Eduardo Sá e Silva
O cálculo do risco
em projetos de investimento
O capítulo 6 é reservado para outros critérios alternativos, nomeadamente, o período de recuperação (payback), a análise de sensibilidade, a taxa de atualização ajustada pelo risco e os fluxos equivalentes certos. É apresentada uma série de exemplos, com a respetiva resolução.
O cálculo do risco O cálculo do risco
Na presente obra, evidencia-se o processo de cálculo do risco baseado em probabilidades. Os conceitos de variância, covariância, correlação e desvio-padrão são elementos-chave para o entendimento do risco nos projetos de investimentos. Igualmente faz-se referência à simulação Monte Carlo.
Eduardo Sá Silva
em projetos de investimento (método probabilístico)
Eduardo Sá e Silva Eduardo Manuel Lopes de Sá e Silva é doutorado em Ciências Económicas e Empresariais pela Universidade da Corunha, Espanha, e licenciado e mestre pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Exerce funções de docente no Ensino Superior, sendo orientador de diversas dissertações de teses de Mestrado e Doutoramento, nas áreas de Contabilidade e Gestão Financeira. Obras do autor publicadas pela Vida Económica: - Classe 1: Meios Financeiros Líquidos - Classe 2: Contas a Pagar e a Receber - Classe 3: Inventários e Ativos Biológicos - Custo Amortizado e Imparidade - Dicionário de Finanças e Negócios Internacionais - Dicionário de Gestão - Gestão Financeira: Análise de Fluxos Financeiros - Gestão Financeira: Análise de Investimentos
ISBN 978-972-788-826-9
www.vidaeconomica.pt ISBN: 978-972-788-826-9 Visite-nos em livraria.vidaeconomica.pt
9 789727 888269
- Gestão Financeira: Exercícios Resolvidos - Gestão Financeira: Opções Reais - Modelos para a Determinação do Risco da Taxa de Juro - Normas Internacionais de Contabilidade: da Teoria à Prática
ÍNDICE 1 . Noção de risco........................................................................ 11 2. Apresentação de um caso adaptado de Securato, 1993........13 2.1 Situação de independência................................................. 17 2.2 Situação de total dependência............................................ 20 2.3 Situação de alguma dependência........................................ 22 2.4 Comparação das situações.................................................. 25 2.5 Modelo desenvolvido por Hiller........................................ 26 3. Extensão da fórmula de cálculo do desvio-padrão (risco) para N períodos...................................................................... 37 4. Cálculo da probabilidade de ocorrência................................ 41 5. A utilização da simulação Monte Carlo................................ 45 6. Outros critérios de cálculo do risco...................................... 49 6.1. Período de recuperação (payback)..................................... 49 6.2. Análise de sensibilidade..................................................... 50 6.3. Taxa de atualização ajustada pelo risco............................. 53 6.4. Fluxos equivalentes certos................................................ 54 Conclusão.................................................................................... 57 Referências Bibliográficas.......................................................... 59
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RESUMO O termo risco provém do italiano risico ou rischio, que, por sua vez, deriva do árabe clássico rizq (“aquilo que se depara com a providência”). O termo faz referência à proximidade ou contingência de um possível dano. Um risco é qualquer coisa, desconhecida ou incerta, que possa impedir o sucesso. Risco está relacionado com a escolha, não ao acaso, pois decorre da incerteza inerente ao conjunto de possíveis consequências (ganhos e perdas) que resultam de decisões tomadas diariamente pela organização. Deste modo, risco está associado à possibilidade de ocorrência de acontecimentos incertos ou aleatórios, que definem estados da natureza; é determinado pela variabilidade do valor esperado, em função da ocorrência desses acontecimentos No entanto, importa diferenciar os conceitos de risco e de incerteza, pois o primeiro permite a estimativa da probabilidade (objetiva ou subjetiva) da ocorrência do acontecimentos, enquanto em relação ao segundo (incerteza) não são possíveis tais estimativas. Na presente obra, evidencia-se o processo de cálculo do risco baseado em probabilidades. Os conceitos de variância, covariância, correlação e desvio-padrão são elementos chave para o entendimento
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cálculo do risco
do risco nos projetos de investimentos. Igualmente faz-se referência à simulação Monte Carlo. O capítulo 6 é reservado para outros critérios alternativos, nomeadamente, o período de recuperação (payback), a análise de sensibilidade, a taxa de atualização ajustada pelo risco e os fluxos equivalentes certos. São apresentados uma série de exemplos, com a respetiva resolução. Esta obra enquadra-se no seguimento de outras publicadas pelo autor, a saber: Gestão Financeira – Análise de Fluxos Financeiros, Gestão Financeira – Análise de Investimentos, Gestão Financeira – Opções Reais e Gestão Financeira – Árvores de Decisão. Palavras-chave: risco, incerteza, desvio-padrão, variância, covariância, coeficiente de correlação, distribuição normal e simulação Monte Carlo, fluxos equivalentes certos.
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1. NOÇÃO DE RISCO O risco pode ser definido como o grau de incerteza ou a possibilidade de perda, ou seja, a probabilidade de ocorrência do evento gerador dessa perda. O caso de não termos probabilidades conduz-nos1.a Noção de risco uma situação limite de incerteza absoluta que não poderá ser quantificada. No caso em que há hipótese de quantificação, o O risco pode ser definido como o grau de incerteza ou a possibilidade de perda, ou desvio-padrão é a medida de dispersão que nos informa do grau de seja, a probabilidade de ocorrência do evento gerador dessa perda. No caso de não se ter probabilidades, conduz‐nos a uma situação limite de incerteza absoluta que não concentração das probabilidades em torno da média. Quanto mepoderá ser quantificada. No caso em que há hipótese de quantificação, o desvio nor padrão é a medida de dispersão que nos informa do grau de concentração das o risco, mais representativa é a média; naturalmente, quanto maior é o desvio, menos a média representa a distribuição. Assim, probabilidades em torno da média. Quanto menor o risco, mais representativa é a por média; naturalmente, quanto maior é o desvio, menos a média representa a definição, o risco deve ser definido como o desvio-padrão do distribuição. Assim, por definição o risco deve ser definido como o desvio‐padrão do projeto dado pela seguinte expressão: projecto dado pela seguinte expressão: ��
�
�
�
� VPL s= = �∑���� �������� � � ∑���� ������ . ������ ��� ��� � �� �
VPL s
(1)
(1)
Em que:
em que: VPL s 1 = desvio padrão do projecto 1 ��� = desvio padrão dos fluxos do período j = desvio-padrão do projeto VPL s
�� = Fluxos ocorridos nos períodos J e K desvio-padrão dos fluxos do período j Fs��j �=
, Fk = Fluxos ocorridos nos períodos J e K F��� = covariância j
� = taxa de actualização que se considera constante ao longo do período
cov = covariância
Por seu turno, o E(VPL )2 é dado pela seguinte expressão
σ (Fj ) 1 - Usar-se-á de forma indistinta VPL n ( Fn ) ), e para cada período E ( F1 )VPL E ( Fs2ou ) σ (E E ( Ft )Fsj ou (2) E (VPL) E ( A) ... E ( A ) t 1 i (1 i ) 2 (1 i ) n t 1 (1 i )
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Em que: E(A) – valor esperado do investimento inicial
cálculo do risco
i = taxa de atualização que se considera constante ao longo do período Por seu turno, o E(VPL)2 é dado pela seguinte expressão E (VPL) = − E ( A) + n
= − E ( A) + ∑ t =1
E ( Fn ) E ( F1 ) E ( F2 ) + + ... + = 2 1 + i (1 + i ) (1 + i ) n
E ( Ft ) (1 + i ) t
(2)
em que: E(A) – valor esperado do investimento inicial E o cálculo da TIR (taxa interna de rentabilidade ou rendibilidade) é dado pela seguinte expressão:
Ou o cálculo da TIR (taxa interna de rentabilidade ou rendibilidade)
TIR E ( A)
E (F1) E (F2 ) E (Fn ) ... 0 (3) (3) 2 1 TIR (1 TIR ) (1 TIR )n
2 - Por uma questão de simplificação, usar-se-á indistintamente a notação com valor esperado E( ) (expectativa relativamente ao futuro) ou sem valor esperado. Refira-se que o valor esperado (em inglês, expected value ou expectation), abreviado EV, de um movimento é o ganho ou perda média que resulta de uma situação tendo em conta todos os resultados possíveis e as suas probabilidades. Também aparece com a designação de esperança matemática. A média e o valor esperado são uma e a mesma coisa e fornece-nos informação sobre aquilo que é costume designar-se também por tendência central.
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2. APRESENTAÇÃO DE UM CASO, ADAPTADO DE SECURATO, 1993 Suponha-se que um projeto de investimento gera os seguintes fluxos de caixa, dependendo da situação do mercado. No período 1, pode-se ter procura alta e baixa, no período 2 poderá ocorrer procura alta, média e baixa. Numa primeira situação, ir-se-á considerar que há independência dos fluxos ocorridos nos dois períodos. Numa segunda situação, ir-se-á considerar que ocorrerá dependência, ou seja, os fluxos do período 2 estão dependentes do que acontece no período 1. Numa terceira situação, considerar-se-á que existirá alguma relação entre os fluxos. Os fluxos e as probabilidades de ocorrência são os seguintes: Quadro 1 – Fluxos (situação de partida)
período 1 Procura Alta Média
período 2 F1
p(F1) Procura
100 80,00% 90 20,00%
F2
p(F2)
Alta
200 60,00%
Média
150 30,00%
Baixa
120 10,00%
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Probabilidade de ocorrência dos fluxos em cada um dos períodos, de acordo com o tipo de procura
cálculo do risco
Para o cálculo da variância (o desvio-padrão é a raiz quadrada da variância), deve-se utilizar o seguinte formulário: h
E ( Ft ) = ∑ Ft i pti
(3)
i =1
σ 2 ( Ft ) = ∑ [Ft i − E ( Ft )] pti = E ( Ft 2 ) − E ( Ft ) 2 2
h
(4)
i =1
h
com E ( Ft ) = (∑ Ft i ) 2 pti 2
i =1
Para t=1,2,… n em que: i • pt : probabilidade de ocorrência de cada um dos fluxos nos distintos períodos
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apresentação de um caso
Quadro 2 - Cálculo do desvio-padrão em cada um dos períodos Cálculo da média e do desvio-padrão período 1 - F1 100 80,00% 90 20,00%
80 18
média - E(F1)
98
Cálculo da média e do desvio-padrão período 2 - F2 200 60,00% 150 30,00% 120 10,00% média - E(F2)
10000 8100
80,00% 20,00%
E(F1 2) E(F1) 2 variância - F1 desvio padrão - F1
8000 1620 9620 9604
177
40000 22500
60,00% 30,00%
24000 6750
14400
10,00%
1440
E(F2 2) E(F2) 2
16 4
120 45 12
variância - F2 desvio padrão - F2
32190 31329 861 29
Neste processo de cálculo, a variância é calculada pela diferença E(F1 2) – E(F1) 2, para o F1 (1º período). Para o 2º período, o processo é análogo.
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cálculo do risco
Quadro 3 - Um processo alternativo, que conduz ao mesmo resultado, para o período 1 – F1 1 procura alta procura baixa
2 3= 1 -2 4=3 2 5 6=4x5 F1 E(F1) diferença diferença 2 probab. 100
98
2
4
80,00%
3,2
90
98
-8
64
20,00%
12,8
variância –F1
16
Um outro conceito que é necessário relembrar é o coeficiente de correlação que substitui a covariância e é dado pela seguinte expressão: ρ
xy
= cov (x,y) / σ x .. σ
em que: σ x e σ
y
y
com - 1 ≤ rxy≪1
representam os desvios-padrão
Assim, na expressão do VPLs , atrás indicada, a covariância pode ser substituída por ρ xy . σ x .. σ y Deste modo, com um coeficiente de correlação = 1, tem-se uma situação de total dependência e com um coeficiente de correlação = 0 tem-se uma situação de total independência. Valores intermédios revelam relações que podem ser mais intensas, quando se aproxima do coeficiente de correlação de 1, ou menos intensas, quando o coeficiente se aproxima de 0.
16
apresentação de um caso
2.1 SITUAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA Retomando os fluxos do período 1 e 2, pode-se construir o seguinte esquema: Figura 1: Comportamento dos fluxos
Conforme evidencia o esquema, o comportamento dos fluxos do período 2 é independente do que acontece no período 1, o que conduz a que a covariância seja igual a zero:
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cálculo do risco
Quadro 4: Cálculo da covariância (situação de independência) Independência dos fluxos entre períodos cálculo da covariância F1 E(F1) Dif. F1 Pr(F1) F2 100 98 2 0,8 100 98 2 0,8 100 98 2 0,8 90 98 -8 0,2 90 98 -8 0,2 90 98 -8 0,2
E(F2) 200 150 120 200 150 120
Dif.F2 177 177 177 177 177 177
Pr(F2) 23 -27 -57 23 -27 -57
0,6 0,3 0,1 0,6 0,3 0,1 total
CovariânciaPr(F1) x Pr(F2) Situação 22,08 0,48 alta(F1)x alta(F2) -12,96 0,24 alta(F1)x media(F2) -9,12 0,08 alta(F1)x baixa(F2) -22,08 0,12 baixa(F1)x alta(F2) 12,96 0,06 baixa(F1)x média(F2) 9,12 0,02 baixa(F1)x baixa(F2) 0 a covariância será sempre igual a 0
Neste caso, as probabilidades conjuntas serão as seguintes que são iguais às iniciais para o período 2: Quadro 5: Cálculo das probabilidades conjuntas (independência) probabilidades do período 2 Alta (48%+24%) Média (24%+12%)
60% 30%
Baixa (8%+2%)
10%
Total
100%
Pode-se efetuar um teste alterando as probabilidades do período 2 para 50% (alta), 20% (média) e 30% (baixa), que conduz igualmente a que a covariância seja igual a zero:
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média (0,24+0,12) baixa (0,08+0,02) Total
30,00% 10,00% 100,00% apresentação de um caso
Pode‐se efectuar um teste alterando as probabilidades do período 2 para 50% (alta); 20% (média) e 30% (baixa), que conduz igualmente a que a covariância seja igual a zero:
Quadro 6: Cálculo com novas probabilidades no período 2 (independência) Quadro 6: Cálculo com novas probabilidades no período 2 (independência)
Independência dos fluxos entre períodos cálculo da covariância Independência dos fluxos entre períodos F1 cálculo da covariância E(F1) Dif. F1 Pr(F1) F2 E(F2) Dif.F2 Pr(F2) CovariânciaPr(F1) x Pr(F2) Situação 98 2 0,8 200 177 23Dif.F2 0,5Pr(F2)18,4 CovariânciPr(F1) x Pr(F2) 0,4 alta(F1)x alta(F2) F1100 E(F1) Dif. F1 Pr(F1) F2 E(F2) Situação 100 100 98 98 2 -27 0,2 -8,64 media(F2) 2 0,8 0,8150 200177 177 23 0,5 18,4 0,16 alta(F1)x 0,4 alta(F1)x alta(F2) 100 98 2 0,8 120 177 -57 0,3 -27,36 0,24 alta(F1)x baixa(F2) 100 98 2 0,8 150 177 ‐27 0,2 ‐8,64 0,16 alta(F1)x media(F2) 90 98 -8 0,2 200 177 23 0,5 -18,4 0,1 baixa(F1)x alta(F2) 100 98 2 0,8 120 177 ‐57 0,3 ‐27,36 0,24 alta(F1)x baixa(F2) 90 98 -8 0,2 150 177 -27 0,2 8,64 0,04 baixa(F1)x média(F2) ‐8 0,2 0,2120 200177 177 23 0,5 ‐18,4 0,06 baixa(F1)x 0,1baixa(F2) baixa(F1)x alta(F2) 90 90 98 98 -8 -57 0,3 27,36
90 90
98 98
‐8 ‐8
0,2 0,2
150 120
177 ‐27 177 total ‐57
0,2 8,64 0,04 baixa(F1)x média(F2) 0,3 27,36 será sempre0,06 baixa(F1)x baixa(F2) 0 a covariância igual a0
total
0 a covariância será sempre igual a 0
Assim, no caso de total independência, o desvio-padrão do pro-
jeto – VPL s – resume-se a: VPL Assim, no caso de total independência o desvio padrão do projecto ‐ ���
s resume‐se a:
�
VPL s= = �∑���� �������� (5) VPL (5) s De um modo genérico, se os fluxos de caixa são independentes,
a variância da soma das variáveis aleatórias independentes é a soma das variâncias De um modo genérico, se os fluxos de caixa são independentes, a variância da soma das variáveis aleatórias independentes é a soma das variâncias
1 (1 i()1 + i )
1 (1 k ) (1 + k )
2 2 (6) σ 22 (VPL A) +1 2 2 (2F1σ) 2 ... ( F1 ) + 1... 2+n 2 ( Fn ) σ 2 ( Fn ) (6) VPL) )= σ ( A)( 2n
em que:
em que:
σ 2 (VPL ) = variância do projeto
2 (VPL ) = variância do projecto
σ 2 ( A) = variância dos investimentos iniciais
σ 2 ( F1. n) = variância dos diversos fluxos de caixa com os cálculos partindo do pressuposto de uma taxa de atualização de 10% 19
2
( F
1
.. n ) = variância dos diversos fluxos de caixa
Com os cálculos, partindo do pressuposto de uma taxa de actualização de 10 cálculo do risco
Quadro 7: Cálculo do VAL (independência) Período Quadrovariância f. actualiz ^2 7: Cálculo do VAL (independência) Produto F1 16 0,826446 13,22314 Período variância f. actualiz 2 Produto F2 861 0,683013 588,0746
F1 F2
16 861
Variância desvio padrão do projecto Variância desvio-padrão do projeto
0,826446 0,683013
13,223 588,075
601,2977 601,298 24,52137 24,521
Ou seja: ou seja:
VPL ss = = √601,2977 = 24,52137 VPL = 24,521
2.2 ‐ 2.2 Situação de total dependência SITUAÇÃO DE TOTAL DEPENDÊNCIA No caso de total dependência (risco máximo), o coeficiente de correlação assume o
No caso de total dependência (risco máximo), o coeficiente de
valor de 1 e a fórmula do passa a ser a seguinte expressão: correlação assume o VPL valors de 1 e a fórmula do VPL passa a ser
expressão: a seguinte
s
��� ��� = = �∑� � ��� �� � � ∑� VPL VPLs s (7) (7) ��� ������ ��� ������ . ������
E igualmente de forma genérica, se os fluxos estão perfeitamente
E igualmente de forma genérica, se os fluxos estão perfeitamente correlacionados, a variância correlacionados, a variância passa a ser a seguinte. passa a ser a seguinte.
11 11 σ2 (2 F σ2 (2F(nF)n) + +......+ (F 1 )1 ) 22 (1(1+i )i ) (1(1 +i )i2)n2 n (8) (8) 22 22 22 + Cov ( A , F ) Cov ( A , F ) ... Cov ( A , F ) ... Cov( A, F11 ) + 2 2 ) + ... + 2 2 Cov ( A, F n n Cov ( A,nFn ) + ... 11+ ii (1(1+i )i ) (1( 1 +i )i )
σ 22 ((VPL VPL)) =σ22((AA))+
e substituindo a expressão da covariância pela expressão que contém o coeficiente de correlação: 20
Coeficiente de correlação: Cov ( Fi , F j )
apresentação de um caso
e substituindo a expressão da covariância pela expressão que contém o coeficiente de correlação: Coeficiente de correlação:
ρ=
Cov ( Fi , F j )
σ ( Fi )σ ( F j )
= 1 ⇒ Cov ( Fi , F j ) = ρ σ ( Fi )σ ( F j )
(9)
Variância com o coeficiente de correlação: 1 1 σ 2 ( F1 ) + ... + σ 2 ( Fn ) + (1 + i ) 2 (1 + i ) 2 n (10) 2 2 2 + ρσ ( A)σ ( F1 ) + ρσ ( A)σ ( F2 ) + ... + ρσ ( A)σ ( Fn ) + ... 2 n 1+ i (1 + i ) (1 + i )
σ 2 (VPL) = σ 2 ( A) +
o que conduz a: σ ( F1 ) σ ( Fn ) σ (VPL) = σ ( A) + + ... + (1 + i ) (1 + i ) n
2
2
(11)
ou seja, para os valores em causa:
Ou seja, para os valores em causa: Ou seja, para os valores em causa: � VPL VPLs= = ������� � ��. �. s
= 27,884 = 27,884 = 27,884
����� ������� �������� � ����� ��. �������� . ��������
VPL s ������� � Em alternativa, o VPL s pode ser obtido pela actualização dos desvios padrão dos fluxos d Em alternativa, o VPL s pode ser obtido pela atualização dos dois períodos: Em alternativa, o VPL s pode ser obtido pela actualização dos desvios padrão dos fluxo =
desvios-padrão dos fluxos dos dois períodos: dois períodos:
�
�����
VPL s = �� = 27,884 ������ �� ����� � �� ����� VPL = 27,884 VPL s s = = � � � = 27,884 �������
�������
O valor de 27,884 representa o limite máximo do risco, dado que os fluxos estão perfeitamente correlacionados. O valor de 27,884 representa o limite máximo do risco, dado que os fluxos estão
perfeitamente correlacionados. 21
cálculo do risco
O valor de 27,884 representa o limite máximo do risco, dado que os fluxos estão perfeitamente correlacionados.
2.3 SITUAÇÃO DE ALGUMA DEPENDÊNCIA Duas variáveis aleatórias são independentes se, e somente se, a probabilidade conjunta3 é igual ao produto das suas probabilidades. Nessa situação, P(F1, F2) = P(F1) . P(F2), para todos os valores da distribuição. Então, as variáveis F1 e F2 são independentes e, nestas condições, a covariância (F1, F2) = 0. Quando o cálculo das probabilidades de uma variável for dependente da ocorrência de outra variável, então fica caracterizada a dependência entre as variáveis que é dada pela seguinte expressão: P (F1 , F2) = P(F2) . P(F2/F1) Neste caso, está-se perante uma probabilidade condicionada que se refere à probabilidade de F2 estar dependente da ocorrência de F1 e representa-se por P (F2/F1). Analisemos a seguinte alteração nas probabilidades do período 2:
3 - A probabilidade conjunta é expressa por P(F1,F2) ou P(F1 Ո f2)
22
Eduardo Sá e Silva
O cálculo do risco
em projetos de investimento
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O cálculo do risco O cálculo do risco
Na presente obra, evidencia-se o processo de cálculo do risco baseado em probabilidades. Os conceitos de variância, covariância, correlação e desvio-padrão são elementos-chave para o entendimento do risco nos projetos de investimentos. Igualmente faz-se referência à simulação Monte Carlo.
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Eduardo Sá e Silva Eduardo Manuel Lopes de Sá e Silva é doutorado em Ciências Económicas e Empresariais pela Universidade da Corunha, Espanha, e licenciado e mestre pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Exerce funções de docente no Ensino Superior, sendo orientador de diversas dissertações de teses de Mestrado e Doutoramento, nas áreas de Contabilidade e Gestão Financeira. Obras do autor publicadas pela Vida Económica: - Classe 1: Meios Financeiros Líquidos - Classe 2: Contas a Pagar e a Receber - Classe 3: Inventários e Ativos Biológicos - Custo Amortizado e Imparidade - Dicionário de Finanças e Negócios Internacionais - Dicionário de Gestão - Gestão Financeira: Análise de Fluxos Financeiros - Gestão Financeira: Análise de Investimentos
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