Imobiliario nº 3

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Imobiliário sexta-feira, 24 de julho 2015

Prémio vai potenciar internacionalmente a elevada capacidade da engenharia portuguesa

BERD e FEUP lançam Prémio Mundial de Inovação em Engenharia de Pontes Pág. IV

Suspensa desde 1 de julho devido a falta de regulação

Emissão dos vistos gold retomada mas ainda a ‘meio gás’ Pág. V

Anúncio foi feito pelo secretário de Estado na apresentação do Reabilitar para Arrendar

Governo prepara novo programa de apoio à reabilitação com verbas do Portugal Págs. VI e VII 2020

ERA Charneca da Caparica vendeu 10 moradias em três meses

Aroeira Village Moments avança para segunda fase do projeto Pág. VIII


II | Imobiliário |sexta-feira, 24 de julho 2015

Notícia Esta é uma boa altura para comprar casa?

Deco aconselha cautelas na contratação de crédito à habitação Elisabete Soares elisabetesoares@vidaeconomica.pt

N

uma altura em que os preços das casas ainda estão baixos e a economia portuguesa apresenta os primeiros sinais de retoma, é boa altura para comprar casa. Aparentemente, tudo leva a crer que sim. Com a Euribor e os spreads em queda, os custos do crédito à habitação estão a baixar. Contudo, alerta a Deco - Associação para a Defesa do Consumidor, “os bancos comercializam produtos financeiros, em conjunto com o contrato de crédito, cuja compreensão não está ao alcance da generalidade dos consumidores”. Acrescenta, “se a Euribor indexante utilizado na maioria dos contratos - está a bater na trave do zero em todos os prazos e, a três meses, já caiu para valores abaixo desta fasquia, o spread - margem de lucro dos bancos - também tem vindo a decrescer para números mais razoáveis”. Esta situação pode fazer variar o prazo, o montante, o valor da avaliação e o indexante, de modo a obter a combinação mais favorável. Contudo, alerta a Deco, “não significa que a conjuntura esteja de

100 MIL EUROS A 30 ANOS - Prestação e taxas de juros Banco

Custos iniciais

Banco BPI

80% de financiamento sem cross-selling Spread (%)

prestação (G)

TAER (%)

472

3,35

444,75

3,78

Crédito Agrícola

473,20

2,65

406,80

3,06

Caixa G. Depósitos

832,78

2,75

412,11

3,19

Millennium bcp

646,40

4,50

511,02

4,93

Montepio

644,80

4,90

535,16

5,36

Novo Banco

665,60

4,50

517,46

5,11

Santander Totta

637,68

4,20

499,61

4,77

Prestações e taxas de juro para um empréstimo de 100 mil euros a 30 anos, com 80% de financiamento e sem contratação de outros produtos do banco. (Quadro elaborado pela Deco).

feição. Não são todos os consumidores que conseguem aceder às condições mais vantajosas. Os melhores negócios são, em regra, propostos a quem peça um empréstimo com uma mais baixa relação entre o financiamento e a garantia e contrate mais produtos no banco”. Apesar de os bancos estarem novamente a apostar na concessão de crédito, a Deco adverte que o consumidor deve ter em atenção que o acesso ao crédito está agora mais difícil. “Não só a avaliação do risco associado ao cliente se tornou mais exigente como a percentagem de

financiamento face ao valor da avaliação é mais reduzida. Apenas uma pequena parte dos bancos empresta acima de 80% do valor da avaliação e, nestes casos, não é de esperar que consiga as condições mais vantajosas”. No geral, o spread é menor para percentagens de financiamento mais reduzidas. Porém, o cross-selling – a contratação de produtos para obter a redução máxima no spread – nem sempre traz vantagens e pode ficar com um conjunto de encargos mais elevados face às propostas das mesmas instituições sem cross-selling. A única forma de

Opinião

A

992 milhões nos primeiros 4 meses Os bancos estão novamente a apostar no crédito à habitação, mesmo quando a Euribor está em queda. A comprovar este facto estão os números avançados pelo Market Outlook de Julho de 2015, do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, já que nos primeiros quatro meses deste ano foram concedidos 992 milhões de euros para crédito à habitação. Na verdade, passou-se dos 199 milhões de euros concedidos em Novembro do ano passado para os 279 milhões em Dezembro e 281 milhões em Março deste ano. Em Abril de 2015 teve um ligeiro abrandamento, sendo o crédito concedido de 277 milhões de euros. A média tem vindo a subir todos os meses, o que representa algum dinamismo no mercado imobiliário.

José de Matos Secretário-geral da APCMC – Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção

Reabilitar só para arrendar? caba de ser lançado, em versão alargada aos privados, o Programa “Reabilitar para Arrendar”, agora com uma dotação bem mais generosa, de 50 milhões de euros, que, se tiver sucesso, poderá vir a ser aumentada. O montante disponível, que conta com a participação de 25 milhões de euros, ainda que reduzido face às necessidades de reabilitação identificadas, pode vir a ter, contudo, um impacto significativo no mercado das atividades de construção e materiais se for concentrado num curto espaço de tempo, estimando o IHRU (entidade responsável pela sua gestão) que poderá permitir reabilitar mais de 300 edifícios, abrangendo cerca de 2000 fogos para habitação. O grau de adesão a este instrumento de crédito pelos potenciais destinatários, que são todos os proprietários de

comparar propostas de forma fiável continua a ser a taxa anual efetiva revista (TAER). Se não houver cross-selling, o valor daquela será igual ao da taxa anual efetiva (TAE) (ver quadro comparativo elaborado pela Deco).

edifícios com mais de 30 anos, é precisamente a pedra de toque. Na verdade, algumas das condições do empréstimo, como a taxa de juro de 2,9% e a obrigatoriedade de destinar os fogos reabilitados a arrendamento na modalidade de renda condicionada, não são entusiasmantes, uma vez que é hoje possível obter taxas de juro mais baixas junto da banca e sem ter que ficar limitado no valor das rendas. Em contrapartida, o prazo de quinze anos para amortização do empréstimo, a garantia de taxa fixa e a limitação de garantias à hipoteca do próprio edifício podem ser considerados vantajosos. Em todo o caso, o regime permite alguma flexibilidade. Se é verdade que a reabilitação tem que incluir sempre o edifício como um todo e o financiamento é limitado aos fogos para habitação colocados em arrendamento, não deixa de ser interessante que se aceite a

inclusão no projeto de espaços com finalidade diferente, excluindoos, todavia, do financiamento. É, também, de louvar que se aceite, em qualquer momento, o resgate total ou parcial do empréstimo e dos fogos cuja reabilitação foi apoiada, permitindo dar-lhes um destino diferente (alienação ou arrendamento em regime livre). A obrigatoriedade de destinar os prédios reabilitados a arrendamento e os limites colocados ao valor da renda devem ser entendidos como uma imposição que resulta apenas da utilização de fundos públicos e dos apoios das entidades financeiras internacionais. Em boa verdade, a criação de condições de mercado que favoreçam o arrendamento às famílias menos abastadas, isto é, que promovam rendas mais acessíveis, terá que passar por outro caminho: o do desagravamento fiscal.

Primeiro, porque os impostos, quer sobre as obras de reabilitação, quer sobre as rendas (apesar de alguns benefícios fiscais introduzidos) continuam muito pesados, depois, porque são os únicos custos que o Estado pode efetivamente reduzir na situação atual. O regime não pode nem deve ser criticado por não constituir uma resposta global e abrangente ao problema do financiamento da reabilitação. Deverá ser visto, isso sim, como um instrumento com objetivos limitados que são os de facilitar a reabilitação de edifícios que, quer pela sua natureza, quer pelas condições específicas dos seus proprietários e /ou inquilinos, quer pela sua localização, não encontram solução aceitável dentro dos atuais mecanismos de mercado. É muito natural que este regime venha a ser maioritariamente utilizado em projetos de índole social.


este verão, mude-se para um spread mais confortável

NOVOS SPREADS

desde 1,50%

para aquisição e transferências

TAE 2,330% e TAER entre 2,330% e 2,355%. Exemplo para um crédito de 150.000€, com relação financiamento/garantia de 80% e prazo de 35 anos, em função das condições dos Clientes. TAN de 1,665% (a média mensal da Euribor a 12 meses, de Maio de 2015, arredondada à milésima, acrescida de spread de 1,50%). Esta TAE resulta da aplicação de bonificação, em função da subscrição de determinados produtos e serviços e do pagamento atempado das prestações do crédito, ao spread base de 4,20%, com TAE e TAER de 5,055%. Consulte detalhadamente as condições de Crédito Habitação em www.santandertotta.pt ou num dos nossos Balcões.


IV | Imobiliário | sexta-feira, 24 de julho 2015

Notícia Prémio vai potenciar internacionalmente a elevada capacidade da engenharia portuguesa

BERD e FEUP lançam Prémio Mundial de Inovação em Engenharia de Pontes Elisabete Soares elisabetesoares@vidaeconomica.pt

A

BERD, empresa portuguesa especializada em equipamentos com sistemas de pré-esforço para a construção de pontes, e a FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto lançaram o Prémio Mundial de Inovação em Engenharia de Pontes, BERD-FEUP WIBE 2017, com um prémio no valor de 50.000 USD (46.000 euros). Para procurar saber o que levou as duas instituições a avançar com este prémio – considerada como uma excelente oportunidade para promover a nível internacional as elevadas capacidades, existentes a nível nacional, no domínio da engenharia de pontes – falámos com Pedro Pacheco, CEO da BERD, e com António Silva Cardoso, diretor do Departamento de Engenharia Civil da FEUP. Na opinião de Pedro Pacheco, “os países e as entidades que organizam prémios de grande prestígio, em qualquer área de conhecimento, acabam por ter uma influência muito particular no desenvolvimento e no avanço tecnológico a nível internacional. Isso decorre do efeito direto de promoção tecnológica que o próprio prémio acarreta e, acima de tudo, do direcionamento que necessariamente advém da organização de um prémio com o perfil do presente”. António Silva Cardoso destaca a importância do “lançamento de um prémio mundial, com a participação das mais importantes associações internacionais da especialidade e com o envolvimento de mais de 200

A atividade da BERD na construção de pontes baseia-se na aplicação do Sistema OPS (Sistema de Pré-esforço Orgânico), sendo uma solução exclusiva, patenteada em mais de 65 países.

universidades, que deverá chegar a dezenas de milhares de investigadores e engenheiros de pontes de todo o mundo”. O diretor da FEUP alerta, ainda, que “a instituição do prémio abre uma oportunidade para promover a nível internacional as elevadas capacidades existentes, a nível nacional, no domínio da engenharia de pontes”. Em Portugal essas capacidades existem, quer no domínio da I&D&I (investigação, desenvolvimento e inovação) – quer nas boas escolas, nos bons centros de investigação, experiência de transferência de conhecimentos e tecnologia para as empresas –, quer no domínio da indústria e dos serviços – sendo que as empresas têm tido uma cada vez maior preocupação com a inovação. Enfim, conclui o responsável da BERD, “a organização de um prémio, com a envergadura do presen-

BERD exportou 100% no último triénio Fundada em 2006, no seio da FEUP, fruto do espírito empreendedor de Pedro Pacheco, a BERD tem um percurso muito interessante. Apresenta um crescimento de 250% a 300% em cada triénio e isso foi conseguido nos triénios mais difíceis em Portugal. Com um nível de exportação histórico de cerca de 95%, a BERD no último triénio exportou 100%. Os momentos mais importantes na atividade da empresa são, em 2008, a entrada no mercado espanhol e, em 2010, a entrada noa mercadoa checo e eslovaco, apresentando no primeiro triénio uma faturação de seis milhões de euros. Em 2012 destaca-se a entrada no mercado sul-americano (Brasil). Em 2014, a BERD a cresce em 300%, (segundo triénio) para 15 milhões e atinge TOP 3 Mundial. Em 2015 destaca-se a entrada na Asia (Turquia) e a produção do maior equipamento mundial da atualidade para construção in situ – Equipamento M1. A atividade da empresa destaca-se pela criação do Sistema OPS (Sistema de Pré-esforço Orgânico), sendo uma solução exclusiva da BERD, patenteada em mais de 65 países.

te, constitui uma enorme responsabilidade e um grande desafio, dado o seu objectivo de contribuir para um posicionamento de liderança da engenharia de pontes portuguesa”.

Atingir a liderança A engenharia de pontes portuguesa tem condições para ocupar um lugar de liderança no mapa internacional desta área. Na opinião destes especialistas, existem competências para que o caminho a percorrer seja feito com sucesso, tanto

nas universidades como nas empresas de projeto e consultoria, nas empresas de materiais e equipamentos e nas empresas de construção. É importante articular essas competências e assumir um papel ativo e marcante na vanguarda tecnológica da engenharia de pontes. “A FEUP e a BERD têm tido um colaboração muito profícua e com relevantes resultados concretos nos domínios da investigação aplicada e da inovação; consequentemente, estas duas entidades têm vindo, nos últimos anos, a lançar as bases de um centro de competências internacional na área de Engenharia de Pontes. O Prémio BERD FEUP WIBE é uma das iniciativas mais relevantes na prossecução desse desiderato, destaca Pedro Pacheco. António Silva Cardoso acrescenta que “o objetivo fundamental da criação do centro de competências é articular as competências que importa agregar, por forma a, por um lado, constituir massas críticas que suportem de forma consistente uma estratégia de incremento da investigação vocacionada para a inovação concretizável em métodos, processos e produtos”. No site www.fe.up.pt/wibe já se encontram abertas as pré-inscrições e mais informações sobre o prémio.

“Existem grandes oportunidades de emprego na engenharia civil” O decréscimo de emprego na engenharia civil já é um facto do passado, considera o responsável da FLUP. “Existem hoje oportunidades muito maiores do que as que existiam quando havia procura interna no mercado português. Os que perceberem isto vão ter enormes oportunidades”, acrescenta. “Os mercados internacionais têm dimensões incomparavelmente maiores do que o mercado nacional. Acresce que as necessidades mundiais de infra-estruturas são enormes, tal como é salientado pelos relatórios de organismos internacionais, como as Nações Unidas”, destaca o responsável da FEUP. Acrescenta que a engenharia civil é uma área fundamental para a qualidade de vida dos cidadãos, visto que a saúde pública, a segurança e o bem-estar dos cidadãos exigem uma redobrada atenção às infraestruturas e ao ambiente, nomeadamente à sua reabilitação (reabilitação urbana e de infraestruturas) e manutenção, por forma a garantir o seu adequado e sustentado funcionamento.

Ficha Técnica: Edição e coordenação: Elisabete Soares | Paginação: Célia César e Flávia Leitão | Periodicidade: Quinzenal


sexta-feira, 24 de julho 2015

| Imobiliário | V

Notícia Suspensa desde 1 de julho devido a falta de regulação

Emissão dos vistos gold retomada mas ainda a ‘meio gás’

O

Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) retomou, esta segunda-feira, a emissão parcial das Autorizações de Residência para Investimento (ARI), conhecidos por vistos gold, que estava suspensa desde 1 de julho. Esta decisão acontece mesmo antes da publicação, em Diário da República, do decreto regulamentar da nova lei, que esteve na base da suspensão do programa. O despacho do secretário de Estado da Administração Interna, publicado esta segunda-feira, prolonga a emissão de vistos com base nas regras anteriores e permite o retomar da operação.

As fortes críticas de várias associações, em especial as que estão ligadas ao setor da construção e do imobiliário, aceleraram a decisão do governo, já que graças a este despacho ministerial voltaram a ser emitidos. De acordo com as notícias recentes, o SEF vai ainda trabalhar a ‘meio gás’ mas, em princípio, poderá passar a dar seguimento à quase totalidade dos processos pendentes. Só poderão ser desbloqueados os pedidos de ARI que não sofreram alterações com a nova lei 63/2015, como a área do imobiliário (que agrega a quase totalidade de processos), da trans-

Leilão de imóveis em site chinês polémico De acordo com um jornal China Daily, cerca de 1.500 vivendas e apartamentos no Algarve começaram a ser leiloadas a partir desta quarta-feira no Taobao, o maior portal de comércio eletrónico da China. A notícia é já de si curiosa, pois segundo os mediadores imobiliários, neste momento, não há oferta disponível no Algarve com estas características. Contudo, a polémica está no facto de as casas anunciadas se situarem no resort de luxo do Vale do Lobo, que já garantiu que não colocou casas à venda. De acordo com a notícia do jornal chinês, no conjunto, as vivendas e apartamentos estão avaliados em 1.600 milhões de yuan (cerca de 242,5 milhões de euros) e as áreas variam entre 231 e 363 metros quadrados. A licitação será conduzida pelo Paimai, o site do Taibao especializado em leilões, e visa “satisfazer a crescente procura de imobiliário estrangeiro por parte dos chineses ricos”. O leilão é apresentado como “o último desenvolvimento no processo de globalização” do Paimai, empresa que desde dezembro passado já leiloou propriedades em mais de dez países, incluindo “castelos em França e em Itália”. O Taobao, lançado há doze anos, é gerido pelo grupo Alibaba, um dos maiores consórcios privados chineses, já cotado na Bolsa de Nova Iorque.

Os chineses mantêm-se no topo da lista dos cidadãos que mais investem no programa dos vistos gold.

ferência de capitais e da criação de emprego. Ou seja, os pedidos de ARI com base nas novas áreas de investimento, introduzidas na nova lei, como são os realizados através de projetos associados à cultura, à ciência e à reabilitação urbana, terão de aguardar pela promulgação presidencial e pela publicação do decreto regulamentar, aprovado na semana passada em Conselho de Ministros. Isto porque a publicação da lei, que revogava a legislação anterior, previa uma regulamentação que ainda não foi publicada em Diário da República. O ‘vazio legal’ criado pela nova lei 63/2015, por não

prever a regulamentação para certas matérias que antes estavam escritas sob forma de artigo de lei e que agora desaparecem, trouxe um entrave à atribuição dos vistos que acabaram por ser suspensos. Até 30 de junho de 2015 foram atribuídos 2.420 vistos gold. No entanto, no mês de maio apenas se atribuíram seis vistos, o que representou uma quebra comparativamente a Abril em que foram emitidos 88 vistos. Os chineses mantêm-se no topo da lista dos cidadãos que mais investem neste programa, com um total de 1947 vistos concedidos, seguindo-se o Brasil com 87 e a Rússia com 79.

Hotel Crowne Plaza Porto investe 2,5 milhões na remodelação

O

hotel Crowne Plaza Porto, localizado na Avenida da Boavista, investiu 2,5 milhões de euros na remodelação. A primeira fase de obras, que duraram seis meses, ocorreu no exterior e no interior do hotel, onde todas as áreas foram melhoradas de forma a implementar as exigentes normas da marca internacional Crowne Plaza. Para o próximo inverno está previsto o arranque da segunda fase de remodelações que prevê obras de fundo na área de receção, bar e restaurante. Por último, será alterada a entrada do hotel. O emblemático hotel, que foi o primeiro a trazer uma marca internacional para a cidade do Porto, surge agora com uma imagem totalmente renovada, com o objetivo de se afirmar como o hotel de referência no segmento de turismo de negó-

cios na cidade e proporcionar uma experiência superior de conforto e bem-estar, Na prática, as mudanças decorreram na fachada, completamente renovada e com arquitetura modernizada, o que permitiu ampliar os espaços comuns interiores e melhorar o isolamento, com a troca de todas as janelas. Desta forma, garante-se uma maior insonorização e conforto dos quartos, proporcionando uma sensação extra de comodidade. Também a área exterior foi alargada possibilitando a criação de uma nova esplanada em deque de madeira, otimizando o espaço e abrindo-o à cidade. No interior, o foco foram as salas de eventos e reuniões, uma das áreas estratégicas do hotel. As 11 salas disponíveis no hotel, num total de 1.310m2, foram totalmente renovadas contando agora com deco-

ração mais elegante e minimalista, equipamento e tecnologia de ponta e muita luz natural, um fator distinto em relação a outros hotéis na cidade. O foyer, agora com 310 m2, foi alargado e renovado, permitindo uma área nobre para exposição de produtos e marcas. Esta aposta segue a missão do hotel em crescer ao nível do Meetings & Events, segmento prioritário para a marca. A par das obras de remodelação, foram também feitas intervenções ao nível da decoração do hotel, com mudança no esquema de cores e mobiliário. O Crowne Plaza Porto conta com 232 quartos de luxo, entre os quais 29 quartos Club, 53 quartos Superiores e 42 suites e um ginásio. Será criado um Club Lounge, uma área reservada de acesso para hóspedes de Club Rooms, destinada a

refeições, reuniões de trabalho ou momentos de lazer, com maior privacidade.

O Imobiliário não será editado no mês de agosto. Regressamos no dia 4 de setembro. A Vida Económica deseja aos leitores umas excelentes férias.


VI | Imobiliário | sexta-feira, 24 de julho 2015

Entrevista

Notícia

Miguel Castro Neto, secretário de Estado, considera

“As misericórdias podem ser um destinatário preferencial deste tipo de apoio”

Anúncio foi feito pelo secretário de Estado na apresentação do Reabilitar

Governo prepara novo de apoio à reabilitação do Portugal 2020 Elisabete Soares elisabetesoares@vidaeconomica.pt

O

Governo vai apresentar em breve um novo programa destinado à reabilitação urbana, com verbas do Portugal 2020. Na cerimónia de apresentação do protocolo celebrado com a Misericórdia do Porto, para o programa Reabilitar para Arrendar, Miguel Castro Neto, secretário de Estado do Ordenamen-

to do Território e Conservação da Natureza, referiu que está “já em montagem um programa para as verbas do Portugal 2020, destinado à reabilitação urbana”. Segundo o responsável, as negociações com a banca, tanto nacional como internacional, que vão disponibilizar o financiamento necessário, estão já avançadas e, por isso, em breve haverá novidades. O Programa Reabilitar para Arren-

Candidaturas disparam nos primeiros dias

Qual é a mais-valia do programa Reabilitar para Arrendar? O programa Reabilitar para Arrendar é inovador porque não havia nenhum programa com características semelhantes. Pela primeira vez, vamos financiar a reabilitação urbana para habitação. Nós fizemos, primeiro, as mudanças que consideramos estruturais pelo desenvolvimento das cidades. Agora estamos a complementar essas mudanças com um apoio financeiro para a reabilitação. Com este programa vamos conseguir trazer pessoas para o centro das cidades e população mais jovem e ativa. O projeto está lançado e os interessados podem fazer uma simulação online do seu próprio processo e avaliar em tempo real a viabilidade económica e financeira do mesmo. Que características dos edifícios vão ser tidas em conta? Dependendo das condições do mesmo, das suas características e tipologias, valor patrimonial, estão previstas soluções para diferentes edifícios. Há um conjunto de situações que têm de ser avaliadas, para perceber qual é o valor da renda que será estipulada no final, e depois cruzar esse valor com o valor do empréstimo para decidir sobre a viabilidade económico-financeira da operação. Isto vai-nos garantir que estamos a contribuir para a reabilitação urbana, mas também que temos resultados num curto espaço, de um ano. As misericórdias podem ser um destinatário preferencial deste tipo de apoio, porque de facto o próprio edificado serve de garantia do empréstimo, mas também porque tem de facto um conjunto mui-

O projeto está lançado e os interessados podem fazer uma simulação online do seu próprio processo e avaliar a viabilidade económica e financeira do mesmo to vasto de património, muito dele a precisar de obras de reabilitação, e encontra aqui uma resposta que permite que todos ganhem. A nossa expectativa é que este acordo com as misericórdias seja um chamariz para outras instituições perceberem da oportunidade e do interesse deste modelo. Está previsto o alargamento do programa? Vamos fazer protocolos com outras instituições, mais ligadas com os promotores e empresas, para tentarmos alavancar mais rapidamente este processo, porque existe hoje uma situação muito distinta, já que, na assinatura do protocolo com o Banco Europeu de Investimento, um dos financiadores deste programa, o vice-presidente do BEI disse publicamente da disponibilidade e do interesse de aumentar o financiamento a este tipo de intervenções no nosso país. Portugal é hoje um país em que o investimento da banca internacional é um atrativo. Para ter acesso a este financiamento tem uma taxa bastante apelativa, de 2,9%, e tem obrigatoriamente de colocar no mercado do arrendamento a renda condicionada, abaixo 30% do valor de mercado.

As candidaturas ao programa Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível, atingiu as 144 nos primeiros dias, sendo que cinco delas estão completas. Os primeiros dias ficaram marcados pela celebração de vários protocolos, com a deslocação de Vítor Reis, presidente do conselho diretivo do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana do Conselho (IHRU), e do secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, às sedes dos diferentes organismos e associações do setor. Foi o caso da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), que decorreu no Hotel Real Palácio, em Lisboa. O presidente da direção da APPII, Henrique Polignac de Barros, considerou vital o desenvolvimento daquilo a que chamou “triângulo virtuoso” e que corresponde à “recuperação dos centros das cidades, à reabilitação urbana e ao arrendamento”. Na sua opinião, vão ser precisos “38.000 milhões de euros para reabilitar o parque habitacional em Portugal”, sendo que não basta este tipo de programas e apoios, é preciso também “envolver os privados”. O IHRU celebrou idêntico protocolo com a Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), e com a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), englobando as associações da construção e mediação imobiliária. O programa Reabilitar para Arrendar destina-se a todos os agentes do setor da habitação, quer públicos quer privados, que pretendam reabilitar edificado habitacional.

O Programa Reabilitar para Arrendar financia a reabilitação de imóveis destinados a arrendamento.


sexta-feira, 24 de julho 2015

Entrevista para Arrendar

programa com verbas dar – Habitação Acessível, apresentado na última semana, financia a reabilitação de imóveis destinados a arredamento, com uma dotação inicial de 50 milhões de euros, que deverá ser investida nos próximos três anos, estimando-se que venha a permitir a reabilitação de 300 edifícios e cerca de 2000 habitações. Destina-se a todos os agentes do setor da habitação, quer públicos, quer privados, que pretendam reabilitar o edificado habitacional destinado ao arrendamento condicionado. Garante-se, assim, o necessário incentivo ao arrendamento urbano, coordenado com valores de rendas 20 a 30% abaixo das rendas praticadas no mercado livre. O IHRU irá disponibilizar 50 milhões de euros, financiados pelo Banco Europeu de Investimento e do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa, a edifícios com 30 ou mais anos. No caso de edifícios localizados em áreas de reabilitação urbana, os pisos térreos poderão ser destinados a comércio ou serviços. Nesta fase inicial, será praticada uma taxa fixa de 2,9% que compreende um financiamento até 90% dos custos com o investimento total (abrangendo estudos, projetos e trabalhos preparatórios), podendo a amortização do empréstimo ser realizada até 15 anos. As obras de reabilitação devem realizar-se no prazo máximo de 12 meses e o proprietário beneficiará de um período de carência capital de seis meses após a conclusão das obras.

| Imobiliário | VII

Breves

António Tavares, provedor da Misericórdia do Porto

“Protocolo com IHRU dispensa as instituições de se descapitalizarem”

Euro Estates vende terrenos do Millennium bcp

A

consultora imobiliária Euro Estates está a comercializar, em regime de exclusividade, os terrenos com projetos aprovados para construção pelo banco Millennium bcp. Está incluída a comercialização, para venda, de 21 terrenos, todos eles com projeto aprovado para construção de edifícios destinados a habitação. Nos terrenos localizados a Norte, 1 encontra-se em Vila Nova de Gaia e 2 em Gondomar. Na região de Lisboa, 7 estão localizados no concelho de Loures e 6 em Lisboa, junto ao aeroporto internacional de Lisboa. No sul, os 5 terrenos para venda encontram-se localizados em Algoz, em Silves. Os terrenos têm áreas que variam entre 756m2 e 12.627m2 (área bruta de construção) e podem ser adquiridos.

Missão ERA recebe 3155 pedidos em quatro semanas

A Qual é o objetivo do protocolo celebrado com o IHRU? O objetivo do protocolo entre o IHRU e a Santa Casa da Misericórdia do Porto é permitir que o processo de troca de informação possa decorrer de uma forma mais célere. Ser o menos burocrático possível. Isto envolve também as câmaras municipais dos vários locais onde os processos têm de ser apresentados. Visa a reabilitação do património edificado através de uma linha de crédito que será disponibilizada à instituição em função do respetivo projeto e que terá de ter em linha de conta as condicionantes do próprio programa. Numa primeira fase, os capitais próprios da instituição são de 10%, que depois, com o resultado da própria reabilitação, que é o arrendamento com renda condicionada, vai permitir fazer o reembolso do financiamento. Tem uma grande vantagem, porque, de uma certa maneira, dispensa as instituições de terem de descapitalizar-se e sair daquela que é a sua operação principal, que é a solidariedade, para ocorrer à reabilitação. Há meios que são disponibilizados, não são a fundo perdido, mas que são reintroduzidos no sistema e, como diz o Sr. Secretário de Estado, poderão, depois de liquidados, voltar ao sistema, para continuarem a apoiar a reabilitação urbana. Quantos imóveis a Misericórdia têm previsto reabilitar? Temos cerca de 52 imóveis previstos para reabilitar, com cerca de 300

Numa primeira fase, os capitais próprios da instituição são de 10%, que depois, com renda, vai permitir fazer o reembolso do financiamento novas habitações. Muitos deles já estão nesta exposição, aqui patente, sendo que o montante de investimento previsto é de cerca de 10 milhões de euros. Os projetos têm que entrar na câmara municipal, para autorizar o licenciamento, e a partir daí há um processo de candidatura que tem de entrar no IHRU, para autorizar o financiamento. Depois há uma pequena burocracia que é fundamental, terá de ser feita a hipoteca do próprio imóvel para garantia da operação e seguir avança-se para a reabilitação. Agora, em função da própria disponibilidade da instituição, esse processo pode ir avançando desde que a instituição tenha os capitais próprios necessários para o pôr andar. Nós já fizemos o trabalho de casa e agora estamos a aproveitar o início do programa para começarmos a implementá-lo. Qual é, neste momento, o património da Misericórdia? A Misericórdia tem, na cidade do Porto, imenso património. Cerca de 300 edifícios, muitos deles com muitas habitações. Estamos a falar de mais de três mil habitações.

ERA Portugal recebeu, em apenas quatro semanas, 3155 pedidos de clientes que confiaram à imobiliária a missão de comprar, vender ou arrendar a sua casa. Das 3155 missões atribuídas, a maioria foi de clientes que procuram arrendar casa (1601), seguindo-se a compra de casa (1196). Apenas 11% dos clientes apresentaram imóveis para venda. O desafio foi lançado pela ERA Portugal nos meios online, convidando os portugueses a atribuir uma das missões mais importantes aos agentes ERA, a missão de comprar, vender ou arrendar casa. Depois, cabe aos agentes ERA a tarefa de selecionar e apresentar um conjunto de propostas que melhor respondem às necessidades do cliente. João Pedro Pereira, diretor de Marketing da ERA Portugal, refere que “estes dados confirmam, por um lado, a apetência dos portugueses para voltar a comprar casa”.

Vendas da RE/MAX crescem 20% no primeiro semestre

A

venda de imóveis da RE/MAX cresceu 20% no primeiro semestre deste ano face ao mesmo período do ano passado, dando continuidade à tendência da supremacia da venda relativamente ao arrendamento. Mantendo a tendência de anos anteriores, as tipologias mais procuradas foram T2 (37%), T3 (31) e T1 (16%). Em termos de concelhos, a maioria das vendas foram efetuadas em Lisboa (22%), seguidos pelos concelhos da área metropolitana da capital e pelo Porto.


VIII | Imobiliário | sexta-feira, 24 de julho 2015

Notícia ERA Charneca da Caparica vendeu 10 moradias em três meses

Aroeira Village Moments avança para segunda fase do projeto

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epois do sucesso na comercialização dos empreendimentos Aroeira Village I e II, a ERA Charneca Caparica está a vender o Aroeira Village Moments. De acordo com Marco Cardoso, diretor da ERA Charneca da Caparica, “neste momento, a primeira fase, que engloba 10 moradias, está totalmente vendida. As primeiras moradias serão entregues em dezembro de 2015, uma vez que este projeto apenas teve início há três meses (maio). A segunda fase do projeto, que irá contar com mais oito moradias, irá arrancar em janeiro de 2016, prevendo-se a entrega para dezembro desse mesmo ano”. O responsável alerta que ”com estas 18 moradias concluímos um total de 50 moradias do projeto Aroeira Village, todas vendidas pela ERA, uma vez que temos a exclusividade das vendas do empreendimento”. Destaca, ainda, que”apesar de termos um banco parceiro – protocolo com financiamento até 100% e spread atrativo –, não consideramos que este facto tenha sido determinante, nem condicionante para o sucesso do projeto”.

Projeto de Miguel Saraiva As moradias, de arquitetura contemporânea, projetadas pelo arquiteto Miguel Saraiva, estão implantadas em lotes com uma área média de 400 m2, de tipologia V3, com níveis de acabamentos e equipamentos de qualidade, acima da média, e com preços de comercialização que oscilam entre os 310.000 euros e os 320.000 euros. Na opinião de Marco Cardoso, o cliente tipo do Aroeira Village apresenta uma idade compreendida entre os 30 e os 40 anos e, normalmente, está à procura da sua primeira casa. “Valoriza a qualidade e o conforto, gosta de estar a poucos minutos da praia e precisa de estar perto da capital, pelas exigências da vida profissional”, destaca. Na sua opinião, encontra no Aroeira Village um bom compromisso preço/qualidade.

O cliente tipo do Aroeira Village apresenta uma idade compreendida entre os 30 e os 40 anos e, normalmente, está à procura da sua primeira casa.

Regra geral é o cliente final que nos procura e não o cliente investidor”. O responsável da ERA destaca que, no caso do Aroeira Village Moments, bem como na experiência anterior do Aroeira Village, constata-se que a aquisição para investimento é residual e quase inexistente. Sobre a SMP – Construções, promotor do empreendimento, Marco Cardoso refere a “visão futurista, preocupação pela qualidade do produto que vende, credibilidade e aposta, constante, na melhoria e valorização do produto”. A nível de acabamentos e nos equipamentos o empreendimento destaca-se pela boa localização e fantástica envolvente – junto ao pinhal da Aroeira e perto da praia. O empreendimento tem, também, boas infraestruturas de apoio. “Trata-se de um projeto com um conceito habitacional moderno, prático e funcional, em que se valorizou o design e o conforto, apostando-se numa seleção criteriosa dos materiais. As casas oferecem bons acabamentos e acesso às melhores tecnologias e produtos que garantem um elevado grau de bem-estar e

habitabilidade, bem como uma manutenção fácil dos equipamentos e materiais”, destaca o responsável. Contemporâneo, requintado, vocacionado para o lazer e bem-estar, o empreendimento congrega a natureza, a proximidade de praias de qualidade, de equipamentos de desporto e lazer e boas acessibilidades. Destaque também para os conceitos construtivos de vanguarda, que privilegiam o conforto e a habitabilidade, fruto de uma escolha criteriosa de materiais, equipamentos e tecnologias. A certificação das moradias Aroeira Village Moments é A+, sendo a sustentabilidade ambiental uma preocupação constante, quer pela utilização de energias renováveis, quer pela

utilização de materiais de pegada ecológica reduzida. Marco Cardoso salienta o contributo da ERA Charneca Caparica na comercialização. “Tem sido uma alavanca fundamental no processo de venda do projeto, tendo contribuído positivamente para os bons resultados de comercialização do Aroeira Village Moments”. Acrescenta que “acompanhamos o projeto de perto. Conhecemos de forma rigorosa o produto. Sabemos as suas mais-valias e, também, como chegar ao público-alvo deste tipo de produto. Estamos envolvidos desde o primeiro momento, desde a construção da imagem e das peças de comunicação, à respetiva promoção. Somos o único mediador associado”.


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