HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL REVITALIZAÇÃO E MORADIA
Centro de Fortaleza
NARRATIVA + CONCEITO rio pajeú
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usos únicos rio canalizado espaços livres desconectados adensamento de edifícios
remodelação dos usos descanalização do rio requalificação dos espaços livres patrimônio “escondido”
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o Parque Pajeú consolidação da habitação áreas verdes conectadas destaque ao patrimônio
construção de habitação social criação de parque às margens do rio ruas para pedestres o patrimônio é paisagem
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O Centro de Fortaleza (CE) foi palco das primeiras ocupações da cidade, alvo do plano de expansão feito por Adolpho Herbster em 1875. Ele teve sua consolidação inicialmente residencial e posteriormente comercial, devido à instalação de indústrias e armazéns, abrigando as primeiras obras de infraestrutura urbana e as primeiras rotas de transportes público instaladas na cidade. Tendo em vista a meta principal do projeto de promover habitação no Centro, selecionou-se áreas, dentro da Unidade de Vizinhança (UV), para serem transformadas em habitação. Dentre estas áreas, estão vazios urbanos, áreas livres e equipamentos urbanos subutilizados. Optou-se por subdividir o centro em Unidades de Vizinhança para otimizar o aproveitamento da infraestrutura disponível e distribuir bem as novas habitações. Além disso, procurou-se dar novos usos a edificações, muitas vezes históricas, que estavam vazias. Também foram selecionados, para remoção, locais de baixo gabarito, que abrigassem comércio e/ou habitação, de modo que o que existia previamente pudesse ser realocado, sem muita perda, nas novas edificações. Para a ampliação dos Espaços Livres e Verdes, foi feito um estudo da ocupação nas margens do riacho Pajeú de modo a reservar a maior área possível, nesse entorno, para este propósito. Isso se justifica, além pela necessidade de expansão desses espaços, pela perspectiva de permeabilização da área lindeira a este importante recurso hídrico, promovendo a possibilidade de recuperação ambiental do entorno e do uso do riacho como elemento central de projeto, por meio, por exemplo, da criação de um Pomar. Assim, o Pajeú e suas margens se tornam, neste plano, não só um complexo de preservação ambiental, mas também uma forma de salubrização e ocupação do espaço, de união comunitária e de lugar ativo para diversos usos na cidade, como de lazer, turístico e de prestação de serviços. Foi idealizado, assim, um Instituto local, que teria o papel de regularizar atividades previstas neste espaço. O Instituto Pomar teria, como uma de suas principais atribuições, a regulação da dinâmica do Pomar do Parque Pajeú. A idealização desse Pomar se justifica por dois principais motivos. O primeiro é promover, dentro do grande espaço livre integrado às margens do Pajeú, um elemento diferencial, valorizando espécies nativas e criando possibilidades de usos. O segundo se baseia na possibilidade de utilizar os frutos desse Pomar como vetor de mudança social. Pensando na problemática dos moradores de rua, intensificada no bairro, considerou-se que parte dos frutos colhidos poderiam ser direcionados e eles, de modo que pudessem cultivá-los e vendê-los em atividades como Feiras Comunitárias, obtendo renda própria. Uma preocupação que se teve, durante o planejamento, foi a de que as melhorias promovidas pelo projeto não resultassem na gentrificação do espaço. Para evitar esse fenômeno, foram previstas medidas infraestruturais que viabilizassem a permanência dos moradores de Habitação de Interesse Social no Centro. Uma delas foi o reuso de água cinza nas edificações, com o objetivo de que a economia com a conta de água pudesse dispensar o pagamento da taxa de condomínio.
habitação social no centro
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01
PLANO DE MASSAS
Instituto POMAR
Rio Pajeú Revitalizado e Unidades Habitacionais
Terrenos para Unidades de Habitação (Destacados)
A recuperação ambiental do riacho Pajeú teve como base seu desafogamento e descanalização. Para isso, elaborou-se um esquema de rio anastomosado, tomando partido do desenho das curvas de nível (levantamento de 1995), ramificando o rio e formando áreas alagáveis aliadas a bolsões. Estes bolsões, por sua vez, funcionam como praças, com grandes calçadões, ciclofaixas e áreas verdes. A
Rio Pajeú Recuperado Anostomosado
Corte Esquemático
Antes
A
Depois
Edificações Subutilizadas (Em Amarelo)
CORTE AA
Terreno Escolhido para a Unidade Projetada
Parque da Criança
Espécies Nativas escolhidas para o Pomar
Rio com áreas alagáveis
Cana
Seriguela (FEV-MAR)
Caju (AGO-NOV) Côco (OUT-MAR) Goiabana (FEV-MAR)
Tangerina (JUN-SET)
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habitação social no centro
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02
1m
5m
10m
FG
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PROJETO arquitetônico A elaboração do projeto de habitação tomou por base o perfil da demanda que existe para Habitação de Interesse Social na cidade de Fortaleza. Assim, foram idealizadas unidades para até 2 pessoas (kitchenette e 1 quarto) e para até 4 pessoas (2 quartos). As unidades foram projetadas de maneira modulada, de modo que se possa adaptar estruturalmente sua sobreposição de acordo com as características de cada terreno específico e com a demanda habitacional para cada edificação. Além disso, foram idealizados edifícios que atingissem o índice máximo de aproveitamento do terreno, segundo o permitido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS/2017), para que se possa promover moradia em uma área central, cheia de infraestrutura urbana, para o maior número de pessoas possível. Também houve cuidado em criar boas condições de iluminação e de ventilação naturais para as unidades, além de um sistema de tratamento das águas cinzas, de modo que se possa economizar o máximo possível de energia elétrica e de uso dos recursos hídricos, influenciando diretamente nos custos de manutenção da Habitação de Interesse Social.
Fg
Fg
FG
UNIDADES habitacionais
UNIDADE kitchenette área = 19,85m2
UNIDADE um quarto área = 37,80m2
UNIDADE dois quartos área = 58,10m2
ESQUEMA CONSTRUTIVO modulado
CORTE esquemático + perspectivas Detalhe da caixa d’água e da estrutura do pavimento tipo.
Habitação social nas torres e uso misto no térreo, permitindo o comércio de manufaturas ou artesanatos desenvolvidos no parque.
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Áreas comuns em terraços, para melhor interação e troca de experiências entre os moradores.
habitação social no centro
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Mapa de Revitalização
Sistema de Águas Cinzas Cálculo de economia com as despesas de condomínio a partir do reuso das águas cinzas
esquema do sistema de águas cinzas
Rua para Pedestres com Jardins de Chuva
caixa d’água para uso geral armazenamento de água reciclada armazenamento das águas cinzas tratamento das águas cinzas
USO GERAL SANITÁRIOS E IRRIGAÇÃO
Cálculo de Economia de Energia Cálculo de economia com as despesas de condomínio a partir da economia de energia elétrica em ambientes sem a utilização de sistemas ativos.
Ciclofaixa
Jardim de Chuva
Cálculo LID Elaborado para certificar que as águas pluviais sejam capazes de serem drenadas totalmente.
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habitação social no centro
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