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DESASTRES NATURAIS Ao longo do próximo meio século, estima-se que os desastres naturais e as respetivas perdas subam drasticamente. Assim, a redução do risco de ocorrência de uma catástrofe é um ponto crítico da atualidade – não só para os residentes e os governos de países em desenvolvimento, mas também para os dos países desenvolvidos, incluindo as agências de desenvolvimento e a indústria de seguros. O livro aborda o tema dos impactos económicos dos desastres em países menos desenvolvidos e países emergentes, tendo como exemplo o impacto do tsunami de 2004 na Tailândia. Os efeitos macroeconómicos serão analisados tendo em conta também os efeitos sobre o nível microeconómico, de modo a mostrar a importância de uma análise a vários níveis dos desastres. Ao explorar o impacto económico sobre o nível local de uma forma mais detalhada, o livro mostra ainda que a resposta dada pelas sociedades aos desastres deve ser analisada de forma crítica. São analisados tanto os efeitos económicos positivos, como os negativos, decorrentes da ação das entidades responsáveis pela gestão dos desastres a nível local. A obra refere-se a dados empíricos reunidos em agosto e setembro de 2005, em Khao Lak / Tailândia. “Não podemos parar as calamidades naturais, mas podemos e devemos equipar melhor os indivíduos e as comunidades para lhes resistir.” Kofi Annan, Secretário-Geral das Nações Unidas
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ISBN 978-989-768-039-7
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DESASTRES NATURAIS
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Andrea Kraus
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Andrea Kraus
DESASTRES NATURAIS IMPACTO ECONÓMICO E PERÍODO DE RECONSTRUÇÃO
ANDREA KRAUS Licenciada em Business Administration pela Universidade de Passau, na Alemanha, tendo um grau de Economia e Comércio na Universidade de Verona, em Itália. Desde janeiro de 2014 é engenheira de risco de resseguro na Daimler Insurance Services, Gmbh, na sede da empresa, em Estugarda. O seu percurso profissional inclui vários cargos ao serviço da Swiss Re entre 2007 e 2013, nos Estados Unidos, no Canadá e em Itália.
ÍNDICE Prefácio..........................................................................................7 Siglas e abreviaturas......................................................................11 Taxa de câmbio............................................................................13 1 – Introdução....................................................................... 15 1.1 Desastres no contexto dos países menos desenvolvidos.......15 1.2 Desenvolvimento económico e gestão de desastres.............17 2 – Âmbito e tema do estudo.....................................................19 3 – Risco de desastre e impactos................................................23 3.1 Conceitos e definições.........................................................23 3.1.1 Perigo natural vs. desastre..............................................23 3.1.2 Vulnerabilidade..............................................................24 3.1.3 Risco...............................................................................26 3.2 Determinantes do risco de desastres naturais e potenciais impactos.............................................................28 3.2.1 Risco de desastres naturais.............................................28 3.2.2 Potenciais impactos........................................................31 3.3 Particularidades dos países em desenvolvimento.................34 3
Desastres naturais
4 – Gestão de desastres...............................................................39 4.1 Atores dos desastres.............................................................39 4.1.1 Pessoas atingidas.............................................................40 4.1.2 O Governo.....................................................................42 4.1.3 A comunidade internacional de doadores......................45 4.2 Problemas e desafios............................................................48 4.3 Uma introdução à gestão de desastres naturais....................53 4.3.1 Gestão de riscos..............................................................55 4.3.2 Resposta a emergências..................................................58 4.3.3 Recuperação...................................................................60 4.4 Mudança de paradigmas.......................................................61 5 – Abordagem sustentável da subsistência..............................65 5.1 Conceito nuclear..................................................................67 5.2 Palavra-chave: sustentabilidade............................................69 5.3 Modelo de subsistência sustentável......................................71 5.3.1 Contexto de vulnerabilidade..........................................72 5.3.2 Os bens de subsistência..................................................73 5.3.3 Estruturas e processos de transformação........................75 5.3.4 Estratégias de subsistência e os seus resultados...............76 5.3.5 As relações dentro do quadro.........................................77 5.4 Conclusão............................................................................78 6 – O impacto económico do tsunami de 2004 em Khao Lak/Tailândia..............................................................81 6.1 Uma introdução ao estudo de campo..................................81 4
Índice
6.1.1 Tailândia e a sua indústria de turismo............................81 6.1.2 Introdução a Khao Lak..................................................84 6.1.3 O tsunami de 2004.........................................................88 6.2 O impacto do tsunami na Tailândia....................................91 6.2.1 Impacto macroeconómico..............................................95 6.2.2 Impacto direto................................................................99 6.2.3 Impacto indireto..........................................................102 6.3 Efeitos sobre os mercados..................................................106 6.3.1 Mercado de trabalho....................................................106 6.3.2 Mercado de commodities...............................................111 6.3.3 Fenómeno “volunturismo”..........................................113 6.4 O papel das organizações de ajuda.....................................116 6.4.1 Impacto sobre o restabelecimento dos modos de vida (impacto direto)...................................119 6.4.2 Impacto em mercados globais e locais (impacto indireto) .......................................................123 6.4.3 Problemas relacionados com a ajuda............................126 6.5 Conclusão..........................................................................133 7 – Resumo e perspetivas.........................................................137 Referências bibliográficas.........................................................141
5
PREFÁCIO Vivi pessoalmente a terrível experiência de uma catástrofe natural. Um terramoto devastador na Cidade do México às 7.18 da manhã do dia 19 de setembro de 1985, já lá vão quase 30 anos, seguido de várias réplicas intensas, uma delas gigantesca, ocorrida às 19.37 do dia seguintes, quase tão intensa como o movimento telúrico inicial. O epicentro foi localizado a sudoeste da costa do Estado de Guerrero (Acapulco), a mais de 360 km da Cidade do México. O terramoto inicial teve uma magnitude de 8.1 na escala de Richter, e uma intensidade estimada de VIII ou IX na escala modificada de Mercalli. A réplica grande, no dia seguinte, com uma magnitude de 7.5 na escala de Richter, faz dela um terramoto de proporções notáveis também. Ambos os terramotos, mas sobretudo o primeiro, tiveram uma particularidade nunca antes observada em nenhuma parte do mundo, a saber, ondas sísmicas com uma frequência muito reduzida, de apenas 2 segundos, quando o normal é que sejam de 6 ou 7 segundos. Conjugadas estas ondas sísmicas muito curtas com a longa duração do terramoto, quase 3 minutos o primeiro, com um período de predominância ligeiramente superior a 1 minuto, e 1 minuto o segundo, levou a que as estruturas dos edifícios fossem submetidas a uma trepidação para o qual não estavam suficientemente bem construídas, apesar de o México, pela sua sismicidade recorrente, ter um dos códigos de construção, decalcado dos famosos “California Standards”, mais estritos do mundo. Quando saí do escritório, onde me encontrava desde muito cedo, num edifício felizmente bem construído, com alicerces assentes em 7
Desastres naturais
pilares hidráulicos, que aguentaram bem o embate dramático da conjugação das ondas sísmicas, com os choques sucessivos e violentos no edifício do lado (Cinema Latino), e comecei a deambular incrédulo pelas ruas da cidade, a tirar fotos (umas largas centenas) dos terríveis danos, antes de o exército mexicano fechar grandes partes da cidade, fiquei siderado com a magnitude da destruição, sobretudo nos edifícios governamentais, onde devido à corrupção escandalosa, como se veio a provar quando os edifícios estavam no chão, os tais “California Standards” tinham sido fortemente “aligeirados”. Apesar de o México ter já na altura um dos maiores produtores mundiais de cimento, muitos construtores tinham elaborado o betão estrutural dos alicerces de muitos edifícios com menor quantidade do que era necessário, pelo que muitos alicerces pareciam castelos de areia a desmoronar-se, fazendo os edifícios colapsar. O famoso cantor de ópera, o Plácido Domingo, perdeu uma série de familiares no complexo de edifícios Nuevo León, que mais pareciam uma sanduíche de várias camadas quando os alicerces colapsaram. Escrevi uns meses depois, algures já em 1986, um artigo para a revista Égide da Associação Portuguesa de Seguros, com o título “TERRAMOTO: algumas considerações sobre a experiência mexicana”, porque um dos aspetos que mais me impactou nos dias subsequentes ao desastre foi a falta de preparação das autoridades mexicanas para se organizarem e começar os trabalhos de resgate de vítimas, num primeiro momento, e de reconstrução da cidade, após encerrar o processo de salvamento e de remoção de escombros. Não posso deixar de citar algumas recomendações que na altura escrevi como conclusão do extenso artigo publicado na Égide: 1) Em zonas de reconhecida sismicidade não se pode descurar a qualidade da construção, que deve assentar em códigos de construção tecnicamente elaborados, tendo em conta experiências passadas. A vigilância estrita do cumprimento destes códigos é tão ou mais importante do que a própria existência dos mesmos.
8
Prefácio
2) É necessário elaborar um plano de emergência nacional para enfrentar uma catástrofe. Este plano deve ter em conta aspetos tão importantes como o alojamento dos afetados, o abastecimento de água potável, alimentos e roupas às vítimas nas áreas afetadas, o restabelecimento das comunicações (não havia celulares na altura, estive quase 3 dias sem poder dizer aos meus pais que a minha mulher, as filhas e eu estávamos vivos), hospitais preparados, grupos de salvamento bem treinados, tendo à sua disposição imediata a aparelhagem e os meios técnicos adequados necessários (helicópteros, gruas, cães adestrados, etc.). Este plano deve estar em mãos de um organismo previamente designado que em caso de catástrofe funcione como centro operativo. 3) Criação de um Fundo Nacional de Catástrofes cuja finalidade é a de absorver os custos de financiamento da reconstrução nacional, total ou parcialmente. O financiamento deste fundo deve ser adequado à realidade nacional de cada país, havendo já exemplos, como o espanhol (Consorcio de Compensación de Seguros) ou o colombiano (Fondo Nacional de Calamidades) que estabelecem vias distintas de constituição, funcionamento e financiamento do fundo, sendo iguais os objetivos que eles perseguem. Terminava eu o extenso artigo com uma série de recomendações adicionais muito específicas para o setor segurador, que neste livro em particular não vêm ao caso. O que é curioso é que as recomendações são hoje tão atuais (e ainda mais prementes) do que eram há 30 anos, quando as escrevi. Não sou um especialista na área, mas como cidadão (se sobrevivesse….) ficaria indignado se um dia viéssemos a viver uma catástrofe (o terramoto de 1755 tem um período de recorrência de 250 anos, pelo que desde 2005 que estamos à espera que “algo” aconteça…) e as nossas autoridades competentes não estivessem minimamente preparadas, com a quantidade de impostos que nos “extraem” anualmente, para responder com celeridade e profissionalismo. É que em Lisboa, contrariamente à Cidade do México, além do abalo telúrico podemos contar com um tsunami 9
Desastres naturais
de consequências muito similares às que o livro de Andrea Kraus menciona. Devastadoras! Quando regressei a Portugal em 2003, após uma carreira internacional de 25 anos, e fiquei a viver e a trabalhar em Lisboa, zona sísmica por excelência, voltei a interessar-me pelo tema. Se há 30 anos me tivessem dado o benefício da dúvida e se tivesse iniciado gradualmente a constituição do Fundo Nacional de Calamidades, hoje pelo menos os aspetos financeiros de uma catástrofe estariam amplamente garantidos. Em 30 anos (uma geração) podia-se ter acumulado um apreciável património que minoraria o impacto financeiro que uma catástrofe terá, inevitavelmente, na nossa economia. Quando no ano passado tive contacto com Andrea Kraus, e ela me falou na sua dissertação de doutoramento, pedi-lhe que nos permitisse publicar a versão traduzida para português. Não somos a Tailândia, é certo. Ou seremos ? O futuro o dirá. Este livro é mais um contributo da Liberty Seguros para um aspeto vital da vida quotidiana que poderá ter consequências imprevisíveis, e duríssimas, para a sociedade portuguesa, se uma vez mais não fizermos o trabalho da casa e sucumbirmos à nossa sina aparentemente eterna de “cigarras” fadistas. Recentemente, em finais de setembro de 2014, voltamos a ter mais um exemplo na cidade de Lisboa. Uma tromba de água que possivelmente só a cada 30 ou 40 anos cai em tão pouco tempo, e com tanta intensidade, levou ao habitual relambório de empurrão de culpas entre entidades que deveriam fazer o seu trabalho com responsabilidade e profissionalismo, em vez de procurar bodes expiatórios. Espero que este livro seja um alerta para que todas as forças vivas da sociedade preparem com consciência um verdadeiro plano de ação nacional nos moldes daquele que eu, como leigo, sugeri há 30 anos depois de ter sentido na própria pele uma catástrofe. E que o Fundo Nacional de Calamidades, ou como lhe queiramos chamar, saia de uma vez da gaveta onde dorme um confortável “sono dos justos”. José António de Sousa Presidente & CEO da Liberty Seguros Portugal 10
SIGLAS E ABREVIATURAS BBC
British Broadcasting Company
DFID
Departamento para o Desenvolvimento Internacional
D-TRAC Centro de Rastreamento de Assistência de Recuperação de Desastres FAO
Food and Agriculture Organization
PIB
Produto Interno Bruto (GNP, sigla inglesa)
GPP
Produto Nacional Bruto
GPP
Produto Bruto de Província
IDC
Comunidade Internacional de Doadores
OIT
Organização Internacional do Trabalho
ISDR
Estratégia Internacional para a Redução de Desastres
FMI
Fundo Monetário Internacional
PEVD
Países em vias de desenvolvimento
NDM
Gestão de desastres naturais
ONG
Organização Não-Governamental
ODA
Assistência Oficial ao Desenvolvimento
SARS
Síndrome Respiratória Aguda Grave
SLA
Abordagem da subsistência sustentável 11
Desastres naturais
SLF
Quadro de Subsistência Sustentável
THB
Baht Tailândia
TVC
Centro de Voluntários do Tsunami
ONU
Organização das Nações Unidas
PNUD
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
UNEP
Programa das Nações Unidas para o Ambiente
12
1 – INTRODUÇÃO 1.1 DESASTRES NO CONTEXTO DOS PAÍSES EM VIAS DE DESENVOLVIMENTO Nos últimos 50 anos, em particular durante a última década, os desastres naturais têm crescido dramaticamente, com respeito tanto à quantidade de acontecimentos como à extensão das perdas incorridas. Aparentemente, as calamidades estão a intensificar-se exponencialmente nos países em desenvolvimento, sendo a Ásia o continente onde a maioria das catástrofes naturais acontecem: 50% dos desastres globais do mundo. Este aumento drástico de eventos catastróficos é antes de tudo consequência da degradação ambiental crescente, da cada vez maior concentração de população em áreas propensas, da globalização e das mudanças climáticas. Curiosamente, certos eventos geofísicos de origem natural, tais como erupções vulcânicas, terramotos e tsunamis, têm mantido um nível relativamente constante ao longo do tempo. Por outro lado, pode ser observado que o aparecimento de eventos relacionados com o clima tem crescido de forma desproporcional. O antigo secretário-geral da ONU Kofi Annan (citado ISDR, 2003: prefácio) explica esse desenvolvimento como se segue:
As comunidades terão sempre de enfrentar riscos naturais, mas as catástrofes de hoje são muitas vezes geradas por, ou pelo menos exacerbadas por, atividades humanas. Ao nível mais dramático, 15
Desastres naturais
as atividades humanas estão a mudar o equilíbrio natural da Terra, interferindo como nunca antes com a atmosfera, os oceanos, as calotes polares, a cobertura florestal e os pilares naturais que fazem do nosso mundo uma “casa vivível”. Ao longo do próximo meio século, estima-se que os desastres naturais e as perdas coerentes subam mais drasticamente. Portanto, a redução do risco de uma catástrofe ocorrer é um ponto crítico da atualidade – não só para os residentes e os governos de países em desenvolvimento, mas também para os dos países desenvolvidos, para agências do desenvolvimento e a indústria de seguros. Como consequência, em janeiro de 2005, 168 governos acordaram um plano de 10 anos “para tornar o mundo mais protegido de perigos naturais”. Este plano, denominado “Hyogo Framework”, visa reduzir substancialmente o risco de desastre e as perdas até 2015, em termos de vidas, bem como económicos, ambientais e ativos sociais das comunidades e países. (Veja Munich Re, 2005a: 14/15; Andersen, 2003: 57; Freeman, 2000: 56/57; Freeman, 2003: 34/35; Kreimer et al.,2003: xiv; ISDR, 2005: 2). As Nações Unidas declararam a década de 1990 a “Década Internacional da Redução de Desastres Naturais” (IDNDR)1. Desde então, a vulnerabilidade de países em vias de desenvolvimento (PEVD) contra riscos naturais tem sido cada vez mais discutida e a gestão de risco de desastres é cada vez mais vista como uma parte de planeamento do desenvolvimento. O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP, 2005a: 1) acentua o ponto de partida para qualquer ação tomada para diminuir o risco de desastres naturais:
A chave está em compreender a relação entre desastres e desenvolvimento. Enquanto a ocorrência de fenómenos naturais como terramotos, ciclones, secas e tsunamis pode, em último caso, ser inevitável, a 1. Para ler mais, consulte Plate et al., 1999.
16
1 – Introdução
magnitude resultante do desastre está diretamente ligada às escolhas de desenvolvimento feitas anteriormente pelos governos, comunidades locais e os atores internacionais.
1.2 DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E GESTÃO DE DESASTRES Os progressos no desenvolvimento não vão garantir uma redução de desastres, a menos que medidas de redução de desastres sejam integradas nas estratégias de desenvolvimento. Sem esta importante mudança na política e comportamento, os ganhos de desenvolvimento que têm sido alcançados serão eliminados como têm sido em muitas partes da Ásia e África afetadas pelo tsunami mais recente (PNUD, 2005a: 3). Como foi dito acima, a gestão de desastres precisa de ser encaixada nos processos regulares de planeamento de desenvolvimento. O objetivo é tornar o desenvolvimento “mais ‘à prova de desastre’. Ao fomentar as capacidades de sobrevivência das pessoas e aplicando estratégias e medidas que reduzem o risco de desastres, as comunidades tornar-se-ão mais resilientes contra os riscos naturais” (ver Mechler, 2004: 48; Kreimer et al., 2003:xxi). O ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan (citado ISDR, 2005: 2), afirma:
Não podemos parar as calamidades naturais, mas podemos e devemos equipar melhor os indivíduos e comunidades para resistir-lhes. Existem várias razões pelas quais a gestão de desastres naturais deve ser incorporada nas políticas de desenvolvimento mais amplas, embora até o momento o risco de catástrofe não seja suficientemente 17
Desastres naturais
tido em conta pelos governos, bem como pelas instituições financeiras e monetárias: em primeiro lugar, os altos custos de oportunidade podem ocorrer pós-desastre se os recursos financeiros são desviados de outros projetos de desenvolvimento a fim de financiar a ajuda e reconstrução. Em segundo lugar, as perdas económicas decorrentes de desastres naturais estão a aumentar. Ao mesmo tempo, a resposta a desastres é responsável por uma parte cada vez maior de assistência ao desenvolvimento. Tendo em conta os fundos em decréscimo, a eficiência em relação ao uso de fundos é cada vez mais discutida pelos doadores. Isto é particularmente importante para a assistência pós-desastre porque os recursos são retirados dos esforços de desenvolvimento previamente planeados e as perdas devido a desastres naturais podem ser minimizadas se as medidas de gestão do risco estiverem montadas (ver Benson, Clay, 2004: 24; Mechler de 2003: 47/48; Debiel, Sticht, 2005: 129; Andersen, 2004: 93). Dado que os desastres são, na sua maioria, geograficamente localizados, afetam seriamente a subsistência a nível local. No entanto, parece que o desenvolvimento económico a nível nacional não é afetado negativamente a médio ou longo prazo por impactos de desastres: estudos detetam que, embora os agregados económicos, como o crescimento do PIB, sejam reduzidos no ano do desastre, esses efeitos geralmente desaparecem nos dois anos seguintes, em parte porque o investimento na reconstrução contrabalança os efeitos negativos no crescimento (ver Andersen, 2003: 59; Albala-Bertrand, 1993: 200, 202/203). Por conseguinte, a declaração de Albala-Bertrand torna-se clara:
Os desastres são primeiramente um problema de desenvolvimento, mas não essencialmente um problema para o desenvolvimento.
18
2 – ÂMBITO E TEMA DO ESTUDO O trabalho enfoca os impactos económicos dos desastres em países menos desenvolvidos e países emergentes, tomando o impacto do tsunami de 2004 na Tailândia como exemplo. Os efeitos macroeconómicos serão contrastados com os efeitos sobre o nível microeconómico, de modo a mostrar a importância de uma análise multinível de desastres. Ao explorar o impacto económico ao nível local de uma forma mais detalhada, o estudo demonstrará ainda mais que a resposta a desastres precisa de ser analisada de forma crítica. Por conseguinte, serão analisados efeitos (económicos) positivos, bem como negativos, causados pelas partes interessadas da gestão de desastres a nível local. Portanto, o estudo referir-se-á a dados empíricos reunidos em agosto e setembro de 2005, em Khao Lak/Tailândia. Ao ler a primeira parte do estudo (capítulos 3 a 5), é importante ter em mente que o foco principal é nos países em desenvolvimento e/ou mercados emergentes, pois algumas das conclusões não se aplicam aos países industrializados. O capítulo 3 começa com a definição de termos e conceitos importantes que são necessários para e normalmente usados no contexto de desastres, tais como desastres naturais, vulnerabilidade e risco. Além disso, os fatores determinantes do risco de desastres naturais 19
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> Açores
> Paços de Ferreira
Rua Professor Machado Macedo, 20 Lugar de S. Gonçalo 9500-543 Ponta Delgada T: 296 650 930 • F: 296 650 949 acores@libertyseguros.pt
> Almada
Av. Bento Gonçalves, 31 2805-100 Almada T: 21 273 80 60 • F: 21 273 80 79 almada@libertyseguros.pt
> Amadora/ Sintra
> Amarante
Ed. Portas da Cidade Rua da Rampa Alta, 376 4600-013 Amarante T: 255 420 700 • F: 255 420 719 amarante@libertyseguros.pt
> Aveiro
Rua Senhor dos Milagres, 23 3800-261 Aveiro T: 234 378 840/2/3 • F: 234 378 859 aveiro@libertyseguros.pt
> Braga
Rua Bernardo Sequeira, 196 4715-010 Braga T: 253 609 160 • F: 253 609 179 braga@libertyseguros.pt
> Bragança
Av. Sá Carneiro, 206 r/c dto. 5300-252 Bragança T: 278 420 110 • F: 278 420 129 braganca@libertyseguros.pt
> Castelo Branco
Urb. Quinta Dr. Beirão, Lt. 27, r/c 6000-140 Castelo Branco T: 272 339 200 • F: 272 339 219 castelo.branco@libertyseguros.pt
Esc. da Covilhã Av. da Anil, 13-A - r/c B T: 275 000 099 • F: 275 000 099 6200-502 Covilhã covilha@libertyseguros.pt
> Coimbra
Av. Fernão de Magalhães, 672 3000-174 Coimbra T: 239 852 100 • F: 239 852 119 coimbra@libertyseguros.pt
> Estoril
Av. General Carmona – Condomínio Residências do Estoril, Fracção A 2765-207 Estoril T: 21 464 38 20 • F: 21 464 38 39 estoril@libertyseguros.pt
> Évora
Pç. Joaquim António Aguiar, 23 7000-510 Évora T: 266 749 710 • F: 266 749 729 evora@libertyseguros.pt
> Faro
Av. 5 de Outubro, 32 – 8000-076 Faro T: 289 890 050 • F: 289 890 069 faro@libertyseguros.pt
> Funchal
Rua Cons. José Silvestre Ribeiro, 39 9000-045 Funchal T: 291 215 380 • F: 291 215 399 funchal@libertyseguros.pt
> Guarda
Av. Rainha D. Amélia, Bl 1, r/c esq. 6300-749 Guarda T: 271 232 500 • F: 271 232 519 guarda@libertyseguros.pt
> Guimarães
Av. D. João IV, 1076, Bloco A – Fracção E 4810-534 Guimarães T: 253 540 610 • F: 253 540 629 guimaraes@libertyseguros.pt
> Leiria
Rua D. Maria Graça Lúcio da Silva, 1 2400-181 Leiria T: 244 816 020 • F: 244 816 039 leiria@libertyseguros.pt
Esc. das Caldas da Rainha Rua Pêro Vaz de Caminha, 5 2500-924 Caldas da Rainha T: 262 889 460 • F: 262 889 479 caldasrainha@libertyseguros.pt
Esc. de Fátima Av. Beato Nuno, 274-A 2496-908 Fátima T: 249 001 660 • F: 249 001 679 fatima@libertyseguros.pt
> Lisboa
Av. Fontes Pereira de Melo, 6 1069-001 Lisboa T: 21 318 35 00 • F: 21 318 36 72 lisboa1@libertyseguros.pt
Esc. Parque das Nações / Expo Lg. dos Arautos, 2.06.05 D 1990-221 Lisboa T: 21 893 40 10 • F: 21 893 40 29 parque.nacoes@libertyseguros.pt
> Maia
Av. António Santos Leite, 333 4470-142 Maia T: 22 943 60 50 • F: 22 943 60 69 maia@libertyseguros.pt
> Matosinhos
Rua Roberto Ivens, 1336, Entrada 2 4450-251 Matosinhos T: 22 939 21 30 • F: 22 939 21 49 matosinhos@libertyseguros.pt
> Odivelas
Rua Augusto Alexandre Jorge Lt.1, Loja dta. – Urb. Quinta da Memória 2675-220 Odivelas T: 21 934 74 01 • F: 21 934 74 19 odivelas@libertyseguros.pt
Rua D. João I, 32 4590-577 Paços de Ferreira T: 255 868 820 • F: 255 868 880 pacos.ferreira@libertyseguros.pt
> Porto
Lg. Dr. Tito Fontes, 163 4000-538 Porto T: 22 207 27 50 • F: 22 207 27 69 porto@libertyseguros.pt
> Póvoa de Varzim
Av. 25 de Abril, 94 4490-004 Póvoa de Varzim T: 252 299 210 • F: 252 299 229 povoavarzim@libertyseguros.pt
> Santarém
Av. Bernardo Santareno, 33 A-B 2005-177 Santarém T: 243 307 700 • F: 243 307 719 santarem@libertyseguros.pt
> São João da Madeira Av. Benjamim Araújo, 160 3700-059 São João da Madeira T: 256 202 060 • F: 256 202 629 sjoaomadeira@libertyseguros.pt
> Torres Vedras
Av. General Humberto Delgado, 43-C 2560-272 Torres Vedras T: 261 337 000 • F: 261 337 019 torresvedras@libertyseguros.pt
> Viana do Castelo
Rua do Passeio das Mordomas da Romaria, 29 4900-532 Viana do Castelo T: 258 807 880 • F: 258 807 899 vianacastelo@libertyseguros.pt
> Vila Nova de Gaia
Rua S. Cristovão de Mafamude, 33 r/c 4430-215 Vila Nova de Gaia T: 22 377 42 00 • F: 22 377 42 19 vila.nova.gaia@libertyseguros.pt
Esc. de Espinho Rua Dezanove, 691 4500-257 ESPINHO T: 220 028 940 • F: 220 028959 espinho@libertyseguros.pt
> Vila Real
Urb. Quinta Santa Iria, Lt. 8, Loja 2 5000-722 Vila Real T: 259 309 440 • F: 259 309 459 vila.real@libertyseguros.pt
Esc. de Chaves Av. da Raposeira, Loja 5, Ed. Jardim – 5400-092 Chaves T: 276 300 010 • F: 276 300 029 chaves@libertyseguros.pt
DESASTRES NATURAIS Ao longo do próximo meio século, estima-se que os desastres naturais e as respetivas perdas subam drasticamente. Assim, a redução do risco de ocorrência de uma catástrofe é um ponto crítico da atualidade – não só para os residentes e os governos de países em desenvolvimento, mas também para os dos países desenvolvidos, incluindo as agências de desenvolvimento e a indústria de seguros. O livro aborda o tema dos impactos económicos dos desastres em países menos desenvolvidos e países emergentes, tendo como exemplo o impacto do tsunami de 2004 na Tailândia. Os efeitos macroeconómicos serão analisados tendo em conta também os efeitos sobre o nível microeconómico, de modo a mostrar a importância de uma análise a vários níveis dos desastres. Ao explorar o impacto económico sobre o nível local de uma forma mais detalhada, o livro mostra ainda que a resposta dada pelas sociedades aos desastres deve ser analisada de forma crítica. São analisados tanto os efeitos económicos positivos, como os negativos, decorrentes da ação das entidades responsáveis pela gestão dos desastres a nível local. A obra refere-se a dados empíricos reunidos em agosto e setembro de 2005, em Khao Lak / Tailândia. “Não podemos parar as calamidades naturais, mas podemos e devemos equipar melhor os indivíduos e as comunidades para lhes resistir.” Kofi Annan, Secretário-Geral das Nações Unidas
> Viseu
ISBN 978-989-768-039-7
Av. Infante D. Henrique, 125 3510-070 Viseu T: 232 430 730 • F: 232 430 749 viseu@libertyseguros.pt
www.vidaeconomica.pt ISBN: 978-989-768-039-7 Visite-nos em: livraria.vidaeconomica.pt
9 789897 680397
DESASTRES NATURAIS
Rua Conde Castro Guimarães, 4 A Lj. 2720-119 Amadora T: 21 496 90 20 • F: 21 496 90 39 amadora@libertyseguros.pt
Esc. de Portimão Estrada da Rocha Residências Portas da Rocha, Lt 2, Loja 8 8500-804 Portimão T: 282 405 150 • F: 282 405 169 portimao@libertyseguros.pt
Andrea Kraus
espaços liberty seguros
Andrea Kraus
DESASTRES NATURAIS IMPACTO ECONÓMICO E PERÍODO DE RECONSTRUÇÃO
ANDREA KRAUS Licenciada em Business Administration pela Universidade de Passau, na Alemanha, tendo um grau de Economia e Comércio na Universidade de Verona, em Itália. Desde janeiro de 2014 é engenheira de risco de resseguro na Daimler Insurance Services, Gmbh, na sede da empresa, em Estugarda. O seu percurso profissional inclui vários cargos ao serviço da Swiss Re entre 2007 e 2013, nos Estados Unidos, no Canadá e em Itália.