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NEWSLETTER N.70 | FEVEREIRO | 2016
DESTAQUE
INDICE
Praveen Gupta , Editor-in-Chief of Silicon Valley TiE Startup Edge Magazine, Especialis-
Opinião p. 3
Entrevista com
ta em Inovação e Empreendedorismo Em que ponto se encontram as inovações nos EUA hoje? Os EUA estão a ser ultrapassados pelos seus concorrentes do Extremo Oriente, tais como o Japão e a China, ou continuam a ser a “nação da inovação”? O sistema de inovação dos Estados Unidos é muito maior do que em qualquer outro país do mundo. Os inquéritos relativos a inovações podem mostrar outros países mais pequenos à frente dos EUA, mas, em termos de volume e impacto de inovação, os EUA continuam à frente. Acredito que os EUA continuam a ser líderes em inovação graças ao tipo e tamanho do sistema económico, tipo de Governo, por ser um dos mais antigos sistemas estabelecidos e pelo impacto na vida das pessoas. O crescimento relativo em inovações pode ser mais alto noutros países, mas a base é muito menor. Alguns países podem estar à frente em certas indústrias, uma vez que não têm uma infraestrutura preexistente que os condicione, mas os sistemas de suporte poderão estar em falta. Isto não significa que outros países não possam ultrapassar os EUA. A China, se continuar a investir em democracia, liberdade de expressão, desenvolvimento de infraestruturas e incentivos à educação em inovação, pode fazer concorrência às inovações dos EUA. Se um país for impulsionado pelos ratings de inovação, eles terão o rating, mas não o impacto económico. Enquanto as políticas dos Governos continuarem a impor restrições na liberdade de
Reindustrializar
Editorial p. 3 Opinião p. 4 • Ecoinovação num ambiente Lean / PSS
Redes Sociais p. 6-7 • Google ultrapassa a Apple como a empresa mais valiosa • Um Line up móvel impressionante do Facebook • Lobbying - as despesas das empresas de tecnologia nos EUA • WhatsApp aproxima-se de mil milhões de utilizadores • O Top 10 de destinatários de patentes nos EUA • As categorias de App que mais cresceram em 2015
Notícias p. 9-10 expressão, o empreendedorismo e a inovação não se desenvolverão. Será que o elevado nível de ensino nos EUA, até ao MBA, põe foco suficiente no pensamento inovador que a rápida mudança tecnológica mundial de hoje requer? A educação em inovação começa a fazer parte do sistema educativo em todos os níveis. O início da escolaridade, através de diversos currículos, já proporciona suficientes formas para as crianças poderem ser criativas. O ensino básico até ao ensino secundário pode incorporar mais educação acerca do pensamento produtivo. Isto continua a ser governado por standards estabelecidos pelo Estado, levando a uma educação
repetitiva. Os alunos passam e avançam para o nível seguinte. Para alunos motivados e talentoso existem muitas formas de aprender e beneficiar da inovação. Os currículos das licenciaturas estão a incorporar a criatividade e a inovação em cursos baseados em projetos multidisciplinares. Algumas faculdades incluem ensino em inovação como uma das disciplinas principais. Os mestrados, incluindo os MBA estão equipados com ensino em inovação. Contudo, neste nível, o ensino é sobre gerir a inovação. Existe, assim, uma lacuna ou uma oportunidade para as pessoas continuarem desinformadas acerca dos princípios básicos da inovação, ficando a criatividade e a inovação pouco focadas.
• Entrevista com Praveen Gupta • Apresentamos as tendências da Internet das coisas que vão alterar a forma como empresas, governos e consumidores interagem com o mundo • Greening steel: inovação para a mitigação das alterações climáticas • Lançamento do Fórum Global da OCDE sobre produtividade • O radar da Inovação
Financiar a Inovação p. 11
• INOVAÇÃO – Reestruturar Subscreva mais newsletters
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A economia chinesa está a avançar muito depressa e parece imparável. Acha que chegou o momento em que os EUA devem perguntar a si mesmos: “será que continuamos a ser a economia mais forte?”. Concordo que a economia da China está a crescer muito em relação ao seu próprio tamanho. Mesmo que a economia chinesa seja igual à dos EUA no PIB, o rendimento per capita na China continua a ser um terço do rendimento nos EUA. A força de uma economia não se mede pela dimensão, mas pelo poder de compra dos cidadãos, pela qualidade de vida e liberdade de expressão. Para ter um poder económico igual ao dos EUA, a China precisa de crescer três vezes mais do que os EUA. Isto irá levar algum tempo até que a China consiga atingir esse nível. A China pode tornar-se a maior economia, mas não necessariamente a mais forte, a não ser que o poder de compra per capita e a qualidade de vida exceda a das pessoas nos EUA. A Europa está numa grande disputa com a Rússia, principalmente por razões políticas. Estarão as relações russas com outros mercados, tais como os asiáticos, da América Latina e africanos, a criar
um novo poder mundial que tem proximidade ideológica, em vez de proximidade geográfica? A Rússia parece estar dividida entre o seu estilo de liderança, o seu desejo por influência global e a sua natureza governamental. Atualmente, Putin é a cara da Rússia e representa o estado da economia. Em alguns aspetos, a Rússia parece estar isolada devido a uma falta de liderança por Putin, que se preocupa demasiado em preservar a sua imagem pessoal entre os líderes mundiais. A Rússia precisa de um mapa para se relançar economicamente e um plano estratégico de execução para atingir os seus objetivos, independentemente do seu Governo ou liderança. Quanto às disputas entre a Rússia e a Europa, ou a NATO, é tudo um drama politico que pode ter um efeito adverso na economia. De modo a alterar a ordem mundial, a Rússia irá competir com a China pela influência na Ásia e África, assim como com os EUA na América Latina. Quanto à ideologia russa, é inexistente neste momento. A Rússia está a tentar identificar a sua nova ideologia. Evidentemente, a antiga ideologia comunista não se aplica há algum tempo.
A internet aboliu as barreiras globais, fazendo com que o mundo encolhesse, podemos comunicar com o outro lado do mundo em apenas seis segundos. Esta evolução fez com que as pessoas se aproximassem e inspirou a colaboração para a resolução de problemas globais. Atualmente, toda a gente fala da “nuvem” e é sem dúvida uma tecnologia interessante. As leis são suficientemente flexíveis para seguirem a tecnologia? Já vimos requisitos de alguns países para “manterem os dados em servidores do próprio país”. Não é isto contra a principal ideia da “nuvem”? A internet aboliu as barreiras globais, fazendo com que o mundo encolhesse para um tempo de seis segundos. Isto é, podemos comunicar com uma pessoa do outro lado do mundo, cobrindo estes milhares de quilómetros em apenas seis segundos. Esta evolução fez com que as pessoas se aproximassem e inspirou a colaboração para a resolução de problemas globais. O que a internet fez pela comunicação, a “nuvem” fez pela colaboração, uma vez que permite manter todos os ficheiros de trabalho e comparar o tempo
de processar a informação, assumindo que a velocidade da internet é a mesma em todo o mundo. Se não existissem barreiras políticas, a “nuvem” não criaria problemas. Uma vez que os Governos têm agendas diferentes que podem competir entre si, teriam de garantir os seus direitos quando cumprissem os ditos objetivos. Assim sendo, a infraestrutura da “nuvem” tem de considerar as limitações sociopolíticas locais durante a etapa de desenho. Quanto à proteção de dados, existirá hierarquia e tipos de nuvens. Existirão “nuvens” globais, locais e privadas que dependem de necessidades especificas. Isto significa que novas regras e regulamentações evoluiriam e acordos globais seriam atingidos para satisfazer os stakeholders nacionais. Publicada em 19/01/2016 no POST Online Media PUB
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OPINIÃO
EDITORIAL
Reindustrializar FRANCISCO JAIME QUESADO Presidente da ESPAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública
Muito se falou recentemente da necessidade de apostar numa política de reindustrialização. De facto, vinte anos depois de o Professor de Harvard Michael Porter ter realizado um profundo diagnóstico sobre as opções da economia portuguesa, mantém-se o problema central – ou se reinventa por completo o modelo económico ou então os problemas estruturais – défice público elevado, desemprego incontrolado, um tecido empresarial envelhecido poderão ter efeitos incontroláveis. Como há 20 anos, torna-se claro que a competitividade portuguesa é o grande desafio nos próximos tempos! Por isso, mais do que nunca, a pergunta é muito oportuna – que é feito da reindustrialização? Falta em Portugal um sentido de entendimento coletivo de que a aposta nos factores dinâmicos de competitividade, numa lógica territorialmente equilibrada e com opções estratégicas claramente assumidas, é o único caminho possível para o futuro. Falta por isso em Portugal uma verdadeira rede integrada para a competitividade, capaz de produzir efeitos sistémicos ao nível do funcionamento das organizações empresariais. O “novo paradigma” da economia portuguesa radica nesse sentido na capacidade de os resultados potenciados pela inovação e conhecimento serem capazes de induzir novas formas de integração social e territorial capazes de sustentar um equilíbrio global do sistema nacional. Uma breve radiografia à matriz setorial da economia portuguesa demonstra de forma inequívoca as alterações contextuais produ-
zidas ao longo destes últimos vinte anos, com impactos diretos na própria organização da sociedade. Para além do desenvolvimento duma “nova economia de serviços”, de âmbito eminentemente local e com impacto reduzido em matéria de criação de valor sustentado, é de referir também o fenómeno de progressiva desindustrialização, entretanto acen-
duzir de facto os efeitos desejados. Passado todo este tempo, a leitura dos resultados não é nada abonatória – excluindo os muito conhecidos e divulgados casos de reconversão interna e setorial conseguida com algum sucesso, na maior parte dos setores industriais clássicos não foi feita a renovação necessária e os fechos de empresas e perda de quota
tuado nos anos mais recentes, e o ténue desenvolvimento de “novos clusters” associados às dinâmicas da Inovação e desenvolvimento. Trata-se duma evolução manifestamente assimétrica, com efeitos negativos em matéria de renovação dos indicadores ativos de “capital estratégico”. A aposta num novo Portugal industrial deve dar prioridade a duas áreas de intervenção sistémica – profunda renovação organizativa e estrutural dos setores (sobretudo) industriais e aposta integrada na utilização da inovação como fator de alavancagem de criação de valor de mercado. A mobilização ativa dos “atores económicos” numa lógica de pacto estratégico operativo permanente, era uma condição central no sucesso desta nova abordagem, sob pena de intervenções isoladas não conseguirem pro-
efetiva de alguns mercados é o resultado mais do que evidente. Uma nova economia, capaz de garantir uma economia nova sustentável, terá que se basear numa lógica de focalização em prioridades claras. Assegurar que o “IDE de Inovação” é vital na atração de competências que induzam uma renovação ativa estrutural do tecido económico nacional; mobilizar de forma efetiva os “centros de competência” para esta abordagem ativa no mercado global – mas fazê-lo tendo em atenção critérios de racionalidade estratégica definidos à partida, segundo opções globais de política pública, que tenham em devida atenção a necessidade de manter níveis coerentes de coesão social e territorial. Apostar num novo Portugal industrial é dar à competitividade portuguesa um novo sentido de oportunidade.
Espera-se que 60% da população mundial viva nas cidades até 2030. Esta crescente concentração das populações nas áreas urbanas coloca diferentes problemas à estrutura e organização das cidades, para conseguirem fazer face a tão profundas alterações. Estes movimentos migratórios em direção aos centros urbanos vão sendo efetuados de uma forma crescente e as estruturas de informação e de gestão de dados não acompanham esta tendência crescente de fixação e procura das populações pelos grandes centros urbanos. As cidades, tal como as vemos presentemente, têm de pensar na forma como irão lidar com os diferentes e novos problemas, originados por estas alterações na sua geografia territorial e pelas necessidades crescentes que decorrem do aumento de cidadãos e pela forma como irão “consumir” os serviços que as cidades disponibilizam. Morten Hojer, especialista em sustentabilidade na cidade de Copenhaga, na Dinamarca, destaca a importância em converter a informação que existe em informação útil, com o objetivo de gerir determinados recursos, sendo esta a forma de estabelecer as melhores práticas em linha com as estratégias dedicadas à criação das “smart cities”. Certamente que se tratará de ecossistemas mais interligados e que obrigatoriamente terão de lidar com inúmeros problemas derivados do aumento da população e das suas exigências em todos os níveis. A inovação, nos seus mais diferentes níveis e variantes, abrirá um leque de possibilidades a novos negócios e
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OPINIÃO
Ecoinovação num ambiente Lean / PSS HELENA V. G. NAVAS Professora da Universidade Nova de Lisboa, Investigadora do UNIDEMI, Especialista em Inovação Sistemática e TRIZ
As crescentes exigências e as rápidas mudanças dos mercados obrigam as organizações a pensarem na ecoinovação e melhoria contínua. Uma estratégia de crescimento ou até de mera sobrevivência de organizações passa cada vez mais pela aplicação de novas abordagens e metodologias. A redução de desperdícios, a melhoria contínua, a ecoinovação e a capacidade de resolver problemas ganharam importância significativa nas últimas décadas. Neste campo, o modelo Lean / PSS é reconhecido e divulgado dentro das organizações devido aos benefícios decorrentes da sua aplicação e aos resultados
positivos na identificação de desperdícios. Tendo identificado os desperdícios, o passo seguinte é a geração de soluções. A metodologia especialmente indicada para a resolução de problemas é a TRIZ - Teoria da Solução Inventiva de Problemas. A ecoinovação ganhou popularidade tanto no mundo académico como também em organizações e empresas industriais. A ecoinovação sistemática e a busca de novas soluções para os problemas existentes, através da aplicação das ferramentas analíticas e diversas técnicas, permitem resolver problemas de produção, de processos organizacionais e procedimentos, desenvolvendo, assim, soluções mais inovadoras. Esta abordagem também permite que a inovação deixe de ser esporádica, acabando com a dependência exclusiva das capacidades de poucos criativos, evoluindo
para a ecoinovação sistemática que poderá ser gerida e ensinada. A aplicação conjunta da ecoinovação com a Lean / PSS pode ser de grande utilidade. Tem sido demonstrado que essas metodologias se complementam mutuamente. A ecoinovação, através da sua capacidade de inovação e de resolução de problemas, pode dar um contributo importante nos ambientes Lean / PSS. A importância da ecoinovação, como promotor de políticas ambientais, é visível no contexto do desenvolvimento sustentável, eficiência energética, alterações climáticas e estratégias de gestão dos resíduos. As principais áreas da ecoinovação são a utilização eficiente da energia e dos materiais, com especial ênfase para os setores das energias renováveis e de gestão dos resíduos. No contexto eco-
nómico, a abordagem natural da ecoinovação é a promoção de soluções que visam a eficiência na gestão de recursos com foco em energia e materiais através da racionalização da sua utilização e reciclagem. Neste contexto, pode-se afirmar que as necessidades e os desafios da ecoinovação em organizações e empresas industriais atualmente concentram-se em três objetivos: 1. Melhoria da eficiência da utilização de materiais 2. Melhoria da eficiência energética 3. Criação de novos produtos e serviços A necessidade de estudar o impacto ambiental de um produto durante o seu processo de conceção e o seu ciclo de vida torna relevantes e atuais as questões como o ecodesign de produtos, a ecoinovação e a sua aplicação. PUB
OU INOVA OU MORRE.
Uma excelente ideia de pouco vale se não for activada. E numa conjuntura empresarial cada vez mais feroz e competitiva, nenhuma organização se pode dar ao luxo de dispensar as boas ideias, muito menos de não as implementar. A ACCELPER disponibiliza-lhe as ferramentas, os processos e as metodologias que dão vida à sua vontade de inovar. Aposte na massa cinzenta da sua empresa, antes que ela morra. Afinal, mais do que um caminho para o crescimento, a inovação é uma questão de sobrevivência.
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REDES SOCIAIS / TECNOLOGIA
Google ultrapassa a Apple como a empresa mais valiosa
Um Line up móvel impressionante do Facebook Quando o Facebook entrou com pedido de oferta pública no início de 2012, a empresa estabeleceu a transição para móvel como um dos maiores riscos para o seu sucesso no futuro. Se a transição para o celular era de facto o maior desafio na nova carreira
A Apple (2 fevereiro) deixou de ser oficialmente a empresa mais valiosa do mundo. Depois de um relatório positivo do 4º trimestre de 2015, Alphabet, aka, formalmente conhecida como Google, viu as suas ações ultrapassarem o valor de mercado da Apple.
de Mark Zuckerberg como CEO de uma empresa de biliões de dólares, o facto foi ultrapassado com sucesso. O Facebook gera a maior parte da sua receita através de dispositivos móveis e possui três dos aplicativos mais populares do mundo.
A Apple tornou-se a empresa mais valiosa do mundo em 2011, quando ultrapassou a Exxon Mobil, a líder de longa data nesta categoria. Depois de vários retornos de Exxon, a Apple recuperou o título em agosto de 2013 e não abandonou o topo até fevereiro deste ano.
“Lobbying” – as despesas das empresas de tecnologia nos EUA A maioria das grandes empresas de tecnologia estão sediadas em Silicon Valley, o que não significa que elas não se façam ouvir em Washington. De acordo com documentos arquivados no Gabinete do Secretário da Câmara dos Representantes dos EUA, empresas como a Google, Facebook e Amazon gastaram milhões nos últimos doze meses tentando influenciar os legisladores de DC. A Google, por exemplo, foi uma das empresas que gastou mais
em “lobby” nos EUA, tendo as suas áreas de interesse variado, desde as questões mais óbvias, como a privacidade, segurança cibernética, até outras, como a condução autónoma e, surpreendentemente, a energia eólica.
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REDES SOCIAIS / TECNOLOGIA
WhatsApp aproxima-se de 1 mil milhões de utilizadores WhatsApp anunciou que deixará de cobrar aos seus utilizadores a taxa de subscrição anual. Este aplicativo de mensagens anunciava cobrar US $ 0,99 por ano, após um período de teste gratuito de doze meses (o que é certo é que essa quantia nunca foi cobrada após o período de testes em Portugal) e o anúncio, efetuado oficialmente no seu blog este mês,
significa que o WhatsApp, ou sua proprietária (Facebook) não vão mesmo cobrar pela utilização. Este operador de mensagens particularmente popular na Europa, partes da Ásia e da América do Sul, não tanto nos Estados Unidos, tem assistido a um crescimento incrível nos últimos anos e estará quase a bater o recorde de mil milhões de utilizadores.
O Top 10 de destinatários de patentes nos EUA Apesar de não ter tanto destaque como as suas congéneres, a IBM não parou de inovar, como podemos comprovar pelo gráfico que apresentamos. Na verdade, em 2015 assinalou o seu 23º ano consecutivo como sendo a empresa
que maior número de patentes registou nos EUA. Nestes 23 anos a IBM, os seus inventores receberam um impressionante número de patentes – 88.000 patentes. Em 2015 a IBM recebeu 7355 patentes, entre as quais mais de 2000 na área de computação cognitiva e de soluções para a Cloud. A Samsung aparece em 2º lugar, com 5072 patentes, à frente da Canon, com 4134. Surpreendentemente, a Apple não aparece no TOP 10 deste ranking, considerada como uma das empresas
mais inovadoras do mundo, aparecendo no 11º lugar, com menos
18 patentes do que a Microsoft, que ocupa o 10º lugar.
As categorias de App que mais cresceram em 2015 Ao longo dos últimos anos, os smartphones e tablets mudaram completamente a maneira como interagimos com a “media”. Ainda podemos ouvir rádio, ler as noticias ou assistir a programas de televisão, mas cada vez mais vamos substituído esse “consumo” de informação através dos dispositivos móveis e das aplicações que nos permitem essa fruição, mais concretamente através das App´s.
Quando o primeiro iPhone foi lançado em 2007, não existia a App Store e a ideia de um telefone que fizesse todas as coisas de smartphones dos dias de hoje eram impensáveis no mínimo. A introdução de aplicativos para Samartphones foi o que realmente despoletou o que nós consideramos como a revolução móvel. Desde o lançamento da App Store em 2008, o uso do aplica-
tivos tem vindo a crescer e de acordo com a Flurry Analytics a utilização global de app aumen-
tou 58% em 2015 (em comparação com 76% em 2014 e 103% em 2013).
“Use este livro para reforçar o seu posicionamento no Facebook de uma forma mais sustentável e atraia o sucesso. “ Prof. Dr. Hubert Rampersad - Presidente, Authentic Personal Brand Coach Federation Leonor Reis recorre a exemplos marcantes de figuras públicas em Portugal e nos Estados Unidos para ilustrar como os mesmos comunicam a sua marca pessoal de modo eficaz, com base no seu estilo de vida pessoal e como atraem mais negócios, tendo em conta as suas competências e qualidades profissionais.
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NOTÍCIAS | ARTIGOS
Entrevista com Praveen Gupta Entrevista com Praveen Gupta, que nos descreve o seu percurso profissional e académico e como a associação de diferentes metodologias o levou ao caminho da Inovação Veja o video
Apresentamos as tendências da Internet das Coisas que vão alterar a forma como empresas, governos e consumidores interagem com o mundo A Internet das Coisas (IOT) foi apelidada como a próxima revolução industrial – que irá mudar a forma como todas as empresas, governos e consumidores interagem com o mundo físico. Este tema tem sido seguido por alguns investigadores nas suas diferentes vertentes e aplicações, sendo este um tema que lhe interessa. Aceda aqui
Greening steel: inovação para a mitigação das alterações climáticas Como as cadeias globais de valor (CGV), as suas competências, TIC, inovação e a estrutura da indústria afetam o emprego e as ocupações de rotina e não-rotineiras? Este trabalho sugere que as habilidades comparativamente mais elevados estão associados a níveis mais elevados de emprego (não-rotineiras) e as ocupações intensivas a operações mais rotineiras. Os resultados apontam para a existência de interações complexas entre o conteúdo da rotina de ocupações, habilidades, tecnologia, estrutura de indústria e comércio, que não
permitem uma identificação pura de “vencedores” e “perdedores” no contexto da CGV. Um papel persistente e positivo de habilidades e uma saída inovadora para o emprego pode ser encontrada em todas as ocupações de rotina intensiva. Ler o estudo
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NOTÍCIAS | ARTIGOS
AGENDA DE EVENTOS FEVEREIRO
Lançamento do Fórum Global da OCDE sobre produtividade A produtividade é o principal motor do crescimento económico e de bem-estar com o investimento na inovação, no capital de conhecimento e nas TIC como fatores
essenciais para atingir este objetivo. O recente abrandamento da produtividade tem suscitado grande interesse, com o debate a centrar-se na medida em que o
abrandamento da produtividade possa ser temporário, ou seja, um sinal mais permanente. Fundada no mês passado, o Fórum Global sobre Produtividade (GFP) é um fórum para intercâmbio de informações e promoverá a cooperação internacional entre os organismos públicos com responsabilidade na promoção de políticas de melhoria de produtividade. Ele irá envolver-se em três linhas principais de atividade - convocação, comunicação e análise - aproveitando a vantagem comparativa da OCDE e a sua especialização nestas áreas
O radar da Inovação O Radar da Inovação é uma ferramenta desenvolvida na Kellogg por Mohan Sawhney, Robert C. Wolcott e Inigo Arroniz. O radar fornece uma visão geral de 360 graus focado na inovação corrente das empresas e no seu posicionamento estratégico. O perfil de radar serve como um ponto de partida para o desenvolvimento estratégico e alarga o espectro além da entrega do produto e na criação
mensões, o radar permitirá às empresas inovar em 12 áreas: Oferta, plataforma, soluções, clientes, experiência do cliente, captura de valor, processos, organização, cadeia de abastecimento, presença, redes e marca. Veja o vídeo com o Professor Robert Wolcott da Kellogg de valor, através da cobertura de inovação em quatro grandes dimensões do negócio: • O que a empresa oferece (o quê?) • Quais os seus clientes (Quem?) • Processos empreegues (Como?) • Presença no mercado (Onde?) A partir dessas quatro di-
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11th International Conference Innovative Seating 2016 Hilton Hotel Dusseldorf, Alemanha
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Stage-Gate Innovation Summit 2016 Cape Coral, Estados Unidos América
MARÇO
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The Creativity Workshop in Provence Arles, França
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International Research Symposium on Recent Innovations in Engineering Science and Technology Paris, França
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School of Management e Ken Atwater, líder da GE Healthcare Information Technology Solutions. Veja aqui
International Conference on Applied Innovations in IT (ICAIIT) Koethen, Alemanha Divulgue os seus eventos relacionados com Inovação e empreendedorismo Contacte-nos!
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FINANCIAR A INOVAÇÃO
INOVAÇÃO – Reestruturar No passado, reestruturar implicava, quase só, reduzir efetivos: hoje é reorganizar, refazer todos os processos de gestão e obter a partcipação das pessoas na vida da empresa. A “dureza” das mudanças explica-se pela necessidade de adaptar estruturas algo adormecidas, habituadas a mercados protegidos e com dificuldades em competir numa economia global, pretendendo-se flexibilidade, mutifuncionalidade, capacidade de trabalho em grupo e criatividade, no fundo, que os efetivos sejam diferenciadores,
em que a inovação, qualidade, utilização eficiente dos recursos e ética devem ser valores assumidos. No passado, as estruturas das empresas mantinham-se inalteradas durante uma ou mais décadas, sendo função do topo organizar, planear e o resto executar. Resultante da globalização, tudo isto mudou, ou seja, quem não soube ou não foi capaz de se reestruturar desapareceu. Em contrapartida, as que decidiram acompanhar as tendências e desenvolvimento do mercado através da introdução de novos produtos e/ou serviços mantêm-se ativas. Aqui, em concreto, a gestão da investigação e desenvolvimento (I&D)
assumiu e assume um papel estratégico no desenvolvimento empresarial. Este ciclo pode passar por diferentes fases, em que na primeira, cópia, há lugar à identificação das tecnologias, produtos ou serviços dos competidores. Numa segunda fase, haverá lugar á melhoria e aperfeiçoamento, em que o refina-
mento é promovido e desenvolvido. Por último, na terceira fase, assiste-se à conceção e criação de novos e inovadores produtos e/ou serviços, em que o objetivo principal é criar algo que seja efetivamente distintivo, e que permita à empresa diferenciar-se da concorrência. Mas para que tudo resulte, há que ter presente que não se pode desistir ao primeiro obstáculo, tem que se saber delegar e confiar nas pessoas, dando-lhes espaço para a imaginação e ousadia, isto é, tem que se saber reestruturar para acrescentar valor á respetiva cadeia.
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Coordenador: Jorge Oliveira Teixeira Colaboraram neste número: Helena Navas, Jaime Quesado, Luís Archer Tradução: Sofia Guedes Paginação: Flávia Leitão | Vida Económica Contacto: jorgeteixeira@vidaeconomica.pt
Luís Archer – Consultor luismariaarcher@iol.pt