Inovacao69

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NEWSLETTER N.º 69 | JANEIRO | 2016

www.vidaeconomica.pt

DESTAQUE

Entrevista com Daniel Bessa, diretor-geral da Cotec ÍNDICE OPINIÃO

É absolutamente indispensável que as entidades que, entre nós, se dedicam ao financiamento da inovação o façam em parceria com entidades estrangeiras especializadas em cada uma das áreas de negócio em que admitem envolver-se

Na qualidade de diretor-geral da Cotec, como avalia a atividade inovadora das empresas e se entende que a cultura de inovação nas nossa empresas começa a ser uma realidade ou se ainda estamos longe desse nível de comprometimento com uma cultura de inovação mais sistemática e capaz de gerar mais riqueza? A inovação vê-se rodeada, hoje em dia, de um conjunto de conotações altamente positivas. É considerada um bem em si mesmo e, mais do que isso, algo absolutamente indispensável, não havendo hoje um único discurso de alto nível, seja ele político, seja ele empresarial, que a não valorize e que não enfatize a sua importância. Isto é verdade tanto a nível europeu (a União Europeia vê-se, hoje, como uma Innovation Union) como a nível nacional. Em minha opinião, o problema maior que subsiste, em Portugal, tanto na inovação empresarial como no sistema português de inovação

no seu conjunto, é que a este sentido positivo, diria mesmo a esta vontade de inovar, não corresponde idêntico nível de realização. Nos rankings europeus (“Innovation Union Scoreboard”, publicado sob a égide da Comissão Europeia) somos considerados um “inovador moderado” (a meio da tabela, com um resultado ligeiramente inferior à média da UE) mas desempenhando sistematicamente melhor em matéria de condições e de recursos afetos à inovação (mesmo quando não são muitos) do que nos resultados que conseguimos com essas condições e com esses recursos (intensidade tecnológica das exportações de mercadorias; intensidade em conhecimento das exportações de serviços; qualidade e nível de remuneração dos empregos criados). Um problema de eficiência, ou de produtividade, do nosso sistema de inovação, que teremos de atribuir a deficiências de vária ordem em matéria de processos, tanto nas políticas públicas (sis-

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O ano da nossa inteligência EDITORIAL

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OPINIÃO

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Formação de redes colaborativas e Metodologia TRIZ REDES SOCIAIS

temas públicos de incentivo à inovação) como nas práticas empresariais (processos de inovação adotados pelas empresas). Relativamente à atividade empreendedora, acha que as entidades financeiras nacionais seriam capazes de avaliar uma proposta de negócio como o Airbnb ou a Uber? E o que deveria ser feito para alterar os conceitos de avaliação do tipo de negócio que tenderão a ser apresentados pelos jovens empreendedores? Portugal não tem, como País, dimensão suficiente para proporcionar um sistema financeiro especializado, e próprio, de apoio à inovação. Não me refiro ao crédito bancário (de resto, muito pouco importante para o financiamento de projetos que haverão de caracterizar-se, sempre, por níveis de risco muito elevados, como são todos os projetos muito intensivos em inovação) mas a operadores especializados, digamos

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• Apple CarPlay poderá mudar a indústria automóvel • As permissões em aplicativos móveis começam a suscitar preocupações de privacidade entre os consumidores • Aplicativos estão a colocar uma enorme pressão sobre as redes móveis • Adolescentes norte-americanos adoram o Instagram • Assinaturas móveis superam a população mundial NOTÍCIAS | EVENTOS

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• O Li-Fi é 100 vezes mais rápido do que o Wi-Fi • Industrialização, inovação e inclusão • Empresas de ponta, difusão de tecnologia e políticas públicas • A inovação empresarial e as alterações climáticas • Greening steel: inovação para a mitigação das alterações climáticas FINANCIAR a INOVAÇÃO 11 INOVAÇÃO – tudo ao mesmo tempo?

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