é incrível



DEU FOME

Deu Fome!

Contando com forte influência da cultura de diversos povos que se estabeleceram na capital paulita desde sua fundação, são várias as opções de comida que se pode encontrar na metrópole. Confira alguns pratos típicos paulistanos que são verdadeiros clássicos da terra da garoa. P O R K A R E N C I C E R O / F OTO G R A FI A P O R L I N D A X I A O

B AU R U HORA DE BATER PAPO

Quantas fatias de bauru’s você acha que é capaz de comer?

Tradicional, saboroso e único! O Bauru ao Ponto Chic é um delicioso sanduíche no pão francês com finas fatias de rosbife, tomate em rodelas, pepino em conserva e uma mistura de 4 tipos de queijos fundidos em banho-maria (queijo prato, estepe, gouda e suíço).

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De Lei, apaixonante e estupendo

Faz parte da nossa história!

A receita original foi oficializada por uma lei municipal em 24 de junho de 1998, aprovada pela Câmara dos Vereadores da capital paulista, tal a sua importância para não apenas os costumes como também para a cultura do município.

Casemiro Pinto Neto – O Bauru, estudante na capital e nascido na cidade do mesmo nome ao que lhe era atribuído – costumava pedir com frequência este tipo de sanduíche no restaurante Ponto Chic, do Largo do Paissandu, dizendo ser algo inventado por sua mãe.


DEU FOME

PIZZA DE MANJERICÃO SOBR E

Um dos pratos mais tradicionais de São Paulo que é a segunda cidade que mais consome pizza no mundo. São Paulo conta com 4.500 pizzarias, com sabores dos mais diversos. Em comemoração ao aniversário de São Paulo, o restaurante Serafina oferece a pizza Burrata (R$ 65), fermentada naturalmente e preparada com molho de tomates italianos, burrata artesanal e ainda presunto cru italiano. O N D E?

Já o restaurante o Firmina Central relança a pizza de mortadela. Preparada com mortadela e acompanhada de raspas de limão siciliano sobre mussarela, a redonda estará disponível nesta sexta (25/01). PIZZA

HORA DE BATER PAPO

Os sanduíches do Ponto Chic são os mais desejados aqui em São Paulo. Perfeitos para os amantes do famoso pão francês!

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DEU FOME

PÃO NA CHAPA E PINGADO SOBR E

Para muitos paulistanos não é possível começar o dia sem um pão na chapa e café com leite, o popular pingado. Disponível em todas as padarias da cidade, esse clássico sempre vai bem. Entre as opções para degustar a dupla, estão as padarias Bella Paulista e Bienal e a tradicional lanchonete Estadão.

PÃO FR ANCÊS

O N D E?

Padaria Bella Paulista R.Haddock Lobo, 354, Cerqueira César Padaria Bienal R. Pedroso Alvarenga, 436, Itaim Bibi Estadão Lanches Viaduto 9 de julho, 193

Quem é que consegue acordar e não tomar aquele cafézinho bem quente com um pão francês com manteiga derretida?

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© ISTOCK (FOTO ILUSTRATIVA)

HORA DE BATER PAPO


DEU FOME

HORA DE BATER PAPO

Fast food é o que não falta em São Paulo. Depois daquele dia tenso no trabalho não há quem não busque um lanchão pra matar aquela fome

HAMBÚRGUER SOBR E

O boom das hamburguerias em São Paulo mostra como o paulistano aprecia o prato, que possui muitas versões mas que a base sege com carne moldada em formato circular. Na lanchonete Matilda Lanches, da chef Renata Vanzetto, o 63 Burger & Stuff e o Bruger Joint oferecem versões variadas de hambúrger. O N D E?

63 Burger & Stuff R. Demóstenes, 806, Campo Belo Matilda Lanches R. Bela Cintra, 1541, Jardins Burger Joint R. Bela Cintra, 2.116, Jardins

© ISTOCK (FOTO ILUSTRATIVA)

HAM BÚR GUER

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DEU FOME

SALDA DE FRUTAS SOBR E

Não há nada mais paulistano do que ... FRUTAS! E porque não misturar várias numa salada de frutas? Diversas delas podem ser encotradas no Mercado Municipal de São Paulo, no centro da cidade, por um preço muito acessível e com variadas opções ... se for indeciso leve alguém junto porque você vai se perder com tanta opção! O N D E?

Equilibrium R. Oscar Freire, 2066, Jardim Paulista Banana Verde R. Harmonia, 278 Vila Madalena Cheiro Verde R. Peixoto Gomide, 1078 Jardins

S A L A DA D E F R U TA

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Como você faz sua salada de frutas? com suco de laranja? leite condensado? refrigerante de maça? com bolas de sorvete de creme? São tantas opções!

© UNPLASH (FOTO ILUSTRATIVA)

HORA DE BATER PAPO



E N T R E V I S TA

Das coisas

que são ... Ricardo Silva! Professor, escritor, arquiteto ... Ricardo é uma pessoa urbana que realmente vive a cidade tal como ela é. Nascido em Florianópolis e morador de São Paulo, no Anhangabaú, ele é amante de caminhadas exploratórias e ama fotografar a cidade.: amor expresso em seus livros.

V I VA

A

QUEM

VIVE

A

C I DA D E !

E claro, esse cara não podia ficar de fora. Ricardo se formou em arquitetura pela FAU-UFSC, doutor em Crítica e Estética da Metrópole pela FAUMACK, professor de crítica e leituras urbanas no curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário SENAC. Atua desde 2010 como explorador gráfico, expondo projetos em serigrafia com a temática das

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coleções, coletas e perambulações urbanas. Desde 2005 investiga o cotidiano da Cidade a partir de caminhadas urbanas e produz materiais diversos de registro e apropriação até séries fotográficas (@por.onde.o.homem. anda). Destas investigações urbanas surgem as séries fotográficas “DA S COISA S QU E ...”, coleções de registros de objetos

ordinários e acontecimentos cotidianos aproximados sob determinada temática, sempre ambígua ou de dupla interpretação. Logo, não faria lógica escolher outra pessoa para preencher essas páginas de entrevista, se não Ricardo, o cara que vive e sente São Paulo como ninguém! Preparadxs? Não sabe? então vem ler essa entrevista.

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por M I L E N A SA N T OS


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E N T R E V I S TA

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E N T R E V I S TA

Você nasceu em São Paulo? Se sim, onde? E se não, como foi chegar aqui?

RICARDO RESPONDE

“Nasci em Florianópolis, em Santa Catarina. Ainda bebê minha família se mudou para uma cidadezinha no interior do estado, chamada São Bento do Sul. Fiz faculdade em Florianópolis e, quando me formei, me mudei para São Paulo para trabalhar em escritórios de arquitetura e concorrer a uma vaga na pós-graduação (mestrado na USP e depois no Mackenzie). Além disso, minha namorada era de São Paulo (tínhamos um namoro à distância) e, quando me mudei, nos casamos.”

RICARDO RESPONDE

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MILENA PERGUNTA

Sabemos que você já publicou cerca de 4 livros, e todos com fotografias da cidade. Como foi a experiência e qual foi sua inspiração?

RICARDO RESPONDE

MILENA PERGUNTA

Você considera que o cidadão paulistano pode ser definido dentro de algum perfil?

do início do século XX até haitianos e nigerianos do início do século XXI – o “perfil” do paulistano vai se metamorfoseando a cada dia.

dade um ar cosmopolita, onde encontramos desde coreanos que mal falam o português até uma senhorinha viúva de um g rande fazendeiro da época áurea da produção de café. De migrantes – de todas as regiões e culturas do Brasil – à imigrantes – italianos e japoneses

Sempre caminho pela cidade. E esse caminhar tenta ser menos apressado que o restante da cidade. Gosto de andar lentamente, observando e percebendo as pequenas coisas que acontecem quando nada está acontecendo. Um dia li um livro do escritor francês Georges Perec, onde o autor se propunha a anotar tudo o que acontecia numa praça de Paris. Ele registrou todas as banalidades e insignificâncias do cotidiano da praça. A inspiração foi imediata. Resolvi unir minha facilidade em perceber as pequenas coisas do dia a dia com a proposta/convite feita pelo escritor. Comecei a produzir listas de coisas e momentos que me afetavam durante minhas caminhadas e experiências urbanas. Com o tempo, as coleções ganharam consistência e coerência. Resolvi que elas poderiam virar pequenos livros, quase um inventário de coisas da cidade, um álbum de figurinhas que poderiam ser compartilhados

NA FOTO: RICARDO POSANDO PARA O FOTÓGRAFO, FOTO AUTORAL

MILENA PERGUNTA

O paulistano é muito heterogêneo. Somos mais de 12 milhões de seres humanos vivendo numa “única cidade”. Acredito que, na verdade, existem milhares de “São Paulos” e nelas vivem muitos e diferentes paulistanos. Da zona Norte à Zona Sul constituímos relações muito distintas com a ideia de cidade. Temos na ci-


E N T R E V I S TA

com as pessoas, fazendo também um convite para experimentarem a cidade com Perec me provocou. Inclusive, nesse momento estou produzindo e editando uma nova série de livros dessas coleções.

amigos que se encontra à meia noite no centro da cidade para caminhadas pelas ruas desertas durante a madrugada. Fotografamos e experimentamos os espaços vazios e iluminados pelos posters antigos.

MILENA PERGUNTA

Qual o meio de transporte que você mais utiliza?

MILENA PERGUNTA

Como você interage com São Paulo em relação ao transporte, ao clima e às pessoas?

Das coisas que habitam Ricardo ... literalmente! TATUAGENS Além das fotogra-

NA FOTO: RICARDO E SUAS TATUAGENS, FOTO AUTORAL

RICARDO RESPONDE

Evito o uso de automóvel, não tenho carro. Quando tenho um compromisso com horário apertado, ou está chovendo muito, ou saindo do supermercado, chamo um carro particular por aplicativo. Caso contrário, gosto muito de andar até meus destinos, usar metrô e ônibus. Gosto muito do ônibus porque ganhamos uma janela para o mundo, onde conseguimos assistir a vida real acontecendo. O clima de São Paulo é uma categoria à parte, né. Chove, faz frio e muito calor nu m me smo d i a . Vou me adaptando conforme as “estações”. Gosto do céu azul, mesmo sem horizonte. A cidade mostra suas cores – muito além dos milhares de tons de cinza que as pessoas dizem que ela tem – e se ilumina de uma forma bem interessante quando um raio de sol se enquadra entre dois altos edifícios. Mas também gosto muito da noite na cidade. Tenho um g r upo de

fias, passeatas, psicografia, livros e serigrafias, existe uma outra coisa que faz parte de Ricardo ... tatuagens! Tesouras, bilhetes de metrô, moedas, e diversos outros utensílios que compõem a paisagem caótica e peculiar de São Paulo. Cada tatuagem representa algo para o intusiasta da capital, seja um sentimento efêmero ou não. Diversas delas, inclusive, foram feitas por ex-alunos do professor. Ricardo, de fato, é a personificação de cidade, em carne e osso.

RICARDO RESPONDE

Meus adidas...

MILENA PERGUNTA

Qual a sua programação favorita durante o fim de emana?

RICARDO RESPONDE

Caminhar pelos bairros e descobrir lugares para comer e tomar um café.

Por onde o Homem anda? Ricardo tem uma página no Instagram onde ele compartilha São Paulo através de fotos incríveis. Já foi conferir?!

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E N T R E V I S TA

MILENA PERGUNTA

O que mais te chama a atenção na cidade?

MILENA PERGUNTA

Se pudesse citar um defeito de São Paulo, qual seria?

RICARDO RESPONDE

RICARDO RESPONDE

A sua potência de constante mudança e, mesmo assim, mantendo uma perenidade incrível. Perceber como os diversos tempos estão presentes na cidade. O espaço urbano é meu habitat, tanto corporal quanto investigativo. Me encanta a capacidade que a cidade tem de nos provocar e nos deslocar de nossa “segurança” doméstica. Na cidade cruzamos com milhares de desconhecidos, olhamos nos olhos de muitos que nem fazemos ideia quem são, de onde vem ou para onde vão.

Sua juventude.

O bairro da Bela Vista e o centro histórico da cidade.

MILENA PERGUNTA

Se você tivesse poder e condições de resolver algum problema sério da cidade, qual seria?

RICARDO RESPONDE

MILENA PERGUNTA

E uma qualidade?

RICARDO RESPONDE

Ela é indomesticável.

Nossa relação com os rios da cidade. Dos pequenos córregos aos potentes rios.

MILENA PERGUNTA

Defina São Paulo em algumas palavras ou em alguma outra forma de expressão.

MILENA PERGUNTA

MILENA PERGUNTA

O que você não gosta na cidade?

RICARDO RESPONDE

Da cidade em si não tenho do que reclamar. Me incomoda – e entristece, na verdade – perceber o mal uso que muitas pessoas dão a ela. São as pessoas que fazem a cidade...

Há algum lugar na cidade que você frequenta para relaxar, encontrar amigos ou até se inspirar?

RICARDO RESPONDE

A música “esboço” de Luiz Tatit

RICARDO RESPONDE

Ficou curioso? Então não deixe de ouvir a música acima! FUI ...

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FA L A A Í

A lista de características típicas paulistanas é imensa, e por isso, perguntamos a alguns de seus moradores sobre sua relação com a cidade, quais suas razões para amá-la e seus lugares preferidos. por M I L E N I K A R AVA G G I

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© ISTOCK (FOTO ILUSTRATIVA)

Fala aí


FA L A A Í

Ana Holanda

Adoro caminhar pelas ruas. Às vezes são as mesmas ruas de sempre, mas encontro algo novo para perceber, reparar, descobrir. E me encantar. São Paulo tem dessas coisas. É grande, às vezes cinzenta, fria, distante, mas, se você se permitir olhar, se aproximar, ela se mostra incrivelmente delicada, colorida, poética até. Há beleza no cinza, nas árvores que cismam em crescer por entre as calçadas, nas pessoas que passam apressadas. Não depende tanto da cidade mas da gente. É preciso olhar, reparar. E, novamente, se encantar. Gosto de andar a pé, por bairros como Paraíso, Liberdade, Vila Mariana. E fazer programas clichês como passear pelo parque do Ibirapuera, que sempre me revela um cantinho que eu não conhecia.​Pedalar por suas ruas também se transformou em uma nova descoberta e na possibilidade de uma cidade mais gentil. Paulistana e editora-chefe da revista Vida Simples.

FOTOS AUTORAIS RETIRADAS DO INSTAGRAM PESSOAL

Enivo é paulistano e grafiteiro.

Eu amo São Paulo porque ela é motor para meu trabalho e para meu crescimento como pessoa. Sobre um lugar que eu me sinta em casa, sou suspeito, mas o Parque Minhocão me faz ter essa sensação. Democrático e de verdade. Felipe é paulistano, artista plástico e diretor da Associação Parque do Minhocão.

Enivo

A​mo SP porque nasci aqui, gosto da diversidade, pixação e o caos dessa cidade, acho que é ​ ocombustível. Os lugares em que me sinto em casa são o Parque da Aclimaçã​o e a Galeria A7MA, na Vila Madalena.

Felipe

SÓ HISTÓ RIA BACA NA!

Hélio

Quando cheguei aqui, em 1958, fui acolhido em forma de amor. Minha relação com SP é de gratidão, amor, fraternidade, de generosidade recíproca. De abraços apertados, de um olhar diferente, de aquiescência. Meus lugares preferidos: Parques (principalmente o Tiquatira na Zona Leste, o Mercadão Municipal e também os bons restaurantes que nos proporcionam uma gastronomia inigualável. Hélio da Silva é gerente comercial da Native Alimentos

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FA L A A Í

Rafaela

Eu amo SP porque ela me dá material para trabalhar, tem muita gente interessante que circula e trabalha por aqui. Gosto de cuidar dela, fico atento à criação de parques urbanos e questões ligadas ao verde. Também amo admirar o patrimônio histórico e em 2018 quero lutar mais pela sua preservação. Vislumbro um grande futuro para nossa cidade. Um dos lugares que mais gosto para passear é a feirinha de antiguidades do MUBE, aos domingos. Rafaela Vettori é paulistano, sócio-fundadora da empresa O Panda Criativo

Jairo Mel

Eu amo SP pela diversidade de arte que carrega, nós somos privilegiados — apesar das dificuldades — em ter mais acesso e oportunidades para realizar projetos e colocar nosso trabalho na rua, comparando com qualquer outra cidade do Brasil. Percebo cada vez mais uma juventude ativa, ocupando espaços e fazendo trabalhos incríveis. Me sinto em casa no Parque do Ibirapuera, lá tem vários esconderijos pra ficar em paz, dá pra encontrar um refúgio no meio do caos.

Pelo cotidiano, São Paulo se tornou meu chão há mais de 20 anos. Sampa me enche de inspirações, é palco de embates sócio-raciais, lugar onde cavamos afetos para não nos sufocarmos entre tantas paredes. Amo a velocidade, as tantas personalidades e a confluência de culturas. Apesar do ritmo de produção e progresso que plastifica a cidade e suas relações, desengravatadas. Gosto do centro velho da cidade, imaginar as histórias passadas vividas e até mesmo as que acontecem agora, e também da Pompeia e da Santa Cecília, entre o caos e a mansidão. Jairo Pereira é suzanense, cantor e compositor no Mutum

Otávia

Embora eu construa edifícios em São Paulo, o que mais me encanta aqui são as pessoas. Entre meus passeios preferidos está correr de manhã no Parque do Ibirapuera, almoçar no restaurante Leôncio na Vila Madalena, caminhar do meu escritório pela viela Tim Maia até o meu apartamento na Vila. Otávia Zarvos é paulistano, arquiteto e criador da incorporadora Idea!

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FOTOS AUTORAIS RETIRADAS DO INSTAGRAM PESSOAL

Mel Duarte é paulistana e poetisa, integrante do Slam das Minas



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SECTION— Slu g

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PA R E N T S

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