Imobiliario nº 14

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Imobiliário

Newsletter nº 14 | 2ª quinzena | março 2017

Mercado do Grande Porto com maior potencial

Mais de metade da oferta de espaços para escritórios necessita de reabilitação Págs. 4 e 5

Investimento de 3,5 milhões de euros

ERA vende frações na Rua Alexandre Herculano

Hotéis Moov avançam para a capital

Estela Golf recebe unidade hoteleira de cinco estrelas

Grupo alemão Baubab Immobilien investe na Baixa do Porto

Endutex promove edifício de escritórios na Grande Lisboa

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2 | Imobiliário | 2ª quinzena | março 2017

Notícia

Breve

Investimento de 3,5 milhões de euros

ASMIP organiza seminário comemorativo do 3º aniversário

Estela Golf recebe unidade hoteleira de cinco estrelas

Elisabete Soares elisabetesoares@vidaeconomica.pt

Estela Golf Club, campo de golfe localizado na Póvoa de Varzim, a 30 minutos do Porto, vai receber uma unidade hoteleira de cinco estrelas que, neste momento, se encontra já licenciada. De acordo com Alexandre Quintas e Sousa, presidente do Estela Golf, a unidade hoteleira, de 47 quartos, um spa e algumas salas de eventos e reuniões, já foi aprovada por todas as entidades, e vai resultar da reconversão do club house e de outra estrutura existente ao lado, num investimento estimado em 3,5 milhões de euros. Terá uma área de cerca de dois mil m2 de construção. Alexandre Quintas, proprietário maioritário do campo de golfe de 18 buracos, destaca que, neste momento, estão a definir o modelo e a selecionar a cadeia que vai gerir a futura unidade. Na sua opinião, o modelo que possivelmente

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vai ser o escolhido passa por serem os proprietários a assumir a construção, sendo depois a gestão assumida pela cadeia hoteleira escolhida. “A unidade hoteleira vai potenciar muito o Estela, porque somos o único campo de golfe da região N orte que não tem nenhuma estrutura destas”, destaca Alexandre Quintas. “O privado e exclusivo Estela Golf Club é um dos melhores e mais luxuosos campos de golfe em Portugal. Com um clima ideal para a prática do golfe durante todo o ano, a Estela é um campo de golfe, localizado em frente ao Oceano Atlântico, numa área ambiental protegida, com vistas de cortar a respiração, acesso direto e exclusivo à praia, espaços amplos e um serviço irrepreensível”, pode ler-se na apresentação deste projeto. O Estela Golf Club foi eleito, em 2016, o 5º melhor campo de golfe em Portugal pela revista “Golf Digest”. A história do Campo de Golfe

da Estela, desenhado pelo arquiteto Duarte Sotto-Mayor, está intimamente ligada à história do Estela Golf Club. Fundado em 1989, o clube estabeleceu desde o início um acordo de exclusividade para a utilização do Campo de Golf da Estela com a Sopete Golfe, SA, proprietária do campo na altura. Mais tarde, em 1997, os associados do clube compraram uma participação aos proprietários do campo, agora a Estela Golf - Atividades Desportivas e Turísticas, S.A, tendo-se tornado acionistas da sociedade e, assim, proprietários do seu campo. O Estela Golf Club foi sendo anfitrião de várias competições nacionais e internacionais. Do calendário nacional destacam-se todas as provas da Federação Portuguesa de Golfe e a Gala de Golfe em 1994, e do internacional o Open do Atlântico Vinho Verde, em 1990, o Open de Portugal, em 1991, o XIII Campeonato Europeu de Seniores, em 1994, e European Club Cup Trophy Men, em 2010.

Circuito de golfe da região Norte promovido no exterior Os cinco campos de golfe de 18 buracos existentes na região N orte “estão a ser promovidos em conjunto nas feiras internacionais e os resultados começam a aparecer”, destaca Alexandre Quintas, que é proprietário também do City Golf, um campo de nove lugares, no Grande Porto, e que oferece condições ideias para a aprendizagem. Os campos da Estela, Vidago, Amarante, Ponte de Lima e Espinho estão, assim, a beneficiar de uma promoção feita no exterior e que permite atrair mais turistas e amantes deste desporto. Uma estratégia com

bons resultados e que, segundo este responsável, foi concertada depois do período de crise recente em que os proprietários viram a necessidade de se organizar.

ASMIP – Associação dos Mediadores do Imobiliário de Portugal organiza hoje, sexta-feira, um seminário com o foco na mediação imobiliária, que se insere nas comemorações do 3º aniversário da associação. Com início às 15 horas, o seminário realiza-se na sala Vip do Estádio do Dragão e terminará com o jantar de aniversário, no Restaurante do Museu. A abertura e mensagem de boasvindas serão feitas por Francisco Bacelar, presidente da ASMIP, seguindo-se o painel, “Direito de Arrendamento”, com António

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Os novos órgãos sociais da ASMIP tomaram posse no dia 12 de janeiro, sendo eleito Francisco Bacelar, como novo presidente

Duarte, advogado da Almeida Duarte & Associados, que vai analisar o Alojamento Local e a compatibilização com o direito de propriedade e condominial, e, ainda, o contrato de mediação imobiliária. Segue-se o painel “Fiscalidade do Património”, a cargo de Luís Medeiros Silva, chefe de divisão da Autoridade Tributária da Área do Património, que vai explicar o que mudou no OE de 2017 em termos de Imposto Adicional ao IMI (AIMI), casos práticos e dúvidas no IMT e o que se prevê em relação à nova legislação para as lojas históricas. O painel seguinte é apresentado por Paulo Marques Silva, do Banco BIC, que vai falar sobre o crédito imobiliário em Portugal e exporá as vantagens dos protocolos de cooperação, sobretudo o protocolo realizado com a ASMIP. A última intervenção, que se prevê a mais animada da tarde, fica a cargo de Pedro Pinheiro, especialista em liderança, que vai apresentar a sua visão do imobiliário, motivando as pessoas para a liderança e para uma gestão de sucesso. “Procuramos que todos os mediadores possam participar, enriquecendo os seus conhecimentos para prestarem melhores serviços e, assim, dignificarem-se a si e à atividade”, destaca Francisco Bacelar.Os novos órgãos sociais da ASMIP tomaram posse no dia 12 de Janeiro, sendo eleito Francisco Bacelar como novo presidente.


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Consultório Jurídico

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Márcia Passos Associada, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados

Lei aplicável nas situações em que o devedor tem apenas dívidas à Autoridade Tributária Dívida ao fisco impede a venda do imóvel? A Lei n.º 13/2016, de 23 de maio, que entrou em vigor imediatamente, veio iludir os devedores do fisco quando estes veem o seu imóvel – residência permanente – ser objeto de penhora pela Autoridade Tributária, criando a expectativa de que no processo executivo destinado à cobrança da dívida a sua “casa não será vendida”. Segundo a letra da lei (n.º 2 do artigo 244.º da Lei Geral Tributária), “não há lugar à realização da venda de imóvel destinado exclusivamente a habitação própria e permanente do devedor ou do seu agregado familiar quando o mesmo esteja efetivamente afeto a esse fim”. Parecia, assim, à primeira leitura, que bastaria ter uma dívida à Autoridade Tributária (vulgo Finanças) para que a venda do imóvel (afeto, exclusivamente, a habitação própria e permanente do devedor ou do seu agregado) não fosse possível. Como se referiu ab initio, tratou-se e bem, na perspetiva que se defende, de uma ilusão que carece de esclarecimento. Por um lado, a anunciada medida é aplicável nas situações em que o devedor tem apenas dívidas à Autoridade Tributária e sendo, em sede de processo executivo, penhorado o imóvel, este não será vendido, a não ser que o executado assim o pretenda, podendo, pois, requerer que o imóvel seja objeto de venda naquele processo. Mas, por outro lado, a medida não tem aplicabilidade quando, para além das dívidas fiscais, o executado tem outros débitos, nomeadamente débitos relacionados com o incumprimento dos contratos de mútuo, celebrados com os bancos, credores hipotecários, e sejam estas responsabilidades perante tais credores anteriores ou posteriores às dívidas fiscais e à própria

execução fiscal, desde que sejam nestas reclamadas. Assim, se é certo que a medida legislativa tem a potencialidade de impedir que alguns devedores “percam a sua casa” por serem devedores a entidades públicas com créditos fiscais, é também seguro que a maioria destes devedores serão, em simultâneo, devedores a outros sujeitos, nomeadamente às instituições bancá-

rias a que recorreram para “comprar a sua casa” e, se assim for, a potencialidade indicada é apenas aparente e não real. A medida contempla apenas os devedores que têm dívidas fiscais, mas já não aqueles cujos credores possam reclamar os seus créditos em sede de processo executivo, como é o caso dos credores hipotecários, e estas são, como é sabido, a maioria

das situações. N ão diremos que são raros os devedores ao fisco. Mas diremos que são raros os devedores que apenas têm dívidas ao fisco. Finalmente importa referir que a medida não é aplicável a imóveis “cujo valor tributável se enquadre, no momento da penhora, na taxa máxima prevista para a aquisição de prédio urbano ou de fração autónoma de pré-

dio urbano destinado exclusivamente a habitação própria e permanente, em sede de imposto sobre as transmissões onerosas de imóveis.” São assim abrangidos os imóveis cujo valor não ultrapasse G 574.323,00, existindo porém um regime próprio de prorrogação do prazo em que o imóvel pode ser vendido para aqueles cujo valor é superior.


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Breves CEB empresta 80 milhões para reabilitação urbana acesso a apoios à reabilitação das cidades, no âmbito do IFRRU 2020 foi objeto de um empréstimo-quadro, de 80 milhões de euros, do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB), de acordo com o Ministério das Finanças. Em comunicado, as Finanças informam ter sido assinado pelo secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo, e pelo governador do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB), Rolf Wenzel, aquele empréstimoquadro de 80 milhões de euros. O objetivo do empréstimo do CEB a Portugal, a particulares e pessoas coletivas – incluindo condomínios – é, segundo o comunicado, o de promover “a regeneração e a revitalização física, económica e social” de zonas urbanas do território nacional. Além de apoiar projetos de reabilitação e revitalização urbana, o empréstimo pretende apoiar também o aumento da eficiência energética da habitação para particulares, alavancando recursos dos Programas Operacionais do Portugal 2020. O IFRRU 2020 foi criado no âmbito do Portugal 2020 e agrega verbas dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI), do Banco Europeu de Investimento (BEI), do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB) e ainda verbas da banca comercial. Em Dezembro do ano passado, o Governo anunciou ter autorizado o lançamento de concursos para o estabelecimento de parcerias, no âmbito do IFRRU 2020, envolvendo um total de recursos públicos de 703,2 milhões de euros oriundos de oito Programas Operacionais do Portugal 2020, todos os Programas Operacionais Regionais, do Continente e das Regiões Autónomas, e o Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), a que acrescia a respetiva Contrapartida Pública Nacional, bem como recursos disponibilizados pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) e pelo Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB). Na altura, a previsão do Governo era a de alavancar a dotação do IFRRU 2020 para cerca de mil e quatrocentos milhões de euros.

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Notícias Mercado do Grande Porto com grande potencial

Mais de metade da oferta de espaços para escritórios necessita de reabilitação Elisabete Soares elisabetesoares@vidaeconomica.pt

Qualidade Stock - Porto cidade

erca de 60, dos 1,4 milhões de m2 que constituem a oferta de escritórios no Grande Porto precisam de obras de reabilitação para responder aos requisitos básicos que são atualmente exigidos pela maioria dos ocupantes. Esta é uma das principais conclusões do estudo “Mercado de Escritórios do Porto”, elaborado pela Cushman & Wakefield e pela Predibisa, e que foi apresentado recentemente no Porto. Segundo o estudo, a oferta de escritórios no Grande Porto evidencia uma escassez de espaços de qualidade, com apenas 10% da oferta considerada como sendo de qualidade alta, ou seja, em linha com os referidos requisitos básicos. A qualidade da oferta é um dos fatores que condiciona o desenvolvimento do mercado, podendo ser decisiva na opção de localização por parte de grandes empresas que têm ao seu dispor a escolha entre diferentes cidades. Neste campo, o mercado do Grande Porto tem um potencial elevado de reconversão, fator que representa uma oportunidade para promotores e investidores. Assim, se considerarmos apenas a cidade do Porto, verifica-se que 48% da oferta na Boavista necessitam de reabilitação, mas se descermos para a Baixa esta percentagem sobe para os 72%. Na zona empresarial do Porto (ZEP), essa percentagem é de 60%, enquanto em Matosinhos verifica-se que 88% dos edifícios de escritórios precisam de reabilitação e na Maia de 59%. De acordo com Graça Ribeiro

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O Centro Tecnológico da Euronext, inaugurado esta semana, instalou-se num edifício na zona do Avis, Avenida da Boavista, que foi adaptado para responder aos padrões exigidos pela empresa que gere as bolsas europeias. De acordo com Manuel Bento, diretor do Centro Tecnológico do Porto, “não conseguimos encontrar um espaço

80 70 60 50 40 30 20 10 0 Boavista Alta

Baixa

ZEP

Oriental

Média

Para Reabilitar

Baixa

da Cunha, responsável do departamento de escritórios – que em conjunto com Marta Esteves Costa, responsável pelo departamento de Research & Consultoria da Cushman & Wakefield, elaboraram o estudo –, “mais de metade da oferta que existe atualmente no Grande Porto não está pronta para ser utilizada. Se juntarmos a este facto a dificuldade em conseguir áreas interessantes por piso, verificamos que esta reduz-se muito”. Marta Costa acrescenta o facto de o “mercado de escritórios do Porto, ainda que conte com um forte poten-

Principais Negócios – 2015 & 2016 Ocupante Natixis Bank

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Área Aprox.

Zona

12.000 m2

Porto - Oriental

Blip

5.000 m2

Porto - Oriental

Euronext

3.000 m2

Porto - Boavista

Farfetch1

6.000 m2

Matosinhos

Webhelp

2.200 m2

Porto - Oriental Porto - Boavista

Ocidental Seguros

2.000 m2

Agility

1.800 m2

Matosinhos

KPMG

1.700 m2

Porto - Boavista

We Share (Grupo Deloite)

1.200 m2

Porto - Boavista

Cardif (Grupo BNP Paribas)

1.000 m2

Porto - Boavista

Mercadona

1.000 m2

Porto - Baixa

Critical Software

1.000 m2

Porto - Baixa

12.000 m2

Porto - Baixa

Banco Big Randstad

860 m2

Porto - Baixa

Cellfocus

800 m2

Vila Nova de Gaia

ITEN

750 m

Porto - ZEP

área de expansão (2016)

Centro Tecnológico da Euronext instala-se no Porto

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cial, se caracterizar por um reduzido grau de maturidade, quando comparado com outras capitais europeias”. Assim, destaca, “este carácter menos desenvolvido do mercado é confirmado pela qualidade dos imóveis, que em grande parte está abaixo das expectativas do ocupante moderno, por uma ampla polarização das localizações de escritórios, pela reduzida área média dos espaços, e por uma forte orientação do mercado para a ocupação própria”. Características do stock É no concelho do Porto que se concentra a maioria da oferta de escritórios na região, com um total de stock existente no concelho a rondar os 800.000 m2, repartidos por mais de 200 edifícios, a que correspondem 55% do total. A zona que concentra a maioria da oferta, tendo edifícios com maior qualidade, é a Boavista. No Grande Porto, a oferta total de escritórios, que reúne os edifícios exclusivos existentes nos concelhos do Porto, Maia, Matosinhos e Vila N ova de Gaia, aproxima-se de 1,5 milhões de metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL), distribuídos por mais de 400 projetos. Gaia é o concelho que apresenta maior oferta, somando mais de 240.000 m2, distribuídos por 70 projetos, com a Maia e Matosinhos a representarem, respetivamente, 14,5% e 14% da oferta. O estudo incide ainda sobre uma amostra usada para estudar os níveis de desocupação no concelho do Porto, que representa 69% da

A oferta de escritórios no Grande Porto evidencia uma escassez de espaços de qualidade, com apenas 10% da oferta considerados como sendo de qualidade alta

em open space e acabámos por optar por este edifício e fazer obras”, destaca. A instalação deste centro tecnológico no Porto, que ocupa uma área de 3 mil m2, e que resulta da sua deslocalização de Belfast, Irlanda do N orte, deve-se ao “custo, mas também à qualidade dos recursos humanos” da cidade, destaca. Acrescenta que a cidade apresenta excelentes características, como o ambiente favorável, e, também, a oferta de universidades especializadas em tecnologias.


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Notícia ERA vende frações na Rua Alexandre Herculano

Grupo alemão Baubab Immobilien investe na Baixa do Porto Baubab Portugal, sociedade detida pela promotora Baubab Immobilien e pelo gabinete Heim&Balp Architekten - empresas sediadas em Berlim e com projetos a decorrer atualmente em Barcelona e Miami - escolheu a cidade do Porto para iniciar a sua implementação em solo nacional. O primeiro investimento da Baubab Portugal é a reabilitação de um exemplar da tipologia casa burguesa do Porto, localizada na Rua de Alexandre Herculano, perto da Batalha, no coração da Baixa. “No que à Baixa do Porto diz respeito, a estratégia da Baubab passa inevitavelmente pela aquisição e reabilitação de outros imóveis na linha do que está a fazer neste projeto. Está atenta a edifícios históricos que apresentem condições para criar frações com áreas generosas e uma forte aposta no conforto dos utilizadores”, refere Bárbara Costa, da direção comercial da ERA Porto Baixa. Com efeito, acrescenta, “estão já a ser estudados outros edifícios para projetos futuros partindo da área geográfica definida pelas ARU, procurando identificar um leque de opções que permitam soluções de investimento e intervenção diversificadas (reabilitação pura, reconstrução ou reabilitação associada a construção de raiz em empreendimentos mistos)”. De acordo com a responsável, do ponto de vista arquitetónico - e porque a Baubab Portugal é em parte detida pelo gabinete de arquitetura Heim&Balp - as linhas orientadoras passam pelo estabelecimento de parcerias com escritórios locais (como foi o caso do gabinete Manuel Correia Fernandes, A&A, responsável pelo projeto de Alexandre Herculano),

mentação passa por procurar boas oportunidades de investimento imobiliário acompanhando as tendências e as necessidades do mercado”, destaca Bárbara Costa.

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Apartamentos entre os 180 e os 310 mil euros

O início dos trabalhos de recuperação do imóvel da Rua Alexandre Herculano está previsto para o mês de abril, e neste momento está a ser preparado um evento de apresentação, no próprio edifício “numa relação simbiótica que permita associar o saber e a qualidade locais com a visão externa de um atelier internacional”. A atividade da Baubab Portugal

não estará necessariamente restrita ao mercado da reabilitação, ao centro histórico da cidade ou à escala do edifício clássico. “N a realidade a sua estratégia de imple-

O projeto em desenvolvimento para a Rua Alexandre Herculano, da autoria do gabinete Manuel Correia Fernandes & AA, “prevê a transformação da casa em oito frações independentes que se destacam pelas grandes áreas e diversidade de tipologias, servidas por elevador, numa opção pelo conforto e qualidade que demarca este empreendimento do segmento das pequenas unidades cuja oferta abunda neste mercado”, refere a responsável da ERA. Dispõe de frações T1, T1 duplex e T2 duplex com áreas úteis que vão dos 60 aos 120 m2 e preços que variam dos 180 aos 310.000 euros. A comercialização do empreendimento está a cargo da ERA Porto Baixa.” Bárbara Costa adianta que o início dos trabalhos de recuperação do imóvel está previsto para o mês de abril, e, neste momento, está a ser preparado um evento de apresentação, no próprio edifício. “Neste evento serão aceites as primeiras reservas que poderão usufruir de um desconto de 5% sobre o valor base de comercialização”. A construção será realizada pela TPS, Lda., empresa com uma experiência de mais de três décadas na construção e reabilitação.

Convenção anual da ERA aposta na tecnologia ERA Portugal vai reunir, a 24 e 25 de março, mais de 1800 colaboradores na Exponor – Feira Internacional do Porto. Intitulada, ERA TECH SUMMIT, a convenção anual pretende ser o ponto de encontro entre inovação e imobiliário. Desde sempre ligada à tecnologia, a ERA - que tem o mais avançado motor de busca de imóveis do mercado e uma plataforma tecnológica única que liga

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toda a rede de lojas -, convidou os oradores representantes de relevantes marcas do universo digital, nomeadamente João Luz, do Linkedin Portugal e Bernardo Correia, da Google Portugal, entre outros oradores. Com vários workshops, nomeadamente de fotografia de imobiliário, redes sociais, big data e story telling, a ERA pretende que os seus Agentes saiam deste encontro com mais conhecimentos e

melhor preparados para os desafios do setor. E, porque a motivação é palavra de ordem, serão também anunciadas as melhores lojas e os melhores agentes do país. O evento conta ainda com a participação de alguns parceiros da rede imobiliária, incluindo os responsáveis da banca portuguesa. De acordo com Miguel Poisson, diretor-geral da ERA em Portugal,

“estes eventos são fundamentais para reforçar a estratégia da empresa de forma a podermos estar preparados para enfrentar com sucesso os desafios do futuro nos quais a tecnologia será, a par com os nossos recursos humanos, um pilar fundamental para nos diferenciarmos na qualidade do serviço prestado ao nosso cliente e, desta forma, reforçarmos a nossa liderança em todos os mercados onde estamos presentes”.


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Notícia

Breves

Hotéis Moov avançam para a capital

Endutex promove edifício de escritórios na Grande Lisboa Elisabete Soares elisabetesoares@vidaeconomica.pt

Endutex, grupo industrial têxtil com investimentos na hotelaria e imobiliário, vai avançar com a construção de um edifício de escritórios na Grande Lisboa. De acordo com André Ferreira, administrador da Endutex, o projeto tem alguma dimensão e está ainda em fase de projeto, estando também em análise as características do produto que vai ser desenvolvido. Contudo, a intenção, para já, é a de promover um edifício de escritório tradicional, cuja oferta, nesta altura, é escassa. Também a cidade do Porto vai ser contemplada, em breve, com um novo projeto para a Baixa do Porto e que se destina a um uso

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misto, cuja localização se encontra ainda em fase de negociação. A Endutex inaugurou, recentemente, o District Offices and Lifestyle, que resultou de uma intensiva e complexa obra de reabilitação de um edifício construído no século XVIII, o antigo edifício do Governo Civil do Porto, na Batalha, mas que, neste momento, ganhou nova vida e novas funcionalidades. Moov expande-se para Lisboa A Endutex Hotéis tem neste momento três projetos hoteleiros da cadeia Moov em fase de desenvolvimento na região de Lisboa. Trata-se das unidades de Lisboa Centro, Parque das Nações e Oeiras. O novo Moov Oeiras é o projeto que se encontra em fase mais avançada, em início de construção, adjudicada à empresa Gabriel Couto. Trata-se da quarta unidade da marca Moov em Portugal, e a primeira na região de Lisboa, e resultará de um investimento de 6,3 milhões de euros. De acordo com André Ferreira, o Moov Oeiras abrirá portas

O Moov Oeiras apresenta as mesmas características que são visíveis nos hotéis Moov já em funcionamento, o Moov Porto Centro, Moov Porto Norte e Moov Évora (nas fotos)

um ano depois, em março de 2018. O novo Moov Oeiras terá um to-

Escritórios de dez a 14 euros o m2 Os 60 escritórios que constituem a oferta do District Offices and Lifestyle – localizado na Batalha e inaugurado recentemente – estão ocupados por 55 empresas, apresentam rendas mensais de 10 a 14 euros e área de 12 a 50 m2, destaca André Ferreira. “N o início tínhamos alguns receios, que não se concretizaram, e agora já temos uma lista de espera”. Estão ocupados por empresas maioritariamente constituídas por jovens, de indústrias criativas e das áreas da comunicação. Os espaços de escritórios são servidos por casas de banho comuns, cozinhas e salas de apoio.

tal de 115 quartos e, tal como os restantes três já em operação – Moov Porto Centro, Moov Porto Norte e Moov Évora –, manterá as mesmas infraestruturas e serviços a que a marca já habituou os seus clientes. A nova unidade localiza-se nas proximidades de uma grande zona empresarial onde se destacam centros como Lagoas Park e Quinta da Fonte que integram empresas de renome internacional e nacional. As unidades para Lisboa centro, localizada perto do Marquês de Pombal, e do Parque das Nações, com 180 quartos, encontram-se ainda em projeto. “Quando avançamos com um projeto, iniciamos o processo desde o seu início e temos a vantagem de saber o que as pessoas valorizam mais e menos”, destaca André Ferreira. O responsável adianta ainda a possibilidade de avançarem com um novo projeto para a cidade do Porto. A Endutex Hotéis já avançou com a internacionalização da marca para o Brasil, onde está a construir dois hotéis, o Moov Curitiba e Moov Porto Alegre. “Já analisámos os mercados de Angola e Moçambique, mas para já não são opção. Estamos mais inclinados a avançar para outras localizações em países europeus”, destaca André Ferreira. O responsável acrescenta que em análise está também a proposta de diversificação do conceito a nível hoteleiro, em conjunto com a diversificação geográfica. O grupo industrial, com sede em Vilarinho, Santo Tirso, tem uma faturação de 70 milhões de euros, entre Portugal e Brasil. O plano de investimento no turismo e imobiliário iniciou-se há cerca de 5 anos, sendo que, neste momento, tem projetos em desenvolvimento de 15 milhões de euros.

CPCI questiona alterações ao IMI CPCI questiona a intenção de alterar as atuais regras de avaliação dos imóveis, em sede de IMI, com o Governo a pretender atribuir às autarquias a definição dos valores patrimoniais tributários. Segundo Reis Campos, presidente da confederação, “a instabilidade fiscal volta a estar em destaque. Falar de Valor Patrimonial Tributário é falar de uma base de cálculo dos imóveis que é utilizada para diversos fins. Desde aqueles que constituem receitas das câmaras, como é o caso do IMI e do IMT, passando por outros, que representam tributos da administração central, como o IRS, IRC, IVA, Imposto sobre Sucessões e Doações, Imposto de Selo, para terminar na determinação dos valores a considerar para efeitos de expropriações, de atualização das rendas no âmbito do NRAU, penhoras e cálculo da derrama.” “Toda e qualquer alteração a este nível tem de ser devidamente ponderada e justificada”, alerta o dirigente, considerando que “não podemos discutir soluções que passam, sem mais, pela atribuição de competências a uma determinada entidade, sem antes ter presente as implicações que as mesmas têm”.

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Prémio da Reabilitação com recorde de candidaturas a edição em que celebra cinco anos, o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana recebeu um número recorde de 83 projetos candidatos, oriundos de 22 concelhos de Portugal Continental e das regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. O número de candidaturas recebido este ano supera em 38% os 60 projetos que concorreram na edição de 2016 e também a cobertura geográfica das intervenções aumentou substancialmente (+ 38% face aos 16 concelhos da 4ª edição). Dos projetos a concurso na edição de 2017, 41% são de uso habitacional, 25% de comércio e serviços, 19% de equipamentos sociais e 15% de turismo. Os vencedores da edição de 2017 serão conhecidos numa cerimónia da gala no próximo dia 29 de março, a realizar no antigo Museu dos Coches, em Belém.

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