Newsletter imobiliario n8

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Imobiliário

Newsletter nº 8 | 2ª quinzena | novembro 2016

REIS CAMPOS, PRESIDENTE DA CPCI, EM ENTREVISTA

“Empresas que não conseguiram escoar imobiliário podem estar sujeitas a dupla tributação” Pags 8 e 9

Municípios passam a ter competência para definir IMI nos centros históricos classificados Pág. 3

Projeto do arquiteto Souto Moura

EastBanc transforma Palácio Faria em condomínio de luxo Pág. 4

Estudo da Prime Yield destaca preços praticados

Cerca de 70% do stock para habitação na Baixa do Porto está vendido Págs. 6 e 7


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Opinião

João Pessoa e Costa Presidente do Círculo Imobiliário Portugal

O valor da marca Portugal

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os últimos meses, temos assistido a declarações, mais ou menos eufóricas, sobre a posição de Portugal no mundo. Seja a pretexto da grande vitória no Euro, pela eleição (absolutamente merecida) de António Guterres para Secretário- Geral da ONU ou, mais recentemente, pelo sucesso na organização da Web Summit, a nossa atitude é de orgulho e quase a dizer…. somos os maiores. É perigoso. Pode crescer a ideia que está tudo bem, não vale a pena fazer mais nada e vamos cavalgar nesta boa onda positiva. Até aproveitar, para fazer mais surf na Nazaré ou na Ericeira com o McNamara. O Governo anuncia que o desemprego está a diminuir (os meses de Verão ajudaram), o turismo cresce em receitas, em dormidas e em passageiros, o imobiliário está a vender, o comércio integra os fatores positivos anteriores. Todos os dias, ganhamos prémios internacionais. O melhor

destino turístico, o melhor hotel, o melhor restaurante, o melhor cozinheiro. E acreditamos que assim é. Sobra a banca e a indústria, que dão problemas, não crescem e, pelo contrário, estão a despedir pessoas. Por isso, é necessária a reflexão. Acabo de ler um estudo sobre a reputação dos países, que me fez soar as campainhas do meu alarme interior de cidadão. Os países devem entender o que é a sua identidade e reputação. Os seus valores (liberdade política + ambiente + tolerância), a qualidade de vida, o seu potencial para negócios (boas infraestruturas + alta tecnologia + bom ambiente para as empresas). O “made in” é autenticidade, é sermos únicos, é o que fazemos e não pode ser feito em mais lado nenhum. É o património e a cultura. No Top 20 dos países com maior reputação no mundo, não vi o nome de Portugal. É o meu 1º choque. Lá estão, por esta ordem, Japão, a Suíça, a Alemanha e em

17º lugar a França em 20º lugar a Coreia do Sul. A minha perceção sobre estes dados é que, no caso do Japão, estamos a falar de excelência, de tecnologia, da cultura, da disciplina e do respeito. Lembrome logo da Nintendo, da Sony, da Toyota ou da Panasonic. E porque não do sushi de que tanto gosto? Da Suíça, podemos recordar de imediato, a Rollex, a Nestlé, a Swatch, a Toblerone ou a Tissot. São as chamadas Country Brands. De facto, tornam-se enormes vantagens competitivas. Nas 20 cidades mais influentes do mundo, temos Nova Iorque, Londres e Pequim nos 3 primeiros lugares. Em 17º lugar Roma e em 20º lugar Mumbai. Todos nós sabemos que nos relatórios das agências de investimento internacionais já não se fala de Portugal nem de Espanha, mas sim do Mercado Ibérico. Este é um tema de risco, mas também de oportunidade. Talvez o grande tabu da nossa geração. Com as grandes e

Consultório Jurídico Tramitação processual no Procedimento Especial de Despejo

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final, qual é a extensão do apoio judiciário no PED? Várias têm sido as publicações em que se discute a tramitação processual do PED – Procedimento Especial de Despejo, no qual se tem destacado o processo com fundamento na falta de pagamento de rendas. Entre outros fundamentos, existindo incumprimento por parte do arrendatário quanto ao pagamento de dois ou mais meses de renda, poderá o senhorio proceder à resolução do contrato de arrendamento, a qual, após efetivação, habilita aquele a avançar com o competente PED. No âmbito do PED, o arrendatário será notificado para, querendo, deduzir oposição ao despejo, e, caso o faça, terá de proceder ao pagamento de uma caução correspondente ao valor máximo de 6 rendas, sob pena de a mesma não ser considerada. Ora, a discussão inicia-se, quanto à obrigatoriedade que impende sob o arrendatário, de

ter ou não de pagar a dita da caução nos casos de benefício de apoio judiciário. Na verdade, junto dos nossos tribunais temse discutido a interpretação e extensão do que se encontra regulado, sendo que se têm dividido entre o entendimento, de que o arrendatário, ao gozar de apoio judiciário, está, a par da dispensa no pagamento de taxa de justiça, igualmente dispensado de prestar caução, e outros que vêm defendendo que tal dispensa no pagamento da taxa de justiça não poderá merecer uma interpretação extensiva ao ponto de dispensar o pagamento de caução. Os defensores do primeiro entendimento sustentam, essencialmente, que da conjugação do art. 15º-F do NRAU e nºs 3 e 4 do art. 1083º C.C. resulta excecionada (na parte final do preceito) a dispensa do pagamento nos casos de apoio judiciário, remetendo para portaria. Porém, da portaria (art. 10º da Portaria nº 9/2013

de 10.01) resulta apenas que esse pagamento deverá ser feito independentemente de ter sido concedido apoio judiciário ao arrendatário. Ainda assim, a interpretação feita por alguns tribunais é de que o texto ou letra do NRAU não comporta outro sentido senão o de que o legislador pretendeu isentar o arrendatário que goza do benefício do apoio judiciário da obrigação de demonstrar o pagamento de caução. Esta corrente defende que está em causa um conflito entre duas normas de direito infraconstitucional, mormente a violação de uma lei por um ato regulamentar, e por isso deverá prevalecer o que diz a primeira, em detrimento do referido em segunda, sob pena de violação da hierarquia das leis (artigo 112º da CRP). Por último, temos a corrente que vem sustentando que não existe dispensa do pagamento de caução, uma vez que a ressalva feita pelo NRAU é em relação à taxa de

recentes mudanças no mundo (Brexit + Trump + Putin + China), oxalá haja tempo para pensarmos para onde queremos ir. Este estudo já indica caminhos. O focus do futuro vai estar na China, nos Árabes Unidos, na Coreia do Sul, em Israel e no Qatar. E a Europa? Provavelmente, um museu ou um espetáculo onde nós todos seremos espetadores residentes. Neste mesmo estudo, são considerados temas dominantes para o futuro, os extremismos (EUA, França, Áustria), as migrações (154 milhões em 1990 e 232 milhões em 2013), o consumo consciencioso (grande discurso do Papa Francisco) e os setores da alimentação e energia. Volto a início. Não podemos adormecer e temos de estar muito atentos. Isto não está fácil. P. S. No próximo dia 21, em Madrid, o Circulo imobiliárioEspanha celebra os seus 25 anos. Parabéns ao seu presidente, Angel Moreno.

Ana Rita Rodrigues Associada, Imobiliário e Veículos de Investimento da PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados

justiça, pois o apoio judiciário abrange apenas o pagamento de custas e encargos referentes ao processo e não outras dívidas que em nada se relacionam com despesas processuais. Além do mais, acrescenta ainda que, caso existisse pretensão de dispensar tal pagamento, o NRAU teria de referir expressamente a caução no seu nº 5 do art. 15ºF, e tal não sucede, reportando-se apenas à taxa de justiça. Isto pressupõe, obviamente, que o pagamento da caução já teria sido feito. Pessoalmente, somos inclinados a subscrever a segunda interpretação que vem sendo feita, pois a responsabilidade perante o Estado (pagamento de taxas de justiça e mais despesas processuais) não se poderá fundir ou confundir com a responsabilidade perante o senhorio. Tanto assim é que, na pendência do PED, o arrendatário fica sempre obrigado à liquidação das “rendas que se forem vencendo”, mesmo em casos em que beneficia do apoio judiciário.

Ficha Técnica: Edição e coordenação: Elisabete Soares | Paginação: Célia César e Flávia Leitão | Periodicidade: Quinzenal


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Notícia

Municípios passam a ter competência para definir IMI nos centros históricos classificados

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processo de reconhecimento de isenção do pagamento do imposto municipal sobre imóveis (IMI) nos centros históricos classificados pela UNESCO vai ser transferido para os municípios a partir de 01 de janeiro de 2017. A decisão foi confirmada na segunda-feira, 14 de novembro, durante uma reunião realizada em Lisboa entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e os presidentes das câmaras municipais de Guimarães, Porto e Évora, na qual também participaram o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, e o secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel. Com esta decisão, será introduzida uma alteração à Lei das Finanças Locais, com a entrada em vigor do novo Orçamento de Estado. As câmaras municipais com centro histórico classificado vão criar um regulamento de âmbito municipal, passando a definir a isenção e estabelecer as exceções, num processo administrativo de identificação dos prédios, em estreita colaboração com a Autoridade Tributária. Além desta medida, que há anos vinha sendo reclamada pelos municípios com centros históricos classificados, o Governo comprometeu-se também com uma maior transparência fiscal para com os municípios, que passarão a conhecer melhor a coleta do IMI. Ainda sobre a isenção nos centros históricos, os municípios de Guimarães, Porto e Évora entendem que a forma como alguns serviços tributários têm vindo a interpretar a lei – em Évora desde 2009 e em Guimarães e no Porto desde 2011 – tem causado sérios prejuízos a munícipes e municípios e com grave compromisso do desígnio da reabilitação, muito exigente no perímetro dos centros históricos. Refira-se que a forma como a lei tem vindo a ser interpretada criou uma situação confusa e litigante quanto ao reconhecimen-

Os municípios de Guimarães, Porto e Évora entendem que a forma como alguns serviços tributários têm vindo a interpretar a lei tem causado sérios prejuízos aos munícipes

A eficácia ERA explica-se facilmente: os Agentes ERA de todo o país subdividem entre si a zona geográfica onde estão localizados, o que elimina a concorrência interna e permite um conhecimento aprofundado bairro a bairro. Ao escolher a rua onde quer viver, fale com “O” Agente dessa área, a máquina que vai encontrar a sua casa.

era.pt

to da isenção. Entendem ainda que a forma como os proprietários de imóveis existentes nos centros históricos classificados têm vindo a ser confrontados com a cobrança de IMI – quando, anteriormente, estavam isentos – representa uma quebra do princípio da proporcionalidade, tendo em conta as expetativas legitimamente criadas e as sérias restrições a que estão sujeitos aqueles prédios.


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Notícia Projeto do arquiteto Souto Moura

EastBanc transforma Palácio Faria em condomínio de luxo Elisabete Soares elisabetesoares@vidaeconomica.pt

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Eastbanc Portugal, subsidiária da EastBanc Inc., fundada por Anthony Lanier, com sede em Washington DC, apresentou recentemente o empreendimento Palácio Faria, um inovador projeto residencial de gama alta desenhado pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura. Localizado na Praça do Príncipe Real, nº 3, em Lisboa, o Palácio Faria encontra-se em avançado processo de construção, prevendo-se a entrega dos exclusivos seis apartamentos que o constituem no final de 2017.

Acrescenta que “no Palácio Faria cada apartamento é um espaço de conforto mas também de funcionalidade e conveniência, conceitos indispensáveis para quem vive ao ritmo da cidade e encontra na sua casa um refúgio de serenidade, mas, simultaneamente, um espaço de encontro e partilha entre amigos”. Pretendem ainda que cada apartamento possa espelhar o estilo de cada residente, tendo-se optado por uma base de tons neutros e formas ajustáveis, opções bem visíveis nos pavimentos em madeira originais em riga velha, nas bancadas em pedra de Lioz Amaciada, e nas louças e chão radiante nas instalações sanitárias, que deixam a cada residente todas as opções de decoração. Transformar o Príncipe Real

Embora seja conhecido como o americano, Anthony Lanier é, na verdade de origem austríaca, nascido no Brasil, apaixonado por Portugal e sobretudo por Lisboa.

“Exotic Taste. Extraordinary Space.”, foi a assinatura escolhida para o Palácio Faria, transmitindo assim o seu posicionamento: um condomínio de habitação de luxo com apenas seis apartamentos, cinco no palácio (um por piso) e uma casa com jardim, em que uma das principais características é a amplitude do espaço, já que os apartamentos têm entre 220 e 390 m2 de área bruta privativa e pés-direitos generosos (nas áreas sociais sempre acima de 3,30 m de altura). “Os apartamentos conjugam, de forma harmoniosa, história e conforto, sofisticação e intemporalidade. A seleção de materiais reflete a excelência da construção e dos acabamentos, tendo sido feita criteriosamente para proporcionar todo o bem-estar e qualidade de vida, preservando e restaurando grande parte dos materiais originais do palácio”, destaca o promotor.

O Palácio Faria é o primeiro projeto de um conjunto de edifícios que a EastBanc vai transformar em apartamentos ou escritórios de luxo, com a participação de arquitetos de renome, e que visam ajudar à revitalização dos locais históricos de Lisboa onde se inserem. A principal área de revitalização da EastBanc ainda está concentrada no coração do Príncipe Real mas, a breve prazo, estender-se-á à Avenida da Liberdade e Praça da Alegria. Embora seja conhecido como o americano, Anthony Lanier é, na verdade, de origem austríaca, nascido no Brasil, apaixonado por Portugal e sobretudo por Lisboa. Desde jovem que visitava Portugal e acabou por casar com uma portuguesa. O facto de sentir também como seu este país foi uma

Ficha do Palácio Faria Arquiteto: Eduardo Souto de Moura Área bruta de construção: 3.526 m2 Apartamentos: 6 Apartamentos em palácio histórico (T3 a T5+1) Fogos: Com áreas entre 220 e 390 m2 de área bruta privativa Acessos: Entrada principal pelo Jardim do Príncipe Real Vistas: Privilegiada sobre Lisboa, rio Tejo e Jardim do Príncipe Real Estacionamento: 14 Lugares Terraços: Varandas, terraços ou jardins em todos os apartamentos Apoio: Banco Santander Totta

O Palácio Faria é um condomínio de habitação de luxo com apenas seis apartamentos, cinco no palácio (um por piso) e uma casa com jardim.

das razões de em 2005 decidir investir em imobiliário português e trazer um conceito inovador para a capital. A Eastbanc é uma empresa de desenvolvimento e gestão imobiliária, especializada na aquisição, remodelação e gestão de ativos imobiliários residenciais e comerciais, em particular na área da revitalização urbana. Especializou-se no crescimento do valor a longo prazo de ativos comerciais e residenciais, através da transformação de edifícios históricos em propriedades exclusivas, com conceitos inovadores, de arquitetura moderna, respeitando sempre a sua estrutura e caracte-

rísticas originais, assim como o caráter do bairro em que se inserem. Em Portugal, a EastBanc elegeu o Príncipe Real com principal área de atuação. O renascimento do “lifestyle” e comércio de rua neste bairro é o precursor de um projeto residencial de reabilitação inovador, desenhado pelo arquiteto vencedor de um Prémio Pritzker, Eduardo Souto de Moura. Até à data foram adquiridos cerca de 20 edifícios, totalizando um investimento que ronda os 50 milhões. A Eastbanc gere (e é coproprietário em 50%) 49% da área bruta locável na zona mais dinâmica do Príncipe Real (da Rua da Rosa à entrada do Jardim Botânico).



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Notícias

Notícias

Procura supera oferta no mercado residencial de Gaia

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e acordo com um estudo desenvolvido pela Predibisa, sobre o mercado residencial de Vila Nova de Gaia, o maior município do Grande Porto, incidindo na zona com mais procura, Canidelo, a falta de construção nova face à procura existente (com exceção da primeira linha de mar), refletida na escassez de oferta de produto novo no mercado imobiliário, é uma das ilações do estudo. Canidelo, a área com maior procura no mercado residencial em Gaia, conta com uma população de 27.769 habitantes, registando uma média de três pessoas por família. De referir que, para o mesmo indicador, o concelho de Vila Nova de Gaia ocupa a 3ª posição a nível nacional. Com base no estudo, a oferta imobiliária da zona de Canidelo representa cerca de 10,1% do mercado de Gaia. Por outro lado, a oferta residencial reflete 82,19% da oferta imobiliária total de Canidelo, sendo que 95,47% se destinam à venda de habitação e 4,53% se encontram afetos a arrendamento. O estudo, que acabou por incidir, essencialmente, no levantamento de valores relativos a apartamentos usados, constatou que, por exemplo, o valor médio pedido por um apartamento T4, na zona de Canidelo, pode variar entre 150.000 G e 630.000 G, aproximadamente. Fatores como uma localização consolidada ao nível de habitação, serviços e comércio, a proximidade às praias, assim como a existência de valências tais como escolas, farmácias, centro de saúde, correios, centro comercial, entre ou-

tros, tornam o local bastante apetecível para quem pretende usufruir de uma ótima qualidade de vida. Esta zona beneficia também de boas acessibilidades rodoviárias, nomeadamente a proximidade à autoestrada A1, bem como acesso direto à cidade do Porto através de transportes públicos. Ao nível da procura, o público-alvo é geralmente a classe média e a média/alta, que investe para habitação própria ou para uma segunda habitação, recorrendo habitualmente ao financiamento bancário, com a compra do imóvel a não ter como fim o investimento. Outro aspeto é a opção por esta zona ser feita por pessoas que trabalham no Porto e que escolhem a zona de Canidelo para uma segunda habitação (casa de praia na primeira ou segunda linha de mar). No ato da compra, são valorizados aspetos como bons acabamentos, design, existência de varandas ou terraços, de garagem, orientação solar e vistas de rio ou mar. Porém, muitos negócios acabam por não se concretizar, com o estudo a notar que as últimas construções terminaram há cerca de 6 anos, embora ainda existam algumas (poucas) frações para venda. Para Rita Costa Seixas, arquiteta responsável da Predibisa pelo estudo, “nesta zona de Gaia, qualquer projeto residencial que venha a ser desenvolvido será sinónimo de sucesso, não só pelas valências da localização, mas em particular pela grande procura existente, que não se reflete na oferta, que é escassa”.

Estudo da Prime Yield destaca preços praticado s

Cerca de 70% do stock para habitação na Baixa do Porto está vendido Cerca de 70% da oferta disponível destinada a habitação na baixa do Porto encontra-se vendida, sendo os portugueses os principais clientes. A oferta analisada está, na sua maioria, construída ou já em construção, e é dirigida sobretudo ao segmento médio-alto e alto. Elisabete Soares elisabetesoares@vidaeconomica.pt

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e acordo com o estudo “Reabilitação Urbana para uso residencial no Porto”, realizado pela Prime Yield, em parceria com a Predibisa e as sociedades de advogados SRS e ALC, os Aliados são a zona do Porto onde se localizam atualmente os produtos de habitação reabilitada mais caros da cidade. Atingindo 2981 euros/m2, o asking price médio desta zona está entre 11% e 55% acima dos valores médios de oferta apresentados noutras zonas da cidade para o mesmo tipo de produto. Já em termos de dinamismo da oferta, é o Centro Histórico que lidera, concentrando 48% dos apartamentos integrados em projetos de reabilitação urbana construídos ou em desenvolvimento na Invicta e mais que duplicando o volume contabilizado nos Aliados (21% da oferta). O estudo, apresentado recentemente, incide sobre uma amostra de 312 apartamentos integrados em projetos de reabilitação urbana distribuídos por quatro zonas da cidade do Porto, nomeadamente Aliados, Centro Histórico, Cedofeita e Bonfim. De acordo como estudo, o valor médio de oferta observado na zona

dos Aliados apresenta um prémio de 11% face ao Centro Histórico, a segunda zona mais cara e onde o “asking price” para habitação reabilitada é, em média, de 2689 euros/ m2. Este “gap” aumenta para 31% na comparação com a Cedofeita, zona que concentra 9% da oferta habitacional reabilitada no Porto e onde o valor médio de oferta é de 2272 euros/m2. Já face à zona do Bonfim, que é mais barata da cidade para a aquisição deste tipo de produtos, o diferencial face à zona mais cara atinge os 55%, ainda que o volume de apartamentos em oferta es-

O estudo incide sobre uma amostra de 312 apartamentos integrados em projetos de reabilitação urbana distribuídos por quatro zonas da cidade do Porto, nomeadamente Aliados, Centro Histórico, Cedofeita e Bonfim teja nivelado (21% do total) com o registado nos Aliados. À exceção do Bonfim, as restantes três zonas analisadas pelo estudo integram um eixo preferencial para o desenvolvimento de projetos habitacionais de reabilitação, os quais

concentram entre 35% e 72% dos apartamentos localizados na respetiva zona e onde, em geral, os valores médios de oferta estão também acima. Os Aliados são a zona onde esta tendência é mais evidente, com a avenida dos Aliados a concentrar

primeira loja Von Poll Real Estate em Portugal, sede do master franchise da imobiliária alemã, foi inaugurada recentemente no Porto. A mediadora tem a exclusiva de comercialização do empreendimento Douro Atlantic Garden, localizado nos terrenos da antiga Seca do Bacalhau, na foz do Rio Douro, em Vila Nova de Gaia. No final de agosto, a imobiliária portuense Atlantic Homes Portugal assinou o contrato de master franchise com a Von Poll, após ter sido convidada para liderar este processo de crescimento, pelo seu notável percurso e exímia qualidade dos seus serviços. A loja está localizada na Rua de Sobreiras, na zona da Foz. De acordo com Alex Himmel, CEO da Von Poll Portugal, a aposta pas-

sa pela comercialização de imóveis em exclusivo, prestando um serviço de qualidade. A primeira aposta é o empreendimento Douro Atlantic Garden que fica localizado junto à Reserva Natural do Cabedelo e oferece soluções residenciais, espaços comerciais e amplos espaços verdes. Ocupando uma área de cerca de 16 hectares, predominantemente residencial, está prevista a construção de apartamentos, moradias unifamiliares e geminadas, ficando a restante área reservada a zonas de lazer, mercado tradicional e comércio de proximidade. Para venda, estão disponíveis lotes para construção, entre 381m2 e 708 m2, e moradias chave na mão. Trata-se de 49 lotes, sendo que 30 destinam-se a moradias e 19 lo-

tes para edifícios de apartamentos e serviços, com cinco andares, sendo que um deles está destinado a uma clinica ou para hotel. Os projetos das moradias são da autoria dos arquitetos Frederico Valsassina e Elói Castro. Os valores dos lotes para construção das moradias começam nos 218.000 euros. Segundo Alex Himmel, neste momento quatro lotes individuais estão já vendidos.

Um serviço de qualidade Com a chegada da Von Poll, a loja portuense irá também aumentar a sua equipa, estando atualmente aberto o processo de recrutamento de profissionais imobiliários para o Grande Porto. “Em Portugal, será

tornável deste movimento e, nos últimos quatro anos, foi alvo de uma especial dinamização da reabilitação para habitação, apresentando hoje uma vasta área intervencionada e sendo um destino preferencial para o investimento nesta área, até pelo seu apelo turístico. Paralelamente, é evidente uma tendência para alargar o espetro das zonas de investimento para este tipo de projetos na cidade, onde os Aliados se destacam, especialmente no segmento prime”. Para João Nuno Magalhães, diretor-geral da Predibisa, “num ano que tem sido forte para a Reabilitação Urbana no Porto, com o aumento da procura, têm ocorrido novos investimentos imobiliários de reabilitação, orientados para a fixação permanente de famílias na Baixa do Porto. Este novo paradigma habitacional é importante e só é possível com uma oferta de excelência, em zonas que se pautam por uma grande centralidade e riqueza histórica. Vários são os projetos que têm surgido numa lógica similar à que já ocorreu na Avenida da Liberdade, em Lisboa, com a zona “prime” da Invicta, a que delimita a área situada entre os Clérigos e os Aliados, a ser cada vez mais aposta para o investimento nacional e estrangeiro. Hoje, mais do que nunca, a realização deste tipo de estudo é fundamental, quer para quem compra quer para quem vende neste segmento, sendo que o estudo permite concluir que os valores de produtos de habitação reabilitada são substancialmente diferentes dos apresentados em 2015 e mais ainda quando comparados com os do ano anterior”, acrescenta.

A plataforma inovadora Living Porto

Von Poll vende empreendimento Douro Atlantic Garden

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35% da oferta e a apresentar uma valorização de mais de 60% (4.892 euros/m2) face à média da zona. No caso do Centro Histórico, destaca-se o eixo-Mouzinho-Flores, no qual se localiza mais cerca de 70% da oferta e onde o valor médio supera em cerca de 10% (2959 euros/m2) o “asking price” médio da zona. A rua da Cedofeita é o eixo preferencial na zona à qual dá nome, com 72% da oferta, embora, neste caso, o valor médio esteja nivelado (a diferença é de -1%, para 2235 euros/m2) com a média da zona. Em termos de caracterização da oferta, o estudo revela que as tipologias T0, T1 e T2 são as predominantes nos projetos de reabilitação habitacional na cidade, embora denote que quer na zona mais cara quer na zona mais dinâmica – respetivamente Aliados e Centro Histórico – começa já a haver projetos a apostar nas tipologias de maior dimensão (incluindo T4), o que pode evidenciar a emergência de uma maior procura de habitação para uso próprio. O documento reflete ainda sobre o enquadramento legal relevante para a reabilitação urbana, apresentando uma análise de medidas jurídicas nas áreas de fiscalidade, promoção, ocupação e captação de investimento com impacto nesta área de atividade. Na opinião de José Velez, diretor executivo da Prime Yield, “a reabilitação é, atualmente, sem qualquer dúvida, o principal motor para o mercado imobiliário no Porto, com a habitação a concentrar boa parte das intenções de investimento. O Centro Histórico é um dínamo incon-

A mediadora tem a exclusividade da comercialização do Douro Atlantic Garden, localizado nos terrenos da antiga Seca do Bacalhau, na foz do Rio Douro, em Vila Nova de Gaia mantida a tradição de qualidade no serviço e desempenho da empresa, tanto para os clientes como para os colaboradores. Nos próximos tempos, para além do crescimento da loja no Porto, a Von Poll Portugal pretende abrir lojas nas melhores localizações, a nível nacional”, destaca o responsável. O objetivo é alargar também a carteira de imóveis em comercialização, “procurando imóveis nas

Uma das valências da Atlantic Homes que passará agora para a Von Poll Porto é a inovadora plataforma dedicada à cidade: Living Porto – um guia bairro a bairro da cidade do Porto. Nesta plataforma online, disponível em português, inglês, francês e, futuramente, alemão, a cidade foi dividida em 28 bairros, de acordo com a sua história, características e valências. Aqui, encontra uma descrição dessa mesma história e atributos de cada bairro, apoiada num processo de investigação e consulta de diversas fontes, de forma a melhor caracterizar o ambiente e raízes do mesmo. Há também um levantamento de todas as escolas existentes em cada bairro, uma vez que esta é uma das principais motivações das famílias na escolha da localização da sua habitação. melhores localizações, tanto no litoral como em zonas interiores do país”, destaca Alex Himmel. Contudo, a aposta será sempre em imó-

veis de qualidade, tendo em conta que os clientes da Von Poll são de uma gama média e alta que privilegia este aspeto.

| Imobi


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Entrevista Reis Campos, presidente da CPCI, em entrevista:

“Empresas que não conseguiram escoar podem estar sujeitas a dupla tributação” Manuel Reis Campos considera que o imposto previsto no OE sobre património é um ataque ao imobiliário. Isto porque vai penalizar as empresas, designadamente as pequenas e médias sociedades, que têm ativos, ou seja, bens imóveis que, à semelhança de qualquer mercadoria ou stock, fazem parte dos respetivos balanços. Elisabete Soares elisabetesoares@vidaeconomica.pt

Qual é a sua opinião sobre o anteprojeto de decreto-lei do Código dos Contratos Públicos? Numa altura em que se considera que é importante para o país que aumente o investimento, consideramos que o que deve existir é um quadro legislativo eficaz, atual e adequada ao setor. Há dois tipos de legislação que regulam o setor. Um é a Lei dos Alvarás e outro é os Código dos Contratos Públicos (CCP), este último que está em revisão. As alterações na lei dos alvarás, em 2015, vieram desregular o mercado. Abriu um certo caminho à concorrência desleal, ao trabalho clandestino e à sinistralidade laboral. Pretendia-se que não houvesse a discrepância que existe em termos de exigência dos alvarás para as obras públicas e particulares. Neste momento, os alvarás de obras públicas têm um grau de exigências muito grande e de obras particulares não.

cimento das empresas, aumenta a litigiosidade entre as entidades, fomenta a falta de transparência. Nós já dissemos ao governo que esta lei é mais para os advogados que para as empresas. Ou seja, se nós tivermos em conta a diretiva, ela diz: é preciso aumentar a transparência, prevenir a corrupção e os

Em relação às alterações em estudo para o CCP, quais são os aspetos mais polémicos? Agora temos outra situação. Em 2008 o Código dos Contratos Públicos entrou em vigor - na altura transpunha a diretiva comunitária. O que prevíamos na altura é que não era uma lei boa para o setor. Agora temos a certeza que não é uma lei adequada. Ela tinha como linha essencial a simplificação, a responsabilização e a transparência. Coisa que, neste momento, não se verifica. Este é outro exemplo da desadequação da lei ao mercado. E vasta pensar que na altura o setor não tinha decrescido – agora temos 43% a menos de atividade do setor.

conflitos de interesses. E eu digo: esta proposta de lei, como está, não previne a corrupção, não aumenta a transparência e não previne os conflitos de interesses. Este código continua a ser um labirinto jurídico, de difícil apreensão, que complica em vez de simplificar. Esta proposta do CCP não serve.

A revisão vai no sentido de tornar adequada ao atual momento que atravessa o setor? O que nós vemos no anteprojeto de lei é que ele ignora a realidade dos verdadeiros destinatários, contribui para a algum enfraque-

Quais são os aspetos mais deveriam ser corrigidos? Há três aspetos que nós gostaríamos de ver corrigidos. Um deles, que é o mais grave, é o problema do regime de identificação dos preços anormalmente baixos. O

preço que deve ter um significado e ser um aspeto importante – não é o único -, como está determina a neutralização do preço, o que provoca a falta de transparência. Está em causa a necessidade de um regime de prevenção da prática de preços anormalmente baixos eficaz, que permita assegurar uma

“Nós já fizemos diligências junto do governo e deu-nos razão. E eu espero que este aspeto seja mudado. O que esta empresa vai fazer é aumentar os seus custos, porque se tiver de pagar mais IMI, alguém vai ter de o pagar” concorrência saudável e elimine as disfunções que se tem verificado neste âmbito. O segundo ponto é o regime da liberação das garantias. Defendemos a uniformização do valor e do regime de liberalização das cauções prestadas, permitindo que os contratos a executar em Portugal Continental beneficiem do regime atualmente em vigor nas Regiões Autónomas. Outro ponto que acham grave é o aspeto dos erros e omissões? Não consideramos correcto que o dono e obra responsabilize o empreiteiro por qualquer erro que

haja, quer no projeto ou onde seja. O dono de obra é o responsável sempre. Entregou ao projetista e se ele faz alguma coisa que não foi muito correta, então que detectem o erro e que se responsabilizem. Porque é que o Estado se desresponsabiliza destas coisas? Claro que depois temos um conjunto de outros aspetos, como é a formula de cálculo do preço base. Hoje quais são as grandes preocupações das empresas? Hoje, curiosamente, o que preocupa as empresas já não é a falta de obras, mas especialmente a concorrência desleal, que aparece em primeiro lugar. As empresas que ficaram – perdemos 39 mil, ficamos mais ou mesmo com metade e descemos 43% da produção – tem algumas obras, sobretudo de reabilitação privada. Há estruturalmente um mudança em relação ao peso dos segmentos de mercado. Há uma nova dinâmica com a reabilitação, mas eu ando há 15 anos a falar nisto e ainda temos um mercado potencial de 38 mil milhões de euros para reabilitar. Continuamos a ter 460 mil fogos a necessitar de obras. Mas está a mexer. É verdade que está. Nos centros históricos especialmente, mas vai alargar para uma zona mais abrangente. Nas principais cidades é verdade, mas irá para as outras. A reabilitação está na ordem do dia.


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Opinião Memória curta da política

imobiliário Que espera dos programas de apoio, como a Casa Eficiente? Acreditamos que este programa vai ser mais abrangente, porque vai incluir os proprietários em geral. Porque os outros programas têm sido mais para os organismos públicos, para a Santa Casa da Misericórdia. Em França começou com 400 milhões e já vai em mil milhões, já está lançado. Nós vamos começar com 200 milhões. O aumento da tributação pode vir a ser um travão na recuperação do imobiliário e na reabilitação urbana? Sim, agora temos a questão do IMI. Estou a falar acerca de um orçamento de Estado que para nós era importante que tivesse três aspetos. Um deles, o investimento público que não tem. O anunciado PET ( Plano Estratégico de Transportes que tinha previsto, até 2020, seis mil milhões de euros de investimento. Tínhamos 53 obras previstas, rodoviárias, mas essencialmente ferroviárias, aeroportuárias e portuárias. E, neste momento, só temos 13, sendo que um delas era a obra de conclusão do Túnel do Marão. Temos 900 milhões de euros aplicados e falta-nos cinco mil milhões que estão por fazer. A única coisa que está lá prevista é a Casa Eficiente. Mas depois há um ataque ao imobiliário. Porquê? Temos o IMI (Imposto Municipal de Imóveis), e honra seja feita às autarquias, nós fizemos muito barulho para baixarem e as câmaras foram baixando. Lisboa é 0,3%, no Porto já foi aprovado e será 0,32%, Braga era 0,4%, mas vai baixar também. Temos este IMI que é para as autarquias e depois temos o outro IMI que é para o Estado. Eles não chamam IMI, mas eu chamo … O imposto previsto no OE sobre património acima de 600 mil euros? No caso do alojamento local estamos a falar atualmente de 34 600 unidades, contra 700 90 mil dos arrendamentos habitacionais. Ou seja, isto representa 4,3%. Se houver um momento em que represente 7, 9 a 10%. Aí calma lá. Nos defendemos que o arrendamento local seja residual, e agora é. E só há alojamento local porque não oferta hoteleira suficiente para o aumento do turismo que existe nas cidades.

Quais são as situações mais preocupantes? Um dos artigos diz que se o proprietário detentor destes bens totalizar os 600 mil euros fica isento do segundo IMI. Mas se estes bens forem de uma sociedade não deduz os 600 mil euros, se esta sociedade for de compra e venda de imóveis. Esta é uma solução ainda mais grave. Será que as lojas, os armazéns, os edifícios para indústria, os edifícios de habitação corrente detidos pelas empresas que se dedicam à compra e venda de imóveis, são imobiliário de luxo? Mas, o que é verdade é que estas empresas estão impedidas de deduzir 600 mil euros ao valor do seu património, ao contrário do que acontece com os proprietários de habitações de valor tributário superior a 600 mil euros, que o podem deduzir. Penalizam-se empresas, designadamente as pequenas e médias sociedades, que têm ativos, ou seja, bens imóveis que, à semelhança de qualquer mercadoria ou stock, fazem parte dos respetivos balanços. Está em causa a duplicação de uma tributação que, na sua essência, já é injusta, uma vez que incide sobre um património que, na maioria dos casos, aquelas empresas não conseguiram escoar. O governo está sensível a esta situação? Nós já fizemos diligências junto do governo e deu-nos razão. E eu espero que este aspeto seja mudado. O que esta empresa vai fazer é aumentar os seus custos, porque se tiver de pagar mais IMI, alguém vai ter de pagar. Se eu tenho uma casa, em vez de custar tanto, vai custar um pouco mais, se tenho um arrendamento, vou ter de aumentar a renda um pouco mais. E esta situação não vai ter consequências só nos centros das cidades de Lisboa e Porto, onde há turismo. E no Bonfim (Porto), há turistas? E na Guarda, onde o stock de lojas que não se conseguem vender vai pagar 0,5% – que lá o IMI é mais caro – e mais 0,3%. Vão pagar 0,8%, por uma loja que não conseguem vender. Eu reconheço que nos centros das cidades de Lisboa e Porto se criou alguma especulação, mas é quase só na faixa central da Avenida da Liberdade (no caso da capital) e no corredor desde o edifício da câmara até à Ribeira, no caso da Invicta. E isto está mal, porque está a castigar o pequeno investidor.

É

relativamente consensual que, hoje, as nossas principais cidades têm uma aparência mais cuidada, moderna e apelativa. No entanto, os benefícios proporcionados pela reabilitação urbana são mais do que meramente estéticos. Ressalvando o referido consenso, existem focos de críticas sobre a sua forma e origem, bem como pressões orçamentais e políticas que, atualmente, parecem esquecer ou minimizar as mais-valias transversais que a reabilitação urbana já gerou. A memória é curta, especialmente na política. Segundo o Lisbon Residential Brick Index, nos primeiros seis meses do ano, foram remodelados ou concluídos 27 edifícios de habitação na cidade, sendo que, cerca de 40% destes projetos de reabilitação urbana, estão localizados no centro histórico, nomeadamente, na zona do Chiado, Bairro Alto e São Paulo e Cais do Sodré. Com a exceção do Chiado, todas as outras zonas referidas estavam degradadas, abandonadas e eram focos de graves problemas sociais. Essa realidade, aparentemente já esquecida, não aconteceu há assim tanto tempo; basta recordar como estavam estes bairros há cerca de três anos e da diferença radical operada em tão curto espaço de tempo, apesar da crise económica e financeira que continua a abalar este país e nos coloca no centro das atenções mundiais pelos motivos errados. Com efeito, apesar da “maldita” crise, assistimos uma grande dinâmica nas principais cidades do país, capaz de fazer algo que nem em época de “vacas gordas” foi feito (com exceção da Expo 98): criar novos espaços dentro das nossas cidades, aproveitando as suas mais-valias naturais e culturais e colocar a ênfase do investimento imobiliário em projetos de recuperação do património edificado, em detrimento de novos projetos de construção, na sua maioria desnecessários e que desprezam toda a “matéria-prima” existente (com muito mais valor arquitetónico, histórico e cultural). Ou seja, há o efeito de embelezamento e de manutenção dos centros urbanos e, simultaneamente, criação de emprego, nomeadamente, ao nível dos ateliers de arquitetura e das empresas de construção, sectores que mais impacto têm na criação de empregos indiretos,

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Luís Corrêa de Barros Administrador da Habitat Invest

terminando com a revitalização do negócio da promoção e mediação imobiliária. É notório que as cidades se estão a expandir e a ganhar novos apelos. Antes do atual movimento de reabilitação urbana, a cidade de Lisboa, por exemplo, estava de costas voltadas para o rio Tejo. A situação tem se vindo a alterar. O Cais do Sodré é um bom exemplo deste fenómeno. Antes, uma zona esquecida e dita “mal frequentada”. Agora, um bairro com um apelo inegável. Há quem se queira focar no ruído dos bares, mas esquecem que, até há bem pouco tempo, aquela era uma zona quase proibida, sendo que, hoje, a podemos considerar uma extensão da Baixa e do Chiado. Naturalmente, além de investimento, começou a surgir uma nova dinâmica económica, com recentes espaços comerciais. Para além dos bares, temos restaurantes, lojas de roupa, rooftops, galerias de arte e condomínios residenciais que têm atraído investidores de todo o mundo. Este é, também, um efeito indireto na economia nacional provocado pela reabilitação urbana. Não há dúvidas sobre o reconhecimento público da importância da reabilitação urbana per se. Reflexo desta orientação é o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, um “instrumento de políticas públicas” de habitação e de reabilitação. Neste caso, o Estado irá intervir para apoiar a reabilitação das nossas cidades, o que em princípio é sempre uma boa ideia, independentemente de se poder discutir a forma (de financiamento, por exemplo, ou as regras de participação para investidores). No entanto, pode discutir-se o timing, pois esta medida surge um ano depois de ser anunciada e vários anos depois do movimento de reabilitação urbana ter começado. É inegável que, hoje, Lisboa e Porto, duas cidades que antes estavam muito degradadas, principalmente, devido à falta de investimento (ou, leia-se, interesse de investidores), são das mais vibrantes e apetecíveis da Europa. Já não se trata do “decadente chique”, mas sim de cidades modernas que capitalizam as suas mais-valias naturais. Foram os privados que trouxeram esta dinâmica. A política parece que, por vezes, esquece ou sofre de memória curta.


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Notícia Rede detém quota de 25% do mercado mediado

ERA Portugal é a filial mais rentável da Europa e uma referência na rede

O

bom momento que está a atravessar o mercado imobiliário nacional permitiu, também, que a ERA Portugal seja “a filial mais rentável na Europa e das mais rentáveis do mundo”, refere Miguel Poisson, diretor-geral. Isto porque os agentes das lojas ERA Portugal são os que apresentam um volume de negócios superior, per capita, em comparação com as restantes filiais europeias. Por isso, acrescenta, “somos a filial de referência na Europa e no mundo”. Este facto leva a que, regularmente, os responsáveis da ERA Portugal sejam convocados para reuniões e convidados para diversos eventos para explicar as características do modelo de negócio implantado no nosso mercado. É o caso de França, onde as lojas implantaram o sistema tecnológico da ERA Portugal. Também na área de serviços foi implantado o modelo de financiamento e de certificação utilizado pela rede no nosso país. Contudo, este percurso iniciou-se há 18 anos, com períodos de grande crescimento, mas marcado também pela evolução do mercado nacional que permitiu consolidar a sua posição e atingir a notoriedade que granjeia atualmente. Desde 1998, data de entrada da ERA no mercado nacional, a trajetória foi de crescimento permanente até 2010, altura em que o mercado nacional sofreu uma fase de arrefecimento. Depois destes anos o mercado nacional passou a contar com uma nova realidade. Nessa altura houve uma quebra do financiamento bancário, as famílias deixaram de ter condições para comprar casa e

Os pilares do sucesso Na opinião de Miguel Poisson o sucesso da ERA deve-se a um conjunto de aspetos que funcionam como pilares da organização. Em primeiro lugar, o modelo de funcionamento genérico que a ERA adaptou à realidade nacional. “Temos uma equipa de consultores de operações que acompanham as lojas na abertura e durante todo o período de contrato com o franchisado”, explica. Acrescenta, “funcionam quase como sócios, sem participar no capital. São parceiros de negócio”. Em segundo lugar, a aposta num sistema tecnológico inova-

esta estagnação levou a uma queda abrupta na venda de casas, reduzindo drasticamente os negócios das empresas que atuavam no mercado. A ERA não foi exceção e sofreu um decréscimo na faturação. Contudo, destaca Miguel Poisson, “os anos de 2010 e 2011 foram aproveitados pelo master franchising da ERA para concretizar um conjunto de investimentos e levar a cabo uma reestruturação na rede, que passou pela seleção bastante mais fina dos franchisados e por uma aposta na sua formação”. Este fato permitiu que, em 2013 - altura o país passou a ser um destino preferido dos investidores estrangeiros - a ERA estivesse preparada para responder a este novo desafio, iniciando uma nova fase de crescimento dos negócios.

“A maior confiança na economia que permite que os pequenos e médios investidores e as famílias invistam mais no imobiliário, conseguindo rentabilidades de 4 a 8%” Aumento das vendas Um crescimento continuado que se iniciou em 2013, em que apresentou um aumento de 21%, 2014 subiu para os 29%, 2015 para os 37%, e nos primeiros nove meses de 2016 esteja nos 30%. Para Miguel Poisson, este crescimento deve-se a alguns fatores. Por um lado, a entrada massiva de estrageiros atraídos pelos novos instrumentos criados pelo go-

dor (sistema CRM), uma ferramenta importante no relacionamento com o cliente. Em terceiro lugar, a forte aposta no marketing, que é conseguida pela criação de uma imagem moderna, dinâmica, que permitiu dar mais notoriedade à marca. Em quarto lugar, a importância da formação, como um fator absolutamente crítico para o sucesso e onde a rede tem uma

verno, o caso dos Golden Visa e, especialmente, pelo regime fiscal para residentes não habituais, que permitiu que cativar os franceses, que agora ultrapassam em número os ingleses. Por outro, o facto de se terem criados as condições para que as instituições financeiras facilitassem a concessão de crédito e, assim, se verificasse um aumento de 74%, em 2015, em comparação com 2014 e, nos primeiros nove meses

aposta muito grande. Em quinto lugar, a forte aposta nos recursos humanos, passando por uma seleção muito rigorosa, mas criando condições de integração de franquiados com formações e experiências diferentes, mas que mostram grandes qualidade a nível de confiança e de liderança. Por último, a ERA distingue-se por ser uma rede com uma organização muito bem definida, que permite uma eficiência de resultados muito grande.

deste ano, crescesse 51%, em comparação com o ano passado. Simultaneamente, a maior confiança na economia permite que os pequenos e médios investidores e as famílias invistam mais no imobiliário, conseguindo rentabilidades de 4 a 8%, e, por vezes, superiores a dois dígitos, especialmente em alguns negócios relacionados com o alojamento local. Quota de 25% Neste momento a ERA detém uma quota de 25% do mercado mediado em Portugal, que se estima esteja nos 60% dos imóveis vendidos anualmente. Um fator muito positivo, na medida que se constata que cada vez mais pessoas recorrem à mediação e que o mercado se torna cada vez mais profissional. Miguel Poisson destaca o facto de se verificar que, neste momento, a grande maioria dos mediadores tem uma formação superior, o que permite aumentar a qualidade neste mercado. “Temos equipas em que todos os profissionais são licenciados”,destaca. A ERA Portugal tem também uma situação privilegiada em relação aos parceiros europeus, já tem é a empresa com maior quota de mercado.


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Notícia

Breves

Apartamentos de grandes dimensões

BPI celebra protocolo com AICE

Edifício Ar de Mar Residence com vista privilegiada para o Atlântico preendimento encontra-se numa fase inicial, perspetivando-se a sua conclusão no Verão de 2018. A comercialização do edifício Ar de Mar Residence foi iniciada recentemente e o preço médio, por m2, ronda os 1650 euros. Parceiro estratégico e privilegiado

O empreendimento, promovido pela Cenário Prodígio, é constituído por 14 apartamentos, de grandes dimensões, com construção e acabamentos de qualidade e destinados a um cliente de gama média alta.

L

ocalizado junto à Praia de Salgueiros, Vila Nova de Gaia, o empreendimento Ar de Mar Residence apresenta-se como um edifício minimalista, dotado de um conceito inovador. As generosas varandas, em todo o perímetro do edifício, proporcionam uma vivência única e permitem usufruir em pleno das deslumbrantes e privilegiadas vistas do Oceano Atlântico. O empreendimento, promovido pela Cenário Prodígio, é constituído por 14 apartamentos, de gran-

des dimensões, com construção e acabamentos de qualidade e destinados a um cliente de gama média alta. As tipologias vão do T1 ao T4 e as áreas oscilam entre os 103 e os 345 metros quadrados (m2). A estas áreas juntam-se as amplas garagens privativas, com capacidade para uma a cinco viaturas e lugares de arrumação extra. De acordo com Abílio Oliveira, responsável pela empresa de promoção, a construção do em-

Crescimento da procura na marginal de Gaia

urbana e as magnificas praias locais. Quanto às expectativas sobre o crescimento do setor imobiliário, considera que o momento atual é de expansão. “Este facto é consequência da conjugação de diversos fatores, nomeadamente as baixas taxas de juro, (euribor negativa), que levam, por um lado, a uma maior apetência por parte dos aforradores em efetuar inves-

A orla marítima do concelho de Vila Nova de Gaia tem apresentado um crescimento exponencial em termos de procura habitacional, quer como habitação permanente, quer como segunda habitação. Perspetiva-se, por isso, que nos próximos anos haja um aumento da procura, a que não é alheia a melhoria das acessibilidades à marginal de Vila Nova de Gaia. O promotor do empreendimento Ar de Mar Residence possui ainda nesta zona o empreendimento Madalenatlantic Villas (www.matlanticvillas.com), que se desenvolve num terreno de 25.000 m2, constituído por sete moradias em lotes individuais e por 31 moradias em banda. Carateriza-se por uma arquitetura contemporânea, procurando estabelecer um diálogo entre a vida

“O Banco Santander Totta sempre foi um parceiro estratégico e privilegiado nos diversos empreendimentos promovidos, e, por isso, contratualizamos a operação de fomento à construção, assim como a celebração de protocolo para operações de crédito à habitação com vista a uma mais fácil concretização da venda das diversas frações”, destaca o promotor do Ar de Mar Residence. Em relação aos aspetos da certificação ambiental e energética, a conceção deste empreendimento teve em consideração a envolvente ambiental da marginal de Vila Nova de Gaia. Assim, o empreendimento está a ser construído com materiais e acabamentos que permitirão obter a certificação energética A +. O empreendimento terá um nível de acabamentos de qualidade, onde se destacam pisos exteriores em deck, domótica, alarme, interiores em soalho.

timentos no sector imobiliário e, por outro lado, a maior propensão por parte das instituições de crédito no fomento de operações de crédito habitação”, considera Abílio Oliveira. Todos estes fatores têm levado a uma crescente procura de imóveis em zonas de referência, onde se inserem os empreendimentos Ar de Mar Residente e Madalenatlantic Villas.

O

Banco BPI acaba de celebrar um protocolo com a AICE – Associação dos Industriais da Construção de Edifícios para ajudar a agilizar e acelerar os processos de financiamento, bem como reduzir os custos. No âmbito deste protocolo, os associados poderão usufruir de um apoio à atividade corrente (empréstimos a prazo fixo, conta corrente, descontos comerciais, descontos titulados, confirming) com spread máximo de 4,50% + euribor, assim como uma linha de apoio ao investimento (empréstimos a prazo fixo, leasing equipamento, leasing imobiliário, ALD, leasing Automóvel, com taxa spread máximo de 5,00% + Euribor. Estas condições serão aprovadas em entre 10 e 15 dias úteis no máximo, conforme o associado seja cliente BPI, ou não. Também as taxas do protocolo poderão melhorar, mediante o rating do cliente perante o BPI.

Projeto CERSUDS desenvolve um sistema de drenagem

O

projeto LIFE CERSUDS - Pavimentos cerâmicos filtrantes visa desenvolver um sistema de drenagem, tendo por base produtos cerâmicos, para utilização em zonas urbanas. Procura aumentar a capacidade de adaptação e mitigação das cidades às alterações climáticas, promovendo o uso de infraestruturas sustentáveis no planeamento urbano. Este projeto consiste numa superfície permeável, cuja “pele” é constituída por um sistema inovador, com baixo impacte ambiental, construído usando stocks de pavimentos cerâmicos de baixo valor comercial. Contribuirá para promover a redução da quantidade destes materiais cerâmicos atualmente armazenados, dando-lhe uma nova utilização. O CTCV – Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro participa neste projeto coordenado pelo ITC - Instituto de Tecnologia Cerâmica, tendo como parceiros a Universidade Politécnica de Valencia (UPV), a Câmara Municipal de Benicàssim, o Centro Cerâmico de Bolonha (CCB-Itália), a CHM Obras e Infraestructuras, S.A e a empresa Trencadis de Sempre, S.L. Neste projeto participará também como potencial demonstrador a Câmara Municipal de Aveiro. O projeto concluirá em setembro de 2019 e é financiado pela Comissão Europeia através do Programa LIFE.


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Notícia

Breve

Regresso ao mercado de Lisboa

Paixao4you organiza evento Open House Flores

RAR aplica capitais próprios de 15 milhões de euros em condomínio de moradias Elisabete Soares elisabetesoares@vidaeconomica.pt

A

RAR Imobiliária apresentou recentemente o novo empreendimento de habitação, localizado em Lisboa, que representa um investimento de 15 milhões de euros, totalmente financiado com recurso a capitais próprios. O empreendimento de moradias Quinta do Paço Lumiar, com assi-

natura do arquiteto Eduardo Souto de Moura, surge integrado num espaço de 14.557 m2 com origem no século XVIII. É composto por 17 moradias em banda — doze T3+1 e cinco T4+1 —, organizadas perpendicularmente ao longo de um novo arruamento. A nível arquitetónico, as moradias têm uma estrutura de casas pátio, sendo o pátio central a ligação da zona privada, à zona exterior. Todas as moradias têm piscina privativa e área ajardinada e 320 m2 de área coberta. De acordo com José António Teixeira, presidente da RAR Imobiliária, o projeto encontra-se em fase de licenciamento na Câmara Municipal de Lisboa, prevendo-se que o início de obras no fim do terceiro trimestre do próximo ano, que prolongar-se-ão por um prazo de 18 meses.

Projetos em carteira valem mais de 60 milhões Conhecida pela sua aposta em projetos residenciais de gama alta, nos últimos anos a RAR Imobiliária esteve mais focada na cidade do Porto, onde desenvolveu os Edifício Monchique e o Edifício do Parque, cuja comercialização está agora na reta final. Contudo, foi em Lisboa

A nível arquitetónico, as moradias têm uma estrutura de casas pátio, sendo o pátio central a ligação da zona privada, à zona exterior

Tendo como público-alvo, “o segmento médio alto e alto nacional e de alguns países europeus e do Brasil”, as “vendas irão arrancar no mais curto espaço de tempo e serão coordenadas diretamente pela RAR Imobiliária, embora se vá formalizar parcerias com alguns agentes imobiliários”, destaca o responsável. Revela ainda que “o preço das moradias situar-se-á entre 1 milhão e 1,8 milhões de euros duranque a empresa iniciou a sua atividade com dois projetos na década de 90: o Jardim das Laranjeiras, junto ao Jardim Zoológico, e o Parque de Palmela, no Estoril. Além desta aposta no Lumiar, na carteira de projetos da RAR Imobiliária destaca-se ainda a Quinta de São José de Ribamar, em Oeiras, o empreendimento de São Simão da Junqueira, em Vila do Conde, e o Tibães Golfe, em Braga, que aguardam a o momento certo para avançar. Projetos

te o período de lançamento”. Uma das mais-valias do empreendimento é o facto de em Lisboa não existir atualmente oferta de condomínios de moradias. A Quinta do Paço Lumiar situa-se na freguesia do Lumiar, conhecida no século XVIII pelas suas nobres quintas, olivais e vinhas, razão pela qual a zona viria a ser classificada

no PDM de Lisboa como zona de quintas históricas no centro da cidade. Situa-se lado a lado com o edifício do Colégio Manuel Bernardes, na Quinta dos Azulejos, do séc. XVIII, e igualmente perto de outros pontos de interesse cultural, histórico e social como o Museu Nacional do Traje e o Museu Nacional do Teatro, ambos inseridos no cenário natural do Parque Monteiro Mor. que representam um valor global de cerca de 60 milhões de euros. Apesar da crise recente, a empresa imobiliária do grupo RAR apresentou, em 2015, um volume de negócios de 4,1 milhões de euros, semelhante a 2014. O EBITDA foi de 4 milhões de euros, enquanto em 2014 tinha sido de 6,3 milhões de euros. “Sempre com resultados positivos, apesar da crise que afetou o setor”, destaca José António Teixeira.

A

Paixao4you, empresa do grupo Charm que detém várias unidades de alojamento no Centro Histórico do Porto e de Gaia, em conjunto com os seus parceiros, organiza no próximo sábado o evento Open House Flores. Trata-se de um evento que quer contribuir para aproximar as pessoas da cidade, dando a conhecer espaços, instituições e individualidades relevantes da sua história, da memória e da sua vivência presente. “Consideramos que o sucesso do turismo na nossa cidade será o resultado de conseguir pôr em prática uma colaboração estreita com todos aqueles que querem contribuir para diferenciar a marca Porto e, ao mesmo tempo, trabalhar para dar a quem nos visita uma experiência única. Por isso, e porque pretendemos envolver os parceiros de uma forma mais forte e significativa também na nossa comunicação, lançámos a iniciativa Open House Flores, destaca fonte da Paixao4you. “Para além do alojamento, a marca Charm providencia um serviço de excelência aos seus hóspedes, proporcionandolhes uma verdadeira estadia à portuguesa. Desde que entram até que saem, os que nos visitam vivenciam uma experiência genuína, embrenhados numa área que os imerge nos aromas, paladares e símbolos da nossa cultura. Isto só é possível graças a uma rede de parceiros que nos ajudam a assegurar os serviços diversos, desde o fornecimento de refeições, aos tours, à oferta de produtos regionais, etc..”, acrescenta. Motivada por esta perspetiva, a “Together in oPorto” vai, no próximo dia 19 de Novembro, abrir as portas da sua casa, no coração do Porto, na Rua das Flores, 36, para, em colaboração com a Quadrante - rotas do património, apresentar a iniciativa o “Nós na Rota de Nasoni”. O evento Open House Flores é de acesso gratuito e está aberto das 10H00 às 17H00. As visitas não exigem reserva antecipada e são feitas por ordem de chegada, com vista a facilitar a fluidez das entradas e permitir que um maior número de pessoas tenha acesso ao local. Decorrerão em rotação permanente no horário anunciado e terão disponível versão em francês e inglês.


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