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Reciclagem beneficia projetos sociais
Foi durante um dos seus passeios noturno com Malu, que Luna Motoviajera observou uma oportunidade. Recrutando as crianças que brincavam na Praça da Mata, em Itinga, o grupo rapidamente coletou todas as tampinhas e lacres de garrafas que estavam pelo chão. E da casa de uma das crianças, ainda veio uma garrafa pet cheia de lacres. O destino? Fazer o bem!
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Todas as tampinhas e lacres de garrafas coletadas foram doados para o Tampet, projeto de extensão desenvolvido pela Rede de Mobilização pela Causa Animal – Remca, pautada no fortalecimento das ações socioambientais e da causa animal, que converte toda a renda da venda do material coletado em cuidados aos animais em situação de rua, como atendimento veterinário, ração e castração.
Colombiana, Luna é mochileira desde 2016. Passando pela Chapada Diamantina, foi adotada por Malu, uma cachorrinha sem raça definida, última filhote de uma ninhada de oito. Desde então, Malu acompanha Luna em suas viagens, até que chegaram em Lauro de Freitas, há cerca de dois anos. Aqui, Luna se tornou voluntária do Tampet e coletar tampinhas se tornou um hábito.
“As crianças dessa praça em particular ficaram muito empolgadas com a ideia de que elas agora fazem parte de um movimento para salvar animais de rua. Todas as vezes que chego na praça elas perguntam logo se vamos pegar tampinhas de novo, todos juntos”, conta.
Apesar de apenas 4% dos resíduos sólidos recicláveis serem de fato reciclados no Brasil (segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos EspeciaisAbrelpe, divulgados em 2022), o hábito de separar as tampinhas e lacres, com objetivo de doação para ações sociais, vem crescendo.
Campanhas de coleta de tampinhas e lacres estão espalhadas por todo o país, com números que chegam a 50 toneladas, na ONG Rio Eco Pets, do Rio de Janeiro, e 1.083 toneladas, no Instituto Sustenplást, no Rio Grande do Sul.
Em Lauro de Freitas, desde as primeiras ações do Tampet, em 2021, já foram coletados 657,9 kg de alumínio, 811,4 kg de ferro e 3.979 kg de tampinhas plásticas, neste último, com crescimento de 300% entre os dois anos. Apenas nos três primeiros meses de 2023, o volume de tampinhas coletadas já chega a 75% do total de 2021.
“Ao longo desses dois anos sentimos muito forte o senso de pertencimento das pessoas, em ficarem mais atentas ao que acontece em Lauro de Freitas e isso se reflete através de um crescente número de pessoas doadoras, bem como de novos pontos de coletas, que hoje já passam de 60 pela cidade. De escolas, academias, comércio em geral, centros religiosos, de diferentes religiões, condomínios, todos os lugares podem ser pontos de coleta”, frisa Ludmila dos Prazeres Costa, vice-presidente da Remca.
Para além das doações, parte do material chega ao Tampet através de outro projeto social, “Essa Praia Também é Minha”, realizado pelo movimento Eu Amo Lauro. Uma vez por mês,
DIVULGAÇÃO
Tampinhas e lacres de garrafas coletadas são doados ao Tampet, projeto desenvolvido pela Remca – Rede de Mobilização pela Causa Animal, que converte a renda da venda do material coletado em cuidados aos animais em situação de rua voluntários se encontram nas praias de Lauro de Freitas para realizar mutirões de limpeza, distribuição de sacolas biodegradáveis para os frequentadores e banhistas, além de muita conscientização. “É importante que os projetos estabeleçam essa comunicação e se ajudem, visando o objetivo comum. No final de cada ação de limpeza, todo o material de tampinhas e lacres é encaminhado para a Remca, que faz a correta destinação”, destaca Rodrigo Chetto, presidente do movimento.
Cada quilo de tampinha plástica é comercializado a R$ 0,80. Na indústria, o material é processado e se transforma em plástico moído, que será utilizado para a fabricação de novos produtos, a exemplo de brinquedos. Para as fábricas, uma economia de até 30% se comparado com o preço do plástico virgem. De acordo com levantamento realizado pela Braskem e Associação Brasileira da
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QUER PARTICIPAR?
Descubra onde está o ponto de coleta mais próximo de você. Confira no QrCode ou pelo @tampetlauro
Voluntários do projeto social “Essa Praia Também é Minha”, realizado pelo movimento Eu Amo Lauro, separam microlixo coletado em mutirão na praia
DESEJA ABRIR UM PONTO DE COLETA?
1. Separe uma caixa ou balde para arrecadar o material: é muito importante que esse recipiente seja decorado e fique bem bonito! Vale expressar a criatividade: pinte a caixa, coloque papel de presente, o que for!
2. Coloque a caixa em local visível para que todos possam ver
3. Divulgue no seu bairro e redes sociais que agora seu comércio é também ponto de coleta!
4. Encheu a caixa? Ótimo!! Entre em contato com a gente para combinarmos a coleta do material! Importante: separar as tampas plásticas, lacres e tampas de metal ajuda muito!