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MEUS EUS
revele os registros das Eras.
No reflexo do espelho Vejo-me em mil facetas. Sou a multidão sedenta de sabedoria e ávida por paz. A que aprende enquanto ensina, na vibração de quem fala, e no silêncio de quem escuta, no observar e no sentir, no que vivo e no que vem a seguir.
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O fio que tece o destino, o ponto que faz sentido, o nó a ser desatado, a teia das experiências.
O subjetivo no objetivo, o círculo no quadrado. Sinuoso fio em busca do reto, a figura seguindo a espiral, o paradoxo dual imerso no universo do UM.
Sou simples e tão complexa, analista e metafórica. Charada em livro aberto, inacabado quebra-cabeça
o espelho do que vejo fora e também dentro de mim. Sou o impulso do encontro e o freio da hesitação.
A que dá e sonega, a que acolhe e rejeita. Quem segue ao desconhecido e quem também o teme.
Eu sou a sombra da árvore, a raiz que me sustenta, o fruto que me alimenta, e nutre quem vem a mim.
Quem me clareia e me confunde, tão íntima e tão forasteira de mim. Eu não sou para amadores que queiram respostas fáceis, ainda que seja simples me decifrar: coração aberto e leve descobre toda charada de mim.
Sou muitas e singular, diversa e tão comum, igual a todos e tão eu mesma. Essa sou eu, em várias versões de mim. Essa somos todas nós, em nossos nós, em nós.