Magazine.HD Nº4

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GRÁTIS MAIS DE 80 BLU-RAY, DVD E JOGOS PS3

TV | VOD | CINEMA | DVD | BLU-RAY | JOGOS | KIDS | 3D

N.º 4 Set. 2010 Mensal 2.95€ (Cont.)

entretenimento em alta definição

DUAS CAPAS À ESCOLHA!

A Origem ­‑ Ciência dos Sonhos

COCKTAIL EXPLOSIVO em Blu-ray e DVD

DOURO FILM HARVEST: Um brinde ao Cinema THE GOOD WIFE – Margulies sem Vergonha A BELA E O PAPARAZZO –­ Uma Canção de Lisboa

PS3 MOVE E O NOVO 3D DA SONY

MAIS DE 120 TíTULOS ANALISADOS!

em colaboração com

ISSN 1647-6840

HD




HD entretenimento em alta definição...

www.magazine-hd.com Av. Gomes Pereira, 59 r/c Dto., 1500-318, Lisboa Tel.: (+351) 216 099 095 geral@magazine-hd.com

N.º 4 / Setembro 2010 2,95 Euros (Cont.)

A Origem, ©Columbia TriStar Warner

Redacção Director: Rui Ribeiro Director Adjunto: Luís Costa Editor: António Pires Editor Cinema: José Soares

editorial

4 magazine. HD

Setembro 2010

Conselho Editorial Carlos Reis, José Manuel Graça Bau, João Botelho, Rodrigo Leão, Sinde Filipe Fotografias Atalanta Filmes, CLMC, Costa do Castelo Filmes, CTW Portugal, Ecofilmes, FIC Portugal, LNK, MEO Dir. TV, Midas Filmes, Prisvideo, Sonicel, Sony Pictures HE, Sony Computer, Universal Pictures, VC Multimédia, ZON Lusomundo, Image.net Publicidade Tel.: (+351) 216 099 095, (+351) 962307195 geral@magazine-hd.com

Tudo pode dar certo De volta com a nossa quarta edição, permitam-me umas palavras de agradecimento. Em primeiro lugar aos nossos fiéis leitores, assinantes e simpatizantes, a preferência que vêm manifestando ao longo desta ainda curta mas significativa viagem de lançamento e consolidação da Magazine.HD. Entre o caos e a loucura, ganhou a emoção, sem a qual o entretenimento não é diversão. Não obstante a nossa vontade de melhoria e inovação permanente, o feedback não poderia ser melhor relativamente ao interesse, qualidade e oportunidade do conceito. Os dados começam a surgir e reflectem não só a afirmação da revista em banca, como o reconhecimento da marca. Prova disso são os vários convites para que as nossas recomendações e conteúdos integrem diversas plataformas de televisão, aberta e corporativa, situação de que não deixaremos de vos dar conta oportunamente. Somos já uma referência na imprensa do entretenimento. Mas se o sentido duma revista são os seus leitores, a mesma não existiria sem parceiros e anunciantes, e nesse capítulo não poderíamos

Coordenação Cinema: Take – Cinema Magazine Televisão: Maria Stuart Vídeo e Novas Tecnologias: Vítor Simão Jogos e Consolas: Tomás Dias Kids e Música: Luís Costa Director Técnico: Vitor Simão Directora de Produção: Isabel Ribeiro Director Comercial: Pedro Santos Colaborações Especiais: Carlos Reis, Maria João, Nuno Valério, Emanuel dos Santos, Zebedias Erodes Take: Filipe Ferraz Coutinho, João Paulo Costa, José Pedro Lopes e Nuno Mata Online: José Pedro Andrade Multimedia: Gonçalo Bejinha

estar mais bem acompanhados. De operadores de televisão, ao cinema e ao home video, passando por praticamente todas as áreas do entretenimento de qualidade e educado, sentimos de todos mensalmente o mesmo incentivo e emoção que nos movem na produção da revista. E o bolo mereceu a cereja, e a Magazine.HD ficou ainda mais perto do seu público, pois agora está também à venda nos cinemas ZON Lusomundo. Esperamos que se divirtam, e escolhas não faltam ao longo da nossa edição. Saudamos o regresso em força do público às salas de cinema que se vem verificando nos últimos meses, tanto lá fora como por cá. Em parte por esse motivo não resistimos em brindar os nossos leitores mais uma vez com duas capas opcionais. Se a vossa paixão por um belo grafismo de cinema ou televisão for tão grande como a nossa, e porque capas tipo bazar não fazem o nosso estilo, é fácil perceber como tudo pode dar certo! Rui Ribeiro rui.ribeiro@magazine-hd.com

Assinaturas Linha directa de apoio ao assinante VASP - Premium Tel: (+351) 214 337 036 Fax: (+351) 214 326 009 E-mail: assinaturas@vasp.pt Portugal: 30€, Europa: 50€ Produção Design: www.cecilia-designs.com / Pedro Lopes Impressão e Acabamento: Peres – Soctip, Porto Alto Distribuição VASP –­Distribuidora de Publicações LDA. Periodicidade: Mensal Tiragem: 13000

motions Propriedade e Edição Edição de Publicações Periódicas, Consultoria, Marketing e Publicidade na Área do Entretenimento Av. Gomes Pereira, 59 r/c Dto., 1500-318, Lisboa Tel.: (+351) 216 099 095 NIPC: 509385125 Capital Social: 10 000 Euros Registo ERC n.º 125868 Depósito legal n.º 309807/10 ISSN (print) 1647-6840; (online) 1647-6859 Proíbida a reprodução, no todo ou em parte, de textos, fotografias ou ilustrações por quaisquer meios e para quaisquer fins, sem o prévio consentimento dos seus autores.



Resident Evil, ©Columbia TriStar Warner

Sumário

Resident Evil: Afterlife, pág. 30

TELEVISÃO

BLU-RAY

Música

8 Zapping 12 notícias 14 videoclube 18 Discovery hd showcase 20 série do mês

48 Blu-Ray do Mês

68 Bruce Springsteen – London Calling DIRE STRAITS ­– Alchemy JAZZ STREAMING 69 Arcade fire ­– The Suburbs

The Good Wife

22 desporto 24 agenda prime

Especial Festivais 26 queer lisboa 27 Douro film harvest

Cinema 30 destaque

Resident Evil: Afterlife

32 A Chegar

Wall Sreet: O Dinheiro Não Dorme Daybreakers / Comer, Orar, Amar Agentes de Reserva

38 Rumores, Humores e Outras Dores… 40 Crítica

Millennium 2

50 Recomendamos

O Livro de Eli / Confronto de Titãs Toy Story 1 e 2 Green Zone: Combate pela Verdade Percy Jackson

DVD 55 DVD do mês

A Bela e o Paparazzo

56 Recomendamos

Uma Outra Educação / Lembra-te de Mim

TV: Pokémon T10 / Presos na Ilha Blu-ray e DVD: A Fada dos Dentes Serafim & Companhia

73 Maria e Miguel Recomendam 74 Especial Camp Rock 2: The Final Jam

Jogos

59 Convidado do mês

World of Warcraft Cataclysm / PES2011 /F1 2010

Carlos Reis sobre Woody Allen: Regresso a Casa

60 Em 50 palavras 61 zona erógena 62 Lançamentos, Tops DVD e Blu-ray

tecnologia 63 Sony ps3 move 64 Teste

46 Estreias em Setembro

67 Hdpédia

Setembro 2010

71 Para ver e ouvir em casa

O Imaginário do Dr. Parnassus58 Em Série Dollhouse T1 / 30 Rock T2 O Último Templário

A Origem / Dia e Noite O Escritor Fantasma Soldados da Fortuna

6 magazine. HD

Kids

Sony Led HX8-40

Desmistificando… Rácios de Imagem – Parte1

77 Antevisões

79 zona de teste

Starcraft 2: Wings of Liberty

cartaz 80 Em Setembro: Saia! Curta!

Grande Ecrã 82 zon lusomundo obtém iso facemag HD E o Vencedor do Mês é...


Televisão

Nesta rentrée comece uma nova vida, tal como Alicia Florrick, em The Good Wife (FOX Life) e marque encontro com Christian Slater na FOX. Entre no centro da acção com o novo Discovery HD Showcase e esteja pronto para a chegada ao VOD de Príncipe da Pérsia: Areias do Tempo, Robin Hood e Amar é Complicado. Persiga o Zapping. 8 Zapping 12 notícias 14 videoclube

© The Weinstein Company

18 Discovery hd showcase 20 série do mês 22 desporto 24 agenda prime

Nove no Videoclube Meo


televisão

Zapping Estreias

Maria Stuart

O PARANORMAL DE FRINGE

“Fringe”, a série dramática de ficção científica que aborda a temática do paranormal, está de volta à FOX para a sua 2ª temporada, em episódio duplo. Através de métodos pouco convencionais, a equipa de “Fringe” imagina e testa impossibilidades, enquanto investiga crimes macabros, casos de teletransporte, reanimação, mutação genética, inteligência artificial e outras teorias do fantástico. FOX Estreia 21 de Setembro, 21h30

THE FORGOTTEN: NOVA SÉRIE DE JERRY BRUCKHEIMER E CHRISTIAN SLATER NA FOX

Os 17 episódios de “The Forgotten” têm em comum a seguinte frase: “Nos Estados Unidos os restos mortais de 40.000 pessoas estão por identificar. Quando as investigações policiais chegam a um beco sem saída, grupos de civis voluntários percorrem o país para dar nome aos esquecidos”. Em “The Forgotten”, série criada por Mark Friedman, com produção executiva de Jerry Bruckheimer, mundialmente conhecido pelas séries com selo “CSI” e “Casos Arquivados”, e protagonizada por Christian Slater, um grupo de investigadores amadores e voluntários forma o Identity Network. Durante o dia cada membro do grupo trabalha nas suas respectivas profissões, mas à noite reúnem-se para, juntos, tentarem descobrir quem são as pessoas vítimas de assassinatos, cujos casos foram arquivados sem que a polícia conseguisse descobrir as verdadeiras identidades. O grupo é liderado por Alex Donovan (Christian Slater), ex-polícia que nunca encontrou a filha de 11 anos que foi raptada e que entra em acção para resolver o quebra-cabeças: identificar a vítima com o objectivo de apanhar o culpado. FOX Estreia 8 de Setembro, 21h30

FOX NEXT CONFIA EM TRUST ME

Este mês a FOX Next aposta em “Trust Me”, uma série sobre o contemporâneo mundo da publicidade, com um toque de humor à mistura. Contrastando com “Mad Men” esta série assinada pelos mesmos criadores de “Nip Tuck” e “The Closer” apresenta-se cheia de detalhes, gíria e agitação, características das agências de publicidade dos dias de hoje, mostrando mesmo a competição entre agências reais como a DDB e a Leo Burnett. FOX NEXT Estreia 10 de Setembro, 21h30

OS SONHOS DE AlLISON DUBOIS

Patricia Arquette, vencedora de um Emmy em 2005 para Melhor Actriz pela sua interpretação nesta produção é Allison DuBois, uma dona de casa e mãe de três filhas, com poderes paranormais que lhe permitem ouvir e ver mortos. No início desta 6ª temporada de “Médium”, Allison e a sua família debatem-se com as consequências da operação ao cérebro a que ela foi sujeita, bem como com o que isso pode significar quanto ao seu futuro. AXN Estreia 6 Setembro, 21h30

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Setembro 2010

THE CLEANER CONVERTE-SE NA FOX

William Banks (Benjamin Bratt) é um ex-toxicodependente que decide mudar de vida e “limpar-se” das drogas no sentido mais literal da palavra, depois de uma estadia na prisão e do nascimento da sua filha Lula. Nesta segunda temporada de “The Cleaner”, conseguirá o cidadão de Boyd deixar o consumo de drogas e converter-se? FOX Estreia 13 de Setembro, 22h20


OS TUDORS T4 NO MOV

Com o seu curto casamento com Anne de Cleves anulado, o Rei Henrique VIII lança-se num novo relacionamento, desta vez com a adolescente Katherine Howard enquanto enfrenta uma difícil relação com a Escócia e muita intriga dentro da corte real. MOV Estreia 16 Setembro, 21h35

MOTARDS ALINHAM PELO FX

“Sons of Anarchy” é uma série com pequenos traços de humor negro que nos conta a história de um notável e ilegal clube de motos que tenta, a todo o custo, proteger a pequena e acolhedora cidade de Charming de todas as pessoas que possam ameaçar a rotina desta comunidade. Os motards estão alinhados para a segunda temporada a partir de dia 6 de Setembro, às 22 horas. FX Estreia 6 Setembro, 22h00

NOVO CENÁRIO POLÍTICO EM THE CLOSER

Um novo quartel-general de vários milhões de dólares e uma nova batalha de política interna sobre quem será o próximo chefe de polícia vai criar um novo cenário repleto de desafios a Brenda Leigh Johnson na sexta temporada da série. Esteja pronto para a chegada. FOX CRIME Estreia 21 Setembro, 22h20

X DE C.S.I. NO AXN

Eles movimentam-se entre homicídios, suicídios, assaltos e crimes violentos de toda a espécie que ameaçam as ruas de Las Vegas. Utilizam quer os métodos mais modernos e mais sofisticados quer as técnicas mais clássicas para resolver os crimes. A 10ª temporada está aí. AXN Estreia 14 Setembro, 22h25 Setembro 2010

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televisão

Zapping Inéditos

A SAGA TWILIGHT: LUA NOVA

Depois do êxito planetário de “Twilight” (“Crepúsculo”), que foi para mim sem dúvida um dos melhores filmes de 2009, não obstante alguma injusta rotulagem como simples filme de adolescentes, a expectativa sobre “New Moon” era elevada. A relação entre a Bella Swan e o vampiro Edward Cullen intensifica-se. Segredos de outras eras ameaçam destruí-los, enquanto Edward tenta manter Bella a salvo. Na verdade “Lua Nova” tem diferenças substanciais de “Crepúsculo”, sendo a maior uma realização com maior ênfase na componente dramática do eterno triângulo do que na fantasia do vampiro eterno. O cast mantém-se sem dúvida, um dos maiores trunfos da saga, com destaque para a pequena Kristin Stewart, de quem se aguardam grandes voos para breve. A banda sonora é enérgica, embora a música original fique algo aquém da fabulosa partitura de “Twilight”. RR Realiz. Chris Weitz Int. Kristen Stewart, Taylor Lautner, Robert Pattinson, Billy Burke, Ashley Greene DRAMA 2009 Estreia 24 Setembro 22h30 TVCHD

do

recomenda

TRANSFORMERS: RETALIAÇÃO

Também inédito na TV portuguesa é “Transformers: Retaliação”, em estreia a 3 de Setembro no TVCine HD. Passaram dois anos desde que Sam Witwicky (LaBeouf) e os Autobots conseguiram proteger a raça humana da invasão dos Decepticons. Agora Sam prepara-se para outro desafio: sair de casa para ir para o colégio. Com o planeta Cybertron inabitável, também os Autobots começam uma nova vida na Terra, num projecto secreto em que, juntamente com os militares, formam a equipa NEST, cuja missão é procurar os Decepticons que ainda se escondem no planeta. Realiz. Michael Bay Int. Megan Fox, Shia LaBeouf, Hugo Weaving, Josh Duhamel, John Turturro ACÇÃO, 2009 Estreia 3 Setembro, 22h30 TVCHD 10 magazine. HD

Setembro 2010



televisão

Notícias MEO INTERACTIVO INTEGRA WIDGETS GRATUITOS FASHION TV E SPORT TV LIGA INGLESA HD NA ZON

A ZON reforçou a liderança na oferta em HD, nas temáticas de desporto e de entretenimento, com o lançamento de dois novos canais: o Fashion TV HD e a Sport TV Liga Inglesa HD. O Fashion TV HD é um canal inteiramente dedicado ao mundo da moda e com conteúdos distintos do Fashion TV que já conhecemos. Este canal ocupará a posição 74 da grelha digital dos clientes do serviço de Cabo (pacote Funtastic HD). O canal Sport TV Liga Inglesa HD, inteiramente dedicado aos jogos da Premier League, passou a estar disponível na posição 24 da grelha digital, sem custos adicionais, para clientes do serviço Cabo que subscrevam o canal Sport TV HD. Com estes dois novos canais a ZON passa a ter 17 canais com qualidade de alta definição nas temáticas de Filmes e Séries, Desporto, Documentários, Infantil, Música, Informação e Entretenimento.

O MEO Interactivo passou a integrar de forma gratuita os melhores widgets para TV, organizados por categorias. Os utilizadores podem aceder a um conjunto de novas aplicações no MEO Interactivo, com destaque para o Facebook. Agora é possível ver televisão e, simultaneamente, consultar a respectiva conta no Facebook. O MEO Interactivo permite ainda aos clientes do MEO aceder, através do Oceanlook, a informações sobre mais de 300 praias de Portugal, tais como o estado do tempo, as marés e a temperatura da água. Mas há mais: no MEO Interactivo é possível ainda consultar as fotos pessoais alojadas no Picasa e no Flickr.

SPORT TV LIGA INGLESA NO MEO MEO MOBILE TRANSMITE JOGOS DA 1ª LIGA

A TMN vai transmitir os jogos da 1ª Liga 2010/2011 em directo no MEO Mobile. Está assegurado um jogo por semana de um dos principais clubes da 1ª Liga 2010/2011, até ao final desta competição, consolidando a sua estratégia de diversificação de conteúdos desportivos. Através do MEO Mobile da TMN, os utilizadores podem ver televisão de alta qualidade, em qualquer lugar e em qualquer momento, desde 0,93 euros por dia, ou por 2,06 euros por semana, com acesso ilimitado a todos os canais. Para começar a ver TV no telemóvel basta aceder ao portal internet notelemóvel (através da página m.tmn.pt no telemóvel) e seleccionar a opção MEO Mobile, no topo da página, ou ligar gratuitamente para o 12999.

Os clientes MEO Fibra, ADSL e Satélite têm a possibilidade de aceder a um novo canal Premium, o Sport TV Liga Inglesa, um canal em alta definição dedicado à Premier League, uma das principais competições desportivas a nível mundial. Disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, na posição 24 da grelha de canais do MEO, o novo canal da Sport TV é transmitido em língua inglesa. Neste canal serão transmitidos cerca de 380 jogos da Premier League, mais de 400 resumos de clássicos de competição e um total de 50 horas de programação, em directo, em cada semana. O Sport TV Liga Inglesa é exclusivo para os clientes que subscrevam o Sport TV HD que passa assim a incluir cinco canais, por apenas 27,49 euros por mês: Sport TV 1, 2, 3, HD e Liga Inglesa. De salientar que os jogos da Premier League continuarão a ser transmitidos nos canais Sport TV.

CAMPANHA LIGA ZON SAGRES

A campanha lançada pela ZON junta pela primeira vez, a nível mundial, duas marcas líderes nas suas áreas e reforçam valores como desporto, convívio, fair play e entretenimento em geral. Até finais de Setembro a cerveja, a televisão e o futebol são os protagonistas do spot com o claim “Junta a sede à vontade de ver”, uma campanha que reforça a sede de golos de quem gosta de ver futebol e comunica as vantagens de o fazer com as tecnologias 3D, HD ou replay. O brinde final ao futebol espectáculo é feito entre uma garrafa de SAGRES e um comando da ZON Box.

NÃO PASSA NA TV, MAS É PENA...

Filme do Whisky Johnnie Walker Vence Prémio em Cannes Parece um simples filme publicitário, mas não o é. “The Man Who Walked Around the World” é, isso sim, uma extraordinária obra de arte que conta a história do whisky Johnnie Walker, desde que o criador da marca, o escocês John Walker, abriu uma mercearia com apenas 14 anos, até à conquista do mercado global por parte da marca. Filmada num fabuloso plano sequência de seis minutos, perfeitamente coreografada e com a belíssima e agreste paisagem das Highlands por trás, a história é narrada pelo actor Robert Carlyle (“Trainspotting”) num sotaque escocês perfeito. Para além de outros prémios de prestígio, “The Man Who Walked Around the World” ganhou um Leão de Ouro no último festival de Cannes. http://www.keepwalking.pt/


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televisão

Videoclube

PRÍNCIPE DA PÉRSIA: AS AREIAS DO TEMPO

28 de Setembro

Realiz. Mike Newell Int. Jake Gyllenhaal, Ben Kingsley, Gemma Arterton, Alfred Molina, Steve Toussaint AVENTURA, 2010

Da equipa que trouxe ao grande ecrã a trilogia “Piratas das Caraíbas” (os Estúdios Walt Disney e Jerry Bruckheimer Films), “Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo” é uma aventura de acção com proporções épicas que nos transporta para as místicas terras da Pérsia. Mais: é uma corrida contra o tempo quando um príncipe (Jake Gyllenhaal) une forças, contra a sua vontade, com uma misteriosa e rival princesa (Gemma Arterton). Juntos irão enfrentar as forças do mal para proteger um punhal mágico capaz de libertar as areias do tempo – um presente dos deuses com o poder de voltar atrás no tempo que dará a quem o possuir a capacidade de dominar o mundo…

BEST BUY

CATCH-UP TV A área de catch-up tv do ZON Videoclube está mais rica com a entrada este mês de uma série de culto. Agora, se perder um episódio da 3ª temporada de “Sangue Fresco” (em exibição no canal MOV à quinta-feira, pelas 22h30), já não é motivo de desespero. A partir do dia seguinte à exibição pode ver e rever as vezes que quiser o episódio que perdeu, durante sete dias e sem ter de pagar nada. Para isso basta carregar na tecla VOD do comando da sua ZON BOX e seleccionar a categoria “TV Best Of”. True Blood, no original é uma série de televisão criada por Alan Ball (o mesmo de “Sete Palmos de Terra”), baseada na série de livros “Southern Vampires” da americana Charlaine Harris. “Sangue Fresco”, fala-nos sobre a co-existência de vampiros e humanos em “Bon Temps”, uma pequena cidade fictícia localizada no Louisiana e centrase em Sookie Stackhouse (Anna Paquin), uma empregada de balcão com poderes telepáticos que acaba por se apaixonar pelo vampiro Bill Compton (Stephen Moyer). 14 magazine. HD

Setembro 2010


O LOBISOMEN 8 de Setembro ESTREIAS SETEMBRO 01 Visto do Céu 08 Amar é Complicado 08 O Lobisomem 10 Um Sonho Possível 16 Robin Hood 18 A Invenção da Mentira 28 A Mente dos Famosos 28 Príncipe da Pérsia:

recomendado

Não se pode afirmar que Joe Johnston, colaborador habitual de Steven Spielberg, tenha uma obra muito prolífica (apenas sete filmes em vinte anos de actividade). De qualquer forma, Johnston tem vindo a dirigir alguns interessantes títulos de aventura, como foi o caso de “Rocketeer” de 1991, “Hidalgo” de 2004 e, acima de tudo, de “Parque Jurássico III”.Johnston ultima agora a muito aguardada adaptação à tela de um dos maiores ícones dos comics norte-americanos de todos os tempos: o Capitão América. O presente “O Lobisomem” é o remake do clássico de 1941, protagonizado por Lon Chaney Jr., película que tem vindo a fascinar diversas gerações de cinéfilos apaixonadas pelo fantástico. Setenta anos volvidos, Benicio del Toro encarna a personagem de Lawrence Talbot, um famoso actor de teatro de regresso à sua Inglaterra natal, após uma longa permanência em terras americanas, numa tentativa de ajudar a descobrir o paradeiro de um irmão desaparecido. Ao enfrentar um monstro, apelidado de “lobisomem” pela população local, Lawrence sobrevive, confrontando-se com uma nova e assustadora realidade. LC. Realiz. Joe Johnston Int. Benicio Del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt, Hugo Weaving, Simon Merrells TERROR, 2009

Areias do Tempo

continuam ainda Alice no País das Maravilhas O Fantástico Senhor Raposo Shutter Island Green Zone: Combate pela Verdade O Mensageiro Uma Outra Educação

Top 5 ZON videoclube 1 Dia dos Namorados 2 Chovem Almôndegas 3 Nas Nuvens 4 Terapia para Casais 5 Sherlock Holmes

O catálogo do ZON Videoclube tem cerca de 3000 títulos activos e um número significativo em HD. Mais informação em www.zon.pt/ Videoclube

ROBIN HOOD 16 de Setembro

Na Inglaterra do Séc XIII, um grupo de saqueadores, do qual Robin (Russel Crowe) é o líder, combate a corrupção numa pequena cidade para desafiar a Coroa a restabelecer o equilíbrio entre o Rei e os seus súbditos. Aliados a uma bela e determinada mulher, Lady Marian (Cate Blachett), o homem de origens humildes, para uns, herói para outros fora-da-lei, vai transformar-se num ícone de liberdade para o seu povo. Realiz. Ridley Scott Int. Russell Crowe, Mark Strong, Cate Blanchett, William Hurt, Max von Sydow ACÇÃO, 2010

VISTO DO CÉU 1 de Setembro

Do realizador galardoado com um Óscar, cheganos a extraordinária história sobre a vida de uma adolescente e tudo o que vem depois. Quando Susie Salmon, de 14 anos, é assassinada, deixa a sua vida inacabada para trás. Agora, do seu lugar num estranho mas lindíssimo mundo intermédio, terá de ajudar o seu pai a apanhar o homicida e proteger a sua família antes de poder seguir em frente. Repleto de suspense, esperança e do poder libertador do amor. Realiz. Peter Jackson Int. Mark Wahlberg, Rachel Weisz, Susan Sarandon, Stanley Tucci, Michael Imperioli DRAMA, 2009 Setembro 2010

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televisão

Videoclube

NOVE 15 de Setembro

BEST BUY

Realiz. Rob Marshall Int. Daniel Day-Lewis, Nicole Kidman, Penélope Cruz, Kate Hudson, Marion Cotillard ROMANCE, 2009

O realizador Guido Contini enfrenta uma crise de enormes proporções, tanto a nível criativo como pessoal, enquanto se reparte entre as numerosas mulheres da sua vida, incluindo a sua mulher, a amante, a musa do seu filme, a sua confidente, uma jornalista americana, uma prostituta e a sua mãe. “O meu marido realiza filmes. Para os fazer ele vive uma espécie de sonho, no qual as suas acções nem sempre são o que parecem.”

O MEO lançou a 8 de Julho o MEO Séries, um serviço repleto de entretenimento apresentando as melhores séries das produtoras WarnerTV e HBO. Com o MEO Séries, os clientes podem ver as séries mais galardoadas, vencedoras de Globos de Ouro e Emmys, tais como: Os Sopranos, A Vedeta, Calma, Larry, Flight of the Conchords, Anjos na América, A Feira da Magia, Sete Palmos de Terra, Big Love, Irmãos de Armas, A Escuta, Friends, Dois Homens e Meio, ER – Serviço de Urgência, OC – Na Terra dos Ricos, Nip Tuck, Close to Home, Smallville, Sobrenatural, Moonlight, Babylon 5, One Tree Hill, Invasão, Third Watch, Tal Mãe, Tal Filha, entre muitas outras. As séries estão disponíveis no MEO VideoClube, em MEO Séries, para todos os clientes MEO ADSL e MEO Fibra. Os clientes podem subscrever este serviço, com as séries favoritas que poderão ser vistas em qualquer momento e ilimitadamente, por apenas cinco euros por mês. 16 magazine. HD

Setembro 2010


ado

AMAR É COMPLICADO ESTREIAS SETEMBRO 08 Amar é Complicado 08 Lobisomem 10 A Vida sem Grace 10 Um Sonho Possível 11 Um Homem Singular 15 Nove 16 Robin Hood 19 Espião nas Horas Vagas

recomend 08 de Setembro

“It’s Complicated” de seu título original, tem um argumento cativante sobre casamentos desfeitos e refeitos, com a diferença etária dos cônjugues nem sempre a jogar em favor dos reincidentes. Meryl Streep assume a sua idade, sem qualquer preconceito, mas com toda a sua natural classe e inexcedível talento, enquanto Steve Martin não se deixa intimidar e Alec Baldwin é simplesmente fora de série, nesta comédia dramática inteligente e madura, repleta de “cotas” em grande forma. Mais uma inspirada banda sonora de Hans Zimmer, alternada com excelentes eighties, num registo menos habitual para o autor de “Gladiador” ou “True Romance”, para citar apenas algumas das minhas preferidas. O destaque mais óbvio de “Amar é Complicado” vai para a direcção de actores, estes sem dúvida alguma responsáveis pelo sucesso da comédia. Seria contudo uma enorme injustiça esquecer o argumento de Nancy Meyers, também produtora e realizadora e que conhece aqui o seu ponto mais alto duma ainda promissora carreira. RR. Realiz. Nancy Meyers Int. Meryl Streep, Steve Martin, Alec Baldwin, John Krasinski COMÉDIA, 2009

continuam ainda Alice no País das Maravilhas Shutter Island O Mensageiro O Livro de Eli Homens que Matam Cabras só com o Olhar A Melodia do Adeus

Top 5 meo videoclube

Um Sonho Possível

1 Terapia para Casais 2 A Princesa e o Sapo (V.P.) 3 Invictus 4 Parceiros no Crime 5 Sherlock Holmes

Michael Oher, um teenager sem abrigo que sobrevive como pode, é visto na rua por Leigh Anne Tuohy. Reconhecendo-o como colega de escola da sua filha, e dado que Michael está de calções e t-shirt pleno Inverno, convida-o a passar a noite na sua casa. O que começou como um gesto de ternura tornou-se em algo mais, quando Michael passou a fazer parte da família Tuohy. Com o passar do tempo Michael descobriu o seu potencial como jogador de Futebol Americano, e os Tuohy descobriram um pouco mais sobre eles próprios. Vencedor de Óscar para Melhor Actriz em 2010.

O catálogo do MEO Videoclube tem cerca de 3000 títulos activos e um número significativo em HD. Mais informação em www.meo.pt/ meo/videoclube

10 de Setembro

Realiz. John Lee Hancock Int: Sandra Bullock, Jae Head, Lily Collins, Quinton Aaron e Tim McGraw. DRAMA, 2010

ESPIÃO NAS HORAS VAGAS 19 de Setembro O simpático vizinho do lado duma mãe solteira, a quem ele tenta conquistar, oferece-se para fazer de babysitter das crianças enquanto a mãe se ausenta. Mas o trabalho vai ser mais complicado depois dum dos miúdos fazer o download dum código secreto, que vai levar agentes secretos a persegui-los. Realiz. Brian Levant Int. Jackie Chan, Amber Valletta, Billy Ray Cyrus COMÉDIA, 2010 Setembro 2010

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televisão

Entrevista

MARINELLA SOLDI, Vice-Presidente e Directora-Geral da Discovery Networks para o Sul da Europa, esteve em Lisboa a apresentar o novo canal Discovery HD Showcase, recentemente lançado em Portugal. Tendo por cenário a paisagem única da Baixa Pombalina vista do alto do Sky Bar do Tivoli Lisboa, estivemos à conversa com Marinella.

Discovery HD Showcase The breathtaking channel. Entre no centro da acção

O Discovery HD Showcase está disponível no mercado português desde 1 de Junho, sendo a ZON a primeira plataforma nacional a oferecer este novo canal da Discovery Networks. Maximizando todo o espectáculo da difusão em alta definição, o Discovery HD Showcase torna ainda mais real o apaixonante conteúdo oferecido pelos canais Discovery – os efeitos sonoros são mais realistas, as imagens mais abrangentes e as situações mais apelativas que nunca, com uma programação incrivelmente real que transportando-nos directamente para o centro da acção. Os espectadores portugueses podem agora desfrutar da sua programação Discovery favorita em verdadeira alta definição – toda a programação do Discovery HD Showcase é produzida em HD, sem qualquer conversão a partir de definição standard (SD) –, mergulhando bem no centro da acção através de um som capaz de nos deixar sem fôlego e de uma imagem magnética. Na ocasião do seu lançamento, Marinella Soldi, Vice-Presidente e Directora-Geral da Discovery Networks para o Sul da Europa, comentou: “Estamos muito orgulhosos com o lançamento do Discovery HD Showcase em Portugal, um mercado chave para a Discovery Networks e um dos mais dinâmicos em toda a Europa”. O Discovery HD Showcase está disponível no pacote por cabo da ZON (Funtastic HD), na posição 101, em versão áudio original, acessível aos clientes desse pacote com equipamentos ZON BOX e televisores HD.

18 magazine. HD

Setembro 2010

MHD - Porque decidiram lançar este canal e que mais valia é que ele representa quer para a Discovery Networks quer para o mercado português? Marinella Soldi - Sempre considerámos o mercado português como muito especial e importante para nós. Portugal, mesmo não tendo uma população muito grande, tem contudo um rácio elevado de espectadores paytv. Pela nossa experiência é um mercado educado e com muita apetência para a recepção de produtos internacionais e de qualidade. MHD - O novo Canal começou a 1 de Junho na ZON. Quando é que chega a outros operadores com pacotes HD como o Meo, Clix, Cabovisão e Vodafone? MS - Está previsto o arranque do novo canal Discovery HD Showcase noutras plataformas ainda antes do final deste ano. MHD - O Discovery HD Showcase está todo em inglês neste momento. Quando é que passa a português (legendado ou dobrado)? MS - Já esperava essa pergunta, naturalmente, e posso garantir-lhe que ainda em 2010 iremos ter legendas em português. MHD - Que se pode esperar deste canal até ao fim do ano? MS - Teremos um alinhamento de programação europeu e com inúmeros conteúdos inéditos em Portugal. Muito importante é o facto de só passarmos conteúdos HD nativo, ou seja, criados de raiz em alta definição, sem qualquer conversão de formato. MHD - Uma última pergunta. Em relação a outros produtos da empresa, quais são os planos para os próximos meses? MS - A Discovery Networks procura sempre que possível inovar e Portugal é um mercado bastante competitivo. Em Janeiro lançámos o Discovery Travel & Living, por exemplo, e estamos igualmente a equacionar a hipótese de lançar o canal 3D, que a Discovery Networks, a Sony e a IMAX estão a preparar e, last but not least, o canal da Oprah. Ficamos pois, e para já, com o excelente Discovery HD Showcase e a aguardar por mais novidades!


EM SETEMBRO NÃO PERCA AS ESTREIAS EM ALTA DEFINIÇÃO:

Atlas 4D

ESTREIA Terça 21 de Setembro às 15h00 Emissão: Terças às 15h00 Redifusões: Terças às 20h00; Quartas às 23h20; Sábados às 16h40, Domingos às 11h40 “Atlas 4D” viaja através do tempo. Descubra como a antiga Idade do Gelo deu aos polinésios estabelecidos no Havai tecnologia de ponta e como a formação da Grande Fenda forçou um passo evolutivo crucial para a Humanidade.

TWIST THE THROTTLE

ESTREIA Quarta 8 Setembro às 15h50 Emissão: Quartas às 15h50 Redifusões: Quartas às 20h05 “Twist the Throttle” Em cada episódio, damos uma espreitadela a uma marca de motos em particular. Desde a sua origem à tecnologia usada nos dias de hoje, conheça mais sobre estas motos através de entrevistas com pessoas por detrás das filosofias únicas de design.

EXTREME ENGINEERING

ESTREIA: Segunda 20 de Setembro às 15h00 Emissão: Segundas às 15h00 Redifusões: Segundas às 20h00; Terças às 23h20; Sábados às 6h40 e 18h20; Domingos às 16h40 Na quinta série de “Extreme Engineering”, o arquitecto Danny Forster envolve-se com as grandes construções, ao investigar o design de estruturas impressionantes pelo Mundo fora.

Chasing Classic Cars

ESTREIA: Quarta 22 de Setembro às 15h00 – episódio duplo Emissão: Quartas às 15h00 e 20h00 – episódio duplo Em “Chasing Classic Cars”, Wayne Carnini, um especialista em Ferraris e mestre em restauro do Connecticut, vai ao campo em busca de raros e exóticos carros clássicos que estejam escondidos em celeiros e sucatas.


televisão

Série do mês

The Good Wife O PESO DA VERGONHA

T1: TM & © 2010 CBS Studios Inc. All Rights Reserved.

C

om um argumento simples, “The Good Wife” surpreendeu a crítica e deu o Globo de Ouro a Julianna Margulies, actriz já nossa conhecida em “ER – Serviço de Urgência” onde foi a enfermeira Carol Hathaway. Agora, Margulies troca o hospital pelas barras dos tribunais. Vamos conhecê-la como a advogada Alicia Florrick, já dia 14, na FOX Life. Inteligente, subtil e convincente. Foram estes os elogios mais recorrentes a “The Godd Wife”, daí que o sucesso foi tão grande e, em Janeiro deste ano, a CBS renovou a sua temporada, confirmando que está a caminho a segunda fase deste drama familiar-jurídico-político. A série que estreou em Setembro do ano passado nos Estados Unidos é criada pelo casal Robert e Michelle King e foi produzida por Ridley e Tony Scott e tem a assinantura da CBS Paramount Network Television e associados. Com um sorriso cativante e fala controlada, Julianna é Alicia Florrick, a protagonista desta série dramática cujo centro do conflito é um escândalo sexual que ronda a família Florrick, onde tudo é válido para derrubar o outro. Alicia, é uma esposa e mãe que, corajosamente, assume toda a res-ponsabilidade pela sua família quando o seu marido Peter (Chris Noth) é preso depois dos escândalos sexuais e políticos se tornarem públicos. Tentando esquecer a traição e enfrentando a humilhação pública causada por Peter, Alicia Florrick começa uma nova vida e tenta recuperar a sua carreira perdida como advogada de defesa.

A Moda em The Good Wife

“The Good Wife” está recheada de pormenores subtis, entre os quais a atenção que é dada aos detalhes no guarda-roupa (a cargo do estilista Daniel Lawson) e nos cenários. A forma como as personagens estão vestidas é um factor que não passa despercebido na série e ajuda as personagens a contar a história. Armani, Calvin Klein, Chanel, Dolce & Gabbana, Mango, Prada, Roberto Cavalli, Tommy Hilfiger, Versace, Yves St. Laurent são algumas das marcas utilizadas no guarda-roupa.

FOX LIFE Estreia 14 de Setembro, às 22h15 Emissão: Terças-feiras, às 22h15 Repetição: Quintas-feiras, às 23h55, e Domingos, às 14h15 20 magazine. HD

Setembro 2010

Meo e FOX Life promovem The Good Wife

Além do enorme sucesso nos EUA, “The Good Wife” recebeu um Globo de Ouro para Melhor Actriz (Julianna Margulies) e 9 nomeações para os Emmy Awards de 2010, entre os quais: Melhor Série Dramática e Melhor actriz (Julianna Margulies) em série dramática. A série tem como mote: “O escândalo dele. A história dela.” Com a chancela dos estúdios Universal “The Good Wife” espera ser também um sucesso em Portugal. O Meo e a FOX Life realizam uma campanha de lançamento da série que conta com uma acção especial nos ginásios, a nível nacional, do VivaFit, bem como promoção em rádio, outdoor e imprensa.



televisão

FUTEBOL LIGA

Desporto Setembro

ZON SAGRES

4ª JORNADA – Fim de semana de 11/12

V. Guimarães X Benfica FC Porto X SP. Braga Sporting X Olhanense 5ª JORNADA – Fim de semana de 18/19

Benfica X Sporting P. Ferreira X SP. Braga 6ª JORNADA – Fim de semana de 25/26

SP. Braga x Naval FC Porto X Olhanense Sporting X Nacional LIGA DOS CAMPEÕES

4, 15, 28 e 29 - FASE DE GRUPOS – 1ª e 2ª Jornada Jogos a definir

MOTOCICLISMO MOTOGP 03 a 05 – GP Itália 17 a 19 – GP Espanha

AUTOMOBILISMO NASCAR 05 – Pep Boys Auto 500 11 – Chevy Rock and Roll 19 – Sylvania 300 26 – AAA 400

Fim de semana, 11 e 12 Setembro 2010 Arsenal X Bolton Wanderers Fulham X Wolverhampton Wanderers Manchester City X Blackburn Rovers Newcastle United X Blackpool West Bromwich Albion X Tottenham Hotspur West Ham United X Chelsea Wigan Athletic X Sunderland Everton X Manchester United Birmingham City X Liverpool Segunda-feira, 13 Setembro 2010 Stoke City X Aston Villa Fim de semana, 18 e 19 Setembro 2010 Stoke City X West Ham United Aston Villa X Bolton Wanderers Blackburn Rovers X Fulham Everton X Newcastle United Tottenham Hotspur X Wolverhampton Wanderers West Bromwich Albion X Birmingham City Wigan Athletic X Manchester City Sunderland X Arsenal Manchester United X Liverpool Chelsea X Blackpool Fim de semana, 25 e 26 Setembro 2010 Manchester City X Chelsea Arsenal X West Bromwich Albion Birmingham City X Wigan Athletic Blackpool X Blackburn Rovers Fulham X Everton Liverpoo X Sunderland West Ham United X Tottenham Hotspur Bolton Wanderers X Manchester United Wolverhampton X Aston Villa Newcastle United X Stoke City

TÉNIS US OPEN 30 Agosto – 12 Setembro

ATLETISMO Maratona de Berlim 26 de Setembro

SNOOKER Open Mundial em Glasgow, Escócia 18 a 26 Setembro



Agenda Prime

televisão

2ª feira

3ª feira

4ª FEIRA

21.30 Medium T6 Est.6 Set

22.25 C.S.I T10 Est.14 Set

22.20 The Cleaner T2 Est.13 Set

6ª FEIRA

SÁBADO

20.35 C.S.I Miami T7 23.20 Sem Rasto T7

22.25 Londres Distrito Criminal

20.30 Castle T2

21.30 Fringe T2 Est. 21 Set.

21.30 The Forgotten Est. 8 Set.

22.20 Flashpoint T3 Est.9 Set.

23.10 House T5

23.05 Lie to Me T2

18.50 Ossos T5

21.25 Casos Arquivados T7

22.15 The Good Wife T1 Est. 14 Set.

22.15 Melrose Place T1

21.25 Nip Tuk T6

22.15 Clínica Privada T3

18.55 Ex-List T1

18.50 Glee

20.20 Boston Legal

21.30 Eastwick T1

19.30 Os Homens do Presidente T6

21.05 Rockfeller

21.30 Trust Me T1 Est. 10 Set.

21.15 Solteiros, Casados e Cª

T1

22.15 Hustle T5 Est. 6 Set.

22.20 The Closer T6 Est. 21 Set.

22.15 Crash T2

Est. 22 Set.

19.15 Diagnóstico Crime T5 Est. 7Set.

21.30 C.S.I. T3

21.00 Cops T15

15.45 Crime, Disse Ela T6

22.00 Sons of Anarchy T2 Est. 6 Set.

22.00 UK Gladiators T2 Est. 21 Set.

21.00 Kenny Vs Spenny T3

22.00 Psych T5 Est. 23 Set.

20.15 O Meu Nome é Earl T4

20.30 Monk T7

17.45 Nunca Chove em Filadélfia T5

21.40 Happy Town

21.40 Greek T4

20.50 Stargate SG1 T7

21.35 Os Tudors T4 Est. 16 Set.

22.30 Ruptura Total T3

22.30 True Blood T3

23.20 Stargate Atlantis T1

22.15 Águas Profundas T1

21.30 Blade Est. 21 Set.

22.55 O Justiceiro

20.40 Mutant X

21.30 Hellhounds/ Hybrid Est 10/17Set

21.30. Tin Man Est. 11 Set.

19.50 Warehouse 13 T1 Est. 21 Set.

22.35 Sobrenatural

23.30 As Ginastas Est.10 Set.

19.05 Insert Coin T7

21.00 Torchwood III

21.55 My Life as Liz

23.15 Jersey Shore II Est.6 Set.

21.15 Valemont Est. 25 Set.

22.35 The Hard Times... Est. 5 Set.

T5

T1

T2

23.30 As Feiticeiras

T1

21.20 Ergo Proxy

20.50 Blood + T1

17.00 Física ou Química Est. 6 Set.

23.05 The Dudeson in America

22.35 The City

5ª FEIRA

30 T4

T1

DOMINGO

20.10 O Filantropo

T1

21.25 Nurse Jackie

Esta programação pode ser alterada por vontade da distribuidora e reflecte a informação conhecida à data de fecho da edição (aproximadamente dia 20 de cada mês)

24 magazine. HD

Setembro 2010



ESPECIAL

Festivais

Queer Lisboa

Celebra Cinema Gay e Lésbico

A 14ª edição do Queer Lisboa – Festival de Cinema Gay e Lésbico decorre de 17 a 25 de Setembro, no Cinema S. Jorge, com mais uma programação dedicada a temáticas essencialmente relacionadas com as comunidades gay, lésbica, bi e transgender.

Mostra de características únicas em Portugal, e o mais duradouro festival de cinema da capital, o Queer tem como destaques deste ano – entre muitos outros filmes, num total de 119 – uma secção dedicada à cinematografia queer suíça, com nove filmes (sete longas e duas curtas); a polémica longa-metragem brasileira “Do Começo ao Fim”, de Aluízio Abranches (logo na abertura do festival); a estreia de “”El Último Verano de La Boyita”, da argentina Julia Solomonoff, na secção competitiva de longas-metragens; “The OWLs”, de Cheryl Dunye; documentários como “”I Shot My Love”, de Tomer Heymann, e o arrepiante e auto-biográfico “Postcard To Daddy”, de Michael Stock; duas curtas-metragens sobre cruising - “Caníbales”, do espanhol Juanma Carrillo, e “Não Pise a Grama”, do brasileiro Orlando Ávila; “The Secret Diaries of Miss Anne Lister”, de James Kent, e “El Cónsul de Sodoma”, de Sigfrid Monleòn, nas longas-metragens fora de competição; a secção Queer Art, dedicada a filmes experimentais e de vanguarda; uma secção dedicada a ícones e divas da música pop, que inclui o documentário “Prima Donna: The Story of Rufus Wainwright’s Début Opera” e o filme “Lady Gaga: Nasce Uma Estrela”; e uma outra com clássicos da temática Queer como “Marrocos” de Josef von Sternberg, e “Cabaret”, de Bob Fosse.

Lady Gaga

Do Começo ao Fim, de Aluízio Abranches

LISTA DE PREMIADOS DA EDIÇÃO Nº 3 MAGAZINE.HD Geromimo Stilton Fernando Carmo Maria Emilia Caixeiro, Cuba Susana Isabel Mano, Figueira da Foz Pedro Mendonça Delgado, Carnaxide Ana Sousa, Povoa Sta Iria Fernando Gonçalves Lopes, Vilar Andorinha Vasco Ribeiro, Terrugem 26 magazine. HD

Sergio Henriques, Seia Eva J. Lima, Guia Sofia Pedro, Cascais Parnassus Elsa Moreira, Porto Ines Simao, Lisboa Marta Fernandes, Lisboa Pedro Baião, Paço Arcos Luis Filipe Oliveira, Queluz Bernardo Almeida, Viseu

Setembro 2010

Miguel Xavier, Matosinhos Inês Amaral, Tomar Amaro Vicente, Carcavelos Ana Vidoeiro, Madeira Ágora Luis Matos, Castelo Branco Marques de Almeida, Açores Sara Valadares, Amarante Rui Guedes, Vilamoura Cristina Lencastre, Lisboa

Filipe Reis António Augusto Cunha, Braga Miguel Gomes Joao Silva, Lisboa Manuela Lima, Caxias Livro de Eli Sergio Silva, Torres Vedras João Pinho, Fornes de Algodres Ana Cadete, Carcavelos João Carlos Almeida Silva, Amadora

Pedro Mateus, Rio de Mouro Teresa Freitas, Setubal Dino Miguel Fernandes, Leça do Balio Filipa Monteiro Santos Queirós Nuno Alexandre Alves, Olival Basto Edgar Samuel Gonçalves Alves, Lisboa

Os felizes contemplados devem contactar o nosso serviço de apoio ao cliente - Tel: 214 337 036


Douro Film Harvest

UM BRINDE AO CINEMA A cultura do vinho e as grandes colheitas do cinema juntam-se pela segunda vez numa celebração comum: o Douro Film Harvest, que decorre de 5 a 11 de Setembro em Lamego, Sabrosa, Vila Real e Freixo de Espada à Cinta. Com a belíssima paisagem do rio Douro e das suas encostas a servir de cenário natural e de mote a todo o Harvest, a segunda edição desta mostra de cinema tem este ano como convidados especiais a mítica actriz Sophia Loren – que vai receber o prémio CastaDouro Carreira e a quem é dedicado o Tawny Tribute, com a exibição de filmes por ela protagonizados como “Two Women” – e o compositor e músico argentino Gustavo Santaolalla, vencedor de dois Óscares (pelas bandas-sonoras de “Brokeback Mountain” e “Babel”), autor da música do recente “Nanga Parbat” (que terá antestreia no Harvest) e líder dos Bajofondo Tango Club. Santaolalla fará uma pequena actuação ao vivo no festival e vai contar com uma convidada surpresa: a jovem fadista Cuca Roseta, cujo álbum de estreia tem produção de Santaolalla. O Harvest, diga-se, está também associado à candidatura do fado a Património Imaterial da Humanidade. Outros destaques do Douro Film Harvest são: a antestreia da produção luso-moçambicana “O Último Voo do Flamingo”, que terá a presença do realizador João Ribeiro, do produtor Luís Galvão Teles e do autor do livro que serviu de base ao filme, Mia Couto; a exibição de filmes que têm no vinho e nos prazeres da boa mesa a sua inspiração como “El Pollo, El Pez y El Cangrejo Real”, “Blood into Wine” e o aguardadíssimo “Jantar de Idiotas”, realizado por Jay Roach; a antestreia do novo filme de Carlos Saura, “Io, Don Giovani”; uma mostra dos melhores filmes apresentados nos mais importantes festivais de cinema do mundo (Cannes, Locarno, Veneza, Berlim, Sundance...); e uma selecção da melhor colheita de filmes de 1970 (um ano que ficou conhecido, também, como um dos melhores de sempre da história do vinho).

Consulte o programa completo do Douro Film Harvest no nosso site: http://www.magazine-hd.com/

Sophia Loren, convidada especial do Festival

Nanga Parbat em antestreia no Douro Film Harvest Setembro 2010

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cinema by

Alice contra os zombies, acima e abaixo como manda a Bolsa, serão os vampiros os agentes de reserva? Comer, orar, amar com rumores da origem, dia e noite. Os soldados da fortuna da escrita fantasma. 30 destaque 32 A Chegar 38 Rumores, Humores e Outras Dores… 41 Crítica

Resident Evil, ©Columbia TriStar Warner

46 Estreias em Setembro

Ali Larter em Resident Evil: Afterlife


cinema José Pedro Lopes

Oriunda dos videojogos, Resident Evil é uma das sagas em maior crescimento do cinema fantástico do novo século. A luta entre Alice e a Umbrella Corporation (e os seus terríveis zombies) já passou pelo ambiente claustrofóbico de um laboratório subterrâneo, por uma corrida contra o relógio numa cidade em estado de sítio e por um “road movie” no deserto americano. Agora, em 3D, o realizador inglês Paul W.S. Anderson volta à série que o lançou.

Resident Evil: Afterlife Alice contra os zombies 1997: Do Jogo ao Cinema Lançado em 1996 pela Capcom, o videojogo “Resident Evil” oferecia aos jogadores um desafio sem precedentes: uma luta pela sobrevivência que combinava a acção com a resolução de enigmas, num ambiente assustador. O jogo foi um sucesso a nível mundial e depressa os estúdios de cinema ficaram interessados em adaptá-lo ao grande ecrã, tendo em consideração os sucessos comerciais das adaptações cinematográficas, nos anos 90, de inúmeros videojogos. Em 1997, Bernd Eichinger, da alemã Constantin Films, deslocou-se ao Japão para mostrar à Capcom o potencial que uma adaptação cinematográfica teria e conseguiu os direitos. A “major” do cinema germânico juntou-se à Screen Gems - braço mais alternativo da Sony - para avançar com este projecto que pretendia elevar o estatuto do cinema vindo dos videojogos. O realizador contratado foi o preferido dos fãs: o lendário George A. Romero, autor do clássico “A Noite dos Mortos Vivos” dos anos 60 e considerado o pai do “cinema de zombies”. Romero já havia inclusive realizado a campanha publicitária do segundo 30 magazine. HD

Setembro 2010

jogo. Mas em finais de 1999, Romero foi despedido após meses de rumores em torno do guião que este havia escrito, que em nada agradava aos produtores. O projecto chegou então aos ouvidos do realizador inglês Paul W.S. Anderson, responsável por “Mortal Kombat”, um dos mais bem sucedidos filmes vindos de um videojogo até à data, e dois filmes mal recebidos: o thriller de terror espacial “Event Horizon” e o filme de acção futurista “Soldier”, um dos grandes “flops” do ano em que foi estreado. Mas Anderson era um conhecedor profundo do jogo e apresentou um argumento dinâmico e enérgico. O argumento de Anderson combinava elementos do primeiro e do segundo jogo e dava o protagonismo a Alice (Jill e Chris nem sequer aparecem), uma mulher que acorda, sem memória do passado, numa mansão que depressa descobre ser uma fachada de um laboratório subterrâneo de uma multinacional terrível, a Umbrella Corporation.

O Mal Residente O primeiro filme foi produzido em 2001 nos modernos estúdios Adlershof, em Berlim,

onde Paul Anderson liderou uma equipa maioritariamente europeia na busca de um blockbuster original e diferente da monotonia de Hollywood. O lado mais visível desta aposta foi a escolha da actriz ucraniana Milla Jovovich (vinda de um dos maiores sucessos do cinema francês, “O Quinto Elemento”, de Luc Besson) para o papel de Alice. Revendo “Resident Evil” nos dias de hoje, é de notar o elegante design de produção e uma mise en scène bastante original para o que poderia ter sido apenas mais um filme de acção baseado num videojogo. A banda-sonora do filme é outro ponto forte de originalidade: Marco Beltrami (de “Gritos”) e o rocker Marilyn Manson criaram um acompanhamento cheio de garra, carregado de guitarras com distorção e ritmos electrónicos. O filme é um sucesso junto do público, que reage bem ao mix de acção, terror e paranóia corporativa que Anderson traz ao ecrã. Na memória deixa os cães zombies e os malévolos planos da Umbrella Corporation, uma empresa que domina o mundo e procura a arma biológica derradeira.


cinema de mais um plano maquiavélico da Umbrella, que procura testar Alice (agora geneticamente alterada e cheia de poderes) contra este novo monstro. No segundo filme, Anderson vai buscar ideias a “Nemesis” e “Code: Veronica” e procura dar um lado mais militar à intriga, com uma produção verdadeiramente bélica: os actores que fizeram de mortos-vivos foram treinados num acampamento militar, e o compositor canadiano Jeff Danna (o mesmo de “Doutor Parnassus”) criou a música épica do filme com a Orquestra Filarmónica de Londres. A ameaça era também mais global, acompanhada por uma curiosa campanha viral: um anúncio a um cosmético da Umbrella Corporation que prometia a beleza eterna...

Afterlife é uma das grandes apostas da Sony para o final de 2010, com Jovovich e Anderson a promoverem o filme como uma revolução visual e o melhor 3D de sempre A Extinção

O Apocalipse O sucesso do primeiro filme trouxe novos desafios a Paul Anderson, que apesar de produtor e argumentista desta sequela, acabou por não realizá-la por ter sido convidado para o ambicioso “Alien Vs. Predator” (esta combinação de dois monstros do cinema foi um fracasso estrondoso e viria a destruir a credibilidade de Anderson). As rédeas foram então dadas ao chileno Alexander Witt, um experiente operador de câmara e realizador de segunda unidade que dava assim o salto para a realização. A produção decorreu no Canadá, com Toronto a ser a cidade escolhida para dar vida à caótica Racoon City, agora dominada por zombies e por uma cruel operação militar (a qual, curiosamente, é muito semelhante à de “The Crazies”, outro clássico de George A. Romero...). No filme seguimos separadamente Alice e Jill Valentine (Sienna Guillory de “Eragon”), duas mulheres de armas que tentam fugir de Racoon City, a qual está sob uma quarentena imposta à força pelos militares, que deixaram os poucos sobreviventes à mercê dos zombies e de uma nova criatura mutante chamada Nemesis. Tudo isto parte

Cinco anos depois da fuga de Racoon City, Alice percorre o grande deserto americano seguindo de longe uma caravana de sobreviventes liderados por Claire (Ali Larter de “Heroes”) que procuram um lugar seguro num mundo quase totalmente governado por zombies. Os poucos humanos que sobram vivem no subsolo, num quartel gerido pela Umbrella Corporation, que busca desesperadamente Alice e os seus super-poderes. Com o sucesso crescente da série, Paul W.S. Anderson começou logo a escrever um terceiro filme que iria mudar novamente de cenário e de realizador. O produtor queria que cada filme fosse único e assumisse a vertente de cinema de autor no género dos zombies. O realizador escolhido por Anderson para esta aventura pós-apocalíptica foi Russel Mulcahy, do clássico de 1986: “Highlander (Duelo Imortal)”. O autor australiano cria cenários ambiciosos como a luta central do filme, passada numa Las Vegas destruída e semi-enterrada na areia.

O Pós-Vida em 3D Apesar de ter sido promovido como o último capítulo da série, “Extintion” havia sido concebido por Paul W.S. Anderson como a primeira parte de uma história dupla que continuaria em “Afterlife”, que se inspira maioritariamente no videjogo “Resident Evil 5” e integra, finalmente, na história o popular Chris Redfield, uma das personagens mais importantes dos jogos.

Na história do filme, reencontraremos Alice, agora a liderar um exército de clones seus, que se espalharão em diversas missões pelo mundo fora. As duas mais evidentes (pois o argumento está em segredo) serão: uma missão em Los Angeles para resgatar Chris Redfield, irmão da Claire, do terceiro filme; e uma visita a Tóquio para enfrentar Albert Wesker, o presidente da terrível Umbrella Corporation. No rescaldo de mais um fracasso como realizador (“Death Race”, de 2008, foi um flop), Paul Anderson decidiu realizar “Afterlife” com a intenção de o tornar o maior e melhor filme da série. Por um lado, iria aproveitar o facto de ter várias Alices para explorar diversos visuais da personagem de Jovovich em diferentes cenários; por outro, iria filmar o filme num 3D revolucionário. Para tal, pediu ajuda e conselhos a James Cameron e usou a mesma tecnologia vista em “Avatar”: o Fusion Camera System. “Afterlife” é o primeiro filme, desde a visita a Pandora, realmente rodado em três dimensões, e não convertido em laboratório. Como as câmaras 3D são muito pesadas e difíceis de operar, Anderson recorreu a um detalhado processo de planificação e tudo foi medido ao milímetro. No entanto, houve alguns percalços de produção: durante a rodagem, Milla Jovovich destruiu uma das caríssimas câmaras FCS ao disparar uma arma falsa demasiado perto da lente. O filme foi rodado em estúdio, ao contrário dos filmes anteriores, devido à condicionante de filmar com as câmaras 3D. No entanto, Anderson avisou, numa entrevista, que “Afterlife” contará com uma enorme variedade de cores e detalhes visuais, fazendo justiça à diversidade dos filmes anteriores. Em termos de casting, este quarto filme vem fortalecido pelo regresso das duas mulheres de armas das sequelas: Sienna Guillory e Ali Larter. A novidade, para além das multiplicações de Milla Jovovich (que, diga-se de passagem, casou com Paul Anderson em 2009), será Wentworth Miller (“Prison Break”) no papel de Chris. Orçamentado em 60 milhões de dólares (o dobro do primeiro filme), “Afterlife” é uma das grandes apostas da Sony para o final de 2010, com Jovovich e Anderson a promoverem o filme como uma revolução visual e o melhor 3D de sempre. O trailer vistoso do filme já pode ser visto no cinema e promete um filme visualmente arrojado. Resta apenas saber se faz justiça a um legado cinematográfico constante em termos de sucesso, mas plural em termos criativos, naquela que é uma das sagas de filmes, criados neste novo século, com maiores provas de vitalidade. “Resident Evil: Afterlife” pode ser visto nas salas de cinema a partir do próximo dia 16 de Setembro.

Setembro 2010

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cinema

a chegar

Filipe Ferraz Coutinho

Wall Street: O DINHERO NÃO DORME FICHA TÉCNICA Título original Wall Street: Money Never Sleeps Realização Oliver Stone Actores Michael Douglas Shia LaBeouf Frank Langella

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Setembro 2010

“Greed is good”. A frase de Gordon Gekko ficou na história. O filme de Oliver Stone “Wall Street” também. Revelou-se um curioso vidente de uma realidade prestes a rebentar, nomeadamente no que diz respeito aos problemas económico-financeiros da década de 90. A fita de Stone, vencedora de um Oscar da Academia pelo indefectível papel de Michael Douglas consolidou o estatuto do cineasta como um dos mais pessimistas e polémicos realizadores de Hollywood. A realidade retratada no dito pinta não só um retrato muito negativo do comportamento humano face a situações monetárias, como carece de uma clara falta de confiança na estabilidade social. Como sempre, Stone utilizou o cinema como veículo primordial da sua veia crítica e colérica. Este causídico dos injustiçados regressa 23 anos depois com a sua primeira sequela da carreira. O título, “Money Never Sleeps”, provém de uma citação do seu predecessor e explora a crise económica iniciada em 2008. Gordon Gekko é libertado após 21 anos de encarceramento. O empresário foca as suas atenções na conexão com os laços

familiares perdidos, sobretudo com a sua filha, Winnie. Todavia, a tarefa dificulta-se já que Winnie culpa Gekko pelo suicídio do seu irmão. Para Gekko, a solução passa por ajudar Jacob, o noivo da sua filha, que suspeita dos eventos que precederam a misteriosa morte do seu mentor. Após a rejeição de “Natural Born Killers” e “U Turn” pelo comité do festival de Cannes, “Money Never Sleeps” representa a primeira fita de Stone a ser projectada no mais mediático festival dedicado à Sétima Arte. Estreou em Maio último na cidade francesa com críticas globalmente positivas, embora muitas vozes tenham acusado o realizador de oportunismo. Facto é que esta é uma das sequelas mais aguardadas dos últimos tempos. Entre os vários motivos, destaca-se a curiosidade para observar a performance de Michael

Douglas no mais importante papel da sua carreira, duas décadas após a consagração; o modo como Stone fará desta recente crise um evento de proporções bíblicas; e a química de Shia LaBeouf, um dos mais proeminentes actores da sua geração, com pesos pesados do cinema americano. O filme escrito a duas mãos, Allan Loeb e Stephen Schiff, tem data de estreia no nosso país marcada para o dia 23 de Setembro do presente ano. A pantomina de enredos promete emaranhar os ávidos espectadores com o choque de gerações e o talento que inevitavelmente assolará as salas de projecção.


cinema Os vampiros aproximam-se vertiginosamente da exaustão: entre a saga “Crepúsculo” e a série “Sangue Fresco”, as criaturas da noite estão a tornar-se cada vez mais um lugar comum na ficção dos anos 2000. No entanto, os herdeiros do legado do Drácula de Bram Stoker têm um universo tão rico que ainda é capaz de criar surpresas como é este “Daybreakers”, co-produção entre os EUA e a Austrália. A acção passa-se no ano de 2019, quando uma praga transformou quase toda a humanidade em vampiros. Com a escassez de humanos e do seu sangue, os noctívagos passam fome e a sua organizada sociedade começa a desmoronar-se. Edward Dalton é um cientista que procura um substituto sintético que possa evitar que a população morra de subnutrição anémica, enquanto a empresa que comanda a sociedade vampírica procura os poucos humanos que sobram com o fim de os “colher”. Uma noite, Dalton é raptado por Elvis (Willem Dafoe), um humano que alega ser um “ex-vampiro” e ter a cura para devolver a mortalidade aos não-vivos.

“Daybreakers” foi escrito e realizado por Peter e Michael Spierig, irmãos gémeos de nacionalidade alemã mas que se fixaram na Austrália para fazer cinema. O seu filme anterior foi “Undead”, um western cómico com zombies que fez sucesso nos festivais de cinema mundiais (e que passou no Fantasporto há alguns anos). Peritos em fazer muito com pouco, os Spierig contaram com os artesãos da neozelandesa Weta Workshop (da trilogia “Senhor dos Anéis”) para fazer os efeitos das criaturas e o apoio do governo australiano para fazer um “mini-blockbuster” improvisado. Este novo mundo apocalíptico vem habitado por uma série de actores de luxo, considerando tratar-se de uma pequena produção do cinema fantástico: Ethan Hawke (“Antes de Amanhecer”), Willem Dafoe (“Platoon, os Bravos do Pelotão”) e Sam Neill (“A Bíblia de Satanás”). Rodado em 2007, o filme levou dois anos a estar concluído, pois foi alvo de filmagens adicionais e de um laborioso processo de pós-produção, arrastado pelo seu curto orçamento. Mesmo assim, a Lions Gate apostou

forte em “Daybreakers” no início de 2010, por considerar ter um filme que iria surpreender um mercado exausto de histórias de vampiros. O filme destacouse no Festival de Toronto para depois conquistar uma considerável receita de 30 milhões de dólares só nos EUA e críticas positivas que viriam confirmar o efeito-surpresa desta modesta produção que cruza acção, ficção científica e terror: afinal ainda existe muito por explorar no mito dos vampiros. Mas mais do que referências de género, os irmãos Spierig procuraram criar uma obra plural em termos de inspirações estéticas, uma mistura de “film noir” (basta ver o guarda-roupa e a fotografia) com o “road movie” desesperado da era pós-”Mad Max”, uma visão futurista na linha da mais pura ficção científica com uma sociedade decadente e combinada com uma recta final de violência brutal. O actor Ethan Hawke foi ainda mais longe, considerando “Daybreakers” uma alegoria do que aconteceria se a humanidade um dia esgotasse os seus recursos.

FICHA TÉCNICA Título Original Daybreakers Realização Peter e Michael Spierig Actores Ethan Hawke Willem Dafoe Sam Neill

Setembro 2010

magazine.HD 33

José Pedro Lopes

Daybreakers



cinema Depois de um difícil divórcio e de uma relação pouco entusiasmante com um homem mais novo, Elizabeth Gilbert decidiu recuperar a alegria de viver, largando a sua rotina e lançando-se numa viagem de um ano por três destinos distintos: Itália, Índia e Indonésia. Eis o resumo de uma história que muitos leitores deverão já conhecer bastante bem, não fosse o livro “Comer, Orar, Amar” um best seller à escala planetária.

Se Gilbert decidiu passar a sua experiência pessoal para o papel, na transposição para o grande ecrã verá a sua pessoa ser encarnada por Julia Roberts,

uma das poucas estrelas do cinema actual da qual se pode dizer sem o mínimo de hesitação que irá fazer do filme um sucesso em tudo semelhante ao do seu material de origem. A estreia, marcada para final do mês, deverá agradar sobretudo a uma fatia de público bem específica (mulheres a partir dos 30 anos), o que de forma curiosa poderá funcionar como contraponto a outras estreias aparen-temente feitas para agradar a um público mais masculino (“Os Mercenários”, “Machete”), mas a seu tempo poderemos comprovar, ou não, tais previsões. Para já, e a julgar pelas imagens do trailer, podemos antecipar um título que aposta forte na beleza das paisagens exóticas – filmadas por um dos maiores directores de fotografia norte-americanos da actualidade, Robert Richard-son (“Sacanas Sem Lei”, “Shutter Island”) - e também no carisma da sua

protagonista. A acompanhá-la, teremos gente tão ilustre como Javier Bardem, Richard Jenkins, Viola Davis e James Franco, todos dirigidos por Ryan Murphy, realizador que se estreou em 2006 com o pouco visto “Recortes da Minha Vida”, e que desde então se tem dedicado a projectos televisivos, assinando episódios de séries como “Nip/Tuk” ou “Glee”, e ainda o telefilme “Pretty/Handsome”. Mas nem a sua aparente falta de experiência no cinema dissuadiu os estúdios Columbia de lhe confiarem esta adaptação, partindo de um argumento assinado pelo próprio e pela actriz Jennifer Salt (“Irmãs”). Com um elenco e equipa técnica composta por veteranos em nomeações e vitórias nos Oscars (dos actores acima mencionados, apenas Franco não foi nomeado, e o próprio Richardson e o compositor musical Dario Marianelli são também vencedores), e uma premissa baseada numa história real bem ao gosto da Academia, já se vai ouvindo algum burburinho sobre as hipóteses deste filme na edição de 2011. Isso não sabemos, mas do seu sucesso nas bilheteiras já temos menos dúvidas.

João Paulo Costa

comer, orar, amar FICHA TÉCNICA Título original Eat Pray Love Realização Ryan Murphy Actores Julia Roberts Richard Jenkins Javier Bardem

Setembro 2010

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cinema Dois parceiros super-polícias nova-iorquinos (Samuel L. Jackson e Dwayne Johnson) combatem o crime com muito estilo, recebem honras municipais e são tratados como estrelas de rock, mas... aqui os protagonistas são outros. Ou melhor, “os outros”, os detectives que permanecem na sombra dos famosos combatentes do crime, e que serão os verdadeiros heróis de “Agentes de Reserva”: Allen Gamble (Will Ferrell) e Terry Hoitz (Mark Wahlberg). Estes são os ingredientes para uma das estreias que mais diversão estapafúrdia promete oferecer-nos neste Verão, com a mão de Adam McKay, que além de ter assinado como realizador “Filhos e Enteados” ou “As Corridas Loucas de Ricky Bobby”, tem também o seu nome associado

a diversos projectos televisivos humorísticos, desde a escrita de sketches para o “Saturday Night Live” à produção e realização da excelente série “Eastbound & Down”. É, por isso, além de alguém com qualidades para a comédia, experiente na direcção do imprevisível Will Ferrell, que nos projectos certos é dos mais hábeis actores na arte de provocar gargalhadas, e a verdade é que também não esperamos muito mais deste título. Uma das mais interessantes promessas do filme é colocar-nos diante de uma série de personalidades aparentemente tão distintos entre si, mas que em conjunto, e a julgar pelo trailer, poderão resultar numa mistura explosiva. Por um lado, parecemos ter Samuel L. Jackson e

Dwayne Johnson (ou “The Rock”) a jogar com as suas imagens de marca, o primeiro como uma personagem cool e explosiva, o segundo como o estiloso herói de acção. Por outro, temos Mark Wahlberg em modo aparentemente totó, naquela que é sua segunda comédia consecutiva depois de “Uma Noite Atribulada”, além da sensual Eva Mendes que aqui dá corpo à mulher de Gamble. Ferrell, esse, parece igual a si próprio como o inapto, histriónico e hilariante pateta a que nos habituou, o que no fundo equivale a dizer que fará as delícias dos seus fãs e dificilmente converterá os outros. Gente como Steve Coogan, Rosie Perez, Brooke Shields e... Paris Hilton também picam o ponto em pequenos papéis. A título de curiosidade, refira-se a presença nos créditos de Jon Brion como autor da partitura musical, ele que é conhecido por emprestar as suas bizarras melodias a obras mais alternativas como “Magnolia”, “Embriagado de Amor” ou “O Despertar da Mente”, mas que nos últimos tempos tem vindo a expandir o seu repertório em projectos mais comerciais, tendo já trabalhado com McKay em “Filhos e Enteados”.

João Paulo Costa

AGENTES DE RESERVA FICHA TÉCNICA Título Original The Other Guys Realização Adam McKay Actores Mark Wahlberg Will Ferrell Michael Keaton

Setembro 2010

magazine.HD 37


cinema Nuno Mata

RUMORES, HUMORES E OUTRAS DORES... Chama-se “Dead Space” e é um jogo de computador de Terror que vai ser adaptado ao cinema. O realizador D.J. Caruso tem muita fé na adaptação naquele que descreve como um dos mais assustadores jogos de sempre. Por enquanto ainda andam à procura de argumentista mas a produção será toda da Electronic Arts, que promete empenhar-se em fazer um grande filme. Ainda no campo das adaptações, soubemos que Lloyd Levin comprou os direitos da Graphic Novel conhecida como “Mage” e pretende adaptá-la ao cinema. A história é uma reinterpretação da lenda do Rei Artur que se foca na personagem de Kevin Matchstick, um americano alienado que descobre ter poderes especiais e que herda um taco de basebol mágico. O filme vai ser financiado de forma independente embora a Spyglass já tivesse manifestado interesse na produção. O argumento ainda está por desenvolver e ainda não existe data para o começo das filmagens. Em Março deste ano, Sam Raimi entrou na Fox com os direitos do filme “The Shadow” e queria que o realizador fosse David Slade. Acontece que quem tem grandes possibilidades de realizar o filme é Quentin Tarantino. A notícia é apenas um rumor mas pensa-se que o realizador poderá também reescrever o argumento. O filme conta a história de um vigilante com poderes psíquicos, personagem dos anos 30. Chama-se “Devil” e é o novo filme de M. Night Shyamalan. Para os curiosos, o trailer já circula na internet e parece ser arrepiante. Um grupo de pessoas fica preso num elevador de um alto edifício de escritórios. Começam a acontecer coisas estranhas e descobrem que algo está no elevador com eles, algo que não pode ser visto. A realização é de John Erick e Drew Dowdle e tem estreia marcada para 17 de Setembro nos Estados Unidos.

38 magazine. HD

Setembro 2010

Em produção desde 2007, “The Tree of Life”, de Terrence Malick, parece que vai estrear em Novembro. A película, tão esperada pelos fãs de Malick, será mais um filme contemplativo que contará a história de uma família e da sua visão do mundo que os rodeia, bem como a origem e fim do universo em que vivemos. Brad Pitt, Sean Penn e Jessica Chastain são os principais protagonistas deste que poderá ser um dos mais belos filmes do ano. Clive Owen e Catherine Keener são os protagonistas de “Trust”, o novo filme de David Schwimmer que nos fala de vingança. Os actores interpretam o papel de pais protectores que vêem a sua filha ser vítima de abusos por parte de um amigo que conheceu na internet. O trailer também já circula na rede e o filme será exibido no festival de Toronto. “Skippy Dies” foi escrito originalmente por Paul Murray e vai ser adaptado ao cinema por Neil Jordan. Será uma comédia sobrenatural que tem como tema um colégio onde um aluno sobredotado tem uma teoria nova para aceder à 11ª dimensão. Depois da morte do seu amigo Skippy, o seu objectivo será contactar o amigo no além. Ainda não existem datas previstas para o início deste projecto. Guillermo Del Toro está de volta ao terror com “Don´t be afraid of the Dark”. Criaturas maléficas, gritos e muita escuridão são os ingredientes para mais uma produção de fazer dar saltos na cadeira. Uma menina descobre que a sua nova casa é habitada por pequenas criaturas que vivem na escuridão. O tema pode ser simples e até comum mas experimentem ver o trailer. O filme tem estreia marcada para 21 de Janeiro de 2011. “Tangled - Entrelaçados” é o novo filme da Disney que nos traz a lenda de Rapunzel. Existe um pequeno video na internet que apresenta o filme realizado por Byron Howard, que foi responsável pelo anterior “Bolt”. A estreia em Portugal está marcada para 16 de Dezembro e promete ser mais uma comédia musical da Disney, com animação nunca antes vista. Por falar em estreias de Dezembro, uma das mais aguardadas entre os fãs de bandadesenha, e não só, será “Scott Pilgrim Contra o Mundo”, a adaptação da obra de Bryan Lee O’Malley. 9 de Dezembro já está marcado na agenda.



cinema

crítica

A Origem

José Pedro Lopes

A Ciência dos Sonhos

40 magazine. HD

Setembro 2010


cinema FICHA TÉCNICA Título Original Inception Realizador Christopher Nolan Actores Leonardo DiCaprio Marion Cotillard Ellen Page Joseph Gordon-Levitt

H

á muito que sonhávamos com um filme assim: um blockbuster de Hollywood baseado em material original, visualmente assombroso, com momentos de nos pôr na ponta da cadeira e que nos deixa entregue a um longo debate, no final, sobre o que vimos. Mas as virtudes de “A Origem” não se ficam no labor impressionante do seu autor, o britânico Christopher Nolan, que faz tudo por tudo para reanimar o cinema de grande público. Vão até a um elenco, repleto de grandes valores do cinema dos últimos anos em prestações perfeitas, que tornam este puzzle uma obra dramaticamente densa. No filme seguimos Dom Cobb (Leonardo DiCaprio), um ladrão profissional com uma área de actividade muito especial: entrar nos sonhos das suas vítimas e extrair a informação que os seus clientes desejam. Ele é abordado por um executivo misterioso chamado Saito (Ken Watanabe) que lhe pede não que roube mas que coloque uma ideia na mente do magnata Robert Fischer (Cillian Murphy), em troco de um visto para voltar aos EUA – onde Dom não pode entrar devido a um mandado de captura – para junto dos seus filhos. A missão é perigosíssima: os sonhos são lugares instáveis e em constante mudança e, para piorar, Dom tem vindo a projectar neles uma agressiva visão da sua falecida mulher, Mal (Marion Cotillard). Por isso, reúne uma equipa de especialistas que contará com uma arquitecta (Ellen Page), o seu colega de longa data Arthur (Joseph Gordon-Levitt), um perito em disfarces chamado Eames (Tom Hardy) e Yusuf (Dileep Rao), um químico. “A Origem” é, tal como todos os trabalhos de Nolan, muito clássico na sua estrutura mas muito moderno no seu arrojo criativo. O filme mistura o melhor do cinema contemporâneo. Nas linhas de um épico do crime, temos um grupo de crimino-

sos carismáticos num plano elaborado que adoramos ver a ser construído e ainda mais a ser destruído. Tudo isto num mundo cheio de conceitos de ficção científica elaboradíssimos mas em que Nolan tem todo o tempo necessário para os explicar, de forma a proporcionar um final complexo mas nada confuso, onde vivemos quatro realidades distintas das quais três são sonhos... ou serão as quatro?

Mais do que ver um filme que não dá o braço a torcer ao facilitismo que flameja nas produções recentes, é ver uma proposta que tem gerado tanto interesse e tanta conversa após o seu visionamento. Sim, porque este thriller passado nos limites da realidade dá a volta aos espectadores na sua recta final, montando um “puzzle” narrativo indecifrável e que já “fez correr muitos caracteres” na internet em torno do que realmente aconteceu ou não e se nós, espectadores, fomos vítimas de um embuste cinematográfico. Mais do que ver um filme que não dá o braço a torcer ao facilitismo que flameja nas produções recentes, é ver uma proposta que tem gerado tanto interesse e tanta conversa após o seu visionamento. “A Origem” é um filme que fica e convida a mais visionamentos e ao debate, apesar de ser um produto que não recorre a truques pretensiosos para ostracizar o público menos propício a desfrutar de uma aventura desta natureza. Nos últimos anos, só mesmo a série “LOST” criou tanta curiosidade no público. Falava que há muito se sonhava com um filme que cativasse tanto interesse antes como depois de ser visto, mas a verdade é que esta bomba no “charco hollywoodesco” de remakes e sequelas já era aguardada há 10 anos. Desde que o seu brilhante autor, Christopher Nolan, inverteu as leis do cinema indie americano com “Memento”, o qual já contava com uma abordagem quase no limite do que era real ou não. Na primeira década do Séc. XXI, Nolan confirmou-se como um grande contador de histórias em filmes como “Insónia”, com Al Pacino, e “O Terceiro Passo” e o responsável pelas jóias da coroa do cinema de acção e de super-heróis que são “Batman o Início” e “O Cavaleiro das Trevas”. Em “A Origem” cria um blockbuster de autor, baseado num guião original seu (algo cada vez mais raro numa produção de grande público), onde confirma de vez o seu estatuto de realizador essencial no panorama

contemporâneo. Outra das virtudes do filme é o seu design de produção, que é irrepreensível. O filme percorre todo o globo – com sequências filmadas na neve e em África – e cenários absolutamente irreais. De destacar a assombrosa sequência onde Ariadne “dobra” Paris, colando a cidade a si própria. Ou o purgatório onde Cobb e Mal ficam presos a certo ponto do relato, provavelmente a recriação mais precisa que já vimos em cinema do que é um sonho. Ou os vários clímaxes finais, passados em espaços de tempo impossíveis (um sonho dura mais tempo do que o tempo que o sonhamos) mas que nos mantém na ponta da cadeira até ao fim. Do elenco, todo ele irrepreensível, há que destacar alguns dos seus jovens valores, vindo de alguns dos sucessos do cinema independente americano dos últimos anos. Ellen Page (“Juno”) e Joseph Gordon-Levitt (“500 Dias com Summer”) fazem uma dupla perfeita, sem excessos fáceis, e uma docente perfeita de carisma, que deixa uma enorme vontade de os ver uma possível sequela. O japonês Ken Watanabe (“O Último Samurai”) equilibra na perfeição a dualidade da sua personagem, da qual nunca sabemos se tem boas ou más intenções, e oferece emocionadamente as melhores deixas de diálogo do filme. A francesa Marion Cotillard (“La Vie en Rose”) continua a conquistar Hollywood com o seu charme mas aqui surpreende com uma personagem tão sedutora como inquietante. E, claro está, Leonardo DiCaprio. Longe estão os dias em que o protagonista de “Titanic” era apenas o menino bonito de Hollywood. “A Origem” prova em definitivo que não é só Martin Scorsese (“Gangs de Nova Iorque”, “Shutter Island”) que o consegue pôr a actuar a um nível de Óscar. Após “A Origem” estamos todos a debater sempre se o bizarro peão de Cobb cai ou não cai, e se o que vimos é real ou um embuste. Mas o consenso parece ser que, independentemente de como cada um viu o final do filme, todos concordam ter visto a obra-prima de 2010.

5

Setembro 2010

magazine.HD 41



cinema

Uma interessante sátira que peca pela tentação de cair no exagero

James Mangold é um interessante realizador no panorama da indústria cinematográfica americana contemporânea. Foi capaz de orquestrar um extraordinário retrato sobre a vida de um dos cantores maiores de uma era, Johhny Cash, e recentemente reavivou o western clássico com um remake com pés e cabeças, sabendo homenagear quem assim o merecia e, ao mesmo tempo, trazendo o velho oeste, à moda antiga, às gerações mais novas. Sempre houve uma consistência notável na sua filmografia, independentemente da opinião generalizada do público e, de um modo ou outro, sempre conseguiu mostrar irreverência e versatilidade. Numa das ocasiões, levou, inclusive, Angelina Jolie ao seu único Oscar da carreira, em “Girl, Interrupted”. Agora surge-nos o seu novo projecto e com ele um par revigorado que entra no campo da comédia negra/nonsense/spoof. Mangold volta a homenagear um género, um muy estimado género do grande público. A sua ode cómica às lendárias sequências de acção resulta até certo nível, uma vez que quando entra em piloto automático

exagera claramente nas suas ambições. Torna-se ainda mais inverosímil, destronando padrões básicos e comuns essenciais à construção narrativa e visual clássica. Conquanto, existe aqui um elo de ligação com o espectador assaz forte, neste caso, a extraordinária química entre Tom Cruise e Cameron Diaz. Se dúvidas houvesse acerca deste par não estar à altura, essas são rapidamente dissipadas a partir dos primeiros momentos. A vida que Cruise dá à sua personagem, um agente secreto envolvido em enredos, no mínimo, complexos, tem momentos de genialidade. Nota-se um actor maduro, experiente e que, em instância última, sabe entreter. Também Diaz, embora não seja esplendorosa, revela-se capaz de enfrentar o estatuto do seu opositor e, a espaços, chega mesmo a ser encantadora. E a dita química ganha uma especial relevância nos momentos mais cómicos.

Na verdade, o humor denotado pelos dois intérpretes pauta-se pelo bom senso e pela necessidade de formar algo mais do que uma mera comédia romântica pouco convencional. Porque, na sua essência, “Knight and Day” é uma comédia romântica. Todavia, direcciona-se também para o sexo masculino e procura cativálo com as tais extensas e “espectaculares” sequências de intensa acção. Mas nem por isso deixa de ser uma agradável experiência cinematográfica. Dificilmente poderá ser vista como um grande blockbuster e muito menos será um filme para entrar na história. Ainda assim, na óptica do puro entretenimento, “Knight and Day” é representativo de um projecto bem executado, muitas vezes bem filmado, bem apoiado por uma composição sonora competente e um enredo misterioso que, apesar das suas limitações, consegue manter as audiências em suspense.

Filipe Ferraz Coutinho

Dia e Noite FICHA TÉCNICA Título Original Knight and Day Realizador James Mangold Actores Tom Cruise Cameron Diaz

3

Setembro 2010

magazine.HD 43


cinema

crítica

Trata-se de uma das mais interessantes estreias comerciais de 2010 e um regresso do realizador a um dos géneros do qual se tornou mestre.

João Paulo Costa

O ESCRITOR FANTASMA FICHA TÉCNICA Título Original The Ghost Writer Realizador Roman Polanski Actores Ewan McGregor Pierce Brosnan Olivia Williams

4

44 magazine. HD

Setembro 2010

Um escritor-fantasma (Ewan McGregor) é contratado para terminar em tempo recorde a auto-biografia de Adam Lang, um ex-primeiro ministro britânico (Pierce Brosnan), completando o trabalho iniciado pelo seu antecessor, morto em circunstâncias estranhas (aparente suicídio) numa viagem de ferry. Refugiado na propriedade do político, com acesso ao seu material mais íntimo e a algumas das pessoas que lhe são próximas, o escritor pretende debruçar-se sobre o lado pessoal de Lang, mas cedo se vai apercebendo de que existe muita gente pouco interessada em trazer o passado ao de cima, especialmente numa altura em que actividades políticas pouco claras ameaçam levar o ex-primeiro ministro a tribunal. Estreado no meio de uma polémica que envolve um longo processo legal com a justiça americana e com a qual Roman Polanski se debate há anos, “O Escritor Fantasma” arrisca-se a ser comentado pelas razões erradas, o que seria um grande equívoco, uma vez que se trata de uma das mais interessantes estreias comerciais de 2010 e o regresso do realizador a um dos géneros do qual se

tornou mestre, o thriller, neste caso com um complexo subtexto político que pisca o olho a diversos temas da actualidade, sem no entanto deixar de ser, por um segundo que seja, intenso e empolgante. Nas mãos erradas, “O Escritor Fantasma” poder-seia ter tornado num título banal ou até algo panfletário, mas este material é tratado com uma categoria só ao alcance de alguns, deixando Polanski mais uma vez claro porque é justamente considerado um dos grandes herdeiros do cinema de Alfred Hitchcock – os fãs de “Frenético” (1988) irão certamente apreciar esta nova incursão de Polanski no género. Para além da mestria com que o autor trata o tema, há ainda a destacar a qualidade do argumento assinado a meias entre Polanski e Robert Harris, que também já havia escrito o romance no qual o filme se baseia, e é um primor de desenvolvimento narrativo e das personagens, mantendo a tensão de princípio ao fim. Finalmente, não se podia acabar sem dar o mérito também a todo o elenco, onde Ewan McGregor (obcecado em descobrir a verdade e sombrios fantasmas secretos do

armário) e Pierce Brosnan estão ao nível do melhor que alguma vez fizeram, Kim Cattrall cumpre num papel mais banal e Tom Wilkinson e Eli Wallach brilham cada qual à sua maneira em curtas mas marcantes aparições. Ainda assim, os maiores elogios vão para Olivia Williams que, como a mulher de Lang, oferece à sua personagem riquíssimas e muito complexas camadas emo-

cionais. Estão avisados quanto aos perigos de deixar que este fantasma passe despercebido nas salas nacionais por entre as gargantuanas e espalhafatosas estreias de Verão, pois se o fizerem perderão um excelente filme de um grande autor.


cinema

Uma interessante aventura que peca pelo excesso nas sequências de acção

Quando a notícia de que uma das mais emblemáticas séries televisivas dos anos 80 iria ser transposta para o grande ecrã, uma bifurcação surgiu no coração dos amantes de “Soldados da Fortuna” (“The A-Team”). Por um lado, existia a possibilidade de ver no grande ecrã, e em duas horas, as excitantes e tresloucadas aventuras e desventuras de quatro mercenários dispostos a tudo para levar as suas missões a bom porto. Por outro, e associando a um nome menos portentoso (Joe Carnahan), haveria um extremo senso de instabilidade face ao resultado final que, de um modo ou outro, poderia desrespeitar a memória de George Peppard e demais intemporais personagens. Em última instância, esta, digamos, renovação, poderia permitir

descobrir novos intérpretes para antigos talentos. Facto é que “The A-Team” estreou nos Estados Unidos e a sua recepção não foi aclamada pela crítica. A sua estreia no nosso país justifica esse comportamento. A fita explorada por Carnahan revela-se tão irregular quanto inesperada. Existem padrões de entretenimento impossíveis de contornar que cativam as audiências, nomeadamente devido à química evidenciada pelas personagens. Todavia, existe uma clara tendência para o artifício e a ilusão. Quando a comicidade parece sobrepor-se às remanescentes preocupações (ou falta delas) a nível de produção e argumento, surge uma sequência que abomina o que já é exacerbado. Ainda assim, não se deverá desacreditar “The ATeam” de ânimo leve, sobretudo porque, no seu cerne, representa uma experiência assaz interessante ao nível do entretenimento puro e duro. A dita química entre os intérpretes (à excepção de Quinton “Rampage” Jackson, claramente um erro de casting, não detendo uma personalidade suficientemente forte para ser relevante) acaba por se tornar o mais impactante dos pontos

positivos. Liam Neeson mostrase um excelente estudante de Peppard, mas capaz de inovar e criar uma forte e estilizada figura enquanto Hannibal Bradley Cooper é também ele um bom “novo” Faceman mas o melhor e mais hilariante papel acaba por cair nas mãos de Sharlto Copley (protagonista de “District 9”) enquanto Murdock, o mais tresloucado piloto dos anos 80. Facto é que este novo começo, trazido a uma complexa e contemporânea realidade, procura dar uma nova vida e, inevitavelmente, a um franchising que dê origem a muitos, muitos dólares. “The A-Team” é detentor de uma considerável dose de fidelidade face à criação dos anos 80 mas nem por isso se mantém preso à imagem da mesma. Ganha o espectador que acaba por ser apanhado numa onda nostálgica enquanto é emaranhado pelos truques do cinema contemporâneo. Os fãs dificilmente sairão desiludidos da sala de projecção mas para o espectador mais exigente que busque uma fita que avive o raciocínio, esta pode não ser a melhor escolha.

Filipe Ferraz Coutinho

Soldados da Fortuna FICHA TÉCNICA Título Original The A-Team Realizador Joe Carnahan Actores Liam Neeson Bradley Cooper Jessica Biel

3

Setembro 2010

magazine.HD 45


cinema

estreias em Setembro

Entre Irmãos Ecofilmes Est. 02

Predadores Castello Lopes Est. 02

Karate Kid Columbia TriStar Warner Est. 02

Cães e Gatos: A Vingança de Kitty Galore Columbia TriStar Warner Est. 02

Nom ma fille, tu n’iras pas danser Atalanta Est. 02

The Marc Pease Experience ZON Lusomundo Est. 02

Todos os Outros Atalanta Est. 09

Jantar de Idiotas ZON Lusomundo Est. 09

Step Up 3D ZON Lusomundo Est. 09

Até ao Inferno Ecofilmes Est. 09

A Troca Ecofilmes Est. 16

Resident Evil: Ressureição Columbia TriStar Warner Est. 16

MacGruber Castello Lopes Est. 16

Solitary Man ZON Lusomundo Est. 16

Cela 211 Atalanta Est. 23

After Life Ecofilmes Est. 23

Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme Castello Lopes Est. 23

O Concerto Castello Lopes Est. 23

Adoro-te à Distância Columbia TriStar Warner Est. 23

Arrependimento Atalanta Est. 30

Daybreakers Ecofilmes Est. 30

Comer Orar Amar Columbia TriStar Warner Est. 30

Na Senda dos Condenados ZON Lusomundo Est. 30

Embargo Persona Non Grata Pictures Est. 30

Esta programação pode ser alterada por vontade da distribuidora e reflecte a informação conhecida à data de fecho da edição (aproximadamente dia 20 de cada mês)

46 magazine. HD

Setembro 2010


blu-ray e dvd

LEGENDA Imperdível

5

Recomendado

4

Com interesse

3

Com reservas

2

A evitar

1

Rapace incendeia a nossa capa, enquanto Soraia sorri para a nossa câmara. Na tela Toy Story regressou em grande, mas brilha também em Blu-ray e DVD. Lauren Graham conquistou Jeff Bridges, e Damon sai derrotado do Iraque. Mas com Woody Allen no fim, Tudo Pode Dar Certo! 48 Blu-Ray do Mês 50 Recomendamos em Blu-ray © FOX 2000 Pictures

55 DVD do mês 56 Recomendamos em DVD 58 Em Série 59 Convidado do mês 60 Em 50 palavras 61 zona erógena 62 Lançamentos, Tops DVD e Blu-ray

Percy Jackson e os Ladrões do Olimpo


blu-ray

...do mês

Millennium 2

A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo

Acção Realiz: Daniel Alfredson Int: Noomi Rapace, Michael Nyqvist 2009, ZON, 2.35:1, DTS-HD, 124 min 5

Filme e extras 4

Vídeo Áudio Geral

48 magazine. HD

3 4

Setembro 2010

A trilogia Millenium está condenada ao sucesso e será sempre perseguida, como um dos maiores filmes de culto da década. “Flickan Som Lekte Med Elden” seu nome original, é a sequela do filme “Millennium 1 – Os Homens que Odeiam as Mulheres”, igualmente editada em DVD e Bluray há poucos meses. Não obstante ser a adaptação dum best seller universal, a magnífica trilogia “Millennium” de Stieg Larson, a sua passagem a cinema tem sido algo controversa. Se as datas de estreia em cinema andam ao contrário de tudo o resto (a estreia em Portugal foi em Março, Junho em Paris, Julho nos EUA e só Agosto em Inglaterra), por sua vez pelas terras do tio Sam, o fenómeno Millenium é considerado de tal forma rico, (sentido figurado e literal) que os seus filmes de origem sueca têm ali passado “ao lado”. E está em preparação uma outra adaptação com nomes mais fáceis de pronunciar, como Pitt, Clooney, Natalie Portman e sobretudo a Kristen “twilight” Stewart. Venham eles, se tão bons forem como os interpretados por Michael Nyqvist e Noomi Rapace. Mikael Blomkvist, editor da revista Millenium, toma

conhecimento por uma jovem jornalista de provas acerca duma rede de tráfico de mulheres na Suécia. Em breve Lisbeth Salander começa a ajudá-lo à sua maneira, mercê as suas insuperáveis hacker habilities, mas a revelação do seu passado menos luminoso, levam a que de investigadora, passe a principal suspeita, com duras e violentas consequências. Se a realização de Daniel Alfredson em “Millenium 2” pode não ser tão equilibrada como a de Niels Arden Oplev no anterior filme, o resultado continua fortemente positivo e é impossível ficar indiferente às duas horas de cinema intenso, de suspense e acção inteligentes, muitíssimo bem interpretado e ainda, com a virtude de sem barreiras, denunciar com vigor invulgar, algumas das mais sombrias pestes que se escondem por detrás dos mais respeitados poderes instalados – o tráfico de mulheres, a prostituição e o fascismo subterrâneo. Um destaque especial para Noomi Rapace, e a sua singular Lisbeth. Post punk, bi-sexual, hacker anti-corrupção, tudo e muito mais numa brilhante composição em puro under-acting (como eu gosto), e ao lado da qual Nikita parece mesmo a Pipi das Meias Altas. Sem dúvida a marca de água (e de fogo) da trilogia e que só por si vale a festa, o DVD ou o Blu-ray. Difícil mesmo imaginar a saga sem Rapace. Veremos. A qualidade do Blu-ray não desaponta, e a imagem com um bit rate médio para o formato é bastante detalhada, ajudando à intensidade, por vezes bem cruel, da acção (Millenium não é a Pipi das Meias Altas...) e a última réstea de fôlego que nos sobra nos momentos finais transforma-se numa imensa vontade de ver chegada a terceira e última vaga desta fabulosa saga. RR



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Recomendamos

Pela Estrada fora

O Livro de Eli A par de “The Road” de John Hillcoat, este é o segundo filme em cenário pós-apocalíptico recentemente surgido nas salas de cinema e que agora é editado em DVD e Blu-ray. Seguimos as pisadas de Eli (Denzel Washington), viajante solitário através de uma América cinzenta e devastada, protector de um misterioso livro que pode constituir a salvação do que resta da humanidade. Pelo caminho, Eli enfrenta inúmeros desafios e malfeitores avulsos que pretendem travar o seu percurso, até chegar a um pequeno vilarejo dominado pelo vilão Carnegie (Gary Oldman), que desesperadamente procura o livro de Eli. São inúmeras as referências propositadas ao western clássico e os realizadores revelam desembaraço e criatividade, evitando cair em clichés algo óbvios, apoiados num sólido argumento de Gary Whitta, curiosamente oriundo do universo dos jogos de computador.

Confronto de Titãs

Perseus (Sam Worthington), filho de Zeus (Liam Neson) encabeça uma cruzada para evitar que Hades (Ralph Fiennes) torne a Terra num inferno. Sam Worthington veio para ficar como o herói de serviço. De “Terminator” a “Avatar” passando pela tragédia grega, Sam é a figura mais consistente deste épico repleto de efeitos especiais e CGI abundante, recriando o filme de culto homónimo de 1981. Dos Blu-rays editados em Setembro este é um dos mais completos, incluindo um final alternativo, o documentário “Sam Worthington: An Action Hero For the Ages”, 25 mins de cenas inéditas e especialmente a funcionalidade “Maximum Movie Mode Picture-in-Picture” um espectacular PIP com um mundo de informação sobre o filme. A imagem é fluida e detalhada graças a um bit rate perto dos 25 Mbps, embora o ambiente seja algo artificial em boa medida propositado. Igualmente no capítulo áudio CDT deixa o seu homónimo de Desmond Davies a anos luz. Incontornável para fãs do género. RR

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3 Fantasia Realiz.: Louis Leterrier 4 Int.: Sam Worthington Liam Neeson, 4 Ralph Fiennes 2010, ZON, 2.40:1, DTS-HD, 106 min 4

De referir, também, a excelente banda sonora de Atticus Ross, que ajuda a compor a atmosfera particular do filme. “O Livro de Eli” proporciona, assim, um par de horas de bom entretenimento, em grande parte graças às interpretações de Washington e Oldman e à inteligente direcção dos irmãos Hughes, que anteriormente nos tinham trazido o interessante “From Hell”. LC

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3 Fantástico/ ficção-científica Realiz. Albert e Allen Hughes 4 Int. Denzel Washington, Gary Oldman 4 2010, Sony PHE, 2.35:1, DTS-HD, 118 min

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Toy Story 1 e 2 Numa altura em que “Toy Story 3” passa nas salas de cinema portuguesas, a Disney lança em Blu-ray os dois primeiros filmes. Andy é uma criança que tem uma especial adoração pelo seu cowboy de estimação, Woody. O que Andy não sabe é que, quando ninguém está por perto, todos os seus brinquedos ganham vida, sendo Woody a estrela da companhia. A confusão, no entanto, instala-se com a chegada de um novo brinquedo, Buzz Lightyear, um boneco espacial que julga ser real. Quatro anos após “Toy Story” surge a sequela. Chegaram as férias, e Andy vai para um campo de férias. Enquanto isso, Woody é “raptado” por um fanático coleccionador de bonecos, Al McWiggin, após ter sido colocado por engano numa venda de garagem pela mãe de Andy. Cabe agora a Buzz Lightyear e restantes amigos salvar Woody, custe o que custar. Ambos os filmes são deliciosas histórias recheadas de personagens inesquecíveis como o Sr. Cabeça de Batata ou o Dinossauro Rex, e que têm a amizade como principal elemento. As edições em Blu-ray fazem jus aos filmes. Definição de imagem perfeita, cores vivas e atractivas, e um realce da tridimensionalidade da animação raramente vista. O som, bem equilibrado e amplo, mantem sempre a qualidade sonora da faixa musical sem nunca se sobrepor aos diálogos. Os extras são muitos e de boa qualidade. VS Filme e extras Vídeo Áudio Geral

5 TOY STORY – OS RIVAIS Animação 5 Realiz.: John Lasseter 5 Vozes: Tom Hanks e Tim Allen 1995, Disney, 1.78:1, DTS-HD, 78 mins 5

5 TOY STORY 2 – EM BUSCA DE WOODY Animação 5 Realiz.: John Lasseter 5 Vozes: Tom Hanks e Tim Allen 1999, Disney, 1.78:1, DTS-HD, 90 mins 5

Numa curta conversa com Lee Unkrich e Darla K.Anderson, respectivamente realizador e produtora de “Toy Story 3”, a Magazine.HD ficou a saber, em exclusivo, alguns dos segredos mais bem guardados da produção do filme “TS 3”, apesar de desejado há muitos anos, só agora chegou às salas devido aos atrasos motivados pela compra da Pixar por parte da Disney. Para Unkrich, o filme funciona tão bem em 3D como sem o recurso a esta tecnologia, “porque a história vale por si”. Toda a equipa envolvida passou as primeiras semanas “em pânico”, com receio de fazer um filme que não estivesse à altura dos anteriores. Se o realizador clássico Billy Wilder fazia belos filmes em que o drama estava polvilhado de humor (e vice-versa), “Toy Story 3” também poderia ser assim. Não, o infantário do filme não é um campo de concentração, mas a inspiração veio dos grandes filmes de “fugas de prisão”. Este filme (apesar de ser para todas as idades) dá um especial destaque a um dos temas maiores do imaginário infantil: a luta entre os Bons e os Maus. O Vilão da história, o urso de peluche Lotso, foi uma personagem especialmente bem caracterizada porque “as crianças precisam de saber porque é que o Mau é... mau”. Enquanto no primeiro filme, ninguém na Mattel sabia o que era a Pixar, agora são empresas do mesmo grupo e a Mattel agradece a utilização de Barbie e Ken no filme. Apesar do final quase perfeito de “Toy Story 3”, não está posta de parte a hipótese de uma nova sequela.

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Recomendamos A mais recente Guerra do Golfo esteve sempre envolvida em grande polémica, já que as armas de destruição maciça, a razão para o despoletar do conflito, acabaram por nunca ser encontradas. Baseado no livro não ficcionado “Imperial Life in the Emerald City”, do jornalista Rajiv Chandrasekaran, “Green Zone” segue a história de Miller, um sargento do exército americano cujo batalhão é responsável pela pesquisa de armas de destruição maciça em locais previamente identificados pelos serviços secretos. Mas as missões que lhe são atribuídas fazem cada vez menos sentido, e aos poucos Miller descobre quais os verdadeiros motivos por detrás desta guerra. A forma como Paul Greengrass filma o conflito bélico é de uma qualidade extraordinária, tendo recorrido a verdadeiros soldados que fizeram comissão no golfo de forma a dar o maior realismo possível à acção. Quem ganhou com isso foi igualmente Matt Damon que, embora habituado a filmes de acção, se transforma aqui num verdadeiro soldado. Tecnicamente o Blu-ray está ao nível do melhor que é possível encontrar no formato. Com uma imagem perfeita a todos os níveis, a diferença é feita sobretudo por uma faixa sonora que usa, e abusa, de todos os canais e amplitude disponíveis, tornando a sala de estar num verdadeiro cenário de guerra. Os extras, focados sobretudo na história por trás do filme, ajudam a conhecer melhor a história, e os homens, que lutaram numa guerra nem sempre justa, e nem sempre honesta. Imperdível. VS

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4 Guerra Realiz.: Paul Greengrass 5 Int.: Matt Damon e Sean Huze 5 2010, Universal, 2.40:1, DTS-HD, 115 min

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4 Fantástico Realiz.: Chris Columbus 5 Int.: Logan Lerman e Alexandra Daddario 5 2010, CLMC, 2.35:1, DTS-HD, 118 min

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Green Zone: Combate Pela Verdade

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Percy Jackson e os Ladrões do Olimpo Os deuses gregos existem e estão zangados. Alguém roubou o Raio de Zeus, e Hades convence o pai dos deuses que o objecto se encontra entre os humanos. A não ser que ele seja devolvido, a tragédia abater-se-á sobre a humanidade. A esperança reside na nova geração de semi-deuses, e Percy Jackson é um deles. O problema é que Percy é um jovem adolescente sem a mínima consciência do que é, e não há muito tempo para transformar Percy num moderno Hércules. “Percy Jackson e os Ladrões do Olimpo” pode ser encarado como uma versão moderna e mais teen do clássico “Choque de Titãs”. Com uma realização competente por parte de Chris Columbus, são sobretudo os efeitos visuais, de elevado nível, que são as grandes estrelas, em particular na recriação das inúmeras criaturas divinas. Com um elenco principal composto por jovens actores menos conhecidos, é o elenco secundário que mais abrilhanta o filme, com nomes como Pierce Brosnan, Uma Thurman, Sean Bean ou Rosario Dawson, verdadeiros deuses dentro do ecrã. O Blu-ray é, tecnicamente, das melhores edições já editadas entre nós. Definição a dar verdadeiro sentido ao termo HD, cores bem balanceadas, e uma trilha sonora a criar uma ambiência perfeita, usando todos os recursos que o formato lhe coloca ao dispor. Um conjunto de extras de grande qualidade completa a edição. Verdadeiro filme para ver em família, e que apenas poderá fazer torcer o nariz aos fãs de “Choque de Titãs”. VS 52 magazine. HD

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Uma Canção de Lisboa

A Bela e o Paparazzo

Comédia romântica Realiz. António Pedro Vasconcelos Int. Soraia Chaves, Marco d’Almeida 2010, ZON Lusomundo, 2.35:1, DD 5.1, 101 min Filme e extras

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Em “A Bela e o Paparazzo”, o mais recente filme de António Pedro Vasconcelos, há lugar a uma curiosa dupla homenagem, por um lado à idade de ouro do cinema português e, por outro, à cidade de Lisboa. O cineasta faz uma inédita incursão na sua filmografia, arriscando-se no delicado território da comédia e actualizando os argumentos naifs das fitas dos anos 40, para um cenário contemporâneo em que uma vedeta de telenovelas, protagonizada por Soraia Chaves, incessantemente perseguida por paparazzi, tenta dar um novo rumo à sua carreira e, acima de tudo, à sua própria vida. António Pedro Vasconcelos, que tem vindo a ser alvo de reparos sistemáticos por parte de alguns sectores da crítica, por abraçar um cinema assumidamente mais “comercial”, prossegue na sua incansável busca dum modelo para o cinema português, que o aproxime do público e lhe permita ser rentável, através da ficção. “A Bela e o Paparazzo” é um conseguido exemplo de como é possível chegar a uma vasta audiência, sendo o único filme português a ultrapassar os 100,000 espectadores, no primeiro semestre de 2010. A edição em vídeo apresenta uma imagem de excelente recorte e colorido, valorizando a fotografia de José António Loureiro. O áudio é consistente e definido, fazendo realçar a banda sonora original. Uma última palavra para os extras, tantas vezes ausentes das edições nacionais, que neste caso complementam, da melhor forma, a presente edição em DVD. LC

À conversa com António Pedro Vasconcelos Magazine.HD – Depois de ter tido a participação da Soraia Chaves nos seus dois últimos filmes, “Call Girl” e “A Bela e o Paparazzo”, será que ela vai continuar a ser a sua actriz-fetiche no seu próximo filme? António Pedro Vasconcelos – Bom, a Soraia participou realmente nos meus dois últimos filmes, mas há outros actores, como é o caso do Nicolau Breyner, que já participaram em diversos filmes meus... Só tenho pena que a produção cinematográfica nacional seja tão escassa, e não proporcione a excelentes actores, como é o caso da Soraia, do Marco e de muitos outros, a possibilidade de poderem participar em mais filmes ao longo do ano. MHD - “A Bela e o Paparazzo” é um género de filme não muito usual nos dias de hoje no nosso País. Foi necessária uma certa dose de coragem para o realizar? APV – Na realidade, a comédia romântica é um género um tanto ou quanto arriscado em Portugal... Tenho que agradecer ao Tino Navarro, o produtor, por ter acreditado e apostado neste filme e também ao Tiago Santos, por ter escrito um argumento brilhante. É óbvio que os enredos das antigas comédias portuguesas, como por exemplo dos filmes do Arthur Duarte, são completamente impensáveis actualmente... A história era invariavelmente a mesma: um tio, ou um pai, geralmente interpretado pelo António Silva, que tentava casar a sobrinha ou a filha, com alguém dum estrato social superior... Daí que o Tiago tenha feito um trabalho realmente notável, ao escrever um argumento actual e muito divertido! Setembro 2010

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Recomendamos

Uma Outra Educação Não sendo um filme consensual, foi contudo na minha opinião, talvez o melhor filme de 2009 e sem dúvida coube a Carey Mulligan a melhor interpretação do ano. Baseado em memórias autobiográficas da jornalista britânica Lynn

O Segredo dos Seus Olhos Da obra homónima de Eduardo Sacheri,

Drama Realiz.: Juan José Campanella Int.: Ricardo Darín, Soledad Villamil 2009, VC, 1.77:1, DD5.1, 133 mins Filme e extras

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o argentino Campanella surpreendeu tudo e todos ao roubar o Óscar a “Laço Branco”. Aparentemente um policial sobre a violação e assassínio duma jovem casada, é sobretudo um drama, com excelentes interpretações de Ricardo Darín, o funcionário Espósito que vinte anos mais tarde resolve escrever um livro sobre o caso, e da revelação Soledad Villamil, como Irene, sua chefe, presente em praticamente todas as páginas do seu livro, ou mais ainda, da sua vida. Sem pressas, o filme vai crescendo, graças a uma boa direcção de actores e a uma realização e montagem muitíssimo eficazes. Os constantes flash backs na narrativa são consistentes e determinantes na caracterização da época de Isabel Peron, durante a qual o crime ocorre. Com Entrevistas e Cenas de Bastidores, este é o DVD adequado para quando estiver farto de explosões e efeitos especiais. RR

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Barber, e realizado pela dinamarquesa Lone Scherfig, foi nomeado para os Óscares do melhor filme, melhor argumento adaptado e melhor Interpretação. Não ganhou ali, mas o palmarés de merecidas distinções é extenso após o seu lançamento em Sundance o altar do Indie. “An Education” reflecte o processo de aprendizagem, para além dos muros da escola, de Jenny, com 16 anos, filha duma modesta família que aspira pelo seu ingresso em Oxford, que se cruza com David de 30 anos (Peter Sarsgaard). Um cenário londrino, em 1961, delicadamente reconstruído e uma narrativa elegante, onde tudo vibra e nos emociona em cada plano, fazem de “An Education” uma daquelas pérolas que nos obrigam a voltar ao capitulo 1 e rever o filme de novo com redobrado prazer. Depois permitam-me que lhes apresente a estrela que mais brilha, a actriz de quem se irá falar nos próximos anos - Carey Mulligan (Jenny) – a nova Audrey Hepburn mas com um sorriso ainda melhor (aquelas covinhas ...). Há muitos anos não víamos tal espontaneidade e força interior, perceptíveis ao longo dum filme onde Sarsgaard quase parece amedrontado e os admiráveis Alfred Molina e Emma Thompson lhe prestam o devido respeito. Como se não bastassem os argumentos temos ainda um DVD irrepreensível, com excelente fotografia e um lote de extras a devorar. Obrigatório. RR

Segredos à Medida

Drama Realiz: Lone Scherfig, Int.: Peter Sarsgaard, Carey Mulligan. 2009, ZON, 2.35:1, DD 5.1, 100 mins Filme e extras

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comédia Realiz.: Raymond De Fellita Int: Andy Garcia, Julianna Margulies 2010, Prisvideo, 1.78:1, DD 5.1, 99 min

Neste filme realizado por Raymond De Fellita, Andy Garcia é Vicent Rizzo, um simpático guarda prisional, patriarca de uma família disfuncional onde não se partilham os peque4 nos segredos do dia a dia e, muito menos, os grandes se- Filme e extras gredos que podem originar rupturas imprevistas. De facto, Vídeo 4 todos os membros da familia Rizzo têm as suas próprias Áudio 4 histórias que guardam para si próprios. Vincent, por exemplo, tem um filho, Tony, fruto de uma aventura vivida Geral 4 durante a juventude, filho recentemente descoberto entre os reclusos da prisão de alta segurança onde trabalha. Por outro lado, a filha de Vincent, Vivian, foi expulsa da faculdade e empregou-se como strip-teaser num bar. Vince Júnior, por sua vez, tem cada vez mais dificuldade em esconder a sua atracção pelo universo das mulheres gordinhas, onde a comida é sinónimo de prazer supremo. Joyce, a mãe, tem contínuos acessos de má disposição e está convencida que as inocentes ausências de Vince ocultam um caso amoroso. Segredos e mais segredos que continuariam a infernizar a vida dos Rizzo, se não fosse a presença encapotada de Tony na casa de família, em prisão domiciliária. Este filme é uma das mais deliciosas comédias dos últimos tempos. Com um leque de actores à altura, onde se destaca o talentoso Andy Garcia, apresenta um excelente argumento, filmado no ritmo apropriado a uma comédia suave e simpática. Passada na magnífica City Island, localidade piscatória situada nos arredores de Nova Iorque, esta comédia é absolutamente imperdível. MJ


Lembra-te de Mim Dois jovens. Em comum apenas a idade e a tragédia que assolou as suas vidas, e que os marcou e moldou para toda a vida. De um lado Tyler, pertencente a uma família abastada mas disfuncional, e que carrega consigo a mágoa e o ódio pelo pai, que culpa pela morte do irmão. Do outro lado Ally, que tenta continuar com a sua vida após a morte da sua mãe, apesar da relação tempestuosa com o pai. Do encontro entre ambos nasce a única esperança para que consigam encontrar a paz: o amor. Mas a vida consegue ser madrasta…. O argumento é o grande trunfo do filme, aproveitado na perfeição por Emilie de Ravin, e sobretudo por um Robert Pattinson que aqui mostra ser mais do que o simples vampiro de “Crepúsculo”. Realizado a um ritmo por vezes demasiado lento, o filme parece por vezes não chegar a lado nenhum. O twist final, no entanto, dá sentido a toda a história, fazendo lembrar os dramas de Nicholas Sparks, não deixando ninguém indiferente. O filme é suportado por um elenco de grande qualidade, de onde se destacam Chris Cooper e Pierce Brosnan. As tonalidades da imagem acompanham de forma perfeita os momentos mais marcantes do filme, servidos por uma banda sonora cuja qualidade é acentuada por uma muito boa faixa sonora. Dos extras o destaque vai para o Making Of, um documentário focado sobretudo naquilo que o filme tem de melhor, o argumento. A ver com a caixa de lenços ao pé, porque no final vai precisar! VS

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4 DRAMA Realiz.: Allen Coutter 5 Int.: Robert Pattinson e Emilie de Ravin 4 2010, ZON, 1.78:1, DD5.1, 108 min

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As Aventuras do Barão Gilliam

O Imaginário do Dr. Parnassus

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Não foi a primeira vez que Terry Gilliam sofreu um terrível revés no decurso da rodagem de um filme. Há dez anos atrás o realizador embarcou no projecto “O Homem que Matou D. Quixote”, a maior produção independente europeia de sempre, detentora de um elenco de luxo que incluía, entre outros, Johnny Depp. A filmagem duraria apenas uma semana, até ser suspensa, devido a problemas de orçamento, a tempestades e à doença de um dos principais actores. Em 2007, no decurso das filmagens de Parnassus, Heath Ledger, o protagonista, morre deixando o realizador, uma vez mais, com um filme inacabado entre mãos. Gilliam levaria, obviamente, algum tempo a recompor-se mas acabaria por arranjar uma engenhosa solução para o desaparecimento de Ledger.

5 FANTÁSTICO, Realiz. Terry Gilliam 5 Int. Heath Ledger, Johnny 4 Depp 2009 Prisvídeo, 1.85:1, DD 5 5.1, 123 min

O Dr. Parnassus (Christopher Plummer) estabelece um pacto com o diabo (Tom Waits), em troca da imortalidade. Após viver milhares de anos, Parnassus deseja ser novamente mortal, de forma a poder casarse. Mas o diabo impõe as suas condições que ditam que caso Parnassus tenha uma filha, esta deverá ser-lhe entregue, no dia do seu décimo sexto aniversário. “O Imaginário do Dr. Parnassus” funciona como uma espécie de resumo e condensação da filmografia de Gilliam, cineasta verdadeiramente ímpar e único na história do cinema. Imperdível. A imagem é sublime, graças a uma irrepreensível transcrição para vídeo anamórfico, realçando cores e efeitos de forma notável. A pista áudio em DD 5.1 revela excelente definição, permitindo escutar todos os pequenos pormenores que povoam o universo sonoro de “Parnassus”. LC Setembro 2010

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DVD

Em série

Dollhouse, T1 Tal como “The Fringe” e “Alias”, “Dollhouse” consegue combinar vários géneros televisivos, apresentando-se assim como uma série capaz de agradar a várias audiências. Tudo gira em torno de uma organização misteriosa sedeada em Los Angeles, num local denominado por Dollhouse, onde a investigação científica e a necessidade de proceder a missões especiais conduzem ao recrutamento de vários agentes, designados por “bonecas” ou simplesmente por “activos”. As referidas ” bonecas” são, na verdade, pessoas vulgares a quem foram retiradas todas as suas memórias e experiências pessoais. Posteriormente, foram

Ficção Científica/ Thriller/ Drama Criada por: Joss Whedon Int: Eliza Dushku , Harry Lennix 2009, CLMC, 1.78:1, DD 5.1, 666 min Filme e extras

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implantadas às “bonecas” outras vivências humanas que incluíam também um determinado número de habilidades especiais, necessárias ao êxito de uma determinada tarefa. Manipuladas laboratorialmente pelo staff científico da Dollhouse, as “bonecas” são sobretudo uma amálgama de várias personalidades sendo controladas de modo a terem sucesso total nas suas missões. Echo, interpretada por Eliza Dushku, é uma dessas bonecas recrutadas pela poderosa Dollhouse e, contrariamente ao que era esperado, começa gradualmente a tomar consciência do que se passa, ao mesmo tempo que alguém tenta derrubar a temível organização. MJ

O Último Templário

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comédia Criado por: Tina Fey Int: Tina Fey, Alec Baldwin, Tracy Morgan, Jack Mc Brayer, Jane Krakowski 2008, Universal, 1.78:1, DD 2.0, 426 min Filme e extras

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Ê SÉRIE DO M

Mais uma temporada desta série de humor protogonizada por Tina Fey (que é também a criadora da série), no papel da produtora de televisão, Liz Lemon, e pelo premiado Alec Baldwin, no papel de Jack Donaghy, membro da GE e administrador da estação televisiva NBC situada no número 30 da Rockefeller Plaza, em Nova Iorque. Nesta temporada, os tempos não são os melhores nem para Liz nem para Jack: Liz continua a ter que lidar com os caprichos do seu staff de criativos e com as idiossincrasias dos actores do seu programa de televisão, além de gerir dificilmente as situações imprevistas criadas pelos seus ex-namorados; por outro lado, Jack Donaghy enfrenta a despromoção, envolvendo-se no mundo da política, ingressando no governo, na Homeland Security, onde o ambiente não é dos mais acolhedores, sugerindo a decadência e a falta de liberdade da administração Bush. As outras personagens continuam disfuncionais como sempre: Tracy Jordan está muito empenhado na criação de um videojogo pornográfico, enquanto Jenna Maroney luta, com muita dificuldade, para se manter no estrelato; por sua vez, o impagável recepcionista, Kenneth Parcell, tenta cumprir as suas tarefas com a correcção e qualidade que todos lhe reconhecem. Nesta nova temporada o ritmo da série não abrandou, mantendo-se perfeitamente adequado à história, às personagens e aos seus diálogos, os quais continuam a revelar uma qualidade muito acima da média. Esta série mudou certamente o universo das séries de comédia comerciais, ousando quebrar com muitos dos clichés habituais nestes formatos televisivos, em particular no que se refere ao tratamento das personagens e ao ritmo quase frenético dos seus episódios. MJ

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Baseada no best-seller de Raymond Khoury, “O Último Templário”, esta recente mini-série para televisão criada por Paolo Barzman (filho dos lendários Ben e Norma Barzman, argumentistas americanos segregados pelas listas negras da era Mac Carthy) apresenta como protagonista principal Mira Sorvino, no papel de Tess Chaikin, uma arqueóloga empenhada na descoberta dos segredos dos míticos cavaleiros do Templo. Tudo começou quando Tess Chaikin testemunhou o ataque perpretado por indivíduos, trajados à maneira dos Templários, na exposição de objectos de arte do Vaticano, patente num Museu de Nova Iorque. Intrigada com o facto, Tess, com a ajuda do detective do FBI, Sean Daley, vai viajar até à Turquia confiante que, no ataque ao Museu, os falsos cavaleiros adquiriram um código que permite aceder ao tão cobiçado tesouro Aventura/Drama dos Templários. Real. por: Paolo Embalado pelo êxito re- Barzman cente das adaptações dos Int: Mira Sorvino, livros de Dan Brown, “O Victor Garber Código da Vinci” e “Anjos e 2008, LNK, 1.78:1, DD Demónios”, Paolo Barzman 5.1, 165 min tentou nesta mini-série dar Filme e extras 3 vida à história de Khoury, Vídeo 3 mas o resultado ficou bastante aquém do espe- Áudio 3 rado. MJ Geral 3


DVD

Convidado do mês

Woody Allen:

REGRESSO A CASA

tudo pode dar certo COMÉDIA Realiz. Woddy Allen Intérpr. Larry David, Ed Begley Jr. 2010, Sony Pictures, 1.85:1, DD 2.0, 92 min

O último filme de Woody Allen estreado em Portugal (“Whatever Works”, título português aceitável: “Tudo Pode Dar Certo”) é, sob vários pontos de vista, um regresso. Ou vários regressos. A Nova Iorque, a temas obsessivos, a tipos de personagem, a situações que lembram filmes anteriores. Breve recordatório: Boris é um ex-professor de Física que “quase” ganhou o prémio Nobel; neurótico e destrutivo até ao limite do risível, atravessa uma existência novaiorquina sem outras ocupações que não sejam as de ensinar xadrez a crianças que o irritam e conversar, sempre em registo de desencanto e azeda crítica civilizacional, com dois ou três amigos que o aturam. Quando surge Melody, a vida de Boris muda, por força de uma relação ambivalente com a jovem (outra obsessão de Woody Allen…), relação de mal disfarçado encanto, mas também de óbvio desprezo por aquela cabeça vazia, a anos-luz da inteligência do ex-professor. É claro que a jovem acaba por encontrar um parceiro da sua idade; e é claro que Boris filosoficamente aceita a separação. Depois, numa segunda e de novo falhada tentativa de suicídio, literalmente desaba em cima da mulher com quem, por fim, parece estabilizar. Assim mesmo: tudo pode dar certo, mesmo que, num mundo sem Deus (ou talvez atormentado pela compulsiva tendência para a sua negação), venha a funcionar o mesmo deus ex machina que já encontráramos em “Poderosa Afrodite” (1995). E assim, é um incidente inesperado e mesmo um pouco forçado que compõe as coisas e parece dar algum sentido à existência. Já o disse: “Tudo Pode Dar Certo” tem a marca de vários regressos, acentuada por uma unidade estilística própria da obra de um grande ci-

neasta que, para alguns, chega a ser repetitivo. O genérico é, até do ponto de vista gráfico, a marca identitária de um singularíssimo estilo que nos faz (aos que somos woodiallianos militantes, claro) sentir “em casa”, logo que se apagam as luzes e irrompem as melodias do repertório selecto do realizador. Neste caso, o leque é amplo: de Beethoven a António Carlos Jobim, passando inevitavelmente por Dick Hyman. Mas o regresso não traz consigo apenas uma Nova Iorque de que Allen se afastara desde “Anything Else” (2003; em Portugal, “A Vida e Tudo o Mais”). Depois de incursões europeias (Londres, Barcelona) que confirmaram o crónico distanciamento em relação à indústria cinematográfica norte-americana, este “retorno a casa” re-encena motivos já conhecidos e de certa forma “literários”, a começar pela personagem que fala para a câmara, ou melhor, para o espectador que está “do lado de cá”. Reminiscência, é claro, de “Annie Hall” (de 1977, filme que deu projecção mundial a Allen), como outras existem, em momentos vários deste “Tudo Pode Dar Certo”: um pouco de “Anna e as Suas Irmãs (1986), alguma coisa de “Os Dias da Rádio” (1987) e, mais difusamente, o inteligente jogo com as fronteiras da ficção que se encontra nessa obra-prima que é “A Rosa Púrpura do Cairo” (1985). Por este lado – ou seja por aquilo a que, em análise literária, chamamos leitmotiv, termo originário, contudo, da música – as repetições do cinema de Allen apontam para uma espécie de princípio de “serialização” que, quase paradoxalmente (porque estamos a falar de um talentoso cineasta), vem a ser o grande factor de fidelização do espectador de televisão às narrativas que nela se contam. Também neste aspecto tudo pode dar certo. Carlos Reis* *Membro do Conselho Editorial Setembro 2010

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BLU-RAY / DVD

...em 50 palavras

Apollo 13

Este É o Meu Sangue

África Minha

A Estrada

O Inferno de Dante

João Broncas

Outra Questão de Nervos

A Princesa de Marte

Dois Novos Rabugentos

Mulheres Rebeldes

Os Bad Boys

Ninotchka

“Houston, we have a problem”, será provavelmente mais recordado como o ex-libris do filme “Apollo 13”, um dos mais belos testemunhos sobre a conquista espacial, e da luta pela sobrevivência da tripulação no seu regresso a Terra. Brilhante realização de Ron Howard, com um cast antológico, agora reproduzido em gloriosa alta definição. Um dos filmes mais amados por todas as idades independentemente do sexo e uma das melhores páginas do cinema assinado por dos seus melhores filhos - Sidney Pollack. Em qualquer curso de cinema, devia ser obrigatório na cadeira sobre bandas sonoras (John Barry). O Blu-ray faz a diferença.

O filme, baseado na primeira parte de “A Divina Comédia” de Dante, divide-se em seis partes distintas, da autoria de seis realizadores diferentes. A diferença quer na animação, quer na aproximação à história, por parte de cada realizador, é facilmente notada, sendo uma das mais-valias do filme. Saído da cadeia, o mafioso e stressado Paul Vitti é libertado e colocado sob a responsabilidade do seu ex-terapeuta, Ben Sobel, a quem pede ajuda para deixar a carreira mafiosa, mas Ben não está convencido das intenções de Vitti… O filme traz de volta o divertido duo De Niro/Crystal. Quando dois velhos rabugentos, Lemmon e Matthau, se apaixonam pela mesma mulher o resultado é hilariante. John e Max não gostam um do outro e partilham um ódio de estimação entre si que dura há mais de 50 anos. Quando uma bela viúva se muda para a rua onde moram tem início uma verdadeira batalha campal.

Oldboy não deixou dúvidas sobre o estilo próprio de Chanwook Park. “Thirst” seu nome original é uma fantasia alucinada, cómico-trágica em ritmo lento, dum padre que para se alimentar tem de pecar e beber sangue, muito sangue. Filosófico, cruel e com uma sequência final de antologia. Para apreciadores.

O mundo está devastado, após uma guerra nuclear entre superpotências, e nas ruas luta-se pela sobrevivência. Certos que algures existe um lugar onde ainda há esperança, pai e filho embarcam numa perigosa jornada sem regresso. Filme duro e comovente, com um Viggo Mortensen e que impõe uma elevada carga dramática à história. Pack Alvaro Vitali

Álvaro Vitali é um nome que pouco dirá à maioria dos portugueses, mas João Broncas, já é reconhecido entre nós. Fruto da típica comédia picante italiana dos anos 70, os filmes de Vitali marcaram uma geração, quer pelo humor quer pelas cenas algo arrojadas para a época. Quando John Carter, snipper do exército americano, é mortalmente atingido, torna-se alvo de uma experiência secreta do pentágono: ver a sua mente transportada para outro corpo num planeta longínquo. Apanhado no meio de uma guerra entre duas raças, Carter vê-se obrigado a escolher um dos lados. Trixie, Hell e Camero arrastam um mafioso até ao meio do deserto, dispostas a tudo para localizarem um suposto tesouro. Mas a desconfiança instala-se entre as três, num deserto que não é tão deserto como isso. Sem pretensões de ser levado a sério, é um filme de acção ao jeito de Tarantino.

Um valioso carregamento de heroína desaparece misteriosamente debaixo dos narizes de Marcus Burnet e Mike Lowry, dois detectives do departamento de narcotráfico de Miami. Ambos têm agora 72 horas para recuperar a carga perdida. Para ajudar, a principal testemunha de um assassinato, e amiga de ambos, é raptada.

Ninotchka é a história de uma diplomata soviética que louva os valores do comunismo pelo menos até se apaixonar por um encantador parisiense. Argumento inteligente e acutilante que contou com a colaboração de Billy Wilder, num filme onde Ernst Lubitsch conjuga com mestria elegância e humor.

Solomon Kane

Neste filme Solomon Kane renuncia ao seu passado de mercenário sangrento e reúne-se a uma família de viajantes, vendo-se atacados pelos esbirros do impiedoso vilão Malachi, que chacinam toda a comitiva, à excepção da jovem Meredith, capturada para servir como escrava do tirano.

Passado numa comunidade rural, onde se assiste à eclosão cíclica de violência e conluio mafioso entre as várias famílias locais, reflecte sobre a violência recorrente em certas comunidades. O filme revela qualidades cinematográficas acima da média, augurando um futuro promissor para a actriz Fanny Ardant agora como realizadora.

As Mentes dos Famosos

uma noite atribulada

O Dr. Henry Carter (Spacey), psicólogo, autor de um livro de auto-ajuda, procura um sentido para a sua própria existência. Na sua vida enredam-se diversos personagens disfuncionais: Jemma, uma estudante universitária, Jeremy, amigo de Carter e Kate, uma lindíssima estrela de cinema.

Tina Fey e Steve Carell são um casal vulgar, os Foster, residente nos subúrbios, com uma vida monótona e um dia a dia sem surpresas. Um dia preparam uma ida até à Big Apple, onde jantam num restaurante da moda. Mas um mal-entendido transforma a vida deste pacato casal numa aventura perigosa de consequências imprevistas.

Um Lugar para Viver

Pack

A Teoria do Big Bang, T1

Head Case

Sam Mendes, o realizador de “Beleza Americana”, realizou “Um Lugar para Viver” em que optou pelo género road trip movie, apresentando deste modo a atribulada viagem de um jovem casal por várias cidades dos Estados Unidos, viagem particularmente difícil dado o avançado estado de gravidez de Verona. Dois cientistas, Leonard e Sheldon, solucionam as mais intricadas equações, mas são completamente incapazes de saber o que é uma rapariga, ir a uma festa, e vestir-se com um mínimo de estilo. O mundo destes dois totós sofre uma revolução quando uma loura, Penny, se muda para o apartamento ao lado.

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Cinzas e Sangue

Werner Schroeter

Werner Schroeter, falecido em Abril deste ano, é um nome bem conhecido do Novo Cinema Alemão. A sua cinematografia de assenta sobretudo na densidade psicológica das suas personagens que enfrentam os seus medos e lutam pelos seus desejos, encurralados numa ordem social dominada pela racionalidade da História e da ideologia. Elisabeth Goode é uma psiquiatra que utiliza métodos muito pouco convencionais para tratar estrelas da televisão e do cinema. Pouco convencional é também o seu parceiro de consultório Michael Flinkenstein que, ao contrário da Drª Goode, não tem clientes, tentando, por isso, roubá-los à conhecida psiquiatra das estrelas.


ZONA ERÓGENA

I Jomfruens Tegn (No Signo da Virgem)

illustração tirada de adventuresofgingeyginge.blogspot.com

Zebedias Erodes

Os Signos do Zodíaco Um dos locais onde a revolução sexual teve início mais cedo foi na Escandinávia, e em particular na Dinamarca. Nos anos 70 foram lá produzidos muitos filmes eróticos, apesar de quase nada ter chegado ao nosso mercado, nem em filme, nem editado em DVD. Uma das vertentes mais interessantes foi a das comédias eróticas, que tiveram muito sucesso de bilheteira nos países escandinavos, e que foram classificadas para maiores de 15 anos, apesar de conterem por vezes cenas de sexo explícito. Foi ao longo dessa década que foi produzida uma das séries de filmes mais representativas da liberdade sexual que se vivia na altura, que consistiu num conjunto de 6 filmes, conhecidos como “Os Filmes do Zodíaco”. Encontra-se editada em DVD em vários países da Escandinávia, mas é de notar que somente incluem banda sonora e legendas em Dinamarquês, Norueguês e Sueco, o que limita a facilidade de seguir o enredo para a maioria do público do resto do mundo. Foram igualmente editados na América pela editora Smirk, sendo possível encontrar alguns na Amazon, com legendas em Inglês, para quem se preocupe muito em perceber os diálogos, em vez de “seguir os bonecos”. Estes filmes são particularmente interessantes, uma vez que foram rodados com os meios normalmente utilizados para filmes mainstream, e utilizaram as equipas de filmagem, produção e mesmo actores habituados a fazer filmes mais “sérios”. São todos eles comédias, com muita acção, com produção cuidada (mesmo ao nível dos adereços e vestuários da época), mas que têm nudez e algumas cenas explícitas (com bastante bom gosto). Mesmo em alguns mercados em que lhes foram retiradas as cenas mais ousadas continuam a fazer sentido como filmes, o que nem sempre é fácil de conseguir. O primeiro título, “No Signo da Virgem”, conta uma história passada numa pacata aldeia, na qual se encontra uma escola interna para jovens raparigas (todas maiores de idade, claro!). Aproxima-se um evento astrológico que preocupa bastante as autoridades, uma vez que pode aumentar os desejos sexuais das ditas raparigas. Assim sendo encomendam um medicamento que reduz a libido, de forma a poder controlar melhor a situação. As confusões começam porque simultaneamente vem a chegar à aldeia um cientista excêntrico que traz um poderoso afrodisíaco para entregar no bordel lá do sítio. Claro que as malas acabam por se trocar e ...

Comédia Erótica Dir. Finn Karlsson Int. Ole Søltoft, Bent Warburg, Vivi Rau, Anne Bie Warburg 1973 Filme e extras

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O conjunto completo, que é vendido como um Box Set é o seguinte: • “Jomfruens Tegn” (1973) (“No Signo da Virgem”) • “Tyrens Tegn” (1974) (“No Signo do Touro”) • “Tvillingernes Tegn” (1975) (“No Signo dos Gémeos”) • “Løvens Tegn” (1976) (“No Signo do Leão”) • “Skorpionens Tegn” (1977) (“Agente 69 Jensen - No Signo do Escorpião”) • “Skyttens Tegn” (1978) (“Agente 69 Jensen - No Signo do Sagitário”) Classificação 1 perda de tempo, 2 fraco, 3 a ver, 4 quente, 5 imperdível Dureza 0 sem sexo explícito, 1 com sexo simulado, 2 com cenas explícitas pontuais, 3 com algumas cenas hardcore, 4 hardcore, 5 vale tudo – a ver com cuidado Setembro 2010

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próximos

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SETEMBRO

Confronto de Titans

ZON DVD/BD

Juntos ao Luar

Crónicas de Mutantes

LNK DVD

Life on Mars T1

CLMC DVD

CLMC DVD

Eu Amo-te Phillip Morris ZON DVD

ZON DVD

Will & Grace T3

O Tempo Que Resta

Sem Nome

Universal DVD

CLMC DVD

Gormiti 4

Relações Institucionais

Prisvideo DVD

LNK DVD

Uma Noite Atribulada

CLMC Dvd/bd

Juventude em Revolta

CLMC DVD

Um Cidadão Exemplar Morte no Deserto

ZON DVD

ZON DVD

Legião

A Casa Fantasma

Sony DVD/BD

Sony BD

Millennium 2

ZON DVD/BD

Camp Rock 2

ZON DVD/BD

Robin Hood

Dorian Grey

CLMC DVD

De Paris com Amor

ZON DVD/BD

Psyco

Universal DVD/BD

Universal DVD/BD

O Príncipe da Pérsia

Toy Story 2

Eclipse

Alien - Antologia

ZON DVD/BD

ZON DVD/BD

Outubro / Novembro

Cobradores

Universal DVD/BD

A Origem

ZON DVD/BD

Iron Man 2

ZON DVD

Californication T3

ZON DVD

ZON DVD/BD

CLMC BD

ToPS BLU-RAY 1. Alice no País das Maravilhas (Combo) 2. A Vida de Brian - Ed. Imaculada 3. Snatch - Porcos e Diamantes 4. O Patriota: Versão Alargada 5. Os Tudors - T3

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BLU-RAY (aluguer) 1. O Livro de Eli 2. Alice no País das Maravilhas 3. Green Zone - Combate pela Verdade 4. Invictus 5. Amar ... É complicado!

DVD 1. O Livro de Eli 2. Trilogia Senhor dos Anéis 3. Avatar 4. Invictus 5. Um Sonho Possível

Esta programação pode ser alterada por vontade da distribuidora e reflecte a informação conhecida à data de fecho da edição (aproximadamente dia 20 de cada mês) Setembro 2010


tecnologia

Vitor Simão

Sony PS3 Move A nova guerra das consolas está aí. Depois do sucesso obtido pela Nintendo, contra todas as previsões, com a Wii, a concorrência prepara-se para atacar a empresa coreana no seu próprio terreno. Em parte, o Move é isso mesmo. Com um funcionamento aparentemente muito semelhante ao Wiimote, o Move liberta, em parte, o jogador do tradicional Dual Shock da PS3, e insere-o no maravilhoso mundo de jogar com o próprio corpo. O Move é composto por 2 componentes. De um lado temos uma câmara, a Playstation Eye (uma espécie de versão melhorada do eye toy), do outro temos um controlador com uma esfera na ponta. A esfera situada na ponta do comando acende e ganha cor quando em uso. A câmara situada ao pé da TV segue a cor da bola, permitindo saber onde esta se encontra em qualquer ponto do espaço. Associada a esta detecção visual, o comando possui igualmente um giroscópio, um acelerómetro e um magnetoscópio, permitindo um controlo de movimento em qualquer eixo. No caso dos movimentos direccionais (frente, trás, esquerda e direita), estes poderão ser feitos com o Dual Shock, embora este controlo esteja dependente sobretudo dos fabricantes de jogos, e respectivas implementações. O potente processador da PS3 permite fazer um merge entre a imagem real do jogador, e o mundo virtual do jogo, criando uma verdadeira realidade virtual. Exemplo disso foi a demonstração que vimos onde a imagem do jogador era projectada no ecrã, tal qual câmara de vídeo, mas com uma espada na mão no lugar do controlador Move. É talvez aqui, no poder de processamento da consola, aliada ao controlador, que o Move pode fazer a diferença face à concorrência. Até agora as demonstrações mostram uma fluidez de movimentos e reconhecimento quase imaculada, mas o sucesso do Move depende agora de como as produtoras de jogos, bem como de outro tipo de aplicação, o vão usar. Apesar de não existir compatibilidade

com os jogos já existentes, a Sony prepara já o lançamento de um conjunto de jogos compatíveis com a Move, a saírem para o mercado com o Controlo. A câmara e o primeiro controlador poderão ser adquiridos através do Start-Up Kit, que inclui igualmente o Start-Up CD, e que terá um preço aproximado de 59.90€. Os restantes controladores poderão ser adquiridos em separado, por 39€ cada, suportando o Move até um máximo de 4. A data de lançamento da Move está prevista para a segunda quinzena de Setembro.

Os comandos de movimento Move vêm democratizar a utilização da nossa consola PS3. As potencialidades passam agora a ser infinitas e destinadas a todo e qualquer elemento da família e duma forma muito casual. Isto sem esquecer o enriquecimento intrínseco para o jogador mais “tradicional” que o Move irá trazer. Convidamos todos a comprovarem estas verdades no Move Lab, um espaço que poderá ser visitado e utilizado muito em breve para o efeito!

3 Perguntas a Richard Marks Senior Reseacher da equipa de I&D da Sony Computer Entertainment, que já tinha sido responsável pelo EyeToy, e agora de novo envolvido no PlayStation®Move, esteve entre nós e aproveitámos para lhe colocar algumas questões: Magazine.HD – O 3D foi contemplado neste universo PlayStation®Move? Richard Marks - Sim, há jogos com essa funcionalidade, a qual pode ser acedida pelo upload dum patch de compatibilidade. Super Stardust é um deles. MHD – Que outros jogos estão previstos tirar partido dos novos comandos Move? RM – A lista é extensa e as datas de lançamento variam consoante a região. Start the Party, Killzone e Sports Champions são apenas alguns entre eles. MHD - Qual o alcance dos comandos face ao receptor da consola ? RH – Bastante generoso, perfeitamente à vontade num raio de mais de 3 metros.

Sandra Páscoa, Product & PR Manager da Sony Computer em Portugal

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tecnologia

Teste

SONY LED HX8-40 3D em sua casa O 3D está aí. Apesar dos conteúdos começarem a aparecer ainda aos poucos, as diferentes marcas avançam já, nos seus novos modelos de TV, com o suporte para as diferentes variantes desta mais recente tecnologia, e adicionando algumas surpresas a este nível. É o que a Sony fez com o LED HX8-40.

Por Fora

O HX8-40 é daqueles aparelhos que deixam sentimentos díspares quanto ao seu aspecto. As suas linhas direitas parecem dar-lhe um ar demasiado formal, no entanto o negro mate no qual é feito, aliado à sua fina espessura e aos pequenos pormenores, tornam-no aprazível. Possuindo um design agradável, embora pouco arrojado, é uma televisão que, sem perder beleza, passa despercebida na sua sala. As diferentes ligações que possui (HDMI, Scart, componentes e óptica) são mais que suficientes para ligar os aparelhos que tem em casa. O emissor de sinal 3D para os óculos activos, é externo, ligado na parte de trás do televisor e não embutido no mesmo. Apesar de funcional, esteticamente não é a melhor solução. Os menus são aqueles a que já nos habituámos nos modelos anteriores da Sony, bem como na PS3 tendo, por isso, uma navegação bastante intuitiva. Em termos de imagem, é de realçar a possibilidade de controlar o tom de pele, sem com isso influenciar o contraste ou brilho, algo bastante útil em televisores que utilizam este tipo de tecnologia.

A Imagem

Sendo um LED, a primeira curiosidade vai para o contraste, profundidade dos negros, brilho e a capacidade de lidar com todos estes factores sem perder definição, detalhe e qualidade de imagem. As parametrizações que vêm de origem 64 magazine. HD

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são as mais vistosas, e é difícil ficar indiferente a elas. Para a grande maioria das pessoas, esta será a imagem que mais lhes agradará. Negros profundos, cores vivas q.b. sem impacto no contraste e brilho farão as delícias de muitos. Com estas configurações iniciais perde-se, no entanto, alguma definição e detalhe, sobretudo nas cenas mais escuras, pelo que é aconselhável um pequeno acerto nas diferentes opções de configuração da imagem, caso se sinta à vontade para mexer nestes parâmetros. Existe a opção de repor os parâmetros de imagem iniciais, por isso não há nada a recear. Quando reproduzimos um Blu-ray, todas as potencialidades deste LED vieram ao de cima. Com «Avatar» as cores foram vivas, dando vida à floresta de Pandora, e a qualidade do Blu-ray evidenciou todas as potencialidades, em termos de definição, do painel deste televisor. Já com «LOR – As Duas Torres», a boa definição manteve-se, e foi visível a relativa facilidade com que o televisor lidou com as cenas mais escuras, sem aparente perda de detalhe, mas com menos vida do que no filme de Cameron. Aqui brilharam sobretudo a definição, a profundidade dos negros, e a amplitude dos mesmos. Já com a emissão de TV as experiências foram mistas. Apesar de não ser 1080p (as operadoras portuguesas trabalham com 720p), alguns dos canais HD brilharam em todo o seu esplendor, não ficando atrás da experiencia que tivemos com os Blu-ray, com destaque para o Sport TV HD e Eurosport HD. Com o formato SD o HX8-40 sente mais dificuldades. É por vezes visível algum ruído,

Sendo um LED, a primeira curiosidade vai para o contraste, profundidade dos negros, brilho e a capacidade de lidar com todos estes factores sem perder definição, detalhe e qualidade de imagem.

sobretudo nos contornos, e as cores tendem um pouco para o tom pastel. Estes sintomas podem, no entanto, ser atenuados via calibragem do televisor. O facto de não ser possível colocar a imagem em 4:3 quando o aparelho está ligado por HDMI parece-nos uma opção pouco democrática. Esta é, no entanto, uma característica dos televisores Sony, podendo já ser considerada feitio e não defeito.

A 3 Dimensões

Duas características neste aparelho causavamnos curiosidade. A primeira a sua capacidade de lidar com conteúdos 3D, sejam eles reproduzidos de um leitor Blu-ray, de uma Box de um operador de televisão, ou de qualquer outro meio, desde que respeitando a norma 3D. Apesar dos poucos conteúdos existentes, foi possível ver que este é um dos pontos fortes deste modelo. A sensação, quer de profundidade, quer da imagem que sai do ecrã, não é muito diferente da que temos no cinema. A


boa experiência com o canal de testes 3D da ZON acaba por causar alguma ansiedade em relação ao que será o futuro do 3D na televisão. A segunda característica tinha a ver com a capacidade do aparelho fazer uma conversão 2D->3D, ou seja, pegar num conteúdo 2D, seja ele de definição standard ou de alta definição, e transformá-lo num conteúdo 3D. Mais uma vez os resultados foram mistos. A emulação 2D->3D no Blu-ray «Avatar» impressionou. Algumas das cenas davam uma verdadeira sensação de tridimensionalidade e profundidade. Já com «LOR – As Duas Torres» a sensação de tridimensionalidade aconteceu menos vezes, mas mesmo assim foram várias as cenas onde foi visível a profundidade causada pelo motor de conversão 2D->3D. Quando descemos para os formatos de definição standard, quer em DVD, quer em TV, a conversão 2D->3D passou maioritariamente despercebida. A conversão 2D para 3D feita pelo HX8-40 é uma feature da qual se tira partido, sobretudo, em conteúdos de elevada definição, sejam eles Blu-ray, sejam canais HD, dando, nalguns casos uma nova vida aos seus filmes. Há ainda que realçar a qualidade dos óculos, perfeitamente adaptáveis à cabeça de cada um, e com a possibilidade de adicionar um elástico para impedir que caiam (para os menos cabeçudos). São dos mais confortáveis que tivemos oportunidade de testar, no que toca a óculos activos.

Em Rede

Munido de uma porta LAN, o HX8-40 per-

mite a ligação à sua rede de casa, via DLNA, bem como a conteúdos online disponibilizados pela Sony. Esta ligação pode igualmente ser efectuada via wireless, sendo para isso necessário um adaptador USB externo, vendido pela Sony, que suporta o cada vez mais comum 11n, bem como a mais recente forma de protecção wireless, WPA2. O acesso online é feito através de «canais» próprios, que dão acesso a conteúdos como Web TV e Internet Radio, e alguns mais temáticos como o Youtube, Eurosport e Fifa World Cup, este último com um conjunto de clips que vão desde histórias sobre os vários mundiais da história, até às consideradas melhores jogadas de sempre. O acesso é efectuado através de um motor próprio desenvolvido pela Sony, ao invés de um browser, o que significa que o sucesso desta componente dependerá sobretudo da capacidade da Sony em desenvolver cada vez mais conteúdos acessíveis online a partir dos seus televisores. Já o acesso via DLNA tem as suas particularidades. Todos os aparelhos foram reconhecidos sem necessidade de configuração, e o acesso é bastante rápido, sendo possível navegar dentro das pastas dos diversos aparelhos ligados em rede. O que falha, no entanto, é o suporte para os inúmeros formatos existentes, vídeo, som e imagem, que vão desde o DivXHD ao MKV. Para os formatos suportados, no entanto, o HX8-40 porta-se bem, conseguindo reproduzir sem problemas um vídeo 720p em Dolby Digital, e com muito boa qualidade, quer em termos de definição, quer em termos de cor.

Conclusão

Com as várias marcas a lançarem tantos modelos semelhantes, quer em termos de características, quer em termos de qualidade de imagem, acabam por ser os pormenores a ditar a diferença. No caso do HX8-40, esses pormenores vão sobretudo para a conversão 2D->3D, e para a qualidade de imagem em conteúdos 720p e 1080p. Foi para isto que o aparelho foi desenhado, e são estes os seus pontos mais fortes. Se é amante da Alta Definição e se se quer preparar já para o 3D, este é um modelo a ter em conta.

Prós:

• Qualidade de Imagem em HD e 3D • Conversão 2D->3D

Cons:

• Qualidade de Imagem no formato SD • Compatibilidade com formatos de vídeo, imagem e som.

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PASSATEMPO

HD Temos 10 dvd para oferecer. Para ganhar basta que indique correctamente qual o realizador do filme MEDIDAS EXTRAORDINĂ RIAS Por telefone: 214 337 036 Por e-mail: assinaturas@vasp.pt Mencione o seu nome e contacto Envio gratuito a assinantes


tecnologia

HDpédia Acabou a confusão das siglas. Esteja atento nas próximas edições.

Desmistificando… Rácios de Imagem – Parte 1 Para além das muitas siglas e nomenclaturas que podemos encontrar na parte de trás de um DVD ou Blu-ray, uma delas passa quase sempre despercebida, embora seja, por vezes, das mais importantes: o Rácio de Imagem (Aspect Ratio), identificável por números como 1.78:1 ou 1.33:1. O rácio de imagem está directamente ligado à forma como o vídeo foi filmado (quer em película, quer em digital), ao contrário dos formatos de imagem directamente ligados às televisões (16:9 e 4:3), e permite saber a altura e largura de uma imagem. O rácio é calculado tendo por base a divisão do número de pixéis da imagem em largura, pela altura, arredondado à segunda casa. Tomando por base o já conhecido formato Full HD (1920x1080), o rácio seria calculado da seguinte forma: Rácio = largura/altura = 1920/1080 = 1.777 = 1.78 Isto significa que, para cada pixel na vertical, existem 1.78 pixéis na horizontal. Isto levou a que a nomenclatura escolhida universalmente para a definição de rácios de imagem acrescenta “:1” ao valor calculado. Sempre que um Blu-ray ou DVD indicar o formato 1.78:1, está na realidade a indicar que, no caso dos tradicionais ecrãs 16:9 Full HD, a imagem ocuparia completamente do ecrã. Um dos casos que melhor servem de exemplo é o formato Widescreen, que possui um rácio de imagem de 2.35:1, mais pequeno que o de uma televisão 16:9 tradicional. Para se ter uma ideia da diferença, a conta pode ser feita de forma inversa, ou seja, dividindo o número de pixéis, em largura, do ecrã, pela taxa de rácio correspondente. Num ecrã Full HD a conta seria feita da seguinte forma: Altura = 1920 (largura) / 2.35 = 817.02 Na prática, a imagem teria menos 263 pixéis que o normal, provocando o aparecimento de uma barra em cima da imagem, e outra em baixo, de forma a compensar os pixéis em falta.

2:40:1 (formato original)

Esta regra pode ser aplicada a qualquer formato. Exemplo disso é o tradicional formato 4:3, que tem 480 linhas por 640 colunas, e cujo rácio de imagem é o 1.33:1, facilmente calculável usando a formula que inicialmente indicámos. É importante, por isso, sempre que se compra um DVD ou Blu-ray ter atenção a este aspecto. Caso, por exemplo, um filme tenha sido inicialmente filmado com um rácio de imagem de 2.35 (widescreen), cujo DVD/Blu-ray tenha um rácio de imagem de 1.33, significa que parte da imagem foi cortada ou reduzida, e que o filme contido não é o originalmente filmado, mas sim o editado para o formato de imagem 4:3. Existem diversas formas de adaptar os diferentes rácios de cinema aos formatos de televisão, algo que abordaremos no próximo número da Magazine.HD.

Adaptação ao formato 1.78:1 (16:9)

Entre os muitos formatos de imagem existentes, os mais conhecidos são: 16:9 – 1.78:1 formato standard para TV HD 4.3 – 1.33:1 formato original do cinema mudo, e utilizado na grande maioria das televisões SD Cinemascope – 2.55:1 introduzido em 1954 Widescreen Anamórfico – 2.35:1 Panavision/Scope – 2.40:1 35mm – 1.85:1 formato standard para cinema nos Estados Unidos e Reino Unido IMAX – 1.43:1

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música

Luís Costa

A Música está por todo o lado: na rádio, no cinema, na TV, nos concertos e num sem número de outros locais! Veja o que seleccionámos para si neste mês.

Bruce Springsteen & The E-Street Band

Londres já está a arder É sabido que Bruce Springsteen é um performer por excelência. Os seus concertos pautam-se por uma total entrega para com o público e pela verdade que o Boss coloca nas suas actuações. Com Springsteen não há artifiícios nem efeitos pirotécnicos supérfluos, “what you see is what you get”. O recém editado Blu-ray e DVD é disso a prova acabada. O concerto captura Bruce e a sua E-Street Band no Verão de 2009, em pleno Hard Rock Calling Festival, ao longo de três horas em que desfilam 27 canções, interpretadas de forma intensa e poderosa. O set abre com uma releitura do clássico “London Calling” dos Clash, dando o mote para uma actuação completamente electrizante, que deixa milhares de fãs em êxtase absoluto. Segue-se “Badlands”, o hino retirado do album “Darkness on the Edge of Town”, passando seguidamente em revista outros temas absolutamente obrigatórios, como sejam “Out in the Street”, do álbum “The River”, o mais recente “Working on a Dream”, “No Surrender”, “Waiting on a Sunny Day” ou “Racing in the Street”, culminando com uma versão demolidora do hit “Dancing in the Dark”. O espectáculo foi filmado em HD e supervisionado por Thom Zimny e Chris Hilson, parceiros de longa data de Springsteen. O audio foi misturado pelo mítico Bob Clearmountain, apresentando um detalhe e precisão notáveis. Um Blu-ray definitivamente imprescindível em qualquer colecção que se preze. LC

London Calling: Live in Hyde Park Música Realiz. Chris Hilson 2020 Sony Music, 1.33:1, DTS-HD 5.1, 163 min Filme e extras

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Vídeo

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aLCHEMY Dire Straits Live Os Dire Straits foram uma das bandas mais importantes dos anos 80 e “aLCHEMY” é o seu álbum ao vivo de referência. Tendo por base dois concertos realizados em Londres, em Julho de 1983, este é, para a maioria dos fãs, o melhor dos álbuns da banda inglesa. A edição em Blu-ray que agora surge entre nós dá uma nova vida a “aLCHEMY”. Apesar do grão por vezes (poucas) visível, nunca antes foi possível ver este concerto com tamanha qualidade, quer em termos de definição quer em termos de cor. O que mais impressiona, no entanto, é a componente sonora. Alvo de remasterização, a faixa em DTS-HD dá uma nova dimensão a músicas como “Telegraph Road”, “Tunnel of Love”, “Private Investigations” ou a já imortal “Sultans Of Swing”. O Blu-ray traz ainda um conjunto de extras que incluem actuações da banda nunca antes vistas e que farão a alegria dos fãs. Esta é, com toda a certeza, a edição definitiva que “aLCHEMY” merecia. VS

JAZZ STREAMING No ano em que se comemora o centenário do nascimento de Konrad Zuse, resolvi eu também prestar simbólica homenagem a este pioneiro da computação ao analisar cerca de 140 emissoras de Jazz digitais. Assim, na senda de Heinrich Hertz e no encalço de Zuse, escutei atentamente em jovem computador portátil, qual descendente desses remotos Z1,Z2,..., as mais variadas correntes do Jazz. Deixo para outra oportunidade a exaustão do assunto, já que o espectro de Cole Porter pareceu sussurrar-me insistentemente aquela eterna dúvida, “ What is this thing called ...Jazz?”, tal o despudor estético das propostas de muitas destas rádios. CE

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Música 1984,Universal, 1.33:1, DTS-HD, 170 mins Filme e extras

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Designação

Taxa de Bits

Jazzradio.com http://www.jazzradio.com

64 Kbps

The Grooveyard http://www.jazz.fm

64 Kbps

DCSoundstream http://www.dcsoundstream.com/playing.html

128 Kbps

Smoothbeats.com Nu Jazz http://www.smoothbeats.com/home.shtml

128 Kbps

Sonic Universe From Soma FM http://somafm.com

128 Kbps

Traxx Jazz http://traxx.fm/

128 Kbps


YOU FIRE, ARCADE TUBE

Arcade Fire The Suburbs

Os AF não são apenas os autores dum dos melhores álbuns da década, senão mesmo o melhor (“Funeral”), ou do mais vibrante concerto. São também o melhor paradigma da utilização da internet na sua promoção. No seu site, além da discografia, merchandising e calendário de concertos, temos o “US Kids Know” (forums.arcadefire.net) . Um ou dois registos permitem descobrir que os bootlegs de Bob Dylan ou dos Led Zeppelin são ínfimos ao pé das White e Black Sessions das gravações dos AF. E não estamos a falar de qualquer download ilegal. Recentemente tivemos um anúncio no You Tube em que a banda comunicava que um dos seus espectáculos, no Madison Square Garden, em Nova Iorque, iria ser transmitido no YouTube. E milhões viram os AF no arranque dos chamados concertos “Unstaged”, um novo conceito online apadrinhado pela American Express. E lá vamos estar bem à frente no Atlântico, dia 18 de Novembro! RR

Pop Pop

Crítica

Juventude Inquieta Crescer nos subúrbios das grandes cidades não é muito diferente de país para país, se falarmos de países mais ou menos desenvolvidos da Europa e da América do Norte. Implica famílias de classe média, ciúmes e invejas em relação aos rapazes e raparigas das grandes cidades e uma vontade muito grande de os adolescentes darem nas vistas pelos seus próprios méritos, sejam eles bons ou maus. E é destas histórias que se faz a história – sim, “The Suburbs” conta uma história, com princípio, meio e fim (que

é um novo princípio) – do novo álbum dos Arcade Fire: um grupo de amigos, os seus rivais, as namoradas e famílias, as dores do crescimento e o espanto pela vida. E nem falta uma banda de garagem a fazer punkabilly, assim como não faltam inúmeras referências à música que os formou: dos Beatles aos Talking Heads, dos Echo & The Bunnymen a Springsteen. Porque, como em todos os álbuns conceptuais, é a história que enforma a música. AP

Confesso que, à primeira audição, “The Suburbs” não se revelou particularmente entusiasmante. Parecia um álbum bem menos inspirado e inovador do que “Funeral”, ou “Neon Bible”. A produção era, aparentemente, mais despojada que a dos discos precedentes e, portanto, o cenário não se revelava muito prometedor, face à expectativa criada pela banda após três longos anos de ausência. Mas “The Suburbs” acabaria por fazer aquele “click” inexplicável que, por vezes, se produz nos nossos cérebros e nos abre as portas para uma experiência sonora única e inolvidável. Sem, obviamente possuir o elemento de surpresa do primeiro CD, “The Suburbs” é um álbum que demonstra o amadurecimento de um grande grupo pop, num alinhamento de 16 canções próximas da perfeição. Longe de algum pretensiosismo patente em “Neon Bible”, o novo registo é de uma eficácia e desenvoltura sónica exemplares, proporcionando ao ouvinte 60 minutos de puro prazer. Não será exactamente isso o que se pretende da pop? LC

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kids

Luís Costa

Para ver e ouvir em casa

Entretenimento é com os mais novos, e alternativas não faltam.

Difícil é escolher as melhores, pelo que aqui ficam as nossas sugestões. Oh Mãe, lá na escola já todos têm box digital! E nós?

A Fada dos Dentes

Pokémon T10

Diamante & Pérola

Rende-te a mais uma aventura da nova geração Pokémon

Baseado nos jogos homónimos lançados para o Nintendo DS, “Diamante e Pérola” narra a aventura do nosso incansável treinador pela região de Sinnoh, onde terá novamente que derrotar os líderes de ginásio (o Team Galactic), conquistar as insígnias e entrar para a liga local. Nesta nova aventura, o Ash está acompanhado pelo seu fiel Pikachu, além do veterano Brock e da novata Dawn. Novos monstros, dezenas de lendários, evoluções bizarras, vilões paralelos e um novo lema para a Equipa Rocket marcam a nova geração Pokémon. Panda Biggs “Pokémon” T10 a partir 6/9 de 2ª a 6ª das 13h00 às 14h00 e das 19h30 às 20h30; Sáb. e Dom. das 12h30 às 13h30 e das 18h00 às 19h00

Presos na Ilha

Imagina que és parte de um grande mistério que ninguém ousa revelar

É assim que se sente um grupo de jovens em “Trapped”/“Presos na Ilha”, quando os seus pais e todos os habitantes de uma ilha desaparecem por completo. Para alguns esta experiência é sentida como se de uma prisão se tratasse. Já outros parecem esquecer tudo isso e decidem tirar partido das praias e do Sol como se de umas férias se tratasse. Mas, na verdade, é nesta ilha que de desenvolve uma importante experiência científica, cuja relevância faz com que esteja envolta numa nébula de secretismo. A chegada de um novo habitante altera por completo o rumo dos acontecimentos, uma vez que se irá pôr em causa o motivo pelo qual estas pessoas estão isoladas de tudo e de todos. A única forma de lá saírem é perceberem porque é que lá estão! SIC K, “Presos na Ilha”, 2ª a 6ª às 12h15

Dwayne “The Rock” Johnson é Derek Thompson, uma ex-estrela do hóquei que tem dificuldade em aceitar que a sua carreira de jogador chegou ao fim. Durante um jantar, a filha de Carly, a namorada de Derek, diz que, finalmente, perdeu um dos dentes de leite e que espera que a fada lhe traga um presente. Derek diz que a fada dos dentes não existe e é Comédia claro que Carly fica muito zangada, fazendo com 2010 CLMC, 1.85:1, que ele vá para casa sozinho... DTS-HD 5.1, 101 min Derek acorda a meio da noite, com uma luz Filme e extras 3 misteriosa que lhe ordena que seja a fada dos Vídeo dentes. 4 Com a ajuda de Tracy, o treinador de fadas, Derek Áudio 4 terá que se tornar na melhor fada dos dentes de 3 todos os tempos, ou então ficar como fada para Geral sempre! “A Fada dos Dentes” é uma engraçada comédia, para ver em família, numa tarde de fim-de-se-mana! LC

Serafim & Companhia Vem aí um novo DVD: “Brincar a Vida Inteira”

Depois do sucesso alcançado junto dos mais pequenos com o seu disco de estreia, o simpático Serafim regressa através do DVD “Serafim & Companhia - Brincar a Vida Inteira”, que inclui a música “Vou de Bicicleta”, que já pode ser vista e ouvida no Canal Panda. “Brincar a Vida Inteira” é editado em duas embalagens diferentes: um DVD standard e ainda um engraçado DVD com uma embalagem especial. Este novo título inclui cinco videos e cinco temas para karaoke, respectivamente para as canções “Hora de Dormir”, “As Pitinhas”, “Comer Comer”, “Hoje Brilha o Sol” e “Vou de Bicicleta”. Inclui, também, jogos de computador da Galinha Patareca, da Memória e da Viagem do Serafim e ainda diversos extras, tais como wallpapers e convites de aniversário. Com tudo isto, agora é só cantar, rir e brincar... a vida inteira!

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recomendam

ZON Kids StoryBox

A tua história vai tornar-se um desenho animado! NICKELODEON

Especial Pinguins de Madagáscar

Estão todos preparados?...Aventura!! O comando do grupo de pinguins mais louco do mundo tem uma surpresa muito especial em Setembro para todos os seus fãs. Tudo começa quando os pinguins descobrem uma cápsula do tempo enterrada no museu e embarcam na busca ao Tesouro Perdido do Esquilo Dourado. Mas será que são os únicos nesta corrida? Não percas o desfecho! Nickelodeon || Especial Pinguins de Madagáscar: O Tesouro Perdido do Esquilo Dourado || Estreia: dia 24, às 16h30 || Repetição: dia 26, às 11h30.

Agora, as histórias que os teus pais costumam contar-te podem tornar-se num desenho animado da Maria e do Miguel. É muito fácil… vai a zon.pt/kids e envia a tua história preferida. ZON Kids StoryBox, onde todas as histórias vivem felizes para sempre!

CANAL PANDA

Família PANDA

O NOVO PROGRAMA QUE VAI JUNTAR DUAS GERAÇÕES EM FRENTE AO ECRÃ

Pais e filhos são convidados a participar e reflectir sobre dúvidas e medos que os mais novos enfrentam no dia-a-dia. Em cada programa, o Panda e a apresentadora, Rita Jardim, vão ajudar a responder a essas e outras questões com a ajuda do Dr. Paulo Oom. Soluções práticas, divertidas e pedagógicas numa linguagem simples. Canal PANDA || Família PANDA || Estreia: dia 25. De 2ª a 6ª às 10h00 e às 16h30. Sáb. e Dom. às 12h00 e 18h00.

Revista ZON Kids

Junta-te ao clube neste verão!

Já conheces a revista ZON Kids? Se não, vai já a zon.pt/kids e faz o download da revista mais cool deste Verão! Nela podes acompanhar todas as aventuras da Maria e do Miguel e saber tudo o que precisas para acabar as férias em grande e com muita diversão. Setembro 2010

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kids

Especial

CAMP ROCK 2: THE FINAL JAM

Quem irá ganhar a batalha de bandas? Os multi-talentosos Demi Lovato e os Jonas Brothers protagonizam o novo musical “Camp Rock 2:The Final Jam”, um filme original Disney Channel com estreia marcada para 18 de Setembro neste canal. Esta sequela de “Camp Rock” - número 1 em entretenimento na TV por cabo em 2008 - é a versão contemporânea de um filme musical que traz de volta Mitchie e os seus amigos para mais um Verão de música e divertimento. Agora, eles enfrentam uma séria competição quando um novo acampamento de artes musicais abre do outro lado do lago. Os rivais preparam-se para uma batalha de bandas para provarem qual é o melhor acampamento. O filme celebra a música, a dança e a liberdade do Verão, destacando algumas lições de vida como o trabalho em equipa, sempre com muita diversão, a adaptação a novas situações e a liderança. Este Verão promete ser o mais divertido e começa quando os amigos de Camp Rock se voltam a reunir preparados para mais momentos musicais. A mais entusiasmada é Mitchie (Demi Lovato) que

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antecipa mais do que um Verão dedicado à música. Por outro lado, os Connect 3 (interpretados pelos Jonas Brothers) regressam de uma digressão mundial e estão prontos para ficar todo o Verão em Camp Rock – Shane (Joe Jonas) tem a oportunidade de aprofundar a sua paixão por Mitchie e os seus companheiros de banda, Nate (Nick Jonas) e Jason (Kevis Jonas) são o apoio moral. Por outro lado, a lenda da guitarra Brown Cesario, o dono do acampamento, está preparado para muito rock. No entanto, nem tudo é pacífico neste paraíso do rock. Do outro lado do rio brilha o novo Camp Star: um acampamento musical tecnológico e rico, fundado por pelo antigo colega de banda de Brown, Alex Turner. O humilde Camp Rock pode ter paixão, talento e empenho mas o Camp Star esbanja recursos, infraestruturas e dinheiro – dinheiro suficiente para cobiçar os elementos de Camp Rock de forma a encerrar o antigo acampamento. Mas Alex não conta com a força da natureza Mitchie, que promete salvar o seu adorado acampamento e o Verão dos seus amigos. O argumento de “Camp Rock 2: The Final Jam” sugere-nos que a vida está relacionada com


Agora, eles enfrentam uma séria competição quando um novo acampamento de artes musicais abre do outro lado do lago. a forma como é tocada, seja através da música ou da diversão no acampamento. A mensagem principal destaca ainda o trabalho em equipa, “aproveitando todos os momentos” e os benefícios que se retiram da cooperação. A banda sonora deste Filme Original Disney Channel reforça os vários temas com números musicais muito fortes.” Este filme celebra o poder da música nas nossas vidas e esperamos que possa inspirar as crianças de todo o mundo para que possam expressar-se através desta arte”, afirma Steven Vincent, músico, pai de três crianças e Vice-presidente para a área da Música e Bandas-Sonoras do Disney Channel. Esta banda-sonora é a maior e mais completa alguma vez composta para um Filme Original Disney Channel e apresenta 14 canções originais que passam pelo hip-hop, rock e música de dança, às quais se junta um tema da banda fictícia Iron Weasel. O realizador Paul Hoen e o argumentista Dan Berendsen colaboraram de forma muito próxima com Steven Vincent para dar vida às músicas que complementam e prolongam a história. “Camp Rock 2: The Final Jam” foi escrito por Dan Berendsen e pela equipa de Karin Gist e Regina Hicks. É baseado em personagens criadas por Karin Gist, Regina Hicks, Julie Brown e Paul Brown. O realizador é o vencedor do DGA, Paul Hoen e o director de fotografia é David A. Makin. O vencedor de um Emmy, Alan Sacks (“Camp Rock”) regressa como produtor executivo e Kevin Lafferty é novamente o produtor. As filmagens decorreram num local perto de Toronto e Halliburton em Ontario, Canadá. “Camp Rock 2: The Final Jam” é uma produção Coin Flip Productions, Ltd. e Alan Sacks Productions em associação com o Disney Channel.

Disney Channel “CAMP ROCK 2: THE FINAL JAM” estreia dia 18 de Setembro, às 20h30 Setembro 2010

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Temos para oferecer 15 artigos merchandising de Predadores Responda correctamente Ă pergunta: Qual o realizador do filme Predadores Por telefone: 214 337 036 Por e-mail: assinaturas@vasp.pt Mencione o seu nome, localidade e qual a oferta pretendida entre as disponĂ­veis 76 magazine. HD

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jogos

Tomás Dias

Antevisões

Todos os meses o melhor da acção, aventura, estratégia e simulação está aqui, por entre antevisões, notícias e Zona de Testes. É só colocar o capacete, pegar no comando e carregar em Play!

World of Warcraft

Cataclysm

A forma mais fácil de resumir um dos jogos de maior sucesso de todos os tempos é a sua estrutura física, repartida em dois pontos: o facto de possuir uma história viciante que na sua origem tem diversas comunidades de personagens e o facto de por trás de cada uma delas estar um jogador real, algures no mundo. “World of Warcraft” é um MMORPG, ou seja, um jogo que é partilhado por mais de dez milhões de jogadores pelo mundo, em tempo real, tendo cada um desses jogadores uma responsabilidade e determinados objectivos a cumprir. Imaginemos dois mundos: a Alliance e a Horde. A Alliance alberga os Humanos, os Night Elfs, os Dwarfs, os Gnomos, os Draenei enquanto a Horde inclui os Orcs, os Undeads, os Tauren, os Trolls e os Blood Elfs. Cada jogador escolhe ser uma destas raças e de seguida escolhe uma classe, dependendo dessa mesma raça: isto origina uma enorme diversidade na personalização das personagens. A partir do momento em que ficamos a par da história da per-

sonagem escolhida, inicia-se o jogo e somos teletransportados para um sitío específico neste mundo que é enorme: três continentes e um meteoro gigante que se divide em muitas zonas. As personagens começam todas no nível 1 e poderão evoluir até ao nivel 80 através de Quests que são atribuidas por MPC’s (personagens virtuais). A partir de agora, apenas o tempo de jogo e a experiência ganha pelos próprios jogadores irá definir a sua posição no mundo do Warcraft. Já foram criadas várias expansões para este jogo e a Blizzard irá lançar em breve um novo implemento que se chama Cataclysm, onde quase tudo vai mudar: as zonas do jogo vão ser totalmente remodeladas; vão ser criadas duas novas classes de personagens, os Worgen que farão parte da Alliance e os Goblins que farão parte da Horde; o nível máximo das personagens vai aumentar para 85; os pontos de Talents serão reduzidos para 50 e serão introduzidos novas skills. Enfim, uma completa alteração do estilo de jogo.

PES2011 Depois do Mundial de Futebol deste ano e com o início do Campeonato Nacional, nada melhor que vestirmos a pele dos grandes jogadores a nível mundial e disputar uma partida em casa, onde somos donos e senhores dos movimentos e das imagens... que mais parecem uma transmissão televisiva, tal é a qualidade dos gráficos dos mais recentes jogos virtuais de futebol. O regresso de um dos mais aclamados jogos está marcado para este Outono - “Pro Evolution Soccer 2011”. E, para simplificar, vamos analisar aqui apenas os pontos mais importantes já divulgados pela Konami. Primeiro, teremos total controlo do jogador virtual, focando os detalhes nos passes e potência dos remates, entre um sem número de outros pequenos pormenores que poderão alterar o rumo do jogo e criar situações únicas de controlo da bola e, claro, de marcar golo. Todos os detalhes físicos dos jogadores, como os movimentos e acções naturais, foram recriados de forma a produzir um mundo realista, o mais perto possível da constituição física do corpo dos fute-

bolistas reais e da forma como eles agem. Mas os jogadores poderão também controlar a velocidade do jogo, por exemplo, realizar um remate em câmara lenta, de forma a que a nova possibilidade de controlos seja utilizada até à exaustão. Na baliza, o guarda-redes passa também a ser mais controlável no momento das defesas. O trabalho de treinador tem uma quantidade de opções que nenhum outro jogo virtual de futebol possui, como novos sistemas tácticos, colocação de jogadores em campo e a facilidade de pôr em prática as nossas estratégias. E o sistema online é será fantástico! Desde poder convidar os nossos amigos para uma partida a disputar um jogo contra os melhores classificados, poderemos desta forma evoluir, jogando contra os melhores do mundo. Este é o 8º jogo da saga e antecipa a celebração dos 10 anos desde o lançamento do primeiro jogo. A não perder!

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PASSATEMPO

HD

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KANE & LYNCH 2 DOG DAYS (PS3)

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jogos

Antevisões

E

ste jogo oficial da FIA vai chegar à nossas consolas no final de Setembro. Não há nada melhor para um final de tarde com a PS3 e um teste em Fórmula 1, quase com a mesma adrenalina de estar dentro de um dos veículos. Apesar de não trazer grandes novidades ao estilo, “F1 2010” será possivelmente um dos melhores jogos de Fórmula 1 disponíveis no mercado. E todas as nossas marcas favoritas estão lá, licenciadas. Será o primeiro jogo a possuir a EGO Engine 2.0 da Codemasters, um sistema que transforma todo o ambiente do jogo num espectáculo visual! Liguem os motores!

Zona de teste

Starcraft 2:

Wings of Liberty

O espaço esconde uma assustadora guerra na sua escuridão. Três são as raças que que lutam pela sobrevivência, não só para garantirem o futuro da sua existência, mas também para não destruírem os seus pilares morais e filosóficos. Nós somos da raça Terran e encarnamos Jim Raynor, que anseia destruir o Imperador Mengsk e cumprir a sua vingaça. Na sua base, “Starcraft” é um RTS, um jogo de estratégia em tempo real, como o fabulosos “Age of Empires” ou “Command and Conquer”. Teremos de assegurar meios, móveis e imóveis, para garantir o cumprimento das missões que nos são destinadas. O modo multiplayer é suportado pelo sistema Battle.net com replay, permitindo ao jogador aprender novas estratégias, e também a do seu oponente, revendo o seu jogo anterior. Mas aquilo que torna “Starcraft 2” um dos maiores lançamentos deste ano para PC é o nível de detalhe dos espaços, das personagens, enfim... de tudo! 12 anos depois de Starcraft, este novo jogo irá subir, de certeza, aos tronos principais dos melhores jogos do ano! VEREDITO FINAL 5 Setembro 2010

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CARTAZ

Em Setembro Saia! Curta!

António Pires

Se o escurinho do cinema e o cantinho do sofá já não chegam, há mil outras coisas para fazer lá fora, ao ar livre ou dentro de portas: concertos, festivais, bailado, exposições, teatro... Saia! Curta!

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Quinta Depois de se terem notabilizado a fazer versões de temas punk e new wave, os franceses Nouvelle Vague vão agora editar um álbum com versões de temas rock portugueses dos anos 80! Este concerto no Casino Estoril – que conta com a presença de Rui Pregal da Cunha, ex-Heróis do Mar – serve de aperitivo. Em Lisboa, o originalíssimo cocktail musical dos neo-zelandeses Fat Freddy’s Drop é servido no Coliseu.

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sábado A belíssima cantora caboverdiana Mayra Andrade cumpre mais uma data em Portugal, desta vez com um concerto no Theatro Circo de Braga. Em Faro, no Teatro das Figuras, Rodrigo Leão apresenta o espectáculo baseado no seu mais recente álbum, “Mãe”. E em Lisboa, o Lisbon Unplugged continua com The Veils, David Fonseca, Au Revoir Simone, Nikolaj Grandjean, Betty e Sinamantes.

sexta Na Quinta da Atalaia, Seixal,

começa hoje – e estendendo-se até dia 5 - mais uma edição da Festa do “Avante!”. Do programa constam os nomes de A Naifa, Pedro Abrunhosa, Baile Popular, Brigada Victor Jara, Dany Silva, Dazkarieh, Deolinda, Diabo na Cruz, Mário Laginha, Roberto Pla, The Flawed Cowboys, Tim e Os Tornados, entre muitos outros.

terça Uma das mais consistentes bandas indie a surgir nos últimos anos, os Fanfarlo actuam esta noite no Lux, em Lisboa. Liderados pelo sueco Simon Balthazar mas sediados em Londres, os Fanfarlo fazem uma excitante mistura de folk e pós-punk usando violino, trompete e até um... serrote. E algo completamente diferente acontece também no Casino de Lisboa: começa hoje uma longa temporada com o imitador Ennio Marchetto, capaz de emular Madonna e Pavarotti mas também Fidel Castro e até Indiana Jones.

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quarta A actriz Guida Maria é a protagonista do monólogo “Sexo? Sim, Mas Com Orgasmo”, que agrupa textos de Dario Fo e Franca Rama sobre “a sexualidade vivida com prazer, sem tabus e em harmonia entre os sexos”. Soa bem. A peça estreia hoje e está em cartaz até 3 de Outubro, no Casino Estoril.

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sábado Em Lisboa, no Cais da Matinha, celebra-se a dança com os 2 Many DJs e os homólogos Soulwax, para além dos Dada Life, Goose, Moulinex, The Bloody Bastards, Flip e The Wanna Be Djs. É a terceira edição do Optimus Hype. Mais a norte, os Buraka Som Sistema tocam no Pavilhão Multiusos de Viseu. E no Castelo de Silves ouve-se o violino jazz visionário de Jean-Luc Ponty.

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sexta Não há fome que não dê em fartura: depois de décadas em que não fez digressões – incluindo muitos anos em que se dedicou à jardinagem num mosteiro budista -, Leonard Cohen tem ocupado a última década a compensar os seus fãs pelo afastamento. Hoje regressa mais uma vez a Lisboa, no Pavilhão Atlântico. E no Instituto Superior de Agronomia decorre o festival Lisbon Unplugged com JayJay Johanson, Rita Redshoes, Torino e Berlam e Banda Larga. No Museu do Oriente, Lisboa, trovejam os grandes tambores taiko japoneses, percutidos pelos Tachibana Taiko Hibikiza.

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Domingo Já sem a carismática voz de Roger Hodgson, os Supertramp continuam no activo ainda, como sempre, liderados pelo também cantor e teclista Rick Davies. Formados em 1969, os Supertramp chegaram à fama mundial com o álbum “Crime of The Century” (1974) e continuam, agora, a ter uma enorme legião de fãs. São eles que sobem hoje ao palco do Pavilhão Atlântico, Lisboa (repete dia 14, no Pavilhão Rosa Mota, Porto). Em Albufeira, no Auditório Municipal, toca o mítico e saxofonista de jazz norte-americano Archie Shepp.

terça Não foram eles que descobriram a pólvora: a mistura realmente explosiva de hip-hop com heavy-metal. Mas foram os Limp Bizkit, ainda e sempre liderados pelo polémico Fred Durst, que lhe deram visibilidade, sob a designação numetal. Se isso é coisa relevante e que ainda faz sentido, ou não, pode verificar-se hoje à noite, no Pavilhão Atlântico.


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sábado O sucesso estrondoso dos Deolinda tem obrigado a banda de Ana Bacalhau & Família a extensas digressões nacionais e internacionais. São tantos os concertos que mais um já quase não é notícia. Excepto este: os Deolinda apresentam hoje as suas canções clássicas instantâneas na Amadora, a terra que os viu nascer. Em Viseu, no Museu Grão Vasco, é inaugurada a exposição “Linguagem e Experiência”, que reúne obras emblemáticas da Colecção da Caixa Geral de Depósitos.

sábado Há muito tempo que não editam nenhum disco – o último álbum, “A Luta Continua!” é de 2004 – mas o seu culto, underground e feito de piadas rebuscadas e muitas vezes assim a dar para o ordinário, à semelhança das letras de Manuel João Vieira, continua bem vivo: são os Ena Pá 2000, que hoje protagonizam mais um regresso e no seu habitat natural, o Cabaret Maxime, em Lisboa.

quarta

Os Goldfrapp – duo inglês de música electrónica formado por Alison Goldfrapp e Will Gregory – são já presença habitual nos palcos nacionais. Hoje sobem ao palco do Coliseu de Lisboa para apresentar o seu mais recente álbum, “Head First”, editado já este ano.

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domingo Se outros méritos não tivessem, os três primeiros episódios de “Shrek” obteriam pelo menos a medalha de ter revelado a uma extensa população alguns grupos musicais menos conhecidos. Foi o caso dos norte-americanos Eels – que tocam hoje no Coliseu de Lisboa -, já bem amados por uma faixa de culto, mas que com “Shrek” chegaram a muitas outras pessoas.

quinta O grupo Os Mutantes foi o pioneiro da fusão de música brasileira com psicadelismo, rock’n’roll, garage e outros géneros anglo-saxónicos. Muitos anos depois, os paulistas Os Haxixins seguem-lhes as pisadas e dão-nos música retro-sixties mas verdadeira. Tocam hoje no Cabaret Maxime, em Lisboa (repete amanhã no Alfa, em Leiria, e dia 25 no Armazém do Chá, Porto). E, para os apreciadores de bailado clássico, o Moscow Ballet apresenta “Romeu e Julieta”, com música de Sergei Prokofiev, no Gil Vicente, Coimbra (repete amanhã no Coliseu dos Recreios, Lisboa; dia 25 no CCA, Portimão; e dia 29 no Coliseu do Porto).

Terça De Bjork aos GusGus, dos Múm aos Sigur Rós, são já bastantes os nomes da música islandesa que chegaram a palcos portugueses. Hoje, ao Maria Matos, Lisboa, chega mais um: Jóhann Jóhannson (um belo nome que significa “João Filho de João”), músico e produtor que tem no curriculum colaborações com Marc Almond, Barry Adamson, Pan Sonic e Hafler Trio, entre outros. No Teatro da Trindade, Lisboa, estreia hoje a peça “Absurdos Contemporâneos”, que agrupa textos de nove autores lusófonos: de Jacinto Lucas Pires a Ondjaki, de Abel Neves a Hélia Correia.

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terça É um encontro mais que natu-

ral, este a que podemos assistir hoje no Maria Matos, Lisboa: o do ecléctico e talentosíssimo Alva Noto (recente colaborador de Ryuichi Sakamoto) e o de Blixa Bargeld, dos Einsturzende Neubauten e companheiro de muitas aventuras de Nick Cave. E, apesar de natural, com lugar para muitas surpresas.

sexta Hoje, a Casa da Música, Porto, recebe a visita dos ingleses The Wave Pictures, banda emergente na cena indie graças à sua original fórmula que combina elementos sacados à brit-pop dos Suede, à alt-country dos Mountain Goats e à inspiração maior dada pelos Smiths.

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quinta Cantora, guitarrista, compositora, a escocesa Amy Macdonald é uma das estrelas emergentes da cena musical britânica desde que, em 2007, editou o seu primeiro álbum “This Is The Life”. Hoje, no Coliseu dos Recreios, Lisboa, Macdonald revisita canções da estreia mas dá, naturalmente, mais destaque aos temas do seu novo trabalho, “A Curious Thing”.

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Grande EcrÃ

ZON LUSOMUNDO É A PRIMEIRA EMPRESA DE EXIBIÇÃO DO MUNDO COM CERTIFICAÇÃO ISO A ZON Lusomundo Cinemas foi formalmente certificada com a Norma ISO 22000:2005 (Sistemas de Gestão da Segurança Alimentar) no âmbito da confecção e comercialização de pipocas e bebidas e da comercialização de gelados, snacks e guloseimas. Esta certificação foi concedida pelo Bureau Veritas, após auditoria que confirmou que o Sistema de Gestão da organização funciona de acordo com os requisitos da norma em questão. A ZON Lusomundo Cinemas é assim a primeira empresa de exibição cinematográfica do Mundo a receber este tipo de certificado em todos os seus complexos. A Norma ISO 22000 - Food safety management systems – Requirements for any organization in the food chain, publicada pela ISO (International Standard Organization) veio trazer inúmeras vantagens na implementação de sistemas de segurança alimentar aos diferentes elos da cadeia alimentar. A ZON Lusomundo Cinemas aposta fortemente na qualidade dos seus produtos e serviços. A Concessão (restauração) como parte integrante da oferta é fundamental na concepção global do processo de negócio. É objectivo da ZON Lusomundo Cinemas conferir valor acrescentado aos seus produtos, através da garantia de inocuidade dos mesmos, salvaguardando a saúde pública bem como a satisfação e fidelização dos seus clientes. A implementação de um Sistema de Gestão da Segurança Alimentar de acordo com os requisitos da Norma ISO 22000:2005 está de acordo com a orientação estratégica da empresa, em particular, como uma forma de estar e de se diferenciar num mercado cada vez mais competitivo. Segundo o Bureau Veritas “esta certificação é motivo de grande satisfação, já que ZON Lusomundo é a primeira cadeia de cinemas, a nível mundial, certificada em todos os cinemas em que opera, segundo a ISO 22000. A sistematização de práticas em empresas que operam em vários locais é um factor de sucesso para a construção de uma imagem de marca que reforce a confiança dos consumidores. Com esta certificação, a ZON Lusomundo, reforça a confiança que o consumidor tem na sua marca e nos seus produtos. 82 magazine. HD

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facemag HD E o Vencedor do Mês é... João Miguel! João Miguel é da Arroja, está a trabalhar no Cinema ZON Lusomundo Odivelas Parque há três meses e foi, em Julho, o Vendedor do Mês da Magazine.HD, ultrapassando a concorrência feroz – embora leal - dos seus colegas e ganhando uma magnífica PlayStation3. Sobre a corrida à PS3, João Miguel diz que “estava muito motivado para ganhar este prémio. Com trabalho, dedicação e a ajuda da gerência consegui fazer um bom trabalho, principalmente porque este não é um dos maiores cinemas do grupo e temia que algum colega meu dos maiores me ultrapassasse”. E avança como razão principal para a vitória “a minha boa disposição e jeito para a paródia. Tento sempre ter uma boa relação com os clientes e esse também foi um bom motivo para ter vendido tantas revistas”. Para além de trabalhar nas bilheteiras da ZON Lusomundo, João Miguel é também um ávido consumidor de cinema, ocupando um dos seus dias de folga, a quinta-feira, a ver todas as estreias que pode. Diz que gosta muito “de filmes de temática medieval. Também gosto de filmes de acção e de guerra, mas não consigo escolher um género preferido... Nunca consegui escolher, sequer, um filme favorito, se bem que – pelo conjunto da saga – tenha que escolher os vários episódios de ‘O Senhor dos Anéis’”. A juntar ao amor pelo cinema, João Miguel é também um devorador de séries televisivas: “Sigo 16 séries por semana. E aqui já posso escolher a favorita: ‘Dexter’!”. Quanto à Magazine.HD, João Miguel acha que “fazia falta uma revista assim. Está muito bem estruturada e tem um grafismo muito bom!”. PARA ALÉM DO CIRCUITO NORMAL DE BANCAS, A MAGAZINE.HD ESTÁ TAMBÉM À VENDA NAS BILHETEIRAS DOS CINEMAS ZON LUSOMUNDO




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