Ed1527 ve versão impressa

LUÍS CEIA, PRESIDENTE DO CEVAL, AFIRMA

“É urgente criar condições de reforço do investimento produtivo”

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DIRETOR João Peixoto de Sousa

Nº 1527 / 7 de fevereiro 2014 / Semanal / Portugal Continental 2,20 J

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Crime de abuso de informação privilegiada vai ter penas agravadas

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Novos programas nacionais devem ser apresentados em março

AUTOMÓVEL

Gestoras de frota e concessionários têm relação de parceria Págs. 38 e 39

PME são a prioridade no acordo de parceria com a UE

MERCADOS

Montepio Crédito cresce acima do mercado Págs. 32 e 33

Pág. 7

Recuo na cotação do ouro gera crise no negócio

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Pág. 31 SUPLEMENTOS NESTA EDIÇÃO

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Garantia Jovem V Ê£ÎääÊ ªiÃÊ >ÌjÊÓä£x O plano de implementação do programa Garantia Jovem vai envolver “um investimento de aproximadamente 1300 milhões de euros”, garante o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares.

O objetivo é que, em 2014 e 2015, sejam desencadeadas “cerca de 378 mil respostas de educação,

formação, inserção e emprego”.

Com o objetivo de alargar o apoio disponibilizado e o financiamento, a União Europeia instituiu a Iniciativa Emprego Jovem, na qual Portugal tem disponíveis 160 milhões de euros, aos quais será alocado valor idêntico proveniente do Fundo Social Europeu.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

ABERTURA

Reciclagem de resĂ­duos urbanos de embalagem cresce 7%

Harrods cria loja para portuguesa Frato Interiores

Em 2013, a reciclagem de resíduos de embalagens domÊsticas, do pequeno comÊrcio e HORECA (hotÊis, restaurantes e cafÊs) cresceu 7%, um resultado que vem demonstrar que, apesar da redução de consumo resultante da atual conjuntura económica, os portugueses mantêm o compromisso com a separação e reciclagem dos seus resíduos de embalagens.

A Sociedade Ponto Verde (SPV), encaminhou para reciclagem, no ano passado, mais de 382 mil toneladas de resĂ­duos de embalagem no âmbito do uxo urbano, materiais recolhidos na sua maioria de forma seletiva atravĂŠs dos ecopontos e sistemas porta-a-porta. “Portugal pode, mais uma vez, orgulhar-se dos resultados obtidos. Ano apĂłs ano, desde o inĂ­cio do Sistema Integrado de GestĂŁo de ResĂ­duos de Embalagens, em 1996, que a evolução tem sido muito positiva. A maturidade e os resultados alcançados impĂľem-nos maior responsabilidade, pelo que continuamos ďŹ rmemente comprometidos com o desenvolvimento de uma sociedade de reciclagem contribuindo assim para a Economia Verdeâ€?, sa-

A portuguesa Frato Interiors Ê a mais recente aposta da cadeira Harrods, tornando-se a primeira loja nacional a abrir portas nestes armazÊns londrinos, um espaço que ocupa 200m2 e que deverå alcançar os dois milhþes de euros em vendas jå em 2014.

A atratividade, exibilidade e soďŹ sticação desta empresa especializada em soluçþes e projetos integrados de interiores, foram alguns dos motivos que ďŹ zeram com que os armazĂŠns londrinos convidassem a portuguesa Frato e apostassem na marca que se destina a um pĂşblico-alvo de segmento elevado. “A Frato Interiors surge como um novo “playerâ€? que irĂĄ apresentar um conceito diferenciado do jĂĄ existente no Harrods. Em linhas gerais, iremos disponibilizar soluçþes e criaçþes para o mercado residencial com uma grade exibilidade e adaptabilidade a cada projectoâ€?, explica Carlos Faria Santos, CEO da Frato Interiors.

Recorde-se que a Frato Interiors trabalha com o Harrods hĂĄ jĂĄ dois anos, atravĂŠs do projeto ‘The Studio at Harrods’, que permitiu jĂĄ incorporar criaçþes Frato em vĂĄrios

lienta LuĂ­s Veiga Martins, diretor-geral da Sociedade Ponto Verde.

No uxo urbano, origem domÊstica e pequeno comÊrcio e HORECA - o plåstico e o metal destacaram-se com um crescimento de 27%, tendo o papel/cartão aumentado 10%. Em relação ao vidro registou-se um ligeiro decrÊscimo (-2%).

NĂŁo obstante a atual conjuntura, a Sociedade Ponto Verde acredita que nos prĂłximos anos a taxa de reciclagem de resĂ­duos de embalagens continuarĂĄ a aumentar em Portugal, indo ao encontro das metas propostas no novo Plano EstratĂŠgico dos ResĂ­duos Urbanos.

Para contribuir para este objetivo, a SPV lançou, no ďŹ nal do ano passado, a MissĂŁo Reciclar, um projeto de sensibilização de âmbito nacional em mais de 200 concelhos.

Coordenada com MunicĂ­pios e os Sistemas Municipais, ao longo de 2014 a ação vai bater Ă porta de dois milhĂľes de lares portugueses com a missĂŁo de converter todos os que ainda nĂŁo reciclam em separadores totais e de clariďŹ car as regras da reciclagem a todos os que jĂĄ fazem a separação.

Nesta edição

projectos desenvolvidos pelo The Studio. “O Harrods ĂŠ altamente seletivo no que toca a abertura de novas lojas, pelo que esta presença, ao lado de marcas como a Hermes, Fendi Casa, ou a Roche Bobois, terĂĄ um forte impacto na deďŹ nição e posicionamento da nossa marcaâ€?, sublinha o empresĂĄrio portuguĂŞs.

Sustentada nas mais de 15 milhĂľes de visitas por ano que o Harrods recebe, a empresa pretende, com este novo espaço, reforçar a estratĂŠgia B2C, a qual foi, atĂŠ ao momento, residual no negĂłcio. “Temos vindo a trabalhar o B2C atravĂŠs da nossa loja em Singapura, bem como em parceria com as lojas Bloomigdales e Harvey Nicholas, no Dubai. O Harrods ĂŠ um enorme passo no sentido de aďŹ nar e potenciar este canal de distribuiçãoâ€?, adianta aquele responsĂĄvel.

Paralelamente ao crescimento da estratÊgia B2C da empresa de mobiliårio de luxo, esta nova loja irå contribuir para crescimento do negócio internacional, bem como potenciar novos espaços em países do MÊdio Oriente, onde o Harrods Ê visto como referência.

Imprensa EM REVISTA

EXPANSIĂ“N Ryanair entra em perdas trimestrais

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Internacional

Setor europeu das telecomunicaçþes vai ter um ano agitado

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NegĂłcios e Empresas

Mercados

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â€œĂ‰ urgente criar condiçþes de reforço do investimento produtivoâ€?

Recuo de 25% no valor do ouro gera crise no negĂłcio

OpiniĂŁo ..................... PĂĄg. 08 Os BRICs estĂŁo aĂ­, mas onde estĂĄ a argamassa?

Em Foco ..................... Påg. 20 O porquê da avaliação de desempenho

Fiscalidade................. Påg. 26 A tributação autónoma no âmbito do artigo 88º do CIRC

OpiniĂŁo ...................... PĂĄg. 09 De sacos de plĂĄstico a objetos de moda

Empresas Familiares PĂĄg. 21 A empresa familiar estĂĄ bem preparada para enfrentar crises

Associativismo.......... PĂĄg. 28 As reformas estruturais nas ĂĄreas laboral e energĂŠtica continuam por fazer

Direitos ...................... PĂĄg. 24 Garantia bancĂĄria para a energia elĂŠtrica

Automóvel Påg. 38 Gestoras de frota e concessionårios têm uma relação de parceria

Internacional ............. Påg. 10 FMI quer intervenção råpida nos países emergentes

Humor econĂłmico

O gigante da aviação de baixo custo teve números vermelhos de 35 milhþes de euros no seu pior trimestre em cinco anos.

A Ryanair registou um corte de 7,6% nos lucros, nos nove primeiros meses do ano ďŹ scal, com 566 milhĂľes de euros.

A empresa irlandesa estĂĄ em plena reconversĂŁo.

A companhia tarda em ver como os seus rivais nalguns dos seus grandes mercados estão a conquistar terreno e a ganhar quota. Estão cursos alteraçþes estratÊgicas, como o facto das queixas dos clientes serem ouvidas e serem lanças campanhas promocionais extremamente agressivas, com descidas dos respetivos preços para sustentar a quota de mercado. Uma guerra de preços que serviu para aumentar o número de passageiros, mas que nem por isso deixou de levar a uma quebra nas receitas.

LES ECHOS Setor industrial melhorou novamente na Zona Euro A produção industrial voltou a aumentar na Alemanha, em janeiro, para o nível mais elevado desde 2011, o que teve um impacto muito positivo em toda a região da moeda

EDITOR E PROPRIETĂ RIO Vida EconĂłmica Editorial, SA DIRETOR JoĂŁo Peixoto de Sousa COORDENADORES EDIĂ‡ĂƒO JoĂŁo LuĂ­s de Sousa e Albano Melo REDAĂ‡ĂƒO VirgĂ­lio Ferreira (Chefe de Redação), AdĂŠrito Bandeira, Ana Santos Gomes, Aquiles Pinto, Fernanda Teixeira, Guilherme Osswald, Marta AraĂşjo, PatrĂ­cia Flores, Rute Barreira, Susana MarvĂŁo e Teresa Silveira; E-mail agenda@vidaeconomica.pt; PAGINAĂ‡ĂƒO CĂŠlia CĂŠsar, FlĂĄvia LeitĂŁo, JosĂŠ Barbosa e MĂĄrio Almeida; PUBLICIDADE PORTO 2UA 'ONĂŽALO #RISTĂ˜VĂ?O

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MEMBRO DA EUROPEAN BUSINESS PRESS

única. A França tambÊm estå a recuperar, depois de meses com resultados pouco satisfatórios.

A indústria começou bem o ano, tendo em conta que o forte aumento da entrada de encomendas foi sustentado por um reforço da procura na Alemanha e no estrangeiro, com destaque para a à sia e os EUA. Foi o terceiro mês consecutivo de alta na produção industrial, tendo sido atingido um pico de 33 meses, pelo que as perspetivas económicas continuam a melhorar para a Zona Euro.

THE WALL STREET JOURNAL China garante maior abertura polĂ­tica A China deu um passo importante no sentido da abertura do seu sistema polĂ­tica. Foram dadas instruçþes Ă s autoridades para pararem com a justiďŹ cação do “segredo de Estadoâ€? para evitarem disponibilizar informação ao grande pĂşblico. O que o Governo nĂŁo disse foi qual a informação que ĂŠ pĂşblica.

O poder político deixou por esclarecer qual a informação que pode ser revelada. Por exemplo, são os casos de quantos pessoas são executadas ou quais os níveis de poluição que afetam o país.

Basta ter em conta que a China executa mais gente todos os anos do que todo o resto do mundo em conjunto. As autoridades apenas aďŹ rmam que a informação serĂĄ colocada Ă apreciação do pĂşblico de acordo com a evolução das situaçþes em concreto.

TIRAGEM CONTROLADA 0%,!

TIRAGEM DESTA EDIĂ‡ĂƒO

4000 MunicĂ­pio (Porto) TAXA PAGA REGISTO NA $ ' # 3 NÂŽ s $EPĂ˜SITO ,EGAL NÂŽ s )33. s 2EGISTO DO )#3 NÂŽ

Top da semana

PIRES DE LIMA O ministro da Economia estĂĄ a ganhar um protagonismo crescente no seio do Governo e ĂŠ cada vez mais apreciado pelos agentes econĂłmicos. Tem desenvolvido um bom trabalho na promoção de Portugal no exterior e continua a defender que o futuro da economia nĂŁo passa por salĂĄrios baixos. O que ĂŠ fatalmente uma realidade indiscutĂ­vel, bastando ver que os paĂ­ses mais desenvolvidos sĂŁo precisamente aqueles em que os salĂĄrios estĂŁo em linha com as competĂŞncias de cada um. Ao esperar que o Governo desça a fatura ďŹ scal, nĂŁo deixa de enviar uma mensagem otimista ao consumo interno.

VIEIRA LOPES O presidente da Confederação do ComĂŠrcio e Serviços de Portugal tem pautado as suas intervençþes pelo bom senso e sem alarmismos. Nota-se que se trata de alguĂŠm que conhece o que se passa no terreno e que estĂĄ atento Ă s alteraçþes. Tem razĂŁo Vieira Lopes quando aďŹ rma que o paĂ­s nĂŁo pode contar exclusivamente com as exportaçþes para crescer. O consumo interno ĂŠ fundamental, pelo que hĂĄ a necessidade de urgente de reanimar a procura, sob pena de se estar perante um crescimento artiďŹ cial, pontual e nada sustentado.

Bom seria que o poder polĂ­tico ouvisse este tipo de opiniĂľes, isentas de qualquer carĂĄter polĂ­tico ou partidĂĄrio.

MARIA LU�S ALBUQUERQUE A ministra das Finanças, nas suas mais recentes intervençþes, tem-se limitado a elogiar o seu mandato e do Governo. O que não se entende Ê que a mesma pessoa que fala de crescimento e de controlo orçamental não esteja em condiçþes de explicar quais as razþes para continuar a apertar o cinto, como Ê o caso do agravamento da taxa da ADSE, sendo este autosustentado. A realidade Ê que o desemprego tarda em descer de forma consistente, o consumo interno estå estagnado e ainda Ê diminuto o número de empresas estrangeiras que pretende investir no nosso país. Os cidadãos não fazem a mínima ideia de qual a atual situação real do país.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

Preços das casas já estão a subir O preço das casas em Portugal terminou o ano 2013 com uma valorização mensal de 0,4%, de acordo com os dados de dezembro do Índice Confidencial Imobiliário (ICi).

As casas novas foram as que apresentaram a maior valorização mensal de preços (0,6%), enquanto as casas usadas apresentam uma valorização de 0,2%. Em termos anuais, os preços das casas continuam a apresentar uma desvalorização de 1,3% face a dezembro de 2012.

ATUALIDADE

Governo injeta 1300 milhões no programa Garantia Jovem até 2015 emprego em empresas e economia social; estágios na Administração Central e Local; colocação e medidas de apoio à contratação nas vertentes de apoio a custos salariais e não salariais; medidas de apoio ao empreendedorismo e criação do próprio emprego e medidas de apoio à mobilidade jovem.

As novas medidas, explica o Ministério de Pedro Mota Soares, “deverão ser concretizadas e desenvolvidas no primeiro trimestre de 2014 e um conjunto de medidas existentes estão em execução desde o dia 2 de janeiro”. Paralelamente, “irão decorrer nas próximas semanas reuniões ao nível das regiões e distritos, envolvendo os parceiros estratégicos e outras entidades com intervenção em diferentes áreas da sociedade, com as quais se concretizará nas próximas semanas a rede de desenvolvimento da “Garantia Jovem”’.

Recorde-se que o Governo aprovou, através da Resolução de Conselho de Ministros nº 104/2013 de 31 de dezembro, o Plano de Implementação de Uma Garantia Jovem (PNI-GJ) para os jovens com menos de 30 anos. E alargou a “Garantia Jovem” aos NEET jovens até aos 30 anos, quando a intervenção no espaço europeu foi desenvolvida até aos 25 anos.

No final do terceiro trimestre de 2013, segundo dados do INE, existiam cerca de 273 mil jovens NEET.

Portugal no âmbito da IEJ tem disponíveis 160 milhões de euros, aos quais será alocado valor idêntico proveniente do Fundo Social Europeu

ponibilizado e o financiamento, a União Europeia instituiu a Iniciativa Emprego Jovem (IEJ), dedicada ao combate ao desemprego jovem e dirigida às regiões onde a taxa de desemprego jovem atinge ou supere os 25%, sendo que todas as regiões de Portugal serão beneficiárias da IEJ. Neste quadro, Portugal no âmbito da IEJ tem disponíveis 160 milhões de euros, aos quais será alocado valor idêntico proveniente do Fundo Social Europeu.

Novas medidas no primeiro trimestre de 2014

Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social.

As iniciativas mais relevantes neste âmbito desenvolvem-se nas seguintes áreas: medidas de educação e formação de jovens; de incentivo ao regresso ao sistema educativo; programa de estágios

TERESA SILVEIRA teresasilveira@vidaeconomica.pt

O plano de implementação do programa Garantia Jovem, que visa garantir que todos os jovens com menos de 30 anos beneficiam de uma oferta de emprego, formação permanente, aprendizagem ou estágio no prazo de quatro meses após terem ficado desempregados ou terem terminado o ensino formal, vai envolver “um investimento de aproximadamente 1300 milhões de euros”. A garantia foi dada pelo ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, que presidiu na última semana à reunião de instituição da Comissão de Acompanhamento da Garantia Jovem.

O objetivo é que, em 2014 e 2015, sejam desencadeadas “cerca de 378 mil respostas de educação, formação, inserção e emprego” para os chamados NEET (jovens que não trabalham, não estudam nem seguem qualquer formação), revelou o governante.

O ponto de partida para que seja prestada aos jovens a “Garantia Jovem” deverá ser a inscrição num serviço de emprego, devendo ser encontrada outra forma de sinalização, dentro do mesmo prazo de quatro meses, no caso dos jovens NEET que não estejam inscritos em nenhum serviço de emprego.

Com o objetivo de alargar o apoio dis-

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

COSEC e APPICAPS realizam conferência sobre exportaçþes

ATUALIDADE

A COSEC – Companhia de Seguro de CrĂŠditos e a APICCAPS, associação Ăşnica do setor do calçado, realizam uma conferĂŞncia sob o tema das exportaçþes. O evento tem lugar na tarde de 12 de fevereiro, no Centro de Congressos Porto PalĂĄcio. SerĂŁo abordados os desaďŹ os e as oportunidades das empresas nacionais no comĂŠrcio internacional, com especial destaque para os mercados emergentes da AmĂŠrica Latina.

VĂ?TOR BENTO, CONSELHEIRO DE ESTADO, AFIRMA

“Conseguir obter o equilĂ­brio interno ĂŠ o grande desaďŹ o do paĂ­sâ€?

FERNANDA SILVA TEIXEIRA fernandateixeira@vidaeconomica.pt

“Um dos grandes males das elites portuguesas ĂŠ nĂŁo conseguirem consensualizar um diagnĂłstico para depois pensarem em conjunto na resoluçãoâ€?, aďŹ rma VĂ­tor Bento.

Os mais recentes indicadores econĂłmicos sĂŁo, neste momento, “mais moderados que a euforiaâ€? que se instalou em Portugal, sendo que tal estĂĄ relacionado com as exportaçþes, cujos crescimentos apresentados “parte de bases muito baixasâ€?, destacou VĂ­tor Bento aquando o seu discurso nas ConferĂŞncias do PalĂĄcio, no Porto.

Defendendo que a questĂŁo do dĂŠďŹ ce externo duradouro â€œĂŠ o grande problema da economia portuguesaâ€?, o presidente da SIBS lembrou que “as coisas estĂŁo longe de se encontrarem sustentadasâ€?, pois “quando o consumo interno

TURISMO DE SAÚDE E BEM ESTAR 04,;,* ‹ L KL THYsV KL

MISSĂƒO EMPRESARIAL AO DUBAI

C0NVITE

A HLP – Health & Leisure Portugal, em colaboração com o Forum Portucalense e o Grupo Empresarial Vida Económica, convidam todos os interessados em participar na missão que estå a ser organizada à International Medical Travel & Conferences e feira acima referidos (ver: www.medicaltravelexhibition.com) a manifestarem o seu interesse, sendo que os lugares disponíveis são limitados.

A participação neste evento poderå, ou não, estar ligada à ocupação de um stand próprio (72m2) que a HLP – Health & Leisure Portugal aí terå disponível.

Os termos e condiçþes de participação serão apresentados a solicitação dos interessados atravÊs do email: mepais@healthandleisureportugal.org

Inscreva-se ou inscreva a sua empresa como associada do HLP - Health & Leisure Portugal para todos podermos colocar Portugal no mapa mundo do Turismo de SaĂşde e Bem Estar. www.healthandleisureportugal.org

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aumentar, as exportaçþes vĂŁo voltar a ajustar com as importaçþesâ€?, pelo que um dos itens mais positivos do quadro econĂłmico atual pode deteriorar-se em poucos meses. Resultado: “atingimos o equilĂ­brio externo, o que ĂŠ notĂĄvel no contexto atual, mas nĂŁo o equilĂ­brio internoâ€?, o que, no futuro, vai reetir-se negativamente na economia portuguesa. “Conseguir obter o equilĂ­brio internoâ€? ĂŠ assim para o economista e conselheiro de Estado o grande desaďŹ o do paĂ­sâ€?.

VĂ­tor Bento, disse ainda ter “diďŹ culdade em aceitarâ€? que uma taxa de desemprego acima dos 15% passe a ser encarada como estrutural e permanente. O economista sustentou que “para aceitar que o ajustamento estĂĄ feito do ponto de

vista estrutural, Ê preciso acreditarmos que estamos num ponto de equilíbrio, ou seja, que o desemprego estrutural passa a ser permanentemente mais elevado�, um raciocínio que ganha cada vez mais adesão no espaço europeu.

A terminar, o economista questionou “como vamos pĂ´r a economia a crescer, tendo em conta que o investimento estĂĄ a faltar de uma forma muito preocupanteâ€? e assumiu ter “dĂşvidas que a taxa de investimento atual seja suďŹ ciente sĂł para repor o stock de capitalâ€?. Nesse sentivo Vitor Bento frisou que “um dos grandes malesâ€? das elites portuguesas ĂŠ nĂŁo conseguirem “consensualizar um diagnĂłsticoâ€? para depois pensarem em conjunto na resolução.

Nexponor considerado melhor projeto inovador da bolsa portuguesa A Nexponor - Sociedade Especial de Investimento Imobiliårio de Capital Fixo - SICAFI, SA, constituída no ano passado pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) com os ativos patrimoniais do centro de feiras e congressos da Exponor, em Matosinhos, acaba de ser considerada o melhor projeto inovador concretizado em 2013 no âmbito da bolsa portuguesa.

Reconhecendo o mĂŠrito da AEP e da FundBox, parceira da associação e sociedade gestora do fundo imobiliĂĄrio criado, foi-lhe atribuĂ­do o Euronext Lisbon Award na categoria de “Inovação financeiraâ€?, por escolha de um jĂşri inde-

pendente, integrando três membros do PSI20 Committee e acadÊmicos das åreas de economia e finanças: os professores universitårios João da Silva Ferreira, João Duque e Rui Alpalhão.

A distinção traduziu-se na entrega de um trofĂŠu, da autoria do “designerâ€?

Alexandre Viana, ao presidente da AEP, JosÊ António Barros, durante a gala dos Euronext Lisbon Awards 2014 que na hå dias teve lugar na Fundação Oriente, em Lisboa.

A Nexponor foi a primeira sociedade de investimento imobiliĂĄrio com o estatuto de SICAFI a ser criada em Portugal.

RegiĂŁo Centro com a menor taxa de desemprego do paĂ­s De acordo com o Instituto Nacional de EstatĂ­stica, no quarto trimestre de 2013, a RegiĂŁo Centro apresentou uma taxa de desemprego de 10,7%, valor situado claramente abaixo da mĂŠdia nacional (15,3%) e com valor igual Ă mĂŠdia dos 28 paĂ­ses da UniĂŁo Europeia (10,7%).

A RegiĂŁo Centro continuou, uma vez mais, neste trimestre, a ser a que, de entre as sete regiĂľes do paĂ­s, apresentou a menor taxa de desemprego, sendo de sublinhar que todas as demais regiĂľes apresentaram taxas de desemprego superiores Ă mĂŠdia do paĂ­s.

No atual trimestre, a taxa de desemprego da regiĂŁo foi cerca de 70% da nacional e igualou a registada, em mĂŠdia,

pelo conjunto dos 28 estados membros europeus. TambĂŠm em termos mĂŠdios anuais, a taxa de desemprego diminuiu na RegiĂŁo Centro em 2013 (o que nĂŁo acontecia desde 2008).

Esta situação reforça uma tendência constante de melhor desempenho relativo da Região Centro face à mÊdia nacional, que se tem vindo a consolidar nos últimos anos. É ainda de salientar o posicionamento da Região Centro relativamente à taxa de desemprego jovem, jå que esta diminuiu para 28,8% no quarto trimestre de 2013, o que corresponde ao menor valor dos últimos anos e de entre todas as regiþes do país.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

ATUALIDADE

CES chega a mais de 500 mil pensionistas

EDP pode perder 100 milhões no mercado espanhol

A Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) vai abranger um universo de cerca de 506 mil pensionistas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações, calcula a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO). O que significa que mais 165 mil pensionistas sofrerão um corte. Este aumento decorre do facto dos cortes respeitarem agora a pensões a partir dos mil euros, com uma taxa de 3,5%, uma medida inscrita no Orçamento Retificativo aprovado recentemente.

A portuguesa EDP corre o risco de perder uma receita até 100 milhões de euros no mercado espanhol. O Governo do país vizinho pretende cortar cerca de 2,1 mil milhões de euros nos subsídios atribuídos às energias renováveis e que têm sido muito contestados. A grande fatia, em termos de perdas, irá para a Iberdrola e a Acciona. Em conjunto, arriscam perdas de 500 milhões de euros. As novas regras aplicam-se às empresas de cogeração, renováveis e resíduos, nota o jornal espanhol Expansión.

Crime de abuso de informação privilegiada vai ter penas agravadas

Os Estados-Membros deverão impor sanções penais à instigação e à cumplicidade no domínio do abuso de mercado.

O abuso de informação privilegiada (“insider dealing”) e a manipulação de mercado, como o recente escândalo de manipulação da taxa interbancária Libor, vão ser objeto de sanções penais a nível da UE. A nova diretiva aprovada esta semana pelo Parlamento Europeu estipula que os casos mais graves deverão ser puníveis com pena máxima de prisão não inferior a quatro anos. As novas regras visam restaurar a confiança nos mercados financeiros da UE e aumentar a proteção dos investidores.

Atualmente, os investidores que efetuam transações com base em informação privilegiada e manipulam os mercados mediante a disseminação de informações falsas ou enganosas podem evitar sanções se tirarem partido das diferenças existentes entre as legislações dos 28 Estados-Membros da UE. Em alguns países, as autoridades não possuem poderes sancionatórios efetivos, enquanto noutros não estão previstas sanções penais para certas infrações relacionadas com o abuso de informação privilegiada (“insider dealing”) e a manipulação de mercado.

“O recente escândalo Libor, que dizia

respeito a um caso grave de manipulação de parâmetros de referência, demonstrou que a existência de problemas e lacunas relevantes possui um impacto muito grave na confiança do mercado e pode redundar em perdas significativas para os investidores e em distorções para a economia real”, diz o texto hoje aprovado em plenário por 618 votos a favor, 20 contra e 43 abstenções.

“A inexistência de regimes de sanções penais comuns à escala da UE permite que os autores de abusos de mercado tirem partido dos regimes mais favoráveis existente em alguns Estados-Membros.

Além disso, a imposição de sanções penais às infrações de abuso de mercado terá um efeito dissuasor acrescido nos potenciais infratores”, acrescenta.

Sanções penais

A nova diretiva, já acordada com os governos nacionais, estabelece um conjunto de regras a nível da UE destinadas a assegurar a aplicação de sanções penais ao abuso de informação privilegiada e a atividades de manipulação de mercado.

Os Estados-Membros deverão também

Casos mais graves deverão ser puníveis com pena máxima de prisão não inferior a quatro anos

impor sanções penais à instigação e à cumplicidade no domínio do abuso de mercado, bem como à tentativa de cometer tais infrações.

Os casos mais graves de abuso de informação privilegiada e de manipulação de mercado deverão ser puníveis com uma pena máxima de prisão não inferior a quatro anos e a divulgação ilícita de informação privilegiada com uma pena máxima de prisão não inferior a dois anos, estipula a diretiva.

O texto harmoniza também as definições destes crimes. Depois de formalmente aprovada pelo Conselho de Ministros da UE, os Estados-Membros terão 24 meses para transpor a diretiva para a legislação nacional.

JOSÉ MARTINO Engenheiro Agrónomo josemartino.blogspot.com

O porquê do fracasso da Bolsa Nacional de Terras Na semana passada, o “Jornal de Notícias”, dava grande destaque à Bolsa Nacional de Terras que o Governo lançou há cerca de 7 meses. O balanço feito pelo jornal não me surpreendeu.

A realidade é esta: apenas pouco mais de 900 hectares de terrenos que estão inseridos na plataforma digital criada para o arrendamento de terras abandonadas ou não utilizadas, dos cento e vinte cinco mil aos mais de 2 milhões de hectares, segundo os estudos, que existem em Portugal.

Acresce que os pouco mais de 900 hectares desta Bolsa Nacional de Terras são geridos por 226 entidades, homologadas para o efeito pelo Ministério da Agricultura. De tudo isto resulta uma conclusão, que alguns não querem assumir: um enorme falhanço porque além do mais há poucas parcelas/explorações atribuídas aos agricultores.

Não fico contente, como infelizmente alguns, por esta ideia estar a fracassar. Há cerca de 3 anos fui autor de uma petição pública que defendia a criação de uma Bolsa de Terras (eu chamava-lhe Banco de Terras, como o que existe na Galiza, o Bantegal).

A petição teve muito sucesso e foi assim que tempos depois, o Bloco de Esquerda levou um projecto de lei à Assembleia da República para dar corpo legislativo a esta ideia. O Governo Sócrates, através do então ministro da Agricultura, António Serrano, meteu o projecto na gaveta.

A actual ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que desde o início revelou um enorme dinamismo, embora não tenha feito tudo certo, até pela desmesurada dimensão do Ministério, avançou e concretizou a ideia/projecto no plano legislativo.

Mas, a meu ver, é preciso ir muito mais além.

Falta, desde logo, em primeiro lugar que o Estado dê o exemplo e coloque também as suas terras ao abandono na Bolsa de Terras.

Em segundo lugar, a Bolsa de Terras tenha um orçamento público condigno e com valores adequados para a sua promoção e deve ser designado um coordenador nacional e criada uma rede de coordenadores regionais.

Em terceiro lugar que as empresas possam ser parceiras neste projecto. Hoje, um potencial agricultor que queira arrendar uma terra com base na Bolsa de Terras, depara-se com um mundo de dúvidas e interrogações, desde logo sobre o que cultivar ali. E não tem ninguém que o esclareça. O mesmo serviço deve ser prestado ao proprietário, a definição do potencial produtivo de cada terreno, as respetivas necessidades de investimento e consequentemente, a definição do intervalo de valor adequado e justo a ser fixado entre proprietário e arrendatário.

As empresas, com o seu know-how técnico e de gestão, são parcerias fundamentais para que a Bolsa de Terras possa ter o sucesso que todos desejamos O que alguns municípios estão a fazer com a criação de bolsas de terras municipais, como Sever do Vouga, é um bom exemplo. Copiar quem faz bem não é crime…

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

ATUALIDADE

COEFICIENTES PARA CÁLCULO DA MATÉRIA COLETÁVEL VARIAM ENTRE 4% E 75% DAS VENDAS

Regime simplificado de IRC cria desigualdade de tratamento entre setores de atividade O novo regime simplificado de IRC trata de forma diferenciada os vários setores de atividade. O princípio geral é o da determinação da matéria coletável não pelo resultado contabilístico mas sim pela aplicação de um coeficiente sobre as vendas.

O coeficiente é de 4% nas vendas de mercadorias e produtos, significando que por cada J 1000 de vendas resulta uma matéria coletável de J 40, sujeita a incidência de IRC. Às vendas de mercadorias e produtos o novo Código do IRC acrescenta as ven-

Empresa

das de serviços nas empresas de hotelaria e restauração, ficando estas também sujeitas ao mesmo coeficiente de 4%. Mas para as outras empresas de serviços, o regime simplificado complica-se. Na lista de atividades prevista no Código do IRS que representa uma grande parte das prestações de serviços associada à generalidade das atividades profissionais, o coeficiente para cálculo da matéria coletável dispara para 75% das vendas. Assim, por cada J 1000 de vendas em serviços prestados é apurada uma matéria coletável de J 750, o que na prática tornará in-

Volume de vendas: J 150 000 Lucro: J 7 500 Número de trabalhadores: 4

Empresa de construção civil Volume de vendas: J 90 000 Lucro: J 5 500 Número de trabalhadores: 4

Clínica veterinária Volume de vendas: J 110 000 Lucro: J 20 000 Número de trabalhadores: 4

Gabinete de estética Volume de vendas: J 80 000 Lucro: J 9 000 Número de trabalhadores: 2

Gabinete de consultoria de empresas Volume de vendas: J 100 000 Lucro: J 30 000 Número de trabalhadores: 6

Loja de mediação imobiliária Volume de vendas: J 140 000 Lucro: J 40 000 Número de trabalhadores: 3

Por exemplo, na atividade da reparação automóvel as faturas incluem normalmente serviços prestados mas também vendas de peças, podendo dar origem à aplicação de dois coeficientes diferentes.

Enquanto na mão de obra o coeficiente aplicável será de 10%, o valor das peças está sujeito ao coeficiente de 4%.

Esta diversidade de coeficientes pode obrigar as empresas e separar os valores das vendas de produtos do valor dos serviços prestados para determinação da matéria coletável em regime simplificado.

Enquadramento/ Imposto a pagar 2013

2014

Lucro (matéria coletável) x taxa = imposto J 7 500 x 25% = J 1 875 Pagamento especial por conta = J 1500 (1% de J 15 000)

Regime geral (Embora reúna requisitos para enquadramento no regime simplificado não optou) Lucro (matéria coletável) x taxa = imposto J 7 500 x 17% = J 1 275 Pagamento especial por conta = J 1500 (1% de J 15 000)

Imposto a pagar = J 1875

Imposto a pagar = J 1275

Imposto a pagar = J 2550

Regime geral

Regime geral (Embora reúna requisitos para enquadramento no regime simplificado não optou) Lucro (matéria coletável) x taxa = imposto 5 500 x 17% = J 935 Pagamento especial por conta = 1000

Regime simplificado Vendas x coeficiente = matéria coletável J 90 000 x 10% = J 9 000 Matéria coletável x taxa = imposto J 9 000 x 17% = J 1530 Não efetua pagamento especial por conta

Imposto a pagar = J 1375

Imposto a pagar = J 935

Imposto a pagar = J 1530

Regime geral

Regime geral (Embora reúna requisitos para enquadramento no regime simplificado não optou) Lucro (matéria coletável) x taxa = imposto J 15 000 x 17% = J 2 550 J 5 000 x 23% = J 1 150 Pagamento especial por conta = 1100 euros (1% de J 110 000 )

Regime simplificado Vendas x coeficiente = matéria coletável J 110 000 x 75% = J 82 500 Matéria coletável x taxa = imposto J 15 000 x 17% = J 2 550 J 5 000 x 23% = J 1150 Não efetua pagamento especial por conta

Imposto a pagar = J 5 000

Imposto a pagar = J 3 700

Imposto a pagar = J 3 700

Regime geral

Regime geral (Embora reúna requisitos para enquadramento no regime simplificado não optou) Lucro (matéria coletável) x taxa = imposto J 9 000 x 17% = J 1 147 Pagamento especial por conta = J 1 000

Regime simplificado Vendas x coeficiente = matéria coletável J 80 000 x 75% = J 60 000 Matéria coletável x taxa = imposto J 15 000 x 17% = J 2 550 J 65 000 x 23% = 14 950 Não efetua pagamento especial por conta

Imposto a pagar = J 2 250

Imposto a pagar = J 1 147

Imposto a pagar = J 17 500

Regime geral

Regime geral (Embora reúna requisitos para enquadramento no regime simplificado não optou) Lucro (matéria coletável) x taxa = imposto J 15 000 x 17% = J 2 550 J 15 000 x 23% = J 3450 J 2 550 + 3 450 = J 6 000 Pagamento especial por conta = J 1 000

Regime simplificado Vendas x coeficiente = matéria coletável J 100 000 x 75% = J 75 000 Matéria coletável x taxa = imposto J 15 000 x 17% = J 2 550 J 60 000 x 23% = J 13 800s Não efetua pagamento especial por conta

Imposto a pagar = J 7 500

Imposto a pagar = J 6 000

Imposto a pagar = J 16 350

Regime geral

Regime geral (Embora reúna requisitos para enquadramento no regime simplificado não optou) Lucro (matéria coletável) x taxa = imposto J 15 000 x 17% = J 2 550 J 25 000 x 23% = J 5 750 J 2 550 + J 5750 = J 8 300 Pagamento especial por conta = J 1 400

Regime simplificado Vendas x coeficiente = matéria coletável J 140 000 x 75% = J 105 000 Matéria coletável x taxa = imposto J 15 000 x 17% = J 2 550 J 90 000 x 23% = J 20 700 Não efetua pagamento especial por conta

Imposto a pagar = J 8 300

Imposto a pagar = J 23 250

Regime geral

Oficina de reparação de automóveis

viável a opção pelo regime simplificado.

Para as empresas prestadoras de serviços em áreas não contempladas na lista do Código do IRS, e que inclui setores com relevo como a reparação automóvel e a construção civil, o coeficiente previsto é de 10% das vendas, ou seja, por cada J1000 de faturação haverá uma matéria coletável de J100.

Além da enorme discrepância dos valores dos coeficientes que penaliza um elevado número de setores de atividade, a aplicação prática do regime simplificado pode levantar algumas dificuldades.

Lucro (matéria coletável) x taxa = imposto J 5 500 x 25% = J 1 375 Pagamento especial por conta = J 1000

Lucro (matéria coletável) x taxa = imposto J 20 000 x 25% = J 5 000 Pagamento especial por conta = J 2 000 (1% de J 20 000)

Lucro (matéria coletável) x taxa = imposto J 9 000 x 25% = J 2 250 euros Pagamento especial por conta = J 1000

Lucro (matéria coletável) x taxa = imposto J 30 000 x 25% = J 7 500 Pagamento especial por conta = J 1000

Lucro (matéria coletável) x taxa = imposto J 40 000 x 25% = J 10 000 Pagamento especial por conta = J 1 400

Imposto a pagar = J 10 000

Regime simplificado Vendas x coeficiente = matéria coletável J 150 000 x 10% = J 15 000 Matéria coletável x taxa = imposto J 15 000 x 17% = J 2 550 Não efetua pagamento especial por conta

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SEXTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO 2014

ATUALIDADE NOVOS PROGRAMAS NACIONAIS DEVEM SER APRESENTADOS EM MARÇO

PME são a prioridade no acordo de parceria com a UE JOÃO LUÍS DE SOUSA jlsousa@vidaeconomica.pt

A competitividade das PME absorve a maior fatia de recursos em termos de objetivos para os novos programas operacionais que Portugal se propõe executar nos próximos sete anos.

Na primeira definição dos programas que consta da proposta de Acordo de Parceria apresentado à Comissão Europeia há uma maior concentração dos recursos face ao QREN e a promessa de uma maior eficácia na gestão dos fundos disponibilizados para Portugal.

A proposta portuguesa prevê na última versão quatro programas temáticos e sete programas regionais. Os programas temáticos são “Competitividade e Internacionalização”, com 4423 milhões de euros, “Capital Humano”, com 3096 milhões, “Eficiência de recursos e sustentabilidade”, com 2208 milhões, e “Inclusão social e emprego”, com 2130 milhões de euros.

A nível regional estão previstos sete programas operacionais. O Programa Operacional do Norte é aquele que concentra a maior dotação de recursos com um total de 3321 milhões de euros. Para a região de Lisboa e Vale do Tejo vão apenas 839 milhões de euros, tendo em conta que o nível médio de rendimento está acima dos 90% da média da União Europeia. O mesmo acontece com a região da Madeira. Nesta vertente de atribuição de fundos, o Algarve é considerado como região em transição e recebe menos apoios. Além da região Norte, também o Centro, Alentejo, e os Açores concentram mais apoios por continuarem abaixo dos 75% da média de rendimento da União Europeia.

Governo quer dar prioridade aos resultados

princípio o reembolso dos apoios concedidos às empresas, o que pode significar uma maior aposta em concessão de apoios sob a forma de financiamentos sem juros.

O conceito já foi aplicado no nosso país em maior ou menor grau nos anteriores quadros comunitários de apoio, por vezes associado a um prémio de realização, convertendo uma parte do apoio reembolsável em não reembolsável.

No entanto, o reembolso dos apoios é um princípio que se afasta do que são as políticas de incentivos da União EuVersões iniciais não foram aceites ropeia.

Outro aspeto delicado é a utilização A ser aceite pela Comissão Europeia, a dos fundos europeus como fonte de fiúltima versão do Acordo de Parceria irá nanciamento do Orçamento de Estado. possibilitar a conclusão dos programas Em princípio, os fundos europeus não operacionais e a publicação das normas devem gerar receita para o Orçamento de funcionamento para o arranque dos de Estado. Pelo contrário, na medida em novos sistemas de incentivos. que existe cofinanciamento nacional, a As primeiras três versões do Acordo de execução de projetos financiados pelos Parceria foram recusafundos europeus, obridas pela Comissão Euga as administrações ropeia. A recusa poderá nacionais a suportar O Estado tem sido dever-se à definição ino encargo na parte do suficiente dos objetivos tentado a recorrer a investimento que lhe ou à falta de conformi- fundos europeus para compete. dade face às orientações Mas, em Portugal o e prioridades da Co- financiar a sua despesa Estado tem sido tentamissão Europeia. do a recorrer a fundos corrente.

Para Portugal, o proeuropeus para financiar cesso começou com a sua despesa corrente. algum atraso e indefiniConfrontado com a fragilidade da situação ção que se explica também pelo facto de orçamental e a dimensão excessiva da Ado Governo ter decidido reestruturar em ministração Pública, o atual Governo tem dezembro passado a gestão dos fundos financiado o Orçamento com fundos euroeuropeus, com a fusão de várias entida- peus. des no novo IFDR – Instituto Financeiro A situação é flagrante no sistema de para o Desenvolvimento Regional. Esta Ensino com a execução do QREN. reestruturação ocorreu numa fase crítica Como existiam recursos significativos da negociação do novo pacote de fundos, para financiar a formação profissional, e terá criado algum atraso e indefinição o Ministério da Educação incentivou as no processo de acordo com a Comissão escolas do sistema público a apresentar Europeia. candidaturas aos programas financiados pelos fundos europeus, concorrendo Aposta em incentivos com as instituições especializadas e as reembolsáveis próprias empresas.

Em algumas escolas do sistema públiNas orientações que constam do Acordo de Parceria, o Governo defende como co, as despesas de funcionamento pagas

pelo Orçamento de Estado só representam 10% do encargo total, havendo 90% dos custos totais cobertos pelas candidaturas a programas financiados pelos fundos europeus.

A utilização de fundos europeus para financiar o Orçamento de Estado é considerada uma deturpação da sua verdadeira finalidade. Os fundos europeus destinam-se a projetos estratégicos com um horizonte de médio e longo prazo, ao contrário da lógica da despesa corrente para o ano em curso do Orçamento de Estado.

Mas, na gestão dos programas operacionais com verbas mais significativas, como é o caso do Capital Humano e da Inclusão Social e do Emprego, o Governo tenderá a achar que a Administração Pública, além da despesa corrente, também pode fazer investimento estratégico e com visão de médio e longo prazo, e fará o que estiver ao seu alcance para concorrer a programas europeus, reduzindo destaforma os seus custos fixos com as pesadas estruturas dos serviços públicos.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

ATUALIDADE/Opinião

Os BRICS estão aí, mas onde a argamassa?

GLOBALIZAÇÃO

CARLOS A. PRIMO BRAGA

JEAN-PIERRE LEHMANN

Professor de Economia

Professor Emérito

Política Internacional e

e Fundador do

Diretor do Evian Group

Evian Group @

@ IMD

IMD.

É impossível dizer como daqui a cinquenta anos os historiadores irão julgar esta primeira década e meia do século 21. Três coisas, todavia, são razoavelmente certas. Eles vão notar que foi um período de profundas transformações na economia global, nomeadamente a rápida mudança no equilíbrio de poder entre as “antigas” potências estabelecidas industrializadas do Norte e as “novas” emergentes do Sul. Eles dirão que essa mudança resultou numa procura por um sistema global de governação mais em sintonia com as “novas” realidades do que o “velho”

“BRICS espelha a mudança no equilíbrio de poder e a busca de nova arquitetura de governação global. Daí a importância da Cimeira BRICS.” sistema, alcançado na sequência da II Guerra Mundial. E eles vão refletir sobre como esta pesquisa, por sua vez, gerou uma proliferação verdadeiramente maciça de siglas.

BRICS é uma dessas inúmeras siglas, que espelha, porém, outros dois fatores importantes: a mudança no equilíbrio de poder e a busca de nova arquitetura de governação global.

Neste momento, porém, BRICS permanece mais um conceito do que uma coligação efetiva. A argamassa, que mantém os membros juntos, é fraca devido às assimetrias das suas visões do mundo, às divergências nos objetivos e ao poder económico global desproporcional da China. Um grupo repleto de todas essas tensões é altamente improvável servir como base para novas instituições globais e influentes e muito menos como o condutor da evolução da nova ordem económica global.

Alianças instáveis Para começar, o termo “BRICS” é uma construção ocidental. Foi cunhado por Jim O’Neill, na altura o economistachefe do Goldman Sachs, para fornecer uma etiqueta conveniente a este novo fenómeno da emergência das grandes economias. O termo inicial era BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) com o pequeno “s” no final para formar o

plural. Em 2010, a África do Sul juntouse ao grupo político nascente, daí a elevação do “s” minúsculo a maiúsculo.

Todos os cinco países são membros de uma infinidade de instituições globais, incluindo o G20, e formam alianças diferentes entre si. Em 2003, China, Brasil e Índia, aliados uns com os outros, formam a coligação do Grupo dos Vinte na OMC (Organização Mundial do Comércio), que desafiou os EUA e a UE nas posições de negociação do comércio agrícola. Na Conferência de Copenhaga das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em 2009, quatro dos cinco formaram uma aliança conhecida como BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China) para resistir ao que foi percebido como conivência do Ocidente para impor normas lesivas aos interesses dos países em causa. Na verdade, os BRICS são retratados frequentemente como uma coligação que se destaca enquanto alternativa ao domínio do planeta pelo poder ocidental. A ideia de criar um banco de desenvolvimento comum BRICS, por exemplo, é vista como uma opção alternativa às instituições financeiras internacionais dominadas ocidentalmente, incluindo o Banco Mundial, no que concerne ao desenvolvimento financeiro.

Existem, todavia, obstáculos consideráveis ao estabelecimento dos BRICS enquanto coligação efetiva.

Afinal de contas, em muitas questões têm divergências ao invés de interesses convergentes. Por exemplo, as agendas brasileira e indiana sobre o comércio na agricultura e serviços estão em extremos opostos. A China tem uma história de tensões geopolíticas com os seus dois vizinhos, a Índia e a Rússia. Enquanto a Índia (como o Brasil e alguns outros países) aspira a obter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a China opõe-se a tal desenvolvimento.

E mesmo se a China, obviamente, não tem disputas territoriais com a África do Sul e o Brasil, ambos os países estão profundamente preocupados com as perspetivas dos respetivos setores de produção e exportação à luz da força e acusações de manipulação da moeda chinesa. Ambos os países também estão preocupados com o crescente domínio da China nos respetivos “quintais” continentais. Os líderes africanos, por exemplo, têm expressado cada vez mais preocupações de que os chineses possam ser os novos colonizadores.

Economicamente, a China é o elefante proverbial sobredimensionado na sala.

O PIB da China é maior do que os outros quatro BRICS juntos. A China é a potência exportadora número um, perto de 2 triliões de dólares (2011),

enquanto a Rússia, Índia, Brasil e África do Sul são, respetivamente, 10º, 19º, 23º e 39º, com exportações conjuntas apenas uma gota acima da metade da China. É uma história semelhante à das reservas cambiais, em que a China é o número um mundial (3,3 triliões de dólares); a Rússia, o quinto (520 mil milhões de dólares); o Brasil, o sétimo (373 mil milhões de dólares); a Índia, o 10º (295 mil milhões de dólares) e a África do Sul, muito distante, 37º (50 mil milhões de dólares). Há também uma diferença fundamental no desempenho: o crescimento da China, mesmo em declínio das alturas vertiginosas de dois dígitos, continua a ser significativamente maior do que o dos outros. É verdade que a Rússia, a Índia e a China têm relações

recíprocas estabelecidas há muito tempo. Nestes casos, no entanto, ao passo que a familiaridade pode não ter produzido desrespeito, gerou suspeita.

Durante a Guerra Fria, a União Soviética e a Índia estavam próximas, entre outras coisas, enquanto baluarte contra a China. Mais recentemente, no entanto, Moscovo viu Deli com uma inclinação muito forte para Washington, nomeadamente no acordo bilateral em energia nuclear. China e Rússia, como mencionado acima, têm uma série de problemas graves, gerando preocupação e desconfiança. Ainda há algum caminho a percorrer para permitir a construção de confiança substantiva.

Nem pode ser simplesmente uma questão de gerações. O equilíbrio do

“A ideia de criar um banco de desenvolvimento comum BRICS, por exemplo, é vista como uma opção alternativa às instituições financeiras internacionais.” poder económico rígido pode estar a mudar, mas o equilíbrio de poder flexível não, pelo menos por agora. A filha de Xi Jinping, Xi Mingze, estuda na Universidade de Harvard, em

Cambridge, Massachusetts, e não em Hyderabad, São Paulo, São Petersburgo ou Cape Town. Realmente, um dos paradoxos desta era pode muito bem ser o facto de que, enquanto a atual geração de líderes do BRICS procura alternativas ao Ocidente, a próxima geração pode ser muito mais

“O equilíbrio do poder económico rígido pode estar a mudar, mas o equilíbrio de poder flexível não, pelo menos por agora.” familiarizada com o Ocidente do que os pais. É bom falar Não há dúvida de que estas cinco nações individualmente são atores muito importantes no ambiente global do século 21 em todos os aspetos críticos: comércio, investimento, migração, demografia, meio ambiente e segurança.

Por conseguinte, é importante que se conheçam uns aos outros e se empenhem na construção de confiança. O facto, portanto, que, em última análise, a Cimeira BRICS possa permanecer apenas como espaço de debate em si não é uma coisa má. Falar pode ser valioso e os padrões estabelecidos por outras coligações (por exemplo, o G20) não são assim tão elevados em termos de resultados concretos.

Como Günter Grass observou certa vez, o progresso institucional evolui ao ritmo de um caracol. Por isso não se devem esperar desenvolvimentos dramáticos e impacto no que diz respeito às instituições alimentadas pelos BRICS. Além disso, se as novas instituições vão

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

ATUALIDADE/Opinião

está

De sacos de plástico a objetos de moda COMO UMA EMPRESÁRIA FEZ UM NEGÓCIO AMIGO DO AMBIENTE A PARTIR DE LIXO

PROFESSOR STUART READ* Professor de Marketing do IMD

NICK DEW* Professor associado na Naval Postgraduate School

INOVAÇÃO Debbie Watkins estava à procura de um pouco de descanso da agitação da vida empresarial em Londres, por isso reservou uma viagem ao Camboja. As imagens de templos budistas, florestas exuberantes e sorrisos calorosos misturavam-se com a história de conflitos e a cozinha única do Sudeste Asiático, para uma experiência certa de contrastar com a cobertura de nuvens cinza do Reino Unido. Mas isso foi há 11 anos e, como é frequentemente o caso com os empreendedores, o destino, na verdade, tornou-se o ponto de partida.

O novo caminho A combinação do querer envolver-se profundamente com a cultura do Camboja, querer criar oportunidades económicas e progresso social na região, assim como encontrar o homem dos seus sonhos, transformou o descanso de Watkins em

ser relevantes e fortes, é improvável que sejam verdadeiramente independentes dos seus mestres. Assim sendo, a menos que os BRICS sejam capazes de resolver o seu défice de confiança e investir significativamente na construção dessa confiança, os seus esforços não farão grande diferença no futuro próximo. Quanto à governação global neste período de intensa turbulência transformacional, a melhor coisa que os países BRICS poderiam fazer individual e coletivamente é apoiar reformas para fortalecer o existente sistema global multilateral baseado em regras.

Uma abordagem comum sobre como completar as negociações paralisadas da Agenda de Desenvolvimento de Doha, por exemplo, poderia dar uma contribuição significativa para o bemestar global. *Ambos os professores lecionam o “Orchestrating Winning Performance Program” (OWP) (Programa de Orquestração de Performance Vencedora), que oferece, a indivíduos e equipas o pensamento mais recente de gestão numa programação personalizada bem como trabalho em rede (networking) com mais de 400 executivos internacionais.

“Muitos dos que viajaram para destinos interessantes em partes emergentes do mundo viram o que chamou a atenção de Watkins: o invasivo saco de plástico.” determinação. Durante uma cerveja, numa noite com o seu futuro marido, Marc Lansu, a dupla imaginou um negócio, que poderia

animar as aspirações de Watkins, e assim nasceu Carpe Diem, um operador turístico sem fins lucrativos, proporcionando pequenas excursões em grupo no Camboja. Em vez de seguir uma lista dos principais pontos fotogénicos locais, Carpe Diem iria facilitar o turismo no país mais profundo, o intercâmbio com as populações locais e a interação cultural.

“Watkins também nos oferece valor a nós. Ela ilustra para nós o trabalho do empreendedor. Na verdade, esse trabalho não é esperar pelo momento da intervenção divina, mas antes sair pelo mundo e criar.”

Viagem fantástica Carpe Diem Travel correspondeu às aspirações de Watkins e muito mais. A organização expandiu-se até empregar hoje mais de 20 pessoas, incluindo Willemijn Wellens, que carrega o título de “Especialista em Viagens de Cadeira de Rodas” e é, ele próprio, um viajante de cadeira de rodas.

A empresa expandiu-se para o Laos e criou elementos de viagem que educam e envolvem os visitantes em questões, incluindo a conservação e bem-estar social. Mas este artigo não é sobre Carpe Diem Travel. Carpe Diem é um ponto de passagem na jornada de uma empreendedora que, durante as suas viagens com a empresa, não conseguia deixar de continuar a ver problemas e oportunidades em todos os lugares ao seu redor.

Paisagem desarrumada Muitos dos que viajaram para destinos interessantes em partes emergentes do mundo viram o que chamou a atenção de Watkins: o invasivo saco de plástico. Lidar com o lixo no mundo em desenvolvimento dificilmente é uma atividade sistémica — na maioria das vezes é tratado individualmente pelos empresários, que extraem um qualquer valor a partir do lixo dos outros. Vidro e metal podem ser revendidos. O lixo orgânico vai para alimentar o gado ou

fertilizar os campos. Mas os sacos de plástico, porque não têm valor nenhum, uma vez usados cobrem cada vez mais as zonas rurais.

Baratos e não-biodegradáveis, são mais do que desagradáveis à vista, prejudicam os animais que os comem e obstroem canais e esgotos.

Transformação de lixo E assim nasceu o próximo negócio da Watkins. Em 2009, ela montou Funky Junk Recycled (funkyjunkrecycled.com) a fim de tornar aqueles sacos de plástico em algo valioso.

E não apenas algo valioso para os clientes, embora eles apreciem as almofadas de chão coloridas e amigas do ambiente, cestas de lavandaria, chapéus-de-sol e malas de ombro que ela fabrica na Funky Junk. Mas valor na limpeza do ambiente. Valor para os funcionários cambojanos locais que ela treina, gere de acordo com as melhores práticas de comércio justo e, é claro, remunera. E valor para os empresários com os quais ela ‘franquia’ o seu modelo noutras partes do mundo a fim de capacitar mais pessoas e conseguir mais progresso.

O trabalho de criação Watkins também nos oferece valor a nós. Ela ilustra para nós o trabalho do empreendedor. Na verdade, esse trabalho não é esperar pelo momento da intervenção divina, mas antes sair pelo mundo e criar.

Esse processo de criação não é algo que acontece no isolamento, mas é uma função de interagir com os outros, utilizando os meios rotineiros à mão, os recursos, que podem ser tão pouco atraentes, tão comuns e sem valor como o saco de plástico na berma da estrada.

Até que esses recursos chegam às mãos do empreendedor e são transformados de lixo em funky. Glamoroso? Você decide. Valioso?

Absolutamente. *Codirige o Programa de Desenvolvimento de Executivos (PED), que é uma jornada de transformação personalizada que inspira e prepara executivos a meio de carreira para criar o futuro, que querem para si mesmos, as suas organizações e sociedade. **Este artigo foi publicado originalmente na “Business Life”, revista de bordo da British Airways.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

ATUALIDADE/Internacional

Santander quase duplica os lucros

Confiança económica da Zona Euro atinge máximos

O banco Santander registou, no ano passado, um resultado líquido de 4370 milhões de euros, quase duplicando o valor do exercício anterior. Ainda assim, ficou abaixo das previsões dos analistas, na medida em que destinou mais-valias para realizar provisões. A Espanha representou apenas 7% do lucro total do grupo espanhol. Também o efeito cambial das moedas latino-americanas acabou por pressionar o resultado em baixa. O mercado esperava ganhos de cerca de 4,7 mil milhões de euros.

A confiança económica da Zona Euro registou, em janeiro, uma melhoria de 0,5 pontos, relativamente ao mês anterior, o que situa o seu indicador em 100,9 pontos base, o melhor valor desde julho de 2011 e ligeiramente acima da média histórica do indicador. O crescimento ficou a dever-se sobretudo aos desempenhos da Alemanha e da França e à contribuição dos setores dos serviços, do comércio retalhista e dos consumidores, de acordo com os dados veiculados pela Comissão Europeia.

Setor europeu das telecomunicações vai ter ano agitado O setor europeu das telecomunicações começou a suscitar o interesse dos investidores ainda no ano passado. As grandes operadoras começaram a tirar da “cartola” antigos planos de expansão que ficaram guardados devido à situação financeira da indústria. Os movimentos iniciados pela Telefónica, na Alemanha, marcaram o princípio de uma reação em cadeia.

Nos Estados Unidos, há já algum tempo que as operações no setor das telecomunicações tiveram lugar em segmentos específicos, como o do cabo e da transmissão de dados. Na Europa, as movimentações tardaram devido à falta de recursos financeiros e humanos. Este é um ano que se inicia cheio de oportunidades nesta área no Velho Continente. Um dos grandes agitadores está-se a revelar a norte-americana Liberty Global, operadora de cabo, que tem a intenção de concorrer no panorama europeu com os grandes grupos, como é o caso da Vodafone, ambas com fortes interesses nos serviços de telemóveis, internet e televisão paga. A Liberty Global deu um passo importante ao adquirir a fornecedora holandesa de banda larga Ziggo, por 6,7 mil milhões de dólares.

Interessante é também o facto de a britânica Vodafone correr o risco de transformar ela própria na presa da gigante AT&T dos Estados Unidos. Com alguma recorrência, esta tem insinuado o seu inte-

A Autoridade Bancária Europeia (EBA) deu a conhecer alguns aspetos relacionados com as provas de esforço a que serão submetidos 124 bancos. Os referidos testes vão afetar toda a posição da dívida pública das entidades financeiras. Os novos testes vão ter reflexos no preço de todas as posições da dívida pública.

A que se encontra em carteira de negociação ser-lhe-á aplicado o preço de mercado, com perdas imediatas. A que se mantém até ao seu vencimento fica sujeita a uma alteração na ponderação do risco, com base em modelos internos de avaliação das mudanças no risco do crédito. A dívida que se mantém disponível para venda também é contabilizada a preços de mercado, mas o impacto no capital dependerá das decisões adotadas pelos supervisores. A EBA pretende ainda que os grandes bancos comunitários não desçam o seu nível de capital apara além dos 5,5% dos seus ativos. O rácio de capital também terá requisitos mais exigentes do que sucedeu nos testes de stress anteriores.

As movimentações da espanhola Telefónica na Alemanha abriram um mercado cheio de oportunidades.

resse junto da Vodafone. O processo não se revela simples, mas a realidade é que se trata de uma área em que se colocam sempre algumas dificuldades, sobretudo ao nível das autoridades reguladoras, ten-

do em conta a concorrência. O segmento do cabo também está agitado. Várias operações na Europa estão pendentes, sendo quase certo que vão avançar nos próximos meses.

FMI quer intervenção rápida nos países emergentes O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende uma ação rápida em certos países emergentes, devido à instabilidade criada pelas recentes turbulências monetárias. O fundo apela aos bancos centrais de todo o mundo para estarem o mais atentos possível às mudanças repentinas.

Trata-se de melhorar os “fundamentais” económicos dos países e a credibilidade das suas políticas. Várias economias emergentes (em especial o Brasil, a Turquia, a Índia e a Rússia) viram as suas moedas entrar num processo de afundamento, tendo como pano de fundo o refluxo dos capitais estrangeiros e dúvidas crescentes dos investidores face à solidez das suas economias.

Esta tendência acabou por ser agravada com o retorno à “normalidade” por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos.

O fluxo de capitais sofreu profundas alterações, com os países emergentes a serem bastante penalizados por uma política de deslocalização dos capitais, um pouco por todo o mundo.

Estas turbulências estão a revelar algumas fragilidades por parte dos países emergentes, tendo em conta uma redução do investimento direto estrangeiro, um cres-

Testes de stress da banca afetam carteira da dívida pública

O Fundo Monetário Internacional quer atenção redobrada por parte dos bancos centrais.

cimento económico mais lento e os preços das matérias-primas mais baixos. O fundo não deixa de louvar alguns bancos centrais, como foram os casos daqueles da Turquia e da África do Sul, que responderam de imediato ao desafio, tomaram medidas e

evitaram a saída dos capitais estrangeiros.

A instituição apela a que todos os bancos centrais estejam atentos às necessidades de liquidez dos respetivos países, de forma a evitar que uma economia sofra as consequências de falta de financiamento.

Comissão Europeia receia taxa de inflação demasiado baixa A Comissão Europeia revela preocupações com a baixa taxa de inflação da Zona Euro. É que, se continuar durante um longo período aos níveis atuais – na ordem dos 0,7% – vai converter-se num problema para a recuperação e terá um impacto negativo na procura, no serviço da dívida e na correção dos desequilíbrios dos países do sul e do norte.

Bruxelas acredita que a deflação não será um problema, na medida em que o Banco Central Europeu possui os instrumentos necessários para evitar que se chegue a uma situação desse género. Acontece é que a baixa inflação dificulta e impede o processo em curso de reequilíbrio da economia europeia, o que não é bom para o crescimento, nem para a criação de emprego. É natural que nos países mais vulneráveis do Sul da Europa, onde se procura restaurar a competitividade – tenham taxas de inflação reduzidas. É a parte normal do processo de ajustamento e é agora visível no aumento das exportações ou da produção industrial. O problema é se a média da Zona Euro permanece baixa por um período de tempo demasiado longo, o que significa que o centro da Europa também regista uma taxa média de inflação demasiado reduzida. Terá um impacto negativo na competitividade económica da Europa, através do efeito da taxa cambial, e terá, certamente, um efeito negativo sobre a procura interna, na medida em que corta os incentivos ao consumo doméstico. O mesmo acontece em termos de dívida, já que torna bastante mais complicado resolver este problema.

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Imobiliário industrial e logístico atrai interesse dos investidores

NEGÓCIOS E EMPRESAS

O mercado imobiliário industrial e logístico na Europa atraiu mais de 14 mil milhões de euros em investimento, no ano passado. Foi o valor mais elevado desde 2007 e representou uma subida superior a 50%, face ao exercício anterior. “O setor atraiu novas fontes de capital, com aumento da atividade de investimento por parte de investidores especializados, private equity, fundos soberanos da Ásia e Médio Oriente e fundos de pensões internacionais da América do Norte.”

PRODEXPO (MOSCOVO) ACOLHE 23 EMPRESAS PORTUGUESAS DO AGROALIMENTAR

Portugal Foods assina protocolo com a Rússia para facilitar exportações TERESA SILVEIRA teresasilveira@vidaeconomica.pt

A Prodexpo, que anualmente tem lugar em Moscovo (Rússia), acolhe pela segunda vez, este ano, entre 10 e 14 de fevereiro, 23 empresas portuguesas do agroalimentar agregadas sobre a marca comum “Portugal Foods”. Em declarações à “Vida Económica” antes de partir para Moscovo, Ondina Afonso, diretora executiva daquele pólo de competitividade, revelou que no primeiro dia do certame vai ser celebrado um protocolo entre a Portugal Foods e uma associação russa, na presença da ministra da Agricultura Assunção Cristas, “que irá permitir apoiar os processos de exportação dos produtos portugueses” para aquele país.

“O mercado russo foi identificado como prioritário na estratégia de internacionalização para o setor agroalimentar, elaborada pela Portugal Foods e entregue à ministra da Agricultura em 2012”, disse ainda Ondina Afonso.

Questionada pela “Vida Económica” sobre que retorno houve para Portugal da Prodexpo de 2013, Ondina Afonso começa por dizer que, em 2012, “o grupo dos produtos alimentares representou 7% do total de exportações portuguesas para a Rússia”, registando uma subida de 24% face ao ano de 2011.

Um ano em que cerca de 490 empresas exportavam para a Rússia, número que “sofreu um acréscimo em 2012 para 547”. E apesar de o mercado russo apresentar “dificuldades muito próprias”, que dificultam as ações de ‘follow up’ das empresas portuguesas aos contactos iniciados em 2013 – a barreira linguística, que obriga a um apoio permanente de intérpretes; a vasti-

As empresas portuguesas na Prodexpo 2014 - Olivais do Sul; - Conservas A Poveira; - Chocolate Imperial; - Porto Union (que agrega as empresas Cerealis, Lactovil, José Maria da Fonseca, MMC World, Olivari, Primor, Vieira de Castro, Sumol + Compal); - Dancake; Chocolame; - Quinta da Boeira (Vinhos do Douro e Porto); - Du Bois de La Roche; - Novarroz; - Nobre; - Vizelpas; - Cister; Frueat; - Frubaça; - Cooperativa Agrícola de Mangualde; - Derovo; - A associação PortugalFresh com frutas portuguesas

dão do território russo, que obriga à subdivisão em mercados regionais para se poder fazer face às especificidades logísticas de cada região; o desconhecimento por parte das empresas portuguesas dos procedimentos locais em termos de distri-

buição, as questões alfandegárias, tributárias, logísticas, etc., a aposta a leste vai continuar.

Até porque, garante Ondina Afonso, “a PortugalFoods sabe que existem categorias de produtos com bons desempenhos junto do

consumidor russo e que é necessário reforçar a posição”. São o exemplo as carnes, principalmente de porco e aves, o peixe, os produtos de conveniência (enlatados, congelados), os produtos saudáveis (baixo teor em gordura e açúcar) e bio-

lógicos, assim como a fruta fresca (atendendo ao envelhecimento da população e preocupações de saúde por parte de uma faixa de consumidores), os vinhos e as bebidas não alcoólicas (bebidas funcionais, por exemplo).

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NEGÓCIOS E EMPRESAS

Franchising alimentar da Sonae MC atinge 60 unidades

André Pires de Carvalho é o novo sócio da Bain & Company

Atualmente com 74 lojas, um total de 380 postos de trabalho e mais de 14 mil m2 de superfície comercial foi o balanço apresentado no segundo encontro Meu Super, que decorreu no Entroncamento. O encontro que reuniu os 60 franquiados até ao momento, e dois cuja abertura das respetivas lojas está agendada até março de 2014, teve como principal objetivo o balanço dos resultados obtidos em 2013 e uma breve reflexão do sucesso da marca.

A consultora Bain & Company reforça a sua equipa na Península Ibérica com a nomeação de André Pires de Carvalho como sócio. Especializado na área de estratégia de clientes e na indústria de bens de consumo, André Pires de Carvalho assessora principalmente empresas dos setores da alimentação, bebidas, higiene pessoal e do lar sobre estratégias de crescimento, eficácia comercial, estruturas de organização e fusões e aquisições.

Apicultores passam a ter seguro de colmeias

A F. Rego, empresa de corretagem de seguros para a agricultura a nível nacional, assinou um protocolo com a FNAP (Federação Nacional dos Apicultores de Portugal) e a Mapfre para a criação de um seguro inédito de proteção das colmeias e dos apicultores nacionais.

A assinatura do protocolo foi feita esta semana na sede da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

O Seguro Apícola, inovador em Portugal, visa a proteção da atividade e do património dos apicultores e prevê as coberturas de responsabilidade civil, risco de incêndio, atos de vandalismo e furto ou roubo.

Desenhado em conjunto pela F. Rego, FNAP e Mapfre, o serviço vem colmatar uma necessidade premente dos apicultores portugueses que, até ao momento, não tinham como beneficiar de uma proteção para estes imprevistos, como, aliás, acontece em diversos setores da agricultura em Portugal.

Como representante de 45 organizações de apicultores de todo o país, a FNAP acredita que este seguro irá defender os interesses dos apicultores portugueses, responder eficazmente às necessidades de cobertura de risco da apicultura nacional e incentivar a modernização e profissionalização deste setor agrícola.

A F. Rego vai disponibilizar ainda aos associados da FNAP e aos seus apicultores benefícios e condições preferenciais em todas as áreas de seguros, nomeadamente, acidentes de trabalho, automóvel, saúde, vida, multirriscos e habitação.

TELMO MOURINHO BAPTISTA, BASTONÁRIO DA ORDEM DOS PSICÓLOGOS, CONSIDERA

Psicólogos podem ajudar a di os custos globais da saúde Os psicólogos operam num mercado particularmente inativo em termos de contratações, “apesar da sua utilidade e da importância do seu contributo para a resolução de muitos problemas da sociedade”. Acresce o facto de o Serviço Nacional de Saúde desenvolver uma política de não integrar estes profissionais, com elevados custos daí decorrentes para os contribuintes, referiu à “Vida Económica” Telmo Mourinho Baptista, bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP).

GUILHERME OSSWALD guilherme@vidaeconomica.pt

Vida Económica – Qual a posição do SNS relativamente à profissão de psicólogo?

Telmo Mourinho Baptista – O SNS tem uma política de não integrar estes profissionais, apesar de ter conhecimento de como a sua contratação poderia contribuir para o bem-estar e até diminuir os custos globais da saúde.

Mas tem sido ignorada esta dimensão, sob a premência de outros fatores, atendendo apenas ao curto prazo. O que é de lamentar, por se tratar de uma área de intervenção prioritária em termos de crise. Existem muitos outros contributos que os psicólogos podem dar na área da saúde, no apoio ao tratamento e prevenção de diversas doenças, dado que muitas delas têm uma forte relação com os comportamentos da pessoa. Estes profissionais poderiam ser muito melhor aproveitados, o que passaria pela contratação por parte do SNS. Complementarmente – para alguns tipos de problemas –, poderia e deveria ser implementada uma medida como o cheque-psicólogo.

“O SNS tem uma política de não integrar os profissionais de psicologia”, afirma Telmo Mourinho Baptista.

Ordem dos Psicólogos prepara campanha de divulgação A Ordem dos Psicólogos Portugueses tem em preparação uma campanha de divulgação do trabalho dos psicólogos, que será lançada em breve. “É importante que os cidadãos saibam que os psicólogos podem fazer a diferença em áreas tão diversas como a da saúde, da educação ou das organizações. O poder político tem de olhar para a psicologia como uma parte essencial da intervenção que deve ser feita para melhorar as condições de vida

VE – Pode-se concluir que existem profissionais a mais no mercado?

TMB – Dada a natureza dos problemas que afetam a sociedade portuguesa e a importância da intervenção psicológica em muitos deles – perturbações depressivas, ansiosas, dificuldades comportamentais e escolares, problemas de funcionamento das organizações, motivação –, importa primeiro desenvolver uma política que

dos cidadãos e torná-los mais capazes, resilientes e otimistas relativamente ao futuro”, afirma Telmo Mourinho Baptista.

“Os poderes instituídos e os decisores poderão envolver mais a profissão na prestação de ajuda aos cidadãos. Continuaremos a influenciar as decisões, no sentido do reconhecimento do papel dos psicólogos na resolução dos problemas das pessoas e da sociedade”, conclui.

permita a criação de emprego e depois é que se pode concluir se existem ou não profissionais a mais.

Importa notar que a falta de inserção profissional é o problema principal que afeta a atividade, a par da precariedade das condições de trabalho de alguns psicólogos que trabalham menos de 15 horas por semana.

Problemas que a Ordem pretende confrontar através do apoio prestado por um gabinete de

empregabilidade na procura de colocação, desenvolvimento de competências e uma iniciativa para promover mais conhecimento junto das instituições sobre o trabalho que os psicólogos realizam, bem como das possibilidades de estágios remunerados a que as empresas podem concorrer, como sucedeu no Impulso Jovem.

VE – Num momento de crise, não seria expectável os

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NEGĂ“CIOS E EMPRESAS

CRITICAL Software e PLMJ cooperam na proteção de dados

VĂ­tor Matos eleito “Chefe de Cozinha do Ano 2013â€?

A CRITICAL Softwaree a PLMJ- Sociedade de Advogados, na esteira da sua parceria, anunciaram o lançamento de um novo serviço de auditoria ao tratamento de dados pessoais nas empresas. As duas instituiçþes uniram esforços para lançar um serviço completo e que visa responder às necessidades das empresas a nível da segurança dos sistemas que suportam as suas operaçþes e reduzir os riscos inerentes às organizaçþes que atuam no domínio público da internet.

VĂ­tor Matos, chefe que lidera a cozinha do restaurante Largo do Paço, da Casa da Calçada, em Amarante, acaba de conquistar o tĂ­tulo de “Chefe de Cozinha do Ano 2013â€? nos PrĂŠmios da Revista “Wineâ€? - A EssĂŞncia do Vinho. Entre os nomeados encontravam-se JosĂŠ Avillez (Belcanto, Lisboa), Leonel Pereira (SĂŁo Gabriel, Algarve) e VĂ­tor Claro (Claro, Paço d’Arcos) mas foi o Chefe do Largo do Paço que nesta edição se distinguiu.

minuir

BCP cria novo serviço para acionistas O Millennium bcp acaba de criar um serviço para os seus acionistas, o Millennium bcp Acionista, atravÊs do qual pretende estar mais próximo dos titulares de participaçþes representativas do seu capital.

Com o Millennium bcp Acionista, os detentores de açþes do Millennium bcp poderão comu-

Workshop psicĂłlogos aumentarem o volume de trabalho?

TMB – Sem dĂşvida, se atendermos Ă necessidade de apoio que as pessoas sentem numa situação de crise. No entanto, nas crises econĂłmico-ďŹ nanceiras os recursos disponĂ­veis para a saĂşde tambĂŠm sĂŁo menores e, por isso, nem sempre se veriďŹ ca um aumento da procura. DaĂ­ ser necessĂĄrio que se criem soluçþes de proximidade, promovidas pelo Estado e pelos diversos agentes, que facilitem uma intervenção rĂĄpida, focalizada e de grande acessibilidade.

Lembro que a Ordem tem a incumbĂŞncia de regular e defender a proďŹ ssĂŁo, defender os utilizadores dos serviços de psicologia, atender Ă s reclamaçþes e denĂşncias de mĂĄs prĂĄticas.

Foi tambĂŠm a criação desta entidade que permitiu a adequada regulamentação da proďŹ ssĂŁo de psicĂłlogo.

nicar de forma mais próxima com o banco em que investiram, alÊm de poderem aceder a produtos e serviços do banco em condiçþes preferenciais e a um conjunto de vantagens e descontos acordados entre o Millennium bcp e os seus parceiros.

Entre os parceiros que jĂĄ se asso-

ciaram ao Millennium bcp Acionista contam-se o Grupo Pestana, Pousadas de Portugal, Vidago Palace, Budget Rent-a-Car, CoďŹ na, United Airlines, Wall Street English, Precision, ou os restaurantes Olivier, entre outros que a partir desta data prestarĂŁo os seus serviços e oferecerĂŁo os seus produtos aos

180 mil acionistas do Millennium bcp a um preço reduzido ou oferecendo vantagens.

São neste momento mais de 150 ofertas disponibilizadas pelos parceiros do Millennium bcp nesta iniciativa mas a lista de parceiros serå alvo de atualizaçþes de forma regular.

Gestão da internacionalização

Com este seminårio pretende-se ajudar a ultrapassar estas questþes fornecendo ferramentas que possibilitem gerir um processo de internacionalização nas suas diferentes fases: PLANEAR, IMPLEMENTAR e CONTROLAR.

Programa 1. PorquĂŞ Internacionalizar?

2. Diagnóstico de Internacionalização . De¿nir a Estratpgia de Internacionalização 4. A Exportação

Lisboa 7 março

5. O IDE – Investimento Direto Estrangeiro 6. Apoios à Internacionalização de Empresas

09h30 às 13h /14h00 às 17h30 O mÊtodo a utilizar permitirå aos participantes o contacto com casos pråticos e ferramentas de anålise, a indicação de fontes de informação úteis e o acesso ao conhecimento do orador, que se traduzirão numa maior capacidade de intervenção dos participantes em processos de internacionalização.

Os empresårios, gestores e quadros de empresas que tencionam (ou jå tenham em curso) um processo de internacionalização são os destinatårios naturais deste seminårio.

Preços: Público em Geral: ₏ 90 + IVA Assinantes VE: ₏ 75 + IVA

Formador: Dr. JosĂŠ BrandĂŁo de Sousa Engenheiro e Mestre em GestĂŁo (ISCTE).

Consultor e formador em gestão, com especial enfoque em estratÊgia empresarial e internacionalização de empresas. Tem grande experiência em projetos de internacionalização, tendo sido gestor de empresas em à frica e na à sia, durante mais de quinze anos. O seu percurso pro¿ssional inclui o desempenho de cargos de gestão e de administração em empresas do Grupo Visabeira e da Portugal Telecom, bem como a colaboração, como docente, com diversas universidades.

Escreve regularmente artigos sobre gestão para diversas publicaçþes.

Organização:

Patrícia Flores (Dep. Formação) Vida Económica - Editorial SA. 7lf: 3 399 437/00 / Fa[: 05 09 / Email: patriciaÀores#vidaeconomica.pt

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NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME

Construção e imobiliário defendem relatório sobre infraestruturas

BMOP lança serviço gratuito de avaliação de pareceres médicos

O setor da construção e do imobiliário defende que o Governo deve aproveitar o relatório do Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado. Deste modo, será mais simples definir uma política de investimento em infraestruturas e priorizar o destino dos próximos fundos comunitários. Por outro lado, considera que o documento pode ajudar as empresas do setor a ajustarem-se e a posicionarem-se no mercado das obras públicas.

A Best Medical Opinion, empresa especializada em pareceres médicos e perícias médicas, passou a prestar um serviço gratuito de apreciação prévia e sumária de elementos clínicos individuais.

Em www.bmop.pt está disponível um formulário para submissão automática de informação e/ ou documentação clínica, considerada relevante para uma avaliação preliminar, assegurada por médicos peritos independentes.

Projeto Future Cities recebe financiamento de 2,3 milhões TERESA SILVEIRA teresasilveira@vidaeconomica.pt

O projeto europeu Future Cities, liderado pelo Centro de Competências para as Cidades do Futuro da Universidade do Porto, quer transformar a cidade do Porto num “laboratório vivo” à escala urbana, com o objetivo de “ajudar a colocar a cidade invicta entre as mais inovadoras da Europa”. O financiamento associado é de 2,3 milhões de euros, dos quais 1,6 milhões oriundos da Comissão Europeia (FP7-Capacities) e 700 mil do QREN (através do projeto I-CITY, Future Mobility e Future Health).

Dada a sua dimensão, popula-

ção e infraestrutura, que inclui as redes de nova geração e os sistemas de transporte multimodal, o Porto foi o local escolhido para o desenvolvimento deste projeto Future Cities, que assenta num “conceito multidisciplinar, interligando várias áreas, como as TIC, psicologia, urbanismo, engenharia civil, entre outras, revelou à “Vida Económica” fonte da Faculdade de Engenharia do Porto onde está instalado o Center of Competence for Future Cities of the University of Porto.

O trabalho que envolve este projeto é desenvolvido em parceria com um vasto leque de empresas, universidades e instituições.

Para além de várias faculdades e unidades de investigação da Universidade do Porto, colaboram no projeto a Universidade de Aveiro, o Instituto de Telecomunicações, a Carnegie Mellon University e o MIT, a Câmara Municipal do Porto, a Porto Digital, a STCP e dezenas de PME. Estão já envolvidos 40 investigadores, dos quais 20 bolseiros de doutoramento, três investigadores doutorados e três técnicos contratados a tempo inteiro, tendo sido já adquiridos 813 dispositivos.

Os objetivos são vastos e passam por criar um laboratório vivo, à escala urbana, no Porto, dotando a

CONSULTÓRIO DE FUNDOS COMUNITÁRIOS

PROLONGAMENTO DO JESSICA Pretendo reabilitar um edifício na zona histórica de Tavira para criar uma unidade de alojamento local. O edifício integra-se numa zona de edifícios classificados como património de interesse municipal. Devido ao elevado custo das obras de reabilitação pensei numa candidatura à Iniciativa Jessica para conseguir algum apoio ao projeto.

Poderei candidatar-me?

Resposta Devido à flexibilidade deste programa de apoio, as condições de acesso aos projetos do Algarve são estabelecidas pelo Instituto do Turismo de Portugal, I.P. Neste sentido, são apoiados os seguintes tipos de projetos: s Criação ou, prioritariamente, requalificação de empreendimentos turísticos ou atividades turísticas, culturais ou de lazer, em especial os que envolvam a adaptação de imóveis com valor arquitetónico, histórico ou cultural ou de imóveis já classificados ou em vias de classificação ao abrigo da Lei do Património Cultural; s Projetos empresariais que potenciem a atualização e fruição dos espaços públicos e do património cultural dos centros históricos; s Criação e adaptação de equipamentos museológicos, culturais ou de lazer com relevância turística; s Modernização e requalificação de empreendimentos ou atividades turísticas, culturais ou de lazer nas áreas da eficiência energética, das energias renováveis, das tecnologias e sistemas de informação, incluindo banda larga e infraestruturas sem-fios; s Criação ou reabilitação de áreas pedonais e condicionamento da circulação e da melhoria do estacionamento automóvel, desde que enquadrados num plano de requalificação e valorização dos centros históricos ou zonas urbanas com elevada capacidade de atração de turistas; s Projetos de qualificação de áreas urbanas

e de valorização de recursos naturais ou patrimoniais.

As condições de elegibilidade dos projetos são as seguintes: s Enquadrarem-se em Programas Integrados de Desenvolvimento Urbano Sustentável; s Possuir projeto de arquitetura ou Pedido de Informação Prévia já aprovado; s Não se encontrarem iniciados à data da candidatura, no caso de empresas; s Iniciar os trabalhos no prazo máximo de seis meses após a aprovação da candidatura; s Encontrarem-se devidamente asseguradas as respetivas fontes de financiamento; s Serem executados no prazo máximo de dois anos; s Serem económica e financeiramente sustentáveis.

No caso dos projetos localizados na NUT II Algarve, os projetos devem, ainda, demonstrar contribuir para a prossecução dos objetivos de valorização territorial e desenvolvimento urbano previstos no Programa Operacional Regional do Algarve.

No caso do Algarve e Lisboa, que não são regiões de convergência, o montante máximo do financiamento a conceder (sob a forma de empréstimo), por operação, não poderá exceder 50% do valor do investimento elegível no caso de empresas, associações ou fundações, ou 75% no caso de outras entidades, com o limite máximo de 3,5 milhões de euros. O prazo máximo de reembolso são 15 anos, com uma carência de capital até 4 anos e taxa de juro entre a Euribor a 6 meses e essa taxa acrescida de um spread de 2,5 p.p. O reembolso dos financiamentos, que não pode ultrapassar o ano de 2031, é assegurado por garantia bancária ou por outras garantias admitidas em direito.

De realçar que o período de candidaturas à Iniciativa Jessica, cujo encerramento estava previsto para o passado 31 de dezembro, foi prolongado até junho de 2014.

WWW.SIBEC.PT SIBEC@SIBEC.PT 228 348 500

cidade de “um vasto conjunto de equipamentos de sensorização e comunicação, utilizando tecnologias avançadas”, com o intuito de “melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”. E já está em desenvolvi-

mento uma plataforma de teste à escala urbana, constituída por mais de 600 nós e que envolve três subplataformas interligadas: Vehicular Ad-hoc Network (VANET), SenseMyCity e UrbanSense.

Lufthansa tem nova vice-presidente irá cobrir vendas, marketing e operações dos aeroportos.

Heike Birlenbach irá reportar diretamente a Jens Bischof, CCO (Chief Commercial Officer) e membro do Conselho de Administração da Lufthansa German Airlines.

Heike Birlenbach começou a trabalhar na Lufthansa em 1990. Durante o seu curso de Turismo e Economia, ocupou diversos lugares no aeroporto de Frankfurt e, em 1994, passou para o departamento de vendas, onde era gestora de contas, entre outras funções. Em 1999, foi nomeada diretora-geral de Marketing e Apoio às Vendas Sales Europa a partir de Londres. Subsequentemente, a partir de 2002 ficou encarregue da organização da Lufthansa nos países de Benelux a partir de Amesterdão.

Heike Birlenbach voltou para a sede da Lufthansa em Frankfurt em 2006 como diretora da gestão de produto para o tráfego doméstico e europeu.

Heike Birlenbach, vice-presidente Vendas e Serviços Europa Em 2009, foi nomeada da Lufthansa. diretora da Lufthansa Italia Heike Birlenbach, até agora diretora da a partir de Milão, tendo passado a ocupar gestão de Cabina/Munique, foi nomeada o cargo atual em 2011 como diretora da vice-presidente Vendas e Serviços Europa gestão de Cabina/Munique, responsável da Lufthansa, a partir de 1 de março de pelos 4500 tripulantes de cabina da base 2014. A partir de Frankfurt, será responsá- de Munique 500, qualidade e formação. vel pela organização da Lufthansa Passen- Heike Birlenbach tem um mestrado em ger Airline na Europa.

Gestão da Universidade McGill de MonA função da gestora alemã de 47 anos treal, Canadá.

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NEGĂ“CIOS E EMPRESAS/PME

Porto de LeixĂľes espera mais cruzeiros este ano

Nexponor ganha prĂŠmio na categoria de inovação ďŹ nanceira

Entra este ano em funcionamento a nova estação de passageiros de cruzeiros do Porto de Leixþes. Perante este cenårio e a possibilidade de melhorias económicas, em termos globais, as previsþes apontam para um novo período de crescimento, depois de um abrandamento neste segmento de mercado durante o ano passado. A APDL espera a escala de 90 navios de cruzeiro, o que representarå mais de 82 mil passageiros e 40 mil tripulantes. Novas companhias de cruzeiros e novos navios vão iniciar as respetivas operaçþes no Porto de Leixþes.

A Nexponor – Sociedade Especial de Investimento ImobiliĂĄrio de Capital Fixo, constituĂ­da no ano passado com os ativos patrimoniais do centro de feiras e congressos da Exponor, em Matosinhos, foi considerado o melhor projeto inovador do ano passado, no âmbito da bolsa nacional. Reconhecendo o mĂŠrito da AEP e da FundBox, parceira da associação e sociedade gestora do fundo imobiliĂĄrio criado, foi-lhe atribuĂ­do o Euronext Lisbon Award na categoria de “Inovação ďŹ nanceiraâ€?, por escolha de um jĂşri independente.

RICARDO MEIRELES VIEIRA - Advogado Gabinete de Advogados AntĂłnio Vilar, LuĂ­s CameirĂŁo & Associados ricardo.meireles.vieira@avlc-advogados.com www.antoniovilar.pt

Cedência ocasional de trabalhador Trabalho hå diversos anos numa empresa, que tem um estabelecimento no Porto. Agora, pedem-me que vå trabalhar para outra empresa do mesmo grupo, cujas instalaçþes são mais próximas da minha residência, o que me agrada. No entanto, não conheço a realidade dessa empresa e tenho algum receio da sua estabilidade.

Ao aceitar esta proposta, deixo de estar vinculada Ă minha atual empresa? E a transferĂŞncia ĂŠ permanente?

A questĂŁo que nos coloca prende-se com uma forma de gestĂŁo de capital humano disponĂ­vel nas empresas do mesmo grupo ou que partilhem uma ligação, de forma a tornar os recursos humanos existentes mais eďŹ cientes – a cedĂŞncia ocasional de trabalhadores.

De acordo com o disposto no art. 288.Âş do CĂłdigo do Trabalho (CT), a cedĂŞncia ocasional consiste na “disponibilização

temporĂĄria de trabalhador, pelo empregador, para prestar trabalho a outra entidade, a cujo poder de direção aquele ďŹ ca sujeito, mantendo-se o vĂ­nculo contratual inicial.â€?

Ou seja, Ê o negócio atravÊs do qual uma empresa cede provisoriamente um ou mais trabalhadores do seu quadro de pessoal próprio a uma outra, colocando-os sob a autoridade e direção da entidade cessionåria, mas conservando, no entanto, o vínculo jurídico-laboral que com eles mantÊm.

Esta ďŹ gura tem, necessariamente, carĂĄter temporĂĄrio e requisitos (cumulativos) de admissibilidade, que estĂŁo previstos no artigo 289.Âş CT. Assim, apenas serĂĄ lĂ­cita a cedĂŞncia ocasional de trabalhador quando, cumulativamente: a) O trabalhador esteja vinculado ao empregador cedente por contrato de trabalho sem termo; b) A cedĂŞncia ocorra entre sociedades coligadas, em relação societĂĄria de

participaçþes recíprocas, de domínio ou de grupo, ou entre empregadores que tenham estruturas organizativas comuns; c) O trabalhador concorde com a cedência; d) A duração da cedência não exceda um ano, renovåvel por iguais períodos atÊ ao måximo de cinco anos.

No que concerne a requisitos formais, dispĂľe o art. 290.Âş do CT que esta ferramenta legal depende de acordo entre cedente e cessionĂĄrio, sujeito a forma escrita, que deve conter: a) IdentiďŹ cação, assinaturas e domicĂ­lio ou sede das partes; b) IdentiďŹ cação do trabalhador cedido; c) Indicação da atividade a prestar pelo trabalhador; d) Indicação da data de inĂ­cio e da duração da cedĂŞncia; e) Declaração de concordância do trabalhador.

Sublinhe-se que, durante a cedĂŞncia

ocasional, o trabalhador estå sujeito ao regime de trabalho aplicåvel ao cessionårio no que respeita ao modo, local, duração de trabalho, suspensão do contrato de trabalho, segurança e saúde no trabalho e acesso a equipamentos sociais.

Por força do disposto no art. 293.º CT, a cedência ocasional de trabalhador fora das condiçþes em que Ê admissível, ou a falta do acordo nos termos do n.º 1 do artigo 290.º CT, confere ao trabalhador cedido o direito de optar pela permanência ao serviço do cessionårio em regime de contrato de trabalho sem termo.

Assim, no caso em apreço, serĂĄ necessĂĄrio apurar se estĂŁo preenchidos os requisitos para o recurso Ă cedĂŞncia ocasional para, entĂŁo, se elaborar o acordo de cedĂŞncia ocasional entre as sociedades do mesmo grupo. A cedĂŞncia ĂŠ, como vimos, temporĂĄria, pelo que, ďŹ ndo o prazo acordado, regressarĂĄ Ă sua atual empresa.

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5egime de IVA de Contabilidade de Caixa ‡ Como se caracteriza? ‡ 4uais as vantagens e desvantagens da sua adoção? ‡ A quem se destina? ‡ Em que circunstkncias se torna vantajosa a opção?

PROGRAMA 1. ASPETOS GE1e5ICOS 2. CA5ATE5I=Ad­O DO 5EGIME . 5EGIMES ESPECIAIS 5EVOGADOS 4. CASOS P5à TICOS

Lisboa 2 fevereiro

09h30 Ă s 13h /14h30 Ă s 18h (7 horas)

Preço: Publico em Geral: ₏90 + IVA Assinantes VE: ₏75 + IVA Objetivo Conhecimento das especi¿cidades tÊcnicas do regime de IVA de contabilidade de caixa e das implicaçþes pråticas que devem ser observadas, antes e após a opção, pelos sujeitos passivos de IVA enquadråveis no kmbito de incidência subjetiva do regime.

DestinatĂĄrios ProÂżssionais das ĂĄreas de contabilidade e Âżscalidade

Formador -orge Almeida

– Licenciado em Contabilidade e Administração, no ramo de Fiscalidade, pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL). Inspector Tributårio, do quadro de pessoal da Autoridade Tributåria e Aduaneira, desempenha as suas funçþes na 8nidade dos Grandes Contribuintes (8GC) cujas atribuiçþes assentam no acompanhamento tributårio das empresas com maior relevkncia económica e ¿scal, nomeadamente na Equipa de Assistência/Especialistas de IVA, no âmbito da apreciação dos processos de contencioso tributårio das empresas pertencentes ao Cadastro Especial de Contribuintes, em matÊria de IVA.

Organização:

Patrícia Flores (Dep. Formação) Vida Económica - Editorial SA. Tlf: 3 399 437/00 / Fax: 058 098 Email: patriciaÀores#vidaeconomica.pt

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME

Agricultores podem apresentar declarações até final de abril

CMVM aplica coimas no valor de 1,5 milhões

O Governo decidiu prorrogar até ao final de abril a entrega das declarações de início de atividade e de alterações em sede de IVA. Apesar de a grande maioria dos pequenos agricultores já ter procedido à entrega das respetivas declarações, ainda não se encontra contemplado todo o universo. Os contribuintes abrangidos são sobretudo pequenos agricultores e que beneficiam de apoios da PAC. Sem as respetivas declarações de início de atividade e de alterações não poderão submeter as suas candidaturas a eventuais fundos comunitários.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) proferiu decisão em 23 processos de contraordenação, no ano passado. Foram aplicadas 15 coimas no valor de 1,5 milhões de euros. Nos tribunais foram decididos quatro processos, dois dos quais nos últimos três meses do ano. São 12 os processos que estão ainda a decorrer. No último trimestre, encontravam-se em curso 109 processos de contraordenação na CMVM. A maioria dos processos respeita a violações de deveres de intermediação financeira.

LUÍS CEIA, PRESIDENTE DO CEVAL, AFIRMA

LINHA DIRETA – PME

“É urgente criar condições de reforço do investimento produtivo”

LUCRAR COM…

PENHORAS Jack Soifer*

Os mais recentes indicadores apontam para alguns sinais de retoma da economia nacional, ainda que ligeira e naturalmente partindo de níveis baixos de atividade. No entanto, é uma retoma ainda frágil, com alguns aspetos negativos que só serão dissipados com um comportamento favorável continuado. Esta é a opinião de Luís Ceia, presidente do Conselho Empresarial do Alto Minho (CEVAL) e da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC).

jack.soifer@vidaeconomica.pt Créditos: OJE-Victor Machado

T

rabalhei na compra de ouro, estou desempregada, o que fazer?

ALBANO DE MELO albanomelo@vidaeconomica.pt

As exportações portuguesas dão sinais de “efetiva consolidação” em alguns setores tradicionalmente importantes como o calçado, os têxteis e os moldes. “Outros setores seguirão também o caminho do investimento na inovação, qualidade e diferenciação potenciado por diversas medidas públicas de apoio à diversificação dos mercados, designadamente promovidas pela AICEP”, afirma à “Vida Económica” Luís Ceia.

No entanto, o presidente do CEVAL e da AEVC salienta que “a retoma em curso é frágil e que por vezes são enfatizados aspetos ainda negativos que só serão dissipados com um comportamento favorável continuado”.

E a propósito considera que tem que ser averiguada a relevância do impacto gerado pelas medidas de austeridade adotadas, designadamente os chamados cortes, em termos de não terem contribuído para uma efetiva desagregação das forças anímicas imprescindíveis para a própria recuperação.

Questionado sobre a reestruturação que vem sendo operada na economia portuguesa, Luís Ceia considera que houve um “rombo “ no tecido empresarial – que terá mesmo eliminado as empresas menos com-

Luís Ceia, presidente do CEVAL.

petitivas – mas considera que a amplitude das chamadas reformas estruturais no âmbito do Estado/administração púbica não atingiram ainda o nível adequado no sentido de potenciarem o próprio crescimento económico, assente num menor peso do Estado na economia, absorvendo menos recursos, gerando menos burocracia, acelerando e simplificando o funcionamento do sistema de justiça.

Contudo, Luís Ceia reconhece que, em termos globais, o programa de ajustamento adotado acabou por incutir nos agentes económicos a consciência de uma atitude de maior contenção a diversos níveis e que não se repetirão os comportamentos despesistas do passado, sob pena de o esforço feito não fazer sentido.

Empresas atravessam momento difícil

Quanto à situação das empresas, Luís Ceia refere que elas passaram – e passam – por momentos muito difíceis. “O custo do crédito

Região do Alto Minho perspetiva uma “nova industrialização” A região do Alto Minho apresenta algumas melhorias da conjuntura que estão acima das expectativas. Segundo Luís Ceia, trata-se duma das poucas regiões/NUTS onde não se verificou uma queda da população efetiva, salientando ainda em termos relativos a atratividade dos concelhos de Viana do Castelo e de Vila Nova de Cerveira.

“Verificam-se também nesta região sinais de reforço do investimento produtivo e de revigoramento dos importantes parques industriais já existentes”, acrescenta o mesmo responsável.

Questionado sobre a situação dos Estaleiros de Viana do Castelo, Luís Ceia confessa o seu próprio desconhecimento das condições do contrato celebrado com a Martifer, mas considera vital que fique assegurada a atividade de construção naval, não só por motivos regionais mas também por motivos estratégicos de nível nacional.

ainda continua muito elevado” e, apesar da focalização nas exportações, há muitas empresas que trabalham para o reduzido mercado interno. A recuperação da economia e o combate ao desemprego passam por melhorar estes fatores, convergindo a prazo para uma lógica de substituição das importações.

O presidente do CEVAL e da AEVC realça o facto de muitas empresas terem enfrentado a crise “com determinação estratégica que lhes permitiu a sobrevivência e uma aposta no futuro”.

Considera, entretanto, que também é imprescindível a injeção de fatores de confiança que assegurem uma maior estabilidade na vida empresarial. Luís Ceia perspetiva ainda que a economia portuguesa venha no futuro a ser menos dependente do Estado e que as vicissitudes do mercado – que geram sempre alguma incerteza – acabarão por fazer sobressair duma forma benéfica o sentido do risco que é em si um fator inerente ao progresso empresarial.

Finalmente, Luís Ceia informa que um conjunto de instituições da Região do Alto Minho – designadamente o CEVAL e a CIM, em articulação com universidades – têm participado num grupo de trabalho cujo objetivo é definir em termos de posicionamento competitivo do território as prioridades estratégicas a prosseguir no sentido de potenciarem a desejada sustentabilidade da região. Luís Ceia deposita grandes esperanças nas conclusões do trabalho em curso, a que chama de contributos para uma “ nova industrialização” e que naturalmente integrarão o pacote de investimentos prioritários que devem ser assumidos no horizonte temporal de médio prazo. Sem nunca perder de vista, acrescenta, a profícua cooperação já assumida com a vizinha economia da região da Galiza.

A crise vai piorar; em breve milhares de famílias terão que penhorar os talheres de prata e móveis antigos; o ouro já foi.

Se já trabalhou com jóias ou antiquário, tem vantagem. Consulte diariamente a cotação da prata e mensalmente catálogos de móveis antigos em Viena, Londres e Amesterdão. Faça parceria com antiquários, onde ainda se compra o que aqui se penhora. O que não quiserem, venda lá a lojas, e prata por peso, a fábricas.

O valor da prata em breve subirá, pois é metal estratégico. Há muitas indústrias que a usam. Procure um bom estofador e um ótimo marceneiro para recuperar móveis antigos antes de os fotografar.

Penhorar baixelas de prata exige saber, autorizações e alguma burocracia.

Exige capital, que poderá obter nos bancos dos seus parceiros no exterior, que sabem do bom lucro do nicho.

Exige segurança privada, cofres, e seguros no exterior.

Faça parceria com antiquários onde ainda se compra o que aqui se penhora. O que não quiserem, venda lá a lojas, e prata por peso a fábricas.

O cliente que a procura está numa situação difícil, trate-o bem, ofereça café ou água, uma cadeira confortável.

Diga que há muita oferta e o seu capital é limitado. Diga que noutra situação o bem valeria mais, mas você só paga o que pode financiar.

Seja claro com o prazo de devolver o valor e a revenda do bem. Transporte de imediato os móveis para outro local, mais distante e barato, sem cupim nem humidade. Tranque a prata noutro local, também seguro. Exija que o cliente o avise 48 h antes de resgatar o objeto.

Fotografe tudo, aponte peso, dimensão e data num ficheiro para cada objeto.

Dois dias após o prazo, ofereça-o aos parceiros na Europa. Venda rápido para ter euros para novos clientes.

Mais dicas: Ler o “Como Sair da Crise”, http://www.apa.pt e http:// www.endividamento.pt/defesa-doconsumidor/91/304.html Envie a sua questão para jack.soifer@vidaeconomica.pt e receberá resposta individualizada ou, com sua permissão, aqui nesta coluna *J.Soifer é sueco, Engenheiro, trabalhou para, entre outros, Kentucky Fried Chicken e Corvettes, nos EUA, Conselho de Desenvolvimento Económico e Social do Presidente Lula, Banco Interamericano de Desenvolvimento; é especialista em PME e autor de 41 trabalhos e livros, em quatro línguas. Os mais lidos são COMO SAIR DA CRISE, EMPREENDER TURISMO DE NATUREZA, PORTUGAL RURAL e ONTEM E HOJE NA ECONOMIA.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME

FRANCISCO JAIME QUESADO Especialista em Estratégia, Inovação e Competitividade

NOVA AGENDA DA COMPETITIVIDADE IMPLICA NOVOS DESAFIOS PARA AS EMPRESAS

Os novos “clusters” Os “clusters” voltam a assumir-se como a grande plataforma da economia portuguesa. Pretende-se apostar em pólos de competitividade e internacionalização, que se assumam como verdadeiras plataformas para um novo modelo estratégico para a economia portuguesa. Em tempo de profunda crise internacional, com a maior parte dos setores de atividade confrontados com falta de perspetivas de recuperação, a dinamização deste projecto é essencial. Os pólos de competitividade e internacionalização, como projetos integrados de base nacional, acabam por ser um importante teste à capacidade de encontrar novas soluções associadas à inovação e conhecimento, criando condições para uma nova aposta para o futuro. São por isso um grande desafio para o futuro.

Os atores económicos e sociais (municípios, universidades, associações empresariais, entre outros) na apresentação de soluções

estratégicas para os pólos de competitividade acabaram por ser uma surpresa positiva.

Desde o “Health Cluster” ao automóvel e às TIC, entre outros, todos os protagonistas do conhecimento vieram a jogo. Trata-se dum movimento de “aglomeração de base” da sociedade civil, numa lógica de “eficiência coletiva” em que a capacidade regional de afirmar capacidades numa lógica mais global vem ao de cima. Os objetivos estratégicos dos pólos e “clusters” de inovação são claramente um exemplo de exame à capacidade efetiva dos territórios de “agarrarem” o desafio da competitividade de uma forma estruturada e coerente. Impõe-se agora uma nova fase, mais ambiciosa, voltada para a internacionalização e para a criação de valor global.

O sucesso dos pólos de competitividade e internacionalização é fundamental para o futuro do país. É um objetivo que não se concretiza meramente por decreto. É

fundamental que a sociedade civil agarre de forma convicta este desígnio e faça da criação destas “novas plataformas de competitividade” a verdadeira aposta estratégica coletiva para os próximos anos. O que está verdadeiramente em causa em tudo isto é a assumção por parte do país dum verdadeiro desígnio estratégico de alterar o modelo mais recente de evolução de desenvolvimento económico. Inovação, conhecimento e criatividade são as palavras chave de uma estratégia centrada na criação de valor global com efeito no emprego e riqueza.

O papel do investimento direto estrangeiro de inovação, articulado com universidades e outros centros de competência, vai ser decisivo nesta área e ao estado caberá a inelutável missão de regular com rigor e sentido estratégico. Mas a chave do segredo estará na capacidade local de fazer a diferença.

Os atores da competitividade (municípios, universidades, associações empresariais) terão

que saber desenvolver um verdadeiro “pacto estratégico” para o futuro do seu território, voltado para uma dimensão mais global. E as opções terão que ser claramente assumidas.

Por isso, impõe-se que rapidamente este projeto estratégico passe a ser a base de uma nova agenda da competitividade e crescimento.

A economia portuguesa precisa de um novo choque. E compete aos pólos de competitividade e internacionalização a liderança do processo de mudança. Impõemse pólos capaz de projetar no país uma dinâmica de procura permanente da criação de valor e aposta na criatividade. Num tempo de mudança, em que só sobrevive quem é capaz de antecipar as expetativas do mercado e de gerir em rede, numa lógica de competitividade aberta, os pólos não podem demorar. Têm que ser a base do futuro que queremos que seja já hoje!

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Forum Portucalense e a Health & Leisure realizam conferência sobre excelência da medicina

Turismo de Saúde e Bem-Estar é o tema de ciclo de conferências.

O Forum Portucalense e a Health & Leisure Portugal promovem ciclo de conferências sobre Turismo de Saúde e Bem-Estar.

O Forum Portucalense e a Health & Leisure Portugal, realizam no próximo dia 10 de fevereiro, na cidade de Coimbra, na Casa Municipal da Cultura, uma conferência sobre “A Excelência da Medicina em Portugal”.

Esta segunda conferência, de um ciclo de seis, sobre Turismo de Saúde e Bem-Estar, contará com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra como parceiro institucional, bem como com a presença de múltiplos oradores de renome a nível nacional e internacional.

Este ciclo de conferências teve a sua primeira edição no passado dia 18 de novembro de 2013, no Porto. As próximas conferências decorrerão a 28 de abril em Lisboa, a 26 de maio em Vilamoura, a 30 de junho no Funchal e a 16 de setembro em Porta Delgada, terminando com a realização do “I Congresso Internacional de Turismo de Saúde e Bem-Estar”, nos dias 24 e 25 de outubro de 2014 no edifício da Alfandega do Porto.

Inscrições através do e-mail geral@healthandleisureportugal. org

Como Recuperar uma Empresa em Di¿culdades Como nos podemos preparar para enfrentar as situações diftceis?

Como recuperar uma empresa em situação diftcil?

Como deverá ser efetuada a gestão nos pertodos de recuperação?

Porto 24 fevereiro Lisboa 25 fevereiro 09h30 às 13h /14h30 às 18h (14 horas) ENQUADRAMENTO: As PME’s, assim como o resto da economia, sentiram o golpe da recessão e da crise ¿nanceira.

A desaceleração da atividade económica daqui resultante, trouxe difíceis desa¿os a todo o setor empresarial, mas com grande incidência no segmento das PME’s.

Perante tal situação, é importante que o empresário consiga analisar o negócio e constatar soluções possíveis para assegurar a viabilidade futura da empresa.

Não há fórmula mágica para todos os problemas, mas há métodos para recuperar empresas em di¿culdades.

Preços: Público em Geral: €1 0 + IVA Assinantes VE: €100 + IVA PROGRAMA: 1. O declínio pode ser detectado na sua fase inicial e ser evitado?

2. Etapas do Declínio do Negócio 3. Fundamentos para uma 5eestruturação de Sucesso 4. Fases da Reestruturação 5. A Gestão durante o “Período de Recuperação” 6. Providencias Legais de Recuperação de Empresas

Organização: Patrícia Flores (Dep. Formação) Vida Económica - Editorial SA. Tlf: 3 399 437/00 / Fax: 058 098 / Email: patriciaÀores#vidaeconomica.pt

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

LA DURÉE é doce Nina Ricci

LUXO & NÚMEROS

DIA DOS NAMORADOS VENDE, MAS NÃO TANTO COMO NATAL E PÁSCOA

Para o S. Valentim, La Durée, chocolateiro e pasteleiro de tradição francesa que cria os deliciosos macarons entretanto popularizados um pouco por todo o mundo, apresenta a Coleção “Declaração de Amor” que vai desde o macaron a 1.85G cada, a corações que podem chegar aos 28G para duas pessoas, ou ainda uma caixa de 14 Macarons La Durée Nina Ricci La Tentation (na foto) por 55G. O salão de chá real La Durée (1862) em Paris foi retomado em 1993 por David Holder, do Grupo Holder, e desde então a marca tem vindo a expandir-se de forma vertiginosa, abrindo lojas primeiramente nos Champs Elysées, em Paris, e depois internacionalizando-se com espaços em Londres (Harrods), em Genève, no Mónaco, Tóquio, citando apenas alguns exemplos. Mas o chocolate e os doces no geral não são o presente mais escolhido pelos franceses para os seus “maisque-tudo”, mas sim as flores

Arcádia abre duas novas lojas até março “Durante o primeiro trimestre de 2014, a Arcádia abre dois novos espaços no país e as nossas instalações na Rua do Almada, no Porto, onde se encontra a fábrica de chocolate, vão sofrer algumas remodelações de forma a estarem preparadas para receber grupos de visitantes que queiram ver e saber como são feitos os nossos chocolates artesanais. Temos imensos pedidos, não só de turistas, como de escolas e mesmo de fiéis consumidores de muitos anos dos nossos produtos, que têm curiosidade em saber um pouco mais de nós.

O espaço contará com uma breve apresentação da história da empresa, com a explicação e demonstração da nossa produção artesanal e ainda servirá para realizar provas de degustação e algumas atividades relacionadas com os nossos produtos premium”, revela João Bastos, administrador da Arcádia Casa do Chocolate. O Natal e a Páscoa representam as épocas do ano em que os portugueses consomem mais chocolate. As vendas em cada um

destes períodos representam, respetivamente, entre 20% a 25% da faturação da empresa. “Embora tenha um peso menor, até porque se trata de um consumo focado num período muito mais curto, as vendas também crescem no Dia dos Namorados.” A Arcádia Casa do Chocolate tem cerca de 70 tipos de bombons e a opção de compra para o Dia dos Namorados recai sobre os chocolates preferidos e não sobre um produto específico que seja criado para o efeito. Optaram por isso por criar campanhas de comunicação assentes no papel de embrulho e nas tradicionais embalagens Arcádia, bem como na decoração das lojas. “O Dia de São Valentim conta com a campanha de comunicação “Amor&Chocolate” que está, assim, preparada para embrulhar os bombons preferidos da pessoa amada.

Encontrar o mimo ideal para o dia em que se assinala o amor é, por isso, bem simples: basta selecionar os produ-

João Bastos, administrador Arcádia Casa do Chocolate, sugere escolher entre as 70 variedades de bombons.

O porquê de um sucesso de 80 anos?

tos preferidos porque o amor, esse, está já garantido. “Amor&Chocolate” são a combinação perfeita para assinalar o Dia dos Namorados.

Em 2013, a Arcádia Casa do Chocolate registou um volume de faturação que rondou os 5 milhões de euros, o que representou um ligeiro crescimento de 7% face ao ano anterior. Um dos principais motivos deste crescimento é a expansão da rede de lojas. Terminaram o ano de 2013 com um total de 20 lojas, ampliando uma presença a nível nacional que abrange cidades como Porto, Lisboa, Coimbra, Braga, Guimarães e Cascais, conseguindo assim estar mais perto dos clientes.

“O sucesso da marca reside, desde logo, no facto de existir há 80 anos e de se manter fiel às origens, receitas e tradições, nomeadamente através de uma produção artesanal e com recurso às melhores matérias-primas.

Mas um outro motivo pelo qual o nosso sucesso é crescente e intergeracional tem a ver com a capacidade de inovar e surpreender o mercado com novos produtos, embalagens e parcerias, que reforçam a identidade da marca, o orgulho em Portugal e nos portugueses.

Isto está patente não só na parceria com fizemos com a Cálem Vinho do Porto, como com os bombons Clerigus (receita inovadora que inclui canela e gengibre) que, em parceria com o chef Hélio Loureiro, servem de homenagem aos 250 anos da Torre dos Clérigos. E temos ainda uma gama de embalagens de tarteletes de chocolate negro com amêndoa cujas capas mostram importantes monumentos das principais cidades portuguesas onde estamos presentes.”

JUBILEU FRUITS& FLOWERS SÃO NOVIDADES PICANTES

Chocolate é presente apreciado por todos Para surpreender a cara-metade a 14 de fevereiro, as sugestões do maior produtor nacional de chocolates, a Imperial, são a Bolsa Coração com pequenos corações de chocolate (J3,49); o Regina BonBon Morango, chocolate e morango num só bombom (J2,99) e as várias tabletes: Plus Noir Pimenta Rosa (chocolate negro); e Jubileu Noir Fruits & Flowers, sendo esta uma nova gama que integra as tabletes Strawberry Intense, Lime & Hot Pepper e Rose Petals, tabletes de sabores exóticos, que prometem apimentar este Dia de S. Valentim J1,99).

Segundo a CEO, Manuela Tavares, “a Imperial registou, em 2012, um crescimento superior a 14% face a 2011.

Um aumento que evidencia a solidez da estratégia seguida pela empresa.

Este bom resultado, que se tem vindo a consolidar ao longo dos anos, em total contraciclo com o mercado, fazem com que encaremos o futuro com uma grande ambição em termos de desenvolvimento económico e social da empresa. A aposta na inovação, que se traduz na criação de novos produtos e na otimização de processos e a entrada em novos mercados

geográficos são alguns dos eixos que sustentam o bom desempenho da empresa. Só em 2013, criámos 30 novas referências de produtos – mais do que o dobro de anos”.

Os períodos festivos são marcados por picos, mais ou menos acentuados, de vendas.

“O Dia dos Namorados – uma data em que os chocolates são uma das opções/ofertas mais populares – não foge a esta regra. Ainda assim, e apesar

do aumento de vendas nesta altura, os períodos de Natal e Páscoa são, invariavelmente, mais expressivos. Podemos dizer que o Natal e a Páscoa, que correspondem a fortes picos de consumo de chocolate, representam no todo cerca de 70% das vendas anuais. No Dia de São Valentim, a procura de chocolates é muito elevada dado que se transforma num presente acessível e sempre apreciado por todos.

Os chocolates que remetem para esta época, como os Corações Regina,

Manuela Tavares, CEO Imperial, sugere os Corações da Regina para o S. Valentim.

um ícone da marca, e os bombons sortidos, são dos produtos mais procurados. A nova gama de tabletes Jubileu Noir Fruits & Flowers – que integram as tabletes Strawberry Intense, Lime & Hot Pepper e Rose Petals – prometem ser também um dos destaques, uma vez que os sabores mais exóticos estão hoje muito em voga constituindo sempre uma oferta associada a novidade e sofisticação”.

A Imperial, empresa do Grupo RAR, detém as marcas Jubileu, Regina, Pintarolas, Pantagruel, Allegro e Fantasias. Tem um volume de negócios de 24 milhões de euros, a empresa exporta mais de um quinto das vendas para mais de 40 países.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

ANEL CHAUMET LIENS em cerâmica, ouro branco e diamantes, indicada para um noivado pelo símbolo da ligação entre partes (1.010 J na Machado Joalheiro).

ZENITH PILOT MONTRE D’AERONEF TYPE 20 GMT, homenagem à história da aviação Zenith, edição limitada a 500 modelos, indicador de segundo fuso horário de 24 horas, caixa em titânio. (PVP 6.650 J)

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BY TISSOT com sistema quartzo, caixa em aço inoxidável, vidro de safira anti-riscos, resistente à água a 30 m. (PVP 295 J)

ATELIÊ EM NOME DA ROSA CONFIRMA QUE ROSA VERMELHA É A PREFERIDA DOS PORTUGUESES

DORA TRONCÃO agenda@vidaeconomica.pt

Todos os floristas são unânimes em relação à flor preferida dos portugueses: é a rosa vermelha. Para Maurício Fernandes, designer de flores do ateliê ‘Em Nome da Rosa’, situado no Príncipe Real (Lisboa), o dia de S. Valentim é “aborrecido porque as pessoas se ficam pelo convencional.

Por muitas propostas que apresentemos, existe uma certa relutância em inovar. É um dia que não é da minha paixão, mesmo em termos de vendas” por ser “convencional e americanizado”. Maurício Fernandes era professor de Comunicação Visual e Tecnológica no Funchal e chegou a Lisboa em 1997. Começou o negócio das flores em 1999, na Costa da Caparica. No ano 2000, mudou-se para a

Travessa dos Inglesinhos, no Bairro Alto, passando para o Espaço Chiado em 2002.

Dois anos depois, em 2004, foi a vez do Príncipe Real, onde permanece até hoje.

Confessa que já tentou em vão contrariar o hábito da rosa vermelha do S. Valentim e encomendar apenas tulipas vermelhas para este dia. A consequência foi um fiasco comercial. Maurício Fernandes gosta de apresentar o que lhe “vem da alma com algum arrojo. Tento diminuir essa procura da rosa vermelha por esta altura até porque os Estados Unidos, a Rússia, a Holanda, compram tudo, até a rosa mais alta que costumo ter, e tenho de a vender a 10J e 12J. Sofremos em Portugal por esses mercados fazerem aumentar muito os preços.” Em média, o cliente gasta entre 20J a 25J em flores no São Valentim.

De acordo com Maurício Fernandes, en-

tre o ano 2012 e 2013, houve um decréscimo de 40% na venda de flores.

O designer pretende contribuir diariamente para uma renovação de mentalidades e, por isso, conquistou clientes especiais, muitos deles ligados à arquitetura e ao mundo artístico. Alguns chegam a pedir que embrulhe toda uma mesa que idealizou para exposição na loja. “Em Nome da Rosa aconselha o cliente e este aceita com confiança”. Entre as flores preferidas de Maurício Fernandes estão as peónias. “Sinto que eduquei pessoas a conhecer as peónias. A peónia demora muito tempo a crescer e produz-se muito em climas mais frios e, tal como a cameleira, existiam no norte, em casas de famílias antigas.” Magnólias e hortênsias também estão entre as outras flores prediletas do designer.

20 G é a média gasta em flores no S. Valentim Já Carlos Filipe da Flower Power, situada no Bairro Alto, fala de combinações clássicas como as rosas vermelhas, os morangos e o champanhe, mas também da sugestão para este dia dos namorados de 2014: “Pimento Vermelho com rosas vermelhas by Carlos Filipe”, “sexy and spicy”, conforme descreve o designer.

No entanto, Carlos Filipe considera que “há sempre apaixonados a pedir algo mais particular como, por exemplo, um ramo de rosas vermelhas com paus de canela.” Na Flower Power em média os portugueses gastam cerca de 20G no dia de S. Valentim.

Maurício Fernandes do ateliê Em Nome da Rosa resiste à tendência para oferecer vermelhas e prefere inovar.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

Servilusa reforça presença no Grande Porto A Servilusa inaugurou três novas lojas na Área Metropolitana do Porto, em Ermesinde, nas Antas e na Foz. Outro projeto que demonstra e reforça a importância que a região tem para a empresa funerária é a construção do crematório de Nossa Senhora da Lapa. Trata-se de um investimento que ascende a cerca de 800 mil euros e que pretende colmatar uma lacuna que existe na oferta crematória da cidade do Porto.

EM FOCO

Avaliação de desempenho PORQUÊ?

ANTÓNIO MACHADO VAZ Advogado

O Governo anunciou que a avaliação de desempenho passará a ser o principal critério de seleção na extinção de postos de trabalho.

As reações não se fizeram esperar: a UGT e a CGTP vieram dizer que “não é possível conceber” que o factor determinante seja a avaliação de desempenho, quando “95% das empresas portuguesas” não têm avaliação de desempenho objetiva. E, de facto, na grande maioria das empresas portuguesas não está instituído qualquer sistema meritocrático.

Nem sequer se sabe qual o real contributo de cada trabalhador para a organização.

Todo o sistema está montado para premiar, sobretudo, a antiguidade (exemplo disso são as diuturnidades e as promoções automáticas). Acontece que um sistema de compensação baseado na antiguidade convida ao conformismo e à apatia: para quê trabalhar mais do que o estritamente necessário se sei que daqui a 5 anos serei

“Não podemos tratar os nossos trabalhadores como nossos partners, querer envolve-los nos destinos da empresa …e depois, quando “chegamos à meta”, não mostrar apreço pelo esforço que eles fizeram.” promovido, independentemente do esforço que faça?

O problema é que estamos inseridos num mercado global e altamente concorrencial.

As empresas precisam de criar vantagens competitivas – e isso só se faz (1) ou gerando inovação com valor de mercado, (2) ou fazendo mais “bonito” (3) ou fazendo mais barato que a concorrência.

Ora, para criar vantagens competitivas, mais do que trabalhar MUITO, interessa sobretudo é trabalhar BEM. Com qualidade.

Porque, se for para trabalhar muitas horas mas de uma forma acrítica – sem pensar no que se está a fazer, para quê e como pode ser melhorado –, há quem faça o mesmo mas mais barato: há 3 MIL MILHÕES de chineses e indianos que ganham menos de 100 dólares por mês; que trabalham 7 dias por semana e que não tiram férias. Mas não é desses trabalhadores que o país precisa. O que é necessário é gente que trabalhe com

qualidade – gente que acrescente valor. É aqui que entra a avaliação de desempenho: Mas a avaliação de desempenho tem de ser vista como apenas uma etapa de algo maior: porque se a empresa precisa de saber o que é que cada um contribui para os objetivos da organização, antes disso, é preciso saber o que é esperado de cada pessoa (quais são as suas responsabilidades individuais). Além disso, é preciso que toda a gente saiba para onde é que “barco” vai: onde é que queremos que a empresa esteja daqui a um ano – ou daqui a 10 – e o que é que eu, individualmente, e a minha equipa, podemos fazer pra ajudar.

Depois disso, é preciso, todos os anos, agir sobre o resultado: apostando nos melhores, premiando as boas performances e corrigindo as menos boas. Só assim é que se melhora.

Como é que isto se faz?

O primeiro passo (antes da avaliação de desempenho) é, como disse, definir objetivos concretos – e para isso é preciso ter um MANUAL DE FUNÇÕES que estabeleça claramente as responsabilidades de cada função.

1ª vantagem: acaba-se “o jogo do empurra” tão típico das organizações (“ai isto não é a mim que me compete!”).

2ª vantagem: permite às chefias fazer uma avaliação realista e consistente do desempenho dos seus colaboradores, face aos objetivos da empresa.

3ª vantagem: ajuda a alocar as pessoas com as características certas para os lugares certos.

Aí sim, a empresa está em condições para fazer uma verdadeira AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO. Mas porque é que isso é importante? Porque desconfiamos das pessoas?!

Nada disso! O que é necessário saber é se cada trabalhador em concreto (1) está sobrecarregado, (2) se perde muito tempo com trabalho sem grande valor acrescentado, (3) se faz bem ou mal aquilo que é suposto – e porquê. Para isso, é preciso medir o desempenho de forma objectiva (ie, com números), para ir melhorando gradualmente (para saber onde temos de melhorar) – e isso faz-se desenvolvendo indicadores de desempenho para cada função (os célebres KPIs).

A ideia é apurar o nível de realizações da organização – e isso faz-se (1) medindo as performances e depois (2) comparando os resultados com as metas preestabelecidas. É dessa forma que depois temos a noção dos desvios e de onde podemos melhorar.

Como dizia Peter Drucker, “You cannot manage what you do not mesure” (só se consegue gerir o que se consegue medir). A questão é que nós já sabemos isso. O que é a contabilidade se não medir a realidade em números, para depois podermos basear as nossas decisões financeiras nessa informação?

Porque é que, então, não havemos de fazer a mesma coisa em relação aos recursos humanos? Porque é que as empresas não hão de ter alguém que ajude as chefias a desenvolverem indicadores de desempenho para as suas equipas? Que as ajude a trabalhar esses números para os discutir – de uma forma construtiva – com cada trabalhador?

É isto que permite (1) estabelecer compromissos e (2) definir conjuntamente as metas a atingir e (3) de que forma é possível fazê-lo.

Por fim, temos que ver o que é que podemos fazer com os resultados da avaliação de desempenho – o tal “agir sobre o resultado”. Se os resultados são maus (e se sabemos porquê – graças à avaliação de desempenho), então há que melhorá-los.

Como? Despedindo as pessoas? Não. É de todo o interesse para a empresa apurar se os resultados não surgem por deficiência da organização face ao mercado ou se por falta de qualificações do trabalhador. Como tal, o trabalhador só deverá ser despedido ao fim de 2 ou 3 avaliações negativas consecutivas. Durante esse período, a empresa terá de assumir a responsabilidade de lhe dar formação específica ou mudá-lo para um posto de trabalho mais consentâneo com as suas características (o envolvimento do trabalhador na solução é fundamental). Isto se os resultados forem maus. Mas e se forem bons?

Não podemos tratar os nossos trabalhadores como nossos partners, querer envolvê-los nos destinos da empresa… e depois, quando “chegamos à meta”, não mostrar apreço pelo esforço que eles fizeram.

Por isso mesmo, se é pedido um esforço adicional às pessoas (e se esse esforço dá frutos), devo, então, recompensá-lo. A ideia é sobretudo mostrar apreço por um trabalho bem feito – e há várias formas de o fazer. Por exemplo: premiar os que atingem 100% dos objetivos definidos no início do ano, com um aumento salarial igual à taxa de inflação. Se chegar aos 120% (ou seja, se exceder claramente o que lhe foi proposto) irá ter um aumento acima da inflação.

Recorrentemente, temos ouvido que não “não estamos em tempo de pagar prémios”.

Mas, como dizia Kim Nordston, “se pensa que a competência é cara, nem imagina o custo da incompetência”. E acreditem: se os objetivos tiverem sido bem definidos, esses ganhos de produtividade têm que mais que compensar o acréscimo de custos salariais.

Empresas como a Apple – considerada um exemplo de inovação e sucesso competitivo

– sabem a importância de alinhar os interesses da organização com o dos seus trabalhadores e de lhes mostrar que o seu sucesso está intimamente ligado ao sucesso da organização. Para ilustrar a importância dos incentivos, Steve Jobs – que tinha um salário simbólico de 1 dólar por ano – dizia: “Eu ganho 50 cêntimos só por pôr cá os pés.

Os outros 50 cêntimos dependem do meu desempenho”.

Conclusão: Não adianta criticar todas as soluções propostas. Ao consagrar a avaliação de desempenho como critério principal na extinção de postos de trabalho, o Governo está precisamente a incentivar a implementação de um sistema que privilegia a meritocracia e que – como dizem as centrais sindicais – é alheio a “95% das empresas portuguesas” Mas não tenhamos ilusões: só olhando para este sistema como um todo é que podemos retirar daí as vantagens que estas valências, quando encaradas de forma isolada, não nos dão. Resumidamente, o todo é maior do que a soma das partes. Só investindo em todo o processo (e não apenas num ou outro elemento) é que conseguimos obter resultados.

Trata-se, como disse, de uma aposta: uma aposta na melhoria contínua. Uma aposta na capacidade das pessoas como elemento DIFERENCIADOR da empresa. Ainda recentemente, Bagão Félix dizia: “numa empresa, o dinheiro é o lubrificante – é aquilo que não deixa o motor gripar. Mas a gasolina – o que põe a máquina em movimento – são AS PESSOAS.” É ISSO que diferencia as empresas. Agora vamos imaginar que não fazemos nada disto…

Daqui a 20 anos como é que estaremos?

Pensem, por exemplo, há 20 anos atrás, quantos empresários não terão dito: “eu não preciso de computadores para nada!

O trabalho faz-se na mesma com papel e lápis. Há 50 anos que trabalho assim e não vejo porque hei-de mudar.” É que as circunstâncias alteraram-se MUITO DEPRESSA – e como dizia Einstein, «Loucura é continuar a fazer as coisas como sempre fizemos... e esperar resultados diferentes.”

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

EM FOCO/Empresas Familiares

REFLEXĂ•ES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES

Especialistas na consultoria a Empresas Familiares e elaboração de Protocolos Familiares Santiago – Porto www.efconsulting.es

ANTĂ“NIO NOGUEIRA DA COSTA Consultor Empresas Familiares antonio.costa@efconsulting.es

A empresa familiar estĂĄ bem preparada para enfrentar crises Crise ĂŠ provavelmente das palavras mais ouvidas, escritas e odiadas dos Ăşltimos anos. É natural, pois normalmente signiďŹ ca diďŹ culdades, austeridade, desconforto, ‌ Mas tambĂŠm nĂŁo nos devemos esquecer que um possĂ­vel sinĂłnimo desta palavra ĂŠ oportunidade – e aĂ­ todos associamos caraterĂ­sticas mais positivas, como seja o crescimento e o bem-estar.

Os negĂłcios familiares tambĂŠm estĂŁo expostos aos efeitos do mercado como qualquer outra empresa, contudo costumam estar mais bem preparados para enfrentar as “tempestadesâ€?. Como o empresĂĄrio familiar vĂŞ a empresa como uma “pessoa singularâ€?, da sua famĂ­lia, e de cujo sucesso depende nĂŁo sĂł ele, mas tambĂŠm os seus funcionĂĄrios e a sua real famĂ­lia, costuma ter atitudes mais conservadoras. Normalmente, as entidades possuem mais “mĂşsculo ďŹ nanceiroâ€?, estando mais

capitalizadas e menos endividadas e, provavelmente o fator mais relevante, uma astronĂłmica capacidade de resiliĂŞncia pessoal.

NĂŁo ĂŠ pois de estranhar que, perante adversidades, estejam mais preparadas para as enfrentar e com posturas para identiďŹ car oportunidades que as permitam singrar.

Temas para reflexĂŁo: s 1UAIS OS PRINCIPAIS acontecimentos que podem abalar fortemente a nossa empresa? s 3E UM DELES OCORRER

estamos devidamente preparados para o enfrentar? s !LGUM DESSES POTENCIAIS riscos pode e merece ser segurado?

%M NOVEMBRO DE UM violento incĂŞndio destrĂłi uma parte signiďŹ cativa da ĂĄrea de PRODUĂŽĂ?O O QUE COLOCOU EM RISCO muitos postos de trabalho. ! ADMINISTRAĂŽĂ?O DA EMPRESA

FUNDADA EM EM 6ILA &RANCA DO 2OSĂˆRIO n -AFRA

NO MESMO DIA SALIENTAVA QUE

APESAR DA CALAMIDADE NENHUM posto de trabalho estava em risco “O objetivo nĂŁo ĂŠ mandar ninguĂŠm para casa nem despedir ninguĂŠmâ€?. $OIS MESES DEPOIS O PESSOAL demonstra a sua lealdade Ă empresa atravĂŠs de uma festa surpresa como reconhecimento pela coragem da direção em nĂŁo DESPEDIR NINGUĂ?M MANTENDO SALĂˆRIOS SEM QUALQUER ALTERAĂŽĂ?O APESAR DAS AVULTADAS PERDAS 1UATRO MESES APĂ˜S A CALAMIDADE A EMPRESA PREPARAVA A AMPLIAĂŽĂ?O E MODERNIZAĂŽĂ?O DAS INSTALAĂŽĂœES BEM como o aumento da produção. $OIS ANOS APĂ˜S A CALAMIDADE O PROJETO h2ENASCERv ATINGIU UM INVESTIMENTO SUPERIOR A MILHĂœES DE EUROS E PERMITIU INAUGURAR NOVAS INSTALAĂŽĂœES ONDE AGORA SE INCLUEM NĂ?O SĂ˜ OS TRABALHADORES DE ENTĂ?O MAS cerca de mais 40 entretanto contratados.

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Objetivos: ‡ Elaborar um Mapa EstratÊgico decorrente da visão da organização ‡ Elaborar um Scorecard de Indicadores a partir do Mapa EstratÊgico Destinatårios: Representantes da Gestão, Diretores ou Equipas de Gestão, Auditores e Consultores Formador: Dr. Agostinho Costa - Consultor de empresas, especialista na årea ¿nanceira e controlo de gestão, professor universitårio.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

EM FOCO

Melon cresce no franchising de obras

Exportação de vinhos do Porto para a Alemanha está a crescer

A Melom, rede de obras em Portugal, faturou 5,5 milhões de euros em 2013, o que se traduz num crescimento de 68% em comparação com o ano anterior. Estes valores, que são relativos a 2421 obras adjudicadas – mais 152% do que em 2012 – consolidam o percurso que esta marca de franchising de obras tem vindo a fazer desde que foi criada há três anos.

Um grupo de 35 produtores de vinho do Porto apresentam este fim-de-semana os seus vinhos no Bayer Kasino, em Leverkusen, na Alemanha. Nesta iniciativa, organizada pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) em parceria com o especialista alemão em vinho do Porto Axel Probst, será apresentado o Vintage 2011, a mais recente declaração Vintage.

McLaren utiliza calçado profissional português Na Mclaren Formula One, um espírito desportivo e vincadamente competitivo está presente até nas oficinas. A prova disso é a escolha que a sua equipa de engenheiros e técnicos de mecânica automóvel fez no domínio do calçado profissional: o modelo RUN Silver da portuguesa Lavoro.

O Grupo McLaren, com sede em Woking, Reino Unido, é hoje um conjunto de empresas na vanguarda da engenharia e da tecnologia automóvel. Ganhou reputação nas pistas de Fórmula 1 e já garantiu oito títulos do Campeonato Mundial de Construtores e 12 no Campeonato Mundial de Pilotos.

Marca de calçado profissional para vários setores de atividade (eletrónica, transportes, hospitalar, construção civil, extração de minérios, agricultura e forças militarizadas, entre outros), a Lavoro registada pela ICC - Indústria e Comércio de Calçado, SA - detém uma vasta e exclusiva gama de modelos, cuja tecnologia avançada, soluções de construção, conceção ergonómica, materiais e design revolucionam constantemente a segurança, o con-

forto e a estética do calçado.

A ICC – Indústria e Comércio de Calçado é um dos 10 maiores produtores europeus de calçado profissional, um nicho de mercado avaliado na Europa em J 1000 milhões/ ano ou 40 milhões de pares.

Com relevante presença na Europa comunitária e em exigentes mercados terceiros, exporta para 50 mercados (Alemanha, Benelux, Suíça e Mongólia, por exemplo) mais de 90% da sua produção.

A partir de Guimarães, desenvolve, há quase 30 anos, processos de inovação centrados no utilizador e assume-se, por isso, como um “living lab” para os equipamentos de proteção individual (EPI). Foi a primeira indústria europeia do setor do calçado profissional a deter a certificação IDI, em conformidade com a norma NP 4457: 2007; e, como corolário da sua aposta no segmento “healthy shoes”, é a única do setor a deter um Centro de Estudos de Biomecânica (SPODOS), que visa o desenvolvimento e o aconselhamento técnico do calçado mais adequado a cada tipologia de ambiente de trabalho.

Siemens Portugal com boas práticas na gestão de pessoas A Siemens Portugal acaba de ser reconhecida como a empresa que melhor promove o trabalho em equipa no âmbito dos prémios da “Human Resources Portugal 2013”, que distinguem as melhores empresas em Portugal para se trabalhar.

Vencedora da categoria “Qual a empresa que melhor promove o trabalho em equipa”, para a qual estavam nomeadas mais sete empresas, este é o terceiro ano consecutivo em que a Siemens Portugal é selecionada para integrar os prémios da Human Resources Portugal, que visam distinguir as empresas que mais se destacam na gestão de pessoas. Em 2011, quando da 1.ª edição destes galardões, a Siemens Portugal venceu a cate-

goria “Qual a empresa que mais celebra as suas vitórias dos Negócios e Estratégias com os seus

colaboradores?”, para a qual estavam nomeadas 14 empresas a operar em Portugal.

Jones Lang LaSalle é uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal A Jones Lang LaSalle Portugal voltou, em 2014, a ser eleita como uma das 100 “Melhores Empresas para Trabalhar em Portugal”, integrando pelo sexto ano consecutivo o ranking elaborado pela revista “Exame” e pela consultora Accenture.

Este estudo é anual e apura as 100 melhores empresas para trabalhar no nosso país, de acordo com o grau de satisfação do seus colaboradores.

O diretor-geral da Jones Lang LaSalle Portugal, Pedro Lancastre, considera esta distinção como um impulso muito positivo para a motivação de toda a equipa. “Diariamente esforçamo-nos para continuar a melhorar os resultados do negócio com base na pró-atividade e num espírito de equipa forte, aliados à transparência e rigor que o mercado em que trabalhamos exige.

Os níveis de satisfação de todos os que integram a empresa são, por isso, indicadores muito importantes e que nos esforçamos por manter elevados” – afirmou.

A Jones Lang LaSalle tem atualmente uma equipa de 57 profissionais, com uma idade média de 37 anos e dos quais 51 possuem formação superior. Mais de metade da equipa (56%) são mulheres, sendo 4 anos o tempo médio de antiguidade na empresa. O espírito de equipa forte, baseado no respeito mútuo e no convívio informal que a empresa promove entre colegas, além da identificação dos colaboradores com a imagem institucional da firma, são os fatores mais apreciados por quem trabalha na Jones Lang LaSalle em Portugal.

Este ranking da Revista “Exame”, desenvolvido em parceria com a Accenture, considera as políticas de recursos humanos das empresas candidatas assim com o grau de satisfação e envolvimento dos seus colaboradores, abrangendo empresas públicas e privadas das mais diversas áreas de atividade que tenham mais de 10 colaboradores e operem em Portugal.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

EM FOCO

Revalidação de alvará prorrogada até 17 de março Foi prorrogado até 17 de março o prazo para pagamento da taxa devida pelo procedimento de revalidação de alvará no setor da construção. Se as empresas ainda não procederam ao referido pagamento para o presente ano, podem, a título excecional e dada a conjuntura económica atual, fazê-lo até a meados de março. O InCI avisa que a disponibilização do alvará online só tem lugar após o pagamento da respetiva taxa de revalidação.

Maksen recruta 50 consultores em universidades portuguesas A Maksen vai iniciar uma campanha de captação de talento em universidades nacionais, destinada a recrutar 50 novos consultores para a organização multinacional de origem portuguesa.

Adotando uma comunicação de caráter inovador, o objetivo passa pela criação de uma equipa que agregue profissionais e competências de excelência como fator distintivo num mercado altamente competitivo.

Construção de marcas de sucesso em PME: realidade ou quimera?

VICTOR TAVARES Coordenador e docente dos mestrados em Direção Comercial e Marketing e em Gestão de Empresas do Instituto Superior de Administração e Gestão (ISAG)

Num contexto económico em que as condições de mercado são caraterizadas por mudanças profundas e rápidas, intensificação da globalização e concorrência desenfreada, as empresas que adotarem uma atitude proativa são as que estarão em condições de alterar agressivamente as suas estratégias para criarem a mudança e, desejavelmente, liderá-la.

Milhares de pequenas e médias empresas (PME) portuguesas (muitas classificadas como PME Excelência e, em particular, as do setor do calçado) têm vindo a evidenciar tal atitude e, progressivamente, a adotar estratégias de internacionalização apoiadas na criação e desenvolvimento de marcas próprias. Conforme evidenciado por Manuel Carvalho, num excelente artigo intitulado “A história de uma indústria condenada que se tornou um modelo para Portugal”, os empresários mais empreendedores perceberam, há muito tempo, que o investimento nas marcas próprias perdeu a natureza de capricho ou mera opção, para se tornar “a linha vermelha que separa a falência do lucro”. Na realidade, existem inúmeras histórias de sucesso de empresários de PME (em Portugal e pelo mundo fora) que, embora possuindo recursos limitados, souberam à sua maneira construir marcas próprias essencialmente a partir do nada e que se tornaram marcas com significativa notoriedade.

Contudo, subsiste uma dúvida legítima: estará qualquer PME em condições de construir marcas fortes e sustentáveis, numa perspetiva de média e longo prazo? Em caso afirmativo, que condições específicas deverão estar previamente reunidas para a sustentabilidade e um bom desempenho da marca a prazo?

A este propósito, vários investigadores académicos, profissionais e atores empresariais têm vindo a sustentar que o desafio das marcas será acessível apenas a determinado tipo de PME. Uma das autoridades da marca pioneiras a abordar e discutir a problemática da marca na PME foi o reputado académico francês Jean-Nöelle Kapferer, que considerou que as marcas são inacessíveis à maior parte das PME, pelo menos em relação aos produtos de grande consumo, na medida em que: (i) necessitam de uma concentração de recursos que as PME não comportam; e (ii) as marcas de PME estariam ameaçadas de desaparecimento das lojas por causa das marcas das grandes empresas, que são necessárias na grande distribuição e são utilizadas pelos consumidores como referências. Para este autor, estariam em condições de subsistir num contexto de forte concorrência três tipos de PME: (i) as que construam pequenas marcas regionais; (ii) as que perderam a esperança de adotar marcas e que atuam como subcontratadas da grande distribuição; e, finalmen-

Milhares de PME portuguesas têm vindo a adotar estratégias de internacionalização apoiadas na criação e desenvolvimento de marcas próprias te, (iii) as que constituam um agrupamento complementar de empresas para reunirem os seus recursos e construírem uma marca comum.

Na prática, as PME dispõem de outras soluções para reforçarem a sua competitividade, para além da solução de construção de marcas. A este propósito, poderá ser mais fácil para uma pequena empresa conquistar uma certificação de qualidade para um dos seus produtos através de esforços consistentes de qualidade, do que empreender um processo de construção de uma marca. Tal significa que mesmo sem uma identidade, o produto da pequena empresa poderá tentar destacar-se da vulgaridade.

Esta perspetiva de análise contribuiu para salientar que: (i) a marca não é um instrumento de marketing recomendável ou viável para toda e qualquer PME; (ii) sozinhas, estas empresas poderão apenas aspirar legitimamente a construir marcas fortes a um nível regional, se dispuserem dos recursos necessários e satisfizerem um conjunto de condições de gestão; (iii) uma marca comum envolvendo um grupo de PME poderá ser uma solução adequada para as empresas que não disponham, só por si, dos recursos ou conhecimentos necessários para construírem próprias marcas.

Contudo, existe uma necessidade de aprofundar esta problemática, nomeadamente no que respeita: 1) às circunstâncias e requisitos de gestão que as PME mais dinâmicas e empreendedoras deverão necessariamente respeitar, se e quando decidirem desencadear um processo de criação e desenvolvimento de marcas em condições de sucesso, enquanto instrumentos de marketing ao serviço da criação e desenvolvimento de vantagens competitivas sustentáveis no âmbito internacional; 2) às práticas de gestão da marca específicas que deverão saber implementar (necessariamente diferentes das práticas das grandes empresas, que dispõem de avultados recursos e competências que escasseiam nas PME); 3) às dificuldades que terão de saber ultrapassar, e, finalmente; 4) à natureza e impactos esperados das marcas no desempenho das PME. Finalmente, no essencial, será que a construção de marcas em PME dependerá apenas da vontade do empresário de crescer, da existência de uma boa organização e de um grupo de colaboradores leais que contribuam para a partilha de valores comuns de forma consistente? Procuraremos demonstrar em próximo artigo que estas condições, embora sejam necessárias, não são suficientes para garantir o sucesso sustentado e a prazo do empreendimento da marca no contexto da PME.

Finanças para Não Financeiros OBJETIVOS: Familiarizar os formandos com os principais conceitos contabiltsticos e ¿nanceiros básicos Permitir uma sensibilização aos problemas concretos do dia a dia Apreciar o impacto das decisões quotidianas sobre os resultados globais da empresa Proporcionar aos participantes , a aquisição duma cultura ¿nanceira indispensável a todos os elementos com responsabilidades numa empresa.

Lisboa 20 e 21 março 09h30 às 13h /14h30 às 18h

FORMADOR: Dr. Agostinho Costa

PROGRAMA: Compreender um balanço Analisar a formação dos resultados Calcular e interpretar os indicadores de gestão mais signi¿cativos As noções base para analisar o equilibrio ¿nanceiro de uma empresa As noções base para a análise económica e ¿nanceira O Ponto Critico da Empresa (Break Even Point) Aspetos que contribuem para a classi¿cação de risco das empresas Os empréstimos bancários no contexto atual As causas das necessidades de ¿nanciamento Os principais fatores condicionantes da rentabilidade Construir um Tableau de Bord para acompanhamento da gestão operacional de cada área da empresa Exemplos práticos

PREdOS: Público em Geral: €120 + IVA Assinantes VE: €90 + IVA Patrícia Flores (Dep. Formação) / Vida Económica - Editorial SA. Tlf: 223 399 437/00 / Fax: 222 058 098 / Email: patriciaÀores#vidaeconomica.pt

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

Duarte Santana Lopes representa MLGTS em Macau Duarte Santana Lopes, associado da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva (MLGTS), designado desde 2012 como “International Representative for China” da Sociedade, acaba de ser admitido pela Associação de Advogados de Macau. Duarte Santana Lopes exercerá advocacia em Macau, integrado no escritório da MdME, parceira em Macau da MLGTS Legal Circle, que integra escritórios presentes em Angola, Moçambique e China (Macau).

DIREITOS LEGAL OU ILEGAL

Garantia bancária para energia elétrica Quando poderá ser acionada uma garantia bancária, prestada no âmbito de um contrato de fornecimento de energia elétrica?

PATRÍCIA OLIVEIRA LOPES António Vilar, Luís Cameirão & Associados Avlc@avlc-advogados.com

Primeiramente, cumpre esclarecer em que situações e face a que consumidores é possível exigir uma garantia bancária, aquando da celebração do contrato de fornecimento de energia elétrica, isto porque são aplicados regimes jurídicos distintos, consoante sejam consumidores a quem são fornecidos bens, prestados serviços ou transmitidos quaisquer direitos, destinados a uso não profissional ou destinados a uso profissional.

O Decreto-Lei n.º 195/99, de 8 de junho, consagra o regime jurídico aplicado às cauções (garantias), no âmbito dos contratos de fornecimento dos serviços públicos essenciais, nos quais se insere o serviço de fornecimento de energia elétrica aqui em apreço, relativamente aos consumidores a quem são fornecidos bens, prestados serviços ou transmitidos quaisquer direitos,

destinados a uso não profissional. Ora, do n.º 2 do artigo 1.º do predito Decreto-Lei resulta que “é proibida a exigência de prestação de caução, sob qualquer forma ou denominação, para garantir o cumprimento de obrigações decorrentes do fornecimento de serviços públicos essenciais […]” Excetuam-se apenas desta proibição as situações de restabelecimento de fornecimento, na sequência de interrupção decorrente do incumprimento contratual imputável ao consumidor – cf. n.º 1 do artigo 3.º do referido diploma.

Acionada a caução, o fornecedor poder exigir a sua reconstituição ou o seu reforço num prazo não inferior a 10 dias úteis, por escrito, de acordo com as regras fixadas nos termos do n.º 3 do artigo 2.º do predito Decreto-Lei, o qual determina que “o valor e a forma de cálculo das cauções serão fixadas pelas entidades públicas responsáveis pela supervisão ou controlo dos respetivos sectores de atividade.”

Ressalve-se que, nestes casos, o acionamento da caução impede o fornecedor de exercer o direito de interrupção do fornecimento, ainda que o montante da caução não seja suficiente para a liquidação integral do débito. Tal apresenta-se como uma consequência

do acionamento da garantia.

A caução prestada considera-se válida até ao termo ou resolução do contrato de fornecimento, qualquer que seja a entidade que, até essa data, forneça ou venha a fornecer o serviço em causa.

Assim, há o estabelecimento de uma proibição à exigência de garantias por parte das comercializadoras de energia elétrica, relativamente aos consumidores

LEGAL OU ILEGAL

PRÁTICAS RESTRITIVAS DO COMÉRCIO Faço parte de uma organização de produtores em que tem havido muitas queixas sobre a devolução de produtos de várias empresas, por parte dos compradores, com base na falta de qualidade de alguns dos produtos. Esta situação piora na altura do inverno, em que, como é notório, as condições climatéricas têm piorado ao longo dos anos e torna-se difícil, para os pequenos produtores, assegurarem uma qualidade constante dos seus produtos.

Consta que uma legislação publicada em Dezembro de 2013 nos traria maior proteção. Será verdade?

SÍLVIA FERREIRA António Vilar, Luís Cameirão & Associados Avlc@avlc-advogados.com

No dia 27 de Dezembro de 2013 foi publicado o Decreto-Lei nº 166/2013 que revoga o anterior diploma sobre as práticas restritivas do comércio e institui regras tendencialmente mais apertadas e coimas mais elevadas para os transgressores. Este diploma entra em vigor 2 meses após a sua publicação, ou seja, em 27 de Fevereiro de 2014.

A partir dessa data os fornecedores dos produtos agroalimentares poderão beneficiar da proibição constante do artigo 7º, nº 3, do novo regime legal e que torna uma prática negocial abusiva (e, consequentemente, proibida), quando o fornecedor seja uma micro ou pequena empresa, uma organização de produtores ou uma cooperativa, a rejeição ou devolução dos produtos entregues com fundamento na menor qualidade de parte ou da totalidade da encomenda, ou no atraso da entrega, sem que seja demonstrada pelo comprador a responsabilidade do fornecedor por esse facto.

O artigo 7º sanciona, ainda, como nulas quaisquer cláusulas contratuais que violem o disposto neste artigo, considerando-as, pois, não escritas. Além disso, a violação da disposição legal vinda de referir é punível com coima cujos valores variam entre valores mínimos de 750 euros e máximos de 2 500 000 euros, caso se trate de pessoa singular, microempresa, pequena empresa, média empresa ou grande empresa.

Com a nova legislação, compete, agora, à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) a fiscalização do seu cumprimento e a instrução dos processos de contraordenação.

domésticos e o seu acionamento terá de ocorrer até ao termo ou resolução do contrato de fornecimento.

No que concerne aos demais consumidores (uso profissional), as comercializadoras poderão exigir a prestação de uma caução a seu favor, para garantir o cumprimento das obrigações assumidas pelos consumidores, aquando da celebração do contrato de forne-

cimento de energia elétrica.

Em suma, o legislador demonstrou uma clara preocupação em salvaguardar os consumidores domésticos, limitando a casos muitos extremos a possibilidade de lhes serem exigidas garantias bancárias como contrapartida do fornecimento de energia elétrica, tutela essa que não foi ponderada e determinada para os consumidores para uso profissional.

IMOBILIÁRIO TERCIÁRIO EM ÁFRICA VAI BENEFICIAR DA ACELERAÇÃO DA URBANIZAÇÃO

Luanda é oito vezes mais cara que Lisboa Um novo relatório sobre África divulgado pela Jones Lang LaSalle revela que, enquanto parte do continente regista o ritmo mais rápido de urbanização no mundo, o mercado de imobiliário terciário da África Subsariana está preparado para uma oportunidade única de crescimento positivo, considerando o crescimento das classes médias, o investimento em novas infraestruturas e a intensificação da presença de empresas.

Ainda que os recursos naturais de África sejam, desde há muito tempo, uma forma de atração para o investimento estrangeiro, o crescimento nos setores industrial, tecnológico, de telecomunicações, financeiro, de outsourcing, de retalho e de turismo está a criar uma necessidade urgente para o imobiliário terciário moderno.

O relatório, intitulado “The African

Century: Twelve Pillars of Africa´s Future Success” (O Século Africano: Doze pilares para o sucesso futuro de África), identifica 12 fatores chave que estão na base do rápido desenvolvimento de 40 cidades africanas de referência. A evolutiva rede urbana do Continente está a criar uma plataforma de crescimento muito significativa para o setor de imobiliário terciário.

Não deixa de ser notável que Luanda seja a cidade mais cara do mundo no arrendamento de escritórios, oito vezes mais que Lisboa. Denota o enorme interesse das multinacionais, sobretudo das petrolíferas, em estarem presentes neste mercado, onde pretendem instalar-se em edifícios novos que são ainda escassos para a procura existente”, afirmou Pedro Lancastre, director-geral da Jones Lang LaSalle Portugal.

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#ONFERĂ?NCIA DEBATE RELAĂŽĂœES ENTRE O lSCO E O CONTRIBUINTE Vai ser realizada uma conferĂŞncia subordinada ao tema “Relaçþes ďŹ sco-contribuinte – Uma visĂŁo dos tribunais, da academia e da administração ďŹ scalâ€?, no âmbito das comemoraçþes do 10Âş aniversĂĄrio do Tribunal Central Administrativo do Sul – Ă rea TributĂĄria. O evento tem lugar no dia 25 de março, no Centro de Congressos de Lisboa. Do programa constam temas como os direitos, as liberdades e garantias dos contribuintes, os impostos sobre o rendimento, o IVA e as clĂĄusulas anti-abuso.

FISCALIDADE DE ACORDO COM A AECOPS

AGENDA FISCAL

Portugal desperdiça fundos comunitĂĄrios por falta de investimento pĂşblico A Associação das Empresas de Construção, Obras PĂşblicas e Serviços (AECOPS) congratula-se com a descida do dĂŠďŹ ce pĂşblico, mas avisa que essa redução se ďŹ cou a dever a “um corte brutal e nĂŁo programadoâ€? no investimento pĂşblico. Defende ainda a associação que se tivesse existido uma maior moderação no crescimento da despesa corrente teria sido possĂ­vel aproveitar os fundos comunitĂĄrios e aumentar o investimento pĂşblico, “mantendo o dĂŠďŹ ce, com efeitos favorĂĄveis no crescimento econĂłmicoâ€?.

A execução orçamental do ano passado esteve em linha com os objetivos e o dĂŠďŹ ce provisĂłrio das administraçþes pĂşblicas para efeitos de aferição do cumprimento do Programa de Ajustamento EconĂłmico e Financeiro. Considera a associação do setor da construção que se trata de uma boa notĂ­cia para o paĂ­s, mas os nĂşmeros incorporam aspetos preocupantes, em termos de execução orçamental do exercĂ­cio passado. “Houve um aumento da despesa corrente em 2,9 mil milhĂľes de euros, mais 4,2%, o que obrigou a um corte suplementar no investimento pĂşblico. Em termos agregados, o total da despesa aumentou 2,3%â€?.

Por outro lado, a quebra do investimento foi brutal – cerca de mil milhĂľes de euros – o que correspondeu a uma variação negativa de mais de 38%, face aos jĂĄ de si baixos nĂ­veis de investimento veriďŹ cados em 2012.â€?

Quebra inesperada do investimento

Tendo em conta as verbas orçamentadas, esta quebra do investimento terĂĄ sido inesperada e constituiu, na Ăłtica daquela associação, um mecanismo de recurso nĂŁo programado. “DaĂ­ que quebra de investi-

AtÊ ao dia 10 s )6! )MPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO - Periodicidade Mensal – Envio obrigatório via Internet da declaração periódica relativa às operaçþes realizadas no mês de novembro. Conjuntamente com a declaração periódica deve ser enviado o Anexo Recapitulativo, referente às transmissþes intracomunitårias isentas, efectuadas no mês de novembro. s )23 )MPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES - Entrega da Declaração Mensal de Remuneraçþes pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, para comunicação daqueles rendimentos e respetivas retençþes de imposto, das deduçþes efetuadas relativamente a contribuiçþes obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizaçþes sindicais, relativas ao mês anterior.

AtĂŠ ao dia 15 s )6! )MPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO - Periodicidade trimestral - Entrega Declaração PeriĂłdica, por transmissĂŁo eletrĂłnica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal trimestral, relativa Ă s operaçþes efetuadas no 4Âş trimestre. s )23 )MPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES - Entrega da Declaração Modelo 11, pelos NotĂĄrios e outros funcionĂĄrios ou entidades que desempenhem funçþes notariais, bem como as entidades ou proďŹ ssionais com competĂŞncia para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, das relaçþes dos atos praticados no mĂŞs anterior, suscetĂ­veis de produzir rendimentos.

O setor da construção hĂĄ muito que reclama uma polĂ­tica ďŹ scal mais adequada Ă atual realidade econĂłmica do paĂ­s.

mento, no ano passado, tenha ďŹ cado 29% abaixo do inscrito no Ăşltimo orçamento retiďŹ cativo.â€? A redução do investimento pĂşblico incidiu particularmente no setor da construção, face Ă suspensĂŁo e Ă redução do ritmo dos projetos de investimento.â€?

As quebras, no perĂ­odo em anĂĄlise, foram de mais de 66% nos transportes, com particular incidĂŞncia no que toca Ă Refer, de 74,3% na construção e na conservação de edifĂ­cios na ĂĄrea da saĂşde e superou os 76% nos restantes setores, com especial destaque para a Parque Escolar. De salientar ainda que “a redução do investimento pĂşblico conduziu a uma redução no nĂ­vel de execução dos fundos comunitĂĄrios, os quais baixaram cerca de 61%, relativamen-

te ao ano anterior, passando de 571 milhĂľes para 223 milhĂľes de eurosâ€?. JĂĄ em termos agregados, os projetos de investimento ďŹ nanciados com fundos comunitĂĄrios registaram uma quebra de quase 920 milhĂľes de euros, passando de 2,4 mil milhĂľes para apenas 1,5 mil milhĂľes de euros.

ConvĂŠm notar que o setor da construção tem sido um dos mais afetados pela crise, na medida em que os problemas econĂłmicos se reetem diretamente no mercado imobiliĂĄrio. Muitas empresas tĂŞm fechado portas e as associaçþes tĂŞm defendido uma carga ďŹ scal mais adequada. E a situação sĂł nĂŁo ĂŠ pior porque uma grande fatia destas empresas partiu com sucesso para a internacionalização.

PRĂ TICA FISCAL 2ESPOSTA DO !SSESSOR &ISCAL 1. As alĂ­neas a), b) c) e d) do nÂş 1 do artigo 6Âş do CĂłdigo do Imposto Municipal sobre ImĂłveis (CIMI) determinam que os prĂŠdios urbanos se dividem em “habitacionaisâ€?, “comerciaisâ€?, “industriaisâ€?, “para serviçosâ€?, “terrenos para construçãoâ€? e, ďŹ nalmente, “outrosâ€?, sendo que “habitacionaisâ€?, “comerciaisâ€?, “industriaisâ€? ou “para serviçosâ€? sĂŁo os edifĂ­cios ou construçþes

para tal licenciados ou que, na falta de licença, tenham como destino normal cada um destes ďŹ ns (nÂş 2 do mesmo artigo 6Âş do CIMI). Os ÂŤterrenos para construçãoÂť e os ÂŤoutrosÂť sĂŁo os prĂŠdios deďŹ nidos como urbanos no nÂş 3 e 4 do mesmo artigo.

2. Para efeito do disposto na alĂ­nea a) do nÂş 2 do artigo 7Âş do CIMI, sĂŁo partes dependentes ou meramente acessĂłrias do edifĂ­cio, por exemplo, ainda que

INFORMAĂ‡ĂƒO ELABORADA PELA APOTEC - ASSOCIAĂ‡ĂƒO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE

AtÊ ao dia 20 s )23 )MPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES - Entrega das importâncias retidas, no mês anterior, para efeitos de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS). s )2# )MPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLETIVAS - Entrega das importâncias retidas, no mês anterior, para efeitos de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). s )6! )MPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO - Pequenos Retalhistas - Entrega da declaração Modelo P2 ou da guia Modelo 1074, consoante haja ou não imposto a pagar, relativo ao 4º Trimestre de 2012.

- Declaração Recapitulativa - Entrega da Declaração Recapitulativa pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissþes intracomunitårias de bens e/ou prestaçþes de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmissþes intracomunitårias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de J 50.000. s )MPOSTO DO 3ELO - Entrega das importâncias retidas, no mês anterior, para efeitos de Imposto do Selo.

GRUPOS DE SOCIEDADES

REGRAS DE AVALIAĂ‡ĂƒO – VPT .A AVALIAĂŽĂ?O DO VALOR PATRIMONIAL TRIBUTĂˆRIO EM PRĂ?DIOS URBANOS COM PARTES ENQUADRĂˆVEIS EM MAIS QUE UMA UTILIZAĂŽĂ?O AQUANDO DA EXISTĂ?NCIA DE UMA PARTE PRINCIPAL E OUTRA ACESSĂ˜RIA ALINEA A NÂŽ ARTIGO

O LEGISLADOR REMETE PARA O CONCEITO DE h VALORIZAĂŽĂ?O RESULTANTE DA EXISTĂ?NCIA DE PARTES ACESSĂ˜RIASv ! MINHA DĂžVIDA CENTRA SE NA PRĂ˜PRIA DElNIĂŽĂ?O DO CONCEITO

FEVEREIRO

situadas no exterior do mesmo, as garagens, os parqueamentos, as arrecadaçþes, as instalaçþes para animais, os sótãos ou caves acessíveis e as varandas, desde que não integrados na årea bruta privativa, e outros locais privativos de função distinta das anteriores, e tambÊm, os jardins, os parques, os campos de jogos, as piscinas, os quintais e outros logradouros, como resulta do nº 3 e 4 do artigo 40º do CIMI.

GERAL@APOTEC.PT

Opção pelo regime especial de tributação Por despacho do Secretårio de Estado dos Assuntos Fiscais do passados dia 30 de janeiro foi prorrogado atÊ ao próximo dia 31 de março, o prazo para exercer a opção pela continuação da aplicação do regime especial de tributação dos grupos de sociedades previsto no nº 10 do artigo 69º do Código do IRC, bem como para a entrega dos requerimentos a que se referem os nºs 3 e 4 do artigo 71º do mesmo Código, isto nas situaçþes em sociedade dominante passe a ser considerada dominada de uma outra sociedade residente em território português em consequência das alteraçþes introduzidas ao regime especial de tributação dos grupos de sociedades pela reforma da tributação das sociedades operada pela Lei nº 2/2014, de 16 de janeiro.

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FISCALIDADE

Trabalhadores dos impostos insistem em negociações com a tutela

Setor da saúde adota Sistema de Normalização Contabilística

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) considera da máxima urgência avançar com as negociações no âmbito do processo de revisão das carreiras da Autoridade Tributária e Aduaneira. Nas vésperas da greve de três dias, diz aquele sindicato que a tutela assumiu o compromisso de receber os seus dirigentes para iniciar a discussão e a resolução dos problemas existentes. O que não se verificou até agora, sendo que há uma situação de rutura dos serviços de finanças.

O Governo considera que estão reunidas as condições necessárias para que as entidades públicas e empresariais da área da saúde adotem o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), incluindo os hospitais, os centros hospitalares e as unidades locais de saúde. Esta obrigatoriedade inicia-se com a apresentação de contas do exercício do presente ano fiscal.

O SNC corporiza um conjunto de normas coerente com as normas internacionais de contabilidade.

PAULA FRANCO ASSESSORA DO BASTONÁRIO DA ORDEM

Alterações ao Código Contributivo A Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, que aprova o Orçamento de Estado para 2014, introduziu alterações relevantes em sede de segurança social para os trabalhadores independentes e membros dos órgãos estatutários (MOE). Pela sua importância, analisaremos as implicações e vantagens da possibilidade ora conferida de alteração ao escalão de enquadramento dos trabalhadores independentes e a revogação do teto máximo de contribuições para os membros dos órgãos estatutários. Vejamos.

1. Alteração do escalão de enquadramento dos trabalhadores independentes (a solicitar em fevereiro e julho de cada ano) O forte agravamento das contribuições para a segurança social dos trabalhadores independentes nos últimos anos, sem que se atendesse à volatilidade das remunerações auferidas, teve, como seria de esperar, efeitos muito negativos na vida destes profissionais. Para flexibilizar o enquadramento no escalão de remuneração, passa a permitir-se que o contribuinte possa solicitar a alteração do seu enquadramento para 2 escalões contributivos abaixo ou acima daquele que lhe for fixado. Foi, no entanto, revogada a norma que permitia que o trabalhador independente pudesse pedir revisão do seu enquadramento sempre que existisse diminuição abrupta dos rendimentos em três meses consecutivos.

Com esta alteração,o trabalhador independente pode solicitar o ajustamento dos valores a pagar mensalmente. Este pedido tem que ser efectuado em Fevereiro ou Julho de cada ano e produz efeitos a partir do mês seguinte.

Analisemos um exemplo: EXEMPLO Um trabalhador independente enquadrado no regime simplificado que teve no ano 2013 os seguintes rendimentos: s

Prestações de serviços – 50.000,00 euros s Vendas – 50.000,00 A base de incidência contributiva será fixada anualmente em outubro e produzirá efeitos nos 12 meses seguintes, correspondendo ao escalão de remuneração convencional imediatamente inferior ao que resulta do duodécimo do rendimento relevante (20% das vendas e/ou 70% da prestação de serviços).

Vai apurar a remuneração de referência da seguinte maneira:

s

RR = (50.000,00 x 0,20) + (50.000,00 x 0,70) = 45.000,00

A remuneração de referência apurada divide-se por 12 para determinarmos o duodécimo respetivo: s s s

45.000,00 / 12 = 3.750,00 3.750,00 / 419,22 (IAS) = 8,95 Escalão correspondente = 8 IAS (9º escalão)

Base de incidência contributiva oficiosa = 8º escalão De acordo com a legislação vigor, o enquadramento faz-se no escalão imediatamente abaixo 8.º escalão), o que significa que pagaria mensalmente um valor de TSU de 744,53 euros.

No entanto, por aplicação da alteração introduzida pela Lei do OE para 2014,o trabalhador independente poderá, em Fevereiro,optar por corrigir o seu enquadramento para 2 escalões contributivos abaixo do escalão correspondente, o que significará, neste exemplo, que ficará enquadrado no 7.º escalão, ou seja, pagarámensalmente uma taxa de 620 euros (menos 124,08 euros, por mês).

2. Revogação do limite máximo de contribuições dos membros dos órgãos estatuários Em sentido contrário, as alterações operadas em sede de regime contributivo da segurança social dos membros dos órgãos estatutários agravam significativamente a carga tributária destes contribuintes.

Até à data, os membros de órgãos sociais (administradores, gerentes e diretores de empresas ou outras pessoas coletivas) tinham como base de incidência contributiva o valor das remunerações efetivamente auferidas, com o limite mínimo igual ao valor do IAS (atualmente, 419,22 euros) e o limite máximo igual a 12 vezes o valor do IAS (5030 euros).

Em consequência, os membros dos órgãos estatutários que auferissem remunerações de valor superior a 5030 euros mensais só descontavam para a segurança social até este limite. Com a revogação deste limite máximo, a partir de 1 de janeiro de 2014, os membros dos órgãos estatutários passam a descontar sobre a totalidade das remunerações auferidas.

Mantém-se, todavia, a exclusão da obrigação de contribuir para os membros dos órgãos estatutários não remunerado em entidades sem fins lucrativos e membros de órgãos estatutários que não recebam qualquer tipo de remuneração, desde que já façam descontos por outras entidades sobre um rendimento superior a 419,22 euros.

CONSULTÓRIO TÉCNICO

A tributação autónoma no âmbito do artigo 88º do CIRC Algumas verbas conexas com a prestação do trabalho dependente não ficam sujeitas a tributação, na medida em que não excedam determinados limites legais, que mais não são que os limites legalmente estabelecidos para idênticas prestações devidas aos servidores do Estado.

Os valores atribuídos aos colaboradores por deslocação em transporte público, estabelecido pela Decreto-Lei nº 106/98, de 24 de abril, e Portaria 1553-D/2008, de 31 de dezembro, após Decreto-Lei nº 137/2010, de 28 de dezembro, e Lei nº 66-B/2012, de 31 de dezembro (OE/2013), está sujeito a tributação autónoma em sede de IRC? A informação constante da ficha doutrinária referida na resposta dos serviços (que anexamos a esta resposta) parece-nos bastante esclarecedora a este respeito, estando inclusive discriminado o procedimento em função das várias situações que se possam colocar, consoante sejam, ou não, cumpridos os requisitos legais de atribuição, os limites estabelecidos para o seu pagamento, bem como a sua tributação, ou não, na esfera do trabalhador, ou o débito a clientes.

Contendo esta ficha a resposta à questão colocada, não havendo esclarecimentos que possamos prestar que não constem da mesma, admitimos que a sua dúvida se coloque, não propriamente na tributação autónoma em sede de IRC (como questiona), já que, relativamente a esta, tem a resposta na ficha referida, mas sim a nível de tributação em sede de IRS, já que este enquadramento é relevante para aquele.

Como tal, avançamos com um enquadramento neste sentido, na expetativa de responder às dúvidas que nos parecem inerentes à questão colocada, admitindo que o que se pretende é atribuir uma verba, por quilómetro percorrido, em transporte público, pela deslocação do trabalhador ao serviço da empresa.

As despesas por quilómetros percorridos (isto é, compensação atribuída ao trabalhador pela utilização de um veículo próprio ao serviço da empresa) encontram-se sujeitas aos limites legais referidos na alínea d) do nº 3 do artigo 2º do CIRS. Deste modo, algumas verbas conexas com a prestação do trabalho dependente não ficam sujeitas a tributação, na medida em que não excedam determinados limites legais, que mais não são que os limites legalmente estabelecidos para idênticas prestações devidas aos servidores do Estado (art.

2º, nº 14 CIRS).

Tal não significa que estas verbas não possam ser atribuídas livremente pela sociedade aos seus trabalhadores ou membros da gerência ou

administração, mas antes que, se ultrapassados os limites estabelecidos ou não cumpridos os requisitos de atribuição, aquelas ficarão sujeitas a tributação em sede de IRS nos mesmos termos que as restantes remunerações pagas ao trabalhador.

A Portaria 1553-D/2008, de 31 de dezembro, procedeu à revisão das tabelas de ajudas de custo, subsídios de refeição e de viagem, bem como dos suplementos remuneratórios, para os trabalhadores em funções públicas, a vigorar após janeiro de 2009, estabelecendo os limites legais referidos no nº 14 do art. 2º do CIRS, sendo ainda esta que se aplica, embora com os montantes estabelecidos em legislação subsequente.

No caso exposto, apesar de no artigo 27º do Decreto-Lei nº 106/98, de 24 de abril, diploma que regula a atribuição de abono de ajudas de custo e transporte ao pessoal da administração pública, admitir no seu nº 2 que, para além do subsídio de transporte, o qual depende da utilização de automóvel próprio do funcionário ou agente, seriam fixados por despacho do ministro das Finanças outros subsídios da mesma natureza, designadamente para percursos a pé, em velocípedes, ciclomotores, motociclos e outros, não consta na Portaria nº 1553-D/2008, de 31 de dezembro, nem tão-pouco no DecretoLei nº 137/2010, ou em alteração posterior, qualquer referência a valores pagos por quilómetros para alguns meios de transporte.

Deste modo, afigura-se-nos que se não existe limite legalmente estabelecido para determinado tipo de prestações devidas aos servidores do Estado, todo o montante pago pela entidade pagadora ao seu trabalhador dependente pela deslocação ao serviço da entidade patronal, estará sujeita a tributação na esfera da categoria A, estando apenas previstos limites para as situações de: - Transporte em automóvel próprio; - Transporte em veículos adstritos a carreiras de serviço público (veja-se o art. 28º do DecretoLei nº 106/98, que refere a sua utilização nas áreas urbanas e suburbanas); - Transporte em automóvel de aluguer.

INFORMAÇÃO ELABORADA PELA ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS, SEGUNDO O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

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Autarquias querem ter acesso a cobrança de IMI As juntas de freguesia querem ter acesso aos dados de cobrança do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) dos últimos três anos. Assim, será possível realizar no imediato as tarefas de gestão orçamental, foi referido e aprovado por unanimidade no Congresso da Associação Nacional de Freguesias. Todos os congressistas aprovaram a moção socialista, a qual respeitou ao IMI urbano e rural. Com o acesso aos dados, será possível garantir uma gestão mais adequada dos orçamentos das juntas de freguesia.

ASSOCIATIVISMO

MARIA DOS ANJOS GUERRA ADVOGADA marianjosguerra-3012p@adv.oa.pt

PROPRIEDADE HORIZONTAL

Reparações em frações autónomas decorrentes de patologias construtivas em partes comuns A minha empresa de gestão de condomínios acabou de ser eleita para administrar o condomínio de um edifício construído recentemente mas no qual já se podem constatar problemas de construção, para os quais já alguns condóminos me chamaram a atenção.

Como se trata de uma construção recente com pouco mais de três anos, talvez não seja necessário orçamentar as obras para execução futura. Será que ainda estamos em tempo de pedir responsabilidades ao construtor?

Em caso afirmativo, a administração do condomínio poderá pedir a reparação de tudo?

Nos termos da lei, o vendedor de um imóvel que o tenha construído modificado ou reparado, isto é, o promotor imobiliário, é responsável pelo prejuízo causado a terceiro adquirente, no decurso do prazo de cinco anos a contar da entrega, ou do prazo de garantia convencionado, em caso de vício do solo ou da construção, modificação ou reparação ou por erros na execução do trabalho, se o mesmo ruir total ou parcialmente ou apresentar defeitos.

O adquirente do imóvel poderá denunciar os defeitos dentro do prazo de um ano após o conhecimento dos mesmos desde que não tenham decorrido mais de cinco anos após

a entrega do imóvel, como acontece no caso supra exposto.

Pelo exposto e dado que o leitor nos diz que o edifício foi construído há pouco mais de três anos, se as patologias construtivas foram constatadas há menos de um ano, tudo indica que a administração do condomínio poderá, ainda, responsabilizar o promotor pelos referidos defeitos.

Para o efeito, a administração do condomínio poderá atuar quanto às partes comuns, mas, em bom rigor, não deverá fazê-lo no que concerne às frações autónomas.

Muito embora se discutisse se o condomínio teria legitimidade para pedir reparações em frações autónomas decorrentes das

patologias construtivas existentes nas partes comuns, foi, há pouco tempo, proferida uma decisão, pelo Tribunal da Relação de o Lisboa, que entendeu que o condomínio carece de legitimidade para o feito.

Pelo exposto, para denunciar os defeitos nas frações autónomas e pedir judicialmente a sua reparação só os respetivos proprietários têm legitimidade.

Contudo, na medida em que cada condómino é proprietário exclusivo da fração que lhe pertence e comproprietário das partes comuns do edifício, qualquer dos condóminos, conjunta ou separadamente, tem legitimidade para responsabilizar o promotor por patologias nas zonas comuns.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

ASSOCIATIVISMO

Sines no “Boot Dusseldorf 2014”

BPO Advogados e ANJE renovam parceria

O porto de rtecreio de Sines integrou o stand da APPR – Associação Portuguesa de Portos de Recreio presente no “Boot Dusseldorf ”, que decorreu na cidade alemã que dá nome ao evento, entre 18 e 26 de janeiro, e que pretendeu promover as marinas e portos de recreio nacionais. A edição deste ano recebeu 248 600 visitantes e contou com 1661 expositores.

A BPO Advogados e a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) renovaram a parceria na área da formação em temáticas legais. O arranque oficial é já no dia 7 fevereiro, pelas 14h30, na sede do Núcleo da ANJE em Miraflores, com a abordagem ao tema “Recuperação do IVA e do IVA de Caixa”.

DAVID ZAMITH

ÉTICA e NEGÓCIOS

ACEGE – Núcleo do Porto www.acege.pt www.ver.pt

O trabalho e o emprego em Portugal “Enquanto houver 2,6 milhões de portugueses na pobreza a crise não acaba” Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, reconhecida publicamente pelo apoio que dá à Estratégia Europeia para a aposta nas Indústrias da Moda e do Luxo, plano de 2014-2020, afirmou recentemente, e muito bem, que “Enquanto houver 20 milhões de pessoas no desemprego a crise não acaba”.

Naturalmente que a diretora do FMI tem uma visão macroeuropeia, e não em termos microportuguês, para onde o interesse primeiro irá para se assegurar, e bem, de que iremos liquidar os empréstimos auferidos, mas para nós muito importante é o facto de termos 2,6 milhões de portugueses afogados na pobreza!

A fantástica e concorrida Conferência “O Trabalho e o Emprego e Portugal”, em boa hora organizada pela ACEGE, com os temas principais divulgados no Portal VER - http://www.ver.pt/NewsletterLib/ Newsletter_ver_278_31012014.html teve, para nós, dois momentos altos: Com o Senhor D. Manuel Clemente, numa abordagem sobre o problema da “Dimensão Humana” nas empresas, nomeadamente para a necessidade de investirmos na estabilidade empresarial, pela formação contínua, em motivação de futuro e onde, em vez de discursos de macro-micro, se focalize mais nas empresas, na importância do que apelidou de “micrologia humana”, e onde, todos os dias, homens e mulheres fazem coisas boas pelos outros, perguntando se, principalmente num período de “crise antropológica” e onde para uma ”ditadura de uma economia sem rosto”, uma das necessidades da pessoa humana se resume ao “consumo”.

O consumismo é o vetor da crise antropológica, afirma D. Manuel Clemente!

Sobre o complicadíssimo e dramático problema do fluxo migratório oriundo do Sul Mediterrânico, o Senhor D. Manuel

Clemente recomenda uma cooperação a Sul, mas num primeiro e fundamental passo, o de entendermos o “seu contexto”! Para muitos deles, alicerçados em imaginários de outras paragens e alimentados por uma globalização mediática, a realidade é de ”o pior da Europa ser muito melhor do que muitos têm” (problema moralíssimo!).

Ou a Europa entende que a solução passa pela promoção do desenvolvimento a Sul ou vai ter muitas dificuldades futuras, principalmente se de forma cega “resistir no seu pequeno quadrado”, logo, pelo crescimento dos mais negativos populismos extremistas! Exige-se uma cooperação a Sul, entendendo-os antropologicamente e fazendo para que entendam igualmente os nossos conceitos da Liberdade, Democracia e Humanidade!

Um problema gravíssimo, perguntando D. Manuel Clemente, que humanidade somos? Refletindo que, vivendo numa sociedade instável, “se não der para todos, não vai dar para ninguém”!

Com o governador do Banco de Portugal, Dr. Carlos Costa, que de uma forma clara nos trouxe uma excelente palestra plena de competência e actualidade, como que fazendo um resumo das intervenções anteriores, “O desafio da absorção do desemprego estrutural em Portugal” - http://www.bportugal. pt/pt-PT/OBancoeoEurosistema/ IntervencoesPublicas/Lists/ FolderDeListaComLinks/ Attachments/240/intervpub20140125. pdf - e na qual chamou a atenção para a necessidade primeira de “mantermos o emprego actual”, ancorado em empresas com “desenvolvimento sustentado”, ou para a necessidade de “socorrer” as empresas economicamente viáveis e que atualmente vivem num perigoso “stress financeiro”, com respostas de suporte muito lentas, sendo fundamental a modernidade na gestão, mais profissional, até porque a maioria são empresas familiares, ou pelo imperativo de um foco para um suporte sustentado em capitais próprios!

A produtividade nos Estados Unidos é superior à da Europa, “pela nossa menor qualidade na gestão”, referindo que nas empresas ”não há transmissão genética”!

A dinâmica da exportação, como que em contraciclo, com empresas a apostar na inovação, foi exemplo referenciado positivamente e mostrando “ser possível”, mesmo quando alicerçados numa grande rigidez estrutural, e onde o Estado não tem sido parte facilitadora, pondo mesmo a capacidade competitiva em causa!

O Emprego não se cria do vazio, cria-se com as empresas!

Segundo o governador do Banco de Portugal, devemos ter em conta que num post-crise a indústria, e em primeira análise, irá utilizar a sua capacidade instalada antes de proceder a investimentos, ou a “zona de automação”, com a automatização de processos e melhorias de produtividade, mas não criadora de emprego! A aposta vai para os sectores exportadores, com inovação, para o empreendedorismo, para empresas com rácios de capitais próprios sustentados, estratégias de formação contínua, gestão profissional, com objetivos de crescimento, garantia de emprego estável e sustentabilidade ambiental!

No encerramento da Conferência, D. Manuel Clemente elogiou o debate organizado pela ACEGE, com lugar à reflexão humana, associação a que sempre se disponibiliza, “para aprender como hoje aprendi”, afirmou.

Obrigado a António Pinto Leite, Presidente da ACEGE, pela organização de tão importante e atual conferência e onde se debsteram temas chave da nossa sociedade, como a cultura do trabalho, o emprego, formação, relação empresaescola, sustentabilidade financeira, gestão profissionalizada, sucessão empresarial, globalização, rigidez das estruturas públicas, demografia, num diagnóstico com pistas e soluções para um caminho a seguir, que deve passar pelo crescimento e criação de riqueza, ancorado em “Empresas Estáveis” e com “Dimensão Humana”!

RICARDO ABRANTES, PRESIDENTE DA AEA, SALIENTA

As reformas estruturais na área laboral e energética continuam por fazer

A atual conjuntura económica reflete um ligeiro aumento na carteira de encomendas da indústria, o que faz antever que 2014 seja o ano da viragem. No entanto, o crescimento ainda é muito ténue e a taxa de desemprego mantém-se demasiado elevada, considera Ricardo Abrantes, presidente da Associação Empresarial de Águeda (AEA).

Solicitado pela “Vida Económica” a fazer um breve comentário sobre o atual momento da economia portuguesa e suas perspetivas, bem como sobre a realidade empresarial da região onde a AEA intervém, afirma: “Ainda é cedo para fazer prognósticos, pois persiste a incerteza acerca do fim do programa de ajustamento e os principais indicadores económicos refletem uma ligeira variação de sentido positivo, pelo que a recuperação, a acontecer, será muito lenta e coabitará com uma elevadíssima taxa de desemprego”.

“Refiro ainda que as principais reformas estruturais na área laboral e energética continuam por fazer e que são cruciais para acelerar a retoma económica”, acrescenta.

Taxa de desemprego na região é inferior à nacional

Associação Empresarial de Felgueiras promove gastronomia e turismo em Ourense A Associação Empresarial de Felgueiras (AEF), em parceria com a Câmara Municipal de Felgueiras, promove a participação das empresas felgueirenses no 15º Salão Internacional de Gastronomia e Turismo “Xantar”. O evento realiza-se de 5 a 9 de fevereiro, em Ourense, Galiza (Espanha).

Esta participação, enquadrada no stand disponibilizado pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal, está a possibilitar que empresas de Felgueiras dos setores do vinho, da doçaria, da restauração e do alo-

jamento promovam os seus produtos na mais importante feira da especialidade do norte peninsular.

Com o desafio lançado às empresas para se associarem a esta iniciativa de destaque para o turismo através da gastronomia, a AEF pretendeu reforçar a oferta gastronómica ligada ao turismo rural e promover a competitividade no setor da restauração, prestando especial atenção ao serviço. Simultaneamente, a AEF tem como propósito promover as diversas iniciativas do con-

celho, nomeadamente, o Festival do Pão de Ló, as Festas de S. Pedro, o Cortejo das Flores, o Descalço, entre outros. O certame pretende, desta forma, servir como plataforma de divulgação e promoção dos produtos regionais felgueirenses e das suas empresas.

A “Xantar” dispõe de 12 mil m2 cobertos, com cerca de 150 expositores e uma vintena de restaurantes equipados com todo o detalhe e qualidade de serviço, num evento que prevê acolher cerca de 30 mil visitantes.

“O tecido empresarial de Águeda também reflete uma melhoria na carteira de encomendas. As empresas da região são maioritariamente empresas transformadoras e exportadoras pelo que o seu desempenho é ligeiramente, mais favorável que o desempenho da economia nacional.”

“Saliento que as empresas da região evidenciam um saldo positivo da balança comercial, ou seja, exportam mais do que aquilo que importam, e, assim, contribuem positivamente para o equilíbrio da balança comercial.”

“Devido a este dinamismo local, a taxa de desemprego na região é muito inferior à taxa de desemprego nacional”, conclui.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

PSI-20 (05.02)

67722,59

-0,92% Var. Semana 6800

MERCADOS

6700 6600 6500

Dow Jones 5/Feb ..........15445,3

DAX 5/Feb ..................... 9116,32

Var Sem ...............................-1,86% Var 2013 ...............................-6,82%

Var Sem ...............................-2,36% Var 2013 ...............................-4,56%

Nasdaq 5/Feb .............. 4014,073

CAC40 5/Feb .................. 4117,79

Var Sem ...............................-0,91% Var 2013 ...............................-3,88%

Var Sem ...............................-0,94% Var 2013 ...............................-4,15%

IBEX 35 5/Feb................9775,00 12 Set 13 Set 16 Set 17 Set 18 Set

2,50% Var. 2013

Var Sem ...............................-1,23% Var 2013 ...............................-1,43%

COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR

ATIVIDADE DOMÉSTICA PENALIZA RESULTADOS ANUAIS

CARTEIRAS DE ATIVOS

BPI fecha 2013 com lucro de 66,8 milhões

Ano arranca com mercados de ações em queda Portfolio Manager, Patris Gestão de Ativos

O lucro de 95,2 milhões de euros obtido pelo BPI na sua atividade internacional atenuou o impacto do prejuízo de 28,3 milhões de euros registado na atividade doméstica, permitindo ao banco liderado por Fernando Ulrich fechar as contas de 2013 com um lucro líquido consolidado de 66,8 milhões de euros. O crédito a clientes deverá crescer já em 2014

O ano de 2014 começou com um mês de quedas nos principais mercados de ações. O aumento significativo de volatilidade associado a uma maior perceção do risco intrínseco ao investimento em mercados emergentes acabou por ser um dos pontos recorrentes de atenção e análise durante janeiro. Convém mencionar que, não sendo surpresa a fragilidade estrutural de algumas economias (Argentina, destacadamente), o forte impacto sentido na taxa de câmbio de alguns países forçou diversos bancos centrais a reagirem de forma bastante agressiva, com subidas recorrentes de taxas de juro de referência, sendo de destacar a Turquia, com um aumento de 450 pontos base na taxa de overnight borrowing.

Na génese deste enquadramento menos favorável estão diversos fatores explicativos. Por um lado, a continuação da redução dos montantes associados ao programa de compra de ativos em implementação pela Reserva Federal; por outro

ANA SANTOS GOMES anagomes@vidaeconomica.pt

Um crescimento de 10% na atividade internacional do BPI permitiu ao banco fechar o ano 2013 com saldo positivo. Os 95,2 milhões de euros que o banco lucrou com as operações de Angola e Moçambique compensaram o prejuízo de 28,3 milhões de euros verificado na atividade doméstica, que em 2012 havia beneficiado das mais-valias respeitantes a vendas de obrigações e recompra de passivos. O lucro líquido consolidado do BPI cai, então, 73,2% em 2013, fechando o ano também com uma quebra de 18,4% na margem financeira da instituição, pressionada pelo custo dos CoCos (empréstimo de capital contingente no âmbito do programa de recapitalização com apoio público). Só no ano passado, os juros dos CoCo custaram ao BPI 84,9 milhões de euros.

No mercado interno, o BPI viveu em 2013 o primeiro ano de recuperação de recursos captados a clientes, que tinham registado decréscimos nos dois anos anteriores. O banco fechou o ano com 29.898 milhões de euros em recursos de clientes, mais 2,5% que no ano anterior. Fernando Ulrich sublinha que “Portugal são os que cá estão e os que estão fora, que continuam a mandar dinheiro para Portugal e a visitar o país como turistas”. Olhando para a evolução do contexto económico nacional, o banqueiro reiterou que “Portugal tem feito um trabalho notável no equilí-

RICARDO ALMEIDA

lado, a perceção crescente de que é intenção das autoridades da China “forçar” uma maior transparência por parte das entidades envolvidas no chamado shadow banking, sendo evidência a subida generalizada, no mercado interbancário, das taxas de juro de (re)financiamento para prazos mais curtos.

Na Europa, os dados económicos que foram sendo divulgados confirmam o robustecimento da recuperação da área industrial, com alguns indicadores relativos ao consumo também em franca melhoria. No Japão, parece confirmar-se a gradual normalização dos índices de preços, com valores positivos para a taxa de inflação.

Este facto deve, no entanto, ser contextualizado num ambiente de estagnação dos salários nominais, com a consequente perda de poder de compra dos consumidores japoneses.

Pontos a acompanhar durante fevereiro estão relacionados com os resultados do quarto trimestre, com a confirmação da recuperação da economia europeia e com as (eventuais) alterações de discurso em termos de orientações de política económica decorrentes da tomada de posse da nova presidente da Reserva Federal.

Perfil de Risco

“A nossa perspetiva é de que o crédito a clientes cresça já em 2014”, admite Fernando Ulrich

brio externo e na consolidação das contas públicas”.

No crédito a clientes, o ano fechou com uma quebra de 5,2 pontos percentuais face a 2012.

A penalização mais significativa é sentida na banca de empresas, com uma quebra de 23,6%, para os 4.050 milhões de euros. Também decrescente é a evolução do crédito na banca de particulares e pequenos negócios. Com 13.728 milhões de euros somados neste índice, o BPI fecha o ano 2013 com uma quebra de 4,6% no segmento de pequenos negócios e particulares. Ainda assim, Fernando Ulrich, presidente do BPI, encontra razões para acreditar que “a desalavancagem está a terminar e a queda da carteira acontece agora a um ritmo mais suave”. Ulrich adianta mesmo algum otimismo no início deste novo ano. “A nossa perspetiva é de que o crédito a clientes cresça já em 2014”, admite. Reconhecendo também que a reanimação da economia é positiva para banca, Ulrich salienta que “a rentabilidade da banca na atividade doméstica vai continuar a ser um

desafio muito grande”.

Eficiência é, uma vez mais, a palavra de ordem para a gestão do BPI, que em 2013 conseguiu reduzir os seus custos de estrutura em 3,9%, dando continuidade a uma estratégia de contenção que se prolonga há vários anos.

Desde 2007, o BPI já conseguiu reduzir os seus custos de estrutura em 15,8%, parte deles obtidos com a redução do número de colaboradores da instituição bancária. O BPI chegou a ter 7.767 colaboradores em 2008 e conta atualmente com 6.274. Tem, no entanto, de prosseguir com esta estratégia de redução do número de colaboradores, tendo como meta os 6.000 colaboradores em 2015. Até lá, terá de reduzir o seu número de colaboradores em 274 pessoas, 39 das quais deverão abandonar o banco já este ano.

Estável deverá permanecer, por seu turno, o número de unidades comerciais abertas em Portugal, que em dezembro de 2013 se fixava em 683. Recorde-se que o BPI chegou a ter 807 unidades operacionais na sua rede de balcões em Portugal.

Classe Activos

ISIN Conservador

Agressivo

Liquidez

20,0%

7,5%

Obrigações

30,0%

15,0%

OT de Portugal 16/10/2017

15,0%

7,5%

PTOTELOE0010

Portugal Telecom 24/03/2017

15,0%

7,5%

XS0215828913

Forex

5,0%

10,0%

EURUSD

5,0%

10,0%

45,0%

67,5%

Mapfre

2,5%

5,0%

Telefonica

5,0%

7,5%

ES0178430E18

Repsol

5,0%

7,5%

ES0173516115

Ericsson

5,0%

7,5%

SE0000108656

Unilever

5,0%

7,5%

NL0000009355

L’Oreal

5,0%

7,5%

FR0000120321

Ações

CFD

ES0124244E34

Fortum

2,5%

5,0%

FI0009007132

BNP Paribas

5,0%

5,0%

FR0000131104

Ishares MSCI Emerging Markets

5,0%

7,5%

US4642872349

Ishares MSCI Brazil Capped

5,0%

7,5%

US4642864007

100%

100%

TOTAL

30

SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

MERCADOS EURODÓLAR (05.02) 1,3519

-1,03% Var. Semana 1,36 1,355

Euro/Libra 5/Feb .......0,8290 Var Sem .........................1,23% Var 2013 ........................ -0,18%

Euro/Iene 5/Feb .... 137,0490

1,35

Var Sem ........................ -2,11% Var 2013 ........................-5,49%

1,345

EURIBOR 6M (05.02) 0,3860

-0,013% Var. Semana 0,4 0,395 0,39 0,385 0,38 0,375

Euribor 3M 5/Feb ......0,2870

-1,50% Var. Semana

Euribor 1Y 5/Feb .......0,5480

109 108 107 106 105 104

Var Abs Sem ...................-0,014 Var 2013 ......................... -0,956 12 Set 13 Set 16 Set 17 Set 18 Set

12 Set 13 Set 16 Set 17 Set 18 Set

-1,96% Var. 2013

PETRÓLEO BRENT (05.02) 106,23 Ouro 5/Feb ........... 1255,97 Var Sem ..................... -0,89% Var 2013 ...................... 4,17%

Var Abs Sem ................... -0,011 Var 2013 ..........................-0,714

Prata 5/Feb ............... 19,81 Var Sem ...................... 0,27% Var 2013 ...................... 1,76% 12 Set 13 Set 16 Set 17 Set 18 Set

-0,838% Var. 2013

-4,13% Var. 2013

COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR

Montepio apoia três PME na conquista do estatuto PME Excelência 2013 AQUILES PINTO aquilespinto@vidaeconomica.pt

O Montepio apoiou as PME suas clientes: Grupnor – Grupo Português de Elevadores do Norte (Porto), PH – Informática e Microsistemas, (Póvoa do Varzim) e S&A – Sociedade Industrial de Aperitivos (Tentúgal) a obterem o estatuto PME Excelência 2013, galardão entregue ontem (dia 6), em Santa Maria da Feira. O apoio da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) às PME decorre da parceria com o programa FINICRESCE. “O Montepio orgulha-se de prestar um apoio próximo e constante ao tecido empresarial português. Em 2012 foi celebrado um protocolo institucional com o IAPMEI e o Turismo de Portugal, IP, que, no âmbito do FINICRESCE, distingue o mérito e o desempenho das PME através da atribuição do Estatuto PME Líder e PME Excelência. Neste âmbito, o Montepio tem auxiliado as PME clientes a apresentarem candidatura ao PME Líder – note-se que é a partir deste que o IAPMEI e o Turismo de Portugal, IP selecionam as PME

(Excelência) que apresentam os melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão”, disse à “Vida Económica” fonte da CEMG. A mesma fonte faz um balanço positivo da aposta do Montepio, “porquanto, em 2013, o número de candidaturas a PME Líder duplicou face ao ano anterior”. A ideia é, por isso, repetir a iniciativa. “É nossa intenção manter o protocolo celebrado no âmbito do FINCRESCE”, garante.

“Apoio aos empresários”

De acordo com Paulo Magalhães, administrador da CEMG, “o apoio que o Montepio está a garantir, de forma geral, às empresas e aos empresários portugueses, nomeadamente às empresas ligadas aos setores produtores de bens transacionáveis, constitui uma forma de apoio à economia nacional que passa, necessariamente, pela disponibilização de soluções de financiamento” às empresas. “Para o Montepio é crítico garantir que estas soluções se enquadrem nos parâmetros de rigor e de excelência,

O apoio decorre da parceria com o programa FINICRESCE.

pelo que foi concebida uma oferta assente em mecanismos que asseguram tanto os interesses do banco como os das empresas e privilegiam a sustentabilidade nos apoios concedidos. As distinções obtidas pe-

las PME clientes do Montepio vêm reforçar a importância e a adequação do apoio que asseguramos ao setor empresarial”, conclui.

Segundo os dados do Montepio, as novas operações de cré-

dito a empresas cresceram, em setembro de 2013, em termos homólogos, 32,5%. “O dobro do crescimento registado no setor, que se situou nos 15,7%”, de acordo com uma nota informativa da entidade.

PEDRO ARROJA

Especulação

Pedro Arroja Gestão de Patrimónios, SA

Empresas exportadoras A Unidade Técnica de Apoio Orçamental, que funciona junto do Parlamento, divulgou esta semana a estimativa do défice orçamental do Estado de 2013: 5,6% do PIB. O Ministério das Finanças tem uma estimativa um pouco diferente: 5,2%. É de esperar uma séria discussão nas próximas semanas, com a devida retumbância nos jornais, na rádio e na televisão acerca de saber se o verdadeiro valor do défice foi de 5,2% ou 5,6%, ou qualquer valor intermédio, como 5,4%, e é até provável que apareça alguém a defender convictamente a tese de que o verdadeiro valor do défice foi de 5,376%.

Menos provável é que apareça alguém a perguntar aquilo que é essencial: afinal, valeu a pena o esforço de austeridade que foi imposto sobre todos os portugueses ao longo destes quase três anos?

No que diz respeito ao Estado, a

resposta é não. A austeridade foi imposta em meados de 2011 para diminuir a dívida pública que era monstruosa nessa altura. Chegamos ao final de 2013 com um défice superior a 5% do PIB, significando que a dívida do Estado continua a ser monstruosa e é agora ainda mais monstruosa.

Não valeu a pena. Ainda se fosse um excedente que permitisse ao Estado começar a amortizar a dívida… Mas não, foi um défice, mais um défice, que continua a aumentar a dívida.

Então, para quê a austeridade? É difícil responder. Excepto, talvez porque, sem a austeridade, o défice e o aumento da dívida, em lugar de ser de 5% do PIB em 2013, teria sido de 8% ou 10% .

Diminuímos em 2013 a velocidade que, há anos, nos conduz à ruína, mas a direcção continua a ser a mesma.

Existe, porém, um resultado da

austeridade que, não tendo sido directamente pretendido, foi, de longe, o mais importante de todos e talvez o único benéfico. Refiro-me ao equilíbrio das contas externas. De um défice da balança de transacções correntes que era um dos maiores do mundo em 2011, e que correspondia a cerca de 10% do PIB, passou-se para o equilíbrio em 2013.

Este é um ajustamento extraordinário e que reflecte uma grande tradição dos portugueses – a sua enorme capacidade para se ajustarem às circunstâncias e a rapidez com que o conseguem fazer.

Os grandes heróis da austeridade são, portanto, os emigrantes. Não apenas os trabalhadores portugueses que - ao ritmo de cerca de cem mil ao ano, e muitos deles qualificados – foram procurar emprego no estrangeiro e, através das remessas para as suas famílias, contribuíram para reduzir o défice externo. Mas sobretudo as empresas

exportadoras que, perante a estagnação do mercado interno, fizeram emigrar os seus produtos e as suas marcas e os foram vender pelos quatro cantos do mundo. É esta capacidade empreendedora dos empresários portugueses - um produto da nossa cultura católica ou universal, que nos faz sentir em casa em qualquer parte do mundo e em qualquer ambiente - o único feito que a austeridade nos permite celebrar.

Mas enquanto os trabalhadores e os empresários portugueses se mexiam pelo mundo para salvar o país da ruína, o Estado e os políticos que o governam continuaram no seu remanso de continuar a gastar mais do que aquilo que podem e a celebrar um défice público de 5% do PIB que só teria razão para ser celebrado se, em lugar de um défice, fosse um excedente.

POR INDICAÇÃO DO AUTOR, ESTE ARTIGO NÃO SEGUE AINDA O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

MERCADOS

BCP cresce na Polónia

Fundação Montepio apoia Museu do Brinquedo

O Bank Millennium, banco que o BCP detém a 65% na Polónia, cresceu em 2013. O resultado consolidado atingiu 535,8 milhões de zlotys (127,1 milhões de euros), que representa um crescimento de 13,5% face ao ano anterior e “o melhor resultado anual sem resultados extraordinários (em 2005 o Banco obteve um resultado líquido de 567 milhões de zlotys graças a uma mais-valia extraordinária)”.

No quarto trimestre, o resultado líquido consolidado atingiu 143 milhões de zlotys (33,9 milhões de euros) e continuou a tendência positiva aumentando 3,2% em base trimestral.

O Montepio, ao abrigo da política de responsabilidade social, assinou (na segunda-feira, 3 de fevereiro) um protocolo de cooperação com o Museu do Brinquedo destinado a dotar aquele espaço museológico dos fundos necessários à sua subsistência, mas também a diligenciar esforços no sentido de a administração do Museu angariar patrocinadores, visitantes e amigos, que garantam a sustentabilidade no médio e longo prazo. O valor do acordo institucional não foi revelando, sendo apenas indicado “que duplica o apoio” de 2013.

Recuo de 25% do valor do ouro gera crise no negócio Os portugueses, após seis anos decorridos do início da crise económica, recorrem cada vez menos à venda de ouro nas lojas de rua, como consequência de adaptação à crise e à necessidade de cada vez mais consumir menos, explica João Pinto, trader da Golden Broker.

A compra e venda de ouro, em Portugal, foi um negócio que registou um boom desde 2008 com a entrada da crise financeira, no entanto, poderá ter os dias contados, já que de abril a dezembro de 2013 encerraram cerca de 63% das lojas existentes no mercado.

A descida abrupta da cotação em

cerca de 25% (de 1600 dólares a onça para 1200 dólares a onça) entre março e junho de 2013 e o aumento da concorrência foram, segundo aquele especialista, os principais fatores que determinaram o fecho deste tipo de lojas de forma massiva.

Recorde-se que desde 2008 que se registou uma proliferação das lojas de compra e venda de ouro no país, quer devido à entrada da crise, que tornou o ato de arrendar mais barato, favorecendo o estabelecimento deste tipo de negócio de forma rápida e a um preço acessível, quer devido à valorização do preço do ouro ou à

facilidade de obtenção de liquidez imediata por parte da população.

“Foram vários os fatores que conduziram à abertura, em massa, deste tipo de negócio. Em primeiro lugar, entre 2002 e agosto de 2011 a cotação do ouro valorizou em 537%, o que foi determinante para que houvesse uma expetativa muito elevada em relação à contínua e sustentada subida do preço do ouro. Este facto foi determinante para que as lojas de compra e venda de ouro detetassem uma oportunidade de ter sucesso”, explica o trader da Golden Broker.

A falta de liquidez por parte de muitas pessoas, aliado à dificuldade de acesso aos créditos, fez com que a venda de bens fosse encarada como uma mais-valia no curto prazo, numa altura em que o ajuste da população à crise teve de ser feito de forma célere.

“Quando estas lojas começaram a aparecer, a concorrência era muito pouca, pelo que existia muita proteção relativamente a potenciais quedas do preço do ouro.

Estas lojas avaliavam as joias que compravam com um desconto na ordem dos 30%. À medida que este negócio foi aumentando, a margem teve que, naturalmente,

diminuir, acabando por atingir entre 5 e 7%, fator que em muito contribuiu para que muitas tivessem que fechar portas”, explica o trader da Golden Broker.

A Golden alerta para a incerteza futura relativamente ao preço do ouro: por um lado, o cenário traçado pelos fundamentais aponta para uma valorização do ouro no longo prazo; no entanto, os investidores percebem que nada pode ser dado como garantido e que, por isso, é necessário ter uma gestão do risco muito rigorosa para preservar sempre o maior grau de segurança possível.

JOÃO BOULLOSA Managing Partner DUO Capital

A avaliação e valorização de imóveis Quando falamos sobre o aumento dos níveis de incumprimento de crédito verificado nos últimos anos, não podemos deixar de destacar a componente do crédito à habitação, que representa uma fatia significativa do crédito concedido em Portugal, com as respetivas implicações diretas e indiretas na evolução do mercado imobiliário português.

O mercado imobiliário português tem apresentado uma tendência decrescente associada à situação económica do País, com os preços dos imóveis a descer consecutivamente nos últimos cinco a seis anos, não obstante a inversão na descida dos preços verificada em alguns meses de 2013. Aliada a este facto, verifica-se uma ausência de indicadores transversais ao mercado imobiliário que transmitam confiança e credibilidade às avaliações efetuadas pelos vários intervenientes do mercado.

Neste contexto, a temática da avaliação de imóveis, quer na concertação de metodologias de avaliação quer na competência dos peritos avaliadores, assume particular relevância.

A interligação existente entre esta matéria e a estabilidade do sistema financeiro é indissociável, na medida em que os

ajustamentos negativos na valorização dos imóveis afetam diretamente a deterioração da qualidade dos ativos detidos pelos bancos – principal fonte de financiamento do sector imobiliário e com consequências imediatas no aumento de provisões e em maiores exigências de capital. Outra natural consequência será a atuação mais célere sobre créditos à habitação em mora e aumento direto da exposição dos bancos a ativos imobiliários. Esse stock de ativos irá progressivamente entrar no mercado exercendo pressão nos preços. Por seu lado, a maior restrição na concessão de crédito pela banca contribui para travar a procura e logicamente também ela diminuir a evolução dos preços no mercado imobiliário. É, assim, essencial garantir a transparência e independência e eliminar a discricionariedade nos processos de avaliação de imóveis.

Este tema foi inclusivamente abordado recentemente pela CMVM – uma das entidades de supervisão do sistema financeiro português, no sentido de estabelecer as condições que os peritos avaliadores devem cumprir para a realização das avaliações de imóveis e a definição de um regime único, a aplicar

de forma transversal a qualquer dos três setores do sistema financeiro português: bancário, financeiro (exceto bancário) e segurador.

Sugerem-se assim algumas medidas que visam garantir a supervisão desta atividade, tais como o registo dos peritos avaliadores de imóveis na CMVM, regras para a rotação dos peritos de avaliação selecionados pelas instituições financeiras (estando já a diversificação assegurada no atual regime, definem-se critérios que visam evitar que um perito possa avaliar de forma consecutiva os mesmos imóveis ao longo de um período de tempo considerável), a redução da periodicidade mínima de avaliação por avaliador, bem como a definição de um modelo de relatório com estrutura uniformizada, onde se evidenciem as conclusões do perito avaliador.

Estabelecem-se ainda alterações às normas de valorização dos imóveis, que pretendem conferir uma maior prudência às avaliações, bem como anular a discricionariedade existente nalgumas entidades gestoras em que a avaliação será agora exclusivamente baseada no trabalho dos peritos avaliadores.

Não obstante denotar-se uma preocupação

crescente sobre esta atividade, pretendendo-se obter um maior controlo e supervisão sobre a mesma, parece-me que ainda há um longo caminho a percorrer, nomeadamente no que respeita à definição de índices de avaliação fiáveis e reconhecidos internacionalmente que permitam aferir com exatidão a evolução dos preços no mercado imobiliário, bem como a obrigatoriedade de adoção das normas internacionais de avaliação existentes.

Entendo também que será do interesse das instituições financeiras manter um acompanhamento desta atividade e das alterações previstas, com vista a assegurarem uma correta e prudente avaliação dos seus colaterais e ativos imobiliários e de promoverem as iniciativas necessárias à redução das suas carteiras no menor espaço de tempo possível.

O mercado imobiliário como um todo também beneficia de toda uma maior transparência e uniformidade nas práticas de avaliação, uma vez que os bancos, como detentores de grandes portfólios de ativos imobiliários mas também no seu papel de financiador, poderão transmitir a todos os “players” uma maior confiança na estabilidade do setor e suas melhores práticas.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

MERCADOS

Investifino reduz participação na Soares da Costa A Investifino reduziu a participação na Soares da Costa para um nível inferior a dois terços dos direitos de voto, em resultado da venda em bolsa de 6 657 301 ações representativas de 4,16% do capital social. “Em resultado desta alienação, a sociedade passou a deter um total de 106 645 381 ações representativas de 66,65% do capital social e direitos de voto da grupo Soares da Costa, SGPS, SA”, refere um comunicado enviado à CMVM.

Crédito Agrícola com campanha de crédito pessoal

A campanha decorre até 2 de maio nas agências do Crédito Agrícola.

O Crédito Agrícola lançou, na segunda-feira (3 de fevereiro) a campanha CA Vida Ativa. A decorrer até 2 de maio nas agências do Crédito Agrícola, esta é constituída por um crédito pessoal e por três pacotes compostos por seguros de saúde e proteção, seguros de proteção à família e seguros de capitalização.

Desenhada para clientes entre os 31 e os 54 anos esta campanha tem como produto base o crédito pessoal Especialmente desenhada pa-ra clientes entre os 31 e os 54 anos, esta campanha tem como produto base o crédito pessoal, com montantes até aos 30 mil euros e prazos até 120 meses.

Com uma TAEG de 13,140%, a taxa de juro varia em função da relação comercial com o banco.

A oferta engloba ainda três pacotes de seguros: pacote saúde e proteção (CA CliniCard, CA Acidentes Pessoais), pacote seguros de proteção à família (Proteção Família, CA Vida Plena, CA Responsabilidade Civil Familiar, CA Proteção Livre, CA Habitação) e pacote capitalização (CA Poupança Ativa, CA PPR). A subscrição destas ofertas resultará numa redução da taxa de juro do crédito pessoal.

Espírito Santo Portugal Ações melhor fundo do Euronext Lisbon Awards O Espírito Santo Portugal Ações - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Ações, gerido pela ESAF – Espírito Santo Fundos de Investimento Mobiliário, foi eleito o melhor fundo de ações nacionais na categoria de fundos de investimento e fundos de pensões abertos que investem em ações portuguesas, nos prémios Euronext Lisbon. Este reconhecem entidades que se distinguiram em 2013 pelo seu contributo para o desenvolvimento do mercado de capitais.

INDICA O PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA IFIC, PEDRO ALVES

Montepio Crédito cresce a O Montepio Crédito obteve, em 2013, uma produção de 115 milhões de euros, 52% superior ao volume do exercício anterior. A IFIC registou, segundo o seu presidente do conselho de administração, Pedro Alves, um crescimento acima do mercado e regista um ganho de quota de mercado.

2013 foi o ano em que houve a mudança de designação de Finicrédito para Montepio Crédito, operada após a aquisição do Finibanco pelo Montepio. Pedro Alves faz um balanço positivo da mudança.

“Os resultados são encorajadores. A marca Montepio é forte e a mudança de denominação ajudanos a credibilizar o relacionamento com os nossos parceiros”, indica, em entrevista à “Vida Económica”.

AQUILES PINTO aquilespinto@vidaeconomica.pt

Vida Económica – 2013 foi o primeiro ano completo com a designação Montepio Crédito. O balanço da mudança é positivo?

Pedro Alves – Nós alterámos a designação de Finicrédito para Montepio Crédito em janeiro [de 2013], precisamente.

Os resultados são encorajadores. A marca Montepio é forte e a mudança de denominação ajuda-nos a credibilizar o relacionamento com os nossos parceiros.

VE – Em termos de produção, como foi 2013 para o Montepio Crédito?

PA – Nós fechámos 2012

com uma produção na ordem dos 75 milhões de euros e tivemos, em 2013, um aumento de 52%, para 115 milhões de euros, o que atesta a nossa maior capacidade de responder às necessidades dos nossos parceiros e da leitura que fizemos do mercado. A nossa atividade estava muito concentrada no financiamento automóvel e diversificámos para outras áreas em que estávamos presentes, mas nas quais intensificámos a presença.

VE – Quais foram essas áreas?

PA – Foi a nível dos transportes de mercadorias, na área da logística e na área dos equipamentos industriais.

VE – Qual era, em traços gerais, a distribuição da vossa produção por áreas até ao fim de 2012 e qual é agora?

PA – Em termos de quota de produção, tínhamos uma produção muito próxima dos 80% em automóvel e os restantes 20% dispersos por diversas áreas. Hoje, a nossa produção automóvel anda na casa dos 55%.

VE – Isto num ano em que houve um ligeiro crescimento nas vendas de automóveis em Portugal.

PA – O ano de 2013 pode dividir-se em dois ritmos. Um primeiro semestre ainda com um mercado automóvel estagnado e mesmo a retrair e um segundo semestre em que há uma recuperação significativa. Em termos de evolução do crédito ao consumo, e os dados da ASFAC [Associação de Instituições de Crédito Especializado] atestam isso, a produção no primeiro semestre caiu face a 2012, cerca de 6%, e no segundo semestre houve uma variação homóloga positiva de 8,5%. No que diz respeito ao financiamento a empresas, nomeadamente equipamentos e veículos pesados de mercadorias, o segundo semestre tem um comportamento muito favorável, sobretudo o último trimestre, muito por via dos incentivos fiscais que foram introduzidos no mercado. Portanto, o supercrédito fiscal ao investimento teve repercussões na evolução do financiamento para as empresas.

“O Montepio Crédito tem um crescimento acima do mercado e regista um ganho de

“Tínhamos uma produção muito próxima dos 80% em automóvel e os restantes 20% dispersos por diversas áreas. Hoje, a nossa produção automóvel anda na casa dos 55%”

VE – Como é que o desempenho do Montepio Crédito em 2013 compara com as restantes IFIC a operar em Portugal?

PA – É francamente favorável. Em termos de ASFAC, a nossa quota de mercado no crédito clássico nos veículos automóveis sobre de 6,5% em 2012 para 9% em 2013, tendo passado de nono para quarto lugar. Em termos de ranking da ALF [Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting], passámos de uma quota de 3,7% em 2012 para 5% em 2013. Se nos concentrarmos apenas nos veículos pesados, a quota de mercado atinge 11% em 2013. Em produção, crescemos os 52% que já lhe referi. Se olharmos para o leasing

33

SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

MERCADOS

Direct é a melhor seguradora para trabalhar

Millennium bcp trouxe Kenneth Frampton a Lisboa

A Direct é a melhor empresa para trabalhar no setor financeiro e segurador, segundo um estudo realizado anualmente pela Accenture e pela revista Exame que elege as 100 melhores empresas para trabalhar em Portugal. No ranking global, a Direct ficou posicionada em 24.º lugar, o que significa uma subida de 31 posições face ao ano anterior.

Já em 2012 a companhia tinha sido considerada a melhor seguradora para trabalhar no segmento B2C.

Kenneth Frampton venceu a terceira edição do Prémio Carreira Trienal de Lisboa Millennium bcp. Recorde-se que este prémio distingue o indivíduo ou atelier cujo trabalho e ideias influenciem a prática e o pensamento da arquitetura. Nascido no Reino Unido em 1930, Frampton é graduado em Arquitetura pela Architectural Association School of Architecture de Londres e atualmente é Professor Ware de Arquitetura.

cima do mercado “O mercado tinha, em setembro de 2013, com base nos dados do Banco de Portugal um crédito vencido, um rácio de 12,8%, enquanto o Montepio Crédito rondava os 11%”

quota de mercado”, refere Pedro Alves.

mobiliário, cresce 42% quando o mercado cresce 9% e em termos de crédito clássico, temos um crescimento superior a 50% quando o mercado cai.

Portanto, o Montepio Crédito tem um crescimento acima do mercado e regista um ganho de quota de mercado.

VE – Quais são as perspetivas para 2014?

PA – São moderadamente otimistas, uma vez que os indicadores de evolução das condições de financiamento na economia portuguesa ainda não estão totalmente estabilizados.

Diria que poderemos percorrer três etapas. Uma primeira etapa que já estamos a sentir desde o último trimestre de 2013 e que vai durar mais alguns meses,

em que há uma perspetiva de confiança por parte dos agentes económicos que não havia antes. Portanto, volta a haver alguma disponibilidade para investimento e consumo. Depois, haverá uma segunda etapa, em que, com a estabilização das condições de financiamento do mercado, poderemos voltar a ver um crescimento do financiamento a empresas e a particular. Uma terceira etapa, essa mais difícil de concretizar e em relação à qual ainda existem muitas incertezas relativamente à sua concretização, já obedecerá à necessidade de termos do ponto de vista político e macroeconómico uma definição muito clara daquilo que pretendemos em termos de estratégia de desenvolvimento do país. A partir do momento em que haja um consenso sobre essa estratégia, haverá, naturalmente, condições diferentes a nível macroeconómico para haja investimento por arte dos agentes internos e também investimento direto estrangeiro.

Mas esse, repito, é um cenário de que ainda estamos longe.

VE – Tendo em conta esta melhoria dos indicadores, o crédito malparado poderá baixar?

PA – O Montepio Crédito compara muito bem com o crédito vencido no mercado. O mercado tinha, em setembro de 2013, com base nos dados do Banco de Portugal um crédito vencido, um rácio de 12,8%, enquanto o Montepio Crédito rondava os 11%. Em termos globais, 2013 ainda foi um ano muito difícil, tanto nos particulares como nas empresas. Estou

convencido que 2014 poderá ser um ano de estabilização desta variável. Aliás, tratando-se de um rácio, com alguma evolução do crédito concedido, poderá ser mais favorável para o setor. Agora, como somos uma economia aberta e temos muita interação com o exterior, a evolução vai ser heterogénea e primeiro serão as empresas que trabalham com os mercados exteriores. A taxa de desemprego continua muito elevada e esse é um fator que contribui negativamente para a evolução do crédito vencido. Havendo uma estabilização do desemprego e alguma reanimação económica, o cenário pode inverter-se. Mas é como já disse, as perspetivas são muito moderadamente otimistas.

VE – Em qualquer dos casos, este mercado dificilmente voltar a níveis pré-2008.

PA – Deixe-me fazer uma análise a uma das principais variáveis de composição do consumo no PIB, que é o automóvel. Em Portugal venderam-se, em 2010, cerca de 250 mil viaturas. 2013 fechou com cerca de 117 mil unidades. Ou seja, praticamente metade. Temos de ter em conta que o parque automóvel envelheceu nos últimos anos, mas as necessidade de mobilidade continuam a existir, o que aconteceu é que os particulares e as empresas adiaram renovações. Ora, nas empresas, estão a terminar os contratos das frotas que foram adquiridas em 2010, pelo que é provável que haja alguma renovação de frotas em 2014. Com a retoma de compra por parte das gestoras de frotas e com a colocação de veículos usados com quatro, cinco anos – em 2013 houve escassez de produto automóvel usado no mercado automóvel – pode haver melhorias nessa área. Além disso, recordo o que lhe disse sobre as perspetivas de evolução retoma da economia nacional. Falar de valores como os valores como o princípio do século, em que se venderam cerca de 400 mil viaturas por ano em Portugal, é difícil regressar. Mas voltar a valores entre 150 mil e 200 mil viaturas por ano, é possível.

Não estou em crer que vá acontecer já em 2014, mas é possível que a partir de 2015 haja condições para isso.

SALVADOR NOBRE DA VEIGA account manager XTB

“Yellen” for help!

Como se sabe, os mercados nos últimos três ou quatro anos têm vindo a apresentar retornos bastante positivos, incluindo no último ano um retorno superior a 35%, acumulando um ganho de 180% desde os mínimos alcançados em Março de 2009.

Podemos dizer que um dos principais responsáveis deste Bull Market tem sido a política monetária seguida pela Reserva Federal Americana, liderada por Ben Bernanke, através dos inúmeros programas de estímulo e de compra de activos directamente nos mercados.

O último programa, mais conhecido como QE3, chegou a ter montantes de compras mensais no valor de 85 mil milhões de dólares, algo que como temos visto tem um impacto bastante positivo nos mercados. Podemos inclusive afirmar, que os mercados, ao vislumbrarem o medo visível por parte dos responsáveis das entidades em questão, acabam por subir sempre na expectativa de que na eventualidade de quedas, a Reserva Federal dirá presente e impulsione novamente os mercados na presença dessa necessidade.

O mandato de Bernanke terminou e cabe agora a Janet Yellen, a primeira presidente do sexo feminino a liderar os destinos da FED, abordar as questões do testemunho deixado por Ben Bernanke. À medida que o tapering vai avançando, tendo havido uma diminuição para os actuais 65 mil milhões mensais, e sem perspectiva do ritmo de

diminuições vir a alterar, de acordo com alguns líderes de bancos federais americanos, os mercados poderão apresentar sinais de stress dado que o factor que os impulsionava até então – as compras massivas por parte da Reserva Federal – terão tendência a diminuir e portanto um montante mais reduzido de suster o mercado.

As quedas recentes nos mercados, podem vir a por à prova a palavra dos responsáveis da Reserva Federal, ao demonstrarem compromisso no tapering, dado que até aos dias de hoje, todas as quedas substanciais nos mercados tem sido respondidas com novos programas de estímulo por parte do banco central.

Estamos portanto actualmente a presenciar uma espécie de jogo de “bluff ”, que acredito, caso a FED continue o seu tapering, os mercados ressentir-se-ão do mesmo, com quedas mais pronunciadas.

Aliando estes factores, às métricas actuais de mercado, do qual este se encontra em níveis historicamente vistos como estando caro, poderá ser este um catalizador para o fim ou interregno do Bull Market que se vive desde 2009 nos Estados Unidos.

A performance recente dos mercados, pode ser um sinal de grito de ajuda (“Yelling for Help”) que estes clamam à recém anunciada presidente da Reserva Federal.

POR INDICAÇÃO DO AUTOR, ESTE ARTIGO NÃO SEGUE AINDA O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Banco Best lança fundos da Neuberger Berman em Portugal O Banco Best introduziu na sua oferta 40 fundos da sociedade gestora de ativos norte-americana Neuberger Berman. Estes produtos de investimento chegam pela primeira vez ao mercado nacional pela mão do Best e incluem 15 diferentes estratégias em obrigações de emergentes e no segmento High Yield.

Rui Castro Pacheco, Head of Asset Management do Banco Best, sublinha a oportunidade deste lançamento num contexto de dificuldade em gerar valor no mercado obrigacionista, fruto das baixas taxas de juro que se praticam atualmente: “Duas das componentes do mercado de obrigações onde ainda se encontram yields atrativas são os mercados emergentes e o High

Yield, precisamente duas áreas onde a Neuberger Berman é muito forte”.

Com um historial de 75 anos, a Neuberger Berman conta atualmente com cerca de 242 mil milhões de dólares em ativos sob gestão, sendo os fundos de High Yield e High Yield Short Duration, que compõem parte da sua oferta, considerados atualmente dos melhores do mercado.

Em maio do ano passado, a Neuberger Berman contratou uma nova equipa de gestores de obrigações emergentes e passou a contar com 22 profissionais. Com este lançamento, o Banco Best passa a disponibilizar 40 novos fundos em múltiplas moedas e com distribuição de rendimentos.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

MERCADOS

ARAC celebra protocolo com a Sabseg Seguros

Abertura de Financial Advisor Office em Vila Verde

A ARAC – Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor celebrou com a Sabseg Seguros um protocolo. Este tem como objetivo “a criação de valor para todas as empresas associadas, quer ao nível da consultadoria, através da criação do gabinete de apoio ao associado para a gestão de riscos e tratamento de processos referentes a qualquer tipo de sinistros com atendimento personalizado e especializado, bem como o desenvolvimento de produtos e serviços especificamente desenvolvidos para o rent-a-car e demais setores representados pela ARAC”.

O Banco Best abriu, na terça-feira (dia 4) um Financial Advisor Office em Vila Verde. Estes são espaços de acompanhamento a clientes geridos por promotor do banco. “Através da presença em Vila Verde com um Financial Advisor Office, espaço agora aberto pelo agente vinculado do Best, pretende-se dar resposta às necessidades da população de Vila Verde e área envolvente em termos da oferta disponível para aplicação das suas poupanças e diversificação dos seus investimentos”, refere Adelino Mendes, diretor comercial do Banco Best.

A NOSSA ANÁLISE

BIC Sénior reforça aposta no segmento dos “maduros ativos” O Banco BIC Portugal anunciou, recentemente, os “Prémios Banco BIC Sénior” com o objetivo de homenagear os séniores que durante o ano passado tenham desenvolvido uma atividade de excelência em diferentes categorias profissionais. Mira Amaral, o CEO da instituição financeira, realçou a importância dos produtos destinados a este target.

Incremento patrimonial Para quem consegue incrementos patrimoniais, o BIC disponibiliza o Depósito Extra a um ano, com uma taxa bruta de 2,9% para um mínimo de 100 mil euros. O “Depósito Extra” destina-se apenas a novos recursos, sendo que os juros são creditados na conta à ordem na data do vencimento. Neste depósito a prazo não são aceites mobilizações parciais, pelo que em caso de necessidade de fundos o cliente verá a conta ser liquidada e o valor em depósito transferido para a conta à ordem. A penalização de juros será total.

VITOR NORINHA agenda@vidaeconomica.pt

O depósito a prazo BIC Sénior, exclusivo para cliente com conta BIC Sénior apresenta uma taxa bruta anualizada de 2,4% para montantes acima dos 50 mil euros. Entre os 2500 euros (mínimo de constituição) e os 24.999 euros a TANB situa-se nos 2,1% e acima desse valor está nos 2,25%. A conta admite reforços pontuais ou planos mensais a partir dos 500 euros, permitindo a mobilização parcial ou total do capital depositado com penalização total de juros. Sempre que a conta fique abaixo dos 2500 euros, será liquidado e transferido o valor existente para uma conta à ordem.

Um aspeto relevante respeita à mobilização e à perda total de juros, o que significa que o aforrador deve perceber quais são as suas necessidades durante o período do contrato para evitar perder rendimento.

O BIC tem vindo a apostar neste seg-

O depósito a prazo Poupança Mais do Banif a cinco anos tem uma taxa média bruta é de 3,95%.

mento para clientes a partir dos 55 anos, entendendo que se está perante um núcleo com rendimentos e poupanças assinaláveis. Mira Amaral aproveitou o recente lançamento dos prémios para reforçar o facto de haver uma clara tendência de prolongamento da vida ativa profissional para lá dos 65 anos, e que se está a potenciar a formação de um novo cluster a nível do negócio bancário, dirigido ao segmento dos “maduros ativos”. O conjunto de produtos que compõem o “Programa Sénior” do Banco BIC tem por base a “Conta BIC

Mudanças na Gestão do Barclays Iberia O Barclays anunciou que Claudio Corradini foi nomeado CEO do Barclays Retail and Business Banking (operação de retalho) na Ibéria, com efeito imediato. Claudio Corradini era, desde setembro de 2012 e até este momento, o CEO do Barclays Retail and Business Banking em Itália. A nomeação de um Country Manager para Portugal está em curso e o Barclays espera poder confirmar essa nomeação em breve.

Até esse anúncio, António Seixas, Teresa Mota e António Castro serão nomeados, com efeito imediato, membros da gerência, o corpo de gestão da sucursal portuguesa do Barclays, juntando-se a Carlos Brandão. Na sequência desta nomeação, o Barclays anuncia também a saída de Peter Mottek como co-CEO do RBB Ibéria e country manager do Barclays em Portugal.

“O Barclays tem uma forte presença na

Europa e uma posição de mercado importante na Ibéria, num momento em que focamos o nosso negócio no serviço aos Clientes Premier. Estou muito satisfeito por aceitar estas funções neste momento e é com entusiasmo que inicio esta liderança nesse sentido”, referiu Claudio Corradini.

Curt Hess, chief executive do Barclays Europe Retail and Business Banking, afirmou-se satisfeito pela nomeação de Corradini para liderar o negócio de retalho a nível ibérico, “numa altura emocionante para o Barclays”, que está focado em concretizar a estratégia de se tornar no “go-to premier bank” na Europa. “No ano passado, o Barclays Ibéria trabalhou com uma estrutura interina com um único CEO tanto em Portugal como em Espanha, que provou ser bem sucedida e que permitiu maior colaboração entre as equipas”, acrescentou Hess.

Sénior” e inclui uma multiplicidade de serviços, destacando-se o “Depósito BIC Sénior”.

A conta BIC Sénior sem crédito de vencimento e a conta BIC Sénior com crédito de vencimento são contas à ordem exclusivas para clientes a partir dos 55 anos e que envolvem uma comissão e quatro euros mensais. A conta pode ser gratuita mas implica a domiciliação do ordenado ou pensão com um valor mínimo de 750 euros ou que detenha recursos superiores a 35 mil euros na instituição.

Portucel cresce com integração da Soporgen As vendas consolidadas do grupo Portucel em 2013 totalizaram 1530,6 milhões de euros em 2013, cerca de 29 milhões de euros acima do valor registado em 2012. “Este aumento deveu-se, por um lado, ao contributo positivo do negócio da pasta e, por outro, ao desempenho da área de energia. Importa salientar, no entanto, que, em 2013, as vendas de energia estão positivamente influenciadas pela consolidação integral da Soporgen, empresa de cogeração de gás natural no complexo industrial da Figueira da Foz”, refere o grupo, em comunicado enviado à CMVM. A mesma nota realça que “o englobamento da Soporgen dentro do perímetro de consolidação do grupo teve também um impacto materialmente relevante ao nível dos custos, ao provocar um aumento global, em particular nos custos com o gás natural”.

Neste enquadramento, o EBITDA conso-

lidado em 2013 foi de 350,5 milhões de euros, o que representa uma redução de 9,1% relativamente a 2012 e traduz uma margem EBITDA/vendas de 22,9%, inferior em 2,8 pontos percentuais à registada no ano anterior. Os resultados operacionais situaram-se em 233,7 milhões de euros, menos 18,3% que no ano anterior. Os resultados financeiros situavam-se no fim de 2013 num valor negativo de 14,1 milhões de euros, comparando com um valor também negativo de 16,3 milhões de euros em 2012. Os resultados financeiros em 2013 foram beneficiados em 8,7 milhões de euros devido à anulação de juros compensatórios de igual montante, decorrente do programa de regularização de dívidas fiscais. O resultado líquido consolidado do período situou-se em 210 milhões de euros, em linha com o resultado de 211 milhões de euros obtidos no ano de 2012.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

MERCADOS

DAX 30 - ANĂ LISE DE LONGO PRAZO

PSI-20 - ANĂ LISE DE LONGO PRAZO 'DLO\ 4 36,

2XWXEUR 1RYHPEUR

'H]HPEUR

-DQHLUR

)HY

'DLO\ 4 *'$;,

O PSI 20 deu continuidade ao movimento descendente, mas este foi travado junto de uma forte zona de suporte constituída pelos 6500 pontos, juntamente com uma linha de tendência ascendente de mÊdio prazo. O índice reagiu em alta e estå jå a transacionar acima dos 6680 pontos, um nível que tinha atuado anteriormente como resistência, dispondo agora de espaço para avançar atÊ aos 6925 pontos. Caso volte a quebrar em baixa os 6680 pontos, poderå recuar novamente atÊ à linha de tendência ascendente.

1RYHPEUR

'H]HPEUR

-DQHLUR

)HY

O movimento de correção em baixa do DAX manteve um ritmo signiďŹ cativo, com uma tentativa de inversĂŁo a nĂŁo ser suďŹ ciente para travar a força descendente. O Ă­ndice alemĂŁo encontrou por agora suporte junto dos 9070 pontos, a Ăşltima barreira antes do nĂ­vel psicolĂłgico dos 9000 pontos. Se conseguir formar uma base nesta zona, o DAX poderĂĄ retomar o movimento de alta, sendo que do lado superior enfrenta agora uma zona sem resistĂŞncias tĂŠcnicas signiďŹ cativas atĂŠ aos 9400 pontos.

NUNO ROLLA nunorolla@imf.pt

Eur/Usd com viĂŠs de baixa no curto prazo

FILIPE GARCIA

MERCADO MONETĂ RIO INTERBANCĂ RIO

ďŹ lipegarcia@imf.pt

Inação, crÊdito e M3 pressionam BCE

EUR/USD 'DLO\ 4(85

Semana bastante agitada no que a taxas de juro diz respeito, com a grande maioria das referĂŞncias a curto e a mĂŠdio prazo a caĂ­rem de forma inequĂ­voca. Começando pelo curto prazo, hĂĄ que destacar a queda das Euribor, que aparentam ter invertido a tendĂŞncia de subida gradual, estando as referĂŞncias a 3 e 6 meses jĂĄ afastadas dos 0,30% e 0,40%, respetivamente. Na base desta queda esteve a divulgação de alguns dados que suscitam expectativas de atuação por parte do BCE. O primeiro dado relevante prende-se com o crescimento anual do agregado monetĂĄrio M3, que se ďŹ cou por 1% em Dezembro quando no mĂŞs anterior havia subido 1,5%.

TambĂŠm os emprĂŠstimos ao sector privado voltaram a cair 2,3% em termos anuais, signiďŹ cando que o dinheiro teima em nĂŁo uir para a economia real. No fecho da semana foi divulgada a inação de 0,7%, quando os analistas esperavam uma subida de 0,8% para 0,9%.

Nota-se que os bancos interromperam o processo de devolução de fundos obtidos atravĂŠs dos programas de LTRO, o que ajuda a manter o excesso de liquidez perto dos J185 mil milhĂľes, longe dos mĂ­nimos de J 130 mil milhĂľes observados hĂĄ 3 semanas. Se O BCE optar por nĂŁo esterilizar as compras de obrigaçþes que fez no passado, tal signiďŹ carĂĄ a entrada de cerca de J 175 mil milhĂľes a mais no sistema, suďŹ ciente para levar a Euribor 3 meses ao intervalo 0,20%-0,25%.

No que respeita a dados econĂłmicos, a Europa parece estar agora em contraciclo com os outras regiĂľes. Os Ă­ndices de atividade de janeiro saĂ­ram positivos e esta semana a Alemanha reportou uma subida de mais de 6% nas vendas automĂłveis, se bem que, na opiniĂŁo de alguns analistas, tal ďŹ ca-se a dever a uma polĂ­tica agressiva de descontos que tem vindo a sacriďŹ car o lucro por

viatura.

Registou-se tambĂŠm uma forte queda nas taxas ďŹ xas, decorrente da subida das obrigaçþes de tesouro alemĂŁs. Esta queda estĂĄ claramente associada a um evento de fuga ao risco e procura de refĂşgio, sendo que desta vez foram os mercados emergentes e os acionistas a provocar a situação.

Para jĂĄ, os mercados perifĂŠricos nĂŁo tĂŞm sido afetados, notandose que nos Ăşltimos tempos os tĂ­tulos destes paĂ­ses tĂŞm vindo a ser encarados mais como um “produto de taxaâ€? e menos com um “produto de crĂŠditoâ€?. Apesar de uma correção generalizada nos principais Ă­ndices de crĂŠdito, as obrigaçþes de Espanha e de ItĂĄlia estĂŁo muito perto de bater um importante suporte no prazo de 10 anos, o que ilustra a redução da associação ao risco que os investidores ďŹ zeram nestes ativos.

AnĂĄlise produzida a 5 de fevereiro de 2014

EVOLUĂ‡ĂƒO EURIBOR (EM BASIS POINTS) 05.fevereiro 14

15.julho13

05.agosto13

1M

0.223%

0.122%

0.101

0.128%

0.095

3M

0.287%

0.219%

0.068

0.227%

0.060

1Y

0.548%

0.522%

0.026

0.535%

0.013

FUTUROS EURIBOR

TAXAS EURIBOR E REFI BCE

Data March 14 April 14 May 14 September 14 December 15 June 17

3 Meses ImplĂ­cita 0,245% 0,235% 0,220% 0,235% 0,475% 1,255%

CONDIÇÕES DOS BANCOS CENTRAIS Minium Bid* 0,25% BCE Lending Facility* 0,75% Deposity Facility* 0,00% *desde 7 de novembro 2013

EUA R.Unido Brasil JapĂŁo

YIELD 10 ANOS PORTUGAL J <L HO G

FED Funds Repo BoE Taxa Selic Repo BoJ

0,25% 0,50% 10,50% 0,10%

EURO FRAâ&#x20AC;&#x2122;S Forward Rate Agreements Tipo* Bid Ask 0,237 0,277 1X4 0,212 0,252 3X6 0,335 0,375 1X7 0,332 0,352 3X9 0,338 0,378 6X12 0,615 0,635 12X24 *1x4 â&#x20AC;&#x201C; PerĂ­odo termina a 4 Meses, com inĂ­cio a 1M

EURO IRS InterestSwapsvs Euribor 6M Prazo Bid Ask 0,432 0,442 2Y 0,576 0,586 3Y 0,999 1,009 5Y 1,573 1,583 8Y 1,867 1,877 10Y

Obrigaçþes

$XWR

4 4

4

4 4

Fontes: Reuters e IMF

5Y 4,04 2,14 0,99 0,65 2,26 1,57 1,49 0,20

10Y 5,00 3,73 2,24 1,64 3,77 2,71 2,67 0,60

1RYHPEUR

'H]HPEUR

Eur/Usd O Eur/Usd voltou a atravessar um ciclo negativo (seis sessĂľes consecutivas a recuar), que o levaram a quebrar os suportes a 1,3550 e 1,3505 dĂłlares. O par formou um novo mĂ­nimo relativo mais baixo, sendo que o movimento foi interrompido apenas nos 1,3475 dĂłlares. Estes constituem agora a primeira barreira a maiores quedas, seguida da linha de tendĂŞncia descendente e dos 1,3400 dĂłlares. Em alta, caso consiga ultrapassar os 1,3550 dĂłlares, a resistĂŞncia tĂŠcnica mais importante situa-se apenas na zona dos 1,3730 dĂłlares.

Eur/Jpy Ao segundo teste efetuado, o Eur/Jpy quebrou em baixa o suporte dos 139 ienes (agora resistĂŞncia mais prĂłxima). Seguiu-se uma linha de tendĂŞncia descendente formada pelos mĂ­nimos relativos menores desde o inĂ­cio 05/fev/14

-DQHLUR

)HY

de janeiro, cuja quebra despoletou uma queda mais signiďŹ cativa. Caso deixe para trĂĄs tambĂŠm os 135 ienes, o par poderĂĄ entrar numa â&#x20AC;&#x153;nova faseâ&#x20AC;? e voltar a transacionar dentro da banda de variação em que seguiu maioritariamente no trimestre passado, entre os 131 e os 135,50 ienes.

Eur/Gbp Depois de registar um mĂ­nimo relativo mais alto nas 0,8185 libras, o Eur/Gbp reagiu em alta e quebrou uma linha de resistĂŞncia formada pelos mĂĄximos relativos desde dezembro cada vez mais baixos. Ainda assim, o par estĂĄ a demonstrar alguma diďŹ culdade em ultrapassar a zona das 0,8305 libras, que jĂĄ revelou a sua importância inĂşmeras vezes no passado. Se o ďŹ zer, as 0,8350 libras formam a resistĂŞncia seguinte.

Caso contrĂĄrio, poderĂĄ ďŹ car vulnerĂĄvel a uma nova aproximação Ă s 0,8165/85 libras.

Var. Semanal (%)

Var. a 30 dias (%)

Var. desde 1 jan (%)

EUR/USD

1,3543

-0,23%

-0,43%

-1,80%

EUR/JPY

136,78

-1,79%

-3,87%

-5,49%

EUR/GBP

0,8322

1,02%

0,23%

-0,18%

EUR/CHF

1,2222

-0,09%

-0,79%

-0,44%

EUR/NOK

8,4580

-0,12%

0,81%

1,14%

EUR/SEK

8,8290

-0,06%

-0,45%

-0,34%

EUR/DKK

7,4624

0,00%

0,04%

0,04%

EUR/PLN

4,1944

-0,87%

0,43%

0,97%

EUR/AUD

1,5174

-1,84%

-0,22%

-1,61%

EUR/NZD

1,6469

-0,93%

0,23%

-1,75%

EUR/CAD

1,4976

-1,32%

3,31%

2,08%

EUR/ZAR

15,0360

-1,53%

3,18%

3,23%

EUR/BRL

3,2697

-0,78%

0,92%

0,37%

36

SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

MERCADOS

Crédito Agrícola patrocina Portugal Fresh na Fruit Logística Millennium bcp atenuou prejuízo O grupo Crédito Agrícola, em parceria com a Associação Portugal Fresh, participa na “Fruit Logística”, a maior feira de comércio do mundo para o setor das frutas e legumes, que se realiza em Berlim, desde quarta-feira (dia 5) até hoje (dia 7), que contou com a participação de mais de duas mil empresas, 30 das quais portuguesas. Em 2013, o certame contou com 56 mil visitantes de 130 países.

TÍTULOS EURONEXT LISBOA

O resultado líquido consolidado do Millennium bcp em 2013 foi de -740 milhões de euros, comparando com -1219 milhões de euros em 2012. “O custo dos juros para remunerar os instrumentos de dívida emitidos no contexto da ajuda do Estado e encargos com provisões e imparidades penalizaram os resultados líquidos”, segundo os analistas da XTB Portugal.

PAINEL BANCO POPULAR

PAULO ROSA Trader da GoBulling

Título

Última Cotação

Variação Semanal

Máximo 52 Mínimo 52 EPS Est Sem Sem Act

EPS Est Fut

PER Est Act PER Est Fut Div. Yield Ind Div. Yield Est

Data Atl

Hora Atl

ALTRI SGPS

2,451

0,41%

2,628

1,550

0,262

0,225

9,355

10,893

1,02%

1,02%

05-02-2014

16:36:34

B. COM. PORT.

0,183

7,65%

0,195

0,073

0,000

0,013

--

14,077

--

3,83%

05-02-2014

16:39:36

B.ESP. SANTO

1,105

-4,33%

1,298

0,520

-0,109

0,014

--

78,929

--

0,00%

05-02-2014

16:37:59

BANIF-SGPS

0,012

-0,84%

0,142

0,007

--

--

--

--

--

--

05-02-2014

16:37:24

B. POP. ESP.

#N/A N.A.

-

4,490

2,350

0,244

0,427

16,270

9,297

--

0,00%

#N/A N Ap

#N/A N Ap

BANCO BPI

1,527

-0,84%

1,573

0,745

0,075

0,114

20,360

13,395

--

0,00%

05-02-2014

16:37:04

COFINA,SGPS

0,637

2,41%

0,680

0,378

0,045

0,055

14,156

11,582

1,57%

1,57%

05-02-2014

16:36:02

CORT. AMORIM

2,490

3,75%

2,500

1,694

0,230

0,260

10,826

9,577

4,02%

6,02%

05-02-2014

16:08:28

CIMPOR,SGPS

2,640

-2,22%

3,540

2,320

0,385

0,445

6,857

5,933

0,61%

6,06%

05-02-2014

16:35:00

EDP

2,772

-0,54%

2,882

2,215

0,271

0,244

10,229

11,361

6,67%

6,85%

05-02-2014

16:35:00

EDPR

4,250

0,74%

4,541

3,574

0,158

0,160

26,899

26,562

--

1,04%

05-02-2014

16:35:00

MOTA ENGIL

4,489

-2,84%

5,500

1,690

0,292

0,383

15,373

11,721

2,45%

2,61%

05-02-2014

16:35:00

ESF GROUP

4,917

-1,27%

5,372

4,750

--

--

--

--

--

--

05-02-2014

16:35:00

GALP ENERGIA

11,150

-5,23%

13,400

10,200

0,350

0,438

31,857

25,457

2,37%

2,48%

05-02-2014

16:36:16

IMPRESA,SGPS

1,400

-3,45%

1,560

0,410

0,060

0,090

23,333

15,556

--

--

05-02-2014

15:27:25

J. MARTINS

12,805

-1,92%

18,560

12,020

0,621

0,711

20,620

18,010

2,30%

2,37%

05-02-2014

16:35:00

MARTIFER

0,940

-1,05%

1,200

0,450

-0,530

-0,010

--

--

--

--

05-02-2014

16:35:00

NOVABASE

3,380

0,60%

3,680

2,260

0,190

0,220

17,789

15,364

14,79%

2,96%

05-02-2014

16:29:30

GLINTT

0,310

0,00%

0,350

0,130

--

--

--

--

--

--

05-02-2014

16:35:00

P. TELECOM

3,203

-3,38%

4,202

2,573

0,311

0,136

10,299

23,551

10,15%

4,37%

05-02-2014

16:35:00

PORTUCEL

3,010

-2,37%

3,200

2,098

0,228

0,250

13,202

12,040

5,32%

6,78%

05-02-2014

16:35:00

REDES E. NAC.

2,570

2,35%

2,613

2,047

0,220

0,220

11,682

11,682

6,61%

6,58%

05-02-2014

16:35:00

S. COSTA

0,450

-8,16%

0,730

0,150

--

--

--

--

--

--

05-02-2014

16:35:00

SEMAPA

10,000

5,23%

10,000

6,150

0,580

0,532

17,241

18,797

2,55%

2,54%

05-02-2014

16:35:00

SONAECOM

2,346

-1,92%

2,659

1,446

0,182

0,140

12,890

16,757

5,12%

3,71%

05-02-2014

16:35:00

SONAE,SGPS

1,179

-2,80%

1,282

0,631

0,024

0,048

49,125

24,562

2,81%

2,80%

05-02-2014

16:35:00

SONAE IND.

0,755

-2,83%

0,889

0,408

-0,460

-0,200

--

--

--

--

05-02-2014

16:35:00

SAG GEST

0,410

-2,38%

0,540

0,160

-0,050

-0,030

--

--

--

--

05-02-2014

16:35:00

TEIX. DUARTE

0,990

-5,71%

1,440

0,360

0,070

0,140

14,143

7,071

1,52%

2,02%

05-02-2014

16:35:00

ZON OPTIMUS

4,880

-1,07%

5,595

3,025

0,166

0,201

29,398

24,279

2,46%

3,03%

05-02-2014

16:35:00

PAINEL BANCO POPULAR

TÍTULOS MERCADOS EUROPEUS Última cotação

Título

Variação semanal

Máximo 52 sem

Mínimo 52 sem

EPS Est Act

EPS Est Fut

PER Est Act

PER Est Fut

Div. Yield Ind

Div. Yield Est

Data Atl

Hora Atl

B.POPULAR

5,008

0,18%

5,675

2,320

0,244

0,427

20,525

11,728

0,80%

1,56%

05-02-2014

16:38:00

INDITEX

108

-3,74%

121,492

89,902

4,015

4,561

26,899

23,679

1,76%

2,18%

05-02-2014

16:38:00

REPSOL YPF

17,145

-2,72%

19,940

15,135

1,441

1,415

11,898

12,117

5,59%

5,74%

05-02-2014

16:38:00

TELEFONICA

11,105

-2,50%

13,135

9,466

0,975

0,979

11,390

11,343

3,15%

6,75%

05-02-2014

16:38:00

FRA. TELECOM

8,86

-1,96%

10,700

7,033

1,005

0,957

8,816

9,258

5,64%

8,66%

05-02-2014

16:35:00

LVMH

130,35

5,68%

150,050

117,800

7,846

8,722

16,614

14,945

2,38%

2,67%

05-02-2014

16:35:00

BAYER AG O.N.

94,84

-3,22%

104,350

68,640

5,732

6,481

16,524

14,614

2,00%

2,18%

05-02-2014

16:35:30

DEUTSCHE BK

35,14

-4,02%

40,000

29,410

3,692

5,001

9,488

7,005

2,14%

2,40%

05-02-2014

16:35:21

DT. TELEKOM

11,47

-6,37%

12,930

7,976

0,640

0,693

17,931

16,560

6,11%

4,53%

05-02-2014

16:35:07

VOLKSWAGEN

178,1

-2,89%

197,950

131,300

20,108

23,075

8,850

7,712

1,97%

2,35%

05-02-2014

16:35:02

ING GROEP

9,952

-0,68%

11,040

5,521

0,881

1,064

11,296

9,353

--

0,00%

05-02-2014

16:35:00

Facebook: 10 anos de vida e quase dois anos de bolsa O Facebook, fundado em fevereiro de 2004 por Mark Zuckerberg e alguns colegas de Faculdade, celebrou esta semana o seu 10º aniversário.

A 18 de maio de 2012 estreou-se em bolsa, através de Oferta Pública de Venda (OPV), ao preço de 38 dólares. Nesse mesmo dia a cotação atingiu um máximo de 45 dólares, mas, nas sessões seguintes e até ao início de setembro desse ano, a cotação do Facebook registou um mínimo histórico nos 17,73 dólares. Como se pode observar no Gráfico 1, o título teve um comportamento pouco animador e só a partir de novembro de 2012 encetou uma subida, ainda que ténue, até finais de Julho de 2013, momento a partir do qual teve uma subida significativa de cerca de 130% até hoje, com os consecutivos resultados trimestrais divulgados a surpreenderem pela positiva os analistas. Neste período, o índice S&P 500 subiu 3%.

Desde 18 de Maio de 2012 até ao final desse ano, de realçar a correlação negativa entre a cotação do Facebook, com uma queda de 30%, e o desempenho do S&P 500, com uma subida de 10%. A diminuição bastante acentuada das receitas, dos resultados líquidos, dos cash flows operacionais (EBITDA) e o aumento da dívida acabaram por ter um reflexo negativo na cotação do Facebook em 2012. O PER (Price Earning Ratio) nesse ano atingiu o incrível valor de 1973. O PER é um dos rácios mais simples para a avaliação de uma empresa. É um indicador utilizado para analisar o valor de uma ação e espelha a relação entre o seu preço e os lucros da empresa. Quanto mais elevado for, mais cara está a ação ou, então, as expectativas para o crescimento dos resultados da empresa têm que ser significativamente elevadas.

A OPV do Facebook foi a maior de sempre de uma empresa tecnológica e de uma empresa de internet, tendo o valor alcançado os 104 mil milhões de dólares (USD). É provável que este valor, relativamente elevado para os resultados líquidos, a que empresa foi vendida em bolsa, seja justificado com as elevadas expectativas que os investidores têm na maior rede social do mundo, mas refletiu também alguma desilusão nos primeiros meses do Facebook em bolsa.

Os utilizadores ativos têm subido muito ao longo dos anos. No entanto, estará já a crescer a ritmos decrescentes? Ainda haverá espaço para fortes crescimentos que possam trazer o PER do Facebook para valores aceitáveis de 20 ou 25 para uma empresa de internet madura? Ainda haverá margem de crescimento nos países desenvolvidos e emergentes?

Há poucas semanas, surgiram especulações sobre a data da morte do Facebook. Houve quem estimasse o seu fim para muito brevemente. Porém, desde o início deste ano, as ações valorizaram perto de 15%.

Os elevados múltiplos a que a empresa transaciona, aliado ao valor do Facebook de cerca de 150 mil milhões de USD, já perto das grandes capitalizações mundiais, são um alerta ao investidor para que tenha alguma cautela…

Este relatório foi elaborado pelo Centro de Corretagem do Banco Popular, telf 210071800, email: centro.corretagem@bancopopular.pt, com base em informação disponível ao público e considerada fidedigna, no entanto, a sua exatidão não é totalmente garantida. Este relatório é apenas para informação, não constituindo qualquer proposta de compra ou venda em qualquer dos títulos mencionados.

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37

SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

Exponor recebe QSP Summit em março â&#x20AC;&#x153;The Multichannel Opportunityâ&#x20AC;? serĂĄ o tema da edição deste ano da conferĂŞncia QSP Summit, que decorre no dia 13 de março, no Centro de Congressos da Exponor, e contarĂĄ com cerca de mil participantes. Esta VIII edição irĂĄ permitir â&#x20AC;&#x153;perceber o que ĂŠ que os consumidores realmente valorizam e como fazer chegar os produtos e serviços atravĂŠs do canal certo, no momento certoâ&#x20AC;?, refere o comunicado de imprensa.

EMPRESAS

RĂĄdio Comercial realiza espetĂĄculo de aniversĂĄrio em Gondomar VIRGILIO FERREIRA virgilio@vidaeconomica.pt

â&#x20AC;&#x153;ParabĂŠns in the nightâ&#x20AC;? ĂŠ o tema do espetĂĄculo da RĂĄdio Comercial, que se realiza a 15 (esgotado) e a 16 (extra) de março, no PavilhĂŁo Multiusos de Gondomar, Ă s 21h30, e que assinala o 35Âş aniversĂĄrio desta estação de rĂĄdio.

Realizado com o objetivo de

â&#x20AC;&#x153;responder ao pedido dos ouvintes do norteâ&#x20AC;?, aďŹ rma Ă â&#x20AC;&#x153;Vida EconĂłmicaâ&#x20AC;? Pedro Ribeiro, diretor e animador da RĂĄdio Comercial, a escolha a norte para a celebração do aniversĂĄrio prende-se com â&#x20AC;&#x153;os inĂşmeros pedidos dos ouvintes da RĂĄdio Comercial Ă equipa das manhĂŁsâ&#x20AC;?, cumprindo assim â&#x20AC;&#x153;a promessa de fazer um concerto no nor-

teâ&#x20AC;?, Ă semelhança do realizado no passado mĂŞs de dezembro no MEO Arena, em Lisboa, com sessĂŁo esgotada.

O â&#x20AC;&#x153;ParabĂŠns in the nightâ&#x20AC;?serĂĄ uma reedição do concerto de Natal, contando mais uma vez com os animadores das ManhĂŁs da Comercial, Pedro Ribeiro, Vasco Palmeirim, Vanda Miranda, Nuno Markl e Ricardo AraĂşjo Pereira, e

alguns convidados especiais como Ana Moura, Mafalda Veiga e outros convidados que serĂŁo revelados muito em breve.

Em palco vĂŁo ser interpretados os melhores ĂŞxitos da autoria de Vasco Palmeirim, agora tambĂŠm com as novas mĂşsicas de 2014, juntamente com a participação de todos os convidados. â&#x20AC;&#x153;O humor vai estar sempre presente como jĂĄ ĂŠ

habitual quando a equipa das manhĂŁs da Comercial entra em cena.â&#x20AC;?

O Continente volta a juntar-se à Rådio Comercial, estação que, desde o verão de 2012, conquista 1,4 milhþes de ouvintes em antena e ainda um milhão de fãs no Facebook.

Os bilhetes custam 20 euros e 25 euros e estĂŁo Ă venda na Blueticket e nos locais habituais.

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SESSĂ&#x192;O DE FORMAĂ&#x2021;Ă&#x192;O GRATUITA NO EUROPARQUE

Hospital Veterinårio de Montenegro promove conhecimento sobre psicologia animal No último dia da 10ª edição do Congresso do Hospital Veterinårio de Montenegro, 9 de fevereiro, decorre pelas 14h00, no Europarque de Santa Maria da Feira, uma sessão de informação gratuita sujeita a inscriçþes e aberta a toda a população sobre psicologia animal.

Como explica LuĂ­s Montenegro, veterinĂĄrio e um dos organizadores do congresso, â&#x20AC;&#x153;esta sessĂŁo pretende transmitir de forma simples aspetos essenciais a ter em conta relacionados com o bem-estar, a saĂşde e a psicologia canina e a importância destes cuidados nos animais de companhia.â&#x20AC;?

LuĂ­s Montenegro introduz a sessĂŁo com uma palestra sobre â&#x20AC;&#x153;O bem-estar dos animais de companhia - do nascimento Ă velhiceâ&#x20AC;?, seguindo-se vĂĄrias apresentaçþes, com os veterinĂĄrios mais experientes na ĂĄrea, sobre os conceitos essenciais para mudar o comportamento dos cĂŁes, a importância dos cĂŁes na assistĂŞncia social da sociedade, a psicologia canina, a comunicação eďŹ caz com o cĂŁo e a higiene do animal. A sessĂŁo culmina no encerramento do X Congresso do Hospital VeterinĂĄrio Montenegro. â&#x20AC;&#x153;Consideramos de extrema importância a inclusĂŁo de uma sessĂŁo informativa aberta Ă população em geral, uma vez que o papel do mĂŠdico veterinĂĄrio consiste tambĂŠm em informar, sensibilizar e educar os donos para os cuidados a ter com os animais. Ă&#x2030; essencial que os interessados tenham acesso a este tipo de informação privilegiada, do que de melhor existe no nosso paĂ­s, para que a possam aplicar no seu dia-a-dia, proporcionando uma melhor qualidade de vida, tanto a si como ao seu animal.â&#x20AC;?

N OV I DA D E UMA OBRA QUE VAI CONTRIBUIR PARA O ESTUDO DA ANĂ LISE DE INVESTIMENTOS EM ATIVOS REAIS.

Autores: Eduardo SĂĄ Silva e MĂĄrio QueirĂłs PĂĄginas: 288

|

PĂĄginas: 304

P.V.P.: â&#x201A;Ź 16

|

P.V.P.: â&#x201A;Ź 16

AnĂĄlise de Investimentos em Ativos Reais â&#x20AC;&#x201C; Volume 1: Abordagem Convencional

AnĂĄlise de Investimentos em Ativos Reais â&#x20AC;&#x201C; Volume 2: AnĂĄlise de Risco e Incerteza

Neste volume sĂŁo tratados os aspetos bĂĄsicos da anĂĄlise de projetos de investimento, nomeadamente, os critĂŠrios tradicionais do VAL (Valor Atual LĂ­quido) e TIR (Taxa Interna de Rendibilidade).

O volume 2 trata os aspetos relacionados com a anålise do risco, com particular destaque para as opçþes reais.

FODPNFOEBT!WJEBFDPOPNJDB QU t

t http://livraria.vidaeconomica.pt

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R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c 4000-263 PORTO

U Solicito os dois volumes desta obra e recebo grĂĄtis o DicionĂĄrio Finanças e NegĂłcios Internacionais, no valor de 9,90 â&#x201A;Ź.

U Para o efeito envio cheque/vale nÂş , s/ o , no valor de â&#x201A;Ź , U Solicito o envio Ă cobrança. (Acrescem 4â&#x201A;Ź para despesas de envio e cobrança).

ASSINATURA

38

SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

Ford Fiesta Nº1 na Europa

AUTOMÓVEL

O Ford Fiesta foi, pelo segundo ano consecutivo, o utilitário mais vendido na Europa em 2013, com 293 663 unidades. “O Fiesta atrai tanto os clientes que procuram qualidades como um carro divertido de conduzir como aqueles mais preocupados com a eficiência no consumo de combustível que o premiado motor 1.0 EcoBoost oferece,” disse Roelant de Waard, vice-presidente, marketing, vendas e serviço da Ford Europa.

SEGUNDO OS OPERADORES PRESENTES EM PEQUENO-ALMOÇO/DEBATE COM EMPRESAS DE RENTING E RETALHISTAS

Gestoras de frota e concessionários têm As gestoras de frotas e os concessionários de automóveis têm uma relação de parceria. As empresa de renting “dão” vendas e, sobretudo, serviço aos retalhistas, enquanto estes acabam por ser um canal para as frotas mais pequenas e o particulares. Essa foi a principal conclusão do pequeno-almoço/debate que a “Vida Económica” organizou, em parceria com a ALF, no hotel Tiara Park Atlantic Porto, com gestoras de frota e retalhistas.

AQUILES PINTO aquilespinto@vidaeconomica.pt

As empresas de gestão de frotas e os concessionários de automóveis têm uma relação de parceria, de acordo com os presentes no pequeno-almoço/debate com gestoras de frota e retalhistas que a “Vida Económica” organizou, em parceria com a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), no hotel Tiara Park Atlantic Porto. “Há uma relação de dependência e de verdadeira parceria. Por um lado, as gestoras de frota não têm ambição de ser um ponto de venda ou de assistência de automóveis. Por outro lado, há um valor acrescentado pela gestão da frota que é providenciada pelas empresas de renting que as concessões também não estão vocacionadas para fazer. Tem havido, ao longo dos anos, um respeito por esse papel de cada uma das partes”, considera António Oliveira Martins, diretor-geral da LeasePlan Portugal.

“Haverá, com certeza, vantagens e desvantagens na forma como as concessões veem as gestoras de frotas. Se, por um lado, as margens são mais esmagadas, por uma questão de volume e de capacidade negocial, por outro lado, há uma garantia de permanência e assistência na rede que não existe em outras vendas.

Portanto, são relações estabilizadas e existem parcerias com muitos anos”, acrescentou o especialista, que também é o vice-presidente da ALF responsável pelo renting, Joaquim Gonçalves, diretor comercial norte da Finlog, concorda que a relação entre gestoras de fro-

ta e retalhistas “já foi mais difícil”.

“Havia alguma desconfiança dos concessionários face às gestoras de frota de que lhe iriam tirar negócio.

Mas, volvidos alguns anos, o retalho percebeu que só tinha a ganhar em associar-se às gestoras de frota.

Efetivamente, nós compramos, muitas vezes, os carros via retalho e há outra garantia, que é o serviço durante a vida do carro, pois nós colocamos os carros para manutenção nas redes de marca. Ao fim e ao cabo, eles precisam de nós e nós deles. Nós queremos ter os nossos clientes satisfeitos, pelo que há todo o interesse em que esta relação funcione bem e creio que está a funcionar”, salienta.

Marcas nem sempre atribuem venda ao concessionário

O facto de, sobretudo quando o renting começou a ganhar popularidade no mercado nacional, algumas marcas venderem as viaturas diretamente, sem atribuir a venda aos concessionários pode ter contribuído para essa desconfiança inicial. Embora menos usual do que no passado, continua a haver casos em que isso acontece. “Alguns importadores ainda chamam a si as grandes contas e vendem diretamente. Aliás, vendem os carros, entregam-nos no concessionário que for mais conveniente e é-lhes dado um ‘fee’ pela entrega do carro, mas a matrícula não conta para a concessão em causa. Não vou referir nenhuma marca em concreto, até porque não está aqui nenhum representante dos importadores e poderia parecer indelicado da minha parte”, explica Joaquim Gonçalves.

Aquele responsável pela Finlog salienta, contudo, ser importante que as marcas “precisam de apoiar” a rede. “Até porque a rede tem diminuído e isso para nós é um problema. Nós temos carros espalhados pelo país todo. No Porto e em Lisboa, há sempre uma solução mesmo que algum concessionário encerre. O problema é em outras regiões, em que, se encerra um concessionário, pode não haver assistência daquela marca. E isso não é bom para a marca, pois, no futuro, as empresas irão recorrer a outras marcas que deem essa garantia de serviço”, explica.

António Oliveira Martins considera que os importadores tiveram “um papel de proteção” dos seus concessionários. “A relação direta com as concessões na venda criava, por conveniência das gestoras de frota, há que fazer o ‘mea cul-

O facto de, sobretudo quando o renting começou a ganhar popularidade no mercado nacional, algumas marcas venderem as viaturas diretamente, sem atribuir a venda aos concessionários, pode ter contribuído para desconfiança inicial pa’, situações estranhas ao nível da distribuição, em que veículos para clientes do Porto eram adquiridos em Lisboa. Por exemplo, na LeasePlan praticamente todos os Audi eram comprados em Leiria. Ora, isso criava distorções geográficas que contrariava o espírito de uma rede. O facto de a relação ser feita com o importador tem algumas desvantagens de margens, mas garante uma distribuição mais equitativa do volume e, sobretudo, de mais proximidade com o cliente”, indica o diretor-geral da LeasePlan Portugal.

Guálter Mota Santos, presidente do conselho de administração do grupo Filinto Mota, assume ter uma “visão restrita”, pois trabalha apenas a Citroën (a empresa tem ainda uma concessão Honda em Braga, mas o grosso do negócio do grupo é pela marca francesa).

“Acho que podemos perfeitamente conviver todos juntos e como estão as margens nos carros novos não é por aí que os concessionários conseguem equilibrar a sua atividade, é na reparação e nos usados. Efetivamente, quando o mercado começou a baixar, fizemos uma mudança drástica para os usados e ainda bem que o fizemos, pois isso permite-nos manter as portas abertas como concessionários Citroën”, explica o executivo.

“As gestoras de frota são, para nós, parceiros importantes, pois, se, por um lado, contactam os clientes, por outro, fornecem-nos o serviço, ou seja, podemos propor o renting.

Além disso, em termos da oficina, a política de trabalharem com os concessionários é a correta, pois é a nossa visão. Costumamos dizer que não vendemos automóveis, fazemos amigos a vender automóveis.

A continuidade é que é importante

Os concessionários são um canal privilegiado para as gestoras de frota “chegarem” às

e isso é que é a razão dos 80 anos de presença da Filinto Mota no mercado. E aí estamos em sintonia com as gestoras de frota, que também procuram a satisfação dos clientes”, defende.

Mota Santos lamenta, no entanto, que a Citroën faça as vendas às gestoras de frota diretamente.

“Nunca se sabe muito bem como é feita a distribuição. Mas quando fazem a análise à minha zona, sou responsável pelas vendas todas, quando estas não foram feitas todas por mim. Portanto, há dificuldades em atingir os objetivo por via deste efeito de vendas”, defende.

Rui Gonçalves, administrador do grupo Gocial, acredita que já houve clarificação neste processo. “As marcas têm uma palavra importante a dizer. As coisas hoje estão muito mais clarificadas do que numa fase inicial, em que as gestoras de frotas ‘roubavam’ terreno às concessões, o que criou alguns atritos. Hoje, as posições estão clarificadas e, pelo menos nós, no nosso grupo, temos uma verdadeira relação de parceria.

Mas atenção que há outras gestoras de frotas [que não a LeasePlan e a Finlog] que não fazem a manutenção programada na marca”, afirma.

Sobre a questão de as marcas nem sempre atribuírem a venda ao concessionário, Rui Gonçalves admite que não há uma solução ótima.

“Ainda há dias tivemos uma situação em que os nossos vendedores tiveram de ir fazer demonstrações a um domingo e o negócio acabou

por ir para à marca. São situações em que, por vezes, a própria marca sai prejudicada, pois não é fácil motivar os vendedores. Contudo, também percebo que não é fácil o papel das marcas, pois se as matrículas forem todas para a rede pode haver uma concentração, como já aconteceu. Não há soluções ótimas”, salienta o administrador do grupo Gocial.

Margarida Ferreira, secretária-geral da ALF, refere que a posição da entidade é, por princípio, de não interferência. “Nós, na ALF, não acompanhamos, por norma, a relação entre os nossos associados e os fornecedores”, indica a dirigente associativa, antes de dar nota que “o renting é responsável por 17% de todas as viaturas novas vendidas em Portugal anualmente e o leasing por 20%. Ou seja, no conjunto, os nossos associados são responsáveis por 37% das compras de todas as viaturas vendidas no país”.

Retalho abre portas a clientes mais pequenos

António Oliveira Martins acredita que os concessionários estão a auxiliar gestoras a chegarem aos clientes com frotas menores e aos particulares. Aliás, considera errado que ainda se diga que os as pequenas frotas e, sobretudo, os particulares são a “promessa” adiada do setor do renting.

“Na LeasePlan, em 2013, dos cerca de nove mil carros que com-

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SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO 2014

AUTOMÓVEL

Skoda Octavia e Superb premiados por revista alemã

Nissan instala o milésimo carregador elétrico na Europa

O Skoda Octavia (foto) e o Superb foram eleitos ”Os Melhores Carros de 2014” pelos mais de 115 mil leitores da revista alemã Auto Motor und Sport nas suas categorias. No segmento dos pequenos familiares, o Fabia alcançou o terceiro lugar entre os modelos de importação. Esta é a quinta vitória nas respetivas categorias em votação por parte dos leitores ao longo dos últimos quatro anos para a marca checa.

A Nissan anunciou a conclusão da instalação de mil carregadores rápidos CHAdeMO na Europa. Estas unidades de carregamento rápido conseguem carregar as baterias de veículos elétricos compatíveis, entre os quais o Nissan LEAF, de zero aos 80% de carga em 30 minutos. O carregador número mil fica na Roadchef Clacket Lane Services, em Surrey, no Reino Unido.

INTERVENIENTES

relação de parceria António Oliveira Martins (LeasePlan) “Se o renting não sofreu mais, foi, justamente, porque as empresas conseguiram dinamizar os canais de acesso às PME e, de alguma maneira, substituir o volume que vinha das grandes empresas por estes segmentos”

teressante e é mais um instrumento de venda que temos”, refere Guálter Mota Santos.

Legislador pouco “ligado” à realidade

frotas mais pequenas e aos particulares.

A ALF critica o facto de a AT não ter ainda regularizado o problema com as viaturas em fim de contrato, pois continuam a ser obrigadas a liquidar o IUC, apesar de as viaturas já não estarem em sua posse

prámos, cerca de 1400 vieram pelo canal indireto, ou seja, negócio gerado pelos concessionários nossos parceiros. As gestoras de frota nasceram para as grandes empresas, mas a partir do momento em que apostaram em outros segmentos perceberam as dificuldades em chegar aos clientes, daí que surgiram os vários canais indiretos: seja com alianças com a banca ou com concessionários. Posso dizer-lhe, aliás, que tem havido um movimento de alguma substituição do negócio das grandes frotas, que está em redução. Portanto, se o renting não sofreu mais foi, justamente, por que as empresas conseguiram dinamizar

os canais de acesso às PME e, de alguma maneira, substituir o volume que vinha das grandes empresas por estes segmentos. Aí a parceria com as concessões tem sido fundamental”, explica. “Por outro lado, a notoriedade do renting tem vindo a crescer e as concessões também preciso de ter a possibilidade de disponibilizarem uma solução nesta área para os clientes que pretendem”, acrescenta o diretor-geral da LeasePlan em Portugal.

Joaquim Gonçalves recorda a procura de novos mercados por parte das gestoras de frotas. “Nós sentimos que as grandes empresas estão a reduzir as frotas e, até, algumas que estão a deslocalizar ou, pelo menos, reduzir a operação em Portugal. Nós procurámos novas soluções e, no caso da Finlog, temos protocolos com vários concessionários de vários grupos retalhistas e tem crescido. O produto renting é muito competitivo e os clientes já procuram bastante, pelo que os concessionários têm interesse em ter oferta na área”, salienta o diretor comercial norte da gestora de frota do grupo Salvador Caetano.

O presidente do conselho de administração do grupo Filinto Mota concorda que os concessionários têm de ter essa oferta. “O próprio cliente, quando começa a ver o renting como uma opção, procura a solução e nós temos de estar preparados para dar resposta a isso.

Portanto, a parceria é, de facto, in-

As novas regras da tributação autónoma das despesas com automóveis em sede de IRC, apesar de mais brandas do que a proposta inicial de reforma da lei, voltam a apertar o cerco aos automóveis com PVP acima dos 25 mil euros. Os presentes neste pequeno-almoço/debate acreditam que vai ser abaixo daquele valor que o grosso do negócio frotista em Portugal vai acontecer, mas destacam a crítica aos constantes aumentos que a fiscalidade automóvel sofre no nosso país.

Os especialistas presentes no debate lamentam ainda que haja uma sobretaxa de 10 pontos percentuais na tributação autónoma para as empresas com prejuízo. Também a opção do legislador em aplicar as novas regras a todo o parque circulante e não apenas às viaturas matriculadas a partir de 2014 é criticada pelos operadores.

A ALF critica também o facto de a Autoridade Tributária (AT) não ter ainda regularizado o problema que as gestoras de frota têm com as viaturas em fim de contrato, pois continuam a ser obrigadas a liquidar o IUC, apesar de as viaturas já não estarem em sua posse. “Até hoje, quem tem de proceder ao registo na Conservatória do Registo Automóvel [CRA] é o comprador, ficando o vendedor, por entregar os documentos, impossibilitado de fazer essa alteração de registo. Há dois anos que está para sair uma legislação para permitir, também, ao vendedor alterar o registo de propriedade, mas ainda não saiu. Por outro lado, a própria AT não consulta a CRA. Outras entidades públicas fazem essa consulta para saber quem é o proprietário, mas a AT não faz isso, apenas importa a base de dados de tempos a tempos e depois introduz-lhe as mais variadas alterações. Temos neste momento ex-locatários a receberem notificações de IUC que nunca pagaram esse imposto, pois eram as locatárias que o pagavam. Suponhamos que eu me dirijo às Finanças para pagar o IUC do seu carro. Como tenho de dar o meu NIF para essa operação, passa a ser o meu NIF que está associado à sua matrícula. Resultado, a partir daí, é a mim que vêm pedir qualquer imposto relacionado com o seu carro. Ou seja, a base de dados atual da AT é uma confusão”, defende Margarida Ferreira.

Guálter Mota Santos (Filinto Mota) “As gestoras de frota são, para nós, parceiros importantes, pois, se, por um lado, contactam os clientes, por outro, fornecemnos o serviço, ou seja, podemos propor o renting. Além disso, em termos da oficina, a política de trabalharem com os concessionários é a correta, pois é a nossa visão”

Joaquim Gonçalves (Finlog) “O retalho percebeu que só tinha a ganhar em associar-se às gestoras de frota. Efetivamente, nós compramos, muitas vezes, os carros via retalho e há outra garantia, que é o serviço durante a vida do carro, pois nós colocamos os carros para manutenção nas redes de marca”.

Margarida Ferreira (ALF) “O renting é responsável por 17% de todas as viaturas novas vendidas em Portugal anualmente e o leasing por 20%. Ou seja, no conjunto, os nossos associados são responsáveis por 37% das compras de todas as viaturas vendidas no país”

Rui Gonçalves (Gocial) “As posições estão clarificadas e pelo menos nós, no nosso grupo, temos uma verdadeira relação de parceria. Mas atenção que há outras gestoras de frotas [que não a LeasePlan e a Finlog] que não fazem a manutenção programada na marca”.

Uma edição

Compre já em livraria.vidaeconomica.pt Nº 1527 / 7 de fevereiro 2014 Semanal J 2,20 Portugal Continental

Desemprego desceu para 15,3% no último trimestre

A taxa de desemprego registou uma descida de 0,3%, no quarto trimestre, face aos três meses anteriores, tendo-se fixado em 15,3% da população ativa, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística. Já em

termos anuais, a taxa foi de 16,3%, mais 0,6% do que em 2012.

O desemprego atingiu cerca de 826 mil pessoas, o que traduziu uma descida homóloga de 10,5% e uma quebra trimestral de 1,4%. Por sua vez, a população empregada cifrou-se em 4,5 milhões de pessoas, o que correspondeu a um aumento homólogo de 0,7% e trimestral de 0,2%, ainda segundo aquele instituto. A população desempregada era de mais de 875 mil pessoas, o que significa que houvce um agravamento de 1,8%, face ao exercício anterior.

Parlamento Europeu defende trabalhadores sazonais de países terceiros O Parlamento Europeu aprovou uma diretiva da Comissão Europeia que pretende garantir um conjunto de direitos aos trabalhadores sazonais de países terceiros. Acontece que a legislação atual acaba por permitir que este tipo de trabalhadores seja explorado pelos respetivos empregadores.

As novas regras atribuem aos trabalhadores sazonais na União Europeia igualdade de tratamento relativamente aos nacionais do país empregador, quer em termos de

condições de trabalho, quer ao nível do alojamento. Os governos nacionais têm agora um prazo de dois anos e meia para a transposição da nova legislação. A situação de desigualdade verifica-se sobretudo nos setores agrícola e do turismo. Um outro objetivo destas novas regras passa por evitar que um trabalho sazonal passe a tempo inteiro. Nada impede os estados de limitarem os acessos dos trabalhadores de países terceiros. A situação de igualdade também respeita ao valor dos salários.

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NOTA DE FECHO JORGE A. VASCONCELLOS E SÁ Mestre Drucker School PhD Columbia University Professor Catedrático E-mail: nop4867@mail.telepac.pt Linked In: http://www.linkedin.com/in/vasconcellosesa

Viva o comunismo Integrado (e pedindo desculpa pelo atraso) nas comemorações do centenário de Álvaro Cunhal, esse grande patriota (injustamente acusado de ser antes de mais leal à União Soviética), genuíno democrata (vilipendiado por pretensamente favorecer o centralismo democrático do partido) e defensor das liberdades (excepto é claro dos reaccionários a quem havia que “partir os dentes”, cabendo-lhe naturalmente e muito bem a definição de quem era reacionário), junta-se uma notícia saída em grandes orgãos de comunicação social mundiais (e resumido no livro Porque as Nações Falham que se recomenda).

Quando a Coreia do Norte invadiu e tomou a capital do sul (Seoul), Huang Pyong-Won e o seu irmão foram separados. O primeiro escondeu-se para não ser levado para o norte aquando da retirada dos comunistas.

Separados durante mais de meio século reencontraram-se finalmente no âmbito do programa conjunto de reunificação temporária das famílias.

O irmão do norte tinha-se tornado um médico trabalhando para a força aérea; o do sul era um farmacêutico e foi fazendo várias perguntas ao seu irmão: “Tens telefone? Não. Tens carro? Não” (o do sul tinha vários). “Queres dinheiro?

Não vale a pena. Se o levar o governo fica com ele, pelo que guarda-o”.

“Troca de casaco comigo. Não posso, o governo emprestou-me este”, respondeu o norte-coreano, magro até à transparência, doentiamente pálido e um feixe de nervos sempre pouco à vontade olhando em volta com medo que alguém estaria a ouvir.

…

De acordo com as estatísticas da ONU o rendimento per capita do sul é dezassete vezes maior que o do norte, cujo nível de vida é semelhante ao dos países mais pobres africanos subsaarianos. E no tocante à saúde, a esperança de vida no norte é de menos dez anos que no sul.

Há cinquenta anos não havia qualquer diferença entre o PIB do norte e do sul, mas de então para cá as políticas separaram-nos.

Por exemplo há quatro anos (Novembro de 2009) o governo da Coreia do Norte implementou uma reforma monetária, decidindo eliminar dois zeros à moeda: 100 wons velhos passaram a valer um won novo.

Foi dado o prazo de uma semana para todos converterem as suas poupanças junto dos bancos (estatais, é claro). Com o limite de que ninguém podia converter mais do que 500 mil wons, o equivalente (no mercado negro) a duzentos dólares (± 150 euros). Quem tivesse valores acima nunca mais poderia utilizar as suas poupanças.

E assim se resolveu o problema da inflacção: demasiada massa monetária à procura de escassos bens. E assim se tem mais uma genial contribuição do comunismo para a ciência económica.

Por isso razão tinha Álvaro Cunhal, tão justificadamente celebrado (ao que modestamente aqui me associo) quando confrontava o comunismo com o capitalismo, este último um sistema caracterizado pela exploração do homem pelo homem.

No comunismo é exactamente o oposto, o contrário.

Vide artigos e gráficos blog: http://economiadasemana.blogspot.pt twitter: https://twitter.com/VasconcelloseSa

Portugal com maior quebra da UE nas vendas do comércio a retalho As vendas nacionais do comércio a retalho apresentaram uma descida de quase 6%, em dezembro, relativamente ao mês anterior. Tratou-se da descida mais acentuada de toda a União Europeia, adianta o gabinete de estatísticas Eurostat. Na Zona Euro, a descida foi de 1,6% e de

0,8% na União Europeia.

Na comparação com novembro, as vendas caíram em 16 países e aumentaram em seis. Para além de Portugal, as maiores quebras respeitaram à Espanha (-3,6%), à Alemanha (menos 2,5%), enquanto os maiores aumentos respeitaram ao Reino Unido (mais 2,6%), a Malta (2%) e à Irlanda (1,4%). Em termos anuais, as quebras homólogas mais acentuadas foram para a Alemanha (-2,4%), a Bélgica (-1,9%) e a Finlândia (-1,3%).

Os maiores crescimentos couberam ao Luxemburgo (9,4%), à Polónia (6,7%) e à Roménia (5,9%). Portugal apresentou uma quebra homóloga de um ponto percentual nas vendas do comércio a retalho.

Este suplemento faz parte integrante da Vida Económica nº 1527, de 7 de fevereiro 2014 e não pode ser vendido separadamente

Presença nos Open Days é fundamental para identificar entidades parceiras

Empresas portuguesas devem estar mais próximo dos decisores europeus Pág. 7

Maria da Graça Carvalho no lançamento do livro “Inovação para a mudança”, em Bruxelas

“Começamos a ter um investimento constante em ciência e inovação” Págs 2 e 3

Mário Campolargo, diretor da Unidade Net Futures da DG Connect

Novos projetos inovadores estão abertos à participação das PME Inova-Ria pretende criar presença permanente em Bruxelas Pág. 8

Pág. 8

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AGENDA PARA A INOVAÇÃO

sexta-feira, 7 de fevereiro 2014

Maria da Graça Carvalho no lançamento do livro “Inovação para a mudança”, em Bruxelas

“Começamos a ter um investimento “Portugal é o país que mais cresceu em doutorados e publicações científicas” – afirmou Maria da Graça Carvalho. A deputada do Parlamento Europeu foi a oradora-convidada da sessão de apresentação do livro “Inovação para a mudança”, editado pela Vida Económica, que decorreu à dias na Livraria Orpheu, em Bruxelas.

“Temos hoje 8,2 cientistas por mil ativos, o que nos coloca em quarto lugar na Europa” – disse Maria da Graça Carvalho. À frente de Portugal neste indicador só se encontram a Suécia, Dinamarca e a Finlândia. Em número relativo de cientistas Portugal ultrapassa a Alemanha, a França e o Reino Unido.

No entanto, só 3% dos nossos doutorados estão no setor privado, fora do Estado.

A sociedade e o setor privado não conseguiram fazer a sua parte e por isso os doutorados acumularam-se no sistema público.

“Nos últimos três anos passou a haver uma emigração significativa de doutores que vão contribuir para a riqueza, de outros países, nomeadamente para a Suiça, mas também para a Austrália e Canadá, entre outros” – disse Maria da Graça Carvalho.

Segundo disse aos convidados da sessão de lançamento do livro “Inovação para a mudança”, há que criar as condições para que o setor privado comece a crescer e comece a ter a inovação e a tecnologia como uma prioridade de forma a absorver parte destas pessoas altamente qualificadas.

Reduzir a burocracia “Esta é uma das soluções para a saída da crise para Portugal. O país deve crescer de uma forma sustentável baseada no conhecimento” - afirmou.

Para Maria da Graça Carvalho é importante simplificar e reduzir a burocracia dos

processos, uma das prioridades do novo programa Horizonte 2020.

“A burocracia é algo que atrapalha a vida de todos nós, que perturba a vida das empresas e penso mesmo que é uma das causas da crise da Europa comparando com outros países onde os processos são muito mais simples” - referiu.

Em sua opinião, tirando o caso do Reino Unido e de alguns países nórdicos é um problema geral na Europa.

“Devíamos ter regras simples, transparentes que não atrapalhem a vida do cidadão e das empresas em geral” - acrescentou.

Para Maria da Graça Carvalho, temos muito trabalho pela frente: “Dar a volta à crise, e fazer muita reforma estrutural para criar de um ambiente mais favorável ao investimento e ao setor privado, tirando partido do grande esforço que temos feito no conhecimento e colocando esse conhecimento ao serviço da sociedade”.

“Inovação e mudança são ideias, objetivos, formas de superar os problemas e os desafios que temos pela frente.

Na parte de turismo médico é preciso criar produtos de alta qualidade para sermos competitivos.

Tirar a ciência da gaveta “A leitura do livro Inovação para a mudança vai-nos dar ideias e ajudar a refletir sobre este tema” – disse Maria da Graça Carvalho.

Segundo referiu, inovação e mudança são ideias, objetivos, formas de superar os problemas e os desafios que temos pela frente. “O dr. António Lúcio Baptista, além de médico, cirurgião, cientista, alia a tudo isto a necessidade de passar para prática e levar o seu conhecimento e o seu pensamento para a economia e para o saber fazer. Isto é algo que deve ser muito valorizado porque é um ponto fraco em geral na Europa e muito em particular em Portugal” – salientou Maria da Graça Carvalho.

“O seu livro permite-nos conhecer a sua visão sobre a evolução das tecnologias especialmente da tecnologia laser, assim como apreciar a forma como acompanha os avanços científicos” - acrescentou.

O livro tem quatro assuntos, todos eles de grande atualidade e relevância. O primeiro é como colocar a ciência ao serviço de produção de riqueza. Segundo, a reforma do sistema de saúde, uma reforma que se quer sustentável.

O terceiro é como se pode potenciar o uso da tecnologia, especialmente a tecnologia laser na medicina. E o último é a avaliação do impacto das novas tecnologias no exercício da profissão de médico. É urgente tirar a ciência da gaveta. Há que colocar a ciência ao serviço da sociedade e isso está muito presente no novo programa Horizonte 2020, em que há uma parte do programa virado para a liderança industrial e outra para os desafios societais que refletem as prioridades da Estratégia UE 2020, abordando as principais preocupações partilhadas por todos os europeus. “É essencial que os portugueses discutam este ponto. Começa a existir em Portugal al-

AGENDA PARA A INOVAÇÃO

sexta-feira, 7 de fevereiro 2014

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constante em ciência e inovação” “Esta é uma das soluções para a saída da crise para Portugal. O país deve crescer de uma forma sustentável baseada no conhecimento” - afirmou Maria da Graça Carvalho.

gumas discussões sobre estas questões que são muito bem abordadas no livro.

Penso que é fundamental que o nosso país continue a financiar a ciência e a formação científica porque só assim podemos ter ciência para transferir para a economia” – acrescentou Maria da Graça Carvalho.

Só 3% dos nossos doutorados estão no setor privado

Criar novas patentes e produtos inovadores “Se Portugal continuar fechado no seu casulo não se torna reconhecido internacionalmente. Portanto é necessário que as pessoas que estão na área da inovação publiquem em português e inglês – disse António Lúcio Batista, autor do livro Inovação para a Mudança, aludindo ao facto de a obra apresentada ser bilingue. “É fundamental que os portugueses saiam da sua zona de conforto e venham para a Europa apresentar os seus trabalhos” - disse.

O autor do livro recordou que há 20 anos Michael Porter esteve em Portugal tendo defendido a aposta em vários clusters. O têxtil ficou durante algum tempo adormecido mas neste momento o norte de Portugal e a Galiza têm o maior centro de nanotecnologia.

“Também estamos a trabalhar com o setor do calçado - que este ano exportou 1700 milhões - e estamos a desenvolver vários produtos e subprodutos com tecnologia incorporada” referiu.

Na parte de turismo médico é preciso criar produtos de alta qualidade para sermos competitivos.

“O mar é uma das áreas que está ainda pouco explorada mas em franco crescimento e também aí estamos a trabalhar com uma aluna de doutoramento sobre o surf e sobre a prevenção dos riscos. É um trabalho muito interes-

O embaixador João Terenas com Maria da Graça Carvalho

sante, que pode catapultar o nosso turismo a nível internacional” - salientou.

Há outras áreas ligadas ao mar, como é o caso da talassoterapia onde está a ser feito um trabalho de investigação com a Universidade de Trás-os-Montes. Nessa área e a do anti-envelhecimento, são áreas novas.

O lema deve ser criar novas patentes e criar em parceria com as nossas indústrias os produtos inovadores para o mercado. Ir à procura de empresas nacionais parceiras para que desta junção criar produtos para o mercado que sejam capazes de se criar riqueza e postos de trabalho qualificados. A maior parte das universi-

dades começam a estar atentas a esta questão.

Agora temos os fundos europeus e o Horizonte 2020 que tem de ser aproveitado de uma forma muito profissional e passar do paradigma da ciência académica para a indústria, incentivando as empresas a criar uma área de inovação.

“O paradigma mudou e é preciso agora formas alternativas de financiamento. Essas formas de onde podem vir, além dos fundos europeus? Das próprias empresas que querem inovador, têm de integrar nos seus programas de financiamento uma parte para a investigação que lhes cria produtos inovadores” - concluius

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AGENDA PARA A INOVAÇÃO

sexta-feira, 7 de fevereiro 2014

Gonçalo Homem de Mello, adido comercial da Aicep, afirma

Portugal está mais competitivo na atração de investimento estrangeiro

“

Portugal tem uma proposta de valor que conjuga capacidade técnica com competitividade” – afirmou Gonçalo Homem de Mello, diretor do centro Aicep em Bruxelas aos elementos da delegação da InovaRia que se deslocaram á capital belga.

“Com a atual crise os países do Sul da Europa tornaram-se muitíssimo mais competitivos” – disse Gonçalo Homem de Mello. Uma das vertentes de atividade em crescimento é a instalação em Portugal de centros de competência em áreas como as TIC mas também na indústria. Por exemplo, o grupo Richemont já emprega de forma direta 700 pessoas em Portugal na área do polimento de metais.

“O paradigma da alteração da situação económica portuguesa que assenta na exportação e na internacionalização das empresas está ganho” – considera o diretor da Aicep. A nova aposta passa por trabalhar de forma mais proactiva o investimento estrangeiro.

“Se há uma parte boa da crise é o facto de as empresas obrigatoriamente saírem da zona de conforto” – afirmou. Em sua opinião, a intervenção da Aicep junto dos operadores é importante para certificar e permite criar valor acrescentado para consolidar a relação com os potenciais compradores ou investidores.

“Com a atual crise os países do Sul da Europa tornaram-se muitíssimo mais competitivos” – disse Gonçalo Homem de Melo”

Exigência de qualidade favorável a Portugal Para Gonçalo Homem de Mello, a reindustrialização tende a correr bem a Portugal. Parte da estrutura das empresas europeias estava fora

da Europa. Em vários casos, essa deslocalização criou problemas porque estamos a falar de produtos de bastante exigência de qualidade, não sendo fácil depois gerir o nível de exigência de qualidade de países longínquos com uma outra lógica de qualidades

Carla Santos, REPER (Investigação e Espaço), considera

Horizonte 2020 cria novas parcerias público-privadas

“

O Horizonte 2020 tem não só a com- parcerias têm a ver com medicamentos inovadoponente investigação, tem também res, bioindústrias, aeronaútica. inovação, por isso abre mais oportu“Na vertente de telecomunicações e socienidades para o setor privado e para as dade de informação, estamos essencialmente PME” – disse Carla Santos, da divisão a discutir a legislação comunitária e não tanto Investigação e Espaço da Reper, em Bruxelas. A os programas de financiamento” – disse Carla responsável disse aos elementos que integraram Santos. a delegação da InovaSegundo referiu, a Re-Ria que o Horizonte per tem um papel diferen2020 constitui o instrute da Aicep. “Não estamos mento mais importante. tanto na vertente operaOs primeiros concursos cional, estamos mais na Processo abriram em Dezembro vertente política. Aquilo passado. que fazemos é representar de negociação “No Horizonte 2020 Portugal nas instâncias da deve estar concluído estivemos a negociar, deUnião Europeia, nomeapois da adoção do proem março damente no Conselho e grama num processo que nos grupos do Conselho deve estar concluído até que discutem os programarço, um conjunto de mas, que executam as poparcerias público-privaliticas da União Europeia” das que vai trazer também – disse Carla Santos. oportunidades de negócio. São cinco parcerias A representação de Portugal é feita em três público-privadas: uma tem a ver com sistemas grupos: O grupo Inovação, que foi o que diseletrónicos e de computação. Essa parceria tem cutiu o Horizonte 2020, o grupo Telecomunifinanciamento quer dos Estados-membros, quer cações e Sociedade de Informação, e o grupo da Comissão, quer do setor privado. As outras Espaço”.

“Parcerias vão ter financiamento dos Estados e da Comissão Europeia” refere Carla Santos.

AGENDA PARA A INOVAÇÃO

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Quirino Mealha, Departamento de Política Regional e Comité das Regiões da REPER, revela

Novos programas operacionais vão ser apresentados à Comissão Europeia até março Para um contexto de inovação com maior participação das empresas a cooperação territorial europeia poderá ser útil no estabelecimento das redes de cooperação

Para Quirino Mealha a abordagem a nível regional é sempre determinante.

O

s novos programas operacionais já estarão desenhados e, em princípio, deverão ser apresentados no próximo mês de março à Comissão Europeia – disse Quirino Mealha, responsável do Departamento de Política Regional e Comité das Regiões da REPER, aos membros da delegação da Inova –Ria, em Bruxelas.

Segundo referiu, a nossa capacidade de resposta passa por fazer este tipo de abordagem estratégica. “A nível nacional temos 5 regiões-quadro é assim que nos organizamos.

Convém que haja uma boa articulação com os programas temáticos” - acrescentou.

Para Quirino Mealha a abordagem a nível regional é sempre determinante. “Temos de ter consciência que a utilização dos fundos é para as regiões em primeira linha. O objetivo

número um é esse” - referiu. Se a aplicação for feita de forma eficiente no plano regional será bem sucedida a nível nacional.

Em termos da cooperação entre regiões há três níveis a considerar: transfronteiriço, transnacional e transregional. Dada a nossa situação geográfica, no nível transfronteiriço só temos a cooperação Portugal-Espanha, que tem uma expressão considerável no âmbito de toda a União Europeia.

Concentração nos fundos de investimento Já temos em Portugal fundos de investimento financiados por fundos comunitários.

Sobre a evolução futura dos fundos de investimento, Quirino Mealha admite que possa haver uma maior concentração dos recursos.

Em termos da cooperação entre regiões há três níveis a considerar: transfronteiriço, transnacional e transregional

O futuro Banco de Fomento poderá estar envolvido nesse processo.

O objetivo de criar fundos de investimento permite associar capital privado, aumentando os recursos disponíveis. A prioridade deverá estar no financiamento de produtos e serviços inovadores. Em termos negociais, estes programas serão os últimos a ser aprovados. É possível que numa primeira fase se utilizem os veículos que já existem.

Para um contexto de inovação com maior participação das empresas a cooperação territorial europeia poderá ser útil no estabelecimento das redes de cooperação. Essa pode ser uma base para empresas e centros de investigação desenvolverem um trabalho de parceria. É um problema que existe em Portugal, porque os agentes económicos sentem dificuldade em identificar os parceiros adequados.

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AGENDA PARA A INOVAÇÃO

sexta-feira, 7 de fevereiro 2014

Mário Campolargo, diretor da Unidade Net Futures da DG Connect

Novos projetos inovadores estão abertos à participação das PME A participação de empresas em projetos de inovação financiados pelos programas da Comissão Europeia não depende da pré-aprovação e identificação das áreas de interesse. No programa ICT, enquadrado na Agenda Digital para a Europa, existem oportunidades para as empresas com especificidades concretas, nomeadamente, em áreas como a robótica, cloud, ou na medicina – referiu Mário Campolargo, diretor da Unidade Net Futures da DG Connect da Comissão Europeia.

N

o primeiro ano avançaram nove projetos. Um dos projetos desenvolve uma plataforma open source que incorpora facilitadores com componentes genéricos para favorecer o interface para cloud ou para segurança ou reconhecimento facial. E ao mesmo tempo arrancaram mais oito projetos que têm por objetivo racionalizar a procura de serviços para a Internet do futuro, envolvendo um conjunto de áreas como a agricultura, o transporte, e a logística.

“Já dispomos de uma plataforma global com mais de 60 módulos de software genéricos e específicos. Queremos popularizar, distribuir e instalar essa plataforma no mais variado conjunto de ciclos” – explicou Mário Campolargo.

PME envolvidas em clouds abertas O próximo passo é lançar um conjunto de 20 novos projetos. Em cada um dos projetos existe uma dotação orçamental inicial que pode ser utilizada pelos promotores até um limite próximo de 20%. Com esses recursos, os promotores instalam a plataforma, atraem utilizadores, fazem a gestão das expectativas, e a formação. Depois disponibilizam os meios financeiros a pequenas e médias empresas para desenvolverem as aplicações, ou seja, criando clouds abertas para que ecossistemas regionais ou de uma determinada área possam trabalhar no desenvolvimento das aplicações.

Se um destes projetos vier para Portugal será interessante porque permite gerar uma dinâmica de proximidade. “Mas chamo a atenção para questão da proximidade como algo de relativo porque nada impede que um mesmo projeto tenha três sítios diferentes, como Paris, Amesterdão e Milão” – referiu Mário Campolargo. Quando abre uma proposta para desenvolvimento de uma aplica-

Com esses recursos, os promotores instalam a plataforma, atraem utilizadores, fazem a gestão das expectativas, e a formação

ção em determinada área nada obsta que alguém em Portugal que tenha conhecimento nessa área e que esteja interessado em estudar a plataforma freeware se candidate.

Desafios societais na agenda

valor da investigação e inovação de uma forma inteligente.

No Horizonte 2020, para além da parte de investigação, e da liderança industrial, existe o pilar dos desafios societais, onde os requisitos em termos de tecnologia são menores. “Se desenvolverem um projeto na área das Smart Cities, o objetivo é conceber uma aplicação que resolva o problema concretos das sociedades, como é o caso das questões ligadas à vida urbanas

“Arrancaram mais oito projetos que têm por objetivo racionalizar a procura de serviços para a Internet do futuro, envolvendo um conjunto de áreas como a agricultura, o transporte, e a logística

Aos elementos da delegação da Inova-Ria, Mário Campolargo referiu ser importante que as empresas se posicionem na cadeia de

AGENDA PARA A INOVAÇÃO

sexta-feira, 7 de fevereiro 2014

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Presença nos Open Days é fundamental para identificar entidades parceiras

Empresas portuguesas devem estar mais próximo dos decisores europeus

O

aumento da participação das empresas portuguesas nos programas de apoio à investigação e inovação, depende de uma presença mais constante em Bruxelas para avaliação das oportunidades e definição da estratégia – defende Maria da Graça Carvalho. Na reunião de trabalho que teve com a delegação da Inova-Ria, a deputada e Relatora do novo programa Horizonte 2020 alertou para a importância do contacto com os funcionários portugueses que trabalham na Comissão e no Parlamento Europeu. Têm um papel determinante como fator de motivação e apoio a empresas e instituições portuguesas. Alguns dos quadros portugueses ocupam cargos relevantes nas instituições europeias. E mesmo quando não se trata de funções de topo podem ter um papel determinante na informação e ajuda ao avanço dos projetos.

Maria da Graça Carvalho recomenda também que as empresas portuguesas utilizem as Regiões ou outras entidades com representação permanente em Bruxelas.

Frequentar os Open Days promovidos pela Comissão Europeia para fazer Networking é uma oportunidade interessante para as empresas por-

tuguesas. Este tipo de encontros permite a identificação de entidades parceiras, o que é fundamental porque muitos dos projetos têm que ser desenvolvidos em consórcio.

Deve ser dada especial atenção às entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional porque já têm contactos e algumas delas já participaram em muitos projetos.

Em particular, Maria da Graça Carvalho recomenda procurar entidades com projetos aprovados ou com bom histórico de participação.

As empresas devem frequentar as reuniões e congressos científicos e participar ativamente nas ETP. É neste tipo de iniciativas que se definem as estratégias a seguir e que se fazem muitos dos consórcios. É fundamental ganhar a confiança dos decisores para que eles forneçam dicas, o que normalmente não fazem num primeiro contacto. Não se pode desistir, sendo necessário continuar a ir a Bruxelas e a fazer contactos.

A este nível é conveniente ter um endereço em Bruxelas, ainda que seja um escritório virtual. Deve escolher-se a localização de forma a ser fácil contactar com as empresas e entidades com que nos interessa trabalhar. Para Maria da Graça

Carvalho é importante contactar as Regiões com muito financiamento e atividade (Catalunha, País Basco, Canárias, ou Valência, entre outras.

Deve ser explorada a ligação aos PALOP. Existem fundos geridos pelos países e regiões mas existem também linhas horizontais de cooperação e financiamento geridas diretamente pela Comissão Europeias

As prioridades para participar nos programas de incentivo à inovação e investigação Quadros portugueses da Comissão Europeia e Parlamento Europeu.

Regiões e entidades com representação permanente em Bruxelas.

Presença nos Open Days promovidos pela Comissão Europeia.

Entidades do Sistema Científico Nacional com bom histórico de participação.

Dispor de um endereço em Bruxelas.

Ganhar a confiança dos responsáveis pelos programas.

Explorar a ligação aos PALOP.

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AGENDA PARA A INOVAÇÃO

sexta-feira, 7 de fevereiro 2014

Inova-ria pretende criar presença permanente em Bruxelas

A

Associação Inova-Ria tem por objeto a criação e consolidação de um cluster na área das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica, com especial enfoque nas telecomunicações, centrado na Região de Aveiro.

Com cerca de 70 empresas associadas, a Inova-Ria pretende também contribuir para a criação e sustentabilidade de emprego qualificado na Região.

Esta associação está empenhada em promover a inovação na área das TICE - Tecnologias da Informação Comunicação e Eletrónica e por isso pretende criar uma presença permanente em Bruxelas. O objetivo é acompanhar o arranque e desenvolvimento dos novos programas da União Europeia, facilitando o acesso dos seus associados à informação adequada.

“Esta missão permitiu uma perceção mais plena do trabalho que é necessário levar a cabo por parte da Inova-Ria e pelas empresas suas associadas de modo a tirarem partido do enorme esforço de investimento que a Europa reservou para o programa Horizonte 2020. O foco claro no envolvimento de PME, o cenário extremamente competitivo no acesso a estes fundos, a disponibilidade para ajudar e guiar por parte dos agentes nacionais em Bruxelas (tanto nas estruturas oficiais como nas estruturas da Comissão Europeia) e a necessidade de uma estratégia consistente por parte das empresas e das associações, são pontos a reter” – disse Luis Miguel da Silva, diretor da PT Inovação.

Representantes portugueses apoiam empresas “Para mim foi uma agradável surpresa ver a disponibilidade dos representantes portugueses em Bruxelas (Embaixada, REPER, DG Comissão Europeia). Todos mostraram interesse em ajudar, embora para que os projetos se concretizem, terá que necessariamente haver mais deslocações e reuniões” – afirmou Carlos Alves, administrador da HFA. “Isto foi só o primeiro passo de uma caminhada que nos vai permitir ganhar experiência, contactos e conhecimento, e que mesmo sabendo que vai levar o seu tempo, tem que ser feito para que os nossos associados tenham sucesso” – acrescentou o mesmo responsável.

Para a Inova-Ria, a estratégia de desenvolvimento da região passa por promover a cooperação empresarial nomeadamente nas áreas da investigação e desenvolvimento, formação, marketing e internacionalização. A delegação permanente que a Inova-Ria pretende criar em Bruxelas vai reforçar a componente de serviços prestados às empresas associadas contribuindo para o seu desenvolvimento e aumento da competitividade.

A maior visibilidade da Região de Aveiro no exterior deverá também contribuir para a atração de investimentos. A Inova-Ria pretende contribuir para a consolidação da liderança da Região de Aveiro no domínio das telecomunicações e para a sua afirmação fora do nosso país.

Entidade

Nome

Função

Inova-Ria

António Teixeira

Gestor Executivo

Inova-Ria

Pedro Roseiro

Presidente da Direção

Inova-Ria

Marlos Silva

Coordenador de Projetos

HFA

Carlos Alves

MAISIS

João Filipe

Administrador HFA Vogal Direção da Inova-Ria (2014-2016) Managing Partner Vogal Conselho Fiscal Inova-Ria Diretor Geral Exatronic Exatronic

Nuno Gomes

Delegação integrou representantes de vários setores de atividade

Ponto C

Rui Lopes

Presidente eleito da Direção da Inova-Ria (2014-2016)

Vários setores de atividade estiveram representados na delegação da Inova-Ria que se deslocou a Bruxelas para avaliar os novos programas da União Europeia de apoio á investigação e inovaçãos

PT Inovação

Luís Miguel Silva

Diretor

SPI

Ivone Peres

Consultora

SPI

Miguel Taborda

Consultor

Grupo Editorial Vida Económica

João Luís de Sousa

Diretor Adjunto

Vogal Direção da Inova-Ria (2014-2016) Diretor Geral Ponto C

Este suplemento faz parte integrante da Vida Económica nº 1527, 7 de fevereiro 2014, e não pode ser vendido separadamente

SUPLEMENTO

SEGUROS Produção de seguro de crédito subiu em 2013

Internacionalização obriga empresas a rever gestão de riscos P. II

Associação divulga projeções referentes a 2013

APROSE representa 22% do mercado de mediação Não Vida P. VIII

associado do mÊs

Gerente da Gruben revela desafios da mediação de seguros no atual contexto económico P. VI

Operadoras atentas a impacto da crise económica

Roubos no transporte de mercadorias desestabilizam seguradoras P. IV

II

SEGUROS

sexta-feira, 7 de fevereiro 2014

Produção de seguro de crédito subiu em 2013

Internacionalização obriga empresas a rever gestão de riscos A crescente implementação de projetos de internacionalização está a obrigar as empresas a tomar precauções acrescidas nos negócios estabelecidos com entidades estrangeiras.

Segurar os créditos concedidos, as mercadorias transportadas e as pessoas expatriadas é uma tendência que se acentua, mas é nas pequenas e médias empresas que há ainda muito trabalho a fazer para ampliar a proteção dos projetos além-fronteiras

me. “Os clientes beneficiam de um conjunto de informações comerciais sobre os seus clientes ou potenciais clientes para que possam não só orientar as suas políticas comerciais e de venda em função do risco dos seus clientes, mas também como forma preventiva, para escolher a que clientes devem vender a crédito”, confirma Nuno Francisco à “Vida Económica”, revelando ainda que “há também disponíveis no mercado algumas soluções de seguro de crédito que permitem já ir mais além e possibilitar às empresas que contratam este seguro ter acesso a um serviço de consultoria e vigilância das suas carteiras de clientes e transferir apenas para a seguradora aqueles clientes que consideram de maior risco”. Considera o responsável da Cesce que “esta é uma solução muito interessante para as empresas e que pode ter uma grande procura, pois permite que sejam as empresas a gerir o custo do seguro”.

Seguindo o percurso habitual das exportações, os mercados externos europeus e os mercados lusófonos de África e da América Latina tendem a concentrar grande parte da atenção das seguradoras e corretores

ANA SANTOS GOMES anagomes@vidaeconomica.pt

A

procura crescente de apólices de seguro de créditos confirma uma preocupação cada vez mais acentuada dos empresários portugueses em apostar, com o menor grau de risco, na venda de bens e serviços em mercados externos. Tem sido esta a estratégia adotada por muitas empresas – de pequena, média e grande dimensão – para contornar os efeitos nefastos das quebras no consumo interno e alargar a carteira de clientes. A produção de seguro de créditos cresceu 1,4% em 2013, segundo as contas da Associação Portuguesa de Seguradores, e é sobretudo a incerteza do cumprimento do comprador, de quem pouco se sabe e junto de quem poucas vezes se consegue estar, que motiva esta contratação de seguros. “Os clientes são o ativo mais importante das empresas e obter uma proteção para esses ativos é imperativo perante a atual conjuntura de maior incerteza, para que as empresas possam estar protegidas caso ocorra algum evento inesperado com um dos seus clientes, como um atraso de pagamento ou uma insolvência”, constata Nuno Francisco, country manager da Cesce Portugal, um dos seis operadores que comercializam este tipo de apólice em Portugal. “Todos conhecemos casos de várias empresas que por não utilizarem seguro de crédito, ou outra ferramenta de proteção das vendas a crédito, viram a sua situação financeira degradar-se de forma grave – ou até mesmo cessar a atividade – quando um cliente importante entra em insolvência ou suspende os seus pagamentos”, salienta Nuno Francisco.

Em caso de eventual incumprimento de pagamento por parte dos novos compradores, o seguro de crédito pode ser acionado e assim proporcionar uma indemnização ao seu titular, que desta forma vê minimizado o prejuízo deste incidente comercial. Mas não só. A seguradora assume o papel de parceiro do negócio do seu cliente, cruzando informações que recolhe sobre os diferentes compradores dos bens e serviços fornecidos pelo seu cliente e monitorizando a evolução destes mesmos compradores, despoletando precocemente eventuais sinais de alar-

Procura vai aumentar nas PME É no seio das pequenas e médias empresas (PME) que o mercado segurador procura agora cimentar a penetração de políticas de gestão de risco integradas, que reforcem a proteção de pessoas, bens e transações. Nuno Francisco reconhece à “Vida Económica” que, “apesar de a evolução ser positiva, há ainda um longo percurso a desenvolver por parte da grande maioria das PME no que diz respeito à gestão dos seus riscos comerciais”. Ainda assim, é consensual o reconhecimento de uma crescente sensibilização para o tema e também de um certo amadurecimento e até

profissionalização da abordagem deste tema por parte dos gestores de PME. “Os gestores das PME estão hoje muito mais preocupados e interessados em ter um parceiro que os ajude a identificar e a mitigar os seus riscos”, salienta Luís Gomes, diretor da Marsh. “Acreditamos que essa sensibilidade para a importância da gestão de riscos irá continuar a aumentar, até porque os impactos dos riscos são cada vez mais severos e globais e para enfrentá-los com sucesso é crucial as empresas terem uma efetiva e eficiente gestão de riscos”.

Corretor como parceiro crucial Apostar num projeto de internacionalização é muito mais do que aumentar as exportações. É criar algo mais num mercado externo. Desenhar um projeto. Executá-lo. Envolver pessoas.

Celebrar parcerias. E os riscos, esses, são muitos e variados. Fernando Chaves, líder de risco político e risco de crédito da Marsh em Portugal, explica à “Vida Económica” que quando uma empresa implementa um projeto de internacionalização “deve ter em conta que pode estar a operar num ambiente muito volátil, em que a instabilidade e o risco da mudança das regras do jogo podem colocar em perigo os seus resultados financeiros”. É neste sentido que a gestão de risco assume um papel primordial em qualquer projeto de internacionalização, embora nem todos os empresários tenham disso exata noção.

Entre os principais riscos a ter em conta está, naturalmente, o de incumprimento. Mas não só. Fernando Chaves aponta também o risco político, o risco associado à atuação de novos fornecedores, o risco da marca na retirada de produtos do mercado, os riscos associados a obrigações legais, os riscos com recursos humanos (expatriados), o risco de falhas na cadeia de fornecimento e o risco de catástrofes naturais, que cada vez são mais frequentes e que afetam seriamente a continuidade de negócio. E aqui o corretor de seguros assume o papel de parceiro crucial junto das empresas. “É imprescindível contar com informação ‘ad hoc’ e trabalhar com um corretor para identificar os riscos, traçar estratégias de gestão, transferi-los para os mercados financeiros ao melhor custo possível e manter o controlo do investimento”, evidencia Fernando Chaves.

Seguindo o percurso habitual das exportações, os mercados externos europeus e os mercados lusófonos de África e da América Latina tendem a concentrar grande parte da atenção das seguradoras e corretores no que à gestão de risco internacional diz respeito. A estes juntam-se, cada vez mais, destinos asiáticos e localizados no Norte de África. Mas Espanha, França e Alemanha continuam a ocupar posições cimeiras nas listas de exportações lusas e é também para estes mercados que se procuram mais seguros de créditos. É também em Espanha que ocorrem, por enquanto, mais situações de incumprimento, que levam algumas empresas a acionar as respetivas apólices de seguro de créditos. “Naturalmente que o facto de Espanha ter um peso superior a 20% das vendas portuguesas para o exterior contribui para este dado, mas também o facto de Espanha atravessar, à semelhança de Portugal, uma crise acentuada do seu tecido empresarial provocada pela quebra do consumo interno e pela escassez de crédito bancário”, interpreta Nuno Francisco. “Outros mercados de sinistralidade elevada são os casos de Itália e Grécia, países onde culturalmente os prazos de pagamento são dilatados e também mais expostos à crise internacional”, revela ainda o responsável da Cesces

IV

SEGUROS

sexta-feira, 7 de fevereiro 2014

Operadoras atentas a impacto da crise económica

Roubos no transporte de mercadorias desestabilizam seguradoras É um fenómeno que o mercado segurador encara com naturalidade em tempo de crise, mas ao qual não pode ficar indiferente. O aumento da sinistralidade no seguro de transporte de mercadorias está sobretudo relacionado com a ocorrência mais frequente de roubos e pode obrigar a rever critérios de aceitação de risco ANA SANTOS GOMES anagomes@vidaeconomica.pt

N

o transporte terrestre, aéreo ou marítimo, a proteção das mercadorias é uma preocupação de longa data dos empresários portugueses, mas o aumento dos fluxos internacionais tem levado muitos gestores a dar mais atenção às coberturas que protegem os bens que encaminham para mercados externos. Em causa estão possíveis sinistros que podem destruir ou culminar no desaparecimento dos bens transportados, arruinando os negócios que envolviam a entrega desses mesmos bens e, consequentemente, afetando a rentabilidade da própria empresa. “Caso o sinistro esteja garantido pelas condições da apólice, o cliente tem a garantia da recuperação do valor perdido num curto espaço de tempo. Por outro lado, se a empresa decide assumir o risco e não contratar apólice de seguro de mercadorias, corre o risco de ter que suportar valores elevados”, aponta João Mário Caroço, diretor de produtos para empresas da Allianz. “Sendo que ‘o tempo é tudo’, quando um cliente subscreve uma apólice de mercadorias poderá aliviar dos seus ombros o peso da questão financeira e garantir a continuidade do seu negócio”, acrescenta o mesmo responsável.

O aumento do número de sinistros com mercadorias é habitual em tempo de crise, reconhecem as seguradoras

À “Vida Económica”, João Mário Caroço revela também que “a internacionalização das empresas e a procura de novas oportunidades das empresas portuguesas no exterior tem levado o mercado segurador, tradicionalmente conservador neste tipo de risco, a encontrar novas soluções para satisfazer as ‘novas’ necessidades dos seus clientes”. Mas são os roubos, em frequência crescente, que atormentam, por estes dias, as contas das companhias que assumem o risco de transporte de mercadorias. O diretor da Allianz confirma à “Vida Económica” que estes “crescentes números de sinistros decorrentes de roubos, face aos valores sinistrados envolvidos, poderão desestabilizar a carteira de uma seguradora e, consequentemente, ‘obrigá-la’ a tomar medidas restritivas na subscrição”.

O fenómeno não é, de resto, exclusivo deste ramo e todo o mercado segurador reconhece que seja habitual, neste mercado, um aumento do número de sinistros em tempo de crise, bem como um aumento das situações de fraude.

Saúde centra atenção dos expatriados Mudar-se de armas e bagagens para um país estrangeiro, para nele residir durante alguns anos, por vezes acompanhado dos restantes membros do agregado familiar, é missão que carece de algum arrojo. Mas também de proteção. É que os

Seguradores e corretores também se internacionalizam Seguindo o exemplo da banca, também as seguradoras e corretoras de seguros encontram nos principais mercados de internacionalização das empresas portuguesas terreno fértil para alargar o seu próprio portefólio de clientes. Espanha, França, Angola, Moçambique e Brasil ocuparão, por estes dias, grande parte das atenções dos operadores que estão dispostos a explorar todo o potencial do mercado segurador internacional. E se Espanha e França beneficiavam, até agora, de uma óbvia estratégia de acompanhamento das exportações lusas, os mercados da lusofonia surgem atualmente como diamantes brutos por explorar num mercado onde tantas soluções de proteção podem, com as devidas adaptações, ser adaptadas a outros

povos. Consensual é a convicção de que o estabelecimento das parcerias certas pode ditar o sucesso de um projeto de internacionalização. “É fundamental ter parceiros no exterior para disponibilizar seguros locais, gestão de sinistros e serviços de gestão de risco às operações dos nossos clientes no exterior”, explica Jacqueline Legrand, CEO da MDS Portugal, lembrando que, “para além de possuírem a cultura e língua local, estes parceiros dominam os mercados locais, conhecem as melhores práticas e a legislação”.

No entanto, manter esta parceria não garante, por si só, o sucesso de um projeto de internacionalização. É preciso muito mais para ter uma presença verdadeiramente global, assegura Jacqueline Legrand. “Há

dois componentes-chave para fornecer serviços globais de alto nível e consistentes: os parceiros locais devem ser cuidadosamente selecionados e compartilhar os mesmos padrões profissionais que nós. O outro elemento importante é a nossa experiência na conceção e implementação de programas de seguros internacionais, que são relevantes para cada um dos nossos clientes em termos de cobertura, custos e ‘compliance’”, alega a CEO da MDS, acrescentando que “não há uma solução única para todos os clientes e cada solução deve ser reavaliada, numa base regular, ajustando-se constantemente às necessidades dos clientes e às mudanças e alterações na regulamentação dos seguros locais”t

imprevistos podem acontecer em qualquer lugar do mundo, mas a forma de os resolver não será exatamente igual em todas as geografias.

Ter a certeza de que, em caso de doença ou acidente, se recebe a melhor assistência médica disponível no local ou se garante o regresso a casa, nas melhores condições possíveis e com a celeridade desejável, é, na maior parte dos casos, a principal preocupação de quem parte. E, por inerência, esta é também uma das grandes preocupações das empresas que colocam esses recursos humanos no exterior.

Por ter lançado um seguro específico para expatriados, a AIG está habituada a lidar de perto com essa preocupação dos gestores que apostam na colocação dos seus quadros em pontos estratégicos da sua internacionalização. É precisamente com base nessa experiência que Nuno Noronha, responsável por essa linha de negócio na AIG, confirma à “Vida Económica” que “as empresas portuguesas valorizam a complementariedade das soluções de expatriados compostas por níveis de coberturas com elevados limites de indemnização e exclusões reduzidas, e serviços disponíveis, tais como rede médica convencionada internacional com possibilidade de pagamento direto de despesas localmente, gestão online dos conteúdos e evacuação médica de emergência garantida em destinos menos sofisticados”.

Composto na sua base por um seguro de saúde de consumo, este tipo de seguros responde perante todas as necessidades dos clientes no que refere a questões de saúde de rotina, programada ou de emergência. “A cobertura que tem sido, efetivamente, mais utilizada pelos nossos segurados é a garantia de despesas médicas em ambulatório no estrangeiro e também em Portugal, quando estão de regresso a casa e pretendem efetuar consultas ou ‘check-ups’ com os seus médicos especialistas de confiança”, revela Nuno Noronha. Também a cobertura de evacuação médica tem vindo a ser solicitada com maior frequência, sobretudo em destinos menos sofisticados.

Não é difícil prever uma tendência de crescimento para o mercado de soluções de proteção para expatriados, atendendo à evolução dos projetos de internacionalização que se vão implementando no seio das empresas portuguesas. “Estes produtos tendem a responder em pleno ao dever de cuidado que as empresas devem demonstrar perante os seus colaboradores, aportando paz de espírito aos colaboradores e seus agregados familiares durante a missão de desenvolvimento do negócio das empresas que representam nos novos mercados”, conclui Nuno Noronhas

VI

SEGUROS

sexta-feira, 7 de fevereiro 2014

ASSOCIADO Gerente da Gruben revela desafios da mediação de seguros no atual contexto económico

“Mediadores resistem a parcerias por falta de informação e facilitismo” Luta todos os dias contra os constrangimentos da insularidade, mas procura transformar essa limitação numa oportunidade de crescimento e afirmação. Paulo Alexandre garante que a sociedade de mediação Gruben se orgulha de cobrir todas as ilhas açorianas, onde a crise tardou, mas chegou e já obriga a rever estratégias de comercialização nos segmentos de particulares e empresas Vida Económica - De que modo afeta o exercício da atividade da empresa a integração num grupo económico com interesses em vários domínios?

PA - O facto de a Gruben estar integrada num grupo económico com a dimensão e a diversificação de negócios como é o Grupo Bensaude traz grandes vantagens, desde logo pelo “know-how” adquirido, traduzindo-se numa mais-valia que é diretamente transferida e visível através dos serviços de consultadoria que oferecemos aos nossos clientes espalhados por todo o país. Fazermos a gestão dos seguros da grande diversidade de negócios do grupo permitiu-nos adquirir uma ampla experiência nos diversos ramos de seguros, o que nos permite trabalhá-los com o mesmo rigor e facilidade para qualquer tipo de cliente.

VE - A insularidade, na mediação de seguros, constitui uma vantagem ou desvantagem? O problema do afastamento aos centros de decisão produz os seus efeitos?

PA - O isolamento, fruto da insularidade, constitui uma desvantagem, como em qualquer área de negócio, precisamente pelo facto de se estar afastado dos centros de decisão. No entan-

e mais de perto conhecermos as necessidades dos nossos clientes. Assim o grupo concentra toda a energia no seu “core business”, já que só assim pode oferecer um melhor serviço de consultadoria aos seus clientes no local e no momento em que estes mais necessitam.

Sendo o nosso principal objetivo promover soluções para uma eficaz proteção dos nossos clientes e dos seus negócios, só é possível alcançá-lo estando presente.

VE - Por que razão poderá existir alguma resistência ao estabelecimento de parcerias na mediação de seguros?

PA - Na minha opinião, as duas principais razões para resistência a parcerias na mediação de seguros são a falta de informação e o facilitismo, principalmente dos mediadores individuais mais pequenos. Se pensarem bem nos requisitos legais e respetivos custos que a atividade requer e que a atividade é para ser exercida com profissionalismo, respeitando e cumprindo o exigível, chegam facilmente à conclusão que só têm vantagem em estabelecerem parcerias.

to, esta desvantagem faz realçar a importância do mediador de seguros profissional e a Gruben transforma esta desvantagem numa vantagem, estando sempre presente para os seus clientes, dando-lhes assistência no local e em tempo útil.

Também colmatamos mais facilmente o problema do afastamento dos centros de decisão através do nosso escritório em Lisboa.

“Ultimamente corremse mais riscos, já se verificam reduções de coberturas e anulações de contatos de seguros não obrigatórios por razões económicas”, confirma Paulo Alexandre

VE - O recurso e alargamento da rede comercial constitui estratégia para atalhar as dificuldades impostas pela pluralidade de ilhas?

PA - Sem dúvida. Até porque o facto de o grupo ter negócios em todas as ilhas requer a nossa assistência técnica e comercial presencial, fazendo com que o nosso leque de clientes também esteja alargado a todas as ilhas. Existe na Gruben uma cultura de esforço permanente para melhor

Participação em grupo histórico Com sede em Ponta Delgada, na ilha açoriana de São Miguel, a Gruben opera no mercado segurado, enquanto sociedade mediadora, desde 1980. Integra o Grupo Bensaude, empresa de cariz familiar com uma história que remonta a 1820 e que tem desempenhado um papel determinante na fundação e gestão de empresas de diversas áreas económicas, incluindo a Companhia de Seguros Açoreana. Hoje, o grupo subdivide-se em três holdings, uma por cada área de negócios – Marítima, Turismo e Participações em outras áreas de negócio.

Se numa primeira fase, a Gruben centrou a sua atividade no seio do grupo económico a que pertencia, prestando serviços de assessoria em seguros às diversas empresas que o constituíam,

já numa segunda fase a sociedade mediadora alargou a sua atuação ao mercado em geral, não só a partir da sua sede, em Ponta Delgada, mas também a partir do escritório em Lisboa e dos vários pontos de apoio em diversas ilhas do arquipélago dos Açores. “Desde 2003 há também uma forte aposta nos recursos humanos, tanto ao nível da quantidade como, e principalmente, da formação e qualificação, o que nos permitiu fidelizar e alargar a carteira de clientes”, assegura Paulo Alexandre.

Operando nos ramos Vida e Não Vida, a Gruben tem grande parte da sua quota de mercado concentrada na ilha de São Miguel, mas a carteira da sociedade mediadora estende-se a todo o território português, continental e insulart

“O consumidor dos Açores está mais desperto para a necessidade de se proteger das catástrofes naturais”

VE - Como caracterizaria o consumidor de seguros insular?

PA - O consumidor de seguros dos Açores é igual a qualquer outro de qualquer ponto do país: quer o melhor seguro ao mais baixo preço. Está, talvez, mais desperto para a necessidade de se proteger das catástrofes naturais. No entanto, temos que ter em conta que o mercado de seguros nos Açores é um mercado “sui generis”. Em primeiro lugar, pelas limitações geográficas e pelo facto de termos como setor de atividade principal o setor terciário. Depois, também se constata que é um mercado muito competitivo, tanto ao nível da mediação como dos canais diretos. Outro ponto é o facto de a banca exercer uma forte pressão sobre os seus clientes para aquisição de seguros.

VE - A conjuntura económica por que atravessa o continente afeta de igual modo a atividade seguradora no arquipélago dos Açores? De que modo?

PA - As dificuldades fazem-se sentir por todo o país. Fez-se sentir no arquipélago dos Açores um pouco mais tarde e, talvez, de forma ligeiramente mais suave. No entanto, hoje em dia, fruto das dificuldades impostas pela crise que o país atravessa, as pessoas estão mais atentas ao preço, tentam arranjar o melhor seguro ao mais baixo preço, muitas vezes descurando as garantias que lhes são propostas. Ultimamente correm-se mais riscos, já se verificam reduções de coberturas e anulações de contatos de seguros não obrigatórios por razões económicas, tanto ao nível dos clientes empresa como nos clientes particulares.

Ultrapassamos estas dificuldades essencialmente com o acompanhamento constante dos clientes, estudando o mercado para lhes conseguir propor a melhor solução para cada situação, tendo sempre presente os nossos valores: honestidade, orientação para o cliente, ambição e sustentabilidade. O meu lema é não desistir e enfrentar as adversidades. Para mim, nas épocas de maiores adversidades devemos manter a confiança e acreditar em nóss

SEGUROS

sexta-feira, 7 de fevereiro 2014

VII

calendário de eventos da atividade seguradora fevereiro/2014 Consulte online em www.aprose.pt Data

Endereço

Organização

Telefone

Fax

E-mail

Web page

Reduzir custos - Aumentar a rentabilidade 11 e 12/02/14 Lisboa envolvendo as pessoas

Evento/Curso

Cidade

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12/02/14 (início)

Qualificação de agentes e corretores de seguros

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12/02/14 (início)

Qualificação de mediadores de seguros ligados

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17 e 18/02/14 Prática de resseguro 19 e 20/02/14 Subscrição de negócio Não-Vida 21 e 24/02/14 Aprender a falar em público 21/02/14

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Práticas proibidas no setor segurador

24 e 25/02/14

Gestão da Qualidade Segundo a Norma NP EN ISO 9001:2008

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25/02 a 13/05/14

Gestão técnica do ramo Vida

B-Learning

27 e 28/02/14 Marketing de seguros

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CMMI® - Melhores Práticas na Excelência 27 e 28/02/14 de Processos aplicadas ao Setor Lisboa Segurador

Europ Assistance celebra parceria em Angola

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Europ Assistance reforçou a sua presença em Angola através de uma parceria com a Confiança Seguros.

Esta seguradora opera no mercado angolano desde 2008 e a partir de agora, os seus clientes poderão usufruir do serviço de assistência em viagem da Europ Assistance sempre que viajarem para fora do território angolano. Esta assistência em

viagem, válida para todo o mundo, pode incluir, mediante solicitação dos clientes, o pagamento das despesas médicas, cirúrgicas, farmacêuticas e de hospitalização; o transporte ou repatriamento sanitário de feridos e doentes; o regresso antecipado da pessoa segura, a supervisão de crianças no estrangeiro e ainda a perda, dano ou roubo de bagagenss

Liberty entrega prémios a bebés do ano

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Liberty Seguros já entregou dois prémios aos primeiros bebés do ano. É o décimo ano consecutivo, que a Liberty oferece um presente aos primeiros bebés que nascem no primeiro dia de cada ano. Lara Sofia, que nasceu em Viseu, e Luana Rufino, que nasceu em Lisboa, são, este ano, as duas bebés contempladas com um

seguro Liberty Poupança, no valor de 1500 euros, e um prémio adicional de 500 euros em dinheiro. O programa “1.º Bebé do Ano” insere-se na política de Responsabilidade Social da Liberty, pretendendo contribuir para a melhoria das condições de vida e proteção das famílias, tendo já premiado 17 bebés nas nove últimas ediçõess

Emérico Gonçalves nomeado diretor de distribuição da AIG

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om uma experiência acumulada há mais de 20 anos no setor segurador, Emérico Gonçalves assume agora o cargo de diretor de distribuição da AIG Portugal, ficando responsável pela gestão de todos canais de distribuição de seguros em Portugal, incluindo parceiros de negócio e corretores/agentes.

Emérico Gonçalves entrou na AIG em 2004, como responsável pelo desenvolvi-

mento da área de negócio de Acidentes e Doenças e acabou por assumir, em 2008, a gestão e coordenação do negócio corporate da seguradora em Portugal, incluindo a gestão do canal de mediação / corretagem e outros canais alternativos. Nesta nova função, Emérico Gonçalves vai também dar suporte a outras áreas estratégicas da companhia, como as Linhas de Consumo, o Marketing e a Comunicaçãos

VIII

SEGUROS

sexta-feira, 7 de fevereiro 2014

Associação divulga projeções referentes a 2013

APROSE representa 22% do mercado de mediação Não Vida

A

O

s corretores e agentes de seguros filiados na APROSE representaram, no ano passado, 21,74% do produto da atividade de distribuição de seguros Não Vida, com um total de 105.226.871 euros de remunerações geradas e auferidas. Uma representatividade que se mantém estável face a 2012, quando os filiados da APROSE representavas 22% dessa produção.

Esta é uma das conclusões retiradas do relatório de gestão da APROSE que acompanhou as contas da associação relativas a 2013 e a que a Vida Económica teve acesso.

O comissionamento médio por agente de seguros pessoa singular foi, em 2013, de 8.597 euros (9.439 euros em 2012), tendo chegado aos 85.289 euros nos agentes pessoas coletivas (88.067 euros em 2012). Já os corretores viram o seu comissionamento médio subir para os 1.104.659 euros (foi 1.023.656 euros em 2012) e os mediadores de seguros ligados totalizaram 7.971 euros no ano passado (5.777 euros em 2012).

Tendo em conta que, à data de elaboração do relatório de gestão da APROSE, não estarem ainda publicadas as estatísticas de 2013 relativas aos canais de distribuição, a associação procedeu, à extrapolação dos valores de 2012, com as adaptações resultantes da evolução dos ramos Vida e Não Vida relatadas pelo Instituto de Seguros de Portugal. Apesar do aumento do produto da atividade seguradora, verificou-se que a sua maior incidência foi no ramo Vida, tendo o Não Vida sofrido uma diminuição que rondou os 3%, onde o canal de distribuição representado pela APROSE – corretores e agentes de seguros – é particularmente ativo e com quotas de mercado significativas, pelo que se estimou que, neste ramo, os pesos de cada canal de distribuição não tenham sofrido alterações significativas face a 2012.

Assumindo a distribuição do ramo Vida caráter marginal e residual entre os associados da APROSE, a comercialização dos seguros do segmento Não Vida deverá ter continuado a assentar essencialmente no canal agentes, que em 2012 foi responsável por 54% das vendas, contanto que os corretores deverão manter a responsabilidade pela colocação de aproximadamente 17,1% dos produtos deste ramo, concluiu a associação que representa a mediação profissional de seguros. Ainda neste segmento, a evolução do canal bancário deverá ter-se mantido estável, tendo a sua quota atingido 15,3% em 2012 (13,7% em 2011). A verificar-se a projeção, os restantes mediadores de seguros ligados (tipo I e tipo II) mantiveram a sua representatividade, tal como já havia sucedido de 2011 para 2012, em que se registou a manutenção da respetiva quota de distribuição de 15,5% e 2,1%, correspondentemente. O canal de mediadores de seguros ligados é responsável por 53% da distribuição do total nos ramos Vida e Não Vida.

Com um peso de 10,7% em 2012, a venda direta também deverá ter registado uma ligeira redução, mais marcada nos balcões das seguradoras. O recurso a instrumentos à distância, que estão incluídas nesta categoria, tais como o telefone e a internet, deverá ter determinado, em 2013, a manutenção da sua importância relativa nos mesmos níveis de 2012, aproximando-se dos 2,1% na estrutura total do segmento Não Vida, sendo o canal internet irrelevante.

F. Rego e MAPFRE lançam seguro para apicultores

Em 2013, e mantendo-se os mesmos pressupostos, o montante global de remunerações auferidas pelos mediadores que operaram em Portugal deverá ter ascendido a cerca de 757 milhões de euros (273 milhões de euros em Vida e 484 milhões de euros em Não Vida). Estima a APROSE que 42,3% deste valor global diga respeito a mediadores de seguros ligados, que correspondiam a cerca de 43,8% do universo total dos mediadores.

Por segmento, a análise ao documento conclui que é no ramo Vida que a representatividade do total de remunerações no âmbito dos mediadores de seguros ligados é mais notória (85,7%), o que está efetivamente associado ao facto de haver uma estreita relação entre o canal bancário e a distribuição deste tipo de produtos. No entanto, no cômputo geral, é nos ramos Não Vida que se concentra o mercado da mediação nacional que, em conjunto, significa 63,9% da remuneração global, ou seja, cerca de 484 milhões de euros, maioritariamente distribuídos entre agentes individuais (20,3%) e coletivos (40,9%). Os corretores e os mediadores de seguros ligados terão obtido 19,4% e 17,7% destas remunerações, por esta ordem.

A proporção atribuível à área dos fundos de pensões é, neste contexto, pouco significativa. A venda deste tipo de produtos é efetuada essencialmente pelos mediadores de seguros ligados.

Dos 86 corretores de seguros que figuravam no ranking de 2012 (o último disponível até ao momento), a APROSE representava 58 e apenas 27 não estavam inscritos na associação (eram 24 em 2011). Estima-se, assim, em 74,28% a quota de mercado da corretagem de seguros filiada na APROSE (era 79,01% no ano anterior). A esta quota corresponde agora um volume de remunerações totais de 78.131.408 euros num total de 105.183.289 euros. No ano anterior era de 83.915.747 euros num total de 101.637.088, sem mediadores de resseguros.

Em termos de comissionamento auferido em 2012, conclui-se que 15 dos 20 maiores agentes de seguros pessoas coletivas estavam inscritos na APROSE, representando estes 31.136.946 euros de um total de J 51.395.233 que aqueles 20 maiores agentes movimentaram nesse ano, correspondendo a uma quota de mercado de 60,58%s

O comissionamento médio por agente de seguros pessoa singular foi, em 2013, de 8.597 euros, tendo chegado aos 85.289 euros nos agentes pessoas coletivas

corretora F. REGO assinou esta semana um protocolo com a MAPFRE e com a Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP) para a criação de um seguro de proteção de colmeias e dos apicultores.

Considerado inovador no mercado português, o seguro apícola visa não só a proteção da atividade de apicultura, mas também do próprio património dos apicultores, integrando as coberturas de responsabilidade civil, incêndio, atos de vandalismo e furto ou roubo.

Este seguro vem dar resposta a uma necessidade já há muito manifestada pelos apicultores portugueses que, até ao momento, não tinham acesso a qualquer proteção para os riscos a que estão expostos. A FNAP espera ainda que o lançamento desta nova solução contribua significativamente para a modernização e profissionalização do setor agrícola.

No âmbito desta parceria, os associados da FNAP, que representa 45 organizações nacionais de apicultores, vão poder aceder a outras apólices de seguros através da corretora R.Rego, beneficiando de condições preferenciais em apólices de automóvel, acidentes de trabalho, vida, saúde e multirriscos habitaçãos

Allianz lança plataforma eCliente

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Allianz Portugal lançou a plataforma online eCliente Allianz, procurando com ela aumentar a proximidade entre os seus mediadores e respetivos clientes. A plataforma permite aos clientes consultar todos os seus contratos, os recibos de prémio, anexar documentação digital e ainda participar eventuais sinistros de automóvel ou de habitação. Para aceder à nova plataforma, os clientes da seguradora terão de registar-se e solicitar à companhia um código individual de acesso.

A Allianz garante que o mediador está sempre envolvido em todo o processo.

José Francisco Neves, diretor de Market Management e Distribuição Bancária da Allianz, garante mesmo que o eCliente é um meio prático e útil de que os clientes dispõem para consultar e gerir a sua carteira de seguros, “potencializando a sua relação com a companhia e com o mediador Allianz”.

A plataforma poderá ser também utilizada para realizar simulações de prémios de seguro automóvel, para subscrever o seguro Allianz Auto ou para reforçar poupanças em produtos Vida. Para breve está já prevista a disponibilização da plataforma em versão para smartphone e tablets