FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO FACULDADE DE ARTES PLÁSTICAS CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
Juliana Nogueira Freitas
REVITALIZAÇÃO DO FAROL DO JAGUARÉ E SEU ENTORNO
São Paulo 2013
Juliana Nogueira Freitas
REVITALIZAÇÃO DO FAROL DO JAGUARÉ E SEU ENTORNO
Monografia apresentada como parte do Trabalho Final de Graduação no Curso de Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade de Artes Plásticas, na Fundação Armando Alvares Penteado.
Orientador: Ricardo Figueiredo do Nascimento
São Paulo 2013
Juliana Nogueira Freitas
REVITALIZAÇÃO DO FAROL DO JAGUARÉ E SEU ENTORNO
Monografia apresentada como parte do Trabalho Final de Graduação no Curso de Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade de Artes Plásticas, na Fundação Armando Alvares Penteado.
Aprovado em 18 de Junho de 2013
BANCA EXAMINADORA
Ricardo Figueiredo do Nascimento (orientador)
Thomas Sula Elzesser (examinador)
São Paulo 2013
Aos meus pais: Minhas mais belas raz천es de e para existir.
A Deus, pois sem ele nada seria possível e não estaríamos aqui reunidos desfrutando juntos destes momentos que nos são tão importantes. Aos meus pais, Silvana e Ricardo e avós pelo esforço e compreensão em todos os momentos desta e de outras caminhadas. Aos meus Amigos, poucos em números, mas incomensuráveis na qualidade. Ao Caio, pela força e apoio, por ter me aturado, consertado e me colocado no rumo certo. Ao meu Orientador, aquele que me acolheu de braços abertos, me conduzindo pelos caminhos da pesquisa com muita paciência e maestria.
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RESUMO
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Este trabalho visa focar em uma proposta de reurbanização da área do Farol do Jaguaré e seu entorno, localizada no bairro do Jaguaré na cidade de São Paulo. A proposta tem como objetivo promover o turismo no local e ao mesmo tempo melhorar a qualidade de vida de todos os moradores e trabalhadores da região contando com uma unidade médica, educacional, teleférico, centro de convivência, restaurente e habitações adequadas à população. Os conjuntos propostos, ao mesmo tempo em que criam uma nova condição e um novo uso urbano para a área escolhida, procura integrarse ao entorno do bairro, criando-se espaços de convivência aos frequentadores, sejam eles moradores, trabalhadores ou turistas. O objetivo é, portanto, reurbanizar o local seguindo a proposta inicial do planejador, ou seja, concentrar trabalho, casa, comércio, educação e lazer em um só local, fazendo assim com que a população local não tenha que fazer grandes trajetos, enfrentando trânsito e diversas baldeações para chegar ao destino. Isso promove a integração dos moradores à cidade de uma forma mais humana e respeitosa.
PALAVRAS CHAVE:
Reurbanização, Favelas, Jaguaré, Convívio, Integração, Sociedade, Moradia, Restaurante, Mirante.
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SUMÁRIO
S U M Á R I O
S U M Á R I O
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RESUMO 12 SUMÁRIO 14 LISTA DE FIGURAS
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1. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 1. 1. Tema 1. 2. Área de concentração 1. 3. Introdução 1. 4. Procedimentos metodológicos
18 19 19 19 21
2. APROPRIAÇÃO DO LUGAR 2. 1. Centro Industrial do Jaguaré 2. 1. 1. Topografia 2. 1. 2. Ligação ferroviária 2. 1. 3. Ligação rodoviária 2. 1. 4. Operariado 2. 1. 5. Bairro residencial 2. 1. 6. Situação atual da área de estudo 2. 1. 7. Situação atual da Favela Nova Jaguaré 2. 1. 8. Projeto das habitações existentes 2. 1. 9. Patrimônio histórico da área
22 23 26 26 26 27 28 29 31 33 35
3. LEVANTAMENTO DE DADOS 3. 1. Local do terreno 3. 2. Levantamento do terreno e entorno 3. 3. Registro fotográfico 3.4. Legislação 3.5. Uso e ocupação do solo
36 37 38 40 44 45
4. ESTUDO DE CASO 4. 1. Restaurante Oiticica 4. 2. Livraria/café 4. 3. Restaurante Ráscal Itaim Bibi
46 47 50 52
5. PROJETO 5. 1. Justificativa 5. 2. Partido arquitetônico 5. 3. Propostas 5. 4. Memorial de projeto 5. 4. 1. Capacidade do restaurante 5. 4. 2. Locais de estacionamento 5. 4. 3. Síntese do terreno 5. 4. 4. Organograma e fluxograma 5. 4. 5. Considerações finais
54 55 56 58 62 62 63 63 64 65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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LISTA DE FIGURAS
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Fig. 1: Fig. 2: Fig. 3: Fig. 4: Fig. 5: Fig. 6: Fig. 7: Fig. 8: Fig. 10: Fig. 9: Fig. 11: Fig. 12: Fig. 13: Fig. 14: Fig. 16: Fig. 15: Fig. 17: Fig. 18: Fig. 19: Fig. 20: Fig. 21: Fig. 23: Fig. 22: Fig. 24: Fig. 25: Fig. 26: Fig. 27: Fig. 28: Fig. 29: Fig. 30: Fig. 31: Fig. 32: Fig. 33: Fig. 34: Fig. 35: Fig. 36:
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Panorâmica da área de estudo. Croqui do projeto Croqui do projeto Perspectiva aérea em 1946 – Confluência entre os rios Pinheiros e Tietê. Vista parcial em 1946. Vista parcial do bairro residencial operário em 1946. Ferrovia 1946 Ponte do Jaguaré em concreto armado. Área de estudo em 2008. Área de estudo em 1958. Contraste do Farol do Jaguaré em 1943 e 2012. Gráfico da frequência escolar da área de estudo. Gráfico de caracterização do domicílio da Favela Nova Jaguaré. Mapa da Favela Nova Jaguaré destacando as áreas de risco. Projeto das Habitações de Interesse Social Foto tirada dentro da Favela Nova Jaguaré, de onde se pode avistar a região da Vila Leopoldina. Foto tirada durante as obras mostra a contenção de cimento no muro de arrimo. Mirante do Jaguaré. Localização do município em escalas nacionais, regionais e estadual. Equipamentos urbanos na área de estudo. Área de estudo Foto da rua Salatiel de Campos Foto aérea do terreno. Foto da rua Lealdade Foto da rua Lealdade Foto da avenida Dracena x Rua Guapó Foto da da rua Barão de Antonia x Marginal Pinheiros Foto da rua Barão de Antonia Características de aproveitamento, dimensionamento e ocupação do lote Uso e ocupação do solo Fachada do restaurante Fachada a noite Fotos externas do local. Interior do restaurante Interior do restaurante Área de estudo
21 23 23 25 26 26 26 27 27 27 32 33 34 34 35 35 36 37 39 40 41 42 42 43 43 44 44 45 46 47 49 51 52 54 54 65
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1. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
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1. 1. Tema
1. 2. Área de concentração
1. 3. Introdução
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Revitalização do Farol do Jaguaré e seu entorno.
Projeto arquitetônico Restaurante-Mirante.
O tema escolhido para pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso é o estudo para o lançamento do partido urbanístico para a área do Farol do Jaguaré e a Favela Nova Jaguaré na cidade de São Paulo, onde será proposto um ponto turístico e uma revitalização respectivamente. O espaço em estudo é uma ampla área em meio ao setor de expansão da cidade, na região Oeste. Separada do resto da cidade pela Favela Nova Jaguaré, que cobre toda a parte íngreme da área, apresenta leves ondulações em um platô alto, com vistas privilegiadas da cidade.
Fig. 1:
Panorâmica da área de estudo.
Fonte: Juliana Freitas, fevereiro 2013.
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O Jaguaré é um bairro que, como constou em reportagem do Jornal Estado de São Paulo (datado de 22 de novembro de 2011), tem a cara de São Paulo. A reportagem afirma que:
“
Se algum bairro pudesse ser um retrato em miniatura de São Paulo, seria o Jaguaré. Levantamento feito pelo Estado nos dados do Censo Demográfico de 2010 mostra que, dos 96 distritos da capital, o Jaguaré, na zona oeste, é o que possui indicadores mais similares à média da cidade. Na região, vê-se uma mistura tipicamente paulistana: casas antigas, favelas, indústrias, prédios de alto padrão recém-construídos e até o tradicional engarrafamento do fim da tarde.
”
A pesquisa procura coletar dados e informações sobre a infraestrutura necessária para atender a população de toda a região, que promova sua integração com seus familiares, amigos e sociedade, além da integração de seus moradores com a paisagem e meio-ambiente.
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Os procedimentos usados para coleta de dados são realizados Metodológicos através de saídas a campo para levantamento bibliográfico a cerca do assunto pesquisado. As fontes consultadas são de origem fotográfica, cartográfica e documental da área a ser analisada. Optou-se pela não realização de entrevistas e questionários.
1. 4. Procedimentos
Fig. 2:
Croqui do projeto
Fonte: acervo pessoal
Fig. 3: projeto
Croqui do
Fonte: acervo pessoal
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2. APROPRIAÇÃO DO LUGAR
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2. 1. Centro Industrial do Jaguaré
O nome Jaguaré vem de um ribeirão da região, que nascia em Osasco e desembocava no Rio Pinheiros e que foi canalizado quando o bairro começou a ser urbanizado. O Jaguaré era uma grande fazenda de 165 alqueires que pertencia à Companhia Suburbana Paulista, fundada por Ramos de Azevedo e que executava loteamento de terras pela cidade. Foi fundado em 1935 por Henrique Dumont Villares, sobrinho de Santos Dumont, que vislumbrou um projeto de urbanização que dividia a região de maneira ordenada em áreas residenciais, comerciais e industriais que eram geridas pela Sociedade Imobiliária do Jaguaré criada por Villares.
Fig. 4: Perspectiva aérea em 1946 – Confluência entre os rios Pinheiros e Tietê. Fonte: Urbanismo e Indústria em São Paulo. Henrique Dumont Villares. São Paulo Mcmxlvi, 1946.
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Fig. 5:
Vista parcial em 1946.
Fonte: Urbanismo e Indústria em São Paulo. Henrique Dumont Villares. São Paulo Mcmxlvi, 1946.
Fig. 6: Vista parcial do bairro residencial operário em 1946. Fonte: Urbanismo e Indústria em São Paulo. Henrique Dumont Villares. São Paulo Mcmxlvi, 1946.
Fig. 7:
Ferrovia 1946
Fonte: Urbanismo e Indústria em São Paulo. Henrique Dumont Villares. São Paulo Mcmxlvi, 1946.
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Fig. 8: Ponte do Jaguaré em concreto armado. Fonte: Urbanismo e Indústria em São Paulo. Henrique Dumont Villares. São Paulo Mcmxlvi, 1946.
Fig. 9: Área de estudo em 1958. Fonte: http://www.geoportal. com.br/ - acesso em dezembro 2012.
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Fig. 10: Área de estudo em 2008. Fonte: http://www.geoportal. com.br/ - acesso em dezembro 2012.
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2. 1. 1. Topografia
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Os terrenos do Centro Industrial do Jaguaré foram divididos em duas zonas: área industrial, que se destinava à localização de estabelecimentos manufatureiros, área de depósitos armazéns, pátios de recepção e expedição e o bairro residencial operário. Os terrenos foram nivelados com leve e uniforme declividade para drenagem, em direção ao rio Pinheiros, e os desvios ferroviários foram dispostos de modo a permitir lotes de qualquer área ou formato. Esta é uma vantagem que só se pode encontrar em área industrial planejada, em contraste com terrenos de topografia acidentada, e muitas vezes, de formato impróprios para a instalação de uma fábrica. Para proporcionar fácil circulação no bairro industrial, foi aberto, um sistema de vias públicas, formado de avenidas e ruas que servem a todos os lotes.
2. 1. 2. Ligação ferroviária
Foi construída dentro da área do Centro Industrial do Jaguaré uma rede ferroviária de 12.700 metros, de tal forma disposta que todos os lotes industriais em que o terreno possa ser subdividido serão servidos por desvios. Haviam inúmeras vantagens decorrentes das estradas de ferro para as indústrias localizadas no Centro Industrial do Jaguaré, dentre estas a facilitação da entrada da matéria prima e seu consequente embarque para os locais de destino
2. 1. 3. Ligação rodoviária
O Centro Industrial do Jaguaré ficava situado junto ao cruzamento das principais estradas de rodagem que conduziam ao norte e ao oeste. Essas estradas serviam às mais importantes zonas agrícolas e comerciais, tributárias da cidade de São Paulo. Caminhões carregados no Centro, que iam para o interior ganhavam tempo, pois não era necessário atravessar as áreas urbanas atravancadas.
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Como o Centro Industrial ficava na confluência dos rios Pinheiros e Tietê e o meio de transporte mais econômico era a navegação, pensava-se que os rios se tornariam navegáveis. E com o objetivo de facilitar a navegação entre os rios, o engenheiro Henrique Dumont Villares, decidiu construir um Farol, que mais tarde serviria apenas como um marco decorativo. O Mirante, principal símbolo do bairro, conhecido também como Farol do Jaguaré, foi construído em 1943, com 28 metros de altura no ponto mais alto do bairro, com vista panorâmica para vários pontos de São Paulo. Porém, a partir da década de 1980 com a saída e fechamento de diversas fábricas, o marco do bairro deixou de ser importante, ficando assim abandonado. Em 2004, foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, mas mesmo assim não houve interesse do Poder Público. Devido a sua importância, os moradores da SAJA (Sociedade Amigos do Jaguaré) realizaram as reformas necessárias, pintando a torre do relógio e remodelando o jardim da praça.
2. 1. 4. Operariado
Será sempre precária a situação de um bairro industrial que ofereça dificuldades para o engajamento de operários, ou que os sujeite a longas e demoradas viagens, em penosos meios de transporte, para ir ao trabalho ou regressar ao lar. A estabilidade do operário depende da sua satisfação com as condições de vida a que se vê obrigado em consequência da situação dos locais de trabalho. A questão da mão-de-obra, é das mais graves para o industrial. Mão-de-obra adestrada não se improvisa. Um corpo de operários, como o de São Paulo leva dezenas de anos a se congregar, e só mesmo onde há ensino técnico e elementos realmente adaptáveis é que se consegue formar o operário especializado. O Centro Industrial Jaguaré não está só cercado de distritos onde residem as classes operarias, mas conta, além disso, com meios de transporte rápido e barato pela Estrada de
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Ferro Sorocabana. Há também ônibus que passam pela propriedade, oferecendo bom serviço e cobrando passagens reduzidas. O custa de vida, em Pinheiros e Presidente Altino eram muito mais baixo do que em quaisquer bairros análogos da cidade de São Paulo, consequentemente os salários eram também inferiores. A descentralização das indústrias trouxe para o operário a possibilidade ou, pelo menos, a oportunidade da sua semi-ruralização, isto é, da residência em distritos suburbanos, onde o custo de vida era menos elevado e o ambiente mais saudável. Com isso, via-se o operário libertado dos inconvenientes do congestionamento do tráfego e das condições anti-higiênicas de residência em zonas urbanas de população exageradamente densa. Era essencial que as distâncias a transpor entre a residência e a fábrica, onde trabalhavam, não fossem demasiadamente extensas e não submetessem o operário a contingência de depender de meios de transporte penosos, com baldeações, através de zonas de transito congestionado. Havia necessidade, portanto, de proporcionar à população proletária a possibilidade de residir nas cercanias acessíveis dos bairros industriais, e só ao instalar e edificar um bairro residencial especializado para o operariado é que se podem seguir diretrizes obedecendo as normas impostas pelo moderno urbanismo.
2. 1. 5. Bairro residencial
O Centro Industrial do Jaguaré dispunha de um bairro residencial operário, destinado à moradia das famílias dos trabalhadores das fábricas ali localizadas. As residências eram pequenos bangalôs, apropriados ao nosso clima, oferecendo todas as condições de higiene e conforto, cada um deles isolado em centro de terreno próprio, contando com jardim e quintal e cada qual com sua fisionomia arquitetônica peculiar, a sugerir ao seu habitante a idéia de propriedade bem sua. 28
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Um bairro residencial não consistia apenas num aglomerado de casas de moradia. Foi reservado um espaço para o edifício do grupo escolar e, além disso, foram construídas residências, escola, restaurante, parque, praça de esportes, igreja, centros de recreação e outros elementos que podiam ser comparados ao que de melhor se tinha feito no estrangeiro. Foram planejadas áreas que proporcionassem distração e tranquilidade, tais como “churrasqueiros”, para piqueniques e refeições campestres. Havia também a pretensão de uma praça de atletismo, escola profissional onde os filhos de operários, ao sair da escola e antes de atingir a idade em que começavam a trabalhar, adquirissem os elementos essenciais de um ofício e habilitassem para as profissões que exigem aptidões técnicas. Em um centro comercial anexo ao bairro, seriam construídas dezenas de lojas, em que as famílias poderiam fazer suas compras e até mesmo trabalhar sem percorrer longas distâncias. Fazia parte do programa ainda, a construção de um centro cívico, com agência de correios, posto policial, local de reuniões, etc., que ficaria na fronteira do centro comercial.
2. 1. 6. Situação atual da área de estudo
Ao andar pelo bairro nota-se que, a grande parte das construções residenciais erguidas entre os anos 1930 e 1940 foram completamente desfiguradas. Ao longo das ruas é encontrado somente algumas poucas sem modificações e apenas uma residência absolutamente preservada. O tombamento do Relógio do Jaguaré só viria pelo CONPRESP(Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) em 2002, quando já não havia muito mais o que ser preservado no Jaguaré. Hoje, não é mais possível erguer prédios altos que impeçam a vista do mirante.
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Ao repetir a foto de Henrique Dumont Villares, quase 70 anos depois da imagem original, demonstra ao leitor como a poluição visual desprestigia este patrimônio histórico. Em visita à área do Mirante, encontramos muito lixo pelas calçadas e ruas adjacentes. O jardim interno, entretanto, estava mais bem cuidado. O Mirante embora tombado, apresenta sinais de abandono. Há alguns pontos de infiltração em sua construção, todas as faces do relógio estão quebradas e, obviamente, não funcionam. É possível notar através da foto atual que a árvore cresceu e tampa a vista próxima do Mirante. Mas, a árvore não é problema. O grande problema é a enorme quantidade de fios que passam diante do Mirante que dá uma visão disforme da obra. Fruto de uma cidade cujas administrações municipais há décadas vão adiando o aterramento de nossa fiação.
Fig. 11: Contraste do Farol do Jaguaré em 1943 e 2012. Fonte: http://olhares.uol. com.br/relogio-do-jaguarefoto1704857.html - acesso em novembro 2012
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No geral o Mirante/Farol está bem preservado, mas é preciso mais atenção e uma manutenção constante. À noite ele fica aceso e pode ser observado de alguns pontos da Lapa e da própria Marginal do Rio Pinheiros. Mas, é inaceitável que um monumento importante como este, marco da fundação de um bairro paulistano, tenha tão pouca atenção da SP Turismo. Estive por dois domingos seguidos no local e o mesmo encontrava-se sempre fechado. Tal fato ocorre em um dia, em que é possível fomentar mais o turismo na região, não só por paulistanos, como também por turistas. A favela Nova Jaguaré possui uma população jovem, onde Jaguaré 52% possui entre 15 e 39 anos. Com relação a frequência escolar, a faixa etária entre 6 e 17 anos 85% frequenta a escola o que é um reflexo da grande quantidade de escolas na região, mas a faixa de abaixo de 6 anos e acima 18 a frequência escolar é preocupante o que é reflexo da falta de creches e da necessidade de se trabalhar ainda jovem.
2. 1. 7. Situação atual da Favela Nova
Fig. 12: Gráfico da frequência escolar da área de estudo. Fonte: http://www.prefeitura. sp.gov.br/cidade/secretarias/ desenvolvimento_urbano/ legislacao/planos_regionais/ index.php?p=1884 – acesso em outubro 2012
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A maior parte das casas são de alvenaria, o que indica o interesse dos moradores em permanecer na região. Nas casas da comunidade ocorre o predomínio de habitações com 3 e 4 cômodos (26% e 28% respectivamente). Apenas 5,3% possuem 1 cômodo e 90,9% das casas possuem banheiro interno. Apesar dessa grande porcentagem de casas em condições mínimas de habitabilidade, é necessário lembrar que elas se encontram em condições precárias, e as famílias encontram dificuldade em acessá-las.
Fig. 13: Gráfico de caracterização do domicílio da Favela Nova Jaguaré. Fonte: http://www.prefeitura. sp.gov.br/cidade/secretarias/ desenvolvimento_urbano/ legislacao/planos_regionais/ index.php?p=1884 – acesso em outubro 2012.
A favela Nova Jaguaré, possuía quatro áreas de risco compostas por taludes de alta declividade e bastante erodidos. As regiões mais baixas estavam sujeitas a alagamento em período de chuva, o que era mais agravado pelo fato dessas áreas apresentarem esgoto não tratado a céu aberto.
Fig. 14: Mapa da Favela Nova Jaguaré destacando as áreas de risco. Fonte: http://www.prefeitura. sp.gov.br/cidade/secretarias/ desenvolvimento_urbano/ legislacao/planos_regionais/ index.php?p=1884 – acesso em outubro 2012.
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Foi notada na área em análise a existência de usos diversos, com o predomínio do uso residencial, com casas principalmente térreas. A Favela ocupa um terreno público de encosta. Quanto mais próximas às vielas, as casas possuíam melhores condições de salubridade, já que estavam localizadas em áreas com melhor acesso e de menor declividade. Com relação aos equipamentos sociais existentes na área: a comunidade é atendida por três escolas públicas, uma unidade básica de saúde, sete entidades sociais, uma agência dos correios e um distrito policial . A comunidade carece principalmente de área verdes e equipamentos de lazer. Fig. 15: Foto tirada dentro da Favela Nova Jaguaré, de onde se pode avistar a região da Vila Leopoldina. Fonte: acervo próprio – tirada em janeiro 2013
Para as novas moradias o governo escolheu as áreas de existentes maior declividade, as que ofereciam maior risco de desestabilização. Nesse local foram removidas as residências com alto potencial de desabamento ou escorregamento. As Famílias que habitavam as áreas de risco tiveram prioridade na aquisição dos imóveis. O Projeto de Edificações abrangeu 113 blocos de edifícios com 992 unidades habitacionais.
2. 1. 8. Projeto das habitações
Fig. 16: Projeto das Habitações de Interesse Social Fonte: http://www.habisp.inf.br/theke/ documentos/publicacoes/urbanizacao_favelas/index.html - acesso em dezembro 2012.
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O Morro do Sabão encontra-se entre as 4 áreas de risco da região. As famílias que habitavam áreas críticas foram alocadas em prédios de apartamento em áreas contíguas ao terreno. Com o desadensamento promovido pela verticalização das unidades habitacionais, novos espaços surgiram e puderam ser utilizados para áreas verdes e equipamentos sociais de lazer, os quais a comunidade carecia. O Projeto realizou obras de contenção das encostas, visando eliminar as áreas de risco existentes que se encontravam propensas a deslizamentos de terra. Também ocorreram movimentações de terra visando à criação de platôs delimitados por muros de arrimo. Esses platôs serviram de base para a construção das novas habitações.
Fig. 17: Foto tirada durante as obras mostra a contenção de cimento no muro de arrimo. Fonte: http://www.habisp.inf. br/theke/documentos/publicacoes/urbanizacao_favelas/index.html - acesso em dezembro 2012.
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O Relógio do Jaguaré (ou Mirante do Jaguaré) foi construido área por determinação de Henrique Dumont Villares (loteador do bairro do Jaguaré e parente de Santos Dumont) por pensar que o Rio Pinheiros fosse navegável.
2. 1. 9. Patrimônio histórico da
Por décadas, foi referência para horário dos moradores, pois o toque de sino marcava as horas. Abandonado há anos, mesmo deteriorado e com o sino e equipamentos furtados, o Relógio continuou sendo marco de localização para os moradores
Fig. 18: Mirante do Jaguaré. Fonte: http://netleland.net/ hsampa/o%20farol/farol_arquivos/image001.jpg
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3. LEVANTAMENTO DE DADOS
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3. 1. Local do terreno
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Jaguaré é um distrito localizado na Região Oeste da cidade de São Paulo, com uma área de 6,6km². Segundo os dados do IBGE 2010, o bairro do Jaguaré estima uma população 41.628 habitantes atualmente, e possui uma densidade demográfica de 63,07 pessoas por Km².
Fig. 19: Localização do município em escalas nacionais, regionais e estadual. Fonte: http://www.mapas-sp.com – acesso em fevereiro 2012.
O principal acesso ao bairro é feito pela Marginal Pinheiros, que atravessa todo Munícipio de São Paulo, Avenida Escola Politécnica e Avenida Corifeu de Azevedo Marques. Com relação as suas fronteiras, o Jaguaré limita-se com os distritos paulistanos de Vila Leopoldina, Alto de Pinheiros, Butantã e Rio Pequeno, e com a zona centrosul da cidade de Osasco. É constituído pelos bairros Centro Industrial Jaguaré, Conjunto Butantã, Jaguaré (onde encontra-se Vila Nova Jaguaré, maior favela da cidade em área contínua, ocupando o Morro da Sabão), Parque Continental, Vila Graziela, Vila Jaguaré e Vila Lageado. Localizam-se no distrito o Mirante do Jaguaré, tombado pelo poder público municipal, e o Museu da Tecnologia de São Paulo, próximo à Cidade Universitária. 37
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3. 2. Levantamento do terreno e entorno
Fig. 20: Equipamentos urbanos na área de estudo. Fonte: https://maps.google.com. br/maps?hl=pt-BR&tab=wl – acesso em março 2013
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Área de estudo 1 Parque Vila Lobos
Imóveis tombados
Pré-escola
2 Cidade Universitária
3 Parque Continental
Creche
4 Ceasa
Educação profissional
Educação de jovens e adultos
5 Praça Pan-americana
Abastecimento alimentar
6 Shopping continental
Equipamento de saúde
Equipamento de esporte
Equipamento de cultura
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Área total do terreno: 10.887m²
Fig. 21: Área de estudo Fonte: https://maps. google.com.br/maps?hl=ptBR&tab=wl – acesso em março 2013.
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3. 3. Registro fotográfico
Fig. 22: Foto aérea do terreno. Fonte: https://maps. google.com.br/maps?hl=ptBR&tab=wl – acesso em março 2013.
AMA
Praça do Relógio
Fig. 23: Foto da rua Salatiel de Campos Fonte: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl – acesso em março 2013.
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Área de projeto
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Área de projeto
Praça do Relógio
Fig. 24: Foto da rua Lealdade Fonte: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl – acesso em março 2013.
Área de projeto
Fig. 25: Foto da rua Lealdade Fonte: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl – acesso em março 2013.
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Proposta de Reurbanização
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Indústria
Marginal Pinheiros
Escola existente
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Proposta de teleférico
Fig. 26: Foto da avenida Dracena x Rua Guapó Fonte: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl – acesso em março 2013.
Conj. habitacional
Área de projeto
Fig. 27: Foto da da rua Barão de Antonia x Marginal Pinheiros Fonte: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl – acesso em março 2013.
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Proposta de teleférico
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Proposta relocação AMA/criação creche e cursos técnicos
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Área de projeto
Fig. 28: Foto da rua Barão de Antonia Fonte: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl – acesso em março 2013.
Proposta relocação AMA/criação creche e cursos técnicos
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3.4. Legislação
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O terreno situa-se numa Zm 2/09 ( Zona mista de média densidade). Com o Coeficiente de Aproveitamento (CA): mínimo de 0,20;básico de 1,00; máximo de 2,00.Sua taxa de ocupação (TO) máxima é de 0,50. Taxa de permeabilidade de 0,20. Recuo de frente 5,00m. E com limite de gabarito de 25,00m. Segundo o Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Sé.
Fig. 29: Características de aproveitamento, dimensionamento e ocupação do lote Fonte: http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/0001/parte_II/lapa/178%20QUADRO%20 04%20do%20Livro%20VIII.pdf – acesso em dezembro 2012
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3.5. Uso e ocupação do solo
O uso predominante na área é de indústrias e residências. Também possui uma alta concentração do comércio nas principais avenidas.
Fig. 30: Uso e ocupação do solo Fonte: http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/0001/parte_II/lapa/178%20QUADRO%20 04%20do%20Livro%20VIII.pdf – acesso em dezembro 2012
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4. ESTUDO DE CASO
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4. 1. Restaurante Oiticica
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Rizoma Arquitetura
Ficha Técnica
Arquitetos LOCAL
Rizoma – Thomaz Regatos y María Paz Brumadinho, Brasil
Projeto
2010
Construção
2010
Área total
768 m2
Fig. 31: Fachada do restaurante Fonte: http://www.plataformaarquitectura.cl/2012/03/05/ restaurante-oiticica-rizoma/ acesso em março 2013
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O projeto do restaurante Oiticica foi fundamentado em duas premissas básicas para sua conceituação e desenvolvimento.
1 - Utilizar técnicas construtivas que potencializem a sustentabilidade do edifício, como brises para o controle da incidência solar, grandes aberturas e vãos proporcionando maior ventilação e iluminação natural, uso de jardim e aberturas na laje de cobertura, tornando o ambiente do restaurante mais confortável e proporcionando uma ventilação cruzada em seu espaço interno. 2 - Pensar em um edifício bem integrado e que desfrute da paisagem do entorno. Para a execução da obra foram mantidas a vegetação do terreno, fazendo com que a mata ao fundo a as numerosas árvores localizadas a frente do restaurante, associadas ao ritmo vertical dos brises projetados, minimizem a interferência de uma construção deste porte na paisagem. Simultaneamente, através das aberturas do edifício, o parque, com suas cores, texturas e formas variadas, ocupa o salão do restaurante, tornando a permanência do visitante ainda mais agradável.
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Fig. 32: Fachada a noite Fonte: http://www.plataformaarquitectura.cl/2012/03/05/ restaurante-oiticica-rizoma/ acesso em marรงo 2013
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4. 2. Livraria/café
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ArcFaggin
Ficha Técnica
Local
Campos do Jordão, SP
Início do projeto
2010
Conclusão da obra
2011
Área do terreno
242 m2
Área Construída
95 m2 + 51 m2 (deque)
Fig. 33: Fotos externas do local. Fonte: http://www.arcfaggin. com.br/ - acesso em maio 2013
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A obra está localizada nas imediações do Palácio da Boa Vista, numa das extremidades do estacionamento de veículos da edificação oitocentista. O local tem vocação de mirante, tanto pela colina que o caracteriza quanto pela vista que se abre para a região montanhosa da chamada Pedra do Baú. Vidro e madeira são os elementos centrais do projeto, constituintes dos dois blocos independentes que abrigam o programa. A livraria faz divisa com o estacionamento e é paralela a ele, enquanto o café, deslocado em relação ao outro volume, estende-se até a borda externa do terreno. Os dois blocos são estruturados por pórticos de madeira, cuja modulação regular é percebida já no exterior. São visíveis as junções entre os componentes de madeira - estrutura e caixilhos -, inclusive na cobertura plana da edificação, vista desde os andares superiores do palácio. Tal princípio de desenho tira partido e ao mesmo tempo valoriza a pequena escala da arquitetura, tanto nas reduzidas dimensões quanto na simplicidade dos materiais. Também nos espaços internos a madeira é protagonista, recobrindo os pisos e tetos dos dois blocos e as peças de mobiliário, outro item concebido pelo arquiteto. É interessante, nesse aspecto, observar a contraposição da escala intimista predominante com a proporção vertical dos painéis envidraçados de vedação, de modo que a dimensão aparente da obra seja maior do que a real. Generosas varandas, feitas com deque de madeira, interligam os dois volumes ao mesmo tempo que servem de espaço externo de estar, sintonizado com a vocação de mirante da obra. Apenas um pergolado de madeira une, no trecho aéreo, a livraria ao café, enfatizando a sensação de que há abundante espaço aberto envolvendo a arquitetura. Faggin determinou a implantação sutilmente elevada do conjunto e posicionou o único bloco de alvenaria, que abriga os serviços, junto à rampa de acesso. Sua materialidade opaca, na cor branca, contrasta com a transparência arquitetônica, o que transforma um dos elementos secundários do projeto em superfície que valoriza a leveza da proposta.
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4. 3. Restaurante Ráscal Itaim Bibi
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Mauro Munhoz Arquitetura
Ficha Técnica
Local
São Paulo, SP
Início do projeto
2007
Conclusão da obra
2008
Área do terreno
1.200 m2
Área Construída
1.200 m2
Fig. 34: Interior do restaurante Fonte: http://www.arcoweb. com.br/interiores/mauro-munhoz-arquitetura-restaurantesao-14-04-2010.html - acesso em maio 2013
Fig. 35: Interior do restaurante Fonte: http://www.arcoweb. com.br/interiores/mauro-munhoz-arquitetura-restaurantesao-14-04-2010.html - acesso em maio 2013
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O restaurante fica na rua Leopoldo Couto de Magalhães, uma travessa da avenida Brigadeiro Faria Lima, região em que o espaço público não é exatamente maltratado, se comparado com outras áreas. Mesmo assim, são bem-vindas as iniciativas que se preocupam em aperfeiçoar o intercâmbio entre a rua e o ambiente privado. Munhoz conta que já procurara o relacionamento entre o público e o particular no projeto da Hamburgueria Nacional, restaurante que fica em frente da nova unidade do Ráscal. De acordo com o arquiteto, ambos apresentam partidos semelhantes - existem referências a elementos da arquitetura moderna brasileira, como o uso de extensos beirais e, no caso do Ráscal, o fechamento da parte superior na face mais longa com uma parede do tipo cobogó. Contribui para a integração interior/exterior o desenho extrovertido, permeável ao olhar externo e não contido em torno de si, o que levou à utilização de amplas superfícies envidraçadas. “Todas as áreas que poderiam ser deixadas transparentes, nós deixamos”, reforça Munhoz. A essa linguagem caracterizada pela permeabilidade se contrapõe o denso volume do forno, que fica junto da entrada principal, posicionada na junção de ruas. Externamente, a edificação é marcada, sobretudo, pela curva que delineia parte da cobertura e cujo fechamento vertical foi feito por uma parede de elementos vazados de concreto. Estes filtram a incidência da luz natural, enquanto a marquise, que avança do fechamento na parte mais baixa da cobertura, sombreia os caixilhos. Outro recurso para entremear interior e área externa foi o revestimento do piso, que tanto na calçada quanto no restaurante foi feito com pedra-goiás. Avançando no conceito de praça abrigada, Munhoz relata que uma de suas preocupações era evitar que o tamanho (são 350 lugares) deixasse o restaurante parecido com um grande refeitório. De fato, não existem barreiras físicas. A setorização se faz com pés-direitos diferenciados, com a sinuosa cobertura (que se repete no interior com um ripado como forro) e com a ilha central de comida, criando ambientes distintos e igualmente interessantes. Conseguimos definir zonas específicas e tornar o espaço mais orgânico”, avalia o arquiteto.
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5. PROJETO
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5. 1. Justificativa
O Jaguaré foi um dos poucos pontos da cidade de São Paulo no qual houve o interesse de se planejar um bairro industrial e possui áreas significativas para expansão, podendo-se assim obter aproveitamento tanto urbano como arquitetônicos ainda inexplorados. A inserção de um Restaurante, Creche, Ama e Escola Técnica que atenda toda a região próxima ao bairro e que promova a integração, socialização, estruturação, capacitação e a formação especialmente da faixa etária juvenil, para virem a trabalhar futuramente nesta cidade, contribuirá diretamente para potencializar o desenvolvimento da sociedade local. O local proposto para estudo está inserido dentro da área destinada à construção de novos empreendimentos, não muito afastado do centro da cidade a oeste do eixo central está incluída em uma área de expansão urbana com muita infra-estrutura em seus vários acessos. Possui qualidades como seu potencial visual inexplorado, sendo viável devido aos inúmeros terrenos inutilizados que podem ser facilmente desapropriados, além de proporcionar o contato direto com a natureza. Por esses diferenciais e a vontade de fazer algo para melhorar a qualidade de vida dessa população residente do local da área de estudo e com o intuito de mudar um pouco o futuro do bairro e dos jovens que nele residem agregada à idéia de criação de um partido arquitetônico que aborde todas as necessidades propostas, propõem-se um diferencial ao estudo em questão, que enfatize o bem estar, o conforto, a convivência mutua com familiares e amigos.
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5. 2. Partido arquitetônico
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O projeto foi pensado primeiramente como um mirante, onde as pessoas pudessem contemplar a bela vista da São Paulo além-rio que se tem do outeiro do Jaguaré, a qual, infelizmente e por descaso do poder público, estava bloqueada por uma edificação. Partindo deste princípio, o projeto evolui para a construção de um restaurante no local, como forma de incentivar uma nova utilização urbana para o local. O projeto do restaurante foi pensado para um aproveitamento total da vista que se tem do outeiro, sem comprometer o campo visual do observador que está na praça do farol, tampouco o do que na Marginal Pinheiros ou do outro lado do Rio. A arquetetura da edificação do restaurante foi pensada para aproveitar o potencial visual do ponto. O salão conta com um bar interno em toda sua extensão com o piso rebaixado propositalmente para que não exista nada que impeça a visão do cliente que está sentado. Há também o bar externo, rebaixado, que integra o lounge que acontece na varanda, protegido do vento e intempéries por um guarda corpo de vidro alto em toda sua extensão. Toda área de serviço está localizada nas extremidades do edifício, contanto com uma entrada para entregas de mercadorias e outra somente para funcionários. Todas as áreas que necessitam de máxima higiene, contam com uma grelha para facilitar o escoamento da água durante a lavagem. Na cozinha, há um espaço para cada função, há área de cocção, preparação de sobremesas, preparação de vegetais e preparação de carnes. A cozinha conta com um passa-pratos para facilitar a circulação dos garçons, não precisando acessar a cozinha, nem a área de circulação de serviços. Logo
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à frente da cozinha há o setor de lavagem, contando também com um passa pratos, ou seja, não há contato algum da louça suja com a limpa. Na área de recebimento de mercadorias, há taques para higienização das mesmas, balanças para pesar e estrados para armazenagem temporária. Após essa sequência leva-se tudo ao estoque, e o que for refrigerado segue para as câmaras frias. O setor de lixo, encontra-se totalmente independente das áreas de armazenagem das mercadorias e próximo à saída, para facilitar seu transporte. Os principais materiais utilizados na construção são: a madeira, aplicada no piso, forro e nas portas articuladas da fachada principal e o concreto, utilizado na estrutura aparente. A principal característica buscada pelo projeto do restaurante foi proporcionar aos clientes um ambiente aconchegante e acolhedor, sendo que a melhor maneira de transmitir essa sensação foi por meio do uso dos materiais supra mencionados. Contribui, também, para esse objetivo a iluminação, ponto importante do projeto.
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5. 3. Propostas
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O tema do trabalho foi todo pensado baseado no Segundo o Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Lapa:
Capítulo II – Dos Objetivos para o Desenvolvimento Econômico e Social. Art. 2º - São objetivos para o desenvolvimento econômico e social: I. permitir a permanência de indústrias, inclusive sua expansão, que desempenham com qualidade a sua função social; III. estimular o assentamento de indústrias de alta tecnologia; IV. estimular e incentivar a implantação de atividades terciárias relacionadas com a economia globalizada; V. permitir e estimular a implantação de atividades esportivas, turísticas e culturais, aproveitando a extensa planície aluvial existente; Art. 9º – Neste Plano Regional Estratégico são propostas, no Quadro 01 e Mapa 01, as seguintes diretrizes específicas: V- áreas públicas: f) valorizar a área do Relógio e procurar integrá-la ao espaço de uso público; Seção I – Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana Art. 19 – Os objetivos, diretrizes e ações estratégicas estabelecidas por este Plano Regional Estratégico para as Macroáreas de Urbanização em Consolidação, em especial para os Distritos de Jaguara e Jaguaré, para a Macroárea de Reestruturação e Requalificação Urbana, em especial para os Distritos de Vila Leopoldina e Barra Funda, e para a Macroárea de Urbanização Consolidada, em especial para os Distritos da Lapa e Perdizes:
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b) Distrito do Jaguaré: 1- objetivos específicos: 1.1. transformar as zonas industriais em Zona Mista, possibilitando o desenvolvimento urbano com diversidade de usos residenciais e não residenciais, com qualidade ambiental e diversidade de padrão arquitetônico. 1.2. permitir na Zona Mista a permanência das indústrias já instaladas e regularmente existentes, inclusive a sua expansão; 2.4. prover Habitações de Interesse Social para famílias moradoras nas favelas do Jaguaré e sobre os trilhos da linha férrea desativados;
Como relatado nos capítulos anteriores, o objetivo deste trabalho é retomar a proposta do urbanista que criou o bairro, ou seja, concentrar moradia, trabalho e lazer em um só lugar, fazendo assim com que os moradores da região não precisem se deslocar e enfrentar inúmeras horas de viagem até chegar ao trabalho e retomar à casa. Outro objetivo, senão um dos principais, é transformar a área do entorno do Farol do Jaguaré em um ponto turístico.
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Projeto da PMSP - SP 2040 A Cidade Que Queremos Parque tecnológico do Jaguaré
Indústrias
Parque Villa-Lobos
USP - Cidade Universitária
Ceasa
Área de atuação
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1
2 Circulação
Edificações
Novas
Veículos e pedestres
comercial e residencial
implantações
Organização do sistema
Desapropriação de moradias
Criação e melhoria dos es-
viário local para uso de
irregulares para reassenta-
paços públicos e área verde
veículos particulares ou de
mento Implantação de áreas de con-
serviços Demolição de prédio existente
vivência: restaurantes, bares, etc
Criação de estacionamento próximo à Marginal Pinheiros
Desapropriação de terrenos mal utilizados e/ou sem uso
Criação de teleférico ligando o estacionamento ao mirante Implantação de transporte público
Relocação do AMA existente
Criação de um centro comercial, educacional e médico Criação de um museu a céu
Construção de novas uni-
aberto com a história do
dades habitacionais
bairro Criação de escola de cursos
Reavaliação das áreas de es-
técnicos
tacionamento dos conjuntos
Implantação de base comu-
existentes
nitária Propostas da PMSP 1 - Novas Habitações de Interesse Social; 2- Parque tecnológico do Jaguaré.
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5. 4. Memorial de projeto
5. 4. 1. Capacidade do restaurante
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Ambiente
Quantidade
Área (M2)
Bar interno
1
50 m²
Bar externo
1
20 m²
Salão restaurante
1
340 m²
Cozinha
1
48 m²
Lavagem louça e panelas
1
20 m²
Estoque
1
22 m²
Câmara fria de hortifruti
1
5 m²
Câmara fria de carnes
1
8 m²
Câmara fria de carnes congeladas
1
8 m²
Recepção de lavagem de mercadorias
1
12,5 m²
Depósito de lixo
1
7,5 m²
Caixa
1
18,5 m²
Administração
1
30 m²
Wc administração
1
8 m²
Copa administração
1
8 m²
Vestiário feminino
1
32 m²
Vestiário masculino
1
32 m²
Copa funcionários
1
13 m²
O restaurante tem capacidade para atender a 180 pessoas, sendo 110 no salão, 21 no bar interno, 9 no bar externo e 40 no lounge da varanda.
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5. 4. 2. Locais de estacionamento
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Há 20 vagas de estacionamento na rua atrás do mirante e outros 2 estacionamentos com 125 vagas no total próximo à estação do teleférico.
5. 4. 3. Síntese do terreno
Fig. 36: Área de estudo
Área total do terreno
10.887 m²
Área permeável
2.177,4 m²
Fonte: https://maps. google.com.br/maps?hl=ptBR&tab=wl – acesso em março
Taxa de ocupação Coeficiente de aproveitamento Altura máxima permitida de
2013.
5.443 m² 21.774 m² 6 metros
construção Recuo de fundo ou lateral
Não possui
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5. 4. 4. Organograma e fluxograma
Circulação de Mercadorias
Circulação de Lixo
Circulação de clientes
Circulação de funcionários
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5. 4. 5. Considerações finais
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O presente Trabalho Final de Graduação – TFG – busca proporcionar um maior entendimento sobre o processo de urbanização do Bairro do Jaguaré e sobre as origens do bairro industrial e residencial, além de permitir uma maior aproximação com a história da nossa cidade. O objetivo com este TFG foi aplicar ao projeto os conhecimentos obtidos ao longo dos cinco anos no curso de arquitetura e urbanismo, buscando um melhor aproveitamento urbano para uma área esquecida da cidade. Buscou-se também o uso adequado das edificações assim como das interações com seu entorno, matérias que são de responsabilidade dos arquitetos urbanistas. Devemos valorizar a cidade a partir da melhoria da qualidade de vida das pessoas e do uso apropriado de infra estrutura.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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VILLARES, Henrique Dumont. Urbanismo e Indústria em São Paulo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1947 SÃO PAULO (Município) Prefeitura do Município de São Paulo. Secretaria de Bem Estar Social. Departamento de Habitação e Trabalho. Boletim Habi, caderno Especial 12. Estudos sobre as Favelas da Administração Regional da Lapa, São Paulo, 1974. SÃO PAULO (Município) Prefeitura do Município de São Paulo (PMSP). Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano (SEHAB) Superintendência de Habitação Popular (HABI) Programa de Interesse Social. Relatório de Gestão 1989 – 1992. Administrações Regionais. Lapa, Sé e Pinheiros. São Paulo, PMSP, 1993 SÃO PAULO (Município) Prefeitura do Município de São Paulo. Secretaria de Bem Estar Social. Departamento de Habitação e Trabalho. Boletim Habi, caderno Especial 12. Estudos sobre as Favelas da Administração Regional da Lapa, São Paulo, 1974 FIGUEIREDO, Eng. Ricardo Brandão. Engenharia Social. Soluções para áreas de risco. São Paulo: Makron Books, 1994 DIAGONAL URBANA. Diagnóstico Integrado. Empreendimento Nova Jaguaré – Três Arapongas. Programa 3 R’s. Regularização, Recuperação de Créditos e Revitalização dos Empreendimentos do Prover, Procav e Guarapiranga. São Paulo, 2006 SÃO PAULO (Município) Prefeitura do Município de São Paulo (PMSP). Secretaria da Habitação (HABI) Sistema de Informações (HABISP). Habitação Social. Favelas. Disponível em: www.habisp.inf.br Acesso em 10 de junho de 2010. SÃO PAULO (Município) Prefeitura do Município de São Paulo (PMSP). Urbanização de Favelas: A experiência de São Paulo. São Paulo: Boldarini Arquitetura e Urbanismo, 2008.
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SÃO PAULO (Município) Prefeitura do Município de São Paulo (PMSP) Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano (SEHAB). Superintendência de Habitação Popular. Relatório de Atividades. São Paulo, 2006 NOBRE, Ana Luiza; MILHEIRO, Ana Vaz; WISNIK, Guilherme. Coletivo: arquitetura paulista contemporânea.São Paulo: Cosac & Naify, 2006. 263 p. MARICATO, Percival. Como montar e administrar bares e restaurantes. 6. ed. São Paulo: Senac, 2005. 204 p. KHAN, MAHNOOD A. CONCEPTS OF FOODSERVICE OPERATIONS AND MANAGEMENT. 2. ed. New York: JOHN WILEY E SONS, 1996. 370 p. KATSIGRIS, Costas; THOMAS, Chris. Design and equipment for restaurants and foodservice: a management view. New York: John Wiles & Sons, 1999. 510 p. SILVA FILHO, Antônio ROMAO A. do. Manual basico para planejamento e projeto de restaurantes e cozinha industrial. São Paulo: VARELA, 1996. 232 p. http://www.sp360.com.br/site/conteudo/index.php?in_secao=42&in_ idioma=1&in_conteudo=82 – visitado em 23/09/2012 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/12.053/4222 - visitado em 10/12/2012 http://olhares.uol.com.br/relogio-do-jaguare-foto1704857.html - visitado em 30/11/2012 http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/tag/farol-do-jaguare/ - visitado em 04/11/2012 http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,jaguare-quer-ser-vale-do-siliciode-sp,584553,0.htm – visitado em 09/12/2012
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http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,jaguare-o-bairro-que--e-a-cara-desao-paulo-,800567,0.htm – visitado em 12/10/2012 http://www.youtube.com/watch?v=BAprLswhd0E – visto em 20/11/2012 http://www.projetopaulista.com.br/pr_urb_urb_fav_njag_sao_paulo_2003.swf visitado em 07/08/2012 http://www.habisp.inf.br/theke/documentos/publicacoes/urbanizacao_favelas/ index.html - visitado em 14/10/2012 http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/0001/parte_II/lapa/178%20QUADRO%2004%20do%20Livro%20VIII.pdf – visitado em 10/08/2012 http://www.geoportal.com.br/ http://habisp.inf.br/theke/documentos/outros/sp2040-acidadequequeremos/ visitado em 13/09/2012 http://www.arcoweb.com.br/artigos/quando-favela-vira-cidade-17-01-2011.html - visitado em 13/08/2012 http://www.saopauloantiga.com.br/mirantedojaguare/ - visitado em 25/10/2012 http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/0001/parte_II/lapa/174%20ANEXO%20VIII%20do%20Livro%20VIII.pdf – visitado em 16/12/2012
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