Imobiliário Newsletter nº 15 | 1ª quinzena | abril 2017
ERA reuniu 2000 colaboradores na Convenção anual
A tecnologia vai reinventar o negócio mas relação humana continuará a ser a chave do negócio Págs. 4 e 5
Consultório jurídico:
Sabia que pode ter benefícios fiscais na compra de um imóvel para revenda? Pág. 3
Proprietários pedem 80 milhões de euros
Predibisa assegura comercialização
Cadeia Amazónia vende unidades hoteleiras para evitar falência
Lucios garante avanço do edifício residencial Essenza no Parque da Cidade
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Pág. 8
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Opinião
Breve Candidaturas para Green Project Awards arrancaram
Buildings VP Schneider Electric
Edifícios eficientes: a chave para a sustentabilidade
N A
iniciativa nacional de referência para o reconhecimento das boas práticas em projetos que promovam o desenvolvimento sustentável – Green Project Awards (GPA), iniciativa da Agência Portuguesa do Ambiente, GCI e Quercus ANCN – já abriu as candidaturas para a 10ª edição. Um número simbólico, que será celebrado com várias novidades. Ao fim de nove anos a premiar a sustentabilidade em Portugal, o GPA apresenta novas categorias, prémios especiais e um ciclo de conferências de âmbito nacional. Referência da sustentabilidade em Portugal, o GPA tem o apoio dos Ministérios da Agricultura, do Ambiente, da Economia, da Educação e do Mar, da Presidência da República, da Comissão Europeia e da CPLP. Agricultura, Cidades e Mobilidade Sustentáveis, Gestão Eficiente de Recursos, Indústria 4.0 – Transformação Digital, Iniciativa Jovem, Iniciativa de Mobilização, Investigação & Desenvolvimento, Mar e Turismo são as categorias que fazem a décima edição do GPA. As candidaturas serão avaliadas pelo impacte do projeto, produto, iniciativa ou serviço nos pilares da sustentabilidade ambiental, económica e social. Em 2017 serão também atribuídos cinco prémios, nomeadamente, o Prémio Investigação e Desenvolvimento Sustentável GPA Jerónimo Martins, o Prémio Inovação Social GPA – Sociedade Ponto Verde, o Prémio Cooperação Internacional de Negócios e o Prémio Carreira pela Sustentabilidade, sendo este último atribuído no âmbito da 10ª edição. Podem concorrer ao GPA empresas, organizações não governamentais, estabelecimentos de ensino, centros de investigação, entidades públicas e/ou municipais, associações, investigadores e outros cidadãos a título individual com projetos, iniciativas, produtos ou serviços que visem o desenvolvimento sustentável e que tenham sido implementados ou disponibilizados em Portugal nos últimos três anos. Desde 2008, a iniciativa já recebeu mais de 1200 candidaturas e distinguiu mais de 120 projetos, criando um movimento de desenvolvimento sustentável, mobilizando a sociedade civil, incluindo os jovens, e as empresas em torno da agenda da sustentabilidade.
Rui Queiroga
uma era pautada pelo aquecimento global e pelas alterações climáticas, a eficiência energética apresenta-se como um vetor estratégico fulcral para a sustentabilidade ambiental, sendo urgente uma mudança de paradigma. Enquanto particulares, empresas, indústrias e entidades governamentais, somos todos partes interessadas e comprometidas em proteger o nosso futuro comum através de um consumo de energia responsável. Até 2050, prevê-se que a procura de energia duplique devido ao crescimento demográfico, económico e industrial em todo o mundo, sendo que, já em 2030, o consumo elétrico será 70% superior ao consumo atual e as soluções de eficiência energética serão responsáveis pela redução de 57% da emissão de gases de efeito estufa (GEE). Os edifícios utilizam mais recursos energéticos do que os veículos em circulação e são responsáveis por cerca de 40% do consumo total de energia e 36% das emissões de CO2 em toda a Europa. A energia consumida pelos edifícios, em particular para o aquecimento de espaço, é a principal fonte de emissão de gases de estufa. No espaço da União Europeia, a quantidade de energia desperdiçada através dos telhados e paredes é equivalente ao que poderia satisfazer o compromisso com o Protocolo de Quioto, apenas implementando medidas de melhoria dos padrões de isolamento dos edifícios. As previsões apontam igualmente para um aumento das necessidades de consumo de energia elétrica por parte das economias emergentes, entre as quais está a segunda maior economia do mundo – a China – conduzindo a um crescimento da procura mundial na ordem dos 70%. Paralelamente, vão sendo integradas diretivas que estabelecem requisitos de eficiência energética para edifícios nas regulamentações nacionais e nas normas em matéria de construção. Estas regulamentações são fundamentais tendo em conta que existem 2,8 milhões de novos edifícios
submetidos a um consumo elevado de energia. A Diretiva de Eficiência Energética de Edifícios e a norma EN 15232 aplicada em 27 estados-membros europeus obriga à implementação de sistemas de automação e controlo dos edifícios tendo em vista a poupança energética. Com um investimento razoável, é possível obter um rápido retorno do mesmo, graças à redução do consumo energético. Urge então a necessidade de implementação
de
sistemas que potenciem uma poupanaça real no consumo de energia, que pode atingir facilmente os 30%. Uma gestão, monitorização e controlo do consumo de energia eficientes são essenciais para o alcance desta métrica. A maioria dos indicadores dos quadros elétricos comuns mostram apenas uma visualização básica da realidade do consumo energético, sendo que a chave para obter economias reais, passsa pela transmissão de informações fiáveis sobre o consumo. Quadros de distribuição elétrica inteligentes e comunicantes são excelentes aliados na poupança energética. A opção pela instalação de smart panels, fornece uma garantia de proteção, controlo e medição dos consumos de energia. Estas arquitecturas
permitem medir e implementar ações de eficiência energética baseadas em informações sobre a evolução no tempo do consumo de energia e o local, através de serviços conetados online. Os sistemas contínuos de medição automática utilizam, geralmente, plataformas tecnológicas com janelas de informação dinâmicas para exibir informações operacionais e de consumo energético. Através de gráficos, tabelas e “widgets”, os sistemas de automação e controlo contribuem de uma forma mais eficaz para a eficiência energética global dos edifícios a longo prazo. Quando combinados com uma medição automática eficaz, esses sistemas, que incluem motores de velocidade variável para a ventilação, controlo da iluminação interior e exterior, termostatos inteligentes e sistemas de AVAC programáveis, garantem que o edifício utiliza apenas a energia que necessita. Em Portugal começam a surgir resultados animadores. Tal como foi divulgado na 22.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP22), as emissões do país e as emissões “per capita” encontraremse praticamente no mesmo nível em relação à avaliação do ano passado. Há um vastíssimo caminho a percorrer no setor de produção de eletricidade e calor, em grande parte pelo peso do uso de carvão (eficiente do ponto de vista económico, mas particularmente ineficiente do ponto de vista ambiental) nas centrais térmicas portuguesas. Apesar de existir um esforço generalizado, é necessária uma atenção redobrada ao facto de o atual presidente dos EUA considerar que as “alterações climáticas são uma invenção da China para prejudicar as exportações dos EUA”. Ora, tendo em conta o facto de os EUA serem o maior produtor mundial de combustíveis fósseis e o segundo maior emissor de gases, existirão motivos verdadeiramente preocupantes e medidas urgentes a adotar. É necessário ter em mente as gerações futuras, a qualidade de vida e, por isso, soluções eficientes que realizem uma gestão eficaz da energia.
Ficha Técnica: Edição e coordenação: Elisabete Soares | Paginação: Célia César e Flávia Leitão | Periodicidade: Quinzenal
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Consultório Jurídico
Cristina C. Serrazina
Sabia que pode ter benefícios fiscais na compra de um imóvel para revenda?
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ma das questões que normalmente se colocam quando se aborda o tema da compra e venda de imóveis é, inevitavelmente, a questão fiscal, nomeadamente a que se prende com a liquidação do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMT). Ora, o IMT é um imposto municipal incidente sobre as transmissões onerosas de bens imóveis situados em território português, sendo que alguns factos tributários podem beneficiar de isenção. A título exemplificativo, salientamos os seguintes: (i) aquisição de prédios para revenda por sociedades imobiliárias; (ii) aquisição de prédios urbanos destinados a reabilitação urbanística; (iii) aquisição de prédios ou de frações autónomas com destino à instalação de empreendimentos qualificados de utilidade turística; (iv) aquisição de imóveis por Fundos de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional; (v) operações de reestruturação ou de acordos de cooperação; (vi) aquisição de prédios classificados como de interesse nacional/ público/municipal e (vii) isenção ou redução de IMT relativamente às aquisições de prédios que constituam aplicações relevantes, no âmbito do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI). Regra geral, a iniciativa da liquidação deste imposto cabe aos adquirentes, sendo que, para efeito de liquidação de IMT (e imposto de selo), os adquirentes devem entregar a declaração modelo I de IMT em qualquer serviço de Finanças ou através da internet, e isto mesmo que a transmissão seja suscetível de beneficiar de isenção de IMT e de IS. Conforme referido, o CIMT tem prevista a aplicação de uma isenção para as situações em que os sujeitos passivos pretendam adquirir prédios para revenda. Enquadram-se aqui as pessoas singulares e coletivas que exerçam a atividade de compra e venda de bens imobiliários. Importa, assim, analisar quais são, então, as condições a observar para que não haja sujeição a IMT? Que o imóvel adquirido se
destine a revenda; Que o adquirente seja um sujeito passivo de imposto sobre o rendimento, e que, no ano anterior, tenha exercido a atividade normal e habitual de compra e venda de imóveis. Que os imóveis adquiridos sejam revendidos no prazo de três anos. E, mesmo que sejam revendidos dentro desse prazo, não se destinem novamente à revenda. Além destas condicionantes, só podem beneficiar da isenção de IMT
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as aquisições de imóveis em que os sujeitos passivos os afetem ao seu ativo permutável.
Neste tipo de operações podem existir situações que não são pacíficas, como é o caso,
por exemplo, de um sujeito passivo que adquire imóveis para revenda, e esses imóveis encontrarem-se arrendados (exemplo, o imóvel tem um arrendatário). Neste caso, a Autoridade Tributária já se pronunciou dizendo que “a aquisição de revenda de um imóvel que se encontra arrendado não obsta à concessão do benefício desde que se respeitem todos os condicionalismos exigidos”. Salientamos a importância
Associada sénior, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Sociedade de Advogados R.L.
do prazo de caducidade que esta isenção exige, isto porque, sempre que se verifique que a um prédio adquirido para revenda lhe foi dado um destino diferente, ou que o mesmo não foi revendido dentro de três anos, resulta que esse sujeito passivo perde a isenção de IMT, tendo o prazo máximo de 30 dias após a caducidade para liquidar o imposto voluntariamente e sem juros, sendo-lhe aplicada a taxa em vigor à data da aquisição.
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Destaque ERA reuniu 2000 colaboradores na Convenção anual
A tecnologia vai reinventar o negócio mas relação humana continuará a ser a chave do negócio
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ERA Portugal reuniu dois mil colaboradores na Convenção Anual, que se realizou, no final da última semana, na Exponor. Intitulada ERA TECH SUMMIT, o resultado do encontro confirmou como o imobiliário tem de estar preparado para o cada vez maior desafio que nos traz a evolução tecnológica. A ERA Portugal mostrou que está muito atenta a esta evolução do mundo digital e apresentou algumas novidades que vão revolucionar os serviços e a relação com o cliente. Contudo, também ficou a certeza que a tecnologia deve estar ao serviço dos mediadores, permitindo-o ser mais rápido e eficaz, mas que não os vai substituir. Esta foi a mensagem de Miguel Poisson, diretor-geral da ERA Portugal, desafiando os profissionais da ERA a que “para sermos melhores temos de utilizar a tecnologia em toda a sua plenitude”, já que “a rapidez e a inovação vão moldar o nosso futuro”. Contudo, adverte, “a tecnologia vai reinventar o negócio, mas a relação humana continuará a ser a chave do negócio”. Miguel Poisson considera que “a ERA Portugal é um caso de sucesso na mediação em Portugal”, por isso, “os desafios para 2017 são grandes, porque va-
Pioneiros na criação de dezenas de startups
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o longo dos 18 anos de existência a rede ERA foi pioneira na criação de dezenas de startups, considera Paulo Morgado, que com Fernando Sapinho e Nuno Ramos, constitui a administração da ERA Portugal. Empresas formadas pelos franchisados da ERA e que estão distribuídas pelo país e ilhas e que são constituídas por profissionais de diferentes áreas, mas que depois de alguns meses de aprendizagem iniciam o seu percurso. Paulo Morgado destaca também a importância da ética nesta profissão. “Sem ética não há resultados sustentáveis”.
mos continuar a manter a liderança”. Em 2016 a faturação da ERA Portugal teve aumento de 30%, em relação ao 2015, tendo vendido mais de 12 mil imóveis, num montante total superior a 1500 milhões de euros. Foram assinados mais 31 novos contratos de franquia, um número recorde. A ERA conta, neste momento, com uma rede de 186 lojas em todo o território nacional e mais de 2350 colaboradores. Os bons resultados da ERA em 2016 foram visíveis também na presença nos meios de comunicação. Assim, no último ano, e de acordo com uma fonte independente (Mediamonitor), a ERA teve um retorno do investimento (ROI), sem contrapartida publicitária, de mais de 7,2 milhões de euros, valor superior à soma dos dois concorrentes mais directos (6,6 milhões de euros). Miguel Poisson desafia os comerciais para a oportunidade das vendas com crédito à habitação, que em 2016 cresceu 44%, mas também para a obra nova que acredita, será “uma das áreas de maior crescimento da ERA nos próximos anos”. No entanto, adverte, é necessário que os comerciais da ERA ocupem todo o território com o seu saber e experiência.
Nuno Ramos salienta a importância dos prémios conquistados pela ERA em 2016 e já em 2017, e que são “o resultado de um esforço coletivo”. Na sua opinião, a empresa está preparada para enfrentar o futuro, e por isso este ano, “temos de concentrar as nossas atenções no cliente vendedor, conseguir mais angariações em exclusivo e, assim, temos a garantia que vendemos mais”. Fernando Sapinho destaca o trabalho exemplar que a ERA tem feito a nível tecnológico. “Somos líderes incontestáveis no caso da tecnologia e do digital”, destaca. Na sua opinião, os profissionais da ERA tem de aprender a usar as redes sociais em seu favor e estar na vanguarda da tecnologia. “A liderança também se faz no controle do terreno”, diz.
“Vamos continuar a recrutar talentos”
Uma revolução tecnológica ao serviço do cliente
“
A expansão da rede ERA vai continuar e em 2017 vamos continuar a recrutar talentos”. Foi desta forma que Pedro Barbosa, diretor de Expansão da ERA, destacou a importância que os recursos humanos tiveram nos últimos anos e que permitiram que a rede atingisse a liderança na mediação imobiliária. Destaca o facto de 95% dos colaboradores da ERA terem vindo de diversas profissões e terem aprendido a mediação com a ERA. Rui Torgal, diretor de Operações da ERA, alerta para a necessidade de continuar a “estratégia de conquista do território, ocupando o espaço, rua a rua, casa a casa”. Contudo, apela também para o que é ser ERA: “Decidido no trabalho, mas também ser íntegro, ser solidário e transparente, agir sempre como parte de um todo, sentir-se como família”. E, acrescenta, leve a vida para onde nos levar, uma vez ERA, ERA para a vida”.
A
ERA está a lançar um conjunto de novidades a nível tecnológico que vão permitir prestar um mais rápido e melhor serviço ao cliente. A começar num novo modelo a aplicar nas direções processuais das lojas, mas também um melhor serviço na área do financiamento e na relação com a banca, que vai permitir que a análise e aprovação dos créditos sejam, não só mais fáceis, como rápidos. De acordo com João Pedro Pereira, esta revolução tecnológica inclui novidades na plataforma G.ERA Mobile, com novas notificações ativas disponíveis para os 1762 agentes da ERA, sendo que o próximo passo será o de ligar o G.ERA mobile ao website, com notificações do comprador diretamente para agente angariador e assim premiá-los pelo trabalho desenvolvido.
Aposta no marketing Há um ano e meio a direção de marketing desafiou os profissionais da ERA a participar num plano mínimo de marketing, que incluía a utilização de alguns materiais e a participação na revista Proprietários. “A adesão foi fantástica e aumentamos as tiragens da revista para os 189 mil exemplares”, destaca João Pedro Pereira, diretor de marketing. Os resultados das campanhas digitais, promovidas em 2016, tiveram resultados
surpreendentes, destaca. Refira-se, por exemplo, a campanha Agente ERA que atingiu os 3560 GRP’s (indicador que marca as audiências das campanhas publicitárias), e que foram muito superiores aos dos outros players do mercado. O mesmo se passa com as interações por post publicados no facebook, de cerca de 446, que levou a ERA a inovar e a reforçar estas mensagens. A campanha de anúncios grátis, lançada em janeiro último, permitiu ultrapassar os 1,3 milhões de visitantes no website, apenas num mês e conseguiu
123 mil novos clientes que foram distribuídos pelas lojas ERA. Já este ano a ERA foi premiada com duas distinções: Marca de Confiança 2017, eleito pelos leitores da revista Reader`s Digest, e foi considerada uma Superbrand, que distingue as melhores marcas em Portugal. Para este ano a ERA lança alguns desafios aos agentes da rede que se prendem, essencialmente, com o seu posicionamento a nível do mercado. Na opinião de João Pedro Pereira, “o mercado natural
O desafio da digitalização na banca
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banco Santander Totta quer liderar o processo de digitalização da banca, destaca António Ribeiro, diretor de agência. Na sua opinião, a banca tem atualmente três desafios importantes: a rentabilidade; clientes mais exigentes; novos players digitais. É que, destaca, “brevemente o cliente vai conseguir fazer um crédito à habitação sem ir ao banco”. Neste momento, praticando um spread mínimo de 1,15%, António Ribeiro destaca o facto de “nosso spread
mais alto estar abaixo da média do mercado”. Na sua opinião, o banco Santander Totta, tem uma postura diferente no mercado, porque “nós não somos um banco que entra e depois saímos”. “Somos diferentes porque sempre estivemos convosco”.
“Temos que inovar” “Somos nós que temos que inovar”, considera José Araújo, diretor do DNI, do Millennium bcp. Na sua opinião é a
banca que está no centro da digitalização, “que deve conduzir este processo e não ser conduzido”. Para José Araújo, perder ou ganhar é a partir de agora mais rápido. Por isso, deixa o repto, “vamos liderar usando a tecnologia e fazer a diferença”. O banco PBI conseguiu aumentar a quota de mercado na concessão de crédito dos imóveis vendidos nas lojas ERA. De acordo com João Cruz, diretor Central do BPI, “o desafio foi superado e fomos o primeiro banco no crédito imobiliário das lojas ERA”. O desa-
da ERA são os imóveis até um milhão de euros”. Por isso, para trabalhar estes imóveis de gama média/alta desenvolveram novas ferramentas, como cartas personalizadas e assinadas pelos agentes, o lançamento renovado da revista Exclusive, com artigos interessantes sobre as zonas e bairros onde se localiza esta oferta e o lançamento da E/Selection, uma publicação exclusiva, com imóveis selecionados e com fotografias de muita qualidade. Publicações estas que estarão disponíveis no website da ERA, com informação di-
versificada e em formato de newsletters, para disponibilizar pelos clientes. A Convenção da ERA contou com a presença do secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, responsável que tem liderado a implementação da iniciativa Industria 4.0, que pretende promover um plano tecnológico próprio, com vista à melhoria da competitividade das empresas. “Portugal pode e deve estar na frente da linha da digitalização da economia”, destaca João Vasconcelos. Acrescenta, “Portugal é um dos países europeus que tem um plano nesta matéria”. O responsável adianta, ainda, que é no “turismo e no imobiliário” que a tecnologia está mais avançada. Referiu que o governo tem um plano de investimento de investimento 4 mil milhões de euros, para os próximos quatro anos, para que as empresas se possam modernizar.
A oportunidades do LinkedIn para o imobiliário
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fio lançado este ano pelo responsável é que em 2017 o BPI volte a ser o primei-
ro no montante de crédito concedido aos clientes das lojas ERA.
rede de contatos LinkedIn apresenta uma grande oportunidade para o setor do imobiliário. Foi esta a mensagem de João Paulo Luz, diretor comercial da Impresa para a área digital e representante desta plataforma em Portugal. O LinkedIn liga 467 milhões de profissionais em 200 países e em 24 línguas. Em Portugal tem 2,5 milhões de pessoas registadas, sendo que 93% é qualificada. Na opinião de João Paulo Luz, esta é a “rede social em que mais confiam os profissionais ricos”. Acrescenta, que o potencial se alarga quando o interesse em investir em Portugal aumentou nos últimos anos. “Há 24 milhões de registados que devem estar interessados numa casa para investir, para viver ou para obter um visto gold”, destaca. Esta rede permite ainda identificar e comunicar com determinados grupos, como, por exemplo, com os médicos, quando está prevista a abertura de um hospital, ou quando se sabe que a EDP vai mudar a sua sede e 2500 pessoas vão trabalhar na Linha do Estoril.
ERA distingue melhores colaboradores e lojas
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ERA Portugal, como habitualmente, distinguiu os colaboradores e as lojas que apresentaram melhores performances, tanto a nível dos resultados, como a nível das boas práticas. Um dos prémios que se destacou este ano foi o de melhor agente, que este ano premiou 84 ‘superagentes’.
PRÉMIOS 2016 - AGÊNCIAS POS.
Faturação Agência
1º
Expo / Olivais
2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º
Expo / Portela Chiado / Lapa Alcântara / Restelo Ponta Delgada Boavista / Foz Coimbra Vale das Flores Telheiras / Lumiar Arca d’Água Alfama / Graça Alvalade / Campo Grande Rio Tinto Senhora da Hora Alameda / Av. Roma Sacavém / Real Forte Aveiro Charneca da Caparica Tavira Antas Carcavelos/ Parede
PRÉMIOS 2016 - AGÊNCIAS Transações
POS.
1º 2º 3º
Agência Ponta Delgada Expo / Olivais Sacavém / Real Forte
PRÉMIOS 2016 - AGÊNCIAS Transações Partilhadas POS.
1º 2º 3º 3º
Agência Expo / Olivais Coimbra Vale das Flores Senhora da Hora Coimbra Almedina
PRÉMIOS 2016 - AGÊNCIAS Start-Up POS.
1º 2º 3º
Agência Corroios Laranjeiro Olhão
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Notícia Aguirre vende projecto a investidor nacional
Mercado de reabilitação para habitação com grande dinâmica em Lisboa
CR 119 avança no coração de Lisboa
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unto ao Marquês de Pombal e à Avenida da Liberdade vai nascer um novo empreendimento no coração da cidade, o Conde Redondo 119. Mediado em co exclusividade pela Quintela e Penalva – Real Estate, o número 119 da rua do Conde de Redondo foi desenhado em 1902 como edifício habitacional. O grande objetivo da sua reabilitação está na preservação das suas típicas características arquitetónicas do final do século XIX. Apresentando exteriores com fachadas guarnecidas a pedra, varandas, frisos e pilastras que revelam a
O projeto Casal Ribeiro 55 é composto por 77 apartamentos e 5 frações destinadas a comércio
Este empreendimento histórico consiste em quatro pisos com oito apartamentos T2
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consultora Aguirre Newman concluiu recentemente a venda do projeto Casal Ribeiro 55, em nome do Fundo Santa Casa 2004, gerido pela Fund Box - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário S.A. -, a um investidor português. Trata-se de um projeto emblemático dada a sua localização, no centro de Lisboa (Saldanha), e a sua volumetria com 9.300 metros quadrados a
construir acima do solo e 6.200 metros quadrados abaixo do solo. É composto por 77 apartamentos e 5 frações destinadas a comércio no piso 0 e 1, em substituição a 4 edifícios de habitação. “A concretização deste negócio é mais uma prova do dinamismo em que se encontra o mercado imobiliário em Lisboa e consequente reabilitação da cidade”, destaca Eduardo Fonseca, Head of Development da Aguirre
Newman. Acrescenta, “dadas as características do projeto e acreditando no seu sucesso e venda rápida, realizámos um processo de venda estruturada (Sell Side), com a divulgação em simultânea para um alargado leque de investidores nacionais e internacionais, proporcionando assim toda a transparência necessária numa venda com estas especificidades, tendo sido identificado um investidor para o projeto em menos de 3 meses”.
Novo condomínio no velho palácio do Restelo
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oi lançado recentemente no Restelo o novo condomínio Villa Garcia, que oferece 27 apartamentos numa propriedade que data do final de século XVIII e que será completamente restaurada. Esta quinta setecentista, inclui um palácio que foi residência provisória de D. João V, com 14 apartamentos denominados Casas do Palácio, encontra-se dentro de um jardim, que também será intervencionado para renovar os 13 apartamentos denominados Casas do Jardim. O empreendimento, composto por tipologias T1 e T4+1, está a ser mediado em co exclusividade pela Quintela e Penalva - Real Estate, juntamente com a JLL Cobertura, desde 27 de janeiro. “Este projeto é verdadeiramente ambicioso pois irá combinar a beleza e o requinte estético dos palácios reais, com o conforto a modernidade”, destaca Carlos Penalva, partner e cofundador da Quintela e Penalva - Real Estate. Ao palácio, que tem azulejos datados do final do século XVIII e que foram encomendados durante o reinado
O condomínio Villa Garcia oferece 27 apartamentos numa propriedade que data do final de século XVIII de D. Maria I, junta-se um jardim que, embora seja digno de um rei, não ig-
nora os confortos da modernidade pois tem uma zona de lazer com piscina. A construção do empreendimento iniciou-se no final de 2016 e tem conclusão prevista para o terceiro trimestre de 2018. Apesar de estar ainda por concluir, o empreendimento já tem clientes para muitos apartamentos, cujos preços de comercialização variam entre os 640.500 euros e os 1,35 milhões de euros.
história do edifício e salientam toda a sua nobreza, a reabilitação do Conde Redondo 119 realça outros detalhes, como os tetos altos e trabalhados em estuque, bem como pavimentos e rodapés em madeira nobre. Este empreendimento histórico consiste em quatro pisos com oito apartamentos T2, com áreas que variam entre os 65 e os 85 m2, 2 T1 com áreas com cerca de 60 m2, e conta também com uma área comercial de 87m2. Os materiais utilizados e a qualidade dos acabamentos, resultam em conforto e funcionalidade. A proximidade ao metro, a forte oferta de restauração e a presença de marcas internacionais, lado a lado com teatros, jardins e outros serviços, colocam o CR 119 entre a minuciosidade do passado e o cosmopolitismo do presente. “Este projeto está a ser um sucesso pois, apesar de a sua conclusão estar projetada para o primeiro 1º quadrimestre de 2018, mais de metade já foi vendido. Até ao momento já foram vários os investidores estrangeiros que compraram frações no CR 119, de diversas geografias,” afirma Francisco Quintela, da Quintela e Penalva.
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Notícia Proprietários pedem 80 milhões de euros
Cadeia Amazónia vende unidades hoteleiras para evitar falência Elisabete Soares
quilómetros do centro histórico de Palmela, e poucos minutos dos mais importantes polos empresariais da região, é constituído por 40 apartamentos turísticos totalmente equipados, piscina e parqueamento. Fundado em 1990, o grupo Amazónia Hotéis é uma cadeia hoteleira nacional de referência. As quatro unidades no seu conjunto significam um total de 712 camas.
elisabetesoares@vidaeconomica.pt
A
cadeia Amazónia colocou em venda as quatro unidades hoteleiras que detém em Lisboa, Estoril e Palmela, tentando assim evitar a falência. Inicialmente, pedia 80 milhões de euros pelas quatro unidades de três e quatro estrelas, contudo a EDMÉE – Sociedade Turística, sociedade por quotas detida pela família Gama Couto, está a tentar evitar situação de insolvência, procurando vender os imóveis a cerca de metade desse valor, ou seja, por cerca de 45 milhões de euros. A unidade mais valiosa do grupo Amazónia é o hotel de 3 estrelas, localizado entre as Amoreiras e o largo do Rato, a 500 metros da principal avenida de Lisboa, a Avenida da Liberdade, com 193 quartos e piscina exterior e apresenta um valor de 21,5 milhões de euros. Pela unidade de 4 estrelas, loca-
Fundado em 1990, o grupo Amazónia Hotéis é uma cadeia hoteleira nacional de referência. As quatro unidades no seu conjunto significam um total de 712 camas lizada no Jamor, com 98 quartos e piscina e ginásio, o grupo pede 9,5 milhões de euros. O hotel com uma localização privilegiada, frente ao Estádio Nacional e Complexo Desportivo do Jamor, fica localizado próximo dos parques empresariais Lagoas Park, Tagus Park, Quinta da Fonte e a apenas 10 minutos
do centro da cidade de Lisboa. Já pelo aparthotel, de 4 estrelas, no Estoril, com 18 quartos e 17 apartamentos e piscina, os proprietários estão a pedir 7,5 milhões de euros. No caso do aparthotel de 4 estrelas em Palmela, o valor é de 4 milhões de euros. Situado a dois
Sociedade em dissolução A sociedade já foi notificada que teve início o procedimento administrativo de dissolução, “pelo facto de, durante dois anos consecutivos, a sociedade não proceder ao registo da prestação de contas, nos termos do disposto na alínea a) do artigo 5.º do RJPADLEC, procedimento que corre termos sob o n.º 138/2017, encontrando-se os documentos disponíveis para consulta”, pode ler-se na publicação feita no site do Ministério da Justiça.
Alojamento Local recupera e reabilita imóveis desocupados
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Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), em parceria com o ISCTE, a Sítios e com o apoio do Turismo de Portugal, realizou um estudo inédito de caracterização do Alojamento Local (AL) na Área Metropolitana de Lisboa, junto de cerca de 6000 empresários desta atividade. O projeto integra três estudos de caracterização: oferta de estabelecimentos, perfil dos empresários e procura de AL. Apartamentos correspondem a 86% da oferta Os resultados finais deste estudo permitem traçar com mais precisão o perfil dos imóveis, dos proprietários e dos hóspedes destes estabelecimentos. No caso dos primeiros, é de referir que a grande maioria (86%) é composta por apartamentos, seguem-se as moradias (6,5%), os estabelecimentos de hospedagem (5,6%) e os hostels (1,6%). 59% dos imóveis estavam desocupados Antes de serem convertidos
em unidades de AL, a maior parte dos imóveis estava desocupada (59%), em 19% dos casos passaram de arrendamento para habitação para AL e 13% eram utilizados para habitação própria. Quanto a regras, são muitos os alojamentos que não permitem animais (77%) e ainda mais os que não permitem fumadores (81%), sendo que quase 100% t~em Internet e cozinha equipada entre os equipamentos e comodidades disponibilizados. Metade dos hóspedes tem menos de 40 anos. A grande maioria dos empresários (72,4%) exerce a sua atividade como pessoa coletiva. Mais de metade dos proprietários tem idades compreendidas entre os 35 e os 54 anos e são predominantemente licenciados (68%). A gestão do AL é a sua principal atividade económica, sendo que o mais frequente é apenas possuírem um AL (20%). As principais ameaças Estes empresários consideram que as principais ameaças sentidas são a carga fiscal, as questões legais e de licenciamento (47%), a
sazonalidade do negócio (41%), sendo que as oportunidades mais referidas são a procura turística de estrangeiros (85%), a perceção positiva sobre Portugal (59%) e a procura de um serviço personalizado (42%). Segundo os inquiridos deste estudo, os franceses (47%) e espanhóis (28%) estão entre os hóspedes que mais procuram o AL, com 45% das reservas a serem feitas por casais. Outro dado a registar é que cerca de metade dos clientes não têm mais de 40 anos. Por que escolhem o Alojamento Local? A maioria (72%) indica a localização do imóvel e os comentários dos outros hóspedes (68%) como as principais motivações para a escolha do AL. Os aspetos mais valorizados pelos hóspedes são a localização, o apoio do anfitrião (69%) e metade refere a decoração. Os
transportes públicos são o meio de transporte preferencialmente utilizado pelos hóspedes do AL. Opinião da vizinhança é globalmente positiva Este estudo revela também que as taxas de ocupação variam ao longo do ano, sendo que o mais frequente são as taxas que se situam entre os 50% e os 70 % e entre os 70% e os 90%, em função da época baixa ou alta do ano. O Facebook é o meio escolhido pela quase totalidade dos inquiridos para promover o seu estabelecimento: 98% dos casos utilizam esta rede social. Um número significativo (78%) faz publicidade em plataformas de reserva. Em termos de operadores, a Booking é o principal meio de marcação de reservas (45%), seguido de o AirBnB, onde as reservas diretas correspondem, aproximadamente, a 9%.
8 | Imobiliário | 1ª quinzena | abril 2017
Notícia
Breve
Predibisa assegura comercialização
Predibisa cresce 40% em 2016
Lucios garante avanço do edifício residencial Essenza no Parque da Cidade O edifício residencial Essenza, composto por apartamentos de T1 a T6, tem já diversas frações vendidas
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construtora Lucios está a iniciar a construção do edifício Essenza, no Parque da Cidade do Porto, composto por um total de 25 frações, e destinado a uma gama alta de clientes. A Lucios, juntamente com Essenza, S.A., assegura também a promoção deste empreendimento. O projeto foi lançado em 2008 pelo Banif Gestão de Ativos; contudo, devido às dificuldades do grupo financeiro não chegou a sair do papel. De acordo com a Predibisa, res-
ponsável pela comercialização, o edifício residencial Essenza, composto por apartamentos de T1 a T6, tem já diversas frações vendidas. Este é um projeto de autor, com a assinatura do gabinete de arquitetura de Manuel Ventura. “Este conceito habitacional distintivo conjuga elementos como segurança 24 horas por dia, conforto, elegância e modernidade com a tranquilidade da natureza, fruto de uma localização privilegiada, sobre o coração verde da cidade do Porto”, destaca António Magalhães, responsável da Predibisa pela comercialização do projeto. O piso térreo agregará habitações com tipologias de T1 a T4, com jardim e piscina privativa e também acesso direto às boxes da garagem. Já ao nível do primeiro e segundo pisos, estão destinados para as tipologias T3, T4 e T5. Por outro lado, T4
e T6 compõem todo o terceiro piso, que beneficia de terraços com “lounge” e piscina privativa. Por último, surge um dúplex de tipologias T3 a T5, com terraços e piscina privativa na cobertura. Todas as divisões distinguem-se pelo conforto e funcionalidade, sobressaindo a luz natural e pormenores arquitetónicos exclusivos, de autoria do designer Paulo Lobo, responsável pela decoração e acabamentos das zonas comuns do edifício.
Casas Quinta da Vilarinha com preços a partir de 1,1 milhões de euros
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Predibisa tem a seu cargo a comercialização do novo empreendimento residencial premium, Casas Quinta da Vilarinha. O projeto fica localizado em plena Avenida da Boavista, voltado para o Parque da Cidade. Projetado pelo gabinete de arquitetura de Manuel Ventura, o empreendimento agrega cinco moradias, em lotes contíguos, de tipologia T4 – duas casas já estão colocadas –, que confrontam a poente com a Avenida do Parque da Cidade e a nascente, norte e sul, com logradouros das moradias envolventes. O novo projeto residencial prevê a construção de habitações unifamiliares, agrupadas em banda,
compostas com três pisos acima do solo e uma cave, cujos valores oscilam entre 1,1 milhões de euros e 1,2 milhões de euros e as áreas totais de 450 m2. O piso superior contemplará um pátio externo sobre parte do piso inferior, bem como varandas na fachada voltada para o Parque da Cidade, numa singular harmonia entre o conforto e a natureza.
A nível funcional, a cave do empreendimento está destinada às garagens, espaços de arrecadação, zonas técnicas e lavandaria. Já no rés-do-chão, agrupam-se os compartimentos como a cozinha e as salas de estar e de jantar, com ligação ao espaço exterior ajardinado. O primeiro piso alberga a zona de quartos, com três suites e o segundo andar é mais versátil, contemplando um espaço amplo, que se prolonga para a varanda e terraços exteriores, tendo uma suite de apoio. Totalmente abertos sobre os lados nascente e poente, estes espaços possibilitam uma vista única sobre o maior parque urbano do país e as áreas verdes que o compõem e também sobre o mar.
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consultora imobiliária Predibisa fechou o ano de 2016 a crescer cerca de 40%, face ao ano transato. Com uma concretização de negócios a rondar os 100 milhões de euros, todas as áreas de negócio registaram uma evolução favorável. Num ano que voltou a ser um dos melhores da última década para o mercado imobiliário em Portugal, o Norte continua a ser uma zona forte para o investimento, com a concretização de grandes transações nos segmentos de reabilitação, habitação, retail, hotelaria, escritórios e indústria. Nos últimos quatro anos, os movimentos de negócios da Predibisa cresceram expressivamente, atingindo, em 2016, o valor mais alto de sempre. Na base destes resultados estiveram o fecho de negócios importantes e com grande relevância para a cidade do Porto. “Todas as áreas de negócio evoluíram positivamente, o que se explica não só devido à grande procura por parte de estrangeiros, mas também à grande incerteza da banca, o que leva os investidores a apostar em ativos imobiliários”, destaca João Nuno Magalhães, diretor-geral
da Predibisa. A reabilitação urbana no centro do Porto, intrinsecamente ligada ao setor residencial, mas também ao retail, à hotelaria e à promoção, em 2016, obteve um crescimento robusto. Tal deveu-se ao concretizar de negócios com clientes investidores, que procuravam rendimentos no comércio, restauração, hotelaria, short-rental e escritórios. O forte potencial do turismo e o alojamento local foram fatores que contribuíram para esta dinâmica de transações. A colocação do Hard Rock Café Porto no edifício Prestige e a comercialização do edifício Aliados 107, antigo edifício d´ “O Comércio do Porto”, reconvertido para habitação e comércio de luxo, assim como a implementação da Eurocast, em Estarreja, e da multinacional WEG são exemplos de negócios com intervenção estratégica da Predibisa. Outra área com forte crescimento foi a residencial, resultado da progressiva retoma da construção e do surgimento de novos projetos habitacionais, que fomentam a renovação urbana da cidade do Porto. No segmento escritórios, a procura manteve-se muito acentuada, com as multinacionais a elegerem o Porto como uma boa alternativa para se instalarem, face a outros mercados europeus.