Inovação n.º 28

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newsletter N.º 28 | Abril 2012

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opinião

Uma agenda exportadora A questão das exportações volta a estar na modernizar e a aumentar os nossos padrões ordem do dia. Num tempo de crise, a conde exigência a vários níveis. Isto reforçará fatoquista de novos mercados é central e mais res de competitividade baseados em recursos do que nunca importa apostar num novo e capacidades únicos, flexíveis e valiosos, por modelo de competitividade e crescimento. oposição aos modelos mecânicos, lineares, baEsta crise de crescimento que se vive actuseados na minimização de custos; almente vem sendo atribuída a um fenómePrecisamos também de apostar na dinamizano externo, conjuntural. Isto não é assim, em ção de indústrias de bens transacionáveis grande medida: a não convergência para a de média e alta intensidade tecnológica, francisco média de rendimento per capita da UE dura procurando envolvê-las com os grandes jaime quesado há cerca de uma década e, por isso, em pa- Especialista em Estratégia, investimentos de IDE. Isto reforçará o capital ralelo àquele fenómeno macroeconómico Inovação e Competitividade empreendedor, normalmente em micro e méhá um problema estrutural em Portugal. Por dias empresas/projectos, e contribuirá para a isso, impõe-se, mais do que nunca, uma nova estratégia fixação de conhecimento, ganhos económicos e aumentos económica, centrada num novo modelo competitivo linos centros de decisão portugueses Também aqui a educagado ao efeito acelerador das exportações. ção tem o seu papel. Mas isto não significa elevar o número Portugal não consegue atingir os níveis de produtividade de diplomados por si. Significa promover o grau de utilida UE e isto é uma condição sine qua non para se atingir dade da educação/formação para as empresas. os grandes objectivos de prosperidade, solidariedade e Atualmente assiste-se à emigração de talentos ou ao qualidade de vida. Como é que vamos além dos grandes subemprego de licenciados, por falta desta relação ennúmeros (PIB por habitante) e identificamos as variáveis tre centros de formação e empresas. A solução não é concretas que vão propiciar aquela convergência? Como um “superplano” que aponte as áreas prioritárias – isto é que se passa do debate macroeconómico para o chão é ineficaz. É antes introduzir concorrência e liberdade das empresas? Impõe-se, mais do que nunca, uma nova de opção entre as escolas, universidades e centros de estratégia económica, centrada num novo modelo comformação, para além dos investimentos em estrutura e petitivo ligado ao efeito acelerador das exportações. nas pessoas dessas instituições. Rapidamente os benefíPrecisamos de aumentar as exportações no PIB, mas fazê-lo cios da internalização de mecanismos de mercado serão porque se trabalha para clientes mais exigentes. Abantranspostos para outras áreas de welfare. A aposta das donar a captação de clientes baseada nas vantagens de exportações, mais do que uma necessidade imediata, é preço baixo e procurar os clientes mais sofisticados – paum imperativo de convergência estratégica para a ecogam mais pelo valor acrescentado e ainda nos desafiam a nomia portuguesa garantir o seu futuro sustentado.

Índice Opinião............................................1 Opinião........................................... 2 Editorial............................................2 Redes sociais..................................3 Conhecimento & Inovação........5 Notícias............................................7 Agenda de eventos......................7 Financiar a inovação....................8

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Conferência 17Mai 2012 - 16 h

As redes sociais e a inovação Uma aplicação empresarial e profissional IV ciclo de encontros - 2012 Auditório Business center-tecmaia

Ent gra rada tui ta

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newsletter N.º 28 | Abril 2012 Opinião

Explorando a “Aspen Network” de desenvolvimento do empreendedorismo Estudo de Caso, uma comunidade de inovação (KIN, Kellog Innovation Network) A Aspen Network de Desenvolvimento de ções bancárias para pequenas empresas. O Empreendedorismo (ANDE) é uma rede gloPortal SBBN serve como uma plataforma de bal de organizações que apoiam pequenas redes de conhecimento onde os banqueiros empresas em crescimento (PME) nos merque apoiam as PME que abastecem os mercados emergentes, aumentando dramaticacados emergentes podem trocar ferramenmente a quantidade e eficácia dos serviços tas, abordagens e ideias O SBBN irá realizar de desenvolvimento de capital e capacidarondas anuais para discutir questões relede para os empreendedores. A rede ANDE vantes e continuar a alargar o seu alcance. inclui fundos de investimento, organizações • Um projeto criado pela incubadora do Benão-governamentais, instituições de pes- MICHAEL J.Lippitz,Ph.D. nefício Social Global e Social da Universidaquisa e fundações filantrópicas privadas Kellogg School of Management, de de Santa Clara que visa reforçar a coopeTecnologia e Inovação, que investem dinheiro e experiência para ração entre os membros da ANDE e entre os Sénior Fellow ajudar os empresários a desenvolver e fazer diferentes fundos. O relatório “ Coordinating crescer pequenas empresas em mercados emergentes. Impact Capital”, publicado em julho de 2011, sugeriu os Os seus membros atuam em mais de 130 países. termos de cooperação mais amplos e diferentes tipos de Fundada em 2009, a ANDE aspira a ser o principal organiinvestidores e está a ser disseminada por todos os memzador e condutor de organizações e indivíduos comprobros da ANDE. metidos com a construção de SGBs no mundo em desen• Os esforços da ANDE para medir o impacto do trabalho volvimento. Também atua como um centro de confiança dos seus membros é essencial para a organização e aprenpara o setor SGB, ao educar investidores e formuladores dizagem. Um dos princípios que regem a ANDE é para que de políticas sobre a extraordinária oportunidade que o todos os seus membros participem na divulgação dos insetor representa. Em 2010, a ANDE lançou secções redicadores comuns, sociais e financeiros para ajudar o setor gionais no Brasil, América Central e México, África do Sul, a construir um entendimento e compreensão do trabalho África Oriental e Índia. Os membros das secções regioque está a ser feito. Ao fazer isso, a ANDE pode fornecer nais reúnem-se regularmente para fornecer apoio e dedados agregados do desempenho individual de referênsenvolvimento profissional, trabalhar coletivamente em cia e dimensionar o setor como um todo. iniciativas regionais específicas, e parcerias com diversas Através de uma parceria estratégica com o Relatório de organizações regionais e afins para promover um saudáImpacto e Padrões de Investimento (IRIS), com esta inivel ecossistema para as PME. ciativa, os membros da ANDE coletivamente podem efeA ANDE suporta entre pares a capacidade de aprendituar uma atividade de benchmark sobre a performance zagem e desenvolvimento através de uma variedade e acederem aos dados de impacto ao nível social e amde serviços aos seus membros. Entre elas, o Fundo de biental. Desenvolvimento de Capacidades (CDF). A ANDE visa Os membros da ANDE também têm a oportunidade de aumentar a produtividade e eficiência dos seus memtrabalharem com a direção de avaliação de impacto na bros, criando ferramentas e conhecimentos que podem gestão nas suas métricas e esforços de avaliação. ajudar o setor das PME como um todo. As propostas deFinalmente, a ANDE organiza anualmente uma confevem demonstrar como construir a capacidade dos seus rência que se destina a fazer uma avaliação e discussão membros individuais para internalizar (essencial) e comde novos desafios e melhores práticas na recolha, no repartilhar com outros membros (fortemente incentivada). porte e o impacto na divulgação de resultados dos seus O último critério visa quebrar silos entre as organizações membros. de desenvolvimento, para promover a aprendizagem e A última conferência reuniu especialistas de renome na uma maior eficácia coletiva. Exemplos de projetos CDF área quantitativa e qualitativa, tendo produzido um diáincluem: logo que permitiu apontar caminhos para a ação. • Os membros da ANDE receberam uma bolsa para Mike Lippitz é um investigador no o Centro de Pesquisas em Tecnoformação de uma rede global de fornecedores de delogia e Inovação na Kellogg School of Management, em Evanston senvolvimento de capacidades de inovação, denominano, Illinois, é um analista sénior de política com o Instituto de Anádos “innovations scouts”, com o objetivo de identificar lise e de Defesa em Washington, DC. Posições anteriores incluem novas oportunidades de investimento e desenvolver Assistente Especial de Planeamento Estratégico para as Tecnoloworkshops relacionados. gias no Gabinete do Diretor de Defesa Pesquisa e Engenharia, De• A rede Small Business Banking (SBBN) criou uma comupartamento de Defesa dos EUA e gerente de produto da linha da Hewlett-Packard Company. nidade inovadora dentro do seu género na nas institui-

Editorial Estimados leitores, Neste número de abril contamos com a colaboração de Michael Lippitz, professor na Kellog School of Management, que atualmente coordena conjuntamente com o seu colega Bob Wolcot (autores do livro Grow from Within) a Kellog Innovation Network (KIN), cujas notícias de maior relevância publicamos regularmente. Esta rede de inovação que se pretende assumir como uma rede destacada sem fins lucrativos no desenvolvimento e apoio ao empreendedorismo e inovação. Pela importância que poderá ter em termos de ideias e melhores práticas, esperamos que esta colaboração que agora encetamos, para além da que temos com o Illinois Institute of Technology e o seu Center for Innovation Science liderado pelo nosso colaborador Praveen Gupta, possa de alguma forma continuar a enriquecer a nossa newsletter de Inovação & Empreendedorismo. No próximo mês de maio (dia 17) o Tecmaia acolherá mais um evento de inovação, englobado no ciclo de conferências Innovation Days Meetings e o orador convidado é Álvaro Gomes Vieites, que assina a nossa coluna dedicada às redes sociais. Antevemos um evento de enorme interesse, pela experiência do orador e pelo tema que irá apresentar: “As Redes Sociais e a Inovação, uma aplicação empresarial e profissional”, não sendo de mais a chamada de atenção para este tema em termos empresariais como veículo de comunicação, de teste de ideias ou produtos e mesmo a nossa imagem em termos pessoais, pois as redes sociais podem ser um espelho do que somos e com quem nos relacionamos. Este será um tema que Álvaro desenvolverá de uma forma interessante no próximo dia 17 de Maio. Esperamos que o evento tenha a participação de estudantes e empresários. É gratuito e para participar terá de efetuar o seu registo, que poderá fazer através do link que disponibilizamos aqui. Inscrições/Informações Jorge Oliveira Teixeira jorgeteixeira@vidaeconomica.pt


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newsletter N.º 28 | Abril 2012 Redes sociais

A publicidade na rede social Twitter Devido ao grande interesse que esta rede social tem despertado, na primavera de 2011 deram-se a conhecer novos serviços disponibilizados para as empresas, como a possibilidade de incluir mensagens publicitárias no próprio interface WEB do Twitter (www.twitter.com). No momento em que escrevemos este artigo, o Twitter oferece três tipos de produtos publicitários: • Tweets promocionados • Temas do momento (trending topics) promocionados • Contas promocionadas

Figura 1. Tipos de anuncios publicitários no Twiter

Figura 2. Publicidade com a etiqueta “Promocionado” no interface da web do twitter.

No caso da contratação de um tweet promocionado, os utilizadores do Twitter poderão ler o referido tweet entre os resultados de busca para alguma das palavras chave que o anunciante decidiu relacionar com o seu tweet.

Deste modo, o anunciante pode chegar com a sua mensagem a utilizadores que não são seus “seguidores” (followers) da sua conta no Twitter.

Figura 3. Exemplo de um tweet promocionado pela Coca-Cola

Os utilizadores desta rede social podem interagir com um tweet, promovendo, da mesma forma que fariam com outro qualquer tweet, ou seja, poderão lêr, responder, fazer um retweet aos seus próprios seguidores, fazer um clic num hiperligação ou marcá-lo como favorito. Precisamente esta é uma forma chamativa e innovadora para este tipo de mensagens publicitárias, que se disponibiliza ao anunciante na modalidade Cost-Per-Engagement (CPE; custo por participação do utilizador), ou seja, o anunciante só paga quando conseguir a participação do utilizador relativamente ao tweet promocionado: responder fazer um retweet, fazer um clic numa hiperligação o marcá-lo como favorito. Neste sentido, convém destacar que a simples impressão do Tweet promocionado não tem custo para o anunciante, já que só deve pagar se o utilizador interagir com o tweet em questão (é similar ao modelo de negócio publicitário baseado no CPC ou Custo por clic, oferecido pelo Google e pelo Facebook entre outros). Para além disso, as impressões do tweet promocionado que se podem gerar através do retweet por parte dos utilizadores aos seus seguidores também não têm custo para o anunciante, podendo assim amplificar o alcance e multiplicar a efetividade da campanha, ou seja, os próprios utilizadores do Twitter contribuem na difusão ativa de uma determinda mensagem publicitária, sem representar algum tipo de custo para a empresa ou organização anunciante. Quando pensar escrever um texto para um tweet promocionado, terá de considerar que, tal como ocorre com todos os tweets, os utilizadores interatuam mais com aqueles que sejam mais “inteligentes”, convertiveis e oportunos, que foram escritos de uma forma original e criativa, com o objectivo de os tornar mais chamativos e especialmente interessantes para partilhar.

Figura 4. Exemplo de “tema do momento patrocinado” pela American Express no Twitter

Outra alternativa publicitária que se pode contratar com a rede social Twitter são os “temas promocionados do momento”, de forma a que o anunciante possa apresentar um determinado assunto como tema do momento, aparecendo na top lista de temas do momento, numa determinada cidade ou zona geográfica.

Quando os utilizadores fazem um clic nesse tema/assunto, serão direcionados para a conversa que engloba ese tema/assunto, com os tweets promocionados pelo anunciante em questão, posicionados em primeiro lugar dentro da relação cronológica de tweets. (Continua na página seguinte)


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A publicidade na rede social Twitter (Continuação da página anterior)

A terceira alternativa que o Twitter oferece como elemento publicitário é a contratação de uma “conta promocionada”, que permite incrementar o número de seguidores (followers) da empresa ou organização anunciante. Esta conta promocionada aparecerá em destaque no início da secção de recomendações “a quem seguir” (who to follow) que o Twitter oferece aos seus utilizadores, com contas que podem ser do seu interesse pela temática ou pelo perfil do utilizador/entidade que a tenha criado.

O Twitter também oferece aos seus anunciantes um painel de controlo em tempo real sobre os resultados que estão a ser obtidos pelas campanhas publicitárias nesta rede social. Por último, podemos destacar que o Twitter também anunciou a sua aintenção de colocar em marcha um novo tipo de publicidade que apareceria no meio da cronología (timeline) de tweets que os utilizadores recebem.

Figura 5. Exemplo de uma “conta promocionada” pela Xbox

Autores Álvaro Gómez Vieites é Doutorado em Economia pela UNED (Prémio de Mérito no Doutoramento), Licenciado em Administração e Direcção de Empresas pela UNED, Engenheiro de Telecomunicações pela Universidade de Vigo (Prémio extraordinário de fim de curso) e Engenheiro de Informática de Gestão pela UNED. A sua formação foi complementada com os programas de Pós-graduação Executive MBA e Curso em Business Administration da Escuela de Negócios Caixanova. Atualmente é professor colaborador desta entidade e de outras Escolas de Negócios, actividade que exerce paralelamente a projetos de consultoria e trabalhos de investigação na área dos sistemas de informação, segurança informática, e-adminsitração e comércio eletrónico. e-mail: agomezvieites@gmail.com LinkedIn: http://es.linkedin.com/in/alvarogomezvieites/es Facebook:http://www.facebook.com/alvaro.gomez.vieites Twitter: @agomezvieites

Carlos Otero Barros é Licenciado em Ciências Físicas pela Universidade Autónoma de Madrid, Executive Master in Business Adminsitration (MBA) pela Escuela de Negocios Caixanova. Atualmente, está à frente da Colímera Consultores SL, onde desenvolve uma intensa atividade na área da consultoria estratégica e tecnológica quer para empresas privadas quer para a Administração Pública. Anteriormente, foi Business Development Manager na Sun Microsystems Ibérica SA e diretor da empresa de software Fractal Info Ingenieros SL.

e-mail: carlos.otero@colimera.com LinkedIn: http://es.linkedin.com/in/carlosoterobarros Facebook: http://www.facebook.com/carlos.otero.barros Twitter: @kenkeirades

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newsletter N.º 28 | Abril 2012 Conhecimento & Inovação

A importância do conhecimento O aumento da relevância dada ao “Capital Intelectual” está associado ao florescer da economia do conhecimento e ao reconhecimento por parte da comunidade científica, empresarial e política do impacto do conhecimento no desempenho das pessoas, das empresas e dos países. A Agenda de Lisboa é um exemplo do reconhecimento político, por parte da Comissão Europeia, da importância da economia do conhecimento na competitividade económica do território europeu. Este reconhecimento formal da importância do conhecimento como impulsionador da competitividade motivou o desenvolvimento da investigação sobre o Capital Intelectual. No entanto, dada a juventude do fenómeno e da investigação a ele associada, há uma grande diversidade, complexidade e dinamismo na investigação. A revisão da literatura sobre esta área de conhecimento permite constatar uma série de aspetos interessantes. Existe uma grande dispersão quanto à terminologia utilizada, pela multiplicidade de aceções que os diversos autores utilizam para definir conceitos chave. Este facto verifica-se especialmente devido ao carácter

multidisciplinar desta área mas sim, porque mudou o de estudo. E por outro lado valor que o mercado atribui revela, o interesse que este ao conhecimento. tema desperta acrescenConsidera-se que o êxito tando complexidade ao seu empresarial, presente e estudo. futuro, se baseia na gestão Só recentemente se comeestratégica do conhecimença a assistir à acumulação to, em detrimento dos rede evidência empírica nesta cursos físicos e financeiros área, pelo que é necessário e que as capacidades orgaHelena Santos que se desenvolva mais nizacionais estão baseadas Rodrigues investigação empírica que em conhecimento, pelo que Doutorada em Ciências permita clarificar a essênEmpresariais o conhecimento na emprecia deste fenómeno e que hsantos@estg.ipvc.pt sa é um meio de alcançar permita desenvolver conmelhores resultados socetualizações mais consensuais e estáveis ciais e económicos e, portanto, os gestores sobre este tema. Esta é, além disso, a via necessitam de mais conhecimento sobre a que confere robustez ao corpo de conheciproblemática do próprio conhecimento. mento científico. O conhecimento é um fenómeno multifacetaA realidade é que o crescente aumento da do, heterogéneo e com potencialidade para importância do conhecimento não represense agregar e multiplicar. Este, apesar de parta a soma de mais uma variável ao processo tir do indivíduo, tem uma dimensão coletiva de produção de bens. Este mudou substanna empresa. O conhecimento é um “factor cialmente as regras do jogo. Esta é uma produtivo” determinante para a atividade e nova dimensão que deve ser acrescentada sobrevivência da empresa. É o activo central ao processo de gestão empresarial, não porda empresa e o recurso estratégico mais imque tenha mudado o valor do conhecimento, portante. É o património de conhecimento da

A realidade é que o crescente aumento da importância do conhecimento não representa a soma de mais uma variável ao processo de produção de bens empresa que tem um potencial estratégico. E, este, é a base do Capital Intelectual. O Capital Intelectual são os activos intangíveis, recursos valiosos, inclusive o recurso mais valioso da empresa. Em suma, o Capital Intelectual refere-se à perspectiva global e estratégica dos activos intelectuais, enquanto o conhecimento refere-se aos componentes dos ativos intelectuais desde uma perspectiva táctica e operacional. O Capital Intelectual é a capacidade de transformar conhecimento e ativos intangíveis em riqueza, criando recursos, enquanto a gestão do Capital Intelectual consiste no processo de extrair valor ao conhecimento.

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• No mundo dos negócios, a competição com os concorrentes é normalmente feroz, sobretudo quando os mercados estão deprimidos ou registam níveis baixos de crescimento. • Os gestores e executivos que enfrentam tais situações nas suas empresas são unânimes ao afirmar que sentem dificuldades em lidar com essa realidade e gostariam de poder encontrar melhores alternativas para os seus negócios. Eles sabem, quase que por instinto, que a inovação é o caminho certo para conseguirem libertar-se desse marasmo. Nas nem sempre sabem o que fazer e por onde começar. • Não existem fórmulas mágicas que garantam o sucesso nos negócios. Mas há "regras" que ajudam a definir o que fazer para inovar em qualquer empresa ou por onde se deve começar um processo de inovação na estratégia, que permita a diferenciação da concorrência e a criação de novos espaços de mercado.

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newsletter N.º 28 | Abril 2012 notícias/artigos

agenda de eventos

Abril 2012

Deverá “subornar” os seus colegas para inovarem consigo? MICHAEL SCHRAGE Num recente seminário da Chemical Heritage Foundation sobre a inovação de materiais de ponta, alguns líderes de R&D que no seu conjunto representavam alguns milhares de milhões de dólares em pesquisa estavam radiantes perante o potencial de mercado para os seus produtos. O desejo crescente para uma melhoria e eficiência energética, a sustentabilidade, a reciclagem elevavam de uma forma exponencial as oportunidades para novos tipos de matérias. Mas conseguir os materiais mais inovadores cada vez mais depressa para clientes que inovam também de uma forma rápida é uma tarefa complicada e permanece um desafio. Esse desafio é tão frustrante que um dos inovadores no palco observou que, quando ele foi convidado por um membro da administração a dizer o que ele faria com um extra de 10% no orçamento de R&D, sua resposta imediata foi: “Eu dava cerca de um terço para comercialização, para que pudéssemos sair e receber os clientes em conjunto”. Ler mais

Restaurando a Inovação económica na América

Destaques da GE, o que funciona na América, focalização na produção, na inovação, emprego e no comércio No passado mês de fevereiro decorreu em Washington um evento de quatro dias dedicado ao crescimento económico e industrial de longo prazo, com a discussão centrada na produção, na inovação e na criação de postos de trabalho, tendo sido apresentados novos compromissos para fortalecerem a competitividade global americana, através do reforço de competências da força de trabalho, reduzindo assim o custo dos cuidados de saúde e integrando os veteranos de guerra na força de trabalho. “A sociedade americana pode competir em qualquer lugar”, afirmou Jeff Immelt, CEO da GE.“Existem companhias por todo o país que lideram nos seus mercados”. Ler mais

Redes sociais lideram intenção de investimentos

Siga o nosso link para ouvir a entrevista com uma referência mundial como é o caso da professor Rosabeth Moss Kanter, professora na Harvard Business School e autora de vários artigos e livros de sucesso reconhecido mundialmente.

As redes sociais estão em primeiro lugar na lista de investimentos das empresas de “media” nos próximos cinco anos, segundo 57% dos executivos de media entrevistados na terceira edição da pesquisa anual World Newsmedia Innovation, produzida pela World Newsmedia Network nos EUA e pela Universidade Central Lancashire, no Reino Unido. Foram entrevistados 244 executivos de 61 países. Em segundo lugar na lista de investimentos ficaram produtos pagos em tablets e e-readers (52%), seguidos por serviços móveis pagos (47%) e eventos/conferências (45%). Também foi analisado o pagamento ou não pelo acesso a diferentes plataformas. Segundo a pesquisa, 78% dos sites dos participantes da pesquisa eram gratuitos, em comparação a 6,9% com acesso pago.

Ouça o IdeaCast...

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NEW Innovation Uncensored Nova York, EUA

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Innovative Education Sao Francisco CA , EUA

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NEW The National Innovation Conference (NIC) Nova York, EUA

Maio 2012

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Food Technology and Innovation Forum 2012 Chicago Illinois, EUA

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As Redes Sociais e a Inovação, uma aplicação empresarial e professional, Tecmaia, Maia – Portugal

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International Symposium on Entrepreneurship and Innovation Veneza, Itália Junho 2012

Nota: Se pretender divulgar um evento relacionado com Inovação e empreendedorismo Contacte


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newsletter N.º 28 | Abril 2012 Financiar a inovação De há uns anos a esta parte, Inovar tornou-se uma palavra-chave nos discursos políticos, nos governantes, nos empresários, etc. Dos primeiros ouvem-se palavras bonitas, dos segundos esperamse condições para uma conjuntura favorável. Contudo, e de modo a alimentar o crescimento económico, é aos últimos, ie., aos empresários, que se exigem números e resultados. Embora seja crescente o número de empresas portuguesas que estão marcar pontos aqui e além-fronteiras com a criação de produtos e serviços inovadores, mesmo assim, e face à atual conjuntura económica, quer-se mais. Esta “exigência” conduz-nos à seguinte questão: e como? Uma, entre outras, das chaves está na Inovação, a qual depende em

Inovação – Valor Acrescentado grande medida do investimento, esforço, dedicação, vontade de ir mais além, sair da zona de conforto, etc, do que da dimensão. No momento particularmente difícil que Portugal vive, a capacidade e vontade de Inovar é ainda mais importante para potenciar a criatividade, a retenção de talentos, o aumento da produção e o crescimento das vendas a nível externo. Vender é importante, mas o que se vende ainda mais importante é. É no valor acrescentado da produção e criação que se pode fazer a diferença. Desta ideia decorre a importância do investimento em investigação, desenvolvimento e Inovação. E, já que abordamos a questão do investimento, tornase necessário abordar a questão dos apoios de milhões de euros

recentemente anunciados pelo Governo e postos à disposição das empresas exportadoras. Porém, estes apoios devem ser encarados e entendidos no verdadeiro sentido da palavra, não se devendo alimentar uma ideia de dependência nem de ilusão, bem pelo contrário, como algo temporário que, se usado eficiente e eficazmente, ie., como uma oportunidade de desenvolvimento, no médio e longo prazo, aportará

crescimento, resultados e retorno. Não nos compete dizer como utilizar os fundos comunitários. O que nos compete, isso sim, é sensibilizar para o devido aproveitamento que se pode e deve tirar dos mesmos, sempre numa perspetiva de evolução e progresso, baseada na incessante procura da diferença, que se obtém através da Inovação. Luís Archer – Consultor luismariaarcher@iol.pt

Ficha técnica:

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Coordenador: Jorge Oliveira Teixeira Colaboraram neste número: Álvaro Gomez Vieites, Carlos Barros, Helena Santos Rodrigues, Jaime Quesado, Luís Archer e Michael J. Lippitz Aconselhamento técnico: Praven Gupta, IIT, Center for Innovation Science Tradução: Sofia Guedes Paginação: José Barbosa Contacto: jorgeteixeira@vidaeconomica.pt


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