Inovação65

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NEWSLETTER N.º 65 | SETEMBRO | 2015

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DESTAQUE

Innovation Union Scoreboard 2015

ÍNDICE 4

OPINIÃO Compromisso Empresas EDITORIAL

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OPINIÃO

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The 6th International Conference on Systematic Innovation (ICSI) & The 5th Global Competition on Systematic Innovation (GCSI) 7

OPINIÃO Como inovar socialmente na resposta ao atual fluxo de migrações? REDES SOCIAIS O Innovation Union Scoreboard disponibiliza uma avaliação comparativa do desempenho e performance da investigação e da inovação na Europa. Este documento permite ajudar os países e as regiões a identificar as áreas que necessitam de intervenção e maior atenção nestas áreas.

A Suécia confirmou sua liderança na inovação, seguida pela Dinamarca, Finlândia e Alemanha como os líderes europeus em inovação. Comparativamente com 2014, o desempenho da atividade inovadora aumentou em 15 países da UE e por outro lado caiu em 13 países, que poderá consultar mais detalha-

damente no relatório que poderá aceder e descarregar para consulta. Apresentamos sob a forma de infográfico da autoria da União Europeia alguns destaques dos resultados desta avaliação. (Ver quadro seguinte) Continuamos a estar incluídos na categoria dos inovadores moderados.

NOTÍCIAS | EVENTOS

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FINANCIAR a INOVAÇÃO 11 Inovação

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DOUTORAMENTOS CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS ESTUDOS DE PATRIMÓNIO www.artes.porto.ucp.pt


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Apesar das tendências positivas verificadas ao nível do aumento do número dos doutorados, o aumento do número de publicações científicas, o aumento de comunidades criativas e considerando o aumento e criação de postos

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de trabalho em empresas com um potencial de crescimento acelerado no setor da inovação, continuamos a observar fatores negativos que impedem O crescimento de inovações pelas PME e como consequência uma menor disponibilização no mercado de inovações. É um resultado contrário ao esperado, uma vez que acreditávamos que se cumpríssemos a primeira parte PUB


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da equação, mais doutorados, mais publicações, os resultados seriam mais imediatos no aumento da capacidade inovadora. A propósito deste tema ,recomendamos a leitura de um artigo que selecionámos para si, sobre a reduzida aprovação de projetos inovadores pela UE (cerca 12% dos projetos

entanto a Coreia do Sul continua a assumir uma posição global de liderança. Continua a existir um fosso entre a China e a UE, no entanto assume a liderança face a países como o Brasil, a India e a Rússia.

submetidos), principalmente pela incapacidade de fazer chegar uma grande parte das inovações ao mercado. Os países que lideraram o crescimento nesta área foram a Polónia, a Bulgária, a Irlanda, a Lituãnia e o Reino Unido. Se compararmos a UE com os nossos concorrentes globais, verificamos que a posição competitiva da UE face ao Japão e aos EUA está a aumentar, no

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Compromisso Empresas FRANCISCO JAIME QUESADO Presidente da ESPAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública

As empresas são cada vez mais o motor da mudança em Portugal. Impõem-se empresas capaz de projetar no país uma dinâmica de procura permanente da criação de valor e aposta na criatividade. Num tempo de mudança, em que só sobrevive quem é capaz de antecipar as expetativas do mercado e de gerir em rede, numa lógica de competitividade aberta, as empresas não podem demorar. Têm que se assumir como atores “perturbadores” do sistema, induzindo na sociedade e na economia um capital de exigência e de inovação que lhe conferirão um desejado estatuto de centralidade e sobretudo de inequívoca liderança no processo de mudança em curso. As empresas têm que se assumir como o ponto de partida e de chegada de uma nova dimensão da competitividade em Portugal. Assumido o compromisso estratégico da aposta na inovação e conhecimento, estabilizada a “ideia coletiva” de

fazer do valor e criatividade a chave da inserção das empresas, produtos e serviços portugueses no mercado global, compete às empresas a tarefa maior de saber protagonizar o papel simultâneo de ator indutor da mudança e agregador de tendências. As TIC desempenham nesse âmbito um papel central, pelo efeito de modernidade estratégica que provocam em termos internos e externos. As empresas têm que se assumir em Portugal como um ator global, capaz de transportar para a nossa matriz social a dinâmica imparável do conhecimento e de o transformar em ativo transacionável indutor da criação de riqueza. Para isso, as empresas têm que assumir claramente, no quadro dum processo de mudança estratégico, o papel de inovação que os três T – Talento, Tecnologia e Tolerância – provocam. Destes, a Tecnologia – com ênfase para as TIC – são nos dias de hoje a chave de uma nova aposta que deverá ser capaz de construir uma nova cadeia de valor assente na excelência. As empresas terão também que conseguir fazer apelo à mobilização efectiva dos talentos. É inequívoco o sucesso que nos últimos anos se tem

Editorial A disrupção como tendência? Os modelos de negócio estão em contínua mudança e já ultrapassam aquilo a que convencionalmente poderíamos chamar de modelos tradicionais, graças às plataformas eletrónicas e aos novos consumidores que desde cedo procuram a facilidade e comodidade que se consegue devido às inovações tecnológicas. Estas empresas, que conseguem lançar no mercado produtos/serviços que rompem com o status quo vigente, sabem que serão atacadas, seja pela via legal, seja por outras vias menos ortodoxas. No entanto (como afirmou recentemente Matt Stempeck (HBR Agosto, 11 de 2015) “os reguladores e os operadores respondem a estas novas empresas tentando acabar com es-

consolidado na acumulação de capital de talentos de norte a sul, nos diferentes centros de competência que proliferam pelo país. Chegou agora o tempo de dar a estes talentos dimensão global, no aproveitamento das suas competências e na geração de criatividade e valor que eles podem induzir. Duma forma sistemática, arrojada mas também percebida e participada. As TIC são neste contexto mais uma vez o fator que poderá e deverá fazer a diferença estratégica para o futuro. As empresas são um desafio à capacidade de mudança de Portugal.

tes novos modelos de negócio, e estas empresas e os seus utilizadores viram-se literalmente contra estes”. Como é referido neste artigo, passamos a outra fase onde os utilizadores se convertem em defensores destes novos modelos de negócio, o que dificulta a tomada de posição do regulador contra o consumidor, por contraponto com os operadores que são sempre em menor número do que os utilizadores e acabam por ser aqueles que saem mais prejudicados na sua imagem, passando a ter detratores e não seguidores. O mercado acaba por se ajustar aos novos modelos de negócio, no entanto o problema reside em identificar o que irá ser ou converter-se num novo modelo de negócio e esta tarefa está mais do lado dos operadores atuais, que precisam de entender as mudanças que se ope-

Porque as empresas são um percurso possível e decisivo na nossa matriz social, o sucesso com que conseguir assumir este novo desafio que têm pela frente será também em grande medida o sucesso com que o país será capaz de enfrentar os exigentes compromissos da globalização e do conhecimento. As empresas têm que assumir dimensão global ao nível da geração de conhecimento, valor, mas também de imposição de padrões sociais e culturais. As empresas têm que ser o grande ator da mudança que se quer para Portugal.

ram diariamente no mercado e o que verdadeiramente os consumidores esperam de determinado serviço. A maior parte dos modelos de negócio sofreram alterações mais ou menos radicais na sua forma ao longo do tempo, o “problema” para os operadores que não se saibam ler os sinais dos tempos reside na sua falta de visão sobre o tipo de desejos que o consumidor agora espera, uma vez que existe alguém que oferece um novo serviço, que corresponde às expetativas dos consumidores atuais. Repensar o seu modelo atual de negócio é uma prioridade e acreditamos que muitos dos nossos leitores já o fazem (mesmo com pequenas alterações), pois estar atento poderá ser uma vantagem competitiva. Jorge Oliveira Teixeira jorgeteixeira@vidaeconomica.pt


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The 6th International Conference on Systematic Innovation (ICSI) & The 5th Global Competition on Systematic Innovation (GCSI) HELENA V. G. NAVAS Professora da Universidade Nova de Lisboa, Investigadora do UNIDEMI, Especialista em Inovação Sistemática e TRIZ

Nos dias 15-17 de Julho deste ano foi realizada em Hong Kong a 6ª edição da International Conference on Systematic Innovation (ICSI) e a 5ª edição da Global Competition on Systematic Innovation (GCSI). As anteriores edições tiveram lugar por 2 vezes em Hsinchu (Taiwan) e uma vez em Xangai (China), Seul (Coreia do Sul) e em San Jose, Califórnia (EUA). As Conferências ICSI são organizadas pela Society of Systematic Innovation (SSI) sediada em Taiwan. A SSI, além de organização das edições anuais da Conferência ICSI e dos concursos de projetos GCSI, publica a revista “International Journal of Systematic Innovation” e também se dedica à divulgação e à formação em Inovação Sistemática e Metodologia TRIZ. A 6ª edição da International Conference on Systematic Innovation (ICSI) e a 5ª edição da Global Competition on Systematic Innovation (GCSI) permitiram a divulgação dos mais recentes avanços teóricos e práticos em inovação sistemática (SI), tanto a nível da inovação sistemática aplicada à gestão estratégica de organizações como também à resolução de problemas específicos relacionados com produtos e serviços. Durante os 3 dias da Conferência foram realizadas sessões plenárias proferidas por oradores convidados, sessões tutoriais ministradas por mundialmente conhecidos especialistas em Inovação Sistemática e diversas sessões técnicas paralelas. O Professor Toru Nakagawa (Pro-

fessor Emeritus da Osaka Gakuin University, Editor da “TRIZ Home Page in Japan” e Diretor do CrePS Institute) foi um dos oradores convidados com uma Sessão Tutorial subordinada ao tema “A New Introduction to USIT (Unified Structured Inventive Thinking)” e uma Sessão Plenária “Six-Box Scheme: New Paradigm for Creative Problem Solving Methodology”. Darrell Mann (CEO & Technical Director da Systematic Innovation Ltd, former Chief Engineer - R&D at Rolls-Royce, former Industrial Fellow at University of Bath), um mun-

A próxima edição da International Conference on Systematic Innovation (ICSI) e da Global Competition on Systematic Innovation (GCSI) terá lugar nos dias 20-22 de julho de 2016 na Faculdade de Ciências e tecnologia (Campus da Caparica) da univversidade Nova de Lisboa dialmente conhecido especialista britânico de Inovação Sistemática e da Metodologia TRIZ, também foi um dos oradores convidados com uma Sessão Plenária dedicada ao tema “Systematic Innovation: Past,

Present and Future” e uma Sessão Tutorial de “Getting More Out Of Systematic Innovation: Retraining Problem-Solving Instincts”. Professor D. Daniel Sheu (Professor at National Tsing Hua University, Taiwan, President of Society of Systematic Innovation, Editor-in-chief of the International Journal of Systematic Innovation) proferiu uma Sessão Tutorial sob o tema de “Parameter Manipulations: Effective Unified New Approaches to Solve Physical Contradictions”. No último dia da Conferência ainda decorreu um Fórum sob o tema de “The Status, Barriers, and Prospects of SI Development: Leveraging Experiences Across Regions”, originando um debate no qual participaram representantes de vários continentes. Paralelamente com as atividades da Conferência, foi realizada já tradicional Global Competition on Systematic Innovation (GCSI), um concurso internacional de projetos baseados na aplicação da Inovação Sistemática e da Metodologia TRIZ a produtos, processos e organizações. A próxima edição da International Conference on Systematic Innovation (ICSI) e da Global Competition on Systematic Innovation (GCSI) terá lugar nos dias 20-22 de Julho de 2016 na Faculdade de Ciências e Tecnologia (Campus da Caparica) da Universidade Nova de Lisboa.



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Como inovar socialmente na resposta ao atual fluxo de migrações? JÚLIO FACEIRA GUEDES Docente da Universidade Portucalense Administrador da XZ Consultores SA

O elevadíssimo, e imprevisível, fluxo de refugiados e migrantes que, diariamente, chega á Europa, proveniente, em particular da Síria, país no qual a ofensiva do grupo jihadista Estado Islâmico e a longa duração da guerra, têm conduzido à morte, à destruição, à fome, á pobreza, ao desespero de uma importante parte da sua população, exige uma resposta socialmente aceitável, inovadora, imediata, partilhada e com resultados que se espera sejam imediatos. A Europa confronta-se com o maior fluxo de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Só a Alemanha prevê receber, em 2015, 800.000 pedidos de asilo ou seja, quatro vezes mais do que em 2014. Contudo, a questão não se resume apenas aos que chegam à Europa, mas também aos mais de 3000 que perderam a vida na viagem e aos muitos milhares que permanecem nesse país, sofrendo as consequência de uma guerra destruidora, sem regras e com tendência para se agravar. A resposta a esta crise humanitária exige um envolvimento não só dos governos europeus, mas também da silenciosa sociedade civil, que não pode continuar a assumir a passividade que nos caracteriza enquanto não somos diretamente influenciados. A resposta a este desafio deve ser inovadora, ou seja, não se deve resumir ao assistencialismo de curto prazo, mas promover o desenvolvimento de soluções duráveis que perduram no tempo e que permitam que estes “novos europeus” se integrem social e economicamente na sociedade e contribuam para o seu desenvolvimento.

Tal exige também o reforço da solidariedade na sua inclusão, respeitando os seus valores, a sua cultura e a sua religião, e assegure a coesão entre a população que os recebe e os migrantes que chegam. Os recursos que a generalidade dos governos disponibilizarão serão manifestamente insuficientes e como tal espera-se que as empresas

cida, que tem como propósito gerar mudança social, orienta-se para a concretização de três objetivos fundamentais: 1. Satisfazer as necessidades humanas cuja resposta dada pelas abordagens tradicionais não é suficiente e/ou eficaz; 2. Promover a inclusão e coesão social;

No passado recente, a Europa já se confrontou como movimentos migratórios intensos e constantes. Contudo nenhum teve a dimensão do atual, nenhum enquadrou migrantes com as características dos atuais, nenhum representou uma tão grande oportunidade e risco como o atual, nenhum exigiu um investimento, financeiro, humano e

e as famílias possam ir além da filantropia e da responsabilidade social “assistencialista”, inovando no modo como contribuem para a solução da atual crise social, assumindo o seu contributo, não como caridade mas sim como a criação de valor partilhado cujo resultado será distribuído a médio prazo. Migrantes exemplarmente integrados assegurarão a sua empregabilidade e contribuírão, com o seu trabalho, para a criação de riqueza para a sociedade que investiu na sua integração. Sendo a inovação social uma resposta nova e socialmente reconhe-

3. Promover o envolvimento de novos atores na resposta ao problema social. Efetivamente, a inovação social tem propósitos específicos, que eventualmente podem também incluir o lucro, mas que são mais amplos, incluindo o reconhecimento, a inclusão, a identidade, a autonomia, etc. A emergência e a intensidade do atual, e real, desafio colocado pelos migrantes exige, de todos nós um novo olhar, soluções equilibradas e inovadoras, devendo ser assumido por todos, e não apenas pelos gregos, italianos ou alemães.

social, como o atual se não inovarmos nas soluções. A resposta tem de ser equilibrada, aceite, partilhada e vivida por todos, assumindo-se que a sua implementação se vai prolongar durante os próximos anos, podendo exigir um novo esforço financeiro á Europa mais rica. O sofrimento, a revolta, o sentimento de culpabilização e indiferença, a frustração e as lágrimas provocadas pela imagem do cadáver de uma criança numa praia turca exigem da sociedade, não só europeia, uma resposta rápida, urgente e inovadora.


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Apple pondera produzir a sua própria programação vídeo De acordo com um relatório da empresa Variety, a Apple está a ponderar produzir a sua própria programação de vídeo. Embora a ideia de a Apple produzir programas de TV e filmes possivelmente nos possa parecer estranha no início, existe uma variedade de argumentos que justificam que tal movimento faria sentido para a empresa mais valiosa do mundo. Em primeiro lugar, porque a Apple deve lançar uma nova versão da Apple TV no incio de setembro e exis-

tem rumores muito consistentes que dizem que a empresa poderia lançar um serviço de assinatura do estilo da Netflix . Que melhor maneira de promover um serviço como esse do que oferecer conteúdo exclusivo? Afinal de contas, a Apple está sentada em tanto dinheiro que facilmente acede aos recursos para efetuar um investimento de milhares de milhões de dólares em conteúdos originais se isso a ajudar a vender mais TV, iPads e iPhones.

Gerações dividem-se quanto à etiqueta do uso dos smartphones adultos geralmente parecem mais indulgentes no uso do telefone celular em locais públicos, do que aqueles que não cresceram com muita tecnologia. Enquanto 90 por cento dos jovens entre os 18 e os 29 anos pensam não tem problema a utilização do telefone no transporte público, apenas 54 por cento dos americanos com 65 anos ou mais

Desde o lançamento do primeiro iPhone em 2007, os smartphones têm gradualmente afirmado a sua presença constante no nosso quotidiano. Nós usamo-los para enviar mensagens, tirar fotos, acompanhar as notícias e às vezes até mesmo para fazer chamadas telefônicas e

em diversas situações que por vezes se tornam perigosas. Infelizmente, parece haver diferentes opiniões sobre quando é geralmente aceitável a utilização de um telefone e quando não é. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center, jovens

concordaria com isso. Felizmente, existe um amplo consenso de que alguns lugares estão fora dos limites para os amantes do smartphone: utilizar o telefone em jantares de família, reuniões e salas de cinema é considerado de pouca educação por cerca de 9 em cada 10 adultos norte-americanos, independentemente da idade.


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Quais os locais do mundo onde é mais fácil o empreendedorismo no feminino? De acordo com o Ecossistema Global Startup Ranking 2015, o número de mulheres empresárias não é significativamente mais elevado do que em anos anteriores. Mesmo assim, é muito menor do que o número de homens que criam novos negócios. Em 2012, cerca de 12 por cento das startups globais tiveram um fundador do sexo feminino e este número aumentou para 18 por cento em 2015.

Quando se trata de cidades globais para as mulheres empreendedoras, quatro das dez primeiras estão nos Estados Unidos. Chicago ocupa o primeiro lugar, com as mulheres a representarem 30 por cento das novas startups. Boston está logo atrás, com 29 por cento, Silicon Valley e Los Angeles vêm em terceiro e quarto, com 24 e 22 por cento, respetivamente.

O Facebook bate a concorrência como a rede social mais utilizada Ao longo dos últimos anos, muitos relatórios previram a queda iminente de Facebook. “Os dias de crescimento já passaram…., tornou-se demasiado grande,…os jovens não o vão utilizar.” Foram alguns dos argumentos utilizados contra a maior rede social do mundo. E no entanto, o Facebook ainda está aqui e num recente relatório da Pew Research é sem sombra de dúvida um gigante de media social. Segundo as conclusões deste relatório, 72% dos utilizadores americanos da internet estão no Facebook e as taxas de penetração são ainda maiores entre os jovens entre os 18 e os 29 anos

com rendimentos familiares situados acima de US $ 75.000 por ano. O que é mais impressionante, porém, é o grau de envolvimento dos utilizadores com cerca de 70% dos usuários do Facebook nos EUA ligam-se numa base diária e 43% fazem-no várias vezes ao dia. Com estes números torna-se difícil para outra rede social competir com o Facebook, De certa forma, o Facebook é como camisola velha, está sempre por perto, não é tão sexy como as nossas roupas atuais, mas por qualquer razão não nos queremos desfazer dela e acabamos por utilizá-la vezes sem conta.

A Turquia domina a censura ao Twitter No primeiro semestre de 2015, houve 1.003 pedidos de tribunais e órgãos governamentais para remover conteúdos do Twitter. As autoridades turcas representaram 72% deste tipo de pedido. Nos Estados Unidos, existem apenas 25 pedidos nos primeiros seis meses do ano. O número de pedidos de remoção de conteúdo está a subir

e no segundo semestre de 2014, 13 por cento dessas solicitações foram bem-sucedidas; entre janeiro e junho, foi maior - 42 por cento dos pedidos foram diferidos


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AGENDA DE EVENTOS

SETEMBRO

Os instrumentos para as PME, dicas para obter maior sucesso Desde o seu lançamento em 2014, o instrumento de apoio às PME tem atraído diversos concorrentes em toda a Europa. Mas a qualidade é baixa, com apenas 12% a preencher o limiar de qualidade. Bernd Reichert, responsável da agência executiva para as PME, apresenta algumas dicas para o maior sucesso destas propostas por parte das empresas. A Comissão está a receber muitos pedidos de subvenções a partir dos instrumentos disponíveis para as PME, mas apenas 12 por cento estão a cumprir os critérios de potencial de comercialização. Os restantes 88 por cento vêm de PME que têm potencialmente boas ideias, mas não são suscetíveis de terem sucesso. “Eles não pensaram no mercado, nos concorrentes, e sobre o que os clientes procuram”, afirmou Bernd Reichert,

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chefe da unidade na Agência executiva para as Pequenas e Médias Empresas (EASME). Dos 12 por cento de propostas que passaram o limite de qualidade, cerca de 60 por cento são financiadas. No entanto, para certos temas, todos os projetos acima do limiar receberam financiamento. Por exemplo, projetos na área da saúde foram todos financiados até ao momento. Diante disto, há certamente espaço para melhorar ainda mais a qualidade global das propostas. “Desde o início, recebemos um monte de ideias fantásticas, mas as pessoas não têm ideia de como comercializá-los”, afirmou Reichert à Science & Business.

Project Management Forum: Leadership and Innovation Helsinquia, Finlândia

OUTUBRO 2015

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Leia mais sobre este interessante artigo…

Dez maneiras de reduzir a taxa de insucesso da inovação por: Gijs van Wulfen

Aqui!

9th International Conference Innovative Solutions for Revitalisation of Degraded Areas Chorzów, Polónia

Ninguém é capaz de ficar parado no atual ambiente de negócios, mas a maior parte do tempo a inovação falha. O especialista em Inovação de processo Robert Cooper mostra que em cada sete novos projetos de produtos / serviços, cerca de quatro entram na fase de desenvolvimento, 1,5 são lançados no mercado e apenas um tem sucesso. Efetivamente Inovação é muito difícil de dominar. Gosto de compartilhar com vocês cinco razões pelas quais a inovação falha e apresentar dez maneiras de reduzir sua taxa de insucesso na inovação.

21 World Open Innovation Forum Amesterdão, Holanda

Relatório de inovações disruptivas e prospetivas políticas As tendências emergentes na inovação de serviços para a indústria inteligente, a rastreabilidade em toda a cadeia de valor e da “Internet das coisas” (Internet of Thinhgs) são o foco de um novo relatório de tendências para o Observatório de Inovação nos Negócios da UE, com a coautoria do Dr. René Wintjes. Há um fator comum nestas tendências emergentes: como as inovações estão a ajudar a crescer cadeias de valor inteligentes. As soluções disruptivas irão melhorar a produção e a produtividade economizando tempo e dinheiro, ao mesmo tempo reduzindo o tempo de colocação no mercado e respeitando o meio

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9th International Management Conference “Management and Innovation for Competitive Advantage” Bucareste, Roménia

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Maximising the Value of Innovation Londres, Reino Unido ambiente –, mas também levantam preocupações. Este quarto relatório de tendências aborda questões-chave dos estudos de caso, ou seja, a monitorização constante do corpo humano, a colaboração humano-ro-

bô e carros sem condutor. Estas são três das inovações mais perturbadoras e suscetíveis de mudar as nossas vidas no futuro, afirmam os autores. Aceda aqui:

Nota: Se pretender divulgar um evento relacionado com Inovação e empreendedorismo

Contacte


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NEWSLETTER N.º 65 | SETEMBRO | 2015

Inovação

FINANCIAR A INOVAÇÃO Fechando os olhos e imaginado o que é uma organização, certamente ver-se-ão algumas ou muitas pessoas situadas numa hierarquia, amontoados de papéis em pastas e secretárias. Uma separação entre o que faz da organização e o que não faz; entre as pessoas que têm poder e comandam e as que obedecem. Uma visão deste tipo faz, sem margem de dúvida, parte do passado. Em vez da permanência, deve-se verificar a fluidez de situações; em vez de relações de hierarquia bem definidas e claras, devem surgir relações de contorno ajustadas e negociadas, de forma a que a informação e atividade se processe de forma fluída. Ao aplicar este tipo de atitude, e tal como numa banda jazz, enche-se de movimento e vida, com energia bem vísivel e

sentido de grupo. No presente e futuro, o grande desafio de qualquer organização tem duas faces. Por um lado, a flexibilidade e rapidez e, por outro lado, a maximização de cada elemento. Importa, pois, repensar,

pensar e questionar constantemente as expetativas do funcionamento e, consequentemente, o modo de actuação. A mudança pode ser assustadora, mas uma coisa é certa: a organiza-

ção líder do futuro surgirá do grupo de organizações que enveredem pela via da mudança e da inovação. Luís Archer – Consultor luismariaarcher@iol.pt

FICHA TÉCNICA:

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Coordenador: Jorge Oliveira Teixeira Colaboraram neste número: Helena Navas, Jaime Quesado, Julio faceira Guedes, Luís Archer Tradução: Sofia Guedes Paginação: Flávia Leitão | Vida Económica Contacto: jorgeteixeira@vidaeconomica.pt


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