Inovacao69

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NEWSLETTER N.º 69 | JANEIRO | 2016

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DESTAQUE

Entrevista com Daniel Bessa, diretor-geral da Cotec ÍNDICE OPINIÃO

É absolutamente indispensável que as entidades que, entre nós, se dedicam ao financiamento da inovação o façam em parceria com entidades estrangeiras especializadas em cada uma das áreas de negócio em que admitem envolver-se

Na qualidade de diretor-geral da Cotec, como avalia a atividade inovadora das empresas e se entende que a cultura de inovação nas nossa empresas começa a ser uma realidade ou se ainda estamos longe desse nível de comprometimento com uma cultura de inovação mais sistemática e capaz de gerar mais riqueza? A inovação vê-se rodeada, hoje em dia, de um conjunto de conotações altamente positivas. É considerada um bem em si mesmo e, mais do que isso, algo absolutamente indispensável, não havendo hoje um único discurso de alto nível, seja ele político, seja ele empresarial, que a não valorize e que não enfatize a sua importância. Isto é verdade tanto a nível europeu (a União Europeia vê-se, hoje, como uma Innovation Union) como a nível nacional. Em minha opinião, o problema maior que subsiste, em Portugal, tanto na inovação empresarial como no sistema português de inovação

no seu conjunto, é que a este sentido positivo, diria mesmo a esta vontade de inovar, não corresponde idêntico nível de realização. Nos rankings europeus (“Innovation Union Scoreboard”, publicado sob a égide da Comissão Europeia) somos considerados um “inovador moderado” (a meio da tabela, com um resultado ligeiramente inferior à média da UE) mas desempenhando sistematicamente melhor em matéria de condições e de recursos afetos à inovação (mesmo quando não são muitos) do que nos resultados que conseguimos com essas condições e com esses recursos (intensidade tecnológica das exportações de mercadorias; intensidade em conhecimento das exportações de serviços; qualidade e nível de remuneração dos empregos criados). Um problema de eficiência, ou de produtividade, do nosso sistema de inovação, que teremos de atribuir a deficiências de vária ordem em matéria de processos, tanto nas políticas públicas (sis-

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O ano da nossa inteligência EDITORIAL

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OPINIÃO

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Formação de redes colaborativas e Metodologia TRIZ REDES SOCIAIS

temas públicos de incentivo à inovação) como nas práticas empresariais (processos de inovação adotados pelas empresas). Relativamente à atividade empreendedora, acha que as entidades financeiras nacionais seriam capazes de avaliar uma proposta de negócio como o Airbnb ou a Uber? E o que deveria ser feito para alterar os conceitos de avaliação do tipo de negócio que tenderão a ser apresentados pelos jovens empreendedores? Portugal não tem, como País, dimensão suficiente para proporcionar um sistema financeiro especializado, e próprio, de apoio à inovação. Não me refiro ao crédito bancário (de resto, muito pouco importante para o financiamento de projetos que haverão de caracterizar-se, sempre, por níveis de risco muito elevados, como são todos os projetos muito intensivos em inovação) mas a operadores especializados, digamos

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• Apple CarPlay poderá mudar a indústria automóvel • As permissões em aplicativos móveis começam a suscitar preocupações de privacidade entre os consumidores • Aplicativos estão a colocar uma enorme pressão sobre as redes móveis • Adolescentes norte-americanos adoram o Instagram • Assinaturas móveis superam a população mundial NOTÍCIAS | EVENTOS

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• O Li-Fi é 100 vezes mais rápido do que o Wi-Fi • Industrialização, inovação e inclusão • Empresas de ponta, difusão de tecnologia e políticas públicas • A inovação empresarial e as alterações climáticas • Greening steel: inovação para a mitigação das alterações climáticas FINANCIAR a INOVAÇÃO 11 INOVAÇÃO – tudo ao mesmo tempo?

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NEWSLETTER N.º 69 | JANEIRO | 2016 de capital de risco. O que se pede a operadores desta natureza, mais do que dinheiro, é o conhecimento dos negócios e dos mercados, para poderem proporcionar, em termos de gestão, um impulso considerável aos projetos mais inovadores – exigindo um grau de especialização incompatível com a dimensão do nosso mercado interno. Considero, por isso, absolutamente indispensável que as entidades que, entre nós, se dedicam ao financiamento da inovação o façam em parceria com entidades estrangeiras especializadas em cada uma das áreas de negócio em que admitem envolver-se. Continuamos a avaliar o desempenho da atividade inovadora das empresas pela sua produção de patentes, mas não acha que os critérios deveriam ser redesenhados face à realidade empresarial atual, uma vez que o processo de registo de patentes è demorado, dispendioso e desmotivador, atrasando a entrada rápida no mercado de novos produtos e serviços? Falamos tanto de patentes como de desenhos industriais (permito-me acrescentar, eu, que sei muito pouco destes assuntos). Salvo melhor opinião, o problema não reside tanto no custo e na complexidade do processo de registo de patentes mas num problema de foco em todo este processo. A patente constitui, antes de mais, um ativo burocrático, e um custo, em que só faz sentido incorrer se for capaz de contribuir para os resultados, em termos de receita – como gosta de afirmar o Eng. Belmiro de Azevedo, antes de haver “cash in”, só há “cash out”, e a patente é em si mesma um custo, um fator de “cash out”. Para deixar de o ser, todo o sistema de inovação, incluindo as suas fases mais a montante, de investigação e de desenvolvimento, que culmina na submissão da patente, tem de estar, desde início, mais orientado para o cliente e para o mercado, para a nova necessidade que teremos de satisfazer, ou para a necessidade que teremos de satisfazer de modo novo, sem o que a patente nunca se mostrará compensadora e sem o que o investimento em

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“O problema maior que subsiste, em Portugal, tanto na inovação empresarial como no sistema português de inovação no seu conjunto, é que a este sentido positivo, diria mesmo a esta vontade de inovar, não corresponde idêntico nível de realização”.

ID&I nunca virá a ser devidamente remunerado. O resultado da atividade inovadora (e aqui cito uma frase que, não sendo da sua autoria, costuma referir) de perceberem a diferença entre “o cash in” e o “cash out”, ou seja na sua forma mais simples, quanto venderam, quanto ganharam, qual a quota de mercado alcançada ou novos clientes por exemplo? Costumo utilizar tanto o “cash in” e o “cash out” (mais do que uma alegoria) que, como vê, já os utilizei antes de ter sido chamado a fazê-lo. Como em todas as outras matérias da mesma natureza, não há gestão da inovação empresarial sem um sistema de objetivos associados a essa inovação: que produtos novos vamos vender, a que clientes, velhos e novos, em que mercados, velhos e novos, a que preços e com que quotas de mercado, com que custos e com que resultados nas contas de exploração. São muito poucas as empresas portuguesas que têm um sistema de gestão de inovação, e um sistema de incentivos (leia-se, de remuneração variável) aplicado a toda a organização e, em particular, aos seus responsáveis pelos processos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação,

com este grau de profundidade. Ora, enquanto assim for, a inovação pode ser um belo desejo mas dificilmente se tornará numa bela realidade – sem o que, cedo ou tarde, acabará por ser considerada insuficientemente compensadora, e um fator de desânimo, no lugar ocupado pelo entusiasmo inicial. Acredita que a inovação aberta poderá ser uma das vertentes da inovação que deveria ser mais divulgada junto das PME como forma de criarem ecossistemas inovadores mais robustos e eficazes ao nível de resultados? Não acredito em sistemas de inovação fechados – algo que se me afigura uma contradição em si mesmo. Por maioria de razão, nas PME onde o essencial, em matéria de inovação, é dispor internamente das pessoas suficientemente qualificadas para serem capazes de compreender a sua importância e de conhecerem todos os processos através dos quais a empresa poderá relacionar-se com todos os outros agentes do sistema de inovação que poderão ajudá-la a inovar: fornecedores de I&D (não apenas dos institutos de investigação universitária), fornecedores de equipamentos, matérias-primas e todo o tipo de serviços, clientes, empresas

concorrentes (com quem poderá vir a associar-se) ou empresas de outros ramos de negócios (com quem poderá vir a estabelecer parcerias, criando novos conceitos de negócio). No calendário de atividades da COTEC gostava de destacar algum evento que terá lugar este ano? A COTEC Portugal tem um ciclo de atividades regular em que me permito destacar o Encontro Anual de Inovação (em que atribuímos os prémios PME Inovação COTEC-BPI e Produto Inovação COTEC-Nors), o Encontro COTEC Europa (a realizar, este ano, em Espanha), a sessão de atribuição dos prémios FAZ – Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa (em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian) e a apresentação pública dos resultados do COHiTEC (um programa em que almejamos chegar a novos conceitos e modelos de negócio a partir de tecnologias existentes no sistema português de ensino superior). “Last but not least”, 2016 será o ano de atribuição, pela primeira vez, do prémio Portugal – País de Excelência em Engenharia, uma iniciativa da COTEC e do Ministério da Educação, de âmbito nacional, destinada a promover o gosto pela Engenharia em estudantes do terceiro ciclo do ensino básico.


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O ano da nossa inteligência FRANCISCO JAIME QUESADO Presidente da ESPAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública

O Novo Ano tem que ser sobretudo Inteligente. Trata-se dum desafio único, que tem que assentar numa verdadeira dimensão colaborativa de mobilização dos “atores da mudança” (empresári-os, académicos, empreendedores) para uma ação de base coletiva de reinvenção estratégica da base competitiva nacional. Trata-se dum contributo que se pretende possa ter efeitos de alavancagem na perceção da necessidade de reinventar a economia nacional. Pretende-se consolidar uma ideia de marca, solidificar as bases de um projeto, protagonizar novas soluções com novas respostas para questões que teimam em ser as mesmas de há muito tempo a esta parte. Um ano inteligente é a nova resposta para as perguntas que hoje existem na sociedade portuguesa. Tudo tem que começar pelo capital social. Trata-se claramente do vértice mais decisivo do “capital estratégico” que importa construir neste novo tempo. O exercício de maior seletividade dos potenciais promotores de projetos e de maior atenção operativa a uma monitorização dos resultados conseguidos terá que ser acompanhada desta

ação global de qualificação sustentada da rede de atores que compõem o quadro de animação social e económica do território. Não se realizando por decreto, não restam dúvidas que esta ação de “competence building” de entidades da administração pública central e local, centros de ensino e saber, empresas, associações e demais protagonistas da sociedade só tem sentido de eficácia se resultar dum exercício de “cumplicidade estratégica” entre os diferentes protagonistas. Cabe às empresas o papel central na criação de riqueza e promoção duma cultura sustentada de geração de valor, numa lógica de articulação permanente com universidades, centros I&D e outros atores relevantes. São, por isso, as empresas essenciais na tarefa de endogeneização de ativos de capital empreendedor com efeito social estruturante e a “leitura” da sua prática operativa deverá constituir um exercício de profunda exigência em termos de análise. Tendo sido as empresas um dos atores fortemente envolvidos nas dinâmicas de financiamento comunitário ao longo destes últimos vinte anos, ressaltam indícios de défice de “capital empresarial” em muitos dos protagonistas envolvidos. Endogeneizar dinâmicas de “inovação proativa” em articulação com o mercado, geradoras de novos produtos e serviços; reforçar a res-

Editorial Costumamos neste período de transição para o Novo Ano, tomar algumas resoluções mais ou menos impactantes nas nossas vidas, sejam elas a nível profissional ou pessoal. Certamente que algumas das alterações que gostávamos de efetuar nas nossas vidas muitas das vezes estão dependentes da vontade de outros, no entanto existe uma que só depende de nós mesmos – a atitude. Esta deveria ser a maior alteração que certamente muitos deveriam fazer, a atitude perante

ponsabilidade individual do empresário enquanto agente socialmente responsável pela criação de riqueza; fazer do trabalhador um “empreendedor ativo” consciente do seu papel positivo na organização; fazer da “empresa” um espaço permanente de procura da criatividade e do valor transacionável nos mercados internacionais; consolidar uma “cultura de cooperação ativa” entre empresas nacionais e internacionais, pequenas e grandes – são estas as palavras-chave de uma nova estratégia para um ano que se pretende inteligente. Quando, em 1994, Michael Porter elaborou o célebre Relatório, encomendado pelo Governo português de então, o diagnóstico sobre o que fazer e as áreas estratégicas de atuação ficaram clarificadas. Vinte anos depois, pouco foi feito, a situação competitiva degradou-se em termos globais e Portugal mais do que nunca tem pela frente a batalha da mudança estrutural. Assumidas as prioridades dum “novo paradigma” de desenvolvimento para o país, a aposta numa “agenda de mudança” torna-se prioritária. Ou seja. Torna-se um imperativo nacional mobilizar um contrato de confiança para o futuro, centrado em novas ideias e novas soluções para as quais toda a sociedade civil dê um contributo ativo. É importante, por isso, perceber que a aposta nos factores dinâ-

o mercado, a atitude perante todos de uma forma mias genérica. O ato de inovar ou de empreender depende na sua maior parte das vezes da nossa atitude e é essa que deveria fazer parte da nossa reflexão sobre o que queremos fazer e mudar este ano, para que consigamos alcançar os objetivos que nos propomos alcançar. Nesta edição publicamos uma entrevista com o Professor Daniel Bessa e entre muitas coisas importantes que importa reter das suas palavras, é a importância de traduzir o investimento em inovação que está a ser feito num aumento dos resultados. As empresas dispõem de um

micos de competitividade, numa lógica territorialmente equilibrada e com opções estratégicas claramente assumidas, é um contributo central para a correção das graves assimetrias sociais e regionais que se têm acentuado. Falta por isso em Portugal um verdadeiro choque operacional capaz de produzir efeitos sistémicos ao nível do funcionamento das organizações empresariais. O “novo paradigma” da economia portuguesa radica nesse sentido na capacidade de os resultados potenciados pela inovação e conhecimento serem capazes de induzir novas formas de integração social e territorial capazes de sustentar um equilíbrio global do sistema nacional. Um ano inteligente é uma resposta aos desafios que temos pela frente. Pretende-se que estejam em cima da mesa duas ideias centrais para uma nova ambição – profunda renovação organizativa e estrutural dos setores mais tradicionais da sociedade e aposta integrada na utilização da inovação como fator de alavancagem de criação de valor de mercado. Um ano inteligente deve assentar em ideias muito concretas – instituições abertas e eficientes, talentos e excelência, novos modelos de negócio e redes globais, empreendedorismo e capacidade inovadora, ética e sustentabilidade. São eles a base de uma nova ambição para todos.

conjunto de incentivos disponíveis para desenvolverem a sua atividade inovadora, mas para isso importa alterar radicalmente a atitude empresarial. Inovar não está somente ao alcance de um grupo reduzido de mentes criativas ou imaginativas, a diversidade de ideias e de pessoas são um fator fundamental para a implementação da inovação, através do confronto de diferentes perceções do mercado e dos clientes, nem sempre quem tem a ideia é a melhor pessoa para a levar para o mercado, e aqui, reside uma importante e por vezes crucial alteração de atitude. Jorge Oliveira Teixeira


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Formação de redes colaborativas e Metodologia TRIZ HELENA V. G. NAVAS Professora da Universidade Nova de Lisboa, Investigadora do UNIDEMI, Especialista em Inovação Sistemática e TRIZ

No mundo atual, as empresas operam em mercados expostos aos efeitos da globalização, as janelas de oportunidade para a realização de negócios são cada vez mais curtas em termos temporais, assim como a envolvente do negócio é cada vez mais volátil. Assim, as empresas têm de começar a aprender a unir esforços em determinadas áreas ou competências, podendo, caso o desejem, seguir rumos distintos, noutras, através da dinamização das relações interempresariais, dando origem a modelos organizacionais baseados em redes de colaboração entre empresas.

No entanto, um dos grandes desafios com que esta área do conhecimento se confronta está relacionado com a necessidade da construção de uma teoria geral sobre as redes de colaboração. Só dispondo de uma teoria suficientemente consolidada é que é possível detetar e caracterizar um conjunto de princípios e mecanismos que permitem a sustentabilidade dos processos colaborativos. Assim, o estabelecimento de processos colaborativos como resposta a uma oportunidade de negócio não deve seguir um processo “ad-hoc” mas, pelo contrário, deve ser apoiado em metodologias adequadas que permitam suportar os processos de análise dos sistemas tecnológicos e organizacionais, identificar contradições e situações problemáticas e indicar a provável solução para os problemas encontrados. Neste contexto, a Teoria da Reso-

lução Criativa de Problemas, mais conhecida pelo seu acrónimo TRIZ, tem por objetivo auxiliar na deteção de contradições em sistemas e na geração de soluções criativas que permitam eliminar as contradições encontradas e obter melhorias importantes em sistemas tecnológicos e organizacionais. Além disso, o ciclo de vida dos produtos está a tornar-se cada vez mais curto, o que exige o ritmo dos processos que ocorrem na conceção e no desenvolvimento de novos produtos muito mais acelerado. A procura da excelência, tanto na criação de processos mais eficientes, como também no desenvolvimento e conceção de produtos, tornou-se um fator crítico para qualquer organização. As redes colaborativas precisam de desenvolver de forma progressiva soluções inovadoras com o objetivo de melhorar os processos. As-

sim, são necessárias ferramentas de suporte que permitam analisar as características da cooperação entre as empresas, tais como as razões de integração das empresas na rede, a escolha de parceiros, a organização e a coordenação da cooperação, as circunstâncias da cooperação, os resultados e implicações para as empresas dentro e fora da rede. Neste domínio, a metodologia TRIZ também pode indicar algumas linhas de orientação para os gestores das empresas e da própria rede, uma vez que permite gerar soluções para mudanças radicais ou baseadas na aplicação de descobertas científicas mais recentes e pouco experimentadas. A utilização da metodologia TRIZ poderá contribuir para uma maior agilidade e sustentabilidade dos processos de formação das redes colaborativas para satisfazer oportunidades de negócio. PUB

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Apple CarPlay poderá mudar a indústria automóvel O Apple CarPlay poderá ser totalmente disruptivo na indústria automóvel de uma maneira muito importante e diferentes construtores já deixaram de lutar contra a Apple e a Google para se juntarem a estes no desenvolvimento tecnológico. A General Motors, por exemplo, estará a fazer os possíveis para que o Apple CarPlay esteja disponível num modelo da GM já em 2016, de acordo com a Consumer Reports.

O Automóvel Android surgirá mais tarde. Recentemente passámos alguns dias com o CarPlay instalado num veículo (model year) GM 2016, e a GM cedeu um Corvette Stingray equipado com este sistema. O Stingray 2015 foi o carro do ano da Business Insider do Ano, e com um orçamento reduzido (para este tipo de veículo) é o que tem a melhor relação preço-performance do mercado.

As permissões em aplicativos móveis começam a suscitar preocupações de privacidade entre os consumidores Os consumidores estão cada vez mais cautelosos com a quantidade de dados a que autorizam o acesso nos aplicativos móveis, a pedido das aplicações. Sessenta por cento dos consumidores optaram por não fazer download de um aplicativo móvel e 43% desinstalaram um aplicativo previamente descarregado depois de descobrir a quantidade de informações pessoais que o aplicativo solicitou de acordo com um novo relatório da Pew Research. Os programadores alavancam alguns destes dados para criarem perfis mais holísticos,

para uma melhor adequação da segmentação de anúncios. A fim de recuperar o acesso e as informações do utilizador através de seus aplicativos móveis, os programadores devem enviar aos utilizadores “permissões” em que estes concordam na sua utilização. Algumas permissões solicitadas em alguns aplicativos são na sua maioria inofensivos e são necessários para a funcionalidade básica da aplicação, no entanto outros podem representar alguma preocupação no capítulo da privacidade dos consumidores.

Aplicativos estão a colocar uma enorme pressão sobre as redes móveis Nos últimos anos, ecrãs de smartphones de maiores dimensões e redes móveis mais rápidas levaram a um aumento no consumo de vídeo e de outros conteúdos. O tráfego de dados móveis continuará a aumentar nos próximos anos segundo estimativas da Cisco.

Curiosamente, um reduzido número de aplicativos representa a maior parte do consumo de dados móveis. De acordo com um recente relatório da empresa de equipamentos de banda larga Sandvine, o YouTube e o Facebook representam 36 por cento do tráfego móvel da América do Norte.


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Adolescentes norte-americanos adoram o Instagram Segundo o último relatório da Piper Jaffray sobre as preferências dos adolescentes americanos, o Instagram continua a crescer em popularidade entre os utilizadores de internet mais jovens. Na edição de Outono de 2015 desta pesquisa, 33 por cento dos adolescentes norte-americanos escolheram o Instagram como a sua primeira escolha, contra apenas 12 por cento em 2012. A ascensão do Instagram resulta à custa do Facebook e do

Twitter, que foram escolhidos por 14 e 20 por cento dos respondentes, respetivamente. O Instagram não é a única plataforma a desafiar o Facebook e o Twitter pelo carinho e atenção dos adolescentes; o snapchat também está em ascensão e a tentar eclipsar o Facebook em popularidade entre os adolescentes norte-americano pela primeira vez na mais recente edição da pesquisa bianual.

Assinaturas móveis superam a população mundial Instagram tornou-se uma meca para a geração mais jovem para compartilhar momentos da sua vida. Caminhadas pelas trilhas locais, mostrar uma refeição incrível ou apenas selfies com os amigos, o Instagram estabeleceu-se como o principal candidato para a

partilha de imagens da vida de cada um de nós, mas cada vez mais empresas estão a considerar este mix. Os perfis do Instagram das empresas estão a tornar-se cada vez mais prevalentes, especialmente nas indústrias alimentares e de entretenimento. Mostrar

grandes momentos de espetáculos ao vivo ou fotografias de comidas deliciosas é o tema perfeito para mostrar no Instagram. Infográfico de hoje vai para além das tradicionais opções importantes quanto à decisão de anunciar no Instagram. #payattention


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NOTÍCIAS | ARTIGOS

O Li-Fi acaba de ser testado no mundo real, e é 100 vezes mais rápido do que o Wi-Fi Desculpa Wi-fi, passámos alguns bons momentos juntos. Science Alert Espere ouvir muito mais sobre o Li-Fi - uma tecnologia sem fios que transmite dados em alta velocidade utilizando a comunicação da luz visível (VLC). Em testes já alcançou velocidades de 224 gigabits por segundo em laboratório através da utilização do Li-Fi no início deste ano e o potencial para esta tecnologia poderá alterar a forma como usamos a Internet. E agora os cientistas estão a sair dos laboratórios com esta nova tecnologia, com experiências em escritórios e em ambientes industriais em Tallinn, Estónia, relatando que podem conseguir a transmissão de dados na ordem de 1 GB por segundo - que é 100 vezes mais rápido do que a média atual de velocidades do Wi-Fi. O Li-Fi foi inventado por Harald Haas, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, em 2011, quando ele demonstrou pela primeira vez que, piscando a luz de um único LED, ele poderia transmitir muito mais dados do que uma torre de celular. Pense na possibilidade baseada nos testes em laboratório na velocidade alcan-

çada de 224 gigabits por segundo – que equivale a 18 filmes de 1,5 GB cada, a serem transferidos a cada segundo. A nova tecnologia utiliza VLC (Visible Light Communication), um meio que utiliza a luz visível entre 400 e 800 terahertz (THz). Funciona basicamente como uma forma incrivel-

mente avançada de código Morse – tal como a mudança de um maçarico ligado e desligado de acordo com um determinado padrão podem retransmitir uma mensagem secreta, ligando e desligando um LED a velocidades extremas pode ser usado para escrever e transmitir dados em código binário. Neste momento

já está preocupado sobre as implicações da cintilação num ambiente empresarial que certamente o deixaria louco, não se preocupe – nós estamos a falar de LEDs que podem ser ligados e desligados a velocidades impercetíveis a olho nu. Aceda aqui

Industrialização, inovação e inclusão Industrialização pode ser socialmente inclusiva? É maior a desigualdade de rendimento dentro e entre países como resultado inevitável do desenvolvimento industrial impulsionado pela tecnologia? Neste artigo, preparado como pano de fundo para o Relatório de Desenvolvimento Industrial UNIDO 2015, examinámos o papel da industrialização e da inovação no desenvolvimento socialmente inclusivo. Primeiro, definimos a inclusão social e descrevemos a relação entre inovação tecnológica, mudanças estruturais

e inclusão social. Em segundo lugar, vamos discutir a globalização e a inovação tecnológica e o seu impacto conjunto sobre a desigualdade de rendimento. Em terceiro lugar, exploramos as condições em que o desenvolvimento industrial impulsionado pela tecnologia pode ser compatível com o desenvolvimento socialmente inclusivo. Nas nossas conclusões, que enfatizam a importância da educação para que os trabalhadores possam utilizar a tecnologia e as políticas fiscais para reforçarem a resiliência das comu-

nidades em que a rápida mudança tecnológica provoca perturbações no mercado de trabalho. Por fim, argumentam que um “contrato social”

entre os governos, os seus cidadãos e empresas é fundamental para a industrialização inclusiva. Aceda aqui


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AGENDA DE EVENTOS

FEVEREIRO 2016

Empresas de ponta, difusão de tecnologia e políticas públicas Este “paper” analisa a diferença de produtividade crescente entre a fronteira global e outras empresas e levanta questões fundamentais sobre o porquê de tecnologias nem sempre estarem acessíveis a todas as empresas. Argumenta que as políticas estruturais, se

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2016 3rd International Conference on Innovation in Economics and Business - ICIEB Florença, Itália

forem bem concebidas, podem ajudar a difusão da produtividade, por ajustarem incentivos às empresas na adoção tecnológica e à promoção de um ambiente de mercado que consegue realocar recursos. Aceda ao relatório

A inovação empresarial e as alterações climáticas: por que é que os decisores políticos devem favorecer o dinamismo É mais urgente do que nunca para os decisores políticos garantirem condições de concorrência equitativas e proporcionar mais espaço para que novas empresas acedam e experimentem novas tecnologias e modelos de organização para promoverem o seu crescimento. Ao alterarem as orientações políticas a favor da inovação e do dinamismo empresarial, os líderes podem desencadear uma dinâmica empresarial futura de baixo carbono, da qual

precisamos urgentemente. Este artigo argumenta que as novas empresas inovadoras são necessárias para ajudar a intensificar a luta contra as alterações climáticas. Isso

significa que novas políticas devem encorajar o dinamismo das empresas, nomeadamente no setor da energia. As infra-estruturas de baixo carbono e de produtos podem bem estar a ter um desenvolvimento rápido, mas, como os relatórios da OCDE e da AIE indicam, são necessários novos avanços para alterar o equilíbrio entre as diferentes opções de combustíveis fósseis

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Investing in Medical Innovations – Congress & Fair Katowice, Polonia

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Stage-Gate Innovation Summit 2016 Cape Coral, EUA

MARÇO 2016

Aceda aqui

Greening steel: inovação para a mitigação das alterações climáticas Como um importante emissor de CO2, a indústria siderúrgica mundial está ser chamada a desempenhar um papel importante na mitigação das alterações climáticas. Reduzir significativamente as emissões requer o abandono dos métodos de produção atuais para novos métodos de produção. Embora as aplicações industriais de tecnologias já existentes possam contribuir significativamente para a

mitigação das alterações climáticas, no entanto são necessárias tecnologias inovadoras de longo prazo para se alcançar uma maior redução dos impactos. O “Greening steel” argumenta que é necessária uma melhor compreensão em como incentivar e induzir inovações, tanto incrementais e radicais, na produção de aço que podem ajudar a mitigar a mudança climática.

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GIKA: Global Innovation and Knowledge Academy Valencia, Espanha

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Se pretender divulgar um evento relacionado com Inovação e empreendedorismo Contacte-nos!


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FINANCIAR A INOVAÇÃO

INOVAÇÃO – tudo ao mesmo tempo?

Não terão as organizações receio de mudar tudo ao mesmo tempo? Esta é a reação natural das pessoas à mudança. Todos, ou quase todos, têm receios das suas implicações. Mas é um facto que os mercados são cada vez mais globais e é de crucial importância realizar mudanças fundamentais na capacidade das organizações para lhes responder. Ontem, hoje e amanhã, as empresas têm de ser fornecedoras de serviços e produtos de qualidade, diferentes e, se possível, a um preço razoável. E isso força os gestores a optar por tansformações mais ou menos radicais, em vez de mudanças lentas, em que a premissa antecipação é um fator crítico de sucesso. É preciso mudar rapidamente, porque num mundo que se torna mais pequeno são mais visíveis os efeitos da concorrência. Os clientes e fornecedores estão em perma-

nência num processo de autoavaliação comparando as suas organizações com as melhoras práticas do mercado, em que os consumidores são cada vez mais exigentes e informados, pelo que é necessário criar uma necessidade de mudança para que esta se possa realizar em que o que a está a forçar é a forma diferente como se olha para o negócio, pois que as necessidades

dos consumidores estão a mudar constantemente, o que se pode repercutir de forma “dramática na vida das empresas, em que são pouco os que querem o status quo, pretendendo, sim,ser os mais competitivos no mercado. Quando as empresas definem quais os seus objetivos, são forçadas a optar pela cadeia de fornecimento mais lógica para os seus negócios. Quando as empresas avaliam o ponto em que se encontram e comparam com aquele em que desejariam situar-se, certamente que descobrirão erros cometidos no passado que não pretendem voltar a repetir. Assim sendo, há que mudar, e a mudança passa também pelo caráter de inovação a introduzir e implementar.

FICHA TÉCNICA:

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Coordenador: Jorge Oliveira Teixeira Colaboraram neste número: Helena Navas, Jaime Quesado, Luís Archer Tradução: Sofia Guedes Paginação: Flávia Leitão | Vida Económica Contacto: jorgeteixeira@vidaeconomica.pt

Luís Archer – Consultor luismariaarcher@iol.pt


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