Inovação nº 15

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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011

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Entrevista

O futuro da inovação: uma conversa com o consultor empresarial Praveen Gupta Praveen Gupta é presidente da Accelper Consulting em Schaumburg, IL, e professor adjunto de inovação empresarial no Instituto de Tecnologia de Ilinois. Escreveu diversos livros sobre Six Sigma, inovação empresarial e desempenho das organizações. Nesta entrevista, Gupta prevê o papel que as pequenas empresas irão desempenhar na inovação empresarial durante o resto do século. Como podem os proprietários de pequenas empresas e líderes manter a melhoria do desempenho ao mesmo tempo que conseguem uma minimização dos custos? As empresas mais pequenas podem competir com as empresas maiores com base no desempenho e velocidade. Normalmente, as empresas pequenas apresentam menos desperdícios que os

grandes negócios por terem uma infraestrutura mais simples. Assim, existe uma batalha permanente entre a redução do custo dos produtos ou serviços e a oferta de valor aos clientes. Isto implica que os pequenos negócios criem um relacionamento próximo com os clientes baseado no rácio qualidade-preço, em vez de se basearem unicamente no preço. Aprendemos que todas as empresas, incluindo as mais pequenas, devem centrar-se num crescimento rentável através do desenvolvimento de soluções inovadoras que permitam um crescimento da procura. Se oferecermos aos nossos clientes o que ele “adoram” em vez de apenas lhes dar o que eles procuram, os clientes mostram-se disponíveis para pagar um valor adicional e não se limitam apenas a procurar as soluções mais económicas.

Índice Entrevista.........................................1 Editorial............................................2 Reportagem...................................3 Opinião............................................4 Redes sociais..................................5 Notícias............................................6 Agenda de eventos......................6 Guia para começar a inovar.......7 Financiar a inovação....................8

(Continua na página seguinte)

Criar sucesso

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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011

Editorial

Entrevista

O futuro da inovação: uma conversa com o consultor empresarial Praveen Gupta (Continuação da página anterior)

Num artigo na Quality Digest, afirma que as empresas em declínio devem centrar-se no crescimento. Porque é que o devem fazer, e de que formas? Muitas empresas têm implementado Six Sigma, Lean ou outros métodos semelhantes para reduzirem os custos. Os resultados finais a que tenho assistido são despedimentos, o que é muito desmotivador para os trabalhadores. Não percebo como é que se pode fazer com que uma empresa cresça, tornando-a mais pequena. A redução de custos é um ciclo vicioso que apenas pode acelerar a morte de um negócio visto que nos EUA não é possível vencer tendo apenas por base os custos - todo o resto do mundo é mais barato que nós. Temos de nos centrar na criação de novo valor, procurar oportunidades que permitam apostar em preços premium para conseguirmos aumentar o valor do negócio e fazê-lo crescer. Isto implica o envolvimento dos colaboradores e dar-lhe valor para que se sintam bem no trabalho e consigam ter ideias criativas. Aprendi que sentir-se bem significa ter liberdade para pensar o que é fundamental para o crescimento. Por outro lado a redução de custos limita o pensamento, o que é contraproducente para o crescimento. Assim, é necessário equilibrar o crescimento com uma utilização eficiente dos recursos para conseguir um crescimento sustentado. Quando escreve sobre a gestão do desempenho, refere que essa é muitas vezes uma estratégia a curto-prazo – para atingir objectivos mensais, por exemplo. Como é que as empresas podem passar disto para soluções de longo prazo relacionadas com a comunicação junto dos colaboradores e clientes da estratégia empresarial de base? A liderança deve estabelecer uma estratégia com duas vertentes – de longo prazo para o crescimento e de curto prazo para o lucro – e depois equilibrar a execução de ambas as estratégias. Ao mesmo tempo que orientamos o nosso funcionamento para os objectivos a curto-prazo não nos podemos esquecer da nossa perspectiva a longo prazo. Para atingirmos esse equilíbrio na nossa abordagem temos de manter os colaboradores informados, conseguir o seu apoio e esperar que cada um dê o seu melhor. A boa notícia é que, se os colaboradores sabem o que é suposto fazerem, e porquê, conseguemno – e muitas vezes com resultados ainda melhores que as expectativas. No seu livro “Inovação Empresarial no Século XXI” um dos aspectos que refere no capítulo sobre a Era da Informação é que tantos os líderes empresariais como civis reconhecem a ligação que existe entre a inovação e o desenvolvimento econó-

mico. Como é que as pequenas empresas podem utilizar esta informação para conseguirem obter vantagens? Alguém afirmou que o principal objectivo de um negócio não é ganhar dinheiro, mas sim proporcionar um produto ou serviço que o cliente precisa e, quando isto é bem feito, o cliente paga bem, e a empresa ganha dinheiro. Hoje em dia esquecemos muitas vezes esta abordagem simples e acreditamos que o único objectivo de um negócio é ganhar dinheiro. Se observarmos a anatomia de uma empresa pequena, vemos que começa com a paixão de um empreendedor para fazer algo partindo dos conhecimentos de alguém. Ninguém começa um negócio só porque quer ganhar dinheiro; pelo contrário, avança-se com um negócio porque se adora fazer alguma coisa, e se quer fazê-lo de forma produtiva e ganhar dinheiro. Depois o empreendedor pensa em contratar pessoas, fazer o negócio crescer e criar postos de trabalho. Temos de manter esse mesmo espírito empreendedor para fazer algo mais para criar valor e criar postos de trabalho. De igual modo, todos os proprietários de um negócio e líderes têm, obviamente, a responsabilidade de criar oportunidades para a comunidade na qual operam, centrando-se no crescimento rentável sustentado, em vez de se centrar apenas em ganhar dinheiro, o que por vezes leva a que sejam tomadas acções que vão contra as necessidades da comunidade. Qual acha que será o rumo da inovação empresarial? Qual será o papel das pequenas empresas? A inovação empresarial será a forma de fazer negócios. No passado quando alguém arrancava com um negócio pensava em produzir um produto a um custo mais baixo que a concorrência. Com o passar do tempo isso perderá importância visto que nos actuais mercados de rápido desenvolvimento os consumidores querem mais serviços personalizados. Assim, as empresas pequenas devem voltar-se mais para a criação rápida de soluções personalizadas utilizando os recursos intelectuais da empresa. Por outras palavras, os líderes têm de acreditar que a inovação empresarial é tão importante para os pequenos como para os grandes negócios. Têm de aprender o processo de inovação, comprometer-se com os objectivos e tentar fornecer serviços novos e de valor acrescentado aos clientes. Isto é diferente do actual paradigma de aos clientes oferecer elevada qualidade, e soluções de baixo custo. É importante lembrar que nem sempre compramos os produtos ou serviços mais baratos para nossa utilização pessoal; pelo contrário compramos valor pelo dinheiro que gastamos. Este mesmo principio aplica-se ao mundo dos negócios onde os clientes compram a preços elevados soluções inovadoras, bem fornecidas e quando necessitam.

Temos vindo a abordar o tema das patentes e a importância que representam em termos de medição das actividades de inovação, mas continuo a acreditar que não é suficiente, pois a batalha está na inovação e não no registo de patentes e passo a explicar. Recentemente, li um artigo no “New York Times” onde se refere a corrida que o Governo chinês está a patrocinar, com o objectivo de tornar este país como o líder mundial em termos de registo de patentes em todo o tipo de indústria relevante. O Governo chinês oferece bónus monetários, melhor alojamento, redução de taxas para aqueles registarem o maior número de patentes. Segundo o NYT, o objectivo Chinês é de atingir as 300.000 patentes este ano e em 2015 passar a barreira do milhão de patentes registadas. Ainda neste mesmo jornal, citando o director da United States Patent and Trademark Office, David J. Kappos, “a liderança chinesa entendeu que a inovação é o futuro, a chave para uma melhoria dos padrões de vida e o crescimento sustentável, e a estratégia de registo de patentes, fazem parte deste plano que permitirá à China assumir-se como um líder na inovação”. Segundo Vivek Wadhwa (Senior Research Associate na Harvard Law School e director do centro de empreededorismo na Duke Univerity), Kappos está enganado, pois num seu artigo publicado recentemente na “BusinessWeek”, explica que estas patentes não tornarão a China mais inovadora nem beneficiarão a economia mundial, pois refere que a maior parte destas patentes são irrelevantes e uma grande parte de textos científicos produzidos na China também o são. A questão levantada com este registo desenfreado de patentes está relacionada com um proteccionismo que se desenvolverá, pois, como refere, “estas patentes servirão como um campo minado para os estrangeiros que pretendam fazer negócios nessas áreas”. Esta medida servirá para a reclamação de “fees” de licenciamento a empresas que pretendam estabelecer-se localmente, ou conduzirá ao seu encerramento de uma forma radical. Já nos referimos por diversas vezes à obsessão pelo registo de patentes, devemos entender que o sistema de registo de patentes começa a estar em causa e o que importa fundamentalmente é a velocidade com que desenvolvem novos produtos ou serviços que os impeçam de se tornarem obsoletos rapidamente, esta sim, é a protecção que é necessária entendermos. Ainda acredita que vai processar quem copia um produto seu no outro extremo do mundo? Tem tempo e dinheiro para isso? Não me parece que este seja o caminho. Vamos Empreender e Inovar Jorge Oliveira Teixeira jorgeteixeira@vidaeconomica.pt


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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011 Reportagem

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras realizou seminário sobre Inovação

Empreendedorismo e universidades recompõem tecido socio-económico Cientes de que é necessário regenerar o tecido empresarial luso e certos de que o empreendedorismo e a inovação são os meios para atingir esse fim, os alunos do terceiro ano da licenciatura de Ciências Empresariais da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras, reuniram, recentemente, especialistas para debater o assunto. O evento, que teve como media partner o Grupo Vida Económica, aconteceu sob o mote “Soluções com Futuro para uma Economia Estagnada”, e serviu para a instituição de ensino, e respectiva classe estudantil, estreitar contactos com o ambiente empresarial, por um lado e, por outro, com organismos de financiamento e apoio à criação e implementação de novas ideias de negócio. Para o presidente da escola, “o empreendedorismo, que anda habitualmente de mãos dadas com a inovação, promove uma recomposição do tecido socioeconómico e é um factor decisivo na inversão dos estados de imobilismo e estagnação”. Frisando que o certame serviu de “prova de que o espírito de empreendedorismo que a escola estimula nos seus estudantes tem dado frutos”, Luís Lima deixou ainda claro que “a insuficiência da dinâmica empresarial da Europa exige um esforço de empreendedorismo, considerado essencial para uma sociedade mais flexível, orientada para o futuro, e para uma economia mais competitiva”. Empresários cada vez mais novos Luís Cardoso Botelho, representante do BPI, deixou claro que “os empresários, em Portugal, são cada vez mais jovens que se aventuram a empreender, sendo isso muito positivo”. E dando conta que no nosso país nascem, anualmente, 35 mil empresas, e que, nesta altura, “a evolução das exportações está,

em grande medida, a cargo de micro empresas”, também é garantido que “apenas 40% das start-ups subsistem aos primeiros três anos”, assegurou. Com isto, o palestrante quis frisar que “o crédito tem de ser bem ponderado”. Para o efeito, e de modo a que a banca não “caia no erro” de se recusar a emprestar dinheiro “a boas ideias e a jovens empresários de qualidade”, é imprescindível que “os planos de negócios apresentados sejam muito bem estruturados e suficientemente robustos”. Luís Cardoso Botelho adiantou que o BPI está a tratar de “sensibilizar, cada vez mais, a sua rede comercial, para que as pessoas estejam mais atentas e percebam a importância do empreendedorismo”. E afirma: “Estamos a capacitar os recursos humanos para compreenderem este tipo de processos com outra sensibilidade e transferirem isso em crédito positivo”.

resultado. Mas, fomos percebendo que, no meio do processo, há desperdícios e que, neste sentido, o capital deve ser investido de forma sistémica e que implique interacção entre os diferentes actores do processo”. As vantagens da autonomia

Implementação prática da ideia é prova de sucesso Outra das figuras centrais do certame foi João Medina, da Sociedade Portuguesa de Inovação, que interveio sobre os desafios da inovação. O especialista começou por dizer que o verdadeiro processo de inovação “depende muito da aplicação prática da ideia”. E explicou: “não é apenas importante ter a criatividade nem a ideia, mas sim a sua utilização real e com vantagens para a actividade e empresa na qual se insere”. Tendo salientado que a inovação tem diferentes origens e naturezas, o especialista afirmou que a mesma pode ser aplicada “a produtos, organizações, processos e marketing”. No entanto, assumiu que “antes pensava-se que se se gastasse muito dinheiro na investigação das novidades, isso iria dar muito

Perante uma plateia de jovens com vontade de lançar o seu próprio negócio, Jorge Oliveira Teixeira, coordenador da Newsletter Inovação & Empreendedorismo do Grupo “Vida Económica”, expôs que a “autonomia” é o grande pilar de um empreendedor. “Definir as próprias metas, ter a possibilidade de realizar carreira sem restrições, maior liberdade de escolha, autonomia e menos constrangimentos” são algumas das vantagens de que tem este espírito, especificou. Em paralelo, acrescentou o especialista, a actividade empreendedora pressupõe “o desenvolvimento de uma ideia própria; usar as capacidades na construção de um novo negócio; estar motivado pelo número de ideias que se tem; criar algo que se pensa de dentro para fora e desenvolver a ideia”, tendo

sempre como base a alavanca de se “querer mesmo, e de forma bem vincada, ser o seu próprio patrão”. Ricardo Luz, presidente da Associação de Business Angels do Porto (Invicta Angels), outro dos convidados do seminário, anunciou, que tem seis milhões de euros para investir em cerca de 50 empresas que apresentem projectos inovadores. E Ana Rosas, do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, referiu aos estudantes que as Câmaras Municipais da Maia, Gaia e Matosinhos são as “mais mexidas” do país no que diz respeito à apresentação de projectos de empreendedorismo social, nomeadamente no âmbito da candidatura aos fundos do Finicia. Alexandre Braga, mestre e docente da unidade curricular de Seminário da Licenciatura em Ciências Empresariais, defendeu que “está provado que já não basta trabalhar arduamente, continuando a imitar velhas práticas de sucesso, urge a necessidade de as empresas se reinventarem, tornando-se mais eficientes e competitivas, e de apostarem no empreendedorismo”. Marta Araújo martaaraujo@vidaeconomica.pt


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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011 Opinião

Portugal deve ser um laboratório de Nova Agenda Europeia

A Sociedade da Inovação A mensagem aí está, muito clara. versas na área da política pública, na criação de riqueza e na promoção de um proA propósito da aprovação formal vocacionadas para posicionar o cesso permanente de reengenharia de inovação pelo Conselho europeu da Nova território no competitivo campeonos sistemas, processos e produtos, será sempre Estratégia EU2020, a constatação nato da inovação e conhecimento, das empresas que deverá emergir o “capital exde que “a Inovação, tal como o simfalta uma estratégia transversal. pectável” da distinção operativa e estratégica ples acto de nadar, não se faz por A consolidação do novo papel da dos que conseguirão ter resultados com valor decreto, mas antes indo para o terSociedade da Inovação entre nós alavancado na competitiva cadeia do mercado. reno, aprendendo com os factos passa em grande medida pela Aqui a tónica tem mais do que nunca que ser e com os resultados.” Precisamos efectiva responsabilidade nesse pragmática, como demonstram as sucessivas francisco jaime dessa atitude em Portugal e por processo dos diferentes actores acções externas realizadas recentemente. Conquesado isso impõe-se uma cultura de muenvolvidos – Estavergência Operativa sinalizada Especialista Os baixos índices em apostas concretas onde realem Estratégia, Inovação dança. Portugal deve assumir-se do, Universidade e e Competitividade de “capital como um laboratório desta Nova Empresas. No caso mente vale a pena actuar, selecestratégico” Agenda Europeia. Em tempo de novas apostas, do Estado, no quadro do processo ção objectiva de sectores onde há muito centradas no discurso nos Factores Dinâde reorganização em curso e de resultados concretos a trabalhar. têm dificultado micos de Competitividade, a Sociedade da Inoconstrução dum novo paradigma A mensagem de mudança é mais o processo vação é a resposta clara para o novo ciclo que tendo como centro o cidadãodo que nunca actual entre nós. de afirmação aí vem. cliente, urge a operacionalização A Sociedade da Inovação que se da Sociedade Os conhecidos baixos índices de “capital estratéde uma atitude de mobilização quer legitimar em Portugal terá da Inovação gico” no nosso país e a ausência de mecanismos activa e empreendedora da reque ser capaz de ganhar estatuto centrais de “regulação positiva” têm dificultado volução do tecido social. A Reinvenção Estratéde verdadeiro “operador estratégico” do deseno processo de afirmação dos diferentes protagogica do Estado terá que assentar numa base de volvimento do país. Isso faz-se com “convergênnistas da Sociedade da Inovação. Independenteconfiança e cumplicidade estratégica entre os cia positiva” e não por decreto. Importa por isso, mente da riqueza do acto de afirmação indivi“actores empreendedores” que actuam do lado mais do que nunca, estar atento e participar com dual da criatividade, numa sociedade do conheda oferta e os cidadãos que respondem pela o sentido da diferença. O “laboratório” que Portucimento, importa de forma clara “pôr em rede” procura. gal deve constituir nesta Nova Agenda Europeia os diferentes actores e dimensioná-los à escala Cabe naturalmente às empresas um papel claradeve centrar-se num Novo Plano de Inovação e duma participação global imperativa nos nossos mente mobilizador na afirmação da Sociedade Competitvidade aberto à participação aberta da tempos. Apesar dos resultados de iniciativas dida Inovação em Portugal. Pelo seu papel central Sociedade Civil.

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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011 redes sociais

Facebook e Twitter, perfil etário e de género Apresentamos alguns dados recentes sobre estas duas redes sociais, com cerca de 500 milhões de utilizadores do caso do Facebook e 106 milhões de utilizadores no Twitter. Apresentamos graficamente a distribuição etária dos utilizadores, bem como a sua distribuição entre homens e mulheres.

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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011 notícias/artigos

agenda de eventos

Parceria de Inovação e Desenvolvimento – FISIPE, um caso de sucesso Em 2005, a FISIPE tomou a decisão estratégica de entrar no restrito “Clube de Alta Tecnologia” dos produtores de Fibra de Carbono. Após um período inicial de dois anos de desenvolvimento aplicado, houve a necessidade de confirmar o trabalho efectuado, i.e., testar os produtos a uma escala semi-industrial. A recompensa chegou quando a equipa do ORNL - Oak Ridge National Laboratory, no Tennessee (EUA), trabalhando em conjunto com a equipa de desenvolvimento da FISIPE atingiu e ultrapassou os objectivos da “Low Cost Carbon Fibre” (fibra de carbono de baixo custo). Nascia uma nova fibra de carbono, uma fibra com o preço e as performances mecânicas que fazem dela a fibra estrutural ideal para ser utilizada numa ampla variedade de aplicações tais como automóveis, pás de moinhos eólicos, plataformas de petróleo e linhas de alta voltagem. Apresentação da FISIPE

Finalmente, alguns executivos abraçam a Experimentação

Porque é que pessoas inteligentes fazem coisas tão disparatadas? Bill Taylor

Março 2011

01 9th Food Technology and Innovation 2011 Bruxelas, Bélgica

03 The Big Rethink Londres, UK

Está a acontecer novamente, e garanto que vai acabar tão mal como das outras ocasiões. Não, eu não estou falar sobre a próxima temporada do American Idol. Eu estou a falar sobre o facto de que os executivos mais bem pagos do mundo financeiro, apenas dois anos após o colapso mais catastrófico desde a Grande Depressão, estão de volta ao negócio e estão novamente a correr demasiados riscos, colocando poucas perguntas. O que nos leva a colocar a grande questão: -“Porque é que pessoas inteligentes estão novamente a fazer coisas tão disparatadas?”. Ler mais

H. James Wilson and Kevin Desouza

Portugal é o 29º país mais inovador, segundo um barómetro da COTEC

03 InnoTech San Antonio San Antonio Texas , USA

07 INTED2011 (International Technology, Education and Development Conference) Valencia Espanha

18 Creativity Workshop in New York City, March Nova York USA

Enquanto esteve na Amazon entre 1997-2002, Greg Linden desenvolveu um protótipo de um sistema para fazer recomendações pessoais para outros produtos enquanto os clientes faziam o check-out. O problema aconteceu quando um vice-presidente sénior de marketing pensou que estas recomendações, poderiam distrair os clientes da sua compra e não acreditava que Linden achasse que iria funcionar. Ler mais

O Portugal ocupa a 29ª posição entre 52 países que constam do Barómetro de Inovação da COTEC, estando à frente de países como a Espanha, numa lista liderada pela Suíça, seguida pelos EUA, Dinamarca e a Finlândia. Com um valor de 3,52 pontos, Portugal está muito próximo da média dos países que constam deste barómetro, com um média de 3,65 pontos. Este barómetro criado pela Cotec Portugal, diz-nos que a Suíça tem 5,05 pontos, enquanto o último país classificado nesta lista, que é o Paraguai, tem 2,29 pontos. Leia o estudo

25 Clusters as Drivers of Competitiveness: Strategies and Policy issues Fribourg , Suiça


comerciais, variação cambial, etc. Inexistentes

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variação cambial, etc. Extensivo 1 2 3 4 5 6 7 6.6 Integração de informações sobre a concorrência e clientes às plataformas tecnológicas 3.9 A Dependência do Mercado Financeiro futuras e aos planos de desenvolvimento de novos produtos Baixa Alta 1 2 3 4 5 6 7 Deficiente e esporadicamente Integração completa e 1 2 3 4 5 6 7 integrado sistemática 3.10 O Poder de Distribuidores e Clientes Subtotal # 6 Baixo Alto 1 2 3 4 5 6 7 newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011

3.11 Sensibilidade a mudanças Sociais (e.g., moda e valores) 7. A CONFIGURAÇÃO DE SUA ORGANIZAÇÃO (ESTRUTURA E INCENTIVOS)

Alta: mudanças são radicais e Guia para começar a inovar Baixa: na maioria das vezes a requerem novos modelos de 1 2 3 4 5 6 7 7.1 A Responsabilidade para Monitorizar e Actuar nos Sinais Fracos Nesta edição poderá concluir a avaliação mudança é gradual que tem vindo a efectuar na sua organização, relativamente aonegócios diagA responsabilidade é claramente nóstico de Visão Periférica. Ninguém é responsável atribuída a um grupo totalmente Após completar3.12 A Possibilidade de uma Ruptura nos próximos cinco anos o ponto 8 que hoje apresentamos, poderá começar a 1 2 3 4 5 6 7 calcular a sua pontuação final, ao nível das dedicado à essa actividade necessidades e capacidades de Visão Periférica. Alta: vários choques são Baixa: poucas surpresas são esperados; não se sabe bem 1 2 3 4 5 6 7 Já completou o quadro com a sua pontuação, entãoesperadas agora pode posicionar-se no Quadrante de Visão Periférica, 7.2 Mecanismos Antecipatórios e Sistemas de Alerta determinando assim o seu posicionamento, mostrando-lhe onde está exactamente a sua organização. como e quando Não existem Extensivos e eficazes 1 2 3 4 5 6 7

Subtotal # 3

VISÃO PERIFÉRICA

7.3 Incentivos para Encorajar e Premiar a Visão Periférica

Nenhum 1 2 3 4 5 6 7 Ferramenta de pontuação

Alexis Gonçalves Professor-adjunto no John F. Welch College of Business Sacred Heart University, Fairfield, CT, USA Reconhecimento e premiação Autor do livro “Innovation Hardwired”

por parte da alta direção

Avalie a sua Capacidade para Visão Periférica Subtotal # 7

(Continuação da edição anterior)

4. A SEU ESTILO DE LIDERANÇA NA SUA EMPRESA 8. A SUA CULTURA ORGANIZACIONAL (VALORES E CRENÇAS) 4.1 A importância da Periferia nos Líderes da sua Empresa 8.1 Atitude para ouvir os Relatórios dos Escoteiros a respeito da Periferia U Postura fechada: não há Postura aberta: incentivos para Baixa prioridade Alta prioridade 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 incentivos para ouvir

ouvir, compreender e analisar

8.2 Eficiência com que funcionários de contato com clientes compartem informação a 4.2 O Horizonte de Tempo respeito de clientes e mercado Ênfase no curto‐prazo (dois anos Ênfase no longo‐prazo (mais de 1 2 3 4 5 6 7 Deficiente Excelente 1 2 3 4 5 6 7 ou menos) cinco anos) 8.3 Compartilhar informação sobre a Periferia através das várias funções organizacionais © 2008 Alexis P Goncalves. All rights reserved. Deficiente: informação é

ignorada ou não compartilhada

1 2 3 4 5 6 7

Excelente: informação é Página 3 continuamente compartilhada e em diversos níveis

Visão Perifér rica – Ferrame enta de Pontu Visão Perifér rica – Ferrame enta de Pontu uação uação Subtotal # 8

© 2008 Alexis P Goncalves. All rights reserved.

Subtotal # S Subtotal # 1 1 S

Subtot al # 4 Subtot al # 4

2 2 Subtotal # S Subtotal # S

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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011

INOVAÇÃO – Admirável Mundo Novo Uma coisa é certa: cuidar e manter o poder de uma marca é cada vez mais difícil e complexo, isto porque a competição bate à porta a cada momento, o que se traduz em mais competição e Inovação. Diariamente surgem novos modelos inovadores criados por novos competidores. A competição pela atenção do consumidor é cada vez mais feroz, à medida que os produtos proliferam, e os canais de distribuição se alargam. A massiva derrocada de fronteiras e a grande variedade de escolha colocada à disposição dos consumidores obrigam as empresas a correr mais riscos ao nível da Inovação dos produtos, serviços e métodos de marketing. Os consumidores, quando compram, querem experiências novas e diferentes. As empresas devem, como tal, trabalhar de acordo com ciclos mais pequenos, alterando os produtos mais frequentemente, de modo a criar nos consumidores a sugestão de que, se não comprarem agora, provavelmente, não vão consegui-lo fazer mais tarde.

De facto, trata-se de um “admirável mundo novo” que coloca permanentes desafios às empresas, em que as equipas de gestão não podem confiar na aplicação de uma fórmula familiar, ou seja, terão que Inovar. O desafio passa por saber conciliar o espírito do risco e da experimentação com as responsabilidades de uma empresa. Fica-se perante um exercício de equilíbrio: de um lado, tem-se

a necessidade de oferecer ao consumidor uma sensação de descoberta, uma experiência única e verdadeira Inovação do produto, do outro, as exigências inerentes aos recursos humanos e financeiros, economias de escala mais pequenas e as suas implicações nos lucros. Ao mesmo tempo, esta constante procura do único e do novo, tem de ser seguida sem deixar de lado a herança, a história, a integridade e credibilidade de uma marca, confrontada com um cenário competitivo, inesperado e sempre em mudança, em que Inovação é a palavra rainha. Por mais forte e reconhecida seja a marca, a auto-satisfação será sempre fatal. “Nunca confie nos seus louros“, deve permanentemente procurar novas soluções pois que, mais do que nunca, não se sabe o que irá surgir ao virar da esquina. Por tudo isto, a palavra Inovação tem de estar sempre em cima da mesa. Luís Archer – Consultor luismariaarcher@iol.pt

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Coordenador: Jorge Oliveira Teixeira Colaboraram neste número: Alexis Gonçalves, Francisco Jaime Quesado, Luís Archer, Marta Araújo, Praveen Gupta Tradução: Lisbeth Ferreira Paginação: José Barbosa Contacto: innonewsletter@vidaeconomica.pt


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