Empreender nº 38

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newsletter N.º 38 | Março 2013

www.vidaeconomica.pt

opinião

Economia circular e inovação É nas alturas de crise que se devem repensar estratégias, provocar novas abordagens para problemas e soluções do quotidiano das Empresas e das Pessoas, inclusive provocar ruturas com modelos de desenvolvimento tradicionais, modelos esses já gastos nos seus efeitos e consequências. Vem isto a propósito de modernas abordagens à problemática do Desenvolvimento Sustentável, eu diria mesmo, do aprofundar de um pensamento já muito claro há alguns anos, mas que nos anos recentes completamente se justifica. Uma economia que extrai recursos desmesuradamente, que potencia crescimentos sem considerar os efeitos ambientais da sua atividade, não é uma economia próspera, responsável e com futuro. Num mundo com um crescimento populacional extremo, que atingirá brevemente os 9 mil milhões de seres, é fundamental uma nova abordagem do modelo de desenvolvimento económico de países e do funcionamento das empresas, que coloque a proteção ambiental no centro das preocupações dos decisores. O conceito da economia circular veio trazer-nos uma abordagem diferente e que nos abre excelentes perspetivas. Neste domínio, há a ideia firme que um produto não se torna, num ápice, um resíduo, antes se devem procurar processos de reutilização e reciclagem, que potenciem o seu valor. Por outro lado, há uma perspetiva complementar, hoje já muito interiorizada nas estratégias da União Europeia – não tanto, ou muito pouco em Portugal – e que é o

Índice Opinião................................ 1 Fernando Leite, Administrador da Lipor.

Editorial................................ 2

de considerarmos um resíduo como um recurso, ou seja, algo que encerra um potencial de aproveitamento, de valorização e que pode e deve estar na origem de um novo produto. Esta abordagem de uma economia circular é ainda potenciadora de crescimento de valor, mas também atrativa para a Inovação, pois a utilização de “novas” matérias-primas na produção de bens, a possibilidade de potenciarmos o ecodesign é muito estimulante. Associado também a esta problemática está o conceito e prática do “zero resíduos”, que incentiva importantes multinacionais, como a Lever ou a Whirlpool, a conceber novas unidades fabris, onde a matéria-prima provenha, em larga percentagem, de resíduos de equipamentos que

Opinião................................ 3 Redes sociais...................... 4 Notícias................................ 7 Agenda de eventos.......... 7 Financiar a inovação........ 8

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PORTO 22 março 9h30 às 13h 14h30 às 18h

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O mundo está cada vez mais global e os mercados internacionais mais abertos e acessíveis. Neste seminário serão discutidas as principais formas de abordagem aos mercados externos bem como as vantagens e desvantagens relevantes de cada uma delas, os principais tipos e fontes de informação relevante a recolher sobre os mercados para se tomarem decisões com maior confiança.

O que leva consigo: • Conhecimentos práticos para planear e preparar o contato com os mercados externos • Contactos com outros participantes no seminário que poderão gerar negócios interessantes • Contacto com o moderador e com outros participantes no seminário que poderão gerar negócios interessantes • CD-Rom com toda a documentação Formador: Dr. António Paraíso Consultor de Marketing e Internacionalização, Gestor de mercados externos, durante 18 anos, onde coordenou processos de internacionalização.

Programa: • As 15 regras de internacionalização • As principais formas de entrada nos mercados internacionais • Os principais tipos de informação a recolher sobre os mercados • As fontes de recolha de informação • As metodologias de preparação da abordagem aos mercados internacionais • A preparação de um plano de internacionalização • As condicionantes culturais e religiosas nos negócios internacionais


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newsletter N.º 38 | Março 2013 Opinião (Continuação da página anterior)

cumpriram já uma primeira função para o consumidor. A economia circular não passou, também, à margem do Fórum Económico Mundial de Davos, onde um Relatório justamente titulado “Towards the Circular Economy” avalia em cerca de 380 mil milhões de $US, em negócios que não são aproveitados na Europa, devido ao facto de não tomarmos como fundamental este tipo de abordagem. Voltemos ao conceito base, e que se centra numa perspetiva de desligar o crescimento económico do impacto ambiental da atividade da economia. Mais produção, mais consumo não pode ser sinónimo de maior gasto de recursos naturais, maior produção de gases de efeito de estufa. Numa economia circular e numa ótica de produto, potenciarmos por exemplo a remanufactura de bens/produtos e a reciclagem como fonte de obtenção de novas matérias-primas é um objetivo maior. Num escrito recente de uma Partner da Consultora EPEA Brasil, Ana Rossetto, e sobre a economia circular, ela refere “…No caso de eletrodomésticos, há oportunidades para as empresas envolvidas em toda a cadeia produtiva. Resumindo, um mesmo produto tem o potencial de ser comercializado inúmeras vezes, multiplicando a geração de receitas. A nova lógica para que tudo isso tenha sucesso é a oferta dos “serviços do produto”, ou seja, comercializar a performance do uso do produto e não simplesmente a sua posse. Para isso, são necessárias estratégias mais agressivas para inovar a relação cliente-fabricante: explorar novos modelos comerciais focados no Serviço que o produto realiza ao cliente, transformar técnicos de manutenção em “consultores de venda”, envolver parcerias com grandes cadeia de distribuição, aumentar o relacionamento com clientes, planear a manutenção para redistribuição em múltiplos ciclos de uso e perpetuar a experiência positiva com diversas camadas de consumidores…”. Ana Rossetto alude, ainda, a uma “nova Indústria”, a “Cradle to Cradler” (do berço ao berço), já em ampla potenciação, conceito que envolve várias áreas de uma empresa numa estratégia única de inovação para a sustentabilidade, e onde a minimização da produção de resíduos é fundamental. Como também é referido, “…todos os produtos devem ser criados para que os seus materiais retornem à Indústria após cada ciclo de uso, em fluxos contínuos de materiais…”. No Relatório Anual da multinacional SGS, no capítulo dedicado a uma das suas subsidiárias, a SGS INTRON, encontramos a dimensão da aposta desta Companhia no domínio da proteção ambiental, quando titulam uma das áreas que eles reconhecem como uma das mais lucrativas dentro da SGS, como a “waste not”. O potencial deste setor é reconhecido quando assumem que estamos, na Europa, apenas a 30% dos 70% das taxas de reciclagem definidas para 2020, pelo que existe um potencial muito grande neste domínio. Como refere Rico Van Selst, Diretor de Business Development da SGS INTRON “…Globally, SGS can be the solution leader for waste”.

Editorial Também a multinacional VEOLIA, em publicações recentes, aborda esta problemática do resíduo como um recurso, de um modo estratégico para o seu crescimento económico. Refere mesmo que, em articulação com esta Visão, e porque a transformação de resíduos em novas matérias-primas/produtos requer a integração de tecnologias avançadas, o desenvolvimento de processos inovadores é um dos motores do crescimento da Organização. Na VEOLIA, os designados Centros de Excelência, criados em 2011, e já em atividade brilhante, corporizam uma mudança que se pretende seja transferida para a Indústria como um todo. Pegando, agora, na posição do WBCSD, World Business Council for Sustainable Development, que o BCSD, Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, acolhe para Portugal, vemos que, na Visão para 2050, nos é colocado o desafio do “Resíduos Zero” numa nova agenda para as Empresas. A problemática, no domínio dos materiais, teremos que, no médio prazo (até 2020), potenciar a inovação na cadeia de valor, promover a conceção em circuito fechado, potenciar a eficácia energética na produção, inovar com os consumidores. Já nos designados (pelo WBCSD) tempos de transformação, no 2050, a visão definitiva é o Resíduo Zero. E também aqui, vemos o potencial da economia circular, onde num capítulo específico se refere liminarmente “Hora da Transformação: fechar o circuito. É cada vez mais consensual que as pessoas têm de limitar a sua utilização de materiais não renováveis das 85 toneladas registadas nos EUA, em 2009, para cerca de 5 toneladas por pessoa, por ano. Os circuitos fechados circulares tornam-se na tendência principal da indústria (ver figura).” Um alternativo ciclo de vida dos materiais

Fonte: WBCSD

Figura - Eliminação dos resíduos, fechando o circuito dos materiais.

Em conclusão, parece-nos fundamental, num caminho de saída para os anos de crise que vivemos, que o desenvolvimento sustentável e a sustentabilidade encarada pelas empresas como alavanca e motivação para um crescimento com bases sólidas, terá na economia circular um contributo fundamental. Inerente ao reforço da economia circular, estará sempre indissociavelmente ligado um pilar de inovação, pelo que as bases de crescimento das políticas, iniciativas e projetos não serão nunca contaminados pelo “status quo” que nos conduziu à crise dos últimos anos.

O trabalho em equipa é fundamental para que a inovação aconteça. A inovação deixou há muito de ser um ato isolado. O mito do inventor isolado no seu laboratório não deixa de ser uma “mentira” que a história por vezes nos tenta mostrar como sendo desta maneira que as coisas aconteceram. Na realidade, a maior parte das inovações resultaram de um processo colaborativo e de um processo de descoberta conjunta, não sendo baseada numa epifania de um só individuo (Berkun, 2007). Como Robinson (2001) afirmou, a “criatividade não resulta da performance individual. Sendo assim como estes investigadores o afirmaram e provaram, trata-se também de uma mudança cultural que devemos operar e institucionalizar o mais breve possível, para que o trabalho em equipa seja melhor articulado com o trabalho individual de uns quantos indivíduos com capacidades fora do comum, ou seja, o segredo estará no balanceamento entre estes dois durante o processo criativo. Na maior parte das ocasiões, as inovações são resultantes de processos sociais do que processos técnicos, no entanto, acreditam sempre que é no laboratório que elas nascem, quando, na verdade, podem ocorrer em todo o lado onde o processo criativo esteja presente, de uma forma cada vez mais partilhada por um ou vários grupos dedicados a atividades criativas. Podemos apresentar um verdadeiro exemplo de trabalho em equipa e de coordenação como aquele que é desenvolvido pelos Dabbawalas (entregadores de marmitas) numa das cidades com maior densidade populacional do mundo, com 12 milhões de habitantes, Mumbai – Índia. Coordenar as rotas de entrega de mais de 200.000 caixas com alimentos numa cidade com esta parece tarefa impensável, mas para os cerca de 4000 Dabbawalas é uma tarefa que é executada com uma margem de erro de 1% em 6 milhões de entregas. Se pensarmos que estes entregadores não têm qualquer tipo de instrução escolar e que só se orientam por pequenos pedaços de papel com cores, possamos pensar neste serviço como fonte de inspiração para qualquer empreendedor/inovador. E, a propósito, a comida chega quente ao seu destinatário. Jorge Oliveira Teixeira jorgeteixeira@vidaeconomica.pt


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newsletter N.º 38 | Março 2013 Opinião

Portugal Digital Portugal vai ter a sua Agenda Digital. Em 2013 Portugal é já claramente um país da linha da frente em matéria de infraestruturas de última geração – ligação das escolas e de grande parte de instituições públicas em banda larga, forte modernização da Administração Pública Central e Local e uma boa Rede de Espaços Públicos de acesso universal à internet, com grande impacto em zonas mais isoladas e segmentos sociais mais desfavorecidos. Por isso, importa que a Nova Agenda Digital seja a base de um Novo Portugal Digital. A reconstrução de um Portugal Digital tem que ser um projeto global da sociedade, assente numa verdadeira parceria estratégica alargada entre o Estado e os atores económicos e sociais, capaz de dar resposta às seguintes questões – na sua resolução está em grande medida a base

para uma nova agenda da sociedade da informação e conhecimento no nosso país: - Qual o caminho a dar às TIC enquanto instrumentos centrais duma política ativa de intervenção pública como matriz transversal da renovação da nossa sociedade? - Qual a forma possível de fazer das empresas (e em particular das PME) os atores relevantes na criação e valor e garantia de padrões de qualidade e vida social adequados, num cenário de crescente “deslocalização” económica? - Qual o papel efetivo da educação como quadro referencial essencial da adequação dos atores sociais aos novos desafios da sociedade do conhecimento? Os atores do conhecimento de que tanto se precisa são “educados” ou “formados”? - Qual o papel do I&D enquanto

francisco jaime quesado Especialista em Estratégia, Inovação e Competitividade

área capaz de fazer o compromisso necessário entre a urgência da ciência e a inevitabilidade da sua mais do que necessária aplicabilidade prática para efeitos de indução duma cultura estruturada de inovação? - Qual o sentido efetivo das políticas de empregabilidade e inclusão social enquanto instrumentos de promoção dum objetivo global de coesão social? O que fazer de todos os que pelo desem-

prego se sentem cada vez mais marginalizados pelo sistema? A consolidação dum Novo Portugal Digital entre nós passa em grande medida pela efetiva responsabilidade nesse processo dos diferentes atores envolvidos – Estado, Universidade e Empresas. No caso do Estado, no quadro do processo de reorganização em curso e de construção dum novo paradigma tendo como centro o cidadão-cliente, urge a operacionalização de uma atitude de mobilização ativa e empreendedora da revolução do tecido social. A reinvenção estratégica do Estado terá que assentar numa base de confiança e cumplicidade estratégica entre os “atores empreendedores” que atuam do lado da oferta e os cidadãos que respondem pela procura. Um Novo Portugal Digital é um ponto central para uma Nova Agenda de Competitividade. PUB

NOVIDADE A não perder

EMPREGO Bom e Já! Guia Prático

O trabalho existe e há empresas a contratar. Saiba como conquistar essas vagas! Prefácio de Júlio Magalhães Autor: Ricardo Peixe

Págs.: 232


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newsletter N.º 38 | Março 2013 Redes sociais

O que define as redes sociais e qual o seu futuro veja esta apresentação publicada no site Innovation Excellence

Será real o vício da Internet? Nos cinco gráficos que lhe apresentamos, queremos que os analise com um sentido critico e que não os encare como verdades, cada vez mais temos de nos distanciar da informação que nos é disponibilizada, tentando descobrir e entender o que por vezes nos querem fazer crer em termos de informação. Em todo o caso não deixa de ser alarmante a excessiva dependência que passamos a ter da internet e por consequência do uso das redes sociais e de que forma essa utilização excessiva pode influenciar as nossas vidas. Seremos viciados relativamente a esta série de programas? Com sites como Facebook, Twitter, Google, Wikipedia e o Reditt, o nosso dia poderá ser absorvido num instante. Certamente que não ajuda quando o seu trabalho requer uma atividade em que se dedique ao acompanhamento das redes sociais ou dependa de serviços alojados na “nuvem”. O nosso dia a dia está diretamente relacionado com a internet, o que nos permite afirmar que é um vicio.

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Seis habilidades que qualquer leader necessita ter relativamente às redes sociais Por Roland Deiser and Sylvain Newton

A literacia organizacional em termos de redes sociais está a tornar-se uma fonte de vantagem competitiva. Se aprendermos através da visão dos executivos da General Electric, você e os seus quadros diretivos podem fazer a diferença. Poucos temas têm sido alterados desde o surgimento da revolução das redes sociais – e isto nem tem mais de uma década. Muitas organizações já responderam a esta nova realidade, compreendendo o poder e o potencial desta tecnologia para a vida das empresas: os wikis permitem uma mais eficiente colaboração virtual em projetos funcionais cruzados, os blogs internos, quadros de discussão e os canais do YouTube, encorajaram conversas globais e partilha de conhecimento; sofisticadas campanhas virais incluem os clientes e criam lealdade com a marca; a próxima geração de produtos será desenvolvida em colaboração através de processos de inovação aberta e os leaders desta organizações já trabalham no desenvolvimento da sua estratégia 2.0

Figura 1 - IAD, Internet Addiction Disorder (fonte: Daily Infographic)

Fonte: McKinsey Quarterley

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Figura 2 - Diferentes gerações de viciados na internet (fonte: Daily Infographic)


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newsletter N.º 38 | Março 2013 Redes sociais

Figura 3 - Efeitos de uso desproporcionadonado da internet (fonte: Daily Infographic)

Figura 5 - E o uso excessivo do Facebook? (fonte: Daily Infographic)

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Torne-se membro do nosso grupo

Figura 4 - Poderá ser considerado uma desordem mental o uso desproporcional da internet (fonte: Daily Infographic)

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“Vender móveis em caixas planas? Isso não faz sentido nenhum. É caro e dá muito trabalho.” - Anónimo

Uma excelente ideia de pouco vale se não for activada. E numa conjuntura empresarial cada vez mais feroz e competitiva, nenhuma organização se pode dar ao luxo de dispensar as boas ideias, muito menos de não as implementar. A ACCELPER disponibiliza-lhe as ferramentas, os processos e as metodologias que dão vida à sua vontade de inovar. E isso faz toda a diferença: a diferença entre ficar no anonimato ou fazer história.

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newsletter N.º 38 | Março 2013 notícias/artigos

agenda de eventos

Como Inovar com o patrocínio de um executivo Por Maxwell

Março 2013

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Improvisation and Innovation: Clinicians, Scientists and Artists Together, Improving Performance Oxford, Reino Unido Ler mais

Junho 2013 A newsletter Single Market Entrepreneurs Centre – do The Lisbon Council dedicada à cobertura das atividades do 2º semester de 2012 e uma previsão de projetos para o corrente ano Download SME Centre Newsletter July-December 2012

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Para incrementar a Inovação, To Increase Innovation, Retire o “aguilhão” do fracasso Por Doug Sundheim

World Research and Innovation Congress Bruxelas, Bélgica

Julho 2013

A Comissão Europeia acaba de publicar um relatório onde é analisada a importância da promoção do empreendedorismo sénior

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Global Innovation and Knowledge Academy Valencia, Espanha

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A comissão europeia e a OCDE juntaram esforços na produção do relatório “Policy Brief on Senior Entrepreneurship”, documento este que enfatiza a importância na mudança que deve ser operada para encorajar a população sénior a terem uma maior atividade. Esta publicação examina uma diversidade de iniciativas que podem ser implementadas para a promoção de start-ups pela população sénior da União Europeia. A população europeia continua a envelhecer e este relatório reveste-se de uma importância fundamental para ajudar a população sénior a continuar economicamente ativa e refletindo assim benefícios para a sociedade como um todo.

“Necessitamos de mais inovação em todos os setores de atividade. Precisamos de pessoas que pensem de uma forma criativa e que sejam mais empreendedoras. Venho afirmando esta importância nos últimos anos, e no entanto continuo a verificar, que de uma forma geral, muito pouco se tem feito para mudar, é muito frustrante.” Este foi um lamento recente de um cliente que registei, da autoria de leader de uma empresa de média dimensão da área dos serviços. Ele estava frustrado apesar da sua empresa encorajar as pessoas da organização a todos os níveis, a arriscarem em novas ideias e poucas foram as que deram o passo em frente.

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Managing Services in the Knowledge Economy International Conference 2013 Vila Nova de Famalicão, Porto, Portugal

Nota: Se pretender divulgar um evento relacionado com Inovação e empreendedorismo Contacte


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newsletter N.º 38 | Março 2013 Financiar a inovação É do senso comum e conhecimento geral que o atual mundo dos negócios caracteriza-se por uma forte volatilidade, incerteza, complexidade, concorrência e rapidez. Se isto é verdade, também não é menos verdade que nem sempre há a capacidade e/ou vontade de diagnosticar na devida altura as causas que conduzem aos problemas. Por outro lado, e não raras vezes, o diagnóstico é levado a cabo de uma forma algo superficial, isto é, centra-se em demasia no imediato, com particular incidência nos problemas de tesouraria, julgando que todos os outros problemas se resolverão por esta via, esquecendo, ou relegando para um plano secundário outros fatores igualmente importantes a considerar, e que poderão fazer a diferença. Entre estes fatores, a Inovação assume inevitavelmente um papel

Uma questão de oportunidade

preponderante, pois que procurar basear a modelo de negócio apenas e tão-só no fator preço é insuficiente. Certamente que, se o diagnóstico for profundo, detalhado e não restrito ao corte de custos, ou seja, um diagnóstico abrangente, outras soluções de maior valor acrescentado poderão ser apontadas entre as quais, a Inovação não passará despercebida, constituindo-se como

uma potencial fonte catalisadora de novas oportunidades de negócio e afirmação da empresa. No fundo, as crises para além de gerarem oportunidades, também nos obrigam a conhecer com um maior grau de profundidade e abrangência o que efetivamente se pode aproveitar e melhorar. Uma outra questão que se poderá levantar é: em vez de se canali-

zar demasiado para a tesouraria, por que não “desviar” uma parte do mesmo para inovar em novos produtos, métodos ou processos? Porém, tal não deve ser levado a cabo sem haver na fase ex-ante o cuidado de definir a devida estratégia, planeamento e objetivos que se pretende atingir, com o processo inovativo. Contudo, não se pode desistir ao primeiro contratempo. Quanto os contratempos surgem, o que se deve, isso sim, é analisar a razão do mesmo, e tomar as medidas corretivas em tempo. Tal qual a bússola que é um instrumento de navegação e orientação, a Inovação pode também funcionar do mesmo modo, bastando para tal haver vontade. Luís Archer – Consultor luismariaarcher@iol.pt

Ficha técnica:

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Coordenador: Jorge Oliveira Teixeira Colaboraram neste número: Álvaro Gomez Vieites, Carlos Barros, Dustin Mattison, Jaime Quesado e Luís Archer Aconselhamento técnico: Praven Gupta, IIT, Center for Innovation Science Tradução: Sofia Guedes Paginação: José Barbosa Contacto: jorgeteixeira@vidaeconomica.pt


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