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A VIAGEM
e do amor de Quem o criou.
É um percurso que só o viajante pode fazer. Mas sempre haverá mestres no caminho e talismãs que o ajudam e o protegem .
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E depois do limiar, um campo de possibilidades sempre estará a seu dispor.
Um ponto de luz hiberna em gruta úmida. Há um cordão que o conecta à nascente. O embrião cresce e se desenvolve. Ao se vestir de matéria, seu brilho diminui.
Chega o momento em que a gruta se faz pequena. É iniciada a jornada, rumo ao desconhecido. A travessia é difícil, o portal é estreito. A nova vida é inédita.
Aos poucos se aparta da mãe, e começa o aprendizado humano de estar no mundo.
Enfrenta as dificuldades da gravidade, que torna penoso o andar, tem um corpo que cresce, órgãos que se expandem, precisa respirar para viver.
Prova sensações e sentimentos que o confundem, uma linguagem de difícil compreensão, vê-se inundado de informações. Precisa entender esse mundo de tempo e e de espaço e aprender como lidar com ele.
Paradoxalmente, o maior desafio é a troca com outros pontos de luz, que pensam ser o corpo que lhe permitiu chegar ao mundo.
Sem saber por que está aqui, a cada dia distancia-se da Origem. E perdido estaria, não fosse a necessidade de se agregar, o impulso em direção ao outro, o amor aflorando na convivência.
Juntos, vão descobrindo sentido para a vida.
Ao se permitir sentir o que chega, centelhas de luz abrem caminho e ajudam o despertar do Ser.
O tempo flui, as experiências se sucedem, e com elas a compreensão, o amadurecimento. É chegada a hora de seguir viagem, se despir da roupa humana e voltar à Fonte. E de lembrar que é um ponto de luz que viveu uma experiência humana.
Se
E se tudo que se vê, se ouve se pensa e se sente for só um esforço na direção contrária de aonde precisamos ir?
E se os conceitos, padrões e crenças forem apenas algo que se construiu para nos sentirmos seguros?
E se tudo isso não for real, se estamos em transe, vagando como sonâmbulos?
É possível despertar? Para que nos tornamos marionetes de nós mesmos? Quando foi que perdemos o dom de questionar?
Quando foi que nos desviamos? Como entramos na matrix que construímos? Terá sido ao voltarmos o olhar para fora? Que faremos para retornar de onde nunca saímos?
E se buscarmos em nós as respostas que já conhecemos, e escondemos com afinco?
E se a existência for uma brincadeira divina para nos distrair do drama e nos despertar a leveza