Vilas Magazine | Ed 206 | Março de 2016 | 32 mil exemplares

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CONFEITARIA TORTAS CONFEITADAS BOLOS PERSONALIZADOS DOCES BEIJINHO BRIGADEIRO CAJUZINHO MORANGUINHO SALGADOS BOLINHA DE QUEIJO BOLIVIANO COXINHA DOGUINHO EM EMPADA (diversos sabores) ESFIHA (fechada e aberta) KIBE POMPOM DE CAMARÃO BOLINHO DE BACALHAU PÃES PÃO DELÍCIA COM E SEM RECHEIO MINI FRANCÊS MINI HOT DOG MINI MILHO MINI HAMBÚRGUER PÃO DE HAMBÚRGUER FOLHADOS MINI CROISSANTS MINI BAURU (Sabores: queijo, presunto, amanteigado, chocolate e goiabada) SANDUÍCHES NO PÃO DE METRO SANDUÍCHE DE MORTADELA (mortadela com pistache, queijo estepe, pasta de alho e alface americana)

Encomendas La Fiera. Calcule direito a quantidade. Os convidados vão querer repetir.

SANDUÍCHE DE PEITO DE PERU (Peito de peru, queijo minas padrão, pasta de ricota, tomate e alface americana) SANDUÍCHE DE PRESUNTO COZIDO (Presunto cozido, queijo prato, maionese, tomate e alface lisa) SANDUÍCHE DE PRESUNTO PARMA (Presunto parma, queijo ementhal, pasta de mostarda dijon e rúcula) SANDUÍCHE DE SALAME ITALIANO (Salame italiano, queijo gouda, maionese, tomate e alface lisa) SANDUÍCHE VEGETARIANO (Tomate seco, mussarela de búfala, pasta de gorgonzola e rúcula) QUICHES SALGADAS QUICHE LORRAINE (Alho poró, bacon, cream cheese e queijo parmesão) QUICHE FRANGO (Frango desfiado e catupiry) QUICHE PALMITO (Palmito, cebola, cheiro chei verde, mussarela e parmesão) QUICHE QUATRO QUEIJOS (Cream cheese, mussarela, queijo prato e parmesão) TORTAS FOLHADAS TORTA CALABREZA (Calabresa, cebola e catupiry) TORTA FRANGO (Frango desfiado e catupir) TORTA PALMITO (Palmito, cebola, cheiro verde, mussarela e parmesão) TORTA QUATRO QUEIJOS (Cream cheese, mussarela, queijo prato e parmesão) *Cardápio sujeito a alteração.

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MAIS INFORMAÇÕES

Estrada do Coco, nº 5896.

3508.8006

Páscoa

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Venha conhecer os produtos especiais da Páscoa La Fiera. Março de 2016 | Vilas Magazine | 3

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Editorial Realidades inaceitáveis É essencial o engajamento da comunidade no combate ao mosquito da dengue, chicungunha, zika – e sabe-se lá quantas mais doenças ainda desconhecidas por aqui – mesmo que as autoridades de saúde façam a parte que lhes cabe. E na medida em que as autoridades não conseguem obter resultados, mais importante se torna o comportamento individual. Fica difícil acreditar na erradicação do mosquito quando se sabe que ele se reproduz até mesmo em folhas de árvores. Obviamente, cortar todas elas não é uma solução viável. Mas se não podemos elimina-lo, podemos ao menos minimizar a proliferação. O acesso a dados sobre os índices de infestação pelo aedes aegypti em cada bairro, além de ser um direito dos cidadãos, serviria para demonstrar claramente o risco objetivo que cada um corre, motivando as pessoas para o combate. Também é verdade que pouco adianta cuidar das piscinas abandonadas em Vilas do Atlântico quando, paredes meias com elas, há lajes e vielas acumulando água parada em aglomerados urbanos subnormais. A ausência de saneamento ambiental e mesmo de moradia digna não é propriamente responsabilidade das famílias que moram ao lado, mas de todos nós, como sociedade. A pobreza tem que deixar de ser uma realidade aceitável. Em grande medida, a responsabilidade que temos todos, enquanto sociedade, inclui mudar esse estado de coisas. Se não for por humanismo, que seja pelo combate ao mosquito. Carlos Accioli Ramos Diretor-editor

Sangue A eleição municipal que se aproxima promete, desde já, um ambiente semelhante ao que vivemos na mais recente eleição presidencial, com todo tipo de comportamento rasteiro travestido de combate político. Na esfera municipal, inclusive, a coisa tende a se tornar ainda mais feroz porque os atores envolvidos constituem grupos de interesse que batalham pelo próximo cargo público, pela nomeação que recompensará o “apoio” na campanha. Persiste no cenário local uma casta que orbita os detentores de mandato e os candidatos a um mandato. Não faz muito tempo, usava-se sem cerimônia o termo “grupo político” para designar os partidários deste ou daquele. É dessas hostes que costuma surgir a truculência “política”, como se política fosse isso. É fundamental que as lideranças políticas merecedoras do nome controlem seus liderados nesse sentido. No mínimo, que não estimulem a baixaria. Conversa Depois de ter iniciado obras com amplas implicações sem consultar a comunidade, a Conder assume o compromisso, veja você, de apresentar ela mesma um projeto do esgotamento sanitário da Lagoa da Base, a cargo da Embasa. Fica combinado, portanto, que a – necessária, urgente – drenagem daquela região exige, sim, um adequado sistema de esgoto. Faltou ao menos prometer – já nem seria cumprir – um prazo para que a instalação saia do papel e vire realidade. Até lá, sabe-se lá quando, haverá apenas conversa. O que já não é pouco, se recordarmos o início da obra.

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Informativo mensal de serviços e facilidades, distribuído gra­ tuitamente nos domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Es­trada do Coco e entornos (Lauro de Freitas, Ipi­tanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abran­tes, Ja­uá, Ja­cuí­pe, Gua­ra­juba), www.vilasmagazine.com.br Stella Maris, Pra­ia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição criteriosamente selecionados na região. Publicação mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabiliRua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. Lauro de Freitas. Bahia. dade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Edi­tora. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/3379-2439 / 3379-2206 / 3379-4377. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos Diretor-Editor: Carlos Accioli Ramos accioliramos@vilasmagazine.com.br publi­cadas nesta edição, por qualquer me­io, sem autorização expressa, Dire­to­ra: Tânia Ga­zi­neo Accioli Ramos por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Di­reitos Autorais. Gerente de Negócios: Álvaro Accioli Ramos alvaro@vilasmagazine.com.br A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade Assistentes: Leandra da Cruz Almeida e Vanessa dos Santos e Silva pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, Contatos: comercial@vilasmagazine.com.br nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão Gerente de Produção: Thiago Accioli Ramos. Assistente: Bruno Bizarri cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os Administrativo/Financeiro: Miriã Morais Gazineo (gerente) produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do financeiro@vilasmagazine.com.br mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – ConAssistente: Leda Beatriz Gazineo comercial@vilasmagazine.com.br selho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código Distribuição: Álvaro Cézar Gazineo (responsável) de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos proTratamento de imagens e CTP: Diego Machado dutos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade Redação: Rogério Borges (coordenador) Este manual é baseado na norma FSC STD 50001 V.1.2 e a aplicação dos logos é permitida a Plural Editora e Gráfica por de ser se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. certificada FSC e os materiais poderão serAlessandro publicadas apósTrindade a aprovação do organismo certificador da Plural. Colaboradores: JaimesóFerreira, Leite (charge). Thiara No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade Reges (free lancer) das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios Redução máxima PARA ANUNCIAR: comercial@vilasmagazine.com.br que se mostrem enganosos ou abusivos, por constrangimentos Modelo 2: Modelo 1: 0xx71 /total. 3379-2206Tamanho / 3379-4377 mínimo de 67,5 mm de largura e 32,5 mm de altura total. Tamanho mínimo de 108 mm de largura3379-2439 e 22,2 mm de altura causados ao consumidor ou empresas. A revista Vilas Magazine u­ti­liza conteúdo edi­to­ri­al fornecido pela CONTATO COM A REDAÇÃO: redacao@vilasmagazine.com.br 67,5 mm 108 mm Agência Fo­lhapress (SP). Os títulos Vilas Ma­­gazine e Boa Dica – FaciTiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES lidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas regis­tradas 22,2 mm 32,5 mm no INPI, de propriedade da EDITAR – Editora Accioli Ramos Ltda. Im­pressa na Plural Indústria Gráfica (SP).

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Este produto é impresso na PLURAL com papel certificado FSC ® - garantia de manejo florestal responsável - e com a tinta ecológica Agri-Web™. O selo Qualidade Ambiental ABTG comprova a sustentabilidade dos processos gráficos.

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Este produto é impresso na PLURAL com papel certificado FSC ® - garantia de manejo florestal responsável - e com a tinta ecológica Agri-Web™. O selo Qualidade Ambiental ABTG comprova a sustentabilidade dos processos gráficos.

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Tamanho total: O tamanho total a ser disponibilizado no layout para aplicação do selo mais o espaço de proteção (2mm) deve ser: 112 mm de largura e 26,2 mm de altura

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Este produto é impresso na PLURAL com papel certificado FSC ® garantia de manejo florestal responsável - e com a tinta ecológica Agri-Web™. O selo Qualidade Ambiental ABTG comprova a sustentabilidade dos processos gráficos.

Tamanho total: O tamanho total a ser disponibilizado no layout para aplicação do selo mais o espaço de proteção (2mm) deve ser: 71,5 mm de largura e 36,5 mm de altura

A explanação deve acompanhar os logotipos FSC e Agriweb em todas as aplicações.

Aplicação do Selo FSC (Paisagem) + Agri-Web + ABTG

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PARA VER MAIS REALIZAÇÕES, VAMOS SEGUIR EM FRENTE. De Itinga até a Orla, de Portão até o Centro, a cidade foi transformada num verdadeiro canteiro de obras. Nos últimos 3 anos a Prefeitura de Lauro de Freitas fez um esforço enorme para melhorar a vida de todos que moram nela.

Obra de drenagem - Córrego Dois Irmãos

Sinalização horizontal do Largo do Caranguejo

Implantação de passeio tátil no CAIC

Nova sede do Banco de Serviços e Sefaz

Contenção de encostas no Jardim Santa Bárbara

Nova iluminação, alargamento da Estrada do Coco e mais 13 Obras Conveniadas em andamento.

Nova iluminação pública

Estrada do Coco

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Registros & Notas

Dia Municipal do Rotary Celebrando o Dia Municipal do Rotary, o Rotary Club Lauro e Freitas homenageou, durante a reunião ordinária, em 23 de fevereiro, o então vereador e atual secretário de Meio Ambiente, Alexandre Marques, autor da Lei Municipal nº 1.373, de 15/6/2010, instituindo a data no município. “A noite de hoje foi de celebração. O Rotary Club Lauro de Freitas comemora o Dia Municipal do Rotary, instituído por Lei de minha autoria, em 2010. O Rotary Club Lauro de Freitas é uma entidade formada por pessoas comprometidas, atuantes e responsáveis pela realização de inúmeros trabalhos sociais que impactam na vida de muitas famílias e na sociedade como um todo. Me sinto muito feliz e honrado por partilhar da amizade e carinho dos rotarianos, que de forma atenciosa me homenagearam mais uma vez. Quero agradecer e reafirmar o meu compromisso de sempre que for possível, ajudar e contribuir junto ao Rotary na busca por igualdade, respeito e cidadania”, declarou o homenageado.

José Bonifácio Gomes, presidente do Rotary Club Lauro de Freitas, secretário Jaime de Moura Ferreira, rotariana Ana Cristina Andrade e Alexandre Marques

SOLIDARIEDADE A Associação Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes foi beneficiada com a doação de alimentos não perecíveis e roupas, fruto da ação solidária do bloco Carnavilas. Ronaldo Moreira(Naldinho) e Almir Nuno (Netinho) fizeram a doação, ao presidente da instituição, Adalberto.

Home center oferece carrinho pet para carregar bichinho de estimação durante as compras Do quintal para a sala e para a vida social das famílias. São 37 milhões de cachorros e 21,3 milhões de gatos domésticos, que colocam o Brasil em quarto lugar no ranking global de números de animais de estimação, atrás de China, Estados Unidos e Reino Unido. O amor por esses animais movimenta 16,4 bilhões de reais por ano, em alimentos, remédios, acessórios e produtos para higiene, segundo estimativa da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação). E o número de estabelecimentos que aceitam bichos só cresce em Salvador. Na Ferreira Costa, por exemplo, há os chamados “carrinhos pet”, que permitem transportar bichinhos de pequeno e médio porte, como gatos e cachorros, enquanto o cliente faz compras no home center. Ele possui uma casinha que permite transportar o pet com conforto, e possui uma base que não permite que os detritos deles sujem a loja. “Recebemos várias sugestões de trazer esse tipo de carrinho e nos incomodávamos com o fato do animal ter que ficar fora da loja, por isso, abraçamos a causa para trazer mais uma experiência de compra ao consumidor”, conta Alexandre Fernandes, gerente de trade marketing da rede. Segundo Fernandes, a iniciativa vem ganhando uma boa receptividade por parte dos clientes. “Os animais ficam no seu espaço e não incomodam outros consumidores, no seu passeio pela loja”, comenta. “Hoje, uma forte tendência de mercado e consumo é o pet friendly. As pessoas estão se engajando cada vez mais com as causas dos animais. Os bichos são um membro da família, as pessoas querem sair, querem fazer com que eles participem dos momentos”. nGilberto Gil e Flora foram alguns dos muitos famosos que desfrutaram do espaço de beleza montado pelo Outlet Premium Salvador no camarote Expresso 2222, durante o Carnaval. Todos recepcionados por Cinara Santana, executiva de produtos do centro comercial.

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Sustentabilidade O restaurante D´Meg, de Margarida e Bartolomeu, um dos mais prestigiados endereços gastronômicos da cidade, passa a utilizar toda a energia necessária para funcionar, usando exclusivamente energia solar.

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QUASE 100 RUAS PAVIMENTADAS. LAURO DE FREITAS NUNCA ANDOU TÃO RÁPIDO.

Ruas de barro, esburacadas, inacessíveis. Nunca se fez tanto em tão pouco tempo para mudar essa realidade no município. E vamos continuar fazendo muito mais!

CAIC

Priscila Dutra

Sinalização horizontal na Av. Itapoan

Parque São Paulo

Praça e via pública em Portão

Via Expressa

Rua Chile

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cidade

Vilas do Atlântico bairro não altera estatuto de loteamento

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secretária de Planejamento de Lauro de Freitas Eliana Marback esteve em Vilas do Atlântico, em fevereiro, para explicar a um grupo de moradores que “o fato de ser bairro, também, não muda o uso e organização do solo”. Juridicamente, Vilas do Atlântico continua a ser um loteamento. “Nasceu loteamento, vai morrer loteamento, não houve transformação” – insistiu Marback. A legislação brasileira não atribui normas ou funções administrativas específicas aos bairros. A definição de limites dessas unidades urbanas visa meramente facilitar a localização geográfica. Já os loteamentos, por meios dos TAC – unidades inseridas em um ou mais bairros – possuem características legais próprias. Juridicamente, “loteamento” é apenas o ato de lotear, de dividir determinada área em lotes. O que confere salvaguardas legais quanto ao uso e ocupação do solo nos loteamentos é o TAC – que não fica invalidado pela instituição de bairros. As explicações vieram a propósito de

críticas da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva) e da Associação de Moradores de Vilas do Atlântico (Amova) à lei que instituiu 19 bairros na cidade. Um deles tem os mesmos limites e o mesmo nome do loteamento de Vilas do Atlântico. A secretária mostrou que Vilas do Atlântico poderia ser também um loteamento inserido no bairro de Pitangueiras, por exemplo. Assim, como Vilas do Atlântico, outros loteamentos continuam a ser loteamentos, embora estejam agora inseridos em bairros. A instituição dos bairros, conforme noticiado em primeira mão pela Vilas Magazine em março de 2014 e no mês passado, visa organizar a cidade para o zoneamento postal, acabando com o CEP único. O receio das entidades representativas dos moradores era que a definição do espaço urbano como bairro viesse a eliminar as garantias legais do loteamento estabelecidas em TAC (Termos de Acordo e Compromisso). O uso e ocupação do solo em Vilas do Atlântico estão protegidos pelos

TAC – que tem os seus principais termos protegidos por lei específica e resguardada pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM). A argumentação de Marback não convenceu Manoel Bastos, um dos coordenadores da Salva, para quem a nomenclatura de bairro altera, sim, a natureza jurídica de Vilas do Atlântico. Janaína Lordelo, presidente da Amova, também discorda da secretária, embora reconheça que “não há possibilidade de acabar com o loteamento”. Para ela, a lei de bairros “é irregular” e reivindicou “retornar à condição de loteamento”. O engenheiro Rogério Machado, morador do bairro, ainda questiona o projeto inicial da base cartográfica da prefeitura. Os dois lados do muro que define os limites entre Vilas do Atlântico e o Miragem tinham o mesmo número de cadastro – como se fossem as mesmas ruas. Há o receio de que o muro venha a ser interpretado como obstáculo, quando ele é muito anterior à urbanização do Miragem e faz parte da conformação do loteamento. A tentativa de abertura de novos acessos a Vilas do Atlântico tem sido uma constante ao longo dos anos. Uma das estratégias mais comuns é a aquisição de lotes nos limites do loteamento para transformalos em via pública.

Eliana Marback dá explicações em reunião com moradores: loteamento continua a existir

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TODAS AS ESCOLAS MUNICIPAIS REFORMADAS E/OU AMPLIADAS. EDUCAÇÃO É O QUE MOVE A GENTE.

Dar condições dignas ao professor e ao aluno para que a Educação possa exercer seu poder transformador. Hoje, isso é feito em Lauro de Freitas. Sinal de que o futuro que vem aí será bem melhor.

Escola de Cadetes Mirins

Centro Municipal de Educação Infantil

Colégio 2 de Julho

Escolas reformadas: • • • • • • • • • • •

CIDADE NOVA DOIS DE JULHO MÁRIO COVAS ISMAEL ORNELAS JACIRA MENDES SENHORA VALENTINA SOLANGE COELHO PAULO JACKSON VOVÓ CIÇA CADETES MIRINS CADETES MIRINS – EUZÉBIA

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FELIX CARDOSO AURORA MAGALHÃES JARDIM IPITANGA QUINGOMA VIDA NOVA BARRO DURO ESFINGE FLORIES FARIAS AMAURI SIQUEIRA MONTALVÃO FENIX ANA LÚCIA MAGALHÃES

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VILA PRAIANA DOM AVELAR ENOCK AMARAL J. DOS SANTOS PARANHOS LAGOA DOS PATOS IPITANGA MARIZA PITANGA JOVINA MOREIRA ROSA CAIC

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Sistema de informações geográficas da cidade está online

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reprodução

cidade

secretaria de Planejamento de Lauro de Freitas disponibilizou mais um serviço online, por meio do site seplan.laurodefreitas. ba.gov.br, o Sistema de Informações Geográficas da Seplan (SIGS). A nova ferramenta foi criada para prover informações integradas sobre a cidade, aumentando a capacidade de planejamento e tomada de decisão, mas também está á disposição dos cidadãos. No SIGS é possível localizar em mapas os vários equipamentos públicos do município e o acervo de mapas disponíveis na secretaria, além dos limites de bairros e loteamentos de Lauro de Freitas. A interface permite ao usuário consultar a base de dados, interagir com os mapas e camadas de informação de acordo com seu interesse, além de fazer downloads. Os conteúdos estão disponíveis

Equipamentos públicos podem ser locali­zados em mapa inte­rativo em formatos diversos, incluindo o shapefile (shp), KMZ, que pode ser integrado ao Google Earth e PDF. Esses formatos poderão ser utilizados em qualquer Sistema de Informação Geográfica. SERVIÇO: Interessados em utilizar o sistema devem seguir os seguintes procedimentos: l Acessar o site seplan.laurodefreitas.ba.gov.br l Clicar no ícone do lado direito com a marca do SIGS l Escolher a opção desejada e caso considere necessário, fazer o download do conteúdo selecionado

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COM A NOVA REGULAÇÃO NA SAÚDE MAIS DE 115 MIL PESSOAS SÃO ATENDIDAS POR ANO. E VAI MELHORAR!

EM 2015 •

40 mil atendimentos nos Mutirões de Saúde

65 mil Consultas Especializadas.

170 mil atendimentos na Emergência 24 horas.

12 mil atendimentos na Clínica do Idoso.

2.342 pessoas atendidas no Mutirão de Glaucoma.

com consultas de diversas especialidades, exames e vacinas.

Central Humanizada Municipal de Marcação da Saúde

Complexo de Saúde da Itinga

Clínica do Idoso

Centro de Saúde da Mulher

Lauro de Freitas está melhor a cada dia em todas as áreas. E é com a força do trabalho, da prefeitura e dos seus moradores, que o município vai seguir em frente, promovendo desenvolvimento e mais qualidade de vida.

Agora você percebe que é diferente. Primeiro a gente faz, depois a gente mostra.

PrefeituradeLaurodeFreitas prefeituradelaurodefreitas @LaurodeFreitas_

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DecomLaurodeFreitas

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cidadE

Polícia Militar retoma rondas em escolas estaduais de Lauro de Freitas

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om o início do ano letivo na rede estadual de ensino, a Polícia Militar retomou as operações de rondas escolares em colégios públicos Lauro de Freitas e Salvador. Cento e vinte policiais militares estão mobilizados para visitar diariamente as escolas estaduais. A ronda acontece das 7h às 21h, no entorno das escolas, para um trabalho preventivo e de mediação de conflitos envolvendo estudantes e demais membros da comunidade escolar. A iniciativa, que é parte das ações do Programa Melhoria da Segurança nas Escolas, criado em 2008, desenvolvida por meio de um convênio de cooperação técnica entre as secretarias estaduais de

ses momentos”, afirma o major Jorge Paraíso, comandante da Operação Ronda Escolar. “Já realizamos ações em que visitamos as salas de aula, claro que com a autorização dos gestores, e conversamos com os alunos”, conta – “até já participamos de reuniões de pais e convidamos a comunidade a zelar pela escola e pelos estudantes”.

Educação e da Segurança Pública. No ano passado a ronda escolar registrou 240 ocorrências em instituições de ensino de Lauro de Freitas e Salvador. Desse total, mais de 23% das intervenções tiveram a ameaça como motivo, seguida das brigas entre alunos (23%) e furto (10%). A polícia desenvolveu novas estratégias para reduzir os números este ano. “Estamos intervindo Polícia Militar pretende em todos os momentos intensificar contato com a críticos, mas nossa ação comunidade escolar não pode ser apenas nes-

ELÓI CORRÊA / GOVBA

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Base de Segurança de Itinga desenvolve projeto voltado para a comunidade Pedro Moraes / GOVBA

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ideia é ir além da promoção da segurança pública: policiais militares dedicam tempo para promover cursos gratuitos para os moradores das localidades onde as Bases Comunitárias de Segurança (BCS), integrantes do programa estadual Pacto Pela Vida, estão inseridas. Eles oferecem aulas de música, reforço escolar, arte, judô, karatê, xadrez, informática e outras atividades voltadas para todas as idades. O “Xadrez pra Vencer” e o “Vidas em cena” são os cursos disponibilizados pela BCS de Itinga. As inscrições estão abertas e podem ser feitas na própria base comunitária. Os projetos aproximam a comunidade do trabalho da polícia, estimulam o aprendizado e já começam a revelar jovens talentos. O Luta Cidadã oferece aulas de judô, o Educação de Base disponibiliza reforço escolar e o Primeiro Som permite ao aluno ter noções de música, por meio dos instrumentos e do canto. Para o comandante de uma das bases, Capitão PM Alã Carlos dos Santos, a recepção dos cursos na comunidade integra as famílias às aulas e muda o sentimento da população em relação à PM. “São ferramentas de aproximação”, verifica. “As

bases comunitárias nasceram para aplicar a filosofia da polícia comunitária e participar ativamente da vida da comunidade, promovendo cidadania e educação”, explica.

Para participar das aulas é preciso mais do que interesse: os jovens devem ter compromisso com o curso e mesmo fora deles. É necessário frequentar regularmente a escola e mostrar bons resultados. O soldado Kleber Reis, professor de judô, costuma perguntar aos pais pelo comportamento dos filhos em casa e cobrar o boletim escolar. “O esporte pode levar para esse jovem o senso de responsabilidade e também de compromisso, mas é preciso ir além”, afirma. “Aqui não participam da graduação e não trocam de faixas aqueles meninos ou meninas que perderam o ano escolar, por exemplo” – “é uma forma de estimular o desenvolvimento dessas crianças além das aulas”, conta o professor. Na Base ComunitáPrimeiro Som: ria do Calabar, em Salvaum dos cursos dor, o soldado Everton gratuitos Lobo, que possui licenoferecidos ciatura em matemátipelas BCS ca, se propõe a ajudar quem estiver com dificuldades na escola. O reforço é voltado para todos, incluindo aqueles que não participam dos projetos de esporte e música. A iniciativa é mais uma forma de envolver a comunidade e promover a educação por meio dos policiais militares.

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cidade

Prefeitura autoriza reinício de obras que afetam Sapato e praias

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obra de reversão da drenagem da Lagoa da Base foi novamente autorizada pela prefeitura de Lauro de Freitas no final de fevereiro. A proposta é drenar a água pluvial daquela região em direção ao rio Sapato, foz do rio Joanes e praias de Buraquinho, Vilas do Atlântico e Ipitanga. As entidades representativas dos moradores do bairro não concordam com a obra porque, com a água pluvial, seria despejado no Sapato e em direção às praias, também o esgoto doméstico não tratado que corre na região da Lagoa da Base. Para os moradores da Lagoa da Base e rua da Irmandade, a obra significa o fim dos alagamentos que afetam quase quatro mil famílias a cada chuva mais intensa, inclusive invadindo as casas. Especialistas associados às entidades de moradores de Vilas do Atlântico defendem que a drenagem da região deve ser feita em direção à bacia do rio Ipitanga, à qual a Lagoa da Base naturalmente pertence – e não revertida para o Sapato. O reinício das obras foi decidido entre a prefeitura, a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), a Embasa e o governo do Estado por meio de um “Termo de Acordo e Compromisso” (TAC) intermediado pelo vice-governador João Leão e assinado dia 25 de fevereiro em reunião na Governadoria do Estado. Pelo TAC, a prefeitura de Lauro de Freitas se comprometeu a emitir alvará para a obra no prazo de 48 horas.

A minuta do TAC previamente encaminhada à Associação de Moradores de Vilas do Atlântico (Amova) e à Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva) previa apenas a anuência de ambas e da Associação de Moradores da Lagoa da Base. Já o documento final foi assinado por esta última, pela “União de Moradores de Vila Mar” e pela “Associação de Moradores de Ipitanga” – que mesmo não existindo formalmente vem se movimentando desde o ano passado. Cleici Portal, que assinou como anuente representando Ipitanga, Paulo César Santos, de Vila Mar e Magno Rocha, da Lagoa da Base, que reivindicaram uma solução para o impasse, deram-se por satisfeitos com o resultado da reunião, mas Amova e Salva recusaram-se a assinar o documento, prometendo levar o assunto adiante. A Amova pretende judicializar o tema. Ministério Público Para Verônica Tambon, coordenadora geral da Salva, uma decisão “dessa magnitude” precisa passar por uma assembleia de moradores antes de ser aprovada. “Vou mobilizar a minha comunidade para discutir isso”, disse. Janaína Ribeiro, presidente da Amova, lembrou que a questão está entregue ao Ministério Público (MP), que abriu inquérito civil para apurar a legalidade da obra – e que o TAC proposto não passou pela aprovação da promotoria – “que deveria, no mínimo, ser parte desse acordo”. Segundo a Amova, o

MP ainda não recebeu a documentação que havia sido requisitada quando foi recomendada a paralisação das obras, em outubro do ano passado – recomendação acatada pela prefeitura na época. De acordo com o prefeito Márcio Paiva (PP), o TAC agora assinado atende as exigências do Ministério Público. Uma das considerações incluídas no TAC afirma que o projeto “foi antecedido de amplo estudo técnico” aprovado pela Conder, pela prefeitura, Ministério das Cidades e pelo agente financeiro, a Caixa. Janaína Ribeiro discorda, já que os documentos e estudos ausentes no licenciamento inicial ainda não teriam sido apresentados às promotoras Maria Augusta Carvalho, de Lauro de Freitas e Cristina Seixas Graça, coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente e Urbanismo (Ceama). As promotoras requisitaram a apresentação dos processos referentes aos licenciamen-

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e Recursos Hídricos e da própria Conder – Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – responsável pela obra. A prefeitura de Lauro de Freitas, além de renovar o alvará no prazo de 48 horas e desembargar a obra, obrigou-se a “apreciar a solicitação de renovação da licença ambiental” que vence este mês – exatamente o ponto do inquérito civil em curso no MP. “Vamos nos reunir com o Ministério Público para dar seguimento à judicialização” da questão, disse Janaína Ribeiro. O objetivo é obter uma decisão judicial que venha a embargar a obra. João Leão preside encontro que discutiu o TAC afinal assinado: Vilas do Atlântico discorda tos e outorgas, “inclusive estudos ambientais” do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), uma autarquia estadual, da secretaria municipal de Meio Ambiente

TOMADA DE TEMPO SECO Na reunião, o prefeito Márcio Paiva defendeu a Conder, que “não omitiu nenhuma informação, disse que é uma obra de drenagem, mas que vão sim, dejetos contaminados” e lembrou que o alvará inicial para a obra exigia a solução de esgotamento sanitário da Lagoa da Base – embora a rede de esgoto não estivesse prevista no projeto. A presidente da Amova considerou

“mambembe” a proposta incluída no TAC para o esgotamento sanitário da Lagoa da Base– e que não abrange a área da rua da Irmandade, também a drenar para o Sapato. A solução seria um “Sistema Provisório Tomada de Tempo Seco”, a construir com recursos do governo do estado. O sistema convencional de esgotamento sanitário prevê duas redes independentes – uma para o esgoto e outra para a água pluvial. A solução de “tempo seco” consiste na interceptação do esgoto na própria rede pluvial quando não chove em excesso, bombeando-se os dejetos para emissários ou estações de tratamento. Na ocorrência de chuvas mais intensas, a ideia é que o grande volume de água dilua o esgoto que vai chegar aos rios e à praia. O problema desse sistema está no meio termo: pode chover o suficiente para fazer transbordar o coletor de tempo seco, mas em volume insuficiente para diluir os dejetos de esgotamento doméstico. No caso da Lagoa da Base, a proposta do TAC é construir uma estação elevatória 

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cidade

e conduzir esses efluentes para a tubulação da Embasa em Salvador, via Ipitanga. O TAC refere textualmente um “sistema de esgotamento sanitário existente em Ipitanga”. Essa “Tomada de Tempo Seco” seria construída em até 90 dias depois da liberação de recursos pelo estado, mas não ficou estabelecido prazo para tanto. A prefeitura de Lauro de Freitas aceitou operar e manter “com recursos próprios” a estação elevatória e o sistema de tomada de tempo seco, apesar de o esgotamento sanitário ser uma responsabilidade do governo estadual. Tudo isso seria provisório. Pelo documento, a Embasa se compromete a “elaborar projeto definitivo de rede de esgotamento da comunidade da Lagoa da Base” até julho de 2016, mas o TAC também não estabelece prazo para a construção dessa rede, nem impõe penalidades pelo eventual descumprimento do acordo. A Conder, por sua vez, comprometeu-se a “promover reunião com as comunidades envolvidas para apresentar o projeto elaborado pela Embasa”. Prazo fatal O vice-governador João Leão defendeu a execução da obra – lembrando que reside em Vilas do Atlântico, nas proximidades do

rio Sapato – e argumentou que a paralisação do projeto implicaria na devolução ao governo federal dos R$ 3,5 milhões já gastos ali, além da perda dos R$ 23,8 milhões a ela destinados. O termo final do contrato de repasse de recursos para a obra vence em junho próximo. “A paralisação da obra com a consequente ausência da medição é causa impeditiva à renovação do referido ajuste, acarretando, de igual sorte, a devolução do recurso”, lista o TAC como uma das considerações prévias. A empresa contratada para executar a obra já teria manifestado interesse em rescindir o contrato alegando prejuízos causados pelo embargo.

Márcio Paiva assina o TAC comprometendose a liberar as obras: falta renovar a licença ambiental. Cleici Portal (pág. dir.) mostra o TAC que assinou como anuente por Ipitanga: feliz com o resultado

“Precisamos acelerar este processo, senão vamos perder este recurso”, disse Leão. “Se perdermos este recurso, sabe quando você vai ter essa obra? Não sei se para o ano, não sei se no próximo ano”, argumentou. Devido à crise, a receita do Estado da Bahia “caiu R$ 100 milhões no mês passado”, disse. “Se continuar nesse ritmo, chegando no final do ano nós vamos ter R$ 1,2 bilhão a menos”. E apelou: “a oportunidade que nós temos está aí”. SES Lauro de Freitas Representantes da Conder anteriormente haviam alegado que o projeto de drenagem da Lagoa da Base foi concebido quando estava em perspectiva a construção da rede de esgotamento sanitário de Lauro de Freitas. Quando a drenagem fosse concluída, a rede de esgoto já teria sido instalada. A obra ficou parada porque os recursos disponibilizados para o projeto de 2009 não cobriam mais os custos. A retomada da execução estava prevista para outubro de 2014. De acordo com Rogério Cedraz, presidente da Embasa, nova licitação para a obra deverá ser feita, “ultimando a aprovação da Caixa, [dentro de] três ou quatro meses”. Entretanto,

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Vilas do Atlântico sedia circuito regional de hipismo

vem sendo instalado na Paralela o trecho do interceptor que levará os efluentes até o emissário submarino de Jaguaribe, em Salvador. A execução imediata dessa parte da obra tornou-se necessária para permitir a construção da linha 2 do metrô. As obras do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) de Lauro de Freitas foram anunciadas há sete anos e iniciadas em 2010. Interrompidas logo depois, com o rompimento do contrato com o consórcio responsável pela empreitada – que não progredia, de acordo com avaliação da Embasa. O consórcio recorreu do rompimento de contrato, conseguindo liminar favorável e dando início a uma questão judicial resolvida apenas em 2014. Beneficiada com R$ 170 milhões de um programa de saneamento do governo federal em 2009, Lauro de Freitas deverá ter 95% dos domicílios interligados à rede de esgotamento da Embasa quando as obras estiverem concluídas. Parte da empreitada já foi executada, mas não há informações precisas. O projeto, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano do governo estadual, prevê a construção da rede coletora de esgotamento sanitário do município e sua ligação ao emissário submarino de Jaguaribe, em Salvador, através do duto que está sendo implantado na avenida Paralela. Está prevista a implantação de 287 quilômetros de rede coletora de esgoto, 25 estações elevatórias (bombas), 33 quilômetros de linha de recalque (ligação da rede ao interceptor da Paralela) e 40 mil ligações domiciliares.

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Equus Clube do Cavalo, em Vilas do Atlântico, recebe este mês as provas da primeira Etapa do Circuito Norte e Nordeste de Hipismo, com competidores de vários estados. Durante o concurso, que começa na sexta-feira, dia 18, após as provas, visitantes e participantes podem participar de um happy hour diário, com a participação de uma banda. A entrada é franca, aberto a o público interessado. As provas compreendem alturas de 0,70m a 1,40m. No domingo haverá um Grande Prêmio, quando as dificuldades do percurso são maiores – e o prêmio também. Vai ser uma prova especial, na altura de 1,30/1,40m. São sete etapas ao longo do ano que, somadas as respectivas pontuações, consagram os campeões do Ranking Norte e Nordeste. Entre os concorrentes baianos que podem se destacar nas provas são a local Manuela Cunha (na foto acima, em treinamento), Renata Lima, Giulia Mello, Lívia Neves e Daniel Andrade.

Mapa do projeto apresentado pela CCR Metrô mostra ocupação da área da empresa

Empresa desconhece projeto da CCR Metrô O gerente comercial da empresa Central de Telhas, Sídio Arruda, entrou em contato com a redação da revista Vilas Magazine para informar que não tem conhecimento do projeto da CCR Metrô em que a área da empresa aparece ocupada pelo complexo da futura estação aeroporto da linha 2. De acordo com ele, a empresa continua operando normalmente e não tem qualquer intenção de se mudar dali. Uma equipe de engenharia da CCR Metrô apresentou em janeiro, a dezenas de pessoas reunidas num auditório da cidade, incluindo o prefeito Márcio Paiva (PP), mapas do projeto preliminar que mostram a área da Central de Telhas ocupada pela futura estação (acima). A equipe explicou ainda que a localização é uma condicionante técnica ligada a raios de curva e limites de aclive, não havendo outra opção. Apesar disso, o prefeito Márcio Paiva recusou a proposta da empresa, na mesma ocasião, afirmando que a estação deve ser construída em território de Salvador.

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eleição

Moema Gramacho será candidata à prefeitura de Lauro de Freitas

Márcio Paiva pede “sangue” em reação a críticas contra ele edmar de paulo

Reunião do Diretório Municipal do PT confirma précandidatura da ex-prefeita

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diretório municipal do PT de Lauro de Freitas confirmou em fevereiro o nome de Moema Gramacho para concorrer à prefeitura em outubro próximo. Deputada federal, Moema foi prefeita da cidade entre 2005 e 2012. Resolução do diretório, assinada pela vereadora e presidente municipal da legenda Naide Brito, aponta que o partido “está propondo uma discussão coletiva para composição da chapa majoritária”, sinalizando a abertura de negociações para a vaga de vice-prefeito. Entretanto, Moema Gramacho já se engajou no embate com o atual prefeito e chamou de “desequilibrada e de incitação à violência” sua declaração pedindo “sangue” na disputa. Capitalizando a reação de Paiva, Moema disse que, ao contrário, pretende pautar a campanha “com debates de conteúdo e propostas para a cidade, enfocando na cultura de paz e da não violência”.

O prefeito Márcio Paiva durante evento público: “quanto mais sangue, melhor”

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urante um evento público na cidade, em fevereiro, mas sem identificar adversários, o prefeito Márcio Paiva (PP) reagiu a críticas que teriam sido desferidas contra ele em rede social na Internet – e pediu “sangue”. Discursando, Márcio Paiva disse estar “preparado para a guerra” e que “quanto mais sangue, porque eu sou médico, é melhor, muito melhor”. A elevação do tom nas hostes governistas pode estar relacionada à confirmação da candidatura de Moema Gramacho. Os governistas até aqui contavam com a ausência da ex-prefeita nas urnas este ano. Na esfera estadual, PT e PP são aliados. Com a petista no páreo, o projeto de reeleição do prefeito Márcio Paiva (PP) passa a exigir mais atenção. A lista de prováveis candidatos à prefeitura este ano inclui ainda Chico Franco (DEM) e Gustavo Ferraz (PMDB).

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cultura

Teatro

Espetáculo de Lauro de Freitas é premiado em festival nacional de teatro

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espetáculo Gaiola, O Caçador de Solidão, da Cia. Távola de Teatro, de Lauro de Freitas, venceu a categoria “melhor espetáculo” no IV Festival de Monólogos - Teatro e Dança / Solos Brasileiros, realizado em fevereiro em Fortaleza (CE). Escrito e dirigido por Duzinho Nery, o já anteriormente premiado espetáculo tem Léo Santis como protagonista. O diretor levou ao festival também “O Candelabro”, com Ruth Marinho. O festival idealizado pela Cia. Palmas Produções Artísticas contou com 14 espetáculos do próprio Ceará, São Paulo, Piauí, Rondônia, Maranhão, Rio Grande do Norte e Bahia. A Cia. Távola de Teatro, que têm dois solos no seu repertório, teve os dois espetáculos selecionados. As peças foram apresentadas no palco do Theatro José de Alencar.

Leo Santis (esq) e Duzinho Nery trouxeram para Lauro de Freitas o prêmio de melhor espetáculo

Gaiola, O Caçador de Solidão, estreou em janeiro de 2010 e já foi apresentado em dez estados. A peça trata de um tema contemporâneo que afeta boa parte dos seres humanos – a solidão, vivida pelo personagem Antonio das Neves. Ele está determinado a viver um jogo psicológico próprio, alcançado pelas decepções e desilusões que experimentou durante toda a sua vida. Ambos os espetáculos integram uma trilogia de Duzinho Nery que culminará no terceiro espetáculo, com estreia prevista para 2016. Os monólogos voltarão ao Cine Teatro de Lauro de Freitas no primeiro semestre deste ano.

Projeto seleciona espetáculos para festival infantojuvenil em Salvador

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stão abertas as inscrições para grupos com trabalhos em teatro, dança, circo e música, voltados para o público infantojuvenil, para compor a mostra artística não competitiva do projeto Petiz - Festival de Arte para Infância e Juventude, que será realizada de 28 de maio e 5 de junho, em Salvador. O edital, de abrangência nacional, está disponível para consulta no site www.festivalpetiz.com.br e as inscrições devem ser realizadas até 16 de março, mediante o preenchimento de formulário e exclusivamente por e-mail. O projeto conta com apoio financeiro do Fundo de Cultura da Bahia, mecanismo de fomento à cultura gerido pelas secretarias de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) e da Fazenda (Sefaz), através do edital Agitação Cultural: Dinamização de espaços culturais. O Petiz - Festival de Arte para Infância e Juventude tem como objetivo pautar a importância da educação do sensível para crianças e jovens, e está em consonância com as políticas nacionais para infância e juventude. Para isso, busca potencializar a fruição artística no encontro da criança com a obra, por meio da realização da mediação cultural e da divulgação da produção artística voltada para infância e juventude, prevendo atividades como seminários, workshops e feira de consumo consciente. Os espaços da capital baiana que receberão os espetáculos do Festival são o Centro Cultural Alagados, situado no bairro do Uruguai, e Espaço Xisto Bahia, nos Barris. O projeto é uma idealização da REVEBERE, coordenada por Renata Berenstein, psicóloga e arte-educadora e da produtora C.R.I.A.R.E – Projetos Culturais e Educacionais, ambas com intensa atuação no cenário cultural baiano. Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito publico ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está estruturado em quatro linhas de apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais. Março de 2016 | Vilas Magazine | 21

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memória

Levante do Joanes: 202 anos de um episódio desconhecido

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prefeitura de Lauro de Freitas organizou, no final de fevereiro, evento comemorativo dos 202 anos do “Levante do Joanes”. Quatro mulheres, negras, de acordo com a prefeitura ligadas ao protagonismo do levante em 1814, foram homenageadas nesta edição: Francisca, Felicidade, Germana e Ludovina. O episódio é lembrado por iniciativa da prefeitura de Lauro de Freitas desde 2005, quando a data foi resgatada por meio de pesquisa da própria gestão pública da época – com exceção de 2013. Desconhecido, o “Levante do Joanes”, em 28 de fevereiro de 1814, teria sido precursor da documentada Revolta dos Malês, de 1835, em Salvador. O episódio, ocorrido às margens do Joanes, integraria uma série de mobilizações anteriores à Revolta dos Malês. O ativismo de negros muçulmanos é a marca da revolta contra a imposição do catolicismo aos escravos. “Malê” era um termo que designava os escravos que adotavam o islamismo como religião. O que o professor Sérgio Ferretti (UFMA) credita a Pierre Verger, Roger Bastide e Arthur Ramos sobre os acontecimentos da madrugada de 28 de fevereiro de 1814 localiza os fatos na “povoação de Itapoã” e não exatamente em Santo Amaro

Mirian Goldenberg

edmar de paulo

cultura

Cerimônia oficial no Terminal Turístico Mãe Mirinha de Portão registra data de Ipitanga. Ali, naquele dia, “cerca de 600 negros haussás – muçulmanos – sublevaram-se e armados invadiram casas e senzalas atacando a povoação de Itapoã, matando ou ferindo cerca de 20 brancos. Mais de 50 negros foram mortos nos combates”, afirma Ferretti no artigo “Revoltas de Escravos na Bahia em Início do século XIX”, de 1988. Diz o professor que Pierre Verger acreditava que os ingleses estivessem por traz do levante porque um dos que insulflava a revolta era escravo do cônsul inglês.

MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). www.miriangoldenberg@uol.com.br

Como enfrentar o medo? Se cada um buscar ser gentil, atencioso e respeitoso com o outro, já ajuda a minimizar este clima de violência

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uase todo mundo que conheço demonstra uma enorme preocupação com a crise política, social e econômica e, também, com a violência. Um professor de 47 anos disse: “Está cada vez mais difícil ser professor. Grande parte dos alunos participa e presta atenção na aula, outros ficam mexendo o tempo todo no celular e simplesmente me ignoram, e alguns são ostensivamente agressivos. Até parece que sou inimigo deles. Outro dia fiz uma pergunta e um aluno respondeu: sou contra. Perguntei: contra o quê? Ele só repetia: sou contra.”

Ele conta o que faz para continuar seu ofício: “Tento dar a melhor aula que eu posso, não me foco nos olhares de ódio e de desprezo de alguns. Procuro me concentrar no interesse dos outros alunos. Sempre adorei ser professor, mas já pensei em me demitir. Preciso ter muita força interna para não me sentir um fracasso. Se eu ficar com medo deles e desistir, a minoria acaba vencendo e se fortalecendo para agir com ainda mais violência”. Uma médica de 66 anos disse: “As pessoas estão cada vez mais agressivas, estúpidas e grosseiras. É como se a barbárie tivesse vencido a civilização. Tenho muito medo do caos, com cada um agindo para defender seus próprios interesses e destruindo quem pensa diferente. É o mal vencendo em todos os espaços sociais e contaminando todo mundo. Como disse Hannah Arendt, é a banalidade do mal”.

Ela continua: “Resolvi me proteger desta violência buscando ser a melhor versão de mim mesma e fazendo alguma coisa útil e positiva neste momento de tanta destruição. No meio desta crise, em vez de entrar em pânico ou ficar xingando todo mundo, comecei um trabalho voluntário com pessoas mais velhas e voltei a estudar. A minha filosofia de vida tem sido: não vou me tornar cúmplice da banalidade do mal”. Ela conclui: “Como enfrentar o medo? Se cada um procurar ser gentil, atencioso e respeitoso com o outro já contribui para enfraquecer este clima de violência. Em vez de ficar vomitando xingamentos na internet, em vez de tratar o outro como inimigo, basta se perguntar: o que eu posso fazer de bom para a minha própria vida e para a vida dos que me cercam?”. Desejo a todos os meus leitores e leitoras que neste ano, a esperança, a paz e o equilíbrio vençam o medo, o mal e a violência.

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Jaime de Moura Ferreira Ad­mi­nistrador, consultor organizacional, professor universitário, escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas. E-mail: jamoufer@atarde.com.br

Passado, presente e futuro

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odo ser humano possui três etapas em sua existência: passado, presente e futuro. A linha que define essas etapas é muito tênue, por isso bastante complicada para a compreensão. Em um determinado momento do presente, superamos um passado há um segundo e a um segundo entraremos no futuro. Assim é a vida. Como a administração desses tempos é de inteira responsabilidade da mente de cada um, torna-se necessário a dissecação do âmago dessas etapas, para que o ser humano não se perca nas ciladas, promovidas pela sua própria existência. O passado é o velho conhecido. Tem-se consciência de quase tudo que nele ocorreu, na condição de protagonista nesse grande palco onde encenamos uma parte de nossa vida. Para que serve o passado? Entre tantas, absorver a experiência e o aprendizado, verificar a qualidade de suas ações e realizações, e lembrar-se dos erros cometidos a fim de evitar a repetição. Porém, o que não se deve é viver do passado. Lamentar-se dos ocorridos, culpar o passado pela sua atuação no presente, e deixar de conquistar a felicidade, pelas lembranças amargas do passado. Viver do passado consome energias importantes e vitais. O presente é o aqui, agora. É o instante de nossa vida que está acontecendo. É o único momento da vivência humana. De acordo com o próprio conceito, o presente é uma dádiva. E, considerando que essa etapa se refere à nossa existência, torna-se uma dádiva divina, e que deverá ser vivida e exaltada. No presente podemos modificar as

consequências negativas do passado e criar perspectivas inefáveis para o futuro. Por isso, no presente está o sentido de nossa existência. Viver o presente nos traz sentimentos de satisfação, nos proporciona o desenvolvimento de ideias, evolui nosso aprendizado e crescimento e, portanto, nos promove felicidades. Porém, viver o presente é lutar contra o ciúme, egoísmo, inveja, vaidade, arrogância e rancores; nos proporcionar a falar e calar; nos levar a dominar impulsos negativos e promover os positivos; nos envolver em crises, preocupações e negatividades; poder evoluir nosso profissionalismo; e nos abrir caminhos para praticar a gratidão, solidariedade, amor ao próximo e buscar o Deus que nos oriente para o caminho do bem. O presente, também, nos leva às saudades do passado e a esperança do futuro. O futuro é o desconhecido, o incerto, o nosso risco. O futuro será, tão somente, um alvo a ser alcançado. A expectativa pelo futuro cria tensões e ansiedades. Porém, não devemos deixar de pensar no futuro, mesmo vivendo abastadamente o presente. Se a linha que limita essas etapas é muito tênue, tudo que construirmos no presente, logo será passado e futuro. Assim, não devemos viver na expectativa do futuro, mas não lhe permitir que nos pegue de surpresa. Ocorre que essas três etapas são as determinantes do sucesso ou fracasso humano, a depender dos sinais que enviemos ao nosso cérebro. E, para que essas informações sejam positivas e, com isso, podermos assumir o comando do nosso ego, através do controle consciente das auto diretivas, é necessário que nosso passado seja relembrado, revisto e reclassificado.

No passar da existência existem fatos positivos e negativos, acontecimentos que engrandecem, outros que deprimem, lembranças que machucam,e recordações que extasiam. Isso ocorre com todas as pessoas. No entanto, o que nos tornará diferenciado será a coragem para encarar, frente a frente, olho no olho, o passado. A partir dessa iniciativa podemos dominá-lo, melhorar nossa vida presente e definir o futuro. Ou, simplesmente, ser um prisioneiro do passado, sem presente, nem futuro. Lembremos que paciência e determinação são duas armas imprescindíveis em nossa vida. Da mesma forma que conversamos com o espelho, sobre o passado, façamos, agora, sobre o presente. Como está nosso trabalho, no momento? Estamos atingindo os objetivos? Temos produzido bons resultados? Estamos recebendo elogios dos superiores, colegas e subordinados? Estamos de bem com a vida? Como vai o nosso desempenho no lar, com a família? Temos reservado um tempinho para nossos amigos? Estamos cuidando de nossa saúde? Praticamos exercícios físicos, de acordo com nossa idade? Temos controlado o fumo e a bebida? Como vai nossa leitura? Estamos conseguindo poupar, um pouquinho, todo mês? Estamos gastando mais que o nosso orçamento determina? E as viagens, principalmente as de férias, estão ocorrendo? Temos conversado com o nosso Deus, específico de cada um? Assim procedendo, teremos certeza que estamos dirigindo as energias para nos transformar em uma pessoa diferenciada, portanto especial. Dessa forma, dominamos o presente e criamos condições para melhorar e atingir nossos objetivos, no futuro. Para concluir, lembremos:“nunca deixemos as tristezas do passado e as incertezas do futuro estragarem as alegrias do presente”. Março de 2016 | Vilas Magazine | 23

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região

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Projeto Tamar comemora 25 milhões de filhotes soltos

Projeto Tamar comemorou em 20 de fevereiro 35 anos de trabalho e 25 milhões de filhotes entregues ao mar. O dia foi marcado por solturas simultâneas de tartarugas em várias praias do Brasil, incluindo Busca Vida e Arembepe, em Camaçari e Praia do Forte, em Mata de São João. Um simbólico “Filhote 25 Milhões” iniciou na data a sua longa jornada rumo ao mar. No Centro de Visitantes do Tamar na Praia do Forte o cantor e compositor mineiro Milton Nascimento e o Dudu Lima

Trio apresentaram o novo CD Tamarear, da Som Livre, produzido em homenagem aos 35 anos do Projeto. “O Tamar usa a música de diversas maneiras para aproximar cada vez mais as pessoas da conservação das tartarugas marinhas e assim sempre conta com muitos artistas para chamar ainda mais a atenção do público e fazer novos aliados”, explica o coordenador nacional do Tamar Guy Marcovaldi. “O Milton é um desses nossos grandes amigos e inspiradores, faz parte da família há muito tempo, embalando nossos corações de estudantes desde o

começo”, disse. Com ele, o contrabaixista mineiro Dudu Lima (compositor, instrumentista e arranjador), destaque da música instrumental brasileira contemporânea, ao lado de Ricardo Itaborahy (piano, teclados, vocais) e Leandro Scio (bateria e percussão) “são fortes parceiros na proteção às tartarugas”. O grupo deu uma pegada “mineirobrazilian-jazz” à obra, explorando as sonoridades das cordas, dos vibrantes tambores, das vozes profundas, dos dedos ligeiros, em “Nada Será como Antes”, “Clube da Esquina Nº2”, “Travessia”, “Gran Circo”, entre outros clássicos da carreira de Milton – e mais duas especiais em parceria com o guitarrista norte-americano Stanley Jordan. A releitura comemorativa e músicas inéditas fizeram

Soltura de tartarugas em Busca Vida: nova geração comprova início da recuperação

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parte da apresentação no Tamar. Nova geração Em 2015, como resultado do esforço de conservação no litoral, o Tamar comemorou a ocupação das praias brasileiras por uma nova geração de jovens fêmeas de tartarugas marinhas. Ficou assim cientificamente comprovado o início da recuperação dessas espécies no Brasil. “Em uma só noite, no auge do verão, o litoral brasileiro produz aproximadamente 25 mil filhotes de tartarugas marinhas”, conta Marcovaldi – um número impossível de imaginar no início dos anos 80, antes do Projeto Tamar. Dados de 2010 a 2015 indicam o crescimento de mais de 86% no número de filhotes nascidos em relação aos cinco anos anteriores. Apesar disso, estima-se que no último ano apenas 7.350 fêmeas estiveram em processo de reprodução. Para Marcovaldi, o número ainda é pequeno, mas representa uma vitória porque no início do projeto as tartarugas marinhas eram poucas centenas na iminência de desaparecer. Originado do Museu Oceanográfico de Rio Grande com apoio dos órgãos ambientais federais, o Projeto Tamar constatou a matança de fêmeas de tartarugas marinhas e o consumo de quase todos os ovos por pescadores até o começo dos anos de 1980 – o que praticamente interrompeu o ciclo de vida desses animais no Brasil. Foi em 1981 que um grupo de oceanógrafos conseguiu viabilizar o nascimento de dois mil filhotes e, com o patrocínio da Petrobras, desde 1983 vem ampliando anualmente o número de tartarugas protegidas. Por fatores naturais, apenas uma ou duas de cada mil tartarugas vão chegar à

idade de procriação. Mesmo nascendo em segurança, é no mar que passam a maior parte da vida e onde enfrentam a maioria dos problemas, até que em 30 anos consigam atingir a idade adulta para começar a reproduzir. Redes de pesca, anzóis, degradação de áreas de desova, a poluição dos oceanos, além das mudanças climáticas e a fotopoluição – a principal ameaça na praia Vilas do Atlântico, que também é ponto de desova – são os principais inimigos das tartarugas e podem interromper a chance de recuperação das cinco espécies existentes no Brasil. O Projeto Tamar trabalha na pesquisa, proteção e manejo de cinco espécies de tartarugas marinhas, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta

caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). A instituição está presente em cerca de 1.100 quilômetros de praias em 25 localidades, incluindo áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Reconhecido internacionalmente como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação marinha do mundo, seu trabalho socioambiental, desenvolvido com as comunidades costeiras, é modelo para outros países.

Escola de Camaçari ganha livros para ensino de idioma Thiara Reges Freelancer para a Vilas Magazine

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ano de 2016 começa com novas fontes de conhecimento para uma centena de crianças da Região Metropolitana de Salvador. Ao todo 150 livros de inglês foram doados para a Escola Municipal Zumbi dos Palmares, instituição que funciona na área que pertence ao Terreiro de Lemba, no município de Camaçari. A doação foi feita pelo baiano Gabriel Portela, que há quatro anos estuda na Christopher Columbus High School, em Miami. Cerca de 118 crianças, da educação infantil até o 5º ano do ensino fundamental, passam a ter aulas do idioma a partir deste mês e podem ler, entre as publicações doadas, uma versão do romance Romeu e Julieta para

crfianças. (Romeu e Julieta é um clássico da literatura mundial, escrita entre 1591 e 1595, nos primórdios da carreira literária de William Shakespeare, sobre dois adolescentes cuja morte acaba unindo suas famílias, outrora em pé de guerra. Foi publicada pela primeira vez em 1597). A instituição é coordenada pelo tata de inquice Táta Ricardo Tavares, líder espiritual do Terreiro de Lemba, e por quatro anos consecutivos recebeu a maior nota em alfabetização no estado pelo índice da Provinha Brasil do Ministério da Educação.

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Entidade de saúde condena uso de fumacê e larvicidas contra Aedes

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uso de nebulizações químicas – o popular fumacê – e larvicidas no combate ao mosquito aedes aegypti foi criticado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Para a entidade, os tradicionais recursos de combate ao mosquito não são efetivos e não diminuem a infestação, podendo mesmo provocar danos à saúde das pessoas. Em nota técnica, grupos temáticos da Abrasco verificam a “intensificação do controle vetorial do Aedes aegypti, dentro da mesma abordagem utilizada para a dengue

e que, há cerca 40 anos, é realizada sem efetividade para os objetivos pretendidos”. A Abrasco defende que, em vez do fumacê, o governo priorize o saneamento ambiental e o fornecimento de água. Para a entidade, os principais fatores responsáveis pela crise de saúde pública que o país vive são a degradação das condições de vida nas cidades, o saneamento básico inadequado – particularmente no que se refere à dificuldade de acesso contínuo a água – a coleta de lixo precária, o esgotamento sanitário e o descuido com a higiene de espaços públicos

Análise

Zika preocupa, mas histeria ainda não é lógica Embora relatos médicos as­ sustem, taxas de micro­cefalia são inferiores à de outras más-formações na gravidez

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or mais assustador que seja o rápido avanço do vírus da zika e a sua associação com os casos de microcefalia, as estatísticas disponíveis mostram que, por enquanto, nãohá lógica para o clima de histeria coletiva hoje no país. Comparando os casos suspeitos de microcefalia (4.783) de agosto de 2015 até 30 de janeiro com a taxa de natalidade brasileira, há três registros da máformação para mil bebês nascidos vivos. Se levado em conta apenas os casos confirmados de microcefalia (404), a taxa é de 0,27para cada mil. Lembrando que a estimativa é bastante conservadora, já que nem todos os casos de microcefalia têm elo com a zika. Embora os relatos médicos sobre o avanço da microcefalia suscitem preocu-

pação, as taxas ainda são bem inferiores às de outras más-formações mais comuns na gravidez. A taxa de sífilis entre bebês de atéum ano, por exemplo, é de 4,7 casos por mil. Sem tratamento precoce, as crianças podem ter cegueira, surdez e retardo mental. Toxoplasmose e infecções causadas pelo citomegalovírus também são causas conhecidas de más-formações fetais (entre elas a microcefalia) e apresentam taxas de incidência muito maiores do que as associadas ao zika. A diferença entre essas doenças e a infecção pela zika é o conhecimento acumulado sobre os reais riscos e os meios de prevenção (exames, grávida tem que bancar vacinas, remédios). Em relação à zika, o desconhecimento é ainda quase que total. Como ocorre a atuação do vírus no organismo humano e a infecção do feto? Existem algumas suposições, mas zero de certezas. Qual o período de maior vulnerabilidade para a gestante? O risco está associado aos primeiros quatro meses de gravidez, mas também não há garantia de que depois disso

valter campanato / abr

saúde pública

e particulares. Para chegar a essa conclusão, os grupos técnicos analisaram a distribuição espacial por local de moradia das mães dos recém-nascidos com microcefalia – ou suspeitos disso. A ocorrência é maior nas áreas mais pobres, com urbanização precária e com saneamento ambiental inadequado, com provimento de água de forma intermitente. Isso levaria as populações ao “armazenamento domiciliar inseguro de

o perigo esteja descartado. Não existem respostas nem para as questões básicas, como quantas pessoas já foram infectados pelo zika ou quantas gestantes já pegaram o vírus e o feto teve microcefalia. Pesquisas estão feitas no Brasil e no mundo e espera-se que, em breve, haja mais respostas, inclusive, as que relacionem o vírus aos casos de má-formação fetal. No mês passado, ao declarar uma “emergência internacional” o avanço dos casos de microcefalia ligados à zika, a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez duas recomendações básicas. A primeira é a necessidade de haver vigilância e registro para microcefalia e outros distúrbios neurológicos de forma padronizada. Os Estados brasileiros têm usado critérios diferentes para os registros, o que deixa totalmente incerto o “mapa” da microcefalia no país. Sem contar que, em anos anteriores, havia subnotificação dessas más-formações, o que torna ainda mais difícil a comparação. A segunda recomendação da OMS é que haja uma pesquisa intensa para reunir os registros de microcefalia e distúrbios neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré, e determinar por meio de estudo de casos se há uma ligação de causa apenas com o vírus da zika ou se existem outros fatores associados. VACINAS A ausência de vacinas e de testes sorológi-

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água, condição muito favorável para a reprodução do Aedes aegypti, constituindo-se em criadouros que não deveriam existir”. De acordo com as autoridades de saúde, a eficácia do fumacê depende da observância de uma série de detalhes técnicos, como o horário da aplicação – pouco antes ou depois do nascer ou pôr do sol – a regulagem do equipamento, o controle de qualidade do spray, a velocidade do vento e capacitação técnica dos aplicadores, entre outros fatores. Para a Abrasco, há um “lado invisível”, o dos danos ao ambiente e à saúde humana decorrentes do uso de produtos químicos no controle vetorial, que ainda não foi devidamente estudado. “Seus efeitos nocivos são totalmente desconsiderados tanto no agravamento das viroses, quanto no surgimento de outras patologias tais como alergias, imunotoxicidade, câncer, distúrbios hormonais, neurotoxicidade, dentre outras”, anota a entidade.

cos imediatos são fatores que colaboram para o estresse coletivo. As falas de autoridades em saúde também não ajudam. Ao anunciar, dia 5 de fevereiro, a presença do vírus da zika em amostras de saliva e urina, a Fiocruz recomendou, entre outras coisas, que as grávidas evitem circular em locais com aglomeração de pessoas. Traduzindo: que esquecessem o Carnaval, os shoppings, o ônibus lotado. A orientação vem a se somar a outras, como se entupir de repelentes diariamente e usar roupas compridas e meias em pleno verão. Ok, é melhor pecar pelo excesso do que pela falta. Mas e a contrapartida do poder público? Quase nenhuma. Repelentes, por exemplo, a grávida tem que bancar. Em vez de tantas orientações, muitas delas inviáveis, governos deveriam fornecer informações precisas para que as pessoas tomem suas decisões, como bem lembrou o infectologista Esper Kallas. Uma boa iniciativa seria criar meios para mapear a circulação do vírus da zika em tempo real e informar a população. Os casos de microcefalia espelham uma circulação do vírus de quase um ano atrás, não necessariamente é a atual. Informação, não interdição. É disso queas grávidas precisam. Cláudia Collucci / Folhapress.

Nossa Opinião

A culpa é das autoridades

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tríplice epidemia que atinge a Bahia – dengue, chykungunya e zika – é culpa do cidadão comum, dizem as autoridades. Afinal, cabe às pessoas eliminar pontos de acumulo de água, por exemplo. Todos conhecemos o discurso. O que pouco se diz é que a responsabilidade, no sentido lato do termo, sempre foi e continua a ser das autoridades. Conviver com o mosquito transmissor da dengue não é destino, mas escolha. Em geral, uma escolha das autoridades. O Brasil conseguiu erradicar o inseto na década de 50, como efeito colateral do combate à febre amarela – uma ação bem sucedida e de responsabilidade das autoridades. E se o vetor voltou ao país no final da década seguinte foi por relaxamento das medidas sanitárias, igualmente de responsabilidade das autoridades. O resultado disso é que, vinte anos depois, tivemos a primeira epidemia de dengue – e de lá para cá a situação só piora. Há cerca de 30 anos convivemos com epidemias do vírus no país. Por escolha, não por destino. Se os cidadãos não fazem a sua parte por bem, há que obrigá-las por meio de ações e sanções legais. Anos atrás a prefeitura de Lauro de Freitas obteve na Justiça o direito de invadir imóveis suspeitos de manter focos de mosquitos da dengue. Agora, a escassos dias do fim de julho, a secretaria municipal de Saúde voltou a obter autorização semelhante. Pode resultar em alguma coisa se realmente houver a ação de fiscalização, que podia começar pelas visitas a quem não impede a inspeção das autoridades. Quando foi a última vez que um agente da dengue bateu à sua porta?

A tendência à culpabilização dos cidadãos, por conveniência também ignora uma situação de fato: grande parte da população habita aglomerados habitacionais subnormais em que as atuais medidas sanitárias são absolutamente inócuas. Como eliminar focos do mosquito em meio a compostos urbanos com esgoto correndo a céu aberto? Qual dos senhores responsáveis pelo combate ao mosquito arrisca afirmar que a dengue é prioridade nessas áreas? Há piscinas abandonadas em casas fechadas, sim. Há caixas d’água descobertas, pratos de vasos de plantas com água acumulada, há sim. Mas essa é parte fácil de resolver. A etapa complicada está descrita nos índices de infestação predial – medida adotada pelo governo federal para determinar onde o risco de epidemia é maior – mas por região, não por município. Lauro de Freitas, por exemplo, exibia índice de alerta no conjunto do seu território há um ano. O índice atual é desconhecido, já que a prefeitura não divulga os números mais recentes. Já ficou provado, no tempo em que as autoridades divulgavam os índices por região, que o quadro pode variar muito de um bairro para o outro. Adotar critérios de maior transparência nesse quesito ajudaria a aumentar a pressão sobre as autoridades, responsáveis por dar combate ao mosquito, inclusive tratando as condições sanitárias de determinadas regiões. Culpar o cidadão pode ser mais confortável, mas não vai produzir resultados. Carlos Accioli Ramos, diretor-editor da revista Vilas Magazine.

Editorial publicado na edição 199, de agosto de 2015. Reproduzido nesta edição, sete meses depois, devido seu teor se manter atualizado.

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turismo

CAMINHOS DE BELÉM Aos 400 anos, capital paraense oferece gastronomia inventiva e passeios de barco por comunidades ribeirinhas 28 | Vilas Magazine | Março de 2016

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calor é de matar. Os termômetros marcam 40ºC, mas é a roupa grudada na pele suada que dá o melhor indício da temperatura. O sol amazônico castiga o asfalto de Belém, capital paraense que celebrou 400 anos em 12 de janeiro, e transforma a cidade em uma verdadeira estufa. A falta de ventos, bloqueados pelos altos prédios erguidos nos últimos anos, deixa ao belenense e turistas, uma opção bem interessante: pegar um barco, singrar os rios e descansar à sombra da mata de uma das 47 ilhas que formam a região metropolitana. À medida que a embarcação se afasta da cidade pelas águas amarronzadas do rio Guamá, os edifícios dão lugar a palmeiras de açaí e castanheiras que podem chegar a 80 metros de altura. Ruas se transformam em igarapés e em “furos”, pequenos rios com casas à margem. As motocicletas se tornam rabetas (lanchas), enquanto ônibus viram os popopós: barcos de madeira que transportam pessoas entre Belém e os arredores e que recebem esse nome por causa barulho repetitivo do motor. Um dos principais destinos é a ilha do Combu. Nos fins de semana e feriados, mora-

dores da cidade atravessam o 1,5 quilômetro que separa a capital e o lugar em busca dos diferentes restaurantes e bares para comer, beber e, é claro, dançar tecnobrega. Lembre-se: estamos na terra de Joelma, Ximbinha (que adotou o X desde o fim da banda Calypso) e Gaby Amarantos. Mesmo na mata, o som dos pássaros rivaliza com a batida eletrônica. Para o turista, uma das opções é o restaurante Saldosa Maloca (assim mesmo, com L), com comidas típicas como tambaqui na brasa (R$ 75, para duas pessoas) e o prato Dom Alcides (R$ 63, a porção individual), que leva arroz com jambu, um vegetal usado na gastronomia local que deixa a boca dormente. Entre o almoço e a sobremesa, de preferência um sorvete de açaí, é possível entrar no rio e se refrescar. Seguindo pelas águas do furo, a mata passa a ficar mais densa e a abafar as caixas de som dos restaurantes. É onde está a propriedade de dona Nena, que planta cacau à beira do rio e produz um chocolate concentrado (leia na pág. D7) usado em receitas de restaurantes famosos, como os dos chefs Alex Atala, em São Paulo e Thiago Castanho, em Balém. O visitante é recepcionado com uma mesa farta de café regional, preparado por

ela com produtos plantados ali mesmo. As visitas precisam ser agendadas pelo telefone (91) 99616-0648 e custam de R$ 40 a R$ 70. Outros moradores também abrem as portas de suas casas, onde é possível conhecer de perto a vida dos ribeirinhos. Em Boa Vista do Acará, ainda no rio Guamá, um desses moradores é seu Ladir, 74. Há mais de dez anos ele se senta em um banquinho no quintal e mostra castanhas-do-pará recém-caídas no solo a grupos curiosos. Com um facão, corta a casca até surgir a carne branca da semente. As galinhas ficam em polvorosa para tentar roubar algum pedaço. Após passar por igapós, áreas alagadas propícias para o nascimento de palmeiras de açaí, é hora do show de Ladir. Ele pega folhas do açaizeiro e faz um traçado, chamado pegonha, e usa nos pés para subir nas árvores, que podem chegar a mais de 20 metros de altura. “Só caí quatro vezes”, garante. O pôr do sol é sinal de que é hora de voltar a Belém. No barco, à medida que prédios surgem no horizonte, não é difícil ver rabetas com caixas de som prateadas rumo às festas de aparelhagem, os famosos shows de tecnobrega. A noite está só u começando no Pará. divulgação

Belém nasceu aqui. O centro histórico reúne o Forte do Presépio, o conjunto Feliz Luzitânia e a catedral da Sé. Ao fundo, o mercado do Ver-o-Peso. Março de 2016 | Vilas Magazine | 29

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turismo

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m vez de barqueiros transportando cestos cheios de açaí pelo porto, quem estivesse em Belém no final do século 19 encontraria trabalhadores descarregando navios vindos da Europa com queijos franceses, vinhos e roupas finas. Impulsionada pelo auge (e pelo dinheiro) do ciclo da borracha, a cidade vivia a sua “belle époque” e ganhava adjetivos, como “Paris tropical”. O fim do látex trouxe graves problemas para Belém. Hoje, 400 anos após sua fundação, 86% dos turistas criticam a limpeza urbana e 83% deles reclamam da falta de segurança, segundo uma pesquisa da Secretaria de Estado de Turismo feita em 2014. Mesmo assim, a capital paraense recebeu 640 mil visitantes em 2015 – pessoas que, ao andarem pela capital, certamente esbarraram em resquícios de seu apogeu, como o Theatro da Paz, construído em 1878. A casa de espetáculos, que recebia óperas e peças estrangeiras, até hoje está em funcionamento e coloca em cartaz

produções nacionais e um festival de ópera. O prédio, construído pelos barões da borracha, é aberto a visitação – ingressos custam R$ 6. Na Cidade Velha – parte histórica onde a cidade nasceu –, à beira do cais, o Ver-oPeso é parada obrigatória. No mercado a céu aberto, é possível ver mulheres fazendo o tradicional tacacá (acima), comida

regional preparada com tucupí (sumo da mandioca, previamente fervido com alho e chicória), camarões secos graúdos, goma (feita com a massa fina e branca resultado da lavagem da mandioca ralada) e jambú (planta considerada afrodisíaca), além de comprar castanhas, açaí, e uma variedade exclusiva de frutos regionais. Se a fome apertar, barracas vendem o famoso peixe fruto com açaí (a bebida é servida pura, sem os acompanhamentos introduzidos em outros lugares). Do outro lado da rua, fica o mercado de carnes, prédio do século 19, que mantém as estruturas de ferro que emulam a arquitetura inglesa. Na Cidade Velha está o Parque Naturalístico Mangal das Garças, criado pelo governo do Pará em 2005, com 40 mil metros quadrados, às margens do Rio Guamá, com lagos, aves amazônicas além de um borboletário, o Memorial Amazônico da Navegação e um qualificado restaurante, denominado Manjar das Garças. A entrada é grátis, como a exuberante vista do rio. O lugar é um dos pontos turísticos mais elogiados de Belém. Bruno Molinero / Folhapress.

Criatividade gastronômica pulsa e estimula turismo

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esde a sua fundação, Belém tem uma conexão especial com os produtos da terra – açaí, castanha, mandioca. Não à toa, hoje a cozinha é um de seus pilares, a ponto de a capital paraense ter sido

incluída, em dezembro, na lista de Cidades Criativas da Gastronomia da Unesco. Esse movimento começou a se consolidar há cerca de 40 anos, em grande parte graças ao chef Paulo Martins (esq.). Morto em 2010, o arquiteto cresceu entre panelas e desenvolveu um gosto por surpreender o paladar dos amigos. Na década de 1970 fundou o Lá em Casa (laemcasa.com), restaurante que até hoje serve pratos locais e adaptações de receitas que ele criou. “O arroz de jambu foi o primeiro prato que usou essa erva fora do tacacá ou do pato”, diz Joanna Martins, filha de Paulo e diretora do Instituto Paulo Martins. Hoje, o Lá em Casa divide reconhecimento com o Remanso do Bosque (facebook.com/remansodobosque) e o Remanso do Peixe, do chef Thiago Castanho (dir.). Apesar dos avanços vindos com o pioneirismo de Martins, Castanho conta

que muitos clientes (mesmo paraenses) ainda se surpreendem com ingredientes que provam nas casas. “As pessoas me perguntavam o que estavam comendo e onde poderiam comprar os produtos”, conta ele, paulo sarraf / Folhapress

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que trabalha em parceria com pequenos produtores locais. Nos pratos (e na mercearia do Remanso do Bosque) são encontrados ingredientes como rótulos da cervejaria artesanal Amazon Beer, os chocolates feitos por Dona Nena, na ilha do Combu, e a cachaça de jambu, de Leodoro Porto. A valorização da cozinha tem levado a Belém investimentos como faculdades de gastronomia e o Centro Global de Gastronomia e Biodiversidade, a ser inaugurado em agosto – parceria entre poder público, Instituto Paulo Martins e Sebrae, que incentivará o turismo gastronômico. Com o Centro, eventos serão adicionados à agenda local, que já inclui, por exemplo, o Festival Ver-o-Peso (de 21 a 29 de maio). Um deles é o Diálogos Gastronômicos, com chefs de todos os continentes, de 21 a 29 de agosto. “A tapioca brasileira, o crepe francês e o taco mexicano são similares”, diz Joanna, uma das organizadoras. “A ideia é trazer cozinheiros que trabalham com pratos e ingredientes distintos, mas semelhantes aos nossos, e procurar formas de aprimorá-los.”

ricardo silva / divulgação

1 raimundo pacco / Folhapress

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Ver-o-peso começa na madrugada É antes do nascer do sol que o mercado Ver-o-Peso, considerado a maior feira livre da América Latina, inicia seu movimento. É quando barcos trazem de peixes a frutas e ervas. À tarde, a atenção vai para o artesanato e os frasquinhos coloridos que prometem curar doenças e mau olhado. Nathália Monteiro dos Santos / Folhapress.

ALGUNS MOTIVOS PARA VISITAR BELÉM: Peixe Filhote na brasa (1); Procissão do Cí­rio de Nazaré, que reúne 2 milhões de devotos no segundo domingo de outubro, desde 1793 (2); Complexo gastronômico Estação das Docas (3), de onde se pode contemplar o pôr-do-sol na Baía de Guajará, depois da infalível chuva da tarde (4).

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comportamento

Quando a tecnologia dói Passar muito tempo com o corpo curvado para mexer no celular causa dor e problemas ortopédicos

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estudante Beatriz Carvalho, 14, sentia muitas dores nas costas. Suspeitando de escoliose ou algo do tipo, procurou por um ortopedista. A causa de tanto transtorno? O uso intensivo do

aparelho celular. Ao digitar no celular, geralmente abaixamos a cabeça e tensionamos os ombros e braços para segurar o aparelho. Um estudo publicado no periódico Adriano Vizoni / Folhapress

“Fico o dia todo no celular. Acho que fico umas 10 horas, no mínimo. A gente acaba se curvando e nem percebe, feito uns velhinhos SABRINA GHETTI, 15

“Surgical Technology International” avaliou a tensão na coluna cervical – região do pescoço – conforme a inclinação da cabeça. Em posição neutra, a cabeça de um adulto pesa entre 4,5 kg e 5,4 kg. À medida que a cabeça se inclina para baixo, o pescoço passa a sustentar cada vez mais peso. Quando a cabeça está inclinada 15º, por exemplo, o pescoço tem que suportar 12 kg. Quando a inclinação é de 30º, o pescoço tem que suportar cerca de 18 kg e quando a inclinação é de 60º, o pescoço suporta 27 kg, seis vezes mais do que o peso real da cabeça. “Os músculos [da região do pescoço e dos ombros] ficam contraídos e pouco oxigenados. Isso traz dor e sensação de formigamento e queimação”, diz a médica Liliana Jorge, do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Além das dores, existe o risco do surgimento de lesões mais sérias. “A gente sabe de casos de pessoas que passaram muito tempo da vida com o pescoço inclinado e desenvolveram artrose”, diz Liliana. “Colocar a cabeça para baixo aumenta a cifose – curvatura – torácica. Esse desvio do eixo da coluna para frente sobrecarrega a lombar, uma região que tende ao desgaste com o passar do tempo”, diz Christina May De Brito, coordenadora do Centro Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. Há ainda o problema de ficar o dia inteiro digitando. “As pessoas passam horas navegando e sentem dores que são causadas por movimentos de repetição”, diz Paulo Renato Fonseca, médico especialista em dor. como velhinhos “Passo o dia todo no celular. Acho que fico umas 10 horas por dia, no mínimo”, diz a estudante Sabrina Ghetti, 15. “A gente acaba se curvando e nem percebe, parecemos uns velhinhos”, diz. Beatriz também diz conseguir ficar longe do celular. “Quando não estou nele, estou pensando no que está acontecendo de bom nele. Muitas vezes não acontece nada, mas continuo olhando”, diz Beatriz. Sabrina conta que, quando as dores

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estão fortes, ela se espreguiça e tenta fazer algum tipo de alongamento, mas reconhece que a correção da postura não dura muito tempo – e a dor retorna. A recomendação geral de todos especialistas ouvidos pela reportagem foi a de diminuir o uso do celular. “Mesmo se você corrigir a postura, o estrago pelo tempo que você passou digitando já foi feito”, diz a médica Liliana Jorge. O ortopedista procurado pela Beatriz chegou a prescrever um mês sem celular. Mas a estudante nem cogitou a possibilidade. “Nem tentei [ficar sem celular], mas comecei a fazer natação, porque o médico disse que ajudaria na dor”, diz ela. Como ficar sem o celular não é opção para

muitas pessoas além de Beatriz, os médicos recomendam alguns cuidados: elevar o aparelho de modo que o centro da tela fique na altura dos olhos e, assim, não abaixar tanto a cabeça, e apoiar braços e antebraços para que não fiquem sobrecarregados. Além disso, exercícios para fortalecimento dos músculos, como ioga, pilates ou até mesmo a tradicional musculação, podem ajudar. O médico Luiz Fernando Cocco, coordenador de ortopedia do Hospital Samaritano, de São Paulo, também recomenda pausas de 15 minutos cada vez que o usuário passar mais de 40 minutos mexendo no celular. Gabriela Malta / Folhapress.

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saúde & bem-estar

Manter higiene pessoal é boa maneira de evitar furúnculos

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s furúnculos são infecções na pele, geralmente causadas por uma bactéria, e que podem se propagar com facilidade quando a pessoa não tem

uma boa higiene pessoal. Por isso é muito importante, lavar sempre as mãos, ser asseado e cuidar das roupas de cama e de banho é importante.

Em alguns casos, o furúnculo surge sem que a pessoa tenha sido contaminada por outra. “Não necessariamente a infecção foi por contágio de outra pessoa, mas, sim, por auto-contágio. Ou seja, a bactéria que fica alojada por cima da nossa própria pele acabou penetrando pela barreira cutânea, seja por um machucado ou ferida, e causou infecção e inflamação nas camadas mais profundas”, afirma a Luciana Maluf.

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Mesmo que a pessoa tenha bons hábitos de higiene, é possível que ela seja alvo dos furúnculos. Por uma questão hereditária, algumas famílias são alvos fáceis da bactéria S. aureus, causadora desse tipo de dano na pele. Também há mitos em relação às causas da doença. “Algumas pessoas imaginam que o organismo está se limpando de impurezas e de toxinas por meio dos furúnculos. ou que está se limpando, drenando, se livrando dessas impurezas, o que não faz o menor sentido dada a característica da lesão”, diz Claudio Wulkan, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Espremer ferida não causa câncer Furúnculos não devem ser espremidos, mas espremê-los não faz surgir câncer de pele. “Muitas pessoas espremem lesões que já eram uma pinta ou câncer da pele, pensando ser furúnculos. As lesões evoluem e, quando vão ao médico e recebem o diagnóstico, pensam que foi porque espremeram a suposta espinha”, diz a dermatologista Renata Gonçalves Guelli.

idade Os furúnculos são mais comuns em pessoas com um perfil bastante específico, como aquelas que já estão bastante debilitadas por algum outro tipo de doença. “Acomete principalmente adolescentes

e adultos jovens, portadores crônicos da bactéria S. aureus, diabetes mellitus, com obesidade, higiene precária e estados de imunodeficiência”, diz a dermatologista do Dr. Consulta Maria Cecilia Melhen. William Cardoso / Folhapress.

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viver bem

Músculo precisa de alimentos certos para se manter saudável

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em só de atividade física vive o músculo. Além de exercícios, eles precisam de alimentos que ajudam no seu fortalecimento e na geração de energia para suportar os treinos. Segundo especialistas, as

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fibras musculares podem utilizar, dependendo do treino a que são submetidas e da intensidade e duração desse treino, qualquer um dos alimentos chamados macronutrientes: proteína, carboidrato ou gordura. ‘Um organismo bem nutrido, com as quantidades corretas de nutrientes, terá uma melhor performance‘, afirma a nutróloga e endocrinologista Juliana Bicca. Outra dica importante, de acordo com especialistas, é que essa dieta equilibrada esteja presente em três refeições principais diariamente café da manhã, almoço e jantar e em dois lanches leves e uma ceia. “As refeições principais devem conter quantidades balanceadas de todos os macronutrientes [proteína, carboidrato e gordura] e os lanches devem ser mais leves, como por exemplo frutas secas ou oleaginosas [vegetais que contêm a chamada gordura boa, como castanhas e nozes]”, ressalta Juliana. O educador físico Michel Gaido Garcia diz também que após os 40 anos, é necessário ficar mais atento ao cardápio. “Aos 40 anos ou mais é quando a perda de proteínas e minerais começa a aumentar. Por isso, é necessário ter um cardápio totalmente individualizado, baseado no gasto energético do indivíduo, devendo ser prescrito por nutricionista”, afirma Garcia. É nessa faixa etária também que as taxas hormonais começam a cair, principalmente nas mulheres, o que dificulta no ganho de massa muscular — também pode ocorrer a perda de massa. “Pessoas que se mantiveram saudáveis e ativas por toda a vida terão muito menos risco, por isso a melhor alternativa é a prevenção”, diz Juliana. Bárbara Souza / Folhapress.

Dietas podem causar danos aos músculos Evitar determinados tipos de alimentos pode causar danos aos músculos. “Pessoas que não consomem carne por exemplo, podem ter deficiência de ferro e vitaminas D e do complexo B e isso pode trazer prejuízo à saúde muscular”, diz a endocrinologista Juliana Bicca. Segundo ela, uma dieta saudável precisa conter vitaminas D e B, proteínas, ômega-3 e carboidratos de baixo índice glicêmico.

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mundo pet

Cão barulhento. O que fazer? Especialista explica que é preciso identificar a causa para corrigir o cão

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eclamações dos vizinhos, multa de condomínio e você já não sabe mais o que fazer porque seu cãozinho não para de latir? Realmente, esse pode ser um problema frequente para quem tem um cachorro. Mas, como resolver? A adestradora Tarsis Ramão, explica que antes de entrar em desespero e encher o pet de broncas, é preciso saber o motivo de tanto barulho. Muitas podem ser as causas da vocalização excessiva. Cães ansiosos, muito ativos e que passam muito tempo ociosos podem estar latindo demais por terem muita energia concentrada. Ou seja, precisam de mais exercícios e atividades. “Broncas, nesse caso, podem aumentar a ansiedade e, consequentemente, os latidos”, explica. Passeios diários, de pelo menos meia hora, e brincadeiras com bolinhas podem ajudar a gastar toda essa euforia. “E, quando o cão estiver sozinho, procure deixar muita diversão para ele nem se lembrar de latir. Ossos comestíveis, brinquedos em que se coloca ração e petiscos, ou mesmo espalhar essas recompensas pela casa, deixam o melhor amigo entretido, menos ansioso e entediado por estar sozinho.” Mas, existem alguns cães que latem para defender seu território e, por conta de outros animais, pessoas, carros e estímulos que ele assiste ao longo do dia. Nesses casos, muitas vezes, só de restringir sua visão a tudo isso já é o suficiente para acabar com os latidos. “Se possível, cubra o portão ou sacada de forma que ele não acompanhe tanta movimentação e fique menos irritado. Fique atento também para você não ser o grande responsável por ele aprender a se comunicar latindo em excesso. Muitos cães aprendem com o próprio dono que latir sem parar é a melhor maneira de ganhar o que quer, inclusive atenção, mesmo que em forma de bronca”, ensina.

Segundo a especialista, quando, por exemplo, uma bolinha vai para debaixo do sofá e o cão late insistentemente e o dono pega o brinquedo, ele entende que a maneira de conseguir o que quer é latindo.

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Ou mesmo quando está conversando com outras pessoas e ele insiste pela sua atenção com latidos e você para a conversa, mesmo que para corrigi-lo, mais uma vez você pode incentivar esse comportamento. “Muitas vezes, o melhor é ter um pouco de paciência e ignorar esses pedidos, e só dar atenção quando ele parar de latir”, explica. Algumas bronquinhas podem ajudar a silenciar o amigo. Borrifar água no focinho na hora do latido, um barulho inesperado com uma lata cheia de moedas no momento em que ele começar a reclamar podem superar o problema, segundo ela. Mas, o ideal é sempre consultar um adestrador e especialista em comportamento animal, para identificar os reais motivos dos latidos e avaliar se realmente é necessário utilizar uma bronca e qual seria a mais indicada. “Porque, como foi dito, a bronca mal utilizada pode ser entendida como atenção pelo seu bichinho, e deixá-lo mais ansioso ou mesmo perder o efeito.” Conhecer o que leva o cão a ficar tão barulhento, latindo sem parar por muito tempo, educá-lo utilizando as estratégias e ferramentas corretas é o que vai ajudar a extinguir os latidos e a trazer de volta a harmonia entre o tutor e os vizinhos, salienta Tarsis.

Não descuide das vacinas do seu pet

s animais de estimação fazem parte da vida da maioria das famílias. Além de fazer companhia para seus donos, eles proporcionam diferentes benefícios para adultos e crianças, despertando na pessoa a paciência, afeto, sociabilidade, entre outros sentimentos e até mesmo melhorias na saúde, pois amenizam a hipertensão arterial, especialmente em idosos. Ainda assim, especialistas em saúde animal alertam os proprietários sobre a importância de manter as vacinas sempre em dia, protegendo não apenas o animal, mas toda a família. A veterinária e professora da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP, Mitika Hagiwara afirma que mesmo que o animal esteja com as vacinas em dia, ele pode ser portador de agentes responsáveis por doenças graves. “Os gatos, por exemplo, podem transmitir a toxoplasmose, para a qual não há vacinas. Além disso, crianças pequenas não sabem os cuidados higiênicos para evitar contato com as secreções e as excreções dos animais”, explica.

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A especialista afirma também que todos os donos de animais de estimação estão sujeitos ao desenvolvimento de zoonoses, que são as doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais e homens. Segundo ela, para a prevenção das zoonoses, a imunização e o controle de ectoparasitas e endoparasitas são necessários. “A vacinação anual de cães e gatos protege os animais e seus proprietários contra diversas enfermidades, como a leptospirose. Porém, existem zoonoses para as quais não se tem a imunização efetiva dos animais, como a leishmaniose (infecção que causa feridas na pele) e a melhor ação é mesmo a prevenção.” Conforme a veterinária, dois grupos possuem maior risco para a aquisição de zoonoses: as crianças abaixo dos cinco anos e as gestantes. Segundo ela, as crianças com menos de cinco anos de idade são as mais propensas a adquirir estas infecções por não terem consciência dos bons hábitos de higiene e saúde, quando acabam tocando superfícies e materiais contaminados e ingerindo microorganismos causadores dessas enfermidades. “Como o sistema imunológico ainda não está completamente desenvolvido, aumenta a possibilidade de adquirirem um processo infeccioso mais sério. Há ainda a preocupação com as chupetas, que podem cair em locais que contenham resíduos procedentes dos animais e as crianças podem recolocá-las na boca. Com isso, é orientado que crianças com menos de cinco anos não fiquem sozinhas com animais e, se entrarem em contato, recebam atenção e cuidados especiais, os quais devem ser redobrados se tais animais não tiverem dono ou se enquadrarem no tipo semi de rua, ou seja, aquele animal que embora possua uma residência fixa, tem livre acesso à rua, sendo assim um potencial vetor de zoonoses”, informa. As gestantes podem contrair várias doenças, de acordo com Hagiwara. Uma delas, a toxoplasmose, que embora fora do período gestacional traga poucas repercussões, se contraída pela primeira vez nesta fase da vida, pode trazer consequência grave e até mesmo o óbito do feto. O médico obstetra deve orientar as gestantes devido ao risco de contaminação durante contato com os gatos domésticos. Março de 2016 | Vilas Magazine | 39

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moda & beleza

Barreira contra o sol A maquiagem com fator solar ajuda a proteger a pele, mas pode não ser suficiente; o ideal é passar um filtro solar antes da produção Julia Chequer / Folhapress

DICAS n Escolha os produtos que melhor se adequem ao seu

tipo de pele (oleosa, seca, mista ou normal) n Aplique o filtro so-

lar com um fator de proteção acima de 30 sobre a pele limpa e seca n Aguarde cerca de cinco mi­nutos e então, passe a maquiagem que contenha proteção solar n O ideal é reaplicar o protetor a cada três horas. Se não der para limpar a pele e refazer todo o processo, passe mais maquiagem com proteção n A dica é levar na bolsa algo que seja de aplicação fácil, com os pós compactos

C

ada vez mais a indústria de cosméticos evolui e lança benefícios às pessoas, como as maquiagens com proteção solar. Mas nem sempre esses produtos bastam para garantir a saúde da pele, segundo especialistas. “Eles ajudam, mas não substituem o filtro solar”, avisa o dermatologista Newton Morais. Os cosméticos, em sua maioria, são destinados a uma proteção mais suave, para ambientes com baixa exposição solar. “Normalmente, possuem filtros químicos antiUVB com FPS (fator de proteção solar) de 5 a 20, com objetivo de atenuar os efeitos dos raios mais superficiais, responsáveis pela vermelhidão pós-sol”, explica a dermatolgista Elizete Nikoluk Kaffer. Sendo assim, eles são efetivos em períodos de menor incidência solar e por pouco tempo, segundo a médica. Há certa confusão entre os tipos de raios. Resumidamente, os UVB são responsáveis pela queimadura de sol, e os UVA são os grandes vilões, causadores do câncer de pele, como explica a farmacêutica e cosmetóloga Fernanda Sanches. “E o FPS informado nas embalagens significa o quanto o produto protege a mais do A analista que o tempo em que a pessoa de negócios se bronzearia”, detalha ela, que Ana Cristina atenta ainda para as luzes artifiNunes passa ciais, que também são prejudiciais maquiagem com à pele. proteção solar O ideal, então, é passar um protetor solar potente e, por cima, a maquiagem especial, que possui pigmentos que agem como filtros físicos. “Assim a mulher garante a eficiência da proteção. Quanto mais camadas, mais altas são a cobertura e a barreira física que fazem”, diz a dermatologista Daniela Ribeiro. Ciente disso, a analista de negócios Ana Cristina Nunes, 34 anos, protege-se como pode. “Comecei a me preocupar depois dos 30 anos. Hoje, passo protetor solar, por garantia, e maquiagem, como primer e base com FPS.” E, mesmo se não estiver debaixo do sol escaldante, é preciso reforçar a proteção a cada três horas, segundo os especialistas. Se não for possível lavar o rosto e começar o tratamento do zero, vale pelo menos dar um tapa na maquiagem usando produtos com filtro solar. Laís Oliveira / Folhapress.

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