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a r i V a z a f m e Veja qu
Sexo e Saúde
pelo Brasil Ciranda – Curitiba (PR) Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência www.ciranda.org.br
Associação Imagem Comunitária Belo Horizonte (MG) www.aic.org.br
Centro de Refererência Integral de Adolescentes – Salvador (BA) blogdocria.blogspot.com
Grupo Conectados de Comunicação Alternativa GCCA - Fortaleza (CE) www.taconectados.blogspot.com
Gira Solidário Campo Grande (MS) www.girasolidario.org.br
Movimento de Intercâmbio de Adolescentes de Lavras – Lavras (MG)
Catavento Comunicação e Educação Fortaleza (CE) www.catavento.org.br
Universidade Popular – Belém (PA) www.unipop.org.br
Casa da Juventude Pe. Burnier – Goiânia (GO) www.casadajuventude.org.br
Taba - Campinas (SP) www.espacotaba.org.br
Avalanche Missões Urbanas Underground Vitória (ES) www.avalanchemissoes.org
Instituto de Estudos Socioeconômicos Brasília (DF) www.inesc.org.br
Grupo Makunaima Protagonismo Juvenil (RR) grupomakunaimarr.blogspot.com
Rede Sou de Atitude Maranhão São Luís (MA) www.soudeatitude.org.br
Grupo Cultural Entreface Belo Horizonte (MG) gcentreface.blogspot.com
Cipó Comunicação Interativa Salvador (BA) www.cipo.org.br
Agência Fotec – Natal (RN)
Apôitcha - Lucena (PB) www.apoitcha.org
Jornal O Cidadão – Rio de Janeiro (RJ) ocidadaonline.blogspot.com
Lunos - Boituva (SP) www.lunos.com.br
Projeto Juventude, Educação e Comunicação Alternativa Maceió (AL)
União da Juventude Socialista – Rio Branco (AC) ujsacre.blogspot.com
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e v o m Fé que
em diga ião. Há qu g li re ial, à s a crític ntrole soc muitas as nto de co e o ã m s u s , tr s te n n in is um Mas se o tualme humano. nas de ma r e e p s a o e d -s cínio eira que trata ua verdad e e o racio remos a s a liberdad e b a e it rc m de sua e li p e io , qu sidade por me io s g e li s s re re a d te pel us in am que ao real pa ublimar se nças afirm apegamos divíduo, s re in c o s eus a r a it z u li rvindo a D or. E m ia: mora rado é se á-lo melh g rn a importânc s to o e m o o d xão c m o sagra essa cone ligação co tabelecer s e s e d a form re diverso a melhor s. você confe te , n a c a es, ti lh e rá P ra m celeb çõ ião na dos se capa Relig louvores e na figura , e is d a m em tu e ri g m a a e aprend apenas Na report stiça que ados não ju lig e , z e a u p q s mor, de joven entos de a exemplos rios. s ensinam o e r a it os voluntá rc lh e a x e que ocorr is e trab ia c procuram plebiscito so o s d e õ o ç tr a n e m d e r s o e p uma suas religiõ mbém fica ção sobre ão, você ta ar a popula lt su ir ou n o Nesta ediç iv c para gem D id ro no Pará na reporta b s, m ê e z tr e d m fi e em biogra a stado confere a ivisão do E a d d l e in a ív e ss , o ! p stão , eis a que utubro, não dividir orto em o m s, b Jo e v itura! de Ste ura! Boa le no Que Fig
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Quem somos A
Viração é um uma organização não governamental (ONG), de educomunicação, sem fins lucrativos, criada em março de 2003. Recebe apoio institucional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo e da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI). Além de produzir a revista, oferece cursos e oficinas de capacitação em comunicação popular feita para jovens, por jovens e com jovens em escolas, grupos e comunidades em todo o Brasil. Para a produção da revista impressa e eletrônica (www.viracao.org),contamos com a participação dos conselhos editoriais jovens de 22 Estados, que reúnem representantes de escolas públicas e particulares, projetos e movimentos sociais. Entre os prêmios conquistados nesses oito anos, estão Prêmio Don Mario Pasini Comunicatore, em Roma (Itália), o Prêmio Cidadania Mundial, concedido pela Comunidade Bahá'í. E mais: no ranking da Andi, a Viração é a primeira entre as revistas voltadas para jovens. Participe você também desse projeto. Veja, ao lado, nossos contatos nos Estados. Paulo Pereira de lima Diretor Executivo da Viração – MTB 27.300
”
Conteúdo
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Apoio Institucional
Asso
ciazione Jangada
Conheça os Virajovens em 22 Estados brasileiros e no distrito Federal Belém (PA) - pa@viracao.org Belo Horizonte (MG) - mg@viracao.org Boa Vista (RR) - rr@viracao.org Brasília (DF) - df@viracao.org Campinas (SP) - sp@viracao.org Campo Grande (MS) - ms@viracao.org Curitiba (PR) - pr@viracao.org Fortaleza (CE) - ce@viracao.org Goiânia (GO) - go@viracao.org João Pessoa (PB) - pb@viracao.org Lavras (MG) - mg@viracao.org Lima Duarte (MG) - mg@viracao.org Maceió (AL) - al@viracao.org Manaus (AM) - am@viracao.org Natal (RN) - rn@viracao.org Porto Velho (RO) - ro@viracao.org Recife (PE) - pe@viracao.org Rio Branco (AC) - ac@viracao.org Rio de Janeiro (RJ) - rj@viracao.org Sabará (MG) - mg@viracao.org Salvador (BA) - ba@viracao.org S. Gabriel da Cachoeira - am@viracao.org São Luís (MA) - ma@viracao.org São Paulo (SP) - sp@viracao.org Serra do Navio (AP) - ap@viracao.org Teresina (PI) - pi@viracao.org Vitória (ES) – es@viracao.org
Com 12 edições anuais, a Revista Viração é publicada mensalmente em São Paulo (SP) pela ONG Viração Educomunicação, filiada ao Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas de São Paulo (Sindjore).
at en dimen t o ao l eit o r Rua Augusta, 1239 - conj. 11 - Consolação 01305-100 - São Paulo - SP Tel./Fax: (11) 3237-4091 / 3567-8687 HoRáRio dE atEndimEnto Das 9h às 13h e das 14h às 18h E-mail da REdação E assinatuRa redacao@viracao.org assinatura@viracao.org
Revista Viração • Ano 9 • Edição 78
03
mapa_da_mina_78:Layout 1 3/11/2011 15:32 Page 4
8 Participação internacional
Crianças e adolescentes brasileiros contribuem na elaboração de Declaração para Rio+20 em Congresso na Indonésia
11
12 Medicina cubana
No Galera Repórter, conheça a Escola Latino-Americana de Medicina, de Cuba, e o estudante brasileiro que realiza o sonho de tornar-se médico na ilha caribenha
16
e a Agroecologia, Fique por dentro da Permacultura estabelecidas no ser m pode que veis entá sust técnicas campo ou na cidade
Manda Vê . . . . . . . . . . . . . 06 De Olho no Eca. . . . . . . . . 10 Imagens que Viram. . . . . . 18 No Escurinho . . . . . . . . . . 30 Que Figura . . . . . . . . . . . . 31 Sexo e Saúde . . . . . . . . . . 32 Rango da Terrinha . . . . . . 33 Parada Social . . . . . . . . . . 34 Rap Dez . . . . . . . . . . . . . . 35
Religião e ação
trabalhos Despertados pela fé, jovens procuram em amentos que voluntários e ações sociais praticar os ensin so religio meio no aprendem
Momento decisivo
Paraenses são chamados às urnas em dezembro para decidirem se o Estado da Região Norte será ou não dividido em três
26 28
Conheça a história de um jovem amazonense que, por amor à música, deixou seu Estado e foi estudar música gratuitamente em São Paulo.
20
24
Sempre na Vira
Música como objetivo
14
Meio ambiente
Na boca do povo
Conheça jornal carioca feito por moradores da Cidade de Deus, que retrata o dia a dia da comunidade
Infância sem racismo
Campanha realizada pelo UNICEF convoca a sociedade a refletir sobre o assunto e transformar essa realidade
Primeiro passo
deputados federais Estatuto da Juventude é aprovado pelos o do Senado e vaçã apro na Câmara, mas ainda precisa da a dent sanção da presi
RG VÁLIDO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL Revista Viração - ISSN 2236-6806 Conselho Editorial Eugênio Bucci, Ismar de Oliveira, Izabel Leão, Immaculada Lopez, João Pedro Baresi, Mara Luquet e Valdênia Paulino
Conselho Fiscal Everaldo Oliveira, Renata Rosa e Rodrigo Bandeira
Conselho Pedagógico Alexsandro Santos, Aparecida Jurado, Isabel Santos, Leandro Nonato e Vera Lion
Presidente Juliana Rocha Barroso
Vice-Presidente Cristina Paloschi Uchôa
Primeiro-Secretário Eduardo Peterle Nascimento
Direção Executiva Paulo Lima e Lilian Romão
Equipe Adrielly dos Santos, Aleska Drychan, Ana Paula Marques, Bruno Ferreira, Elisangela Nunes, Eric Silva, Evelyn Araripe, Gisella Hiche, Karina Lakerbai, Gutierrez de Jesus Silva, Ionara Silva, Manuela Ribeiro, Mariana Rosário, Novaes, Sonia Regina e Vânia Correia
Administração/Assinaturas Douglas Ramos e Norma Cinara Padilha
Mobilizadores da Vira Acre (Leonardo Nora), Alagoas (Jhonathan Pino), Amapá (Camilo de Almeida Mota), Amazonas (Cláudia Ferraz e Délio Alves), Bahia (Everton Nova), Ceará (Amanda Nogueira e Rones Maciel), Distrito Federal (Danuse Queiroz e Pedro Couto), Espírito Santo (Jéssica Delcarro e Leandra Barros),
Projeto Gráfico Goiás (Érika Pereira e Sheila Manço), Maranhão (Sidnei Costa), Mato Grosso do Sul (Fernanda Pereira), Minas Gerais (Emília Merlini, Reynaldo Gosmão, Silmara Aparecida dos Santos e Pablo Abranches), Pará (Alex Pamplona), Paraíba (Niedja Ribeiro), Paraná (Juliana Cordeiro e Vinícius Gallon), Pernambuco (Maria Camila Florêncio), Piauí (Anderson Ramos da Luz), Rio de Janeiro (Gizele Martins), Rio Grande do Norte (Alessandro Muniz), Rondônia (Luciano Henrique da Costa), Roraima (Graciele Oliveira dos Santos) e São Paulo (Gutierrez de Jesus Silva e Tamires Ribeiro).
Colaboradores Antônio Martins, Heloísa Sato, Lentini, Márcio Baraldi, Natália Forcat e Sérgio Rizzo.
Ana Paula Marques e Cristina Sayuri
Jornalista Responsável Paulo Pereira Lima – MTb 27.300
Divulgação Equipe Viração
E-mail Redação e Assinatura redacao@viracao.org assinatura@viracao.org
Preço da assinatura anual Assinatura Nova Renovação De colaboração Exterior
R$ 58,00 R$ 48,00 R$ 70,00 US$ 75,00
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A Vira pela igualdade. Diga lá. Todas e todos Mudança, Atitude e Ousadia jovem.
Fale com a gente!
Diga lá
@GustavoBarreto, via Twitter
Resposta: A nossa presidente Juliana Rocha Barroso apresentou a Viração no TEDxESPM, um evento promovido pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) de São Paulo (SP), com o nobre objetivo de compartilhar boas ideias. Agradecemos pelo carinho e o prestígio à nossa apresentação!
Minha dissertação de mestrado foi aprovada na Pós da @ECOUFRJ sobre cidadania e tecnologia, com reflexão sobre a @viracao.
@PapaiNoel_BR, via Twitter Parabéns para a Juliana Barroso, da @viracao, que fez bonito no TEDxESPM e ficou ao meu lado no evento!
E-mail Há alguns anos o Centro de Referência da Juventude é assinante desta conceituada Revista Viração. Este material tem servido de subsídio para alguns monitores em nossas atividades com os/as jovens. Sabedores de vossa costumeira atenção, agradecemos atenciosamente!
Perdeu alguma edição da Vira? Não esquenta!
Para garantir a igualdade entre os gêneros na linguagem da Vira, onde se lê “o jovem” ou “os jovens”, leia-se também “a jovem” ou “as jovens”, assim como outros substantivos com variação de masculino e feminino.
Resposta: É bom saber que a Viração tem cumprido o papel de colaborar com atividades educacionais também em Centros de Referência da Juventude. Esperamos continuar presentes em iniciativas que visam mobilizar a juventude de todo o Brasil.
Giovani Machado
Agora você pode acessar, de graça, as edições anteriores da revista na internet: www.issuu.com/viracao
Ponto G
Resposta: A Vira tem sido abordada em muitos trabalhos acadêmicos que tratam de Educomunicação, Juventude e Democratização da Comunicação. Ficamos muito contentes com a referência e aprovação de sua dissertação. Parabéns!
Coordenador do Centro de Referência da Juventude “Rafael Pinto Arjonas”
Ops! Erramos! Na edição anterior, creditamos a foto da página 10 na reportagem Amizade que Dura, como sendo de autoria de Vinícius Gallon, do Virajovem Curitiba (PR). Na verdade, o autor da imagem é Alessandro Muniz, do Virajovem Natal (RN). Pedimos desculpas pelo engano!
Mande seus comentários sobre a Vira, dizendo o que achou de nossas reportagens e seções. Suas sugestões são bem-vindas! Escreva para Rua Augusta, 1239 - Conj. 11 - Consolação - 0135-100 - São Paulo (SP) ou para o e-mail: redacao@viracao.org Aguardamos sua colaboração!
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Manda Vê Jéssica Delcarro, do Virajovem São Mateus (ES); Irisbel Correia, do Virajovem Curitiba (PR)*, e Mariana Rosário, da Redação
A religião transmite valores morais, com o objetivo de fazer com que seus seguidores tornem-se pessoas melhores. Mas a prática desses ensinamentos deve ser viva e transformadora. Isso significa que ela deve atuar nas diversas dimensões da vida. A religião é viva quando seu exercício interfere adequadamente e de forma harmônica na vida comum das pessoas, proporcionando felicidade, autoconhecimento e a sublimação de interesses e modo de agir, o que muitos chamam de integração com Deus. Quando a religião não é viva, o indivíduo apenas participa de cultos e
rituais, sem colocar em prática os valores que aprende. Para que a religião seja viva é preciso que a crença atinja a condição de poder impulsionar nas pessoas seu desenvolvimento pessoal, social e espiritual, por meio dos ensinamentos e valores que prega. Mas esses ensinamentos são capazes de mobilizar seguidores, sobretudo os mais jovens, a exercer ações pelo bem coletivo? Os virajovens de São Mateus (ES) e Curitiba (PR) foram saber da galera:
A religião impulsiona o jovem ao engajamento social? Victorhugo Passabon Amorin, 22 anos, Vitória (ES) “Sim, pois os grupos religiosos promovem várias ações voluntárias, estimulando os jovens dessas instituições a participarem dessas ações.”
Vânia Duarte, 19 anos, Pinheiros (ES) “Penso que a religião não influencia nesse aspecto. O que irá influenciar é o meio em que a pessoa foi criada, formando assim o caráter particular do individuo.”
06 Revista Viração • Ano 9 • Edição 78
Ricardo Fox, 27 anos, Pinheiros (ES)
“Sim, pois os jovens por meio da religião são chamados a participar, iniciando com a evangelização, por meio da qual são desenvolvidos os trabalhos sociais. Participei de vários trabalhos sociais na Pastoral da Juventude, da Igreja Católica, trabalhando o jovem como cidadão em Cristo, quer dizer, ser um homem honrado mas que saiba cobrar politicas públicas para o melhoramento da vida de todos.”
* Um dos Conselhos Jovens da Vira presentes em 22 Estados e no Distrito Federal (es@viracao.org e pr@viracao.org)
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Heriklis Douglas da Conceição, 16 anos, São Mateus (ES)
Gleice Mara de Oliveira Souza, 16 anos, Pinheiros (ES)
“Sim. A religião torna os jovens mais solidários por meio dos seus ensinamentos, contribuindo assim para a formação deles em sociedade.”
“Com certeza sim, pois com os ensinamentos que temos na religião, somos impulsionados a nos envolver nas causas socias, tornando também os jovens responsáveis e com uma visão de mundo diferente.”
Ana Paula Caetano, 20 anos, São Mateus (ES)
Rafaela Martins, 18 anos, São Mateus (ES)
“Não, pois Deus concede o livre arbítrio para nós escolhermos o que quisermos. Mas se conhecemos a verdade e temos o discernimento do que é certo ou errado, cabe a nós termos consciência do que estamos fazendo.”
“Não, por que as pessoas possuem opinião própria, e não é a religião que muda a opinião delas e nem faz com que elas existam.”
Ewerton Saporski Krambeck, 18 anos, Curitiba (PR) “Não acredito que seja a religião que impulsiona o jovem ao engajamento social, mas sim o seu ciclo de amigos, onde as amizades possuem fortes influências sobre valores, comportamentos e pensamentos.”
Não é de hoje As instituições religiosas procuram colocar em prática o amor e a caridade que professam por meio de ações sociais. Um exemplo disso é a Pastoral da Criança, fundada em 1982, um organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que tem como função amparar a criança até seis anos, garantindo sua saúde, nutrição e educação, contando com sua família e a comunidade em que vive. Os voluntários acompanham a gestação da mãe até o desenvolvimento da criança, em visitas, onde se incentiva a alfabetização de todos os membros da família e além de informar sobre os principais riscos para crianças nessa faixa etária.
Faz Parte
Segundo estudos científicos, a prática religiosa obedece a necessidades psíquicas inconscientes que constituem a estrutura da mente humana. Na mente, existe um arquétipo que nos impulsiona a uma conexão, que pode ser observada nas mais diversas manifestações da cultura religiosa e nos rituais ligados ao sagrado. Mesmo no indivíduo que se declara ateu ou descrente de qualquer religião, podem ser observadas manifestações vinculadas ao sagrado. Sua obstinação em negar uma religião ou crença tem a mesma intensidade da aceitação a uma religião. Inverte-se apenas a polaridade, porém o arquétipo acaba sendo o mesmo.
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Rio + Jovem acional Crianças e adolescentes brasileiros participam de Conferência Intern 0 na Indonésia e colaboram para a elaboração de Declaração para a Rio+2 Mariana kz, Mariana Manfredi, Isis Lima Soares e Tiago Luna, colaboradores da Vira* relação aos temas, entendendo que as soluções não virão só do governo, mas também de ações individuais. Confira alguns trechos da Carta:
jà morreu
Olhar de criança sobre o ambiente
Projeto Cala-boca
D
e 27 de setembro a 1º de outubro, aconteceu em Bandung, Indonésia, a Conferência Internacional Tunza de Crianças e Jovens 2011. Organizada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente em parceria com o governo da Indonésia, o evento reuniu 1400 crianças e jovens de 10 a 25 anos de mais de 100 países. A Conferência tem como objetivo incluir o ponto de vista de crianças e jovens às conversas sobre meio ambiente em âmbito mundial. A Conferência de Tunza acontece a cada dois anos, e esta sua terceira edição teve como principal objetivo a criação de um documento a ser levado à Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, como contribuição das crianças e jovens do mundo. O Brasil participou da Conferência de Tunza com oito delegados, dentre os quais participantes do Projeto Cala-boca já morreu. A presença de uma delegação brasileira foi muito importante, especialmente porque somos o país anfitrião da Cúpula da Terra Rio+20, que se realizará de 4 a 6 de junho do ano que vem. Dois acompanhantes da delegação infantil pelo Projeto Cala-boca já morreu, realizaram oficinas de produção coletiva de vídeo, na perspectiva da educomunicação, com as crianças brasileiras e outras que falam espanhol, que resultaram em três vídeos que contam sobre o olhar deles para o lixo, para o problema da poluição do ar pelos transportes e para o próprio evento (veja os vídeos em www.cala-bocajamorreu.org).
Declaração de Bandung A Declaração de Bangung é uma carta de dezenove parágrafos cujo objetivo é dar conta do que pensam as crianças e jovens dos 100 países representados na Conferência sobre Economia Verde, Florestas, Consumo Consciente e, mais do que isso, o que desses temas é importante, do ponto de vista deles, ser priorizado nas discussões da Rio+20. Além disso, há também na Carta os compromissos que esses participantes assumem em
08 Revista Viração • Ano 9 • Edição 78
País: República da Indonésia Capital: Jacarta População: 237,5 milhões Língua oficial: Bahasa indonésio
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A Voz da Infância e da Juventude para a Rio +20 Conferência Internacional Tunza de Crianças e Jovens 2011 - Declaração de Bandung 1º de outubro de 2011
§1 - Nós, os delegados da Conferência Internacional Tunza de Crianças e Jovens 2011, representando 118 diferentes países estamos unidos na convocação dos líderes mundiais para moverem-se ao caminho do desenvolvimento sustentável que protege a Terra e as pessoas de nossa geração e das gerações que virão. Conclamamos os governos para responder e não ignorar as demandas das crianças e dos jovens. Seção 1: Rio+20 e as promessas feitas a Nossa Geração §5 - No entanto, o futuro do nosso planeta - nosso futuro - está em perigo. Nossa geração tem visto que o sinais de alerta na Rio 1992 se tornaram a realidade que enfrenta a Rio +20: mudanças climáticas, poluição e esgotamento dos recursos naturais são todos os sintomas do nosso padrão insustentável de desenvolvimento. Nós sentimos, entendemos e sabemos que não podemos esperar outra geração, até uma Rio+40, antes de agirmos. Seção 2: O que Iremos Fazer §10 4. Contribuir para a discussão local, nacional, regional e global sobre desenvolvimento sustentável. Exigiremos assegurar as crianças e aos jovens a participação em todos os processos de tomada de decisão em todos os níveis. Apoiaremos as instituições que equilibram o desenvolvimento e a preservação dos recursos para as futuras gerações, e se opõem a qualquer governo ou empresa que viola esse principio. Usaremos todas as oportunidades para transmitir a nossa mensagem para pressionar os lideres a tomar medidas concretas no final da Conferência Rio+20. Seção 3: O que a Economia Verde Significa para Crianças e Jovens §11 Acreditamos que uma economia verde valoriza o bem estar humano, a equidade social, o crescimento econômico e a proteção ambiental em condições de igualdade. É um marco integrado para a sustentabilidade que satisfaz as necessidades do presente, proporcionando também para as futuras gerações. Seção 4: Governos e Corporações Precisam ir ao Rio e se Comprometer §14 Não podemos esperar mais tempo: devemos agir agora para movermos rapidamente e decisivamente no caminho da economia verde em direção ao desenvolvimento sustentável. Embora reconhecendo que cada nação deve traçar seu próprio caminho, convocamos os líderes mundiais para vir ao Rio para reinvestir coletivamente sua vontade política Seção 5: O que a Governança Significa para Crianças e Jovens §16 Sabemos que a adoção de Planos de Ação internacionais na Cúpula da Terra de 1992, como a Agenda 21, não resultaram automaticamente em mudanças reais onde eram mais necessárias – nos países, corporações, escolas e comunidades. Na verdade, a fraca implementação, a corrupção, a falta de transparência e de prestação de contas tem dificultado o tão necessário progresso rumo a um futuro sustentável. Sabemos que já existem centenas de acordos internacionais para proteger o meio ambiente, mas muito deles não são colocados em prática. §17 Na Cúpula da Terra Rio+20 precisamos analisar as forças e fraquezas das instituições internacionais e avaliar novas estruturas institucionais que nos guiem a uma economia justa, sustentável e verde. §19 Esta é nossa declaração para lutarmos pela justiça ambiental não apenas para nós, mas para todos que virão. V
* Mariana kz, Mariana Manfredi, Isis Lima Soares e Tiago Luna fazem parte do Projeto Cala-boca já Morreu (www.cala-bocajamorreu.org)
Saiba mais sobre a Conferência Internacional de Tunza no link: www.tunza2011.org. E confira a Declaração de Bandung na íntegra em: www.bandung2011.blogspot.com
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Ivo S sa ou
A C E o n o De olh
Ninguém fica de fora
O
Estatuto da Criança e do Adolescente prevê, no artigo 86, que o atendimento a crianças e adolescentes seja feito por meio de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais. Assim, as decisões e iniciativas relacionadas à garantia dos direitos infantojuvenis não são de responsabilidade somente do Estado, mas também da sociedade civil organizada. Isso faz com que esses debates sejam públicos e a participação de todos seja incentivada, de modo a mobilizar a população e beneficiar o melhor possível as crianças e os adolescentes. No entanto, muitas ONGs ainda não assumiram tal responsabilidade junto ao Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA), atuando apenas com ações amenas e sem grande participação nas tomadas de decisões. Como parte do sistema, essas organizações têm o direito e devem participar de reuniões promovidas por conselhos dos direitos em âmbito municipal, estadual, regional e nacional. As políticas públicas devem ser elaboradas em conjunto, com o auxílio de representantes de todos os envolvidos no SGDCA. Com a atuação ativa e em conjunto, os resultados serão maiores e mais significativos do que se cada um atuar sozinho. Ainda há organizações que trabalham com foco em sua própria sobrevivência e acreditam que fazer somente a sua parte é o suficiente para garantir os direitos infantojuvenis. Mas, ao prestar atendimento a uma criança, é preciso atentar para todos os aspectos relacionados a ela, mesmo que não estejam diretamente ligados ao problema. É necessário que essas entidades entendam a sua parte dentro do sistema e que, além de exercer o seu trabalho, deem auxílio a todas as outras áreas que compõem a rede. Lógico que essas afirmações não se aplicam a todas as ONGs existentes. Muitas delas são engajadas e participam na *O Portal Pró-Menino, parceiro da Vira, é uma iniciativa da prática do SGDCA. Essa participação ativa, felizmente, é cada Fundação Telefônica em conjunto com o Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro vez mais frequente e resulta em ótimas iniciativas na luta pelos Setor (CEATS/FIA). P a r a Saber direitos de crianças e adolescentes brasileiros. Mais Outro papel de extrema importância das organizações da Participe e divulgue as ações das ONGs que sociedade civil no sistema de garantia dos direitos é o seu poder de fiscalização de órgãos e ações públicas. Por serem atuam em seu bairro ou cidade e as encoraje a permanentes e não terem interesses políticos, essas entidades comparecer às discussões e reuniões sobre os podem pressionar o poder público (que se renova a cada quatro direitos infantojuvenis. Com a sua ajuda e uma atuação anos) a continuar as boas ações iniciadas pelos seus efetiva, a rede de proteção de crianças e adolescentes se antecessores. Assim, o sistema melhora a cada ano, fortalecerá mais e poderá trabalhar melhor no combate à independente de mudanças de partidos no poder. V
violação dos seus direitos.
10 Revista Viração • Ano 9 • Edição 78
Lentini
Larissa Pereira Ocampos e equipe do Portal Pró-Menino*
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Mídias Livres
unitário feito para e Conheça o jornal com dade de Deus (RJ) pelos moradores da Ci Gizele Martins, do Virajovem Rio de Janeiro (RJ)*
“A
s aulas foram especiais, cada qual ia alinhavando as ideias e abrindo os meus olhos para um direcionamento mais crítico e coletivo. O que mais gostei foi da troca emergida destas aulas com as nossas discussões.” É o que diz Valéria Barbosa, de 53 anos, que durante o ano passado, dedicou parte dos seus sábados ao curso de Comunicação Comunitária e Análise Crítica dos Meios de Comunicação, na Cidade de Deus, comunidade do Rio de Janeiro (RJ). O curso durou cinco meses, e teve como fruto o mais novo jornal comunitário do local, chamado A Notícia por quem Vive. Segundo a jornalista Marília Gonçalves, uma das responsáveis pelo curso, as 50 vagas disponibilizadas foram preenchidas no período de inscrições. "O curso começou em maio do ano passado, com término em outubro. Nas primeiras aulas, a sala ficava cheia. No final, formaram-se 15 alunos. São estes que estão hoje dando continuidade ao jornal", diz a jornalista. De acordo com a moradora da comunidade Rosalina da Silva Jesus de Brito, de 50 anos, o curso lhe fez ter mais conhecimentos culturais, de redação, e também trouxe o olhar de reconhecer que outro mundo é possível. "Foi uma experiência incrível ver suas ideias nas folhas de um jornal. Em um jornal da comunidade, que era excluída. É muito bom a gente poder dizer onde está doendo, colocar a boca no trombone. E isso é democracia", afirma Rosalina. O curso, que foi idealizado no Núcleo de Solidariedade Técnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (SOLTEC/UFRJ), contou também com o apoio do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) e do Laboratório de Estudos em Comunicação Comunitária da UFRJ (LECC). Os apoiadores ajudaram enviando palestrantes profissionais da área de comunicação para dar as aulas. "É importante dizer que este trabalho surgiu por termos o projeto do Portal Comunitário da
Cidade de Deus há três anos. No final do curso, os alunos do jornal resolveram participar também do Portal, e essa ideia surgiu deles mesmo", explica Marília. A equipe do jornal A Notícia por quem vive busca hoje outros cursos e parceiros para fortalecer a publicação, para dar continuidade a ela. Já pensando na segunda edição, os mais de nove senhores e senhoras que participam da equipe do jornal visitaram o jornal O Cidadão, na comunidade da Maré, jornal comunitário que existe há 11 anos. "Com essas visitas e na busca de aprendizado, já estamos dando continuidade. Tenho buscado meios e estou me informando sobre como me capacitar mais", afirma Rosalina. A jornalista Marília conclui dizendo o quanto foi importante a realização do curso: "Vimos que eles quiseram continuar o jornal desde o último dia de aula. Agora estão caminhando sozinhos para dar continuidade ao projeto, com autonomia". V
A primeira edição do A Notícia por quem vive está disponível no Portal Comunitário da Cidade de Deus, no endereço www.cidadededeus.org.br. Quem quiser saber mais sobre o mais novo jornal da CDD pode enviar um email para: anoticiaporquemvive@googlegroups.com. * Um dos Conselhos Jovens da Vira presentes em 22 Estados e no Distrito Federal (rj@viracao.org)
Revista Viração • Ano 9 • Edição 78 11
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a r e l a G
r e t r ó Rep
Medicina de primeira Estudante brasileiro conta como é estudar em Cuba, considerado o melhor país do mundo para cursar Medic ina
Alessandro Muniz e Daísa Alves, do Virajovem de Natal (RN)*
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o seu primeiro ano do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), instituição de ensino médio profissionalizante, um amigo perguntou: “ Você quer ser o quê?” E ele respondeu: “Eu quero ser médico”. O amigo, cujo pai trabalha na área da saúde, continuou: “Meu pai falou que para ser um bom médico tem que ir pra Cuba”. Assim nasceu em Renato a vontade de fazer Medicina na famosa ilha caribenha. Hoje, Renato Catarino Pessoa Vieira Lima, de 20 anos, cursa o segundo ano na Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM). De férias em Natal, cidade onde nasceu, ele conta tudo sobre a escola, o estudo e o país. A ELAM foi criada pelo governo cubano em 1998 para atender a jovens de todos os cinco continentes, que não teriam oportunidade de estudar em seus países. Atualmente, há cerca de 3500 estudantes de 92 nacionalidades, dos quais 600 são brasileiros. O curso, a hospedagem, a alimentação e o material escolar são garantidos pela Estado cubano, sem nenhum custo para os estudantes, que ainda recebem 100 pesos cubanos mensais de bolsa-auxílio.
bolsas são direcionadas para estudantes de baixa-renda, mas a embaixada não coloca isso como um limitante. O que eles levam em consideração é o objetivo de vida. No processo de seleção dos candidatos na Embaixada Cubana, no momento da entrevista é perguntado “Por que você quer fazer Medicina em Cuba?”. O objetivo (da ELAM) é formar médicos para atender a população. Não é formar médicos para trabalhar no sistema privado.
Viração: Quem são os jovens que vão fazer Medicina em Cuba? Renato Lima: Tem muitas pessoas dos movimentos sociais, pessoas humildes, que não têm quase nada, mas também tem filho de senador da República, por causa da boa qualidade do ensino. As
Como é o curso de Medicina? O primeiro ano é pré-medico, um período preparatório. Como são pessoas de diferentes partes do mundo, é preciso nivelar os estudantes. Para os falantes de língua espanhola dura seis meses. Em
Como fazer Medicina em Cuba? Você faz o processo seletivo que é realizado na Embaixada de Cuba em Brasília. É preciso uma indicação que pode ser de um órgão do governo, partido político, movimento social, ONG ou outra instituição, que será avaliada. O processo seletivo se dá com uma prova de 60 perguntas sobre conhecimentos gerais da história da América Latina, cultura etc. Depois tem uma redação com base nas perguntas: “Por que você quer ser médico? Por que você quer fazer Medicina em Cuba? O que você quer fazer depois de formado?”. Em seguida há uma entrevista com uma banca de três membros. Tudo demora em média 12 horas.
Linha do Tempo Profissionais cubanos da saúde fornecem asistência médica à Argélia, iniciando a cooperação internacional de saúde do país.
Surge a Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM) em decorrência da tragédia ocasionada por furacões na América Central e Caribe.
Acontece a primeira graduação em Medicina Social na ELAM.
1963
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seguida vem o curso básico, que dura dois anos, no qual se estuda Medicina geral e integral, história da Medicina, Medicina patológica etc. Depois, nós vamos para hospitais espalhados pelo país, onde passamos quatro anos estudando clínica. Após terminar tudo, você tem que prestar um exame nacional, que todo estudante de Medicina, cubano e estrangeiro, tem que fazer. E depois há a cerimônia de encerramento, onde se recebe o anel e o diploma e todo mundo volta para seus países. Você tem contato ou amizade com pessoas de quantos países? Eu tenho amigos da Palestina, Malásia, Chile, Costa Rica, Honduras, Guiné Conacri, São Tomé e Príncipe, Peru, Paraguai, Venezuela, Estados Unidos. Um de meus melhores amigos é dos Estados Unidos. Como a escola é internacional, apesar do acesso à internet ser limitado, a gente tem acesso a informações de vários países, várias línguas, só passando de um estudante a outro, trocando pen-drives. A gente consegue livros de Medicina em várias línguas, muitos vídeos, documentários etc.
Qual a diferença da Medicina cubana para as outras? Por ser uma escola internacional ela faz com que o estudante aprenda a se adaptar independente do local onde você esteja, tanto que um dos lemas é que você tem que ser médico em um instituto com alta tecnologia e também em uma floresta ou um deserto. Em Cuba, um médico que é diretor de hospital tem quase o mesmo nível econômico que um vendedor ambulante, uma pessoa simples. Desde o primeiro ano a gente aprende que para se atender bem um paciente é preciso conversar e tocá-lo. Além disso, você entende o sistema de saúde cubano pela forma político-econômica do país. Em Cuba o objetivo principal é a prevenção, manter a saúde, mas Cuba é referência não só na prevenção. V
Como é esse intercâmbio cultural, já que tem pessoas de tantos países? Existe um movimento cultural chamado Gala Cultural (de festa de gala), em que toda semana após o horário de aulas, dois países mostram sua cultura. Pela manhã, em um corredor da escola, se montam banquinhas divididas em temas, falando sobre cultura, e as pessoas se pintam com as cores do país. À noite, em um anfiteatro, é montada uma peça teatral sobre o país. Esse intercâmbio é muito importante. Você viaja pelo mundo sem sair da escola. Tem uma frase de Che Guevera que diz: “Quem só de Medicina sabe, nem sequer de Medicina sabe”, por isso a gente tem que aprender história, geografia, aprender a respeitar as características culturais e sociais de cada país e eles, os cubanos, ensinam muito isso. Quando se formam, qual é o caminho para os jovens médicos validarem seus diplomas no Brasil? Existe o Projeto Piloto, uma prova organizada pelo Ministério da Saúde, Ministério da Educação e pelo Conselho Federal de Medicina e se realiza em Brasília. E cada Universidade Federal tem a autonomia de fazer sua própria prova de revalidação. Você faz a prova e se você não passar, pode cursar a complementação de diploma na universidade. Isso também pode ser feito em uma universidade privada. Também existe a via legal. Passando em um concurso público, ele revalida o diploma. E há ainda um acordo com a Universidade Federal do Ceará (UFC), no qual eles equivalem o diploma da ELAM com o da UFC, então basta pagar as disciplinas de complementação. De qualquer forma o diploma cubano é válido na Espanha e na maior parte da América Latina.
Contabiliza-se na instituição mais de 8500 graduados de 54 países.
“Tem uma frase de Che Guevera que diz: 'Quem só de Medicina sabe, nem sequer de Medicina sabe', por isso a gente tem que aprender a respeitar as características culturais e sociais de cada país e eles, os cubanos, ensinam muito isso.”
Site da Embaixada de Cuba no Brasil http://embacu.cubaminrex.cu Site da ELAM - www.elacm.sld.cu
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* Um dos Conselhos Jovens da Vira presentes em 22 Estados e no Distrito Federal (rn@viracao.org)
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Todos os Sons
Sonho, a
matéria-prima da Musica itoza, hoje com ta foi a saga de Daniel Fe Es ar. e ua ág ra, ter r po azonas, rumo a Atravessar o país a cidade no interior do Am en qu pe a um a, vir En de iu 19 anos, que sa objetivo: a música São Paulo com um único
Yumi Novais, colaboradora da Vira em São Paulo (SP)
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ação
ós somos feitos do mesmo material dos sonhos” e, se Shakespeare estivesse mesmo certo, Daniel é feito de música. O jovem amazonense nasceu na cidade de Envira, um município a 1.216 km de Manaus e com pouco mais de 16 mil habitantes. Seu envolvimento com a música começou cedo e a escolha do instrumento não foi a dedo. “Escolhi a guitarra por falta de opção. A cidade é muito pequena!” De maneira autodidata e sem nenhuma base teórica, apenas com a ajuda de um amigo, dedilhou os primeiros acordes. Mas quem disse que ele se contentou? Um dentista paulista que trabalhava em Envira contou a Daniel sobre um projeto de música de São Paulo, onde crianças e jovens Daniel perseguiu a música e, em São tinham aulas gratuitamente. Paulo, teve a oportunidade de tocar com nomes consagrados da MPB
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Foi então que Daniel, na época com 16 anos, resolveu, com quatro amigos, também companheiros de banda, seguir para São Paulo. Sem dinheiro, os meninos começaram a catar latinhas, dar aulas de música para crianças e limpar uma casa de show da cidade. O caminho foi longo, largo e nada fácil. Usaram barco, caminhão, pegaram carona em avião monomotor e em carro e ainda viajaram mais quatro dias de ônibus. Chegando à “cidade grande”, Daniel procurou o tal projeto que o doutor de Envira havia falado. Descobriu o Projeto Guri, considerado o maior programa sociocultural brasileiro, com mais de 53 mil alunos que recebem aulas gratuitas no contraturno escolar. Uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, administrado por duas organizações sociais ligadas à Secretaria de Estado da Cultura. Ao se matricular, a recepcionista curiosa com a história chamou o produtor musical Guga Stroeter para ouvi-la. Os meninos mostraram a ele uma demo do grupo e o produtor adorou. Gostou tanto, que produziu o primeiro CD da banda Delta, batizado de Filhos de Seringueiro e que será lançado ainda em 2011. No polo Harmonia do Projeto Guri, na Vila Madalena, Daniel ficou por dois anos, período em que pode se dedicar aos estudos de guitarra e se apresentar com grandes nomes da música brasileira. Em 2009, Daniel tocou no Auditório Ibirapuera, no show do CD Projeto Guri Convida. Lançado no mesmo ano, o CD que tem a participação de Céu, Zélia Duncan, Anelis Assumpção e Fernanda Takai, entre outros artistas, recebeu
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O menino de Envira alçou, e continua alçando, novos voos, muito além da primeira carona no avião monomotor de quando veio a São Paulo. “Eu não posso falar do que vai acontecer na minha vida, só posso falar do que está acontecendo, e o Projeto Guri abriu muitas portas para mim. Com a música e com a energia que ele nos traz, eu acredito que vou ser feliz. E eu quero estudar música para ser feliz!” V
Divulgação
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ótimas críticas de revistas como Bravo!, Rolling Stones e Billboard, além de ter sido indicado ao 21º Prêmio de Música Brasileira como melhor disco infantil. O mesmo CD foi repertório de um show, em 2010, em comemoração ao 15º aniversário, do Projeto Guri. O evento foi realizado na Sala São Paulo e Daniel, novamente, pode tocar com nomes de peso, como Rappin Hood, Thalma de Freitas, Andréia Dias e Iara Rennó. Mas, se a sorte e o acaso andam juntos, o amazonense decidiu não dar brecha pra nenhum deles. Em 2010, o Projeto Guri criou o Programa de Bolsas, que tem o objetivo de incentivar ex-alunos que desejam continuar seus estudos na música. Em 2011, Daniel foi um dos selecionados da segunda edição do programa, contemplado com uma bolsa de 12 meses de aulas de guitarra. O anúncio aconteceu, em maio, durante um show no Citibank Hall, no qual os bolsistas, incluindo Daniel, apresentaram-se com o músico João Donato. Por conta da sua grande qualidade musical, o Projeto resolveu convidá-lo também para participar do Mixer Guri, um software interativo no qual as pessoas podem criar músicas a partir de instrumentos e vozes pré-gravadas e, de quebra, ajudar o Guri. Daniel participou das gravações com alguns alunos e exalunos, além de artistas como Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra e Naná Vasconcelos.
Mixer Guri
Estudantes de música do Projeto Guri recebem aulas gratuitas depois do horário da escola
Já pensou em compor uma canção com grandes nomes da música brasileira? E que tal ganhar um clipe para ela e compartilhá-la com seus amigos pela internet? Pois é, esta é a proposta do Mixer Guri, uma plataforma online de mixagem interativa, onde você cria suas próprias músicas e colabora com o Projeto Guri. A cada trecho inserido em seu remix, uma quantia em dinheiro é somada ao contador no rodapé do site. Ao final da composição, você compra a música pronta e o valor vai direto para a conta do Projeto. Acesse www.mixerguri.org.br e faça sua música!
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Sustentá veis de verdade
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Emilia de Mattos Merlini, do Virajovem Lima Duarte (MG)*
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uito se fala em sustentabilidade. Mas o que é ser sustentável? Existem sustentabilidades bastante contestáveis, mas dificilmente alguém questiona a permacultura e a agroecologia. O conceito de permacultura foi criado pelos australianos Bill Mollison e David Holmgren na década de 1970, ou seja, quando a sustentabilidade ainda não era “moda”. Permacultura significa cultura permanente, ou seja, aquela em que pessoas e natureza existem em uma relação de cooperação, a partir da reunião de conhecimentos de culturas tradicionais com técnicas inovadoras. A agroecologia segue mais ou menos os mesmos princípios. Trata-se de uma proposta de agricultura familiar que agrega conhecimentos de diversas ciências aos saberes populares, camponeses e indígenas. Em um Sistema Agroflorestal (SAF) são reunidas culturas agrícolas e florestais, sempre de modo cooperativo, imitando a natureza. São plantadas espécies de vários extratos (altura) e em cada etapa de crescimento é possível realizar uma colheita. Nesta técnica se pergunta quantas espécies existem por metro quadrado e não quantos metros quadrados você tem de determinada espécie. A maior diversidade da flora proporciona também a maior diversidade da fauna, o que evita pragas e, portanto, o uso de agrotóxicos e outros produtos químicos. Para implantar a permacultura, seja no campo ou na cidade, é preciso um planejamento econômico, social (onde entra a comunicação), ambiental e, muitas vezes, espiritual. O objetivo é que os ciclos sejam fechados, ou seja, eu não jogo o lixo e me esqueço dele, reaproveito os resíduos nos processos e os transformo em materiais reutilizáveis. Assim, por exemplo, as fossas sépticas são evitadas. “Como alternativa para o uso de descargas convencionais são recomendadas fossas de evapotranspiração, que usam plantas para reciclar a água. Outra opção bastante disseminada são os banheiros secos.
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Adicionar água aos dejetos humanos só faz aumentar a possibilidade de contaminação de rios, solo e seres humanos, além de dificultar a reciclagem e purificação da água”, explica o permacultor Diogo do Amaral Jorge, de 31 anos. Existem muitas formas de se fazer e manejar banheiros secos. Uma delas é adicionar serragem aos dejetos (assim eles ficam secos e não há cheiro ou proliferação de bactérias, porque elas precisam de umidade para viver), deixá-los aquecer durante seis meses em um reservatório de metal pintado de preto e voltado para o sol e, depois, devolvê-los ao solo, pois possíveis patógenos terão morrido nas altas temperaturas. Às vezes, as pessoas pensam que por morarem em cidades não podem implantar essas técnicas. Mas uma coisa bem simples de se fazer em casa ou em apartamentos é o plantio de hortaliças em vasos ou pneus, em um cantinho onde bata sol. As composteiras e minhocas para transformar os restos de comida em adubo também são viáveis. Plantar em casa traz também mais segurança alimentar, já que podemos comer um alimento de melhor qualidade, sem adição de agrotóxicos e fertilizantes químicos. Coletar água da chuva é outra opção para lavar quintais e irrigar plantas. Saiba mais em: http://www.youtube.com /watch?v=HQMgotBb7FQ
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Energia alternativa
Marcos do
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Amaral Jo
Também faz parte desses processos produzir a própria energia, assim como construir de modo sustentável. Energia alternativa pode ser gerada por meio de micro-turbinas e moinhos em quedas d’água, biogás (a partir de dejetos animais e humanos), energia solar com placas fotovoltaicas ou pelo aquecimento de tambores ou mangueiras (ao sol) para o banho, por exemplo, que é uma atividade que consome muita energia. As construções com tijolos e cimento têm alta pegada ecológica, já que esses materiais geram muito impacto sobre o planeta: gastam muitos recursos em sua produção e são muito difíceis de se deteriorar. Por isso, elas são substituídas por bioconstruções, que usam técnicas novas, tradicionais e materiais disponíveis em cada local. O Manual do Arquiteto Descalço é um livro que ensina muitas dessas técnicas, desde telhados verdes, até o uso de adobe, cob, pau a pique (de modo que não vire casa para o inseto barbeiro), dentre outros. Sempre considerando a posição do vento, do sol, e o clima do local, para fazer uma construção fresca no verão e quentinha no inverno. Concluo dizendo que precisamos repensar e transformar o significado de muitas palavras e conceitos, como lixo, desenvolvimento, crescimento, democracia, dentre tantas outras. E não dá para esperar a boa vontade de políticos, é preciso que cada um faça a Exemplo de bioconstrução realizada no sua parte. Esse é o convite Marden da Veiga Sítio Saracura, em Lima Duarte (MG). que os faço! V
Exemplo de permacultura urbana realizada na Zona Oeste de São Paulo. Plantio de bananeira, legumes e chás, dentre outros.
Para quem quer conhecer mais:
Acesse: http://www.pegadaecologica.org.br/
* Um dos Conselhos Jovens da Vira presentes em 22 Estados e no Distrito Federal (mg@viracao.org)
No Brasil e no mundo as experiências de permacultura e agroecologia estão crescendo muito. Iniciativas perto de você podem ser encontradas na Rede Permear (www.permear.org.br) e na Rede Global de Ecovilas (http://gen.ecovillage.org/) sendo que muitas delas recebem visitas e realizam cursos. A UMAPAZ, em São Paulo (SP), ministra gratuitamente o curso Gaia Education, que aborda todos os aspectos da sustentabilidade: econômico, social, ecológico e visão de mundo. O Google, o Youtube e os links disponíveis nessas instituições também podem te ajudar a implantar essas técnicas no local onde vive ou trabalha!
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IMAGENS QUE VIRAM
Profissional de tinta e papel Texto e imagens: Natália Forcat
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osto de desenhar desde que eu me lembro. Uma das minhas primeiras lembranças da infância é minha mesma, desenhando com carvão num muro no fundo da minha casa. O começo da minha carreira foi meio atrapalhado, eu não tinha certeza do que queria da vida (como muitos jovens), mas eu sabia quem eu era quando estava desenhando, e isso me fez insistir. Comecei publicando em algumas revistas underground na Argentina, nas cidades de Rosário e Buenos Aires. A temática em geral era punk. Fiz algumas HQs na época, que foram publicadas em alguns suplementos de revistas bem conhecidas como a Ferro. Uma das coisas que mais me atrapalhou foi minha insegurança. Eu sempre achava que meu trabalho não estava suficientemente bom. Isso é realmente algo que sempre me atormentou, mas hoje em dia já aprendi a conviver um pouco melhor com essa mania. Quando me mudei para o Brasil, comecei a trabalhar com livros didáticos para várias editoras importantes. Foi quando realmente me profissionalizei. Simultaneamente, comecei a trabalhar também para revistas e jornais. Fiz alguns cursos e tentei algumas faculdades, mas acabei desistindo, sou uma autodidata. Hoje em dia, faço ilustrações para revistas e também mapas para revistas de turismo.”
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Confira mais ilustras de Natália Forcat no blog: http://natcartum.blogspot.com/
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~ RELIGIAO NA PRATICA Capa
Conheça a história de jovens que, estimulados pelos valores religiosos, desenvolvem ações e trabalhos sociais em nome da fé Veronica Muniz, Messias Santos, Jacó silva, Elane Santos e Emilay Sena, do Virajovem Salvador (BA); Israel Rocha, colaborador da Vira em Salvador (BA); Edna Nunes e Gilson Dias, colaboradores da Vira em Belém (PA), Adriélly Aparecida dos Santos, Mariana Rosário e Bruno Ferreira, da Redação Ilustrações: Novaes
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ditado popular diz: “Religião não se discute, respeita-se”. Apesar disso, estudiosos revelam a necessidade de discutila, sob a consideração de dois aspectos: por ser uma forma de mobilização social das juventudes e formação da personalidade e seus valores, além de auxiliar no convívio em comunidade para a sua afirmação social. O sociólogo e especialista em Ciências da Religião Tony Welliton da Silva Vilhena, comenta que Karl Marx, em um de seus escritos, afirma que a “religião é o ópio do povo”, usada para ludibriar as pessoas. Entretanto, o especialista entende que “a religião é como uma erva curativa, que soluciona problemas”, e como o jovem está em busca da sua afirmação e de um sentido de vida, a religião surge como alternativa para o público juvenil. Para Patrícia Alexandre, professora da Faculdade de Teologia Metodista Livre, localizada em São Paulo (SP), o papel da religião é duplo: “Ela tem a função de ligar o homem com o sagrado e, ao mesmo tempo, tem uma questão social. Se você pensar na proposta de Jesus, ela é muito social, pois fala sobre igualdade entre todos”. Na opinião do professor da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e doutor em Ciências da Religião Saulo Batista, discutir a religião é complexo, porque a fé vai além da instituição religiosa, sobretudo no Brasil, onde é comum uma mesma pessoa rezar pelos santos católicos e invocar as entidades da Umbanda. “Uma constatação é que discutir religião está acima da questão institucional, porque o que vale é a crença, a fé das pessoas em um único Deus”, explica. Saulo lembra que é a partir desta crença e da prática religiosa que a fé é fortalecida e, consequentemente, as pessoas despertam para a solidariedade, para o amor ao próximo e ações sociais.
Consciência e ação social “Ajudar o próximo”, esse é o lema de jovens que, por meio da religião, encontraram uma forma de mudar a realidade em que vivem. Doar cestas de Natal, ouvir alguém que precisa de ajuda, doar sangue, visitar asilos e orfanatos são atitudes incentivadas pelas Igrejas, e apoiadas por jovens. “O que me incentiva é saber que o pouco que faço poderá ajudar muito uma família”, afirma Bruna Abranches, católica de 20 anos, que fez uma campanha de doação de alimentos para
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promover ceias de Natal para diversas pessoas de sua comunidade. Outra atividade que os jovens também vêm fazendo é a visita a orfanatos. Bruna e os amigos da igreja levam brinquedos, roupas; brincam, conversam e compartilham seu tempo com as crianças que auxiliam. Também Mariana Castilho, espírita kardecista de 21 anos, sentindo que sua rotina estava vazia, percebeu que deveria preencher seus dias com atividades úteis. A jovem resolveu aproveitar as oportunidades mais próximas, como atuar como voluntária no asilo de idosos mantido pelo centro espírita que frequenta, na zona sul de São Paulo (SP), no qual sua mãe também atua voluntariamente. “Trabalhar com idosos é muito gratificante, principalmente quando sabemos lidar com eles. Ainda tenho muito pra aprender, mas o que eu sei já é o suficiente pra sair de lá com a sensação de dever cumprido”, diz Mariana.
Senso de solidariedade Aos 15 anos, a solidariedade tomou conta da personalidade da adolescente Gabriela dos Santos, e o amor ao próximo veio à tona quando percebeu que podia, por menor que fosse a contribuição, mudar a realidade de outras vidas. Seguidora de uma Igreja Evangélica, Gabriela faz parte de um grupo de jovens que oferecia sopa a moradores de rua do centro da capital paulista. “A sopa era feita com o que a verba nos permitia comprar. É simples, mas feita com muito amor”, diz Gabriela. A finalidade do grupo vai além de alimentar moradores de rua. Os jovens querem proporcionar momentos felizes e de saciedade àqueles que sempre estiveram pelas ruas da cidade. A adolescente e os amigos saíam todas as madrugadas de sábado para domingo, com o objetivo de voltar para casa antes do amanhecer, o que nem sempre era possível, pois muitos não queriam apenas o alimento, mas também desabafar suas histórias tristes e sofridas. Mas o dinheiro para a boa ação foi ficando escasso, algumas pessoas seguiram com outros planos de vida e o projeto teve fim em 24 de setembro de 2011.
Gabriela Santos (à esquerda) e amigos oferecem auxílio a moradores de rua de São Paulo (SP)
Despertando vidas Adventista do Sétimo Dia, Jacó Santana da Silva, de 21 anos, realizou vários projetos sociais na sua igreja. Entre eles, destaca a interação com jovens em situação de rua e dependentes químicos, com os quais desenvolveu uma ação de conscientização para o abandono do vício. Membro do clube de Jovens Desbravadores de sua igreja, realizou um trabalho de limpeza das praias de Tubarão e São Tomé, localizadas na periferia de Salvador (BA). “Aprendi muita coisa na congregação, como amar ao próximo como a mim mesmo, respeitar as outras religiões, amar todos os irmãos em Cristo e a tentar entender toda violência, catástrofes, guerras e tudo que acontece hoje no
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De acordo com Lívia Pereira Clal, dirigente da casa espírita frequentada por Mariana, o Espiritismo incentiva o engajamento em trabalhos sociais por meio da conscientização do papel do indivíduo na sociedade como um todo. “A partir do momento que a doutrina espírita explica o porquê de nós estarmos aqui, deixa claro que a nossa mais importante missão existencial é minimizar e aliviar as dores dos semelhantes. Quando conscientiza a criatura de que ela vive numa sociedade e que sem a lei de cooperação não há melhora, naturalmente incentiva projetos e trabalhos sociais”, conta Lívia. Além de Mariana, outros jovens que frequentam a casa espírita são voluntários no abrigo de idosos, uma consequência da educação religiosa. “A atuação do jovem desperta esse entendimento nos mais antigos do potencial e do valor do jovem, tirando essa visão deturpada tanto da juventude quanto da forma dogmática de se enxergar a religião. Nos jovens, realmente, o trabalho voluntário confirma o entendimento que eles têm de que são importantes e que a idade cronológica não determina responsabilidade, e sim a conscientização”, afirma Lívia. A professora de Teologia Patrícia Alexandre compartilha da mesma opinião: “A Juventude tem um papel fundamental na transformação social. A religião tem um poder muito grande e o jovem tem o desejo da mudança e transformação, porque ele não se acostuma com as coisas erradas. Ele tem o papel de trazer o novo, enquanto os mais velhos estão acostumados e pouco movimento fazem para mudar o mundo”.
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Capa mundo”, afirma Jacó. Testemunha de Jeová, o adolescente Crisóstomo Dias Pereira Neto, de 16 anos, também atua na conscientização sobre os malefícios do consumo de bebida alcóolica, além dos riscos do fumo e outros tipos de drogas. Para ele, “todas as Testemunhas de Jeová também focalizam no apoio a resolver ou ajudar nos problemas da nossa sociedade”. O jovem, junto com outros seguidores de sua religião, procuram ainda contribuir com donativos para pessoas que vivem em lugares que sofreram alguma situação de calamidade.
Willian Souza acredita que os templos religiosos devem combater a marginalização dos jovens
Disseminando cultura William Souza, de 26 anos, é candomblecista há sete anos e frequenta um terreiro na capital baiana. Atuante em diversos movimentos sociais, o jovem não rejeitou o convite para dar
aula de inglês para a comunidade, uma iniciativa comunitária que partiu de sua religião. Além disso, o terreiro conta com uma organização chamada Vintém de Prata que está criando uma biblioteca comunitária, para que todos os moradores e frequentadores do bairro possam ter acesso à leitura. Ele acredita ser muito importante os templos religiosos desenvolverem ações que possam contribuir com a formação intelectual de jovens de comunidades populares, uma forma de combater a marginalização. “Só não aceito que as religiões utilizem das ações assistencialistas para garantir fiéis”, opina.
religiosos também são uma demostração de solidariedade. “Quando você tem um grupo que se encontra e tenta prover algo para as pessoas que estão ao seu redor, estão fazendo um trabalho social, que boa parte das Igrejas e outras tradições religiosas têm.” Artur Leandro Carvalho, de 17 anos, por exemplo, é coroinha há quatro anos da comunidade paroquial de Nossa Senhora do Perpétuo, em Belém (PA). Para ele, assumir a função de coroinha “foi um chamado de Deus”, porque, até então, não existia “nenhuma vontade” para desempenhar o papel. Segundo ele, quem pensa que ser coroinha se limita a ajudar os padres está enganado. “Os coroinhas estão a serviço de Deus, de Jesus Cristo, o que se resume estar a serviço do próximo, seguindo os principais mandamentos da fé cristã, amando a Deus e ao seu próximo”, ressalta. Por este motivo, assim como outras pessoas que se dedicam às ações sociais, os coroinhas possuem também este mesmo papel, porque muitas vezes fazem parte de outros movimentos paroquiais, como da Catequese ou da Pastoral da Juventude. Também Vinícius Ribeiro Moreira, de 21 anos, dedica-se à prática religiosa. O jovem trabalha uma vez por semana na aplicação de passes nos frequentadores da casa espírita que vai desde quando era criança. Para o Espiritismo, o oal
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Chamado de Deus Mas a solidariedade não está presente apenas em práticas que impactam materialmente a vida das pessoas. Para a professora de Teologia Patrícia Alexandre, o engajamento nos trabalhos O coroinha Arthur Leandro Carvalho acredita que estar à serviço de Deus é estar a serviço do próximo
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passe é uma reposição energética feita por meio da imposição de mãos sobre quem o recebe. A energia é transmitida por meio de um médium, neste caso, Vinícius, um intermediário das energias que provém do plano espiritual. “Eu vejo o trabalho mediúnico como uma forma de caridade. Uma caridade verdadeira, uma forma de ajudar tendo ou não dinheiro, depende apenas da boa vontade e do conhecimento pelo qual o médium se compromete em buscar. E também é uma oportunidade de corrigir erros passados e crescer, segundo os ensinamentos trazidos pela doutrina espírita”, afirma Vinícius.
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Linguagens específicas atraem o público jovem à religião As Igrejas e os movimentos religiosos não poupam esforços para conquistar novos adeptos jovens. Dentre elas, destaca-se a música, uma linguagem muito explorada pelas juventudes. Não são poucas as adaptações de letras de cânticos ou hinos em ritmos que identifiquem a realidade cultural dos jovens. No Pará, por exemplo, é comum ouvir louvores de Igrejas pentecostais em ritmo de brega ou entoados ao som pesado do rock. No Rio de Janeiro, o funk é muito utilizado. Segundo a concluinte do curso de Ciência da Religião Mirian Carvalho, para falar de fé e instigar os jovens aos trabalhos sociais, faz-se necessário uma linguagem específica, para que este público se identifique e sinta-se à vontade em participar, como os quadrinhos, e, até mesmo o espaço, saindo do tradicional, como o templo de oração, para o alternativo, como às margens de um rio ou igarapé, onde é aceitável a realização de cultos. O importante, enfatiza ela, é que as novas linguagens são meios também que proporcionam o diálogo da fraternidade, da igualdade e do amor ao próximo.
*Integrantes de Conselhos Jovens da Vira presentes em 22 Estados do País e no Distrito Federal (ba@viracao.org e pa@viracao.org)
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Dividir ou não dividir, eis a questão!
Pará sobre divisão do Plebiscito questiona população do os separatistas pelo Brasil Estado e incentiva outros moviment Melina Marcelino, colaboradora da Vira em Belém (PA) e Bruno Ferreira, da Redação
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oi estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que no dia 11 de dezembro deste ano os eleitores paraenses irão às urnas para decidir se o Pará será dividido ou não. Se a maioria votar pela divisão, o Brasil ganhará mais dois novos Estados: Carajás e Tapajós. Em 13 de setembro, os comitês pró e contra a divisão do Pará começaram as campanhas. Na televisão e no rádio, as campanhas só começam no dia 11 de novembro. Juntas, as duas frentes vão gastar cerca de 20 milhões de reais e os dois comitês prometem usar argumentos desenvolvimentistas para conquistar o voto do eleitor que vai, literalmente, definir os rumos do Pará. O debate sobre a divisão do Estado não é um assunto novo. Essa ideia foi se desenvolvendo ao longo dos anos e, finalmente, chegou à instância máxima, o Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou o plebiscito. A elite política do sul do Pará é que está à frente do processo separatista, representado pelos deputados federais Giovanni Queiroz (PDT) e Zequinha Marinho (PSC). A frente contra o desmembramento do Estado conta com o apoio do deputado federal e exchefe da Casa Civil do Pará Zenaldo Coutinho (PSDB). O deputado estadual Celso Sabino, do PR, que também faz parte da frente contra a divisão, já entrou com mandado de segurança no STF, contestando a votação dos projetos na Câmara dos Deputados que autorizam o plebiscito para consultar a população sobre a criação dos Estados do Tapajós e de Carajás.
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Divisão do Estado
Pará Tapajós
Carajás
*Um dos Conselhos Jovens da Vira presentes em 22 Estados do País e no Distrito Federal (pa@viracao.org)
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Outros separatistas O plebiscito de 11 de dezembro pode dar ainda mais força para diversos movimentos separatistas espalhados pelo Brasil. Segundo reportagem veiculada pela Revista Fórum em julho deste ano, há mais de 100 projetos no Congresso Nacional que propõem plebiscitos para a criação de 11 Estados no Brasil, além de Carajás e Tapajós, originários do atual Pará.
As novas unidades da Federação seriam: Mato Grosso do Norte, Território Federal do Pantanal, Araguaia, Estado do Triângulo, Estado do Rio São Francisco, Gurgeia, Maranhão do Sul, Território Federal do Oiapoque, Território Federal do Alto Rio Negro, Território Federal do Solimões e Juruá. A maioria faria parte da Região Norte do Brasil. V
Por que
dividir?
- Presença do Estado na área historicamente abandonada reduziria os conflitos, amenizaria os problemas sociais e levaria segurança jurídica à população. - Aumentaria o número de deputados federais e senadores de 20 para 39 (sendo 30 deputados e nove senadores) representando a região. - Os três estados juntos – Pará, Carajás e Tapajós – ganhariam mais representatividade política e orçamentária em relação ao restante do Brasil. - Diminuição do território permitiria melhor administração da máquina pública. - O Estado do Pará ficaria com a parte mais rica e bem aparelhada do território que representa 55% do PIB e 50% de arrecadações do ICMS, de acordo com o balanço geral do governo paraense em 2008. - O novo Estado do Pará ficaria desonerado dos investimentos e custeio nas regiões que desejam se emancipar. - As novas unidades federativas contribuiriam para preencher os crônicos vazios demográficos de uma região que representa 52% do território nacional.
Por que
não dividir?
- Com a divisão, o Pará perderia mais de 10 milhões de saldo na balança comercial. - Sozinho, o Pará terá apenas 26% de sua área protegida. - A divisão do território pode ameaçar a sobrevivência das Unidades de Conservação que estavam protegidas por um Estado que não existirá mais. Os novos Estados poderão dar outro destino a essas reservas, já que os possíveis governantes têm ideais desenvolvimentistas, e as atividades que predominam nesta região é a criação de gado e o plantio de soja. - O Estado de Tapajós teria 53% de área desmatada ou com focos de queimadas. - Mesmo ficando com a maior parte do território, o Tapajós tem a menor quantidade de Hospitais (38), centros ou postos de saúde (329) - Juntos, os territórios de Carajás e Tapajós teriam pouco mais da metade do número de estabelecimentos de ensino fundamental e médio que o restante do Estado. - Só para a criação dos dois estados, o governo federal vai gastar cerca de R$ 3,8 bilhões.
Como fica a região do Pará se o SIM ganhar: Pará
Carajás
Tapajós
Número de municípios: 80 Habitantes: 4,8 milhões Capital: Belém Extensão: 240.689 km² Economia: setor de serviços, criação de gado e, talvez, o plantio de dendê para extração de óleo de palma
Número de municípios: 38 Habitantes: 1,5 milhão Capital: Marabá Extensão: 285.000 km² Economia: mineração e criação de gado
Número de municípios: 25 Habitantes: 1,1 milhão Capital: Santarém Extensão: 722.000 km² Economia: setor energético, que inclui a Usina de Belo Monte e o complexo hidrelétrico Tapajós, além de mineração e plantio de grãos
Fontes: Frente Parlamentar Pró Estado de Carajás, Frente Parlamentar Pró Estado de Tapajós, Idesp http://www.idesp.pa.gov.br/paginas/divisaoEstado.php
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/ Chega de racismo! , do Unicef, é uma das Campanha Por uma infância sem racismo a presentes no país ações para superar as desigualdades aind Da Plataforma dos Centros Urbanos de São Paulo
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m novembro, celebramos no Brasil o Dia da Consciência Negra. Data importante para toda a população, mas em especial, para a comunidade negra. Por isso, por todo o país, acontecem diversas ações que celebram as memórias, lutas e conquistas do povo negro, mas também refletem as dificuldades e reivindicações por direitos que ainda hoje são violados. E não são poucos os desafios colocados para que o Brasil possa, de fato, viver uma democracia racial. Apesar de velado, o racismo ainda persiste e as injustiças históricas instalaram um abismo entre a população negra e não-negra no que se refere ao acesso aos direitos básicos como educação, saúde, trabalho, moradia etc. Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de jovens negros na universidade é apenas a metade do de jovens não-negros. Em contrapartida, entre os 14 milhões de brasileiros com mais de 15 anos que são analfabetos, 30% são brancos e 70% são negros ou pardos. No mercado de trabalho também é grande a disparidade entre brancos e negros, apesar do aumento de ingresso de negros no mercado, a diferença salarial para funções iguais, ainda existe. A violência é também um tema que revela o tamanho do desafio que há pela frente e preocupa, especialmente, a população jovem. O Mapa da Violência 2011, estudo realizado pelo Instituto Sangari em parceria com o Ministério da Justiça, revela que a probabilidade de morte de um jovem negro, entre 15 e 25 anos, é de 127,6% maior que a de um branco da mesma
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faixa etária. São os jovens pretos, pobres, moradores das periferias brasileiras as principais vítimas da violência.
Infância sem racismo A discriminação racial persistente no cotidiano brasileiro também atinge de forma cruel as crianças e os adolescentes. Vivenciando, desde muito cedo, uma realidade de descriminalização, de valorização do branco sobre o negro ou indígena, eles crescem com imagens distorcidas e equivocadas de papeis sociais de acordo com a cor da pele. Apesar de representarem quase 55% do total de crianças no país, as negras e indígenas são as mais excluídas. A pobreza atinge 32,9% das crianças brancas e 56% das negras. Uma criança indígena tem duas vezes mais chances de morrer antes de completar um ano de idade do que uma criança branca. Além disso, 62% das crianças que estão fora da escola são negras. Os impactos do racismo sobre a infância é o tema da campanha Infância sem racismo, lançada pelo Unicef com o objetivo de alertar a sociedade sobre o tema e gerar uma mobilização social que assegure o respeito e a igualdade étnico-racial desde a infância. O material da campanha lista dez formas de participar. Educar as crianças para o respeito à diferença, proporcionar e estimulra a convivência entre crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, denunciar todo e qualquer caso de discriminação são algumas das ações que podem ter efeitos duradouros na construção de uma cultura de valorização da diversidade.
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Contexto histórico Durante mais de um século a data 13 de maio foi celebrada como um dia especial para o Brasil, mais ainda para a população negra. Isso porque foi nessa data que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea abolindo oficialmente a escravidão no país. Para a comunidade negra, no entanto, a data nunca foi capaz de traduzir a importância e o espírito da libertação dos escravos, pois além de celebrar o gesto de uma autoridade branca, consagrava também um ato realizado isoladamente como único fator responsável pela libertação. Ignorando assim a resistência e a luta dos próprios negros no seu processo de libertação. Por isso, a instituição de uma data que revivesse o real espírito da libertação da escravatura no Brasil foi, durante
muito tempo, reivindicada pelo Movimento Negro. Mas foi só em janeiro de 2003 que a Lei 10.639 criou o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de Novembro. A data é a mesma do assassinato de Zumbi, em 1695, líder do Quilombo dos Palmares, a maior comunidade de escravos fugitivos do Brasil. A mesma Lei também incluiu a obrigatoriedade do estudo de conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar. Em todo o país, o 20 de novembro é celebrado como um momento de comemorar os avanços alcançados à custa de muita luta, mas também de refletir e reivindicar igualdade de oportunidades, valorização e respeito.
Plataforma dos Centros Urbanos A Plataforma dos Centros Urbanos (PCU) é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidades para a Infância (Unicef) voltada para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes. O objetivo é reduzir as iniquidades garantindo que as crianças e adolescentes, de regiões periféricas das cidades, possam crescer e se desenvolver integralmente como previsto no ECA. A iniciativa é desenvolvida em ciclos com duração de quatro anos (2008 a 2011) e está sendo implementada inicialmente nas cidades de São Paulo e Itaquaquecetuba (SP) e Rio de Janeiro (RJ). A Viração Educomuncação é parceira técnica do Unicef nessa ação, atuando diretamente na formação de adolescentes que, por meio da comunicação, mobilizam as comunidades em torno de seus direitos.
Durante o lançamento, aconteceram apresentações de música e dança afro.
Jovens da Plataforma dos Centros Urbanos durante o lançamento da campanha Por uma Infância sem Racismo, em São Paulo (SP)
Para saber mais sobre a Campanha Por uma infância sem racismo acesse: http://www.infanciasemracismo.org.br/
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E eu com isso?!
Conquista e impasses ara, mas alguns de seus aspectos, Estatuto da Juventude é aprovado na Câm resistências como a meia-entrada, ainda encontram
Victória Sales e Leonardo Nora, do Virajovem Rio Branco (AC)*
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esde o fim da Segunda Guerra Mundial a visão de juventude como fase diferenciada das demais fases da vida vem se consolidando. O Brasil foi o ultimo país da America Latina a criar um órgão institucional para ouvir e trabalhar com políticas publicas de juventude. A fase da vida compreendida como juventude estende-se dos 15 aos 29 anos, sendo, em nosso pais, cerca de 50 milhões de brasileiros. O projeto de lei nº 4529/04, após sete anos de tramitação na Câmara, foi aprovado no dia 05 de outubro, tendo como relatora a deputada Manuela D’Ávila (PC do B-RS). O principal ponto do estatuto é a criação do Sistema Nacional da Juventude, que trata da gestão de recursos para realização de políticas específicas. “É um marco para constituir uma nova compreensão sobre o que é ser jovem, período que carregou estereótipos negativos, visto como problema ou mera fase de transição da infância para a vida adulta. Chegou a hora da sociedade e do Estado reconhecerem os jovens como portadores de direitos específicos, capazes de participar do projeto de país”, afirmou Gabriel Medina no artigo Estatuto da Juventude: mais um passo para o desenvolvimento do Brasil. Este estatuto foi o primeiro a receber contribuições e sugestões via internet, sendo cerca de 30% do seu texto final composto por estas. O documento está consolidando marcos legais, iniciados com a aprovação da PEC da juventude, alcançados por meio da luta das várias juventudes organizadas ou não, pelo reconhecimento do jovem perante o Estado. A UNE, UBES ,UJS e demais instituições de participação juvenil comemoraram a consolidação desta bandeira de luta. A aprovação do Estatuto da Juventude torna esta parcela da sociedade alvo de políticas publicas voltadas para suas as necessidades especificas. Estabelece a destinação de 30% do Fundo Nacional de Cultura para projetos que beneficiem os jovens, além de fortalecer as políticas publicas específicas a eles em áreas como saúde, educação e emprego.
O estatuto trata ainda da juventude em sua complexidade, de forma transversal, abrangendo a todas as juventudes, termo este utilizado no estatuto, desvinculando a juventude de uma visão unívoca. Há, no entanto, uma polêmica sobre a meia entrada, garantida pelo estatuto, para eventos esportivos e culturais, assim como para transporte intermunicipal e interestadual. A mídia, em geral, tem alimentado este debate dando mais ênfase aos empresários que constituem densamente a oposição à meia entrada. V
Novaes
*Um dos Conselhos Jovens da Vira presentes em 22 Estados do País e no Distrito Federal (ac@viracao.org)
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No escurinho
História do Cinema - Parte 9
Notícias do Oriente
Fotos: Divulgação
A cada edição, Sérgio Rizzo traz em capítulos um pouco da história cinematográfica. Uma oportunidade para colecionar e conhecer as diferentes fases que ajudaram a tornar o escurinho da sala de cinema um espaço apreciado por muitos
Sérgio Rizzo*, crítico de cinema
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nquanto a indústria cinematográfica dos Estados Unidos avançava sobre o planeta, nas décadas de 1980 e 1990, houve espaço, ainda que restrito, para que começassem a circular as obras de realizadores de cinematografias até então quase desconhecidas no Ocidente, como as de Irã e China. A primeira teve em Abbas Kiarostami (Gosto de Cereja, Cópia Fiel) seu principal representante; a segunda conquistou admiração internacional graças, especialmente, a Zhang Yimou (Lanternas Vermelhas, Nenhum a Menos) e Chen Kaige (Adeus Minha Concubina). Outra estrela do cinema de expressão autoral feito no Oriente que também ganhou projeção naquelas décadas foi o ator e diretor japonês Takeshi Kitano (Hana-Bi – Fogos de Artifício), um comediante que chamou a atenção como realizador de dramas amargos e às vezes irônicos. Na Europa, o cenário revelou nomes hoje consagrados como o espanhol Pedro Almodóvar (Tudo Sobre Minha Mãe, Fale com Ela) e o dinamarquês Lars “A tecnologia não vale nada sem uma boa história. O von Trier (Dançando no Escuro, Dogville, Melancolia), um dos importante é que o cinema do futuro seja o cinema dos signatários do polêmico manifesto O Voto de Castidade, que seres humanos, uma arte que conte histórias de pessoas.” deu origem ao movimento Dogma-95. André De Toth O novo cinema latino-americano despontou nos anos 1990 com Amores Brutos, do mexicano Alejandro González Iñarritu, “Com o cinema americano invadindo todas as telas, e Nove Rainhas, do argentino Fabián Bielinsky, que morreu vamos todos comer o mesmo alimento espiritual, e isso precocemente, assim como um dos principais cineastas vai fazer-nos esquecer a nossa poesia, a nossa música.” daquele período, o polonês Krzysztof Kieslowski, autor da Helma Sanders-Brahms minissérie de TV Decálogo (da qual saíram os longas Não Amarás e Não Matarás), de A Dupla Vida de Véronique e da trilogia das cores da bandeira francesa (A Liberdade é Azul, “É um direito e uma obrigação de todos os países ter sua A Igualdade é Branca e A Fraternidade é Vermelha). V cinematografia. É tão importante quanto defender a língua.” Miguel Littin * www.sergiorizzo.com.br
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“As imagens filmadas talvez sejam as mais ilusórias de todas as máscaras que colocamos sobre o rosto da realidade.” Jean-Claude Carrière
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Que Figura!
O grande magnata invenções que revolucionou a informática com diversas Conheça a trajetória de Steve Jobs, o homem Gutierrez de Jesus Silva, do Virajovem São Paulo (SP)*
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Novaes
teve Paul Jobs, nascido em São Francisco, Califórnia, no ano de 1955, ao longo da sua vida sempre pensou no futuro. Passando por inventor, empresário e magnata estadunidense na área da informática. Revulocionou e enriqueceu criando possibilidades inovadoras no ramo tecnológico. Adotado, Steve foi abandonado pela família biológica ainda quando era um bebê. Não há informações precisas sobre os motivos pelos quais Steve foi colocado para a adoção. Uma versão diz que os pais, jovens estudantes, não teriam como sustentá-lo; outra diz que seus pais não teriam como garantir seus estudos na faculdade. Mesmo sendo adotado, Steve não se formou no ensino superior, o que não o impediu de se tornar uma referência, um mestre no âmbito tecnológico. Começou a faculdade, mas parou por perceber as dificuldades financeiras dos pais para bancar seus estudos. O primeiro computador com monitor foi inventado por ele e Steve Wozniak e apresentado em Berkeley em 1976. “Esse é o primeiro computador pessoal que vão querer comprar”, era o slogan do produto. Nascia o Apple I. Mais tarde, inventaram o Apple II. Outro computador a ser construído pela empresa foi o Lisa, o primeiro com interface gráfica, utilizando tecnologias roubadas da Xerox. Anos mais tarde, Steve fez o lançamento do Macintosh. Em 1985, ele foi obrigado a deixar a Apple pelo conselho administrativo da empresa, pois sempre que tinha algum problema pessoal descontava humilhando os funcionários. Após a sua saída da Apple, Steve criou outra empresa de computadores a NeXT Computer, que teve o seu primeiro sistema operacional lançado no ano de 1988.
Em 1986, comprou a Pixar e a Lucasfilm, desenvolvendo tecnologias de animação 3D para desenhos animados. No ano de 1990 foi produzido o primeiro filme infantil totalmente animado por computar, o Toy Story. Mais tarde, a Pixar foi comprada pela Walt Disney Company. De volta à Apple em 1997, lança o iPod em 2001, considerado uma grande inovação, por contar com uma memória interna para gravação de música, um player portátil que poderia ser levado para qualquer lugar. Mas as inovações da Apple não param por ai. Em 2007, foi lançado o iPhone, utilizando a tecnologia de multi-touch por permitir toques simultâneos na tela, e três anos mais tarde foi lançado o iPad, o tablet da Apple, contando com a possibilidade de acessar internet sem fio ou 3G. Infelizmente, apesar de todo esse avanço, hoje em dia somente as pessoas mais ricas têm condições de comprar e usufruir no dia a dia essas invenções. A morte de Steve Jobs foi no dia 5 de outubro de 2011, após 42 dias de sua renúncia à presidência da Apple. Ele lutava contra um câncer pancreático desde 2004. V
“Estou convencido que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo o que fazia.”
*Um dos Conselhos Jovens da Vira presentes em 22 Estados e no Distrito Federal (sp@viracao.org)
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Sexo e Saúde
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oje em dia, muito se fala em proteção na hora da relação sexual, mas muitas pessoas sequer sabem como higienizar corretamente seus órgãos genitais. A frequente falta de higiene ou limpeza incorreta das partes íntimas pode causar problemas mais sérios e até intervenções mais delicadas, como a cirurgia de fimose em homens, por exemplo. Sobre o assunto, os virajovens de Lavras (MG) conversaram com Dagmar de Andrade Arriel Vieria, enfermeira de um Posto de Saúde da Família da cidade, que atua diretamente com questões sexuais de crianças e adolescentes. Confira!
Natália Forcat
Reynaldo de Azevedo Gosmão e Silmara Aparecida, do Virajovem Lavras (MG)*
Quais são os devidos cuidados, que devem ser tomados na limpeza genital? Para se fazer a limpeza genital ou a higiene de forma adequada é preciso usar sabonetes próprios com glicerina. E na limpeza anal tem que se feita sempre de frente para traz , para não levar resíduos para vagina ou o pênis. E a genitália feminina não pode ser lavada por dentro, porque tira a proteção da vagina, e a limpeza genital tem que ser feita no mínimo duas vezes ao dia. O uso indevido de produtos para a higiene genital pode ocasionar danos à pele? Quais são eles? Pode sim, o uso indevido pode causar vários danos à pele, pois há produtos que têm grande quantidade de químicos, e a pele da genitália é muito fina. O uso incorreto pode ocasionar irritações e até tirar a camada de proteção. A falta de higiene genital ou fazer a higiene genital de forma inadequada, tanto em meninos como em meninas, pode trazer alguma doença? Sim, existem várias doenças causadas por fungos, principalmente quando fazemos o uso de cueca ou calcinhas molhadas. Também quando usamos roupas muito apertadas, por quanto que a área da genitália é muito quente e úmida, e só podemos reverter se conhecermos e observarmos a nossa genitália e adquirirmos hábitos de limpeza correta.
V
Mande suas dúvidas sobre Sexo e Saúde, que a galera da Vira vai buscar as respostas para você! O e-mail é redacao@viracao.org * Um dos Conselhos Jovens da Vira presentes em 22 Estados e no Distrito Federal (mg@viracao.org)
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Rango da terrinha
Eita trem bão!
Conheça a receita do doce de leite, o mais tradicional do Estado de Minas Gerais
Weslei Vicente, do Virajovem Lavras (MG)*
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história do doce de leite não é simplesmente mais uma receita. É bem mais do que isso! É algo que é feito e passado de geração após geração, que junta toda a família ao redor do fogão a lenha para apreciar, degustar e festejar. Não há uma festa na casa da minha avó sem o docinho de leite, algo que o meu falecido avô gostava de fazer. Quantas histórias ouvi sentado ao seu lado, enquanto ele mexia o doce! Quantas vezes ficávamos esperando para raspar o tacho! Hoje, quem continua a tradição do doce de leite na minha família, além da minha avó, é o meu tio, que me ensinou esta maravilhosa receita. O doce de leite pode ser degustado de várias formas além da tradicional, que é acompanhada com o queijo mineiro. Seja em barra ou molinho, no meio do bolinho de chuva ele é uma delícia! V
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Modo de preparo:
Ingredientes: 5 litros de Leite 1 kilo de açúcar Óleo para untar
Primeiramente, você deve untar a panela com um pouquinho de óleo para que o doce não grude. Depois, despeje o leite e acrescente o açúcar. Por duas horas, mexa a mistura de leite com açúcar até engrossar. Não pare de mexer, para evitar que o leite derrame ou que o doce grude na panela. Vários ingredientes podem ser adicionados ao doce já pronto, como ameixas pretas aferventadas, côco ralado, passas maceradas ao rum, nozes picadas, figo em calda... Depois é só comer! Eita trem bão!
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Flickr - Clau
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CUPOM DE ASSINATURA anual e renovação 12 edições ++ newsletter É MUITO FÁCIL FAZER OU RENOVAR A ASSINATURA DA SUA REVISTA VIRAÇÃO Basta preencher e nos enviar o cupom que está no verso junto com o comprovante (ou cópia) do seu depósito. Para o pagamento, escolha uma das seguintes opções: 1. CHEQUE NOMINAL e cruzado em favor da VIRAÇÃO. 2. DEPÓSITO INSTANTÂNEO numa das agências do seguinte banco, em qualquer parte do Brasil: • BANCO DO BRASIL – Agência 2947-5 Conta corrente 14712-5 em nome da VIRAÇÃO OBS: O comprovante do depósito também pode ser enviado por fax. 3. VALE POSTAL em favor da VIRAÇÃO, pagável na Agência Augusta – São Paulo (SP), código 72300078 4. BOLETO BANCÁRIO (R$2,95 de taxa bancária)
O CUCA é nosso para Centro de cultura urbana promove cursos das comunidades de Fortaleza (CE)
REVISTA VIRAÇÃO Rua Augusta, 1239 – Cj. 11 Consolação – 01305-100 São Paulo (SP) Tel./Fax: (11) 3237-4091 / 3567-8687
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FORMA DE PAGAMENTO: TIPO DE ASSINATURA:
jovens
Narayana Teles, colaboradora da Vira em Fortaleza (CE); e Rones Maciel, do Virajovem Fortaleza (CE)*
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le existe há dois anos e seu aniversário é comemorado no dia 10 de setembro. Construído no segundo bairro mais populoso de Fortaleza (CE), a Barra do Ceará, ele mostra por intermédio de suas ações, uma outra face da juventude que habita a periferia. Seu nome é CUCA Che Guevara, o primeiro Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte que abrange uma área de 14.000m² e que vem mudando cotidianamente o cenário de uma das regiões mais perigosas da cidade. O Projeto CUCA é uma demanda do Orçamento Participativo integrado ao Programa de Políticas Públicas de Juventude da Prefeitura de Fortaleza, administrado pelo Instituto CUCA, uma organização social sem fins lucrativos, que proporciona aos jovens o desempenho de atividades socioculturais, de modo a interferir na construção de uma nova sociedade. Como exemplo, podemos citar a ex-aluna do curso de fotografia, Nazareth Lourenço, que nos contou que desde pequena já demonstrava interesse em fotografia, porém, não tinha condições de pagar um curso. “O CUCA representa uma grande oportunidade na vida das pessoas. Aqui tudo é gratuito, os
Campanha busca conscientizar para os direitos da juventude Divulgação
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EST. CIVIL BAIRRO SEXO
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Parada Social
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PREÇO DA ASSINATURA
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equipamentos e os professores são ótimos e me fez querer seguir na área da fotografia, me fez acreditar que sou capaz. Não é porque eu não tenho condições de pagar um curso que sou menor que o outro”, conta. Assim como Nazareth Lourenço, há muitos outros jovens talentosos dentro das comunidades, cada um com sua leitura de mundo, ansiosos em expressar a vida, seja através da grafitagem nos muros, nas ondas do rádio ou nas lentes das câmeras. A juventude inventa, reinventa, se mostra e o CUCA acolhe, orienta, comemora esses dois anos de conquista com zelo e determinação. V
O que tem no CUCA: - Cineteatro, com capacidade para 200 pessoas; Cineclube, com capacidade para 75 pessoas; Anfiteatro; Sala de Artes Cênicas; Biblioteca; Laboratórios de Informática; Estúdio de Áudio, Vídeo e Fotografia; Rádio Escola. - Um ginásio coberto e duas quadras para prática esportiva; Piscina semi-olímpica; Pistas para skate, BMX e patins.
Saiba mais sobre o CUCA no site: http://cucacheguevara.blogspot.com/
* Um dos Conselhos Jovens da Vira presentes em 22 Estados e no Distrito Federal (ce@viracao.org)
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Notícias nasceu em A Agência Jovem de al rante o Fórum Soci l. janeiro de 2005 du an no Rio Gr de do Su , re e jovem eg Al o rt Po em alquer adolescente Mundial, qu , le Ne . te si um rticipar a ganhou ar e filmar pode pa in op Em 2011, a Agênci , ar af gr to fo eferências! crever, falar, escola, gostos, pr interessado em es e, ad id un m co a su m! a-dia, de ça parte você també Fa . falando do seu dians ve jo os ra jovens e pa Este é um espaço de ia com a gente. e, faça a sua notíc in op e, ip ic rt pa a, Escrev