W W W.V I VA - P O R T O . P T
Revista gratuita trimestral, junho 2016
CAÇADOR DE PLANETAS Uma busca constante pelo Universo
INÊSPEREIRA PONTE MARIA PIA Uma obra de arte esquecida há 25 anos
Mais do que uma empresária do Porto
E D I T O R I A L
Cidade de mar e de reputada gastronomia, Matosinhos tem-se também destacado, nos últimos anos, por uma fortíssima aposta na cultura, especialmente na arquitetura ou não estivesse ligada a dois Prémios Pritzker (equivalente ao Nobel), nomeadamente Siza Vieira, natural do concelho e com vasta obra em Matosinhos e o portuense Souto Moura, aluno de Siza e também com obra no concelho. Guilherme Pinto, o presidente da autarquia, apresentou recentemente, em Milão, no Museo della Scienza e della Tecnologia Leonardo da Vinci, a candidatura de Matosinhos a Cidade do Design da UNESCO, que vinha sendo preparada há algum tempo. O autarca destacou que a cidade dispõe já de uma incubadora de empresas de design, localizada no piso superior do Mercado Municipal, e acolheu a mais significativa exposição da última edição da Experimenta Design. Até ao verão, Matosinhos conta inaugurar duas novas estruturas, a Casa do Design e o espaço Quadra-Investigação em Design, ambas na rua Brito Capelo, no sentido de reforçar a capacidade do concelho nesta área específica. Guilherme Pinto quer que Matosinhos não seja uma cidade apenas vista como uma terra de pescadores mas sim cada vez mais conhecida pela qualidade do ensino do design e pelos seus arquitetos. O projeto Quadra vai desenhar no município uma espécie de quarteirão do design com três peças chave: a incubadora de empresas na área do design que já está a funcionar no primeiro piso do icónico edifício do Mercado Municipal de Matosinhos, o polo de investigação na área do design (que está a ser construído no antigo edifício da Caixa Geral de Depósitos da Rua de Brito Capelo) e a Casa do Design, que servirá como espaço expositivo privilegiado. Neste projeto da Quadra Marítima estão ainda incluídos a Galeria de Arte Quadra, que funciona no exterior do Mercado Municipal de Matosinhos e a atual Galeria Nave que se localiza na garagem da autarquia e que passará a designar-se Casa do Design. Sendo aceite, a candidatura será um marco para a cidade e o reconhecimento de Matosinhos enquanto cidade do Design tem em vista, também, a visibilidade externa. A decisão da UNESCO vai ser anunciada em dezembro.
Matosinhos cidade criativa da Unesco
José Alberto Magalhães Diretor de Informação REVISTAVIVA, JUNHO 2016
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PERFIL INÊS PEREIRA
G Á S N AT U R A L ENERGIA AMBIENTALMENTE RELEVANTE
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S A Ú D E E B E M - E S TA R ALEITAMENTO MATERNO
FC PORTO AZUL E BRANCO VOLTA A PERCORRER ESTRADAS DE NORTE A SUL
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CCDR-N A UNIÃO EUROPEIA NO GRANDE PORTO
COMES & BEBES RUA DAS FLORES
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PORTO CANAL PROGRAMAS QUE MARCAM A DIFERENÇA A NÍVEL NACIONAL
M ATA D O U R O D E C A M PA N H Ã UMA NOVA VIDA PARA O ANTIGO MATADOURO
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ÍNDICE Revista gratuita trimestral, junho 2016
FICHA TÉCNICA 003 EDITORIAL 016 PONTE MARIA PIA 042 P RA X E N A V I DA ACA D É M I CA 052 RABELOS NO DOURO 060 C A Ç A D O R D E P L A N E TA S 076 PORTOFÓLIO 078 C A R TA Z 088 M E T R O P O L I S - M AT O S I N H O S 092 M E T R O P O L I S - S TA . M . D A F E I R A 096 M E T R O P O L I S - PA R A N H O S 098 HUMOR
Propriedade de: ADVICE - Comunicação e Imagem Unipessoal, Lda. Sede de redação: Rua do Almada, 152 - 2.º - 4050-031 Porto NIPC: 504245732 Tel: 22 339 47 50 - Fax: 22 339 47 54 advice@viva-porto.pt adviceredacao@viva-porto.pt www.viva-porto.pt Diretor Eduardo Pinto Diretor de Informação José Alberto Magalhães Redação Raquel Andrade Bastos Fotografia Carolina Barbot Marketing e Publicidade Eduardo João Pinto advicecomercial@viva-porto.pt Célia Teixeira Produção Gráfica Diogo Oliveira Impressão, Acabamentos e Embalagem Multiponto, S.A. R.D. João IV, 691-700 4000-299 Porto Distribuição Mediapost Tiragem Global 120.000 exemplares Registado no ICS com o nº 124969 Depósito Legal nº 250158/06 Direitos reservados
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Mais do que uma
empresária do
PORTO
OS SALÕES DE CABELEIREIRO DE INÊS PEREIRA ESTÃO À VISTA DE TODOS, ESPALHANDO-SE PELA CIDADE E PELA SUA ÁREA ENVOLVENTE. ATUALMENTE SÃO NOVE AS LOJAS COM O SEU NOME, DUAS DELAS FRANCHISING. O GOSTO PELOS CABELOS NASCEU CEDO NA VIDA DA EMPRESÁRIA TRANSMONTANA, QUE SE MUDOU PARA A INVICTA AINDA COM TENRA IDADE. HOJE, OLHA PARA A SUA MARCA COM ORGULHO E PRETENDE AJUDAR OS FILHOS, AGORA RESPONSÁVEIS PELAS LOJAS, NA CONTINUAÇÃO DO PRESTÍGIO DOS CABELEIREIROS COM O SEU NOME.
Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: Carolina Barbot
Inês Pereira abriu o seu primeiro da Firmeza, também no centro No entanto, Inês Pereira acressalão de cabeleireiro em 1982, da cidade, onde ainda hoje tem centa que nem sempre as coisas num segundo andar de um prédio um dos estabelecimentos com foram fáceis. “Criar um negócio da Rua Sá da Bandeira, na Baixa o seu nome. de raiz, com tudo o que implica a do Porto. Depois de cerca de dez Mesmo ambicionando ter um nível financeiro, é bastante comanos a trabalhar para outros, de- salão cabeleireiro próprio, Inês plexo e arriscado”, diz. A emprecidiu que estava na altura de pôr Pereira nunca pensou que o seu sária explica que sempre teve que em prática o seu desejo inicial de nome pudesse vir a ser aquilo que ter uma grande responsabilidade, lançar a sua marca pessoal. é atualmente - uma das marcas, principalmente com os assuntos Aos 16 anos, a empresária fre- no que toca a tratamento e cuida- ligados à banca, “que ao longo quentou o seu primeiro curso da dos dos cabelos, mais prestigiadas dos primeiros anos de negócio arte dos cabelos.”Lembro-me que, e conhecidas na cidade do Porto. trazem sempre algumas dificulna altura, custou-me cerca de “Sempre fui muito aventureira e dades”, no entanto, pôde contar sete contos e quinhentos escudos, corri riscos ao longo da minha com a ajuda do pai dos seus filhos. quantia que era muito alta para vida, mas, para ser sincera, nunca “Precisei de fazer alguns sacrifía época”, conta. Após 12 anos pensei que o meu nome e o meu cios ao longo da minha vida para a trabalhar no salão em Sá da salão inicial pudessem vir a alar- alcançar esta fama que hoje os Bandeira, mudou-se para a Rua gar-se”, confessa a profissional. nossos estabelecimentos têm”,
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acrescenta. das novas tendências”. Ao longo das décadas, e nos mais “Ficava muito dispendioso, e nade trinta anos de carreira de Inês quele tempo ainda não havia os Pereira, a profissão e arte dos voos das companhias low-cost. cabelos, a verdadeira paixão da Hoje, podemos saber tudo o que empresária, mudou de maneira se passa através de um computabastante acentuada. “Ser cabelei- dor, não precisamos de ir ao esreiro nos dias que correm é muito trangeiro, o que já é uma grande diferente de quando comecei”, diferença e torna o desempenho diz Inês. da profissão mais fácil”, revela. “A Internet permite-nos ter acesso A hairstylist explica também a tudo, a todas as tendências, a que há uma grande diferença tudo o que há no estrangeiro, e no modo em como é, atualmente, tirar todas as dúvidas que possa- encarada esta profissão. “Hoje, mos ter”, declara. A empresária e principalmente nas grandes explica que, inicialmente, chegava cidades da Europa e do mundo, a ir a Paris mais de quatro vezes um cabeleireiro é visto como um por ano, conhecer as novas técni- artista, um estilista ou como um cas e os novos produtos que exis- designer”, facto que não acontetiam, “porque na altura a capital cia nos tempos em que a estilista francesa era já o grande centro se entregou à profissão.
Inês não nega a ligação que existe entre os penteados e a moda no geral. “Vemos esta relação nas semanas de moda de todo o mundo. As inspirações dos artistas saem, na sua maioria, desses locais e há sempre uma grande influência nas tendências”, acrescenta. Para a profissional de cabelos, a técnica e as tendências dos penteados mudaram muito desde o início da carreira e com o evoluir das épocas. “Nos dias que correm, as nossas clientes pedem-nos coisas muito mais simplistas e que exigem uma capacidade menor de técnica”, explica Inês Pereira. Segundo a opinião da profissional, estes pedidos são influenciados pelas grandes tendências que
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“Sempre fui muito aventureira e corri riscos ao longo da minha vida, mas, para ser sincera, nunca pensei que o meu nome e o meu salão inicial pudessem vir a alargar-se tanto.” vêm das estrelas de cinema e do e diz, orgulhosamente, “ser muito nossas lojas. Tudo o que existe no mundo da música. boa neste tipo de serviço”. estrangeiro, nós queremos ofere“Antigamente, as mulheres que- Além de admitir seguir as ten- cer aos nossos clientes”, explica a riam penteados muito elaborados dências, porque afinal é isto que especialista na arte dos cabelos. e complexos, tal como víamos nas os clientes procuram, afirma que De acordo com Inês Pereira, “as atrizes no cinema. Hoje, já não é todos os cabelos que trata têm técnicas da arte, os novos proassim, querem um cabelo bonito, o seu cunho pessoal. Os cabelei- dutos e utensílios são primeiro mas mais simples. E, também por reiros de Inês Pereira estão todos implementados lá fora, mas nós isso, os cabeleireiros de agora não localizados no Grande Porto, no- também oferecemos tudo o que têm uma técnica como era vista meadamente na Rua da Firmeza, há disponível. “É isto que nos há alguns anos”, admite. na Boavista, no NorteShopping, diferencia”, afirma, sublinhando Inês Pereira, que passou a ges- nas Antas, no Mercado do Bom que, na zona Norte de Portugal, a tão das suas lojas para os dois Sucesso, no El Corte Inglês, no sua marca é a número um. filhos, Inês e Ricardo, continua Arrábida Shopping e as duas Já convidada para abrir lojas fora conectada aos negócios e, prin- franchisadas, na Maia e no cen- da área portuense, mais concretacipalmente, a cuidar dos cabelos tro comercial Parque Nascente. mente na capital, em Lisboa, Inês das suas clientes, mas apenas por Todos primam, principalmente, Pereira recusou. Diz que hoje se marcação. “É o que realmente pela inovação e pela elegância. arrepende de não ter aceitado: gosto de fazer”, confessa Inês “Tentámos sempre, e temos con- “Quando recebi as propostas, não Pereira, que se dedica especial- seguido, transportar as técnicas e aceitei, principalmente, devido à mente à aplicação de extensões os produtos mais recentes para as distância. Gosto de saber o que se REVISTAVIVA, JUNHO 2016
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passa nas minhas lojas e, estando longe, a gestão dos recursos humanos torna-se bastante difícil”, explica. No entanto, a cabeleireira admite que, atualmente, teria repensado os convites, porque gostava de conhecer e explorar outros mercados. Para a empresária, o contacto e a supervisão de todos os funcionários em todos os estabelecimentos são muito importantes para o sucesso do negócio e para a satisfação dos clientes. “Gosto de conhecer todos os meus trabalhadores e muitos deles trabalham comigo desde há muito tempo”, afirma. Apesar da crise financeira que afetou o país nos últimos anos, os cabeleireiros de Inês Pereira não sentiram muito esse efeito.
“Quando recebi as propostas em Lisboa, não aceitei, principalmente, devido à distância. Gosto de saber o que se passa nas minhas lojas e, estando longe, a gestão dos recursos humanos torna-se bastante difícil.”
“Talvez tenha sido pior durante uma curta temporada, porque os nossos clientes estão situados na classe média e média alta, mas penso que agora já recuperamos uma pequena perda”, diz a empresária, explicando que o negócio teve que se adaptar. Para além das lojas espalhadas pelo Grande Porto, a empresária também conseguiu realizar um projeto profissional desejado: a abertura da Academia Inês Pereira. Localizada na Rua de Santa Catarina, a academia aposta na formação de centenas de jovens na profissão e ajuda-os a entrar no mercado de trabalho. “Para além da Academia, temos também um salão que é um training center, onde os profissionais são estudantes que se encontram a
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terminar a sua formação e onde doentes oncológicos. Neste ria. Inês Pereira afirma que este os custos dos serviços são mais espaço são vendidas e apli- público é também exigente, baratos”, explica a hairstylist. cadas as próteses, naturais ou mas dá uma maior confiança De acordo com Inês Pereira, este sintéticas. ao trabalho dos profissionais. training center é fundamental na “Este é um projeto diferente e “Não são tão céticos, embora formação de cabeleireiros, uma que me faz gostar, ainda mais, também procurem tendências vez que se deparam com clientes desta profissão. Vemos coisas e mostrem vaidade”, diz. reais, com emoções, e não ape- que realmente nos tocam e Para o futuro da marca, Inês nas com bonecas com que estão sentimos que conseguimos ali- Pereira espera que os salões habituados a lidar. viar, de uma pequena forma, as continuem com o grande su“A relação com os clientes é es- pessoas, é muito bom”, explica cesso que até agora têm alcansencial na nossa profissão, traba- Inês com um tímido sorriso. çado e não esconde o facto de lhamos diariamente com pessoas, O serviço de estética e, princi- gostar de ver o número de lojas que têm sentimentos, com quem palmente, a área da manicure aumentar. No entanto, sublinha temos que lidar da melhor forma e da pedicure são também ser- “que não é o mais importante”. e a quem queremos agradar”, viços muito procurados nos Com o seu negócio agora ensalienta. salões da marca. No entanto, tregue aos descendentes, Inês Além das lojas e da Academia, não pretendem ser especia- Pereira garante que a sua maros cabeleireiros Inês Pereira listas em serviços de estética ca estará sempre presente nos estão também ligados a um corporal, porque não é uma salões que continuarão a ser projeto com o Instituto On- área onde sejam especialistas acompanhados pela empresária. cológico do Porto (IPO-Porto). em comparação com algumas “Estarei sempre aqui e ajudarei No estabelecimento da marca clínicas de saúde e beleza. os meus filhos no que conseguir, na Rua da Firmeza, os funcio- Os clientes do sexo masculino afinal tenho experiência e sou nários e a própria Inês apoiam estão a crescer de forma notó- uma entendida na arte”, afirma.
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PONTE MARIA PIA:
Uma obra de arte esquecida há 25 anos
Já se passou um quarto de século desde a última vez que, pela Ponte Maria Pia, passou um comboio. Desde 1991, altura em que a infraestrutura, da autoria de Seyrig, ficou desativada devido à construção da Ponte São João, já foram apresentados vários projetos. No entanto, o monumento reconhecido nacional e internacionalmente continua com futuro incerto, sem uma solução à vista. Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: Carolina Barbot
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Muitos são os que pensam que a Ponte Maria Pia, que serviu o país durante 114 anos, e que foi inaugurada em 1877 por Dom Luís I de Portugal e Dona Maria Pia, é uma construção do conceituado Gustave Eiffel, mas, na verdade, a obra de arte pertence a Théophile Seyrig, sócio de Eiffel. Foi Seyrig e os cálculos efetuados para o arco parabólico que permitiram vencer um vão de 140 metros, pela primeira vez, numa estrutura de ferro. A ponte, começada a construir em 1876, e que contou com a mão de obra de cerca de 150 operários e custou, naquele
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tempo, 300 contos, é o único monumento em Portugal que está catalogado como International Historic Civil Engineering, pela American Society of Engineering, e um dos poucos em continente europeu. José Lopes Cordeiro, professor universitário e autor do livro “Ponte Maria Pia – A obra prima de Seyrig”, salienta que a ponte faz parte do património e da história da cidade do Porto e do país. A Ponte Maria Pia foi a primeira construção dedicada à ligação entre o Norte e o Sul do país em termos ferroviários e, de certa forma, impulsionou
o desenvolvimento e a evolução dos transportes no final do século XIX. “O facto de ter sido construída pela Casa Eiffel também lhe confere uma grande importância, para além da importância histórica e patrimonial que tem”, explica Lopes Cordeiro. O professor, que tem combatido o esquecimento da ponte, diz que “já lá vão 25 anos desde que Maria Pia foi desativada” e, até hoje, “ nunca ninguém conseguiu arranjar uma solução”. Propriedade da empresa Infraestruturas de Portugal, antiga REFER, o monumento
Sotinco resolve.
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precisa, periodicamente, de trabalhos de manutenção, tanto para assegurar a segurança dos cidadãos como para manter a estrutura fora do estado de degradação, porque as subidas da maré e a presença de vegetação no lado de Vila Nova de Gaia apresentam um fator de corrosão e desgaste. Lopes Cordeiro afirma que esta manutenção é um encargo financeiro elevado e que poderia ser evitado, caso houvesse um
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projeto aprovado, e que pudesse ser proveitoso para todos os envolvidos. “Mundialmente, esta ponte é a imagem do Porto e de Gaia, não é a Torre dos Clérigos, é a Maria Pia. Num momento de grande atividade turística, o monumento está a ser desaproveitado, quando podia ser mais um ponto de atração na região”, explica o professor universitário. Para Lopes Cordeiro, a respon-
sabilidade do futuro da ponte está nas mãos da Infraestruturas de Portugal, mas considera necessário as autarquias de Gaia e do Porto agirem, solucionarem o problema e conseguirem acordar um futuro para um monumento com “tão grande importância”. “É um escândalo em termos patrimoniais, estarmos a estragar tamanha obra-prima e, daqui a uns anos, vamos arrepender-nos do que destruí-
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mos, tal como aconteceu com o Palácio de Cristal”, sublinha o professor. Lopes Cordeiro relembra que há um projeto elaborado e aprovado pela antiga REFER e pelas duas câmaras municipais, mas que não foi nunca executado. O projeto para esta obra da engenharia engloba a criação de uma via ciclo pedonal e a criação de duas infraestruturas, uma ligada à restauração e outra à área da informação turística, nas diferentes margens. Além deste plano – o mais acertado para o professor universitário – já existiram algumas propostas para revitalização da ponte. Em 2010, uma empresa portuguesa tentou tornar a ponte uma referência para a prática de bungee jumping. Três anos mais tarde, dois
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arquitetos portugueses apresentaram uma proposta que consistia na deslocalização da ponte para o centro da cidade do Porto. Lopes Cordeiro aponta a última opção como “totalmente descabida e impossível de se realizar”. Nenhum dos projetos apresentados ao longo destes últimos 25 anos avançou, deixando a Ponte Maria Pia, considerada uma obra-prima e imagem de uma revolução, no esquecimento da cidade e do país. UM FIM À VISTA? Em declarações à VIVA, o presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, sublinhou a importância da ponte Maria Pia, afirmando que é “um monumento único, um pedaço de história das cidades de Gaia e do Porto que,
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infelizmente, foi durante anos votado ao abandono.” O autarca explicou que a “ponte foi mais uma das vítimas do desentendimento entre os líderes das duas cidades e, igualmente, do desinteresse do próprio Estado central, um pouco à semelhança do que acabou por acontecer no caso da ponte do Infante e da sua manutenção.” Eduardo Vítor Rodrigues relembrou o projeto de reutilização para a infraestrutura, conhecido há vários anos, “que visa, nomeadamente, a sua travessia pedonal e o seu enquadramento numa zona que terá, assim, ainda mais a
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oferecer em termos turísticos, ao mesmo tempo que se devolverá ao equipamento uma dignidade perdida há anos.” Num momento em que as autarquias do Porto e Gaia “voltaram a trabalhar em conjunto”, o autarca assumiu que “este é um projeto que esperamos que venha finalmente a sair do papel a breve trecho, sendo para tal fundamentais o empenho da Infraestruturas de Portugal e a disponibilização de verbas comunitárias”. Já no mês de abril, Miguel Lopes de Sousa, arquiteto e aluno de Engenharia Civil do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), venceu
um concurso de ideias para reabilitar a ponte Maria Pia, iniciativa que contou com o apoio dos dois municípios envolvidos e na qual Eduardo Vítor Rodrigues fez parte do júri. O projeto RIM, como foi designado, propõe a construção de um tabuleiro inferior na estrutura já existente na ponte, criando-se uma ciclovia e uma via pedonal que ligará as duas margens do rio Douro. A Câmara Municipal do Porto, contactada pela VIVA, disse nada ter a comentar sobre a ponte Maria Pia. A Infraestruturas de Portugal não deu uma resposta até à data de publicação.
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Aleitamento materno: porque ĂŠ o alimento ideal?
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Os primeiros meses da vida de um bebé são um período de crescimento e desenvolvimento rápido, em que um ser totalmente dependente evolui para uma criança capaz de se mover, comunicar e sociabilizar. Uma alimentação correta nesta altura é crucial para que ela cresça saudável e ativa, tenha capacidade para combater infeções, e atinja o seu máximo potencial físico e intelectual. É reconhecido universalmente que o leite materno é o alimento de excelência nos primeiros tempos de vida. É a alimentação natural, própria da nossa espécie. Contém tudo o que o bebé necessita e é facilmente digerido e absorvido. Segundo a Organização Mundial de Saúde, se todas as crianças fossem amamentadas na primeira hora de vida, mantivessem leite materno exclusivo nos primeiros seis meses, e prolongassem a sua ingestão até cerca dos dois anos como complemento de outros alimentos, seriam salvas cerca de 800.000 vidas por ano. Dados recentes mostram que apesar de cerca de 90% dos bebés portugueses saírem das maternidades a tomar leite materno exclusivo, menos de um quarto o mantém aos 6 meses, ficando a taxa de amamentação nesta idade muito aquém do que se considera uma boa prática. Muito mais que um simples alimento, o leite materno é um nutriente perfeito. A sua constituição é adequada às necessidades energéticas, nutricionais e hídricas do bebé garantindo, a cada passo, o seu crescimento e desenvolvimento. Contém inúmeras células vivas e diversas substâncias protetoras importantes na defesa das infeções mais comuns na primeira infância. A mãe que amamenta vai transmitindo ao seu bebé os anticorpos que foi adquirindo ao longo da vida, tornando-o naturalmente mais protegido contra diarreias, otites, infeções respiratórias e outras. Tem também um efeito preventivo no desenvolvimento de alergias, ainda mais evidente nas famílias com propensão para este tipo de problema. Mas os benefícios do aleitamento materno não são apenas imediatos. Sabe-se que os adolescentes e adultos que foram amamentados enquanto bebés têm menor probabilidade de sofrer de excesso de peso e diabetes tipo 2, com todas as complicações que daí advêm.
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Amamentar é muito mais do que alimentar. É manifestação de afeto. Aumenta a vinculação entre mãe e filho. Faz com que o bebé cresça seguro, mais tranquilo e feliz. Também a longo prazo se demonstra que os bebés amamentados têm melhor desempenho intelectual na vida adulta. Estes são alguns dos motivos pelos quais a tecnologia alimentar e a engenharia genética nunca conseguirão imitar o leite materno. Trata-se de um alimento insubstituível. Assim sendo, faz sentido investir num aleitamento materno a longo prazo. Muitas mamãs pensam que o seu leite inicial é insuficiente mas, na realidade, o estômago de um bebé de termo não é maior que um vulgar berlinde e o colostro produzido nos primeiros dias, muito rico em nutrientes, consegue suprir as necessidades do bebé. Colocar à mama na primeira hora de vida e incentivar a livre demanda, amamentando sempre que o bebé pedir e pelo tempo que quiser, especialmente nas primeiras semanas, é o melhor investimento para uma amamentação duradoura. Quanto mais o bebé mamar, mais leite a mãe produzirá. Ter confiança na capacidade nutricional do leite materno, obter apoio de profissionais competentes e motivados e ter consciência de que é o melhor alimento para o bebé a curto e a longo prazo, são pontos que devem estar sempre presentes. Se a amamentação exclusiva não é possível quando a mãe retoma a profissão antes dos seis meses, então faz sentido extrair leite no fim das mamadas quando o bebé já está saciado, ou numa pausa do trabalho, armazena-lo e conserva-lo para administrar quando a mãe está ausente. O leite pode ser extraído manualmente ou com a ajuda de uma bomba elétrica, sendo importante ter a noção de que o bebé consegue sempre obter muito mais leite diretamente da sua mãe do que qualquer aparelho artificial. Os materiais usados na extração devem ser bem lavados, na máquina ou em água corrente, e em seguida esterilizados. O leite materno pode ser conservado à temperatura ambiente 6 a 8 horas. Se a mãe extrai leite numa mamada para consumir nas horas seguintes, o ideal é mantê-lo à temperatura ambiente: algumas propriedades biológicas perdem-se com a refrigeREVISTAVIVA, JUNHO 2016
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ração e outras com a congelação. De qualquer modo, é sempre melhor leite materno congelado do que leite de outra origem. O leite pode ser congelado entre 2 semanas a 6 meses, dependendo das características dos congeladores/arcas frigoríficas, em m recipientes adequados, idealmente e de vidro ou plástico duro, ou em sacos os de congelação próprios para o efeito. o.
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uenos, Quando extraído em volumes pequenos, o leite materno pode ser colocado do no frigorífico, arrefecido, e depois mistuura. A rado quando à mesma temperatura.
As bombas tira leite Philips Avent da gama Natural são caracterizadas por oferecerem à mamã um maior conforto durante a extração do leite materno e possuírem uma almofada massajadora em silicone, que estimula o fluxo do leite.
Bomba tira-leite Natural Manual SCF330/20
Copos de armazenamento de Leite Materno SCF619/05
congelação é segura mesmo se mantido no frigorífico nas 48 horas anteriores. As porções a congelar devem ter a data de extração e volumes variados, de modo a optimizar a quantidade a administrar ao bebé, consumindo-se primeiro as mais antigas. A descongelação ideal deverá ser lenta, dentro do frigorífico. Numa emergência, pode colocar-se o contentor do leite em água morna, agitando sempre. O leite materno pode ser dado à temperatura ambiente ou ligeiramente amor-
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nado, usando aquecedores edores próprios de temperatura controlada. O micro-ondas e o clássico “banho-maria” no fogão, gão, por aquecerem de um modo não uniforme, sobreaquecendo algumas porções, estão contraindicados. aindicados. O aleitamento materno no mantido, enquanto mamã e bebé bé puderem e quiserem, é um dos melhores investimentos em termos de saúde física, emocional e intelectual da mãe e ão o bebé. A Organização Mundial de Saúde e a UNI-
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Copos de armazenamento de Leite Materno SCF639/05
A marca Philips Avent oferece diversas opções para conservação do leite materno, desde copos de armazenamento a bolsas de congelação para leite materno. Desenvolvidos com um design compacto, para fácil arrumação dentro do congelador ou frigorifico, qualquer um destes produtos irá preservar todos os nutrientes do leite materno de forma segura. Bolsas para armazenamento de Leite Materno SCF603/25
CEF recomendam que o leite materno deve ser o único alimento do bebé até aos 6 meses de idade, podendo ser mantido até 2 anos, se mãe e bebé assim o desejarem.
Alexandra Almeida, Pediatra. Trabalha no Serviço de Neonatologia do Centro Materno-Infantil do Norte e na Casa de Saúde da Boavista.
REVISTAVIVA, JUNHO 2016
D E S T A Q U E
A União Europeia no Grande Porto PERCURSOS TEMÁTICOS NO GRANDE PORTO QUE EVIDENCIEM A APLICAÇÃO DOS FUNDOS COMUNITÁRIOS, NOMEADAMENTE DO “ON.2 – O NOVO NORTE”, NO QUADRO 2007/2013, ATRAVÉS DO QREN E DO FUNDO EUROPEU DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Museu do Carro Elétrico O Museu do Carro Elétrico, que tem como promotor a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, apostou recentemente na integração das diferentes áreas e valências que constituem o edifício da Central Termoelétrica de Massarelos, num projeto museológico único e integrado, através da criação de circuitos interpretativos. A partir de um exemplo único da arquitetura industrial do início do século XX, os visitantes conhecem não só a história do carro elétrico a partir dos modelos expostos, mas também com uma visita à “Sala das Máquinas”. O Museu requereu um investimento total de 820 mil euros, dos quais 574 mil provenieram do apoio do ON.2.
Palácio da Bolsa As obras de requalificação do Palácio da Bolsa tiveram como objetivo a valorização do edifício como monumento nacional e com importância estratégica para o Porto e para a região. A requalificação, que incluiu o restauro do Salão Árabe, peça integrante da lista de elementos complementares ao processo de candidatura do Centro Histórico do Porto a Património da Humanidade, contou com 900 mil euros de fundos comunitários. O Palácio da Bolsa é um dos monumentos portuenses mais notáveis da arquitetura do século XIX e um dos locais mais visitados por turistas na Região do Norte.
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Museu Nacional da Imprensa
Circuito dos Museus
O projeto apoiado, com uma quantia igual a 672 mil euros, teve como objetivos dar uma nova imagem ao edifício do museu, criar novos pontos de atração pública (novas galerias e exposições), reforçar as singularidades nacionais e internacionais do projeto museológico, designadamente no campo da história de imprensa e do humor, bem como promover a distinção regional na criação e estímulo de novos circuitos turístico-culturais. Houve também uma aposta em novas tecnologias de comunicação, que permitiram a valorização das exposições permanentes ou temporárias, através de processos interativos que promovam a dimensão pedagógico-didática.
Casa Museu Teixeira Lopes O apoio dos fundos do ON.2 a este projeto, num total de 399 mil euros, teve como objetivos a valorização e salvaguarda do património cultural e arquitetónico, a remodelação e modernização das instalações da Casa Museu Teixeira Lopes e a beneficiação dos serviços a prestar aos visitantes. A Casa-Museu de Teixeira Lopes foi moradia e atelier, (construída nos meados do século XIX, pelo seu pai) onde viveu e trabalhou cerca de meio século. Foi conhecida como “Viveiro de artistas” onde, a partir de 1895, António Teixeira Lopes produziu trabalhos importantes, que se tornariam marcos da arte nacional. Falecido na década de quarenta, a sua herança, além de estética, é uma excecional coleção de obras de arte que, conjuntamente com os edifícios e o jardim, constitui esta Casa-Museu. Centro da cultura local, é considerado um dos mais importantes dos “pequenos” museus nacionais. A intervenção incluiu a beneficiação de alguns espaços e a aquisição de equipamentos de natureza variada, traduzindo-se em melhores condições de conforto para os visitantes, melhores aptidões técnicas para os funcionários, melhor qualidade de exposições, permanentes e temporárias, e também melhores condições ambientais. REVISTAVIVA, JUNHO 2016
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IAREN Centro de Investigação de Poluentes Emergentes O projeto, apoiado com 677 mil euros, serviu para dotar o IAREN de alguns equipamentos imprescindíveis para levar a cabo um projeto de investigação ambicioso, que permita avançar o conhecimento em matéria de ocorrência dos poluentes emergentes no ambiente, determinar as suas origens e melhorar os processos de tratamento empregues nas estações de tratamento de águas residuais, de forma a minorar o seu impacto no ambiente. Tratando-se o estudo dos poluentes emergentes no ambiente um assunto de investigação avançada, os equipamentos a empregar terão que possibilitar uma análise exploratória, “cega”, sem quaisquer pistas prévias quanto à sua natureza e ocorrência. Terá que se partir de uma perspetiva o mais abrangente possível exigindo dos equipamentos uma capacidade qualitativa, mais do que quantitativa, que permita ao investigador propôr a identidade dos contaminantes bem como as suas vias de transporte e o destino final dos poluentes químicos aportados ao meio hídrico. Naturalmente, esta tarefa terá que permitir fazer afirmações com um nível de certeza elevado com recurso a espectrómetros de massas exatas, tanto mais que um universo de outras substâncias existe concomitantemente, em quantidades várias ordens de grandeza superiores às das procuradas.
Circuito da Investigação
Região Norte: Base Tecnológica do Cluster Aeronáutico Nacional O apoio concedido de 14 milhões de euros pelo ON.2 teve como objetivo reforçar a infraestrutura alargando a oferta tecnológica para a mobilidade elétrica e para a aeronáutica de asa rotativa, permitindo não só concretizar projetos de referência nestas áreas, entre os quais se destaca o MOBI.E e o programa de asa rotativa com a AgustaWestland. Demonstrar potencial e dar suporte à resposta nacional na preparação da participação noutros programas, como por exemplo o Programa da Embraer, foi também uma das componeentes do apoio. Trata-se de uma segunda fase que serve o alargamento da capacidade instalada a tecnologias para trabalhar materiais mais avançados para prototipagem e séries de teste, como a construção de uma sala limpa certificada para o fabrico de compósitos, prensa para injeção, centros de maquinagem de cinco eixos com maior rigidez para uma maior diversidade de materiais.
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Associação Fraunhofer Portugal Research O apoio do ON.2 foi canalizado para a instalação física da associação no Pólo da Asprela da Universidade do Porto e o desenvolvimento de estudos de investigação. O projeto, que teve um investimento total de três milhões de euros, contou com fundos comunitários na ordem dos 2,5 milhões de euros. O trabalho da Fraunhofer diferencia-se na medida em que se focaliza em segmentos da população diferentes dos normalmente usados em projetos-piloto e tende a ir ao encontro das suas necessidades e possibilidades como utilizadores da TICs. São estes idosos, pessoas menos qualificadas sem interesses específicos, com menos recursos financeiros, estabelecidos em zonas rurais, profissionais e familiares que prestam cuidados aos grupos referidos. Tem em linha de conta as estruturas da sociedade, especialmente os elos familiares, a estrutura de segurança social e sistemas de saúde.
Novas Infraestruturas Cientificas do ISEP O Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) beneficiou de apoio comunitário de 969 mil euros para o desenvolvimento de estudos de investigação científica e para a instalação de novos laboratórios. O projeto incluiu, ainda, a aquisição de equipamento. Este apoio teve um impacto significativo na capacidade científica da instituição, nomeadamente nas áreas de intervenção ligadas à engenharia química, segurança alimentar e rastreio de cancro. Áreas em que o ISEP determinou ser estratégico incrementar a sua capacidade de intervenção.
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Centro de Alto Rendimento da Maia O Centro de Alto Rendimento da Maia procurou com este projeto, apoiado em cerca de 856 mil euros pelo ON.2, corrigir e adequar as instalações e equipamentos a novas exigências regulamentares e a pertinência das necessidades locais e supraconcelhias. O investimento foi muito direcionado ao aumento em quantidade e qualidade da oferta das condições de treino e de competição e permitiu atrair um maior número de praticantes desportivos, de recreação, formação a alta competição. O espaço ganhou novos courts de ténis, dois deles cobertos, beneficiou de novo relvado sintético e da reabilitação da pista de atletismo.
Circuito do Desporto
Nave Desportiva de Espinho Trata-se de um equipamento construído na década de 90, para realização de grandes espetáculos desportivos e recreativos, de escala nacional e/ou internacional. Caracteriza-se por apresentar uma grande versatilidade do espaço, com manifesta capacidade de adaptação a diferentes configurações e atividades desportivas e culturais. A idade avançada da Nave Desportiva, associada à falta de obras de manutenção, estava na base da inadequação de algumas das suas infraestruturas e degradação de vários dos seus espaços. Assim, o apoio do ON.2, de 856 mil euros, incidiu na requalificação do espaço no sentido de repor as melhores condições do equipamento para a prática desportiva, nomeadamente ao nível da iluminação e das coberturas. A meta da operação consiste em beneficiar e modernizar a Nave Desportiva, concebida como um equipamento destinados à prática desportiva específica de uma modalidade ou de um grupo de modalidades particulares, podendo envolver diversas valências e ser adequadas à prática desportiva de alto rendimento.
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Vila Desportiva do Parque da Cidade do Porto O projeto incluiu a construção de um pavilhão polidesportivo para desportos individuais na Vila Desportiva do Parque da Cidade do Porto, o reforço da rede de equipamentos do Sport Club do Porto, que mantinha a prática de determinados desportos em instalações degradadas e espalhadas pela cidade. Este investimento de um milhão de euros, e que teve um apoio de 702 mil euros do ON.2, permitiu assegurar melhores espaços de treino para várias modalidades gímnicas como as ginásticas artística, acrobática e rítmica, trampolins, esgrima e Karaté. Foi possível aumentar a quantidade e qualidade da oferta do Sport Club do Porto, quer aos seus associados quer aos visitantes do Parque da Cidade do Porto, e criar condições para o aumento do número de atletas federados. O pavilhão está, ainda, preparado para a atividade paralímpica do clube, continuando o Sport empenhado em promover e apoiar os valores da igualdade e da inclusão das pessoas portadoras de deficiência.
Centro Hípico Internacional do Porto Este projeto, que conta com um apoio de 602 mil euros, resulta de um protocolo entre o Sport Club do Porto e a Santa Casa da Misericórdia do Porto, com o fim de levar a cabo um Parque Lúdico-Desportivo nos terrenos da Quinta da Prelada, antigo Parque de Campismo da Cidade do Porto. Trata-se de um espaço de mais de 150 mil metros quadrados, devidamente murado e infraestruturado com diversos equipamentos de uso polivalente, que foram integralmente reaproveitados e requalificados para uso de desporto e lazer. O Centro Hípico Internacional do Porto tem uma vertente lúdica (passeios a pé e a cavalo e de bicicleta, descanso, assistência às atividades organizadas no parque), desportiva (desporto informal e formal), cultural de ar livre e de prática da hipoterapia. O promotor pretende candidatar o espaço, junto da Federação Equestre de Portugal, a Centro de Alto Rendimento para as modalidades hípicas. Seria o segundo do país e o único na Região do Norte.
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Claus Porto A marca de sabonetes Claus Porto data de 1887 e foi lançada pela empresa Ach Brito &. C.ª Ld.ª, fundada no Porto, no mesmo ano, por dois alemães radicados em Portugal. A marca centenária sobreviveu à abertura da economia portuguesa e à invasão das marcas internacionais, em grande parte porque optou por linhas de produtos de alta gama dirigidos ao mercado externo, seguindo processos de produção tradicionais e inteiramente manuais. A marca beneficiou também do poder de comunicação e popularidade da apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, quando em 2007 recomendou o sabonete “Claus Porto”. No dia seguinte, os sabonetes desta gama esgotaram no mercado norte-americano e a empresa recebeu inúmeras encomendas de todo o mundo. Os fundos do ON.2 de 319 mil euros serviram para consolidar a vertente exportadora da empresa.
Circuito de Marcas Internacionais
KATTY XIOMARA, LDA Reconhecida internacionalmente, esta marca é presença assídua em desfiles de moda tanto em Portugal como no estrangeiro. O reconhecimento do público repercute-se nos convites tão diversificados que recebeu como vestir os trabalhadores da Sonangol Distribuição, da McDonal’s Portugal, do Casino da Figueira e do Sheraton Porto Hotel and Spa, cobrir as árvores do Parque de Serralves por altura do seu 20º aniversário, desenhar rótulos para a Compal, participar num stand automóvel da Seat e colaborar com a Sony Playstation. Com três lojas em Portugal, oito em Espanha e duas no Japão, usou os apoios comunitários na ordem dos 730 mil euros para a internacionalização da marca nomeadamente com uma forte penetração nos Estados Unidos da América.
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Kayaks Nelo A M.A.R. Kayaks foi criada em 1978. A primeira fábrica, onde o fundador Manuel Ramos começou a construir as suas embarcações, não tinha mais de 50 metros quadrados. Com o aumento da prática do desporto em Portugal, a empresa foi aumentando a sua dimensão, até à exportação dos caiaques Nelo. A Nelo é, atualmente, a maior e melhor produtora de canoas do mundo. Ao longo dos anos, a empresa tem vindo a adquirir o conhecimento, tecnologia e know-how para ser capaz de produzir diferentes tipos de barcos e outras peças com a mesma habilidade. Desde o início em 1978, a Nelo já produziu mais de 30 mil barcos, com uma grande variedade de modelos, construções e tecnologia. O apoio concedido pelo ON.2 foi igual a 276 mil euros.
Niepoort Vinhos Trata-se de uma empresa familiar independente há mais de século e meio; cinco gerações sucederam-se à frente da Niepoort desde que Franciscus Marius Niepoort fundou a empresa em 1842. Quase sempre, duas gerações trabalharam lado a lado durante longos anos, contribuindo para uma transição bem sucedida. Neste momento, põe os olhos com entusiasmo na futura sexta geração, antecipando uma colaboração estreita. O investimento da Niepoort incidiu no aprofundamento de relações comerciais em mercados onde já atua através de ações de contacto direto com agentes/procura, bem como na exploração de novos mercados. O projeto recebeu cerca de 987 mil euros de fundos comunitários.
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PROGRAMAS QUE MARCAM A DIFERENÇA A NÍVEL NACIONAL
O Porto Canal tem, desde janeiro, uma grelha de programação e informação renovada. Dos novos programas fazem parte o “Histórias com Futuro”, que tem como rosto principal Paulo Ferreira, e o “Jornal de Desporto”, que vai para o ar todos os dias da semana e que conta com a apresentação de Humberto Ferreira e Cristiana Gonçalves Pereira.
Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: Carolina Barbot
P O RTO CA N A L
“Histórias com Futuro” passa quinzenalmente no Porto Canal e quer dar a conhecer ao público “histórias de excelência contadas na primeira pessoa”. O programa pretende mostrar o que de melhor se faz no Norte do país, o trabalho, o espírito empreendedor, as empresas e as ideias da gente desta região. Paulo Ferreira, apresentador do programa, afirma que histórias de excelência “há-as aos montes pelo país fora, mas, como andamos entretidos com a espuma dos dias, não as conhecemos”, e
é isto que o programa pretende contrariar. “Elas merecem ser conhecidas, porque são a parte boa da imagem que o espelho nos devolve quando olhamos para o país”, explica. Com o objetivo de ser uma conversa distendida e informal, para que o convidado se sinta em casa, o programa conta, também, com a presença de dois convidados fixos. São eles Emídio Gomes, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), e Ricardo Luz, empresário por-
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tuense. A presença destas duas figuras, nas palavras de Paulo Ferreira, é “decisiva”. “Dada a experiência de ambos, a conversa enriquece, alargam-se os horizontes, colocam-se os problemas em perspetiva, procura-se olhar o país e o mundo a partir do Norte”, garante o condutor do “Histórias com Futuro”. Paulo Ferreira recusa-se a priorizar as ideias que foram, até agora, contadas e debatidas, sustentando que “cada projeto tem a sua especificidade e a sua importância, estando todos REVISTAVIVA, JUNHO 2016
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unidos pelas mesma linha: a excelência”. O apresentador dá o exemplo de uma empreendedora presente, recentemente, no “Histórias com Futuro”, a líder da empresa Munna, Paula Sousa, que vende cadeirões ao ex-vocalista da banda norte-americana “Talking Heads”, David Byrne, ou que tem peças da sua empresa de design distinto, com sede em Matosinhos, espalhadas pelos melhores hotéis do mundo, como por exemplo o “Four Seasons”, no Azerbeijão, ou no “London May Fair”, no Reino Unido. “Mais uma prova de excelência, portanto”, felicita o apresentador. Paulo Ferreira acrescenta que há já alguns contactos a propor nomes para o “Histórias com Futuro”, sendo isto a prova de que “o programa está a fazer o seu caminho”. Mais um caso da grande e generalizada quantidade de conteúdos do Porto Canal é a existência do “Jornal de Desporto”, que vai para o ar todos os dias às 19 horas. Os dois rostos que dão vida ao programa são Humberto Ferreira e Cristiana Gonçalves Pereira, que apresentam este jornal diário de desporto em semanas alternadas. O “Jornal de Desporto” é um tipo de programa que não existe, normalmente, nos canais generalistas, “porque o futebol é sempre tratado como a principal modalidade no mundo desportivo”,
explica Humberto Ferreira. Neste programa, as outras modalidades, com menos adeptos e mais desconhecidas da população em geral, são abordadas. “Passamos desde reportagens de rally, futebol feminino, golfe ou dardos”, dizem os apresentadores. Cristiana Pereira e Humberto Ferreira sustentam que também têm como objetivo dar voz a desportistas, modalidades e
associações que nem sempre conseguem “fazerem-se ouvir”. Os apresentadores pretendem, ao longo dos cinco dias da semana, mostrar ao público do Porto Canal, histórias originais e diferentes, todas elas relacionadas com desporto. “Temos esse compromisso durante 25 minutos diários”, explica Humberto Ferreira, acrescentando que “o “Jornal de Desporto”
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é, provavelmente, na televisão portuguesa, “o único espaço com tanto tempo dedicado apenas a este tema”. Para além do desporto a nível nacional, o internacional também é abordado e, diariamente, mostram uma efeméride sobre o tema, ou seja, explica Cristiana Pereira, “o que se passou naquele exato dia a nível desportivo”.
Os apresentadores revelam que às segundas e sextas as notícias e as reportagens a passarem são mais fáceis de prever, uma vez que há sempre o início e o fim das jornadas. Nos restantes dias pretendem sempre mostrar uma reportagem alargada sobre um determinado tema. Humberto Ferreira sublinha que à terça-feira, normalmente, mostram
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ao público o que se passa nas ligas norte-americanas, nas diferentes modalidades, o que nem sempre é notícia em Portugal. Os dois rostos do “Jornal de Desporto” pretendem continuar, diariamente, a passar para o público em geral, o que este não consegue assistir noutros canais da televisão portuguesa. REVISTAVIVA, JUNHO 2016
P R A X E S
Mais de 50% dos jovens portugueses considera que as praxes podem trazer consequências psicológicas
A Universia é a rede de universidades mais importante da região iberoamericana, constituída por 1345 universidades de 23 países que representam 18,3 milhões de estudantes e professores.
Uma sondagem realizada pela Universia e a comunidade de emprego Trabalhando.com analisou o efeito das praxes e de brincadeiras mais pesadas na vida académica dos jovens ibero-americanos. A tradição das praxes universitárias tem-se mantido ativa ao longo dos anos e o estudo revela que é uma prática muito comum nas universidades portuguesas, com 73% dos inquiridos portugueses a assumir que foi praxado na universidade. No caso dos restantes jovens ibero-americanos, o número passa para valores médios de 25%. Sabendo disto, a Universia, em parceria com a comunidade de emprego Trabalhando.com, realizou um estudo para analisar o impacto destas práticas na vida do público jovem.
60%
53%
50% 40% 30%
25% 17%
20% 10%
5%
0% Não, nunca me aconteceu
Sim, na universidade
Sim, no colégio/ escola
Sim, em outras atividades
70% Os que assumem que foram alvo de praxe, também revelam que estes atos tiveram repercussões na sua vida, sendo as consequências psicológicas as mais frequentes (59%), seguidas de abandono dos estudos (20%).
60%
59%
50% 40% 30% 20% 20%
15% 6%
10% 0% Consequências psicológicas
Abandono dos estudos
Outras
Consequências físicas
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Quanto à questão de se sentirem intimidados por algum colega, mais de 60% dos jovens portugueses responderam negativamente, em linha com os jovens dos restantes países (52%). Também a denúncia do ocorrido é algo transversal a todos os jovens, 80% assume que nunca o fez.
Denunciaste o ocorrido?
20% Sim
80%
Não
Ao todo, participaram nesta pesquisa 2453 jovens iberoamericanos entre os 16 e os 26 anos de idade (48%) e cerca de 80% têm estudos universitários ou de pósgraduação.
As instituições de ensino e as praxes Por outro lado, também quiseram averiguar a perceção destes jovens a como a instituição de ensino lida com estas situações, e os dados revelaram que, no caso português, 31% acha que as instituições são permissivas e não dão a atenção devida a este tipo de situações. Na realidade ibero-americana, este valor passa para 41%.
Permissividade por parte das instituições educativas 50% 41% 40%
39% Sim, não prestam atenção
30% 17%
20%
Não sei se existe algum acompanhamento destes casos Não, estes atos são punidos
10% 0% Total
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P R A X E S
Praxe ou Bullying
47% dos jovens inquiridos asseguram ter sofrido com brincadeiras pesadas ou praxes durante a sua juventude. 80% deles não denunciaram esta situação
Sofreste alguma praxe ou brincadeira mais pesada?
Não, nunca me aconteceu
53% 25% 17% 5%
Sim, na universidade Sim, no colégio/ instituto
Sim, em outras atividades
Quais são as consequências das praxes em jovens?
59%
20%
15%
6%
Consequências psicológicas
Abandono dos estudos
Outras consequências
Consequências físicas
Estes acontecimentos, cada vez mais frequentes na nossa sociedade, acarretam uma série de consequências sobre os jovens que as sofrem. 59% dos que as sofreram tiveram consequências psicológicas, incluindo 20% acabou mesmo por abandonar os seus estudos.
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P RA X E N A V I DA ACA D É M I CA
Quais são as praxes mais frequentes?
45%
Brincadeiras Pessoais
23%
12%
Perseguição Violação da verbal intimidade e imagem
6%
5%
5%
5%
Discriminação por raça ou religião
Outras
Discriminação de género
Lesões Físicas
Na hora de consultar as condutas mais frequentes, destacam as brincadeiras mais pesadas (45%), seguidas do assédio verbal (23%) Presta-se atenção a estes acontecimentos nas instituições educativas?
41% 39% 20% Não lhe prestam atenção
Não sei se existe algum tipo de seguimento
Não, estes atos são punidos
41% dos participantes nesta sondagem afirmam que as instituições de educação não prestam atenção às praxes Sofreste alguma praxe ou brincadeira pesada? (A comparação entre países)
Argentina
Brasil
Chile
Não, nunca me aconteceu
Colõmbia
Espanha
Sim, no colégio/ escola
México
Peru
Porto Rico
Sim, na Universidade
Portugal
Uruguai
Sim, em outras atividades
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G Á S
N A T U R A L
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GÁS NATURAL É AMBIENTALMENTE RELEVANTE O GÁS NATURAL É AINDA UM VALOR ENERGÉTICO DESCONHECIDO PARA A MAIOR PARTE DOS PORTUGUESES. PELO FACTO DESTA FONTE DE ENERGIA SER A MAIS LIMPA, A MAIS EFICIENTE, SEGURA E ECONÓMICA NO UNIVERSO DOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS DEVERIA SER UMA APOSTA MAIS FORTE EM PORTUGAL. AS ENERGIAS RENOVÁVEIS SÃO AS MAIS LIMPAS, CLARO. MAS O GÁS NATURAL É TIPICAMENTE UMA FORMA DE ENERGIA DE TRANSIÇÃO. À CONVERSA COM EDUARDO DE OLIVEIRA FERNANDES, PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE DO PORTO E ESPECIALISTA EM POLÍTICAS ENERGÉTICAS, A IDEIA QUE IMPERA É A DE QUE O GÁS NATURAL TEM RAZÕES PARA DEVER SER MAIS COMUMMENTE UTILIZADO NUM VASTO LEQUE DE APLICAÇÕES, QUER EM HABITAÇÕES, QUER NAS INDÚSTRIAS.
Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: Carolina Barbot
REVISTAVIVA, JUNHO 2016
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O gás natural sendo uma forma de energia fóssil é no leque dos combustíveis deste tipo tida como a mais limpa, em contraste, por exemplo, com o carvão ou o petróleo. Desta forma, considera-se que, atualmente como uma energia de transição, o gás natural é aquele que oferece melhores oportunidades de utilização favoráveis ao meio ambiente. Num período em que existe uma forte aposta nas energias renováveis, e em que é visível a importância que as sociedades atuais dedicam à sustentabilidade ambiental, não se pode ignorar este facto. Eduardo de Oliveira Fernandes explica que o gás natural não requer nenhum processo de transformação ao contrário dos demais combustíveis fósseis (gasóleo, gasolinas, entre outros) porque é usado, como o seu nome indica, no seu estado natural. Como não sofre estas transformações e como as perdas no seu transporte são mínimas, chega ao local de utilização praticamente na forma em que é encontrado na natureza, sendo, por isso, significativamente mais eficiente que as outras formas de energia fóssil. O gás natural chega atualmente a Portugal de duas formas diferentes: por via terrestre, através de um gasoduto que liga Portugal à Argélia e, por via marítima, através do Terminal de Sines. Em Portugal, o gás natural é vocacionado para ser utilizado por grandes clientes, nomeadamente pelas Centrais Termoelétricas, desde logo menores emissoras de dióxido de carbono, isto é, de gases de efeito de estufa. Mas Eduardo Oliveira Fernandes salienta que a utilização desta fonte de energia continua a ser sobretudo importante ao nível do consumo das
famílias – designadamente na cozinha e no aquecimento de águas, em particular em associação com os coletores solares térmicos – e nas pequenas e médias indústrias. “A energia é um recurso absolutamente necessário à vida que devemos usar com respeito ambiental e com respeito por nós próprios”, afirma Oliveira Fernandes. O professor emérito assinala que não obstante a importância das políticas ambientais, estas não devem ter o sentido de banir por completo os combustíveis fósseis, mas sim usá-los com moderação, de modo a manter certos padrões de emissão de dióxido de carbono. O especialista defende ainda a necessidade de uma tomada de posição das autarquias em relação a este tema, uma vez que estas têm o dever de serem “criativas”, procurando medidas que contribuam para uma maior sustentabilidade global protegendo iniciativas que levem à redução das emissões de dióxido de carbono e para encontrarem, em geral, soluções que permitam aos cidadãos terem acesso a uma energia mais amiga do ambiente e economicamente acessível. Oliveira Fernandes defende a continuidade da expansão da rede de gás natural e sustenta que em muitos locais onde esta já está instalada ela deve ser utilizada. O especialista admite que os combustíveis fósseis continuarão, nos próximos anos, a ser utilizados, nomeadamente nos transportes, mas defende que o gás natural pode ser uma alternativa de excelência na transição do paradigma energético dado o seu menor impacto no ambiente.
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BARCOS RABELOS VOLTAM A FAZER LIGAÇÃO ENTRE AS DUAS MARGENS DO DOURO AS MARGENS DO PORTO E DE VILA NOVA DE GAIA VÃO GANHAR, ESTE MÊS, UMA NOVA TRAVESSIA PELO RIO DOURO. COM DUAS EMBARCAÇÕES INSPIRADAS NOS ANTIGOS BARCOS RABELOS – AS RABELAS. O PROJETO, LEVADO A CABO PELO GRUPO THE FLADGATE PARTNERSHIP, DETENTOR DO HOTEL THE YEATMAN, PRETENDE ASSIM ALARGAR A OFERTA A NÍVEL DO TRÂNSITO FLUVIAL, ALIANDO O LADO HISTÓRICO DAS DUAS CIDADES.
Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: Carolina Barbot
Os barcos rabelos, típicas embarcações do Douro, ganharam identidade no final do século XVIII e tiveram um papel fundamental no transporte dos barris do vinho do Porto das vinhas, que se localizavam no Alto Douro, para Gaia onde ficava armazenado o vinho para depois se comercializar. Estes barcos típicos, com uma vela quadrada e manejados, normalmente, por seis ou sete homens, começaram a cair em desuso no século XX devido ao aparecimento do caminho de ferro. No entanto, a imagem do Porto e, mais concretamente, do Douro nunca mais de dissociou destes barcos. Exemplo disto é o novo projeto que tem início em junho.
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As duas novas embarcações que vão ligar as ribeiras do Porto e Gaia terão, cada uma, a capacidade de transportar 28 pessoas. As viagens vão durar cerca de três minutos e vão ter um custo de três euros. O projeto da The Fladgate Partnership contou com investimento de 650 mil euros e prevê a criação imediata de sete postos de trabalho. As rabelas, pensadas através do design dos históricos rabelos, serão conduzidas por dois rabeleiros, nome popular pelo qual ficaram conhecidos os homens que dirigiam os antigos barcos rabelos, que carregavam as pipas ao longo do rio Douro. A travessia irá fazer-se, no lado da
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cidade do Porto, pelo topo do Cais da Estiva, e, do outro lado da margem do Douro, a plataforma das duas rabelas ficará a jusante do Cais de Gaia, em frente à sede do Fluvial. As rabelas vão funcionar em diferentes horários ao longo do ano. No inverno as embarcações vão transportar as pessoas entre as 10 horas e as 17h30, mas nos meses de verão este horário vai estender-se. Para a The Fladgate Partnership, este projeto vem colmatar algumas lacunas existentes na oferta de ligações entre as duas ribeiras. Considerando que, atualmente, há apenas uma ligação entre as duas margens do Douro – a ligação do tabuleiro inferior da Ponte Luís I – o grupo responsável defende que este acréscimo no trânsito fluvial vai beneficiar as duas cidades. Desta forma, a nova ligação poderá ser útil aos moradores, mas está direcionada maioritariamente para os turistas, que têm incluído na sua viagem ao Porto a visita às caves do vinho do Porto.
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Azul e branco volta a percorrer estradas de Norte a Sul AS CAMISOLAS AZUIS E BRANCAS ÀS LISTAS ESTÃO DE VOLTA À ESTRADA. APÓS 31 ANOS DE AUSÊNCIA, O FC PORTO VOLTA A TER UMA EQUIPA DE CICLISMO QUE SENTE O PESO DA HISTÓRIA DO CLUBE. A W52 – FC PORTO-PORTO CANAL É COMPOSTA POR 12 CICLISTAS E COMANDADA PELO DIRETOR DESPORTIVO NUNO RIBEIRO. NA APRESENTAÇÃO DA EQUIPA, QUE OCORREU EM JANEIRO, PINTO DA COSTA AFIRMOU QUE ESTA EQUIPA NASCEU PARA VENCER. AINDA NO INÍCIO DE UMA CAMINHADA, OS ATLETAS JÁ SONHAM NA CONQUISTA DE GRANDES PROVAS, DENTRO E FORA DO TERRITÓRIO NACIONAL.
Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: FC Porto e João Fonseca
Os atletas portugueses António Carvalho, Daniel Freitas, João Rodrigues, Joaquim Silva, Rafael Reis, Ricardo Mestre, Rui Vinhas e Samuel Caldeira, juntamente com os espanhóis Ángel Sánchez Rebolido, Gustavo Veloso, Juán Ignacio Pérez e Raul Alarcón García são os ciclistas que fazem parte da W52 – FC Porto-Porto Canal. Nuno Ribeiro, no mundo do ciclismo há um longo tempo, foi o escolhido para estar à frente da preparação desta nova equipa na modalidade.
Em conversa com a VIVA, o diretor desportivo não nega a responsabilidade que o grupo sente ao envergar o emblema dos ‘dragões’ e afirma que o regresso do clube à modalidade é uma vitória para todos os apaixonados do ciclismo. “O FC Porto é uma marca muito poderosa, mas agora sentimos que fazemos parte desta casa, apesar de inicialmente existirem sempre algumas dificuldades de integração”, acrescentou o responsável da equipa.
O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, realçou, no dia da apresentação da equipa, que aquele momento seria “a primeira pedalada de muitas que ficarão na história” do clube, o que é uma opinião generalizada dentro da W52 – FC Porto-Porto Canal. Tanto Nuno Ribeiro como os ciclistas Joaquim Silva, Rui Vinhas e António Carvalho assumem que o momento da apresentação da equipa foi um marco importante para este renascer, mas relembram que é
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apenas o início de um percurso que trará muitas vitórias. Joaquim Silva aponta, por exemplo, a primeira prova que realizaram, como um momento de grande importância. “Não pelo resultado, mas por todo o significado que representou”, disse. Os atletas reconhecem o grande apoio dos adeptos em todas as provas, mesmo em Espanha, e admitem que levar a camisola azul e branca para as estradas representa uma grande responsabilidade mas também o REVISTAVIVA, JUNHO 2016
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sentimento de orgulho, pelo facto de pertencer a um grande clube. Os ciclistas afirmam que “as vitórias já conquistadas dão ainda mais vontade de continuar”. É exemplo disto o feito alcançado na terceira edição da Volta à Bairrada, onde o atleta Rafael Reis saiu vencedor no contrarrelógio e onde a equipa alcançou o primeiro lugar também na geral. A Volta às Astúrias é também exemplo dos feitos já conseguidos por estes ciclistas, prova em que António Carvalho conseguiu terminar em décimo lugar, tendo sido o melhor trepador entre as equipas portuguesas. Apesar das vitórias já conquistadas até agora, a equipa está preparada para enfrentar as provas seguintes e garante que, a nível desportivo, os grandes marcos ainda estão por vir. Os atletas e o diretor desportivo apontam a Volta a Portugal, que acontece em agosto, como o grande objetivo da W52 – FC Porto, competição para a qual têm muitas expetativas.
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Uma busca constante pelo Universo A EXISTÊNCIA DE VIDA FORA DO PLANETA AZUL É ALGO QUE TEM INTRIGADO A HUMANIDADE AO LONGO DAS ÚLTIMAS DÉCADAS. LONGE VÃO OS TEMPOS DE ASSOCIAÇÃO DE IMAGENS FICTÍCIAS DE HOMENZINHOS VERDES E COM ANTENAS NA CABEÇA À VIDA EXTRATERRESTRE. AS DESCOBERTAS CIENTÍFICAS, AO LONGO DOS ANOS, FORAM FUNDAMENTAIS PARA A MUDANÇA DE PARADIGMA. PARA ALÉM DO SISTEMA SOLAR, ONDE A TERRA SE ENCONTRA, OS CIENTISTAS COMEÇARAM A OBSERVAR ALÉM, INICIANDO UMA BUSCA EM TODO O UNIVERSO POR PLANETAS COM CARACTERÍSTICAS SEMELHANTES ÀS DA TERRA E ONDE PUDESSE HAVER CONDIÇÕES PARA EXISTIR VIDA. O PORTUGUÊS NUNO CARDOSO SANTOS, INVESTIGADOR NO INSTITUTO DE ASTROFÍSICA E CIÊNCIAS DO ESPAÇO E DA UNIVERSIDADE DO PORTO, E A SUA EQUIPA SÃO UM EXEMPLO DESTA PROCURA E PESQUISA. Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: Susana Neves
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Dos mais de dois mil planetas encontrados fora do nosso Sistema Solar - exoplanetas - pela comunidade internacional até aos dias de hoje, mais de duas centenas das descobertas e caracterizações tiveram o dedo da investigação do astrofísico Nuno Cardoso Santos e da sua equipa. Foi o primeiro exoplaneta a ser descoberto, em 1995, por uma equipa de investigadores de um laboratório em Genebra, na Suíça, que despertou a atenção do investigador do Porto. Assim, Nuno Cardoso Santos, poucos anos mais tarde, juntou-se aquela equipa para realizar o doutoramento em Genebra, começando assim a percorrer o caminho de “caçador de planetas”. Já em Portugal, corria o ano de 2004, o astrofísico e a sua equipa fizeram uma importante descoberta: encontraram o primeiro
exoplaneta com uma massa mais semelhante à massa da Terra. Até ao momento só se tinham descobertos planetas fora do Sistema Solar gigantes. Nuno Cardoso Santos recorda que “foi uma grande descoberta, porque era um planeta com uma massa apenas dez vezes maior do que a da Terra. Foi o primeiro planeta não gigante a ser descoberto”. Em 2012, um estudante de doutoramento da equipa do astrofísico conseguiu encontrar um planeta que habita na estrela Alfa Centauro, aquela que está mais perto do nosso Sistema Solar, e que tem exatamente a mesma massa que o planeta azul. Ao longo dos anos de investigação, Nuno Cardoso Santos e a sua equipa também chegaram a resultados para conseguirem relacionar a composição química
das estrelas e a probabilidade de estas terem planetas. “Foi um passo muito importante, porque nos dá informação relevante sobre os processos de formação”, sublinhou o astrofísico. O investigador explica que a área dos exoplanetas está cada vez mais focada em dois objetivos que são a deteção de planetas semelhantes à Terra e a caraterização detalhada destes planetas, mais concretamente das suas atmosferas. “Tudo isto poderá levar-nos, um dia, a detetar e descobrir um planeta parecido com a Terra, em que possa, eventualmente, existir vida”, diz Nuno Cardoso Santos. Desta forma, percebe-se que nem só enviando naves espaciais robotizadas ou tripuladas a outros planetas ou luas do Sistema Solar se poderá vir a identificar formas de vida fora
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do nosso planeta. O trabalho do astrofísico e da sua equipa é feito através de telescópios terrestres e espaciais muito desenvolvidos e que, ao viajarem pelo Universo, conseguem observar o número de milhões de estrelas que existem na nossa galáxia, a Via Láctea. Assim, para o astrofísico, estar “na crista da onda” a nível tecnológico, internacionalmente, é o objetivo e é o que aproximará a comunidade científica, incluindo a sua equipa, a dar os primeiros passos na procura de possibilidade de vida extraterrestre. De facto, até agora, os planetas encontrados, em zona habitável em volta da estrela, foram os planetas gigantes gasosos, com massas dezenas de vezes maior do que a massa da Terra, e planetas com um raio semelhante ao do planeta azul, mas muito
perto das estrelas que habitam. No entanto, os próximos tempos adivinham novas oportunidades, devido aos avanços tecnológicos de novos instrumentos de observação e de missões espaciais levadas a cabo pela Agência Espacial Europeia (AEE), nas quais o astrofísico e a equipa do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço vão participar. O maior telescópio da próxima geração, o E – ELT, do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Deserto de Atacama, no Chile, vai ter participação portuguesa, incluindo de Nuno Cardoso Santos, com o desenvolvimento do HIRES, um espectógrafo que irá fazer uma análise detalhada de um espetro luminoso, e que permitirá procurar sinais de vida através da análise da atmosfera de exoplanetas.
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O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço está também envolvido no Espresso, um espectógrafo de alta resolução e que será instalado num grande telescópio do ESO, o VLT, que irá procurar planetas parecidos com a Terra e capazes de suportar vida. Também o telescópio PLATO da AEE irá participar na deteção de sistemas planetários, conduzindo à análise e caraterização de planetas que tenham massa semelhante à da Terra e que se encontrem numa zona habitável da estrela à qual pertencem, ou seja, com a possibilidade de existir água no estado líquido. Tudo isto, a médio e longo prazo, contribuirá, segundo Nuno Cardoso Santos, para a descoberta de um planeta onde a vida extraterrestre seja, de facto, possível. REVISTAVIVA, JUNHO 2016
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Comes & Bebes A RUA DAS FLORES, EM PLENA BAIXA PORTUENSE, É, ATUALMENTE, E DEPOIS DE PASSAR POR UM PERÍODO DE GRANDES TRANSFORMAÇÕES, UM DOS PONTOS GASTRONÓMICOS MAIS ATRATIVOS DA CIDADE. A EDIÇÃO DESTE MÊS DA VIVA MOSTRA-LHE ALGUNS DOS MELHORES LOCAIS ONDE PODERÁ DESFRUTAR DE UMA BEBIDA, ALGUNS PETISCOS OU ATÉ UMA BELA REFEIÇÃO. Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: Carolina Barbot
CANTINA 32 Rua das Flores, nº32 Telefone: 222039069 Cantina 32, aberto desde 2014, é um restaurante com um ambiente descontraído, uma decoração urbana original e uma cozinha à base de pratos, para picar e partilhar, da responsabilidade do chefe Luís Américo. Petiscos como croquetes de alheira com molho de mostarda, morcela com maçã, bacalhau à brás e folhados de caril são alguns dos exemplos que podem ser provados. A ementa também oferece pratos “à séria”, com uma apresentação irrepreensível. As sobremesas originais e apontadas como as grandes atrações da carta são o bolo de bolacha, servido à medida (mínimo 2 cm), e o cheesecake apresentado num vaso. A decoração do espaço é moderna com um toque chique, com luz moderada, portas com ar antigo e paredes com ar inacabado em tons acinzentados, propositadamente contrastados por elementos decorativos sui generis como máquinas de escrever, bicicletas, bonecos articulados, catos e outras plantas, livros e terrinas. O Cantina 32 está aberto todos os dias das 12h30 às 14h30 e das 19h30 às 23h, excetuando sextas e sábados em que fica aberto até às 23h30. Encerra aos domingos.
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Mercearia das Flores Rua das Flores, nº110 Telefone: 22 208 3232 A Mercearia das Flores juntou num só espaço um conceito mais tradicional e contemporâneo. A lojinha tem o comércio português como grande atração e podem encontrar-se aqui queijos, compotas, enchidos, bolachas artesanais, mel, marmeladas, vinhos, cervejas, vinagres, entre muitos outros produtos regionais, biológicos, de origem conhecida e com sabores caseiros. Inaugurada em fevereiro de 2012, esta mercearia é um local especial de degustação, preenchida com algumas mesas para saborear diversas iguarias em ambiente simpático e acolhedor. A decoração do espaço é marcada pelos armários em madeira, tocados por tons suaves, com portas com rede de trama miúda. Depois existe o balcão, a convidar ao petisco, as ardósias que espicaçam aos sabores, os cestos nas paredes, a antiga balança e as mesas acolhedoras que casam com as inevitáveis cadeiras de costas altas. A Mercearia das Flores convida ao petisco. Nas mesas, os clientes podem degustar algumas combinações de produtos existentes na loja. Existe um menu diário que vai rodando nos sabores: conservas, bacalhau com azeitonas biológicas, sardinha ou cavala inteira picante em broa de milho de Avintes, queijos e enchidos. O espaço está aberto de segunda a quinta entre as 9h e as 21h. Às sextas e sábados abre das 9h às 20h. Ao domingo está encerrado.
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Traça Largo de São Domingos, nº 88 Telefone: 222 081 065 O restaurante Traça é o único da lista que se encontra no Largo de São Domingos, no final da Rua das Flores. No Traça encontra-se um espaço totalmente recuperado onde se nota o cuidado pela preservação de algumas características e espírito originais. Situado num prédio antigo no centro histórico do Porto, onde outrora funcionou uma drogaria, está agora um restaurante de cozinha tradicional, de influências ibéricas, com destaque para a carne, especialmente de caça, e as sobremesas caseiras. A ementa oferece especialidades como carpaccio de lombo de veado, lâminas de foie sobre maçã caramelizada, salada de cecina e salada de perdiz. Nos pratos de peixe destacam-se a sertã de bacalhau, congro estufado com ervilhas ou as lulas na sua tinta com arroz branco. Já na carne, a ementa oferece especialidade como o costeletão charolês, o lombo de veado grelhado com foie fresco, risotto cremoso de morcela e paletilla de cordeiro no forno. As sobremesas escolhidas podem ir da mousse de queijo com frutos vermelhos aos mexidos com pinhões. O Traça encerra aos domingos.
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Vinofino Rua das Flores, nº113 Telefone: 934443918 Neste espaço nascido em 2014 é o vinho que impera, em especial do Porto e do Douro. Queijos, enchidos, doces, bolo-rei e frutos secos são os petiscos de eleição deste winebar. A decoração do Vinofino é marcada pela quantidade de barris de vinho e a música ambiente. Muitas vezes, o Fado torna-se a companhia ideal para beber um copo de vinho escolhido a partir da carta. As tapas são eleitas como o melhor acompanhamento. Este espaço quer promover o que de melhor existe ao nível dos vinhos portugueses, com requinte e formação. O Vinofino está aberto todos os dias. De segunda a sexta-feira funciona das 16h às 24h e, aos fins de semana, das 15h à 1h.
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Cardosas Caffé Rua das Flores, nº 279 Telefone: 220995714 Aberto em setembro de 2014, o Cardosas Caffé tem vista privilegiada para a Estação de São Bento, considerada uma das mais belas do mundo. A ementa deste espaço inclui desde as saladas, a sandes e a batidos, sumos naturais e bebidas ‘detox’, passando por pastelaria variada, tábuas de enchidos e outros produtos tradicionais. Sangria, vinho e cocktails também são opções. Uma das particularidades das sandes é que estas têm nomes alusivos a zonas da cidade, nomeadamente a Invicta, a Baixa, a São Bento, a Cardosas, entre outras. O Cardosas Caffé funciona das 10h às 19h, apenas de segunda a sábado.
Vamos passar o fim de semana a
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SEJA RESPONSÁVEL. BEBA COM MODERAÇÃO.
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À Parte Rua das Flores, nº 46 Telefone: 22 201 0888 Com vista para o antigo Mercado Ferreira Borges está o À Parte, um restaurante que abriu em 2009 e que também funciona como bar. Nos dois pisos do edifício típico desta zona antiga da cidade, encontramos uma decoração moderna e acolhedora que resulta da utilização nobre da madeira, em tons escuros e neutros ligadas à terra, e recantos com diversos sofás e candeeiros que criam um ambiente descontraído e informal que convida a estar e ficar. Para além destes momentos ‘à parte’ que o próprio espaço promete, a cozinha do restaurante apresenta-nos sabores mediterrânicos de fusão e inspiração oriental, bem como um fondue original, sem gorduras e cheiro intenso. Enquanto lounge-bar, é ainda possível lanchar e tomar chá ou beber um copo até horas mais tardias. As especialidades passam pelo carpaccio de novilho, lâminas de salmão, bacalhau confitado, bolinha de alheira e tempura de camarão, bem como outros pratos de fusão mediterrânica, como linguini de camarão com molho gengibre ou pedacinhos de tamboril. Nas sobremesas, a recomendação é o fondant de chocolate. O preço médio de uma refeição é de 25 euros, mas ao almoço há refeições mais económicas. O ‘À Parte’ está aberto de segunda-feira a domingo entre as 10h30 e as 2h.
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“E quanto ao riso, o Porto gosta de rir e de rir com uma certa insolência: ri mais desbragadamente, mais primariamente, mais saudavelmente e com mais gosto do que Lisboa.”
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Créditos Carolina Barbot
Vasco Graça Moura
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Xutos & Pontapés e GNR em destaque nas Festas de São João As festas de São João, no Porto, incluem este ano mais de 300 eventos, que vão desde bailes, e rusgas a, como não poderia deixar de ser, concertos. O palco da Avenida dos Aliados está reservado, na noite mais longa do ano, dia 23 de junho, para o concerto dos Xutos & Pontapés. A banda de rock português irá atuar logo a seguir ao fogo de artifício. Para o dia 24 de junho está agendado um concerto da Banda Sinfónica Portuguesa, que sobe ao palco dos Aliados, num espetáculo onde serão revisitados alguns dos temas mais famosos de bandas conhecidas do grande público como os “Beatles”, “Queen” ou “Scorpions”. No dia 25 de junho, e para encerrar o palco da Avenida dos Aliados, é a vez da banda de Rui Reininho dar espetáculo aos portuenses. Os GNR prometem um concerto memorável, que juntará o grupo de rock à Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana. Também no dia 25, as tradicionais Rusgas de São João iniciam-se, pelas 20h30, na Praça da Batalha e terminam na Praça General Humberto Delgado. Há também concertos gratuitos na Alameda das Fontainhas e na Estação de Recolha da STCP em S. Roque, nos dias 17, 18, 19, 23 e 24 de junho.
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“Para lá de Bagdad” é o mais recente livro de Alberto S. Santos “Para lá de Bagdad”, lançado em maio, é o quarto e o mais recente livro de Alberto S. Santos, autor bestseller de romances históricos como “A escrava de Córdova”. Esta é uma obra envolvente sobre um dos momentos mais intrigantes da Idade Média, que, ao acompanhar a história da viagem real de Ahmad ibn Fadlan, emissário do califa de Bagdad no ano de 921, dá a conhecer os alicerces de uma civilização ainda hoje tão deslumbrante quanto desconhecida. Apaixonado pelos livros e pela investigação histórica, comissário do evento literário Escritaria, Alberto S. Santos foi durante 12 anos Presidente da Câmara Municipal de Penafiel e tem-se dedicado, ao longo da última década, à escrita.
Lloyd Cole está de regresso a Portugal com concerto na Casa da Música Depois de no ano passado ter cancelado dois concertos no nosso país, este ano o músico regressa para atuar nas salas nacionais. A Casa da Música recebe o artista britânico no dia 17 de setembro. O músico, que se estreou na companhia dos Commotions no arranque dos anos 80, tendo editado o clássico Rattlesnakesem 1984, visita Portugal desde essa altura, tendo ao longo dos anos atuado inúmeras vezes no país, sempre com grande sucesso. O cantor, músico e compositor que atualmente reside em Nova Iorque já declarou 2016 como o seu ano retrospetivo. Depois de editar Lloyd Cole and the Commotions Collected Recordings 1983-1989, antologia que recebeu rasgados e justificados elogios de toda a imprensa, o artista prepara já novo volume retrospetivo que deverá olhar para o arranque da sua carreira a solo e compreender o período 1989 - 1996. A sua proposta é andar em digressão acústica com todas essas canções que foi espalhando ao longo do período compreendido entre 1983 e 1996, canções como “Are You Ready To be Heartbroken”, “Brand New Friend” ou “Jennifer She Said” que fazem parte da memória coletiva nacional. Os bilhetes para o concerto custam 30 euros. REVISTAVIVA, JUNHO 2016
Rivoli recebe espetáculo da coreógrafa Meg Stuart VIOLET, o espetáculo da reconhecida coreógrafa Meg Stuart, vai estar no Teatro Municipal do Rivoli, no Grande Auditório Manuel de Oliveira, no dia 8 de julho. Neste espetáculo, cinco bailarinos em palco revelam, simultaneamente e singularmente, uma paisagem energética, um terreno carregado de opções. As suas ações, movimentos e reações são sempre manifestações de fenómenos, imperceptíveis mas sempre ativos. VIOLET é, assim, uma descida íngreme num redemoinho indefinido, um tornado de padrões energéticos e esculturas cinéticas cheias de detalhes, numa parceria com o músico Brendan Dougherty, que toma as eletrónicas e as percussões em palco. Após um período de cruzamento com outras formas de arte e outras colaborações, Meg Stuart transforma, em VIOLET, o movimento como motor primário, a coreografia em grupo como uma alquimia dos sentidos. Esta é considerada uma das obras mais abstratas das peças de Meg Stuart feitas até agora. Os bilhetes custam 10 euros.
Coliseu recebe norte-americanos Pentatonix O quinteto Pentatonix, banda vencedora de um Grammy, que fez sucesso mundial graças aos seus temas cantados “a capella”, vai passar pelo Coliseu do Porto no dia 26 de setembro, para um concerto integrado na digressão mundial “Pentatonix: The World Tour 2016”. Desde que explodiram na cena musical em 2011, os Pentatonix comprovaram ser um verdadeiro fenómeno. Hoje são Disco Platina, com mais de 2,7 milhões de álbuns vendidos nos EUA, venceram um Grammy Award, esgotaram salas por todo o mundo e acumularam mais de 1,4 mil milhões de visualizações no Youtube, onde contam com mais de 10 milhões de subscritores. O mais recente álbum de estúdio homónimo, “Pentatonix”, lançado em outubro do ano passado e o primeiro que conta com temas de originais, estreou em primeiro lugar nas listas Billboard Top 200 e Current Albums Chart. Os bilhetes para a plateia em pé custam 25 euros.
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Serralves acolhe 25.ª edição de Jazz no Parque No ano em que o Jazz no Parque chega à sua 25ª edição, a data comemora-se com uma dedicação especial à “prata da casa”. Em 2016, a iniciativa decorre entre os dias 3 e 17 de julho. São dois, não apenas um, os concertos no fecho deste ciclo em 2016. O primeiro, no dia 17 de julho, revela uma nova formação de jovens músicos portugueses que muito tem surpreendido, “Slow is Possible”, com um projeto especialmente concebido para Serralves (“Hunting Weather”, inspirado num poema de Charles Bukowski). O segundo, também dia 17, apresenta o consagrado e internacionalmente aplaudido Red Trio numa versão pouco ouvida, a elétrica. Este estreia a sua parceria com o finlandês Raoul Bjorkenheim, guitarrista bem conhecido dos apreciadores das edições da ECM e da Rune Grammofon, bem como dos cruzamentos do jazz com o rock. O programa da iniciativa vai cruzar duas linhas de força. Uma é a inclusão de nomes que vêm apostando na inovação e na liberdade formal da música que tocam, caso do grupo formado por Ivo Perelman, Márcio Mattos e António “Panda” Gianfratti, que terá a sua estreia absoluta no Porto, no primeiro dia de festival, ou seja, 3 de julho.
Festival Marés Vivas instala-se em Gaia para três dias de música O festival MEO Marés Vivas vai regressar à Praia do Cabedelo, em Vila Nova de Gaia, nos dias 14, 15 e 16 de julho. O músico britânico Elton John é o cabeça de cartaz para o primeiro dia do festival de verão. James Bay, autor de hits como Hold Back The River, também atuará neste primeiro dia. Acabada de lançar o seu segundo álbum, a banda irlandesa Kodaline vai subir ao palco no dia 15. Os James, icónica banda de Manchester, formada em 1982, e composta por Tim Booth (voz), Jim Glennie (baixo), Saul Davies (guitarra e violino), Mark Huter (teclado), David Baynton-Power (bateria) e Andy Diagram (trompete), atuam também no Marés Vivas, mas desta vez no último dia do festival. A cantora e compositora inglesa, vencedora de um BRIT Award, Beth Orton, também sobe ao Palco MEO no dia 16 de julho. Considerado um dos maiores músicos nacionais, Rui Veloso também se vai apresentar no palco do festival MEO Marés Vivas, neste dia. Outros exemplos de artistas que vão marcar presença na Praia do Cabedelo são Jimmy P, os D.A.M.A, Dengaz ou Kelis. O passe geral para o festival custa 60 euros e o bilhete diário 35 euros. REVISTAVIVA, JUNHO 2016
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Uma nova vida para o antigo Matadouro O antigo Matadouro Industrial de Campanhã vai ser convertido num pólo de atração para a cidade do Porto assente na cultura, coesão social e economia. O projeto, que deverá custar cerca de dez milhões de euros à Câmara Municipal, promete reunir no mesmo espaço uma dezena de diferentes valências e, ainda, a construção de passagens para o metro do Estádio do Dragão e para a estação de comboios de Contumil. Fotos: Raquel Andrade Bastos Fotos: Carolina Barbot
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Os 29 mil metros quadrados do Matadouro Municipal desativado há mais de duas décadas vão ser preenchidos por galerias, escritórios e acervos, numa obra que deverá estar terminada a meio do próximo mandato, ao qual Rui Moreira será candidato. O projeto arquitetónico para a reconversão deste local, realizado pela sociedade Garcia & Albuquerque, contém uma “Área de Empresas Criativas e
Tecnológicas” nacionais e internacionais. Este espaço, de acordo com a “Porto Before Porto”, que Rui Moreira apresentou na Trienal de Milão, em Itália, vai dedicar-se a grupos económicos, a médias empresas e a promotores de novas ideias de negócio. A “Arte e Comunidade” também estará nesta equação. Os pólos dedicados a esta área vão ser coordenados por responsáveis multidisciplinares que vão desenvolver atividades sociais e artísticas, envolvendo toda a comunidade da zona de Campanha. Os artistas e colecionadores portuenses terão neste edifício reconvertido uma “Reserva de Arte Contemporânea”, onde poderão guardar as suas obras e materiais.
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O antigo Matadouro comportará ainda uma “Nave-multiusos” que vai receber vários tipos de apresentações, como por exemplo sessões de cinema, conferências ou eventos sociais. Uma área de “Estúdios Media e Audiovisual” ocupará também o espaço, que se dedicará à produção e gravação para cinema, televisão, música ou rádio, com espaços que têm o propósito de serem comercializados e com outros que serão utilizados para projetos com caráter pedagógico e em fase de crescimento. A gastronomia não fi cará de fora neste projeto com o “Laboratório de Gastronomia” que vai dar a conhecer ao público a gastronomia tradicional atlântica e que promete promover
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“a investigação e inovação para novos chefs”. As “Artes e Ofícios Tradicionais” também ganham o seu canto nesta reconversão. Encadernadores, estofadores, carpinteiros e outros artesãos vão poder ganhar aqui um novo local de trabalho. Este novo espaço da cidade do Porto vai também acolher uma área para as “Residências Artísticas”, que incluirá estúdios, salas de residência e uma área de apresentação ao público, destinada a artistas portugueses e estrangeiros. O “Museu da Indústria”, que vem sendo falado há vários anos, também ganhará aqui o seu espaço com direito a uma coleção permanente, que será
composta por “centenas de peças, máquinas e documentos” oriundos de setores diferentes e representativos do desenvolvimento industrial do Grande Porto, como a metalomecânica, a fundição, o têxtil ou a moagem. Um pólo desportivo também fará parte desta requalificação, que conterá um campo multiusos e respetivas zonas de apoio, destinado “aos colaboradores dos projetos instalados no Matadouro”, mas aberto ao público em geral. O projeto para o antigo Matadouro Municipal prevê também uma ligação direta à estação de metro, por cima da VCI, ideia presente no Plano de Pormenor
das Antas, que nunca viu a luz do dia. Na apresentação feita, em Milão, pelo autarca portuense foi revelado que “esta privilegiada passagem e ligação ao metro servirá não só quem venha visitar os espaços culturais que se encontrarão neste local, ou quem trabalhe nos diferentes edifícios destinados a empresas, mas igualmente a população residente na zona da Corujeira, promovendo o atravessamento e abertura deste espaço à cidade envolvente, gerando com isso maior dinâmica e inclusão”. A proposta apresentada para a reconversão do antigo Matadouro Industrial de Campanhã, que entrou em funcionamento
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LEGENDA 1 - Área de empresas criativas e tecnológicas 2 - Museu da Indústria 3 - Arte e Comunidade 4 - Reservas de Arte Contemporânea 5 - Nave-multiusos 6 - Laboratório de Gastronomia 7 - Estúdios Media e Audiovisual 8 - Artes e Ofícios tradicionais 9 - Polo de Desporto 10 - Residências Artísticas Fonte: Câmara Municipal do Porto
pleno no ano de 1932 e que está classificado como Imóvel de Interesse Patrimonial, defende uma máxima preservação e manutenção de grande parte da construção original, que está agora num avançado estado de degradação. Com a conservação do traço maioritariamente industrial que o edifício apresenta e apresentou ao longo do tempo, o projeto tem planeado, e de modo a diminuir o impacto paisagístico, uma implantação de uma grande zona verde, com a plantação de novas árvores de pequeno e grande porte e, ainda, a criação de um pequeno bosque. Algumas coberturas de edifícios também serão ajardinadas. O Matadouro Industrial do Por-
to foi construído em 1910 e teve influências do matadouro alemão Offenbach, edificado em 1904. O projeto do engenheiro Avelino Andrade na altura aprovado só iniciou atividade em 1923, mas foi inaugurado oficialmente quase dez anos depois, em 1932. Nos anos noventa do século passado, o local foi desativado e desde aí não tem tido um propósito de utilização. Com este novo projeto, que a Câmara Municipal do Porto lembra ter começado a ser desenvolvido pelo vereador da Cultura Paulo Cunha e Silva, que morreu em novembro passado, o edifício manterá a sua identidade exterior, mas tudo o resto sofrerá mudanças radicais, para que ganhe uma nova vida.
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Espaços de convívio e lazer para todos os gostos Fotos: Francisco Teixeira/ CMM
MATOSINHOS ESTÁ NUMA FASE DE REMODELAÇÃO URBANÍSTICA. OS PROJETOS DE REABILITAÇÃO DE PRAÇAS E ESPAÇOS COMUNS, AO LONGO DE TODAS AS FREGUESIAS PERTENCENTES AO CONCELHO, SÃO A PROVA DISSO. RECENTEMENTE, FOI A VEZ DA INAUGURAÇÃO DA PRAÇA DAS SETES BICAS, MAS HÁ AINDA VÁRIOS PROJETOS, PARA ESTES LOCAIS DE ENCONTRO E CONVÍVIO ENTRE A POPULAÇÃO, EM ANDAMENTO. SÃO EXEMPLO DISSO A PRAÇA DA CIDADE, NO CENTRO DE MATOSINHOS, O PARQUE DE SANTANA A PRAÇA DE LEÇA DA PALMEIRA, A PRAÇA DO FREIXIEIRO, A PRAÇA DE SÃO ROQUE, A PRAÇA DE CUSTÓIAS, A PRAÇA DE ANGEIRAS, O JARDIM DO SEIXO, EM S. MAMEDE INFESTA, A PRAÇA DE LAVRA E A PRAÇA DO PADRÃO DA LÉGUA. I n a u g u ra d a e m feve re i ro passado, a Praça das Sete Bicas, situada na Senhora da Hora, entre a Avenida da Senhora da Hora, a rua da Fonte das Setes Bicas, a Capela da Sra. da Hora, o Colégio da Efanor e a Porto Business School, é agora um espaço público, com capacidade para pequenos e m é d i o s eve n to s , co m o concertos, mercados de rua, festivais locais e até acolher as Festas da Senhora da Hora.
Esta praça está dividida em quatro zonas fundamentais. A zona pedonal é constituída por faixas de largas dimensões e tem disponíveis para os cidadãos bancos e bebedouros. As zonas verdes contêm vegetação com várias cores que dão uma paisagem diferente ao longo de todo o ano. O anfiteatro verde, junto à Capela da Fonte, pretende dar ênfase ao adro da capela e impulsionar a realização de possíveis eventos. Por último,
esta nova praça tem ainda um espaço de estacionamento que possui 101 lugares. Mais um exemplo da valorização do espaço público é a criação da praça urbana em Matosinhos Sul, atravessada diagonalmente pela “Broadway”, uma via pedonal que utiliza o antigo canal da via férrea de acesso a Leixões. A Praça, como é chamada, terá uma área onde vão ser implementados instrumentos de valorização das atividades ligadas ao lazer e à memória coletiva da Indústria Conserveira. Este espaço contará a evolução desta indústria no concelho, através de um percurso de
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peixes, em que cada peixe é o símbolo de uma fábrica. O centro da freguesia de Leça da Palmeira também sofrerá uma requalificação. Com o objetivo de enriquecer o lugar e de o tornar com melhor imagem, vão desenvolver-se um conjunto mudanças essenciais a uma melhor atividade urbana, com um percurso pedonal que se estenderá nos arruamentos e na ligação entre a Igreja Matriz, a Junta de Freguesia, o parque e a Capela de Santana, que se tornará uma “grande praça”. No âmbito do concurso “Renovar Matosinhos”, lançado em março pela autarquia, surge também
o projeto para criar a Praça do Freixieiro, que ao longo dos anos foi perdendo importância e transmitindo uma imagem de abandono. Assim, o projeto aparece como uma forma de retomar e dignificar o centro de Freixieiro. A nova praça ocupará um espaço de 3750 metros quadrados, que adota o principal e q u i p a m e n t o d e s p o r t i vo do local, envolvendo-o com uma “capa” de outdoors que remetem para a história do desporto do Freixieiro. O novo centro terá uma pequena bancada-anfiteatro, com um espaço lúdico ou comercial que acolherá um café com sala de
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leitura e ludoteca, vegetação e m o b i l i á r i o u r b a n o. O s arruamentos em redor também vão sofrer mudanças para que haja a concentração de todos os elementos para o conforto e bem-estar. A Praça de S. Roque vai sofrer também um reordenamento que planeia uniformizar toda a área que contém desníveis no solo. Assim, o plano sugere a demarcação através de pavimentos diferenciados entre as zonas centrais da praceta e as zonas de circulação envolventes, para que seja mantido o acesso aos moradores. A organização da praceta inclui REVISTAVIVA, JUNHO 2016
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um eixo central no qual vai ser colocado um espelho de água, com a inclusão do busto do Dr. Manuel Rodrigues de Sousa, da escultora Irene Vilar. Em redor, serão criadas plataformas de canteiros com arbustos, que vai proporcionar um ambiente harmonioso e natural ao local. Estão, ainda, previstas áreas de circulação, bancos de jardim,
arborização e iluminação pública para esta praça. De forma a promover a integração da Igreja de Custóias no tecido urbano envolvente, a autarquia propõe um plano que contém a criação de novos acessos e condições de estacionamento e novos espaços exteriores de apoio à igreja. Assim, pretendese construir um adro mais amplo
e duas praças laterais pequenas que vão funcionar como espaço de convívio entre a população. O desenho desenvolvido procura a criação de um espaço fluído que se relaciona de forma harmoniosa com os arruamentos previsto no, já aprovado, Estudo Urbanístico para o local. A renovação ao longo do concelho está também prevista para a Praça de Angeiras, através de um novo plano que contém um revestimento uniforme e contínuo, envolvido por uma zona verde. A praça desenvolve-se de modo a aproveitar o declive que existe no terreno para que se beneficie das várias perspetivas de paisagem, mais concretamente o “mar de Angeiras”. O desenho tem na ideia o acolher de várias atividades que aconteçam ao longo do ano, como festas
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populares e concertos, assim o futuro centralizador da vida da comunidade vai incluir a construção de um espaço central de terreiro. Está ainda prevista a implantação de pequenos equipamentos de apoio e um parque infantil. Na freguesia de S. Mamede de Infesta está previsto a elaboração de um projeto de valorização ambiental para o Jardim do Seixo. Este novo plano pretende otimizar o espaço, sempre com uma mentalidade de proteção e equilíbrio ambiental. A proposta apresentada revela a intenção de criar percursos pedonais em betão poroso, com características antiderrapantes, com iluminação. A criação prevê também a implementação de uma horta biológica, com talhões, vedação e equipamento de apoio para guardar os utensílios. O projeto contempla também um parque canino, onde os animais poderão correr em liberdade sem fugir, um
bebedouro canino, recipientes para o lixo e, ainda, mobiliário urbano, como mesas e bancos para piqueniques. O largo Fernando Aroso, em frente à Igreja de Lavra, vai também acolher uma nova praça. A proposta para a Praça de Lavra elimina a circulação automóvel frente à fachada da igreja prolongando a zona do adro e fazendo a ligação entre este e a praça como um espaço único. Assim, pretendese devolver ao plano da fachada da igreja a definição de espaço livre contíguo como tradicionalmente acontece. A circulação neste novo local vai acontecer com entrada a partir da Rua Fernando Oliveira Maia e com saída pela rua do Congo. Os dois arruamentos que envolvem a praça vão incluir um alinhamento de árvores, com a implementação de zonas pedonais. A Praça de Lavra incluirá um pavimento único, contínuo e monocromático,
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com a presença de mobiliário urbano. A Praça do Padrão da Légua será implementada no quarteirão delimitado pela Rua da Fonte Velha, a Rua Recarei e a Rua de São Gens. Este local vai incluir amplas áreas de circulação, zonas verdes, arborização, baias de estacionamento, bancos de jardim e iluminação pública. A população terá assim acesso a um espaço de convívio e livre utilização. A autarquia pretende, ainda, criar um parque público com um equipamento para skaters, próximo dos Paços do Concelho, onde há anos existiu um recinto chamado Campo de Futebol de Santana, hoje usado como parque de estacionamento. O novo Parque de Santana vai incluir uma zona verde e arborizada, onde no centro terá um espaço para a prática do skate, que deverá ser uma referência a nível nacional. REVISTAVIVA, JUNHO 2016
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Viagem Medieval 2016 DE 27 DE JULHO A 7 DE AGOSTO DE 2016, SANTA MARIA DA FEIRA E O SEU CASTELO MEDIEVAL RECUAM AOS SÉCULOS XIII – XIV E AO REINADO DE D. DINIS, PARA A 20ª EDIÇÃO DA VIAGEM MEDIEVAL EM TERRA DE SANTA MARIA.
D. DINIS – O PLANTADOR DE NAUS Em Portugal, o final do século XIII e princípio do século XIV foram marcados pela longa governação de D. Dinis, caracterizada pela afirmação do poder régio e pelas alianças firmadas com os reinos peninsulares: primeiro, o de Aragão, casando com D. Isabel; depois, o de Castela e Leão, assinando o tratado de Alcanizes, em que ratificou o casamento entre os príncipes herdeiros e definiu os limites territoriais entre os dois reinos, convertidos na fronteira política mais antiga e estável da Europa. Político nato, com sentido de Estado excecional, D. Dinis tratou do repovoamento das terras, da
construção de muralhas e castelos, da organização do exército e de uma força naval moderna, necessária à defesa da zona costeira. Nacionalizou as ordens militares, como foi o caso da Ordem de Santiago, e criou a nova Ordem de Cristo. Fundou a universidade e adotou a língua portuguesa para os documentos oficiais. Demonstrando uma grande capacidade de decisão, D. Dinis, conhecido pelos cognomes O Lavrador, O Poeta, O Trovador ou O Pai da Pátria, foi um rei justo e piedoso, inteligente, de personalidade forte e determinada, que deixou uma marca evidente, não só no seu tempo como na história de Portugal.
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No seu livro “Mensagem”, o poeta Fernando Pessoa apelida D. Dinis de “O plantador de naus a haver”, numa alusão aos pinhais que mandou plantar, que serviram mais tarde para a construção das naus que partiram à descoberta de novos mares.
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A Viagem Medieval recebeu no ano passado a sua primeira distinção internacional, em Valência (Espanha). “Este prémio tem um grande significado, porque é o reconhecimento do trabalho de internacionalização da Viagem Medieval e dos nossos eventos culturais, como o Imaginarius e o Perlim”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa. A estratégia da autarquia é, assim, nas palavras de Emídio Sousa, “apostar cada vez mais em atrair público dos países europeus e não só”. “O mercado espanhol, pela sua proximidade, já representa 1/6 dos mais de 600 mil visitantes em 2015. Mas estamos também a atrair gente de França, Alemanha, Reino Unido e mesmo dos países orientais e do continente americano”, disse Emídio Sousa.
CONSTRUÍMOS MEMÓRIAS Há uma cidade do Norte de Portugal, 30 quilómetros a sul do Porto, que todos os anos proporciona a mais de 600 mil visitantes uma autêntica viagem no tempo. Passaporte para uma viagem única pelas vivências da Idade Média, a Viagem Medieval proporciona uma completa aula de história viva, onde os visitantes também podem ser atores nos grandes momentos de animação e recriação. Cruzando história, património, animação e gastronomia, a Viagem Medieval oferece produtos turísticos inovadores, como o Bilhete Experiência, que proporciona experiências exclusivas a quem quer viver o evento de forma mais intensa e sensorial. Realizado em pleno verão, o maior evento de recriação medieval da Europa estende-se por 12 dias consecutivos, no centro histórico de Santa Maria da Feira. A Viagem Medieval realiza-se anualmente desde 1996, apenas com um ano de interregno, em 1998. Em 2016, o evento celebra 20 edições.
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RIGOR HISTÓRICO
EM FAMÍLIA
O rigor histórico é o selo de identidade da Viagem Medieval. Cada edição destaca um período específico da história nacional e local, contado ao longo do evento, numa sequência de episódios. O mesmo princípio do rigor se aplica à ambientação do espaço, aos trajes dos participantes e à gastronomia, onde tudo é recriado com detalhe. A Viagem Medieval é um grande acontecimento para vivenciar em família. Depois de entrarem num dos oito pórticos do recinto, de 33 hectares, os visitantes mergulham nas raízes medievais e deixam-se contagiar pelo espírito do evento: trajam à época, aplaudem torneios, vivem batalhas e degustam iguarias da época.
São cerca de 25 as áreas temáticas que recriam as vivências da Idade Média e centenas os espetáculos que durante 12 dias atraem multidões à cidade – uma logística gigantesca assegurada por mais de duas mil pessoas que trabalham diariamente para este evento. A dimensão espacial e temporal da Viagem Medieval e a diversidade de conteúdos e experiências que proporciona a toda a família motivam os visitantes a pernoitar nas unidades hoteleiras da cidade para regressarem nos dias seguintes. Os mais aventureiros optam cada vez mais pelo campo de tendilhas, instalado em pleno recinto do evento. Porque é impossível desfrutar de todas as experiências num só dia.
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PRÉMIOS E DISTINÇÕES A Viagem Medieval já arrecadou vários prémios, nacionais e internacionais, nomeadamente o Prémio “Ciudad de Castellón”, da Fundação Moros d’Alqueria (Espanha, 2016), o Prémio “Melhor Evento Público 2014” (ExpoEventos 2015), a Menção Honrosa “Melhor Filme de Turismo” (ART&TUR 2015), o “Certificado de Excelência 2015” (Trip Advisor) ou, ainda, o Prémio “Melhor Evento Cultural 2012” (ExpoEventos 2013).
UMA EXPERIÊNCIA EM NÚMEROS A edição deste ano da Viagem Medieval promete doze dias de animação e recriações históricas, 25 áreas temáticas, uma área alimentar com 23 tabernas e seis restaurantes. O evento terá ainda mais de cinquenta grupos de animação para mais de 130 horas de animação, com 170 horas totais de espetáculos. O espaço que o evento vai ocupar vai receber uma Feira Franca, com artesãos e artífices, mercadores e regatões. Os voluntários a participarem na Viagem Medieval, que se estende a uma área de 33 hectares, são mais de trezentos.
A rua é o palco privilegiado das grandes manifestações culturais de Santa Maria da Feira – tradicionais, contemporâneas e experimentais e as gentes locais conservam uma forma singular de fazer, de envolver e de surpreender. Esta aptidão natural para a criação e recriação no espaço público, valorizando os recursos endógenos, traduz-se em experiências únicas para quem visita o território pela primeira vez e para quem regressa sempre que a Cultura acontece. A programação estende-se ao longo de todo ano, com acontecimentos culturais que fazem de Santa Maria da Feira um genuíno Palco de Experiências.
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Férias de Verão com grande dinâmica para os mais jovens A CHEGADA DAS FÉRIAS DE VERÃO PARA OS MAIS NOVOS É, POR VEZES, UMA PREOCUPAÇÃO PARA OS PAIS. PARA QUE ISTO NÃO ACONTEÇA, A JUNTA DE FREGUESIA DE PARANHOS ORGANIZA, DE JUNHO A SETEMBRO, UM CONJUNTO DE ATIVIDADES QUE VAI DINAMIZAR E OCUPAR O TEMPO DE FÉRIAS DOS MAIS JOVENS. O ATL DE FÉRIAS DIVERTIDAS, AS FÉRIAS DESPORTIVAS E O ATL REGRESSO ÀS AULAS SÃO EXEMPLOS DISTO E PROMETEM MUITAS IDAS À PRAIA, VISITAS CULTURAIS, PRÁTICA DE DESPORTO E MUITA ANIMAÇÃO. Foto: JFParanhos
A Junta de Freguesia de Paranhos vai dar oportunidade às crianças e aos jovens para que não tenham tempos desocupados ou monótonos depois do fim das aulas. Desta forma preparou um programa intenso de atividades. Logo a partir do dia 13 de junho e até ao final do mês de julho, as crianças que frequentam o primeiro ciclo de escolas da freguesia ou não e que se encontrem entre os 6 e os 10 anos de idade, poderão participar no ATL Férias Divertidas, que funcionará entre as 8 horas e as 19h30 durante todos os dias da semana. As atividades programadas para este primeiro projeto incluem idas à praia, jogos tradicionais, atividades em espaços verdes, visitas de âmbito cultural,
sessões de culinária, apoio ao estudo e, ainda, a prática de vários desportos. As refeições diárias como lanches e almoço estão assegurados a partir do momento da inscrição. O ATL Férias Divertidas, que funcionará nas Escolas Básicas de Augusto Lessa, Costa Cabral, Covelo e do Bom Pastor, promete umas férias inesquecíveis para os mais novos, pretendendo, t a m b é m , re t i ra r a l g u m a preocupação aos pais das crianças. As inscrições para esta atividade são feitas por semana, o que dá uma maior flexibilidade de planeamento às famílias. Outro projeto da freguesia para ocupar os tempos livres dos mais jovens são as Férias Desportivas, que decorrem durante todo mês
de julho. Este projeto, que se prolonga há já 14 anos e que é tido como um enorme sucesso, está direcionado apenas para os jovens de Paranhos, com idades compreendidas entre os 8 e os 16 anos. Destinadas a cerca de duas centenas de crianças e jovens, as Férias Desportivas tornam-se parte indissociável do verão para muitos, que acabam sempre por tornar a participar no projeto, nos anos seguintes. O presidente da Junta, Alberto Machado, refere que tem um carinho especial
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por esta iniciativa dado que foi este o primeiro projeto que implementou quando chegou à Junta de Freguesia em 2002, ainda enquanto responsável do pelouro do Desporto e Juventude. As Férias Desportivas estão divididas em dois turnos, com duas semanas cada e pretendem marcar as férias dos mais novos com muita animação e adrenalina. O programa deste projeto é intenso, prometendo, das 8h30 às 17h30, ao longo
de duas semanas, atividades relacionadas com diferentes modalidades de desporto, como o slide, a capoeira, o voleibol, o ténis, o bowling e, acima de tudo, novas experiências e a criação de novas amizades. Após toda a azáfama das férias de verão, em setembro as atividades para os jovens da freguesia estão de volta com o ATL - Regresso às Aulas. A novidade do ano letivo 2016/2017 é que a partir do dia 1 de setembro e até ao início
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do ano letivo, será aberto mais um ATL, localizado na sede do Agrupamento de Escolas Pêro Vaz de Caminha. Este novo espaço junta-se aos quatro já existentes e, em conjunto, oferecerão no próximo ano letivo, apoio no regresso ao estudo para além de oferecer um leque de atividades lúdicopedagógicas. As inscrições para o ATL Regresso às Aulas são feitas, também, de forma semanal e estão abertas até ao dia 31 de julho. REVISTAVIVA, JUNHO 2016
H U M O R
ahahahah
O médico, depois de ver a história clínica do paciente, pergunta: - Fuma? - Pouco. - Faz bem. Quanto menos melhor. Bebe? - Pouco. - Ainda bem. Pratica desporto? - Não posso. Tenho lesões antigas. - Pois, é pena. E sexo, pratica com frequência? - Muito pouco. - Isso é que não pode ser. Se não pratica desporto, deve compensar fazendo muito sexo. Vá para casa e pense bem nisso... Ele foi para casa, contou à mulher o que o médico lhe tinha dito e de seguida foi tomar um banho. A mulher, esperançosa, enfeita-se, perfuma-se, põe o seu melhor baby-doll e fica à espera dele, numa pose toda provocante. Ele sai do chuveiro, perfuma-se cuidadosamente, começa a vestir-se, e a mulher, surpreendida, pergunta: - Aonde é que vais? - Não ouviste o que o médico me disse? - Sim, por isso mesmo estou aqui, já prontinha para... tu sabes! Então ele responde: Ah, Francisca, Francisca, lá estás tu outra vez com a mania dos remédios caseiros... O gerente chama o empregado recém-admitido à sua sala para lhe dar as primeiras instruções: - Qual é o seu nome? - José - responde o empregado. - Olhe - explica o gerente - eu não sei em que espelunca você trabalhou antes, mas aqui nós não tratamos as pessoas pelo seu primeiro nome. É muito familiar e pode levar à perda de autoridade. Eu só chamo meus empregados pelo sobrenome: Ribeiro, Matos, Souza, etc. E os funcionários tratam-me a mim por Sr. Mendonça. Bem, agora quero saber, qual é o seu nome? O empregado responde: - Meu nome completo é José Amorzinho. - Tá certo, José. Pode ir agora...
Um homem liga para casa depois de mais um dia de trabalho para saber o que é o jantar. - Estou? - diz uma vozinha de criança. - Olá, querida, é o papá. - A mamã está perto do telefone? - Não, papá. Ela está lá em cima no quarto com o tio Nando. Depois de alguns segundos, o tipo diz: - Mas querida, não tens nenhum tio chamado Nando!! - Tenho sim! E ele está lá em cima no quarto com a mamã. - Está bem, então. Quero que faças o seguinte: sobe a correr as escadas, bate na porta do quarto e grita para a mamã e para o tio Nando que o meu carro acabou de parar em frente a casa. - Está bem, papá. Alguns minutos depois, volta a miúda: - Bem, eu fiz o que me disseste, papá. - E então? - Bem, a mamã pulou da cama nua e começou a correr pelo quarto a gritar, tropeçou no tapete e caiu pelas escadas abaixo... - Oh, meu Deus! E o tio Nando??? - Ele saltou da cama nu e estava muito assustado. Então pulou pela janela do fundo para dentro da piscina, mas ele deve ter-se esquecido que tinhas esvaziado a piscina na semana passada para limpar, e bateu com a cabeça no fundo da piscina, e não me parece estar nada bem... Uma longa pausa e o homem diz: - Piscina ??? Por acaso o telefone daí é 35550739? - Não. - Tu não és a Vanessinha? - Não. - Ah! Desculpa, foi engano...
Um turista pretende alugar um barco para dar um passeio pelo lago Tiberíades. Pergunta o preço à hora. - Mil euros - responde o empregado. - O quê?! Mil euros! Mas isso é incrivelmente caro! insurge-se o turista. - Não se esqueça de que este não é um lago qualquer. O senhor está no Tiberíades, o lago que o próprio Jesus Cristo atravessou a pé. - Não me espanta nada! Com estes preços!
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na Satisfação dos Clientes. O BPI é líder na Satisfação dos Clientes, de acordo com o ECSI Portugal 2016 - Índice Nacional de Satisfação do Cliente. Este índice, baseado numa metodologia internacional comum, permite avaliar a qualidade dos bens e serviços disponíveis no mercado nacional, em vários sectores de actividade, com base em 8 dimensões: imagem, expectativas dos Clientes, qualidade apercebida, valor apercebido (relação preço/qualidade), satisfação, reclamações, confiança e lealdade. O ECSI Portugal é um estudo independente, desenvolvido anualmente pelo Instituto Português da Qualidade, pela Associação Portuguesa para a Qualidade e pela NOVA Information Management School da Universidade Nova de Lisboa.
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Este estudo utiliza uma escala de satisfação de 1 a 10 e é realizado com recurso a 250 entrevistas telefónicas a Clientes de cada Banco/Marca estudado, com base numa amostra seleccionada de modo aleatório e extraída da população portuguesa.
Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidade que o atribuiu.
O BPI obteve o índice de Satisfação do Cliente mais elevado, de acordo com o ECSI Portugal 2016.