newsletter N.º 13 | Maio/Junho 2012
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Empreendedores geram emprego qualificado Os empreendedores aumentaram em 16% a sua força de trabalho em 2011. De acordo com o “Global job hot spots: Help wanted”, um estudo da Ernst & Young que envolveu 400 empreendedores de todo o mundo, apesar de economicamente os tempos serem difíceis, mais de dois terços dos inquiridos admitem contratar em 2012, criando postos de trabalho que não são temporários ou de baixa qualidade, mas de grau académico ao nível da universidade ou muita experiência. Segundo o comunicado de imprensa, a maior parte dos empreendedores ouvidos referiram ter aumentado o número de colaboradores no ano passado. Na América esse crescimento foi de 18%, na Ásia-Pacífico e Europa o crescimento foi de 16% e 12% respectivamente. Jim Turley, Chairman e CEO of Ernst & Young, afirmou que “quando o desemprego alcança altos índices, particularmente entre os jovens, há uma necessidade latente de crescer economicamente. Neste momento, os
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empreendedores são ainda mais importantes e as empresas que lideram e os trabalhos por si criados são ainda mais críticos”. Segundo o estudo, 81% dos entrevistados criaram emprego para “pessoas experientes”, enquanto 35% recrutou colaboradores com “alguma experiência” e 29% recrutou pessoas sem experiência. 40% também esperam aumentar a sua força de trabalho fora do país sede. Quando questionados acerca de eventuais países onde antecipam a criação de mais emprego, Estados Unidos, China, Reino Unido e India foram os destinos mais populares. Quando inquiridos porque estavam a recrutar fora do seu mercado de origem em 2012, 74% dos empreendedores confirmou que tinha como objectivo ajudar a entrar em novos mercados. Apenas 14% dos inquiridos referiram estar a recrutar internacionalmente para “tirar vantagem de custos laborais mais baixos”, e apenas 8% disse querer beneficiar dos incentivos governamentais nesses países.
Editorial....................................... 2 Artigo........................................... 3 Artigo........................................... 4 Gestão......................................... 5 Artigo........................................... 6 Breves.......................................... 7 Caso em destaque................... 9 Caso em destaque
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newsletter N.º 13 | Maio/Junho 2012 Entrevista
Editorial
Aguiar Falcão, diretor da ENA e mentor da Escola Mágica, afirma
As empresas devem intervir de forma responsável e positiva na sociedade A Escola de Negócios e Administração (ENA) nasce em 2002, em Vila Nova de Gaia, como parte de um sonho maior de Aguiar Falcão. Em conversa com a “Vida Económica” este empresário e empreendedor fala-nos sobre um dos seus projetos mais emblemáticos e actuais – A Escola Mágica. Empreender – Como surgiu o projeto Escola Mágica e em que consiste? Qual o seu publico alvo? Aguiar Falcão – A Escola Mágica surgiu para dar resposta ao novo paradigma de ensino “A escola Interativa” apoiada pelas novas tecnologias. Oferece um conjunto de soluções e recursos didáticos para o desenvolvimento de competências cognitivas, escolares, sociais e cívicas dos alunos. Acreditamos que o desenvolvimento da educação passa pela interdependência entre os seguintes vectores: as crianças, os pais, a escola/professores e as instituições/empresas, daí que sejam estes os seus públicos. E – Atualmente a Escola Magica conta com mais de 140 mil utilizadores. Qual tem sido o feedback dos mesmos sobre o projecto? AF – Tendo sido lançado como projeto piloto em mais de 20 escolas em 2009/2010, fruto de uma parceria com vários municípios portugueses, com vista a fornecer, gratuitamente, conteúdos aos alunos do primeiro ciclo, a Escola Mágica arrancou no presente ano letivo em centenas de estabelecimentos de ensino, de mais de 80 concelhos, pertencentes aos distritos de Lisboa, Setúbal, Faro, Santarém, Leiria, Coimbra, Aveiro, Viseu, Porto, Braga, Vila Real e Bragança. Os objetivos alcançados ultrapassaram em larga escala as expectativas iniciais – até à presente data, a Escola Mágica conta com mais de 140 mil utilizadores. O feedback das crianças e professores tem sido extremamente positivo: adoram as aventuras pedagógicas da Inês e do Martim. E – Se uma escola, um professor ou um pai quiser aderir à Escola Mágica, o que tem que fazer? AF – Fruto de protocolos estabelecidos com autarquias e instituições de todo o país, a Escola Mágica está disponível gratuitamente para todos os seus públicos bastando para tal fazer o registo pessoal em www.escolamagica.pt E – Como pode um pai utilizar a Escola Mágica com o seu filho? AF – Os pais podem acompanhar todo o processo de aprendizagem das crianças na plataforma. Podem ainda aproveitar espaços como a biblioteca, para interagir com os filhos, explorando múltiplas histórias e contos em versão digital.
E – Que produtos contempla a Escola Mágica? AF – Para as crianças, a Escola Mágica disponibiliza conteúdos escolares, estruturados de acordo com os programas oficiais para o 1º Ciclo do Ensino Básico, bem como conteúdos lúdicos – As aventuras da Inês e do Martim. Estes conteúdos abrangem todas as áreas curriculares, incluindo o Inglês. Através de múltiplos recursos multimédia procura-se estimular a aprendizagem, possibilitando o alcance dos objectivos de forma divertida e aprazível. Aos professores, a Escola Mágica possibilita a gestão do processo educativo, através de sequências de aprendizagem integradas num repositório de conteúdos educativos multimédia, autónomos e organizados por área curricular e temas – A oficina do Saber. Na Oficina do Saber, o professor encontrará material complementar essencial à consolidação da aprendizagem, que também pode ser facilmente impresso e transposto para a sala de aula. A Escola Mágica defende que as instituições e as empresas devem intervir de forma responsável e positiva, alavancando possíveis soluções para os problemas que afetam a sociedade, em particular os da área educativa. Como tal, organizámos as Olimpíadas do Saber, um concurso para estimular os alunos em atividades relevantes e desafiadoras do ponto de vista educativo. Concebemos, também, o Baú dos Saberes, no qual são facultados os princípios da alimentação saudável, da poupança, do cuidar do ambiente, da segurança, do cuidado pessoal e da cidadania, através de vídeos e as divertidas animações multimédia. Nestes dois projetos, colaborámos com diferentes instituições e empresas, tendo em vista o desenvolvimento da produtividade educativa e o incremento da cidadania. Mónica Monteiro
Estagiários e empresas O Governo aprovou muito recentemente em Conselho de Ministros o programa “Impulso Jovem”, que pretende beneficiar cerca 90 mil jovens com a criação de estágios profissionais e apoios à contratação e ao investimento. Numa primeira fase, esta medida, que tem uma verba disponível de 350 milhões de euros, permitirá aos jovens desempregados há pelo menos quatro meses terem um estágio profissional de seis meses numa empresa, com um mínimo de 50 horas de formação, e, numa segunda fase, passar a ter um contrato sem termo. A medida implica a atribuição de uma “bolsa de apoio” à entidade empregadora, que varia conforme o grau académico do candidato, e ainda um “prémio de integração dependente da contratação sem termo”, revelou Miguel Relvas. Na minha opinião, este é um programa que pode ser muito importante para os mais jovens. Contudo, é importante pensar que as empresas têm de exportar mais e gerar mais riqueza pois só assim conseguem absorver estes activos. Este assunto fez me lembrar um outro: a questão dos estágios não remunerados. Eu que também já efectuei não um mas dois estágios não remunerados, defendo que todo e qualquer trabalho deve ser remunerado (não se incluí obviamente o voluntariado). As empresas visam o lucro e se visam o lucro porque razão há-de um jovem qualificado prestar serviço sem que não seja pago por isso? Como todos sabemos, o salário é um dos fatores que maior motivação geram no desempenho das funções e isto torna-se, a meu ver, ainda mais relevante em início de carreira. Será importante as nossas empresas perceberem que os jovens estagiários devem ser premiados pelo trabalho que desenvolvem. Penso que as empresas devem “aprender” a valorizar este “novo” conhecimento que muitas vezes pode resultar em projetos mais inovadores e criativos. Um novo olhar sobre a organização pode ser uma mais-valia para todos quando o acolhimento e a motivação são o princípio desta relação entre ambas as partes. Uma das alternativas a esta tendência é incutir a estes jovens uma cultura mais “fazedora”. É importante criarem outras alternativas, tornarem-se intra-empreendedores, levarem mais ideias e iniciativas no bolso, mostrarem-se uma mais-valia para as empresas em que integram, no fundo demonstrem e fazerem com que o seu valor seja reconhecido e remunerado. Ou não é isso o que todos queremos? Patrícia Flores patriciaflores@vidaeconomica.pt
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Porque o engagement conta Imagine-se na seguinte situação! Quer mudar o formato de atendimento aos clientes. Já calculou todas as necessidades de investimento, desde mudanças de lay out, à comunicação ao mercado e depara-se agora com a questão de determinar se os colaboradores serão capazes de ser bem-sucedidos no novo formato e qual o esforço, tempo e investimento necessário para conseguir que os colaboradores adotem a atitude correta. Onde procurar a(s) resposta(s)? No nível engagement dos colaboradores! Este é o fator que, individualmente, mais influencia a capacidade de adaptação de uma organização, superando o domínio técnico e as características da personalidade. De acordo com Peter Senge, o engagement organizacional traduz-se “num sentimento de responsabilidade individual de transformação de metas em realidade”. É um estado afetivo (talvez daí a ligação com noivado…) do colaborador com a organização, que vai para além da vertente instrumental da motivação que relaciona recompensa com custo pessoal para a sua obtenção. Várias organizações estudam o impacto do engagement no desempenho empresarial. A Towers Watson identifica que as companhias com níveis altos de engagement superam as empresas similares, em 47%. Na mesma linha, o Hay Group aponta para um acréscimo de produtividade de 43%, resultante do nível de engagement. A Gallup indica que colaboradores comprometidos (com nível de engagement elevado) têm 87% menos de probabilidade de abandonarem a companhia. Isto só para citar alguns resultados de estudos. Na Dale Carnegie®, temos de forma autónoma ou em parceria, dedicado bastante tempo a este tema. Um dos estudos que efetuámos foi em parceria com a American Society for Training and Development (ASTD), tendo-se concluído que apenas um terço dos inquiridos se posiciona como altamente comprometido e que aproximadamente 23% está minimamente comprometido. As aplicações em Portugal, embora sem amostra representativa, indiciam que o nível de indivíduos altamen-
te comprometidos é inferior a 20%, não revelando números distintos no que respeita aos níveis de baixo comprometimento. Há ainda indícios que os níveis têm decaído ao longo dos últimos 3 anos.
O que é o engagement? É o estado afetivo (descodificação) do colaborador na sua relação com as condições de trabalho, os pares, os superiores e a organização (enquanto conjunto de valores e práticas) que significativamente influenciam a sua determinação em atingir bons desempenhos. Possibilita aferir qual a determinação do grupo para prosseguir os objetivos, tendo semelhanças com a noção de moral em contexto militar.
Fatores que explicam o engagement? Esta relação afetiva estabelece-se tendo na base as condições para a realização do trabalho do individuo. As condições de equipamento, o apoio direto obtido, o relacionamento direto com colegas são exemplos dos aspetos que condicionam a base da pirâmide. Um segundo nível prendese com o desenvolvimento pessoal, as facilidades de comunicação e o apoio percebido. A partilha de valores, a confiança na organização, são exemplos de critérios de engagement correspondentes ao topo da pirâmide. A cada bloco corresponde praticamente uma questão de largo espetro: 1) sinto-me enquadrado e respeitado? 2) Sou valorizado e aqui posso desenvolver-me? 3) Vejo futuro nesta organização e enquadro-me nela?
Na base do estudo do nível de engagement está um inquérito que, dependendo das organizações que o promovem, varia normalmente entre 12 e 24 questões. Os resultados possibilitam a comparação de níveis de engagement entre departamentos, idades, por tempo de casa, por turno, etc. A facilidade de aplicação da metodologia ajuda a que as organizações o façam com regularidade, dispondo de dados sistemáticos que possibilitam monitorizar a evolução do indicador e perceber os focos de problema e/ou de resultados. Das aplicações realizadas há uma mensagem que os clientes nos transmitem – “ahh! Eu tinha essa sensação”. Na verdade, de uma forma fácil se passa de “sensações” para informação de gestão.
Para que serve? A partir do momento em que o engagement é medido, a organização conhece quais os fatores que o estão a influenciar, podendo orientar as suas prioridades para suprir essas lacunas evitando desperdiçar recursos. A tomada de decisão passa a ser suportada em dados fidedignos, o que acelera e melhora a qualidade da mesma. A informação obtida possibilita atuar cirurgicamente nas variáveis ou locais da organização em que terão mais impacto. Estas são ações em que o nível de engagement é um fim em si mesmo. Há várias circunstâncias em que nível de engagement é um dado de partida, por exemplo no dimensionamento de uma qualquer iniciativa empresarial. Tem duas equipas de venda em locais geograficamente distintos,
pretende introduzir uma nova família de produto. Havendo diferentes níveis de engagement com condições de mercado semelhantes, possuirá dados que lhe permitirão estimar e alocar o esforço para conseguir que, em cada zona, o payback chegue no mais curto espaço de tempo. Atendendo a que o engagement tem correlação direta com a performance comercial, com rotação de pessoas, nível de serviço ao cliente e com vários outros indicadores de gestão. A identificação de um problema deste tipo numa secção ou área pode ser trabalhada através da melhoria do nível de engagement das pessoas. Por si só, o engagement, ao nível da gestão individual de RH, possibilitanos identificar as pessoas onde o investimento terá maior probabilidade de gerar retorno e que correspondem àquelas com uma ligação afetiva mais forte à organização, O investimento em desenvolvimento técnico em pessoas com baixo nível de engagement tem forte probabilidade de não conseguir o retorno desejado. Verifica-se uma tendência generalizada para que a gestão se baseie em factos, números e indicadores. Ao nível das variáveis de performance (vendas, resultados, quantidades, etc.), estes indicadores estão amplamente divulgados e usados. Paradoxalmente à sua importância, há muito poucos indicadores diretos relacionados com o capital humano e muitas organizações têm dificuldade e hesitam na hora de tomar decisões nestes temas, em virtude dessa ausência de elementos quantificados. A medição do nível de engagement possibilita trazer para o dia a dia da gestão algumas variáveis soft associadas à gestão de pessoas, o que, na nossa perspetiva, é um salto relevante para a gestão. Luís Melo Partner Dale Carnegie® Training Portugal luis.melo@dalecarnegie.com Daniela Moreira Diretora Executiva Dale Carnegie® Training Portugal daniela_moreira@dalecarnegie.com Texto publicado na coleção Lessons Learned da Dale Carnegie® Training Portugal
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mo.ca. – mobiliário de cartão é sucesso nacional e acredita na exportação Carnaval de 2011, Filipa Carretas, enóloga de formação, técnica de turismo por vocação, procurava uma fatiota o mais original possível. Percorrendo as ruas do Porto, Filipa apercebe-se que existe imenso “desperdício reutilizável” que poderá utilizar como matériaprima. Dezoito placas de cartão canelado, desperdícios de uma fábrica, foram assim a transformados num boneco e numa peça Lego. Nascia assim o mo.ca – Mobiliário de Cartão. Após este desafio inicial, a aplicação da mesma técnica para a produção de mobiliário foi um passo natural. Afinal, tinham aberto uma “caixa de Pandora”, explica Jorge Sá, arquiteto e o outro fundador do projeto. Salientando que “sempre gostamos de jogar, de brincar e de criar”, a co-fundadora recorda que foi então que decidiram criar uma mesa de apoio para a casa onde vivem. Mais uma vez, a inspiração veio dos Legos. Queriam algo prático, versátil e de fácil arrumação, e por isso recorreram ao conceito de peças modulares que pudessem ser encaixadas umas nas outras. Dependendo das necessidades, tanto podiam obter vários bancos como pequenas mesas. Depois de cálculos rigorosos e muitos, muitos testes, conseguiram chegar a um módulo de cartão que é simultaneamente resistente e leve.
“Somos empreendedores porque arregaçamos as mangas Questionados pela ‘Vida Económica’, estes dois jovens consideramse muito mais empreendedores do que inovadores. “Não somos inovadores porque já existe muita gente a trabalhar em cartão”, admite Filipa Carretas acrescentando que “a única diferença que vimos até hoje, é o sistema modular”. Por isso, complementa Jorge Sá, “so-
mo.ca foi pioneiro no apoio através do crowdfunding
mos sobretudo empreendedores, porque arregaçamos as mangas”. Porém, ambos admitem que o “empreendedorismo não nasce do nada”. Tem muito a ver com a “educação e com a personalidade da pessoa”. “Nunca fomos pessoas de nos resignar, de estarmos quietos”, reforçam. O mo.ca é assim fruto da “nossa necessidade económica e da funcionalidade das peças”, “conseguimos que um projeto que transforma o lixo em luxo conseguisse ter um mediatismo e uma força únicos em tão pouco tempo”, destacam em uníssono ambos os jovens.
Todavia, e apesar de completar já no próximo mês de julho um ano de existência, os dois empreendedores ainda não sobrevivem do mo.ca. Jorge Sá continua a trabalhar a meio tempo como arquiteto. Já Filipa Carretas ficou há pouco tempo desempregada. Ainda assim, para a co-fundadora, o mo.ca surge e ganha força sobretudo devido à inexistência de motivação nas respetivas profissões. “O problema não está nas profissões, nem no facto de ganharmos pouco (que é o que acontece no geral), mas devido à forma como as entidades patronais tratam as pessoas”.
O mo.ca foi também pioneiro na forma de financiamento. Foi o primeiro projeto apoiado pelo Crowdfunding, uma forma inovadora de financiar pequenos projetos. No caso, o apoio surgiu através da Massivemov, uma plataforma portuguesa de financiamento colaborativo. E por terem sido os primeiros acreditam que muito do sucesso prende-se com esse fator. Vinte e oito pessoas apoiaram o projeto mo.ca. Em troca, dependendo do valor concedido, receberam descontos, alfinetes, uma mesinha de cabeceira ou até mesmo um puzzle completo. Prova do sucesso alcançado, os pedidos de orçamentos têm-se multiplicado. Por isso, os fundadores acreditam que a médio prazo possam começar a exportar os seus produtos. “É quase obrigatório para uma marca que queira crescer, ainda para mais, sendo artesanato urbano, temos que ter uma rede de clientes muito maior”, salienta Jorge Sá. Outra das preocupações presentes no projeto é a preocupação ambiental, nomeadamente através da reciclagem. “Uma das nossas máximas é não comprar papel ou cartão”, garante Filipa Carretas. Por isso recolhem “o que está pronto para ir para o lixo”, afiança Jorge. Todavia, atualmente já são contactados por pessoas e empresas que informam que tem cartão e questionam se podem ir entregá-lo. Um cabide/armário em forma de sapatilha, mesas-de-cabeceira e de apoio, bancos, árvores de Natal, cubos mágicos com imensa arrumação e candeeiros, que entretanto já viajaram até Clerkenwell para a Design Week 2012 são apenas alguns dos produtos com a assinatura mo.ca. Tudo sempre em cartão.. FERNANDA SILVA TEIXEIRA fernandateixeira@vidaeconomica.pt
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OPO’Lab une criatividade, inovação e indústria Assumindo-se como um laboratório de experimentação e exploração criativa, o projeto OPO’Lab é um verdadeiro centro dinâmico e multidisciplinar dedicado ao pensamento e exploração criativa do uso de novas tecnologias na arquitetura, construção, design e outras áreas artísticas. Sendo a primeira entidade do género em Portugal, o OPO’Lab pretende afirmarse como referência de inovação nacional e parceiro por excelência das universidades, empresas e de todos aqueles interessados em conceber e materializar trabalhos inovadores dentro das suas áreas criativas. O projeto surge da necessidade de se criar um espaço tipo “FabLab”, onde as pessoas pudessem deslocar-se ao local e experimentar. Isto “porque muitas vezes é completamente impossível um criador entrar em contacto com uma empresa para fazer uma determinada peça”, salienta José Pedro Sousa. A nível industrial, exemplifica o cofundador do projeto, “isso é muito complicado porque não se pode parar a produção para fazerem uma só peça para um determinado criador”. Por essa razão, encontramos aqui “um nicho de mercado”, frisa. A atividade do OPO’Lab prolonga-se assim em duas vertentes: uma, mais criativa, voltada para o desenvolvimento de pequenos protótipos e o fabrico de propostas concebidas por artistas independentes; e uma outra vertente de negócios, na qual se incluem serviços de curadoria e desenho de eventos, exposições e conferências. Entre os clientes do OPO’Lab contam-se já entidades públicas ligadas à cultura, mas também públicos empresariais, nomeadamente pequenas e médias empresas (PME), que beneficiam da tecnologia digital do OPO’Lab para ganhar notoriedade. Representando um investimento de cerca de 100 mil euros, até ao momento, o projeto assume-se assim como uma entidade “global e plural”, que, no diálogo com os seus clientes, “não se limita a prestar um serviço e procura também identificar e estabelecer sinergias e parcerias entre estes”. O OPO’Lab atua também por vezes como um “elemento conector de ligação entre o design e a indústria”, aliando “propostas inventivas e arrojadas de uns com a tradição e o knowhow específico de outros”, afirma Luís Fernandes.
Porto pode ser um importante pólo criativo no contexto da Península Ibérica Questionados acerca dos fatores que diferen-
ciam o OPO’Lab em relação a outros laboratórios de fabrico digital, a equipa de quatro jovens arquitetos, que dividem as suas carreiras académicas e profissionais com este projeto, destaca o facto de a oferta tecnológica de que dispõe o projeto ser completada por um acompanhamento técnico e criativo personalizado. Identificando o Porto como um importante polo criativo de competitividade no contexto da Península Ibérica, o OPO’Lab acredita que a divulgação e promoção dos seus criadores através de plataformas online como a que criou em 2010, a Youngcreators.net, é uma via eficaz no aumento da exportação da arte e do design em termos internacionais. Por outro lado, numa sociedade de informação como aquela em que hoje o OPO’Lab se insere, os meios de comunicação ao seu dispor encurtam as distâncias físicas que o podem separar dos seus potenciais clientes. Na verdade, salienta Luís Sousa, com o rigor que os meios de desenho e fabrico digital hoje oferecem, é “perfeitamente possível que um projeto possa estar a ser desenvolvido na Holanda e produzido em Portugal para depois ser exportado para países como o Brasil”. Esta possibilidade, aliada ao posicionamento geográfico privilegiado com a proximidade ao Porto de Leixões e ao Aeroporto Sá Carneiro, fazem com que a curto/médio prazo o projeto não só capte “trabalhos de produção provenientes de outros países, como também receba visitas de criativos e investigadores internacionais que se desloquem ao Porto proposita-
damente para desenvolverem o seu trabalho no seu espaço”, refere o co-fundador.
Projeto disponibiliza também aconselhamento e orientação a criativos O OPO’Lab promove e apoia ainda inúmeras iniciativas de promoção e gestão artística, sendo de destacar o Festival Get Set, um evento dedicado aos jovens criadores com uma forte componente experimental. Este projeto não foi criado com o intuito “único de resolver desafios de ordem técnica, tendo também por objetivo aconselhar e orientar os criativos que procuram o seu apoio em áreas como a promoção e a valorização comercial do respetivo trabalho ”salienta Luís Sousa. Nesse sentido, muitas vezes, o “projeto chega mesmo a associar-se aos criativos como parceiro ativo no desenvolvimento de soluções para mercados como o da arquitetura ou do design de equipamento”. Alguns dos exemplos recentes da participação deste projeto são: Festival Get Set, projeto Bairros Criativos - promovido pela ADICT em parceria com a Fundação da Juventude, Guimarães Capital Europeia da Cultura, exposição 20 anos Autoeuropa e o protótipo de um automóvel que levita, um projeto de marketing para uma empresa do setor automóvel que tem por base um protótipo de um carro de material leve, que levita com balões de hélio. FERNANDA SILVA TEIXEIRA fernandateixeira@vidaeconomica.pt
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E hora de trabalhar na estratégia empresarial
Luís Augusto Lobão Mendes Professor da Fundação Dom Cabral
tégico deixou de ser realmente estratégico. Posso afirmar que o gargalo da estratégia está na alta direção. A ortodoxia estratégica é defendida pelos administradores mais antigos e, usualmente, mais prestigiados da empresa. A formulação da estratégia implica o inesperado, a abrangência do processo, com novos participantes e diferentes pontos de vista, assegura algum grau de novidade ou inovação no que se refere ao produto final. Estratégia é uma questão de perspetiva e não de inteligência, a empresa e o próprio ambiente devem ser vistos sob novos ângulos, e não apenas através de uma ótica mecanicista. Conceção estratégica implica transformação e perpetuidade, deve envolver
conhecimento individual e interação social, deve ser cooperativa mesmo quando conflitante, deve incluir tanto análise a priori quanto programação a posteriori e negociação durante todo o processo e, finalmente, deve responder às demandas do ambiente. Parece evidente que, se se pretende a transformação de uma empresa em uma “value innovator”, condição proposta para a otimização de seus resultados em uma economia caracterizada pela hipercompetição em mercados saturados, não há como fugir da necessidade de se desenvolver competências para
a leitura de ambientes ambíguos – competências para a “exploração” do futuro, com vistas à conceção de estratégias efetivas. Os grandes desafios dos gestores ao desenvolverem estratégias é o de se garantir que esta estratégia não apenas reflita seus vieses ou até mesmo sua própria ignorância sobre o ambiente de negócios e sua evolução. A sobrevivência das organizações depende de sua habilidade de processar informações sobre o ambiente e de transformar esta informação em conhecimento o qual as capacita a se adaptar efetivamente à mudança.
Autores: Catarina Bastos Neves
Páginas: 320
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INCLUI CERCA DE 50 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS QUE TORNAM A CONSULTA E A ANÁLISE DA FOLHA DE ROSTO, ANEXO A E ANEXO Q MAIS SIMPLES, COMPLETA E PERCEPTÍVEL.
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A formulação de estratégias vem-se constituindo um dos grandes desafios dos dirigentes das organizações modernas. O crescimento, quando não a mera sobrevivência, tem exigido excelência em escolhas cada vez mais complexas, em função das incertezas e, sobretudo, da ambiguidade crescente no ambiente de negócios. Acompanhando essa tendência, podemos apontar a dificuldade da leitura e interpretação das variáveis externas às organizações. Em consequência, as abordagens convencionais e prevalecentes associadas à conceção e à elaboração de estratégias começam a ser questionadas no que tange à sua efetiva capacidade de criar valor para as empresas. Paralelamente, novas propostas metodológicas são apresentadas, com destaque para a importante influência dos processos cognitivos pertinentes à coleta, seleção e interpretação de dados e informações sobre o ambiente. Além das dificuldades com o processo de conceção estratégica, as empresas passaram a priorizar movimentos em direção à qualidade e a revisão de seus processos. O como fazer sobrepunha-se ao o que fazer. E o planeamento estra-
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Escola para pais dinamiza sessões temáticas
Nos dias de hoje é cada vez mais difícil educar e conviver com o(s) filho(s). Ninguém nasce ensinado e educar não é fácil. Para auxiliar os pais nesta sua tarefa diária, surgiu a Escola de Pais. “Pretendemos, com este projeto, contribuir com estratégias educativas que conduzam o progenitor à aquisição e desenvolvimento de competências que lhe possibilitem um desempenho mais fácil e eficaz”, como é referido em comunicado de imprensa. A Escola de Pais desloca-se às instituições educativas e dinamiza sessões temáticas, fornecendo conhecimentos e informações relativas ao desenvolvimento global da criança. Este projeto proporciona momentos de reflexão e partilha de experiências, que permitem aos pais adquirirem maior confiança e estabilidade emocional no seu papel de educadores.
Vencedores do concurso de ideias NET são conhecidos em Junho
No dia 6 de Junho, entre as 14h e as 19h, serão apresentados na NET – Novas Empresas e Tecnologias, S.A (BIC Porto) os planos de negócio desenvolvidos ao longo de três meses, relativos às ideias seleccionadas no âmbito do Concurso de Ideias promovido pela NET e patrocinado pela InovCapital.
Tecnologias da Informação e Comunicação, saúde e inovação nos setores tradicionais são as áreas mais abrangidas pelos planos de negócio a apresentar perante um júri constituído por representantes da NET, InovCapital, IAPMEI e Agência de Inovação (Adi) e que irá seleccionar os três melhores a premiar. A NET, que comemora este ano o seu 25º aniversário, prestou apoio técnico ao desenvolvimento dos planos de negócio e, numa fase seguinte, os promotores poderão receber apoio à criação e consolidação da empresa, integrando o EIBTnet, programa de apoio à criação e consolidação de empresas inovadoras e de base tecnológica, promovido pela NET e co-financiado pelo ON2 – O Novo Norte e QREN, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. O EIBTnet decorre até ao final de 2012 e aceita candidaturas de promotores com ideias inovadoras que pretendam constituir a sua própria empresa.
Science4you cresce 100% no primeiro trimestre de 2012 A Science4you, empresa portuguesa que se dedica à produção, desenvolvimento e comercialização de brinquedos científicos em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, faturou 120 mil euros no primeiro trimestre de 2012, o que representa um crescimento de 100% face ao mesmo período de 2011. “A duplicação dos resultados obtidos neste primeiro semestre é resultado da consolidação da marca Science4you em Portugal e continuidade da forte aposta na internacionalização dos nossos produtos em países como Japão, Índia, Grécia e França”, adianta Miguel Pina Martins, CEO da Science4you. Os mercados internacionais têm-se revelado uma forte aposta da empresa portuguesa de brinquedos científicos. No início do ano, a Science4you esteve presente na London Toy Fair, a maior feira dos profissionais da indústria de brinquedos do Reino Unido e teve também os seus produtos em exposição na 63ª Feira Internacional do Brinquedo, em Nuremberga, Alemanha. A presença nos certames internacionais permitiu à Science4you realizar contactos com distribuidores e lojistas de todo o mundo.
Prémio Damião de Góis de Empreendedorismo Social com balanço positivo
A primeira edição do Prémio Damião de Góis de Empreendedorismo Social, uma iniciativa do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG) em parceria com a Embaixada do Reino dos Países Baixos em Lisboa, que visa apoiar, bianualmente, com um valor pecuniário de 10 mil euros, projectos de empreendedorismo social em Portugal, superou todas as expectativas da organização, e a qualidade dos projetos submetidos levou o coletivo do júri a duplicar o número de menções honrosas a atribuir. Foram submetidas ao Prémio Damião de Góis de Empreendedorismo Social um total de 34 candidaturas, um terço das quais provenientes do setor privado. Os vencedores serão conhecidos no próximo dia 2 de Julho. A qualidade das propostas submetidas levou a que o júri do Prémio, presidido por Isabel Jonet, presidente da ENTREAJUDA, e composto pelo presidente da Câmara de Comércio Portugal-Holanda, Eric Van Leuven, pelo presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva pelo director-geral da COTEC Portugal, Daniel Bessa, e pelo director editorial do Dinheiro Vivo, André Macedo, duplicasse o número de menções honrosas a atribuir, num total de quatro. “Fazemos um balanço muito positivo da primeira edição do Prémio Damião de Góis de Empreendedorismo Social, da qual se destaca a proporção muito assinalável de candidaturas submetidas pelo tecido empresarial, num sinal de que o setor privado em Portugal está cada vez mais alerta e proativo no âmbito da responsabilidade social, tendo já compreendido a sua importância”, refere Pedro Rebelo de Sousa, presidente do IPCG. Os vencedores do Prémio Damião de Góis de Empreendedorismo Social – vencedor do prémio pecuniário de 10.000 euros e atribuição de quatro menções honrosas – serão conhecidos no próximo dia 2 de Julho, numa cerimónia solene.
NOVIDADE
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A obra contém inúmeras remissões, no lugar próprio, para todos os diplomas da colectânea e vasta legislação complementar relacionada com os diplomas principais que assim os completam.
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newsletter N.º 13 | Maio/Junho 2012 Caso em destaque
Caminhar premiado por boa gestão O Caminhar é um sonho de uma família, “Somos pessoas empenhadas na Construção de um mundo melhor”, é assim que definem o seu compromisso do dia-a-dia. Há três anos abria uma nova empresa num setor de actividade bastante concorrido mas com grande esperança e muita vontade de fazer melhor. Ana e Isabel Costa são duas irmãs com formação superior em Educação de Infância, que com o apoio incondicional dos seus pais decidiram criar um projeto que respondesse aos desafios de uma sociedade moderna e cada vez mais exigente. As suas experiências profissionais e as suas necessidades como mães levaram-nas a desenvolverem um projecto muito especial e com elevado reconhecimento por parte dos seus clientes. As instalações primam pela qualidade, pela estética mas, acima de tudo, privilegiam a segurança das cerca de 80 crianças que diariamente animam o dia destas duas empresárias e da sua equipa de colaboradores. É com um sorriso enorme e com um colo cheio de carinho que pela manhã abrem as portas do Caminhar às suas crianças.”Fazemos questão que exista uma responsável para receber as crianças pela manhã e uma no final do dia para as entregar novamente aos seus pais, para nós é uma enorme responsabilidade, uma vez que guardamos os seus maiores tesouros”,afirma Ana Costa. Preparado para receber crianças desde os quatro meses até aos seis anos de idade, o Caminhar encontra-se atualmente completo, existindo já uma lista de espera. “Já conhecem o Caminhar em Chaves. No outro dia, recebi uns pais que vinham de Chaves e que nos procuraram porque alguém lhes tinha indicado o Caminhar”, explica Isabel Costa. As salas são adaptadas as diferentes fases das crianças e preparadas para estimular a sua imaginação e as capacidades emocionais e sociais. “Cada criança é única. Se uma criança acha que o sol é vermelho, porque não pode ser?”, diz-nos a responsável educativa desta escola. Embora haja um planeamento das atividades educativas, estas muitas vezes são adaptadas às necessidades dos diferentes grupos e de acordo com os seus interesses.
Ana e Isabel Costa são duas irmãs com formação superior em Educação de Infância, que com o apoio incondicional dos seus pais decidiram criar um projecto que respondesse aos desafios de uma sociedade moderna e cada vez mais exigente. preendedoras já estão a pensar num próximo desafio que as permita continuar acompanhar as crianças e as suas famílias. Cliente satisfeito!
O tema do projecto lúdico/sala resulta do interesse que o grupo vai demonstrando ao longo do desenvolvimento do mesmo e pode abranger variadíssimos aspetos. No ano letivo passado na sala dos 4-5 anos o tema surgiu depois de as crianças terem falado sobre as férias e demonstrado interesse no Mapa de Portugal. Foram abordadas as diferentes regiões, os seus usos e costumes, o significado da bandeira de Portugal e até mesmo o Hino Nacional. Mas a preocupação por estarem a participar na formação da próxima geração de cidadãos e conscientes da importância do respeito pela liberdade e valores dos outros levou à criação de dois clubes que contam com membros muito ativos: o Clube da Pegada Verde, destinado às crianças mais velhas e que se dedica a trabalhar as temáticas ambientais. – “Foi muito engraçado vê-los a discutir a cimeira de Copenhaga”, afirma a educadora Paula Teixeira, colaboradora do Caminhar – e o Clube dos Pequenos Filósofos, aberto à participação das crianças a partir dos três anos, que tem como principal preocupação levar as crianças a entenderem que tem que respeitar os outros e as diferentes opiniões. “É importante que desde cedo percebam que a sua liberdade termina quando começa a do outro”, refere Ana Costa.
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A importância da participação dos pais no dia-a-dia da escola é um factor diferenciador. Desde a leitura de um livro até à preparação de um bolo, pais e avós podem proporcionar um dia diferente na escola do Caminhar. “As portas estão sempre abertas. É importante que os pais se sintam seguros em deixar cá os seus filhos, podem visitar-nos e participar nas actividades sempre que queiram”, salienta a educadora. A “semana cultural” no final do período letivo é um importante marco na jovem existência do Caminhar. Para esta semana, a equipa educativa prepara atividades especiais que vão desde palestras sobre temas que interessam a todos os pais até ao animado palhaço Pico que faz a delícia dos mais pequenos. Além da exposição dos trabalhos dos pequenos artistas que enchem os pais de orgulho, são também realizadas apresentações de karaté, música, dança criativa, inglês que permitem extravasar a energia. Mas não é só pelo projeto educativo ou pelas instalações que o Caminhar se distingue. Foi considerado pelo terceiro ano consecutivo cliente Aplauso pelo Banco Millennium Bcp pela boa gestão e performance alcançada. Apesar de ainda ser um projeto recente, estas duas empresárias em-
“Sou uma mãe que poderia não ter colocado tão cedo o meu filho no jardim-de-infância, pois tinha a possibilidade de o deixar com os avós que tão bem o tinham criado. Ainda assim, ao completar os três anos, achei que era altura. A escolha da escola passou a ser uma decisão fundamental. Quando me dirigi ao Caminhar, fiquei muito bem impressionada com a qualidade das instalações e acima de tudo com a forma como fomos recebidos. Fizemos de imediato a pré-inscrição e fomos embora. Quando chegou a altura de o Vasco ir para a escola, tinha dúvidas quanto a minha decisão. O carinho e atenção com que o meu filho era, e é, recebido dia após dia garantiu que afinal tinha sido uma boa escolha. Hoje, quando lhe pergunto sobre como correu o dia na escola, apenas diz “brinquei, brinquei, brinquei” e no entanto vemos o seu desenvolvimento crescente. O Caminhar é uma segunda casa para o Vasco e quando vou trabalhar sei que ele fica em segurança e feliz por poder brincar com os seus amigos e aprender coisas novas. Muito obrigada Caminhar. Continuem com o vosso projecto!” Mónica Monteiro redaccao@vidaeconomica.pt
Ficha técnica: Coordenadora: Mónica Monteiro Coordenadora-adjunto: Patrícia Flores Colaboraram neste número: Luís Lobão; Luís Melo; Marc Barros; Mónica Monteiro; Patrícia Flores; Paulo Ferreira; Vítor Briga Paginação: José Barbosa Contacto: empreendedor@vidaeconomica.pt