W W W.V I VA - P O R T O . P T
Revista gratuita trimestral, junho 2018
CLÍNICA MÉDICA DA FOZ 32º Aniversário
MERCADO DO BOLHÃO Uma história de afetos
MARIA MIGUEL “Arrasa”
na moda em Paris
E D I T O R I A L
Ó MEU RICO SÃO JOÃO Poucos saberão que o santo João, que esteve na origem dos festejos eminentemente populares que há séculos decorrem no Porto, foi um eremita nascido nesta cidade, ainda antes da nacionalidade. E também ignorarão que São João não é, nem nunca foi, o padroeiro do Porto, cidade que tem Nossa Senhora da Vandoma como santa protetora, com presença no brasão da cidade, desde há séculos. Antes dela, a cidade do Porto teve outros dois padroeiros: S. Vicente, até ao séc. XV, e S. Pantaleão, até meados do séc. XX. O santo João foi um eremita natural do Porto, (nascido no séc. IX), que viveu a sua vida eremítica na região de Tuy, em frente a Valença, tendo sido sepultado em Tuy. No séc. XVII ainda aí se conservavam as suas relíquias, de grande veneração entre os fiéis, que acreditavam que o santo os salvaria das febres. Diz a tradição que a cabeça do santo João do Porto foi trazida pela Rainha Mafalda, no séc. XII, para a Igreja de São Salvador da Gandra e que parte dessa relíquia teria sido levada para a capela da “Santa Cabeça”, na Igreja de Nossa Senhora da Consolação, no Porto. A sua festa é celebrada, no Porto, a 24 de Junho porque o seu culto foi absorvido pelo de S. João Baptista, cujo nascimento ocorreu neste dia e a que o povo também dedicou, através dos tempos, forte devoção e grandes festas. Assim, as festas do santo João, o eremita do Porto que morreu em Tuy, que a cidade do Porto celebrava desde o séc. XII, foram mais tarde “canibalizadas” pelas do santo João Baptista, que desde a Idade Média era celebrado em todo o mundo católico na data do seu nascimento, 24 de junho. Os festejos de S. João (o Baptista) na cidade do Porto são já seculares e a origem desta tradição cristã remonta mesmo a tempos milenares. A primeira alusão aos festejos populares data do século XIV, pela mão do famoso cronista do reino, Fernão Lopes. Em 1851, os jornais relatavam a presença de cerca de 25 mil pessoas nos festejos sanjoaninos, entre os Clérigos e a Rua de Santo António. Mas foi só no século XX, depois da implantação da República, que o 24 de junho passou a ser feriado municipal na Invicta, proporcionando um merecido dia de folia a milhares de tripeiros. E tudo graças a um decreto republicano, que impôs que todos os concelhos deviam ter um feriado municipal, e a um referendo aos portuenses, promovido pelo Jornal de Notícias. A cidade votou massivamente, a decisão oscilou entre o 1º de Maio (o Porto era, e é, a cidade do trabalho) e o 24 de junho, sendo o dia do nascimento de S. João Baptista, o vencedor.
José Alberto Magalhães Diretor de Informação
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S U M Á R I O
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PERFIL MARIA MIGUEL
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FIGURA F I L I PA LEMOS
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HÁ 20 ANOS CINEMA
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COMES & BEBES
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TRANSPORTES CARROS ELÉTRICOS
DESCOBRIR LOJAS HISTÓRICAS DO PORTO
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ROMARIAS SANTOS POPULARE S
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E XC E L Ê N C I A BARBEARIA INVICTA
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ÍNDICE Revista gratuita trimestral, junho 2018
003 EDITORIAL 016 MERCADO DO BOLHÃO 040 CLÍNICA MÉDICA DA FOZ 058 WERA STORE 060 FC PORTO 062 PORTO CANAL 068 MOMENTOS 072 HOSPITAL DA PRELADA 076 FESTIVAIS
FICHA TÉCNICA Propriedade de: ADVICE - Comunicação e Imagem Unipessoal, Lda. Sede de redação: Rua do Almada, 152 - 2.º - 4050-031 Porto NIPC: 504245732 Tel: 22 339 47 50 - Fax: 22 339 47 54 advice@viva-porto.pt adviceredacao@viva-porto.pt www.viva-porto.pt Diretor Eduardo Pinto Diretor de Informação José Alberto Magalhães Redação Irene Mónica Leite Fotografia Inez Cortez Sérgio Magalhães Lucas Suchorab (capa) Marketing e Publicidade Eduardo João Pinto advicecomercial@viva-porto.pt Célia Teixeira
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MARIA MIGUEL “ARRASA” NA MODA EM PARIS Texto: José Alberto Magalhães
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Maria Miguel não procurou a moda, foi a moda que a encontrou. Queria ser futebolista, mas a vida trocou-lhe as voltas e hoje é uma das “Best new things” da moda internacional. Com 16 anos abriu o desfile de Saint Laurent, em Paris, em setembro do ano passado e tornou-se a primeira portuguesa a desfilar para a marca. Com apenas 17 anos, pisou, em março, a passerelle para a Chanel, na mesma cidade. E tudo isto por acaso. Em maio, regressou à cidade do amor, desta vez para o desfile da Cruise Collection da marca francesa e desfilou ao lado de Bella e Gigi Hadid, Barbara Palvin e Stella Maxwell, entre outras modelos. Há poucos dias, Maria Miguel, que há alguns anos, depois de Braga, onde nasceu, Luanda e Paris, adoptou a cidade do Porto para viver, foi distinguida com o Globo de Ouro da SIC para Melhor Modelo Feminino do Ano, categoria para que também estavam nomeadas Isilda (Central Models), Maria Clara(L’Agence) e Sara Sampaio (Central Models).
Creditos: Bartek Szmigulski
A VIVA! conversou com a jovem e promissora modelo, agenciada pela L’Agence, para a dar a conhecer melhor, aos seus milhares de leitores. Ei-la, despida de vaidades e preconceitos. A marcar os golos que tão bem sabe...
que é isto”, fui.
Como começou isto da moda? Alguma vez tinha pensado ser modelo? Sei que a sua tia teve influência. De que modo? Era abordada na rua várias vezes mas nunca dava atenção pois ser modelo nem me passava pela cabeça, até que um dia a minha tia me desafiou a ir à L’Agence e meio “deixa lá ver o
Nunca pensou, se é que não pensa, ser apenas uma médica, engenheira, ou algo semelhante? A moda vai forçá-la a abandonar os estudos? Estou a tentar conciliar os estudos com o trabalho e espero conseguir tirar o curso de Gestão. Mas a prioridade agora é a minha carreira de modelo.
Custou-lhe abandonar o sonho de ser jogadora de futebol do Sporting? O que custou mais e se sobrepôs a tudo o resto foi deixar a família e os amigos.
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“Estou a tentar conciliar os estudos com o trabalho e espero conseguir tirar o curso de Gestão”
Como foi a sua infância em Braga? Que recordações guarda? Saí de Braga para Luanda com sete anos, onde vivi até aos 14. Era pois muito nova. Mas Braga é a cidade da minha família onde regresso sempre. Pelo que as memórias são mais de agora do que da altura. Conservo amigos para a vida. E os locais que vou revendo. É uma cidade muito bonita, de gente minha. E a juventude no Porto? Que sente nesta cidade que a adotou? O Porto é a melhor cidade do mundo: regressei arrasada após viver um ano em Londres, pensando que nunca mais teria uma vida como lá. Mas o Porto conquistou-me com as paisagens, com a comida, com a vida, mas sobretudo com as amigas que encontrei. Para viver, não conheço cidade igual. Quem lhe deu o gr ande “push” que a levou até Paris, à casa da Yves Saint-Laurent e à abertura do desfile da
Creditos: YSL - NowFashion
Semana da Moda de Paris? Neste mundo novo que é para mim a moda, a L’Agence e a Next (agência internacional) marcam o meu percurso. Eles sabem o que é melhor para mim e eu acredito. Por eles e com eles cheguei a Saint Laurent. Por eles e com eles espero chegar muito mais longe. É difícil ser modelo? Qual a sua melhor recordação? E a
pior, se é que a tem? É difícil mas as coisas boas equilibram tudo, apesar de trabalhar longas horas não tenho motivos de queixa. Em tão pouco tempo não consigo já escolher o melhor momento. O que mostra como estou feliz. O pior foi superar a última Semana da Moda em Paris doente, fazendo das tripas coração para não ceder.
Creditos: RSantos
Creditos: RSantos
Que sensação teve quando foi confrontada com a responsabilidade de iniciar um desfile da Casa Saint-Laurent, perante uma plateia tão exigente? Estava nervosa mas confiante antes de entrar mas mal comecei a desfilar todos os nervos foram embora e é até hoje um dos melhores dias da minha vida. Como aconteceu o convite para abrir o desfile? Uma das pessoas que trabalha na Saint Laurent disse-me que suspeitava mas só soube mesmo a 100% na altura do ensaio porque fui eu a primeira a desfilar. Foi assim... mágico!!!
Creditos: RSantos
Caracterizando esta profissão, o que tem de melhor e mais difícil? O melhor é conhecer o mundo, pessoas e culturas tão diferentes. O mais difícil são as sauREVISTAVIVA, JUNHO 2018
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“O Porto é a melhor cidade do mundo” Creditos: Bartek Szmigulski
dades, a distância da família e dos amigos. Perder tantos momentos com todos eles. Antes de iniciar esta profissão, qual era a ideia que tinha da indústria da moda?
Achava que ia ser muito mais fácil do que realmente é. Que balanço estabelece desta ainda curta, mas promissora carreira? Que posso dizer? Fantástico...
Que conselhos dá às jovens que sonham com esta profissão? Que sigam os sonhos. Que acreditem e tentem sempre.
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Comida preferida? Hamburger. Livro de que mais gostou? ‘A thousand splendid suns’ sem dúvida porque demonstra o sofrimento das mulheres e eu, que não fico tocada com nada, senti que este livro conseguiu realmente tocar-me. Música preferida? ‘Back to black’, de Amy Winehouse, não sei porquê. Mas temos mesmo de saber porque gostamos das coisas? Cidade e região prediletas? O Porto pelas amizades que criei e porque acho que é das cidades mais bonitas e acolhedoras onde já estive. O Minho porque é de aí que sou. E adoro o meu Gerês. Nunca foi escrito mas eu cresci em Sta. Isabel, uma aldeia no concelho de Terras de Bouro, distrito de Braga. É tão lindo.
Creditos: Bartek Szmigulski
O que se segue? Nem eu sei muito bem, temos que esperar para ver! Algum sonho em específico que queira concretizar na moda? Tenho muitos não consigo escolher só um, mas o que mais quero é conseguir ser sempre profissional com toda a gente com quem
trabalho e dar o meu melhor. Conhece já relativamente bem Paris e Nova Iorque, onde já fez sessões fotográficas. Como classifica as duas cidades em termos de moda? E para viver? De qual gostou mais? Admite viver, alguns anos, permanentemente
E país? Aqui gostamos sempre dos nossos - Portugal e Angola – são os que só nós podemos criticar e não admitimos críticas de terceiros.
numa destas cidades? São duas cidades completamente diferentes: Paris é uma cidade linda e mais calma. Nova Iorque mais moderna e mais a minha onda... mais fora da caixa... ou, às vezes, mesmo sem caixa. Admito viver em qualquer uma delas pois acrescentam sempre coisas. Talvez também pela língua estou mais confortável em Nova Iorque.
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Bolhão
Uma história de afetos As origens do Mercado do Bolhão remontam aos anos 30 do século XIX e hoje já ninguém consegue dissociar a cidade do Porto do seu mercado mais genuíno. É visitado por muitas centenas de pessoas todos os dias mantendo sempre os seus traços característicos que se confundem com a alma tripeira, alegre, atrevida e profundamente popular. Passados vários anos, o seu projeto de reabilitação saiu do papel e promete dar uma nova vida ao local. Texto: Irene Mónica Leite
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Sábado, 28 de abril de 2018, ficou marcado na história da cidade do Porto: o Mercado do Bolhão deixou de ser o que era. Voltará renovado daqui a dois anos, numa empreitada de 22,4 milhões de euros. O Mercado Temporário do Bolhão fica situado na rua de Fernandes Tomás, a menos de 200 metros do seu edifício histórico, já encerrado, para que possa beneficiar de um exigente processo de restauro que assegure as suas valências tradicionais de mercado público de frescos, gerido pela Câmara do Porto, como até aqui. Ocupa uma área de cerca de 5.600 metros quadrados no piso – 1 do Centro Comercial La Vie. Ao todo, são 67 os comerciantes que transitaram para o novo local provisório, até regressarem em 2020, ao mercado renovado. As escassas condições de salubridade e segurança levaram ao encerramento do antigo Bolhão, com o objetivo de colocar em marcha o projeto de requalificação do espaço. 14 mil pessoas visitaram este espaço no primeiro dia de funcionamento. Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Moreira foram dois dos visitantes. A visita foi demorada, provando que a história deste mercado perdura. “O Porto é exemplo de construção do futuro”, elogiou o Presidente da República ao colocar os pés dentro do Mercado Temporário do Bolhão, ao lado do presidente da Câmara do Porto, e envolvido por uma multidão que não quis perder este dia importante na história da cidade. Rui Moreira ressalvou o “sentimento de união da cidade em torno deste projeto. Todas as forças políticas se irmanaram à sua volta”. Não ficaram de fora os elogios aos comerciantes, revelando que “houve muito trabalho envolvido. Finalmente temos um Mercado Temporário que dignifica muito REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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Fotos: Câmara Municipal do Porto
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Mercado Temporário do Bolhão: uma segunda casa O Mercado Temporário do Bolhão é um espaço comercial, pensado ao pormenor, uma segunda casa para os comerciantes e clientes do Bolhão durante o período de restauro e modernização do centenário mercado da cidade do Porto. Localizado a dois minutos de distância do Mercado do Bolhão, na rua de Fernandes Tomás, em plena baixa portuense, o Mercado Temporário do Bolhão tem acesso direto pela rua, em frente à estação de metro do Bolhão, assim como pelo interior do Centro Comercial La Vie, com escadas rolantes, elevadores e ligação direta pelo parque de estacionamento. Além da área pública do mercado, existe uma privada para armazenagem e cais de cargas e descargas de acesso direto pela rua da Alegria.
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os comerciantes. Agora é a cidade que tem que responder, apoiando esta iniciativa”. O autarca mostrou-se também confiante de que o prazo previsto no caderno de encargos será respeitado, por ter a indicação de que “dois anos é um período de tempo tranquilo e prudente para concluir as obras”. HORÁRIO ALARGADO Clientes e comerciantes satisfeitos, bancas cheias de tudo o que sempre houve no Bolhão e visitantes curiosos por rever um velho mundo, num espaço novo, que compram e prometem voltar. Há horário alargado neste espaço que só nos dois primeiros dias chamou cerca de 30 mil pessoas. Ao contrário do que acontecia no edifício histórico do Bolhão, no Temporário as bancas estão abertas a partir das 8h00 e até bem mais tarde: o espaço funciona de segunda a sexta-feira até às 20h00 e aos sábados até às 18h00. No espaço - localizado na rua de Fernandes Tomás, números 506/508 - encontra-se a larga maioria dos vendedores de frescos e lojistas do velho edifício. Até julho, e com o objetivo de acompanhar REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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uma transição que se está a mostrar bem-sucedida, decorre uma campanha de fidelização de clientes. No local, em stand devidamente sinalizado, os consumidores podem adquirir e/ou atualizar a sua caderneta com um carimbo por compra diária. Os carimbos dão direito a uma série de brindes úteis gratuitos. Trata-se de uma das iniciativas em curso para promover o Mercado Temporário. Múpis nas ruas ou ativações em estações de metro são exemplos do que está a ser feito pelo Bolhão. PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO MERCADO DO BOLHÃO O projeto de reabilitação, respeitador da traça original, foi entregue ao arquiteto Nuno Valentim, distinguido em 2018 com o Prémio Teotónio Pereira, pela remodelação dos Albergues Noturnos do Porto. O mercado vai passar por um proces-
so de reformulação, mantendo a traça original, preservando o mercado de frescos e aumentando o conforto futuro dos comerciantes e dos seus visitantes. A intervenção vai dar destaque a soluções tecnológicas atuais, privilegiar a segurança humana e alimentar, assim como melhorar e modernizar as redes de eletricidade, os esgotos e o aquecimento. O edifício terá coberturas no piso inferior, acesso direto ao metro e uma cave técnica que permite cargas e descargas a partir da rua Alexandre Braga. O piso superior do mercado, com entrada pela rua Fernandes Tomás, vai manter a parte comercial e instalar diferentes estabelecimentos de restauração. Segundo as maquetes, que não preveem estacionamento, o Bolhão vai ganhar uma cobertura em vidro no piso térreo, onde ficará instalado
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o mercado de frescos, os talhos e as peixarias. A nova cobertura, que terá características térmicas, vai permitir controlar a temperatura e a ventilação do espaço. As bancas dos comerciantes vão mudar, mas as novas serão uma reinterpretação das que atualmente existem, apenas com diferentes materiais. O projeto mostra, também, que as lojas do exterior não vão ter reclames luminosos, mas sim toldos. As cortinas que as vendedoras de fruta e legumes correm, no piso superior, para proteger os seus produtos do sol, vão continuar também por ali, apesar de estar previsto que venham a proteger as pessoas que se instalem nas esplanadas dos restaurantes que devem nascer na ala Sul deste piso. Na ala Norte, de acordo com o responsável pelo projeto, ficarão “estruturas polivalentes que tanto podem receber mercados sazonais como atividades de outra natureza”. REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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“OS SANTAMARIA SÃO A MINHA SEGUNDA FAMÍLIA” Texto: Irene Mónica Leite
Tal como a VIVA!, os Santamaria celebram em 2018 os maduros 20 anos, o que não os impede de ser, ainda, a banda sensação portuguesa de eurodance, com uma coleção de discos de platina e de ouro, ímpar no país. Razões mais do que suficientes para a vocalista dos Santamaria, Filipa Lemos, nos abrir o seu baú das memórias.
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grupo Santamaria, de estilo eurodance, formou-se em 1998, previsto para apenas cinco anos. 20 anos depois, estão de pedra e cal no panorama da música de dança portuguesa. A banda apresenta raízes na cidade do Porto, gozando, no entanto, de muita popularidade em todo o país. As músicas são na sua maioria muito animadas e, por isso, ‘entregues’ à pista de dança, havendo, também, espaço para algumas baladas. O primeiro single (de grande sucesso) do grupo saiu em março de 1998, pela editora Vidisco com o título “Eu sei, Tu és”, presente em muito baú da década de 90 e repescado por tantas gerações. O eurodance animava, por essa altura, as discotecas com nomes como Haddaway (‘What is love’), La Bouche, Ace of Base, Culture Beat ou os Vengaboys.
No ano de 2008, quando completaram uma década de sucessos, deram um concerto único no dia 8 de agosto, na Avenida dos Aliados, em pleno centro do Porto, com mais de hora e meia de espetáculo, editando ainda nesse ano o DVD “10 anos – Ao Vivo”, um
lançamento que incluiu um CD. A 30 de novembro de 2013, de forma a assinalar os 15 anos de existência, escolheram o Coliseu do Porto para a gravação de um CD e DVD ao vivo. Segundo dados da discográfica, venderam mais de 100 mil discos REVISTAVIVA,JUNHO 2018
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nos seus 20 anos de carreira, conquistaram 21 discos de platina e dois de ouro. A banda é formada por Filipa Lemos, Tó Lemos, Luis Marante, Maria João Valente, Francisca Cunha e Lucas Júnior. Como e quando nasceu a paixão pela música? A minha paixão e ligação à música nasceu quando eu tinha cinco anos. Tenho um irmão mais velho do que eu sete anos [António Lemos]. Começou a estudar música também muito jovem. E, na altura, fiz uma certa questão de me incluir no projeto dele. Estive num projeto antes dos Santamaria [Tony e Marlene], algo bastante diferente, vocacionado para a música ligeira portuguesa no qual estive
inserida até aos meus 17 anos. Fase pré-Santamaria… No ano de 1997, tanto eu como o meu irmão consideramos que esse projeto já não fazia tanto sentido. Ele já trabalhava como compositor e produtor musical e eu fazia muitas gravações. Decidimos fazer dois temas que apresentamos na altura à editora. E assim nasceram os dois primeiros temas que viriam a fazer parte do registo de estreia. E o resto é história… E o resto são vinte anos de Santamaria (risos). É nos palcos que sentem a grande adrenalina e verdadeira comunhão com o público? Sem dúvida. Todo o trabalho que
é desenvolvido fora do palco não é vivenciado da mesma forma, até porque aí não há aquela adrenalina que referiu. O trabalho de palco é muito diferente até porque os públicos que se encontram variam de local para local. Mas de uma forma geral são muito diferentes, o que implica maior ou menor interação com as pessoas. Há públicos mais mexidos, outros mais tímidos. Temos que, obviamente, nos adaptar. Na digressão, a estrutura do concerto é sempre a mesma, mas o espetáculo em si é sempre diferente. Há algum concerto que recordem com especial saudade? Temos concertos que nos marcaram bastante. Mas o que realizamos aquando dos 10 anos
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da banda, em 2008, acho que foi mesmo muito importante e eu vou explicar porquê. Em primeiro lugar, por termos realizado um espetáculo na nossa cidade. Todos os membros da banda são oriundos da cidade do Porto. Depois, a Avenida dos Aliados é, por si só, uma zona emblemática da cidade, onde podemos desfrutar dos nossos amigos e da nossa família num concerto especial. Por norma, não nos podem acompanhar para locais tão longínquos porque andamos sempre de malas às costas. Foi ao ar livre e resultou muito bem, foi muito bem estruturado, exatamente para essa ocasião. Os temas escolhidos para essa data também foram muito especiais. E o que distingue, a seu ver, os Santamaria das restantes bandas portuguesas? Isso é uma pergunta difícil (risos). Acho que nos mantivemos muito fiéis ao nosso estilo musical. Foi algo que contribuiu muito para a longevidade da banda. Quando alguém vai a um concerto nosso sabe que aquilo que vai ouvir é dance music pura. E, acima de tudo, com o passar destes 20 anos, entre os vários elementos da banda já existe uma cumplicidade muito grande. A banda, para mim, é a minha segunda família. Quais são os vossos planos para a celebração desta redonda efeméride? Optamos por fazer as coisas um bocadinho diferentes. Por norma lançaríamos um álbum de originais. Mas preferimos ir gravando singles promocionais. Já lançamos o primeiro com ‘Não quero mais (perder)’. Vamos lançando esses mesmos temas de forma esporádica. Isto porque ao longo deste tempo todo existem muitas músicas que foram gravadas que não passaram dos CD´s. E que tinham probabilidade de resultar. Consideramos isso um desperdício de criatividade. E também pensamos gravar um DVD com um espetáculo comemorativo dos 20 anos da banda. Também sei que é uma fã de poker. Como nasceu esse interesse? É verdade (risos). Primeiro, como terapia. Depois, como convívio, pois já fiz muitos amigos. A minha formação é Psicologia Clínica e este meu interesse acaba por se relacionar com esta área. Eu gosto
ADN Filipa Lemos nasceu na cidade do Porto e licenciou-se em Psicologia Clínica. COMIDA PREFERIDA Bacalhau com natas LIVRO QUE MAIS GOSTOU A Causa das Coisas, Miguel Esteves Cardoso MÚSICA FAVORITA Todas do grupo Silence 4 FILME(S) FAVORITO(S) “Perfume de Mulher” e “Gladiador” REGIÃO E PAÍS FAVORITOS Douro e Cuba
muito de observar os outros. O poker tem essa vertente de observação, da veracidade ou não veracidade da jogada que está a decorrer. Mas, acima de tudo, a observação do comportamento. REVISTAVIVA,JUNHO 2018
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O S S E REGR RO U T U F AO Os carros elétricos, transporte precursor na cidade do Porto, tornaram-se ao longo dos anos obsoletos. Atualmente constituem, curiosamente, um meio muito requisitado não só por turistas, mas também por portuenses. Propomos-lhe, assim, uma viagem pelo passado e presente deste icónico meio de transporte, abrindo cartas para um futuro amigo do ambiente e catalisador do turismo na região. Textos: Irene Mónica Leite | Fotos: Sérgio Magalhães
A edição deste ano do Desfile de Carros Elétricos homenageou o centenário da conclusão da linha até às minas de São Pedro da Cova, em Gondomar. O transporte do carvão nas “zorras”, carro elétrico destinado ao transporte de carga, permitia desta forma manter a produção energética na antiga Central Termoelétrica de Massarelos. A primeira Guerra Mundial emagreceu o fornecimento do carvão inglês, provocando uma maior procura pela indústria nacional ao carvão português. Várias indústrias da cidade passaram a recorrer a esta fonte de energia, contratualizando o transporte nas Zorras da Companhia Carris
de Ferro do Porto. O fluxo deste circuito de mercadoria intensificou-se de tal forma que as populações viram nesta linha uma possibilidade de deslocação e ligação constante entre o Porto e Gondomar. O desfile contou, este ano, com 12 carros elétricos que saíram numa tarde de sábado da exposição do Museu em direção ao Infante, onde teve início o desfile. O percurso que começou no Infante, passou pelo Museu do Carro Eléctrico, pelo Passeio Alegre, na Foz, para depois regressar de novo à Praça do Infante. O Museu do Carro Eléctrico dispõe de uma frota de carros elétricos dos anos 1920/30, total-
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mente restaurados ao seu estado original, que aluga para passeios na Linha da Marginal, Linha da Restauração e Linha da Batalha. ALGUNS DADOS HISTÓRICOS Em 1870, é autorizada, ao Barão de Trovisqueira, a concessão de um serviço de transportes públicos; a primeira linha, ligando as zonas do Infante e Carmo à Foz ao longo do Rio Douro, foi aberta em 1872 pela Companhia Carril Americano do Porto. Os serviços eram efetuados entre a Foz e, alternadamente, o Infante e o Carmo. Os veículos utilizados eram carros americanos, que con-
sistiam em carruagens rebocadas por animais. As linhas seriam, no ano seguinte, ampliadas até Matosinhos, ao longo da marginal do Oceano Atlântico. Em 14 de agosto de 1874, entra em exploração, pela Companhia Carris de Ferro do Porto, também utilizando veículos a tração animal, a linha desde a Praça de Carlos Alberto até à Foz (Cadouços), via Boavista e Fonte da Moura. Esta empresa abre, no ano seguinte, as primeiras linhas urbanas, entre Boavista e Campanhã, e entre Bolhão e Aguardente (posteriormente intitulada de Praça do Marquês de Pombal). A tração a vapor é, em 1878, in-
troduzida na Linha entre a Boavista e Foz (Cadouços), através da utilização de uma locomotiva a vapor, complementando o uso de tração animal. O uso deste sistema é alargado até Matosinhos em 1882, através da rua de Gondarém. Em 22 de setembro de 1904, termina a tração animal, com a introdução da tração elétrica na linha entre o Carmo e Paranhos. Em 28 de outubro do ano seguinte, é aberta à exploração a ligação até Gaia, atravessando o tabuleiro superior da Ponte Luís I, e, em 1912, é introduzido um sistema de numeração nas linhas. A tração a vapor acaba em 1914,
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Em que consiste o Porto Tram City Tour? com a eletrificação da Avenida da Boavista em substituição do trajeto entre Fonte da Moura, Cadouços e Rua de Gondarém. No ano seguinte, abre a estação de geração em Massarelos, que substitui as instalações na Arrábida; neste ano, já existiam 19 linhas em circulação. Em 1946, a Companhia Carris de Ferro do Porto é nacionalizada pela Câmara Municipal do Porto, que forma o Serviço de Transportes Colectivos do Porto para gerir o sistema de carros elétricos. A primeira linha de autocarros, entre a Avenida dos Aliados e Carvalhido, abriu a 1 de abril de 1948.
A rede de carros elétricos históricos da STCP, SA – Porto Tram City Tour – constitui um ex-libris incontornável da cidade do Porto. Com uma história que remonta a 1872, ano em que é inaugurada a primeira linha de “carros americanos” da cidade do Porto, a rede de carros elétricos da STCP é atualmente constituída por três linhas distintas que percorrem as zonas mais emblemáticas da cidade: * Linha 1, ou Linha da Marginal, que faz o percurso entre o centro histórico do Porto e o Jardim do Passeio Alegre num trajeto único pelas margens do rio Douro; * Linha 18, ou Linha da Restauração, que faz o percurso entre Massarelos e o Carmo num trajeto que liga a zona histórica da freguesia de Massarelos ao Jardim da Cordoaria e sua envolvente; * Linha 22, ou Linha da Baixa, que percorre as artérias mais emblemáticas do centro da cidade do Porto num percurso circular entre o Carmo e a Batalha/Guindais.
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A 4 de maio de 1992 foi organizado um desfile de elétricos, em que participaram vários veículos históricos, e, a 18 de maio, foi aberto o Museu do Carro Eléctrico, nas instalações de Massarelos. FUTURO HOJE… EM GAIA E MATOSINHOS O elétrico deverá chegar à marginal de Gaia no verão de 2019. Atravessará o tabuleiro inferior
da ponte Luís I, depois de passar pelo túnel da Ribeira, no Porto, e circulará pelos largos passeios da beira-rio até ao cais de Gaia. No entanto, não está descartada a hipótese de extensão à Afurada. O preço do bilhete será de três euros, mas o passe de rede geral da STCP e a assinatura mensal do Andante também permitirão viajar nesta linha. No elétrico
haverá validadores. Entretanto, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, também manifestou a vontade de ver o elétrico na marginal do concelho até ao terminal de cruzeiros de Leixões. No entanto, a integração de Matosinhos na expansão da rede de veículos históricos só deverá ocorrer numa fase posterior.
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A TRADICAO DOS SANTOS POPULARES
Numa perfeita simbiose entre o sagrado e o profano, as festas e romarias do Norte de Portugal são um saudável convite ao convívio entre as gentes que marcam este salutar território. A alegria é mestre, em festividades que já iniciaram. Venha daí e celebre connosco… e não se esqueça do manjerico!
No rescaldo do Senhor de Matosinhos Já acabou, com pena de muitos que por lá passaram. É inegável que é o momento alto entre as romarias do concelho e do Norte do país, prolongando-se por quase três semanas de festividades religiosas e atividades lúdicas, culturais e desportivas. Bandas de música animaram as ruas e os tradicionais coretos, expôs-se artesanato, revisitaram-se lendas e tradições, mostrou-se o Inventário do Património Arquitetónico e Religioso de Matosinhos, ou, em jeito de festival, divulgaram-se os receituários gastronómicos marcados, claro, por peixes e mariscos….
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Amália dedica fado ao São João
A Chave da Minha Porta “Eu vi-te pelo São João Começou o namorico E dei-te o meu coração Em troca de um manjerico O nosso amor começou No baile da minha rua Quando São Pedro chegou Tu eras meu e eu era tua Esperava por ti Como é de ver de quem ama Tu vinhas tarde p’ra casa Eu ia cedo p’rá cama”
Santo António É verdade, também temos um cheirinho deste padroeiro lisboeta casamenteiro. Em junho decorrem as Festas Antoninas em honra do santo casamenteiro, que mobilizam Vila Nova de Famalicão e chamam à cidade milhares de turistas. Vivem-se as tradições populares mais profundas com a descoberta e o reencontro de costumes, sentimentos e sabores ancestrais. Pelas ruas, os aromas dos manjericos confundem-se com os da sardinha. Assim, Vila Nova de Famalicão sai para a rua de 8 a 13 de junho. São seis dias de festa repletos de muita animação, com um programa intenso, diversificado
e eclético que promete atrair milhares de pessoas às ruas de Famalicão, ou não fosse esta uma das maiores romarias do Norte de Portugal. Os concertos com entrada livre na Praça D. Maria II são um dos pontos altos da programação. Mas porque a tradição ainda é o que era, este é também o tempo em que se revivem alguns dos costumes populares mais antigos e queridos do povo famalicense. É o caso das Marchas Antoninas que desfilam na noite do dia 12, com a participação de onze associações que, depois de vários meses de trabalho, empenho e dedicação, vêm para a rua espalhar cor e alegria, numa noite de muitas emoções que promete ficar na memória de todos. REVISTAVIVA JUNHO 2018
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São João: um pouco por todo o Norte… e não só! O São João é uma festa popular que tem lugar de 23 para 24 de junho na cidade do Porto. As tradições nesta festa multiplicam-se, com destaque para os alhos-porros, usados para bater nas cabeças das pessoas que passam, os ramos de cidreira (e de limonete) usados pelas mulheres para pôr na cara dos homens que passam, e o lançamento de balões de ar quente. Não esquecer ainda os saltos sobre as fogueiras espalhadas pela cidade, os vasos de manjericos com versos populares, que são uma presença constante nesta grande festa, e o tradicional fogo de artificio à meia-noite, junto ao rio Douro e à ponte Luís I, que delicia todos. São mais de 15 minutos de fogo de artificio, estando inclusive ao nível dos melhores do mundo. As celebrações do São João não são apenas no coração da cidade invicta. Em Braga, por exemplo, é possível assistir a uma rodopiada de gigantes e cabeçudos. Já em Vila do Conde, a programação tem como pontos altos a Procissão, a tradicional Ida à Praia e a Grande Noite de São João, com a participação dos ranchos das rendilheiras do Monte e da Praça, a que se junta uma deslumbrante sessão de fogo de artifício. Em Castelo de Paiva, por exemplo, o São João merece mais destaque entre os santos populares, justificando o feriado municipal no dia 24 de junho. Mas há mais terras: Cinfães, Marco de Canavezes, Melgaço com as marchas populares, temáticas e protagonizadas por escolas e associações do concelho, ou Moimenta da Beira. Há também celebrações são joaninas nos Açores, Figueira da Foz e Almada.
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São Pedro A 29 de junho, Espinho abraça o S. Pedro. Tem-se assumido como uma das grandes romarias do concelho. O desfile das rusgas de S. Pedro, a Recriação de Arte Xávega, com recurso às juntas de bois, e a majestosa procissão que percorre as principais artérias da cidade saindo da capela são os pontos altos desta festa que traz muita gente até Espinho. Na Póvoa de Varzim, as festas de S. Pedro correspondem a uma semana de espetacular animação, em que a Póvoa sai para a rua. Ruas enfeitadas, rusgas, tronos, músicas populares, fogueiras, sardinhas e a alegria dos poveiros transformam a cidade. Em Vila Nova de Gaia, todos os anos os pescadores prestam a devida homenagem ao santo, com toda a pompa e circunstância. Esta festa atinge o seu auge aquando da saída da procissão, cujos andores transportam imagens de santos e santas de tamanho natural, seguidos pelos seus fiéis devidamente trajados com as tradicionais vestes das gentes da pesca. À passagem defronte ao rio Douro, procede-se à bênção dos barcos acompanhados pelo toque das sirenes e morteiros.
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Fotos: Sérgio Magalhães
A CLÍNICA MÉDICA DA FOZ CELEBROU A 5 DE MAIO O SEU 32º ANIVERSÁRIO E INAUGUROU NOVAS INSTALAÇÕES, NA RUA DE SOBREIRAS, NUM INVESTIMENTO DE MAIS DE DOIS MILHÕES DE EUROS.
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seu começo não foi fácil já que em meados da década de 80 as comunicações eram precárias e os médicos perdiam muito tempo à procura da casa dos doentes a altas horas da madrugada, muitas vezes recorrendo a uma cabine telefónica. Foram tempos de muito trabalho e de muitos sacrifícios, que os 12 médicos assumiram, rotativamente, 24 horas por
dia, durante 365 dias por ano sem qualquer compensação financeira. O percurso foi, naturalmente, difícil, pleno de dificuldades e vicissitudes, mas com a progressiva adesão da comunidade. Ao longo dos anos, a Clínica transformou-se. Passou a ser, não só um serviço médico domiciliário dia e noite, o qual ainda hoje se mantém, para também ser uma estrutura convencional
com consultas de praticamente todas as especialidades e apta a efetuar numerosos exames complementares de diagnóstico. Sempre marcada por um espírito de profissionalismo e abnegação dos seus profissionais, a Clínica foi crescendo, pondo sempre a saúde e o conforto dos seus pacientes acima de tudo e todos. Foi assim que granjeou a confiança de todos os que a ela
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O empreendimento resultou de um trabalho dedicado e pioneiro de 12 jovens médicos recémlicenciados. Reza a história que foi no dia 5 de maio de 1986 que este grupo de jovens médicos se propôs a abraçar um projeto inovador em Portugal e iniciado em França, um serviço de consultas de médicos no domicílio 24h por dia.
Paulo Amado, diretor clínico
CLÍNICA MÉDICA DA FOZ RUA DE SOBREIRAS 636 – PORTO TELEFONE 226178917
recorrem e permitiu-lhe avançar sempre de um modo concertado e realista para hoje ser uma infraestrutura privilegiada a todos os níveis, considerada pelos seus pares e sobretudo, e mais importante, pelos seus doentes. Trata-se de um local familiar e de conforto para todos os que dela necessitam. São 32 anos de vitalidade demonstrados nestas novas instalações mais funcionais e dignas, nunca perdendo o carisma nesta longa história. A proximidade e o gosto pela profissão foram fundamentais neste percurso de sucesso, sempre marcado pelo contínuo incentivo à modernização. Os colaboradores são um dos elementos chave neste trajeto brilhante. A Clínica Médica da Foz é um espaço de proximidade em que valores como a honestidade, confiança e sensibilidade imperam, num belo exemplo de modernidade. REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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As especialidades Especialidades disponíveis, para além de um serviço de Urgência: • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Cardiologia Cirurgia Geral Dermatologia Ecografia Endocrinologia Fisiatria Geriatria Ginecologia Medicina Desportiva Neurologia Oftalmologia Otorrinolaringologia Pediatria Pneumologia Psiquiatria Reumatologia Urologia Medicina Dentária Acupunctura Enfermagem Fisioterapia Nutrição Posologia Psicologia e Terapia da Fala
Na opinião de Edmundo Ribeiro, administrador da Clínica Médica da Foz, o investimento agora efetuado, na ordem dos dois milhões de euros, veio no momento adequado. “O trabalho de todos os colaboradores ao longo de 32 anos e especialmente os nossos associados e utentes já mereciam este esforço da nossa parte”.
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Vantagens para sócios
Consulta na Clínica
Consulta médica ao domicílio
Consulta médica ao domicílio
Sócio 30€ durante 24 horas Não Sócio 95€ e 120€
Sócio – Clínica Geral/Urgência 30€ durante 24 horas Não Sócio Clínica Geral/Urgência – 65€
Cada sócio pode ter mais 7 membros (familiares), no total de 8 pessoas, sem aumentar o valor da quota – 12€ mês.
Desconto em todos os serviços e especialidade da Clínica na ordem dos 20%.
Oferta de 1 mês de quotas e uma consulta de Check Up (Medicina Geral e Familiar) ao titular mediante apresentação da revista VIVA!
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Take 1
em 1998 a tela era assim! ‘Good morning Mr. Wilson!’; ‘My heart will go on’… estas expressões dizem-lhe alguma coisa? Calma, nós orientamos: estão mesmo no baú das memórias, ou melhor, no tesouro cinéfilo que nesta edição desvendamos com entusiasmo e renovada curiosidade. Texto: Irene Mónica Leite
Que se estenda a passadeira vermelha. Take 1: Óscares 1998, nomeações para melhor filme. Um deles, “Melhor é Impossível”, caracterizado pela brilhante interpretação de Jack Nicholson, demarca-se pelo seu
pormenor e como funde, sem excessos, humor com drama. A película é protagonizada por Nicholson, um romancista obsessivo-compulsivo misantropo. Helen Hunt interpreta, por sua vez, uma mãe solteira com
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um filho cismático, e Greg Kinnear faz o papel de artista gay. Mas vamos à história: Melvin Udall (Jack Nicholson) é um escritor de romances de sucesso em Nova Iorque. É racista, homófobo, antissemita e misantropo. Sofre de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) que, aliado à sua misantropia, o isola dos seus vizinhos e de qualquer outra pessoa no seu apartamento em Manhattan. Come todos os dias na mesma mesa do mesmo restaurante com talheres descartáveis que leva consigo. Acaba por se interessar pela empregada de mesa Carol Connely (Helen Hunt), a única funcionária do restaurante que tolera o seu comportamento abusivo. Entretanto, um dia, um vizinho de Melvin, o artista plástico homossexual Simon Bishop (Greg Kinnear), é internado num hospital por causa de um assalto à sua casa. Melvin é forçado a cuidar de Verdelle, o cão de Simon. Apesar de Melvin odiar o cão, acaba por criar laços de amizade com o animal à medida em que começa a ganhar mais atenção da empregada de mesa. As vidas acabam por misturar-se a partir do regresso de Simon do hospital… Seguimos para “Uma Mente Brilhante”, no qual se destaca o talento do saudoso Robbie Williams, provando que é capaz de ultrapassar o registo cómico no qual também foi ímpar. Um jovem rebelde, que já teve algumas passagens pela polícia, trabalha como auxiliar de limpezas numa universidade de REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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Boston e revela-se um génio em matemática, quando o professor Lambeau desafia os alunos a resolverem um teorema. E Will consegue resolvê-lo. Mas depois de se meter em problemas, é preso. Por determinação legal, precisa fazer terapia e ter aulas de matemática com Lambeau, mas nada funciona, pois ele desvaloriza todos os analistas, até que se identifica com um deles, Sean… Não poderíamos fechar esta pequena introdução aos Óscares de 1998 sem o filme “Titanic”, um verdadeiro clássico. É uma história de ficção sobre o naufrágio do RMS Titanic, estrelando Leonardo DiCaprio como Jack Dawson, e Kate Winslet como Rose DeWitt Bukater, membros de diferentes
classes sociais que se apaixonam durante a fatídica viagem inaugural do navio. Apesar dos personagens principais serem fictícios, alguns são figuras históricas desta tragédia real. Caso de Gloria Stuart que interpreta Rose idosa, e que narra o filme. “Armageddon” também é emblemático desta época. Após uma chuva de meteoritos destruir um vaivém espacial em órbita e devastar uma parte de Nova Yorque, um astrónomo descobre que essa chuva foi causada por um asteróide do tamanho do estado do Texas em rota de colisão com a Terra, que se desloca a uma velocidade média de 35.000 km/h. Quando o impacto se concretizar, qualquer forma de vida da Terra deixará de existir,
até as bactérias. Para salvar o planeta, os cientistas da NASA chegam finalmente a uma ideia diferente mas viável: perfurar o asteróide e detonar bombas nucleares no seu interior. Para isso, chamam Harry S. Stamper (Bruce Willis), chefe de uma plataforma de petróleo, para aconselhar os astronautas da NASA acerca do trabalho de perfuração no asteróide. Stamper insiste que a única forma de levar a missão a bom porto é ir ele mesmo e levar consigo a sua equipa habitual. Esta é constituída por indivíduos cujo perfil está longe do de um astronauta, incluindo ex-reclusos ou apostadores. Na mesma inclui-se também A.J. (Ben Affleck), o namorado de Grace (Liv Tyler), filha de
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Stamper. Apesar da oposição geral, a NASA cede, dividindo duas equipas em dois vaivéns espaciais: Freedom, com uma equipa liderada por Stamper, e Independence, cuja equipa é liderada por A.J. O resto é história no cinema de ficção científica ao som dos Aerosmith (“I don´t wanna miss a thing”). No drama não poderíamos deixar de mencionar a brilhante interpretação de Jim Carrey em “Truman Show”.Truman Burbank viveu a sua vida inteira, mesmo antes do seu nascimento, em frente das câmaras do “Show de Truman”, apesar de não saber disso. A sua vida é filmada através de milhares de câmaras escondidas, 24 horas por dia, sendo transmitida ao vivo para todo o mundo. Um filme psicológico que faz cada vez mais sentido na sociedade do século XXI, caracterizada pelo boom das redes sociais e consequente exposição privada, marcada pela proliferação dos reality shows. Na categoria ação, um olhar não menos demorado para Banderas em “A Máscara do Zorro”. Um jovem ladrão (Antonio Banderas), em busca de vingança pela morte do seu irmão, é treinado por um senhor (Anthony Hopkins) que, nos seus dias áureos, fora o grande Zorro. Os dois estabelecem uma aliança
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e descobrem que têm inimigos em comum. Entrando para a comédia com boa dose de ação à mistura, uma menção para a magnífica dupla em “Seis Dias, Sete Noites”. Um piloto (Harrison Ford) de um pequeno avião mete-se numa aventura inesperada quando é contratado por uma executiva de sucesso (Anne Heche) para levá-la ao Taiti. Durante uma forte tempestade, este é forçado a fazer uma aterragem de emergência numa ilha deserta, onde acontece de tudo, sendo inclusive perseguidos por piratas do mar até finalmente… se apaixonarem! 1998 também foi ano para a estreia da dupla que junta Chris Tucker e Jackie Chan em “Hora de Ponta”, que se veio a tornar num conjunto de filmes de ação bem sucedidos (consta que vai ser gravada mais uma aventura brevemente). Quando dois polícias se juntam para procurar uma menina sequestrada espera-se de tudo, inclusive… cantoria. E por fim, no registo de comédia familiar: tranquem as portas, fechem as janelas. Porque “Dennis, o Pimentinha” fez furor com novos truques e travessuras de enlouquecer! Dennis está pronto para atormentar o seu pobre vizinho Sr. Wilson e, desta vez, o nosso querido pestinha recebe ajuda extra do seu atrapalhado avô. Juntos deixam a vizinhança de pernas para o ar, mas quando dois condenados surgem para trapacear o Sr. Wilson com o golpe da fonte da juventude, Dennis corre em seu socorro. Para azar dos bandidos! REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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Comes & Bebes
Um percurso gastronómico pela cidade do Porto Textos: Irene Mónica Leite Fotos: Inez Cortez
O Buraco
O prazer de servir bem Rua do Bolhão, 95 Telefone 222006717 Manuel de Azevedo e Francisco Moreira são os sócios desta aventura que já conta no BI com 47 anos. Falamos do histórico estabelecimento “O Buraco”, situado na Rua do Bolhão. “Esta casa abriu a 4 de fevereiro de 1971. Andava à procura de emprego e entrei para cá como empregado. Foi assim durante cinco anos. Depois assumi a casa, juntamente com um amigo inseparável, que é hoje meu sócio [Francisco Moreira]”, explicou-nos Manuel de Azevedo. Começou por ser um pequeno café snack-bar, mas “depois evoluiu para a área da restauração”. E a partir daí, foi sempre a somar. “Nunca tivemos problemas”, garantiu-nos Manuel de Azevedo. O Buraco é uma casa emblemática portuense pelos pratos que proporciona. Desde tripas a peixe “sempre fresco” (seja sardinhas, linguados ou pataniscas de bacalhau). Mas há mais: feijoada à buraco, cozido à portuguesa, arroz de pato, pernil assado ou empadão de vitela. E o caráter diferenciador? A familiaridade com os clientes, a frescura dos produtos e a qualidade do serviço. “Primeiro é preciso ganhar essa confiança com os clientes, que depois ficam à vontade connosco”, explicou-nos o responsável. “Na maior parte das vezes já sabemos o almoço que vão escolher e isso facilita muito”, sublinhou Manuel de Azevedo, referindo ainda a basilar importância do “passa a palavra”. De segunda a sexta das 12h às 15h30 e das 19h às 22h30. Sábado das 12h às 16h. Aos domingos está fechado.
Entre alguns dos novos restaurantes e os que trazem o peso da história consigo. São estas as propostas que fazem ficar com água na boca, até porque são marcadas pela qualidade dos produtos Recheio. Prepare os talheres e embarque nesta viagem que coloca todos os sentidos à prova!
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Senhor Zé
Um deleite tipicamente português Rua do Campinho 13-15 Telefone 919927431 Uma nova casa na baixa portuense. Com cozinha tradicional feita por mãos experientes. José Canelas e Maria da Soledade são os anfitriões do restaurante Senhor Zé. Um casal ligado desde sempre à restauração. Na rua do Campinho, entre as praças dos Poveiros e da Batalha, o restaurante Montenegro foi, em tempos, uma marca forte da cozinha tradicional portuense. Uma mulher de ‘avantajado atributo físico’, bem emblemático na alcunha (Mamuda), fez escola. Quase em frente do desaparecido Montenegro, o restaurante Senhor Zé abriu no final de 2017, num ambiente confortável e marcado pela simpatia. “Tinha um restaurante que já contava com 38 anos, a Casa Nanda, na Rua da Alegria. Saímos da Mamuda quando abrimos esse negócio, que acabou por desfazer-se no ano passado”, contou-nos José Canelas, responsável pelo Senhor Zé. “Era para não continuar a trabalhar, mas depois o bichinho começou a roer. Apanhei isto aqui e está há meses aberto”, acrescentou. Quanto à oferta gastronómica, os pratos são praticamente os mesmos desde há quarenta anos. Destaque para o bacalhau à Senhor Zé, bacalhau à lagareiro, bife à Senhor Zé, cozido à portuguesa, vitela assada, posta à mirandesa ou filetes de pescada com arroz de feijão. O balanço é o melhor para estes meses desde o arranque em finais de 2017. Quanto a planos futuros, “para já temos uma sala lá em cima. Vou ter que a arrumar para ver se consigo meter aqui as pessoas e encomendas que vão chegando”, rematou José Canelas. Às segundas-feiras encontra-se encerrado. De terça-feira a sábado das 12h às 15h30 e das 19h30 às 22h30. Ao domingo das 12h às 15h30.
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Casa Ferreira Alma portuense
Rua do Breiner, 248 Telefone 910600747 O espaço é amplo e simples, com um cunho marcadamente tradicional. Serviço atencioso e rápido. A comida, garante o atual dono, Luís Costa, filho do fundador, está na mesma. “Abrimos aqui na Rua do Breiner a 1 de outubro de 2016. Mas já estávamos na Rua do Almada desde 1974. Foi a minha avó que o fundou. Depois passou para o meu pai e para o meu tio. Vendeu-se, entretanto, o prédio e tínhamos que ir para algum lado. E eu, o mais novo, continuei com o negócio de família. A cozinheira é a minha mãe. Passou o testemunho à minha mulher, que agora está na cozinha”, disse-nos. “O nosso ponto forte são os pratos do dia variados, todos os dias diferentes, e sempre marcados pela qualidade. Pratos muito típicos como rojões com arroz de sarrabulho, carne à alentejana, cozido à portuguesa, o bife à ferreira, com queijo e fiambre derretido. Começamos a apostar nas açordas (açorda de gambas e açorda de bacalhau), que saem muito bem”, afiançou. Quanto a balanços, “está a correr bem. A clientela às 12h está a aumentar”, disse-nos, entusiasmado, Luís Costa. De segunda a sábado das 12h às 15h30. Quinta das 19h30 às 22h30. Sexta e sábado das 19h30 às 24h.
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Mundo Um mundo inteiro de sabores Rua da Picaria, 58 Telefone 912090029 O restaurante abriu em julho do ano passado na Rua da Picaria, prometendo um “Mundo” no prato, e na experiência, pois há dj à mistura, numa combinação improvável de cozinhas internacionais. Na decoração, o espírito é industrial, urbano. Os retratos grafitados conferem precisamente essa marca cosmopolita. Já para não mencionar a majestosa casa de banho, decorada a preceito, transformando tudo numa verdadeira obra de arte. “Alguns dos sócios deste restaurante já têm outros estabelecimentos e após terem viajado a Berlim ou Espanha pretenderam abrir um restaurante com um conceito mais diversificado ao nível da comida, aliando um espaço mais industrial, como em Londres, a título de exemplo. Também quisemos aplicar o conceito de bar restaurante”, explicou-nos José Ribeiro, um dos responsáveis pelo estabelecimento. Em termos gastronómicos, “pegamos em várias técnicas de cozinha e sabores de todo o mundo e tentamos misturar um pouco. Podemos chamar-lhe cozinha de fusão. O nosso objetivo é conseguir, seja de três em três meses ou de seis em seis meses, mudar a carta, de regiões diferentes. Da Ásia, da América do Sul, passar por exemplo para África”, elucidou. O caráter diferenciador passa mesmo pelo “ambiente que se gera aqui no restaurante. As pessoas sentem-se muito confortáveis”, disse-nos. O futuro passa por aperfeiçoar e melhorar, num trabalho que é contínuo. Mas há mais: há planos para um possível Sub-Mundo. “Mas ainda não quero adiantar muito. Mas quem sabe se daqui a uns meses não só podem visitar o Mundo como o Sub-Mundo?”, avançou. De segunda a quinta das 18h às 24h. Sexta e sábado das 18h às 02h. Domingo das 18h às 24h.
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Portu’s ‘Uma casa de família, com a porta aberta ao público’ Rua dos Mercadores, 10/12 Telefone 222031147 “O projeto nasceu em setembro de 2014, com o carimbo de um senhor que é meu pai”, começa por nos contar, orgulhosa, Sónia Carvalho, responsável pelo estabelecimento. Consta que, em casa, pai e filha recebiam todas as semanas imensa gente. A ideia não tardou muito em nascer: Porque não abrir um restaurante? Assim, “o meu pai acabou por resolver abrir o restaurante aqui na Ribeira. Eu ajudei-o. Apesar da empresa desde sempre ser minha, foi ele que criou e dinamizou este espaço”. Quanto a ofertas gastronómicas, o Portu’s proporciona comida tipicamente portuguesa e nortenha, acima de tudo. “Temos um prato mais do sul que é a açorda de camarão, de resto servimos francesinhas, bacalhau à Braga, bacalhau à lagareiro e polvo à lagareiro. Temos também tapas portuguesas: chouriço, alheira, morcela, ou o bacalhau desfiado”. A arte de bem receber e a frescura dos produtos são os caracteres diferenciadores do estabelecimento. “Eu costumo dizer que somos uma casa de família, com a porta aberta ao público. É a frase que melhor nos carateriza”, disse. “Ao fim de semana temos música ao vivo e no inverno fazemos noites de fados. É incrível num espaço destes. Esta sala leva 26 pessoas. Quando tem música ao vivo só leva 24”, disse-nos. O balanço é mais que positivo. “É um projeto que o meu pai inicia com amor e carinho e que eu vou dar continuidade”, concluiu Sónia Carvalho. Todos os dias das 12h às 15h e das 19h às 23h. Folga às terças-feiras.
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Carlos Alberto
Entre o típico português e a modernidade Praça de Carlos Alberto, 89 Telefone 222057869 “Abrimos em novembro de 2017 este estabelecimento, que já teve uma existência anterior sob a gestão do meu pai”, explicou-nos Patrícia Vasconcelos, uma das responsáveis pelo espaço. “O meu pai teve aqui durante 12 anos o restaurante Carlos Alberto, também marcado pela comida típica portuguesa, só que a decoração era totalmente diferente. O Porto sofreu uma reabilitação e a senhoria entregou o estabelecimento à Câmara. Depois o meu pai comprou o espaço, alugando-o durante oito anos. O restaurante foi entregue o ano passado e o meu pai propôs-me, e aos meus irmãos, este desafio, o de reabrir o Carlos Alberto. Aceitamos porque sempre estivemos neste meio, e sempre o ajudamos”, revelou-nos. Em termos gastronómicos, “continuamos com o legado, a servir comida típica portuguesa, e não reinventada. A título de exemplo temos bacalhau com broa e salpicão que é como se fosse uma receita da minha mãe. Temos o nosso polvo à lagareiro, a posta de vitela, as francesinhas… tínhamos que ter (risos), com um molho muito bom. De destacar ainda o bife à portuguesa com cebolada e presunto”. Há todo um cuidado na estética. “Contratamos o arquiteto André Dias e pedimos-lhe ajuda, no sentido em que transmitisse o estilo típico português, mas um pouco moderno. Ficou com um aspeto ‘clean’, mas com elementos que nos transportam para a história portuguesa”. O feedback é “muito positivo, tanto da comida, como do espaço. Temos clientes habituais ao almoço e estrangeiros que repetem a experiência”. Quanto a projetos futuros, “estamos a pensar em abrir com um novo menu, dedicado à esplanada”, contou-nos Patrícia Vasconcelos. De segunda a quinta das 12h às 15h e das 19h às 22h. Sexta e sábado das 12h às 15h30 e das 19h às 23h30.
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Tentações no Prato ‘As pessoas sentem-se em casa’ Rua da Senhora da Luz, 97 Telefone 226182738 A menos de 50 metros do mar, encontra-se esta bonita casa rústica com um serviço acolhedor e ambiente informal. Aqui terá a oportunidade de provar bons pratos da cozinha típica portuguesa. “A ideia original não é minha. Era de uma amiga, a quem eu vim posteriormente dar uma ajuda, acabando por ficar, até que em 2015 ela decidiu ir embora, e eu continuei com o negócio, não mexendo muito com a sua alma, a cozinha portuguesa”, começou por nos explicar Eva Sousa, responsável pelo estabelecimento. Em termos gastronómicos, um dos pratos de referência são os filetes de polvo, “que também fazem as delícias dos estrangeiros. Temos tripas à moda do Porto, o arroz de pato, o lombo assado com castanhas, filetes de pescada e peixe fresco acima de tudo”. “Temos imensos estrangeiros, muitos espanhóis. Ainda ontem recebi uma reserva para junho, para oito pessoas. Os estrangeiros vêm e repetem”, disse-nos, orgulhosa. “Para nós é uma recompensa muito grande. As pessoas sentem-se em casa, vamos sempre conversar com os clientes. Acho que é um dos fatores que faz a diferença aliado ao caráter íntimo, qualidade e frescura”, salientou Eva Sousa. Terça a sábado das 12h às 15h e das 19h às 22h. Domingo das 12h às 15h. Às segundas está fechado.
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Escondidinho A elegância serve-se à mesa Rua Passos Manuel 144 Telefone 22 200 1079 Está nos roteiros da cidade. Toda a gente conhece o Escondidinho, uma casa que vem de longe, que abraçou tanta gente ilustre da nata política, financeira e cultural desta cidade. Oficialmente nasceu em 1931 através do alvará, mas na realidade foi em 1927 que foi registada a marca. A nível gastronómico ainda se mantêm muitos dos pratos que sempre se serviram nesta casa. “Naturalmente o bacalhau à Escondidinho, as tripas à moda do Porto, a lagosta. Temos muitos pratos de peixe, carne e também sobremesas, todas confecionadas aqui na casa”, contou-nos Amarilio Barbosa, atual responsável pelo estabelecimento. Até 1999, o Escondidinho foi o único restaurante no país com duas estrelas Michelin. “Nós somos fortes embaixadores da gastronomia. Já são 90 anos de história, atravessando as mais diversas conjunturas do país e da cidade. O estabelecimento é conhecido no Porto, no país, mas também a nível internacional. É um restaurante de referência. Nós só tínhamos que preservar e aprimorar as especialidades”, contou-nos. O balanço é “extremamente positivo. Estou aqui há 13 anos e já conhecia o Escondidinho desde há 40 anos. É uma grande responsabilidade estar à frente de uma casa emblemática que é um ícone da restauração, da gastronomia portuense”. O futuro passa por “aprimorar pela satisfação total do cliente. Vamos sempre fazendo algumas correções na carta. Não podemos, a título de exemplo, esquecer os vegetarianos. É importante ter uma perspetiva moderna adaptada à atualidade e ao futuro”, conclui Amarilio Barbosa. Todos os dias das 12h às 15h e das 19h às 24h.
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s e d a d i Nov frescas!
A Wera Store, sempre eclética na oferta, promete muitas surpresas para o verão, desde brinquedos para a praia para os mais pequenos, artigos para festas (que condizem para a estação mais movimentada do ano) a vestuário a preceito para esta época mais quente. As cores dominantes para todas as faixas etárias são o rosa e o amarelo, garantiu-nos Weilan (Vera em português), que juntamente com o marido, nos traz um pouco da cultura chinesa para a cidade do Porto. Biquinis, fatos de banho, top´s, calças mais frescas e calçado de verão para todos os gostos. Tudo está à mão de semear na Wera Store.
De que está à espera? Não falte, até porque “está aqui tudo”, reitera Weilan. A recetividade é mais que positiva num estabelecimento onde os clientes se sentem bem. Também a qualidade e simpatia no atendimento são fundamentais. A proximidade torna-se, assim, a palavra-chave do estabelecimento, sendo o ambiente “acolhedor”, decididamente para toda a família com uma relação qualidade-preço também, muito convidativa.
Localizada na Rua António da Silva Marinho, nº 120, Porto, a loja está aberta todos os dias das 9h00 às 21h00! Ao lado da Maxmat Porto. Parque de estacionamento grátis
facebook.com/LojaWeraStore/
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A festa saiu à rua! Textos: Irene Mónica Leite Fotos: FC Porto
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Campeão voltou ao coração do Porto. Após um jejum de quatro anos, a equipa azul e branca, liderada por Sérgio Conceição, venceu o campeonato 2017/2018, com um sabor especial: a calorosa receção do Mar Azul. A cidade parou para fazer a festa. Os jogadores desfilaram com orgulho pela passerelle que lhes foi estendida em plena Avenida dos Aliados, a ‘sala de visitas’ da cidade, entre palavras de ordem e cânticos que se ouviram ao longo desta caminhada. “Obrigado a todos vocês. Nós somos o Mar Azul, somos Porto, somos os melhores”, salientou Sérgio Conceição. Os adeptos, de todas as idades, nunca abandonaram a equipa, em momentos bons, ou mais complicados. O Draco também não faltou, garantindo muita animação em nome do clube nascido para vencer. Após 19 anos, os dragões voltaram a subir à
varanda da Câmara do Porto. O momento em que o capitão Héctor Herrera levantou o troféu, com Maria Amélia Canossa a cantar o hino do FC Porto, vai perdurar na memória coletiva de todos os portuenses. A celebração terminou com uma das grandes imagens da época, um símbolo de união da família portista: a roda dos Campeões Nacionais 2017/18.
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“Queremos fazer diferente” Chama-se “Nas 4 linhas, Mundial 2018” e é o programa que vai figurar durante a ‘copa,, com apresentação de Júlio Magalhães e coordenação de Humberto Ferreira, com quem estivemos à conversa. Mais um formato com a fórmula vencedora: a forte união e interdisciplinaridade da equipa do Porto Canal. Texto: Irene Mónica Leite Fotos: Inez Cortez
Trata-se de um programa que se vai desenrolar em duas fases. Arranca na semana anterior ao Mundial com “aquilo que tem a ver com os últimos preparativos das seleções. Uma emissão de 25 minutos, com o noticiário do dia a dia de Portugal na primeira fase. Antecipações, basicamente”, disse-nos Humberto Ferreira. Segue-se o perfil de cada uma das seleções, isto com o objetivo de “mostrar aos nossos telespectadores aquilo que irá ser o Mundial da Rússia, um bocadinho com o nosso olhar”. Por fim, já na segunda fase, entra um programa em estú-
dio, com a habitual análise de preparação e perspetiva, com a duração de duas horas e com convidados. A imagem que o Porto Canal já nos acostumou. À semelhança do que aconteceu no Europeu de 2016, volta-se a abraçar o mesmo cenário, com muitos dos comentadores habituais nesta área como Rui Cerqueira ou Aníbal Styliano. Cada emissão passa logo a seguir aos jogos, para que tudo seja escrutinado em cima da atualidade. “Temos a presença do Maniche que há de ser comentador oficial do Mundial. Ele, que
dispensa apresentações: é embaixador da FIFA para este ano e foi campeão da Europa no FC Porto. É uma figura emblemática que vai estar connosco, entre outros convidados a seu tempo confirmados”, disse. O programa vai contar com a apresentação de Júlio Magalhães. Humberto Ferreira ficará na coordenação. Vai sair igualmente reforçada a vertente online. “Vamos ter durante o dia diretos no Facebook, acompanhamentos de redes sociais, para além de um micro site com informação do Mundial. Teremos quizzes para
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as pessoas também se divertirem, com uma interação muito grande de todos que trabalham neste canal, sejam apresentadores, produtores ou técnicos, seja em prognósticos, ou no olhar feminino. A título de exemplo, temos a rubrica ‘Hit Mundial’ em que vamos ter o Francisco Tavares, que é o nosso homem da música, para nos falar das músicas emblemáticas dos outros mundiais”. Teremos uma rubrica que se intitulará “Cassete do Mundial”,
que tem o objetivo de, “durante um minuto, trazermos uma história em torno dos mundiais, desde o ano do seu arranque. Vamos ter ainda várias vezes ao dia aquilo a que nós chamamos ‘Cromo do Mundial’, que é uma rubrica onde vamos buscar um jogador de forma positiva. Cromo, referente a uma analogia com a febre das cadernetas”, referiu. Em jeito de prognóstico, Humberto Ferreira é perentório:”há de ser mais um programa à
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imagem do Porto Canal, com entrega, com paixão, em que vamos dar muito de nós. Queremos, essencialmente, fazer diferente”. Podemos assistir ao trabalho de Humberto Ferreira no “Jornal de Desporto” diariamente, juntamente com Cristiana Gonçalves Pereira, no programa “Nas 4 linhas” às quartas-feiras, e, ainda, nas narrações do hóquei em patins do FC Porto. REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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DEAMBULANDO POR DUAS JÓIAS ARQUITETÓNICAS DA CIDADE
O programa da autarquia Porto de Tradição já contabiliza 55 lojas históricas protegidas, o que lhes traz benefícios no âmbito da lei das rendas, evitando que os proprietários as possam despejar com maior facilidade, e preservando, simultaneamente, a história da cidade.
À semelhança da edição anterior, em que visitamos a Lopo Xavier e a Casa Soleiro, fazemos um novo périplo, desta vez por duas jóias emblemáticas da Arte Nova: a Pérola do Bolhão e o Café Majestic.
Pérola do Bolhão
Trata-se de uma das preciosidades do comércio tradicional da cidade Invicta, contribuindo para manter o cariz tipicamente bairrista do Porto. Referimo-nos à Pérola do Bolhão, que integra já a história e os roteiros turísticos da cidade e também o programa Porto de Tradição. Esta histórica mercearia foi fundada em 1917 por António Rodrigues Reis. Atualmente o estabelecimento é gerido pelo filho, também ele António Ro-
drigues Reis. É de salientar o facto desta ‘Pérola’ com uma deliciosa fachada Arte Nova continuar a sobreviver a uma fase cada vez mais marcada pelo consumo de massas, distinguindo-se, precisamente pelos produtos que tem disponíveis para venda, nomeadamente os frutos secos, as especialidades regionais como os queijos e os enchidos, as doçarias, o bacalhau e o leitão assado que aí chega diariamente. Com efeito, é procurada pelo melhor azeite, e
LOJA S H I STÓ R I CA S D O P ORTO
pelos queijos e fumados de várias zonas do país. Sem esquecer os frutos secos, naturalmente, de diferentes partes do mundo, as compotas de espumante, as conservas de enguias, os vinhos de exceção e o café moído na hora. Produtos de primeiríssima qualidade asseguram esta resistência de 100 anos. O atendimento também é diferenciador: continua a ser tradicional e personalizado. Mal se entra na loja, vê-se António Rodrigues Reis sentado atrás da máquina
registadora entre a charcutaria, do seu lado esquerdo, e os frutos secos, do lado direito. A fachada é um dos grandes cartões de visita do espaço não só a nível nacional, como internacional. “Temos muitos turistas aqui”, disse-nos António Reis, sem largar o livro das memórias, repleto de recortes das mais variadas notícias e fotos sobre a sua ‘Pérola’. Os painéis de azulejo Arte Nova retratam duas mulheres orientais que remetem para as terras de origem e
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para o exotismo daqueles locais longínquos de onde vinham os produtos. Conhecida nos quatro cantos do mundo, a Pérola do Bolhão, ao contrário do que se possa pensar, não sentiu na pele a crise do comércio tradicional, tendo apenas levado a cabo alguns reajustamentos. “As grandes superfícies vieram melhorar a situação de se fiar. Os clientes lá pagam a dinheiro e ganharam o hábito de o fazer nas outras casas”. Algumas figuras públicas já passaram por esta emblemática mercearia. É certo que Manuel Luís Goucha e Benedita Pereira não resistiram a pequenos flashes nesta ‘Pérola’. Uma curiosidade: na época em que abriu já existia anteriormente, pertencia a outra família e possuía outro nome: vendia apenas aqueles que eram então considerados produtos finos, com particular destaque para os chás, cafés, cacaus e chocolates. REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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Café Majestic
Sabia que o Majestic já recebeu o almirante Gago Coutinho, o presidente do Brasil Juscelino Kubitschek, foi palco de um flash mob de ópera, acolheu a escrita de Rowling sobre Harry Potter, e, como se não bastasse, recebeu Joaquim de Almeida a contracenar como Sherlock Holmes? Estas são apenas algumas das deliciosas curiosidades do histórico e emblemático café portuense que apresentamos seguidamente. Nasceu a 17 de dezembro de 1921, com o carimbo do arqui-
teto João Queiroz, um luxuoso café com o nome de “Elite”, situado na Rua de Santa Catarina, o local mais central da cidade. Posteriormente, para não ficar apenas conotado como uma alusão à monarquia, o que não caiu bem à população republicana, de “Elite” passou a “Majestic”, estabelecimento que pela sua longevidade conta a história da cidade Invicta. Basta recordar o Porto dos anos 20, marcado pelas tertúlias políticas e debate das ideias, o Porto da Belle Époque dos escritores e dos artistas. O espaço do Ma-
jestic agradou a intelectuais e boémios mas também a senhoras da melhor sociedade, que, em passeio, ali tomavam o chá ou o sorvete. Dentro do estabelecimento, de planta retangular, reina a linguagem Arte Nova. A simetria curvilínea das molduras em madeira e os pormenores decorativos cativam a observação. Esculturas em estuque, representando rostos humanos, figuras desnudas e florões, confirmam o gosto ondulante e sensual, enquanto duas linhas de bancos e couro grava-
LOJA S H I STÓ R I CA S D O P ORTO
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FELIZ ACASO Todo o histórico do Majestic é repleto de curiosidades, entre elas a preciosidade de uma fotografia do projeto inicial. Fernando Barrias confidenciou-nos a aventura. “Sem querer, fui à procura de fotografias e encontrei a Foto Beleza que era uma casa muito famosa aqui no Porto. Perguntei por registos do Majestic. Pediram-me para voltar lá na semana seguinte. Assim fiz, encontrando rastos. Posteriormente, mandei ampliar a fotografia. Quando mostro esta foto ao meu pai, rapidamente constato que era a peça chave para avançar com a obra. Quando fechamos, no início dos anos 90, tratamos de fazer a obra com um restauro profundo. Tínhamos a base que nos permitia, a título de exemplo, reproduzir estas cadeiras fielmente”.
do, substituindo os originais em veludo vermelho, criam em termos de perspetiva, uma sensação de profundidade e elegante aconchego. Mas nem só de tempos áureos viveu o Majestic. Atravessou períodos da história conturbados e um dos mais marcantes foi a Segunda Guerra Mundial. “Através do livro das atas verifiquei que se pagava uma taxa de guerra. Durante esta fase, a gerência viu-se com muitas dificuldades para pagar as despesas, começando a despedir pessoal. Desfez-se do patrimó-
nio do café, nomeadamente candeeiros, mesas, etc. Foi aí que começou um certo declínio”, confidenciou-nos o atual responsável pelo histórico estabelecimento, Fernando Barrias. No entanto, com o restauro (ver caixa) concluído em 1994 aos comandos da família Barrias tudo mudaria… até hoje. A ribalta foi gloriosamente concedida novamente, com clientes fiéis dos quatro cantos do mundo, um verdadeiro ponto de passagem obrigatório para ministros e presidentes da República, personalidades
nacionais e estrangeiras. Somam-se muitas distinções (só para citar algumas, o Prémio Especial de Café Creme, em 1999; Medalha de Mérito Turístico Municipal - Porto, Grau Prata, em 2000, e depois a Medalha Municipal de Mérito Turístico Grau Ouro, em 2011), ancoradas numa equipa de sucesso, com propostas gastronómicas irresistíveis (a famosa rabanada), tartes de chocolate ou amêndoa e ainda, nos pratos, o bife à Majestic, magret de pato, as saladas ou o bacalhau, que fazem até aos dias de hoje a diferença. REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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No passado dia 5 de maio, a Clínica Médica da Foz comemorou o seu 32º aniversário e inaugurou novas instalações, na rua das Sobreiras, no Porto.
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O Fé Wine & Club é um daqueles espaços que junta o conceito de bar de vinhos, bem acompanhados por petiscos diversos, a usufruir no piso térreo, com o de clube moderno, com muita música e diversão a preencher o piso inferior. O ambiente é animado e sofisticado, sentindo-se que é um daqueles sítios para ver e ser visto, com gente gira e fashion. A decoração do espaço é da responsabilidade do designer de interiores Paulo Lobo, cujos projetos têm sempre uma marca indistinta. Desta vez marcam o espaço toneladas de livros e uma vasta garrafeira, bem acompanhados por uma iluminação com cores garridas e atrativas.
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Praรงa D. Filipa de Lencastre nยบ1 Email: eventos@feporto.pt | Telefone +351 927 223 446 | +351 222 010 901 facebook.com/fe.wine.club instagram.com/fewineclub www.feporto.pt
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A INOVAÇÃO CONSTANTE DAS TÉCNICAS DE CIRURGIA PLÁSTICA, RECONSTRUTIVA E ESTÉTICA A Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética é um dos serviços de origem da história do Hospital da Prelada, iniciada em 1988, aquando da inauguração daquela unidade de saúde da Misericórdia do Porto. Trinta anos depois, as técnicas e os instrumentos inovadores nesta área multiplicam-se. Fomos conhecer melhor esta valência junto do cirurgião plástico, Luís da Cruz. Texto: Irene Mónica Leite
Há uma certa interdisciplinaridade entre os conceitos de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética. “É muito difícil fazer uma separação absoluta, isto porque o reconstrutivo apresenta a componente estética. No rejuvenescimento estético têm que se procurar técnicas reconstrutivas. As metas são estéticas, mas há uma técnica reconstrutiva”, começou por nos explicar o cirurgião plástico do Hospital da Prelada, Luís da Cruz. Na Unidade de Queimados, os
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OS INSTRUMENTOS INOVADORES “Sou um cirurgião que, para além do trabalho habitual, tenho-me dedicado a certas áreas na vertente académica e no desenvolvimento de técnicas e instrumentos cirúrgicos, seja na cirurgia de glúteo, na cirurgia endoscópica da face e em áreas de implantes pouco comuns de glúteo e da barriga da perna”, explicou Luís da Cruz. O Hospital da Prelada tem tecnologia avançada para as lipoaspirações, como o vaser, com aparelhos de última geração. “Temos também o ‘Da
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Cruz Triple Tool’, uma ferramenta que simplifica os procedimentos cirúrgicos num verdadeiro três em um. Inventei esta ferramenta há uns anos, no âmbito do aumento do glúteo, que foi desenvolvida tecnicamente pela Marina Medical. Este instrumento introduziu mudanças consideráveis nas cirurgias. Só para elucidar o impacto: uma parte da intervenção demorava meia hora e depois passou a demorar apenas dois minutos”, explicou. Luís da Cruz acrescentou, ainda, que a ferramenta também “permitiu que a cirurgia fosse mais efetiva. Este instrumento está distribuído pelo mundo”.
Luís da Cruz
cirurgiões plásticos, em conjunto com os médicos intensivistas, passam à reconstrução. De mencionar ainda a reconstrução mamária após cancro, um tipo de cirurgia regular nesta unidade de saúde. O Hospital da Prelada abarca esta valência porque apresenta uma obrigação e um interesse de colaborar no bem-estar das pessoas. “Deve também procurar assisti-las nesse aspeto, ou seja, da forma como as pessoas se olham e se sentem externamente”, acrescentou. E o público que recorre ao serviço estético? Como caraterizá-lo? “Talvez as ideias populares que há a respeito desse tipo de público não correspondam à realidade. Por vezes é uma impressão que se vai tendo pelos meios de comunicação,
com situações muito pontuais que fazem, por exemplo, que o artista embarque nesta valência por capricho. E a realidade é que em todas as áreas da população há interesse em resolver os seus problemas. Há, por exemplo, mulheres em idade adulta que têm sequelas de gravidez e que querem resolver a situação. Por outro lado, temos pessoas que já estão na área dos processos de envelhecimento, que também são de idade adulta, mais avançada, a partir dos 60/70 anos, que procuram procedimentos de rejuvenescimento. Há ainda um outro grupo referente a pessoas jovens que têm caraterísticas morfológicas específicas. A título de exemplo, um nariz com um problema particular. Há quantidades inumeráveis de situações: lábios pequenos,
lábios grandes ou escasso desenvolvimento da glândula mamária, no caso das mulheres”, disse Luís da Cruz. Outro fator muito importante na caraterização desta valência do hospital é a forte união da equipa de dez cirurgiões plásticos. “ Tudo isso faz enriquecer as possibilidades. Não somos pessoas isoladas. Um dos interesses do hospital é criar uma área em que as pessoas tenham aquilo que precisam e não apenas o que podemos oferecer”, destacou. “ Todos os cirurgiões têm d i f e re n te s o r i e n t a çõ e s e diferentes ‘ berços’. Umas vezes vamos à América, Ásia, outras vezes à Alemanha e EUA, refletindo-se tudo numa fusão. Para além dos congressos, de mencionar também os REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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workshops, que é uma das áreas que estamos no momento a desenvolver. Somos, acima de tudo, um grupo interdisciplinar”, acrescentou. Luís da Cruz reiterou que o Hospital da Prelada tem muito prestígio, estando, também, muito bem organizado. No entanto, há muitas possibilidades de serviço que as pessoas do país e mesmo da zona norte conhecem apenas de forma geral. Há muitas coisas que a unidade de saúde faz para facilitar o acesso da população a esta instituição. “Mesmo a parte privada do hospital apresenta uma série de facilidades com um conceito acessível. A possibilidade de acesso é muito cómoda para o nível de topo que esta instituição apresenta”, disse.
COM UM OLHAR NO MUNDO O Hospital da Prelada também está orientado para serviços fora do país. A unidade de saúde apresenta acreditação internacional, um fator que pode ser atrativo para outras pessoas no estrangeiro. “Trata-se de uma excelente coincidência com o incremento turístico do Porto. A instituição tem crescido silenciosamente nesse aspeto. O Hospital da Prelada é escolhido por pessoas de fora porque temos infraestrutura e organização logística, uma área que também é importante no hospital”, revelou Luís da Cruz.
HOSPITAL DA PRELADA NA REDE DE PARCEIROS DA ADSE
“A parceria com a ADSE permite-nos tratar beneficiários desse subsistema de saúde de todo o país, algo que até à assinatura deste protocolo apenas era possível unicamente para doentes que fossem da nossa área de referenciação. Agora, desde que o doente se apresente com o seu cartão de beneficiário, pode marcar uma consulta e ser atendido nas especialidades que temos”, explicou Varejão Pinto, diretor clínico do Hospital da Prelada. “Estamos perante um hospital para todos, com possibilidades de análises clínicas a qualquer hora do dia, mesmo a um sábado. Temos radiologia das 08h00 às 20h00. O hospital abriu-se à comunidade e estamos cada vez mais
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atentos a ela”, frisou. No Hospital da Prelada foi, ainda, criada uma loja de atendimento como forma de reforçar o relacionamento com a ADSE e permitir um acesso mais fácil dos beneficiários à informação que necessitam, ou para entrega de documentos, potencializando esta relação entre as duas entidades. Por exemplo, no âmbito da Medicina Física e de Reabilitação, esta parceria permite que muitos beneficiários da ADSE, em caso de internamento, passem a dispor de preços mais competitivos. “Todas as especialidades que temos têm acordo com a ADSE”, reiterou Varejão Pinto. De realçar ainda que, “para além de uma forte aposta na área de Gastrenterologia, que renovou a sua equipa, fizemos um forte investimento em tecnologia de última geração, o que nos permite efetuar todo o tipo de tratamentos em colonoscopias e endoscopias. A Urologia também tem vindo a crescer e renovámos todo o nosso material cirúrgico, permitindo fazer todo o tipo de tratamentos desta especialidade com menor tempo possível de internamento”, rematou o diretor clínico do Hospital da Prelada. REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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Os ritmos
festivaleiros
estão aí à porta!
Fazem as delícias do público, com ‘menus’ ecléticos, para todos os gostos, para todas as tribos. Do alternativo ao mais familiar. Falamos de dois festivais que já são verdadeiros clássicos da cidade do Porto: o NOS Primavera Sound e o MEO Marés Vivas. Antecipemos então a festa e desfilemos os alinhamentos. Texto: Irene Mónica Leite
Preparem as mochilas, os sacos cama para noites mal dormidas, mas uma coisa é certa: coração cheio. Motivos? São mais que muitos. Quer no Porto quer em Gaia, o cenário não poderia ser melhor. Noites contínuas de celebração, acompanhadas
por uma boa cerveja, e companheiros sempre animados com a próxima ‘surpresa’ do respetivo evento. Os turistas, encantados, aproximam-se numa verdadeira comunhão em que o elo entre todos é esta linguagem universal: a música.
NOS Primavera Sound
Num dos cenários mais românticos de Portugal (o Parque da Cidade do Porto) decorre o NOS Primavera Sound, que regressa nos dias 7, 8 e 9 de junho. Menção para Tyler, The Creator, Arca, Father John Misty, Mogwai, Jamie XX, Fever Ray, Vince Staples e Thundercat. Há um novo reforço do cartaz do NOS Primavera Sound, com a banda escocesa The Twilight Sad, que dará um concerto no primeiro dia do evento, 7 de junho, no Parque da Cidade. Refira-se, ainda, que foi também anunciado o cancelamento da participação da cantora australiana Alex Lahey (“You Don’t Think You Like People Like Me”), que anulou a digressão de promoção do
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seu primeiro álbum, “I Love You Like A Brother”. Com artistas portugueses como Black Bombaim, Fogo Fogo, Luís Severo e Solar Corona à mistura, o festival inclui também os brasileiros Metá Metá, entre muitos outros. E os destaques? Para além do novo rei do hip hop, A$AP Rocky, há mais duas pérolas imperdíveis: Nick Cave & The Bad Seeds e Lorde, a menina bonita do eterno camaleão do rock, David Bowie.
Nick Cave, das profundezas para a catarse Nick Cave, provavelmente a grande proposta do Primavera Sound, já não é, propriamente, uma estreia neste festival. Há cinco anos, o músico de “I let love in” marcou presença no palco maior do NOS Primavera Sound, com muito magnetismo à mistura. Sem dúvida um dos melhores concertos daquela edição do Primavera Sound. No entanto, o Nick Cave que agora se nos apresenta é ligeiramente diferente. Primeiro, pela mudança numérica no seu BI. Segundo, a morte do seu filho adolescente, Arthur, há três anos. E nada melhor como as canções, que funcionam como refúgio e salvação para atenuar essa forte dor. O concerto acontece quase dois anos depois do artista ter lançado “Skeleton Tree”, um valente “murro no estômago” em forma de disco sobre a morte do seu filho, e de uma série de concertos que passaram pela Europa e EUA. Catarse foi a palavra de ordem. “Bring it on” ou ”The Weeping Song” são dois de uma lista infindável de clássicos que a VIVA! pretende ouvir.
Oh Lorde! Lorde chega à cidade Invicta à boleia de “Melodrama”. A pop está bem e recomenda-se na menina bonita de David Bowie. O registo revela um avanço para uma sonoridade mais dançável, aproximando-se do género eletrónico.
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MEO Marés Vivas
Pelo alinhamento adivinha-se um festival bem animado, a realizar-se de 20 a 22 de julho. O maior festival de música do Norte do país será na antiga Seca do Bacalhau em Vila Nova de Gaia, com cinco palcos dedicados a artistas de topo. Já tem o seu bilhete? Voltamos à mesma história de que podemos ouvir o que quisermos. A oferta é ampla e para todos os gostos. O registo é marcadamente familiar, o que torna precisamente este festival único e um clássico. Em nomes nacionais destaque para a urgência de Manel Cruz. O ex-Ornato está bem e recomenda-se. Atua a 20 de julho. Carolina Deslandes aproxima-se (e ainda bem!) com a sua voz doce. Agora é a sua vez de subir ao palco no dia 21 de julho, sendo uma das maiores artistas da atual geração de cantores e compositores portugueses. Com milhões de visualizações no YouTube, tem trilhado um percurso meteórico desde a sua estreia, afirmando-se como uma das maiores referências não apenas no universo digital mas na música nacional contemporânea. Laura Pergolizzi estreia-se num registo intimista. As performances desta cantora contam com muita atitude, um ukelele na mão e uma voz cheia de soul e ritmo. Assente num estilo underground sem limites e moldado por vários anos na indústria, compôs vários sucessos para cantores muito conceituados como Rihanna, Cher e Backstreet Boys. No dia 22 de julho, na sua visita a Portugal para o MEO Marés Vivas, o público poderá contar com um concerto muito especial. Os Kodaline, banda conhecida do público português, regressam ao Marés Vivas, onde atuaram em 2016, para apresentar o seu terceiro álbum. Já os Goo Goo Dolls, com mais de 30 anos de carreira e que têm como maior êxito a canção ‘Iris’, atuam pela primeira vez em Portugal, numa nostalgia que certamente
colocará muito coração a bater… Richie Campbell vem espalhar sorrisos, trazendo ao palco do MEO Marés Vivas a sua nova mixtape, “Lisboa”, lançada no passado dia 2 de fevereiro. A mistura do dancehall jamaicano com o R&B está bem patente em “Lisboa” e caracteriza o momento atual do artista, que depois de “Focused” e “In the 876” volta às sonoridades
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“Insanidade Virtual” com Jamiroquai
Desde o lançamento do seu álbum de estreia, “Emergency on Planet Earth”, em 1993, Jamiroquai completou a música pop moderna revigorada, ao mesmo tempo em que abriu caminho como um dos principais influenciadores de alguns dos artistas mais excitantes de hoje. Com mais de sete álbuns, atingindo o Top 10 do Reino Unido (e os três alcançando o n.° 1), a banda vencedora do prémio Grammy, classificada pelos britânicos, vendeu mais de 26 milhões de álbuns em todo o mundo e retém o recorde Guinness Book of World Records para o álbum de funk mais vendido de todos os tempos. Obra!
Joss Stone, soul maravilha A cantora de soul Joss Stone regressa ao Palco MEO do MEO Marés Vivas quatro anos depois de um concerto que deixou saudades. A artista britânica aterra no festival de Vila Nova de Gaia no dia 22 de julho após assumir perante o mundo a missão de cantar e atuar em todos os países da ONU como parte do seu “Total World Tour”.
da sua primeira mixtape, “My Path”. Os Black Mamba dispensam apresentações e prometem animar Gaia com as suas boas vibrações no dia 21 de julho. Rita Ora é outro nome a considerar (22 de julho). O Palco Santa Casa acolhe no dia 20 de julho Fernando Daniel, o grande vencedor do The Voice, com uma atuação que se adivinha intensa. Menção ainda para o projeto We find you (sexta, 20 de julho) e Via (sábado, 21 de julho). E, no último dia do festival Meo Marés Vivas, o Palco Santa Casa recebe Bárbara Bandeira e Janeiro, dois jovens talentos nacionais que prometem agitar estas ‘marés’. Uma das grandes confirmações que promete
e adivinha euforia é David Guetta. É indiscutivelmente o DJ mais bem-sucedido de todos os tempos. Atua sábado, 21 de julho. REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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NAVALHAS & TESOURAS com história
Não é nenhuma partida de dia das mentiras. Nasceu a 1 de abril de 1968, conta com 50 anos no BI, mas é bem jovem no espírito e perfeitamente adaptada ao século XXI. Situada em frente à Igreja do Carmo, na Praça Carlos Alberto, a Barbearia Invicta continua a fazer história. Ao leme continua o resistente José Aventino da Silva, sócio fundador, que nos recorda também o seu trajeto de sucesso marcado por inúmeros troféus. Textos: Irene Mónica Leite | Fotos: Inez Cortez
Perde-se a conta quando lhes perguntamos quantos ilustres lhes confiaram o corte de cabelo. Mas citam alguns nomes: Rui Rio, antigo presidente da Câmara do Porto, D. Manuel Clemente, ex-bispo do Porto e atual cardeal-patriarca, o Padre Américo, Narciso Miranda e Valente de Oliveira.
José Aventino da Silva é o único resistente do núcleo de quatro fundadores da barbearia em 1968. Trabalha com navalhas e tesouras desde os 10 anos. “A profissão está na minha família há mais de 160 anos. Aprendi com o meu pai e com o meu avô”, disse. Já em adolescente acompanhava o pai que também
era barbeiro. No boom dos Beatles também foi cabeleireiro de senhoras. A primeira barba que Aventino fez foi aos 10 anos a um morto, pois o pai estava fora. Depois foi sempre a somar, repleto de medalhas e troféus numa carreira marcada por sucessos. Mas nem só de navalhas e tesouras se compõe a história
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Aqui nasceu a menina Com meio século de glória Com clientela bela e fina Assim se fez sua história Cinquenta anos já estão Muita alma e coração Uns vêm e outros vão Com amor, muita paixão José Pinto (sócio-gerente) da Barbearia Invicta. “Tenho segredos de clientes, muitos deles do tempo do Estado Novo”, confidenciou. Com uma vasta clientela, é difícil escolher alguém em particular, até porque todos são tratados por igual, independentemente do estatuto. Visivelmente apaixonado pela profissão, José Aventino da Silva é perentório: “Não a deixaria por nada”. Mas muito mudou desde o início. Desapareceram, a título de exemplo, os “cortes à francesa”, ou os bigodes. Com o passar do tempo, esta verdadeira “família” acolheu novos funcionários, que mais tarde se tornaram sócios-gerentes. Casos de Francisco Moreira e José Pinto, que juntamente com José Aventino agora conduzem este projeto. Três sócios apaixonados pela segunda profissão mais antiga do mundo. Francisco Moreira reconhece que a saída da Faculdade de Engenharia daquela zona, entre outros fatores, foi afetando um pouco o negócio, mas que apesar das dificuldades, não esmoreceu.
“Tenho segredos de clientes, muitos deles do tempo do Estado Novo”
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O CLIENTE TEM SEMPRE RAZÃO! Manuel Vieira recorda alegremente a sua ligação à Barbearia Invicta. “Anos precisos de quando fiquei cliente, não tenho. Mas sei que venho cá desde os 14, 15 anos, portanto há quase 50 anos. As pessoas cativaram-me, tive a sorte de ter trabalhado aqui no Porto, vivendo em Braga. Foi mais um elo de ligação. Porque as pessoas são o mais importante desta barbearia. Conheço muitos clientes daqui, o meu cunhado é apenas um exemplo, e vêm cá precisamente pelo mesmo motivo. O que valorizamos é a forma como somos tratados. A proximidade, o respeito para com os outros é fundamental. E aqui é tipo casa familiar. As pessoas estão à vontade. Pode-se falar do que se quiser. Todos se respeitam. O cliente só vem cá para sair satisfeito e passar a palavra”.
“Como caracterizar a barbearia?”, perguntámos. “Um estabelecimento marcado pela qualidade, para que o cliente se sinta confortável, em casa. Ao sentir-se desta maneira, não troca este estabelecimento por nada”, revelou.
Aqui, acima de tudo, há muito diálogo. “Somos um amigo íntimo do cliente. Há conversas que eles desabafam connosco que são absolutamente confidenciais”. É, portanto, “uma barbearia que carrega consigo muitos segredos da cidade Invicta”.
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“UMA CLIENTELA CINCO ESTRELAS” “Depois de tantos anos estou feliz em trabalhar aqui, com esta clientela maravilhosa”, disse-nos outro dos sócios do histórico estabelecimento, José Pinto. Manuel Vitorino, jornalista e cliente desta barbearia desde há 20 anos, refere que este estabelecimento é muito especial abraçando todos: clero, nobreza e povo, literalmente. “Todos nesta casa mantêm uma relação muito especial com o cliente, que é um amigo. O senhor Aventino, boavisteiro, não perde qualquer ocasião para contar deliciosamente histórias do seu ofício, que começou cedo por terras de Baião. Na altura, Portugal dos anos 30, 40, os barbeiros iam a casa das pessoas, sendo personagens típicas da aldeia. É um homem que mantém a meninice, é afável e preocupado com as pessoas. É uma personagem da cidade, que merece admiração e estima pessoal”, acrescentou Manuel Vitorino. “A qualidade-preço, o gosto na profissão e a afetividade trazem a esta barbearia uma atmosfera muito sui generis. Uma verdadeira família”, sintetizou. Mas, apesar da história e da tradição, há também espaço para a modernidade. Conforme o que o cliente pretende, aplicam-se os utensílios necessários. Há um livro em que as pessoas escolhem aquilo que pretendem. Acima de tudo, cortes de cabelo que façam as pessoas sentir-se bem. “Temos que nos adaptar aos tempos”, diz Francisco Moreira. Os clientes (descritos como cinco estrelas) são fiéis. Muitos vêm de Vila do Conde, Braga ou Lisboa! Trazem irmãos, amigos e até netos. Caso para dizer: venham mais 50 anos! REVISTAVIVAJUNHO 2018
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N I C I A T I V A S
“O PROJETO DE UMA VIDA” Manuela Matos Monteiro e João Lafuente são o casal que criou na improvável zona de Campanhã o projeto de uma vida. Intitula-se “Mira”, tem a fotografia como base, mas multiplica-se em diversas artes para públicos abrangentes e críticos. De e para a comunidade. Textos: Irene Mónica Leite Fotos: Inez Cortez
É um projeto que se multiplica nas suas múltiplas vertentes, em que nada é estanque. Ponto de partida: 2013. Primeiro é o Espaço Mira, Rua de Miraflor, número 159, dedicado à arte contemporânea. Há também o Mira Fórum, vocacionado para a fotografia, mas com muitas outras atividades, e que
ocupa o número 155. A 24 de abril de 2017 foi inaugurado o Mira Artes Performativas na Rua Padre António Vieira. Como descrever o projeto Mira? Sendo algo emocional e ligado às paixões de Manuela Matos Monteiro e João Lafuente, a fotografia tinha que ser a base, carimbada no nome do espaço.
Mira de olhar, de miraflor, de um objetivo que se pretende atingir. Mas sempre numa conceção interdisciplinar: a fotografia e a sua relação com todas as artes. “Temos, a título de exemplo, um concerto de jazz todos os meses. Tem a ver com o João [Lafuente] que toca baixo e
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Monteiro. “O espaço também é utilizado por instituições, organizações, causas com as quais, de alguma maneira, também nos identificamos”, acrescentou. “As galerias estão sempre a mudar de aspeto, o que acarreta, também uma diversidade muito grande de públicos. Vêm pessoas com diversos interesses, idades e formações”. E as atividades não terminam por aqui, pois o Mira integra o Fórum Fotografia/Filme Porto que junta nove instituições ligadas à fotografia. “Ligamo-nos a estruturas já com uma história, com um passado, algumas com espaço físico também expositivo, mas diferentes. Não queríamos mais do mesmo”, disse-nos Manuela Matos Monteiro. “Vamos criar o mês da fotografia na cidade do Porto que vai ser em novembro/dezembro.
guitarra. Isso deu proximidade aos músicos que vêm aqui. Temos as tertúlias de viagem porque gostamos muito de viajar e de ouvir contar histórias sobre esta paixão. Temos os poemas no Mira… lançamentos de livros. Somos muito procurados e é uma experiência bastante enriquecedora”, enumerou Manuela Matos REVISTAVIVA, JUNHO 2018
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Cada galeria organiza a sua exposição. Ao mesmo tempo desenvolvem-se conferências, debates, workshops… atividades que dêem corpo a isto que é fotografia no Grande Porto”, continuou. Como e quando nasceu a ideia para este projeto? “Eu e o João dedicamo-nos à fotografia desde jovens adultos. Fomos desenvolvendo esta paixão ao longo dos anos, e percebíamos que não havia lugares onde esta arte habitasse, onde os fotógrafos se encontrassem. Então havia um grupo de fotógrafos que se reuniam à quinta-feira pelas 22h00 no Café Poeta, no Carvalhido. Ficamos sempre com a ideia de abrir um projeto dentro desta temática. E foi assim que começamos a pensar numa galeria que fosse muito aberta, num amplo leque de interesses e motivações. Até que chegou a altura. Estamos desde 2013 a desenvolver o Mira, este projeto de uma vida”. Porquê Campanhã? “Chegar aqui foi um pouco o acaso. Foi a partir de uma conversa com uma arquiteta amiga, que nos falou de uns armazéns em Campanhã. A primeira reação foi: em Campanhã?!
Mira Mobile Prize “Temos o Mira Mobile Prize, um concurso de fotografia que usa um dispositivo móvel, um smartphone ou um tablet, como meio de captura e edição. Há quatro anos havia ainda muito preconceito relativamente à fotografia mobile. No entanto, este concurso é um fenómeno de adesão e de impacto internacional, com mais de 6000 fotografias de cada vez. Estamos em segundo lugar no ranking dos melhores concursos de fotografia mobile. Em primeiro lugar está o mais antigo. Sentimo-nos orgulhosos, pois foi bom na altura ter essa visão”. Um ponto importante: também não queríamos ir para Miguel Bombarda porque não corresponde ao nosso perfil. Nem o Porto histórico, o centro histórico, nem a Boavista ou a Foz. No fundo estávamos a excluir várias zonas da cidade. E quando a minha amiga nos mostra a planta deste espaço, viemos logo cá ver. Ficamos completamente apaixonados pelo lugar. A luz que vinha da telha francesa encantou-nos.
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Íamos fazer uma viagem na altura para a Índia. Mas quisemos fazer logo o contrato promessa (risos). A partir desse momento reconhecemos que tínhamos tudo a ver com Campanhã. O João viveu aqui atrás nuns prédios que davam para estes armazéns. As primeiras instalações da fábrica do meu pai eram na Rua do Freixo, há 50 anos. Tínhamos família que tinha vivido aqui, na Rua de Miraflor. Também andamos no Rainha Santa Isabel e no Alexandre Herculano”. O efeito Campanhã “Estes quatro anos mostraram-nos que este era o sítio ideal para desenvolver o projeto. É um lugar que intervém! Nós costumamos dizer que não somos propriamente uns galeristas típicos. Somos antes demais ativistas sociais. De qualquer das formas quando se partiu para este projeto não havia estratégia nenhuma. Tínhamos apenas o fator disponibilidade. Sempre na conceção de que a arte tem que estar ligada à comunidade. Tem que apresentar um papel transformador. A comunidade muda e nós também! Esta ligação sem forçar, seguindo o seu ritmo natural, vem também mostrar a importância da convivência de gente diferente a partilhar a mesma rua”. Balanço e planos futuros “Estamos sempre a ser surpreendidos, numa atitude de permanente construção. Como vai ser? Não sabemos. O plano futuro é este: continuar, deixar acontecer. Sabemos que queremos continuar com este tipo de atitude: de disponibilidade, de abertura, de capacidade de nos surpreender. O Mira é mesmo um projeto coletivo”. REVISTAVIVA, JUNHO 2018
“E quanto ao riso, o Porto gosta de rir com uma certa insolência” Vasco Graça Moura
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Verão em Matosinhos com movida cultural intensa Matosinhos apresenta um programa cultural para o verão de 2018 absolutamente irresistível, com exposições, música, teatro e atividades lúdicas e pedagógicas. A VIVA! foi espreitar a agenda e preparou-lhe um pequeno périplo… Não se perca! Textos: Irene Mónica Leite Fotos: Francisco Teixeira | CM Matosinhos
Comecemos pelas exposições. Portugal era, no século XX, um país pobre, sujo, fechado e atrasado mas nos cartazes da propaganda aparecia soalheiro, moderno e civilizado. “Portugal Imaginário - Turismo, Propaganda e Poder (1910-1970)” pretende mostrar o processo de invenção, em termos gráficos, deste outro país à medida do gosto dos turistas. Para tal, a exposição, comissariada por José Bártolo e Sara Pinheiro, centra-se nas ferramentas de divulgação turística no tempo do ditador António Oliveira Salazar e, mais concretamente, nos cartazes, bro-
churas, revistas, livros e objetos de arte popular que permitiram configurar o “Sunny” Portugal. O retrato deste país supostamente moderno possibilita também um outro olhar sobre a identidade contemporânea portuguesa e as suas narrativas, ora realistas, ora idealistas. Organizada pela Câmara Municipal de Matosinhos e pela esad-idea, Investigação em Design de Arte, a mostra fica patente ao público na Casa do Design de Matosinhos até 1 de setembro.
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De referir ainda a exposição “Imprimere - Arte e Processo nos 250 Anos da Imprensa Nacional”, também patente na Casa do Design, até 3 de novembro. Há mais propostas deliciosas para marcar na agenda! A título de exemplo, o Open House, organizado pela Casa da Arquitetura (CA), com data marcada para os dias 30 de junho e 1 de julho, vai agitar as cidades de Porto, Gaia e Matosinhos. Este ano, o foco curatorial centra-se em arquiteturas de utilização industrial e naquelas de sustentação das suas atividades, sejam de produção ou de habitação, mas também de vocação institucional, social ou cultural, numa demonstração clara de que as cidades que herdamos souberam assimilar e conciliar a indústria com os diversos usos que as estimulam e mobilizam. E a propósito da CA, o seu espaço (o emblemático edifício da Real Vinícola) resultou em exposição. Intitula-se “Real Vinícola – uma Reconversão”, tem o carimbo de Luís Ferreira Alves e pode ser vista na Galeria Municipal até 22 de setembro. Dentro das festividades que unem ainda mais os matosinhenses, claro destaque para mais um ataque de corsários a Leça da Palmeira, de 6 a 8 de julho, na envolvente do Forte de Nossa Senhora das Neves. Durante três dias, a recriação histórica “Os Piratas” devolverá o castelo de Leça à época em que a costa de Matosinhos era demandada por corsários como o bravo Sá das Galés, pelo menos tão cruel Capitão Blood, o Perna-de-Pau ou o Barba Azul. Tal como vem sendo hábito nas edições anteriores, largos milhares de pessoas são esperadas REVISTAVIVA,JUNHO 2018
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naquela que é uma das maiores recriações históricas organizadas pela Câmara Municipal de Matosinhos. A animação inclui piratas façanhudos que pedem meças a qualquer Barba Ruiva, donzelas da corte, acrobatas, duelos, zaragatas e expiações, mas também visitas guiadas ao Forte, música e dança. Mas as recriações históricas não ficam por aqui. O Mosteiro de Leça do Balio, magnífico monumento do gótico português, integra-se no vasto Património da Humanidade pelos itinerários dos Caminhos de Santiago percorridos por peregrinos de toda a Europa. A Ordem dos Hospitalários, que neste mosteiro veio a fazer, no século XII, a sua casa mãe em Portugal, dedicava-se a esta caridosa assistência, a exemplo de outras ordens. Assim, a autarquia, com o pro-
Tributo a Nelson Mandela Nos festivais é imperdoável não mencionar a iniciativa Nelson Mandela Tribute (NMT), que tem palco garantido na praia do Aterro, em Matosinhos, entre os dias 18 e 20 de julho. Este tributo musical “visa valorizar o legado de inspiração de Mandela para a mudança social através da paz e do diálogo”, beneficiando a Fundação Nelson Mandela e instituições de beneficência portuguesas locais, incluindo a Apela - Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica. No ano em que se assinalam os 100 anos do nascimento do histórico político sul-africano, o NMMT conta já, entre as primeiras confirmações internacionais, com o cantor e compositor Bob Geldof, o escritor, rapper e produtor Wyclef Jean, com o senegalês Youssou N’Dour, o Soweto Gospel Choir e o cantor e guitarrista cubano Pablo Milanés. Rui Veloso e Jimmy P são os nomes nacionais para já anunciados neste evento.
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pósito de reavivar memórias e tradições dispersas e em risco, e de valorizar a Peregrinação a Santiago e os seus testemunhos no concelho, leva a cabo, em setembro (dias 6 a 9), na envolvente do Mosteiro de Leça do Balio, uma festa de multifacetadas vertentes. Esta é a recriação histórica do artesanato, da música, mercados e tabernas medievais, saltimbancos, mas também a realização de conferências e visitas guiadas ao mosteiro que criam um cenário singular e mágico. O mosteiro é o ator imponente, belo e austero. Em junho celebra-se mais uma festa que já é um culto entre os mais jovens: a EDP Beach Party, na praia
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Outros destaques Uma das estrelas do momento, Diogo Piçarra, também estará em Leça da Palmeira no dia 26 de julho, às 22h00. Ainda na (boa) música, menção para o Jazz em Matosinhos, a ter lugar na Praça Guilhermina Suggia, nos dias 27, 28 e 29 de julho, com concertos, entre outros, da Orquestra Jazz de Matosinhos com Manel Cruz e da Orquestra Sinfónica da Casa da Música, com cantor a anunciar. Também haverá noite de fados na Escadaria Design Matosinhos no dia 14 de agosto, às 21h30. No teatro, menção para o “Deus da Carnificina” que aborda a história de “dois casais, adultos e aparentemente civilizados, que encontram-se para resolver um incidente protagonizado pelos seus filhos menores. O que é verdadeiramente sedutor neste confronto é a progressão paradoxal do encontro dos casais”. Com Diogo Infante, no Teatro Municipal Constantino Nery, nos dias 14 e 15 de setembro.
do Aterro, nos dias 29 e 30 de junho. Já estão confirmados os seguintes nomes: Valentino Khan, Sam Feldt, Still Young, Martin Jensen, Pedro Cazanova, Steve Aoki, Kayzo, Timmy Trumpet, Dubvision, Pegboard Nerds, LNY TNZ, Club Banditz, Dimitri Vegas & Like Mike, Carnage e MATTN. Nas tendências, destaque para o desfile Moda Mar, a ter lugar na Real Vinícola, no dia 14 de julho. Será a terceira edição, marcada uma vez mais por um irresistível desfile de coleções de praia e verão. REVISTAVIVA,JUNHO 2018
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Anselmo Ralph, HMB e Blaya nas Festas de SÃO Bento
As Festas de São Bento estão de volta entre os dias 5 e 11 de julho. A grande romaria de Santo Tirso, uma das maiores da zona norte, promete juntar a música, a gastronomia e o folclore do concelho num programa diversificado e dirigido a toda a família. Fogo de artifício, três dias de “Há Baile no Largo” e concertos de Anselmo Ralph, HMB e Blaya são alguns dos destaques da edição deste ano. “HÁ BAILE NO LARGO” E CONCERTOS NA PRAÇA 25 DE ABRIL Não é à toa que atraem, anualmente, milhares de pessoas a Santo Tirso. As Festas de São Bento são marca de prestígio no calendário cultural da zona norte, e estão de regresso entre os dias 5 e 11 de julho. Com um programa diversificado e dirigido a toda a família, a grande romaria tem a música como um dos seus chamarizes. Este ano, a Praça 25 de Abril volta a ser palco de grandes con-
certos, com Augusto Canário a atuar no dia 6 de julho, Anselmo Ralph no dia 7 e HMB no dia 10, todos pelas 22h00. Nesta festa, o fado está também em destaque: o conceituado fadista Marco Rodrigues atua na Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento no dia 11 de julho, feriado municipal, pelas 22h30. Nos dias 6, 7 e 10 de julho, a festa prolonga-se noite dentro, no Largo Coronel Baptista Coelho. Grande atração dos últimos anos, o “Há Baile no Largo” promete festa até às quatro da
manhã, num “mix” de animação e DJ’s, com a colaboração dos bares do Município. No dia 10, a iniciativa contará com a atuação de Blaya, primeira mulher portuguesa a atingir o número um no Spotify no top das 50 músicas mais tocadas em Portugal. Num registo mais formal, o átrio da Câmara Municipal é o palco para o Concerto Comemorativo do 33º Aniversário da Elevação de Santo Tirso a cidade, protagonizado por Pedro Carneiro e Ana Celeste Ferreira, no dia 8 de julho, pelas 21h30.
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ARRAIAL DE ASSOCIAÇÕES, PRAÇA COLORIDA E ESPETÁCULOS DE FOGO DE ARTIFÍCIO Tradição é também o “Arraial da Praça” dos Carvalhais, que arranca no dia 5 de julho, pelas 19h30. Neste espaço, e durante todos os dias, diferentes associações do Município vão juntar-se para promover o melhor da gastronomia local. Ao arraial não faltará a música, o folclore e diferentes atividades promovidas pelos grupos locais. O associativismo volta a ganhar destaque a 8 de julho, dia em que se assinala o 33º aniversário da elevação de Santo Tirso a
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cidade. Pelas 17h00, o Desfile das Associações promete encher as ruas da cidade de cor e movimento. A marcar a folia estará também a tradicional arruada de bombos do concelho, que vai desfilar pela cidade no dia 5 de julho, pelas 21h30. Para ver há ainda a “Praça Colorida”, na Praça Conde de São Bento, onde a partir do dia 7 será apresentado mais um projeto artístico alusivo a São Bento. Os espetáculos de fogo de artifício são outra das atrações da iniciativa. Na sexta-feira, dia 6 de julho, há sessão de fogo piromusical pelas 00h00, na Praça
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25 de Abril, e no dia 10, sessão de fogo de ar e cachoeira na Ponte sobre o Rio Ave, também pela meia-noite. ATIVIDADES PARALELAS Para além do programa oficial, a Câmara de Santo Tirso promove um conjunto de atividades paralelas. Entre as iniciativas está o “S. Bento a Mexer”, que conta no seu programa com a Caminhada de S. Bento e Milha Urbana, pelas 9h00 e 15h00, respetivamente, no dia 7 de julho. No dia 8, pelas 9h00, promove-se o concurso de Pesca de S. Bento, no Rio Ave. O programa completo pode ser consultado em www.cm-stirso.
ESTAMOS À SUA ESPERA WWW.CM-STIRSO.PT /CM-STIRSO.PT MUNICIPIO_ DE _ SANTO_TIRSO REVISTAVIVA,MARÇO ISSUU.COM/SANTOTIRSO
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MELHORAR AS CONDIÇÕES DE VIDA DOS PORTUENSES: UMA RESPONSABILIDADE ASSUMIDA EM PARANHOS Assiste-se, nas palavras de Alberto Machado, a um preocupante decréscimo populacional na cidade do Porto. Para o presidente da Junta de Freguesia de Paranhos, urge atuar com políticas públicas municipais que incentivem o regresso da população à cidade, evitando o desaparecimento da classe média e o natural fosso entre ricos e pobres. Texto: Irene Mónica Leite
“Desde o início do séc. XX até à década de 80, o Porto aumentou a população de forma exponencial, fruto da vinda para a cidade de muita gente do interior, em busca de melhores condições de vida. No entanto, posteriormente, teve início um declínio populacional, que mesmo com o
processo de reabilitação urbana iniciado há mais de dez anos, a cidade não tem conseguido travar. Estamos neste momento com a população igual a 1920”, começou por nos explicar Alberto Machado, presidente da Junta de Freguesia de Paranhos. O autarca acrescentou ainda que
“o Porto demorou 60 anos a ganhar cerca de 125 mil habitantes. De 1981 para 2018, em 37 anos, perdeu essa mesma população”. Alberto Machado identificou, ainda, outra agravante: “enquanto que na década de 20 do século passado a população era mais jovem, agora é mais idosa.
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Os próximos anos não serão animadores do ponto de vista populacional para a cidade”. O Porto, diz, “só conseguirá vencer esta perda populacional se garantir aos portuenses melhores condições de vida”, mencionando ainda que “ao longo dos anos são vários os fatores que têm levado ao agravamento da perda populacional, nomeadamente, as habitações mais baratas na periferia, as más condições do edificado na cidade e a especulação imobiliária um pouco por toda a cidade, no centro histórico e agora mais recentemente causada pelo enorme aumento do afluxo turístico, que sendo positivo e importante, obriga a uma reflexão séria e pragmática por causa, também, da corrida ao alojamento local”. O Turismo, realça o autarca, contribui por um lado para acelerar a reabilitação urbana, por outro, inflaciona as casas, quer para compra quer para arrendamento, o que faz com que a cidade perca progressivamente a classe média. “Estamos a ficar com uma cidade em que o risco de pobreza aumenta, com cada vez mais sem-abrigo e com as pessoas a solicitarem cada vez mais uma habitação social”. Por outro lado, continua Alberto Machado, assistimos a outra cidade em que apenas as pessoas com maior capacidade financeiraconseguem manter casa no Porto.
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Como atrair população para a cidade? Sobre este tema, Alberto Machado é direto: “só conferindo à população melhores condições de vida em termos de políticas públicas municipais podemos minorar a situação. Para isso, é fundamental que a Câmara do Porto reveja os níveis dos impostos da cidade, efetuando baixa do IMI para a taxa mínima, reduzindo a comparticipação na taxa do IRS, alargando as zonas de reabilitação para toda a cidade, baixando o custo desses empreendimentos, promovendo projetos de renda apoiada para a classe média e apoiando a introdução da escola a tempo inteiro em toda a cidade, permitindo maior flexibilidade aos pais. Também é importante uma forte regulamentação de mobilidade com o benefício para os moradores, nomeadamente abolindo o pagamento de parcómetros para quem mora na cidade. Estas e outras medidas já estão a ser implementadas noutras cidades do país e da Europa, pelo que o Município do Porto pode e deve, até em consequência do alto saldo de gerência que possui, implementar’’.
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H U M O R
CARNEIRO
TOURO
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20/04 a 20/05
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Vá a uma venda de garagem e compre uma boneca de 1945. Pinte as unhas de laranja. Coma menos milho.
Na noite de S. João pinte-se todo de azul, ponha uma toalha na cabeça e de cada vez que vir um balão no céu grite “eu sou o génio da lâmpada”. Use e abuse do agrafador.
Beba um shot de vinagre balsâmico todas as manhãs. Leve todas as almofadas de casa para uma praia de nudistas, roube a bandeira do nadador salvador e faça um forte.
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Esconda-se atrás da secção de frescos do supermercado mais próximo da sua residência. Quando vir alguém a pegar em pimentos amarelos, salte de alegria e dêlhe os parabéns. Deixe crescer o bigode.
Beba a água com que se fazem as bolinhas de sabão. Não confie na senhora da mercearia. A partir de dia 19, a sua cor é o castanho. Coma mais puré de beringela.
O planeta Júpiter vai trazer-lhe sorte. Compre gomas ácidas em forma de couve-flor. Use relógio de bolso.
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BALANÇA
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SAGITÁRIO
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Vá para a piscina municipal com uma bóia de flamingo. Os seus números da sorte são o 3, 7, 563 e 15920. Não ligue aos rumores sobre as suas varizes.
Contemple a lua. Adquira uma camisa de ganga de tom amarelo. Cuidado que dia 28 terá um ataque de soluços. Tome banho no bidé.
Pise o pé de um desconhecido na rua e ladre a um bebé de colo sem pedir desculpa. Não vá trabalhar às terças.
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20/01 a 18/02
19/02 a 20/03
Faça uma gelatina de coelho selvagem. Aprenda a cantar ópera e calce crocks sempre que chover.
Beba um shot de vinho tinto ao acordar. Respire só pela boca e faça um desenho de um urso a perseguir uma alface.
Durma no sofá de jardineiras. Telefone ao João e conte até 10 em japonês. Quando acabar despeça-se com um “até já Fernando”.
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