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Akemi
TEXTO: Rita Foelker
Akemi
A jovem Akemi acordou sem vontade de cumprir suas tarefas diárias. Alimentar as carpas, molhar as flores, nem mesmo escrever o texto da lição-decasa, atividade que sempre realizava com alegria, nada disso ela queria fazer. Hiroshi, seu avô, percebeu que ela precisava de um incentivo, então pegou duas sombrinhas e convidou-a para um passeio, escolhendo um caminho especial. Dirigiu-se ao canto da propriedade onde o rio havia secado. - Olhe, vovô, o rio está seco!... - De fato, Akemi. É como se a chuva não houvesse cumprido sua tarefa de chover na nascente... Não é mesmo? Depois, passearam ladeando um caminho de folhagens secas. - Olhe, vovô, as folhagens estão feias. Parecem mortas! - exclamou Akemi, com uma expressão de desprezo. - Realmente, minha neta - concordou Hiroshi. - Talvez a chuva tenha ido fazer outra coisa, como descansar, ou brincar, antes de completar suas tarefas. Akemi, então, compreendeu o que Hiroshi queria dizer: que quando não cumprimos nossos deveres, outros seres enfrentam problemas devido à nossa negligência. Então, ela se lembrou das pobres carpas, que deviam estar famintas. Pediu licença ao avô e foi cuidar de alimentá-las.