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O SENHOR DOS ANÉIS
TV | CINEMA | DVD | BLU-RAY | JOGOS | KIDS | 3D | VOD ISSN 1647-6840
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N.º 2 Jun. 2010 Mensal 2.95€ (Cont.) em colaboração com
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Mundial em directo e em Alta Definição Edie Falco: enfermeira de serviço ENTREVISTAS: Robert Downey Jr., Jude Law e Rita Red Shoes AS ÚLTIMAS EM ECRÃS 3D
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N.º 2 / Junho 2010 / 2,95 Euros (Cont.) Redacção Director: Rui Ribeiro Director Adjunto: Luís Costa Editor: António Pires Editor Cinema: José Soares Coordenação Cinema: Take – Cinema Magazine Televisão: Maria Stuart Vídeo e Novas Tecnologias: Vítor Simão Jogos e Consolas: Tomás Dias Kids e Música: Luís Costa Director Técnico: Vitor Simão Directora de Produção: Isabel Ribeiro Director Comercial: Pedro Santos Colaborações Especiais: Maria João, Paula André, Nuno Valério, Emanuel dos Santos, Zebedias Erodes Take: Filipe Ferraz Coutinho. João Paulo Costa, Nuno Mata, Miguel Domingues, Miguel Reis, Sara Galvão Online: José Pedro Andrade, Vanessa Cardoso Multimédia: Gonçalo Bejinha
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a próxima edição da
Conselho Editorial Carlos Reis, José Manuel Graça Bau, João Botelho, Rodrigo Leão, Sinde Filipe
HD
Fotografias Atalanta Filmes, CLMC, Costa do Castelo Filmes, CTW Portugal, Ecofilmes, FIC Portugal, LNK, MEO Dir. TV, Midas Filmes, Prisvideo, Sonicel, Sony Pictures HE, Sony Computer, VC Multimédia, ZON Lusomundo, Image.net
número duplo
Julho / Agosto nas Bancas a
1 Julho
Vera Farmiga em Nas Nuvens
editorial
C
omo dizia um amigo meu, director dum reputado semanário de informação – nem sabes a sorte que tens em poderes publicar uma revista com conteúdos divertidos e só com as melhores fotos. A mim só me calham as catástrofes, a crise e a corrupção. Claro que entre o tom, só aparentemente, invejoso, ressalta algum exagero, mas não deixei por isso de registar a observação, como um estímulo sincero à concretização daquilo que nos move por aqui. Se há períodos em que precisa de se divertir e esquecer, nem que seja por breves momentos, as dificuldades do dia a dia, trabalhamos para lhe proporcionar boas leituras e algum divertimento. Nesta segunda edição da Magazine.HD tentámos consolidar os nossos principais eixos, esperando mobilizar os nossos leitores a adoptaremnos como a sua companhia habitual, com o melhor que se faz em televisão, vídeo e cinema, quer do ponto de vista dos conteúdos de eleição que tentamos destacar, como na procura das melhores condições e formatos para deles tirarmos partido. Entre a forte vaga 3D do início do ano e as que se preparam para o Verão de 2010, a nossa parceira Take oferece-nos algum do melhor cinema que vai ser estreado brevemente, desde o “Iron 4 magazine. HD
Junho 2010
Man 2” a “Em Roma”, passando pelo e divertido “Sexo e a Cidade 2”, sem esquecer o incontornável Mundial de Futebol em todas as suas dimensões. Mas quisemos ir um pouco mais longe e disponibilizar a instância original da saga das quatro mais famosas cabeleiras do apocalipse, com o ainda fresco na memória de todos “Sexo e Cidade 1” a preço quase simbólico. E tal como prometemos no primeiro número é com satisfação e orgulho que iniciamos um processo de ajuda na descoberta e explicação dos principais termos de que muita gente fala e poucos entendem – a parafernália de conceitos e siglas associadas à Alta Definição, como HD, SD, HDMI, True HD, Tru3D... Por fim, mas nem por isso menos relevante, chamamos a vossa atenção para as duas novas rubricas – Podia Viver Sem Elas? e Zona Erógena – bem distintas entre si mas que traduzem o mesmo espírito de divertir de forma inteligente, sem tabus e sem a ambição de nos tornarmos demasiado sérios ou elitistas, porque, se está a ler estas páginas, o nosso desejo é que se divirta! Rui Ribeiro rui.ribeiro@magazine-hd.com
Publicidade Tel.: (+351) 216 099 095, (+351) 962307195 geral@magazine-hd.com Assinaturas Linha directa de apoio ao assinante VASP - Premium Tel: (+351) 214 337 036 Fax: (+351) 214 326 009 E-mail: assinaturas@vasp.pt Portugal: 30€, Europa: 50€ Produção Design: www.cecilia-designs.com Impressão e Acabamento: Peres – Soctip, Porto Alto Distribuição VASP –Distribuidora de Publicações LDA. Periodicidade: Mensal Tiragem: 13000
motions Propriedade e Edição Edição de Publicações Periódicas, Consultoria, Marketing e Publicidade na Área do Entretenimento Av. Gomes Pereira, 59 r/c Dto., 1500-318, Lisboa Tel.: (+351) 216 099 095 NIPC: 509385125 Capital Social: 10 000 Euros Registo ERC n.º 125868 Depósito legal n.º 309807/10 ISSN (print) 1647-6840; (online) 1647-6859 Proíbida a reprodução, no todo ou em parte, de textos, fotografias ou ilustrações por quaisquer meios e para quaisquer fins, sem o prévio consentimento dos seus autores.
Copyright: (C) MMX NEW LINE PRODUCTIONS, INC. Photo Credit: Craig Blankenhorn
Sumário
Especial Sexo e a Cidade 2, pág. 30
TELEVISÃO
Cinema
BLU-RAY
10 Zapping
30 Preview Especial ‘O Sexo e a Cidade 2’ 32 Rumores, Humores e Outras Dores 34 Crítica
46 Blu-Ray do Mês: Sherlock Holmes 47 Entrevista a Robert Downey Jr. e Jude Law 48 Recomendamos
Inéditos: Sacanas Sem Lei, ABC da Sedução Notícias Ciclos: Samuel L. Jackson Série do Mês: O Prisioneiro
18 Desporto
Campeonato do Mundo Fifa 2010
20 Entrevista com Edie Falco Nurse Jackie
Confronto de Titãs, Greenberg, Homem de Ferro 2, Kick Ass.
40 A Chegar
Eclipse, Ondine, Em Roma, Um Funeral à Chuva
Nas Nuvens, O Sítio das Coisas Selvagens, Sacanas Sem Lei, Relatório Minoritário, Inimigos Públicos, Terapia de Casais
44 Estreias em Junho
24 Videoclube
Estreias, Top 5 e Best Buy
28 Agenda Prime
DVD
tecnologia
Música
54 Recomendamos
66 Testámos:
70 Crítica:
Ouviste Falar Dos Morgans?, Chéri, New York I Love You, O Amor e as Mulheres
60 Em Série
O 3D Está Entre Nós
68 Hdpédia
Diário Secreto de Uma Call Girl,Californication T1, Mad Men T2, Satisfaction T2
Laura Veirs - ‘July Flame’ Matthew Shipp - ‘4D’
71 Ao Vivo
Air, Pop Dell’Arte
63 zona erógena 64 Lançamentos Tops DVD e Blu-Ray
Kids Corner
Jogos
cartaz
72 Para ver em casa 74 Exposições: Divertir e Aprender 75 Maria e Miguel Recomendam
76 Zona de Teste
80 Em Junho: Saia! Curta! 82 podia viver sem elas?
Alpha Protocol, Super Street Fighter IV, Splinter Cell Conviction
76 Antevisão
Rita Red Shoes
Kingdom Hearts: Birth by Sleep, Lara Croft And The Guardian of Light
78 Verão 2010 True Crime
Junho 2010
magazine.HD 5
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T1: TM & © 2009 CBS Studios Inc. All Rights Reserved.
TV
Acompanhe todo o Mundial 2010 e experimente a sensação de ver jogos em Tru3D. Regresse ao passado com o remake da série britânica O Prisioneiro. Não fuja às estreias em Alta Definição de Sacanas sem Lei e ABC da Sedução. Reconheça o inconfundível Samuel L. Jackson e siga a fuga do casal Morgan e as aventuras de Sherlock Holmes no conforto do seu sofá. Que vença o melhor! 10 Zapping 18 Desporto 20 Entrevista com Edie Falco 24 Videoclube 28 Agenda Prime
Acidente de Percurso em estreia na Fox Life
televisão
T1: TM & © 2009 CBS Studios Inc. All Rights Reserved.
Maria Stuart
zapping Estreias
Acidente de Percurso na FOX Life
A FOX Life devolve-nos este mês ao ecrã a belíssima Jenna Elfman, a estrela da famosa série “Dharma & Greg” e que arrebatou um Globo de Ouro em 2000. Agora, Jenna veste a pele de Billie, uma mulher solteira na casa dos trinta que descobre que está grávida “por acidente” depois de um caso de uma noite com um homem bastante mais novo do que ela e que decide, não só, ficar com o bebé, mas também com o rapaz. Uma divertida, romântica e sexy comédia criada por Claudia Lonow e com produção a cargo da BermanBraun em associação com a CBS Paramount. Estreia 27 Junho, FOX Life e FOX Life HD, Domingos, 22h40
O Fecho de Ruben Bicho
Nas posições 200 e 201 da ZON, o novo canal ETV quer ser uma referência incontornável para quem decide e para quem segue atentamente a actividade económico/ financeira. À hora certa (16h30) e em tempo real, Ruben Bicho conduz o Fecho de Contas – programa em que se faz a leitura detalhada da evolução do PSI20. Mercados internacionais, matérias-primas e câmbios são analisados por uma equipa de analistas e operadores da Bolsa, em estúdio ou via Skype – com a primeira ligação do dia à Redacção do Brasil Económico. Uma hora imprescindível para quem, por exigência profissional ou não, se interessa pelo universo dos mercados. Fecho de Contas, 2ª a 6ªf., 16h30, ETV e ETV HD
MOV APOSTA EM HAPPY TOWN Depois do sucesso alcançado com séries como “True Blood”, ou “Ruptura Total”, o MOV reforça agora a sua aposta com “Happy Town”, série da cadeia americana ABC apelidada pelos críticos como sucessora do famoso sucesso televisivo dos anos 90, “Twin Peaks”. Suspense, drama e mistério são alguns dos principais ingredientes desta série. É mais um thriller desenrolado em Haplin, uma pequena e tranquila cidade americana que vê a sua rotina mudar repentinamente quando misteriosos desaparecimentos ameaçam a pacatez da localidade. Depois de um período de cinco anos de paz e tranquilidade, mas ainda assombrada por vários sequestros que ficaram por resolver, a pequena cidade enfrenta agora um novo crime que traz à superfície os medos do passado. As vítimas desaparecem sem deixar pistas, dando origem a investigações sem fim e a um ambiente de terror que assusta a população e intriga a polícia local. 10 magazine. HD
Junho 2010
Mais uma vez, as suspeitas recaem no misterioso sequestrador, conhecido como “Magic Man”, que muitos consideram ser o responsável pelos crimes bizarros que ocorrem neste paraíso americano, situado no Minnesota. As investigações são conduzidas pelo polícia Conroy (M.C. Gainey) e pelo seu assistente Tommy, interpretado por Geoff Stults. Ao elenco principal junta-se ainda Sam Neill (“Jurrassic Park”), Amy Acker (“Angel”), Frances Conroy (“Six Feet Under”), Sarah Gadon, Robert Wisdom, Jay Paulson e Ben Schnetzer. Envolvida numa atmosfera de mistério, por vezes quase aterradora, esta série televisiva vem acompanhada de um humor sagaz, onde a violência se pode tornar rebuscada, tendo já sido comparada ao ambiente que caracteriza o filme “Fargo”. Happy Town, 2.ª f., 21h40, no MOV e MOV HD
SACANAS SEM LEI No primeiro ano da ocupação de França pelos alemães, Shosanna Dreyfus testemunha a execução da sua família pela mão do Coronel Nazi Hans Landa. Shosanna escapa por pouco, fugindo para Paris onde falsifica uma nova identidade como proprietária e operadora de um cinema. Noutro local da Europa, o Tenente Aldo Raine organiza um grupo de soldados judeus americanos, para executar investidas rápidas e chocantes de retribuição. Conhecidos pelos seus inimigos como “os sacanas”, o bando de Raine une-se à actriz e agente infiltrada alemã Bridget von Hammersmark numa missão para destruir os líderes do Terceiro Reich. O destino de todos eles converge sob um letreiro de cinema, onde Shosanna está determinada em preparar o seu próprio plano de vingança. ACÇÃO 2009 Realiz. Quentin Tarantino Int. Brad Pitt, Mike Myers, Samuel L. Jackson, Christoph Waltz Estreia 11 de Junho, 22h30 TVCine HD
Recomendamos
ABC DA SEDUÇÃO
“Ugly Truth” tem um argumento de base interessante sobre a popular guerra das audiências versus qualidade dos conteúdos televisivos e ainda um conjunto de pontos de vista curiosos sobre as razões da atracção dos sexos. Robert Luketic realiza esta comédia cheia de momentos divertidos embora nem sempre com a originalidade dum “27 Dresses”. Katherine Heigl, no papel de Abby, a produtora dum programa matinal (confirma aqui que tem mais a dar do que em “Anatomia de Grey”) e Gerard Butler, com a sua energia invulgar, bastam-se a si próprios para agarrar o espectador. Uma excelente imagem em HD, cores muito bem saturadas, bonitos tons de pele e um nível de detalhe generoso Uma comédia adulta, com diálogos truculentos e divertidos para um serão altamente sedutor. RR
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COMÉDIA 2009 Realiz.: Robert Luketic, Int.: Katherine Heigl, Gerard Butler
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televisão
zapping Inéditos
12 magazine. HD
Estreia 18 de Junho, 22h30 TVCine HD Junho 2010
televisão
Notícias MUNDIAL 2010: JOGOS NA TV
A RTP1 vai difundir pelos menos 32 jogos do Mundial de Futebol, a decorrer a partir de 11 de Junho na África do Sul. Entre esses 32 jogos – todos exibidos em directo – estão os da selecção nacional, o jogo de abertura do torneio, os quartos-de-final, as meias-finais e a final. O canal público irá difundir alguns jogos em diferido, caso esses sejam do interesse do público. A SIC tem previsto difundir 18 jogos da competição, em directo e em exclusivo em sinal aberto tendo já dado início à sua programação especial dedicada ao Mundial de Futebol que irá abranger também a SIC Notícias e a SIC Online. Diariamente vai para o ar o “Diário do Mundial” no “Primeiro Jornal” e no “Jornal da Noite” da SIC e SIC Notícias. Também os programas especiais “Alta Definição” e “O Regresso dos Incríveis” irão apresentar reportagens a partir África do Sul. Também a SPORT TV HD vai transmitir em alta definição todos os encontros do Mundial da África do Sul (alguns em diferido, quando se iniciem dois jogos ao mesmo tempo) e a programação da SPORT TV 1 será totalmente dedicada à prova, num total de 14 a 15 horas diárias. (ver página desporto SPORT TV).
SELECÇÃO NACIONAL EM 3D NA ZON
Através da operadora ZON, o jogo de preparação da Selecção Nacional de futebol com a Selecção de Cabo Verde, realizado no passado dia 24 de Maio entrou para a história da televisão e do futebol português como o primeiro desafio com transmissão directa na tecnologia Tru3D. Mas antes da partida da Selecção portuguesa para a África do Sul, a ZON transmite ainda em 3D o jogo Portugal-Camarões no dia 1 de Junho, às 19h30, na posição 270 da ZON BOX, onde são habitualmente transmitidos vários conteúdos em 3D. A operadora vai também instalar nas suas lojas pontos de demonstração, onde quem não tiver um televisor 3D pode ter um primeiro contacto com a experiência proporcionada por esta tecnologia. A realização destas transmissões históricas é possível graças a uma parceria entre a ZON, a TVI – que detém os direitos de transmissão dos dois jogos – e a LG, que vai fornecer as suas novas televisões com tecnologia 3D para os pontos de demonstração. Recorde-se que a ZON transmitiu recentemente a final do Masters de Augusta, a competição que marcou o regresso do número um mundial do golfe, Tiger Woods, em Tru3D também no canal 270 da grelha digital da ZON. Uma emissão inédita e em directo na televisão portuguesa, que comprova a liderança tecnológica da Empresa.
14 magazine. HD
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NOVO ANIMAX É MEIO MULTIPLATAFORMA MEO EM TRU3D NO ESTORIL OPEN
Com a emissão do Estoril Open, o MEO transmitiu pela primeira vez em Portugal um evento nacional em directo em Tru3D, que foi igualmente a primeira transmissão em três dimensões de um evento ATP. A tecnologia 3D foi utilizada na transmissão dos principais duelos do Estoril Open, nomeadamente no primeiro encontro do campeão mundial Roger Federer, nas meias-finais a 8 e na final masculina. Desenvolvida em parceria com a Lagos Sports e a RTP (televisão oficial do torneio), a emissão em 3D com carácter experimental e com produção a cargo da Media Luso foi vista por todos os clientes MEO (IPTV e Satélite) no canal 281 (canal teste) com televisões 3D. Os clientes sem televisores 3D puderam assistir a esta experiência no recinto do torneio e nas principais lojas PT do país. Paralelamente, o MEO tem já disponível, fruto da sua parceria com a Samsung para toda a experiência 3D, um outro canal teste – na posição 280 – onde estão disponíveis vários conteúdos a três dimensões.
O Animax estreou uma nova imagem, totalmente inovadora, jovem, dinâmica e na qual o ponto de vista dos jovens e a sua vida são os protagonistas. Uma paleta de cores inédita e a imagem real vêm realçar os seus conteúdos, apoiados por campanha on air e exterior sob o lema: “Encontra o teu ponto A”, uma frase que anima os jovens a desfrutar os momentos altos que podem surgir a qualquer momento. O canal oferece ainda mais proximidade através da participação e por isso os jovens são os apresentadores e repórteres de “In The Qube”, cujas peças irão “salpicando” toda a programação diária. Liliana Gonçalves e Zé Bernardino são os rostos deste espaço.
OPTIMUS REVOLUCIONA TV NO TELEMÓVEL
A Optimus voltou a inovar na televisão no telemóvel e passou a transmitir todos os canais em Alta Definição, com qualidade de imagem e som únicos. A oferta Optimus Clix Mobile TV inclui os melhores canais nacionais e internacionais para satisfazer as mais diversas exigências dos utilizadores como RTP, SIC, SIC Noticias, Nickelodeon, Panda, MTV, Eurosport, Odisseia, Hollywood, CNN e Euronews, entre outros. A utilização é simples e tem as funcionalidades mais avançadas da TV tradicional: Alta definição, consulta de programação, fast zapping, avanço e recuo entre programas. Para aceder ao serviço é necessário um telemóvel Optimus 3G e escolher o tarifário mais adequado à sua utilização. Os pacotes incluem todos os canais excepto os canais adultos e variam entre €0,99 para o pacote diário e €1,99 para o pacote semanal, ou €7,50 para o pacote mensal. Todos os novos clientes têm a primeira subscrição gratuita para experimentar o serviço.
“CIDADE DESPIDA” EM HD
ZON e MEO estão a transmitir na posição da RTP1 HD “Cidade Despida”, a série protagonizada por Catarina Furtado na pele de Ana Belmonte, a inspectora-chefe que lidera as investigações de uma equipa de investigadores da Polícia Judiciária. A série da RTP, produzida pela SP Televisão e protagonizada por Catarina Furtado, recebeu quatro nomeações na 50ª edição do Festival de Monte Carlo, no agrupamento Série de Televisão Drama. “Cidade Despida” disputou o prémio com séries como “Dexter”, “Mad Man”, “The Tudors” ou “Lost”. No elenco, houve nomeações para Catarina Furtado e Cristina Carvalhal na categoria de Melhor Actriz, e para Pedro Laginha e Albano Jerónimo, na categoria de Melhor Actor.
zapping Ciclos
O INCONFUNDÍVEL
SAMUEL L. JACKSON Junho
Dia 21 Refém Dia 22 Freedomland – A Cor do Crime Dia 23 O Negociador Dia 24 The Spirit Dia 25 Tempo de Matar Dia 26 Vizinho Suspeito De 21 a 26 de Junho, 22h00, TVCine 3
Com uma carreira que conta com quase 70 títulos, Samuel L. Jackson foi considerado pelo Guiness Book of World Records, em 2009, o actor mais rentável da década. Aliás, quem se dedica a estas coisas das contas, garante mesmo que ele é o actor que mais dinheiro ganhou na história do cinema. Mas nem sempre as coisas pareceram fáceis para este actor, nascido Samuel Leroy Jackson, a 21 de Dezembro de 1948, na cidade de Washington. Chegou a estudar Arquitectura, mas formou-se em Artes em 1972, iniciando imediatamente a sua carreira. Nos seus primeiros trabalhos desempenhou, quase exclusivamente, papéis de traficante ou consumidor de drogas, antecipando, de certa forma, a realidade: em finais da década de 80, viria a entrar para uma clínica de reabilitação para se libertar do vício do consumo de cocaína. Pouco antes disso, tinha participado em alguns filmes do realizador Spike Lee e obtido alguma visibilidade. Em 1994, sob as ordens de Quentin Tarantino, interpretou Jules Winnfield, em “Pulp Fiction”, papel que lhe valeu uma nomeação para os Óscares, o prémio BAFTA para Melhor Actor Secundário, e o transformou numa autêntica lenda pop. A partir de então, os êxitos sucederam-se. “Die Hard – A Vingança”, “Tempo de Matar”, “Jackie Brown” (pelo qual foi premiado com um Urso de Prata do Festival de Berlim para Melhor Actor), “O Negociador”, “Star Wars”, “Shaft”, “XXX”, “Kill Bill 2” ou “O Protegido”, são apenas alguns dos títulos que demonstram bem a popularidade e, sobretudo, o talento e a versatilidade deste actor que o TVCine 3 agora homenageia com a exibição de seis dos seus filmes. Mantendo a média de cinco filmes por ano, Samuel L. Jackson, que recentemente ouvimos como narrador de “Sacanas Sem Lei” (de novo com Tarantino), vai certamente continuar a seduzir-nos… especialmente através das anunciadas aventuras em nome próprio de Nick Fury, herói da Marvel que já desempenhou em “O Homem de Ferro” e ao qual voltará a dar vida em vários filmes, nos próximos anos.
televisão
Série do mês
O Prisioneiro Nº 6 Remake da série britânica dos anos 60 estreia na FOX
“O Prisioneiro” é um remake da série britânica homónima criada no ano de 1967 e tem a sua estreia marcada na FOX para o dia 29 de Junho, às 21h30. A série original é um clássico de culto criado por Patrick McGoohan nos anos 60 e foi considerada genial e revolucionária para aquele tempo. 16 magazine. HD
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enhuma série produzida na época de ouro (anos 50 a 70) foi tão estranha como “O Prisioneiro”, produção inglesa com 17 episódios de uma hora que a rede americana CBS exibiu entre Junho de 1968 e Setembro de 1969. A sequência de títulos proporciona, no início de cada episódio, toda a informação necessária para entender o que vem a seguir. Por algum motivo que se ignora, um agente secreto inglês é seguido por desconhecidos que o fazem desmaiar com gás. Ao despertar, ele encontrase numa aldeia remota, prisioneiro de um grupo de pessoas que quer uma informação secreta.
O prisioneiro tem alguma liberdade, vive sem algemas, sem cela, e não tem guardas armados à vista. Chamado por “Número 6” durante a série, nunca poderá ver o rosto do “número 1”, o chefe da operação. Mas esta é a trama da série inglesa dos anos 60 e que proporcionou muitos momentos de humor, inteligência e ironia. As interpretações de Patrick McGooham, Fenella Fielding, George Markstein e a mescla de estilos e ideias granjearam até hoje muitos amantes da série.
toda a população do The Village – incluindo a médica de nome 313 (Ruth Wilson), o taxista 147 (Lennie James) e o filho de Dois que se chama 11-12 (Jamie Campbell Bower) – para o ajudarem a sair deste lugar. Recorrentemente Seis tem várias memórias da sua vida em Nova Iorque, as quais incluem um encontro com uma mulher chamada Lucy (Hayley Atwell), que poderá ser uma peça principal na
Estamos perante uma espécie de thriller psicológico cuja trama principal nos recorda um pouco a de “Perdidos”. Tal como na ilha, The Village é um lugar impreciso que ninguém sabe onde se encontra localizado, do qual ninguém pode sair e onde governam regras e leis próprias. Tanto os perdidos da série com o mesmo nome como o prisioneiro desta série não conseguem entender as coisas estranhas que se sucedem em seu redor: o fumo preto e o globo branco, a função do esotérico Jacob ou do misterioso número “um”, etc. Há então uma necessidade permanente de tentar compreender, de saber cada vez mais, sendo este o motor que move toda a intriga. Para além do fantástico Jim Caviezel no papel principal (protagonista do filme “A Paixão de Cristo”), podemos contar com a participação, do também ele fantástico, Ian McKellen.
Esta nova versão, criada pela AMC, é visualmente impecável, e recria a atmosfera onírica da original, mostrando um clima estranho de constante opressão, confusão e dúvida. Agora é Jim Caviezel que veste a pele do protagonista. Michael ou Número Seis descobre uma trama oculta na empresa onde trabalha e desperta no The Village, um povo que reside no meio do nada. Ele não tem a menor ideia de como foi ali parar ou de como sair dali. Quando acorda neste lugar é-lhe atribuído o número Seis (toda a população é denominada com números) apesar de ter um nome próprio que toda a gente desconhece. Aqui contam-lhe que sempre viveu em The Village, sendo este o único lugar real que existe. Desta forma, a única missão de Seis é descobrir qual a localização exacta deste lugar, quem é o número Dois (Ian McKellen) – governador do The Village – e o porquê de este o manter prisioneiro. Nesta aventura, o número Seis terá de aprender em quem pode confiar entre Título Original: “The Prisoner” Género: Drama Episódios: 6 episódios (aprox. 45 min.) Autor: Bill Gallagher Realizador: Nick Hurran Elenco: James Caviezel, Hayley Atwell, Ruth Wilson, Ian McKellen, Lennie James, Jamie Campbell Bower, Rachael Blake, Produção: Granada International FOX E FOX HD Estreia: Terça-feira, dia 29 de Junho, às 21h30 Emissão: Terças-feiras, às 21h30 Repetição: Sábados, às 01h20, e Domingos, às 03h35 Junho 2010
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televisão
descoberta das respostas a todos os seus porquês.
televisão
desporto Junho FUTEBOL CAMPEONATO DO MUNDO FIFA 2010 11 JUN A 11 JUL Todo o Mundial em directo e em Alta Definição HD
Fase de grupos 11 ÁFRICA DO SUL x MÉXICO 15H00 11 URUGUAI x FRANÇA 19H30 12 COREIA DO SUL x GRÉCIA 12H30 12 ARGENTINA x NIGÉRIA 15H00 12 INGLATERRA x ESTADOS UNIDOS 19H30 13 ARGÉLIA x ESLOVÉNIA 12H30 13 SÉRVIA x GANA 15H00 13 ALEMANHA x AUSTRÁLIA 19H30 14 HOLANDA x DINAMARCA 12H30 14 JAPÃO x CAMARÕES 15H00 14 ITÁLIA x PARAGUAI 19H30 15 NOVA ZELÂNDIA x ESLOVÁQUIA 12H30 15 COSTA DO MARFIM x PORTUGAL 15H00 15 BRASIL x COREIA DO NORTE 19H30 16 HONDURAS x CHILE 12H30 16 ESPANHA x SUÍÇA 15H00 16 ÁFRICA DO SUL x URUGUAI 19H30 17 ARGENTINA X COREIA DO SUL 12H30 17 GRÉCIA x NIGÉRIA 15H00 17 FRANÇA x MÉXICO 19H30 18 ALEMANHA x SÉRVIA 12H30 18 ESLOVÉNIA x ESTADOS UNIDOS 15H00 18 INGLATERRA x ARGÉLIA 19H30 19 HOLANDA x JAPÃO 12H30
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FÓRMULA DRIFT
Resumo da época 2009 e antevisão 2010 HD
18 magazine. HD
Junho 2010
19 GANA x AUSTRÁLIA 15H00 19 CAMARÕES x DINAMARCA 19H30 20 ESLOVÁQUIA x PARAGUAI 12H30 20 ITÁLIA x NOVA ZELÂNDIA 15H00 20 BRASIL x COSTA DO MARFIM 19H30 21 PORTUGAL x COREIA DO NORTE 12H30 21 CHILE x SUÍÇA 15H00 21 ESPANHA x HONDURAS 19H30 22 FRANÇA x ÁFRICA DO SUL 15H00 22 MÉXICO x URUGUAI 15H00 22 GRÉCIA x ARGENTINA 19H30 22 NIGÉRIA x COREIA DO SUL 19H30 23 ESLOVÉNIA x INGLATERRA 15H00 23 ESTADOS UNIDOS x ARGÉLIA 15H00 23 GANA x ALEMANHA 19H30 23 AUSTRÁLIA x SÉRVIA 19H30 24 ESLOVÁQUIA x ITÁLIA 15H00 24 PARAGUAI x NOVA ZELÂNDIA 15H00 24 CAMARÕES x HOLANDA 19H30 24 DINAMARCA x JAPÃO 19H30 25 PORTUGAL x BRASIL 15H00 25 COREIA NORTE x COSTA MARFIM 15H00 25 CHILE x ESPANHA 19H30
Oitavos-de-final 26 1º GRUPO A x 2º GRUPO B 15H00 26 1º GRUPO C x 2º GRUPO D 19H30 27 1º GRUPO D x 2º GRUPO C 15H00 27 1º GRUPO B x 2º GRUPO A 19H30 28 1º GRUPO E x 2º GRUPO F 15H00 28 1º GRUPO G x 2º GRUPO H 19H30 29 1º GRUPO F x 2º GRUPO E 15H00 29 1º GRUPO H x 2º GRUPO G 19H30 Quartos-de-final, meias-finais, 3º e 4º lugares e final em Julho, em directo e em alta definição, nos canais SPORT.TV HD
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04 A 06 GP ITÁLIA HD 18 A 20 GP GRÃ-BRETANHA HD 24 A 26 GP HOLANDA HD
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televisão
entrevista com Foi Carmella Soprano, a mulher de Tony em “Os Sopranos”. Agora vamos ver Edie Falco, vencedora de um Emmy Award em “Nurse Jackie”, uma brilhante e impulsiva enfermeira viciada em drogas. Um papel que a fez sentir mais viva e que pretende alertar para o problema do abuso de medicamentos.
“As pessoas como ela assustam-me porque não sou nada assim” Q: Quando lhe propuseram o papel na série “Nurse Jackie” alguma vez imaginou que iria ser este grande sucesso? Edie Falco: Quando assinamos o contrato nunca sabemos como uma série vai resultar ou se vai ser aceite. Para ser honesta, sou completamente egoísta quando procuro trabalho, quero sempre algo que realmente goste de fazer. Neste caso, parecia que ia ser divertido para mim e foi por isso que eu aceitei ser a ‘Nurse Jackie’. Estou encantada que, tal como eu, o público tenha aderido. Q: Foi nomeada para os Globos de Ouro e para os Screen Actors Guild (SAG) pelo seu trabalho em “Nurse Jackie”. Apesar de estar habituada a receber prémios, o que sentiu ao ser nomeada pela interpretação da protagonista desta série? E.F.: É uma loucura e é óptimo. Eu adoro o que faço e, sinceramente, fico grata apenas por ter um emprego. Tudo o resto é quase embaraçoso. Estou verdadeiramente emocionada com o desenrolar dos acontecimentos. Os prémios SAG são particularmente gratificantes porque dizem muito mais sobre os actores – estou no seio da minha comunidade. A cerimónia de entrega dos prémios é também uma oportunidade para reencontrar muitos amigos e para pôr a conversa em dia. Muitos dos meus amigos vivem em Los Angeles e eu vivo em Nova Iorque, assim é bom a vários níveis. Q: Quando a encontram o que é que os fãs lhe dizem sobre a “Nurse Jackie”?
T1: TM & © 2010 CBS Studios Inc. All Rights Reserved.
E.F.: Dizem-me coisas boas e ocasionalmente recebo comentários de enfermeiras a elogiar o meu desempenho, o que realmente significa muito para mim. Fico muito grata. Sinto que não é apenas alguém desta indústria que está a opinar sobre o meu trabalho. Fazem-me sentir que o que faço é importante, porque às vezes eu não tenho essa certeza. Q: Jackie é uma das personagens mais conturbadas da TV. Enfrenta questões como a droga, o amor e os conflitos familiares. Representá-la é um desafio? E.F.: É muito divertido. Ela é meio confusa e deixa um rasto de destruição por onde passa, deixando aos outros o trabalho de compor o que destruiu. Mas há algo triste e preocupante nisso. As pessoas como ela assustam-me porque não sou nada assim. Sou muito responsável na vida real. Portanto dar vida a uma personalidade como esta é o desafio dos desafios. Deve ter sido essa a principal razão que me seduziu para este papel. Jackie tem um bom coração debaixo de uma grande confusão. 20 magazine. HD
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televisão Q: A série ‘Nurse Jackie’ tem um lado negro cómico que a diferencia da maioria dos dramas hospitalares. Acha que o elemento de comédia tem ajudado a torná-la popular? E.F.: Os argumentistas da série são óptimos e são pessoas genuinamente muito divertidas. Temos de admitir que as pessoas adoram rir. Jackie vive num mundo de alto risco. Para as pessoas que trabalham nas salas de emergência de um hospital, o riso é um mecanismo de sobrevivência. Acho que o público entende isso. Q: No final da primeira temporada, Jackie sucumbe à pressão e rouba os medicamentos ao recém-chegado “Pill-O-Matic”, parecendo que se vai suicidar. É um pedido de socorro? E.F.: O que eu gosto no final da 1 ª temporada é que fica em aberto à interpretação de cada um. Não acho que os argumentistas queiram completamente “soletrar” o seu suicídio, mas creio que por natureza, ela não é realmente auto-destrutiva. A sua maneira de lidar com a dor emocional é matá-la e foi isso que quiseram dizer. Ela estava num momento de turbulência emocional e tentou fazer desaparecer essa turbulência – e achou que o conseguia assim. Ela às vezes não tem as melhores ideias, mas faz o que pensa que a vai ajudar.
numa sala de emergência é como estar numa guerra – e Eddie sabe isso e sabe o que Jackie passa no dia-a-dia do hospital – há algo que os liga porque eles partilham o mesmo mundo. Nunca sabemos a razão pela qual as pessoas têm affairs – mas acho que o relacionamento de Jackie com o Eddie vai para além da relação consumidor fornecedor. É impossível saber por que as pessoas se envolvem. E muitas vezes se forçamos percebê-lo arriscamo-nos a passar das marcas.
Q:Vamos ouvi-la cantar no final da 1 ª temporada. Cantar foi uma coisa natural para si?
Q: Será que o seu relacionamento com o Eddie vai ficar resolvido na 2ª temporada?
E.F.: Eu canto no duche desde pequenina. Participei em vários musicais na escola, mas eu gosto realmente de cantar – e algumas vezes tive a oportunidade gravar canções.
E.F.: Eu diria que fica complicado. É por isso que vai ser muito divertido assistir aos episódios.
Em ‘Nurse Jackie’ sinto-me à vontade para cantar. Não estou propriamente a tentar entrar numa banda nem nada, mas é realmente muito divertido. Q: Como é que Jackie enfrenta na 2 ª temporada toda a destruição que deixou atrás de si? E.F.: Os toxicodependentes ou os alcoólicos tendem a negar o que lhes está a acontecer. Eu acho que é o que ela acaba por fazer. E quando diz: “Oh, isto foi péssimo, mas amanhã é um novo dia para começar de novo”. Ela não enfrenta realmente a situação, mas de alguma forma é capaz de levantar-se e andar para a frente. Q: O que está por trás de Jackie no seu relacionamento com o farmacêutico hospitalar Eddie? Para quem olha de fora, o affair de Jackie com Eddie parece ser apenas uma maneira fácil de ela conseguir a sua dose gratuita de medicamentos. E.F.: As pessoas têm dito isso, mas eu não acho que ela seja assim tão superficial. Um viciado mais cedo ou mais tarde encontra uma maneira de obter drogas, ponto final. Trabalhar 22 magazine. HD
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Q: O marido de Jackie, Kevin, é um tipo impecável. Porque é que ela põe o casamento em risco levando uma vida dupla? E.F.: Porque não é real para ela – a Jackie pensa que não está a fazer nada de errado. Ela está muito confusa – e isto é o que acontece a muitas famílias que não conseguem encontrar maneira de gerir bem as suas vidas. Quando há um naufrágio há sempre vítimas inocentes. Tudo parece divertido, ela é engraçada e tudo mas há que perceber que o que a Jackie faz é realmente uma trapalhada. De certa maneira é horrível, e as pessoas ficarão terrivelmente magoadas quando a verdade vier à tona.
ajudar os pacientes. Embora a sua vida pessoal seja um caos, no fim de contas ela é muito competente e eu não me importaria que cuidasse de mim num hospital – apesar dos seus defeitos. Q O abuso de medicamentos é um dos grandes problemas que a sociedade americana enfrenta e o mundo também. Ter retratado uma enfermeira viciada em drogas deu-lhe outra perspectiva sobre esta questão? E.F.: Antes de aceitar interpretar Jackie eu desconhecia o que estava a acontecer. Mas quanto mais tempo passava, em conversa com outras pessoas sobre a série, apercebi-me que esse problema é muito maior do que eu imaginava. É como o alcoolismo – ou se é um alcoólico ou se conhece alguém que o é. Esperemos que quanto mais se fale deste problema – e sendo abordado em ‘Nurse Jackie’ – mais as pessoas fiquem despertas para ele. Espero que a série seja útil nesse aspecto.
Q: O que vamos conhecer mais da vida familiar de Jackie na 2ª temporada? E.F.: Vão ver mais a sua família. Ela vai continuar a esforçar-se para permanecer no controlo – e, como tantas outras mães, Jackie percebe que pouco ou nada pode fazer. As suas filhas têm uma vida própria. Os pais fazem o melhor possível, mas nem sempre sabem o que é melhor. O drama em torno da sua vida no trabalho continua, bem como o drama da sua vida em casa. Q Se alguma vez precisasse de tratamento médico de emergência confiaria os seus cuidados médicos a alguém como a ‘Nurse Jackie’? E.F.: Sim, confiaria, porque ela é boa profissional, muito inteligente e a sua prioridade é
Nurse Jackie T1 está em exibição na FOX Next, segundas-feiras, 21h30
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OUVISTE FALAR DOS MORGANS?
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Realiz.: Marc Lawrence. Int.: Hugh Grant, Sarah Jessica Parker, e Kim Shaw COMÉDIA 2008
Paul e Meryl Morgan são um casal nova-iorquino cujo casamento chegou ao fim. Três meses após de separação, Paul não está disposto a desistir da mulher e procura-a para lhe pedir que dê uma última oportunidade à união. É nessa altura que testemunham o assassinato de um poderoso traficante de armas. Os Morgans são forçados pelo Governo a mudarem as suas identidades e a serem protegidos juntos, fugindo de Manhattan. Quando Paul pensava que não tinha mais opções, esta situação pode ser a última oportunidade de manter o seu relacionamento. O britânico Hugh Grant, verdadeiro “rei” da comédia romântica, surge aqui ao lado da eterna Carrie Bradshaw, de “O Sexo e a Cidade”, e sob as ordens de Marc Lawrence, um realizador com quem já trabalhou noutros sucessos do mesmo estilo cinematográfico como “Amor sem Aviso”.
BEST BUY
ACHAS QUE SABES DANÇAR? E CIDADE DESPIDA NO ZON VIDEOCLUBE Se perder um episódio de Achas que Sabes Dançar? o programa sensação ao domingo à noite na SIC, não fique triste. Agora já pode ver no dia seguinte à sua exibição o João Manzarra na TV Best Of do ZON Videoclube. Foram muitos os concorrentes que “saltaram” para a audição final! Mas o talento não é para todos. E o júri é soberano e sabe o que procura! Também os episódios de Cidade Despida, série da RTP protagonizada por Catarina Furtado já estão disponíveis gratuitamente no dia seguinte à sua exibição na área de TV Best Of. Aqui pode ver ou rever gratuitamente os principais programas dos canais generalistas nacionais (RTP, SIC) e de outros canais temáticos na oferta da ZON, tais como: AXN, Animax, Discovery Channel, Eurosport e TV5 Monde. As séries, os programas de opinião, de debate, de humor e as suas novelas favoritas para ver ou rever a qualquer momento. Tudo disponível para visualização durante um período de 7 dias após a sua emissão no respectivo canal. 24 magazine. HD
Junho 2010
televisão Pandemia
ESTREIAS Junho 04 Pandemia 13 Artur e a Vingança de Maltazard
25 Sherlock Holmes 25 Circo dos Horrores: O Assistente do Vampiro
26 Ouviste Falar
dos Morgans?
27 A Estrada 27 2 Amas de Gravata continuam ainda Julie e Júlia Bem-vindo a Zombieland Estado de Guerra Fama Planeta 51 S. Valentim Sangrento
2 Amas de gravata
Dois grandes amigos – um divorciado sem sorte ao amor e um solteiro e divertido pinga-amor – vêem as suas vidas, literalmente, viradas do avesso quando, inesperadamente, se tornam responsáveis por dois gémeos de seis anos no momento em que estão perante o maior negócio das suas vidas. Os inexperientes solteiros esforçam-se para conseguirem cuidar dos gémeos mas o resultado é um desastre e, talvez, a descoberta do que realmente é importante na vida...
a estrada Top 5 ZON videoclube 1 Os Substitutos 2 Lua Nova HD 3 Fama 4 Força G 5 Virgem aos 18 Anos
O catálogo do ZON Videoclube tem cerca de 3000 títulos activos e um número significativo em HD. Mais informação em www.zon.pt/ Videoclube
27 de Junho
Realiz. Walt Becker Int. John Travolta, Justin Long e Robin Williams COMÉDIA 2008
27 de Junho
Uma série de eventos catastróficos destruíram a América e o Mundo. Incêndios, inundações e fome, quase aniquilaram a vida na Terra, mergulhando o planeta num Inverno sem fim. É neste cenário desolador que um pai e um filho tentam sobreviver, rumando a sul, em busca de melhores condições de vida. Ao longo desta jornada épica, que iniciam quase sem mantimentos nem equipamento, apenas na posse de uma pistola e de duas balas, vão confrontar-se com os maiores perigos e as personagens mais estranhas, nunca perdendo o rumo nem a determinação de atingirem o seu objectivo… a costa. Perante as adversidades, e em nome do filho, o pai tenta agarrar-se à vida e à última gota de humanidade que ainda lhe resta, para finalmente capitular quando chegam ao seu destino. Baseado num romance de Cormac McCarthy, escritor vencedor do prémio Pulitzer em 2007, “A Estrada” é uma reflexão sobre a esperança, e um retrato emotivo das relações entre pai e filho.
Realiz. John Hillcoat Int. Viggo Mortensen, Kodi Smit-McPhee e Robert Duvall FICÇÃO 2009 Junho 2010
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sherlock holmes 25 de Junho
Numa nova abordagem ao mais famoso personagem de Arthur Conan Doyle, “Sherlock Holmes”, o detective e o seu leal parceiro Watson, encontram o seu último desafio. Revelando habilidades de luta tão letais quanto o seu lendário intelecto, Holmes irá combater como nunca para derrotar um novo inimigo e desmascarar um plano mortal que pode destruir o país. O thriller de acção e mistério “Sherlock Holmes” é liderado pelo aclamado Guy Ritchie. Robert Downey Jr. traz o lendário detective à vida, e Jude Law veste a pele de Watson, um médico e veterano de guerra que se torna o fiel colega e formidável aliado de Sherlock Holmes. Rachel McAdams é Irene Adler, a única mulher que conseguiu superar Holmes e que mantém um tempestuoso relacionamento com o detective. Mark Strong é o misterioso novo adversário, Blackwood. Kelly Reilly interpreta Mary, o interesse romântico de Watson.
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Catch-Up TV O Meo Videoclube disponibiliza em Catch-Up TV os melhores conteúdos dos canais AXN, Baby TV, Eurosport, FOX, FOX Life, FOX Next, FOX Crime, FX, SIC, RTP e Sony Entertainment. Os conteúdos estão disponíveis, para todos os clientes MEO, no Meo Vídeoclube, em Canais TV. Do AXN os telespectadores já podem visionar gratuitamente em Catch-Up TV as séries Investigação Especial T6, FlashForward, The Pacific, Lasko: O Punho de Deus e Alerta Cobra T14. Do Sony Entertainment podem visionar gratuitamente os episódios de Cougar Town – a mais recente comédia com Courteney Cox – Anjos da Guarda T6 e T7 e Assistente Pessoal. 26 magazine. HD
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Realiz. Guy Ritchie Int. Robert Downey Jr., Jude Law ACÇÃO 2009
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videoclube videoclube
televisão Gente Gira
ESTREIAS Junho 4 Robmania 13 Artur e a Vingança de Maltazard
18 O Solista 19 Chéri 25 Sherlock Holmes 25 Gente Gira 26 Ouviste falar dos Morgans?
26 2 Amas de Gravata 27 O Sítio das Coisas
O SOLISTA 18 de Junho
Quando o jornalista Steve Lopez vê Nathaniel Ayers a tocar de forma tão sentida o seu violoncelo de duas cordas no Skid Row de Los Angeles fica estupefacto. Ao princípio é atraído pela oportunidade de fazer dele o tema de mais uma das suas colunas para o Los Angeles Times mas o que descobre sobre o misterioso músico das ruas deixa-o fascinado.
Realiz. Joe Wright Int. Robert Downey Jr., Catherine Keener, Jamie Foxx DRAMA 2009
Selvagens
continuam ainda 2012 Planeta 51 Step Up 2 This is It Millennium 1 Lua Nova
Top 5 meo videoclube 1 2012 2 Os Substitutos 3 A Saga Twilight – Lua Nova 4 Força G 5 Estado de Guerra O catálogo do MEO Videoclube tem cerca de 3000 títulos activos e um número significativo em HD. Mais informação em www.meo.pt/ meo/videoclube
ROBMANIA 4 de Junho ”Robmania” é um documentário que acompanha todo o percurso do actor Robert Pattinson desde os seus tempos de escola até ao momento em que é seleccionado para o filme “Crepúsculo”. Antes de se tornar Edward Cullen, o cobiçado vampiro da saga Twilight, Rob interpretou diversos outros papéis na sua Inglaterra natal, com destaque para o personagem de Cedric Diggory, o desafortunado companheiro de Harry Potter no filme “A Ordem da Fénix”. Mas foi, obviamente, com Twilight que a vida de Pattinson mudou completamente, “Um dia vais dormir e no outro acordas e és a pessoa mais falada em todo o mundo!” E assim foi. Pattinson foi considerado o ”Homem mais Sexy”, nos Teen Choice Award e recebeu dois prémios MTV 2009 – Actor Revelação e Melhor Beijo em “Crepúsculo”.
Realiz. Robert Pattinson DOCUMENTÁRIO 2009 Junho 2010
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AGENDA PRIME 2ª feira
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5ª FEIRA
6ª FEIRA
SÁBADO
DOMINGO
21.30 Mentes
22.25 CSI NY T6
22.25 Trauma T1
22.25 CSI Miami T8
22.25 Castle T2
20.30 Sem Rasto T7
20.40 Mentes
Criminosas T5
22.20 Dexter T4
Criminosas T5
21.30 Humanos T2
22.20 Lie To Me T2
21.30 Cleveland
20.00 American
Puderes T1
Show T1
Dad T6
21.25 Casos
22.15 Donas de Casa 21.25 Betty Feia T4
21.25 Anatomia de
23.05 Irmãos e Irmãs 20.35 Glee T1
22.15 Uma Família
Arquivados T1
Desesperadas T6
Grey T6
T3 até 18/6
Muito Moderna T1
21.30 Nurse Jackie
21.30 Eastwick T1
21.30 A Lenda do
21.30 Smallville T9
19.35 Os Homens do 19.35 Rockefeller 30
20.30 Kings T1
T1 Estreia 17/5
Estreia 8/6
Guerreiro T2
22.15 Hustle T2
21.30 Impostores T1
22.15 24 T8
22.00 Underbelly T 2
22.00 UK Gladiator
21.40 Happy Town T1 20.50 Kyle Xy T4
Presidente T3
22.15 Os Sopranos
00.30 Lei e Ordem:
T6
Intenções Crim. T8
22.00 O Escritório T6 22.00 Psych T4 até
T1
17/6
21.00 Cops T18
22.15 DEA T2
20.15 O Meu Nome
18.30 Son of the
22.00 No Signal T1
é Earl
Beach T1
Estreia 27/6
00.10 Erva T3
23.20 Enterprise T3
20.50 Stargate
22.30 Sangue Fresco 22.30 Ruptura Total
SG1 T5
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17.15 Os Olhos da
21.00 Todos Gostam
18.30 Anjos da
21.30 Lincoln
21.55 Cougar Town
Lei T1
do Raymond T5
Guarda T8 Estr. 9/6
Heights T2
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Ásia T2 Estr. 13/6
23.20 As Feiticeiras
21.20 Blood + T1
20.20 Inside South
21.45 Sobrenatural
22.35 Vidas Cruzadas 14.15 In the Qube
21.00 Torchwood T2
Africa
T1
T3 Estreia 25/6
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T1
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22.20 Apanha-me se 22.20 House T6
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20.55 Hawtthorne T1 23.50 Grde. Desafio
Copyright: (C) MMX NEW LINE PRODUCTIONS, INC. Photo Credit: Craig Blankenhorn
Do luxuoso guarda-roupa das amigas às areias dos deuses, da crise da meia-idade a uma saúde de ferro, da irreverência adolescente ao eclipse do amor, dos mares da Irlanda às águas de Roma e ao reencontro à chuva. Entre estreias e rumores, sempre a dar cinema! 30 Preview Especial ‘O Sexo e a Cidade 2’ 32 Rumores, Humores e Outras Dores 34 Crítica 40 A Chegar 44 Estreias em Junho
Cynthia Nixon em Sexo e a Cidade 2
João Paulo Costa
cinema
preview especialespecial
O SEXO E A CIDADE 2 NO MUNDO DAS MULHERES
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ois anos após a estreia da versão cinematográfica de uma das séries de maior culto da HBO, Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Miranda Hobbes (Cynthia Nixon), Samantha Jones (Kim Catrall) e Charlotte York (Kristin Davis) estão de volta em “Sexo e a Cidade 2”, passo inevitável depois de o primeiro filme ter superado as melhores expectativas por parte de produtores e elenco, facturando milhões por todo o mundo. Após anos à procura do amor na cidade que nunca dorme, Carrie, colunista que relata as suas experiências pessoais nas páginas de uma revista, juntou-se finalmente a Mr. Big (Chris Noth), o homem da sua vida, não sem antes ter passado por (novos) momentos de turbulência afectiva. Miranda e Charlotte continuam a vida de mães e esposas, a primeira sempre mais dedicada ao trabalho e a segunda à família, passando por novos testes matrimoniais. Finalmente, Samantha continua a sua insaciável saga sexual, incapaz de resistir aos encantos do sexo masculino (isto depois de, durante os anos da série, ter chegado a experimentar, sem sucesso, o lesbianismo). Pelo menos é o que promete Catrall, a actriz que lhe dá corpo e, mesmo não podendo revelar muito do enredo do filme, faz questão de referir que os fãs da sua Samantha “não ficarão desiludidos com a personagem ou o seu voraz apetite”. Aliás, diz-se que assim que as autoridades do Dubai (local onde decorrerá parte da acção) leram no guião as cenas de Samantha, a autorização para filmagem foi declinada, tendo as mesmas sido rodadas em Marrocos. Tal como na vida real, também na narrativa se passaram dois anos e, ao que parece, Carrie e Mr. Big tentam a paternidade, enquanto Miranda e Charlotte parecem estar necessitadas de um intervalo afastadas do reboliço caseiro das crianças. E será em Abu Dhabi que as quatro amigas se irão reunir novamente, numas férias de luxo no exotismo árabe. E é no outro lado do mundo que Carrie irá também reencontrar alguém do seu passado…
RECORDANDO OS PRIMEIROS PASSOS Segundo Kim Catrall, “a rodagem foi bastante divertida, e deu a sensação de que a série nunca acabou e de que a equipa nunca deixou de trabalhar junta”. Boas notícias para os fãs que apreciam, acima de tudo, o grau de cumplicidade criado entre as quatro amigas mais conhecidas da cidade de Nova Iorque, do pequeno e do grande ecrã… mas não só. Se-
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gundo a mesma actriz, são muitas as pessoas que na rua a tratam por Samantha e a julgam bastante parecida com a sua personagem. Um testemunho da capacidade da série para entrar no imaginário popular, especialmente marcante, como não poderia deixar de ser, entre o público feminino, afirmando-se como um espelho (ou inspiração) para a mulher moderna e independente. Além disso, e tal como o seu título indica sem grandes dúvidas, “Sexo e a Cidade” ajudou também a abrir mentalidades e quebrar tabus em relação ao sexo e às suas formas de representação em televisão. Hoje em dia poderá ser difícil recordar, mas há doze anos os limites eram bastante mais apertados, e esta série originária de um canal de cabo ajudou a essa libertação. Quando estreou na televisão portuguesa, “Sexo e a Cidade” foi anunciado com alguma provocação e polémica, ainda que discretamente. Segundo Michael Patrick King, o realizador, uma das coisas que mais o entusiasmou foi a possibilidade de “tirar o sexo da sombra. Gosto do facto de agora não ser uma coisa escura ou motivo de vergonha e de o termos transformado em algo cor-de-rosa e doce como o Champanhe”. King, que já era também um dos produtores executivos da série televisiva, volta a assinar a realização para cinema (tarefa que já desempenhara em alguns episódios no pequeno ecrã), escrevendo também o argumento, adaptando as personagens do livro de Candace Bushnell, jornalista e escritora que começou tudo em 1998. Para Catrall, não deixa de ser surpreendente ainda estar a falar deste projecto, doze anos depois de este lhe ter chegado às mãos: “nunca pensei quando assinei para fazer a série que este sucesso alguma vez fosse possível. Não há forma sequer de se poder prever tal coisa. O que senti imediatamente nessa altura foi a conexão que se estabeleceu com as outras actrizes desde a primeira leitura do primeiro guião do episódio piloto, e a forma como este grupo de actrizes conseguiu tornar mais genuínas as palavras que encontraram no papel”.
cinema Se há coisa que também mudou desde 1998 foi a idade das protagonistas, e será importante ver como a história se adapta às suas características e acompanha o seu amadurecimento. De acordo com King, “é importante que elas continuem a andar em frente no filme, ou tudo soará a falso. Quando elas tinham 34 anos, tinham 34. Agora, a Samantha tem 52, e as outras estão entre os 42 e os 43, e todas têm histórias interessantes para contar, e para mim continuam todas deslumbrantes”. Sarah Jessica Parker concorda, afirmando que “a série já por aí anda há demasiado tempo para tentarmos fingir que os anos não avançaram, e eu também não estou interessada em mudar isso no meu visual. E, se pensarmos bem no assunto, a actualidade dos temas retratados permitem que certos grupos de mulheres se revejam nestas amigas, enquanto as gerações mais jovens poderão fazê-lo à medida que descobrem os episódios mais antigos da série televisiva”. Mas afinal qual é o grande foco deste novo filme? “Acima de tudo, e porque Carrie será sempre a principal protagonista, interessava-me ver como se dava agora no papel de esposa. E em que sentido o casamento mudava esta eterna independente”, conta-nos King. Depois de há dois anos termos andado a seguir as lamentações de Carrie após esta ter sido abandonada no altar pelo seu Big, desta vez, e tal como a sinopse deixa antever, o espírito será nesta sequela mais leve e bizarro. Será que podemos esperar num segundo filme uma versão mais alargada da viagem ao México que vimos no primeiro? King responde que queria fazer “algo que justificasse que as raparigas pudessem voltar a vestir-se em grande e continuar a festa”. Sim, porque convém não esquecer que falar em “Sexo e a Cidade” é também falar num certo universo cor-de-rosa feminino onde as grandes marcas da moda estão sempre presentes, seja entre as viagens das amigas pelas lojas mais famosas, seja pelo seu vestuário ou pela colecção de sapatos que Carrie mantém no seu armário. King admite mesmo que a ideia para este filme surgiu enquanto promovia o anterior, de festa em festa, de evento em evento, mas tendo sempre em conta que, tal como a idade das protagonistas muda, também o mundo permanece em constante evolução. O clima económico mudou completamente desde 2008, e terá sido esse mesmo o factor decisivo para conduzir estas mulheres a umas férias exóticas longe da crise. E que melhor local para rodar um filme feminista do que o Médio Oriente, zona do globo onde a repressão feminina é ainda uma realidade muito presente? Nesse contexto, a presença destas quatro mulheres emancipadas no luxo do deserto de Abu Dhabi não é uma mera coincidência.
PERMANECER FIEL À(S) MARCA(S) Há quem considere desajustados estes excessos, e quem qualifique as paradas das grandes marcas de roupa e acessórios como meros fo-
lhetins publicitários mas, para o melhor e para o pior, é um motivo que faz todo o sentido quando inserido nesse contexto. E, não tenhamos dúvidas, é também um dos principais motivos pelos quais as fãs se colaram a este universo. Livro, série de televisão, filme ou desfile de moda? A verdade é que é tudo isso e algo mais. É também uma espécie de reflexo de um certo estilo de vida, tal como já referimos anteriormente. E o mais certo é que, nesse particular, aparecer associado a este projecto é do melhor tipo de publicidade que uma marca poderá desejar. Goste-se ou não, “Sexo e a Cidade” tem todos os trunfos na manga para chegar ao seu público-alvo, e sabe jogar com eles na perfeição a todos os níveis. Aliás, se há coisa que o autor do filme tem sempre presente é o interesse do público, respeitando a enorme legião de fãs que o envolve: “de cada vez que me sento para escrever, os fãs são a primeira das minhas preocupações. Penso sempre no que será que eles querem ver, e espero que gostem deste”. Apesar de admitir a pressão para escrever algo tão do agrado do público como o primeiro filme, não nega que essa pressão também seja auto-infligida: “desde o primeiro momento que tento nunca me repetir. Tento não repetir situações ou emoções, e quero que seja tudo novo para o espectador, e por isso estou constantemente a desafiar-me a mim próprio como escritor”. E King faz mesmo questão de ter esse espírito constantemente presente na rodagem, tentando sempre que possível trabalhar à sua maneira, mesmo que isso implique um corte com os processos habituais na indústria: “Queria fazer um filme como se costumava fazer nos grandes estúdios, com cenários opulentos e reais, sem ecrãs verdes ou efeitos gerados por computador. Se elas estão a andar num camelo, ou debaixo do sol do deserto, estão mesmo a fazê-lo, sem truques de câmara”. Depois do sucesso conseguido até aqui, e daquele que já se começa a prever com o segundo título cinematográfico da série, como responde King à inevitável questão sobre um eventual terceiro filme? “Enquanto estou a fazer uma coisa, não gosto de pensar na seguinte, portanto para já não existem quaisquer planos para um novo filme, mas estas personagens serão sempre interessantes e tudo dependerá do que o futuro nos trouxer”. Tal como no filme anterior, a este elenco juntam-se novas caras bem conhecidas do grande público, quer dando corpo a personagens fictícias, quer interpretando-se a si próprias. Entre esses nomes destacam-se Penélope Cruz, Miley Cyrus ou Liza Minnelli, todas dignas representantes de distintas gerações de mulheres independentes e de sucesso. “Sexo e a Cidade 2” tem estreia prevista para dia 3 de Junho no nosso país, uma semana depois da sua estreia americana. Portanto fãs marquem já a data a cor-de-rosa nos vossos calendários.
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UMA FANTASIA EM TONS REALISTAS
cinema Nuno Mata
RUMORES, HUMORES E OUTRAS DORES... Os filmes de super-heróis estão na moda e depois de confirmado o nome de Chris Evans como Capitão América, a surpresa não poderia ser melhor quando foi anunciado este mês que o inimigo mortal do patriota americano seria Hugo Weaving. O actor vai interpretar o papel de Red Skull, o sanguinário vilão nazi, cuja única ambição é ser o próximo conquistador do mundo. George Clooney será Jack em The American. Jack é um assassino profissional que resolve desistir da sua vida de constantes trabalhos sangrentos, especialmente depois de um trabalho na Suíça ter corrido de maneira inesperada. No entanto, primeiro terá de executar uma última missão em Itália. Surpreendendo-se a si próprio, Jack dá por si a procurar os conselhos de um padre e a ter um romance com uma mulher local chamada Clara. Um thriller intenso, inspirado no romance de Martin Booth e realizado por Anton Corbijn. Cemetery Junction é a nova comédia de Ricky Gervais e Stephen Merchant. Do elenco, além de Gervais e Merchant, fazem parte nomes conhecidos da indústria como Ralph Fiennes ou Emily Watson. A história centra-se no amadurecimento de três jovens trabalhadores de uma empresa de seguros na Inglaterra dos anos setenta. O filme não tem ainda estreia marcada em terras nacionais, mas promete gargalhadas intensas ao bom estilo britânico. Patrick Dempsey, o famoso McDreamy de Anatomia de Grey, está de volta às grandes telas. Desta vez foi apanhado nas redes da ficção científica e vai fazer de chefe de Megan Fox no terceiro capítulo da saga Transformers. Os primeiros rumores que circulam pela internet deixam antever que a sua personagem vai ser um vilão que vai dar que fazer à atraente namorada cinematográfica de Shia LaBeouf. J.J. Abrams tem um novo projecto na manga. Sabe-se que se chama Super 8 e que será filmado neste formato. Segundo algumas fontes, o filme, em tudo muito semelhante à sua abordagem em Cloverfield, contará a história de um grupo de amigos que brincam com uma câmara super 8 e que, depois de revelarem a película, descobrem imagens de um extra-terrestre. Ao que tudo indica, Lindsay Lohan será uma estrela pornográfica no filme onde interpretará Linda Lovelace, a famosa actriz de Deep Throat. Inferno será uma obra biográfica e contará ainda com Bill Pullman na pele de
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Junho 2010
Hugh Hefner. Sabe-se que a fita será realizada por Matthew Wilder, mas não existe ainda uma data de lançamento definida. Buried, o próximo projecto do espanhol Rodrigo Cortés, promete ser o filme mais claustrofóbico do ano. A história envolve um empreiteiro norte-americano que é sequestrado no Iraque e que, quando acorda, está enterrado vivo, com apenas um isqueiro, um telemóvel e pouco mais de uma hora de oxigénio. Certamente um one-man show de Ryan Reynolds que ninguém quererá perder. Um dos próximos projectos de Woody Allen ganhou finalmente um título oficial: Midnight in Paris será uma comédia filmada já este Verão na “Cidade das Luzes” e contará no elenco com nomes como Marion Cotillard, Carla Bruni, Rachel McAdams, Michael Sheen ou Owen Wilson. Depois de Bruce Willis ter deixado a porta aberta, no início do ano, a um possível regresso de John McClane, parece que a 20th Century Fox vai mesmo avançar para o quinto capítulo da saga Die Hard, ou não estivesse presentemente em negociações para encontrar um guionista para a fita. Yippie kay ye moth... A mesma 20th Century Fox oficializou também X-Men: First Class, uma prequela de “X-Men”. Matthew Vaughn, realizador do genial Kick-Ass, será o responsável pela fita que acompanhará a adolescência e amizade de Charles Xavier e Magneto. A estreia mundial está marcada para 3 de Junho de 2011. Dia e Noite, o novo filme de James Mangold conta com a dupla Tom Cruise e Cameron Diaz, interpretando um casal fugitivo numa batalha entre a confiança e a verdade. Espera-nos um misto de comédia e acção. A estreia nacional está apontada para 15 de Julho
Miguel Ferreira
cinema
crítica
“Confronto de Titãs” é uma fantasia de hoje com o perfume das aventuras de ontem.
FICHA TÉCNICA Título Original Clash of the Titans Realização Louis Leterrier Actores Sam Worthington Liam Neeson Ralph Fiennes
3
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Junho 2010
Confronto de Titãs “Choque de Titãs”, de 1981, foi o último trabalho de Ray Harryhausen, figura marcante na história cinematográfica dos efeitos especiais. Conhecido pelas suas criações em stop-motion, Harryhausen ofereceu fantasias que vão desde os mares de Sinbad até aos naufrágios de Gulliver. Cenas emblemáticas como a batalha contra um exército de esqueletos em “Os Argonautas” fazem parte de todo um imaginário do cinema fantástico e tiveram um contributo decisivo na evolução dos efeitos especiais. É então o seu canto do cisne quando, 29 anos depois, regressa às salas de cinema: “Confronto de Titãs”, remake que manteve o nome original de “Clash of the Titans”, actualiza a antiga história grega de Perseus, um simples pescador que parte para a aventura de uma vida. Depois de ver a sua família ser morta por Hades, o deus do submundo, decide encetar uma perigosa jornada de forma a travar a raiva dos deuses e salvar a humanidade. Pelo caminho vai encontrar as mais estranhas criaturas, os mais fiéis companheiros e as mais belas donzelas. Tudo de espada e garra em punho. Uma aventura à moda antiga, portanto? Sim, e é aqui que reside o grande trunfo do filme de Louis Leterrier (“O Incrível Hulk”, “Correio de Risco”): resume-se
a refazer e a não reinventar, mantendo essencialmente todo o esqueleto narrativo e modernizando visualmente tudo o resto. É como se o manequim continuasse a ser aquele velho sonho dos anos oitenta, mas agora com roupa nova, com trajes modernos e actuais. A história permanece simples, imersa num enorme caldo de mitologias – desde os deuses gregos, até ao Kraken nórdico, passando pelo Djinn das arábias – pautada com fantásticas cenas de acção e uma montagem fugaz. O confronto frenético com os escorpiões, no calor do deserto, o duelo com a Medusa, na viscosidade da caverna, e a colossal batalha contra o Kraken, na violência do mar, são pedaços puros de entretenimento guloso e bem construído. Há toda
uma inocência e sinceridade no modo como a narrativa é apresentada e contada. Mesmo os diálogos pobres e as interpretações planas – em especial a do protagonista Sam Worthington, que mostra aqui não conhecer a palavra versatilidade – conseguem encaixar numa aura pitoresca das antigas aventuras, ganhando rapidamente um carácter irresistível. Há ainda tempo para piscadelas de olho ao original, como a cena com a coruja mecânica, e para um romance eterno com a belíssima Gemma Arterton (que muito em breve voltará a estas lides com “Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo”). “Confronto de Titãs” não é a aventura completa, não é o entretenimento perfeito, mas consegue oferecer 100 minutos de fantasia saudosista, sincera e descomprometida.
cinema “Mais cego do que aquele que não vê, é aquele que não quer ver”. O mais recente projecto de Noah Baumbach levanta inúmeras questões ao nível do dito popular, usando-o para desconstruir uma personagem complexa, intrigante e, em todos os momentos, misteriosa. “Greenberg” relata a linha narrativa de Roger Greenberg, um homem de 41 anos, saído de um hospital psiquiátrico, que se desloca de Nova Iorque para Los Angeles e se estabelece em casa do seu irmão enquanto este viaja em negócios para o Vietname. À medida que se vai adaptando à nova realidade e procura reavivar velhas amizades, tenta realizar uma profunda introspecção à sua vida. O problema é que o seu jeito gingão gera mais ódios que amores. Através de uma ideia de Baumbach e de Jennifer Jason Leigh, o realizador escreve um argumento que deixa o espectador numa posição altamente desconfortável, tanto pelo ritmo a que os diálogos se processam e o seu ambíguo conteúdo, como pela ambivalência do indivíduo que realmente é “cego”. Será que Roger vive uma ilusão e não quer aceitar a dura realidade de que hoje não é quem poderia ser devido a más opções no passado? Ou será que é a sua
envolvente que não compreende a sua brutal frontalidade e necessidade de optimizar o seu dia-a-dia? É um peculiar estudo do carácter humano numa fase difícil da existência de um indivíduo. Nesse particular, Baumbach é perito a jogar na ténue linha que vai da comédia ao drama. Embora por vezes pareça que carece de ritmo narrativo, a verdade é que esta é, nas palavras de Alfred Hitchcock “apenas uma fatia de bolo de entre tantas outras”, isto é, um pedaço de ficção que poderia perfeitamente ser a realidade de qualquer um de nós. Não representa a magnificência máxima ao nível de concretização cinematográfica mas é capaz de envolver as audiências
com a sua naturalidade, bem ao estilo da nouvelle vague francesa. Não por ter personagens por demais icónicas ou pelo estilo de montagem utilizado, mas sim pelo modo como o diálogo oscila entre a trivialidade e a filosofia, parecendo que as linhas de diálogo são oferecidas à medida que os actores vão improvisando. Resulta, e bem. Primeiramente destaca-se aquele que é o melhor papel da carreira de Ben Stiller. Vivendo o seu próprio mundo, mostra que todos os humanos necessitam de amor e amizade para sobreviver, independentemente de quão grandes são as suas necessidades de solidão. E é verdadeiramente prazeroso observar um puro stand up comedian descobrir-se numa fase da sua carreira em que busca a mudança de rumo. Os secundários encontram-se, igualmente, a um bom nível, nomeadamente Rhys Ifans pelo modo como incita ao equilíbrio e por representar a consciência de Roger. Também Greta Gerwig se pauta pelo brilhantismo, pela naturalidade como interage com o meio envolvente, pela forma como complementa Stiller. Embora nem sempre seja um filme fácil de ver, “Greenberg” é possuidor de características capitais que o elevam ao estatuto de melhor indie do ano até ao momento.
ERRATA: na última edição, por lapso, foram trocados os nomes dos autores de duas críticas de cinema. Os autores correctos são: “Um Sonho Possível” - Filipe Ferraz Coutinho e “As Ervas Daninhas” - Miguel Domingues.
Filipe Ferraz Coutinho
Greenberg
Mais do que um devaneio criativo, mais do que um filme de actores, “Greenberg” é um pedaço de história de vida FICHA TÉCNICA Título Original Greenberg Realização Noah Baumbach Actores Ben Stiller Jennifer Jason Leigh Rhys Ifans Greta Gerwig
3
Junho 2010
magazine.HD 35
Miguel Reis
cinema
crítica
Um eficaz, enérgico e divertido produto de entretenimento para massas. FICHA TÉCNICA Título Original Iron Man 2 Realização Jon Favreau Actores Robert Downey Jr. Gwyneth Paltrow Mickey Rourke
4
36 magazine. HD
Junho 2010
Homem de Ferro 2 Um maior sentido de espectáculo, recheado de humor, fogo-de-artifício visual e um super-herói tão narcisista quanto frágil. É segundo estes moldes de puro entretenimento que o novo capítulo cinematográfico do herói da Marvel e de Stan Lee, criado no início dos anos sessenta, conquista uma vez mais as bilheteiras nacionais e internacionais. Em “Homem de Ferro 2”, o mundo já sabe que Tony Stark (Downey Jr.) é o multimilionário mulherengo, megalómano, sarcástico, carismático e adepto de uma boa festa que se “esconde” dentro da armadura mágica que protege os Estados Unidos da América do terrorismo e garante, ao mesmo tempo, a paz mundial. Stark dixit. Mas perante tamanha demonstração de poder, será que o Governo e as forças militares dos EUA resistem a não arranjar maneira de colocar as mãos na tecnologia desenvolvida por Stark? Para ajudar à festa, nada melhor que meter ao barulho um calculista físico russo, que procura vingar a triste vida do seu pai, antigo parceiro de Howard Stark e co-inventor esquecido e abandonado da enigmática fonte de energia que dá vida à “arma” de ferro. Com Jon Favreau a sentar-se novamente na cadeira do realizador – e a ganhar também alguns
minutos mais de protagonismo no grande ecrã enquanto guarda-costas de Stark - a grande novidade para esta sequela era mesmo a construção da narrativa estar entregue a Justin Theroux, o guionista responsável pelo pecaminosamente chistoso “Tempestade Tropical”. Depois de um filme que surpreendeu meio mundo mas deixou muito a desejar no que tocava a Obadiah Stane, o vilão interpretado por Jeff Bridges, estava na altura de “Iron Stark” ter finalmente um rival ao mesmo nível. E teve não um, mas dois, conjugados numa união entre o pateta cínico Sam Rockwell, concorrente industrial de Stark e o intratável Mickey Rourke, que entre murmúrios em russo e cicatrizes várias conquista total credibilidade perante o público. E assim, mesmo sem ser tão surpreendente quanto “Homem de Ferro” – as expectativas eram demasiado altas para alcançar tal feito – esta sequela resulta num produto de entretenimento para massas mais eficaz, enérgico e divertido do que o capítulo inicial da saga. Com uma banda sonora a acompanhar em bom estilo a adrenalina das suas cenas de acção, um elenco de luxo onde Don Cheadle brilha num papel em que Terrence Howard havia sido insonso, Scarlett Johansson
cumpre enquanto “Viúva Negra” e Samuel L. Jackson precisa de apenas alguns minutos na tela para deixar água na boca em relação a um regresso triunfal em “The Avengers”, um dos próximos projectos cinematográficos da Marvel, “Homem de Ferro 2” tinha potencial para ser um blockbuster de super-heróis sombrio, mas dificilmente resistiria às comparações com “O Cavaleiro das Trevas”. Assim sendo, dedica-se a divertir o espectador, com alguma fidelidade à banda desenhada, oferecendo várias referências ao restante universo Marvel e orquestrando pontes não só para o já referido “The Avengers”, como, após os créditos finais, para “Thor”. It’s good to be back.
Para amantes de bom cinema, um importante capítulo da sua historia, numa verdadeira edição de luxo ...
(Rui Ribeiro)
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cinema
crítica
Sara Galvão
Kick-Ass Digamos que não deve ter sido fácil vender este filme às produtoras. Isto não é Batman nem Superman. Isto é Dave Lizeski, um adolescente sem quaisquer super-poderes (brilhantemente interpretado por Aaron Johnson, que já brilhou como John Lennon em “Nowhere Boy”), um rapaz normal da internet e das redes sociais (sem sequer atingir o estatuto de geek), que decide ser um superherói, combater o mal e proteger a cidade. Só porque parece uma boa ideia. E após ter derrotado uns ladrões numa luta de rua – rapidamente posta online no Youtube – Kick Ass, como ele se autodenomina, passa a celebridade da internet, com direito a referência nos telejornais, uma banda desenhada inspirada nele e todo um complexo processo de marketing ao seu redor. Tudo muito bonito, não fosse a existência real de outros vingadores e verdadeiros vilões, que não gostam de tipos armados em bons, vestidos de super-heróis, e que tudo farão para deter o nosso protagonista vestido com um fato de mergulhador (mas sem capa). Reinventar todo um género: era esse o objectivo de Matthew Vaughn, que já nos tinha oferecido “Layer Cake” e “Stardust”, dois filmes que, se bem que boas surpresas, nunca fariam prever a ge38 magazine. HD
Junho 2010
nialidade deste projecto. E se são dos que acharam “O Cavaleiro das Trevas” um filme de super-heróis bastante negro, nada vos prepara para o festival de gore que “KickAss” é. Não, este não é um filme para crianças. Não se deixem enganar pelas cores, pelo tema, ou pelo ambiente de liceu que transparece no trailer. “Kick-Ass” é um banho de sangue. Daqueles capazes de fazer Quentin Tarantino roer-se de inveja. Nem sequer faltam os grandes pastiches e referências aos filmes do género, com especial destaque para a saída à la Batman e Robin de Kick-Ass e Red Mist (o seu inesperado compincha que se revela em diferentes cores no final) de um armazém em chamas, de onde resgatam... um ursinho de peluche. Mas se Aaron Johnson desempenha o papel principal com uma veracidade que arrepia, o que dizer – e já que tarantinesco é um adjectivo que nunca vai largar este filme – da pequena Chloe Moretz, que já tínhamos visto em “(500) Days of Summer” e que se comporta como uma pequena Bride de uniforme escolar e tranças? Uma miúda de onze anos que prefere facas e armas para o aniversário do que póneis e cachorrinhos – a personagem mais memorável do ano, e que rouba completamente todo o filme ao protagonista.
O primeiro momento em que ouvimos a “f-word” sair da boca da pequena é inesquecível, mas a excitação atinge um novo nível com a sua primeira demonstração de mestria com facas-borboleta. Acrescente-se um Nicolas Cage estranhamente divertido e Christopher “McLovin” Mintz-Plasse como Red Mist, e temos um elenco de luxo com um guião genial e muita, muita acção pontuada de sangue e tripas. Que mais se pode desejar para aguçar inteligentemente os apetites cinéfilos antes do início da silly season? Baseado na banda desenhada com o mesmo nome da Marvel, iniciada em 2008, escrita por Mark Millar e ilustrada por John Romita Jr., o filme segue fielmente a história original (com algumas condensações e um final bastante mais upbeat), mantendo o espírito
do que significa ser um superherói nos dias que correm, com os Myspaces e Facebooks a criar celebridades da noite para o dia. Sendo hoje muito pouco provável alguém querer ser o Super-Homem, simplesmente porque deixámos de acreditar nessa ideia de perfeição e invencibilidade, a fé que antes depositávamos em super-poderes foi transferida para a tecnologia e para o estatuto de celebridade (“porque é que todos querem ser Paris Hilton e ninguém quer ser um super-herói?”, pergunta Dave no início da fita), aspectos que o filme inteligentemente usa na sua história. E porque o elemento fantástico está ausente, tornando os acontecimentos realistas, o prazer de assistir só aumenta. Esta história, mais do que sobre superheróis, é sobre heroísmo. Mas então que fazer da ideia de um Big
cinema Daddy que não conseguimos totalmente associar ao lado dos bons, apesar de ser um Homem com uma Vingança? Será que este é, afinal, um filme de super-anti-heróis (bem ao gostinho pós-moderno)? Análises académicas à parte este é um fino exemplo de trashart que não pode ser ignorado. Quantos filmes se podem gabar de nos deixar a chorar por mais no fim? Quantos têm este nível de entretenimento, que nunca relaxa e não nos deixa desviar os olhos do ecrã por um único segundo? “Kick-Ass” tem montanhas de
charme, ao mesmo tempo que atinge um novo nível de comédia negra. Tiramos o chapéu à genialidade com que as nossas expectativas sobre uma adaptação de banda desenhada são goradas - afinal, comics são uma tendência que Hollywood tem vindo a reforçar nos últimos tempos - e se nunca havia sido conseguido nada entre “Ghost World” e “American Splendor”, os indies underground, e a ribalta de um “X-Men” ou “Batman”, Matthew Vaughn fez a todos um enorme favor ao preencher conscientemente esse vazio. O
momento em que revisitamos o passado da família Macready com o uso da banda desenhada é prova disso. Diálogos inteligentes, uma boa banda sonora... há alguma coisa de errado neste filme? Bem, pode ser um filme de extremos. Público que não goste de membros a voarem e tripas a serem espalhadas na carpete provavelmente não vão achar piada às subtilezas trash de “Kick-Ass”. Esses ficam desde já avisados. Para todos os outros ver este filme é quase uma obrigação moral.
Um filme que cumpre efectivamente com o que promete no título... FICHA TÉCNICA Título Original Kick-Ass Realização Matthew Vaughn Actores Aaron Johnson Nicolas Cage Chloe Moretz
5
Junho 2010
magazine.HD 39
Sara Galvão
cinema
a chegar
ECLIPSE
FICHA TÉCNICA Título Original The Twilight Saga
Depois do sucesso de “Crepúsculo” e do breve desapontamento de “Lua Nova”, as fãs (e o feminino é completamente propositado) da saga de Stephenie Meyer aguardam ansiosamente a estreia do terceiro volume da tetralogia “Eclipse”, para verem Bella decidir entre o namorado vampiro e o musculado amigo lobisomem, enquanto vampiros maus perseguem os Cullen para os obrigarem às regras da raça. Desta vez, a rapariga que nunca teve a sorte de conhecer um rapaz normal conduzirá a uma batalha final que, esperemos, será épica. Acrescente-se que as coisas entre Bella e Edward vão começar a aquecer e a preparar caminho para o final da saga. Considerado por muitos o melhor dos quatro livros, e bastante mais negro que os anteriores (onde é que já ouvimos isso?), as expectativas não podiam ser mais elevadas. Para todos os outros que não suspiram pelo cabelo de Pattinson ou pelos abdominais de Lautner, resta-nos a curiosidade de saber o que é que David Slade, o realizador que nos deu “Hard Candy”
Realização David Slade Actores Kristen Stewart Robert Pattinson Tayor Lautner
40 magazine. HD
Junho 2010
e “30 Dias de Escuridão”, fez com um material tão aparentemente fora da sua zona de interesse. Ficarão os Volturi com os mesmos dentes afiados dos vampiros que perseguiam Josh Harnett? Ou será que Bella irá demonstrar do que é feita uma adolescente, tal como Page fez, quando confrontar o violador da sua melhor amiga? Tendo Catherine Hardwicke dado o teenager ennui, Chris Weitz a nudez masculina gratuita, e agora que sabemos que será Bill Condon (“Dreamgirls”, “O Relatório Kinsey”) a realizar “Amanhecer” - provando infelizmente falsos os rumores que apontavam nomes como Sofia Coppola ou Gus Van Sant – Slade pode bem mostrar ser o Cuarón desta saga. O que não deixa de ser irónico é que
Slade falou abertamente contra este franchise pouco antes de ser anunciado como realizador para o terceiro filme – tendo imediatamente retirado todas as suas afirmações anteriores, desculpando os seus comentários infelizes como manobras publicitárias. A banda sonora também promete, porque entre os grandes hits de rock e pop que certamente se farão ouvir (e não podemos negar o que estes filmes fizeram por grupos como Muse e Paramore), teremos também a música original de Howard Shore, um compositor que tem nos seus créditos a composição musical de “Senhor dos Anéis”. Falta mesmo saber se o hype desta vez não vai desiludir. E se Taylor Lautner desleixou as idas ao ginásio.
cinema Um pescador irlandês (Colin Farrell), divorciado e com uma filha pequena doente (Alison Barry, no seu primeiro papel no cinema), encontra uma jovem mulher à deriva no mar, acreditando que esta pode ser uma sereia (Alicja Bachleda), apesar de o seu aparente estado de amnésia não lhe permitir ir para além da própria identidade: Ondine. É este o ponto de partida do filme que marca o regresso de Neil Jordan aos ecrãs, dois anos depois de ter dirigido Jodie Foster em “A Estranha em Mim”. O resultado parece ser algo parecido com um thriller em tons de fábula realista. A verdade é que do realizador irlandês estamos habituados a esperar qualidade, independentemente do registo adoptado - ele que já nos ofereceu trabalhos tão distintos como “O Fim da Aventura”, “O Rapaz do Talho” ou “Entrevista com o Vampiro” -, num título em que também assina o seu primeiro guião original desde “Michael Collins” de 1996. As primeiras reacções ao filme, somente agora a iniciar o seu percurso comercial depois de passar por alguns festivais, têm
sido mistas, com alguns críticos a ressalvarem a forma como Jordan consegue conjugar o realismo com a fantasia, e outros ficando de pé atrás pelos mesmos motivos, sublinhando o desequilíbrio existente entre essas duas vertentes da narrativa. As mesmas divisões de opinião têm sido também uma constante na carreira do protagonista, Colin Farrell, para quem muitos ainda insistem em olhar com desconfiança, mas que quanto a nós já deu provas suficientes do seu talento e versatilidade, não tenha ele andado nos últimos anos bastante ocupado a trabalhar às ordens de gente como Michael Mann, Woody Allen, Terrence Malick ou Steven Spielberg, com Peter Weir a suceder a Jordan na sua lista de colaborações. Quanto a Ondine, será interpretada pela “desconhecida” mexicana/polaca Alicja Bachleda, e nela pode estar a chave do sucesso do projecto, até porque a julgar pelas primeiras impressões, a sua personagem esconde um mistério rebuscado que tem deixado alguns de cabeça perdida. Também não
poderia faltar o obrigatório Stephen Rea, presença assídua nos filmes de Jordan, sendo memorável em muitos deles, como “Jogo de Lágrimas” e o já referido “O Fim da Aventura”. Por estes lados estamos também entusiasmados por saber como será o ambiente cinzento irlandês que o trailer deixa prever, quando iluminado por um dos melhores directores de fotografia da actualidade, o australiano Christopher Doyle, habitual responsável pela imagem dos filmes de Wong Kar Wai.
João Paulo Costa
Ondine
FICHA TÉCNICA Título Original Ondine Realização Neil Jordan Actores Colin Farrell, Alicja Bachleda, Stephen Rea
Junho 2010
magazine.HD 41
Miguel Reis
fotos: ©Touchstone Pictures. All Rights Reserved
cinema
a chegar
em roma
FICHA TÉCNICA Título Original When in Rome Realização Mark Steven Johnson Actores Kristen Bell Josh Duhamel Danny DeVito
42 magazine. HD
Junho 2010
Beth (Kristen Bell), uma das mais conceituadas curadoras de arte do Guggenheim nova-iorquino, chegou a uma altura da sua vida em que o amor, aquele que é ferida que arde mas não se vê, parece ser um luxo tão supérfluo que não merece sequer especial atenção. Anos e anos à espera do príncipe encantado perfeito tornaram-na uma eterna solteira, mais dedicada a uma carreira de sucesso do que a uma vida de paixões. Até ao dia em que se desloca a Roma, para marcar presença no impulsivo casamento da sua irmã, onde, aproveitando uma visita à “fonte do amor” – claramente inspirada na original Fontana di Trevi, símbolo barroco da capital italiana e, porque não, do “Dolce Vita” de Federico Fellini – decide retirar algumas moedas do fundo da fonte. Pois bem, como que por feitiço (ou sortilégio), – ou não fosse essa a magia do cinema, em prol de um argumento que renda nas bilheteiras – começa quase instantaneamente a ser perseguida por uma quadrilha de homens inexplicavelmente apaixonados. O
único problema é que do “bando” faz parte um magnata de metro e meio (Danny DeVito), um mágico de rua um pouco para o desleixado (Jon Heder), um pintor (Will Arnett) e um modelo masculino absolutamente narcisista (Dax Shepard). A estes cromos, dignos de uma qualquer caderneta rara de Hollywood, junta-se um jornalista (Josh Duhamel) que tenta provar a Beth que o seu amor por ela é muito mais do que uma façanha de feitiçaria. Para orquestrar o regresso da Disney às comédias de carne e osso, depois do sucesso internacional nas bilheteiras que obteve o ano passado com “Old Dogs”, o escolhido foi Mark Steven Johnson, o realizador responsável pelas adaptações cinematográficas das bandas desenhadas “Daredevil” e “Ghost Writer”. Mais apupado do que aplaudido nestas duas primeiras experiências, Johnson volta agora a um género no qual triunfou enquanto guionista, ou não fosse ele o escritor por detrás do clássico “Grumpy Old Men” - e respectiva sequela - ou
do familiar “Jack Frost”. Com um elenco respeitável que conjuga alguns valores reconhecidos no género como DeVito ou Heder, é no entanto na parelha principal que recaem as atenções, apostando a Disney na popularidade de Kristen Bell e de Josh Duhamel para conquistar, uma vez mais, os bolsos dos cinéfilos dos oito aos oitenta. Independentemente do provável resultado artístico da fita, esta é uma oportunidade de ouro para rever a estonteante Veronica Mars, enquanto a tão aguardada adaptação à grande tela da série que a lançou para o estrelato não passa dos blocos de notas de Rob Thomas para os estúdios.
cinema Num país que esbanja dinheiro a rodos nas coisas mais inúteis mas em que o cinema é constantemente acusado de despesismo e de futilidade, “Um Funeral à Chuva” poderá ser um tira-teimas. A estreia de Telmo Martins, exaluno da Universidade da Beira Interior e autor de diversas curtasmetragens internacionalmente premiadas, poderá ser um teste à viabilidade de um cinema sem apoios estatais ou privados e cujo desempenho crítico e comercial, positivo ou negativo, contribuirá decerto para lançar novos dados no debate sobre as alternativas de financiamento do nosso cinema. Perante as dificuldades financeiras omnipresentes, a solução encontrada foi gerar financiamento através da participação financeira de todos os envolvidos, sendo quaisquer receitas geradas pelo filme divididas por todos os colaboradores, que detêm parte do filme. Adicionalmente, a equipa técnica integrou também alunos da Universidade da Beira Interior, reduzindo os custos e proporcionando experiência prática a muitos
futuros intervenientes no cinema nacional. Filmado na Covilhã e na Serra da Estrela, “Um Funeral à Chuva” conta a história de sete amigos, ex-colegas dos tempos de faculdade, que se reúnem dez anos depois aquando do funeral de um deles. Assim, a primeira longa-metragem de Telmo Martins parece ser um filme sobre amizade e sobre relações humanas, bem como um estudo do afastamento pós-universitário e da distância criada entre as pessoas por diferentes caminhos pessoais e profissionais. A sinopse não deixa de nos lembrar “Os Amigos de Alex”, magnífico estudo geracional realizado por Lawrence Kasdan em 1983. O elenco conta com as participações de Alexandre Silva, Hugo Tavares, Pedro Diogo, Pedro
Gorgia, João Ventura, Luís Dias, Sandra Santos e Sílvia Almeida. Independentemente do seu valor estético, “Um Funeral à Chuva” será um dos filmes portugueses mais importantes do ano. Porque por ele passará o abrir de novas portas para a feitura de filmes em Portugal ou, pelo contrário, a noção de que o caminho até agora seguido (o do financiamento estatal) é inevitável. A questão que se levanta é outra: não será demasiada responsabilidade para um filme, inclusivamente feito fora das grandes cidades, por um realizador estreante e por uma equipa composta em larga medida por estudantes? Questões que só poderão ser respondidas aquando da estreia do filme.
Miguel Domingues
Um Funeral à Chuva
FICHA TÉCNICA Realização Telmo Martins Actores Alexandre Silva Hugo Tavares Pedro Diogo
Junho 2010
magazine.HD 43
cinema
estreias em Junho
Toy Story
Sexo e a Cidade 2
Funeral à Chuva
ZON Lusomundo Est. 01 Junho
Columbia TriStar Warner Est. 03 Junho
ZON Lusomundo Est. 03 Junho
Wendy & Lucy Alambique Est. 03 Junho
Nanny McPhee e o Toque de Magia
Nada Pessoal
24 City
Ela é Demais para Mim
Ecofilmes Est. 10 Junho
Atalanta Est. 10 Junho
ZON Lusomundo Est. 17 Junho
Plano B...ébé
Marmaduke
Flor do Deserto
Ondine
Em Roma
Columbia TriStar Warner Est. 17 Junho
Castello Lopes Est. 17 Junho
Ecofilmes Est. 17 Junho
Valentim de Carvalho Est. 17 Junho
ZON Lusomundo Est. 24 Junho
Brooklyn’s Finnest
Sem Nome
A Saga Twilight: Eclipse
ZON Lusomundo Est. 24 Junho
Castello Lopes Est. 24 Junho
ZON Lusomundo Est. 30 Junho
44 magazine. HD
Junho 2010
ZON Lusomundo Est. 10 Junho
John Rabe O Negociador Ecofilmes Est. 03 Junho
Caso Farewell Valentim de Carvalho Est. 03 Junho
vídeo
Bem-vindos à Corte do Video. Onde o Blu-ray é Rainha e o DVD ainda é Rei. Se título houver com mérito, a sua análise passará sempre por aqui. Entrai senhores, que hoje é dia de festa na Corte. 46 Blu-Ray do Mês: Sherlock Holmes 47 Entrevista a Robert Downey Jr. e Jude Law 48 blu-ray 54 dvd 60 Em Série 63 zona erógena 64 Lançamentos
Robert Downey, Jr. em Sherlock Holmes
Realiz. Guy Ritchie Int. Robert Downey Jr. e Jude Law Warner, 1.85:1, DTS-HD, 129 min Filme e extras
5
Vídeo
5
Áudio
5
Geral
5
46 magazine. HD
Junho 2010
R
DO
policial 2009
Criado por Sir Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes é considerado, quase unanimemente, como sendo o pai e grande inspirador da ciência forense. Depois de diversas adaptações ao cinema e televisão, algumas delas de qualidade duvidosa, a Granada Television fez aquela que é, para muitos, a melhor adaptação da obra de Conan Doyle, muito devido a Jeremy Brett, actor que deu vida ao personagem. Levar, por isso, Sherlock Holmes novamente ao grande ecrã, era de um risco enorme. Munido de um argumento inteligente e uma dupla de peso no elenco principal, Ritchie apostou e ganhou. O grande trunfo foi Robert Downey Jr., que cria aqui um Sherlock Holmes bem diferente do de Jeremy Brett, mas igualmente brilhante. Mais enérgico, e visivelmente mais louco, Downey leva o personagem de Conan Doyle ainda mais longe. A história passa-se antes de Holmes saber da existência do seu arqui-inimigo, Moriarty, embora a sua presença se sinta já no filme, e nos leve a pensar que talvez estejamos na presença de uma possível trilogia.
EN D
Sherlock Holmes
OM EC
A
blu-ray
blu-ray do mês
Sherlock Holmes e Watson conseguem impedir Lord Blackwood de terminar um ritual satânico, e assassinar a sua sexta vitima. Blackwood é condenado à morte e executado, cabendo a Watson validar o óbito. Mas, dias mais tarde, o túmulo de Blackwood é encontrado aberto, o seu corpo desaparecido, e uma testemunha jura tê-lo visto sair do túmulo tal qual Lázaro. Truque, magia? Qual o plano de Blackwood? Sem respostas, a Scotland Yard vira-se para Holmes e Watson, cabendo-lhes a eles resolver este mistério. Apesar do ambiente londrino caracteristicamente cinzento, a qualidade e definição são visíveis, sobretudo nos grandes planos, alguns com muito bom detalhe e recorte. O som é bem definido, cristalino, com uma distribuição perfeita, a fazer jus quer à partitura, quer ao DTSHD não comprimido. De qualidade são, igualmente, os extras, com particular destaque para a reportagem “Sherlock Holmes: Re-inventado”. Para os fãs de Holmes… e para os outros também. VS
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Entrevista a ROBERT DOWNEY JR. Sherlock Holmes & JUDE LAW Dr. John Watson
Q: O que sabiam sobre Sherlock Holmes antes de se envolverem neste projecto?
entre Holmes e Watson. Eles são realmente codependentes. Podem-nos falar sobre isso?
ROBERT DOWNEY, JR: Eu sabia tudo o que havia para saber.
R.D.JR: Ele (Jude Law) disse-o imensas vezes e eu acho que provavelmente tem razão.
JUDE LAW: Eu era totalmente ignorante. Não sabia nada. Não tinha lido os livros. Tinha visto um bocadinho de um episódio na TV. De facto, participei nesse episódio.
J.L.: Isso foi o que de repente percebemos que não tinha sido devidamente analisado no passado mas que está nos livros quando se desmontam. Há qualquer coisa de muito familiar mas também um pouco esquisita nesses dois tipos que vivem juntos, que têm de se dar bem, e ao mesmo tempo entrarem naquele ambiente sórdido e desvendar casos. Havia uma dinâmica em que, no meio de uma cena, ao defrontar um gigante francês que lhes quer arrancar as cabeças, eles podem começar a acusarem-se de um deles ter roubado o colete ao outro.
R.D.JR: Ele participou nesse episódio. J.L.: Nesse episódio eu tinha cerca de 17 anos R.D.JR: Ele era o rapaz do estábulo. J.L.: Eu tinha cerca de 17 anos. E essa participação nesse episódio resume tudo o que eu sabia sobre o SH. E o que me chateou na conferência de imprensa em que estavam o Mark (Strong), o Guy (Ritchie) e o Lionel (Wigram), todos eles britânicos a dizerem coisas do género “acho que qualquer jovem Inglês cresce a ler Sherlock Holmes. Aos 12 anos eu conhecia os livros todos!” E eu interroguei-me “o que é que eu andei a fazer? Não sei, eu nunca os li”. Fui imediatamente perguntar aos meus pais o que havia de errado. Porque é que nunca me deram esses livros no Natal? Q: A chave deste filme é o relacionamento
R.D.JR: Ou Holmes diz que é bom ter alguém com quem pode sempre contar e Watson responde que “podes contar comigo durante dez minutos” e então entram os rufias, um deles do tamanho de uma casa e Watson diz “acabaram os dez minutos”. Por outras palavras “abandono-te à tua sorte, porque eu disse dez minutos, e assim ameaça deixá-lo em sarilhos. E eu já tive amigos assim, e acho que todos nós já tivemos amigos assim ou conhecemos alguém que os tem, é aquele tipo esquisito que age de forma estranha desde os tempos do colégio, mas que é o tipo a quem recorremos quando estamos mal e que sabe sempre como nos ajudar.
Q: Por falar em lutas, que tipo de treino tiveram? Ambos tiveram fantásticas cenas de luta. J.L.: Eu sei que o Robert treina há muitos anos e faz disso uma parte importante da vida dele. Eu também tenho essa rotina, e o Guy esteve sempre presente connosco. E foi engraçado porque isso acabou por conduzir a uma interpretação muito física neste filme… R.D.JR: Sim. J.L.: …onde apenas tínhamos de fazer algo de que realmente gostamos. E tenho que dizer que sabia que íamos dar conta do recado, mas o Guy também estava lá. Ele é mestre nessa área e realmente pressionou-nos. R.D.JR: E ele gosta quando as coisas ficam uma desordem. J.L.: Yeah.
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Nas Nuvens Agarre o bilhete de avião, pegue na bagagem e deixe-se voar!
drama romântico 2009 Realiz. Jason Reitman Int. George Clooney, Vera Farmiga ZON, 1.85:1, DTS-HD 5.1, 108 min. Filme e extras
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Há dois anos atrás Jason Reitman surpreendeu-nos com “Juno”, uma produção independente que acabaria por ser nomeada para um Óscar da Academia. O realizador, filho do consagrado Ivan Reitman, regressa com “Up in the Air”, que obteve nada menos que seis nomeações para os prémios deste ano. O filme, com argumento de Jason e produzido pelo seu pai, narra a história de Ryan Bingham (brilhantemente desempenhado por George Clooney), um homem que se desloca constantemente de avião através dos Estados Unidos, a fim de despedir empregados de diversas empresas. O que, à partida, parecia ser um emprego monótono e aborrecido, acaba por se revelar como extremamente aliciante para Bingham, por lhe proporcionar poder de viajar de avião, pernoitar em inúmeros hotéis mas, acima de tudo, conhecer pessoas.
É dessa forma que Ryan encontra Alex (Vera Farmiga), também ela uma infatigável viajante. Por entre uma bebida e trocas de informação sobre hotéis e milhas aéreas, os dois personagens que vivem “nas nuvens”, acabam logicamente, por se aproximar e iniciar uma intermitente e intensa relação. O elenco é absolutamente notável. Podemos encontrar alguns dos melhores actores secundários do momento, como é o caso de Jason Bateman, Sam Elliott, Anna Kendrick (atenção a esta miúda!), J.K. Simmons ou do impagável Zach Galifianakis. A qualidade do vídeo é excelente. O disco é um Dual Layer de 50 Gigas, com um aspect ratio de 1.85:1, que nos apresenta uma imagem em 1080p, rica em pormenores, contraste e colorido, a que não é alheio o facto de o filme ter sido rodado em Super 35mm, com câmaras HD de última geração. O som em DTS-HD 5.1, não fica atrás, proporcionando graves sólidos, clareza a nível do canal central e boa presença dos canais posteriores. “Up in the Air” é romântico, sério mas divertido e faz-nos, acima de tudo, parar para reflectir um pouco sobre a vida. Por isso, agarre o bilhete de avião, pegue na bagagem e deixe-se voar! LC
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O Sítio das Coisas Selvagens fantasia 2009 Realiz. Spike Jonze Int. James Gandolfini, Paul Dano, Catherine Keener ZON, 2.40:1, DTS-HD, 119 mins Filme e extras
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thriller 2009 Realiz. Quentin Tarantino Int. Brad Pitt, Christoph Waltz Universal, 2.40:1, DTS-HD, 153 min Filme e extras
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Mais uma adaptação para cinema do clássico conto de Maurice Sendak – “Where the Wild Things Are” de 1963 – pela mão de Spike Jonze’s e argumento de Dave Eggars. Max, um rapaz indisciplinado e sensível que se sente incompreendido em casa decide fugir para “O Sítio das Coisas Selvagens”, uma ilha de criaturas misteriosas e estranhas, cujas emoções são tão selvagens e imprevisíveis como as suas acções. Max é ambicioso e acaba por ser coroado rei e promete criar um lugar onde todos serão felizes. Governar não será afinal tão fácil como ele julgava ...
Visualmente muito bem conseguido, com caracterizações a cargo da Jim Henson Company e muito agradável de seguir em Blu-ray, o filme requer no entanto que nos coloquemos na posição do seu target, ou seja no lugar de uma criança. Neste registo é de facto um filme marcante, tal como o livro já o era. Uma história inteligente, daquelas que ajudam a criança a crescer. Em matéria de áudio o Blu-ray está de parabéns, com excelente aproveitamento multicanal, embora o maior mérito se deva a mais uma lindíssima banda sonora a cargo de Carter Burwell (“Crepúsculo”...). Um excelente prolongamento do livro. RR
Sacanas sem Lei
blindado
“Inglorious Basterds” marca o regresso de Quentin Tarantino em grande forma, ao seu tradicional humor negro e violento, ao ritmo e som dos westerns do mestre Sergio Leone. Desta feita o cenário escolhido foi a ocupação nazi em França, durante a qual o Tenente Aldo Raine organiza um grupo de judeus americanos, soldados, conhecidos pelos seus inimigos como “os sacanas”, para executar investidas rápidas e chocantes numa missão para destruir os líderes do Terceiro Reich. Uma síntese do melhor cinema ocidental, com a participação de um elenco de luxo: Brad Pitt, Christoph Waltz, Mélanie Laurent, Eli Roth e Diane Kruger, entre outros. Um filme que vai ficar para a história do cinema, tal como a figura do Coronel Nazi Hans Landa, que valeu a Waltz um inquestionável Óscar. É um privilégio poder rever um filme destes com a qualidade e perfeição técnica deste Blu-ray. RR
Dirigido por Nimród Antal, que em 2007 assinou o interessante “Vacancy”, este filme musculado e repleto de acção segue as pisadas de Ty (Christopher Short), recentemente regressado de uma missão militar no Iraque, e que anseia por estabilizar a sua vida e ajudar o seu irmão mais novo. Ty arranja emprego como condutor de um carro blindado e vê-se desafiado pelo seu colega Mike (Matt Dillon) a colaborar num assalto que, a ser bem sucedido, garantirá a sua independência financeira. Como não podia deixar de ser, nem tudo corre como Ty desejava e, durante o assalto, ele acaba por entrar em pânico, fechando-se dentro do camião, juntamente com o dinheiro do assalto. Claro que não estamos perante uma história e argumento que primem pela originalidade, mas todavia a direcção segura de Antal, mantém um nível de suspense e adrenalina, devidamente equilibrados ao longo de toda a película. Se é fã de thrillers de acção então agarre nas pipocas porque vai gostar deste “Blindado”. LC
DRAMA 2000 Realiz. Yves Simoneau Int. Alec Baldwin, Brian Cox LNK, 4:3, DD 2.0, 179 mins. Filme e extras
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Relatório Minoritário No ano 2054, um departamento especial da polícia zela pela prevenção de crimes que ainda não ocorreram, graças aos poderes psíquicos de três criaturas geneticamente alteradas. A história centra-se em torno de John Anderton (Tom Cruise), responsável pela unidade de pré-crime de Washington. Ao ser confrontado com a visão de si próprio a assassinar um desconhecido, Anderton inicia uma investigação que o leva a concluir que há uma sinistra conspiração a decorrer, à qual não é alheia a nomeação do detective Danny Witwer (interpretado por um Colin Farell ainda em início de carreira nos Estados Unidos), para investigar as actividades da equipa de Anderton . Baseado num conto de Philip K. Dick, “Relatório Minoritário”, é um excelente exercício de suspense, sustentado
por um argumento de betão, que prova cabalmente que é possível cruzar entretenimento puro com qualidade, daí resultando uma experiência altamente estimulante. A versão em Blu-ray, supervisionada por Spielberg, possui uma imagem de excelência, graças a uma transferência em 1080p, 2.39:1, que, propositadamente, apresenta um granulado subtil, conferindo uma textura de película que reforça sobremaneira a intensidade e o supense da história. O DTS-HD Master Audio 5.1 lossless é de um detalhe notável, proporcionando uma total imersão na atmosfera de “Relatório Minoritário”. Embora alguns, poucos, furos abaixo de “Inteligência Artificial”, película que o antecedeu, este “Relatório Minoritário” é Spielberg no seu melhor. LC
ficção científica 2009 Realiz. Stephen Spielberg Int. Tom Cruise e Colin Farell CLMV, 2.39:1, DTS-HD 5.1, 145 min Filme e extras
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Moonwalker Tendo por base o album “BAD”, “Moonwalker” foi a primeira experiência de Michael Jackson no cinema, podendo o filme ser divido em duas partes. Na primeira temos uma espécie de retrospectiva à carreira, até então, de Michael Jackson, com imagens de concertos e videoclips. A segunda parte, e a mais apelativa também, é a curta metragem onde Jackson interpreta um herói com poderes mágicos. Com efeitos visuais que parecem, a esta distância temporal, algo ultrapassados, o filme mantém ainda assim a sua magia, muito graças à música e ao carisma de Michael Jackson. Uma fantasia com especial sabor para os fãs do artista, mas com qualidade suficiente para agradar a todos os que ainda possuem dentro de si uma criança. Imagem e som de muito bom nível, com destaque para a primeira, com cores vivas sem nunca perderem a naturalidade, e boa definição mesmo nos ambientes mais escuros. A edição não possui quaisquer extras. VS Filme e extras Vídeo Áudio Geral
3 musical Realiz. Jerry Kramer, Jim Blashfield e 4 Colin Chilvers 4 Int. Michael Jackson Warner Bros, 1.78:1, True-HD, 93 min 4
Inimigos Públicos A obra de Michael Mann é deveras impressionante. De “O Úl-timo dos Moicanos” em 92, a “Miami Vice” em 2006, passando por títulos como “Heat”, “The Insider”’, “Ali” ou “Collateral” e culminando em “Inimigos Públicos”, o realizador afirma-se como um autêntico mestre de um cinema mais musculado mas, simultaneamente, pleno de sofisticação. “Inimigos Públicos” é a história de um dos mais famosos gangsters de todos os tempos, John Dillinger, aqui interpretado por um Johnny Depp bem longe dos registos histriónicos que, ultimamente, o têm popularizado. Depp demonstra, em pleno, toda a sua versatilidade, compondo um vilão que nos é simultaneamente simpático, apanágio aliás de diversos personagens à margem da lei que povoam os filmes de Mann. O encoding da edição em Blu-ray possui um detalhe espantoso que espelha por completo, toda a beleza da Alta Definição. A faixa áudio DTS-HD Master 5.1 é absolutamente poderosa, contribuindo, e muito, para todo o ambiente da película. Recomenda-se vivamente, a todos os apreciadores de um bom thriller. LC
policial/thriller 2009 Realiz. Michael Mann Int. Johnny Depp e Christian Bale Universal, 2.40:1, DTS-HD 5.1, 140 min Filme e extras
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comédia romântica 2009 Realiz. Peter Billingsley Int. Vince Vaughn e Malin Akerman Universal, 1.85:1, DTS-HD, 113 min Filme e extras
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TERAPIA PARA CASAIS Com a sua primeira longa-metragem, o multi-facetado actor, produtor e realizador Peter Billingsley surpreende-nos positivamente, pois assina uma engraçada e despretensiosa comédia. O elenco, liderado por Vince Vaughn e Malin Akerman (que pudemos recentemente ver em “Watchmen – Os Guardiões”), inclui ainda Jon Favreau, mais conhecido pelos seus dotes de realizador (são dele filmes como “Iron Man” 1 e 2 ou “G-Force”), Jason Bateman, Kristen Bell e até Jean Reno. Quatro casais amigos reunem-se para umas férias adultas e, supostamente, divertidas, no autêntico paraíso terrestre do Havai. Enquanto que Dave (Vince Vaughn) e Ronnie (Malin Akerman) tentam salvar o seu casamento, os restantes amigos só pensam em diversão, praia e Spa, até ao momento em
que percebem que a terapia para casais é mesmo obrigatória. Favreau e Vaughn que, uma vez mais, assinam conjuntamente um argumento, provam a sua versatilidade, nesta película que é indicada para combater por completo a má disposição e passar um par de horas bem divertido. A nível de audio, “Terapia para Casais” é bastante aceitável, havendo apenas a salientar uma ligeira predominância do canal central, em desprimor dos restantes. A imagem em alta-definição é deveras excelente, realçando as belíssimas paisagens da Polinésia, através de um recorte, contraste e colorido vibrantes. LC
Smokin Aces 2
Armageddon
ficção científica Realiz. Michael Bay Int. Bruce Willis, Ben Affleck Disney, 1.78:1, DTS-HD, 150 min Filme e extras
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Um asteróide do tamanho do Texas vem em rota de colisão com a terra. A única esperança do planeta reside numa equipa de mineiros, que serão lançados para o espaço pela NASA com o objectivo de aterrar no asteróide, e o fazer explodir antes que este entre na atmosfera terrestre. Armageddon foi um sucesso de cinema, sobretudo graças a 3 factores: a constelação de actores, onde se incluem, entre outros, Bruce Willis, Billy Bob Thornton, Steve Buscemi, Ben Affleck e Michael Clarke Duncan, ao festival de efeitos especiais de elevadíssima qualidade, e à faixa de música da banda sonora, imortalizada pelos Aerosmith, “I Don’t Want To Miss a Thing”, predicados que lhe va-leram a nomeação para 4 Óscares, e um sem número de prémios. Embora poucas sejam as pessoas que nunca viram Armageddon menos ainda são aquelas que tiveram o prazer de o ver em Alta Definição. E é isso que esta edição em Blu-ray proporciona, ver o filme de Michael Bay como nunca antes visto. A imagem é perfeita, com cores vivas e definição de elevado nível, e o som não fica atrás, com uma distribuição pelos diferentes canais a criar a ambiência perfeita para esta aventura. Um filme que ganha uma nova vida graças ao novo formato. VS
Sete assassinos profissionais são contratados para matar Walter Weed, um funcionário do FBI, às 3 horas da manhã do dia 19 de Maio. O FBI coloca-o sob protecção, mas pelos 3 milhões de dólares dados pela cabeça de Weed, os assassinos estarão dispostos a tudo para ver Walter morto. A sequela de “Smonkin Aces”, realizada por P. J. Pesce é um filme de acção a fazer lembrar um pouco Tarantino. Sem a originalidade do primeiro filme, nem um elenco da mesma qualidade, “Smokin Aces 2” é um filme bastante violento, cuja única finalidade é a pura diversão. E neste aspecto, o filme cumpre o objectivo na perfeição. A imagem e o som estão ao nível do que já é normal para o formato, não deslumbrando, mas sendo competentes o suficiente. A edição trás ainda um conjunto de extras, focados na realização e elaboração do filme. Um bom filme para se fazer acompanhar de um balde de pipocas. VS
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3 acção Realiz. P. J. Pesce 3 Int. Tom Berenger e Clayne Crawford 3 Universal, 1.78:1, DTS-HD, 86 mins
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Ouviste Falar dos Morgans?
comédia 2009 Realiz. Marc Lawrence Int. Hugh Grant e Sarah Jessica Parker Sony, DD 5.1, 2.35:1,103 mins. Filme e extras
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Paul e Meryl Morgan estão separados há pouco tempo, mas Paul continua na esperança de ter Meryl de volta, apesar desta o querer evitar a todo o custo. Mas, quando Paul e Meryl assistem a um assassinato e são colocados num programa de protecção de testemunhas, vêem-se obrigados a viver juntos as 24 horas do dia, para gáudio de Paul, e desespero de Meryl. Sem que, quer Sarah Jessica Parker quer Hugh Grant, saiam do registo a que já nos habituaram, ambos conseguem arrancar interpretações competentes o suficiente para nos fazer rir, e sorrir, nesta divertida comédia
O FANTÁSTICO Senhor raposo
Wes Anderson, através de um género algo inesperado e anacrónico, regressa com o presente “O Fantástico Senhor Raposo”, realizado em stop-motion, numa era em que o digital e a animação computorizada ditam a moda. O senhor Raposo (voz de George Clooney), jornalista de profissão, regressa aos seus tempos de ladroagem, causando o rebuliço total na família, amigos e vizinhos. LC
3 animação 2009 Realiz. Wes Anderson 4 Vozes George Clooney e Meryl Streep 3 CLMC, 1.85:1, DTS-HD, 87 min 4 54 magazine. HD
Junho 2010
romântica, bem secundarizada por Sam Elliot e Mary Steenburgen. Um história que, não sendo original, tem um argumento divertido e inteligente q.b., com uma realização competente e sempre no ritmo certo. Em termos de imagem o DVD não deslumbra. O recorte tem algumas imperfeições, e as cores são um pouco esbatidas. Ainda assim, quer imagem, quer som, são competentes. Para compensar, a edição vem recheadinha de divertidíssimos extras que nos permitem prolongar os momentos de boa disposição. VS
Retirada
Amos Gitai realizou este filme dramático de natureza política que reflecte sobre a retirada de Israel da faixa de Gaza. Ana, depois da morte de seu pai, procura a sua filha em Gaza, tendo para isso, de enfrentar tempos de perigo e de incerteza. Além de Juliette Binoche, participam neste filme Jeanne Moreau e a fabulosa cantora lírica Barbara Hendricks. MJ
4 DRAMA 2010 Tit. original Desingagement 3 Realiz. Amos Gitai 4 Int. Juliette Binoche, Jeanne Moreau Atalanta, 1.78:1, DD5.1, 109 mins. 4
A Bela Junie
Christophe Honoré realizou esta original adaptação cinematográfica do romance do século XVII, “A Princesa de Cléves”, adequando o enredo ao mundo instável das paixões no final da adolescência. Junie, depois da morte da mãe, ingressa num liceu em Paris, arrasando os corações dos jovens colegas que disputam o seu afecto. Junie escolhe Otto, mas não consegue ficar indiferente à paixão de Philippe Nemours, o cobiçado professor de italiano. MJ
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DRAMA 2010 Tit. original La Belle Personne Realiz. Christophe Honoré Int. Louis Garrel, Léa Seydoux Atalanta, 1.77:1, DD5.1, 98 min
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chéri comédia dramática 2009 Realiz. Stephen Frears Int. Michelle Pfeiffer e Kathy Bates CLMC, 2.35:1, DD 5.1, 89 min Filme e extras
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Vinte anos após a adaptação cinematográfica do romance de Choderlos de Laclos “Ligações Perigosas”, o realizador Stephen Frears, o argumentista Christopher Hampton e a actriz Michelle Pfeiffer voltam a encontrarse. Curiosamente, tal como em 1988 com “Ligações Perigosas”, a trama de “Chéri”, baseada em dois contos da escritora Colette, gira à volta de paixão, ciúme, luxúria, tempo e desejo, elementos que povoavam também a obra de Laclos. Desta feita, o cenário não é o barroco do século XVII, mas sim a Belle Époque de uma Paris efervescente de glamour e sofisticação, onde cortesãs contrariam o tédio através de perversos esquemas amorosos. “Chéri” é a história de Lea de Lonval (Pfeiffer), uma cortesã de meia-idade que recebe um inesperado convite por parte da sua ex-rival, Madame Peloux (Kathy Bates),
A Marquesa d’O
Mais uma admirável obra do grande cineasta, Eric Rohmer, baseada no original do romance do século XVIII, da autoria de Heinrich von Kleist. Na invasão da Alemanha pela Rússia, a Marquesa d’O, filha de um coronel alemão, é resgatada das garras do exército invasor por um Conde russo que se apaixona por ela. Mais tarde, a Marquesa d’O descobre que está grávida sem, no entanto, saber explicar o que é que verdadeiramente sucedeu. MJ
5 drama 2010 Tit. original Die Marquise van O 5 Realiz. Eric Rohmer 4 Int. Edith Clever , Bruno Ganz 5 Midas 1.33:1, 103 min 56 magazine. HD
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propondo-lhe que inicie o seu filho de 19 anos, nas doces artes da alcova. O que, a princípio, não passa de um divertimento frívolo para Lea, depressa se transforma numa intensa paixão que acabará por durar seis anos. Stepen Frears assume o papel de verdadeiro maestro de uma grande orquestra, em que o elenco se desloca por entre os sumptuosos cenários de Alan MacDonald, envolto no notável guarda-roupa de Consolata Boyle, a que a belíssima fotografia de Darius Khondji faz juz por completo. Este é, indubitavelmente, o melhor desempenho de Pfeiffer desde há muito, reabilitando a carreira da actriz, através de um excelente e preciso retrato de uma época, que se revelou como decisiva para a história do século XX. Extras: Cenas cortadas, Making of e trailer de cinema. LC
Os Sorrisos do Destino
O último filme do veterano do cinema português Fernando Lopes, “Os Sorrisos do Destino” conta a história de um homem de meia-idade, Carlos, que descobre que sua mulher, Ada, tem um amante. Carlos resolve ir ao encontro do seu suposto rival, mas, inesperadamente, a amizade parece surgir entre eles. MJ
Perceval, o Gaulês Um belíssimo filme de Eric Rohmer (no original “Perceval, le Gaulois”) baseado no texto integral da obra inacabada de Chrétien de Troyes, escritor de origem francesa, do século XII, cujo nome está associado à lenda do rei Artur e à cultura cavaleiresca. Num cenário artificial digno das histórias de encantar, Perceval, o jovem e ingénuo nobre decide tornar-se cavaleiro ao serviço do rei Artur. Na sua demanda pela justiça e pela felicidade, este intrépido cavaleiro da Távola Redonda cruza-se tanto com frágeis donzelas em perigo e homens de boa reputação como com temerosos e sanguinários vilões ou figuras mitológicas, como o Rei Pescador. Nesta viagem, que é uma viagem metafórica, representada pela legen-dária demanda do Graal, Perceval apercebe-se não só do valor do silêncio e da discrição, na forma de ser de um cavaleiro, mas também da necessidade de valorizar as palavras e a curiosidade pelos mistérios e pela Humanidade em geral… MJ
4 comédia 2010 Realiz. Fernando Lopes 4 Int. Rui Morrisson, Ana Padrão 3 Atalanta, 1.85:1, DD5.1, 91 min
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DRAMA 2010 Realiz. Eric Rohmer Int. Fabrice Luchini Midas, 1.33:1, DD2.0, 138 min
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O Amor e as Mulheres Pack truffaut
Este é o segundo dos magníficos packs que a Valentim de Carvalho edita sobre a obra de François Truffaut. Amante e crítico de cinema na emblemática revista Cahiers du Cinema, Truffaut tal como Jean Luc Godard, foi um dos fundadores da nouvelle vague, movimento artístico francês inserido na vanguarda contestatária dos anos sessenta. Truffaut é um dos maiores ícones da história do cinema. Respeitado pelos seus pares, François foi ainda entre os impulsionadores do movimento, o mais amado pelo público, ao longo duma careira de cerca de 25 anos e 26 filmes. Os seus temas predilectos foram as mulheres, a paixão, a dúvida, a infância e uma pouco disfarçada simpatia pelo cinema americano. Truffaut possui uma linguagem muito própria, que concilia de forma sublime a ironia e o dramatismo, de que este conjunto de filmes dedicado às mulheres e
ao amor, é um excelente exemplo. Ao longo duma colecção imperdível – “Jules e Jim”, “Angústia”, “Duas Inglesas e o Continente”, “A Mulher do Lado”, “Último Metro”, “Uma Bela Rapariga” – podemos matar saudades de algumas das suas actrizes fetiche, como Jeanne Moreau, Fanny Ardant e Catherine Deneuve, e reviver algumas das melhores páginas do cinema europeu, e da nossa sociedade, desde a Belle Époque, ao Maio de 68, passando pela ocupação Nazi. Um excelente trabalho de restauro, especialmente a nível da imagem, imaculada como de quando foi concebida, tanto no p/b, como no colorido mais recente, e um estojo múltiplo digipack absolutamente irresistível. Para amantes de bom cinema, um importante capítulo da sua história, numa verdadeira edição de luxo. RR
drama Realiz. François Truffaut VC, 1.78:1, DD 2.0, 765 min Filme e extras
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a teoria do nada
Ricky François Ozon, o talentoso realizador francês de “Swimming Pool”, criou um filme invulgar, uma espécie de história de fadas ou mesmo, se se quiser, a história de um milagre. A personagem central é um bébé muito especial de nome, Ricky. Ricky não é uma criança qualquer. Nascido dos amores entre Katie e Paco, dois operários assalariados de uma fábrica de cosméticos, Ricky cedo revela uma particularidade espantosa: gradualmente, o seu corpo vai revelando um belo par de asas doiradas. Da monotonia de um quotidiano difícil, onde o futuro não promete melhores dias e que compromete a própria vida familiar, Ricky, o bébé alado, surge como uma possibilidade de libertação. Filme metáfora, Ricky assenta numa narrativa muito bem estruturada e em interpretações muito consistentes que agarram o espectador desde o início do filme. MJ
Doug Holloway é um instrutor de aviação cuja vida está um completo caos. A escola de aviação da qual é dono está com dificuldades financeiras, o casamento não corre bem, os pais adoptivos pressionam-no para largar a escola que tem e, para ajudar, é lhe comunicado que o seu pai verdadeiro que nunca conheceu não está bem de saúde e o quer ver. Apesar de hesitante, Doug acede fazê-lo, e a partir daqui começa uma viagem onde fé e ciência se confundem, e que irá mudar a vida de ambos para sempre. David de Vos além de realizar o filme, foi também o seu argumentista e actor principal. Fazer as três coisas num filme não é para todos, e David de Vos consegue escapar-se nas três áreas de forma competente, sobretudo em termos de argumento. Uma história bem escrita que toca algumas questões filosóficas, e que acaba por nos fazer pensar. Apesar do filme possuir algumas imagens marcantes, como seja a da inesquecível aurora boreal, a qualidade visual acaba por não deslumbrar sendo, tal como a realização e as interpretações, competente. O som está ao nível do que é normal para um drama. VS
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4 drama 2010 Realiz. François Ozon 4 Int. Alexandra Lamy, Sergi López 4 Atalanta, 1.85:1,DTS5.1, 90 min
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drama 2006 Realiz. David de Vos Int. David de Vos, Victor Lundin Sony, DD 5.1, 1.78:1, 86 mins.
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Um Profeta drama 2010 Realiz. Jacques Audiard Int. Tahar Rahim, Niels Arestrup Atalanta, 1.85:1,DD5.1,155 min Filme e extras
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Jacques Audiard, alguns anos após o magnífico filme “De battre mon coeur s’est arreté”, brindou as audiências cinéfilas com “Um Profeta” (“Un Prophéte” no original), obra de narrativa complexa e excelente cinematografia a arrebatar grande parte dos louros a “Gomorra”, filme de Matteo Garrone sobre a Mafia napolitana, estreado um ano antes. Um dos grandes trunfos do filme de Audiard reside na sua personagem principal, Malik al Djebeena, desempenhado exemplarmente por Tahar Rahim, actor de origem francesa até aqui desconhecido do grande público. Malik, com 19 anos, está detido numa prisão francesa de alta segurança. Aí, o jovem de origem árabe, que não sabe ler nem escrever, é rejeitado tanto pela comunidade prisional islâmica, pelo aparente desinteresse com que lida com as suas raízes culturais árabes, como pela
poderosa Mafia corsa que facilmente enreda o jovem Malik numa rede perigosa de cumplicidades criminosas, as quais incluem o homicídio de outro recluso, Reyeb. Na prisão não há amizade, nem rasgo de compaixão. Não existe solidariedade, nem sentido de pertença a um grupo. A lei que impera é a de “salve-se quem puder” e Malik vai conseguir salvar-se. Amparado pelos laços que o unem a ou-tro recluso, Bencherif, aproveita a fragilidade do chefe de gang corso, César Luciani, beneficiando assim de saídas frequentes da prisão para tomar as rédeas do seu próprio destino, um destino estranhamente tutelado pelo assassinado Reyeb, e que faz passar o jovem Malik por uma experiência de “quase morte” até assumir a dignidade de “profeta” num mundo assoberbado de violência e intolerância. MJ
As Vidas Privadas de Pippa Lee
Filme e extras Vídeo Áudio Geral
4 drama 2010 Realiz. Rebecca Miller 4 Int. Robin Wright Penn, Alan 3 Arkin, Keanu Reeves Prisvideo, 1.85:1, DD5.1, 4 94 min
58 magazine. HD
Junho 2010
Rebecca Miller, a filha do dramaturgo Arthur Miller, casada com o actor Daniel Day-Lewis, escreveu e dirigiu as “Vidas Privadas de Pippa Lee” (no original “The Private Lives of Pippa Lee”), uma agradável surpresa nas recentes edições de cinema em DVD. Com um cast invejável de bons actores, como Robin Wright Penn, Alan Arkin, Wynnona Ryder, Maria Bello, Julianne Moore, Monica Belluci e Keanu Reeves, este filme trata de uma forma despretensiosa e divertida, os tormentos existenciais de uma mulher, em plena meia-idade, Pippa Lee, a viver com o seu já idoso marido, num retirado e suburbano condomínio, criado especificamente para a classe alta e idosa. A mudança radical no modo de vida de Pippa fazem-na questionar o seu passado, onde uma perturbada e difícil entrada na idade adulta antecederam uma vida familiar pacífica e estável, tornando-a numa mulher agradável e admirada por todos. Mesmo atormentada pela recente e precoce entrada no mundo da terceira idade, onde os longos momentos de tédio se sucedem sem quaisquer sinais de mudança, Pippa não perde a esperança de viver melhores dias... Além de uma inteligente sobriedade no tratamento de um tema que inevitavelmente atravessa questões sobre os modos de vida no feminino, Rebecca Miller revela neste filme evidentes qualidades na direcção cinematográfica, sugerindo semelhanças com outros autores, nomeadamente, Woody Allen. MJ
Bright Star
Quem não se lembra de “O Piano” de Jane Campion? Pois “Bright Star” é a mais recente das suas adaptações ao cinema, desta feita o difícil romance entre o aclamado poeta John Keats, interpretado por Ben Whishaw (Perfume), e a sua musa Fanny Brwane, a cargo de Abbie Cornish (“A Good Year”), com a Londres de 1818 como pano de fundo. A mesma paixão e rigor na recriação de espaços e costumes, na composição de personagens, na atenção prestada aos elementos, ou mesmo à sua influência nos estados de alma, tudo contribuindo para a sua marca de água, duma invulgar elegância, forte argumento, cruel por vezes, mas sempre o mesmo registo poético e inteligente. RR
Áudio
4 drama 2009 Realiz. Jane Campion 4 Int. Ben Whishaw, Abbie Cornish 3 Prisvideo, 1.78:1, DD 5.1, 115 min
Geral
4
Filme e extras Vídeo
Onze pequenas histórias, histórias simples de pessoas normais, que se cruzam no espaço e no tempo e se juntam para prestar tributo à cidade que Frank Sinatra imortalizou, Nova Iorque. A diversidade cultural da cidade leva a que esta seja, quase, o espelho do mundo, e as 11 histórias que compõem este filme mostram isso mesmo. Isoladas, cada uma delas pouco diz mas juntas formam um retrato fiel, por vezes a roçar a veneração, da cidade que nunca dorme, e onde tudo é possível. A diversidade cultural é visível, até, na ficha técnica do filme. Nos 11 realizadores encontramos nacionalidades diversas: alemã, israelita, japonesa, chinesa, indiana, paquistanesa e, claro, americana.
Além do filme, esta edição em DVD trás, igualmente, duas pequenas histórias adicionais, não incluídas no filme, mas com o mesmo espírito, sendo de destacar a escrita e realizada por Scarlett Johansson, e protagonizada por Kevin Bacon, fazendo lembrar a imortal música de Otis Redding, “Sitting On The Dock Of The Bay”. Tecnicamente a faixa áudio está a um excelente nível, sobretudo se tivermos em conta a variedade e amplitude quer do som ambiente, quer da banda sonora, tão variada quanto as realidades e povos que o filme foca. Apesar de, no cômputo geral, esta edição ter boa imagem, notase por vezes algum contraste a mais. VS
drama 2009 Realiz. Vários Int. Vários CLMC, 1.78:1, DD 5.1, 103 mins. Filme e extras
4
Vídeo
4
Áudio
4
Geral
4
Uma Aventura na Casa assombrada Adaptado do livro de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, o filme “Uma Aventura na Casa Assombrada” de Carlos Coelho da Silva transporta para o DVD as aventuras dos seis famosos amigos, companheiros fiéis de três gerações no primeiro filme português de aventuras. O “Espírito do Mundo”, um diamante vermelho com poderes sobrenaturais, roubado cinco séculos antes das mãos do último imperador asteca, é o centro desta aventura numa casa amaldiçoada nos confins da serra de Sintra. Um filme para os fãs dos livros e da série, e para os outros, a oportunidade de conhecerem o universo de “Uma Aventura…”. VS
Até Que Me Encontrou
Desesperada por ter um filho, a vida de April Epner sofre um revés quando o seu marido se resolve separar um dia antes da morte da mãe adoptiva. No mesmo dia a sua mãe biológica, uma estrela de televisão de um Talk Show matinal, entra na sua vida, tentando conquistar o tempo perdido. Com a sua ajuda, April começa uma nova, e difícil, etapa na sua vida onde, entre amores e desamores, April terá, acima de tudo, de se descobrir a si mesma. Helen Hunt acumula, neste filme, além do papel de actriz, o de argumentista e realizadora e consegue, nestes dois aspectos, ter a mesma qualidade que já lhe é reconhecida como actriz. “Até Que Me Encontrou” não é a comédia que pretende ser. Apesar de alguns momentos que nos fazem sorrir, e aligeiram a tensão, constante em todo o filme, este é um drama, intimista, e nesse ponto, “Até Que Me Encontrou” é um vencedor. Apesar do elenco de luxo o destaque vai, sem dúvida, para Hunt. A imagem é de muito bom nível, com cores sólidas e naturais, e um recorte perfeito. O som, apesar de ser apenas Stereo, é bem definido e equilibrado. Em termos de extras esta edição tem o Making Of, que nos permite conhecer e compreender um pouco mais os objectivos e ideias de Helen Hunt relativamente ao filme. VS Filme e extras
Áudio
3 aventura 2009 Realiz. Carlos Coelho da Silva 3 Int. Sara Salgado e Francisco Areosa 3 VC, DD5.1, 1.85:1, 96 min.
Áudio
3 drama Realiz. Helen Hunt 4 Int. Helen Hunt e Colin Firth 3 LNK, 1.78:1,DD 2.0, 95 min
Geral
3
Geral
4
Filme e extras Vídeo
Vídeo
Junho 2010
magazine.HD 59
dvd
New York, I Love You
dvd
recomendamos
Homens Que Matam Cabras Só Com o Olhar comédia Realiz. Grant Heslov Int. George Clooney e Ewan McGregor Prisvideo, 1.78:1,DD 5.1, 89 min Filme e extras
5
Vídeo
4
Áudio
4
Geral
4
Baseado no livro homónimo de Jon Ronson, esta é a história de um jornalista, Bob Wilton, que se vê envolto numa investigação sobre um batalhão muito particular do exército norte-americano que usa, ao invés de armas, o poder da mente. As semelhanças entre livro e filme ficam-se, no entanto, por aqui. O livro é um trabalho de investigação jornalística (deixamos a crença, ou não, dos factos relatados para quem ler o livro ou vir o filme), enquanto o filme aproveita a base factual do livro para contar a história de Bob Wilton e Lyn Cassady, dois dos elementos da tropa paranormal. Além do grande argumento, é difícil ficar indiferente ao
seu elenco, já que nele estão quatro dos maiores actores actualmente em Hollywood, George Clooney e Ewan McGregor nos principais papéis, suportados pelos oscarizados Jeff Bridges e Kevin Spacey. E se mais razões não existissem para ver o filme, estes quatro nomes são, por si só, razão suficiente para o fazer. Além da inegável qualidade técnica do DVD, em termos quer de imagem quer de som, esta edição trás igualmente um conjunto de extras de bom nível, focados sobretudo na construção do filme. Não fique, por isso, especado a olhar para o DVD. Pegue nele, veja o filme, e divirta-se. VS
em série CASTLE T1
policial 2009 Realiz. Rob Bowman Int. Nathan Fillion e Stana Katic ZON/Disney, 1.78:1, DD 5.1, 430 min Filme e extras
5
Vídeo
4
Áudio
4
Geral
4
60 magazine. HD
Junho 2010
Criada por Andrew Marlowe, argumentista de filmes como “Airforce One”, “Hollow Man” ou “End of Days”, “Castle” é o exemplo acabado do que é suposto ser entretenimento familiar por excelência. Um cast perfeito, com Nathan Fillion a assumir o papel de um escritor policial de sucesso que colabora com a polícia para solucionar intrincados crimes. Ficamos, aliás, com a certeza de que Castle foi desenhado, com régua e esquadro, a pensar em Fillion. O actor canadiano, que pudemos anteriormente ver em séries como “Buffy”, “Miss Match”, “Drive” e, principalmente, na excelente, mas efémera “Firefly”, de Josh Whedon, reconhece que o personagem é 75% ele próprio. O contraponto a Castle é dado por Kate Beckett, desempenhado por Stana Katic (“Quantum of Solace” e “The Spirit”), uma sexy e decidida detective, que não aprecia o
estilo pouco ortodoxo de Richard Castle. O episódio piloto, escrito por Marlowe, deixa-nos imediatamente enamorados pela série e pelos seus personagens: um serial killer encena os seus crimes com base em passagens dos livros de Castle, pelo que o departamento de polícia de Nova Iorque pede a ajuda do escritor, numa tentativa de solucionar rapidamente o mistério e desmascarar o assassino. Castle, graças à sua capacidade de descortinar padrões a partir de pormenores aparentemente sem importância, revela-se um auxiliar precioso para o departamento e os seus métodos mais convencionais de investigação. “Castle” é uma completa lufada de ar fresco e boa disposição no actual panorama televisivo. Aqui podemos encontrar todos os ingredientes necessários: mistério, intriga, humor, romance e comédia, perfeitamente doseados e servidos por um conjunto de personagens cativantes e credíveis. Se é leitor assíduo de contos policiais e se séries como “Crime, disse ela” ou “Modelo e Detective” lhe agradaram, então “Castle” é mesmo para si! LC
dvd
Mad Men T2
a galardoada série da HBO, criada por Mathew Weiner, promete o início de uma nova temporada, a quarta, a estrear nos Estados Unidos, já no próximo mês de Julho. Por cá, no entanto, ficamos ainda pela edição da segunda temporada em DVD. Tendo como pano de fundo uma empresa publicitária situada na Madison Avenue, “Mad Men” é, em termos gerais, uma reflexão sobre a american way of life, ancorada no fascínio pelo estilo de vida dos anos sessenta, período em que a sociedade de consumo está então em plena expansão. Se o seu maior apelo reside na extasiante profusão de formas e cores que passam pelo ecrã, de acordo com a iconografia publicitária da época, não menos fascinante é o percurso das suas personagens entre as quais se destacam: Don Draper, a sua mulher Betty e
todo o staff da empresa de publicidade Sterling Cooper, um pequeno universo de ad-men, onde Peggy Olsen, secretária de Don, pouco a pouco se salienta. Nesta segunda temporada, em plena era Kennedy, descobre-se gradualmente o véu que envolve a misteriosa identidade de Don, enquanto a sua mulher Betty não consegue esconder a insatisfação pelo rumo da sua vida familiar; Peggy Olsen, por sua vez, assume cada vez mais a determinação em ascender na empresa como criativa de publicidade, o que implicará assumir alguns sacrifícios pessoais. Ao mesmo tempo, a empresa Sterling Cooper prepara-se para uma inesperada fusão com outra empresa, uma multinacional, sinal dos tempos de globalização que já se aproximavam. MJ
drama 2009 Criada por Mathew Weiner Int. John Hamm, January Jones 587 min. Filme e extras
5
Vídeo
5
Áudio
5
Geral
5
LEGENDA Imperdível Recomendado
5
Luís Costa
LC
4
Maria João
MJ
Rui Ribeiro
RR
Vitor Simão
VS
Com interesse
3
Com reservas
2
A evitar
1
LISTA DE PREMIADOS Passatempo Tudors
Carlos Duarte Antunes, St. Ant.º Cav. Edgar Samuel G. Alves, Lisboa Gloria Fernandes Martins, Lisboa João Carlos Vieira, Famões Luís Talete, Montijo Tiago Venâncio, Torres Vedras
Passatempo Gods of War Ana Antunes, Braga Bernado Serpa, Lisboa Carlos Carvalho, Azeitão Luis Manuel G. Couto, Alcanhões Paulo Jorge Rijo Saraiva, Cascais
Os felizes contemplados devem contactar o nosso serviço de apoio ao cliente - Tel: 214 337 036
The 4400 Os Escolhidos Há fenómenos estranhos, e “Os Escolhidos” é um deles. Esta série, que é uma das melhores dos últimos anos, passou quase despercebida aquando da sua exibição inicial na televisão, muito devido aos horários em foi passada, e ganhou adeptos sobretudo na reposição de cada uma das temporadas, e do “passa palavra”. Ainda assim, foi nomeada para um sem número de prémios. Ao longo de 4 temporadas acompanhamos a vida de um conjunto de pessoas que, ao longo de um século, foram abduzidas, e regressam, todas ao mesmo tempo, no mesmo local, envoltas numa misteriosa bola de energia, e com estranhos poderes e comportamentos. Sem esconder a sua inspiração nos Comics de superheróis, “Os Escolhidos” agarram o espectador desde o primeiro momento, muito devido ao seu argumento original e inteligente, e a um leque de actores de excepcional qualidade. A série acabou por ser cancelada na quarta temporada, após a greve dos argumentistas, deixando milhões de fãs em desespero. As edições de cada uma das temporadas vêm desprovidas de extras, e apenas com som Dolby Digital 2.0. Apesar disso, a imagem é de muito boa qualidade. Uma série para ver e rever, sempre na esperança que a quinta temporada seja, um dia, uma realidade. VS
ficção científica Realiz. Vários Int. Joel Gretsch e Patrick Flueger Paramount, 1.78:1,DD 2.0 Filme e extras
5
Vídeo Áudio Geral
Junho 2010
4 3 4
magazine.HD 61
dvd
em série
Californication T2 drama 2010 Criada por Tim Kapinos Int. David Duchovny, Natasha MacElhone 324 min. Filme e extras
4
Vídeo
4
Áudio
4
Geral
4
Na segunda temporada de “Californication”, o desafio de Hank Moody é provar a Karen que se redimiu do seu passado libertino e que está pronto para assumir plenamente um comportamento monogâmico. No entanto, tudo parece conspirar para evitar que Hank consiga causar uma boa impressão a Karen. De facto, ao ritmo de what will happen next, vamos assistindo, ao longo da série, às dificuldades de Hank para conseguir comportar-se do modo desejado por Karen. O seu passado impede-o de seguir livremente o caminho que é considerado mais conforme ao compromisso que assumiu com Karen e com sua filha, Becca; por outro lado, a convivência com o produtor musical, Lew Hashby implicará o regresso de Hank ao seu antigo estilo de vida.
Hank Moody, a pedido de Ashby, aceita o desafio de escrever a biografia do lendário rock’n’roller e vive, nos períodos de crise matrimonial, na mansão do referido músico, onde tudo o que está menos de acordo com o establishment parece acontecer. Sex, drugs (alchool) and rock’n’ roll parecem assim teimar em fazer parte da vida de Hank Moody, o escritor novaiorquino instalado em Los Angeles que encarna uma espécie idealizada de selfhetero-man. No entanto, aquilo que à partida parece ser o Paraíso, dada a vida de escapismo sexual de Moody, mais não é do que a antecâmara do Purgatório, onde Hank Moody, à laia dos grandes heróis românticos, sofre com a perda constante do amor de Karen. MJ
Satisfaction T2, 1
Diário Secreto de uma Call Girl T1
drama 2010 Criada por Lucy Prebble Int. Billie Piper, Iddo Goldberg, VC, 1.85:1, DD2.0, 177 min Filme e extras
3
Vídeo
3
Áudio
3
Geral
3
62 magazine. HD
Junho 2010
Série baseada nas memórias de Belle de Jour, pseudónimo de Brooke Magnanti, escritora e cientista de origem inglesa, autora de um blog intitulado “Diary of a London Call Girl”, onde relatava as suas experiências como profissional do sexo. Essas memórias foram posteriormente editadas em vários livros que rapidamente atingiram os primeiros lugares nos tops de vendas, no Reino Unido. Este sucesso decerto influenciou a produção desta série que chocou o público britânico mais conservador pela linguagem vernacular que utiliza e pela abertura com que trata os problemas relacionados com a prostituição, apresentando uma visão controversa, mas original, da mais velha profissão do mundo. Embora o tema sugira a presença de cenas sexuais explícitas, a verdade é que nos oito episódios que constituem esta primeira temporada têm mais peso as reflexões pessoais de Belle (interpretada por Billie Piper) sobre a sua opção de vida, levando-a a dúvidas existenciais e conflitos com o círculo de pessoas com quem se relaciona e obrigando-a a analisar os vários aspectos da profissão que assumiu sem preconceitos. MJ
Série de origem australiana narra a história de um grupo de amigas, profissionais do sexo, ligadas a um bordel de luxo de Melbourne. São cinco episódios, muito bem estruturados, sobre a vida destas mulheres divididas entre uma profissão socialmente controversa e as suas conturbadas vidas pessoais. MJ Filme e extras Vídeo Áudio Geral
5 drama 2010 Criada por Roger Simpson 5 Int. Diana Glenn, Alison 5 Whyte LNK, 1.85:1, DD2.0, 225 min 5
ZONA ERÓGENA Neste espaço iremos divulgar uma área do cinema de culto erótico que tem sido pouco explorada pelos editores de DVD (e muito pouco em Blu-ray). O Erotismo é um tema demasiado vasto e controverso, essencialmente porque o seu significado e a sua definição, além da evolução ao longo dos anos da moralidade vigente, varia de acordo com a sensibilidade de cada um de nós. Nesta Zona Erógena iremos começar por nos concentrar em algumas vertentes mais esquecidas e controversas, nomeadamente naqueles filmes que são demasiado ousados para o circuito de distribuição chamado mainstream mas que também não se enquadram na vertente comercial da pornografia nem dos seus circuitos de distribuição. Zebedias Erodes
Alice in Wonderland Limited Storybook Edition
Esta edição em DVD é algo difícil de encontrar, mas para quem não conhece, trata-se de um filme de culto lançado nos cinemas em 1976, que combina vários elementos que normalmente não se encontram juntos.
Temos por exemplo a cena do Humpty Dumpty que caiu e não se consegue levantar, mas em que a parte do corpo que não se consegue levantar não é a que aparece na história original.
Erótico/musical comédia 1976
Este filme é claramente para adultos, e nesta edição em DVD, foram reunidas as duas versões mais importantes: a versão softcore original tal como foi lançada nos cinemas e a versão estendida (XXX) que inclui algumas cenas adicionais claramente hardcore.
Dir. Bud Townsed Int. Kristine DeBell DVD NTSC, sem legendas Argumento
3
Termómetro Dureza
illustração tirada de adventuresofgingeyginge.blogspot.com
Pode-se tentar descrevê-lo como um filme erótico musical baseado na história mais conhecida de Lewis Carroll, mas numa adaptação bastante controversa e usando um humor brejeiro.
Versão soft Versão XXX
4 1 3
A actriz principal Kristine DeBell, que tinha aparecido anteriormente na revista Playboy, tem uma performance ampla, que inclui cantar, dançar e mostrar os seus “encantos naturais”, sempre com um ar muito ingénuo, e ainda algumas cenas mais ousadas na versão XXX, como a famosa cena oral em que “ajuda” o Chapeleiro Maluco. Para tristeza de muitos, a cena em que a Alice perde a virgindade no final, foi filmada usando duplos na parte de acção mais “quente”. Este filme, apesar de ser considerado uma obra prima do erotismo, acabou de limitar bastante a carreira da actriz, principalmente depois de vir a público a versão hardcore, após a actriz ter afirmado em público que não tinham sido filmadas cenas explícitas.
Classificação 1 perda de tempo, 2 fraco, 3 a ver, 4 quente, 5 imperdível Dureza 0 sem sexo explícito, 1 com sexo simulado, 2 com cenas explícitas pontuais, 3 com algumas cenas hardcore, 4 hardcore, 5 vale tudo – a ver com cuidado Junho 2010
magazine.HD 63
lançamentos
Saiba mais em www.magazine-hd.com
abril/maio
Sherlock Holmes
ZON DVD/BD
Doutor Jivago (rem.)
Avatar
CLMC DVD/BD
Satisfaction T2, 1 LNK DVD
Tudors T3
Sony DVD/BD
ZON BD
Triologia Senhor dos Anéis LNK BD
Bright Star
Prisvideo DVD
CLMC BD
Dia da Independência
Num3ros T1 ZON DVD
NCIS T2 ZON DVD
Elizabeth - Idade de Ouro Universal BD
CMLC DVD
Laço Branco
Toy Story - Os Rivais
Precious
Crime e Mistério
VC DVD
VC DVD
Sangue Fresco, T2
ZON DVD
Federico Fellini
Costa do Castelo DVD
Foi Assim... Aconteceu A Princesa e o Sapo
ZON DVD/BD
Terapia para Casais
Universal dvd/bd
junho/julho
Road to Perdition
O Milagre de St. Ana
CMLC BD
ZON DVD
Atalanta DVD
Visto do Céu
Alice no País das Maravilhas ZON BD
Alice no País das Pandemia Maravilhas ZON DVD ZON DVD/BD
ZON DVD
ZON DVD/BD
Burn Notice
Shutter Island
CLMC DVD
ZON DVD/BD
Chovem Almôndegas
Sony DVD/BD
New York, I Love You
CLNC DVD/BD
tops FNAC DVD 1. Avatar 2. Homens que Matam Cabras... Olhar 3. Tudors t3 4. 2012 5. Lua Nova
64 magazine. HD
Junho 2010
Blu-ray 1. Avatar 2. Senhor dos Anéis Triologia 3. Planeta Terra (Série Comp.) 4. Home 5. 2010
MEDIA MARKT DVD 1. Avatar 2. Triologia Senhor dos Anéis 3. Starwars - Triologia 4+5+6 4. Starwars - Triologia 1+2+3 5. Lua Nova
Blu-ray 1. Avatar 2. Braveheart 3. Triologia Senhor dos Anéis 4. Tempestade tropical 5. Top Gun Ed. Esp. Col.
tecnologia Vitor Simão
Testámos
O 3D ESTÁ ENTRE NÓS LG e Panasonic apresentaram este mês a sua nova gama de televisores e, de entre todas as novidades que trazem, o grande destaque é, inevitavelmente, a capacidade de transmitirem imagens 3D. Entre diferenças e semelhanças, ambos partilham duas características adicionais que parecem estar a tornar-se um standard na indústria. Por um lado, ambos permitem efectuar chamadas através do Skype, no próprio televisor. Por outro, ambos disponibilizam a possibilidade de ligar a um computador, através de uma rede sem fios, e aceder a conteúdos através do protocolo DNLA. Tecnologia à parte, é mais o que os une do que o que os separa.
I
NFINIA foi o nome usado pela LG para baptizar a sua nova gama de televisores baseados na tecnologia LED. O avanço tecnológico conseguido nos novos LEDs é notório, a começar pelo facto dos novos INFINIA serem Full Slim LED, ao invés de Slim LED. Apesar de parecer pouco importante, este pormenor faz toda a diferença, isto porque tipicamente a tecnologia Slim LED tem cerca de 1/3 dos díodos (base da tecnologia LCD e LED) face à tecnologia LED, o que permite aparelhos mais finos. A tecnologia Full Slim LED permitiu à LG fabricar televisores com o mesmo número de díodos da tecnologia LED, mas mantendo o formato slim, o que resultou num aparelho de elevada resolução e, simultaneamente, extremamente fino, com apenas 3,2 cm de espessura máxima. Mantendo o Design Borderless, a gama INFINIA é, visualmente, apelativa. O destaque vai, no entanto, para o LX9500, devido à sua capacidade 3D. Com um contraste de 10.000.000:1, o LX consegue produzir níveis de negro muito próximos dos Plasma, bem como cores bastante vivas e, simultaneamente, naturais. A qualidade de imagem produzida em 2D pelo LX9500 aumentou a curiosidade relativamente à sua performance no que toca a conteúdos 3D. Tendo por base a tecnologia Tru3D de óculos activos, o LX não desiludiu, conseguindo reproduzir Full HD 3D, ou seja, conteúdos HD a 1080p. As cores e resolução mantiveram-se fiéis relativamente ao que já tínhamos visto no 2D. Apesar de alguns dos conteúdos 3D que vimos não serem os ideais para mostrar
o potencial do LX9500, a sensação de tridimensionalidade na imagem foi visível. Tendo em conta a forma como a tecnologia Tru3D funciona, podem surgir situações onde o espectador vê uma sombra no contorno das imagens, ao invés do 3D, algo que aconteceu no contacto que tivemos com o aparelho. Isto acontece quando o espectador sofre de um problema ocular no qual um olho vê mais que o outro. Este factor foi, no entanto, facilmente ultrapassado já que o LX9500 permite controlar a forma como a imagem é mostrada e sincronizada com os óculos.
LG INFINIA LX9500
66 magazine. HD
Junho 2010
Os óculos, esses, são bastante ergonómicos e, ao contrário dos modelos das outras marcas, funcionam a bateria e não a pilhas. Os óculos não são fornecidos com o televisor devendo, por isso, ser adquiridos à parte, tendo um PVP referência de 120€. Outra das novidades é a inclusão do Skype no televisor. Usando uma câmara, vendida à parte pela LG, ligada ao televisor, é possível efectuar a partir deste chamadas, áudio e/ou vídeo, da mesma forma que se faz num computador normal. Não tivemos, no entanto, oportunidade de ver o Skype em funcionamento. De realçar também o facto de a LG ter incluído neste televisor o protocolo DNLA, bem como a capacidade de ligar a uma rede sem fios, e ler conteúdos a partir desta.
v
o Skype. No primeiro caso é possível ligar, à entrada USB do televisor, um normal teclado, de modo a facilitar a escrita de mensagens. Já no segundo caso, é possível efectuar chamadas através do Skype, quer de voz, quer de vídeo, sendo que neste último caso a Panasonic disponibiliza uma câmara que pode ser adquirida à parte.
s
PANASONIC SÉRIE VT20
A
Panasonic é, neste momento, uma referência no que diz respeito aos Plasmas, e a nova série VT20 deu alguns passos importantes para tornar os NeoPDP ainda melhores. Além da redução na espessura do aparelho para valores aproximados aos dos LEDs, a Panasonic manteve, nesta nova série, a preocupação ambiental, reduzindo o consumo eléctrico para cerca de 35% do tradicional para um Plasma, e produzindo-os com materiais sem chumbo. Em termos de imagem os VT20 elevam o patamar dos plasmas a um novo nível. Os negros estão agora ao nível dos famosos Kuro, o que é bastante impressionante. A adopção de novas tecnologias para permitir Full HD 3D elevou, igualmente, a qualidade da imagem em termos de resolução e cor. Mais definidas do que nunca, as imagens
do novo VT20 impressionam mesmo na sua componente 2D, com imagens naturais e visualmente cativantes, algo que pudemos constatar quando tivemos oportunidade de ver o Blu-ray “Homem de Ferro”. Num filme que é feito de contrastes, entre ambientes muito escuros e imagens recheadas de cor e movimentos rápidos, o VT20 não teve problemas em reproduzir a vasta palete de cores, naturais e simultaneamente apelativas, dando uma nova vida ao filme. O novo NeoPDP da Panasonic impressionou, ainda mais, na componente 3D. Depois de colocados os óculos, a sensação de tridimensionalidade e realismo é elevada, e a qualidade de imagem irrepreensível. O VT20 conseguiu produzir imagens em 3D com a mesma definição e qualidade que na sua componente 2D.
Conclusão
A tecnologia 3D amadureceu, e está agora disponível nos nossos lares com a mesma qualidade, senão mais, do que aquela à qual nos habituámos nos cinemas. As ofertas da LG e da Panasonic são a prova disso. O seu sucesso depende, agora, dos produtores e distribuidores de conteúdos. Da mesma forma, a convergência é cada vez mais uma realidade. A disponibilização de serviços online como sejam o Twitter ou o Skype, e a possibilidade de ler conteúdos via rede a partir de um qualquer ponto da nossa casa vai, a muito curto prazo, alterar a forma como vemos, e utilizamos, a televisão. O LX9500 e o VT20, pela sua qualidade e versatilidade, são a prova disso.
Junho 2010
magazine.HD 67
tecnologia
Também a Panasonic optou pela tecnologia de óculos activos, trazendo 2 com o aparelho. Neste caso os óculos funcionam a pilhas do tipo “pastilha”, como as que podemos encontrar, por exemplo, nos relógios de pulso. Os óculos são, no entanto, pouco ergonómicos, sendo este o único defeito que se lhes pode, realmente, apontar. Dotado da capacidade de ler conteúdos via DNLA, o VT20 consegue, a partir de qualquer computador na rede, efectuar streaming de conteúdos áudio e vídeo, com especial destaque para o suporte dos formatos AVCHD, usado nas câmaras de vídeo HD, e DivX-HD. O Viera Cast, já presente na anterior geração NeoPDP está igualmente presente na nova geração, mas desta vez com dois novos serviços: O Twitter e
tecnologia
HDpédia
Acabou a confusão das siglas
Esteja atento na próxima edição e seguintes.
Desmistificando… o HDMI HDMI é, provavelmente,
das siglas mais presentes hoje em dia nos mais variados tipos de equipamentos audiovisuais. Afinal o que é o HDMI? O HDMI, acrónimo para High-Definition Multimedia Interface (Interface Multimédia de Alta Definição) é, na verdade, uma interface que permite ligar dois aparelhos áudio/ vídeo, à semelhança do que acontece com a tradicional e comum SCART. A semelhança entre ambas, contudo, termina aqui. A Alta Definição, o 3D, e a necessidade de introduzir uma encriptação que impedisse a gravação de conteúdos directamente a partir dos aparelhos que os reproduzem, levaram à criação de uma interface (entrada, saída, codificação e transmissão de sinal) que permitisse passar grande quantidade de informação digital, quer áudio quer vídeo, de forma isolada ou conjunta, já que as formas existentes até então de ligação audiovisual (i.e. SCART e Digital Coaxial/ Óptico) não possuíam capacidade suficiente para o fazer.
Qualquer versão HDMI é compatível com as suas versões anteriores, ou seja, a versão 1.2 é compatível com as versões 1.0 e 1.1, a 1.3 com as versões 1.2, 1.1 e 1.0, e assim sucessivamente. O contrário já não é, no entanto, verdade. Os aparelhos que possuem entradas/saídas HDMI herdam as características e limitações da versão de HDMI que possuem. Assim, um aparelho com uma entrada HDMI versão 1.1 não poderá nunca, por exemplo, receber sinal vídeo 3D, já que esta é uma característica da versão 1.4. Apesar das versões HDMI quer do emissor (i.e. leitor de Blu-ray), quer do receptor (i.e. televisão) serem compatíveis com determinada versão HDMI (i.e. 1.3), o cabo pode condicionar o sucesso da transmissão do sinal. Um cabo de má qualidade pode impedir, por exemplo, a passagem do sinal áudio de alta definição, ou diminuir a qualidade de imagem. A escolha do cabo a usar deverá, por isso, ser feita com extremo cuidado. Sempre que possível, adquira um cabo de qualidade reconhecida, e compatível com a versão HDMI dos aparelhos que pretende ligar.
Apesar de actualmente a maioria dos aparelhos serem compatíveis com a versão 1.3 e 1.4, existem na verdade cinco versões desta interface, sendo as principais diferenças as seguintes: HDMI 1.0 (2002-12) Suporte para áudio e vídeo não comprimidos em um único cabo, incluindo os formatos áudio Dolby Digital 5.1 e DTS. Criação do método de encriptação HDCP. HDMI 1.1 (2004-05) Adicionado suporte para DVD Áudio. HDMI 1.2 (2005-08) Adicionado suporte para PC’s e alguns formatos áudio como sejam o Super Audio CD. HDMI 1.3 (2006-06) Aumentada a largura de banda permitindo passar mais informação de uma só vez bem como a palete de cores suportada. Adicionado suporte para formatos não comprimidos, bem como para os formatos áudio de alta definição, e de um algoritmo de sincronização da
imagem com o som. Criação da ficha “miniHDMI”. HDMI 1.4 (2009) Adicionado canal para transmissão de dados em rede até 100 Mbits (Ethernet), permitindo assim ligação, por exemplo, à internet, sem necessidade de cabos adicionais. Adicionado suporte para os formatos 3D e adicionada capacidade de transmissão de resoluções acima dos 1080p (Full HD), até um máximo de 4096p. Criação da ficha microHDMI. Passa a ser possível transmitir o som nos dois sentidos com um único cabo.
como funciona… o 3D – Parte 1 O 3D feito com base na estereoscopia (utilização de
duas imagens) já por cá anda há muito tempo, mas só agora ganha força. Acompanhe-nos na descoberta desta tecnologia. Até à introdução do Real3D nas salas de cinema, o 3D era conseguido com recurso a anaglifos. Esta tecnologia consiste em sobrepor duas imagens iguais, mas retirando a cada uma delas algumas das cores primárias que as compõem, azul, verde e/ou vermelho. Utilizando os famosos óculos 3D (quem não se lembra deles em Regresso ao Futuro?) com uma lente de cada cor, o cérebro fica com a percepção que está a ver uma única imagem com profundidade. Apesar de ainda ser usada em DVD (Viagem ao Centro da Terra e São Valentim Sangrento são exemplos disto), a tecnologia não teve o sucesso esperado. Além de provocar alguma distorção de cores, os efeitos, ainda que temporários, para os olhos e para o cérebro não passavam despercebidos.
68 magazine. HD
Junho 2010
A recente tecnologia Real3D confirmou o 3D como uma realidade, e catapultou-o do cinema para as nossas salas de estar. O Real3D, usado actualmente no cinema (i.e. Avatar), funciona com o mesmo conceito dos antigos anaglifos, ou seja, a estereoscopia: duas imagens produzidas, mostradas de forma diferente ao cérebro, de modo a dar uma ideia de profundidade. No entanto, ao invés de usar óculos com filtro de cor, utiliza óculos polarizados. Projectores especialmente preparados para 3D projectam na tela duas imagens diferentes 144 vezes por segundo. Os óculos usados pelo espectador possuem, em cada lente, polarizações inversas às do projector. Sem que se aperceba, o utilizador vê, alternadamente, uma imagem em cada olho, mas nunca as duas imagens ao mesmo tempo, nem com os dois olhos ao mesmo tempo. Uma espécie de “abre e fecha” de lentes permite dar a sensa-
ção de tridimensionalidade, sem com isso causar cansaço, distorção na visão, ou perda de qualidade na imagem. Esta é a filosofia por trás da tecnologia adoptada pelas principais marcas de Televisores, o Tru3D. Usando óculos activos, em muito semelhantes aos usados no cinema, a televisão mostra duas imagens diferentes, transmitindo simultaneamente aos óculos a informação para ligarem, de forma síncrona e alternada, cada uma das lentes com cada uma das imagens. Uma vez que este sincronismo é garantido pela TV, os óculos das diferentes marcas são incompatíveis entre si, já que cada uma utiliza a sua própria forma de sincronismo. É igualmente por este facto que os óculos utilizados em cinema, de Real3D, não funcionam com os televisores 3D. Existem, no entanto, outras formas de obter conteúdos 3D, para além do Tru3D, e a RealD (autora do Real3D), já avançou com uma nova tecnologia para 3D em casa que dispensa a utilização de óculos, o Real3Ddisplay. Se o Blu-ray 3D é já um standard com o qual todas a televisões são compativeis, o mesmo já não se pode dizer das emissões televisivas. Dessas, no entanto, falaremos no próximo número.
música
Luís Costa
Crítica
Laura Veirs “July Flame”
Verão escaldante A Bíblia reza que Deus descansou ao sétimo dia, após criar o Céu e a Terra. Laura Veirs regressa, depois de 3 longos anos de ausência, com “July Flame”, o seu disco número sete , que nos faz desejar intensamente que o descanso da cantora de Portland Oregon não se prolongue pela eternidade. “July Flame” é, seguramente, o melhor álbum de Veirs, e um fortíssimo candidato a um dos discos do ano. Aqui a instrumentação é resumida ao mínimo e os arranjos são delicados e resplandecentes. Há um profundo equilíbrio entre o necessário e o supérfluo e tudo que escutamos está no seu devido lugar. Não há espaço para desperdícios sonoros. E assim, “July Flame” está perfeito, como um dia de sol no pino do Verão. O álbum abre com “I can see your tracks”, que nos dá, na sua simplicidade aparente, o mote para todo o disco. As guitarras límpidas passeiam-se por entre os coros que, lá ao fundo, nos transportam a dias preguiçosos de tranquilidade e calor. Um dos momentos altos de “July Flame” é o título tema, com a sua percussão marcante a contornar a melodia embrulhada na voz de Laura Veirs. Seguimos com “Where are you driving” e “Life is good blues”, através de banjos e guitarras coleantes e chegamos
a “Silo song”, em que cordas e guitarras voam, como insectos entre as flores, num quente dia estival. “Little deschutes” é um daqueles momentos em que sentimos o tempo andar mais devagar, travado por uma frágil e bela melodia. “Summer is the champion” é outro momento de referência, com os sopros em contraponto com os vocais. Decididamente uma das grandes canções de “July Flame”. Passamos por “Sleeper in the valley”, também pontuado por singelas guitarras e um belíssimo arranjo de cordas. Já em “Wide-eyed, legless” chega-nos à memoria Suzanne Vega, pela forma como Veirs molda as palavras e em “Carol Kaye” retomamos coros e guitarras que se espreguiçam num final de tarde ensolarado. Mas é com o sublime “Make something good”, a encerrar o disco, que atingimos a perfeição (o seu único defeito é durar uns escassos 4 minutos e 15 segundos...). Parece tão simples quanto juntar uma melodia a roçar a perfeição a um sumptuoso e elegante arranjo de cordas. Como diz Laura Veirs “it’s gonna take a long long time, but we’re gonna make something so fine”. É o que acontece em “July Flame”. LC
Laura Veirs – July Flame, Bella Union 2010
Matthew Shipp
“4D”
Pois bem, agora que está aí o 3D eu venho propor 4D, a nova publicação de Matthew Shipp. Sem dúvida uma das vozes mais canoras e idiossincráticas do piano e composição actuais, sendo mesmo já presa fácil em qualquer blindfold test. A capa do disco parece contrastar com a maioria dos temas propostos, o velho cliché do contemporâneo versus tradição, mas ouvidos alguns compassos dos standards de Stern (Greensleeves), Ellington (Prelude to a Kiss) ou até o Frère Jacques da minha infância, logo perceberá a referência às intuições espaciais, usando da noção matemática de dimensão. Esta música evoca uma topologia sensorial para século XXI, do Hipercubo como entidade elementar na percepção do Mundo, ao Hiperespaço na comunicação, via timbres reconhecíveis do passado do éter acústico, desde o upright, e desafinado, piano dos Old Far West Saloons (pianola), do sapateado de Monk, ao contorcionista Cecil Taylor, até às harmonias sofisticadas de Ellington. Jazz em 4D: deixe o Einstein on the Beach (Philip Glass) e ouça Matthew Matthew Shipp – 4D, Thirsty Ear Recordings 2010 Shipp. ES 70 magazine. HD
Junho 2010
sempre em grande estilo
www.cecilia-designs.com
promete voltar aos palcos Oito anos após lançarem o seu últimos registo, o EP “So Good Night”, os Pop Dell’Arte prometem voltar aos palcos, desta feita para apresentar os temas que integram o novo disco de originais “Contra Mundum” que sairá durante o mês de Junho. O album é precedido pelo single “Ritual Transdisco”, que já roda em rádios seleccionadas. A não perder pois o regresso aos concertos da banda de João Peste.
Interpol: as boas e as más notícias
As boas, são que os Interpol terminaram o seu quarto disco, ainda sem título. Gravado nos Electric Lady Studios em Nova Iorque e misturado por Alan Moulder, nos Assault & Battery Studios em Londres, o novo trabalho da banda de Paul Banks irá ser apresentado ao vivo em digressão a anunciar brevemente. As más, são que após a gravação do disco, Carlos Dengler, baixista, compositor e membro fundador dos Interpol, deixou, amigavelmente, o grupo. É possível descarregar, gratuitamente, o novo tema “Lights” no site oficial da banda: www.interpolnyc.com/lights.html
Air
A dupla francesa Air, composta por Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel visita, novamente, o nosso país para um concerto no Coliseu do Porto, no próximo dia 20 de Junho. Godin estudava arquitectura e Dunkel encontrava-se na área das matemáticas, quando decidiram formar os Air. Antes disso, haviam tocado nos “Orange”, colectivo do qual faziam parte nomes de referência como Alex Gopher ou Étienne de Crécy. Como é sabido, os Air produzem música que recorre a sintetizadores analógicos vintage, para criar uma sonoridade moderna, mas alicerçada em raízes que vão desde Pink Floyd a Serge Gainsbourg, passando por Ennio Morricone ou Francis Lai. Excelente oportunidade para rever e ouvir o grupo que reabilitou a pop francesa, a partir de finais da década de 90. Coliseu do Porto. Entrada: €29 a 34€.
Junho 2010
magazine.HD 71
música
Ao vivo
kids
Entretenimento é com os mais novos, e alternativas não faltam. Difícil é escolher as melhores, pelo que aqui ficam as nossas sugestões. – Oh Mãe, lá na escola já todos têm box digital! E nós?
Luís Costa
Para ver em casa
Tsubasa Reservoir Chronicles Aventura e fantasia na nova série do Panda Biggs.
O clone masculino de Tsubasa, Syaoran, é um jovem arqueólogo que investiga umas ruínas próximas. Sakura, a clone feminina de Tsubasa, tem uma visão sobre um misterioso símbolo que Syaoran encontrou nas ruínas. Quando ela visita Syaoran nas ruínas no dia seguinte, fixa-se sobre o símbolo que possui uma abertura para um espaço secreto e desaparece. Syaoran segue-a e encontra-a com um par de asas fantasmagóricas. Ele salva-a, mas depois as suas asas desintegram-se em penas que se espalham por outras dimensões. O Alto Sacerdote do Reino Clow, Yukito, apercebe-se imediatamente que as “penas” de Sakura são a manifestação da sua alma; sem elas, ela morrerá.
Os Pinguins de Madagáscar
A quadrilha divertida está de regresso com novas aventuras
A quadrilha de pinguins mais divertida e louca regressa este mês ao Nickelodeon com novos episódios e promete animar o Zoo com as suas novas aventuras. Skipper, Kowalski, Rico e Private, os pinguins favoritos das crianças são uma força de elite com atitudes dignas dos melhores Comandos e de um quartel clandestino. São quatro pinguins muito divertidos que vivem no Zoo do Central Park e responsabilizam-se por manter a ordem. Os únicos animais capazes de estragar o dia ao grupo de pinguins são os novos vizinhos, liderados por King Julien, o auto-proclamado Rei dos Estreia 1 de Jun. no Nickelodeon, às 18h10. Lemures, que chegam ao Zoo com o objectivo de De Seg. a Sex., às 11h55 e 18h10; repetição refrescar o ambiente. aos fins-de-semana às 11h55
Estreia 1 Junho no Panda Biggs Seg. a Sex. às 8h00 e 21h30
Leite Night, um “talk show” com estilo
Bratz com atitude na SIC K
“Bratz”, o fenómeno de popularidade mundial que bateu recordes de vendas em todo o Mundo, chegando a ser nomeada para os prémios Daytime Emmys chegou à SIC K. Uma série de animação protagonizada por quatro amigas cheias de estilo, que conjuga moda, glamour, amizade e aventura. Jade, Yasmin, Cloe e Sasha são quatro amigas que decidem lançar uma revista totalmente dedicada ao universo da moda chamada Bratz. Raparigas normais que provam que na moda mais do que a roupa, conta sobretudo a atitude e o estilo. E as Bratz sabem isso melhor do que ninguém! 2ª a 6ª e Domingos às 19h30
72 magazine. HD
Junho 2010
Quando temos doze ou treze anos a zona mais importante do Mundo é o nosso quarto. É lá que nos trancamos com música aos berros quando estamos chateados, é lá que falamos secretamente ao telefone, é lá que passamos horas em frente ao computador, é lá que recebemos os nossos amigos. E seria, naturalmente, lá que faríamos um talk show, caso pudéssemos. É isso que acontece em “Leite Night”. O Henrique Gil é o anfitrião deste programa, um talk show estilo late night. Tem 12 anos, espírito de iniciativa e muita lata para levar até ao seu programa improvisado vários entrevistados, como músicos, desportistas, actores ou apresentadores. Além da entrevista propriamente dita, o Henrique fala das coisas que inquietam a sua geração, faz propostas, diz piadas e até ajuda os amigos numa espécie de Consultório. Mas atenção: tudo isto tem de acontecer antes da mãe o interromper com o copo de leite e o beijinho de boas noites! Na Sic K, 5ª às 21h15, com repetição ao Sáb. às 22h00 e Dom. às 19h30
Football for Kids por José Mourinho
José Mourinho vai estar na SIC durante o Mundial, com o projecto “Football for Kids”. O treinador português, considerado um dos melhores treinadores do mundo, ensina às crianças os truques do futebol. Trata-se de um vídeo onde o treinador José Mourinho dá conselhos às crianças de forma a dotá-las de armas que as capacitem para vir a ter sucesso no mundo do futebol. Aplicando os mais modernos métodos de treino a uma equipa de crianças, José Mourinho dirige uma sessão prática que ilustra a sua visão sobre o futebol. A aula de José Mourinho também vai focar temas como a auto-confiança, o trabalho de equipa, o desenvolvimento do carácter e da personalidade. Muitos conselhos e dicas que podem ser decisivos para as crianças e para as suas famílias no sentido de alcançarem sucesso nas suas carreiras futuras como futebolistas. O programa poderá ser uma arma decisiva para as crianças de todo o mundo conseguirem atingir o topo do futebol mundial. Ao fim-de-semana no espaço SIC K
kids
A Princesa e o Sapo Até há pouco tempo atrás duas verdades pareciam absolutas: a Disney tinha definitivamente abandonado a animação tradicional e um sapo beijado por uma princesa transformava-se SEMPRE num príncipe encantado. Mas, com um certo humor negro à mistura, a Disney deitou por terra estas duas crenças. “A Princesa e o Sapo” é um regresso às origens. Por um lado, é um filme que recorre à animação tradicional dos estúdios de Walt Disney, popularizados em filmes como “Branca de Neve”, “Cinderela” ou, mais recentemente, “A Bela e o Monstro”. Por outro, quer na banda sonora, quer na história, é um regresso aos eternos e inesquecíveis contos de princesas. Tiana, uma jovem de origens humildes, luta
para tornar realidade o sonho do seu falecido pai: ter o seu próprio restaurante. Naveen, por seu lado, apesar de príncipe, vem de uma família sem dinheiro que o quer casar com uma jovem rica, para que possam assim recuperar a riqueza que em tempos tiveram. Mas, Naveen acaba transformado num sapo pelo maldoso feiticeiro Facilier, e é como sapo que consegue convencer Tiana a beijá-lo, para que se volte a transformar em príncipe. O problema é que a Disney trocou-lhes mordazmente as voltas, acabando Tiana transformada em… “sapa”. Começa aqui uma deliciosa aventura pelos pântanos de Nova Orleães, com personagens inesquecíveis e uma banda sonora de grande qualidade. Nunca perdendo o sabor
a jazz, característico do local e da época onde o filme se desenrola, “A Princesa e o Sapo” traz de volta o velhinho toque Disney que encantou miúdos e graúdos de inúmeras gerações. Além da inegável qualidade técnica, esta edição vem recheadinha de extras, a proporcionarem muitos e bons momentos a toda a família. Paralelamente ao Blu-ray, a Disney lançou, em conjunto com o IGAC, uma acção de sensibilização para os malefícios da pirataria, fazendo jus ao ditado “de pequenino se torce o pepino”. Por isso, pegue nos miúdos, tire as pipocas do micro-ondas, sente-se em frente à TV, e deixe-se levar ao mundo de “A Princesa e o Sapo”. VS
animação 2009 Realiz. Ron Clements, e John Musker Vozes Anika Noni Rose e Bruno Campos Disney, 1.78:1, DTS-HD, 97 min Filme e extras
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Áudio
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Geral
5
Animação 2009 Realiz. Phil Lord e Chris Miller Vozes Bill Hader e Anna Faris Sony, 2.35:1, DTS-HD, 90 min
Chovem Almôndegas Flint Lockwood, um geek no verdadeiro sentido da palavra, é um inventor frustrado. Apesar da sua boa vontade em ajudar o mundo, e mostrar, simultaneamente, que não é apenas um idiota, nenhuma das invenções de Flint é, nem boa, nem bem concretizada. Tudo muda, no entanto, no dia em que inventa uma máquina de faz chover comida. O que nem Flint, nem a cidade onde mora, sabem, é que esta invenção irá trazer, outra vez, mais problemas que benefícios. Filme divertido q.b., com boa qualidade da
animação e argumento original, “Chovem Almôndegas” tem como público alvo sobretudo os adolescentes, que se irão identificar melhor com os dramas de Flint, do que os mais novos. A imagem bem definida, com cores vivas sem nunca caírem no exagero. O som, sem impressionar, está ao nível do que é normal no formato. O conjunto de extras que acompanham a edição proporcionam mais algumas horas de lazer. VS
Filme e extras
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Junho 2010
magazine.HD 73
kids
Exposições:
divertir e aprender OLHO BIÓNICO ENSAIO DE COMUNICAÇÃO
Exposição Temporária A exposição Olho Biónico – Ensaio de Comunicação resulta do desafio lançado pela Fundação Portuguesa das Comunicações à artista Daniela Ribeiro de perspectivar uma tendência evolutiva da comunicação futura. O projecto composto por 14 obras, integra componentes electrónicos de cerca de 2000 telemóveis e um sistema avançado de conexão via Internet entre pessoas através de olhos biónicos. Os 14 olhos biónicos, apresentados enquanto obras de arte que combinam fotografia e tecnologia, ligados entre si por Internet, permitem o alcance de novas realidades, como por exemplo, um pai que queira ver o seu filho, basta que se ligue ao olho do professor!... Este trabalho desperta questões éticas e morais sobre a evolução tecnológica das comunicações e pretende provocar diferentes reacções nos visitantes. Segundo a artista, a forma como vamos comunicar no futuro deve ser fruto de uma reflexão no presente, antes desta visão evolutiva se tornar realidade. MUSEU DAS COMUNICAÇÕES • R. do Instituto Industrial, 16 – Lisboa • Nº verde: 800 215 216 • Tel.:213 935 108/59 • Metro: Cais do Sodré • De 17 Maio a 31 Jul., • 2ª a 6ª: 10h-18h, Sáb.: 14h-18h • Preço: Crianças, entrada gratuita; Adultos: 2,50€.
WORLD PRESS CARTOON Exposição Temporária
O World Press Cartoon, salão de referência no mundo do humor gráfico de imprensa, regressa ao Sintra Museu de Arte Moderna. Este salão tem como objectivo distinguir e dar a conhecer os melhores trabalhos produzidos e publicados em jornais ou revistas, nas áreas de cartoon editorial, caricatura e desenho de humor, durante o ano de 2009. Os objectivos mantêm-se os mesmos; promover o cartoon enquanto género jornalístico, prestigiar o desenho de humor na imprensa, premiar o mérito e o talento dos melhores e promover a liberdade de expressão enquanto valor inalienável da dignidade humana. SINTRA MUSEU DE ARTE MODERNA • COLECÇÃO BERARDO • Av. Heliodoro Salgado, Sintra • Tel.: 219 248 170 • e-mail: info@sintramodernart.com • De 17 Abr. a 4 Jul., 3ª a Dom.: 10h-18h • Entrada gratuita
ACAMPAR COM AS ESTRELAS Astronomia
O HOMEM DA CABEÇA DE PAPELÃO Exposição Animação
Apoiado na lógica narrativa do filme “O Homem da Cabeça de Papelão”, o visitante acompanha os passos do processo de produção: da escrita do guião a um fluxo contínuo de imagens - estudos visuais e de personagens, storyboard, layouts, esboços para animação e desenhos finais – pontuado por algumas peças audiovisuais que revelam line tests, gravação de vozes e making of. CASA DA ANIMAÇÃO • R. Júlio Dinis, Ed. Les Palaces, 208-210 – Porto • Tel.: 225 432 773 Site: www.casa-da-animacao.pt • De 1 Maio a 31 Jul., 3ª a Sáb.: 10h-18h • Entrada gratuita
74 magazine. HD
Junho 2010
No meio da natureza uma turma está acampada na companhia dos seus professores. À noite, quando quase todos já dormem, um professor e um pequeno grupo de alunos ficam a admirar o céu nocturno, oportunidade que raramente têm na cidade onde vivem. Os alunos, com as suas curiosas perguntas, e o professor, com as suas sábias respostas, fazem assim uma viagem por alguns dos mais importantes conceitos do Universo. Os temas científicos abordados são: O Universo: Via Láctea; galáxias; enxames de galáxias; Grupo Local; Big Bang e o Universo em expansão. O Céu: Esfera Celeste; constelações; distâncias e medição de distâncias em Astronomia: a paralaxe. As Estrelas: Idade; dimensão; cor; tempo de vida; vida e morte das estrelas; nebulosas planetárias, anãs brancas, pulsares e buracos negros. A Terra e o Sistema Solar: Zona de habitabilidade e condições favoráveis à existência de vida; características dos objectos do Sistema Solar; planetas do Sistema Solar; sistemas extra solares. Forças e Movimentos: Dinâmica, força gravítica e órbitas; satélites; fases da Lua; movimentos de rotação e translação: sequência do dia e da noite e das estações do ano. CENTRO MULTIMEIOS DE ESPINHO • PLANETÁRIO • Av. 24 nº 800 - Espinho • Tel.: 227 331 190 • Sáb., Dom. e Feriados: 17h • Preço: Crianças e adultos, 3,25€.
Festival Panda está de volta! Passa um dia em grande com as tuas personagens favoritas!
O Festival Panda promete animar a pequenada nesta terceira edição com renovadas actividades e espectáculos. Este ano, a ZON é uma vez mais patrocinadora deste evento, que está ainda mais completo, pois terá dois palcos distintos por onde vão passar algumas das personagens mais acarinhadas pelos fãs do canal. O elenco principal é composto por Noddy, Ruca e contempla, pela primeira vez, a actuação dos Docinho de Morango e Wow wow Ubzy. No palco secundário, a animação está a cargo das personagens das célebres séries Vila Moleza e Irmãos Koala. O “Festival Panda” disponibiliza no recinto do Festival várias zonas de restauração, parque de merendas e de descanso, e muitas outras surpresas para miúdos e graúdos. Assim, entre as 9h00 e as 20h00, os mais pequenos podem usufruir de várias actividades lúdicas no recinto e animações nos palcos secundários. 26 e 27 Junho Parque dos Poetas, Estádio Municipal de Oeiras 4 Julho Europarque, em Santa Maria da Feira. Horários das 10h30 às 12h30 e das 16h30 às 18h30 Preços Individual – 20€; Familiar 3 – 54€; Familiar 4 – 68€
Comando Kids
Em casa sou eu a mudar de canal! O mundo ZON Kids cresce a cada dia que passa. Para além de 8 canais infantis e um infanto-juvenil, de uma área infantil do ZON Videoclube e de um site zon.pt/kids cheio de novidades, a ZON concebeu um comando para quem já manda no consumo televisivo lá de casa. O comando Kids permite não só o acesso directo aos canais infanto-juvenis na rede Cabo ou Satélite (Panda, Panda Biggs, Nickelodeon, Disney Channel, Disney Cinemagic, BabyFirst, Boomerang e Cartoon) como personalizar os canais favoritos e colocar a sua fotografia ou uma imagem de um dos seus heróis preferidos. Para além de tudo isto o comando Kids brilha no escuro e permite controlar todos os equipamentos digitais. Os pais podem ajustar no comando o “modo criança” que permite aos mais novos o acesso aos canais a que estão autorizados, ao contrário do “modo adulto” que permite visualizar todos os canais subscritos pelo Cliente. O Comando Kids está à venda nas lojas ZON por 9,98€. No dia 1 de Junho a ZON vai realizar uma grande acção nas lojas para promover este comando dirigido às crianças. Apareça para comprovar!
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recomendam
Artur e a Vingança de Maltazard Não percas mais uma aventura dos Minimeus no ZON Videoclube!
Artur está em êxtase pois nessa noite será o décimo ciclo da lua e ele poderá, finalmente, regressar à terra dos Minimeus e reencontrar Selénia. Na vila, os Minimeus prepararam um grande banquete em sua honra e a jovem princesa usa o seu vestido de pétalas de rosa. Mas o pai de Artur escolhe este dia tão aguardado para anunciar o fim das suas férias na casa da avó. Quando se preparam para regressar, uma aranha deposita um grão de arroz na mão de Artur com a sigla SOS gravada. Não há dúvida, Selénia está em perigo!
Realiz.: Luc Besson Vozes Heitor Lourenço, Rita Blanco, Zé Pedro, Ana Guiomar, Pacman ANIMAÇÃO 2009. Disponível a 13 de Junho, Aluguer
SpongeBob, como nunca antes visto Exposição Nickelodeon ensina Arte de forma inédita
Até 30 de Junho, no Museu da Água em Lisboa, a exposição SpongeBob, como nunca antes visto garante um programa cultural e ambiental em família no mínimo diferente. A adaptação de uma personagem animada “à luz” de grandes obras como “A persistência de memória” de Dali, “A criação de Adão” de Miguel Angelo ou o “Homem Vitruviano” de Leonardo de Vinci, é uma tarefa apenas à altura do SpongeBob, também ele uma personagem mítica e querida em todo o mundo. Todos os quadros expostos nesta exposição foram produzidos em Portugal pelo pintor José Ribeiro, que respeitou na íntegra as técnicas originais de cada um dos autores. Em paralelo às criações internacionais, o Nickelodeon convidou vários artistas nacionais a dar o seu contributo com uma interpretação especial da personagem SpongeBob. A exposição engloba obras de Nuno Gomes, TT, João Só e Abandonados, Vera Eloy, Patrícia Gallo, Rita Fernandes, Ana Sofia Gonçalves, Ricardo Preto, Maria João Lopo de Carvalho, Elsa Matias, Fernando Hipólito e uma peça da ZON de Vítor Barata em homenagem ao SpongeBob. A exposição tem também uma vertente ambiental e ecológica que é integrada nas várias actividades didácticas de alerta para a importância da água e da protecção das espécies marinhas, não fosse o SpongeBob o maior adepto de água do mundo! Entrada Gratuita Mais informações em www.nick.pt ou pelos contactos 218 100 215 e museu@epal.pt do Museu da Água Museu da Água, Rua do Alviela, 12, a Sta. Apolónia, Lisboa Junho 2010
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jogos
info
Tomás Dias
PS3, PC, XBOX360 http://www.alphaprotocol.com Ecofilmes
ALPHA PROTOCOL
5
THE ESPIONAGE RPG Acção e muito estilo neste novo RPG!
A
mbicioso – é a palavra que melhor define este jogo. Depois da sua data de lançamento, em 2009, ter sido adiada, muito se tem falado deste RPG de acção, da sua história e de como iria resultar o sistema gráfico, principalmente, com a promessa de apresentar câmaras de visualização e controlo aos jogadores nunca antes vistas em videojogos. O guião era arrojado, as personagens não poderiam ser mais interessantes e a opção de RPG, como explorador, é a cereja no topo do bolo. O agente da CIA Michael Thorton é traído pelos seus superiores e passa a ser perseguido pelo governo dos EUA, no meio de uma conspiração de tráfico de armas a nível internacional. E só
ele poderá revelar os segredos das organizações intervenientes através do Alpha Protocol. Com uma história baseada em factos reais, e actuais, recheada de surpresas, ninguém ficará indiferente aos excelentes diálogos entre as personagens – sentimos que estamos dentro de um verdadeiro filme e que poderemos controlar o rumo da história. Michael Thorton tem a capacidade de aprender, desenvolver técnicas e habilidades e uma diferente, mas muito original, forma de interagir com outras personagens. A sua mala de armas é totalmente personalizável, e poderemos escolher num vasto leque de artilharia. A pérola é o facto de que cada jogador terá a
possibilidade de ter um Michael Thorton diferente. Pela personalização, desenvolvimento de skills, contacto com outros personagens na hora certa, e a escolha de vários elementos interferem directamente no estilo e capacidades para ultrapassar determinadas missões. Os gráficos são impecáveis e o aspecto geral final é muito interessante. A jogabilidade não é novidade, mas todo o conjunto de upgrades relativamente a outros títulos do género, transformam “Alpha Protocol” num dos melhores do ano! Não perca este jogo!
Kingdom Hearts: Birth By Sleep Uma das mais fantásticas aventuras da História dos videojogos recebe, neste novo jogo para a PSP, a sua prequela. Tal como “Chain Of Memories”, “Birth By Sleep” será o próximo jogo de “transição”, antes da próxima grande produção que fará tremer a Playstation 3. Entretanto, Tetsuya Nomura, o homem por detrás da saga, ainda não anunciou se teremos para breve “Kingdom Hearts 3”, título badalado por dezenas de sites de fãs na internet. Os jogos que mereceram lançamento na PS2 (KH1 e KH2 – Chain Of Memories foi também posteriormente convertido para esta plataforma) são absolutamente geniais, com argumento, banda sonora e realização de cut-scenes ao nível dos grandes filmes de Hollywood. A saga conta-nos a história de três amigos, Sora, Kairi e Riku que, depois de terem sido separados 76 magazine. HD
Junho 2010
por um cataclismo provocado pelos Heartless, foram transportados para um conjunto de mundos mágicos afundados na escuridão. Na pele de Sora, faremos tudo para encontrar Kairi e Riku, numa aventura inesquecível pelos mais fantásticos cenários da Disney. Nesta nova prequela, recuamos até antes do primeiro jogo para conhecermos a origem da Keyblade, a espada que escolhe Sora para seu portador. Terra, Ventus e Aqua serão os nossos novos heróis. O Destino está nas nossas mãos…!
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Final do ano 2010 http://na.square-enix.com/ games/kingdomhearts/
No final dos anos 80, a Capcom lançava nos arcades o seu primeiro grande jogo – “Street Fighter” – onde lutadores provenientes de vários países do mundo, cada um com a sua habilidade especial, competiam entre si, num ambiente cheio de cor e diversos cenários, em 2D. Seguiram-se diversas séries deste título, como a “Alpha” e a “EX”, actualizando a compatibilidade com as consolas emergentes, ao longo dos anos. “EX” é a primeira conversão para 3D das personagens e dos cenários, especificamente para a Playstation. E chega agora à PS3 e Xbox 360 uma fantástica reposição em “Street Fighter IV”, com um conjunto de funcionalidades que vão facilmente viciar os fãs de jogos de luta. Primeiro que tudo, e para não deixar os jogadores de alto calibre sem escola, o sistema de teclas e acção permanece intacto. Cada personagem possui novos combos e skills que poderão ser ajustados em cada luta, para determinado opositor. E o ambiente 2D/3D, extremamente colorido, faz-nos sentir no meio de um salão de jogos! Mas o Às deste título é a opção de multi-jogador online. Este sistema permite desafiar outros jogadores de todo o mundo, entrar em competições e muito mais. As team battles também são novidade: poderemos jogar em equipa de dois, três ou quatro jogadores em simultâneo! Imagine oito lutadores num frenético match! A outra novidade a destacar é a possibilidade de replay nos desafios. Desta forma, os verdadeiros aficionados poderão aprender com os erros, e, em modo online, entrar na luta contra os melhores do planeta! De uma capacidade excepcional de viciar todos os jogadores, e visualmente capaz de nos maravilhar, “Super Street Fighter IV” não poderia sair da nossa Zona de Teste sem uma grande pontuação! Alguém para um desafio?
jogos
Super Street Fighter 4
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PS3, PC, XBOX360
http://www.streetfighter.com Ecofilmes 5
TOM CLANCY’S SPLINTER CELL: CONVICTION Sam Fisher em busca de vingança… Se há jogos que nos prendem do princípio ao fim, “Splinter Cell” é um deles. A jogabilidade e a própria pressão do jogo, tal como “Metal Gear Solid”, oferecem-nos uma experiência de espionagem única: e se fossemos um infalível agente, que ataca pela penumbra? O nome de Tom Clancy tem sido associado ao longo dos tempos a diversos videojogos, entre eles “Rainbow Six” ou “Ghost Recon” como criador. Mas este senhor foi também argumentista de grandes filmes como “A Caça Ao Outubro Vermelho”, “Perigo Imediato” e “A Soma de Todos os Medos”. Estamos entregues a boas mãos quanto às histórias, e este novo “Splinter Cell” não desilude neste campo. Temos um Sam Fisher revoltado, que am-
biciona vingar a morte da filha. Sam agora é letal… mau como as cobras! Agora o uso do stealth action é mais pormenorizado, mas relativamente aos anteriores jogos, não poderemos apresentar muitos pontos novos. Tudo se desenvolve através do “mark and execute”, onde poderemos marcar vários inimigos e realizar uma sequência de ataques. A nível gráfico existem alguns planos que nos conseguem surpreender constituindo outro ponto positivo. Infelizmente, a curta duração do modo história deixa-nos um pouco desiludidos. De facto o jogo tem pontos muito fortes que, melhor desenvolvidos, dariam de certeza um respirar diferente, e mais completo, a este novo “Splinter Cell”.
Lara Croft em formato Digital “Lara Croft and the Guardian Of Light” é o título do jogo que os fãs da série”Tomb Rider” poderão jogar a partir do próximo Verão. Mas não estará disponível nas lojas – apenas através de formato digital, na Playstation Network, Microsoft ou XBOX Live. Este não será a continuação da famosa série, mas estão em trabalho dois projectos diferentes: o digital (nova serie “Lara Croft”) e a retalho (“Tomb Rider”). Assim, poderemos para já matar saudades da “senhora dos videojogos”, numa aventura com cerca de seis horas de duração, com o preço anunciado de 15USdólares, pay-to-download.
Junho 2010
magazine.HD 77
jogos
True crime A
United Front Games já está a terminar a produção de “True Crime”, este que será o terceiro jogo da série e o primeiro disponível para Playstation 3. As imagens já divulgadas pela Activision vão de encontro ao que sentimos quando foi lançado o primeiro trailer de “Grand Theft Auto IV” – “isto deve ser fantástico!” As ruas de Hong Kong escondem um mar de corrupção, onde todos se podem afundar e raros são aqueles que conseguem sobreviver. O jogador encarna Wai Shen, um detective que, infiltrado na tríade “Sun On Yee” (que existe efectivamente), terá de equilibrar a sua máscara de criminoso com a vontade de desmantelar a organização, de forma a não ser descoberto. Veículos e armas não vão faltar, mas a novidade vai para além da gama de artilharia – o jogador poderá complementar os seus ataques (corpo a corpo e em condução) com combos, e roubar automóveis no meio de uma perseguição, em alta velocidade! Com a mudança de produtor pelo insucesso comercial de “True Crime: New York City”, a Activision vai apostar em grande neste “True Crime”, com cara nova, muitas novidades na jogabilidade e claro… acção sem parar!
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Final do ano 2010 http://www.truecrime.com Ecofilmes
78 magazine. HD
Junho 2010
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Um ano (11 edições)
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cartaz António Pires
em Junho saia! curta! Se o escurinho do cinema ou o cantinho do sofá já não chegam, há mil outras coisas para fazer lá fora, ao ar livre ou dentro de portas: concertos, festivais, bailado, exposições, teatro... Saia! Curta!
2 quarta O extraordinário grupo instrumental russo Terem Quartet (que interpreta música tradicional russa de uma forma descontraída e humorística e onde se destaca uma imponente balalaika-baixo) actua hoje em Estarreja, abrindo o festival festIM deste ano (repete em Ovar, sexta, e em Sever do Vouga, sábado).
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sábado E hoje a Festa do Fado, no Castelo de S. Jorge, Lisboa, continua com mais um belo encontro: A Naifa (agora a viver a sua segunda vida e com novos elementos) junta a sua poesia e os seus “fados” electrificados à voz da veteraníssima Celeste Rodrigues, irmã de Amália. Também em Lisboa, na Sociedade de Geografia, actua um dos maiores nomes da alt.country norte-americana, Bonnie “Prince” Billy (repete amanhã, no Teatro Aveirense, Aveiro), com primeira parte da cantora norueguesa Susanna.
1terça Eram os deuses astronautas? Parece que sim: pelo menos, o
trio pós-rock irlandês God Is an Astronaut aterra hoje no CAE S. Mamede, Guimarães, com os norte-anericanos Junius na primeira parte (repetem amanhã, no Santiago Alquimista, Lisboa). Nem de propósito, o coreógrafo espanhol Salva Sanchis apresenta hoje no Museu do Oriente, Lisboa, “Objects in mirror are closer than they appear”, performance integrada no Alkantara Festival e... inspirada na crença nos contactos com extraterrestres.
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quinta Apesar de ser inglesa, a cantora Alice Russell tem na sua voz muita música negra norte-americana (soul, jazz, gospel, hip-hop...). É ela que sobe hoje ao palco do Sá da Bandeira, Porto, para – entre outras surpresas – enfeitiçar a audiência com a sua versão pessoalíssima de “Seven Nation Army”, dos White Stripes (repete amanhã no CAE S. Mamede, Guimarães, e um dia depois no Santiago Alquimista, Lisboa). No CCB, Lisboa, Thomas Hauert apresenta a sua coreografia “You’ve Changed”, integrada no Alkantara Festival.
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segunda Depois do sucesso de “Canção ao Lado”, os Deolinda estão de volta com o o segundo álbum “Dois Selos e Um Carimbo” - e é este disco que apresentam hoje na Casa da Música, Porto (repete amanhã, no CCB, Lisboa, e ao longo deste mês em mais algumas localidades como Braga, V.V. de Ródão, Mértola e Amarante - consultar myspace do grupo). Hoje, amanhã e depois, na Culturgest, em Lisboa, a coreógrafa Vera Mantero - e os seus convidados - apresentam “Vamos Sentir Falta de Tudo Aquilo que Não Precisamos”.
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quarta Segunda etapa do festIM: os andaluzes, embora mais “celtas” que flamenco! Rare Folk actuam hoje em Estarreja (repete amanhã em Vila do Conde, depois de amanhã em Águeda e sábado em Sever do Vouga). Mais a sul, em Lisboa, a folia balcânica do realizador/músico Emir Kusturica acompanhado pela inefável No Smoking Orchestra - e o klezmer festivo dos almadenses Melech Mechaya invadem o Coliseu dos Recreios.
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quinta Tendo como casa-mãe a Cidade do México, onde movimenta milhares de pessoas e tocam dezenas de grupos e artistas de todo o mundo, o festival Ollin Kan - Culturas em Resistência tem desde há alguns anos uma extensão em Portugal, em Vila do Conde. É aqui que actuam hoje, no Cais da Alfândega, os Toques do Caramulo, Pibo Marquez, Che Sudaka e os já referidos Rare Folk.
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sexta A Festa do Fado, integrada nas Festas de Lisboa e muitas vezes caracterizada por encontros do fado com outras músicas, arranca hoje no Castelo de S.Jorge com o encontro da fadista (mas não só) Cristina Branco com o pianista João Paulo Esteves da Silva e o contrabaixista de jazz Carlos Bica. Já no Espaço Reflexo, Sintra, tocam os Andersen Molière, uma das mais recentes (e maiores) revelações da música portuguesa.
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terça A música tem (sempre) muitos caminhos: o canadiano Benjamin Darvill conheceu o sucesso absoluto com os Crash Test Dummies mas também percorre as vielas mais enviesadas dos blues sob o pseudónimo Son of Dave. E é sob este “alias” que se apresenta hoje no Gil Vicente, em Coimbra, com os blues a serem infectados por linguagens musicais contemporâneas (repete dia 10 no Sá da Bandeira, Porto, dia 11 no Santiago Alquimista, Lisboa, e dia 12 no CAE S. Mamede, Guimarães).
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sexta Mais um encontro (mais ou menos) improvável na Festa do Fado, Castelo de S.Jorge, Lisboa: o fadista Pedro Moutinho cruza a sua música com a de Tiago Bettencourt, o ex-vocalista dos Toranja, agora com um bem mais consistente projecto a solo. A norte, o Ollin Kan, em Vila do Conde, continua com concertos de Ângela Maria, Cacique’97, Malick Pathé Sow e Moya Kalongo.
cartaz
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sábado Em Lisboa, a Festa do Fado faz-se hoje do cruzamento de Helder Moutinho com alguns dos seus cúmplices preferidos: Ricardo Parreira, Marco Oliveira e o luso-angolano Yami. Em Vila do Conde, o Ollin Kan encerra com concertos dos Seistando Mundo, Bilan, Marenostrum e, para fechar mesmo em festa, a Batucada Sound Machine. Em Abrantes, os galegos Luar na Lubre (com a magnífica voz da portuguesa Sara Vidal a ajudar) dão mais um sempre desejado concerto no nosso país. E em Ponta Delgada há hoje lugar para o jazz elegante e poppy do britânico Jamie Cullum.
terça “Dancing Downland” é o nome do álbum que o trombonista e pianista austríaco de jazz Christian Muthspiel editou o ano passado, acompanhado por Franck Tortiller (vibrafone) e Georg Breinsclumid (baixo). E é este invulgar trio de timbres que ocupa hoje o palco da Casa da Música, Porto.
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sexta Electro-pop assombrado pelo flamenco e por Johnny Cash e feito por um francês e uma espanhola residentes em Portugal? Sim, existe, e há muitos anos! São os Badlovers & Hysteria Iberika, que voltam hoje a trocar castanholas por caixasde-ritmos no Cabaret Maxime, Lisboa. Mais a norte, o acordeonista brasileiro Renato Borghetti leva as tradições gaúchas a Estarreja (repete amanhã em Sever do Vouga).
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Sábado Não é bem o Buena Vista Social Club adaptado ao fado, mas está quase lá: hoje, a Festa do Fado (Castelo de S.Jorge, Lisboa) recebe o único e eventualmente irrepetível cruzamento de cinco dos maiores nomes do nosso fado mais tradicional: João Ferreira Rosa, Beatriz da Conceição, Maria da Fé, Maria da Nazaré e Argentina Santos. Devia ser guardado em disco e DVD.
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quarta É já um dos principais festivais de world music portugueses e, este ano, tem mais um programa soberbo: o MED de Loulé começa hoje - e decorre até dia 26 - com um programa onde alinham, do lado internacional, Amparo Sanchez (ex-Amparanoia), Femi Kuti, Orchestra Baobab, René Aubry, Vieux Farka Touré, Boom Pam, Watcha Clan, Mercan Dede, King Khan & The Shrines e Goran Bregovic com a sua Wedding and Funeral Band e, do lado português, The Legendary Tigerman, Anaquim, Galandum Galundaina, 3 Pianos (Laginha, Sassetti e Burmester), Virgem Suta, Diabo na Cruz, Macacos do Chinês, Cacique’97, Orelha Negra, Mazgani, Zeca Medeiros e Andersen Molière.
sexta Este fim-de-semana, na Ericeira, os surfistas e outras tribos veraneantes cultoras do reggae e afins podem assistir a uma das suas maiores festas anuais: o Summer Fest, que este ano inclui concertos de Marcelo D2, Groundation, Dub Inc, Blue King Brown, Terrakota, Matthias Tanzmann, José Belo & John Dimas e Andy H (hoje) e Gentleman, Matisyahu, Tom Frager, Frankie Chavez, Quaiss Kitir, Marcelinho da Lua & Angelo B, Victor Silveira e Nelson Cunha (amanhã). Em Lisboa, na Festa do Fado, dá-se o encontro do fado de Lisboa com o de Coimbra através de Ricardo Parreira, Machado Soares, Luís Góis e António Ataíde.
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quinta Dona de uma voz mágica, versátil, complexa, Meredith Monk esteve sempre na vanguarda do experimentalismo sonoro. Agora, a sua sabedoria e os seus ensinamentos alargaram-se a mais três vozes e é com o seu novo e aventureiro Meredith Monk Vocal Quartet que se apresenta hoje no Teatro Municipal da Guarda.
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domingo Quem se deixou apaixonar pelo filme “Lost in Translation” sabe que boa parte do seu encanto e magia está também na banda-sonora: The Jesus and Mary Chain, Bryan Ferry e, principalmente, os Air ficarão para sempre a fazer parte das (boas) memórias deste filme. E, mesmo que se tenha perdido em Quioto, o duo francês pode hoje ser facilmente – e com que prazer – encontrado no Coliseu do Porto.
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sábado Grupo de enorme popularidade em Portugal nos anos 80 e, principalmente, anos 90, os britânicos James – que, depois de alguns anos de inactividade, voltaram aos palcos e ainda sob a liderança do carismático vocalista e compositor Tim Booth – tocam hoje no Box Music, em Angra do Heroismo, Ilha Terceira, Açores. Já no CCB, Lisboa, o coreógrafo Victor Hugo Pontes apresenta a sua nova criação “Rendez-Vous”.
Junho 2010
magazine.HD 81
Há coisas sem as quais não podemos passar. Algumas são as meninas dos nossos olhos, outras são verdadeiros guilty pleasures, que nem às paredes confessamos… mas a realidade é que a vida, sem elas, não tinha o mesmo sabor. Este mês, fique a saber tudo o que levava para a ilha deserta a
RITA RED SHOES Rita, após o êxito do teu primeiro CD, vais lançar um novo trabalho. Fala-nos um pouco dele: Este meu segundo disco chama-se “Lights & Darks” e é inspirado em sítios por onde passei nos últimos dez meses e em livros que fui lendo ao longo deste mesmo período. O método de composição foi bastante diferente do do outro disco, sobretudo porque não foi disperso, foi um processo condensado pois tinha-me comprometido a ter um disco no máximo em Junho. Acho que é um disco mais despido e directo. Creio que não deixa de ter o meu lado infantil mas acho que é mais cru, quer nos arranjos, quer nas letras. O primeiro single “Captain Of My Soul” é talvez um bom exemplo disso, poucos instrumentos, a voz sozinha sem grande apoio na maior parte do tempo e tem um toque algo tropical, o que condiz com a altura e sítio onde esta canção me apareceu. Estava literalmente no meio de um oceano e a melodia e letra surgiram-me ao mesmo tempo depois de na noite anterior ter lido 82 magazine. HD
Junho 2010
a expressão “capitão da alma” num livro de conferências da Anais Nin acerca do escritor Walt Whitman. A digressão está a começar e é sempre um processo curioso porque as músicas ganham outras vidas. Já há alguns concertos marcados, a maior parte para o nosso país e algumas coisas a norte da Europa, portanto conto estar estes dois próximos anos de malas às costas a tocar por aí. Agora, vamos às perguntas indiscretas! O comando é teu, Rita! Não podias passar sem que filme? É muito complicado escolher um... mas, no final das contas, o “Out of Africa” está-me profundamente gravado na memória. A fotografia é provavelmente o que mais me emociona no filme. E que série de TV não perdes por nada deste mundo? Neste momento, “Dexter”!!! Acho o argumento muito bem construído, bem como as personagens e tem momentos hilariantes dentro do bizarro..brrrr!
Qual é a tua história preferida? Houve um livro que me marcou muito quando era mais nova “Meu Pé de Laranja Lima” de José Mauro de Vasconcellos, talvez pela simplicidade e sensibilidade da escrita e hoje vi-o na prateleira... E que música te toca mais? Bem, esta é quase impossível responder... como tal vou dizer a música que mais gostei de ouvir hoje, sobretudo porque não a ouvia há muito tempo e apareceu num sítio inesperado: “Are you lonesome tonight?” cantada pelo Sr. Elvis Presley. Qual é a tecnologia imprescindível para ti? Computador, sem dúvida, pelo número de coisas que permite fazer. Desde gravar música, a ouvi-la ou navegar na net... permite um sem fim de coisas boas. E a tua localidade de eleição? Qualquer uma com campo, sol e um rio para molhar os pés!
Foto de Edgar Libório
Podia Viver Sem Elas?