Mitos origens do universo

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ORIGEM DO UNIVERSO E OS FENÔMENOS CELESTES SEGUNDO CONTRIBUIÇÃO DOS POVOS ANTIGOS

A Origem do Mundo para as Civilizações Antigas

As contribuições e contradições dos povos antigos, da religião, da filosofia e da ciência para explicar a origem do universo e os fenômenos celestes.


Mito de Origem Egípcio “Seus teólogos ensinavam que na origem dos tempos existia um oceano tenebroso, espécie de caos, massa liquida inerte chamada Num; em virtude de seu próprio poder, o sol (Atum) saiu do caos primordial dando origem aos dois primeiros deuses que

personificam o ar e a umidade. Esses geram o céu e a terra que, por sua vez, produzem Osíris e Ísis, Seth e Neftis”.

Os antigos egípcios, cuja civilização durou mais de dois milênios, criaram mitos bem complicados. Eles acreditavam que o Universo começou quando o deus Atum surgiu simplesmente chamado seu próprio nome. Em seguida, Atum vomitou seu irmão e sua irmã, Shu e Tefnut, que, por sua vez, geram o deus Geb (que simboliza a Terra) e a deusa Nut (o céu). Todos os egípcios nasceram dos filhos de Nut e Geb. Todo o ato

da criação foi presenciado pelo Olho que tudo vê, sem interferências.


Mitologia Suméria

“No início existia o mar primordial que produziu a montanha cósmica composta do céu e da terra; da união do céu (deusa An) com a terra (Ki) nasce o deus do ar Enlil, que separou o céu da terra, levando esta consigo; uma nova união entre Enlil e sua mãe, a terra, produziu o homem, os animais, as plantas e a civilização”.


Mito de Origem Grego “Tudo se inicia com o Caos: o vazio primitivo e escuro que precede toda a existência. Dele, surge Gaia (a Terra), e outros seres divinos primordiais: Eros (atração amorosa), Tártaro (escuridão primeva) e Érebo. Sem intermédio masculino, Gaia deu à luz Urano, que então a fertilizou. Dessa união entre Gaia e Urano, nasceram primeiramente os Titãs: seis homens e seis mulheres (Oceano, Céos, Créos, Hiperião, Jápeto, Téia e Reia, Têmis, Mnemosine, Febe, Tétis e Cronos); e logo os Ciclopes de um só olho e os Hecatônquiros (ou Centimanos). Contudo, Urano, embora tenha gerado estas divindades poderosas, não as permitiu de sair do interior de Gaia e elas permaneceram obedientes ao pai. Somente Cronos, "o mais jovem, de pensamentos tortuosos e o mais terrível dos filhos", castrou o seu pai–com uma foice produzida das entranhas da mãe Gaia–e lançou seus genitais no mar, libertando, assim, todos

os irmãos presos no interior da mãe. A situação final foi que Urano não procriou novamente, mas o esperma que caiu de seus genitais cortados produziu a deusa Afrodite, saída de uma espuma da água, ao mesmo tempo que o sangue de sua ferida gerou as Ninfas Melíades, as Erínias e os Gigantes, quando atingiu a terra. Sem a interferência do pai, Cronos tornou-se o

rei dos titãs com sua irmã e esposa Reia como cônjuge e os outros Titãs como sua corte”.


Mito de Origem Asteca Os astecas acreditavam que, antes do presente, existiam outros mundos formados por quatro sóis, cada um com um tipo de habitante: 

Gigantes, que foram mortos por jaguares enviados por Tezcatlipoca;

Humanos que foram assomados por um grande vento feito por Quetzalcóatl, e então eles

precisaram agarrar-se a árvores, transformando-se em macacos; 

Humanos que viraram pássaros para não morrerem na chuva de fogo enviada por Tlaloc;

Humanos que viraram peixe para não morrerem no dilúvio causado pela deusa Chalchiuhtlicue;

e os humanos atuais, predestinados a sumir pela destruição empreendida por Deus do sol pelos

terremotos. No quinto sol, tudo era negro e morto. Os deuses se reuniram em Teotihuacán para discutir a quem caberia a missão de criar o mundo, tarefa que exigia que um deles teria que se jogar dentro de uma fogueira. O selecionado para esse sacrifício foi Tecuciztecatl. No momento fatídico, Tecuciztecatl retrocede ante o fogo; mas o segundo, um pequeno Deus, humilde e pobre (usado como metáfora do povo asteca sobre suas origens), Nanahuatzin, se lança sem vacilar à fogueira, convertendo-se no Sol. Ao ver isto, o primeiro Deus, sentindo coragem, decide jogar-se transformando-se na Lua.


Mito de Origem Chinês Para a tradição religiosa chinesa, o caos inicial era como um ovo no qual entraram em equilíbrio os princípios opostos, yin e yang. Desse equilíbrio nasceu Pangu, gigante de cujo corpo se formou a água, a terra e o Sol. Para os antigos chineses, o Universo surgiu de um imenso ovo cósmico contendo o yin-yang. Ali existiam todas as coisas e seu exato oposto. Dentro do yin-yang, estava o deus P’an-Ku: seus olhos transformaram-se no Sol e na Lua: sua respiração, no vento; seus cabelos, nas árvores e plantas; sua carne, na Terra; seu suor, em chuva; e por fim os vermes que corroeram seu corpo transformaramse em seres humanos. Em outra versão do mito chinês da criação, Pan-Kou-Che, o Criador, esculpia sua grande obra em meio no redemoinho de nuvens. Yin e Yang - Deduz que nada existe no estado puro: nem na atividade absoluta, nem na passividade absoluta, mas sim em transformação contínua. O mal e o bem interagem.


Mito de Origem Indiano Segundo os Vedas, 3 divindades são responsáveis pelos ciclos de criação e destruição do Universo: Brahma cria, Vishnu preserva e Shiva o destrói para que o ciclo recomece. Para criar o mundo e os humanos, Brahma fez dois deuses de si: Gayatri e Purusha, o homem cósmico de onde foram feitas todas as coisas. Mas, enquanto alguns homens nasceram da boca de Purusha, e se tornaram sacerdotes, outros nasceram dos pés, e se tornaram os escravos da sociedade indiana.


Mito de Origem Iorubá Segundo a mitologia iorubá, no início dos tempos havia dois mundos: Orum, espaço sagrado dos orixás, e Aiyê, que seria dos homens, feito apenas de caos e água. Por

ordem de Olorum, o deus supremo, o orixá Oduduá veio à Terra trazendo uma cabaça com ingredientes especiais, entre eles a terra escura que jogaria sobre o oceano para

garantir morada e sustento aos homens.


Mito de Origem Hebreu Sete dias de Criação: Para os cristãos, “ No início, Deus criou o Céu e a Terra”. Nos seis dias seguintes, Deus

trabalhou muito: por volta do terceiro dia, criou o dia e a noite, os mares, a terra e as plantas; por volta do quinto dia, as estrelas, o Sol e a lua, as criaturas do mar e os

pássaros. No sexto dia, ele fez os animais e o ponto alto de sua criação: os seres humanos. Deixou o sétimo dia para descansar – por isso, os domingos são sagrados

para os cristãos. Depois de criar o Céu e a Terra, Deus admira a sua obra.


Mito de Criação Aborigene Austrialiano Na cultura aborígine australiana, temos o “Tempo dos

Sonhos”: uma era na qual seus ancestrais partiam em jornadas, criando “sonhos” que se transformavam em pessoas, lugares sagrados e tradições. Os ancestrais

muitas vezes tinham a forma de lagartos; aquecidos pelo Sol, tornavam-se humanos. O deus dos aborígines Dieri fez o primeiro ser humano na forma de um lagarto, mas

percebeu que ele só seria capaz de andar quando sua cauda fosse cortada. Os ancestrais do Tempo dos Sonhos

rupestres.

são

celebrados

em

expressivas

pinturas


Produzido pela Formação Continuada em Serviço do Ensino de Ciências do Sistema de Ensino de Petrolina

Petrolina, novembro de 2015


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