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s o r i e c r a p s o s Nos
Sexo e Saúde
pelo Brasil
Ciranda – Curitiba (PR) Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência www.ciranda.org.br
Rede Sou de Atitude Maranhão São Luís (MA) www.soudeatitude.org.br
Movimento de Intercâmbio de Adolescentes de Lavras – Lavras (MG)
Catavento Comunicação e Educação Fortaleza (CE) www.catavento.org.br
Auçuba - Comunicação e Educação Recife (PE) aucuba.org.br
Casa da Juventude Pe. Burnier – Goiânia (GO) www.casadajuventude.org.br
Universidade Popular – Belém (PA) www.unipop.org.br
Mídia Periférica - Salvador (BA) www.midiaperiferica.blogspot.com.br
Grupo Makunaima Protagonismo Juvenil (RR) grupomakunaimarr.blogspot.com
Projeto Araçá - São Mateus (ES) www.projetoaraca.org.br
União da Juventude Socialista Rio Branco (AC) ujsacre.blogspot.com
Grupo Conectados de Comunicação Alternativa GCCA - Fortaleza (CE) www.taconectados.blogspot.com
Agência Fotec Natal (RN)
Jornal O Cidadão – Rio de Janeiro (RJ) ocidadaonline.blogspot.com
Gira Solidário Campo Grande (MS) www.girasolidario.org.br
Cipó Comunicação Interativa Salvador (BA) www.cipo.org.br
Projeto Juventude, Educação e Comunicação Alternativa Maceió (AL)
Avalanche Missões Urbanas Underground Vitória (ES) www.avalanchemissoes.org
Lunos - Boituva (SP) www.lunos.com.br
Oi Kabum - Rio de Janeiro (RJ) www.oikabumrio.org.br
Coletivo Jovem - Movimento Nossa São Luís São Luís (MA)
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Conteúdo
o r u g e s Sexo uta em pa
Copie sem moderação! Você pode:
bi, no Anhem resentes p al m ra e c v a esti tern ion il pessoas ngresso in o m c o c m ids e u in A c , e d is íve ipar ais de transmiss ara partic te p n , e lo u lm a alidade a P u u q em S ão enção, nças sex v e o re d p e o d m s co tensa venção sto. Tema rte da ex sobre pre zeram pa na de ago fi a s m a e c s li a b pú últim políticas virais na IV, cura e H hepatites m o s e da c e unicadore m quem viv o e C . d s a to n n e id e v v de do ev s e Jo zando a olescente sso, reali gramação d re A ro g p e n d a o l c d a a ê m do e vari Nacion rtura, voc articipara s da Rede e da cobe o Paulo p s ã S te Integrante e ín s d s A to. otícia s do even vem de N ão, Não! e atividade s a Agência Jo d a em Proteç v S S ociedad ti o ra x o e b S la a o p c união da a c e ra R e u ª d 4 rt e 6 m b e a co uís foi portag re como em S ão L a nossa re conteceu bém confe a m e confere n u ta q ê c ), o a C BP sd ão, v virajoven Ciência (S Nesta ediç ativa dos gresso da ic n ro P u m o o th c e ra u pa ed mB Brasileira evista co cobertura uma entr u com a re to n fe o n l de c o c e u ) x a (MA aind so se a nhense. E to ao abu n ra e a m m l ta a n a it e cap Joann do enfr lica a Lei militante , que exp s Campos, te mes n e c s ão de cri e adole a prescriç crianças ra e lt a e , qu a leitura! Maranhão exual. Bo s o s u b a de
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Quem somos A
Viração é um uma organização não governamental (ONG), de educomunicação, sem fins lucrativos, criada em março de 2003. Recebe apoio institucional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo e da ANDI - Comunicação e Direitos. Além de produzir a revista, oferece cursos e oficinas em comunicação popular feita para jovens, por jovens e com jovens em escolas, grupos e comunidades em todo o Brasil. Para a produção da revista impressa e eletrônica (www.viracao.org),contamos com a participação dos conselhos editoriais jovens de 22 Estados, que reúnem representantes de escolas públicas e particulares, projetos e movimentos sociais. Entre os prêmios conquistados nesses oito anos, estão Prêmio Don Mario Pasini Comunicatore, em Roma (Itália), o Prêmio Cidadania Mundial, concedido pela Comunidade Bahá'í. E mais: no ranking da Andi, a Viração é a primeira entre as revistas voltadas para jovens. Participe você também desse projeto. Veja, ao lado, nossos contatos nos Estados. Paulo Pereira Lima Diretor Executivo da Viração – MTB 27.300
Conheça os Virajovens em 20 Estados brasileiros e no Distrito Federal Belém (PA) Boa Vista (RR) Boituva (SP) Brasília (DF) Campo Grande (MS) Curitiba (PR) Fortaleza (CE) Goiânia (GO) João Pessoa (PB) Lagarto (SE) Lavras (MG) Lima Duarte (MG) Maceió (AL) Natal (RN) Picuí (PB) Recife (PE) Rio Branco (AC) Rio de Janeiro (RJ) Salvador (BA) S. Gabriel da Cachoeira (AM) São Luís (MA) São Mateus (ES) São Paulo (SP) Teresina (PI) Vitória (ES)
• Copiar e distribuir • Criar obras derivadas Basta dar o crédito para a Vira!
Apoio Institucional
Asso
ciazione Jangada
Quem faz a Vira Agência Jovem de Notícias
Evelyn Araripe, da Redação, entrevista o cantor Tom Zé, que se apresentou durante congresso internacional sobre prevenção de DST, Aids e Hepatites Virais em São Paulo
Revista Viração • Ano 10 • Edição 88
03
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8 Para Expressar a Liberdade
Campanha pela democratização da comunicaçã o no Brasil e por um novo marco regulatório para o setor é lançada em São Paulo
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18
9
Situação invisível
Sociedade brasileira ainda ignora formas de trabalh o infantil, como o doméstico e o informal, que acontece nas ruas
Cinema nas escolas
Projeto de São Paulo incentiva a exibição de filmes nacionais para estudantes e comunidade em 20 Escolas Técnicas do Estado
14
Combate à violência sexual
Beth Campos, militante do enfrentamento ao abuso sexual de crianças e adolescentes, conversa com virajovens sobre lei Joanna Maranhão
Prevenção é a solução!
Congresso, em São Paulo, recebe brasileiros e latinoamericanos para discutir formas de combate e prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, hepatites virais e aids
24
22
Saber viver
Conheça histórias de pessoas que não se deixaram abalar com o sofrimento e deram um novo sentido às suas vidas
Múltiplas possibilidades Saiba de que forma um educomunicador profissional pode atuar na mídia, escolas, terceiro setor e em iniciativas autônomas
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Sempre na Vira
Manda Vê . . . . . . . . . . . . . 06 Como se Faz . . . . . . . . . . 11 Imagens que Viram . . . . . 16 No Escurinho . . . . . . . . . . 30 Que Figura . . . . . . . . . . . . 31 Sexo e Saúde . . . . . . . . . . 32 Rango da Terrinha . . . . . . 33 Parada Social . . . . . . . . . . 34 Rap Dez . . . . . . . . . . . . . . 35
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Ciência em foco
Virajovens mara nhenses realizam cobertura da 64 da Sociedade Br ª Reunião asileira para o Pro gresso da Ciênc os principais acon ia. Confira tecimentos do ev ento!
Cultura africana
Escultor paranaense resgata a cultura negra com a produção de máscaras de madeiras a partir de rostos africanos
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Política na Escola
Entenda de que forma os grêmios estudantis promovem a formação e participação cidadã de adolescentes e jovens
RG VÁLIDO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL Revista Viração - ISSN 2236-6806 Conselho Editorial Eugênio Bucci, Ismar de Oliveira, Izabel Leão, Immaculada Lopez, João Pedro Baresi, Mara Luquet e Valdênia Paulino
Conselho Fiscal Everaldo Oliveira, Renata Rosa e Rodrigo Bandeira
Diretoria Executiva Paulo Lima e Lilian Romão
Equipe Amanda Proetti, Bruno Ferreira, Elisangela Nunes, Eric Silva, Evelyn Araripe, Gisella Hiche, Gutierrez de Jesus Silva, Ingrid Evangelista, Rafael Stemberg, Sonia Regina e Vânia Correia
Administração/Assinaturas
Conselho Pedagógico
Douglas Ramos e Norma Cinara Lemos
Alexsandro Santos, Aparecida Jurado, Isabel Santos, Leandro Nonato e Vera Lion
Mobilizadores da Vira
Presidente Juliana Rocha Barroso
Vice-Presidente Cristina Paloschi Uchôa
Primeiro-Secretário Eduardo Peterle Nascimento
Acre (Leonardo Nora), Alagoas (Jhonathan Pino), Amazonas (Cláudia Ferraz e Gabriela Ferraz), Bahia (Everton Nova e Enderson Araújo), Ceará (Alcindo Costa e Rones Maciel), Distrito Federal (Mayane Vieira), Espírito Santo (Jéssica Delcarro e Leandra Barros), Goiás (Érika Pereira e Sheila Manço), Maranhão (Sidnei Costa, Nikolas Martins
e Maria do Socorro Costa), Mato Grosso do Sul (Fernanda Pereira), Minas Gerais (Emília Merlini, Reynaldo Gosmão e Silmara Aparecida dos Santos), Pará (Diego Souza Teofilo), Paraíba (Manassés de Oliveira), Paraná (Juliana Cordeiro e Vinícius Gallon), Pernambuco (Edneusa Lopes), Rio de Janeiro (Gizele Martins), Rio Grande do Norte (Alessandro Muniz), Roraima (Graciele Oliveira dos Santos), Sergipe (Grace Carvalho) e São Paulo (Alisson Rodrigues, Gutierrez de Jesus Silva e Verônica Mendonça).
Arte Ana Paula Marques e Manuela Ribeiro
Colaboradores Antônio Martins, Carla Renieri, Heloísa Sato, Hércules Barros, Julia Daniel, Marcelo Rampazzo, Márcio Baraldi, Natália Forcat, Novaes, Rogério Zé e Sérgio Rizzo.
Projeto Gráfico Ana Paula Marques e Cristina Sayuri
Revisão Izabel Leão
Jornalista Responsável Paulo Pereira Lima – MTb 27.300
Divulgação Equipe Viração
E-mail Redação e Assinatura redacao@viracao.org assinatura@viracao.org
Preço da assinatura anual Assinatura Nova Renovação De colaboração Exterior
R$ 65,00 R$ 55,00 R$ 80,00 US$ 103,00
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A Vira pela igualdade. Diga lá. Todas e todos Mudança, Atitude e Ousadia jovem.
Fale com a gente!
Diga lá
Via E-mail Caro Júlio, uma forma de participar da Viração como voluntário seria organizar um conselho jovem aí em Picos. O que acha? Desse modo, você poderá também contribuir à distância. Para nos conhecermos melhor, envie-nos seu currículo.
Boa noite!
Via E-mail
Eu escrevo da cidade de Picos (PI), e os conheci a partir da minha participação no préParlamento Juvenil do Mercosul de 2010, em uma oficina. Hoje, no face, vi a página de vocês, logo me recordei do quanto tinha achado interessante o trabalho desenvolvido. Acessei o site e me vi tentado ao ver a aba "participe". O voluntariado foi com o que mais me identifiquei. Sou estudante de Direito na UESPI. Escrevo desde cedo, e de tudo. Eu queria saber como posso contribuir à distância.
Sou educadora e gostaria de saber como conseguir o manual de Educomunicação da Viração, pois achei o material bem interessante para um projeto que estamos iniciando com crianças, adolescentes e jovens na cidade de Juruti (PA), em plena Amazônia. Estamos formando um grupo de educomunicadores. Faço parte da ONG Conselho Juruti Sustentável (Conjus).
Abraço, Júlio César Luz
A Viração Educomunicação não utiliza mais o perfil no Twitter @viracao. Apropriaram-se da nossa senha para divulgar ações e ideias que não são da organização. Convidamos a todos para seguir o nosso novo perfil @viracao_oficial.
Aguardo! Cássia Boaventura
Perdeu alguma edição da Vira? Não esquenta! Agora você pode acessar, de graça, as edições anteriores da revista na internet: www.issuu.com/viracao
Cássia, ficamos super contentes com sua mensagem. Nosso Guia de Educomunicação está disponível apenas na internet, no link: http://issuu.com/portfolio_ viracao/docs/guia_educomunicacao Vamos ver a possibilidade de criarmos aí um conselho jovem da Viração?
Ops! Erramos!
Ponto G
Na edição passada, nos esquecemos de colocar no alto da página 29 o nome da seção E Eu Com Isso?, dentro da qual publicamos a matéria Um passo adiante, referente à aprovação da destinação de 10% do PIB para a Educação. Pedimos desculpas pelo esquecimento!
Mande seus comentários sobre a Vira, dizendo o que achou de nossas reportagens e seções. Suas sugestões são bem-vindas! Escreva para Rua Augusta, 1239 - Conj. 11 - Consolação - 01305-100 - São Paulo (SP) ou para o e-mail: redacao@viracao.org Aguardamos sua colaboração!
E também confira a página e o perfil da Viração Educomunicação no Facebok.
Para garantir a igualdade entre os gêneros na linguagem da Vira, onde se lê “o jovem” ou “os jovens”, leia-se também “a jovem” ou “as jovens”, assim como outros substantivos com variação de masculino e feminino.
Parceiros de Conteúdo
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Manda Vê Emilae Sena, Thayane Oliveira e Eufrásia Neves, do Virajovem Salvador (BA)*; e Mariana Rosário, Virajovem de São Paulo (SP)*
Frases como “Use camisinha” e “Faça sexo seguro” ecoam por todos os lugares. Mas até que ponto elas têm efeito nas atitudes das pessoas, especialmente dos jovens? Embora haja distribuição de camisinha masculina nos postos de saúde, cada vez mais meninas entre 11 e 18 anos ficam grávidas. Muitas meninas atendem aos caprichos de seus parceiros ou realmente não possuem recursos para comprar a camisinha feminina, que nem sempre é distribuída nos postos de saúde. Casais de todas as idades mantêm relações sexuais sem proteção, um risco não apenas para a saúde, por causa das DST/Aids, mas também por estarem mais vulneráveis a uma gravidez indesejada. A sexualidade na adolescência é uma questão social e merece mais atenção do poder público e da sociedade civil, pois isso passa pelas questões de gênero, saúde pública e familiar. É preciso que os serviços de saúde possibilitem assistência aos adolescentes. Isso precisa ser discutido tanto em casa como na escola para conscientizar sobre o uso dos métodos preventivos. Por isso, perguntamos para a galera:
-
Os jovens têm consciência da importância da prevencão na relacão sexual? -
Vanessa Nascimento, 18 anos, Salvador (BA)
Jean Gerson, 20 anos, Salvador (BA)
“Mais ou menos. Muitas podem até saber, mas outras sabem e fingem que não sabem e muitas das vezes não se previnem apenas porque não querem, uma falta de responsabilidade delas mesmas... Mas há pessoas que têm consciência e acabam se prevenindo.”
“Eu acredito que sim, mas as pessoas levam isso muito como um jogo. Nem todos se sentem confortáveis usando preservativo e preferem ter relações sem proteção, correndo o risco de adquirir algumas doenças sexualmente transmissíveis.”
06 Revista Viração • Ano 10 • Edição 88
Priscila Santana, 19 anos, Salvador (BA) “Acho que muitas estão conscientes sim, mas não se cuidam. Algumas têm acesso à informação, outras não. Outras nem procuram também.”
*Virajovens presentes em 20 Estados brasileiros e no Distrito Federal
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Rodrigo dos Santos, 17 anos, Salvador (BA) “As pessoas estão conscientes, mas só que elas não querem usar preservativos. As pessoas sabem o que podem transmitir durante a relação. Ficam tão empolgadas que na hora que vão fazer se esquecem de usar preservativos.” Bruno dias, 27 anos, São Paulo (SP) “Estão conscientes sim, mas não praticantes. Acho, sinceramente, que quem mais se preocupa com Aids são os gays. Héteros se preocupam com gravidez. Falam muito mais em anticoncepcionais do que em camisinha.”
Leticia Condé, 18 anos, São Paulo (SP)
“No colégio tem as informações básicas, mas as pessoas ainda têm receio de falar sobre isso e, como cada um tem uma opinião diferente, há muita polêmica nas salas de aula. Talvez por isso esse assunto seja evitado pelos professores.”
Faz Parte
As telonas do cinema também já abordaram a questão da educação sexual entre jovens e adolescentes. O filme Juno lançado em 2007, indicado a diversos prêmios e ganhador de um Oscar, conta a história de uma adolescente que engravida depois de ter uma única relação sexual com o colega de classe. Juno mostra os desafios de engravidar tão jovem, e a angústia em se decidir sobre o futuro do bebê, quando a protagonista decide entregar o filho pra adoção logo nos primeiros meses de gravidez. O desenrolar do filme promete muitas surpresas.
Lucas da Silva, 18 anos, Salvador (BA) “Não. Embora se tenha ouvido falar bastante sobre o assunto, a juventude de hoje insiste em achar que nunca vai acontecer e isso é um grande problema. Eles não têm consciência e precisam saber sobre os riscos de uma relação sexual sem proteção.”
Anne Hoffman, 18 anos, São Paulo (SP) “Eu acho que as pessoas que têm acesso aos meios de comunicação, como TV, rádio e internet possuem muito mais formas de se informar e por isso acabam tendo mais consciência.” Felipe Blesa, 17 anos, São Paulo (SP) “Eu acho que estão mais conscientes dos riscos sim, mas, ao mesmo tempo, as pessoas acham que não precisam se prevenir porque os outros já se previnem e pensam que DST, Aids e gravidez nunca acontecem com ele, somente com o próximo."
Um livro causou grande polêmica em Recife (PE). Escrito por Marcos Ribeiro, premiado na Academia Brasileira de Letras, o livro Mãe, como eu nasci? fala sobre sexo de maneira aberta, com muitas ilustrações, inclusive sobre masturbação, ainda um tabu entre adolescentes. Entregue a 25 mil crianças, estudantes da rede municipal entre 7 e 10 anos, o livro gerou desconforto por parte dos pais e autoridades, sendo chamado até de cartilha pornô. O livro foi recolhido após decisão do Secretário da Educação.
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Mídias livres
Regular não é censura!
de um Movimentos sociais lançam campanha pela liberdade de expressão e a favor marco regulatório para o setor de comunicação
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udo começou com um enterro no fim da tarde. No último dia 27 de agosto, diversos integrantes de movimentos sociais estiveram presentes em frente à sede da prefeitura de São Paulo para dar adeus, em um ato simbólico, ao Código Brasileiro de Telecomunicações e clamar por um novo marco regulatório das comunicações. Em seguida, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, na região central da cidade, houve um debate que marcou o lançamento oficial da campanha Para Expressar a Liberdade – Uma nova lei para um novo tempo, que contou com a presença da filósofa Marilena Chauí, professora da Universidade de São Paulo (USP). O lançamento também aconteceu em outras cidades do País. Os movimentos sociais que integram a campanha entendem que a liberdade de expressão tornou-se um privilégio de grandes empresas privadas e que o direito humano à comunicação da sociedade civil tem sido sistematicamente violado. Por isso, reivindicam uma nova legislação para orientar as práticas do setor, tornando-o efetivamente plural e democrático. “Em uma sociedade oligárquica, com privilégios extremos a uma minoria e repressão aos pequenos, não há democracia consolidada. A lei é a expressão da generalidade pública e é aí que entra a questão do marco regulatório”, afirmou Marilena Chauí.
O que diz a lei sobre o setor de Comunicação A Constituição Federal proíbe monopólio, oligopólio e propriedade cruzada (ver glossário ao lado) dos meios de comunicação de massa. Apesar da proibição, as empresas violam essa regra. As poucas famílias que controlam a mídia no Brasil se contrapõem às tentativas de regular o setor, pois isso
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acabaria com seus privilégios. Por isso, afirmam que as tentativas de regulação são uma forma de retomar a censura aos meios de comunicação. Mas não se trata disso. A regulação serve justamente para garantir que todos, não apenas as grandes empresas exerçam o seu direito à voz com responsabilidade. O setor de Comunicação brasileiro ainda é regulado pelo Código Brasileiro de Telecomunicações (CBT), uma legislação que, por ser antiga, não considera a atual configuração do setor, com seus avanços tecnológicos e situação política. V
Por que a grande mídia não é democrática? A grande mídia não é democrática porque apenas empresas privadas, que geralmente mantém relação de amizade com o poder público, conseguem espaço para disseminar suas informações, valores e visões para um grande número de pessoas. A mídia seria democrática se também abrisse espaço à sociedade organizada em entidades, movimentos sociais e organizações sem fins lucrativos, para também exercerem seu direito à comunicação, sem a finalidade comercial.
Glossário Monopólio: privilégio para explorar com exclusividade alguma atividade; Oligopólio: situação de mercado em que um pequeno grupo de empresas controla a oferta; Propriedade cruzada: empresário (ou família) que é proprietário de mais de um veículo de comunicação.
Fontes: Dicionário Houaiss e Wikipédia RevistaViração Viração •• Ano 108Revista Ano10 7 •• Edição Edição88 52
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Como Combater o que não é visto? Propercio Rezende e equipe do Portal Pró-Menino*
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cultura popular tem histórias cheias de sabedoria. Em uma delas, facilmente encontrada na internet, um profissional é contratado para consertar uma máquina e fica um bom tempo apenas a analisando. Depois aperta um parafuso e a máquina volta a funcionar. Ao dar o preço, dez mil dólares, o cliente se assusta: “Dez mil para apertar um parafuso?”, pergunta. “Não”, responde o profissional, “um dólar para apertar o parafuso e 9.999 dólares para saber qual parafuso apertar”. O profissional possuía a capacidade de ver a máquina de uma forma que o cliente não alcançava. Com o trabalho infantil doméstico acontece algo semelhante. A maioria das pessoas não consegue enxergá-lo. Primeiro, porque é um tipo de exploração que acontece dentro das casas das crianças, num contexto em que pessoas de fora da família não têm acesso. O Ministério Público, por exemplo, não consegue fiscalizar residências da mesma maneira que fiscaliza empresas. Além disso, o trabalho infantil é aceito pela população. E esta aceitação é ainda maior quando se fala em trabalho infantil doméstico. Uma adolescente que assume a função diária de fazer o almoço para toda a família é vista como responsável e comprometida com o bem-estar de todos. As pessoas não se dão conta dos prejuízos que este tipo de responsabilidade traz aos explorados, tanto do ponto de vista intelectual (estas crianças e adolescentes têm menos tempo para estudar, por exemplo) quanto no aspecto físico, entre outras coisas, porque os aparelhos domésticos foram projetados para adultos. A altura da pia da cozinha, o peso das panelas ou o comprimento do cabo da vassoura foram pensados para adultos, com uma altura mínima e com ossos totalmente desenvolvidos (o que ainda não aconteceu antes da idade adulta).
Mas as crianças e adolescentes não podem fazer nada em casa? Podem e devem, porque fazem parte da família e da rotina da casa. Surge então uma dúvida essencial: como diferenciar trabalho infantil doméstico da ajuda em casa? Alguns princípios podem ajudar. Vejamos dois deles: - Criança não pode assumir responsabilidade de adulto. Uma criança pode ajudar a arrumar a cama ou lavar a louça, mas com o adulto junto. Pode ajudar a olhar o irmão menor, mas não pode assumir sozinho este papel, que é dos pais. Assim, se uma criança assume totalmente alguma responsabilidade que seria de um adulto, teremos uma situação de exploração. - Outro critério, com base no ECA, é a condição peculiar de desenvolvimento. A criança pode ajudar nos afazeres domésticos, acompanhada por um adulto, em coisas que estão dentro de suas condições de desenvolvimento. Não é possível exigir que ela lave a louça aos três anos de idade, mas isso pode ser feito aos 14 anos, por exemplo. Como diz Márcia Acioli, arte-educadora, “o nosso olhar determina uma relação”. Aprender a olhar melhor o trabalho infantil doméstico é o primeiro passo para combatê-lo. V Rampazzo
Ivo S
a C e o n o De olh
*A Rede Pró-Menino, parceira da Vira, é uma iniciativa da Fundação Telefônica em conjunto com o Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (CEATS/FIA).
Revista Viração • Ano 10 • Edição 88 09
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Como se faz
Vídeo de Bolso Use e abuse dessa mídia acessível em todos os sentidos Do Guia de Educomunicação da Vira
O
termo “vídeo de bolso” está sendo bastante usado por uma galera que trabalha com comunicação, no campo do audiovisual. Esse formato “de bolso” traz a ideia de utilizar ferramentas digitais, portáteis e fáceis de manusear para produção de vídeos diversos. O diferencial desse jeito de se fazer vídeos é a praticidade do processo de gravação dos quadros e das cenas. Se você quiser fazer uma gravação de qualidade, não precisa de uma super aparelhagem de luz ou de uma câmera profissional. Precisará apenas de um roteiro legal, uma situação que te inspire, um tema interessante e o principal: libertar a sua criatividade! Você pode capturar imagens com telefones celulares, computadores de bolso, tocadores de vídeos portáteis, tocadores MP4, câmeras fotográficas digitais, câmera de vídeo digital ou analógica e webcam. V
Passo a passo 1. Capture o vídeo com alguma ferramenta que esteja ao seu alcance. O material gravado ficará na memória interna ou no cartão de memória. 2. Transfira os arquivos capturados pelo cabo USB, Bluetooth, infravermelho ou pelo cartão de memória para um computador. 3. Faça uma edição simples. 4. Se for um vídeo, selecionar o trecho a ser publicado e fazer alguma alteração, se necessário. 5. Visualize e compartilhe o vídeo.
Editando Para editar o material, o ideal é fazer uma edição direta, ou seja, durante a gravação da cena, você deve se preocupar com a qualidade do áudio. Verifique se não há ruídos no local onde está sendo gravado o material e mantenha-se atento à estabilidade da mão para que a cena não fique tremida. Prefira os cortes de cena com a opção “pause” do aparelho, em vez de finalizar cada uma com “stop”. Isso só vai gerar mais arquivos, que depois deverão ser todos juntados no computador na hora da edição. Caso queira inserir músicas, legendas, fazer cortes diferenciados ou inserir outras imagens e vídeos, é necessário baixar algum programa de edição de vídeos, como o VideoPad Video Editor 2.11 e o Windows Movie Maker, que são fáceis de usar e leves para o computador.
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Do
cinema para as
salas de aula Em São Paulo, mais de 20 escolas técnicas estaduais participam de projeto de exibição de filmes nacionais
Eliz Ferreira, colaboradora da Vira em São Paulo (SP)
P
or meio de uma rede social, estudantes de escolas públicas articulam ações de exibição de longas e curtas-metragens em suas escolas, numa tentativa de valorizar o cinema nacional. Uma iniciativa da Rede Brazucah para aproximar a cultura nacional de estudantes do ensino médio, o projeto acontece em parceria com 20 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs). Para Cynthia Alario, idealizadora do projeto Rede Brazucah nas Escolas, esta é uma ação importante para o trabalho de formação de público para o cinema brasileiro. “Sempre atuamos com projetos que visam à circulação da produção do audiovisual brasileiro e a formação de jovens como produtor cultural e pela primeira vez focamos exclusivamente em escolas de segundo grau”, observa. Atualmente a Rede é formada por 22 alunos e 22 professores de diferentes Etecs de São Paulo, que têm a missão de desenvolver um circuito contínuo de exibição de filmes nacionais em suas instituições de ensino. Esses alunos e professores são os agentes responsáveis por planejar, divulgar e produzir, no mínimo, duas sessões de filmes brasileiros por mês, ao longo de sete meses. Também faz parte dos trabalhos dos agentes intermediar e gerenciar diversos contatos dentro das Etecs onde estudam, além de articular parcerias e promoções com a comunidade local, já que algumas
12 Revista Viração • Ano 10 • Edição 88
exibições são abertas para o público geral, sendo todas as sessões gratuitas. Ao longo do ano de 2012, os agentes participam de encontros realizados na cidade de São Paulo, onde recebem orientações sobre o trabalho a ser desenvolvido, materiais como cartazes e banners, além de ter contato direto com profissionais do cinema brasileiro. Essa formação os torna produtores culturais. No final de cada mês, os agentes enviam um relatório com as informações e fotos das suas sessões. E durante todo o projeto, o professor e o aluno são acompanhados pela equipe da Brazucah. Os professores são estimulados a compartilharem as suas experiências em uma plataforma online de educação à distância. “O aluno que se torna agente acaba conhecendo um novo mundo de possibilidades. A experiência adquirida na atividade cultural, a inserção do jovem num grupo de diversos alunos de outros cursos e Etecs distribuídas pelo estado, além da ajuda de custo, são pontos que mexem positivamente com a cabeça deles que agora se tornam mais sensíveis às questões culturais de nosso País”, finaliza Cynthia. As Etecs que recebem as sessões da Rede Brazucah são de Heliópolis, Cidade Tiradentes, Carapicuíba, Brooklin Novo, Butantã, Jaraguá, Santo Amaro. Fora da capital, o projeto está também presente nas cidades de Americana, Bauru, Campinas, Cubatão, Fernandópolis, Guarujá, Jundiaí, Mogi das Cruzes, São Vicente, Santo André, Cachoeira Paulista, Franco da Rocha, Embu das Artes e São Bernardo do Campo.
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Conheca alguns dos filmes exibidos
de tristeza pela situação em que vive e também de alegria de acompanhar o desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970 e fazer novas amizades em seu novo lar.
OUTUBRO
SETEMBRO Uma História de Futebol (21 min, cor, 1998) O curta conta histórias da infância do Rei do futebol. Zuza, companheiro de pelada, relembra as façanhas do menino Pelé nos campos de terra de Bauru. O Ano que meus pais saíram de Férias (104 min, cor, 2006) Em 1970, a vida de Mauro, um garoto de 12 anos, muda completamente, já que seus pais saem de férias de forma inesperada. Na verdade, os pais do menino foram obrigados a fugir por serem militantes de esquerda, perseguidos pela ditadura militar, e o deixam aos cuidados do avô paterno, que morre no mesmo dia que Mauro chega a São Paulo. Ele acaba ficando com Shlomo, um velho judeu solitário. Enquanto aguarda um telefonema dos pais, Mauro precisa lidar com sua nova realidade, que tem momentos
Alma Carioca – Um Choro de Menino (5min, cor, 2002) História de um menino que vive na zona portuária do Rio de Janeiro da década de 1920 e testemunha o surgimento do Choro, quando encontra os grandes mestres pioneiros desse estilo puramente carioca. Quem se importa (90 min, cor, 2012) Documentário sobre o trabalho dos Empreendedores Sociais, pessoas que estão mudando as sociedades através de ideias criativas e de impacto social suficientes para se transformarem em políticas públicas.
Sobre a Brazucah
Divulgação
A Brazucah é uma produtora cultural e agência de comunicação que tem como objetivo a formação de público e fomento da discussão sobre o cinema brasileiro. A produtora, que este ano comemora dez anos atuando no mercado de cinema, é especializada em planejar estratégias de lançamentos de filmes e desenvolver circuitos de exibição em Alunos assistem ao filme Saneamento Básico espaços públicos, instituições de ensino e alternativos. Desde 2002, a Brazucah já foi responsável pelo lançamento comercial de mais de 120 filmes nacionais, entre eles Janela da Alma, Meu Nome Não é Johnny, Divã, A Mulher Invisivel, Uma Noite em 67 e mais recentemente Xingu e Raul – o Inicio, o fim e o meio. Por meio de circuitos alternativos de exibição, a Brazucah já levou através do Cine B, um projeto de exibição de filmes gratuitos e em espaços públicos na periferia de São Paulo, mais de 200 sessões a 27 mil pessoas. Através da Rede Brazucah, já foram realizadas 280 sessões a um público de 19 mil pessoas.
Para conhecer mais sobre o projeto acesse o blog: www.redebrazucah.com.br. Nele é possível encontrar todas as informações sobre a Brazucah, os filmes que serão exibidos, as sessões abertas à comunidade, além de um fórum onde os alunos podem trocar experiências sobre sessões de cinema.
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r e t r ó Rep
Jus t ic e ir a den t r o da l ei al de crianças Militante do enfrentamento ao abuso sexu ão e adolescentes fala sobre Lei Joanna Maranh
Fátima Ribeiro, Reynaldo Azevedo Gosmão e Silmara Aparecida dos Santos, do Virajovem Lavras (MG)*
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utadora, incansável e firme em seus propósitos por justiça social, Helyzabeth Kelen Tavares Campos, Beth Campos, sabe muito bem o que diz quando fala que “o lugar do denunciante no Brasil é o pior lugar do mundo para uma pessoa”. Ela sentiu as consequências de uma denúncia realizada em 2004 contra uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes em Pompeu (MG) sua cidade. Beth Campos era do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e denunciou, a época, abuso e exploração sexual vivido por meninas de 13 e 14 anos pelo prefeito, presidente da Câmara de Vereadores, policiais e comerciantes locais. Em consequência, o caso foi parar na Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, criada para apurar casos de exploração sexual nacional e o Ministério Público denunciou sete pessoas. Mas, o caso não parou por aí. Beth sofreu e ainda sofre represálias. Foi agredida por duas vezes em sua cidade e também jurada de morte.
Mas Beth não se calou. Fez curso de Direito, formou-se em 2010 com 54 anos de idade e redigiu sua defesa que conta com deputados e a ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário. Mudou-se para Belo Horizonte e hoje a militante dos direitos humanos é ponto focal de Minas Gerais do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Durante o 1º Encontro da Rede de Adolescentes, Jovens e Educadores do Fórum da Rad FEVCAMG Beth Campos conversou com Reynaldo Azevedo Gosmão e Silmara Aparecida dos Santos, virajovens de Lavras (MG), sobre as alterações no Código Penal Brasileiro e a chamada “Lei Joanna Maranhão”. Qual a importância da reformulação do Código Penal de 7 de dezembro de 1940 que envolve denúncias de crimes contra crianças e adolescentes e que agora é conhecido como “Lei Joanna Maranhão”? A Lei Joanna Maranhão veio sanar uma lacuna que existia na lei penal brasileira em que o adolescente, ao fazer 18 anos, tinha seis meses para denunciar qualquer crime do qual ele
Linha do Tempo Como conselheira do CMDCA de Pompeu (MG), denuncia uma rede de exploração sexual de meninas da cidade, que foi investigada pelo Ministério Público.
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Forma-se em Direito aos 54 anos e redige sua própria defesa, contando com o apoio da ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
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tenha sido vítima. Se não denunciasse em seis meses, o crime prescrevia. É uma conta muito radical e desonesta com quem está acabando de chegar à idade adulta. Joanna Maranhão, a nadadora brasileira que havia sido abusada aos nove anos, resolveu fazer a denúncia quando tinha 19, mas para espanto não só dela, mas de todos nós da Rede de Proteção da Criança e do Adolescente, ela não pôde, pois já estava prescrita a possibilidade de fazer a denúncia. O treinador dela acusou-a de difamação pública, por tornar público o fato. Então, o que vem trazer a Lei Joanna Maranhão? Muda o paradigma de que o crime prescreve quando o jovem completa 18 anos e seis meses. Se o crime tem um tempo, ele prescreve em cinco anos a partir do momento em que esse jovem completar 18 anos. Crimes cometidos contra crianças e adolescentes desde agosto de 2009 são de ação pública incondicionada, ou seja, o Ministério Público pode abrir ação civil e não precisa mais de pai, mãe ou responsável levar a criança para fazer essa denúncia. Mas, se o Ministério Público não ficou sabendo e provavelmente o algoz, o abusador que cometeu esse crime contra essa criança foi um responsável, aquele que tinha o dever de proteção e não fez essa denúncia também, quando essa criança completar 18 anos é que vai começar a prescrever o crime. Como lidar com casos como o da Xuxa, que disse publicamente que sofreu abuso sexual e acabou sendo ridicularizada por isso? A gente vê as pessoas nas redes sociais atacando a Xuxa, dizendo que ela não tem o direito de fazer essa denúncia porque ela também participou de um filme pornográfico. Isso não retira nem um pouco o direito da pessoa de dizer o que se passou com ela, mesmo porque 60% das vítimas tendem a reproduzir aquilo que se passou com elas, porque esta é a referência que elas têm de afeto e de contato. Trinta por cento das pessoas que sofrem abuso sexual tendem a cometer crimes violentos se não falam, se não têm oportunidade de colocar pra fora aquilo que aconteceu com elas. Eu acho que além de se preparar para fazer uma denúncia, precisa pensar também que essa é uma forma de se restaurar, de se reerguer. Eu acho que o Brasil tem que fazer uma legislação para que essas
Beth é reeleita ponto focal de Minas Gerais no Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes.
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vítimas sejam indenizadas, assim como acontece nos Estados Unidos, a qualquer tempo. Qual iniciativa devemos ter para tentar erradicar o abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes? Em primeiro lugar, eu acho que a miséria é uma das grandes responsáveis pela exploração sexual, porque se vê meninas que querem ter acesso à roupa da moda, acesso a grifes que a televisão vende. Então, é preciso sanar a questão da extrema pobreza para que esses jovens não precisem se prostituir para obter o que desejam. Esse é um primeiro ponto. O segundo é que o Brasil é signatário do Pacto 182 com as Nações Unidas, se comprometendo até 2016 a eliminar todas as piores formas de trabalho infantil. A exploração sexual é uma delas. Então, se nós colocarmos que a lei tem que ser nosso carro chefe, eu acho que também isso ajuda. V
Fotos: Créd
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Virajovens de Lavras entrevistam Beth Campos
“o l ug a r d o d e n un c ia n t e n o Br a s il é o pio r l ug a r d o mun d o pa r a uma pe s s o a ” Be t h c a mpo s
*Virajovens presentes em 20 Estados do País e no Distrito Federal
Continua a militância, participa de ações contra as violências sexual, doméstica e trabalho infantil em Minas Gerais e no Brasil e se destaca como delegada na 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (9ª CNDCA).
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IMAGENS QUE VIRAM
´ ` margens Espetaculo as do Rio
Do Virajovem São Mateus (ES)* Texto: Jéssica Delcarro Fotos: Genílton dos Santos, Douglas Matos, Breno Pereira, Hallef Nascimento da Conceição, Willian da Conceição , Heriklis Douglas da Conceição e Jéssica Delcarro
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Festival Nacional de Teatro Cidade de São Mateus – Fenate acontece desde os anos 1980 e se tornou tradição no município espírito-santense, um evento de natureza tradicional com a inclusão de grupos de teatro, oficineiros, palestrantes locais, do Estado e da Federação. O Fenate 2012 teve como cenário o sítio histórico de São Mateus, às margens do Rio Cricaré, onde se apresentaram entre os dias 28 de julho e 4 de agosto oito grupos teatrais, dois nacionais, seis estaduais e quatro locais. Cerca de três mil pessoas compareceram ao evento, se encantando, divertindo e interagindo com os atores. Juntamente às apresentações aconteceram oficinas de técnicas circenses, interpretação e mímica. V
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*Virajovens presentes em 20 Estados e no Distrito Federal
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Capa
ater a cinco mil participantes para deb Congresso em São Paulo recebe ais issíveis, HIV, Aids e Hepatites Vir nsm tra nte me ual sex s nça doe prevenção de
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s Doenças Sexualmente Transmissíveis e a Aids ainda permanecem na categoria de tabu – junto com o sexo – para grande parte da sociedade brasileira. Famílias, escolas, igrejas, ONGs e mídia ainda precisam avançar no debate, difusão de informações e conscientização para barrar o avanço do HIV e das DST. A garantia do acesso aos preservativos, aos testes, promoção de ampla e eficiente educação sexual com públicos distintos, foram alguns dos temas discutidos entre 28 e 31 de agosto, no Parque Anhembi, em São Paulo. O espaço foi cenário de quatro grandes eventos nacionais e latino-americanos sobre prevenção das DST, Aids e Hepatites Virais, organizados pelo Ministério da Saúde do Brasil – 9º Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids; 2º Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais; 6º Fórum Latino-americano e do Caribe em HIV/Aids e DST e 5º Fórum Comunitário Latinoamericano e do Caribe em HIV/Aids e DST. Cerca de cinco mil pessoas, entre cientistas, gestores públicos, profissionais da saúde e da educação, militantes e interessados na área, participaram das centenas de atividades que discutiram desde a importância do diagnóstico precoce e melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus da Aids até as perspectivas de cura, acesso à medicação e tratamento, treinamento de profissionais da saúde e estratégias de prevenção.
Para Dirceu Greco, diretor do departamento de HIV, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o Congresso ajudará a pautar as próximas ações do governo. “O resultado desse debate será fundamental para a definição de novas frentes de trabalho, principalmente, para a redução do estigma e da discriminação”. “O Congresso, mais uma vez, se mostrou como o evento mais importante para o debate sobre prevenção do País. A sociedade civil mostrou que tem muita força”, avalia o jovem José Rayam, de 19 anos, da coordenação da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo e Convivendo com HIV e Aids. Para ele, a juventude teve um papel de destaque nos eventos. “A discussão de juventude se desenha como prioritária em termos de saúde pública, principalmente porque são os jovens os mais vulneráveis”, avalia.
Aids no Brasil Estima-se que mais de 600 mil pessoas vivam com o vírus HIV, no País. De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 250 mil não sabem que têm o vírus. A taxa de prevalência, que representa 0,6% da população, está estável, no entanto, a cada ano mais de 30 mil pessoas são infectadas. Já as Hepatites foram diagnosticadas em mais de 300 mil brasileiros desde 1999, sendo que, os tipos B e C (os mais graves e sem cura) correspondem a mais de 55% dos casos. O tipo C é responsável por mais de 70% das mortes causadas pela doença no Brasil.
Da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadores: Alex Pamplona (PA), Alisson Diemis (PR), Clara Venturi (MT), Everton Nova (BA), Joaquim Moura (RS), Luiz Felipe Bessa (PE), Reynaldo Gosmão (MG) e Webert Cruz (DF) Da Agência Jovem de Notícias de São Paulo: Karina Lakerbai, Luana Viegas, Ramonna Abreu e Vinícius Balduíno Da Redação: Bruno Ferreira, Evelyn Araripe, Gutierrez de Jesus Silva, Ingrid Evangelista, Rafael Stemberg e Vania Correia Fotos: Ademir Melo, Guilherme Kadel, Luís Oliveira e Magda Fernanda, do Ministério da Saúde
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Participação social na prevenção
Distribuição e explicação sobre o uso da camisinha feminina atraiu muitos participantes
Diante disso, falar abertamente sobre o assunto é, comprovadamente, uma das medidas mais eficazes para prevenir essas doenças. No entanto, não há como negar que, muitas vezes, o tema da prevenção é abordado de formas inadequadas. Sob o viés do medo, da repressão ou do preconceito e pouco atrativa, especialmente, para os jovens. O envolvimento da população nas estratégias de prevenção das DST, Aids e Hepatites é um elemento fundamental para o sucesso das ações. “Precisamos incentivar a produção cultural local, pois são esses trabalhos que conseguem conversar com os moradores”, defendeu Kátia Edmundo, da ONG Centro de Promoção da Saúde (CEDAPS), durante uma das atividades no Congresso.
De que prevenção estamos falando? Parte das discussões do congresso era em castelhano, dentro da programação dos eventos latino-americanos e caribenho
Uma das mesas da programação final do último dia do 9º Congresso Brasileiro de Prevenção às DST e Aids teve o tema De que prevenção estamos falando? Conceitos e práticas no cenário atual. Participaram do debate Paulo Teixeira, coordenador estadual de DST/Aids de São Paulo; Veriano Terto, da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA-RJ); e Ivo Brito, do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Paulo Teixeira apresentou um histórico das primeiras campanhas do governo que tratavam sobre as HIV/Aids que, segundo ele, apresentavam a doença como algo trágico, contribuindo para o preconceito, de forma que a mídia tradicional também repercutisse com esse foco. “A campanha era totalmente equivocada, extremamente violentadora dos direitos das pessoas afetadas. Para nossa infelicidade, mobilizou muitos recursos e foi intensamente veiculada”, disse ao citar a campanha de 1991 com o slogan “Eu tenho Aids, eu vou morrer”. Já Veriano Terto falou sobre as estratégias biomédicas de prevenção às DST aliadas às novas tecnologias, que permitem ampliar o acesso de testes rápidos à população. “Temos muitas estratégias, como o teste domiciliar que, em novembro, entra em venda nas farmácias dos Estados Unidos, do qual o Brasil vai iniciar os estudos de aceitabilidade muito em breve”, conta o representante da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids. Para o representante do Ministério da Saúde, Ivo Brito, o Brasil possui fragilidades de leituras de grupos específicos, o que dificulta uma adequação da política que foi colocada em prática. “Quando você fala em estabilidade da epidemia por dez anos, é que por algum sinal essa epidemia não vai bem. Então precisamos mergulhar nos números da epidemia para poder, inclusive, desagregar melhor essas informações para saber de fato o que está acontecendo. A gente trabalha olhando muito para as tendências gerais da epidemia e muito pouco para suas particularidades ou como ela se comportava nas microáreas ou microregiões que muitas vezes expressam um diferencial enorme quando comparadas aos dados gerais”, disse.
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Capa Picada reveladora Um estande do Centro de Referência e Treinamento do Estado de São Paulo (CRT/SP) ofereceu, durante os quatro diais de congresso, testes rápidos e gratuitos em HIV, Sífilis e Hepatites Virais aos participantes. Tratase do Programa Fique Sabendo, presente em Unidades Básicas de Saúde, Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e ambulatórios, além de feiras e espaços específicos. O exame é rápido e simples. O sangue é coletado a partir de uma picada no dedo e é analisado em 50 minutos. “Quanto mais cedo se conhecer a sorologia, mais cedo será o início do tratamento, o que levará a uma melhor qualidade de vida e ao menor risco de transmissão do HIV”, afirma Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids de São Paulo. Durante o Congresso de Prevenção, foram oferecidos cerca de 800 testes em cada dia do evento. Vinícius Balduíno, de 19 anos, foi um dos participantes que quis fazer o teste. Ele afirma Estande Fique Sabendo no congresso que teve medo em fazer o teste, pois no último ano fez sexo sem camisinha pelo menos duas vezes. “Colher o sangue foi a parte mais fácil. O difícil foi a espera do resultado e a conversa com o psicólogo”, afirma o jovem, que ficou aliviado com os resultados negativos. A experiência do jovem no congresso o fez refletir sobre prazer e o uso da camisinha. “Usar camisinha não interfere no prazer”, afirma Vinícius.
Mesa de debate aborda vacilos Durante o congresso rolou uma conversa afiadíssima sobre os equívocos cometidos por adolescentes e jovens na prevenção. Jeane Felix, da GEERGE/URFGS trouxe um exemplo fundamental: parar de usar camisinha por estar num relacionamento estável com o parceiro ou parceira. Para ela, esse é um fator de risco enorme, e não se pode apenas tomar a pílula do dia seguinte para prevenir uma gravidez. O uso da camisinha é sempre indispensável. Silvani Arruda, da Fundação Faculdade de Medicina de São Paulo, trouxe várias questões para a conversa. Uma delas foi a relação das drogas com o sexo. Ela pontuou que não se pode esquecer que Bate-papo sobre vacilos da juventude na o álcool é uma droga que altera os sentidos. prevenção, durante congresso em São Paulo “Quando bebemos e nos relacionamos com alguém sempre esquecemos o uso do preservativo”, afirma. Rosa Maria da Costa, enfermeira da cidade de Cruz Alta (RS), acredita que há muitas falhas na comunicação com o jovem sobre o HIV e Aids. “Estamos vacilando nesse sentido. Como ainda podemos permitir que essa epidemia se torne cada vez mais jovem e predominante?”, provocou. Já o Jovem Douglas Alberto da Silva, de 20 anos, que faz parte da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids em Curitiba, pontua que a adoção de uma linguagem juvenil é fundamental para levar esse tema para toda a juventude. “Quando se fala em prevenção, as pessoas pensam apenas em prevenir e não em formar pessoas preventivas, a dificuldade de falar com o adolescente é porque não conseguimos discutir os nossos erros e as pessoas não conseguem admitir isso”, alertou.
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Cultura que conscientiza Muitas atividades paralelas às mesas de discussão aconteceram no espaço do Congresso. Um dos principais espaços foi a Vila Cultural do Congresso de Prevenção, onde rolaram peças de teatro, exibições de filmes, performances e apresentações musicais. Confira algumas das atrações!
Se liga na camisinha! Uma intervenção descontraída desmistificou tabus e preconceitos com relação ao uso de preservativos. O espaço lúdico Por dentro da Camisinha começa com um jogo sobre como as pessoas estão vulneráveis às bactérias e vírus se não houver proteção. Depois, as pessoas entram em uma camisinha gigante e vivenciam sopros, carícias, aumento da temperatura e cócegas nas mãos vestidas com uma camisinha. O objetivo foi fazer com que as pessoas percebam que é possível ter sensibilidade com o preservativo.
Adolescentes e jovens ganham um “aulão” sobre o uso, importância e tabus em torno da camisinha
Bate-papo com Tom Zé O cantor e compositor Tom Zé foi uma das atrações da agenda cultural do congresso. Ele se apresentou logo após abertura oficial do evento, na noite do dia 28 de agosto. Mas antes, recebeu uma equipe da Agência Jovem de Notícias para um bate-papo. O cantor de 75 anos falou da importância do uso da camisinha e relembrou a sua juventude, época que ainda era comum ter gonorreia e que os tratamentos de DST eram dolorosos. O artista ainda destacou a importância de conversar sobre sexualidade e ainda ressaltou que os homens devem ser mais carinhosos e atenciosos com as mulheres. “É preciso a gente se refinar um pouco pra ser digno da mulher, porque a coisa mais trágica do mundo é a mulher com o pé atrás”, afirmou. Tom Zé conversa com a equipe da Agência Jovem de Notícias antes da abertura oficial do congresso
Peça teatral chama a atenção sobre infecção de HIV A peça de teatro Depois daquela viagem, apresentada no segundo dia, comoveu o público. O espetáculo, adaptado do Peça sobre a vida de Valéria Piassa, livro homônimo, conta a após contrair HIV, aos 16 anos história de Valéria Piassa Polizzi, que contraiu o HIV aos 16 anos e enfrentou muitos desafios, mas provou que, com prevenção e cuidado, uma pessoa que vive com HIV pode constituir família e ter laços afetivos como qualquer outra. Nos bastidores, nossa equipe conversou com os atores, que falaram da importância de abordar prevenção e preconceito de forma lúdica. “Nós não falamos em nenhum momento: ‘Você tem que usar camisinha!’. Mas, por meio da história, eles entenderam a importância de se prevenir”, disse a atriz Maria Martins.
Vida em Vídeo A mostra Cinema pela Vida exibiu filmes e documentários sobre pessoas que vivem com HIV/Aids e Hepatites. O primeiro dia da mostra contou com a exibição dos filmes Sex Positive (Sexo Positivo) que conta a história de Richard Berkowitz, ativista gay, de 1980; Como esquecer, sobre o drama de uma lésbica com o fim de um relacionamento; e o documentário Máscaras, que se passa durante uma Filme aborda DST e Aids em Mostra de oficina na sede da Cinema do Congresso de Prevenção Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA) com homossexuais com HIV/Aids que compartilham suas vivências e experiências. V
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RecomeçaR é pReciso ezas e rosto, suja sua vaidade, corrompe suas cert “A vida voa na sua cara, esbarra no seu Bernadi). r o rosto e começar tudo de novo” (Tati você não pode fazer nada a não ser lava Ingridy Almeida, do Virajovem Lima Duarte (MG)*
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ecomeçar é começar de novo, nada mais do que o óbvio. É uma palavra ligada tanto ao medo, quanto à esperança. A esperança gera a expectativa de iniciar uma nova caminhada em busca do que se deseja, com a certeza de estarmos mais experientes e conhecedores dos obstáculos que nos impediram. Assim, a ambiguidade, entre o medo e a esperança, deve ser substituída pela palavra “chance”. A chance de fazer melhor, de fazer diferente. A vida nos proporciona uma infinidade de momentos para que possamos exercitar nossas potencialidades e evoluirmos como seres humanos, seja individual ou coletivamente. Desperdiçar estas oportunidades, paralisados pelo medo é muito mais que falta de confiança, é não acreditar que é possível ser feliz! Isso é o que nos ensina Eduarda Martins, mineira de Lima Duarte de 17 anos, que passou por diversas situações difíceis e não desistiu. Ela perdeu o pai aos 11 anos de idade, por conta de um câncer. Um mês depois, sua mãe morreu devido a uma veia arterial ter estourado. Passou então a viver com seus tios, pois seu irmão fora morar em São Paulo. Mas o destino pregou mais uma peça a essa jovem, quando seu irmão foi espancado por uma gangue: “Hoje vivo bem, meu irmão vem se recuperanda a cada dia e me sinto uma vencedora, não por suportar, mas sim por sorrir mesmo com todas as coisas que já passei na minha vida”. Eliana Zagui é outro exemplo de superação. Desde um ano e nove meses de idade mora no Hospital das Clínicas (SP) devido à Poliomielite. A doença a paralisou do pescoço para baixo, obrigando-a a viver 24 horas por meio de um
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respirador artificial. Mesmo assim, ela teve e tem oportunidades de aprender de tudo um pouco: ler, escrever, pintar quadros, virar páginas de livros e revistas, teclar no computador, no telefone, colar adesivos e muito mais. O mais impressionante é que faz tudo isso somente com a boca! Ela tem um site contando sua história: www.apbp.com.br/elianazagui, para quem quiser conhecê-la mais. Aos 38 anos, Eliana lançou o livro Pulmão de aço, contando como foi crescer e tornar-se mulher na UTI do maior hospital do Brasil. Ela espera que o livro ajude "aqueles que não querem nada com a vida". "É claro que cada um tem as suas dores. A minha desgraça não é maior que a sua, nem a sua é maior que a minha", conta. “Acho que as pessoas deveriam lutar mais por seus objetivos, independente das dificuldades. O 'não' é sempre 'certo' na vida da gente, desde quando nasce até morrer, então por que não aprender a conquistar o sim? O sim é uma conquista!”, acrescenta. Para Regina Delgado de Paula, vice-diretora da Escola Adalgisa de Paula Duque, muitos fatores tornam possível essa “volta por cima”, como por exemplo, os objetivos que a pessoa tem na vida, o apoio da família, de amigos e a própria necessidade de continuar a viver. "Desde cedo precisamos aprender a lidar com pequenas perdas: um brinquedo que é quebrado, um animal de estimação que se perde, uma amizade que acaba. Tudo isso nos prepara para enfrentarmos situações mais difíceis". Ela acredita que o processo de recuperação torna-se muito difícil sem o apoio da família, mas que a pessoa pode buscar esse apoio em outras relações como, por exemplo, nas amizades. Regina acrescenta
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que não necessariamente a religião pode ajudar, mas a fé: “acreditar na existência de Deus e de que Ele nos dá um fardo porque sabe que podemos carregá-lo pode ajudar a darmos a volta por cima”. A psicóloga e professora Priscilla Braga de Oliveira nos diz que dificuldades todos temos, seja em nosso dia a dia ou em situações como as que envolvem a morte. “Pensar positivo pode ser o diferencial entre uma pessoa que consegue superar situações difíceis, de outra que lamenta a perda e se desespera frente a um desafio”, explica. “A felicidade é algo pessoal, cada um deve achar o que lhe faz feliz. Conversar com um amigo, um profissional de saúde, não há receita para superações, temos que achar em nós mesmos o sentido da nossa existência". Também nos ajuda com essa questão a psicanalista Maria de Lourdes Mattos. Ela considera que faz parte da vida o trabalho, os amigos, a família, a cultura, o divertimento, os amores e que essa diversidade pode ajudar a superar desafios. "Sem dúvida, algumas perdas são irreparáveis e é preciso viver a tristeza, elaborar o luto. Isso leva um tempo, mas não precisa levar a vida toda. Afinal, a vida é o que temos, o que perdemos e o que ganhamos". Lourdes diz também que não existe uma receita, mas que gostar daquilo que se faz e se realizar nessa multiplicidade de relações, pode contribuir para o enfrentamento de situações difíceis. A procura pela felicidade pode parecer complicada e impossível quando nos vemos perseguidos pela tristeza. Mas é possível recomeçar. A motivação precisa vir de dentro de nós, um apoio é necessário, mas nem sempre o temos, portanto precisamos ser fortes e não desistir. Persistir e acreditar são verbos que jamais devem ser esquecidos. Assim, apesar de parecer que a vida está sempre mudando nossos planos e fazendo as pessoas se sentirem perdidas, ela sempre mostra outro caminho, uma razão pra recomeçar e novos motivos pra acreditar que é possível ser feliz! V
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EDUCOMUNICADOR PROFISSIONAL nomas de trabalho para quem Conheça áreas de atuação e possibilidades autô escolhe a Educomunicação como carreira
Fábio Nepomuceno, Glória Marcondes e Priscilla Haikal, estudantes da Licenciatura em Educomunicação da ECA/USP; Alan Fagner Ferreira, do Virajovem Maceió (AL)*; e Bruno Ferreira, da Redação
Educom em Escolas Públicas de São Paulo As escolas da rede municipal de educação de São Paulo convivem com a educomunicação há dez anos, desde o pioneiro projeto Educom.Rádio desenvolvido pelo Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (NCE/USP). O sucesso da experiência levou à criação do Programa Nas Ondas do Rádio, que orienta e fomenta projetos
educomunicativos nas escolas, sem se limitar à mídia rádio. A Lei nº 13.941, de 2004, garante a permanência deste programa e abre caminho para o uso da educomunicação em outras secretarias e áreas da cidade de São Paulo. Hoje a prefeitura contrata educomunicadores para orientar os professores, que ganham pelas horas de trabalho dedicadas a projetos.
E numa escola particular... O conceito educomunicação também referenda as atividades do programa Idade Mídia, desenvolvido também há dez anos no Colégio Bandeirantes, na zona sul da capital
paulista. Essa experiência está relatada no livro Idade Mídia – a comunicação reinventada na escola, do jornalista e educador Alexandre Sayad.
Educom no terceiro setor “Eu criei uma relação afetiva com o projeto, e através dele conheci a Educomunicação. Fiquei me sentindo atraída pela área, pela possibilidade de oferecer a mais pessoas experiências parecidas com a que eu vivi”, resume a aluna do primeiro ano da Licenciatura em Educomunicação, Carine Nascimento. A estudante faz referência ao Repórter Aprendiz, um curso de comunicação que realiza a formação de jovens por meio de técnicas de produção em texto, vídeo, foto, rádio e fanzines. A iniciativa é da Associação Cidade Escola Aprendiz, que desde 1997 desenvolve metodologias e estratégias para promover a
integração entre escolas, famílias e comunidades. O principal conceito trabalhado pela organização é o Bairro-Escola, um amplo espaço educativo que rompe a lógica da escola como único espaço de aprendizagem. O objetivo é integrar os diferentes personagens de uma comunidade, como alunos, moradores e comerciantes, para que utilizem os locais do próprio bairro como lugares de aprendizagem, podendo ser uma praça ou até mesmo um muro. Mais informações: http://cidadeescolaaprendiz.org.br
Fora de São Paulo... Outras organizações, fora de São Paulo, também buscam desenvolver a criatividade e estimular a visão crítica dos jovens, apostando na sua autonomia com trabalhos baseados no acesso ao conhecimento tecnológico. Essa é a principal proposta da organização não governamental Auçuba, de Recife (PE), que tem 23 anos de experiência com atividades na área de Comunicação e Educação. “A preparação do cidadão bem informado se baseia em uma formação que respeita a experiência dos sujeitos envolvidos, compreendendo
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suas habilidades técnicas, humanas e políticas”, explica a coordenadora executiva Paula Ferreira da Silva. Uma das iniciativas da Auçuba é o Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia, um programa que oferece a formação de jovens em linguagem multimídia, aproximando arte de tecnologias de ponta para promover a inclusão social e o exercício da cidadania. Para saber mais, acesse: http://www.aucuba.org.br
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Educomunicadores na Mídia Em Santarém (PA), uma rádio rural que existe há 48 anos propõe uma iniciativa de educomunicação. O programa Para Ouvir e Aprender, veiculado três vezes por semana com duração de 30 minutos por edição desde 1999, tem como objetivo tratar de temas diversos, como direitos humanos, trabalho infantil, meio ambiente e diversidade. Realizado por crianças e adolescentes de dez a 18 anos, o programa é destinado a estudantes de 1ª a 4ª série do ensino fundamental. Elaboração de pautas, orientação das crianças e dos adolescentes que participam do programa, postagens no blog do projeto, produção e gravação de radionovelas educativas e atuação como oficineiros em encontros com professores e alunos são algumas das atividades exercidas pelos educomunicadores da Rádio.
Somando os números, desde 1999, o projeto já envolveu aproximadamente cem mil alunos, mil professores e 500 escolas em quatro municípios paraenses. Neste ano de 2012, estão cadastradas 76 escolas que participam diretamente do projeto produzindo conteúdos, sendo fonte de informação ou replicando os conteúdos do programa em suas atividades.
Crianças paraenses têm a oportunidade de aprender cidadania por meio de uma rádio rural
Iniciativas autônomas
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Possibilidades para projetos em Educomunicação também são viabilizadas por meio de editais públicos. Confira algumas experiências encabeçadas por estudantes universitários.
Na zona rural
Click - Um Olhar
Em Alagoas, alunos de Comunicação Social, Zootecnia, Geografia e Agronomia conseguiram um recurso de 120 mil reais para trabalhar em assentamentos rurais do Estado. O projeto faz parte do programa de extensão MEC/Sesu, e pretende promover o diálogo entre a academia e produtores rurais com o objetivo de qualificar o potencial produtivo dos assentamentos, a partir da implantação de banco de sementes. Serão atendidas comunidades das cidades de Flexeiras, Atalaia, Maragogi, Murici e Maceió. Os alunos que compõem o JECA (Juventude, Educação e Comunicação Alternativa) auxiliam na produção de vídeos e cartilhas educativas. Os equipamentos adquiridos com o recurso do programa de extensão (como câmeras e filmadoras) devem ser utilizados tanto para esse fim quanto para outras atividades desenvolvidas pelo projeto.
O projeto Click - Um olhar curioso sobre o mundo é um exemplo de empreendedorismo social e jornalismo comunitário com enfoque educomunicativo no uso das tecnologias. Iniciativa da jovem Evelyn Kazan, aluna da primeira turma de Licenciatura em Educomunicação da ECA/USP, o projeto conta com apoio do Programa VAI, de fomento a atividades culturais da prefeitura de São Paulo. No projeto, grupos de jovens visitam, pesquisam, entrevistam, fazem reunião de pauta e desenvolvem o jornal impresso Pirituba Acontece com assuntos pertinentes à região onde moram, bairro na região oeste da cidade de São Paulo. Saiba mais sobre essa iniciativa que já está em seu segundo ano acessando o site: http://www.clickumolhar.com/
*Um dos Virajovens presentes em 20 Estados Brasileiros e no Distrito Federal Revista Viração • Ano 10 • Edição 88 25
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para Em São Luís (MA), reunião anual da Sociedade Brasileira o Progresso da Ciência envolve juventude maranhense
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o mês de julho de 1948, um grupo de cientistas e admiradores da ciência decidiu fundar no Brasil uma sociedade para tratar sobre o progresso da ciência em nosso País, assim como já existia em outros países, surgiu a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A Fundação iniciou com 265 sócios e desde então o número tem crescido gradativamente. Em 1993, 48 anos após a sua fundação, os cientistas perceberam a necessidade de aproximar a ciência da escola, além de atrair a sociedade em geral para a Universidade e aproximá-la da pesquisa científica. Com essa ideia foi criada a SBPC Jovem. Neste ano, a SBPC retorna ao Maranhão, concentrando suas atividades na Cidade Universitária. Em sua 64ª Reunião Anual, a SBPC abordou o tema Ciência, Cultura e Saberes Tradicionais para Enfrentar a Pobreza. A reunião contou com a participação do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Antônio Raupp e do presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (INEP), Luíz Cláudio Costa. Não diferente da Reunião Anual da SBPC, a SBPC Jovem trouxe como vertente a cultura de rua, tendo se desenvolvido de modo multidisciplinar e transversal em torno dos oito eixos temáticos de conhecimento: cultura, comunicação, educação, direitos humanos, meio ambiente, tecnologia e produção, trabalho e saúde. A SBPC Jovem ofereceu ao público participante oficinas, apresentações de trabalhos científicos na forma de pôster, palestras, atividades interativas, encontros com cientistas e representantes das comunidades tradicionais, além de exposições, vídeos, grafite, filmes e outras atividades lúdicas. Confira a seguir os principais acontecimentos da 64ª Reunião Anual da SBPC, que aconteceu em São Luís (MA), de 22 a 27 de julho de 2012. V
Jovens educomunicadores democratizam a informação na SBPC O Coletivo Jovem do Movimento Nossa São Luís encarou a tarefa de fazer a cobertura educomunicativa da SBPC Jovem e virou destaque pela qualidade e por ser a maior equipe de cobertura, recebendo reconhecimento nas TVs e jornais locais. Os textos na íntegra sobre o evento foram publicados no site da Agência Jovem de Notícias.
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Greve das Universidades Federais pautou a abertura da 64ª Reunião Durante a abertura, professores e demais grevistas fizeram barulho e se fizeram ouvir, roubando a cena de abertura do evento. Diante dessa situação a presidente da SBPC, Helena Nader, concedeu cinco Participante do evento exibe cartaz de apelo minutos de sua fala de pela negociação entre governo e grevistas abertura para o representante dos movimentos e declarou solidariedade e apoio aos grevistas. Durante a reunião da SBPC, Helena defendeu a proposta de 10% do PIB para a educação.
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Simulações da ONU são aplicadas por jovens
Vencedora do 25º do Prêmio Jovem Cientista participa da SBPC Jovem
Um grupo de estudantes maranhenses do ensino médio ministrou uma roda de conversa onde debateram sobre as estruturas, funcionamento e temas relacionados à Organização das Nações Unidas. O objetivo foi, sobretudo, exercitar conversas diplomáticas.
A estudante Ana Gabriela Person Ramos, da Escola Técnica Conselheiro Antônio Prado (Etecap), apresentou o trabalho intitulado Embalagens ecológicas para mudas, ganhador do prêmio Jovem Cientista. Gabriela incentivou a participação dos jovens nas próximas edições do prêmio. Vencedora do prêmio posa para foto com jovem educomunicadora que participou da cobertura
Ganhador do Prêmio Nobel de Química estimula pesquisa de jovens O Professor Doutor Daniel Shechtman, vencedor de Prêmio Nobel de Química, comentou sua trajetória até a descoberta dos Quasicristais, que resultou na conquista do prêmio. Os Quasicristais são estruturas ordenadas da matéria e podem ser usados como materiais protetores antiaderentes. Ele estimulou estudantes a pesquisarem e procurarem áreas de afinidades, sem deixar de serem humildes nem autoconfiantes.
Presidente do INEP fala de mudanças na correção do ENEM Durante uma coletiva de imprensa, os jovens educomunicadores tiraram dúvidas relativas ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com Luiz Cláudio Costa, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ele falou sobre as novas mudanças na correção das redações do exame, que entram em vigor a partir deste ano. Presidente do INEP em foto com participantes da SBPC Jovem
Reciclagem é aplicada na construção de robôs na SBPC Jovem
Acadêmicos da UFMA ensinam Gentileza a crianças
O conceito de robótica livre e reciclagem se unem numa criação divertida de robôs usando materiais simples, procurando trazer conceitos de tecnologia e sustentabilidade. Jovens têm experiência que une robótica e reciclagem
Quer saber mais sobre a SBPC Jovem? Confira a cobertura na íntegra: http://www.agenciajovem.org/wp/?cat=1411
A Oficina de Gentileza foi oferecida para crianças de oito a 12 anos pelos alunos do curso de hotelaria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O objetivo foi mostrar que há a necessidade de guiar a criança pelo caminho da gentileza. A oficina buscou visualizar um futuro não muito distante. A palestrante Gleyciane Frazão Santos destacou: “Gentileza se diferencia da educação. A educação seria aquilo que se recebe em casa, e na escola, seria o alicerce para a socialização. A gentileza já é algo moral, que vem de dentro. Gentileza é o ato de ser agradável”. Crianças e mães saíram bem satisfeitas da oficina.
Do Virajovem São Luís (MA): Andressa Santos Mendonça, Brenda Caldas Sousa, Brenda Veneranda Fernandes Silva, Chayene Cristina
Santos Carvalho, Dâmaris Cunha Varão, Elayne de Araújo Pereira, Euzimar de Jesus Rosa, Gustavo Henrique Serafim França, Josinaldo Yankee Reis, Lais Rodrigues Rocha, Madson do Nascimento Fernandes, Maria do Socorro Costa, Maurício Vieira de Paula, Melissa Ayrine Gomes, Milena de Oliveira dos Santos, Nikolas Martins Brandão Oliveira, Otávio de Moraes Bezerra, Robson Dutra de Souza, Stephany Rodrigues Pinho, Tacila Barbosa Nascimento, Vitor Hugo Souza Moraes e Wanderlan Martins Sousa
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Faz Cultura
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Paula S. Nishizima, do Virajovem Curitiba (PR)*
Máascaras do Brasil Artista esculpe rostos de homens e mulheres que viveram há séculos, mas que permanecem vivos por meio da arte
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Divulgaç
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m cada máscara, uma história que se deixa contar pelas mãos de um escultor. Máscaras que às vezes riem, às vezes choram, vindas de tribos africanas distantes e extintas pelo tempo, mas que ressurgem a partir do trabalho de Waldomiro Santos Filho para contar suas histórias. Assim, Waldo Monanga, como é mais conhecido, consegue transportar sua cultura e religião para esculturas em madeira, procurando sempre preservar suas raízes e transmiti-las para as futuras gerações. O artista nasceu e mora em Curitiba (PR), onde trabalha há 19 anos com arte africana. Dotado de uma espiritualidade fortemente ligada a essas diversas culturas tribais e ao candomblé, o artista utiliza pedaços de troncos de árvores para realizar seu trabalho. Ele também guarda desenhos de suas esculturas e cartas com as histórias dos seus personagens que o tempo se esqueceu de registrar. V
“Eu frequentei por 16 anos o candomblé. Eu sou Ogã”, explica Waldo. Ogã, no candomblé, é o responsável por tocar os atabaques durante as cerimônias religiosas. São os únicos que não entram em transe durante o rito. Em vez disso, são os responsáveis por chamar as divindades por meio do som dos atabaques e de purificar, preparar e conservar os instrumentos.
Hoje, o artista já fez uma série de exposições. Em uma delas, vendeu duas obras que foram parar nos Estados Unidos. Waldo relembra o caso: “Numa exposição que eu fiz no SESC, um rapaz ficou interessado no meu trabalho e ficou o dia inteiro na minha cola. Ele e a esposa compraram duas esculturas, que levaram para os Estados Unidos. Nesse dia eu fiquei muito orgulhoso e tive certeza de que eu deveria continuar trabalhando nisso”.
Cada escultura leva de sete a 15 dias para ficar pronta. A madeira usada pelo escultor, quando não é comprada, é recolhida depois de abandonada por quem não quer ou não precisa mais. Existe todo um ritual para a escultura ficar pronta: “Primeiro eu dou um banho de ervas para tirar a carga negativa do material, passo produtos para tirar possíveis parasitas e a deixo uma noite pegando energia do sereno para depois eu poder trabalhá-la com a energia que eu quero passar com a escultura”, conta.
Quando começou a esculpir, Waldo tinha certo receio de mostrar seu trabalho e, depois de prontas, as esculturas eram guardadas dentro de casa. “Quando você faz uma obra de arte, aquilo não pode ficar só para você, tem que mostrar para todo mundo ver. Eu acho que o negro ainda está muito escondido. Tem medo de mostrar sua cultura. Não pode ter vergonha até porque é uma cultura muito linda, que deve ser valorizada”, desabafa.
*Uma das Virajovens presentes em 20 Estados e no Distrito Federal
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E eu com isso!?
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FAZENDO A DIFERENCA Atuar em grêmios estudantis é uma oportunidade para estudantes conhecerem seus direitos e militarem politicamente
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oje em dia, em diversas escolas há problemas que prejudicam o aprendizado de crianças, adolescentes e jovens: a falta de estrutura, profissionais não capacitados, descaso público com a educação, além de ambientes onde os estudantes ficam vulneráveis à violência. Mas afinal, será que essa realidade pode ser mudada? Algo que vem contribuindo para que o ambiente escolar seja mais agradável e diferenciado é a organização dos próprios alunos em grêmios estudantis, uma experiência democrática de participação e de formação pessoal, na qual alunos podem aprender muito sobre política e cidadania. “Os professores, diretores e toda a equipe pedagógica só têm a ganhar com os grêmios estudantis bem organizados nos colégios. Ele é de grande ajuda no desenvolvimento pedagógico da instituição, pois está próximo dos anseios dos alunos”, ressalta Kleber Costa, de 25 anos, militante do movimento estudantil no Paraná. A participação no grêmio estudantil é um intenso processo pedagógico de negociação, questionamento e empreendedorismo, elementos centrais no amadurecimento individual e cidadão dos estudantes. Como o grêmio estudantil é uma instituição política, representativa e democrática dentro da escola, sua atuação tende a tornar a unidade escolar um espaço público amplo e difusor de politização, inclusive à comunidade a sua volta. “Cria-se um caminho de onde surgem conflitos, propostas, discursos, mas necessariamente negociação e experiência coletiva.” Acima de tudo, os grêmios
podem estar unindo mais alunos para lutar pelo que acreditam e sonham. “Grêmio estudantil é a força de alunos unidos por um local de aprendizado melhor”, afirma Débora Santos, de 14 anos. A partir da reflexão do cotidiano escolar, estudantes que integram um grêmio estudantil, além de planejarem eventos e atividades lúdicas dentro das escolas, também passam a atuar politicamente na busca por melhorias na escola. Por meio de reivindicações e diálogos junto à diretoria, o estudante aprende o valor da participação, que se reflete na formação de um sujeito crítico, com condições de cobrar e lutar por uma sociedade mais justa e igual para todos. Com o decorrer do tempo, passam a discutir temas de grande abrangência pública como projeto políticopedagógico da instituição de ensino, programas de cultura e lazer às juventudes presentes na escola, políticas de emprego, política educacional – inclusive quanto ao acesso à universidade – além de violência, entre outros. Infelizmente não são todos os grêmios que alcançam plenamente esses resultados. Em parte, isso ocorre pelos próprios limites da cidadania e da cultura cívica democrática no Brasil e pelo controle imposto aos estudantes dentro das instituições educacionais. Superar obstáculos e trazer coisas novas pode tornar a escola um lugar onde haja novas perspectivas e novos interesses em mudar o local onde se estuda. “Que a escola assuma novo papel como fermento para uma sociedade mais justa e igualitária”, diz o funcionário público Mauricio Moraes.
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Revista Viração • Ano 10 • Edição 88 29
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No Escurinho
NA ERA DAS IMAGENS, SOMOS TODOS CINEASTAS pessoas de Documentário colaborativo contou com re seu cotidiano todo o planeta, produzindo imagens sob
Sérgio Rizzo, crítico de cinema*
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o futuro, quem estiver interessado em conhecer um pouco da vida cotidiana neste início de milênio poderá assistir a um ambicioso longa-metragem feito por milhares de mãos, de diversas idades, nacionalidades, etnias e hábitos: A Vida em um Dia (2011). Recém-lançado em DVD no Brasil, ele está disponível gratuitamente, desde janeiro de 2011, no YouTube, que foi parceiro do projeto (procure pelo título original, Life in a Day). Esse caso muito especial inverte a lógica das "janelas de exibição" na indústria cinematográfica: a regra é exibir o filme primeiro nos cinemas, depois lançá-lo em vídeo doméstico (DVD, Blu-ray) e na TV paga, e por fim na TV aberta. Se por acaso for parar legalmente na internet, será no fim da fila. Produzido pelos irmãos Ridley (Blade Runner, Gladiador, Prometheus) e Tony Scott (de Ases Indomáveis e Dias de Trovão, e que cometeu suicídio no último 19 de agosto), A Vida em um Dia nasceu de um convite feito a cidadãos de todo o mundo para que enviassem ao YouTube quaisquer imagens de seu cotidiano captadas em 24 de julho de 2010. De acordo com os produtores, o apelo foi atendido por pessoas de 192 países, que enviaram 85 mil vídeos. As 4.500 horas de imagens brutas foram trabalhadas por uma equipe de montagem sob responsabilidade do escocês Kevin Macdonald, vencedor do Oscar de melhor documentário por Um Dia em Setembro (1999) e diretor também de filmes de ficção como O Último Rei da Escócia (2006) e Intrigas de Estado (2009). Resultado: um gigantesco – e muitas vezes emocionante – mosaico de culturas. Há um pouco de tudo na condensação desses vídeos, desde momentos de ternura familiar até uma brutal cena de matadouro (cuidado com esse trecho, se for especialmente sensível a atos de violência contra animais). Alguns participantes tiveram o espírito de documentaristas, preocupados em registrar didaticamente a realidade próxima, mas outros agiram de maneira despreocupada, como se estivessem postando vídeos domésticos em redes sociais. A Vida em um Dia demonstra como a era das imagens em que vivemos transformou a todos, com suas câmeras digitais e telefones celulares, em cineastas. V
Divulgação
* www.sergiorizzo.com.br
30 Revista Viração • Ano 10 • Edição 88
As 4.500 horas de imagens recebidas mostram que atualmente todos podemos ser cineastas.
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Que Figura!
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Faminta por justica social “Vivi desde os primeiros anos de minha vida este sinal: o sinal da fome” Maria
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Novaes
maranhense Maria José Camargo Aragão nasceu no dia 10 de fevereiro de 1910, em São Luís. De origem humilde teve que superar a pobreza e junto com ela a fome, enfrentando os preconceitos por ser negra, mulher e mãe solteira. Completamente engajada na medicina e na política, luta por uma sociedade igualitária, em que todas as pessoas tivessem os direitos básicos respeitados – alimentação, saúde, educação, lazer e moradia, além de direitos iguais para homens e mulheres, saúde preventiva, combate a todos os tipos de discriminação. Como estudante do curso de medicina, pela Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, morava em uma pensão se mantendo do dinheiro que arrecadava dando aulas. Foi nesse período que engravidou do seu primeiro filho, mas devido à desnutrição, ao acúmulo de trabalho e de estudo, sofreu um aborto. Em seguida, tranca a faculdade, em 1939, e volta ao Maranhão no quarto ano de
Aragão
medicina por conta de doenças causadas pela fome, tristeza e solidão. Dois anos depois, Maria Aragão fez concurso para enfermagem, é aprovada, volta para o Rio de Janeiro e passa a trabalhar à noite, conseguindo assim, cursar os três últimos anos de medicina, concluindo-o em 1942. Nesse mesmo ano fica grávida pela segunda vez e dá a luz a uma menina, que mais tarde morre, quando Maria estava nos primeiros anos do exercício da profissão, como pediatra em General Câmara, no Rio Grande do Sul. A menina foi fruto de uma relação que teve com um médico amigo, cuja identidade ela não quis revelar. Maria Aragão foi duramente criticada por ter sido mãe solteira. Abalada com a morte da filha, deixa o Rio Grande do Sul e a pediatria. Volta ao Rio de Janeiro, conseguindo estágio em ginecologia e, nesta área, realiza atendimentos às moradoras de áreas periféricas, o que lhes permitiu, a convite destas mulheres, conhecer Luís Carlos Prestes, em 1945, em um comício. E assim, começa sua história no Partido Comunista do Brasil, a partir do qual enfrentou oligarquias e a terrível ditadura militar dos anos 1960. Maria Aragão morreu na capital maranhense no dia 23 de junho de 1991. Em sua homenagem, a cidade tem uma das maiores praças com seu nome e um memorial que conta a sua história. A história de uma mulher que teve fome de justiça social. Além disso, há um Instituto com seu nome, criado em 2001, para dar continuidade à sua luta na defesa dos direitos humanos. V *Virajovens presentes em 20 Estados e no Distrito Federal
Revista Viração • Ano 10 • Edição 88 31
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Sexo e Saúde
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uitos são os fatores que despertam o nosso tesão, que varia de pessoa pra pessoa. Uma conversa agradável com alguém simpático ou simplesmente ver alguém fisicamente atraente passando pela rua podem despertar o desejo sexual, isso sem falar em massagens, beijos e carícias. Para entender um pouco mais sobre a questão, conversamos com a professora Iana Araujo, especialista em gênero de Fortaleza (CE), que responde algumas perguntas elaboradas por crianças e adolescentes do Programa Adolescer, da ONG Bem Vindo, de São Paulo (SP). Confira as respostas! V Alcindo Costa, do Virajovem Fortaleza (CE)* Em que parte do corpo as mulheres sentem mais tesão? Natália Forcat
Os homens normalmente sentem tesão em uma ou duas partes do corpo, mas a mulher tem a facilidade de sentir prazer em todo o corpo, destacando-se a nuca e a virilha. Como as pessoas sentem tesão umas pelas outras? Quando duas pessoas se conhecem, antes mesmo de trocarem palavras, elas são atraídas uma pela outra por certas características físicas que lhes são agradáveis. Se o tesão aparecer, acontecerá o sexo ou o relacionamento. O próprio prazer sexual tem a ver com a questão do tesão. Se o desejo não é grande, o prazer pode não acontecer, ou ser menor do que se esperava. Sem tesão, a relação não passa de amizade. Sou virgem, mas quero deixar de ser em breve. Como deve ser a primeira vez? Você saberá quando chegar a hora certa. Não tente nem queira fazer sexo só porque acha que está ficando velha, ou porque o namorado fica pressionando. Como eu disse, o momento é seu, e você deve fazer com que ele flua naturalmente como qualquer outra coisa em sua vida. Então, nada de se deixar levar pela opinião alheia sobre o tempo. Afinal de contas, pessoas possuem seu momento particular. Sua hora irá chegar e é ideal que seja com alguém que você goste, com quem você tenha intimidade, que seja em um momento que você queira fazer isso. Aids é a mesma coisa que HIV? Aids e HIV são duas coisas distintas que se relacionam. O vírus HIV é o agente etiológico da Aids, mas nem todo mundo com HIV tem Aids. Então é correto falar que uma pessoa é portadora de HIV por anos sem apresentar Aids. O tratamento atual funciona justamente para impedir o avanço para a Aids. *Um dos Virajovens presentes em 20 Estados do País e no Distrito Federal
32 Revista Viração • Ano 10 • Edição 88
Mande suas dúvidas sobre Sexo e Saúde, que a galera da Vira vai buscar as respostas para você! O e-mail é redacao@viracao.org
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Rango da terrinha
À b as e d e ai pi m
O Manuê é um bolinho feito a partir da massa da mandioca, ideal para o lanche da tarde
CUPOM DE ASSINATURA
Mariana Reis, do Virajovem Recife (PE)*
A
mandioca, também conhecida como macaxeira ou aipim, é uma raiz tipicamente brasileira e o seu uso na culinária é uma herança indígena, que nos oferece deliciosas possibilidades de combinação de pratos, sejam doces ou salgados. No Nordeste do Brasil, uma das receitas mais interessantes e fáceis de fazer é o Manuê, um bolo que de tão simples, nem vai ao fogo. A consistência é dada na medida em que se misturam os ingredientes (como um pão), e o processo é todo feito à mão. O charme do prato é que ele é servido embrulhado em folhas de bananeira. V
Ingredientes
Divulgação
1 kg de massa de mandioca limpa, ralada (não pode ser o polvilho do tipo azedo) 1 colher de manteiga 2 xícaras de açúcar refinado Açúcar a gosto Água Sal a gosto Erva doce (1 colher de chá) Folhas de bananeira (para decorar)
Modo de preparo
Flickr: tillwe
Misture todos os ingredientes com as mãos, amassando, até fazer o ponto (sem desmanchar) e acrescente, aos poucos, água, se for necessário. Separe a massa em bolinhos individuais e embrulhe na folha da bananeira. Antes de utilizar a folha da bananeira, deve-se limpá-la bem e passar no fogo, na chama baixa do fogão. A folha de bananeira pode ser substituída por papel alumínio, para embrulhar. Sirva com um cafezinho bem forte. Bom apetite!
*Uma das Virajovens presentes em 20 Estados e no Distrito Federal
anual e renovação 12 edições ++ newsletter É MUITO FÁCIL FAZER OU RENOVAR A ASSINATURA DA SUA REVISTA VIRAÇÃO Basta preencher e nos enviar o cupom que está no verso junto com o comprovante (ou cópia) do seu depósito. Para o pagamento, escolha uma das seguintes opções: 1. CHEQUE NOMINAL e cruzado em favor da VIRAÇÃO. 2. DEPÓSITO INSTANTÂNEO numa das agências do seguinte banco, em qualquer parte do Brasil: • BANCO DO BRASIL – Agência 2947-5 Conta corrente 14712-5 em nome da VIRAÇÃO OBS: O comprovante do depósito também pode ser enviado por fax. 3. VALE POSTAL em favor da VIRAÇÃO, pagável na Agência Augusta – São Paulo (SP), código 72300078 4. BOLETO BANCÁRIO (R$2,95 de taxa bancária)
FONE(COM.) E-MAIL
EST. CIVIL BAIRRO SEXO
Assinatura nova Renovação De colaboração Exterior
R$ 65,00 R$ 55,00 R$ 80,00 US$103,00
Parada Social
Unidos para a transformação se articula Recém-criada, rede de jovens do Distrito Federal ã para discutir a melhoria de vida do Paranoá e Itapo
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PREÇO DA ASSINATURA
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rticulada durante e após a realização do 1º Acampamento de Mobilização da Juventude do Paranoá e Itapoã, em março deste ano, a Rede de Juventude do Paranoá e Itapoã (Rejupi) foi criada. Trata-se de um coletivo formado por grupos de jovens moradores dessas duas regiões do Distrito Federal. Eles são atuantes em diversas áreas, como o movimento popular, associação de skatistas, bandas de rock e grupos de jovens da Igreja Católica. A rede foi criada com o intuito de propor alternativas, sob o ponto de vista do jovem, às questões sociais da região. A Rejupi conta também com pessoas sem atuação em grupos específicos, mas que possuem em comum a vontade de lutar pela melhoria da qualidade de vida de suas comunidades e da transformação social. No acampamento realizado em março, os participantes elaboraram coletivamente a Carta da Juventude do Paranoá e Itapoã, que apresenta as principais reflexões e desejos de transformação social para a juventude em diversas áreas, como saúde, educação, comunicação, economia solidária, cultura, trabalho e meio ambiente. Seguindo os princípios e as propostas apontados na Carta da Juventude do Paranoá e Itapoã, a Rejupi já tem objetivos gerais traçados. Lutar pela melhoria da qualidade de vida de todos os moradores da região, bem como por uma sociedade justa, solidária e verdadeiramente democrática, além de trabalhar em rede, de forma coletiva, horizontal e democrática, para a
continuidade da mobilização e fortalecimento dos jovens organizados do Paranoá e Itapoã são os principais deles. Como estratégia de ação inicial das atividades, foi eleito um eixo de cultura da carta do acampamento, que orientará a primeira linha de ação da Rejupi. Será realizado um Simpósio em outubro seguido de uma mobilização cultural, por meio da qual será discutida de forma coletiva com as instituições, movimentos sociais e culturais a construção e a gestão de um espaço cultural que atenda aos moradores das regiões do Paranoá e Itapoã. V Fotos: Crédito
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Mayane Vieira e Cleodoberto Shakespeare, do Virajovem Brasília (DF)*
Rejupi elabora propostas para melhoria de vida dos jovens do DF
*Virajovens presentes em 20 Estados do País e no Distrito Federal
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