N.º 1 Maio 2010 Mensal 2.95€ (Cont.)
entretenimento em alta definição
HD
Finalmente em Blu-ray
O SENHOR DOS ANÉIS Dezenas em oferta. Participe!
AVATAR em DVD e BLU-RAY Uma Família Muito Moderna na TV Entrevista Director Geral da MTV Portugal RUFUS WAINWRIGHT em Lisboa Sangue Fresco T2 Vampiros, eles estão entre nós cinema Shutter Island, Prince of Persia vídeo Lua Nova, Zombieland, Estado de Guerra
em colaboração com
ISSN 1647-6840
TV | CINEMA | DVD | BLU-RAY | JOGOS | KIDS | 3D | HD | VOD
geral
editorial HD ... entretenimento em alta definição A Magazine.HD nasce para o mundo e em particular para os seus leitores, no mesmo dia em que Avatar é disponibilizado em DVD e Blu-ray, em alta definição, ou como gostamos de lhe chamar, em HD. Avatar ficará eternamente associado também ao nosso projecto, não apenas por nos ter emprestado o primeiro rosto de capa ou por chegar aos lares portugueses no dia do nossa primeira edição, mas ao personificar um conceito editorial e boa parte dos desafios que o mesmo encerra - entretenimento inteligente sem ser elitista, com qualidade mas conseguindo divertir, para um público alargado em que cada um se emociona à sua maneira, arrojado tecnologicamente, mas no tempo e medida adequada. Magazine.HD procurará efectivamente divulgar e destacar o melhor em cada área do entretenimento, numa amplitude de 360 graus, embora centrado na Televisão, no Vídeo e no Cinema. Esta vocação de best of estende-se ainda aos jogos de consola, recomendações high tech, um kids corner, e ainda algumas dicas sobre música e cartaz de espectáculos. E porque sabemos que os nossos leitores gostam de usufruir dos seus conteúdos preferidos, com a melhor qualidade possível, ou aspiram vir a fazê-lo, vamos estar sempre na linha da frente no que toca aos novos formatos do universo digital. Pres taremos especial atenção à evolução imparável dos conteúdos e canais de televisão para alta definição (HD), seleccionaremos as melhores edições em DVD, mas igualmente do emergente Blu-ray, participaremos no debate e divulgação do 3D nos cinemas ou no lar, sem esquecer o fenómeno do video on demand, o natural substituto do videoclube de bairro. Além do nosso compromisso em informar, esperamos ainda ajudar a que os nossos leitores se divirtam e se emocionem enquanto espectadores, tanto como nós enquanto seleccionamos, analisamos e preparamos os conteúdos para a edição. Na Magazine.HD privilegiaremos uma linguagem acessível embora rigorosa. Assumiremos as nossas escolhas. Seremos selectivos, sem desprezo algum pelo consensual, embora deixando o escrutínio exaustivo para os diários e semanários, ou a profundidade temática para as nossas congéneres claramente especializadas. Escolheremos antecipadamente o que nos parece ser a melhor oferta em cada momento e área, não perdendo tempo com programas, edições e eventos de menor qualidade ou interesse demasiado específico. Procuraremos proporcionar conforto na leitura, organizando e sistematizando os conteúdos por secções claramente identificadas, e sempre que possível apoiadas de guias de rápida e fácil consulta. Se por um lado Avatar tem sido um acontecimento incontornável, aqui fica o convite para que a Magazine.HD passe a constituir a sua companhia habitual. Partilhe as suas e-motions connosco e acima de tudo ... divirta-se! Rui Ribeiro rui.ribeiro@magazine-hd.com
Estatuto Editorial MAGAZINE.HD é uma publicação de âmbito nacional, mensal, de divulgação de conteúdos, numa amplitude de 360 graus na área do entretenimento, embora centrada em Televisão, Vídeo e Cinema, com especial enfoque nos novos formatos do universo digital – HD (Alta Definição), 3D e conteúdos on demand. MAGAZINE.HD abrange ainda outras áreas complementares como os jogos de computador e consolas, a análise de hardware, um kids corner, a música e ainda o cartaz de espectáculos. MAGAZINE.HD dirige-se ao público em geral, com foco no agregado familiar feminino e masculino (Classes A e B), essencialmente urbano, educado exigente, culto e com poder de compra, enquadrado entre os 25 e os 45 anos (20 – 70 extended). MAGAZINE.HD orienta-se por critérios de rigor, qualidade e criatividade editorial, sem qualquer dependência de ordem ideológica, política e económica. 4 magazine. HD
Maio 2010
MAGAZINE.HD defende, a liberdade de expressão e a liberdade de informar, repudiando qualquer forma de censura ou pressão, seja ela legislativa, administrativa, política, económica ou cultural. MAGAZINE.HD é responsável apenas perante os seus leitores, numa relação rigorosa e transparente, autónoma do poder político e independente de poderes particulares. MAGAZINE.HD recusa o jornalismo sensacionalista preferindo objectividade e acompanhamento da actividade de operadores, editores e distribuidores na área do entretenimento bem como de todo o mercado audiovisual português em geral. MAGAZINE.HD participa no debate das grandes questões da indústria do audiovisual, designadamente a evolução tecnológica e conceptual do universo digital na área da produção, realização e distribuição de conteúdos na área do entretenimento.
www.magazine-hd.com Av. Gomes Pereira, 59 r/c Dto., 1500-318, Lisboa Tel.: (+351) 216 099 095 geral@magazine-hd.com Número 1 / Maio 2010 / 2,95 Euros (Cont.) Redacção Director: Rui Ribeiro Director Adjunto: Luís Costa Editor: António Pires Editor Cinema: José Soares Coordenação
Cinema: Take – Cinema Magazine Televisão: Maria Stuart Vídeo e Novas Tecnologias: Vítor Simão Jogos e Consolas: Tomás Dias Kids e Música: Luís Costa Director Técnico: Vitor Simão Consultoria Técnica: Isabel Ribeiro Colaborações Especiais: Maria João, Paula André, Nuno Valério, Emanuel dos Santos, Rafael Cardoso Take: Sara Galvão, João Paulo Costa, Miguel Domingues, Rafael Vieira, Miguel Reis, Filipe Ferraz Coutinho, José Pedro Lopes, Nuno Mata Online: José Pedro Andrade, Vanessa Cardoso Conselho Editorial
Carlos Reis, Graça Bau, João Botelho, Rodrigo Leão, Sinde Filipe Fotografias
Atalanta Filmes, CLMC, Costa do Castelo Filmes, CTW Portugal, Ecofilmes, FIC Portugal, LNK, MEO Dir. TV, Midas Filmes, Prisvideo, Sonicel, Sony Pictures HE, Sony Computer, VC Multimédia, ZON Lusomundo, Image.net Publicidade
Tel.: (+351) 216 099 095, (+351) 962307195 geral@magazine-hd.com Assinaturas
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Design: Cecília Matos, Jorge Lopes, www.cecilia-design.com Impressão e Acabamento: Peres – Soctip, Porto Alto Distribuição VASP Distribuidora de Publicações LDA. Periodicidade: Mensal Tiragem: 15000
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Edição de Publicações Periódicas, Consultoria, Marketing e Publicidade na área do Entretenimento Av. Gomes Pereira, 59 r/c Dto., 1500-318, Lisboa Tel.: (+351) 216 099 095 NIPC: 509385125 Capital Social: 10 000 Euros Registo ERC n.º 125868 Depósito legal n.º 309807/10 ISSN (print) 1647-6840; (online) 1647-6859
Avatar, pág. 44
TELEVISÃO
Cinema
BLU-RAY
10. Zapping
30. Especial Kathryn Bigelow 32. Crítica:
44. Em destaque
Estreias e Inéditos: Nurse Jackie, Inimigos Públicos Ciclos – Especial Clint Eastwood Notícias A Série do Mês – Uma Família Moderna
18. Agenda Prime 20. Desporto 21. Especial Vampiros, eles estão entre nós 26.Videoclube
Shutter Island, Ervas Daninhas, The Cove, Um Sonho Possível
36. Rumores, Humores e outras Dores 38. A chegar
Avatar, O Senhor dos Anéis
48. Recomendamos
Estado de Guerra, This Is It, Fama, Delator, Zombieland, 2012, Lua Nova, Ratatui
A Origem, Prince of Persia, Robin Hood, Vincere
42. Estreias em Maio
Estreias, Top5 e Best Buy Destaque: 2012, Julie & Julia
28. Entrevista
Victor Mourão – Dir. Geral da MTV Portugal
DVD
tecnologia
Música
56. Recomendamos
64. Notícias
68.Caixa de Pandora
Maldito United, Os Poderosos, A Verdade e o Medo Sujidade & Sabedoria, Taking Woodstock
60. Em Série
Army Wives, O Mentalista, Sangue Fresco T1
62. Outros lançamentos
Sony 3D, Samsung 3D, Plasmas Panasonic, comandos remotos Harmony da Logitech
65. What is…DLNA? 66. Testámos Leitor de Blu-ray Panasonic DMP 65
Rufus Wainright Grizzly Bear, Veckatimest, O Melhor álbum de 2009
70. The National Novo Disco e Nova Digressão em 2010
Blu-Ray e DVD e Tops
67. As Nossas Escolhas: Leitores de Blu-ray
Kids Corner
Jogos
cartaz
72. Para ver em Casa! 73. Também na TV 74. Exposições: Divertir e Aprender 75. Maria e Miguel recomendam
76. Zona de Testes: God of War III 77. Antevisão
80. Em Maio: Saia! Curta!
Projecto Natal e Medal of Honor
Proíbida a reprodução, no todo ou em parte, de textos, fotografias ou ilustrações por quaisquer meios e para quaisquer fins. Maio 2010
magazine.HD 5
geral
Sumário
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Por telefone: 214 337 036 Por e-mail: assinaturas@vasp.pt Um ano (11 edições) - € 26 (20% de desconto sobre o valor em banca) Ligue já, para 214 337 036, mencionando o seu nome e localidade, o formato pretendido para o prémio (Blu-Ray ou DVD), ou envie um e-mail, para assinaturas@vasp.pt *Oferta limitada ao stock existente
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TV
Deixe-se levar por “Uma Família Muito Moderna” ou por um Vampiro perto de si... Faça um zapping perfeito no dia das estreias de Nurse Jackie, Humanos T2, Inimigos Públicos e Watchmen – Os Guardiões. Se ainda não viu, alugue no seu Videoclube de casa alguns dos melhores filmes do ano.
televisão
zapping Estreias NURSE JACKIE, a viciada Edie Falco, vencedora de um Emmy Award encarna o papel da brilhante, forte e impulsiva enfermeira Jackie, que trabalha num frenético serviço de urgências de um hospital nova iorquino. Com ideais católicos ultrapassados, Jackie é viciada em analgésicos que, de acordo com ela, a ajudam a ultrapassar as adversidades do dia-a-dia. Esta é a personagem que mantém um ambiente hospitalar equilibrado através da sua forma de estar única e da sua marca pessoal de parecer médico. A inflexível dedicação que Jackie tem pela sua profissão e pela sua família entra em conflito com as complicadas decisões que enfrenta na sua rotina diária, deixando-a em vários dilemas morais e éticos que, de alguma forma, precisam de uma solução. A acompanhar Jackie na sua rotina diária encontramos a Dr.ª Eleanor O’Hara (Eve Best), uma hilariante mulher britânica que tem uma grande e improvável amizade por Jackie. Para ajudar Jackie a conseguir os seus sagrados analgésicos está o antigo farmacêutico Eddie Walzer (Paul Schulze), o responsável pela sua introdução no vício e seu antigo amante. Estreia 17 Maio FOX Next Segundas, 21.30 (episódio duplo)
HUMANOS, T2 duplos No dia 25 de Maio estreia na FOX a 2ª temporada de ‘Humanos’, uma espirituosa, sexy e entusiasmante série britânica que conta a história de três jovens – George (Russel Tovey), Mitchell (Aidan Turner) e Annie (Lenora Crichlow) – e das suas secretas vidas duplas como lobisomem, vampiro e fantasma, respectivamente. Estes três amigos que habitam o mesmo apartamento lutam para esconder do mundo os seus segredos mais obscuros, ao mesmo tempo que enfrentam outras forças do mal e inimigos que têm como principal objectivo deitar abaixo os três heróis e revelar a verdadeira natureza de cada um. Eles acreditam que os vampiros são o diabo encarnado; que os lobisomens contêm um gene diabólico que pode ser removido através de violentas experiências científicas; e que os fantasmas devem ser forçados a passar para o outro lado e deixar este mundo quer queiram ou não. E nós no que acreditamos?
Estreia 25 de Maio FOX Terças, 21.30 10 magazine. HD
Maio 2010
INIMIGOS PÚBLICOS
Estreia 21 de Maio, 22.30 TVCine HD
Ninguém conseguia parar Dillinger e o seu gang. Nenhuma prisão o conseguia deter. As suas encantadoras e audazes fugas fazem com que o povo se apaixone por ele numa altura em os americanos que não tinham qualquer simpatia pelos bancos que tinham feito cair o país numa depressão. Mas enquanto as aventuras do gang de Dillinger, incluindo posteriormente o sociopata Baby Face Nelson e Alvin Karpis, maravilhavam tudo e todos, o Presidente Hoover tinha intenção de capturar Dillinger de forma a elevar o seu Centro de Investigação à condição de polícia nacional. Tornando Dillinger “Inimigo Público Número Um” atribui a Purvis, um impetuoso agente conhecido como “Clark Gable do FBI”, a missão de capturar o mais famoso gangster da América. Contudo, Dillinger e o seu gang conspiravam e venciam Purvis em perseguições e tiroteios selvagens. Só depois de chamar uma equipa dos agora intitulados agentes do ocidente da América e orquestrando traições épicas - da vergonhosa “Mulher de Vermelho” ao chefe do crime de Chicago Frank Nitti, é que Purvis, o FBI e a sua nova equipa de pistoleiros serão capazes de se aproximar de Dillinger.
Goode, Jackie Earle Haley, Jeffrey Dean Morgan Maio 2010
Int. Johnny Depp, Christian Bale, Marion Cotillard, Channing Tatum, Giovanni Ribisi
COME
N D AD
Acção 2009 Realiz. Zack Snyder Int. Malin Akerman, Billy Crudup, Matthew
12 magazine. HD
Acção 2009 Realiz. Michael Mann
OS GUARDIÕES
Baseado num Comic americano de grande sucesso, a acção e Watchmen decorre num ambiente de guerra fria e elevada tensão entre as duas superpotências da altura, USA e URSS. Uma super-elite de super-heróis entra em acção, mas mesmo os super-homens podem acabar numa cadeira de rodas ou como no caso do Comedian, assassinado logo no início da fita, situação que vai desencadear a reunião dos seus ex-parceiros. A realização de Zack Snyder está perto de genial e é em grande medida responsável pelo resultado superlativo, seja em termos técnicos, cenográficos ou dramáticos, incluindo a arriscada duração (3 horas), embora esta nos prenda desde o primeiro ao ultimo minuto e mais houvesse. Tão perturbante quanto admirável. RR
RE
WATCHMEN
O
televisão
zapping Inéditos
Estreia 14 de Maio, 22.30 TVCine HD
televisão
zapping Ciclos Especial Clint Eastwood Uma Lenda Americana
No mês em que Clint Eastwood celebra 80 anos de idade, o TVCine 2 dedica-lhe um especial com a exibição de uma dezena de filmes da sua vasta obra. O primeiro papel que teve foi em 1955 em “Revenge of the Creature” e o início da sua carreira cinematográfica foi passada a fazer filmes série B. É em 1964 que vai para Itália trabalhar com Sergio Leone no filme “Por Um Punhado de Dólares” e entre 1964 e 1966 faz três westerns com este realizador, sendo o mais marcante da triologia “O Bom, o Mau e o Vilão” (1966). Eastwood, que inicialmente resistira à ideia de sair dos Estados Unidos, consegue assim atingir o sucesso mundial com aquele que viria a tornar-se um dos seus trademarks, o antiherói solitário do velho oeste. A década de 60 foi de sucesso para Clint Eastwood e com a entrada nos anos setenta atinge dois marcos importantes na sua carreira: realiza em 1971 a sua primeira longa-metragem e entra nesse mesmo ano no primeiro de cinco filmes que viriam a reforçar a sua imagem de duro e torná-lo numa referência incontorná vel do cinema de acção – “Dirty Harry”. Foi em 1992 que Clint Eastwood mostra uma faceta que não era esperada – a de autor consagrado. Apesar de realizar há mais de duas décadas nunca teve nenhuma película memorável, mas “Imperdoável” (1992) mudou tudo. Distinguido com o Óscar de Melhor Realizador e Melhor Filme, este projecto guardado durante quase vinte anos trouxe à luz do dia o contador de histórias.
Notícias “Q” no Meo “Q”, um novo formato televisivo, em exclusivo para o serviço de televisão por subscrição da Portugal Telecom, já está disponível na posição 15, no pacote Base do Meo IPTV (ADSL e Fibra Óptica) e Satélite. O “Q” tem uma forte componente on-demand, de visualização gratuita, permitindo o acesso a todos os conteúdos a qualquer hora do dia, em qualquer dia da semana, entre as 21h45 e às 24h . Todos os conteúdos, originais e em português, são produzidos e realizados pelas Produções Fictícias. Talk shows, magazines, entrevistas e debates fazem parte integrante da sua programação exclusiva, que se dirige essencialmente a um público adulto, com gosto pelo entretenimento e pela cultura contemporânea, não sendo exclusivamente um canal de humor. De segunda a Domingo vão passar pelo “Q”, nomes como Nuno Markl, Leonor Pinhão, Nuno Artur Silva, José de Pina, Aurélio Gomes ou Guta Moura Guedes, entre tantos outros.
Económico TV em Maio
O Económico TV arranca na ZON na primeira semana deste mês e vai estar disponível em todos os pacotes da operadora, em formato SD e HD, nas posições 200 e 201. Produzido pelo jornal Diário Económico, pertencente ao grupo Ongoing e a negociar a sua distribuição com o MEO, Vodafone e Clix, o Económico TV tem um orçamento de 4 a 5 milhões de euros anuais e como objectivo atingir a médio prazo as audiências médias da SIC Notícias.
Cabovisão com I-Concerts HD A Cabovisão lançou em primeira mão um novo canal, o I-Concerts HD, na posição 250 e transmitido no pacote TV Digital. O I-Concerts é o espaço ideal para ouvir os mais variados géneros musicais (Rock, Alternativa, Blues, Clássica, Electro, Hard Rock/Metal, Hip Hop, Jazz, POP, R & B/Soul, Reggae/Ska) 24 horas por dia, 7 dias por semana. Um canal totalmente dedicado a concertos ao vivo, transmitidos em alta definição para detectar todos os pormenores da performance dos seus músicos favoritos sem ter de sair de casa. As melhores bandas e artistas a solo vão actuar neste canal. Jamiroquai, Gorilazz, James Blunt, Elton John e Santana serão os primeiros artistas a pisar o palco internacional do I-Concerts HD. Com mais dois novos canais - o MOV e o Panda Biggs produzidos pela Dreamia - a Cabovisão reforça desta forma a sua oferta, aproximandose ainda mais dos gostos e das necessidades dos seus clientes.
De 22 a 31 de Maio, 21.30 TVCine 2
Maio 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31.
“Gran Torino” “A Troca” “Rookie – Um Profissional de Perigo” “Caçador Branco, Coração Negro” “O Sargento de Ferro” “A Última Canção” “Firefox” “Barreira de Fogo” “O Rebelde do Kansas” “Ontem ao Fim do Dia”
14 magazine. HD
Maio 2010
Chellomulticanal reforça portfólio CineStar, XTRM, Somos, MGM Cinematk (cinema), Buzz Teuve e Buzz Rojo (entretenimento), Natura (documentários), Pacha TV (música) e KidsCo (infantil) são os novos canais que vieram reforçar o portfólio da Chello Multicanal, a maior produtora e distribuidora espanhola de canais temáticos. A Chello produz e distribui para Espanha e Portugal, os canais Hollywood, Odisseia, Canal de História, Cocina, Decasa, Sol Música (apenas em Espanha), The Biography Channel, Extreme Sports Channel, e em exclusivo para o mercado português, através da Dreamia (joint-venture com a ZON Multimédia), o Panda, Panda Biggs e MOV.
televisão Maria Stuart
Série do mês
Uma família dos diabos A abstinência de Modern Family não lhe vai fazer bem “Uma Família Muito Moderna”, a sitcom do ano 2009 estreia dia 16 Maio na FOX Life HD. Uma comédia documental que satiriza o estilo de vida americano. Apesar das diferenças vai ser difícil não nos revermos a nós mesmos, à nossa mãe, aos nossos filhos ou aos nossos familiares em algumas cenas e momentos da série. Há muito tempo que eu não via uma comédia assim, que surpreende e que faz rir por pequenos detalhes ao longo de cada episódio. Modern Family no original, é uma série de grande sucesso da ABC (rede controlada pela Disney, cujo maior accionista individual é Steve Jobs) que lança um olhar satírico e capta os absurdos, as esquisitices e o bizarro da família de uma maneira viva, alegre e única. Tudo conjugado com um pouco de humor negro e espiritual capaz de transformar a série num retrato quase fiel à realidade. Nos dias de hoje as famílias americanas apresentam-se em diferentes “formas e tamanhos”. A partir da perspectiva de um autor documental pouco convencional, Uma Família Muito Moderna dá um olhar moderno sobre as complicações diárias que caracterizam as famílias do século XXI. Seguindo um estilo de comédia, com relatos ficcionais das personagens, esta série satiriza o estilo de vida americano através de uma grande, hetero, gay, multicultural e tradicional família feliz. Com fantásticas personagens, um elenco inteligente e um guião divertido do início ao fim, Modern Family conseguiu, desde logo uma nomeação para os Golden Globes na categoria de Melhor Série Musical ou Comédia e já ganhou um Director Guild of America Award para Melhor Realização – Jason Winer e a revista Time refe riu-a como “a mais engraçada e nova comédia familiar do ano”.
Uma mãe zelosa, um pai “fixe” e um tio gay Esta comédia desenrola-se em torno de três famílias que estão para
sempre inter-relacionadas. Segue a vida da família de Jay Pritchett (Ed O’Neill) e dos seus filhos Claire Dunphy (Julie Bowen) e Mitchell Pritchett (Jesse Tyler Ferguson). Cada um dos elementos desta disfuncional família tem a sua própria e inconvencional maneira de estar: Claire, a dona de casa e mãe zelosa, é o “motor” que faz a família evoluir sendo a personagem mais responsável e tradicional; Phil Dunphy (Ty Burrell), o marido de Claire, é o pai “fixe” que tenta integrar-se na vida dos seus filhos e mostrar que ainda é um “jovem”; Luke (Nolan Gould), o filho mais novo de Claire e Phil, é o verdadeiro miúdo traquina que está sempre a aprontar das suas; Alex (Ariel Winter), a irmã do meio, é a intelectual da família, é tão inteligente que até chega a ser irritante; Haley (Sarah Hyland) é a mais velha, a adolescente “estúpida” e fútil que tenta ser independente e a mais popular. A segunda família é composta por Jay, o pai e avô que é ca sado com Gloria (Sofía Vergara), uma belíssima e elegante mulher mais nova que ama o seu marido e o seu filho Manny (Rico Rodriguez), um rapaz esperto que sabe como manipular a sua mãe e o seu padrasto. Por fim, a família de Mitchell, o gay sério que sempre teve um lado mais competitivo e que vive com o seu acompanhante Cameron (Eric Stonestreet), a personagem mais descontraída, distraída e engraçada da série. Juntos adoptaram FOX LIFE HD Estreia: uma pequena bebé vietnamita. Nesta primeira temporada po- Domingo, dia 16 de demos contar com participações es- Maio, às 22.15 Emissão: Domingos, às 22.15 peciais de actores conhecidos de HolRepetição: Sábados, às lywood como Benjamin Bratt, Chazz 18.30 e Domingos, às Palminteri, David Brenner, Edward Nor- 11.35. Mais informações ton, Elizabeth Banks, Kristen Schaal, em www.foxlife.pt; www. Minnie Driver, Mo Collins e Shelley abc.go.com/watch/ Long. modern-family235331
Título Original: Modern Family Género: Comédia Episódios: 24 episódios de aproximadamente 25 minutos Elenco: Sofía Vergara, Julie Bowen, Ed O’Neil, Ty Burrell, Jesse Tuler Ferguson, Eric Stonestreet, Sarah Hyland, Rico Rodriguez, Nolan Gould, Ariel Winter, Reid Ewing Produção: 20th Century FOX Television em associação com a Picture Day Productions. Prémios: Uma nomeação para os Golden Globes. Outras 6 nomeações e 3 vitórias. 16 magazine. HD
Maio 2010
televisão
AGENDA PRIME
18 magazine. HD
2ª feira
3ª feira
SÁBADO
DOMINGO
21.30 Mentes Criminosas T5
23.20 The Pacific T1 22.25 Trauma T1 (até 18/5)
22.25 FlashForward 22.25 Castle T2 T1
21.30 CSI NY T6
21.00 FlashForward T1 (rep).
22.20 Dexter T4
22.25 Perdidos T6
22.20 Lie To Me T2
22.20 Apanha-me se Puderes T1
22.20 House T6
20.45 Os Simpson T4
20.00 American Dad T6
21.25 Casos Arquivados T1
22.15 Donas de Casa Desesperadas T6
23.55 Clínica Privada T3
21.25 Anatomia de Grey T6
23.05 Eli Stone T2
20.35 Glee T1
20.25 Anatomia de Grey T6 (rep).
21.30 Nurse Jackie T1 Estreia 17/5
20.20 Boston Legal T1
21.30 A Lenda do Guerreiro T2 Estreia 26/5
21.30 Smallville T9
19.35 Os Homens do Presidente T3
19.15 Mad Men T3
19.00 Rockefeller 30 T3
22.15 Hustle T2
21.30 Impostores T1 22.15 24 T8
22.15 Os Sopranos T6
0.30 Lei e Ordem: Intenções Criminosas T8
21.00 Cops T18
22.15 DEA T2
22.00 Underbelly T2
22.00 UK Gladiator T1 Estreia dia 11
22.00 O Escritório T6
22.00 Psych T4
20.15 O Meu Nome é Earl
18.30 Son of the Beach T1
22.00 Archer T1 Estreia dia 23
20.50 Stargate SG1 T3
20.50 Kyle Xy T4
22.30 Stargate Universe T1
22.30 Sangue Fresco T2
22.30 Ruptura Total T2
00.10 Erva T3
23.20 Enterprise T3
21.00 Frasier T11
16.00 Dawson’s Creek T6
17.15 A Juiza T6
22.20 As Irmãs McLeod T5
21.55 Cougar Town T1
14.35 Community T1
20.55 Gossip Girl T2
23.20 As Feiticeiras T1
23.30 Samurai Girl T1
21.20 Blood + T1
21.45 Sobrenatural T1
20.50 Death Note T1
21.00 Tempos Primitivos T2
21.00 Torchwood T1
Maio 2010
4ª FEIRA
5ª FEIRA
6ª FEIRA
televisão
desporto Maio BASQUETEBOL
Playoffs NBA 1 jogo por semana em HD Todos os jogos das finais em HD
HÓQUEI NO GELO
NHL 1 jogo por semana em HD Todos os jogos da Stanley Cup em HD
MOTOGP
GP Espanha Jerez J – 2 de Maio GPFrança – 23 de Maio
GOLFE
US PGA Todas as Terças
WRESTLING
TNA Impacto Todas as Terças
PGA TOUR
FUTEBOL
Até 2 Maio – Quail Hollow Championship De 6 a 9 – The Players Championship De 13 a 16 – Valero Texas Open De 20 a 23 – HP Byron Nelson Championship De 27 a 30 – Crowne Plaza Invitational
LIGA PORTUGUESA Todos os jogos disputados em Portugal Continental em HD:
1e2
FC Porto x Benfica Sporting x Naval SP. Braga x Paços de Ferreira
EUROPEAN TOUR
Rio Ave x V. Guimarães
De De De De De
8 e 9 Benfica x Rio Ave
U. Leiria x FC Porto Leixões x Sporting Nacional x SP. Braga
LIGA EUROPA 12
Final
LIGAS EUROPEIAS Em Maio, os melhores jogos das jornadas decisivas das Ligas Europeias: Liga Inglesa, Liga Francesa, Liga Italiana, Liga Espanhola, Liga Alemã.
SELECÇÕES Em Maio e Junho – Jogos de preparação para o Campeonato do Mundo FIFA 2010. De 11 de Junho a 11 de Julho – Todos os jogos do Campeonato do Mundo FIFA 2010 em Alta Definição 20 magazine. HD
Maio 2010
ZON emite Final do Masters de Golfe em 3D A final do Masters de Augusta, a competição que no dia 11 de Abril marcou o regresso de Tiger Woods, foi a primeira emissão em directo de televisão 3D em Portugal, no canal 270 da ZON. O torneio foi igualmente transmitido em 3D através da internet, usando a cada vez mais standardizada tecnologia Tru3D. Na posição 270, a ZON já emite trailers de filmes a três dimensões e resumos de jogos de futebol de várias ligas europeias. A operadora está a desenvolver este canal em Tru3D e tem em demonstração, trailers de filmes a três dimensões na sua área de Videoclube. Esta tecnologia pode também ser experimentada em pontos de demonstração piloto em algumas lojas ZON, equipadas com ecrãs 3D.
2 Maio – Open de Espanha 6 a 9 – Open de Itália 13 a 16 – Open de Maiorca 20 a 23 – BMW PGA Championship 27 a 30 – Madrid Masters
CHAMPIONS TOUR Até 2 – Mississipi Gulf Resort Classic De 14 a 16 – Regions Charity Classic
LPGA TOUR Até 2 Maio – Tres Marias Championship De 13 a 16 – Bell Micro LPGA Classic De 20 a 23 – Sybase Matchplay Championship
LADIES EUROPEAN TOUR Open da Turquia – Resumos Open da Alemanha – Resumos Open da Eslováquia – Resumos
televisão Maria João
especial
Vampiros
Eles estão entre Nós
Os vampiros estão mesmo entre nós e ameaçam ficar por mais algum tempo. Enquanto os fãs suspiram pela estreia da terceira temporada marcada para Junho nos Estados Unidos, a segunda temporada da série “True Blood”,” Sangue Fresco” em português, pode ser vista nas próximas semanas no canal MOV da Zon. A primeira temporada foi agora editada em DVD. Alan Ball, o criador da série, interessou-se pelas novelas de Charlene Harris, “The Southern Vampire Diaries”, e deu a personagem principal, Sookie Stackhouse, a Anna Paquin.
True Blood Sookie Stackhouse, empregada no Merlotte Bar, é uma simples humana entre os humanos, não fossem os seus poderes telepáticos causarem-lhe alguns incómodos entre os seus pares. Em Bon Temps, pequena cidade Mississipi com as suas lendas urbanas e mistérios seculares, além dos humanos, subsistem secretamente feiticeiras, wiccans, metamorfos e lobisomens, sem esquecer os vampiros, que, graças à descoberta pelos japo neses, de uma bebida de sangue sintético (o verdadeiro True Blood), podem finalmente viver entre os homens sem tentações de mordidelas que, embora de intenção alimentícia, provocam graves
embaraços nos pescoços alheios. Depois de tantos séculos, na clandestinidade, os vampiros vão finalmente usufruir de um estatuto de cidadania. Mas muitos humanos contestam a sua legalidade e as suas eventuais intenções, dividindo dramaticamente em dois grupos a humanidade: por um lado, os fangbangers que adoram vampiros e não temem ostentar os dois furinhos, marca das famosas mordidelas executadas durante um encontro sexual com um vampiro; por outro, os moralistas e fundamentalistas que acusam os vampiros de todos os males sociais e de conspirarem para controlar o mundo dos humanos.
Para Alan Ball, o criador da famosa série de culto “Six Feet Under” que constituiu um dos mais importantes acontecimentos televisivos dos últimos anos, “True Blood” é de facto mais uma oportunidade para reflectir sobre os graus de intolerância nas sociedades actuais, não faltando referências aos direitos das minorias e à sua necessária existência e integração num mundo cada vez mais diversificado e multicultural. É provável que este aspecto não seja tão evidente na obra de Charlene Harris (que deu origem à série), mas sem dúvida que o “True Blood” criado por Ball toca algumas questões em aberto no mundo actual e que se referem sobretudo
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televisão à liberdade sexual, à liberalização do consumo de drogas, às questões da Sida, às minorias religiosas e étnicas...mas nem por isso estes vampiros, alguns com muito charme e sensualidade, como Bill Compton, o apaixonado de Sookie Stackhouse ou o perverso dono da discoteca Fangs, Eric Northman, (referência subtil à origem nórdica não só do vampiro, mas também do actor Alexander Skarsgard), deixaram de comungar da maior parte das maléficas características tradicionalmente atribuídas aos vampiros: ficam fracos quando contactam com prata, não suportam a luz do sol, dormem de dia, o desejo sexual revela-lhes as presas, têm uma força física sobrenatural, podem ficar totalmente imóveis, movem-se a uma velocidade colossal e acima de tudo são imortais. Os vampiros, tal como nós os imaginamos actualmente, são fruto da imaginação literária de alguns escritores dos finais do século XVIII, tendo Lord Byron e Coleridge contribuído para isso. Ao longo do século XIX, os sugadores de sangue, inspirados com certeza em lendas e crenças populares e amplificados pelo ultra romantismo, de características góticas, passaram a ter papel de relevo em alguns romances, como foi o caso da obra The Vampyre de John Polidori. Esta obra in-
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spirou a criação romanesca do vampiro mais célebre e mais conhecido do Universo: referimo-nos a Dracula, romance epistolar do irlandês Bram Stoker, publicado em 1897, criação coeva do não menos arrepiante Frankenstein de Mary Shelley. O Conde Dracula e outros vampiros, mais ou menos conhecidos, tiveram uma influência bastante significativa nos media, em particular na história do cinema e na música pop rock. Terão sido eles os antepassados dos vampiros socializados de “True Blood”? Drink from me and live together Muitos dos grandes realizadores de cinema não resistiram a um ou outro vampiro. Geralmente foram os vampiros mais maléficos que inspiraram os grandes autores como Murnau em “Nosferatu, uma Sinfonia de Horror”, realizado em 1922. Este filme é a estreia absoluta dos filmes de vampiros na Sétima Arte, inspirado na personagem de Dracula de Stoker, mantendo-se até hoje como obra-prima do expressionismo. Na época, Murnau teve problemas com a viúva de Bram Stoker que o acusou de utilizar sem autorização a história do marido. Concluindo: o filme nunca foi autorizado e só em 1931, Tod Browning retomava a personagem do Conde, criada por Stoker, e imortalizado na tela por Bela Lugosi, o actor
homenageado pela célebre canção dos Bauhaus dos anos 80, Bela Lugosi is dead. Este tema seria muito mais tarde tocado pela própria banda num dos filmes de vampiros mais musicais de sempre (o próprio David Bowie participa no filme como vampiro), “The Hunger” de Tony Scott, de 1983. Os anos cinquenta e sessenta abrilhantaram a lenda do conde Dracula com uma série de filmes de culto, produzidos pela mítica Hammer Films e interpretados pelos fabulosos Peter Cushing e Christopher Lee. Na música, o ícone do glam rock, Marc Bolan não resistiu em confessar no tema Jeepster, de 1973, “Oh! Girl I’m just a vampire for your love...and I’m gonna suck you…” Em ��������������������������������� 1979, uma nova versão de “Nosferatu” invadia as salas de cinema com Klaus Kinski a protagonizar o Conde Dracula. Werner Herzog criava a imagem do mal, revelando a personagem de Nosferatu numa perspectiva decadentista, em que a morte e a pestilência saíam triunfantes. Cerca de uma década mais tarde, em 1987, Joel Schumacher criava em “Lost Boys” um gang de vampiros motoqueiros que perfidamente atacavam os habitantes de Santa Carla, uma calma cidade da Califórnia. Kieffer Sutherland, a scary
Com requintes de super-produção destaca-se o “Dracula” de Francis Ford Coppola, de 1992.Visualmente arrebatador, o filme de Coppola foi um êxito e pela primeira vez o Dracula, interpretado por Gary Oldman, que era uma personagem maléfica recebia honras de personagem com estilo, saída de uma grande produção cinematográfica, abandonando o desconforto dos filmes de série B e a sobriedade da inteligentsia europeia.
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bad boy, encarnava perfeitamente o papel de líder dos implacáveis vampiros. A tentativa de iniciação de Michael para o gang era uma metáfora da integração social difícil dos teen-agers. Com este filme os vampiros assumiam uma aparência jovem e um estilo rebelde, aspectos que, mais tarde, seriam retomados pelo cinema e televisão. People are strange dos The Doors tinha lançado o mote.
Talvez o ponto de viragem tenha mesmo ocorrido em 1994. Neil Jordan, o realizador irlandês aventurou-se na adaptação da obra de Anne Rice, “Interwiew with the Vampire: the Vampire Chronicles”, revelando na tela uma vampiro muito especial: trata-se de Lestat de Lioncourt. Este novo vampiro é mais sociável e, apesar de muito sangrento, revela-se mais próximo da humanidade ao protoganizar um triângulo amoroso com Louis du Lac e Claudia. Os vampiros deixavam de ser tão excêntricos como tinham sido o Nosferatu de Kinski e o Dracula de Gary Oldman. Tom Cruise como Lestat e Brad Pitt como Louis eram muito atraentes e Kirsten Dunst como Claudia, já não era apenas a trémula vítima romântica, era ela própria também uma rebelde vampira sanguinária.
A permeabilidade entre cinema e televisão, em particular durante a última década, acabaram por arrastar os vampiros para o pequeno ecrã. Enquanto no cinema filmes como “Van Helsing” e as várias sequelas de “Underworld” descaracterizavam os velhos filmes de vampiros, submetendo-os ao género de acção e aventura, várias séries como “Buffy, a Caçadora de Vampiros” e “Angel”, o vampiro arrependido à procura da Redenção, criavam facetas diferentes da vampiragem, aproximando-a cada vez mais do mundo dos humanos. A televisão não resistiu ao sucesso de filmes muito recentes como “Twilight” e “New Moon”, onde os vampiros são bonitos e fazem um esforço para coexistir com os humanos, e investiu na série “Vampires Diaries” que, dentro do mesmo género, tem sido um êxito nos Estados Unidos. Parece então que os vampiros vão mesmo ficar por cá, vivendo entre nós, querendo como diz o tema da série “True Blood”, cantado meio à punkabilly por Jace Everett, “...to do bad, bad things with you...”. Os vampiros continuam a fascinar: A sua imortalidade conjugada com a sua natural insaciedade pode ser a metáfora dos tempos modernos.
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Estreias
O VOD do MEO com mais de 2.500 títulos, muitos deles em formato HD e um conjunto de funcionalidades avançadas, conta ainda no seu cartaz com os magníficos Lua Nova, Estado de Guerra, Millennium 1 e Os Substitutos em HD, reforçado em Maio com Step Up 2 e Planeta 51 (dia 7), O Sítio das Coisas Selvagens (dia 9), Coco Chanel com & Igor Stravinsky (dia 30) e ainda Julie e Júlia e 2012 (dia 1) este último a nossa recomendação do mês.
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Realiz. Roland Emmerich Int. John Cusak, Woody Harrelson, Oliver Platt, Thandie Newton, Amanda Peet, Danny Glover Ficção Científica 2009
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Roland Emmerich é um especialista na gestão de grandes produções, de resultados garantidos em termos de bilheteira, e mesmo assim dignas de algum crédito mesmo pela critica mais fundamentalista. Se já era difícil ficar indiferente aos efeitos especiais de Godzilla, ao vigor bélico de Patriota ou ao ritmo épico de Dia da Independência, 2012 é mais uma vez um caso singular de espectacularidade. A profecia é conhecida, séculos atrás os Maias marcaram no seu calendário o fim do Mundo, mobilizando numerólogos, geólogos e até cientistas para a sua desmontagem e naturalmente prevenção. Sem um leque de personagens fortes, Emmerich privilegiou claramente a acção para o centro das atenções e muito em particular as sequências de proporções épicas, que são das mais perturbadoras jamais vistas em cinema. Pode não ser o argumento mais sólido do ano, mas no que toca ao realismo e impacto do cataclismo não me recordo de melhor em 2010. RR
Top 5 MEO videoclube 1 A Saga Twilight: Lua Nova 2 Estado de Guerra 3 Sacanas sem Lei 4 A Ressaca 5 Para a Minha Irmã
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Step Up 2
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Quando Andie une forças com o dançarino mais sexy da escola para formar um grupo, com colegas marginalizados para competir na concurso de dança de rua de Baltimore – The Streets – ela encontra, finalmente, uma maneira de viver o seu sonho, criando uma ponte entre os seus dois mundos, tão afastados…
Realiz. Jon Chu Int. Briana Evigan, Adam G. Sevani, Robert Hoffman, Cassie Ventura Acção 2008
O Sítio das Coisas Selvagens 7 de Maio
Realiz. Spike Jonze Int. James Gandolfini, Paul Dano, Catherine O’Hara, Catherine Keener, Forest Whitaker Acção 2009
Catch-Up TV AXN e Sony Entertainment Depois de conteúdos do Eurosport, Canais FOX (FOX, FOX Life, FOX Next, Fox Crime e FX), SIC, RTP e Baby TV, o Meo VideoClube já está a disponibilizar diariamente episódios de séries dos canais AXN e Sony Entertainment, ficando disponíveis gratuitamente durante os 7 dias seguintes. Estes conteúdos estarão disponíveis via opção Canais TV, res pectivamente na categoria AXN e Sony Entertainment. Do AXN os telespectadores já podem visionar gratuitamente em Catch-Up TV as séries FlashForward, The Pacific (uma produção de Steven Spielberg e Tom Hanks com a chancela da HBO), Lasko: O Punho de Deus e Alerta Cobra T14. Anjos da Guarda T6 e T7, Assistente Pessoal, Cougar Town (a mais recente comédia com Courteney Cox), Community e Mulheres Casadas são as séries que estarão disponíveis para já no Catch-Up TV do Sony Entertainment. Maio 2010
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BEST BUY
A história de Max, um rapaz indisciplinado e sensível que se sente incompreendido em casa e decide fugir para O Sítio das Coisas Selvagens. Max vai ter a uma ilha onde encontra criaturas misteriosas e estranhas, cujas emoções são tão selvagens e imprevisíveis como as suas acções. As Coisas Selvagens procuram desesperadamente um líder para orientá-los, tal como Max anseia por um reino para governar. Quando Max é coroado rei, ele promete criar um lugar onde todos serão felizes. No entanto, cedo descobre que governar o seu reino não é tão fácil como parece e os seus relacionamentos tornam-se complicados.
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Estreias
Enquanto Estado de Guerra, Lua Nova, Fama, e This Is It continuam em destaque no cartaz do ZON Videoclube, que conta com mais de 2500 títulos activos e um número significativo em HD, as honras de estreia em Maio cabem a 2012, Planeta 51, S. Valentim Sangrento, Zombieland e sobretudo nossa recomendação do Mês, o divertido e muitíssimo bem representado Julie e Júlia (ver caixa)
Julie & Julia
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Realiz. Nora Ephron Int. Meryl Streep, Amy Adams comédia 2009
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1 de Maio
Um das maiores surpresas de 2009 foi ver Meryl Streep no papel de chefe de culinária e num filme sem grande aparato de produção. Mas tal como na culinária o segredo não está na quantidade mas no dedo do chefe. Et voilá, Nora Ephron cozinhou na perfeição uma divertida comédia baseada em factos reais, sobre como o livro de culinária de Julia Child (Meryl Streep) determinou e influenciou muitos anos depois a saga de Julie Powell (Amy Adams) para erguer 524 receitas em 365 dias. Além de abrir o apetite ao mais enfastiado, é o festival de representação que mais importa sublinhar, honras paras a cozinheiras mas igualmente para Stanley Tucci. Tecnicamente J&J em HD é perfeito, com uma imagem video de grande nível, de grande recorte e detalhe, cores bem saturadas e uma banda sonora sempre presente. Um Ratatui maduro que nenhum bom prato vai perder. RR
Top 5 zon videoclube 1 A Saga Twilight: Lua Nova (HD)
2 Estado de Guerra (HD) 3 Sacanas sem Lei (HD) 4 A Ressaca 5 American Pie Apresenta: O Livro do Amor (HD)
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S. Valentim Sangrento
23 de Maio
Há 10 anos, uma terrível tragédia mudou a pequena cidade de Harmony para sempre. Tom, um mineiro inexperiente, provocou um acidente que encurralou e tirou a vida a cinco homens. Um ano depois, no Dia de São Valentim, Harry, o único sobrevivente do acidente, acordou do coma em que estava e assassinou brutalmente 22 pessoas com uma picareta, antes de ser morto também. Dez anos depois, Tom regressa à cidade de Harmony no Dia de São Valentim, ainda assombrado pelas mortes que provocou. Numa tentativa de se redimir do passado, Tom procura a sua ex-namorada, Sarah, agora casada com o seu antigo melhor amigo, Axel, o xerife local. Mas esta noite, após anos de sossego, o terror regressa à pacata cidade de Harmony - há um assassino à solta escondido atrás de uma máscara de mineiro e armado com uma picareta. Tom, Sarah e Axel acreditam tratar-se de Harry, que terá regressado para ajustar contas com eles...
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Bem-vindo a Zombieland conta-nos a história de dois homens que encontraram uma forma de sobreviver no Mundo actual, repleto de zombies. Columbus é um autêntico medricas. Tallahassee é um destemido caçador de zombies e tem como único objectivo comer o último Twinkie da sua vida. Quando se juntam a Wichita e Little Rock, que também têm os seus métodos para sobreviver a esta catástrofe, eles têm de determinar o que será pior: confiar uns nos outros ou serem devorados pelos zombies.
Realiz. Ruben Fleischer Int. Jesse Eisenberg, Abigail Breslin, Woody Harrelson, Amber Heard, Emma Stone, Bill Murray Terror 2009
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Realiz. Patrick Lussier Int. Jensen Ackles, Jaime King, Kerr Smith terror 2009
Zombieland
Séries Nickelodeon no ZON Videoclube
FlashForward em catch-up TV
A ZON, em parceria com a MTV Networks, disponibiliza mensalmente 3 novos episódios completos de cada uma das séries seleccionadas Nickelodeon, em packs de 1.49 €, activos durante 48 horas. Os episódios são actualizados regularmente. Para lá chegar: Aceder na ZON BOX à categoria ZON Kids/ séries/Nickelodeon e lá encontrará SpongeBob, SquarePants, Dora a Exploradora, Diogo Go! e Avatar - A Lenda de Aang.
A série sensação da temporada está disponível em catch-up TV no ZON Videoclube na categoria TV Best Of. Os novos episódios da FlashForward T1 estarão disponíveis gratuitamente no ZON Videoclube um dia a seguir à estreia no AXN e até 7 dias após a primeira emissão neste canal.
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entrevista
Victor Mourão
Director Geral da MTV
Victor Mourão, director geral da MTV Portugal revela que o canal em HD chega no segundo semestre deste ano e está confiante que esta tecnologia vai ter impacto a diferentes níveis na indústria televisiva. E mais: dá exemplos dos conteúdos nacionais MTV filmados em HD. Já são quase todos, sabia? Magazine.HD A que se devem as recentes modificações no MTV Rocks (ex MTV2)?
Victor Mourão A nossa estratégia passou por estruturar a nossa oferta por género musical, personalizando desta forma o nome do canal e relacionando-o ao tipo de música que transmite. O canal MTV Rocks apresenta uma imagem mais contemporânea e caracteriza-se por ser um canal com e sobre música com atitude. Ao valorizar a paixão e entusiasmo que só o live proporciona, o novo canal promete como o próprio nome indica muita música Rock. Magazine.HD Para quando a chegada do canal MTV HD e que tipo de programação podemos esperar dele?
Victor Mourão A MTV HD é distribuída com enorme sucesso em mercados como França, Inglaterra e Alemanha, entre muitos outros. Em Portugal, estão a decorrer conversações com os vários operadores e contamos lançar o canal em HD no nosso território durante o segundo semestre deste ano. A programação da MTV HD é totalmente ligada à música. É o regresso às origens onde concertos, videoclips, documentários musicais preencherão a grelha do canal. O MTV World Stage e os Europe Music Awards são alguns dos programas já conhecidos do público Português e que farão parte da programação do MTV HD. A música e, em particular, os concertos constituem uma experiência fantástica para os utilizadores apreciarem em pormenor a performance dos artistas MTV, e por isso a nossa vontade em explorar ao máximo todo o potencial da Alta Definição. Magazine.HD Como encara a evolução do HD e do 3D em televisão?
diferentes níveis na indústria televisiva, quer para o utilizador/ telespectador, quer para os canais e produtores de conteúdo. Quando pensamos que a indústria televisiva atingiu o seu auge de exploração, a componente tecnológica altera o paradigma, com todas as oportunidades e ameaças que isso constitui. Para um canal como a MTV, sem dúvida que a experiência dos consumidores com os nossos conteúdos vai ser muito mais rica e ainda mais sensorial, daí que estejamos sempre prontos a acompanhar a nova forma de se consumir televisão. Magazine.HD Em termos de produção nacional de programas para a MTV Portugal, estão já a filmar em HD?
Victor Mourão Os conteúdos nacionais MTV são quase todos eles filmados em HD, pensando e prevendo já o futuro. Alguns exemplos de destaque são o Brand New (Tapete), o programa em que levamos ao tapete de Arraiolos uma banda ou músico para uma actuação exclusiva para a MTV e se apresenta uma selecção refinada de vídeos musicais, e os mais recentes projectos / conteúdos do canal como o MTV U ligado às tradições e festividades académicas portuguesas, e o MTV Insomnia, onde se pretende levar o espírito festivo e musical a várias regiões do país. Magazine.HD Uma palavrinha sobre o novo projecto MagazineHD?
Victor Mourão Vai abordar uma temática já explorada por outros projectos, mas utilizando uma forma mais inovadora e envolvente. Resistiu à tentação de ser excessivamente técnica e introduz temáticas mais gerais, o que prevê maior consenso e utilidade. Desejo as maiores felicidades ao projecto.
Victor Mourão Encaro com a certeza de que vão ter impacto a www.mtv.pt www.facebook.com/mtvportugal twitter.com/mtvportugal 28 magazine. HD
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cinema Se está a ler estas palavras, aceite desde já o nosso agradecimento. É um enorme prazer estar na sua companhia. Mais um desafio nos foi proposto e mais um passo foi dado. A vontade de dar cinema é cada vez mais forte e as próximas páginas são o espelho disso. Entre críticas, rumores, artigos especiais e antevisões, a Take cinema magazine estará sempre HD. E agora: Câmara! Luzes! Take!
José Pedro Lopes
cinema
especial
Kathryn Bigelow uma realizadora explosiva À quarta foi de vez. Kathryn Bigelow tornou-se no passado dia 7 de Março a primeira mulher a ganhar o Óscar de Melhor Realizadora após as nomeações de Lina Wertmuller por “Seven Beauties” em 1976, Jane Campion por “The Piano” em 1993 e Sofia Coppola por “Lost in Translation” em 2003). A realizadora de “The Hurt Locker” (“Estado de Guerra” em Portugal) tem um reportório de peso e muito completo que conta com filmes que vão do terror (“Near Dark”) à ficção científica mais arrojada (“Strange Days”), do thriller policial (“Blue Steel”) ao cinema de acção mais clássico (o incontornável “Point Break”), do art house cinema (“The Weight of the Water”) até ao cinema bélico (“The Hurt Locker”). Vamos olhar para a carreira de uma das melhores e mais interessantes realizadoras da história do cinema, que fez um punhado de filmes brilhantes mas que (quase) sempre andou desencontrada do público e do merecido sucesso comercial.
Os primeiros anos Kathryn Bigelow nasceu em 1951 em San Carlos, uma vila rural nos subúrbios de São Francisco (Califórnia), filha de uma bibliotecária e de um gerente de uma loja de tintas. Segundo ela própria, foi do lado do pai que veio a sua veia artística. Numa entrevista dada à Newsweek, a realizadora contou que o seu pai costumava desenhar figuras conhecidas e algumas criações originais com as tintas da fábrica, como forma de expiar o sonho, nunca concretizado, de ser um cartoonista. Por esse motivo, a jovem Kat estudou pintura na CalArts para depois rumar para Nova Iorque e aí imergir na cena cultural da grande metrópole. E foi aí que encontrou a sua verdadeira vocação artística: o cinema. E apaixonou-se pela sétima arte graças a filmes bem nas linhas musculadas do seu cinema: Mean Streets e The Wild Bunch são os filmes que a autora classifica como motivo da sua epifania cinematográfica e que a levaram a tirar um mestrado em cinema na Universidade de Columbia. Movimentando-se muito em grupos culturais e tertúlias, Kathryn desenvolveu várias amizades que a ajudaram a criar o seu primeiro filme, a curta-metragem The Set Up em 1978, que contava com o actor emergente Gary Busey no principal papel. No filme assistíamos a dois 30 magazine. HD
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homens a lutar sob o olhar teórico de dois intelectuais de elite. Nos dias de hoje Kathryn Bigelow goza bastante com esta sua primeira obra de 20 minutos de pretensiosismo, no entanto, quem a viu diz que já neste primeiro esforço se entevia que a realizadora era uma apaixonada pela natureza violenta dos homens. No entanto, esta curta permitiu-lhe arranjar financiamento para a sua primeira longa. Kat fez a sua primeira longa-metragem em 1982 para a independente Pioneer Films: The Loveless. Mais uma vez uma obra sobre a violência e o seu lado mais masculino - no filme seguimos um gang de motoqueiros que criam desacatos numa pequena cidade do sudoeste americano, no seu caminho para ir ver as corridas de Daytona. The Loveless é um filme perfeitamente esquecido, criado um pouco como um eco dos sucessos de Easy Rider e do australiano Mad Max. No entanto, foi o primeiro filme com o mítico Willem Dafoe o que o torna numa pequena obra de culto ainda nos dias de hoje.
O salto para Hollywood Foram precisos cinco anos até Kathryn conseguir levar avante um novo projecto. Aprovei-
cinema grandes títulos de acção dos anos 90 conquistando 83.5 milhões de dólares no mundo todo e tornando-se um clássico indiscutível da década. No filme seguimos a personagem de Keanu Reeves, um polícia que se junta a um grupo de surfistas dos quais ele suspeita serem ladrões de bancos, liderados por Swayze.
Dois grandes flops Bigelow tornou-se assim um nome a seguir na década dos 90: uma mulher que realizara um filme de terror e um filme de acção, ambos aclamados pela crítica, não era nada fácil de encontrar. Já divorciada, mais ainda com Cameron como produtor, ela lançou-se no projecto mais ambicioso da sua carreira - Strange Days (em Portugal, Estranhos Prazeres). Tendo custado uns aparatosos 42 milhões à Fox, o filme foi o grande flop comercial da sua carreira, tendo saído dos cinemas com uns minúsculos 8 milhões. Strange Days é um épico de ficção científica cyberpunk onde seguimos a vida de 4 personagens (Ralph Fiennes, Angela Bassett, Juliette Lewis e Tom Sizemore) nas vésperas da passagem de 1999 para 2000, numa Los Angeles entregue ao caos e onde todos estão viciados numa nova tecnologia: as gravações SQUID que registam “experiências”. Um pouco fruto de mau marketing (um filme sobre a passagem de milénio cinco anos antes do mesmo) e um posicionamento complicado (um produtor negro de ficção científica rebuscada) justificaram o desaire, mas Strange Days é para muitos o melhor filme de Bigelow, um dos melhores de 90 e o único filme a ser visto como um verdadeiro herdeiro daquela obra de culto chamada Blade Runner de Ridley Scott. Com o desaire de Strange Days, a carreira de Bigelow deu alguns passos atrás comercialmente, tendo ela aproveitado para sair do cinema mais musculado e iniciar-se num sector mais art house. Em 2000, fez para a emergente Lions Gate o filme The Weight of the Water, com Sean Penn, onde adapta o livro de Anita Shreve com o mesmo nome. Este drama passado no século XIX demorou dois anos a chegar aos cinemas após estar concluído e não encontrou o seu público. Em 2002, a carreira de Kathryn Bigelow dá uma nova volta negativa: K-19 The Widowmaker (em Portugal, O Submarino), um grande flop: custou uns impressionantes 100 milhões de dólares, e só conseguiu 65 no mundo todo. Mas ao contrário de outros desaires como Near Dark e Strange Days, a aposta foi também mal recebida pela crítica e pelo público. No filme seguimos Harrison Ford (a fazer uma personagem que parece mas não é Jack Ryan de Patriot Games) como um homem a bordo do primeiro submarino nuclear soviético. Na altura, o filme foi apelidado como K-19 The Carreer Tanker (algo como, o “Afundador de Carreiras”).
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Locker. Kathryn explicou este prolongado hiato numa entrevista onde revelou bastante autoconfiança: “Eu precisava de bom material com que trabalhar, e não me refiro a dinheiro. Ter talento como realizadora é uma coisa - e eu sinto-me muito confortável e confiante. Mas ter acesso a boas histórias e bons actores é outra. Só com este novo filme é que senti que havia condições para arriscar”. Nos anos que antecederam The Hurt Locker, Kat fez diversos trabalhos para televisão entre eles um episódio para a série de TV The Inside em 2005 que era baseado num artigo do jornalista Mark Boal. O seu regresso cinematográfico iria basear-se noutro relato de Boal, muito popular nos EUA, sobre a sua experiência como acompanhante de uma equipa de desarmamento de minas do exército americano no Iraque. Filmado em Super-16 maioritariamente na Jordânia, The Hurt Locker custou 11 milhões de dólares a produzir. E, como manda o estigma Bigelow, não foi um grande sucesso de bilheteira. A distribuidora Summit Entertainment não ligou muito às críticas muito positivas e apostou pouco no filme, que acabou por conquistar apenas 16 milhões e passar despercebido em muitos mercados. No filme seguimos uma EOD - unidade de desarmamento de bombas do exército americano - em Bagdade. A equipa conta com três homens - interpretados por Jeremy Renner (no papel do protagonista, o sargento James), Anthony Mackie e Brian Geraghty – que vão até todo o tipo de cenários de risco envolvendo bombas para as desactivar. Filmado num estilo semi-documental, semi-filme de guerra estético, nos seus tensos 131 minutos de duração podemos ver a equipa enfrentar minas, carros armadilhados e até um homem-bomba. Sobre o filme, Kathryn distanciou-o de outros filmes de guerra pela forma como descreveu a personagem de James, algo que não costumamos ver os filmes do género. “Ele é uma actualização do John Wayne, um homem complexo atraído pelo emprego mais perigoso e stressante do mundo. O facto da guerra do Iraque estar a ser travada por voluntários é um facto que diferencia o meu filme de outros filmes de guerra. A principal conclusão é que o segredo mais obscuro da guerra é que alguns homens a adoram. Com Hurt Locker tento perceber o que significa ser um herói no século XXI”. Também marcante é o cenário da guerra – vemos como a população de Bagdade vive os confrontos que existem nas suas ruas e os contornam. Dos momentos mais curiosos do filme, é aquele em que civis vêm à varanda de suas casa para verem se o sargento James consegue ou não dominar um homem-bomba que está na sua rua. The Hurt Locker venceu 6 Óscares da Academia incluindo o de Melhor Realização, para além de uma série de prémios importantíssimos como melhor realização pela Director’s Guild of America (Kat também foi a primeira mulher a receber esta distinção) ou melhor filme no Festival de Veneza.
Só sete anos mais tarde a promissora realizadora voltaria a realizar. Com The Hurt
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©A.M.P.A.S. - Todd Wawrychuk
tando o revival do cinema de vampiros do final dos anos 80, Kat conseguiu uns consideráveis 5 milhões de dólares para dar vida a Near Dark - um filme que foi escrito para ser um western nas linhas do cinema de John Wayne e de John Ford mas que, fruto das circunstâncias, foi adaptado por ela e pelo argumentista Eric Red ao imaginário vampírico. Near Dark é um filme dos melhores filmes de terror dos anos 80, e um verdadeiro precursor narrativo da nova corrente de cinema de vampiros que dominou a recta final dos 00. Na altura, o filme foi um flop conseguindo apenas 3.4 milhões de receitas nos EUA - sendo apenas consolado por críticas muito boas. A viver em Hollywood, Bigelow começa a namorar com James Cameron, o realizadorsensação de Terminator e Aliens. Não é por coincidência que Near Dark conta com Bill Paxton e Lance Henricksen, na época actores fetiche do autoproclamado Rei do Mundo. Os dois acabariam mesmo por se casar em 1989 mas divorciar-se-iam em 1991. No entanto, o relacionamento não impediu que Cameron viesse a ser o produtor de vários filmes de Bigelow. Em 1990, ela fez o seu terceiro filme - Blue Steel (Aço Azul), um thriller sobre uma polícia de Nova Iorque (Jammie Lee Curtis) envolvida em grandes sarilhos: num assalto a uma loja, ela mata a tiro um homem que a ameaçara com uma arma. Só que a arma do agressor nunca aparece. As coisas pioram quando essa mesma arma começa a ser utilizada por um psicótico estranho, interpretado por Ron Silver, para matar impunemente. O terceiro filme de Bigelow é um thriller mediano - que encontrou o seu público na altura mas que rapidamente caiu no esquecimento. Em 1991, Kat fez o que provavelmente é o seu filme mais celebrado: Point Break (em Portugal, Ruptura Explosiva) com Keanu Reeves e Patrick Swayze. O filme originalmente chamado de Johnny Utah e de Riders of the Storm era para ser realizado por Ridley Scott (Blade Runner) e contar com Charlie Sheen e Matthew Broderick nos principais papéis (imaginem este filme!). No entanto, complicações de produção fizeram com que Scott saísse e o produtor executivo do projecto, James Cameron, convidasse Kat para assumir as rédeas do projecto. Point Break tornou-se num dos primeiros
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crítica
Rafael Vieira
SHUTTER ISLAND Shutter Island (2010) pode ser resumido e rotulado como um filme não-Scorcese, mas tal opinião será sempre redutora perante a obra – até porque o que não é alheio a todas as áreas de criação é a inovação; que surge naturalmente acompanhada com irregularidades na qualidade e lado a lado com uma aceitação intermitente pela crítica e pelo público. O último filme de Scorcese é um objecto estranho na sua obra, mas não é por isso que se classifica como um mau filme, nem por sombras. Compramos o último cd de uma determinada banda que já conhecemos e gostamos porque lhe identificamos um estilo e é pela continuidade desse que não abdicamos de termos o seu último trabalho. Qualquer alteração a esse estilo será sempre acompanhado com alguma estranheza. O mesmo se passa no cinema. E se em David Lynch o magnífico Uma História Simples (The Straight Story - 1999) constituiu uma quebra consciente com a linha do realizador, Shutter Island não é nem uma quebra óbvia nem sequer uma consciente afirmação da diferença na sua filmografia. Ang Lee prova filme após filme que se pode abdicar absolutamente dum estilo vincado e continuar a fazer bom cinema, saltitando entre obras magníficas e tão diversas como Comer Beber Homem Mulher (Yin Shi Nan Nu - 1994) ou O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain - 2005). Mas se a crítica e o público se dividiu na recepção ao filme de Scorcese, apelidandoo (às vezes em tom prejorativo) de bizarro, não é sem se lhe conhecer a carreira que se pode afirmá-lo de ânimo leve. Martin Scorcese é dos mais consagrados realizadores vivos, responsável por obras primas do cinema como Taxi Driver (1976), O Touro Enraivecido (Raging Bull - 1980) ou Os Cavaleiros do Asfalto (Mean Streets – 1973) onde se encontra uma marca de autor independente, mas deambulou também por filmes onde tal se perde e onde existe um óbvia concessão ao entretenimento e ao establishment como O Aviador (The Aviator 2004) e Gangs de Nova Iorque (Gangs of New York – 2002). Ao tentar colar-lhe um estilo não pode deixar de se dizer que a sua obra é, não irregular, mas infinitamente versátil - Casino 32 magazine. HD
Maio 2010
(1995) está, na forma, a milhões de anos-luz de O Cabo do Medo (Cape Fear - 1991). Dito isto, Shutter Island surge menos como o percalço que se assumiu pela pena de alguma crítica e mais como um outro grande filme de Scorcese. Em Shutter Island desenvolve Scorcese uma história tensa a partir de um argumento intricado que é filmado como se fosse um jogo de plataformas ou um RPG – existe sempre algo a desvendar numa personagem ou algo camuflado por detrás de uma parede. A atmosfera que o realizador proporciona é claustrofóbica e bem ao género dos livros de Paul Auster, entremeados a espaços com sequências de sonho devedoras a Lynch (importa dizer que os produtores iniciaram este projecto tendo em vista David Fincher como realizador). O mais que se encontra como definitivamente característico de Scorcese é a personagem central de Teddy Daniels, tortuoso e sofredor como o fora também Travis Bickle ou Jake LaMotta – a história centrada num homem honestamente disfuncional e quase anti-herói é recorrente em Scorcese. Esta figura central é intepretada por Leonardo DiCaprio num dos melhores papéis da sua carreira (será talvez o novo actor fetiche de Scorcese após De Niro). Na sequência inicial é-nos revelado que o U.S. Marshall Teddy Daniels e o seu colega Chuck são destacados para resolver o desaparecimento de uma paciente do hospital psiquiátrico para criminosos de Ashecliffe, na ilha de Shutter ao largo de Boston (espaços e geografia são fictícios, tudo foi colado através de CGI e em pós-produção). A instituição assemelha-se a Arkham do Batman de Bob Kane e a ilha, fortaleza-prisão inexpugnável, recorda a Ilha do Diabo presente em Papillon (Papillon – 1973) ou até Alcatraz. O cenário de pequeno universo isolado de ilha-prisão é o ideal para proporcionar uma densa teia de intrigas e de segredos, que vão sendo desmontados por Daniels enquanto a investigação se desenvolve. O ambiente não é simpático e romântico como nos filmes de prisão de Frank Darabont (Os Condenados de Shawshank e À Espera de um Milagre, de 1994 e 1999, respectivamente) e o que Daniels descobre é menos conclusivo do ponto de vista da investigação e acaba por ser
mais revelador do seu passado, conturbado por traumas, sobre a morte da mulher, sobre a sua presença na libertação do campo de concentração de Dachau e sobre a motivação verdadeira para a sua presença em Ashecliffe. As memórias do seu passado são imprecisas e sobrepõem-se com o crescer do filme – tal como a memória volátil do Valsa com Bashir de Ari Folman (Waltz with Bashir – 2008). Acabamos por entrever que a investigação de Daniels mais do que tentar resolver o caso da doente desaparecida, se direcciona a resolver o puzzle que é o seu passado (e percebemos depois, também o seu presente) – assim os fluxos de realidade ou sonho cruzam-se e complementam-se, convergindo num final que certamente arrebatará qualquer cinéfilo que se preze, clarividente ou não. A identidade fílmica de Scorcese sai intacta num filme de grande qualidade, que conta com um excelente argumento burilado ao nível dos melhores livros/filmes policiais e com consistentes interpretações – além de Di Caprio destaco também Ben Kingsley num forte papel. O final – e longe de mim colocar aqui spoilers – será revelado na tela em todo o seu esplendor e certamente também nas horas seguintes de reflexão e ressaca do filme, em que todos os pequenos detalhes e, aparentemente pouco importantes, gestos mostrados desde o seu início, terão toda a devida justificação, fechando a deliciosa charada que é este filme.
4
cinema Quando, em Novembro do ano precedente, estreou The Blind Side nas salas de cinema norte-americanas, poucos foram os que haviam previsto o temerário sucesso da fita. Aquele que começou por ser um modesto projecto de John Lee Hancock, rapidamente cresceu, transformou-se e evoluiu para um filme que aqueceu o coração dos americanos. O box-office foi dando razão aos críticos e o público não escondeu a curiosidade para ver novamente no grande ecrã uma das suas actrizes favoritas. Sandra Bullock havia participado, recentemente, no razoavelmente conseguido The Proposal, cujas reminiscências das screwball comedies dos anos 30 e 40 encaixaram subtilmente no estilo interpretativo da actriz. Volvidos alguns meses, The Blind Side já era considerado como uma opção séria à conquista de triunfos na mais mediática cerimónia dedicada ao mundo da cinefilia. Quando os nomeados para os Óscares foram anunciados, a fita que até à data arrecadou 277 milhões de dólares viu o seu nome destacado por duas ocasiões. Embora existisse um consenso
generalizado quanto à ténue possibilidade de vitória na categoria de “Melhor Filme”, Sandra Bullock parecia estar à frente da concorrência na sua competição. Facto é que em 7 de Março último, as suspeitas tornaram-se uma realidade e Bullock recebeu, das mãos de Sean Penn, o primeiro Óscar da sua carreira. The Blind Side não é um título perfeito. Aliás, encontra-se a um nível bem distante desse patamar de excelência. Todavia, possui uma qualidade louvável. Uma qualidade cada menos observável nas produções de Hollywood: tem alma. Acima de tudo, a indústria cinematográfica é uma indústria como qualquer outra e, nesse sentido, o primordial objectivo passa pela maximização do lucro. Não obstante a componente financeira, deve ser referido que ainda há quem não pense de forma imediata no capital. Ainda existe quem almeje o trespassar de uma boa história, de uma narrativa emocionalmente recompensadora. E The Blind Side é isso mesmo. Em todas as suas fragilidades torna-se ternurento e tocante, sem
nunca ser pretensioso. Não raras vezes traz à memória as sublimes criações da Disney pela sua componente moral. E faz o mesmo com a filmografia de Frank Capra. Relembra constantemente o dilema do homem comum, da contextualidade humana e da magia que advém das práticas de bondade. Certamente muitos espectadores considerarão esta uma história banal, sem chama. Poderão até relembrar experiências passadas e perceber que tudo isto já foi visto, que The Blind Side não passa de um grande lugar-comum, um lugar ao qual ninguém quer voltar. Porém, sugiro um segundo olhar, diferente do primeiro, mais centrado na essência da trama. E facto é que esta, apesar do desequilíbrio na definição dos géneros que procura impor, é desenvolvida de forma competente e devidamente suportada pelo tour de force de Sandra Bullock naquela que é, provavelmente, a melhor interpretação da sua carreira. Mais do que um Óscar, o filme de Hancock merece uma oportunidade.
Nuno Mata
UM SONHO POSSÍVEL Mais do que um Óscar, o filme de Hancock merece uma oportunidade
3
Maio 2010
magazine.HD 33
Miguel Reis
Miguel Domingues
cinema
crítica
AS ERVAS DANINHAS Um dos grandes filmes de 2010
5
34 magazine. HD
Maio 2010
Há muito cinema e há muita vida dentro de um filme de Alain Resnais. E há-o com força renovada, mormente desde que se juntou ao casal Agnès Jaoui e JeanPierre Bacri no magnífico díptico Fumar/Não Fumar (1994) e no delicioso musical yé-yé É Sempre a Mesma Cantiga (1997). Agora, Resnais, com os seus 87 anos, sai do estúdio e da artificialidade dos anteriores Nos Lábios Não (2004) e Corações (2006), mantém a estilização formal e o virtuosismo característicos e dá-nos este prodigioso As Ervas Daninhas, momento cimeiro do cinema visto em Portugal em 2010 até agora. Adaptado do romance de Christian Gailly, As Ervas Daninhas é um filme que nos lança uma pergunta incómoda: quanto dos nossos sentimentos são aleatórios quando não mesmo artificialmente criados por nós? É isso que acontece, nomeadamente a George Pallet (que grande André Dussolier!), pacato esquizofrénico, quando encontra a carteira anteriormente roubada à dentista Margueritte Muir (que grande Sabine Azéma!) e a partir dela entra num período de
obsessão amorosa. Pallet tem uma vida, uma esposa carinhosa que só se pode resignar ao adultério em curso e uma casa confortável, mas nada disso lhe interessa, tal a irracionalidade dos sentimentos nele espoletados. Do mesmo modo que Margueritte, que passa a vida a ouvir os outros queixarem-se da dor que ela lhes provoca, se deixa levar pelo sentimento que Pallet lhe dirige, talvez como maneira de aplacar o seu sofrimento. Duas pessoas a quem um amigo do alheio deu novas oportunidades e que nunca se teriam cruzado não fosse o acaso. Pior, nenhum deles teria dado pela falta do outro. Afinal de contas, em As Ervas Daninhas estamos perante uma apoteose de sentimento e de loucura e num labirinto onde o caminho é muito mais importante do que o ponto de chegada – que, aliás, corresponde, temporalmente, a uma percentagem ínfima do filme. Longe da concentração espacial a que as adaptações teatrais recentes obrigavam, As Ervas Daninhas é um pouco como os seres vegetais que lhe dão nome: anda um pouco por onde quer,
demonstrando a sua virtuosidade e talento num todo completamente livre, como se mostrasse a sua alegria por ser cinema e com meia dúzia de momentos superlativos (fiquemos por dois: Azéma à porta do hangar sob um fundo de tempestade e a sequência junto à sala de cinema com o seu letreiro de néon). Caso óbvio de sintonia entre forma e conteúdo, As Ervas Daninhas é livre, convulso e inquietante, mas acaba por entrar, sub-repticiamente, debaixo da pele do espectador. Mais um grande filme de um cineasta que temos de estimar.
cinema Filipe Ferraz Coutinho The Cove – A Baía da Vergonha acompanha a odisseia de redenção do mais conhecido treinador de golfinhos do planeta, o norteamericano Ric O’Barry em Taiji, Japão, onde milhares de golfinhos são encurralados e assassinados de forma absolutamente chocante às escondidas do mundo e, quem diria, dos próprios japoneses. Responsável pelo enclausuramento e treino dos golfinhos da aclamada série Flipper nos anos sessenta, O’Barry prometeu lutar pela liberdade destes a partir do momento em que a estrela televisiva animal mais famosa do planeta deixou voluntariamente de respirar nos seus braços, tal a depressão que enfrentava. Com problemas com as autoridades em todos os cantos do mundo – a certa altura do filme diz já ter perdido a conta à quantidade de vezes que já foi preso por tentar libertar golfinhos de piscinas naturais ou aquários -, Ric juntouse ao realizador Louis Psihoyos e à Ocean Preservation Society para revelar ao mundo a “verdade escondida” O que se passa nos meses seguintes é uma verdadeira tour de force de espionagem e
cinema eco-verité. No seu melhor. A razão de tal empolgamento é simples: a equipa formada por O’Barry e Psihoyos é multi-disciplinar, talentosa, divertida, corajosa e está, acima de tudo, empenhada em não sair do Japão de mãos a abanar, ou seja, sem provas da vergonha que lá se passa. De especialistas em efeitos especiais – importantes para conseguir dissimular câmaras de filmar nos rochedos - a mergulhadores profissionais ou ex-militares, com equipamentos governamentais de identificação térmica ou visão nocturna, The Cove apresenta através desta dinâmica de missão secreta um documentário excitante, repleto de suspense, ao qual nem falta a vigilância constante do chefe da polícia local para dificultar as coisas. Uma aventura ecológica arriscada e provocadora com o objectivo de oferecer ao mundo uma visão crua de umas baías onde a esperança e o que faz de nós humanos já morreu há muito tempo. Agora, só uma decisão política global pode dar uma reviravolta na matéria. Daí Ric O’Barry terminar o documentário em terra firme,
de pés bem assentes no chão, desvendando a quem de direito o massacre de Taiji. Tecnicamente, The Cove é uma obra com uma montagem e cinematografia brilhantes, ao qual nem uma sonoplastia cuidada falta, particularidade normalmente esquecida ou pelo menos desprezada em trabalhos de investigação jornalística como este. Como foi escrito por um crítico norte-americano, em The Cove – A Baía da Vergonha “Michael Moore meets Michal Mann”. E estas cinco palavras devem ser mais do que suficientes para o convencer a ver este documentário premiado com o Óscar na sua categoria específica e com o prémio do público em Sundance, sem ser sequer preciso relembrar de que se tratam de dóceis e simpáticos animais, dotados de capacidades incríveis na comunicação inter-humana, que estão a ser selvaticamente trucidados sem o mínimo respeito pela sua vida.
Tecnicamente, The Cove é uma obra com uma montagem e cinematografia brilhantes
5
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magazine.HD 35
Miguel Reis
THE COVE
cinema Nuno Mata
RUMORES, HUMORES E OUTRAS DORES... Megan Fox como Red Sonja? Eis um dos rumores mais apetitosos do mês, que coloca a sensual protagonista de Transformers no novo projecto de Robert Rodriguez. Baseado na personagem criada por Roy Thomas e já adaptada ao grande ecrã nos anos oitenta, Rodriguez parece agora inclinado para Fox depois da primeira escolha do realizador, Rose McGowan, ter sido confirmada no remake de Conan the Barbarian.
O trailer cinematográfico de The A-Team já anda por aí a encantar os fãs da mítica série da década de oitenta. Muita acção e algumas gargalhadas são o que podemos esperar desta adaptação a cargo de Joe Carnahan.
Ainda nos trailers, destaque para Salt, a nova fita de Phillip Noyce, que conta com Angelina Jolie no papel principal. Depois de brilharem juntos em The Bone Collector, o par regressa agora aos cinemas portuguesas a 19 de Agosto, numa história de espionagem que promete triunfar nas bilheteiras.
Será Paul Greengrass o realizador escolhido para Fantastic Voyage, o próximo projecto 3D de James Cameron? Caso se confirme, esta nova abordagem à obra original de Richard Fleischer tem tudo para ser um fantástico espectáculo visual e narrativo.
Resident Evil: Afterlife ainda está em plena produção mas já começaram a circular pela internet algumas fotos da rodagem. Milla Jovovich volta para mais uma aventura recheada de mortos-vivos e contará agora com a ajuda de Wentworth Miller, o Michael Scofield de “Prison Break”.
A cine-biografia de John Edgar Hoover é o próximo projecto de Clint Eastwood. Ao que parece, Leonardo DiCaprio é o favorito de Eastwood para interpretar o primeiro director da história do FBI.
Splice, de Vincenzo Natali, foi uma das obras mais aplaudidas no último Festival de Sundance. Com Sarah Polley e Adrien Brody a liderar o elenco de um thriller misterioso e exótico sobre experiências genéticas, esperamos agora que o filme do realizador de Cube não passe ao lado das distribuidoras nacionais.
36 magazine. HD
Maio 2010
Chris Evans, o Tocha Humana de Fantastic Four, foi confirmado enquanto futuro Capitão América. A personagem da Marvel, que conta com quase setenta anos de vida no papel, deverá estrear-se nos cinemas em 2011.
Rachel Weisz foi a escolhida de Darren Aronofsky para interpretar Jacqueline Kennedy na grande tela. Nada de estranhar, ou não fosse a actriz britânica casada com o genial realizador de obras como Requiem for a Dream, The Fountain ou The Wrestler. Até agora, pouco se sabe sobre o projecto além de que a narrativa focar-se-á no assassinato de John F. Kennedy.
O Festival de Cannes 2010 realizar-se-á entre 12 e 23 de Maio. Entre os realizadores que estrearão no festival francês os seus mais recentes filmes, destaque para Ridley Scott (Robin Hood), Takeshi Kitano (Outrage), Mike Leigh (Another Year) e Woody Allen (You Will Meet a Tall Dark Stranger). O nosso Manoel de Oliveira volta também a Cannes para apresentar a sua última fita, O Estranho Caso de Angélica. Quem o pára?
A Criterion, uma das mais prestigiadas editoras de DVD em todo o mundo, editou nos Estados Unidos Letters From Fontaínhas – Three Films by Pedro Costa, uma caixa de 4 DVDs que inclui três filmes do cineasta português, duas curtas-metragens e vários documentários e comentários de especialistas sobre a sua filmografia.
Sara Galvão
cinema
a chegar
A ORIGEM
FICHA TÉCNICA Título Original Inception Realização Christopher Nolan Actores Leonardo DiCaprio Joseph Gordon-Levitt Marion Cotillard
38 magazine. HD
Maio 2010
É um dos filmes mais aguardados deste Verão. O teaser que saiu há uns meses atrás provocou um hype na esfera virtual que não esfria por antecipação, o trailer abriu a hipótese bem provável de ser este o blockbuster que ficará por semanas e semanas no número um dos mais lucrativos da silly season e o elenco brilha com os actores do momento – Leonardo DiCaprio (The Departed, O Aviador), Marion Cottilard (La Vie en Rose), Ellen Page (Juno, Hard Candy), Joseph Gordon-Levitt (500 Days of Summer, 3o Calhau a contar do Sol) – e com a velha guarda, “Sir” Michael Caine (Get Cárter, Alfie). O filme mais falado do momento é também o mais misterioso. O realizador Christopher Nolan (O Cavaleiro das Trevas, Memento) desenvolveu o projecto durante dez anos, e este será o seu primeiro filme de material original pessoal depois da sua estreia com Following. Querendo revolucionar as perspectivas do espaço e tempo, com a premissa prometedora do poder das ideias para mudar o mundo, A Origem pode muito bem abanar o Cinema
(ou assim espera ansiosamente a comunidade cinéfila), sem necessidade de recorrer aos óculos 3D. A história? Nolan classifica A Origem como um thriller internacional, uma história de loucura e amor perdido, e possivelmente o primeiro filme metafísico de Hollywood. “Qual é o parasita mais perigoso? Uma ideia...”. Além do prazer de ver um novo trabalho de um realizador que ainda não nos desiludiu, A Origem será também a oportunidade de ver um DiCaprio maduro nas mãos de outro que não Scorsese (com quem recentemente trabalhou em Shutter Island). DiCaprio tem vindo a somar pontos com o seu trabalho pós-menino dourado de Hollywood e afirmouse nos últimos tempos como um dos grandes actores da actualidade. Outra cara interessante que poderemos ver no ecrã, depois de associado a um género de filmes bastante diferente, será Joseph Gordon-Levitt, quase irreconhecível no trailer. Tudo somado, mais a música arrebatadora de Hans Zimmer (Piratas das Caraíbas, Pearl Arbour)
e a cinematografia do velho colaborador de Nolan, Wally Pfister (O Cavaleiro das Trevas, O Terceiro Passo) , só nos resta esperar pela estreia prevista em Portugal, 22 de Julho de 2010. Ansiosamente.
cinema Para uma certa geração, Príncipe da Pérsia é sinónimo de boas memórias passadas diante do computador, provavelmente um ZX Spectrum, vivendo aventuras de plataformas em 2D, tentando levar o herói ao encontro da princesa capturada. Com o passar dos anos (o original data de 1989), o jogo foi evoluindo e, recentemente, apresentado a uma nova geração, com uma complexidade tridimensional que pouco ou nada tem a ver com o original. O seu sucesso, contudo, foi suficiente para despertar o interesse da Disney na sua adaptação para cinema, naquela que será uma das grandes apostas do estúdio para a temporada de início de Verão, ainda antes da estreia de Toy Story 3. Jake Gyllenhaal será o Príncipe Dastan, o protagonista desta história, e terá a bela Gemma Arterton como Tamina, o seu interesse amoroso. A receita parece bastante simples e sem grandes segredos. Jerry Bruckheimer, um dos mais bem sucedidos produtores de Hollywood, tentará fazer
com esta adaptação o mesmo que há uns anos fez com a adaptação de um divertimento de parque de diversões. Na altura, o resultado foi Piratas das Caraíbas, e o sucesso comercial do filme foi de tal forma gigantesco que se seguiram duas sequelas (francamente inferiores e desinteressantes), com uma quarta já a caminho. Resta saber se com Príncipe da Pérsia o resultado estará mais próximo do primeiro ou dos últimos dois filmes da trilogia referida. O trailer, apesar de fazer temer o pior, ou seja, uma proliferação interminável de imagens criadas por computador, num prolongamento vazio da experiência do videojogo, também tenta passar uma imagem de humor descontraído e um sentido genuíno de aventura, ficando também a sensação de que Gyllenhaal e Arterton, dois actores bem apreciados pelos públicos de sexo oposto (ele já com provas dadas das suas qualidades dramáticas; ela, a começar, pouco mais tem no currículo do que ter sido uma Bond girl), podem ter uma química
divertida em cena, embora estejamos pouco convencidos que em carisma consigam fazer o pequeno milagre que Johnny Depp fez como pirata. Mike Newell foi o realizador escolhido para levar o filme ao grande ecrã. Newell, habitualmente um tarefeiro anónimo que ainda assim tem no currículo o interessante Donnie Brasco, será capaz de oferecer competência, mas não se prevêem grandes rasgos de genialidade. O elenco conta ainda com os habitualmente excelentes Ben Kingsley e Alfred Molina. Esperemos então para ver o que sairá daqui...
FICHA TÉCNICA Título Original Prince of Persia: The Sands of Time Realização Mike Newell Actores Jake Gyllenhaal Gemma Arterton Ben Kingsley
Maio 2010
magazine.HD 39
João Paulo Costa
PRÍNCIPE DA PÉRSIA: AS AREIAS DO TEMPO
cinema João Paulo Costa
ROBIN HOOD
FICHA TÉCNICA Título Original Robin Hood
Depois de O Corpo da Mentira ter sido recebido com indiferença aquando da sua passagem pelas salas de todo o mundo em 2008, a dupla Russell Crowe/Ridley Scott tem prestes a estrear uma quinta colaboração, 10 anos depois de terem trabalhado juntos pela primeira vez em Gladiador, agora para nos contarem uma nova versão da história de Robin dos Bosques. Como não poderia deixar de ser, dados os nomes envolvidos e as características da trama (história de época, cenas de acção, etc...), adivinha-se uma produção em grande, num filme que parece feito para aproveitar os primeiros ares (e dólares) de Verão, tendo estreia marcada para Maio. As primeiras notícias ligadas ao projecto, reveladas há mais de um ano, davam conta de uma curiosa opção inicial por parte de Scott: a de Russell Crowe dar vida não apenas ao herói mas também ao xerife de Nottingham, num duplo papel que na altura despertou enorme curiosidade. No entanto, tal opção foi colocada de parte, talvez por receio da
Realização Ridley Scott Actores Russell Crowe Cate Blanchett Mark Strong
40 magazine. HD
Maio 2010
reacção do público a tão extremo recurso, ficando Crowe apenas com o papel de Robin, cabendo agora a Matthew Macfadyen interpretar o xerife. E é, de resto, no talento reunido diante das câmaras que reside a maior parte da curiosidade em relação ao filme, com Cate Blanchett a ficar com o papel de Maid Marian, Danny Huston com o de Rei Ricardo e Mark Strong, que recentemente vimos como vilão na grande produção americana adaptada da cultura britânica, Sherlock Holmes, será Sir Godfrey. Além destes, podemos contar ainda com William Hurt e Max von Sydow. Robin Hood marca também a estreia de Russell Crowe na produção, juntando-se ao próprio Scott (e a Brian Grazer) nessas funções, sendo mais uma prova de que a colaboração entre o ambos parece cada vez mais sólida. Com um argumento do oscarizado Brian Helgeland (L.A. Confidencial), esperamos para ver o que Ridley Scott poderá trazer de novo a uma história tantas vezes vista, e em que direcção seguirá a abordagem
de Russell Crowe a uma personagem tornada famosa no cinema por gente como Errol Flynn e Kevin Costner. Será, com certeza, uma produção competente e bastante profissional partindo de uma máquina de produção bem oleada, mas interessa-nos saber até que ponto o realizador consegue recuperar o brilho de outros tempos. É que a sua última obra-prima já tem quase 30 anos e, apesar de títulos de qualidades indiscutíveis pelo meio, gostávamos de poder voltar a sentir um novo filme de Ridley Scott como algo de verdadeiramente especial.
cinema
VENCER Apesar de uma carreira sólida e com quase 50 anos, Marco Bellochio continua um nome ignorado em Portugal, à sombra dos grandes autores do pós-guerra (Federico Fellini, Luchino Visconti, Michelangelo Antonioni, Pier Paolo Pasolini...) e prejudicado pelo inêxito actual do cinema transalpino, que vive quase só de Nanni Moretti – a ver vamos o que fará Marco Tulio Giordana depois de A Melhor Juventude (2003). Por isso, pouca gente lhe conhecerá mais obras do que o bem sucedido I Pugni in Tasca (1965). Depois da atenção moderada prestada a Bom Dia, Noite (2003), filme acerca do assassinato do primeiro-ministro italiano Aldo Moro em 1978, Marco Bellochio regressa agora com Vincere. Apresentado no último festival de Cannes, onde até ao final foi candidato a um lugar de destaque no palmarés, conta a história de Ida Dalser, a primeira esposa de Benito Mussolini. Activista sindical, socialista e afluente dona de um salão de beleza, Dalsar conhece Il Duce em 1914, durante uma viagem de comboio e com ele se casa.
Subsequentemente, vende todas as suas possessões para financiar o primeiro jornal do companheiro, contribuindo assim decisivamente para o início da ascensão do fascismo. No entanto, Mussolini trata a esposa cruelmente e, após a inevitável separação, tenta sistematicamente apagar o relacionamento da sua biografia. Dalser começa a ser maltratada e perseguida pelo regime, até ser internada num asilo até ao fim da vida. Em entrevista à revista norteamericana Filmmaker (www. filmmakermagazine.com), Bellochio reconhece que Ida Dalser é “uma personagem menor nos livros de história” mas confessa-se “impressionado” com o seu trajecto. “Era importante para mim expressar a sua paixão por Mussolini mas também a sua coragem e irreverência face ao sistema prevalecente. Num mundo onde o fascismo reinava, ela conseguiu rebelar-se contra o fascismo, Mussolini e a Itália e isso era algo que não se fazia na altura”, considera o cineasta. Livremente baseado nos livros de investigação de Marco Zeni e
Alfredo Pieroni, Vincere conta com os desempenhos, nos papéis principais, de Giovanna Mezzogiorno e Filippo Timi e foi muito bem recebido em Itália, onde angariou diversos prémios da crítica. Vincere tem estreia marcada em Portugal para 27 de Maio.
Miguel Domingues
a chegar
FICHA TÉCNICA Título Original Vincere Realização Mike Newell Actores Giovanna Mezzogiorno Ida Dalser Filippo Timi
Maio 2010
magazine.HD 41
cinema
estreias em Maio
6
Aquário
Sem Nome
Humpday
Noite e Dia
ZON
Castello Lopes
Ecofilmes
Atalanta
O Segredo dos Seus Olhos
Mother
City Island
Ecofilmes
Ecofilmes
13 Robin Hood ZON
Valentim de Carvalho
20 Pesadelo em Elm Street Juventude em Revolta Sony
27 Príncipe da Pérsia As Areias do Tempo ZON
42 magazine. HD
Maio 2010
Todos os Outros
Castello Lopes
Atalanta
Alma Perdida
Mente dos Famosos
Vencer
Castello Lopes
Valentim de Carvalho
Atalanta
vídeo
Benvindos à Corte do Video. Onde o Blu-ray é Rainha e o DVD ainda é Rei. Se título houver com mérito, a sua análise passará sempre por aqui. Temos Senhores dos Anéis e Avatar em Blu-ray, e São Valentim Sangrento em 3D. E nem o Dumbo se envergonha com os Tabus do Sexo por perto. Entrai senhores, que hoje é dia de festa na Corte.
Realiz. James Cameron Int. Sam Worthington, Zoe Saldaña CLMC, 2009, DTS-HD, 1.78:1, 166 mins. Conteúdo
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Vídeo
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Áudio
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Geral
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44 magazine. HD
Maio 2010
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ficção científica
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Se o Estado da Guerra é um grande filme, “Avatar” é indiscutivelmente um acontecimento de elevadas proporções. Da longa história da sua produção, ao seu gigantesco orçamento, do singular su cesso em sala só comparável ao “Titanic” (do mesmo James Cameron), ao simples facto de estarmos prestes a criar um novo paradigma, ou seja, a simultaneidade de um filme em sala e a sua comercialização
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avatar
u-ra
m
Blu-ray
recomendamos
em DVD e Blu-ray, tudo parece contribuir para que a indústria tenha acabado de conhecer um antes e um depois de Avatar. A Twentieth Century Fox Home Entertainment deu início ao lançamento mundial de “Avatar” em Blu-ray em 21 Abril, coincidindo com o 40º Aniversário do Dia da Terra. A Magazine.HD nasce para o mundo e em
Blu-ray particular para os seus leitores, no mesmo dia em que “Avatar” é disponibilizado em DVD e em Blu-ray, em alta definição, ou como gostamos de lhe chamar, em HD. “Avatar”, a história do confronto épico entre humanos e nativos do planeta Pandora, em busca de um minério alojado no centro de uma sociedade Na’vi, proporciona uma experiência visual de grande beleza. Mesmo aos mais críticos (é sempre fácil encontrar fragilidades numa produção desta natureza, para todos os públicos), é impossível ficar indiferente perante uma história sobre valores tão actuais, tanto filosóficos como políticos, uma produção de tão elevado risco, e sobretudo uma afirmação tecnológica cujo resultado parece ir além do propósito inicial. Estamos naturalmente a falar do 3D. Se o impacto de “Avatar” no aumento das audiências em sala é já indiscutivelmente o maior fenómeno de marketing da década, a FOX de forma realista passou por enquanto ao lado do fenómeno 3D em
casa. Mas “Avatar” parece ter sido concebido para o formato Blu-ray, sendo que o DVD tem igualmente qualidade genuína, e é oferecido como bónus no pack. O Blu-ray é tecnicamente perfeito, quer ao nível de imagem e som, valorizando uma cinematografia, arte e efeitos visuais de grande impacto e invulgar riqueza plástica. “Avatar” ficará sempre incontornavelmente associado ao nosso projecto, não apenas por nos ter cedido o primeiro rosto de capa, mas porque traduz um conceito editorial e boa parte dos desafios que o mesmo encerra. Entretenimento inteligente sem ser elitista, com qualidade mas conseguindo divertir, para um público alargado em que cada um se emociona à sua maneira, tecnologicamente arrojado, mas no tempo e medida adequada. Se Avatar é sem dúvida uma compra incontornável, o nosso objectivo é que a Magazine.HD seja igualmente a sua companhia habitual. RR
AVATAR Facts & Figures
Detém o maior Box Office de sempre, rendendo cerca de $2.6 mil milhões de dólares em todo o mundo, cerca de 900 milhões a mais que Titanic, sendo $1.9 mil milhões originários de mercados internacionais. Levou 15 anos a ser criado, começando pelo guião em 1994 até à première a 10 de Dezembro de 2009 em Londres. Custou cerca de 2600 milhões de dólares. Foi nomeado para 9 Óscares da Academia, apesar de apenas ter ganho 3, nomeadamente, melhores efeitos visuais, melhor direcção de arte e melhor fotografia.
Maio 2010
magazine.HD 45
Blu-ray
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Trilogia O Senhor dos Anéis
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Realiz. Peter Jackson Int. Elijah Wood, Viggo Mortensen 01, 02, 03; LNK; 2:41:1; DTS-HD; 178, 179 e 201 mins. Conteúdo
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Vídeo
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Áudio Geral
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A longa espera chegou ao fim: a tão aguardada trilogia de filmes de “O Senhor dos Anéis”, realizada por Peter Jackson é, finalmente, editada em Alta-Definição. Muito se especulou, ao longo dos últimos dois anos, acerca deste lançamento, que chegou a estar agendado para 2009. Desta vez, é mesmo a valer! O pack Blu-ray inclui as três películas na sua versão de cinema, e ainda trailers em Alta-Definição.
m
fantasia
Segundo as palavras do próprio Peter Jackson, “os filmes estão fantásticos nesta versão HD, proporcionando uma experiência completamente nova para os espectadores”. Esta é, inquestionavelmente, a melhor versão disponível até agora, com o vídeo a apresentar um detalhe e definição claramente superiores ao das versões em DVD e uma pista áudio a possuir uma dinâmica absolutamente arrasadora!
O universo de Tolkien Se gosta do mundo de “O Senhor dos Anéis”, então não deixe de visitar os sites www.thehuntforgollum.com e www. bornofhope.com onde poderá encontrar filmes realizados por fãs, que o vão surpreender deveras, pela qualidade irrepreensível da produção. Entretanto, podemos adiantar que a adaptação oficial para filme de “O Hobbit”, prequela da trilogia, realizada por Guillermo del Toro e produzida por Peter Jackson, sofreu alguns atrasos, correndo o risco de não estrear no Natal deste ano e de somente ver a luz do dia no decurso de 2011, ou mesmo de 2012. Mas nem tudo são más notícias: o tão anunciado jogo “Aragorn’s Quest”, um dos primeiros a ser compatível com o Move, o novo controlador de movimentos
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Maio 2010
da Playstation, irá ser editado na Europa em finais de Setembro. Mas se os filmes são mesmo a sua paixão, não perca a versão remasterizada em HD do desenho animado de 1978 de Ralph Bakshi, que acaba de ser editada em BluRay e inclui “Forging Through the Darkness”, um documentário de meia hora, produzido em 2009, em que Bakshi explica o difícil processo de realização do filme. LC
Blu-ray
Estado de Guerra (Hurt Locker)
guerra Realiz. Kathryn Bigelow Int. Jeremy Renner, Anthony Mackie 2009, ZON, 1.78:1, DD5.1, 125 mins Conteúdo
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documentário Realiz. Kenny Ortega Int. Michael Jackson 2009, ZON, 1.78:1, DD5.1, 125 mins Conteúdo
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A história dum pelotão especialista em desactivação de explosivos durante a guerra do Iraque, centrada no personagem do Sargento James (Jeremy Renner), cujo nome foi curiosamente inspirado numa série de 1979 da BBC, “Danger UXB”, igualmente sobre o desarmamento de bombas na II Guerra Mundial. Kathryn Bigelow realiza talvez o melhor filme da sua carreira, fértil em argumentos fortes e marcada pelo seu estilo virulento, num registo bem distante do seu ex-kingoftheworld-cônjugue James Cameron, ambos numa magnífica disputa pelos troféus deste “Hurt Locker” contra “Avatar”. Com imagens captadas manualmente em boa parte do tempo, Kathryn Bigelow dá uma lição de realização. Uma mise en scène hiperrealista, em que Kathryn é mestra, mas fazendo jus ao seu rigor estético, com destaque para os jogos de iluminação e cor, mesmo nos teatros mais caóticos e miseráveis, como o palco de guerra chamado Bagdad.
O cast é reduzido, quase teatral, mas absolutamente fantástico, traduzindo fielmente a falta de sentido duma guerra, onde até a própria luta pela sobrevivência parece ser insuficiente para preencher aquele vazio. A banda sonora, já nomeada para os Óscares da Academia, é muitíssimo eficaz. Pouco dada a floreados épicos ou orquestrais, é inteligente, repleta de subtilezas reais sobretudo ambientais, primando ora pelo silêncio ameaçador, ora pelos ruídos de guerra, sirenes, rebentamentos, insectos... A passagem a Blu-ray valoriza ainda mais a experiência. Não sendo o exemplo mais adequado ao show off de um LCD acabadinho de estrear, a imagem vídeo é contudo funcionalmente perfeita e adequada ao ambiente pretendido, e o áudio subtil, espacial e enérgico quando necessário. Um lote de extras rico e extenso, incluindo making of e entrevistas com os 5 actores (38min.40s). Entrada imediata na lista dos melhores Blu-ray. RR
Michael Jackson foi das mais carismáticas, menos consensuais, e mais brilhantes, figuras do panorama artístico mundial, tendo revolucionado a forma como ouvimos, e vemos música. Quando morreu, em Junho de 2009, e envolvo em polémica tal como viveu, Jackson preparava aquela que seria a sua próxima tournée. Recorrendo às filmagens obtidas durante os ensaios, “This Is It” é uma digna homenagem àquele que foi considerado o Rei da Pop, dando a conhecer ao mundo o que poderia ter sido o último espectáculo de Michael Jackson. E a sensação que “This Is It” nos deixa é que este seria, realmente, inesquecível, com um Jackson ao seu melhor nível, rodeado de bailarinos da mais alta qualidade, e efeitos visuais
dignos de qualquer obra-prima cinematográfica, ao estilo a que o cantor nos habituou, desde os seus tempos de “Thriller”, passando por “Moonwalker”, até “Ghost”. Esta é uma das melhores edições em Blu-ray lançadas até hoje no mercado, com uma imagem límpida e cristalina, de excelente recorte, e cores consistentes e vivas, e uma qualidade sonora de elevado nível a dar nova vida à música de Jackson. Dos extras, todos eles extraordinários, destacase o Clip “Smooth Criminal”, que iria invadir os gigantes ecrãs daquele que seria, provavelmente, o maior e melhor concerto de sempre. VS
musical Realiz. Kevin Tancharoen
Como é sabido, estamos perante um remake de “Fama”, filme que emocionou toda uma geração de adolescentes, nos já longínquos anos 80. Dirigido, de forma competente, por Kevin Tancharoen, que anteriormente havia realizado “Twentyfourseven” e “Dancelife” para a MTV, respectivamente em 2006 e 2007, “Fama”, na sua versão 2009, surge na senda de êxitos mais recentes, como “High School Musical”, que vieram relançar por completo este género de filme. Tancharoen prova, incontestavelmente, saber dirigir cenas de dança com elegância e dinamismo qb, conseguindo, inclusivamente, entusiasmar até aqueles para os quais a dança não é particularmente apelativa. “Fama” começa por nos apresentar os diversos candidatos a uma academia de representação e dança, colocando subtilmente a descoberto os talentos individuais, à medida que as audições
se vão desenrolando e, simultaneamente, definindo também todo o ritmo e ambiente do filme. A partir daí, somos transportados, de sequência em sequência de dança, com destaque para uma memorável festa de Halloween, sensivelmente a meio caminho da história. Outro dos méritos indubitáveis de “Fama 2009” é o de nos fazer descobrir Kherington Payne e Naturi Naughton, dois nomes que, certamente, irão brilhar num futuro próximo. Quanto a vídeo, há a referir que a definição, contraste e cor - essenciais num musical - são deveras excelentes, nomeadamente quando, como é o caso, se encontram aliados a um som detalhado e de graves encorpados, proporcionando uma experiência completa de entretenimento, como é, obviamente, esperado de uma película deste género. LC
Int. Kherington Payne, Naturi Naughton ZON, 107 min. 2.35 : 1, True-HD, DTS. Conteúdo
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Ficção Científica Realiz. Roland Emmerich Int. John Cusack, Amanda Peet e Oliver Platt 2009, Sony, 2.40:1, DTS-HD, 158 min. Conteúdo
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O calendário Maia termina a 21 de Dezembro de 2012. Para uns esse é o reiniciar de um ciclo, para outros a data em que o mundo termina. É também a data onde, pela primeira vez em 14 mil anos, um alinhamento de planetas na Via Láctea deixará o planeta Terra mais exposto do que nunca à actividade solar. Foi a partir desta teoria que Roland Emmerich construiu o argumento de “2012”, um filme catástrofe que elevou o patamar, em termos visuais, deste tipo de filmes, algo que lhe valeu a nomeação para o Óscar na categoria. Com um elenco de luxo onde se destacam nomes como John Cusack, Oliver Platt, Danny Glover e Woody Harrelson, Emmerich realizou um filme ao qual é difícil ficar indiferente, tal o realismo das imagens, e o esforço colocado na elaboração de um argumento consistente e cientificamente coerente.
500 dias com summer
DRAMA Realiz. Marc Webb Int. Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel 2009, CLMV, 2.40:1, DTS-HD, 95 min Conteúdo
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Tom Hansen um escritor de frases comemorativas em cartões, apaixona-se perdidamente por Summer, uma bela rapariga que começa a trabalhar no mesmo escritório. Summer vai virar a vida de Tom de pernas para o ar, e os 500 dias da sua relação com Summer marcarão a sua vida para sempre. Contado em forma de flashbacks, e alternando constantemente entre o passado e o presente, “500 Dias com Summer” é um belo drama cru e duro de amores e desamores, bem realizado por Marc Webb, que consegue sempre manter o ritmo e a consistência da história, apesar das constantes alterações temporais, algo que não é fácil. A imagem acompanha o filme, com um recorte fino e cores igualmente cruas, ajudando à criação dos diversos ambientes do filme. O som está o nível do que é normal no formato, para este tipo de filmes. O disco vem recheado de extras, a grande maioria deles focados na produção do filme. VS
A imagem está ao nível do melhor que existe no formato, contrastando os ambientes de cores vivas e ricas com ambientes mais escuros e soturnos sem, no entanto, nunca perder a elevada qualidade. Já o som, explodindo por todas as colunas que tem disponíveis, acrescenta uma carga dramática e de destruição adicional. Os extras estão ao nível do filme, sendo de destacar os documentários sobre a teoria acerca do calendário Maia e da destruição da Terra. VS
caso 39 triller Realiz. Christian Alvart Int. Renée Zellweger, Ian McShane e Bradley Cooper 2009, ZON, 2.35:1, DTS-HD, 107 min Conteúdo
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Emily Jenkins, uma assistente social, luta para conseguir arrancar a pequena Lilith Sullivan à família e salvá-la dos maus-tratos causados pelos pais. Mas este não é um simples caso de abuso, e Lilith não é a inocente criança que parece. Quando situações estranhas e inexplicáveis se começam a suceder, Emily descobre que terá de lutar pela sua vida contra um inimigo que não conhece, que não entende, e que não vê. Um bom thriller sobrenatural, bem realizado e interpretado, e que vale a pena ver. VS
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animação Realiz. Brad Bird Voz Brad Garrett, P. O´Toole ZON, 2007, Dolby True HD, 2.40:1, 111 mins. Conteúdo
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Um dos pontos altos do filme de animação, e para muitos ainda o mais completo entre os Pixar. A história bebe do clássico francês Cyrano de Bergerac, um saboroso néctar de partida para as aventuras do ratinho de paladar refinado, fã do programa food channel, cujo lema “Anyone Can Cook” o leva a sonhar poder vir um dia a ser chefe dum restaurante gourmet. Brad Bird (“The Incredibles”), não só consegue
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fantasia Realiz. Chris Weitz Int. Kristen Stewart, Robert Pattinson. ZON, 2009, DTS-HD, 2.40:1, 130 mins. Conteúdo Vídeo
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Depois do êxito planetário de “Twilight” (“Crepúsculo”), que foi para mim sem dúvida um dos melhores filmes de 2009, não obstante alguma injusta rotulagem como simples filme de adolescentes, a expectativa sobre “New Moon” era elevada. A relação entre a Bella Swan e o vampiro Edward Cullen intensifica-se. Segredos de outras eras ameaçam destruí-los, enquanto Edward tenta manter Bella a salvo. Na verdade “Lua Nova” tem diferenças substanciais de “Crepúsculo”, a maior sendo uma realização com maior ênfase na componente dramática do eterno triângulo, do que na fantasia do vampiro eterno. O cast mantém-se, sem dúvida um dos maiores trunfos da saga, com destaque para a pequena Kristin Stewart, de quem se aguardam grandes voos para breve. A banda sonora é enérgica, embora a música original fique algo aquém da fabulosa partitura de “Twilight”. O Blu-ray é magnífico e a pele de Edward nunca foi tão reluzente. O DTS-HD não comprimido, marca o ritmo com uma grande dinâmica, graves profundos e uma espacialidade muito agradável. O lote de extras é imenso, com destaque para um invulgar número de cenas inéditas e estendidas. Um Blu-ray em plena noite de luar. RR
manter o bom ritmo e humor daquele, como aproveita agora ainda melhor a tecnologia da Pixar, com destaque para o inexcedível nível de realismo e eficácia no trabalho de expressão dos personagens, como em Remy, o rato-chefe, e Linguini, na sua colega e amiga Colette ou mesmo no controverso crítico gastronómico Ego (Peter O’Toole). As imagens de Paris são igualmente magníficas, não só as diurnas ou do nascer do sol, mas igualmente as nocturnas, transbordando de ambiente. A banda sonora é brilhante e o Dolby não comprimido é um prazer enriquecendo o belo trabalho de vozes da dobragem em português. A Pixar devolve à Disney uma das suas histórias mais conseguidas, e na sua melhor tradição – um filme de família, divertido, repleto de situações e personagens cativantes e emocionalmente ricas e verosímeis, independente das suas capacidades roedoras. Um Blu-ray para ver e roer muitas vezes. RR
Mark Whitacre trabalha numa empresa que se dedica à transformação de milho em diversos e variados produtos. Após informar o seu chefe de que estaria a ser alvo de espionagem industrial e chantagem, Whitacre é abordado pelo FBI com o intuito de ajudar na investigação do caso. Após acusar a sua própria empresa de concertação de preços, é-lhe solicitado que se torne espião para o FBI. Mas as histórias de Mark começam a fazer cada vez menos sentido, tornando difícil perceber onde acaba a verdade e começa a mentira. Depois da trilogia “Ocean’s”, Soderbergh traznos uma comédia negra muito ao género dos
irmãos Cohen, com um argumento de elevada qualidade, e uma prestação sublime de um, por vezes quase irreconhecível, Matt Damon, e que lhe valeu o Globo de Ouro para Melhor Actor na categoria de Comédia. A qualidade da partitura, que recebeu inúmeras nomeações para diversos prémios, é bem patente na faixa sonora desta edição, equilibrada, o suficiente, para se fazer notar sem nunca se sobrepor ao importante: o filme. A imagem está ao nível do que é normal para o formato, muito embora a fotografia não se preste a grandes aventuras visuais. VS
comédia Realiz. Steven Soderbergh Int. Matt Damon e Scott Bakula 2009, ZON, 1.85:1, True-HD, 119 mins. Conteúdo
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Começou como uma doença, e depressa se espalhou pelo mundo inteiro. Os Estados Unidos da América são agora terra de Zombies, onde os poucos humanos que restam lutam por todos os meios para sobreviverem. Mas, os Zombies têm agora dois poderosos inimigos: o marrão Columbus, e o durão com coração de manteiga, Tallahassee. Juntos preparam-se para varrer da face da terra todos os Zombies que lhes aparecerem pela frente. “Zombieland” não é o tradicional filme de Zombies. Não pretende ser um filme de terror à semelhança dos filmes de Romero, nem um action movie como Resident Evil. Ruben Fleischer realizou uma pura comédia negra, com
elevadas doses de acção, protagonizado por um Woody Harrelson alimentado a esteróides (especialmente se comparado com o seu físico no filme 2012) a fazer lembrar os tempos de “Assassinos Natos”. Visualmente “Zombieland” tem uma qualidade acima da média. Cores sóbrias e naturais dão um maior realismo às imagens, chegando a impressionar nas cenas mais viscerais. O som tem a profundidade e o equilíbrio desejado, da simples voz às violentas explosões, e uma boa distribuição pelos diversos canais. Um filme que não agradará a todos, mas que rapidamente se está a tornar um filme de culto. VS
Acção Realiz. Ruben Fleischer Int. Woody Harrelson e Jesse Eisenberg 2009, Sony, 2.40:1, DTS-HD, 90 min Conteúdo
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musical
animação
Criado por Michael Hirst
Realiz. Morton Da Costa
Realiz. Ben Sharpsteen
Int. Jonathan Rhys Meyers, Joss Stone
IInt. Robert Preston, Shirley Jones
Int. Verna Felton e Herman Bing
Sony PHE, 2.40:1, DTS-HD, 396 mins.
1962, 2.40:1, DTS-HD, 151 mins.
1941, ZON, 1.33:1, DTS-HD, 63 mins.
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Sem dúvida que os anos 60 foram anos gloriosos para a 7ª arte e “Alegre Forasteiro” é um dos melhores exemplos do género Musical que conheceu o seu apogeu exactamente nesse período. Tal como “South Pacific”, “Music Man” de seu nome original, tem uma das melhores bandas sonoras de sempre, sem uma canção menor. Filme vibrante mereceu em Blu-ray uma segunda vida, com uma transcrição de primeira, especialmente em detalhe e restauro cromático. Um clássico Brilhante.
Realiz. John Carpenter Int. Jeff Bridges e Karen Allen 1984, Sony, 2.40:1, TRUE-HD, 115 mins. Conteúdo
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Dumbo, o pequeno elefante voador é, provavelmente, um dos mais conhecidos personagens Disney, e chega agora ao formato de Alta Definição. Dumbo é alvo de constante troça por parte de todos, tudo graças às suas anormalmente grandes orelhas. Mas um pequeno rato irá mostrar -lhe que as suas orelhas são mais do que simples abanos. Um velho clássico a merecer ser visto e revisto por todos, finalmente no formato para o qual parece ter sido feito.
Quando, na corte do Rei Henrique VIII, uma nova Rainha aparece com a esperança de lhe dar um herdeiro, a sua influência religiosa por todo o mundo intensifica-se. Com Jonathan Rhys Meyers, Joss Stone e Max von Sydow nos principais papéis eis que chega a T3 da série que tem merecido os maiores elogios tanto do ponto vista artístico, como técnico uma óptima transcrição em Blu-ray - uma grande produção plena de sangue azul, e ainda uma realização com muito sangue na guelra. Edição de 2 discos, incluindo vários bónus com destaque para o documentário.
Starman
Órfã
Um óvni despenha-se no Winsconsin, perto da casa de Jenny Hayden. Fugindo da nave, o seu tripulante entra em casa de Jenny e assume a forma do seu falecido marido, para grande choque desta. “Starman” é estranhamente, e simultaneamente, um dos menos conhecidos e mais reconhecidos filmes de Carpenter. Apesar dos efeitos visuais já datados, este é um dos melhores filmes de Carpenter. O Blu-ray não fazendo milagres em face da idade do filme, é sempre um uograde benvindo.
Realizado pelo catalão Jaume Collet-Serra, “Órfã” é uma surpreendente e sólida proposta no género de terror. Esther, uma pequena imigrante, de origem russa, cujos pais faleceram num incêndio, vive num orfanato, até que um casal a decide adoptar. Mas há algo de muito errado com Esther. Collet-Serra logra criar uma atmosfera fantástica mas, simultaneamente, credível, contribuindo para a renovação de um género que tem vindo a ser recentemente reabilitado por uma geração de novos realizadores (veja-se, por exemplo, “A Ruína”).
terror Realiz. Jaume Collet-Serra Int. Vera Farmiga, Peter Saarsgard ZON, 123 mins. 1.85 : 1 Dolby Digital 5.1, DTS. Conteúdo
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recomendamos
Maldito United drama Realiz. Tom Hooper Int. Michael Sheen, Timothy Spall e Jim Broadbent 2009, Sony, 1.85:1, DD 5.1, 94 mins. Conteúdo Vídeo
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Brian Clough foi até hoje o único treinador inglês a ganhar 2 vezes seguidas a taça dos campeões europeus (actual Liga dos Campeões). Amado por uns, odiado por outros, nem sempre consensual, mas sempre igual a si próprio, Clough marcou o futebol como poucos. Esta é a sua história, da ascensão no Derby County, até ao período em que foi treinador do todo poderoso Leeds United. Fazer um filme sobre o mundo do futebol é uma tarefa difícil. Tom Hooper merece, por isso, uma palavra de destaque pela forma como
capta, simultaneamente, a essência do jogo e do homem, ajudado pela forma brilhante como Michael Sheen retrata o “Mourinho” dos anos 70. O filme é um desafio para o formato, com cenas bastante difíceis para o melhor dos leitores. Ainda assim a qualidade visual e sonora está ao melhor nível, ajudando a dar ao filme a dimensão que este merece. Os extras, focados em Clough, complementam de forma perfeita a edição. VS
COLISÃO ENTRE DOIS MUNDOS (FRANKLYN)
São Valentim Sangrento 3D
TERROR Realiz. Patrick Lussier Int. Jensen Ackles, Jaime King e Kerr Smith 2009, LNK, 1.85:1, DD 5.1, 97 mins. Conteúdo
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Geral
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Um assassino em série espalha o terror numa festa de adolescentes, dos quais apenas três escapam com vida, acabando, no entanto, feridos mortalmente pelo xerife da cidade. Dez anos volvidos, uma nova onda de assassínios assola a cidade. Estará o assassino de volta? Remake do homónimo de 1981, São Valentim Sangrento é um slasher movie ao melhor estilo, juntando todos os ingredientes que fizeram de “Sexta-Feira 13” ou “Halloween” ícones do cinema de terror. Apesar da versão 2D ser bastante boa, é a versão 3D que brilha. O efeito 3D está presente ao longo de todo o filme, mantendo a qualidade, notando-se apenas a já normal suavização da cor, típica dos óculos anaglíficos. Tecnicamente o DVD não poderia ser melhor. A imagem é perfeita, e o som aproveita em pleno o 5.1, criando uma atmosfera perfeita para o filme. No que toca aos extras, o destaque vai para o making of relativo aos efeitos visuais. VS
fantástico Realiz. Gerald McMorrow Int. Ryan Philippe, Eva Green 2009, ZON, DD 5.1, 2.35:1. 98 mins
O segundo filme do realizador britânico Gerald McMorrow é uma excelente adaptação de uma curta-metragem homónima. A história desenrola-se, em simultâneo, na Londres contemporânea e em Meanwhile City, uma metrópole fantástica e onírica, governada por corporações religiosas. Qual a relação entre este dois universos? O melhor é mesmo ver “Colisão entre dois Mundos”. Perfeito, se gostou de filmes como “V de Vendetta” ou “Dark City”. LC
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Eric Rohmer O Moderno
Em Defesa da Terra
Aproveitando a efeméride, e dando sequência ao notável trabalho de reedição, a Atalanta lança mais um pack de Eric Rohmer. Desta vez são incluídos os filmes “4 Aventuras de Reinette e Mirabelle”, “A Árvore, o Presidente e a Mediateca” e “Os Encontros de Paris”, respeitantes aos anos de 1987, 1993 e 1995. Como diria o realizador: “Eu não digo, eu mostro. Eu mostro as pessoas que se movem e falam”. Mais três excelentes exemplos.
Após a completa destruição dos planetas Terra, Vénus e Marte, os últimos sobreviventes da raça humana partem para o espaço e descobrem Terra, um planeta que reúne as condições necessárias para que os humanos o possam habitar. Um filme bem conseguido, para miúdos e graúdos, que nunca esconde a influência de séries como Galáctica.
FICÇÃO CIENTÍFICA Realiz. Aristomenis Tsirbas Voz. Luke Wilson, Brian Cox e Evan Rachel Wood 2007, Prisvideo, 2.35:1, DD 5.1, 85 mins. Conteúdo
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Os tabus do sexo
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Nuremberg
Vencedora de um Globo de Ouro e três Emmy’s, esta mini-série é a dramatização do julgamento mundial ocorrido no tribunal internacional de Haia em 1945. A série vale quer pela sua qualidade enquanto entretenimento, quer pela sua componente histórica, apoiada num elenco de luxo, e fazendo um uso inteligente das imagens de época.
A crise criativa de um realizador de cinema é o tema principal de uma das mais reconhecidas obras-primas de Federico Fellini: falamos de 8 ½ um dos mais influentes filmes do mestre de cinema italiano, se pensarmos noutras obras cinematográficas que nele se inspiraram. Para isso basta recordarmos, entre muitos outros, “A Noite Americana” de François Truffaut, “All That Jazz” de Bob Fosse ou “Stardust Memories” de Woody Allen.
“Os Tabus do Sexo” é uma colecção de filmes em DVD do polémico realizador francês Jean-Claude Brisseau. A transgressão sexual e o prazer são as palavras-chave nos filmes deste autor. Produzido pela Atalanta filmes, este volume contém os seguintes filmes: “Coisas Secretas” (2002), “Os Anjos Exterminadores” (2006) e o último filme de Brisseau, “À Aventura” (2009), filme em que Brisseau volta a centrar-se nos temas do desejo e da transgressão.
DRAMA
DRAMA
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Realiz. Yves Simoneau
Realiz. Federico Fellini
Realiz. Jean Claude Brisseau
Int. Alec Baldwin, Brian Cox e Christopher Plummer
Int. Marcelo Mastroianni, Anouk Aimé
Int. Marcelo Mastroianni, Anouk Aimé
2000, LNK, 4:3, DD 2.0, 179 mins.
1963, Costa Castelo, DD 2.0, 1,33:1, 138 min
2010, 138 mins.
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Vídeo Áudio Geral
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os poderosos
fantasia Realiz. Paul McGuigan Int. Dakota Fanning, Chris Evans 2009, ZON, DTS, 2.35:1, 111 mins Conteúdo
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Geral
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“Os Poderosos”, no original “Push”, dirigido por Paul McGuigan, que já havia realizado filmes como “Lucky Number Slevin” ou “Wicker Park”, segue as aventuras de um grupo de jovens com poderes paranormais. A narrativa envolve uma sinistra agência governamental - A Divisão - que persegue todos os detentores de poderes especiais, através de uma equipa comandada pelo agente Henry Carver (interpretado pelo sempre excelente Djimon Hounsou). Estamos perante a eterna luta do bem contra o mal, com Carver a tentar capturar Kira (Camila Belle, que já tínhamos visto em “10.000 BC” de Roland Emmerich), a sobrevivente de uma experiência levada a cabo pela Divisão, e destinada a aumentar os seus poderes, enquanto que
a verdade e o medo
Thriller Realiz. Peter Hyams Int. Amber Tamblyn, Michael Douglas 2009, Prisvideo, DD5.1, 1.77:1, 105 min Conteúdo
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Geral 58 magazine. HD
3 Maio 2010
Trata-se dum remake do filme homónimo de Fritz Lang. Um procurador do Ministério Público (Michael Douglas) tem uma série de sucessos aparentemente dignos de crédito. O seu carácter será contudo posto à prova por um jornalista de investigação (Jesse Metcalfe) que o acusa de manipulação de provas com a ajuda de alguém chegado ao procurador. Filme bem realizado, com alguns switchs inesperados e interpretações credíveis, com destaque para a bela Amber Tamblyn. “Beyond a Reasonable Doubt” confirma que Hyams continua em forma neste género. O DVD tem uma boa transcrição, com várias sequências escuras e nocturnas de contraste e iluminação bem preservadas, e com bom nível de detalhe. A banda sonora é discreta. Forças ocultas em alta. RR
a jovem clarividente Cassie (Dakota Fanning), procura a ajuda do telecinético Nick (Chris Evans, que poderemos ver em breve na pele do Capitão América), para a ajudar a salvar Kira. Em “Os Poderosos” temos acção qb, efeitos especiais convincentes e uma história que, muito embora não seja original, é bastante sólida, e povoada de personagens assaz cativantes. Em suma, este é um filme altamente recomendado, se gosta de séries como “4400”ou “Heroes” e de películas como “X Men” ou “Quarteto Fantástico”. A imagem é detalhada, com cores vibrantes de contraste acentuado e o áudio é bastante consistente, com boa presença a nível dos graves. LC
Projecto Echelon E se o governo conseguisse escutar, através de qualquer aparelho de comunicação fixo ou móvel, tudo o que diz, mesmo que esses aparelhos se encontrem desligados? Foi isso mesmo que a Wendel-Creshaw conseguiu com o sistema Echelon. Criado com o intuito de ajudar a NSA a combater o terrorismo, rapidamente se percebe que os interesses da Wendel-Creshaw vão para além das simples escutas, especialmente após Francesca Savelli, uma estudante italiana, tropeçar por acidente em documentos confidenciais da Wendel-Creshaw, documentos que a empresa fará tudo para recuperar… até matar…
Thriller Realiz. Giacomo Martelli Int. Michael Parks e Maya Sansa 2006, VLC, 1.78:1, DD 5.1, 99 mins. 3
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Realizado por Ang Lee, “Taking Woodstock” narra a história de Elliot Teichberg (Demetri Martin) que um dia deixa o seu emprego em Nova Iorque, para ajudar os pais, gerentes de um decrépito motel em White Lake. Enquanto presidente da Câmara de Comércio local, Elliot toma a iniciativa de convidar os organizadores de um grande festival hippie, em sérios riscos de cancelamento, a realizar o evento na sua localidade, obviamente sem consciência alguma da repercussão que essa decisão iria ter na cultura popular do século XX. A história desenrola-se em diversas camadas, que têm como pano de fundo o acontecimento
Woodstock em si, abrindo todavia um espaço vital para a auto-descoberta dos personagens, nomeadamente de Elliot, brilhantemente desmpenhado por Martin, actor originário da escola de stand-up comedy. É evidente o fascínio e gozo com que Lee recria o ambiente de final dos anos 60, pintando um retrato extremamente fiel e simultaneamente divertido da sociedade americana da época. Imperdível para os que viveram nessa década e também para os que desejam conhecer os bastidores do mais importante festival de todos os tempos. LC
drama Realiz. Ang Lee Int. Demetri Martin, Henry Goodman 2009, VC, DD 5.1, 1.85:1, 120 mins Conteúdo
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sujidade & sabedoria
“Sujidade & Sabedoria” é o filme de Madonna que marca a sua estreia como realizadora (de longas-metragens), embora a famosa pop star, criadora de “Vogue”, “Ray of Light”, “Music” e “Like A Prayer”, já tivesse um vasto currículo cinematográfico - principalmente como actriz em filmes como “Who’s That Girl”, “Evita”, “Dick Tracy” ou “Next Big Thing”. Neste filme, o protagonismo recai sobre uma outra estrela pop ou, pelo menos, alguém com pretensões a sêlo, esse verdadeiro “cromo” que dá pelo nome de Eugene Hutz e é vocalista dos Gogol Bordello, banda gipsy punk de Nova Iorque. Hutz e os seus enormes bigodes interpretam o papel de um imigrante ucraniano, em Londres, cuja acção e sonhos se vão cruzar com os de Juliette (Vicky McClure) e de Holly (Holly Weston) ou, mesmo,
com os do poeta professor Flynn (Richard E. Grant) ou do indiano Sardeeb (Inder Manocha) e da sua esposa (Shobu Kapoor). Um filme que, apesar de ser assumidamente uma comédia, tenta lançar alguma reflexão séria - porque não? - sobre a questão cada vez mais actual do multiculturalismo nas grandes metrópoles do nosso Mundo actual. Curiosamente, as raízes europeias de Madonna, Madonna Ciccone, vêm ao de cima neste filme, pois “Sujidade & Sabedoria” demonstra alguma preocupação sobre o futuro da própria Europa numa época em que a sua unificação se solidifica e abarca novos desafios - a fusão do leste e do oeste será talvez mesmo um dos maiores que se lhe deparam nesta época de globalização. MJ
comédia Realiz. Madonna Int. Eugene Hutz, Vicky MCClure 2010, Midas, DD 2.0, 1.85:1, 81 min Conteúdo
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3 Maio 2010
magazine.HD 59
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TAKING WOODSTOCK
DVD
pânico em hollywood
os informadores
drama Realiz. Gregor Jordan Int.Billy Bob Thornton, Kim Basinger e Winona Ryder 2009, ZON, 2.40:1, DD 5.1, 96 min
Baseado no livro de contos homónimo de Bret Easton Ellis, “Os Informadores” é a viagem ao estranho e louco mundo dos anos 80, contada através de episódios da vida de pessoas que o viveram, vidas que de uma forma ou de outra se cruzam no espaço e no tempo. Um drama ao qual é difícil ficar indiferente, e que tem despoletado amores e ódios por todo o mundo. Aos mais jovens poderá não dizer nada. Aos trintões, causará certamente bastante saudosismo.
drama Realiz. Barry Levinson Int. Rober de Niro e Robin Wright Penn 2008, ZON, 2.40:1, DTS, 104 min Conteúdo
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Baseado no Best Seller de Art Linson, “What Just Happened” (“Pânico em Hollywood”) conta a história de Ben, um produtor de cinema que tem em mãos um novo filme. Até aqui nada de errado, tirando o facto de Ben querer estrear o filme no festival de Cannes, festival com data marcada para dali a duas semanas, o filme estar um caco, e a sua vida familiar virada do avesso. Um filme de Hollywood, sobre Hollywood, com um elenco de luxo, e a presença adicional de estrelas de cinema como Sean Penn e Bruce Willis, fazendo de si mesmos.
em série army wives
drama Realiz. Katherine Fugate Int. Sally Pressman, Kim Delaney 2008, 2010, ZON, DD 5.1, 1,78:1, 552 min Conteúdo
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60 magazine. HD
Maio 2010
“Army Wives” é uma visão feminina, mais propriamente da sua criadora, Katherine Fugate, da vida quotidiana numa base militar americana, instalada na Carolina do Sul. Empenhada em mostrar como a instituição militar pode mudar o mundo para melhor, esta série de entretenimento é uma agradável surpresa no conjunto das séries televisivas actuais, brindando-nos com boas interpretações, um ritmo narrativo bem equilibrado, onde se mesclam o humor, o drama e o romance. Nesta série a instituição militar é apresentada do ponto de vista da frente interna de guerra, acompanhando o diaa-dia de várias mulheres, de origens sociais diferentes, casadas com militares americanos e, com alguma originalidade, de um médico psiquiatra casado com uma militar de alta patente.
Tudo começa quando Roxy, empregada de um bar, conhece Trevor Leblanc, um jovem soldado em vésperas de incorporação militar. Em apenas quatro dias decidem casar-se e Roxy, com os seus dois filhos e o marido, mudam-se para Fort Marshall, uma base militar ficcionada, que acolhe as famílias dos militares em serviço no Afeganistão e no Iraque. Roxy, Claudia Joy, Pamela, Denise e Roland tornam-se amigos inseparáveis e é com eles que vamos conhecendo as subtilezas da guerra e os seus efeitos naqueles que se encontram longe do palco de guerra. Palco de guerra, situado bem longe, no coração do Médio Oriente, mas com um alcance profundo nas vidas dos protagonistas da série, atingindo os seus sonhos, as suas famílias e, sobretudo, as suas visões do mundo... MJ
“O Mentalista” é uma série televisiva policial criada por Bruno Heller - um dos nomes por de trás de “Roma” (da HBO) uma das aclamadas (e mais caras) séries televisivas de sempre. Grande parte do impacto e encanto da série “O Mentalista” fica-se a dever, sem grandes dúvidas, ao charme do seu protagonista, o actor trintão, Simon Baker, vencedor na Austrália, em 1992, do prémio Logie para o mais popular novo talento. E, de facto, a partir daí Baker não mais parou: cinco anos mais tarde integrou o elenco do mítico filme (com várias nomeações e vencedor de dois Óscares) “L.A. Confidential” de Curtis Hanson o que o catapultou definitivamente para o sucesso e uma carreira imparável e repleta de êxitos: “Ride With The Devil” (de Ang Lee), “O Diabo Veste Prada” (de David Frankel) ou “Ring Two” (de Hideo Nakata) onde contracena, como protagonista, com Naomi Watts - a madrinha do seu filho Claude. Baker, para além de nomeado
para vários prémios televisivos pelo seu papel na série “The Guardian”, foi ainda nomeado pelo seu simpático desempenho em “O Mentalista” para os Emmys (em 2009) e os Globos de Ouro americanos (em 2010). De facto, Patrick Jane é uma personagem fascinante: um psíquico - embora diga sempre que não, que não tem poderes sobrenaturais - que colabora com a polícia na investigação de vários crimes, marcado pela perda da mulher e da filha devido a um serial killer que não hesitou em ajustar contas com ele, destruindo-lhe a família. A série “O Mentalista” conta também com a excelente interpretação de Robin Tunney, já conhecida do público português pela sua participação na 1ª temporada de “Prison Break”, no papel da inspectora, e chefe de Patrick Jane, Teresa Lisbon. Para quem não seguiu a 1ª série na RTP2 tem agora a oportunidade de a adquirir nesta recente edição em DVD. MJ
policial Realiz. Bruno Heller Int. Simon Baker, Robin Tunney 2010 ZON, DD5.1, 1025 min Conteúdo Vídeo
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sangue fresco T1 (true blood)
Tardou a edição em DVD desta fantástica série americana da HBO, criada por Alan Ball, o celebrizado argumentista de “American Beauty” e produtor e criador da série “Six Feet Under”. Em “Sangue Fresco” os vampiros vivem entre os humanos, mas a sua integração não é bem vista por todos. Na fictícia cidade de Bon Temps, no Mississipi, terra de lendas e de mistérios, Sookie Stackhouse, que possui poderes telepáticos, trabalha num bar, o Merlotte. Aí
conhece o vampiro Bill Compton por quem se apaixona perdidamente. Enquanto isso, uma série de terríveis assassínios são cometidos: um serial killer parece provocar o irmão de Sookie, Jason, assassinando as mulheres que ama, não poupando a própria família Stackhouse. Mais uma série imperdível. MJ
drama Realiz. Alan Ball Int. Anna Paquin,Stephen Moyer 2009, ZON, DD 5.1, 1,85:1, 691 min Conteúdo
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5 Maio 2010
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o mentalista
outros lançamentos Blu-ray e DVD 10 Coisas que Odeio em Ti – DVD/BD 2012 – DVD/BD 500 Dias com Summer – DVD/BD 8 ½ de Fellini Teoria Do Big Bang - T1 Alice no Pais das Maravilhas, Ed. Esp Aniv. Alvin 2 e os Esquilos – DVD/BD Amelia Army Wives Avatar – DVD/BD Aventuras de Robin Hood (2x) Battle for Terra Bella Junie de Cristophe Honoré Bem-Vindo A Zombieland – DVD/BD Blood – O Último Vampiro Bright Star – Estrela Cintilante Californication - T2 Capitalism Carros – BD Castle - T1 Cinzas e Sangue de Fanny Ardan Confronto De Titãs (1981) – DVD/BD Delator – DVD/BD Dexter - T2 Diário Secreto de uma Call Girl Dumbo - Ed. Esp. – DVD/BD Eastbound & Down - T1 Eco Em Contacto - T3 Em Defesa da Terra Equador (11 discos) Estado de Guerra – DVD/BD Fama – DVD/BD Felini 8 ½ Filho de Deus Ginger Rogers – Pack Vol. 1 Hannah Montana - T3.1 Hulk Vs Informadores Irmãos Bloom Jovens Americanos Julie & Júlia – DVD/BD Laço Branco Limites do Controlo Little Britain Usa - T1 Lua Nova – DVD/BD Maldição de Molly Hartley Maldito United – DVD/BD Mentes Criminosas - T4 Michael Jackson - This Is It Millenium 1 – DVD/BD Natalee Holoway New York I Love You Nine (R2) Nove Mulheres, Nove Vidas NUM3ROS - T1 Nuremberg - DVD Órfã – DVD/BD Orgulho e Glória Tabus do Sexo - Pack DVD Ossos - T4
Outro Homem Eric Rohmer O Moderno (Pack) Paranormal Activity Pirates of The Caribbean I, II e III – BD Planet 51 – DVD/BD Poseidon - BD Presumivel Inocente - BD Profeta - Jacques Audiard Projecto Echelon Ratatouille - BD Ricky de François Ozon São Valentim Sangrento 3D Sangue Fresco - T1 Senhor dos Anéis, Trilogia - BD Singularidades de uma Rapariga Loira Southland - T1 Starman - BD Step Up 2 Substitutos – DVD/BD Taking Woodstock The Deal This Is It – DVD/BD Toy Story, Ed Esp. Tudores - T3 – DVD/BD Vidas Privadas de Pippa Vítimas Da Guerra Relatório Minoritário (Ed. Especial) - BD Dia da Independência - BD Master&Commander - BD Alien VS Predador -- BD
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12 Angry Men (de Sidney Lumet) Aberto até de Madrugada - BD Amanhã Será Melhor Armageddon, Ed. Esp. - BD Armored (R2) Artur e a Vingança De Maltazard – DVD/BD Vidas Privadas De Pippa Lee Até que me Encontrou BD Trilogia Senhor dos Anéis - BD Blindado – DVD/BD Bright Star - Estrela Caça Ao Outubro Vermelho Cheri Cliente Coco Chanel & Igor Stravinsky Dexter, T2 Did You Hear About the Morgans? Doutor Jivago – Rest. E Rem. – Dvd/ Bd Equador Homens Que Matam Cabras Só com O Olhar It’s Complicated (R2) Love Happens Mad Men - T2 Michael Jackson Passageiro da Lua - BD Moby Dick (de John Huston) NCIS, T2 New York I Love You Num3ros - T1 Fantástico Mr. Fox (DVD e BD)
Milagre Em Sant’anna Ouviste Falar Dos Morgans? – DVD/BD Princesa E O Sapo – DVD/BD Sherlock Holmes – DVD/BD Pulp Fiction Ed. Especial – DVD/BD Satisfaction - T2.1 Senhor Dos Anéis (Animação) Sítio das Coisas Selvagens – DVD/BD Step Up 2 Teoria do Nada Tombstone - BD Trilho da Morte True Blood - T2 Vale Das Loucuras
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Wolfman (2010) (R1) Homem Singular Cove
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Road to Perdition - BD
TOPS FNAC DVD 1.Lua Nova (Digipack) 2.2012 3.Estado de Guerra 4.Julie & Julia 5.Equador Blu-ray 1.2012 2.Estado de Guerra 3.Lua Nova – Edição Limitada 4.Alvin e os Esquilos 2 5.Julie & Julia MEDIA MARKT DVD 1.Estado de Guerra 2.2012 3.Barbie em Vida de Sereia 4.Up - Altamente! 5.Força-G Blu-ray 1.Procurado - Ed Coleccionador 2.Hellboy II - O Exército Dourado 3.Distrito 9 4.Estado de Sítio 5.Assalto ao Metro 123 NOTAS Todas as edições em DVD, salvo quando assinalado DVD/BD (ambos os formatos), ou BD (apenas editadas em Blu-ray Disc) Todos os títulos correspondem às edições nacionais e legendados em Português, salvo quando referido R1 e/ou R2 indicando tratarem-se de edições por ora apenas disponíveis por importação, respectivamente dos EUA e Europa ocidental, apenas pontualmente legendados em Português.
LA FINESTRA Ristorante Pizzeria
AV. CONDE DE VALBOM, 52 - A LISBOA TEL.: 217 613 580 www.lafinestra.pt
Tecnologia
notícias
Lá em casa, os conteúdos e canais serão progressivamente todos HD. Procuraremos ajudá-lo a estar prevenido e a rentabilizar o sistema que tem. Entretanto nos cinemas o 3D vai dominar. Aproveitemos.
Sony 3D
A Sony lançou a sua nova gama LCD, com a designação Monolith, e que tem no HX900 a sua grande estrela. O HX900 foi concebido para uma experiência de visualização com qualidade cinematográfica, possuindo uma tecnologia de imagem de elevado desempenho Full LED. Este modelo está pronto para uma espantosa e realista experiência Full HD 3D quando usado com os óculos de obturação activa 3D, disponibilizados à parte pela Sony. Este modelo utiliza o exclusivo Motionflow 400 PRO e a tecnologia Image Blur Reduction para proporcionar uma acção ultra-suave em filmes com uma sensação cinematográfica. Além da gama Monolith, foram igualmente lançados os novos leitores Blu-ray BDPS370, BDP-S470 e BDP-S570, este último já com suporte para conteúdos 3D.
Samsung 3D
Masters Golf 2010 em 3D
O mais famoso torneio de Golfe do mundo foi transmitido, pela primeira vez, em 3D, de dia 7 a 11 de Abril passado, através da internet, e usando a cada vez mais estandardizada tecnologia True3D.
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A Samsung Electrónica Portuguesa anunciou que os premiados modelos de entretenimento 3D estão disponíveis aos portugueses desde o final do mês de Março, abrangendo novos conteúdos e aplicações, incluindo o AudioLounge, BoxOffice 365 e Cartoon Network. A Samsung foi, assim, a primeira empresa a disponibilizar aos consumidores os televisores Full HD 3D, com os LED Série 8, LED Série 7, LCD Série 7 e o leitor Bluray BD-C6900. A Samsung lançou ainda os LED 9, Plasma Série 7 e, a chegar no final da Primavera, o sistema Home Theater HT-C6930W. Os produtos, apresentados durante a CES em Janeiro, foram premiados com o galardão Best of CES e CES Innovation Honoree.
Logitech aumenta linha Harmony
A Logitech apresentou os novos elementos da premiada família de remotos universais, os Harmony 300, 600 e 650. Com estes 3 novos modelos, a empresa pretende chegar a um público que ainda acha a configuração de controlos universais complexa tendo, para isso, desenvolvido um novo utilitário que permite a parametrização dos remotos inteiramente a partir do browser.
Tecnologia
what is... DLNA?
Plasmas Panasonic
A Panasonic anunciou durante a Convenção Europeia, que decorreu dia 15 de Fevereiro em Munique, a introdução dos novos plasmas 3D de 50” e de 65” (série VT20) no mercado europeu, bem como um leitor de Blu-ray 3D (DMP-BDT300). A tecnologia plasma apresenta uma série de vantagens no formato 3D, tais como a ausência de “fantasma” nas imagens, imagens com bastante movimento claras, nítidas e de alta qualidade, maior eficiência luminosa e melhor qualidade de imagem, mesmo nas imagens 2D. A Panasonic vai igualmente aprofundar a sua parceria tecnológica com a RealD. As duas companhias vão desenvolver e melhorar continuamente as tecnologias que possibilitam uma qualidade ainda maior de visualização em 3D. Os novos Plasmas Panasonic têm ecrãs certificados pela THX e incorporam uma série de características avançadas, tal como o Viera Cast que permite o acesso a conteúdos online e o Viera Image Viewer para visualizar fotografias, filmes em HD ou ouvir músicas gravadas no cartão SD. Os primeiros TV Plasma Full HD 3D estarão disponíveis na Primavera de 2010.
O termo DLNA está em todo o lado, de televisores a telemóveis, de computadores a streamers. Afinal, o que é o DLNA? O termo DLNA é o acrónimo para Digital Living Network Alliance, e é simultaneamente, uma organização e um standard de comunicação e partilha definido pelas várias empresas que compõem a Consumer Electronics, e sob a responsabilidade da organização que dá nome ao standard. O DLNA permite que, na prática, os diferentes tipos de aparelhos que suportam esta norma comuniquem entre si, e partilhem conteúdos de forma simples, sejam eles áudio e/ou vídeo, e sem necessidade de os ter ligados fisicamente. Uma vez que a implementação do DLNA é feita através de uma camada de software, virtualmente qualquer aparelho com capacidade de ligação à rede, por
cabo ou sem fios, poderá suportar esta norma. O funcionamento é relativamente simples. Cada aparelho DLNA é simultaneamente emissor e receptor. Sempre que o aparelho com suporte DLNA estabelece uma conexão a outro aparelho que suporta a mesma norma, fica automaticamente com a capacidade de correr qualquer tipo de conteúdo multimédia presentes na máquina à qual se ligou. A diversidade de conteúdos passíveis de serem tocados depende, em muito, de cada aparelho, já que a norma apenas diz respeito à ligação e capacidade de streaming, mas não ao tipo de conteúdos em si. É por este motivo que existem aparelhos capazes de tocar, por exemplo, MKV’s e DivX-HD via DLNA, enquanto outros são mais restritos ficando-se, por exemplo, pelos DivX e MP3.
como Configurar o DLNA no Windows 7? Uma das novidades que o Windows 7 trouxe foi a capacidade de comunicar com qualquer aparelho compatível com a norma DLNA, sem necessidade de software adicional, permitindo assim a partilha de conteúdos imediatamente após a instalação do Sistema Operativo. Esta capacidade está, no entanto, um pouco dissimulada. O DLNA está ao nível do Windows Media Player, e não do Sistema Operativo em si, mas é necessário efectuar algumas configurações para que o seu computador seja visível por qualquer aparelho compatível com esta norma. Assim, para activar o DLNA deverá efectuar os seguintes passos: 1 – Vá ao menu “Iniciar” e escolha a opção “Painel de Controlo”. 2 – Vá à opção “Rede e Internet”. 3 – Escolher a opção “Centro de Rede e Partilha”. 4 – Do lado esquerdo, escolher a opção “Definições de partilha avançadas”. 5 – Escolher a opção “Activar a detecção de rede”. 6 – No mesmo ecrã, procure a secção
“Transmissão em sequência de multimédia”, e carregue em “Escolher opções de transmissão em sequência de multimédia…”, que se encontra a azul. 7 – Escolha a opção “Activar transmissão de sequência multimédia”. 8 – Garanta que todos os aparelhos aos quais quer permitir acesso possuem, ao lado, a opção “Permitido” seleccionado. 9 – Pressione “Ok”. Dada a forma como este serviço é disponibilizado pelo Windows, poderão surgir alguns problemas relacionados com permissões de acesso na sua firewall. Caso isto aconteça, deverá ser adicionada na sua firewall uma regra que permita ao aparelho que se está a tentar ligar ao seu PC aceder ao conteúdo multimédia. O método de configuração desta regra depende de firewall para firewall.
HDpedia Acabou a confusão das siglas Esteja atento na próxima edição e seguintes.
Maio 2010
magazine.HD 65
Tecnologia
Testamos
DMP-BD65
Qualidade e Simplicidade
Após o sucesso do DMP-BD60, a Panasonic apresenta agora o seu sucessor, o BD65. Uma fórmula de sucesso revista e aumentada, onde a simplicidade é o ponto de ordem. Design Este foi um ponto onde a Panasonic optou por não mexer muito, algo que está bem patente a partir do momento em que retiramos o aparelho da caixa. O design slim mantém-se, sendo a principal diferença o tom mate na frente do aparelho, ao invés do preto brilhante do modelo anterior, o que o torna visualmente mais discreto, mas simultaneamente mais apelativo. À frente o BD65 possui os slots USB e SD, escondidos por trás de uma igualmente discreta porta. Instalação Não há muito que saber no que diz respeito à instalação do BD65. O aparelho possui as já tradicionais saídas HDMI, vídeo composto e componentes, na parte vídeo, e a saída analógica stereo, bem como a saída digital óptica, sendo que a saída HDMI transporta igualmente o som.
66 magazine. HD
Maio 2010
Para os menos habituados a estas coisas, o manual dá uma preciosa ajuda, sendo este um ponto a seu favor. Paralelamente, e como já vem sendo habitual nos leitores de Blu-Ray compatíveis com a norma BD Live®, o leitor trás igualmente uma porta Ethernet RJ45 de 100 MBits, o que é mais que suficiente para as necessidades do aparelho. A Panasonic disponibiliza igualmente um adaptador de Wireless, para que seja possível ligar o BD65 por WiFi, mas este é vendido à parte. No caso da ligação por porta Ethernet, e desde que o seu router possua DHCP, o BD65 efectua automaticamente a configuração de rede, pesquisando igualmente, nesse mesmo momento, actualizações de Firmware, actualizações estas simples e rápidas de efectuar. Em Acção O BD65 vem, desde início, publicitado como tendo um tempo de carregamento rápido dos discos Blu-ray, operação que é, tradicionalmente, morosa. Os tempos de leitura dos discos são, efectivamente, dos mais rápidos no mercado, situandose entre os 10 e os 25 segundos, dependendo do disco. Impressionante!
No que toca à imagem, é difícil ficar indiferente. Cores naturais, límpidas e sem ruído ou grão são característica deste leitor, seja em cenas muito coloridas, seja em cenas de ambientes maioritariamente escuros, e o recorte é perfeito. O BD65 porta-se bem em qualquer situação, por maior que seja o desafio. A qualidade de imagem é ainda mais notória quando pomos a tocar um DVD. Aqui o algoritmo de upscale faz realmente milagres, sendo por vezes difícil diferenciar um bom DVD de um Blu-ray de qualidade média. E se a imagem ronda o perfeito, o mesmo poderá ser dito do som. Fino, amplo e com uma profundidade de grande qualidade, foi possível ver do que é capaz o BD65 quer em termos de cinema, quer em termos de música. No filme 2012, o equilíbrio e a profundidade foram notas predominantes. Já quando o objecto de teste foi o álbum em DTS “Wish You Were Here” dos já lendários Pink Floyd, o BD65 mostrou uma definição impressionante. Os Extras Tal como nos carros, começa a ser nos extras que a guerra dos leitores se trava. O BD65 não possui memória interna, necessária ao BD Live mas, em compensação, disponibiliza um slot SDHC que permite colocar um SD Card de alta capacidade no leitor, sem que para isso haja necessidade de ter a pequena porta de acesso aos slots aberta, algo que tradicionalmente acontece nos aparelhos que apenas disponibilizam porta USB.
High End Sony BDP-S 5000 ES Prós
Qualidade de Imagem e Som Construção
Cons
Preço
Todo o Terreno Sony PS3 Representante: Sonicel
Prós
Versatilidade É também uma consola de jogos Preço
Cons
Um pouco ruidosa
Homepage: http://panasonic.sonicel.pt/ P.V.P. - 249€ No que toca ao USB, este permite ligar quer discos rígidos, quer pens, desde que formatadas em sistema FAT (16 e/ou 32). Isto limita um pouco o tipo de conteúdos que podemos tocar via USB, dadas as limitações técnicas destes File Systems. De qualquer forma, é possível tocar DivX HD, AVCHD (o formato das câmaras de vídeo HD), e MP3. Em ambos os casos, quer para o cartão SD, quer para a ligação USB, o leitor disponibiliza um menu muito intuitivo e fácil de navegar permitindo, no caso de termos conteúdos múltiplos no dispositivo de armazenamento (audio, vídeo e fotos), escolher o que queremos ver, se música, se vídeo, se fotos. A qualidade quer da componente audio (MP3), quer da componente de imagem (vídeo e fotos) é, mais uma vez elevada, particularmente em vídeos em Full HD. Outro extra com que a Panasonic brindou os seus clientes foi o acesso a um conjunto de serviços online, por agora restringidos ao Youtube, Picasa, Bloomberg e Weather Channel, mas que poderão ser estendidos a outros através de uma simples actualização de Firmware.
Conclusão O BD65 poderá não ser o mais versátil dos aparelhos, mas está no topo dos leitores com melhor qualidade de imagem e som. Para quem essa qualidade é factor preferencial, então este é um leitor a ter em conta, e um que não podemos, de forma alguma, deixar de recomendar.
Cinéfilo Panasonic DMP-BD65 Prós
Design Imagem Som
Cons
Falta de suporte para containers MKV e TS
Em Rede LG 390 Prós
Qualidade de Imagem e Som Capacidade de Streaming Suporte para container MKV Preço
Cons
Nada a assinalar
Para Começar Samsung BD-P1600 Prós
Qualidade de imagem Preço
Cons
Correcção de erros de média qualidade
Maio 2010
magazine.HD 67
Tecnologia
Vitor Simão
As nossas escolhas Leitores de Blu-ray
Musica
Caixa de Pandora:
Rufus Wainright
All Days are Nights: Songs for Lulu
Rufus Wainright não pára. Após ter composto, orquestrado e levado à cena a ópera Prima Donna, eis que o músico canadiano nos traz o seu novíssimo disco All Days are Nights: Songs for Lulu, numa referência à prostituta heroína do filme A Caixa de Pandora, um clássico do cinema mudo. Gravado ao longo da longa doença da mãe, a pianista Kate McGarrigle, e editado já após a morte desta, o álbum espelha o ambiente que se viveu na família, durante os longos meses em que a matriarca do clã sofreu, acompanhada de perto pelos filhos, ex-marido e amigos. Segundo as palavras de Rufus, este trabalho “é uma espécie de missa” que traça “um paralelismo entre a relação que tenho com o piano e a relação com a minha mãe” e acabou por “funcionar como uma espécie de preparação para o meu próprio luto”. E é assim que, ao sexto registo discográfico, Rufus surge despido de tudo, fazendo-se acompanhar apenas pelo seu piano, pessoal e intimista. Podemos sentir a sua respiração, as suas inflexões e o roçagar dos dedos nas teclas, numa completa comunhão connosco. Este é, sem dúvida, o mais arriscado disco de Wainright mas, certamente, também a prova mais absoluta da sua genialidade.
Rufus Wainright estará ao vivo em Portugal: 6 de Maio no Coliseu do Porto e 7 de Maio na Aula Magna, em Lisboa. Imperdível. 68 magazine. HD
Maio 2010
Grizzly Bear
Veckatimest
O melhor álbum de 2009 No Verão de 2008 os Grizzly Bear abriram para os Radiohead, na segunda parte da sua digressão Norte Americana. Em Toronto, durante o derradeiro concerto, o guitarrista Johnny Greenwood declarou publicamente a sua grande admiração pelos Grizzly Bear, considerando-os como a sua banda favorita. “Fazer as primeiras partes dos Radiohead foi uma honra enorme para nós”, afirmou o multi instrumentista e produtor Chris Taylor. É pois natural que o terceiro disco dos Grizzly Bear fosse aguardado com enorme expectativa. Veckatimest não defraudou fãs e críticos, tendo sido, quase unanimemente, considerado como o melhor disco de 2009. ÁLBUNS: Horn of Plenty (2004) Yellow House (2006) Veckatimest (2009) DISCOGRAFIA EP’S: Sorry for the Delay (2006) Friend (2007)
A banda de Ed Droste, Daniel Rossen, Christopher Bear e Chris Taylor apresenta-se, pela primeira vez, ao vivo em Portugal, para dois concertos 26 de Maio no Coliseu de Lisboa e 27 de Maio no Coliseu do Porto.
Musica
The National
Novo disco e nova digressão em 2010
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uando os National editaram o álbum Boxer, em 2007, chamaram, finalmente, a atenção de um público, até então mais desatento, para o seu pop barroco e sofisticado, dando até azo a um convite dos R.E.M. para realizar as primeiras partes dos seus concertos. O próprio presidente Obama usou os acordes de piano de Fake Empire na sua campanha eleitoral. Três anos volvidos, a banda lança o seu novo registo, gravado e misturado num estúdio em Bridgeport, no Connecticut. O guitarrista Aaron Dessner diz que o álbum, intitulado High Violet e com data de edição prevista para 11 de Maio, com o selo da Os National irão passar pelo nosso País, no dia 17 de Julho, integrados no cartaz do Festival Super Bock Super Rock, que este ano irá ter lugar na Aldeia do Meco. 70 magazine. HD
Maio 2010
histórica editora 4AD, tem “um ambiente mais escuro e perverso” do que os trabalhos anteriores, mas é, simultaneamente, “mais fácil e pop”, citando como exemplo as faixas Blood Buzz, Ohio ou LA Catedral. “O nosso último disco foi bastante contido, mas este é, definitivamente, um registo mais ruidoso”, diz Dessner. No entanto, os fãs de Boxer não irão ficar decepcionados, principalmente em faixas como Runaway. “É a canção mais discreta do álbum”, diz Dessner. “É a única no seu género, enquanto balada. Outras canções, como Little Faith, giram em torno de loops de guitarra e contrabaixo. “Isto é algo de novo na nossa música!”. Para o novo disco, a banda convidou um grupo de amigos que inclui Sufjan Stevens e Justin Vernon dos Bon Iver. “Nós nunca encaramos este tipo de participações como “convidados especiais”. São apenas os nossos amigos que nos vêm fazer uma visita”.
É sabido que os National - Aaron Dessner e o seu irmão Bryce, os também irmãos Scott e Bryan Devendorf e o cantor Matt Berninger - são uns perfeccionistas, quando se encontram em estúdio e Aaron admite que nem sempre todos estão de acordo em termos criativos. “Somos muito críticos em relação a nós mesmos”, diz o músico. “Perdemos imenso tempo a apagar e a regravar temas. “No entanto, Aaron tem consciência de que o trabalho árduo e a frustração acabam por ser compensadores. “Estamos a fazer enormes progressos a cada dia que passa e trabalhamos em conjunto no sentido de aperfeiçoar ainda mais o novo disco!” Eis o alinhamento de High Violet: Terrible Love, Sorrow, Anyone’s Ghost, Little Faith, Afraid of Everyone, Bloodbuzz Ohio, Lemonworld, Runaway, Conversation 16, England, Vanderlyle Crybaby Geeks.
Kids
Para ver em casa:
Alvin e os esquilos 2
Animação Realiz. Betty Thomas Voz Jason Lee, Justin Long 2010 CLMC, DTS-HD 5.1; 1.78:1 , 88 mins Conteúdo
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Nesta sequela do filme Alvin e os Esquilos, voltamos a encontrar Jason Lee no papel de David Seville e, obviamente, os seus amigos irrequietos, liderados pelo carismático Alvin. Desta feita, David sofre um acidente e os pequenos roedores acabam por ter de frequentar uma escola, levando uma vida o mais normal possível, resistindo ao bullying dos colegas e tentando esquecer o seu antigo agente, o pérfido Ian. Eis senão quando surgem as Chipettes (numa deliciosa piscadela de olho às Ronettes e a toda uma geração de trios vocais femininos dos anos 60) que vêm desestabilizar o equilíbrio que Alvin e os seus dois irmãos procuram alcançar. Para piorar ainda mais as coisas, os esquilos começam a desentender-se entre si: Alvin tenta entrosar-se com os alunos mais fixes da escola, desprezando os irmãos, Theo-
Hulk Vs. animação Realiz. Sam Liu/Frank Paur Voz Steve Blum, Matthew Wolf e Fred Tatasciore 2009, LNK, 1.78:1, DD 2.0, 78 mins. Conteúdo Vídeo
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Maio 2010
Continuando a linha editorial da Marvel, surge agora em DVD o confronto entre três dos mais amados personagens Marvel: Hulk Vs. Wolverine e Hulk Vs. Thor. Animação tradicional mas de boa qualidade, argumentos competentes e extras muito do agrado dos amantes Marvel, são os condimentos desta edição que irá fazer as delícias de todos fãs do mundo Marvel, independentemente da sua idade. VS
dore tem saudades de Dave e Simon tenta, a todo o custo, manter a situação sob controlo. Posto isto, é fácil deduzir que a confusão está definitivamente lançada... Alvin 2 apresenta um sólido elenco, canções orelhudas e uma animação perfeita, mantendo em absoluto a fórmula de sucesso do primeiro filme. Ou seja, se gostou da primeira
parte, vai certamente gostar desta continuação! A imagem é apresentada em widescreen anamórfico (1.78:1) e a definição é excelente, repleta de cores vívidas e contrastantes. O áudio não fica atrás, revelando uma presença forte no canal central, com bom equilíbrio entre os graves, o diálogo e a música. LC
Animação Realiz. Eric Bastter 2009, VC, 4:3, DD 2.0, 116 mins. Conteúdo
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Vídeo
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Kids
CASPER, O FANTASMINHA
Casper, o mais simpático fantasma de todos os tempos, está finalmente disponível num colecção em DVD, cujos dois primeiros títulos são agora editados. Temos dez episódios por volume, realizados em animação de computador, com uma qualidade bastante acima da média, principalmente se tivermos em conta de que se trata de uma produção televisiva. As histórias encontram-se dobradas, e
bem, no nosso português, o que constitui uma vantagem para os potenciais espectadores desta série, que, dada a sua tenra idade, decerto ainda não saberão ler. O áudio é 2.0 e é pena que a imagem seja apresentada em 4:3, muito embora a definição, o contraste e a cor sejam os indicados para este tipo de produto. De qualquer modo, dois excelentes DVD para os mais pequenos. LC
Também na TV: Angel’s Friends na SIC K
Dolce, está sempre na moda, Miki, mais indecisa, a sonhadora Urié e Raf ,a líder do grupo. Elas são alunas finalistas da escola de anjos, onde se preparam para serem perfeitas guardiãs. No entanto, surge um pequeno imprevisto nos seus planos: um estágio na Terra. Coube-lhes a difícil tarefa de acompanhar os problemas de 4 crianças que serão as suas protegidas. Acontece que nem as próprias estão preparadas para os enfrentarem. A dificultar-lhes a tarefa terão 4 demónios que virão precisamente com o mesmo destino, mas objectivos bem diferentes. Uma animação plena de diversão em que os anjos terão problemas bem térreos. Uma série de animação que tem como ingredientes principais anjos, diabos, fadas e muita magia. Angel’s Friends 2ª a 6ª 21.30 SIC K em exclusivo no canal 41 do MEO
Super Miúdos na RTP1
Uma batalha de conhecimento entre crianças e adultos
Super Miúdos RTP1 2ª a 6ª 21.25
Super Miúdos é uma emocionante e verdadeira “batalha” de conhecimento entre crianças e adultos que a RTP1 está a apresentar diariamente às 21.25. Os Super Miúdos, verdadeiros génios, vão responder a perguntas que, teoricamente, pertencem ao mundo dos adultos. Serão os adultos mais espertos que as crianças? Será a idade sinónimo de inteligência? Em cada episódio uma equipa de 4 adul-
tos tem pela frente 7 inteligentes crianças, entre os 9 e os 15 anos, que estão determinadas a fazer com que os adultos vão para casa sem qualquer prémio. Ao longo dos jogos é testada a inteligência, o conhecimento e a rapidez de resposta da equipa dos adultos que só recebe o prémio se conseguir vencer as 7 crianças no Jogo Final. Maria e Miguel vão certamente apoiar os Super Miúdos. Maio 2010
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Kids
Exposições:
divertir e aprender Nickelodeon traz Spongebob a Lisboa. A esponja marinha vai estar em exposição no Museu da Água O Nickelodeon, o canal infanto-juvenil mais visto mundialmente, atingindo 50 milhões de pessoas só na Europa e a comemorar cinco anos de crescimento em Portugal, entrou em 2010 com uma nova imagem. O novo “look and feel” é mais simples e objectivo, sem esquecer os valores essenciais da marca - diversão, energia, irreverência e boa disposição. Para este ano, o canal promete várias novidades na programação, entre elas mais séries live action como de Big Time Rush, Isa TKM, Victorious, The Troop. Bué da Nick é a primeira produção exclusivamente nacional pensada de e para jovens. Em Portugal, a nova identidade, os novos conteúdos e as inúmeras acções que já agendámos para este ano têm como objectivo destacar o Nickelodeon no panorama televisivo e aproximá-lo cada vez mais do seu verdadeiro target, o público infanto-juvenil”. Das várias iniciativas agendadas, a Exposição do Spongebob é o primeiro evento em destaque. A esponja marinha mais famosa do mundo chega a Portugal numa exposição única, vinda directamente de Paris e promete agradar a miúdos e graúdos. A exposição estará patente no Museu da Água, em Lisboa, entre os dias 18 de Maio e 30 de Junho. O Nickelodeon é um exclusivo ZON. Exposição Spongebob Museu da Água, Lisboa. Entrada livre para menores de 12 anos, estudantes 1,5€ e 2,5€ adultos.
A Casa do Vasco
Exposição Interactiva no Oceanário O Oceanário tem patente uma nova exposição dedicada às crianças. Neste novo espaço, o anfitrião é o Vasco, a mascote do Oceanário, um verdadeiro super-herói, defensor dos oceanos que protege a natureza e o planeta. O convite é para entrar, explorar e descobrir os conselhos de um superherói que vive numa casa especial e para se tornar um aliado na missão de alterar comportamentos. A casa de banho e a biblioteca reservam muitas surpresas. Duas delas são As Aventuras do Vasco, com os episódios Cada Gota Conta e Oceano de Plástico, animações 3D produzidas pela FOX Factory para o Oceanário de Lisboa. Já no Centro de Controlo dos Oceanos, o Vasco consegue monitorizar, através de radares e câmaras, tudo o que se passa no mundo e no mar. Uma câmara subaquática dirigível está instalada no Aquário Central, permitindo seguir os peixes em tempo real. Na exposição a acção é imperativa, explorar, tocar, ver, carregar, ouvir, espreitar, acender, apagar, dar asas à imaginação e até escorregar. Oceanário de Lisboa Segunda a Domingo, das 10h às 18h. Maiores de 3 anos, 5,5€/ 11€. 74 magazine. HD
Maio 2010
Sentidos e emoções…
Segredos por desvendar no Museu das Crianças
Cidade feita em Lego
Exposição Temporária no Porto A Cidade Feita em Lego estará patente até Junho para os miúdos brincarem e os graúdos lembrarem os bons velhos tempos (fingindo que apenas estão a ajudar os filhos, claro!). Aos miúdos cabelhes o papel de pôr toda a criatividade nas mãos e ligar os blocos LEGO. A iniciativa baseia-se no conceito inicial Tijolos LEGO, pretendendo estimular a concentração e a criatividade das crianças pela via tradicional, bem como recordar aos mais crescidos de como eram estas peças na sua infância. Shopping Cidade do Porto de 23 de Maio a 12 de Junho.
O Museu das Crianças, no Zoo de Lisboa, acolhe uma exposição interactiva que procura aprofundar a vida e os cinco sentidos focando especialmente as emoções e os sentimentos que podemos viver no mundo que nos rodeia. Porque viver é envolvermos os nossos sentidos neste universo de infinitas sensações, descobri-los é desvendar os seus segredos e mistérios… Nesta exposição encontramos A Lupa Gigante, O Labirinto às cores, O Zombie, O Cérebro, O Olfacto e a Memória, A Visão, A Audição, O Paladar, O Tacto e o Gabinete do Cientista. Museu das Crianças Zoo de Lisboa Sábados, Domingos e Feriados das 10 às 18h. 5 a 12 anos, 4,5€.
Kids Powered by ZON
recomendam
Nunca a hora de vestir o pijama foi tão divertida!
Maria e Miguel Canal Panda Sábado e Domingo 20.55
Planeta 51
Uma divertida aventura intergaláctica para ver no ZON Videoclube! O grande herói americano, o incrível astronauta Capitão Chuck, acredita ser o primeiro homem a descobrir o distante Planeta 51. Mas ao explorar o local ele faz uma descoberta chocante, o planeta já é habitado... e por pequenos seres verdes! Esses seres são muito parecidos com os humanos... convivem uns com os outros em paz e harmonia, vivem em comunidade mas é tudo muito estranho. Mal sabe Chuck que o maior medo desses seres verdinhos é, justamente, ele - um HUMANO!!! Agora Chuck conta apenas com a ajuda de seu robô “Rover” e do seu novo amigo Lem, para escapar do terrível destino de se tornar uma peça de exposição do Museu de Alienígenas Invasores do Planeta 51.
Aos fins-de-semana, pelas 20.55, os pequeninos vão conhecer as personagens Maria e Miguel e ouvir magníficas histórias de encantar. Concebidas e produzidas pela Watermelon Productions, as aventuras de Maria e Miguel é um formato inovador e divertido, exibido em 2D-flash, que conta, ao longo de 5 minutos, contos infantis inspirados nas histórias dos irmãos Grimm e nas fábulas de La Fontaine, como A Bela e o Monstro, Capuchinho Vermelho, A Cigarra e a Formiga, Os Três Porquinhos, Pinóquio e As Mil e Uma Noites.
Vila Moleza ao Vivo
Uma mensagem de vida saudável Vila Moleza, Lazy Town no original, promove uma mensagem de vida saudável, boa alimentação e não sedentarismo. Actualmente em exibição no canal Panda (2ª a 6ª às 17.00) esta série é originária da Islândia e nasceu como uma colecção de livros infantis que tinha como característica estimular crianças e os seus pais a tomarem decisões saudáveis. Criada por Magnús Scheving, campeão europeu de aeróbica e CEO da LazyTown Entertainment, que também participa na série como o herói Sportacus, estreou na CBS a 18 de Setembro de 2004. O seu elenco conta com actores dos EUA e Islândia, sendo transmitida em vários países por diferentes canais. No dia 1 de Maio, o Pavilhão Atlântico é o palco vivo do espectáculo em português Lazy Town - A Aventura dos Piratas baseado nesta série que mistura animação e imagem real. A ZON é patrocinadora oficial do espectáculo.
Realiz. Jorge Blanco, Javier Abad Voz VO Dwayne Johnson, John Cleese, Seann William Scott, Gary Oldman, Jessica Biel, animação 2009
Disponível dia 7 Maio ZON Videoclube Aluguer
Lazy Town – A Aventura dos Piratas 1 de Maio Pavilhão Atlântico. Bilhetes de €14 a €29
Macacos no Espaço no Panda Biggs
Do produtor de Shrek, a missão espacial mais importante de sempre John Williams, produtor da trilogia Shrek e Barry Sonnenfeld, realizador de A Família Adams, produzem esta divertida comédia de animação. Hamé é um chimpanzé divertido e espertalhão que trabalha num circo como “macaco-bala” e sonha vir a ser um herói do espaço, como foi o seu avô. Quando é anunciada uma viagem a um planeta longínquo dominado por um excêntrico e tirano rei, Hamé vê-se, contra sua vontade, integrado na tripulação de chimpanzés altamente treinados para missões espaciais. Mas ser herói espacial não é tarefa fácil e Hamé e os seus colegas, Titane e Luna, têm de lutar pela sua sobrevivência, pelo sucesso da Missão e pela liberdade do planeta. Vozes de Carlos Macedo, Pedro Granger, Ricardo Carriço, Rita Blanco, Helena Montez, Paula Fonseca e Rui Unas. Macacos no Espaço 1 de Maio 17.30 Panda Biggs Maio 2010
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Jogos
GOD of WAR III
a nova arte em estado puro
Para os verdadeiros fãs dos videojogos, existe um simples detalhe em cada cenário tridimensional de um jogo que pode transformar toda a nossa visão periférica e levar o nosso próprio inconsciente para um lugar imaginário onde toda a nossa realidade passa a ser tão minúscula que nos esquecemos dela. De uma forma simples, todos os jogos de computador têm limites espaciais. Mas aquele jogo que consegue dizer por imagens ou sons que para além de determinada parede existe todo um mundo, toda a uma imensidão, é por si só a criação de uma obra de arte. God Of War III é a imposição prática da estética dos videojogos. O jogador coloca-se na pele de Kratos, um guerreiro espartano conduzido pela vingança e pela loucura, por presumivelmente ter assassinado a sua família após ter oferecido a sua alma ao Deus da Guerra, Ares. Numa viagem por cenários incríveis e imensos, recheados de definidas e originais texturas, este novo “God of War” é uma maravilha para os nossos olhos. A base técnica do jogo é praticamente a mesma dos seus anteriores, mas com um sistema de combate corpo a corpo ainda mais pormenorizado. Neste jogo temos uma maior predominância de puzzles e situações complexas que fazem jus ao argumento, onde o jogador terá de pôr em prática a sua imaginação para desvendar lugares, abrir portas ou caminhos através de todos os objectos presentes nos cenários, e, por vezes, com a “mãozinha” de um pobre monstro mitológico que se cruza com o nosso anti-herói. Testei o jogo com o sistema de som 5.1 ligado e o resultado é assustador! Para além da composição sonora épica, a edição sonora das acções e movimentos de Kratos e das 5 restantes personagens, colados ao ambiente, obrigam o jogador a render-se a e entregar-se profundamente a este mundo. VEREDICTO FINAL Para finalizar, acabar com um boss nunca foi tão fantástico! Visualmente excepcional! Uma Através de sequências com as teclas do comando, Kratos verdadeira experiência na Playsation3. consegue tornar o que seria um simples golpe letal… PLATAFORMA: PLAYSTATION3 num autêntico espectáculo visual! EDITORA: SONY LANÇAMENTO: JÁ À VENDA www.godofwar.com
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Maio 2010
Jogos
Projecto Natal
A
experiência do jogador é alvo de alterações constantes que se notam com o rápido evoluir da tecnologia. Num momento mais recente, ou seja, da Playstation até aos dias de hoje, o simbolismo do comando veio ultrapassar por completo o joystick e o próprio rato do computador foi substituído por um equipamento similar ao das consolas, compatível com a maioria dos jogos. O comando encaixa perfeitamente nas mãos de uma criança e de um adulto. Passou a ser um anexo do nosso corpo, exterior, controlado pelo nosso cérebro através dos dedos. Transmite-nos a leve sensação do toque, da ligação entre o nosso mundo e a realidade virtual, através da vibração e recentemente com o acelerómetro (calcula velocidade e intensidade dos movimentos), o giroscópio (que mede a amplitude dos movimentos) e a percepção do espaço. Então e se na experiência dos jogos de computador, retirássemos este componente? Se, em vez de carregarmos em teclas, o próprio jogo reconhecesse o nosso corpo e com base numa criação tridimensional criada automaticamente do mesmo, identificasse movimentos, direcções, sons e a nossa própria voz? Por fim, e se o jogo conseguisse identificar o nosso estado de espírito? Por mais ficção científica que pareça, isto tudo e muito mais vai ser possível ainda este ano. A Microsoft apresentou este novo sistema para a Xbox 360 e já a partir de Novembro várias editoras irão começar a produzir conteúdos para o Projecto Natal, que promete revolucionar a forma como interagimos com o mundo virtual. Alguns vídeos divulgados pela Microsoft, revelam algo de extraordinário: podemos ter uma conversa com uma personagem de um videojogo, que nos responde a perguntas, acompanha os nossos movimentos e, através do reconhecimento facial e da voz, pode chegar a perguntar: Porque estás triste? . No vídeo mais visto deste lançamento, Milo, a personagem virtual, chega mesmo a receber e reconhecer um desenho rabiscado pelo jogador, num simples e rápido movimento, como se estivesse ali, realmente, à sua frente. Na prática, as nossas salas não vão sofrer nenhuma transformação: tal como o Eye Toy, é apenas necessário colocar o sensor por cima do televisor, e em menos de nada, estamos a jogar, sem carregar em nenhum botão (apenas terEste é possivelmente o primeiro passo de muitos que os videojogos irão percorrer nos próximos tempos, como a implementação do 3D (muito ligado ao cinema, já que nem Steven Spielberg quis faltar a esta apresentação). E, tal como o nome do projecto indica, no Natal já teremos novidades. http://www.xbox.com/en-US/live/projectnatal/
É este o sensor magnético que será colocado por cima do televisor. É capaz de reconhecer objectos, corpos e sons, transmitindo informações ao software que tem a capacidade de modular o jogador e de identificar todos os seus movimentos. Fantástico! Maio 2010
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Jogos
medal of
honor (2010)
Em 1999 a Electronic Arts lançava o seu primeiro grande first-person shooter na velhinha Playstation, um jogo de guerra com um argumento de aço criado por Steven Spielberg e uma extraordinária banda sonora composta por Michael Giacchino que acompanhavam o Tenente Jimmy Patterson em solo perigoso no final da II Guerra Mundial. Intitulava-se Medal of Honor. Seguiram-se mais de uma dezena de «sequelas» para todos os suportes, do PC à Playstation Portable, e cada uma iria relatar uma acontecimento histórico onde as forças armadas eram obrigadas a intervir, sempre com detalhados cenários, cuidadosamente adaptados de arquivos fotográficos, colocando de forma realista o destino da História do Mundo nas mãos do jogador. Onze anos depois, a EA anuncia o reboot da série que viria a criar milhões de seguidores, num moderno e sofisticado FPS agora em solo afegão onde seremos o cérebro de uma unidade secreta chamada Tier 1 Operator que trabalha sob chancela da NCA. Mas a palavra reboot não vem por acaso. Desta vez a história é actual e toda a artilharia também – ou não estaríamos a controlar a mais temida força de comandos do mundo. Os cenários serão imensos e as possibilidades para os explorar também: a pé, conduzindo jipes todo-o-terreno ou, caso seja para arrasar, pilotar um F-35 e disparar uns mísseis E a juntar a esta liberdade teremos a opção de multijogador online, que está a ser desenvolvida pela EA DICE, responsável pelo famoso Battlefield. As imagens e vídeos recentemente divulgados não escondem o calibre do grafismo, do detalhe e da jogabilidade. Este será, de certeza, um dos grandes jogos de 2010. Mas só no final do ano é que poderemos deitar mãos a esta obra, na Xbox 360, PS3 ou PC… Este Natal, a guerra vai ser outra! 78 magazine. HD
Maio 2010
Cartaz
em maio Saia! Curta! 1sáb Dois dos nomes
mais populares da música brasileira, o Ney Matogrosso e Daniela Mercury actuam hoje, respectivamente no Coliseu de Lisboa e na Arena Multiusos de Beja. Fausto dá um dos seus raríssimos concertos na Casa da Música, Porto. Do lado do rock internacional, os electro-punks canadianos Crystal Castles tocam no Parque da Cidade do Porto e os veteranos proto-góaticos holandeses Clan of Xymox no Cine-Teatro de Corroios. Com dança e canto feitos de sangue, o Ballet Flamenco de Madrid apresenta hoje, no Gil Vicente, em Coimbra, o seu espectáculo «Antologia do Flamenco» (repete dia 5 no Olga Cadaval, Sintra; dia 7 no Coliseu do Porto; e dia 8 no CC do Arade, Portimão).
13 Os A
Silent Film são uma recente banda inglesa, de Oxford, que segue as pisadas de alguns grupos seus conterrâneos de sucesso como os Keane ou os Coldplay. Com apenas um álbum editado, The City That Sleeps, mas um segundo já na forja, os A Silent Film tocam hoje na Aula Magna da Universidade de Lisboa (repete amanhã no CAE S.Mamede, Guimarães, e dia 15 no CAE de Portalegre). E, ainda em Lisboa, estreia hoje no Coliseu uma nova produção do Bejart Ballet de Lausanne, Ballet For Life, com coreografia original de Maurice Bejart e dedicada a Freddy Mercury (Queen) e ao bailarino Jorge Donn – em cena até dia 16 de Maio.
21O maior festival de
música do mês de Maio de 2010 começa hoje, como habitualmente, no Parque da Bela Vista, em Lisboa. É o Rock in Rio – Lisboa, com concertos de Shakira, John Mayer, Ivete Sangalo, Mariza, OqueStrada, Boss AC & Yuri da Cunha, Azeitonas & António Zambujo, Deadmau5, Calvin Harris, Chris Lake, Diego Miranda e Soul Mates & Pedro Tabuada & King Bizz. No teatro, o acontecimento do mês é a homenagem ao grande dramaturgo Harold Pinter - Comemoração de Harold Pinter - que o Centro Cultural de Belém apresenta a partir de hoje e até dia 27 de Maio, numa co-produção do próprio CCB, dos Artistas Unidos e do Teatro Municipal de Almada. 80 magazine. HD
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Se o escurinho do cinema ou o cantinho do sofá já não chegam, há mil outras coisas para fazer lá fora, ao ar livre ou dentro de portas: concertos, festivais, bailado, exposições, teatro... Saia! Curta!
2 A alt.country e a freak-
folk norte-americanas têm extensões onde por vezes menos se espera. Uma delas – e uma das melhores e mais originais – é a cantora, compositora e actriz argentina Juana Molina, que canta quase sempre em espanhol e que às sonoridades acústicas junta electrónicas subtis. É ela que ocupa hoje à noite o palco do Santiago Alquimista, em Lisboa.
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E, agora, algo de completamente diferente: uma mistura altamente explosiva de death metal, noise, punk, rock progressivo e psicadelismo, tudo junto numa banda... japonesa. São os Zeni Geva (cujo nome significa “a violência do dinheiro”), que tocam hoje na ZDB, em Lisboa.
14 O Allove Festival
– um evento dedicado à comunidade gay – decorre hoje e amanhã na Fatasul, em Lagoa, Algarve, e inclui exposições, moda, cinema e actuações de Rita Zukt, Eddie Ferrer, Patrícia Russell, Campus & Marux e Angelita La Perversa. Já em Lisboa, no Lux, prevê-se que o duo inglês de electro-pop La Roux – da cantora Eleanor Jackson e do teclista Ban Langmaid – ponha também toda a gente a dançar.
22 O Rock in
Rio – Lisboa continua hoje com concertos de Elton John, Leona Lewis, Trovante (sim, os Trovante!), João Pedro Pais, Rui Veloso & Maria Rita & Toni Garrido, Tim & Mariza, Soulbizness & Zoey Jones, 2 Many Djs, Zombie Kids & Aqeel, Major Lazer, Drop The Lime, Jamie XX e Zombies For Money. E, noutros pontos da capital, há outros motivos de interesse a chamar a atenção: os noisyelectro norte-americanos Glass Candy tocam no Lux enquanto a folk psicadélica dos seus patrícios Castanets e a guitarra de Tó Trips (uma das metades dos Dead Combo) se fazem ouvir na ZDB.
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Com um segundo álbum, Dois Selos e um Carimbo, editado, os Deolinda apresentam as suas novas canções – e também algumas de «Canção ao Lado», o seu álbum de estreia - no Teatro Municipal da Guarda. Também hoje, Jorge Palma ocupa o palco do Cinema S.Jorge, em Lisboa, e a cantora de jazz norte-americana Dianne Reeves actua em Matosinhos (repete amanhã no Teatro Municipal de Portimão e dia 18 no CCB, em Lisboa).
24
Dia de emoções fortes para os cultores do rock mais independente: os Shellac – projecto pessoal de Steve Albini (ex-membro dos Big Black e dos Rapeman e produtor de discos históricos dos Nirvana, Breeders, Stooges, PJ Harvey e Pixies, entre muitíssimos outros) – e a lendária banda norte-americana de pós-punk Mission of Burma vêm actuar hoje na ZDB. Uma noite que provavelmente ficará para a História. Os Shellac, já sem a companhia dos Mission of Burma, tocam também na Fundação de Serralves, Porto, amanhã.
Hoje o Rock in Rio – Lisboa tem na ementa Miley Cyrus, McFly, Amy Macdonald, D’Zrt, Luís Represas & Martinho da Vila, Tiago Bettencourt & Mantha & Tiê, Lúcia Moniz & Mister Lizard, Dubfire, DJ Vibe, Audiofly, David Squillace e Tó Ricciardi. A norte, o destaque vai para a extraordinária Scout Niblett, que canta no Teatro Aveirense, Aveiro. E, em Lisboa, no CCB, Olga Roriz estreia a sua nova coreografia, Sagração da Primavera, para 22 bailarinos e baseada na coreografia original de Nijinsky para esta peça do compositor Igor Stravinsky (repete amanhã e também nos dias 2 e 3 de Junho). Já na Culturgest, uma exposição sobre os ínvios caminhos das artes, da filosofia e da ciência - Para o cego no quarto escuro à procura do gato preto que não está lá, tendo como curador Anthony Huberman - é inaugurada hoje e poderá ser visitada até dia 29 de Agosto.
selecta família da folk canadiana, Rufus Wainwright começou a desenvolver muito cedo as suas capacidades de compositor, cantor e músico. E, ao longo da sua carreira, ao lado das suas canções originais recupera também fétiches pessoais (como as canções de Judy Garland) e até se atreve a atirar-se à ópera, no álbum Prima Donna. Sobe hoje ao palco do Coliseu do Porto, repetindo amanhã na Aula Magna de Lisboa.
17 Um dos inventores do conceito de spokenword e, também por isso, um dos precursores do hip-hop, o poeta urbano norte-americano Gill Scott-Heron – que teve durante anos como manifesto mais conhecido o tema The Revolution Will Not Be Televised - apresenta hoje o seu novo álbum I’m New Here, na Aula Magna, em Lisboa. E por falar em hip-hop, um dos movimentos a ele associados, o graffiti, tem nos irmãos brasileiros Otávio e Gustavo Pandolfo – também conhecidos como OSGEMEOS – um dos seus melhores exemplos mundiais. E é a arte de rua destes dois artistas que pode ser vista a partir de hoje e até dia 18 de Setembro no Museu Berardo, Centro Cultural de Belém, em Lisboa..
25 Hoje, no Pavilhão Atlântico, toca a lenda
que levou a música mexicana, africana e latinoamericana para o rock mainstream, o guitarrista Carlos Santana em pessoa; já no Coliseu dos Recreios apresenta-se o cantor, compositor e homemdos-não-sete-mas-três-instrumentos Jamie Cullum mais o seu pop-jazz habitual; e na Aula Magna actua umas das novas bandas-sensação do rock independente britânico, The xx (repete amanhã, na Casa da Música, Porto).
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Hoje é o dia de encerramento do RiR – Lisboa, com os Rammstein, Megadeth, Motorhead, Soulfly, Ramp & Hail, More Than A Thousand, Fingertips, Jim Masters, Jiggy, Green Velvet, Speedy J, Paul Ritch e Heartbreakerz. O mesmo dia em que dizemos adeus à selecção nacional A de futebol, rumo à África do Sul, não sem antes assistir a este concerto que lhe é dedicado e que conta com os Black Eyed Peas – autores do hino oficioso da selecção -, Cheryl Cole, Buraka Som Sistema, TT, NuSoul Family e FunkYou2. É no Estádio do Jamor, em Oeiras.
7 Depois da morte de João Aguardela, A Naifa
entrou em hibernação e ressurgiu fugazmente, em Novembro último, no concerto de homenagem ao seu baixista e compositor. Hoje, no Auditório Augusto Cabrita do Barreiro, reiniciam a carreira ainda com Mitó Mendes (voz) e Luís Varatojo (guitarra portuguesa) e com dois nomes novos no grupo: Sandra Baptista (baixo) e Samuel Palitos (bateria) – a digressão é extensa e convém ser consultada no blog do grupo. Outros concertos em destaque: Emir Kusturica & No Smoking Orchestra (Coimbra, Queima das Fitas; repete dia 13, em Braga) e Gotan Project (Coliseu de Lisboa; repete amanhã no Coliseu do Porto). Também hoje, na Culturgest, em Lisboa, estreia a nova coreografia de Né Barros, A Praça, com vídeo de Daniel Blaufuks e música ao vivo de Alexandre Soares e Jorge Queijo (repete amanhã).
18 Desde 1983 e o álbum Kill’Em All que
os norte-americanos Metallica se estabeleceram como uma das maiores, mais originais e criativas forças do heavy-metal. Hoje e amanhã, os Metallica regressam ao Lisboa, para espectáculos no Pavilhão Atlântico, ambos com primeiras partes dos também norte-americanos High on Fire e dos dinamarqueses Volbeat. Algo distinto acontece também hoje ali ao lado, no Casino de Lisboa, onde estreia Insane in the Brain, nova produção do grupo de dança sueco Bounce e que conta na banda-sonora com temas de Missy Elliot, Dizzie Rascal, Cypress Hill, Kronos Quartet ou Gotan Project – em cena até dia 23 de Maio.
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Um dos mais surpreendentes grupos de jazz da actualidade, os nova-iorquinos Mostly Other People Do The Killing – Peter Evans (trompete), Jon Irabagon (saxofone), Moppa Elliott (baixo) e Kevin Shea (bateria) estreiam-se em Portugal com um concerto na Culturgest, Lisboa. Também se pode assistir no Coliseu dos Recreios a uma dose dupla de absoluto bom-gosto: a música semi-folk semi-psicadélica semi-experimental dos Grizzly Bear e a brasileira reconvertida em figura de proa da indie-folk Cibelle (repetem amanhã no Coliseu do Porto).
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São verdadeiras instituições da música dos seus respectivos países e actuam todos hoje em Lisboa: os jamaicanos The Skatalites, que do mento criaram o ska e lançaram as bases de muitos géneros posteriores (com o reggae à cabeça), tocam no Santiago Alquimista, na mesma noite em que se dá o encontro histórico da cantora caboverdiana Cesária Évora com o angolano Bonga, no Coliseu de Lisboa. Muito mais jovens, mas já com bastante crédito junto dos fãs da folk britânica, The Unthanks – ex-Rachel Unthank & The Winterset apresentam-se no Theatro Circo de Braga (repete amanhã no Auditório de Espinho e um dia depois no Olga Cadaval, em Sintra).
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A vocalista dos britânicos Lamb, Lou Rhodes, vem hoje apresentar no Museu do Oriente, em Lisboa, o seu novo álbum a solo, One Good Thing (repete amanhã, no CAE da Figueira da Foz, e depois no Theatro Circo de Braga e no CAE S.Mamede, em Guimarães). Mas hoje também há concertos do trio feminino nova-iorquino Au Revoir Simone, no Olga Cadaval, em Sintra (repete amanhã, no Cine-Teatro de Alcobaça e depois no CAE S.Mamede, em Guimarães, e no Cine-Teatro de Estarreja), e, na ZDB, em Lisboa, do duo – também nova-iorquino – High Places (repete amanhã, no Plano B, Porto) e do português Magina.
Início do segundo fim-de-semana do Rock in Rio – Lisboa com actuações dos Muse, Snow Patrol, Xutos & Pontapés, Sum 41, Jorge Palma & Zeca Baleiro, Expensive Soul & Bluey/ Incognito & Omar, NuSoul Family & Julie McNight, John Digweed, Gui Boratto, The Twelves, Miguel Quintão, The Bloody Bastards & Mad Mac & Nuno Lopes.
28Originário de Bristol,
Inglaterra, e um exemplo de bipolaridade na música, Matt Elliott entrega a sua arte maior à folk feita à guitarra mas também é um remisturador de renome e mestre das electrónicas no seu projecto The Third Eye Foundation. Hoje, no Teatro Aveirense, em Aveiro, é a sua música não electrónica que se vai ouvir. Também do lado das electrónicas, e com uma lenda enorme por trás, um dos mestres da cold wave dos anos 80, Gary Numan, dá um concerto na Casa das Artes, em Famalicão. Já a absolutamente lendária banda russa Messer Chups traz a sua rebeldia controlada ao Santiago Alquimista, em Lisboa (repete amanhã, no Armazém do Chá, Porto, e no Central Pub, em Bragança, depois).
Maio 2010
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Cartaz
6 Nascido numa