Viva porto março2016

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W W W.V I VA - P O R T O . P T

Revista gratuita trimestral, mar莽o 2016

AF_Orelha_VIVA_JA_ABRIU_35x35_MATOSINH 22/02/16

MUSEU NACIONAL SOARES DOS REIS Arte com muita hist贸ria

UNIVERSIDADE DO PORTO Iniciativas

GERMANO SILVA Um Homem do Porto


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E D I T O R I A L

TAKE ANOTHER PLANE Os voos que a TAP quer cancelar, com origem no Aeroporto do Porto, para quatro cidades europeias, têm cerca de 90 por cento de lotação assegurada. Estas quatro rotas representaram, em 2015, cerca de 190 mil passageiros para o Porto, que agora terão que viajar através do “hub” de Lisboa, ou em voos diretos que companhias de outros países decidam operar. Muitos destes passageiros irão engrossar o número de mais de três milhões de passageiros, em trânsito, que a TAP força a aterrar na capital. Milhares, que tinham como destino o Porto, não querem ir a Lisboa, mas são obrigados a escalar na Portela. Se transportar diretamente 190 mil pessoas, do Porto para aquelas quatro cidades europeias, dá prejuízo, não se percebe como há de dar lucro enfiá-las num avião da ponte aérea, desembarcá-las em Lisboa e reembarcá-las para Milão, Roma, Bruxelas ou Barcelona. A TAP suprime voos porque quer desinvestir no aeroporto do Porto, mantendo uma estratégia que já dura há anos e que fez com que se limite hoje a dispor de uma quota de mercado de 20% no aeroporto Sá Carneiro. Mas porque estamos preocupados? Porque não mandamos a TAP dar uma volta? O Porto não precisa da TAP para nada - muito menos para voos de que felizmente não carecemos. A cidade possui um magnífico aeroporto, ligado ao centro por metropolitano. Do Porto viaja-se por via rodoviária e ferroviária para o Norte e Centro do país. Temos a Ryanair com voos diretos, frequentes e a baixo preço para uma data de cidades europeias. Temos a Lufthansa, com um serviço impecável, que nos leva até ao “hub” de Frankfurt, a partir de onde temos o mundo à nossa disposição. Temos também a Easyjet que voa para dezenas de destinos na Europa. Temos a Iberia, que a partir de Madrid nos disponibiliza ligações regulares para a América Latina. Companhias como a British Airways (que há 15 anos deixara a cidade do Porto), estão a regressar. Outras descobrem o Porto, como a gigante Turkish Airlines, com voos diretos para Istambul. A SwissAir liga já o Porto, diretamente, aos seus dois “hubs” em Zurique e Genebra. A alemã Lufthansa, que até aqui se tinha preocupado em ligar o Porto ao seu “hub” de Frankfurt, já anunciou a ligação direta do Porto a Munique, onde também possui um segundo “hub” que irá permitir aos portuenses substituir a TAP em muitas das suas ligações de média distância europeias. A Wizz Air vai iniciar, a 15 de maio, voos entre o Porto e Varsóvia, capital da Polónia. A companhia irá lançar em breve uma segunda rota, ligando o Porto a Budapeste. Há, até, uma nova companhia aérea de Andorra a estrear-se com voos para o Porto, que promete complementar a oferta da Ibéria ou da AirEuropa. Enquanto tudo isto se passa, a TAP abandona o Porto de forma acelerada… Devemos optar por “Take Another Plane”, não pela TAP. Não precisamos de voos de favor…

José Alberto Magalhães Diretor de Informação REVISTAVIVA, MARÇO 2016



A

DE

EN

S

RVIÇO SE

T REG


S U M Á R I O

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PERFIL GERMANO SILVA

COMES & BEBES RUA DA PICARIA

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B E L E Z A E B E M - E S TA R ENTRE EM FORMA NO VERÃO!

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D E S TA Q U E TRÊS CIRCUITOS COM APOIOS DA UNIÃO EUROPEIA

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R EQ UA L I F I CAÇÃO A CELEBRAÇÃO DA ARQUITETURA

DESCOBRIR UMA AVENTURA EMBALADA PELO TIQUE-TAQUE DO RELÓGIO

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EMPREENDEDORISMO INOVAÇÃO E TECNOLOGIA: AS “CHAVES” DO SUCESSO

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RALI DE PORTUGAL PROVA NA BAIXA DO PORTO


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ÍNDICE Revista gratuita trimestral, março 2016

003 EDITORIAL 018 MUSEU NACIONAL SOARES DO REIS 042 C A R LT O N L I F E

FICHA TÉCNICA Propriedade de: ADVICE - Comunicação e Imagem Unipessoal, Lda. Sede de redação: Rua do Almada, 152 - 2.º - 4050-031 Porto NIPC: 504245732 Tel: 22 339 47 50 - Fax: 22 339 47 54 advice@viva-porto.pt adviceredacao@viva-porto.pt www.viva-porto.pt

044 UNIVERSIDADE DO PORTO

Diretor Eduardo Pinto

050 CIN

Diretor de Informação José Alberto Magalhães

052 FC PORTO/PORTO CANAL

Redação Raquel Andrade Bastos

078 S U G E S T Õ E S C U LT U R A I S

Fotografia Carolina Barbot

082 PORTOFÓLIO

Marketing e Publicidade Eduardo João Pinto advicecomercial@viva-porto.pt Célia Teixeira

086 M E T R O P O L I S - M AT O S I N H O S

Produção Gráfica Diogo Oliveira

090 M E T R O P O L I S - S A N TA M A R I A DA FEIRA

Impressão, Acabamentos e Embalagem Multiponto, S.A. R.D. João IV, 691-700 4000-299 Porto

094 METROPOLIS - SANTO TIRSO

Distribuição Mediapost

096 M E T R O P O L I S - PA R A N H O S

Tiragem Global 120.000 exemplares

098 HUMOR

Registado no ICS com o nº 124969 Depósito Legal nº 250158/06 Direitos reservados

REVISTAVIVA, MARÇO 2016




P E R F I L

Homem Um

do

Porto

O HISTORIADOR E JORNALISTA, GERMANO SILVA, É INDUBITAVELMENTE UM HOMEM DO PORTO. NASCEU, EM 1931, NUM PERÍODO CONTURBADO ENTRE DUAS GRANDES GUERRAS, NUMA PEQUENA ALDEIA DE PENAFIEL, MAS “QUASE POR ACIDENTE”, PORQUE A VIDA DOS SEUS PAIS GIRAVA, PERMANENTEMENTE, ENTRE S. MARTINHO DE RECEZINHOS E A CIDADE DO PORTO. CRESCEU NUM AMBIENTE MARCADO PELA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E POR ALGUMAS DIFICULDADES FINANCEIRAS. PASSOU POR VÁRIOS EMPREGOS ANTES DO JORNALISMO, MAS FOI NO MUNDO DA IMPRENSA QUE DESCOBRIU OS CAMINHOS MAIS RECÔNDITOS E APAIXONANTES DO PORTO, CIDADE A QUE PROFUNDAMENTE SE DEDICOU. Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: Carolina Barbot


G E R M A N O SI LVA

A fotografia mais antiga que Ger- na Rua D. Manuel II, e durante a mano Silva guarda da sua infância, segunda Grande Guerra, radicoucom menos de um ano, foi tirada -se definitivamente no Porto. na Fotografia Beleza, na Rua de Quando terminou a primária, aos Santa Teresa, no Porto, e assinala 11 anos de idade, foi logo trabalhar. a sua vinda, juntamente com os “A minha professora ainda pediu pais e dois irmãos, para o Porto. à minha mãe para que eu contiAté aos sete anos a sua infância nuasse os estudos, mas o dinheiro foi passada entre a casa dos avós, era preciso lá em casa”, conta. em Penafiel, onde se lembra “que Começou por trabalhar como lá havia o que comer”, e o Por- marçano numa retrosaria na Rua to, onde os seus pais moravam. de Santa Catarina, onde ganhava Depois quando iniciou a então 80 escudos por mês, quantia que instrução primária, num edifício servia para ajudar o seu pai, um

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guarda-freios da antiga Companhia de Carris de Ferro do Porto, a pagar a renda da casa. No entanto, a atitude mais descontraída que Germano tinha não se adaptava à rigidez e ao vestuário formal a que este emprego obrigava. O historiador conta que se despediu, “disse ao proprietário que não queria continuar, ele disse para eu pensar melhor e depois para lá voltar. Nunca mais lá apareci”. Depois ingressou numa fábrica de fósforos, mas um dia no caminho REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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para o trabalho encontrou um amigo. Perguntou-lhe onde trabalhava e disse-lhe que a Fábrica de Lanifícios de Lordelo pagava melhor, Germano candidatou-se então para um lugar naquela empresa e ficou lá, desde os 14 até aos 20 anos. Durante este período, e consciencializado de que não era esta a vida que queria ter, inscreveu-se num curso noturno, na escola de Oliveira Martins. A morar com a sua família numa “ilha”, a tradicional habitação das famílias pobres da altura, no Porto, e com o nascimento de

mais uma irmã, o espaço ficou António – graças a um encontro, muito pequeno, pelo que teve de durante uma noite no café Piolho, sair de casa. O Lar de Nazaré, um com um velho amigo da primária lar de operários dirigido por um - conheceu várias pessoas ligadas frade dominicano, foi a solução. ao jornalismo, começando aqui Foi para lá viver alguns anos. a viagem de quatro décadas Mais tarde, Germano Silva fez a no Jornal de Notícias, em que sua instrução militar em Penafiel, ocupou cargos de estagiário, nos anos 50, e foi aqui que co- repórter informador, repórter, nheceu aquele que viria a ser o redator e chefe da redação e em seu chefe na Secção Desportiva que, ainda hoje, escreve. do seu primeiro emprego, no Em 1956, ainda como escriturário Jornal de Notícias, Freitas Cruz. no hospital e a trabalhar simultaDepois de voltar do serviço mili- neamente no Jornal, entrou para tar, conseguiu um emprego como a secção administrativa, colaboescriturário no Hospital de Santo rando com a secção desportiva.


G E R M A N O SI LVA

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trabalho na fábrica de panos “À Descoberta do Porto”, “Porto: marcaram a sua juventude e nos recantos do passado”, “Cao crescimento como pessoa e minhar pelo Porto”, “Porto: sítios ser humano. “Valores como a com história”, Porto: história e solidariedade e a entreajuda memórias”, “Porto: nos atalhos aprendi-os lá”, confessa. Para da história”, “Porto: uma cidade o historiador, as pessoas nem a descobrir”, “Porto da história e sempre têm uma boa imagem da lenda” e “Porto Desconhecido das “ilhas”, mas Germano fala & Insólito”. de uma “entreajuda” que nem Neste último, tentou ir buscar sempre é possível ver-se nou- tudo aquilo que pensou saber tros locais. e, que um dia, afinal, percebeu A sede pelas histórias do Porto que havia muito mais para contar, nasceu no mundo do jornalismo. muitas mais histórias para conheAqui descobriu, inocentemente, cer. Das pessoas que habitam na que uma rua tinha muito mais do cidade, das ruas e ruelas esconque um nome. Tinha uma história didas e dos sorrisos ocultos atrás escondida. Um dia, nos princípios das janelas e paredes. da carreira no JN, um incêndio Germano Silva faz parte da imana rua Firmeza abriu portas gem da cidade e isso já não se para um novo patamar daquilo pode negar. O seu jeito carinhoso que poderia ser uma notícia ou e de contador de estórias “toca”

“O Porto sempre foi uma cidade muito senhora do seu nariz, uma cidade que não se verga”. Mais tarde, e entretanto casado, propuseram-lhe um estágio de dois anos e, quando lhe ofereceram um horário das 22 horas às 4h para preencher o espaço das notícias de “Última Hora”, teve que sair do trabalho no hospital e ficar em exclusivo no JN. Pode parecer para muitos um horário pouco agradável, no entanto, Germano confessa que gostou e que, depois de sair da redação de madrugada, ainda ia a vários cafés e restaurantes para tomar qualquer coisa e conversar. Os anos a viver na “ilha” e o

uma boa história. Naquele caso, a todos aqueles que se atravesapercebeu-se, com a ajuda do sam no seu caminho. então chefe de redação, António O presidente do FC Porto, Pinto Brochado, que a notícia não seria da Costa, afirmou em tempos o pequeno incêndio num prédio, que Germano tem o caráter típimas sim o passado que aquele co de quem “gosta de partilhar o preciso edifício tinha. conhecimento, o que é também A partir deste momento, foi em- um traço das pessoas da nossa balado e inundado por uma onda cidade”. Rui Rio atribuiu, em de descobertas e de curiosidades 2005, a Medalha da Cidade do sobre a cidade e as pessoas. Porto, ao escritor e jornalista. Foi então o jornalismo que lhe abriu o caminho para a descober- O PORTO BATIDO DE ta da cidade e da história, que já LÉS-A-LÉS POR GERMANO retratou em, pelo menos, nove li- “Há duas hipóteses sobre o nasvros publicados, nomeadamente, cimento do Porto, mas a certeza REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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“O Porto é uma cidade muito antiga, Portugal ainda não existia como país e o Porto ´já era gente`, e há sempre muito para descobrir sobre os nossos antepassados.” que existe é de que esta cidade tem evoluído constantemente, através do rio e do comércio”, salienta o historiador. Germano Silva conta que “os nossos mercadores eram pessoas com preocupações culturais, que se expandiram cultural e mentalmente” o que teve uma influência naquilo que é a cidade nos dias de hoje. Para o jornalista, “o Porto expandiu-se de uma maneira sólida, com uma população cada vez maior e também mais bem informada”. O passar na rua e sentir o conforto do conhecido, do amável e do familiar é, para Germano Silva, o que de melhor tem a cidade e as suas gentes. “Dá sempre a sensação de que as pessoas me conhecem, mas na verdade não. Mas sinto-me acarinhado como

em nenhum outro lugar”, confessa. Quando questionado sobre qual a principal diferença entre o Porto e Lisboa, Germano Silva confessa que não entra nessa guerra. “Eu gosto de Lisboa, é luminosa e bonita, mas como é a capital, as pessoas vivem distanciadas. O Porto é mais intimista, há ajuda entre a população, é uma cidade onde as pessoas têm um sentido de solidariedade muito notável”, diz. Aos domingos, Germano gosta de tirar fotografias pela cidade onde vai descobrindo ainda mais recantos e recebe provas desta tão famosa hospitalidade portuense. Para além desta forma de receber e de agraciar, o historiador fala também em características como a humildade e a resistência das gentes. “O Porto sempre foi uma

cidade muito senhora do seu nariz, uma cidade que não se verga”. Conhecida como uma cidade que não aceita grandes ociosidades e que nunca quis ser casa para fidalgos, Germano diz que o povo continua a mostrar essa característica de “bater o pé pela justiça e de reivindicar o que lhe pertence”. Uma das histórias mais bonitas, para Germano Silva, que o Porto testemunhou e que faz parte do seu último livro “Porto Desconhecido & Insólito”, é uma história de duas raparigas, Henriqueta e Teresa, no século XIX. Henriqueta, que perdeu o pai muito cedo, era muito bonita, dava nas vistas e tinha uma vida muito agitada. Assim, atraía comerciantes ricos até sua casa, na rua Cimo de Vila, entretendo-os com a possibilidade de jogos sexuais enquanto lhes tirava relógios e outros objetos mais preciosos. Depois, punha-os na rua, sem nada ter acontecido. Eles, com vergonha, não se queixavam. Assim, aos poucos e poucos foi juntando algum dinheiro.


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Entretanto, apareceu na sua vida salienta. vam nas estalagens e hospedarias, uma rapariga, Teresa de Jesus, por Para os que nasceram na cidade trocando culturas, impressões e quem se apaixonou. No entanto, o e a querem conhecer melhor, Ger- conhecimento”, explica Germano. amor foi breve, uma vez que Teresa mano Silva propõe, em primeiro Para o historiador, o Porto enquanmorreu, passado algum tempo, lugar, uma visita pelas ruelas que to destino cultural tem muito para com tuberculose, tendo sido um circundam a Sé e onde está o bra- oferecer àqueles que vêm de fora, golpe brutal para Henriqueta. Des- são da cidade com a designação desde a Torre dos Clérigos até à te modo, para se lembrar sempre de “Antiga, Mui Nobre, Sempre famosa Livraria Lello. do seu amor, Henriqueta comprou Leal e Invicta Cidade do Porto”. O Germano defende que a política um talhão para fazer um jazigo jornalista frisa que foi nestas rue- que tem gerido a cidade foi semno cemitério do Repouso, onde las e ruas estreitas que as gentes pre a de fomentar o turismo e a mandou esculpir uma estátua de bateram o pé ao Bispo, que ali curiosidade sobre o que a compõe. São Francisco de Assis. “lutaram contra a opressão, pela Reconhece o grande desenvolvi“É uma imagem muito bonita”, diz liberdade” e que foi nessa zona mento que a cidade tem conhecido Germano. E a verdade é que esta onde se desenvolveram grandes durante os últimos quarenta anos história de amor ainda perdura. valores humanos que ainda hoje e, principalmente, depois do início Ainda hoje há quem coloque flores correm nas veias dos portuenses. deste século, com a Capital da ou terços nas mãos da estátua de As Ruas da Bainharia, dos Merca- Cultura em 2001. São Francisco. dores e dos Pelames são outros O jornalista confessa que se há 30 “Há ali um culto qualquer e são locais de visita obrigatória, porque anos lhe dissessem que teria um histórias como esta de que se faz foram através delas que se desen- telemóvel nas mãos, não acreditao Porto”, refere o historiador. volveu a cidade que pode ser vista ria. Por isso recusa fazer qualquer e apreciada nos dias de hoje. previsão sobre o desenvolvimento O QUE HÁ AINDA POR DESCOBRIR Para o historiador, os portuenses do Porto ou sobre o futuro da ciAlém de conhecer esta cidade ainda não se embrenharam o sufi- dade. “Não é fácil, para não dizer como ninguém, Germano não tem ciente na história da cidade e, por impossível, prever o futuro”. dúvidas de que há ainda muito isso, não conseguiram ainda retirar O escritor destaca ainda a Unimais por descobrir. “O Porto é uma todos os elementos e ensinamen- versidade do Porto, instituição de cidade muito antiga, Portugal ain- tos que esta tem a dar. grande reputação, que está em pé da não existia como país e o Porto Sem estar alheio ao crescimento de igualdade com outras da Europa. ´já era gente`. Há sempre muito do turismo que se tem verificado, Germano acredita que hoje, para descobrir sobre os nossos Germano diz que o turismo de com a globalização, “o Porto vai antepassados”, afirma o jornalista. hoje é diferente de outrora, de há desenvolver-se a par da Europa, Para Germano, o Porto é uma cida- 40 ou 50 anos. com a quebra das distâncias e de que está a ser constantemente “Antes o turismo era apenas de das barreiras”. descoberta. “É uma cidade com ociosidade, as pessoas iam à praia “O futuro é imprevisível, porque esuma história muito interessante e e passeavam”, mas, nos dias que tamos numa constante evolução”, rica que se afasta da História dos correm, os turistas procuram diz Germano. Salienta que a cidade reis e que se aproxima da História algo mais cultural, “são como os tem de saber “olhar sempre para da gente, das pessoas. E é essa peregrinos da Idade Média, que trás, para a História, e daí tirar os a grande vantagem da cidade”, andavam de lado em lado e para- necessários ensinamentos”.



M Á Q U I N A

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T E M P O

SOARES DOS REIS

ARTE COM MUITA HISTÓRIA

FUNDADO EM 1833, SOBRE A ÉGIDE DO LIBERALISMO, O MUSEU NACIONAL SOARES DOS REIS FOI O PRIMEIRO MUSEU PÚBLICO DE ARTE EM PORTUGAL. OUTRORA COM A DESIGNAÇÃO DE MUSEU PORTUENSE DE PINTURAS E ESTAMPAS, INSTALADO NA ZONA ORIENTAL DO PORTO, NO CONVENTO DE SANTO ANTÓNIO, SÓ FOI TRANSFERIDO PARA O PALÁCIO DOS CARRANCAS, ONDE ESTÁ ALBERGADO NOS DIAS DE HOJE, EM 1940, DEPOIS DO EDIFÍCIO TER PERTENCIDO À FAMÍLIA REAL PORTUGUESA. Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos atuais: Carolina Barbot

Destinado a receber os bens confiscados de igrejas e conventos extintos, o atual Museu Soares dos Reis foi criado, inicialmente, para salvaguardar o património saqueado durante a guerra que opôs a frente liberal e absolutista que marca, entre outros episódios da História, o desembarque do Mindelo, em julho de 1832, que permitiu a D. Pedro IV surpreender os miguelistas para, dois anos depois, se instalar o liberalismo, por completo, no Porto. Em 1836, sob a direção do pintor João Baptista Ribeiro, o Museu situava-se, juntamente com a Academia Portuense de Belas Artes, no edifício onde hoje é

a Biblioteca Pública Municipal do Porto, em frente ao jardim de São Lázaro. Nessa altura, um programa cultural e pedagógico foi implementado pelo então ministro Passos Manuel e confirmado por D. Maria II, que visava apoiar os artistas da Academia e divulgar a arte em exposições públicas, mantendo até à atualidade essa matriz de serviço público. Três anos depois, o acervo do Museu passou para a direção da Academia Portuense de Belas Artes, o que fortaleceu a ligação entre a instituição e o ensino artístico ao longo do século XIX. Nos inícios do século XIX, aquando das reformas

institucionais da República em 1911, e depois do suicídio do célebre escultor portuense António Soares dos Reis no final do século XVIII, o Museu muda a sua designação e aprova uma política com tendência para a especialização. O Soares dos Reis adquire, em 1932, o título de Museu Nacional, o que acaba por revelar uma certa independência em relação à ligação académica que até aí


MUSEU NAC I ON AL SOARES DOS REIS

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estava estabelecida, iniciandose uma fase de expansão na diversidade no acervo de património. PALÁCIO DOS CARRANCAS: MUITO MAIS DO QUE UM EDIFÍCIO O Museu Nacional Soares dos Reis está albergado desde 1942, e até aos dias de hoje, no Palácio dos Carrancas. Um edifício construído nos finais do Maria João Vasconcelos, diretora do MNSR REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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século XVIII e que, ao longo das décadas, assistiu a momentos históricos que, se a “pedra” falasse, contaria histórias certamente apaixonantes. Aquando da sua construção, em 1795, o imóvel estava destinado à habitação e à fábrica da família dos Moraes Castro, proprietária de um negócio de ouro e prata, na rua dos Carrancas, de onde nasceu o apelido para a família e, mais tarde, para a designação do Palácio. Elegante e sumptuoso, o Palácio dos Carrancas foi

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local de passagem de grandes personagens da história. Durante as invasões francesas, no início do século XIX, foi residência do general francês Soult e, depois da fuga das tropas de Napoleão, serviu de quartel general ao duque de Wellington. Em plena guerra entre os absolutistas e os liberais alojou personagens ligadas ao exército libertador, como o general Beresford e o príncipe Guilherme de Nassau. Durante o cerco do Porto, também D. Pedro IV se serviu do Palácio como seu quartel-

general, tendo-o usado somente durante quatro meses, com receio que as tropas miguelistas o destruíssem. Com a falência da fábrica, os Carrancas, proprietários do Palácio até então, tiveram que abrir mão do edifício e vendêlo. Foi então, em 1861, que o Palácio foi transformado em Paço Real, servindo a família de D. Pedro V aquando das suas visitas ao norte do país. Pelo Palácio ainda passaram D. Luís e D. Maria Pia, D. Carlos e D. Amélia e D. Manuel. A implantação da República, em 1910, e o exílio do monarca deixaram o edifício quase ao abandono, o que viria a mudar quando o Palácio foi entregue à Misericórdia, obedecendo à vontade do testamento deixado por D. Manuel II. Anos depois, mediante um acordo entre a Misericórdia e o Estado português, o Museu Nacional Soares dos Reis foi transferido para o Palácio, que


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marcaram uma nova fase da instituição. O edifício, de estilo neoclássico, foi adaptado às tendências dos melhores museus internacionais, com iluminação zenital e condições próprias para a preservação nas galerias de arte, recorrendo a critérios de exibição. Assim, no início dos anos 40, o depósito das coleções do extinto Museu Municipal do Porto, desde obras de pintura à arqueologia, foi transferido para o Palácio dos Carrancas. As exposições temporárias reunia as características ideais para a função a desempenhar: um lugar com história e tradição, qualidade arquitetónica e um estilo neoclássico. No entanto, algumas obras de adaptação foram necessárias, ficando sob a orientação do engenheiro Fernandes de Sá. As mudanças mais significativas foram a transformação da antiga fábrica em galerias com iluminação laminar, destinadas à pintura, e a criação de uma galeria de escultura para a obra de Soares dos Reis. A PASSAGEM PARA O HISTÓRICO PALÁCIO DOS CARRANCAS Em 1942, quando o Museu foi transferido para o Palácio dos Carrancas, separou-se da Biblioteca e da Academia Portuense, que nos dias que correm constitui a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. As novas instalações do museu REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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começaram a ser uma prática do Museu que tinha como objetivo tornar-se mais atrativo ao público, numa altura em que o acesso à cultura e o número de pessoas interessadas era bastante reduzido, lembra a atual diretora do Museu Soares dos Reis, Maria João Vasconcelos. Do espólio do Museu fazem parte obras de Soares dos Reis, como “O Desterrado”, a obra quase completa do pintor Henrique Pousão, e objetos de cerâmica,

têxteis, entre outros. Desta coleção fazem, também, parte peças emblemáticas como os Biombos de Namban, que retratam a chegada dos portugueses ao Japão, o autoretrato de Aurélia de Sousa ou, ainda, a estátua “Cabeça de Rapaz” de Diogo de Macedo. O Palácio não sofreu grandes alterações ao longo dos anos, mas, no final do século XX, o Museu foi alvo de algumas transformações. O arquiteto F e r n a n d o Tá v o r a f o i o responsável pelo projeto de remodelação e expansão. A tempo das festividades da Capital Europeia da Cultura, em 2001, as obras no Museu concluíram-se, permitindo a renovação do discurso expositivo da pintura e da escultura portuguesa dos séculos XIX e XX, como a existência de um espaço completamente dedicado às artes decorativas. Ta m b é m a l g u m a s d a s necessidades contemporâneas foram satisfeitas com a criação de um auditório, de salas


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expositivas temporárias, cafetaria e um lugar comercial. De acordo com a atual diretora do Museu, e passados já mais de 15 anos desde as últimas obras, as instalações necessitam de uma nova intervenção. Maria João Vasconcelos explica que o sistema pedagógico do Museu tem atingido bons resultados e consegue angariar uma grande parte do público, desde crianças até às pessoas mais velhas. “Os museus têm esse lado de educar e ensinar, desde história à arte, e é isso que aqui queremos fazer. Quando temos uma mentalidade aberta podemos fazer de tudo, como ligar a arte à ciência, por exemplo”, explica a diretora. Para o futuro, o Museu espera conseguir captar um maior interesse por parte do público estrangeiro e continuar com um programa cultural e educativo. “Os objetos têm a particularidade de nos transportarem para mundos que passaram mas que permanecem”, afirma Maria João Vasconcelos, explicando que a curiosidade e a descoberta é a chave para o sucesso do Museu. REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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Entre em forma no Verão! Nos meses que antecedem a primavera e o verão é normal que muitas pessoas queiram perder os quilinhos que ganharam, nomeadamente na época natalícia e comecem a tentar perder peso, muitas vezes pela forma menos saudável. Começam a beber muita água, a comer saladas e frutas como se não houvesse amanhã…Os ginásios, de repente, enchem-se de pessoas… Não digo que tudo isto esteja mal feito, pelo contrário, no entanto estes hábitos devem ser seguidos todo o ano, e não apenas nos meses que antecedem o tempo do biquíni. Antes de mais é importante ter em conta que perder peso, de uma forma gradual, equilibrada e saudável, é o melhor método para manter esse peso estável ao longo de toda a vida. As dietas milagrosas, que prometem perda de peso rápida e com o chamado efeito ioiô, são meio caminho andado para o fracasso e para se aumentar novamente o peso, mais

tarde ou mais cedo. Além disso, o que conseguimos com essas dietas é uma perda de peso maioritariamente à custa de água e massa muscular, e não de massa gorda, que é de facto o que pretendemos. No fundo, devemos encarar uma alimentação saudável e equilibrada não como uma “dieta”, em que se associa o termo instantaneamente a um plano rígido e monótono, mas sim como uma educação ou reeducação de hábitos alimentares, adaptando a nossa alimentação à nossa vida e não o contrário. Se conseguirmos atingir o equilíbrio, sem sacrifícios e objetivos impossíveis de realizar, e com as respetivas


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exceções e dias especiais, conseguiremos manter o peso estável para toda a vida. Então, o que devemos fazer, não só no período antes do verão, mas durante todo o ano para que consigamos manter os bons hábitos alimentares e a estabilidade do peso? Antes de mais, regra número um e uma das mais importantes, se não a mais

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importante: nunca sair de casa sem tomar o pequeno-almoço. Esta é a primeira refeição do dia, aquela que quebra o longo período de jejum noturno, e que por isso não deve ser saltada. Estudos afirmam que as pessoas que tomam o pequeno-almoço têm uma alimentação mais equilibrada, ao longo do dia e, além disso, têm menos peso do que aquelas que saem de casa à pressa sem nada no estômago. O pequeno-almoço deve ser completo, variado e equilibrado. Esta refeição deve incluir uma peça de fruta ou um sumo natural. As centrifugadoras da Philips aproveitam o máximo da fruta e são uma alternativa super saudável para o dia a dia. Além disso, são práticas de utilizar e fazem o seu sumo favorito em menos de 2 minutos! Deve conter um produto lácteo, tal como queijo fresco, iogurte natural, leite ou bebida vegetal optando pelas versões com menor quantidade de gordura; um alimento rico em cereais integrais, como cereais de pequeno-almoço ou REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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torradas de pão integral que podem ser preparadas nas torradeiras da Philips e uma chávena de café sem açúcar. Outro aspeto fundamental é satisfazer as necessidades hídricas do nosso organismo. A satisfação destas necessidades deve ser essencialmente à custa de água e não de bebidas açucaradas, refrigerantes ou bebidas alcoólicas. Se não lhe agrada beber água simples existem sempre outras possibilidades de tornar a água aromatizada, fresca e igualmente saudável. Pode introduzir-se na água fresca, limão, canela, gengibre ou mesmo fruta. Aproveitando a maior quantidade e diversidade de produtos hortícolas e frutos nesta altura, devemos usar e abusar destes alimentos, dando sempre preferência a produtos locais e sazonais. Estes alimentos são ricos em água, vitaminas, sais minerais

e fibra sendo, além disso, pouco calóricos. Uma outra regra importantíssima, não só nesta altura mas durante todo o ano, é evitar alimentos excessivamente processados. Todos os alimentos à venda no mercado com uma extensa lista de ingredientes são logo para por de parte. Entenda-se por alimentos processados todos aqueles que não provêm diretamente da Natureza e que, de uma forma ou de outra, foram manipulados pelo homem. Assim, referimo-nos a alimentos com muito açúcar, sal e gordura, tais como bolos, pão de forma pré-embalado, snacks salgados, lasanhas pré-fabricadas, sopas desidratadas, caldos industrializados, refrigerantes, bolachas, massas instantâneas, enchidos e fumados e enlatados. Mas porque a ingestão de fritos é cada vez mais frequente, a Philips


N U T R I ÇÃO

Airfryer é a solução ideal. Com a Philips AirFryer é possivel comer “fritos” sem óleo! Nesta altura há também uma maior apetência por produtos como os gelados. Devemos preferir sempre as opções com menor teor de açúcar e gordura, como os de gelo, mas também os elaborados apenas com fruta e iogurte natural, por exemplo, que podem

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até ser confecionados em casa. Usufruindo de uma melhor temperatura exterior é importante - e mais uma vez reforço -, durante todo o ano e não só nesta altura - a prática regular de exercício físico ao ar livre, em zonas verdes e com menor poluição que as áreas mais urbanas. Por isso, por si e pela sua saúde, mexase e opte sempre pelos alimentos que a Natureza oferece, como vegetais, legumes, frutos, leguminosas, ovos, carnes brancas e peixe.

Eva Neves de Carvalho (nutricionista) https://www.facebook.com/ nutricionistaevanevesdecarvalho/ REVISTAVIVA, MARÇO 2016


D E S T A Q U E

O novo Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, que teve um investimento global de 42 milhões de euros, é um dos projetos que mais verbas comunitárias canalizou do “ON.2 – O Novo Norte” (cerca de 25 milhões de euros) e substitui uma estrutura ultrapassada, que já não permitia obras de ampliação. A construção de raiz do novo terminal, com capacidade para navios de grande porte, passou a permitir, no Norte, o início e o fim de cruzeiros, alavancando assim o fluxo de navios e passageiros e o acréscimo na procura turística na região. O estudo de viabilidade do projeto prevê a atracagem de 111 escalas de navios de cruzeiro, por ano, o que significa cerca de 130 mil passageiros.

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TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES

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Três circuitos com apoios da União Europeia

MARGINAL ATLÂNTICA DE GAIA Dando continuidade à requalificação da marginal atlântica de Gaia, um investimento que decorreu de 2001 a 2006 com o apoio dos fundos da União Europeia e que visou a conclusão do sistema de saneamento e execução da ETAR Gaia Litoral, os trabalhos de promoção da frente atlântica de Gaia tiveram como objetivos o aumento da segurança de pessoas e bens, tendo em consideração o risco envolvido face ao avanço das águas do mar, e a promoção do uso deste local pela população. Dos trabalhos de requalificação da costa destacamse a construção de novos passadiços de modo a proteger as dunas e a vegetação rasteira, assim como a eliminação de espécies infestantes e a reimplantação de espécies autóctones indicadas no Plano de Ordenamento da Orla Costeira Caminha-Espinho.

ESTUÁRIO DA FOZ DO DOURO

PRAÇA DO MAR E PLATAFORMA DE APOIO À PESCA ARTESANAL

A constituição de uma área de Reserva Natural Local do Estuário do Douro custou 280 mil euros, dos quais 240 mil provenientes de apoios do “ON.2”. Com cerca de 62 hectares, este espaço tornou-se num dos melhores locais no Norte de Portugal para a observação de aves, designadamente as espécies migratórias e limícolas. Os peritos aconselham os meses de inverno para a observação da grande maioria de aves que por aqui passam, mas durante todo o ano é possível ver de perto as diferentes espécies. Sendo agora uma paisagem protegida, com regras para a utilização do espaço, a reserva convida os turistas a usarem os dois observatórios criados com o propósito da observação das aves.

A requalificação da Praça do Mar e a construção da Plataforma de Apoio à Pesca Artesanal são dois projetos que se destacam de um conjunto maior de iniciativas que visam a valorização e a qualificação ambiental da costa de Espinho, com um orçamento global de 2,5 milhões de euros e com o apoio de 2,1 milhões do “ON.2 – Novo Norte”. A Praça do Mar garante a conexão entre a zona de praias e todo o quarteirão envolvente ao Fórum de Arte e Cultura de Espinho, dignificando o local histórico onde outrora existiu a maior fábrica de conservas da península – a Brandão Gomes. Trata-se agora de um espaço público de paragem, um observatório sobre o mar e um espaço de convivência e de encontro com as gentes do mar. Neste local, foi também instalada uma plataforma com artefactos de pesca artesanal.


Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões

Estuário da Foz do Douro

Marginal Atlântica de Gaia

Espinho: Praça do Mar e Plataforma de Apoio à Pesca Artesanal


D E S T A Q U E

CENTRO DE CIÊNCIA VIVA EM VILA DO CONDE Espaço com várias funções de ciência e tecnologia, vocacionado para a difusão da cultura científica e tecnológica através da observação e experimentação, o Centro Ciência Viva de Vila do Conde contou com o apoio do ON.2 no projeto “Ciência & Fantasia” vocacionado para a promoção de ciências experimentais. O promotor centra-se na vertente lúdica da comunicação da ciência sem, com isso, lhe retirar o seu carácter rigoroso e formal.

CENTRO MULTIMEIOS DE ESPINHO O Centro Multimeios de Espinho passou a dispor, com o apoio dos fundos da União Europeia, no valor de 455 mil euros, de dois novos sistemas de projeção digital, que permitem projetar em alta resolução imagens 2D e 3D nos 360º da cúpula do Planetário.


Centro Ciência Viva de Vila do Conde

Planetário do Porto

I3S

I3S - INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE A sede do I3S contempla um novo edifício com 14 mil metros quadrados, inteiramente dedicado a laboratórios e serviços de investigação, que obrigou a um orçamento total de 20,6 milhões de euros, dos quais 17,5 milhões de fundos comunitários. O I3S reúne numa primeira fase mais de 700 colaboradores oriundos dos três institutos fundadores (Instituto de Biologia Molecular e Celular, Instituto de Engenharia Biomédica e Instituto de Patologia e Imunologia Molecular). Cerca de 250 serão investigadores doutorados, que centrarão a sua atividade no desenvolvimento de respostas a alguns dos maiores desafios de áreas chave da saúde: as doenças neuro degenerativas, o cancro, as doenças infecciosas e a medicina regenerativa.

PLANETÁRIO DO PORTO O investimento apoiado pelos fundos da União Europeia - 370 mil euros num total de 424 mil - permitiu a aquisição de um novo sistema de projeção digital e a renovação da cúpula, garantindo não só a observação de estrelas, já assegurado pelo anterior projetor do Planetário, como também simular todo o Universo e transmitir filmes e documentários imersivos.

Centro Multimeios de Espinho


D E S T A Q U E

Espaço Quadra, no Mercado Municipal de Matosinhos

PALÁCIO DO BOLHÃO O apoio do ON.2 permitiu a conclusão do processo de reconversão do Palácio do Bolhão pela execução dos restauros finais no interior do edifício e pelo melhoramento técnico dos espaços de produção. Atualmente, acolhe a ACE Teatro do Bolhão, companhia profissional de teatro, e a ACE Escola de Artes, escola profissional de teatro. O Palácio do Bolhão é considerado um dos edifícios mais notáveis da arquitetura portuense do século XIX refletindo o poder e a opulência da orgulhosa burguesia oitocentista da cidade. A importância simbólica do palácio ultrapassa, no entanto, o seu valor patrimonial inscrevendo-se na memória histórica da cidade: serviu de alojamento à Família Real, está amplamente documentado por Camilo Castelo Branco e sediou a Casa Biel, pioneira da edição e da fotografia no país. O edifício foi abandonado em 1990 sendo adquirido pela autarquia em 2000 e cedido à ACE (escola e companhia) em 2001. Assim, e para reabilitar o edifício, a ACE conseguiu os apoios da Câmara do Porto, do Ministério da Educação e da Secretaria de Estado da Cultura sendo de salientar o apoio do ON.2 que financiou, nas três fases de trabalhos executadas, cerca de 40% dos 2,5 milhões de euros investidos.


CASA DA MÚSICA - PROGRAMAÇÃO

O apoio do ON.2 à programação da Casa da Música centrou-se sobretudo, nos últimos anos, no financiamento de iniciativas que contribuíram para a promoção no exterior da produção feita pelos agrupamentos residentes ou para o intercâmbio e partilha de programas entre estes agentes e orquestras internacionais. Este apoio representou cerca de 1,5 milhões de euros.

SERRALVES

O Museu de Arte Contemporânea de Serralves acolheu nos últimos anos diferentes manifestações culturais que contaram com o apoio do ON.2. Tratam-se de iniciativas que privilegiam a colaboração entre artistas, com uma dimensão transversal em áreas como a música, a dança, o cinema, espetáculos, exposições, workshops

e seminários. Os programas apoiados cobrem, também, áreas como a biodiversidade e o ambiente, a promoção de jovens criadores e o estabelecimento de parcerias com outros agentes das indústrias criativas.

ESPAÇO QUADRA INCUBADORA DE DESIGN

Trata-se de um conceito inovador instalado no Mercado Municipal de Matosinhos, que privilegia o contacto entre empresas já conceituadas na área do design e novas empresas ou projetos experimentais. A sua implementação resulta de uma parceria entre o município e a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos. O investimento global ficou nos 1,1 milhões de euros e contou com o apoio de fundos comunitários no valor de 988 mil euros.

Casa da Música

Palácio do Bolhão

Serralves

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D E S T A Q U E

As vantagens da adesão à União Europeia: três visões A Região do Norte tem vindo a beneficiar, há muitos anos, do facto de pertencer a um país membro da União Europeia. Não conseguimos, ainda, assegurar a convergência com os valores médios comunitários, em matéria de desenvolvimento. Mas se não tivéssemos sido apoiados, de numerosas formas, para andarmos mais depressa, a divergência seria enorme. Fomos auxiliados com ajudas de pré-adesão e, posteriormente, com fundos estruturais, com o fundo de coesão e com a participação em numerosos programas europeus que nos permitiram avançar em muitos sectores, de modo mais rápido do que teria acontecido sem auxílios. Todavia, o que me parece mais importante é que todas essas ajudas pressupuseram justificações que foram elaboradas no quadro de uma reflexão àcerca do que queríamos para nós próprios. Esse esforço da procura do que mais nos conviria, justificando as nossas propostas, representa um contributo determinante para sabermos quem somos e o que queremos ser. Foi através desses exercícios que crescemos e nos preparámos para os novos desafios que temos de enfrentar, por nos querermos inserir num espaço desenvolvido e dinâmico, ele próprio em busca do seu caminho. Luís Valente Oliveira


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Se 1974, com o fim dos cinco séculos de diáspora dos portugueses pelo mundo, representa o nosso regresso ao retângulo europeu, só verdadeiramente em 1986 tomámos consciência disso mesmo, com a adesão às Comunidades Europeias. A importância da adesão não se ficou a dever apenas ao acesso aos Fundos Estruturais, apesar de terem sido uma oportunidade para nos modernizarmos. 1986 correspondeu a uma inflexão na História da Europa Comunitária. O Ato Único trouxe o reforço da coesão e valorizou o desenvolvimento regional. A CCRN viu acrescida a sua capacidade de intervir e esteve à altura das circunstâncias: na gestão dos fundos, na proposição de programas, na motivação de protagonistas. Muito deste sucesso se fica a dever à qualidade e à dedicação dos que nela militaram. Luís Braga da Cruz

Há trinta anos, na região do Norte, os níveis de analfabetismo e de mortalidade infantil envergonhavam-nos. A taxa de cobertura de saneamento básico era, em certas zonas da região, perto do zero. A capacidade técnica de muitas Câmaras Municipais era débil, a ponto de não terem meios para preparar projetos de simples infraestruturas. O tecido económico baseava-se em mão de obra intensiva, havia uma prática agrícola de subsistência e havia apenas uma única instituição de ensino superior. Se estes e outros aspetos se apresentam hoje de forma diferente, e para muito melhor, deve-se em larga medida ao facto de Portugal pertencer à UE. José Silva Peneda

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R E Q U A L I F I C A Ç Ã O

A CELEBRAÇÃO DA

ARQUI TETURA A CASA DA ARQUITETURA, EM MATOSINHOS, PROMETE SER O PRIMEIRO ESPAÇO COMPLETAMENTE DEDICADO À ARQUITETURA EM PORTUGAL. JÁ TEVE UM PRIMEIRO PROJETO DO ARQUITETO ÁLVARO SIZA VIEIRA, QUE EXIGIA UM INVESTIMENTO DE CERCA DE 40 MILHÕES DE EUROS, E QUE SERÁ IMPOSSÍVEL DE REALIZAR, PELO MENOS PARA JÁ, DEVIDO AO MOMENTO DE CRISE QUE O PAÍS ATRAVESSA. ESTE ESPAÇO, ORÇADO EM CERCA DE QUATRO MILHÕES DE EUROS, OCUPARÁ JÁ NO PRÓXIMO ANO, A ANTIGA FÁBRICA DA REAL VINÍCOLA, COM O PROJETO DE REABILITAÇÃO A CARGO DO ARQUITETO GUILHERME VAZ. Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos atuais: Francisco Teixeira/CMM

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spaço onde se pretende vir a celebrar a arquitetura, a Casa da Arquitetura irá juntar, num único local, uma área de reserva e tratamento de espólios de arquitetos e uma área expositiva. A Casa funcionará como um Museu da Arquitetura – a nível nacional – enquanto arte e disciplina. Para que assim seja, será necessário um debate alargado a todo o país, de forma a atingir os objetivos propostos. O tra-

balho e cooperação com outras instituições que tenham projetos e trabalhos realizados na arquitetura será fundamental para o sucesso do espaço. O espaço escolhido pela autarquia de Matosinhos para albergar esta instituição foi a antiga fábrica da Real Vinícola, que estava nas mãos da Câmara há mais de duas décadas, e que se encontrava num estado de degradação avançado. Assim, o imóvel, com um valor histórico e arquitetónico considerável, e que não tinha

destino, foi o escolhido para o projeto do arquiteto Guilherme Vaz, onde o desafio será a adaptação de um edifício histórico a um tipo de equipamento totalmente novo, mas sem perder a identidade inicial. Desta forma, Guilherme Vaz considera que a obra é “muito interessante e um verdadeiro desafio”, elegendo o projeto da Casa da Arquitetura como o mais interessante que teve oportunidade de desenvolver. A reabilitação do complexo industrial pretende que o


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novo espaço implemente um programa de natureza cultural, concessionando também áreas de serviços diversos que complementem essa vertente. Devido ao grau de degradação elevado, o complexo, e consequentemente todos os edifícios que o constituem, terão que passar por um grande conjunto de intervenções. A Casa da Arquitetura passará, assim, a ter um recinto exterior que, neste momento, é uma superfície revestida a cubo de granito e que, no futuro, terá percursos em betão branco que ligarão os vários edifícios. Para além do espaço exterior, a reabilitação também acontecerá nos oito edifícios existentes no imóvel, que vão da letra A à letra H do alfabeto. Assim, no projeto está planeado que os edifícios B, C e D acolham a Casa da Arquitetura. O edifício H será destinado à Orquestra Jazz de Matosinhos. O edifício E acolherá um espaço de restauração. O edifício F, coberto, poderá ser o local para um mercado biológico, uma feira, um concerto ou um qualquer

outro evento. Finalmente, os edifícios A e G estão destinados a acolher escritórios, lojas ou estúdios para que haja uma rentabilização do complexo e que este atraia uma diversidade de atividades, aumentando a dinamização do espaço. ACERVO QUE VAI FAZER JUS AO EDIFÍCIO O conjunto de obras que vão constituir o espaço expositivo ainda está longe de estar definido. No entanto, o objetivo da Associação da Casa da Arquitetura é, de acordo com Guilherme Pinto, presidente da Associação e da Câmara de Matosinhos, possuir espólios de todos os grandes arquitetos portugueses. O presidente fala da vontade que existe em que a Casa da Arquitetura seja um local admirado por todos os portugueses. De momento, a Casa da Arquitetura não está ainda a procurar o acervo, visto não estarem reunidas as condições para tratar os espólios. Sendo assim, e além de a Câmara ter alguns espaços onde se possa tratar as


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obras, a aquisição destas ainda decorre de uma forma lenta. Ainda assim, obras relacionadas com a Piscina das Marés, a Casa de Chá, ou outras da autoria de Siza Vieira e do arquiteto Eduardo Souto Moura fazem já parte do espólio da Casa da Arquitetura, que Guilherme Pinto considera ser “um belo início”. MOVIMENTO CULTURAL QUE TERÁ IMPACTO EM MATOSINHOS E NO PAÍS A programação para a Casa da Arquitetura estará dependente da Associação mas nos planos está já incluída a existência de três grandes exposições anuais. Com a abertura oficial marcada para daqui a um ano, em março de 2017, Guilherme Pinto afir-

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ma que a primeira exposição será a propósito dos Pritzkers portugueses, o equivalente na arquitetura aos prémios Nobel, que são entregues aos expoentes máximos de uma área específica. De acordo com o responsável pelo projeto arquitetónico, Guilherme Vaz, a Casa da Arquitetura, além de ser uma novidade, significa o “colmatar de uma lacuna grave”, porque até hoje, e apesar do prestígio da arquitetura portuguesa – com dois prémios Pritzker conquistados pelos arquitetos Siza Vieira e Souto Moura – “não existe no país um espaço exclusivamente dedicado à reserva, ao tratamento e exibição da produção do património arquitetónico nacional e internacional”.

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arte de cuidar

CUIDADOS DE SAÚDE NUM AMBIENTE HOTELEIRO E ACOLHEDOR A Carlton Life oferece cuidados abrangentes e especializados, nas áreas da saúde e da vida, através de uma vasta gama de serviços, personalizados e evolutivos, nas duas unidades que possui na cidade do Porto. Os serviços prestados pela Carlton Life têm como base cuidados permanentes com as pessoas, procurando manter um elevado padrão de qualidade de vida ao longo do seu processo de envelhecimento. Para responder à procura de diferentes clientes, e oferecer soluções otimizadas para necessidades específicas, a Carlton Life dispõe de duas unidades localizadas na área urbana do Porto, no nº 75 da rua Dom Domingos Pinho Brandão e outra no nº 595 da rua Júlio Dinis, próximo da Rotunda da Boavista.

A Ca r l to n L i fe Domingos Brandão oferece uma solução residencial de grande privacidade, em apartamentos autónomos, proporcionando todos os serviços e cuidados necessários, nomeadamente de apoio pessoal nas atividades da vida diária, cuidados médicos e de enfermagem, terapias ocupacionais e outras atividades de lazer. A Carlton Life Domingos Brandão está vocacionada para pessoas com níveis de dependência funcional mais baixa, que ainda desfrutam de um razoável nível de independência e autonomia nas suas atividades diárias. Nesta unidade existe um espaço

comum de apoio, o Clube, dedicado ao convívio dos clientes e familiares, onde podem tomar as suas refeições, conversar, ler ou apenas repousar, e onde se proporcionam terapias ocupacionais. Esta unidade está também aberta a clientes que vivam nas imediações mas desejem desfrutar dos seus serviços durante o dia, assim como está preparada para prestar serviços de apoio no


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www.carltonlife.pt 223 205 639 707 272 625 comercial@carltonlife.pt domícilio de clientes que vivam próximo. A Carlton Life Júlio Dinis ocupa um edifício dividido em seis unidades residenciais, autónomas entre si, vocacionadas para servirem, cada uma, um conjunto específico e restrito de 12 a 16 clientes. Cada unidade residencial tem sete a nove quartos, todos com quarto de banho privativo, organizados em torno de uma zona de supervisão, zonas de estar, de atividades e de refeições. A unidade de Júlio Dinis oferece todas as soluções de cuidados de saúde e vida, com um acolhedor conceito de serviço hoteleiro, a pessoas parcial ou totalmente dependentes, em termos funcionais ou cognitivos. A Carlton Life Júlio Dinis está mais vocacionada para pessoas com alguma fragilidade, que pretendem manter a qualidade de vida e prevenir o seu envelhecimento funcional. Também oferece soluções para pessoas temporariamente dependentes em termos funcionais mas com perspetivas de reabilitação, e para pessoas dependentes a nível funcional, cuja situação seja proveniente do envelhecimento natural. A Carlton Life oferece um conceito único e inovador, em localizações privilegiadas, no coração da cidade. Perto de tudo. Perto de si. Marque já a sua visita! REVISTAVIVA, MARÇO 2016


I N I C I A T I V A S

De portas abertas para conhecer uma das melhores universidades da Europa A UNIVERSIDADE DO PORTO (U.PORTO) MUDA, DURANTE QUATRO DIAS, AS SUAS SALAS DE AULA E OS LABORATÓRIOS PARA O PAVILHÃO ROSA MOTA, ANTIGO PALÁCIO DE CRISTAL. DE 17 A 20 DE MARÇO, E COM ENTRADA LIVRE, A MOSTRA DE CIÊNCIA, ENSINO E INOVAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO ABRE AS PORTAS A MIÚDOS E GRAÚDOS PARA QUE POSSAM CONHECER OS CURSOS E AS ATIVIDADES DAS 14 FACULDADES DA U.PORTO E AS MAIS RECENTES INOVAÇÕES PRODUZIDAS PELOS SEUS CENTROS DE INVESTIGAÇÃO. Fotos: U.Porto

Arquitetura, Belas Artes, Biomédicas, Ciências, Ciências da Nutrição e Alimentação, Desporto, Direito, Economia, Engenharia, Farmácia, Gestão, Letras, Medicina, Medicina Dentária e Psicologia e Ciências da Educação. Todas as faculdades e todas as áreas do conhecimento estarão presentes no Pavilhão Rosa Mota, constituindo uma oportunidade única para, no mesmo local, conhecer aprofundadamente todos os cursos disponíveis no acesso ao Ensino Superior. Mas a Mostra da U. Porto não é apenas um local para os futuros estudantes universitários des-

cobrirem as suas vocações. É também um local para toda a família, dos 8 aos 80 anos de idade, poder conhecer e experimentar a Ciência e a Inovação produzida por uma das mais reputadas universidades europeias. Cerca de 15 mil pessoas deverão passar pelo Pavilhão Rosa Mota durante a Mostra. O convite é para todos e a visita pode ser feita no seguinte horário: quinta e sexta-feira das 10h às 19h, sábado das 11h às 20h e domingo das 11h às 19h. DIVERSÃO E CONHECIMENTO PARA TODA A FAMÍLIA A Mostra da U. Porto é um espa-

ço de excelência para os alunos do ensino básico e secundário que desejam prosseguir os seus estudos no ensino superior ficarem a conhecer por dentro as diferentes opções de cursos e saídas profissionais existentes na maior instituição de ensino e investigação do Norte do País. Durante estes quatro dias, toda a informação sobre as 14 faculdades e os 52 cursos de licenciatura e mestrado integrado da U. Porto encontra-se reunida no mesmo local onde docentes, investigadores e estudantes universitários estão disponíveis para esclarecer qualquer dúvida sobre currículos, formas


U.PORTO

de acesso ao ensino superior ou sobre os apoios sociais disponibilizados nesta instituição de ensino. No e nt anto, a M ostra da U.Porto é também um local de busca de conhecimento e de experiências interativas, dese-

nhada para todos os membros da família, de qualquer idade. Entre as muitas atividades disponíveis na Mostra da U.Porto, os visitantes poderão assistir, por exemplo, a julgamentos simulados pelos estudantes de Direito, a um concurso de

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resistência de pontes de esparguete construídas pelos estudantes de Engenharia ou à simulação de um parto de emergência pelos estudantes de Medicina. Estas são apenas algumas das atividades, com horários pré-definidos REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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que irão decorrer durante os quatro dias. Contudo, as faculdades e centros de investigação da U.Porto terão em permanência mais de uma centena de atividades à disposição dos visitantes. Para além dos já habituais rastreios médicos de glicemia, pressão arterial ou saúde oral, na Mostra será ainda possível participar em aulas reais de pintura e desenho, demonstrações de culinária saudável, atividades desportivas, jogos de mercados financeiros, experiências de produção de biodiesel ou demonstrações de suturas e de manobras de Suporte Básico de Vida. A Mostra da U.Porto é também o local onde é possível observar algumas das mais recentes tecnologias e inovações portuguesas, desde carros elétricos de competição a aviões e submarinos autónomos, passando por robôs trabalhadores capazes de colaborar com humanos ou simuladores médicos de tamanho real que vestem a pele de doentes reais. São mais de uma centena de opções para que toda a família aproveite o fim de semana para conhecer o que de melhor se faz na Universidade.


U.PORTO

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A NOVA ESTRATÉGIA PARA PROMOÇÃO DO EMPREGO A U.Porto tem uma nova estratégia para promover a empregabilidade dos seus estudantes. Numa altura em que o desemprego jovem (até aos 25 anos) é superior a 33% e que o desemprego entre os diplomados portugueses é o dobro do que se regista nos restantes países da OCDE, a U.Porto tem trabalhado no lançamento de uma série de iniciativas com o objetivo de aproximar os estudantes das necessidades do mercado de trabalho. A face mais visível desta nova estratégia foi a criação da FINDE. UP – Feira Internacional de Emprego da Universidade do Porto, cuja primeira edição realizada a 3 e 4 de novembro de 2015, no Centro de Congressos da Exponor, contou com a visita de mais de três mil estudantes. Este ano a Exponor volta a receber, em novembro, esta feira, que conta com a parceria da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e da Universidade de Vigo. Em maio, há também uma feira de emprego virtual em parceria, também, com estas instituições de ensino. Mais de 80 empresas, associa-

ções profissionais e organismos públicos, nacionais e estrangeiras, marcaram presença nesta primeira feira destinada a estudantes e graduados de todas as faculdades e áreas de estudo da U.Porto, dando a conhecer as suas vagas de emprego disponíveis e possivelmente recrutar para os futuros quadros. Graças ao novo sistema de registo eletrónico de currículos e candidaturas utilizado na FINDE. UP, é possível verificar que cada visitante deixou, em média, a sua candidatura de emprego em 4,7 stands diferentes da feira. No entanto, o candidato mais ati-

vo da FINDE.UP registou a sua candidatura em 34 organizações. Entre as 10 empresas mais procuradas pelos visitantes da FINDE. UP, é possível encontrar empresas de todos os setores de atividade e alcance geográfico, começando pelo conglomerado de produtos alimentares Lactogal (620 candidaturas) e seguindo pelo grupo SONAE (603), pela multinacional de fabrico de pneus Continental Mabor (451), pela farmacêutica portuguesa BIAL (404), pelo grupo de engenharia Efacec (395), pela empresa de produtos alimentares Lusiaves (390), pela tecnológica Glintt REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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(366), pela empresa de recursos humanos RHmais (362), pela multinacional de distribuição Lidl (357) e pela multinacional têxtil Calzedonia (345). O sucesso desta primeira edição já garantiu não só a realização de uma segunda edição da Feira de Emprego na Exponor, em novembro deste ano, como também a realização de uma edição virtual, exclusivamente online, a decorrer já no mês de maio. A médio prazo, a intenção é “evoluir para uma feira de emprego on-line a decorrer duas a três vezes por ano”, revela Manuel Fontes de Carvalho, pró-reitor da U.Porto. “Isso seria o desejável, e não apenas dois dias por ano. O que não quer dizer que não se continue a fazer a feira física”, que “é importante até para o contacto direto entre as pessoas”. Mas, “se conseguirmos ter uma feira em permanência, articulando as necessidades de empregadores e diplomados, então atingimos o nosso objetivo. A dinâmica está

criada”, conclui o responsável. FORMAÇÃO EM SOFT SKILLS Antes ainda da criação da FINDE.UP, a nova estratégia de promoção da empregabilidade da U.Porto contemplou a realização, em parceria com consultoras de recrutamento, de ações de formação que potenciem a integração profissional. Assim, para lá da qualificação especializada conferida nas faculdades, a U.Porto espera que, a jusante, os seus diplomados dominem técnicas essenciais para atrair os empregadores, ganhem competências transversais (as soft skills) e melhorem o seu conhecimento do mercado de trabalho. Workshops intitulados “Como fazer o CV”, “Como promover a imagem” ou “Como falar em público” foram alguns exemplos deste tipo de atividades e tiveram uma grande adesão dos estudantes nas primeiras edições. Incluído nesta linha de formação em competências transversais

está ainda o programa “Acredita-te”, uma iniciativa que oferece aos estudantes a oportunidade de acompanharem um profissional (mentor) no seu dia a dia de trabalho. Ao participar neste programa, o estudante (mentorado) tem a oportunidade de discutir as suas perspetivas de carreira profissional com o mentor, beneficiando do conhecimento, experiência e rede profissional daquele, mas também de entender a formação e as competências necessárias para o exercício da sua profissão, em contexto real. ABERTURA À SOCIEDADE CIVIL Contudo, o primeiro passo desta nova estratégia de promoção da empregabilidade passou, desde logo, pela reconfiguração do Observatório do Emprego e da Trajetória Profissional dos Diplomados da U.Porto, organismo a quem compete cumprir a obrigação legal de dar a conhecer o nível de empregabilidade dos diferentes


U.PORTO

cursos da instituição. A reformulação do Observatório implicou novos métodos, novas formas de intervenção e sobretudo novos protagonistas. Uma das grandes inovações foi, justamente, a abertura do Observatório a entidades externas à U.Porto, nomeadamente ordens profissionais (advogados, engenheiros, arquitetos, etc.), associações socioprofissionais, organismos públicos (IEFP, IPDJ, INE, GRACE, etc.), associações empresariais (AEP e no futuro a ANJE), instituições bancárias, entre outras organizações com relevância no processo de empregabilidade. Segundo o pró-reitor da U.Porto responsável pela área da empregabilidade, Manuel Fontes de Carvalho, a abertura do Observatório a organizações externas permite “ter um feedback mais correto da realidade do emprego, cruzando os nossos dados com dados que existem noutras entidades”, e ainda “estabelecer um quadro de cooperação mais alargado”. Desta

forma, acrescenta, o Observatório está também a “aproximar-se das empresas, que são as destinatárias principais dos nossos diplomados”. MUNICÍPIOS Fruto desta abertura à colaboração com a sociedade, a Universidade do Porto já celebrou protocolos de colaboração com 30 câmaras municipais do Norte e Centro de Portugal para apoiar

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a transição dos estudantes da U.Porto para o mercado de trabalho e promover a integração de quadros qualificados nas autarquias. Os municípios de Arcos de Valdevez, Barcelos, Braga, Fafe, Famalicão, Felgueiras, Gondomar, Guimarães, Lousada, Maia, Marco de Canaveses, Matosinhos, Melgaço, Oliveira de Azeméis, Ovar, Paredes, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Porto, Póvoa de Varzim, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, Sever do Vouga, Trofa, Vale de Cambra, Viana do Castelo, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia e Vila Verde poderão acolher nas suas estruturas estudantes da Universidade do Porto para que estes tenham um primeiro contacto com o mundo do trabalho. Estas 30 autarquias constituem-se apenas como os primeiros parceiros do projeto de apoio à empregabilidade que a U.Porto está a levar a cabo juntos dos seus estudantes com o objetivo de fomentar a aproximação entre o universo empresarial e a universidade, permitindo uma cada vez maior convergência entre a saída dos jovens do mundo académico e a entrada da vida profissional. REVISTAVIVA, MARÇO 2016


WOODTEC DA CIN PROTEGE E REALÇA AS MADEIRAS DA SUA CASA

Cada peça de madeira que escolhemos para a nossa casa, varanda ou jardim aproxima-nos da natureza, traz-nos conforto e ajuda-nos a criar aquele estilo a que chamamos nosso. Para que a natureza, o conforto e o estilo perdurem, a CIN criou Woodtec, uma completa gama para cuidar, preservar e decorar as suas madeiras, no interior e no exterior. Realçar a textura, cor e brilho das madeiras ou dar-lhes cor com novos tons são apenas algumas das muitas opções permitidas pelos vernizes e

lasures Woodtec, que disponibilizam versões transparentes e opacas, assim como uma paleta de 33 cores. Nesta gama, que tem variedades para praticamente todos os tipos de madeira, destaque ainda para soluções com benefícios muito específicos, como o Woodtec Marítimo, um verniz com filtros UV para proteger as madeiras exteriores dos raios solares, ou do Woodtec Movidur, que aumenta a resistência das madeiras de interior aos produtos de limpeza para que permaneçam bonitas por mais tempo.



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Porto Canal já faz parte do zapping dos portugueses A ESTAÇÃO TELEVISIVA COM RAÍZ NO PORTO, O PORTO CANAL, APARECEU EM JANEIRO DESTE ANO COM UMA CARA RENOVADA. MAS NÃO SÓ. TAMBÉM O CONTEÚDO FOI ALARGADO E RECONSTRUÍDO, DESDE A INFORMAÇÃO À PROGRAMAÇÃO. DEPOIS DE SER ADQUIRIDA PELO FUTEBOL CLUBE DO PORTO, EM JULHO DE 2015, A ESTAÇÃO INICIOU UMA FASE DE MUDANÇA, CONTINUANDO A APOSTAR NA INOVAÇÃO E NA DIFERENÇA. Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: Carolina Barbot

O diretor da estação, Júlio Magalhães, afirma que a ideia da renovação era dar um novo passo no Porto Canal. “Quisemos oferecer aos telespetadores um novo canal, com a abertura de uma nova grelha, um novo estúdio (com a criação do novo centro de produção no Estádio do Dragão), com a renovação do estúdio que temos na Senhora da Hora, em Matosinhos, e passamos, ainda, a transmitir em HD”. Estas inovações deram oportunidade para o canal oferecer mais e melhor conteúdo, “com aquela que é agora a nossa [do Porto Canal] capacidade de transmitir”. Desta forma, a estação continua com a sua veia generalista e com a máxima de ser um “ca-

nal feito no Porto para o país e para o mundo”. Júlio Magalhães sustenta que se existem canais feitos em Lisboa, pode também existir no Porto. “Este é um deles. Sem provincianismos e sem regionalismos”, frisa o diretor da estação. UM CANAL QUE DESPERTA MAIS CEDO O Acordar é o novo programa de informação, apresentado por Eduarda Pires, que tem início logo pelas 8 horas e que, em direto, dá aos espetadores as principais novidades do dia. Assim, a emissão do Porto Canal inicia-se mais cedo, uma vez que, anteriormente, só abria às 10 horas. A informação foi também uma REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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“O Porto Canal é hoje um canal tido em conta no país inteiro. Faz parte do zapping dos portugueses em geral, mas, também, dos políticos e economistas. Queremos transmitir a ideia de que não é um canal de clube mas um canal com clube.” das principais apostas desta nova cara do Porto Canal, que conta agora com mais blocos informativos e com um jornalismo de maior proximidade. “A informação cresceu no canal”, afirma Ana Rodrigues, diretora de informação do Porto Canal. “Temos informação mais cedo, o primeiro bloco que tínhamos era às 13 horas e, agora, temos logo às oito”, explica. O novo alargamento veio obrigar ao reforço da equipa da es-

tação, o que significou “caras novas e sangue novo”. Aumentar a abrangência do Porto Canal em território nacional é também um dos principais objetivos desta nova versão da estação, aumentando o número de delegações pelo país e o reforço nestas. Para já o Porto Canal conta com seis delegações em Portugal, cinco no Norte e Centro do país, e uma que existe em Lisboa. Nesta nova fase do canal, há ain-

da a manutenção de programas já antes existentes, como os “Caminhos de História” apresentado por Joel Cleto. No entanto, existem novas apostas, a nível da informação, nomeadamente o novo programa “Histórias com Futuro”, que vai para o ar à segunda-feira, com a apresentação de Paulo Ferreira e com a presença de Emídio Gomes, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte, e o


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O novo logótipo do canal é composto por duas dimensões: um ícone alusivo a várias pontes, representando o meio de união e de comunicação pelo país e o lettering que põe em evidência a palavra “Porto”. Este novo símbolo foi inspirado em vários elementos, nomeadamente a Esfera Armilar, como instrumento de navegação que norteou os portugueses na época dourada dos Descobrimentos, imagem cujo objetivo é reportar a expansão do canal por Portugal.

comentador Ricardo Luz. Este programa quer dar a conhecer o que de melhor se faz a nível empresarial no Norte do país, as grandes empresas, os grandes empresários e as grandes práticas empresariais. Factos e histórias que são e permanecem desconhecidos da grande parte da população. O concurso “Azul ou Branco” é uma grande aposta com grande investimento no que ao entretenimento diz respeito.

Com a apresentação de Carina Caldeira e Tiago Girão, e com a participação do historiador Joel Cleto, o concurso tem uma dimensão cultural e pedagógica que procura captar um público transversal e de todas as idades. O programa é diário e é transmitido às 22 horas. É também uma nova aposta o novo programa exibido ao domingo à noite. O “Sem Rede” é apresentado por Joana Pinto da Costa com a companhia de Tiago Girão. Este novo serão dá a possibilidade aos telespectadores de poderem escolher ver algo que não esteja relacionado com reality shows e com telenovelas. De segunda a quinta-feira à noite é emitido o novo programa “De Letra”, no qual são abordados os mais variados temas da atualidade e que é apresentado por figuras de relevo, cada uma delas com uma edição diária. À segunda são os irmãos Pedro e Ricardo Guedes a comandar o programa, à terça-feira é a vez de Ricardo Couto, às quartas é Maria Cerqueira Gomes e, às quintas, é o maestro Rui Massena que está no programa.

Este último, que tem a música clássica como pano de fundo, é considerado para Júlio Magalhães como exemplo daquilo que o Porto Canal pode fazer e outros canais não. “Não há programas de música clássica em Portugal e nós podemos fazer isso”, explica o diretor. O programa “A falar é que a gente se entende” é também um programa em que o Porto Canal mostra a diferença e inovação. Nesta nova aposta da estação são debatidas questões relativas às várias religiões, com convidados de diferentes crenças, em cada edição. As manhãs do Porto Canal são agora ocupadas, em direto, pelos apresentadores Ricardo Couto e Débora Sá, com a transmissão do “Grandes Manhãs”, que oferece música, gastronomia e outras novidades aos telespectadores. O “Olá Maria” vai para o ar todos os dias, das 17 horas às 19 horas, e é o novo programa de Maria Cerqueira Gomes, uma cara já conhecida do Porto Canal. O programa anima as tardes da estação com gastronomia, tendências ou desportos radicais.


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O programa “Ciência e Investigação” em prime time é também uma inovação, assim como a “Estação de Serviço” destinado aos amantes de automóveis. “Estamos a fazer serviço público e, por isso mesmo, temos na nossa grelha alguns destes programas que não têm espaço nas grandes estações de televisão porque estão condicionadas pelos números das audiências”, adianta Júlio Magalhães. INFORMAÇÃO MAIS FORTE Para além do entretenimento, a informação é também uma grande aposta nesta nova fase do Porto Canal. Como já foi mencionado em cima, um bloco informativo é logo lançado às 8 horas, o que não acontecia até agora. O jornal das 13 ho-

ras continua, mas h á a g o ra u m novo Jornal de Desporto às 19 horas, que não co n t a a p e n a s com conteúdos do FC Porto, mas que dá a conhecer as principais n ov i d a d e s n o mundo do desporto em geral. O Jornal Diário passou para as 19h30. Ana Rodrigues explica que houve o entendimento de que se deve “premiar e presentear os nossos espectadores com informação diferente e alternativa, não querendo que estes se sintam divididos” em relação aos principais jornais

diários que são transmitidos às 20 horas nos grandes canais televisivos. A diretora de informação do Porto Canal explica que o canal quer continuar a privilegiar espaços de informação alternativos aos jornais e, para isso, a



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aposta feita nesses suplementos, depois do Jornal Diário, foi feita. A atualidade continuará a ser discutida por comentadores como Júlio Machado Vaz ou Pedro Arroja, agora num espaço autónomo. O programa “Crime”, transmitido às quartas, é também exemplo disso e conta com a apresentação de Vanda Balieiro e com o criminologista Barra da Costa. Aqui serão discutidos os principais casos de justiça e crime da semana, que vão sendo acompanhados nos jornais informativos. O programa “Mentes que Brilham” passa agora para o espaço de prime time e con-

tinua com Cláudia Fonseca na apresentação. Também o espaço de opinião dos autarcas de Matosinhos e de Aveiro, Guilherme Pinto e José Esteves, respetivamente, continuará às terças, mas agora num espaço próprio. Esta é uma forma, explica Ana Rodrigues, de “dar voz a quem, nos canais feitos em Lisboa, não a tem. É um espaço privilegiado de opinião”. Ao fim de semana a informação mantém-se com os jornais a serem transmitidos às 20 horas. Esta nova fase no crescimento do Porto Canal foi apenas possível pele aquisição feita pelo FC Porto que quis investir na opor-

tunidade de levar a marca azul e branca a casa dos portuenses e dos portugueses. Júlio Magalhães afirma que não há nenhuma figura importante do país que não tenha já passado pela estação televisiva. “É esta ideia que já conseguimos transmitir e incutir nas pessoas. O estigma que este é apenas um canal do FC Porto já foi ultrapassado ao longo destes últimos três anos”, afirma o diretor do Porto Canal. “Hoje temos uma grande presença e uma grande capacidade de penetração na zona Norte e Centro”, afirma. Admitindo que noutras regiões do país é ainda difícil de se estabelecer, “mas


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já existe a ideia de que o Porto Canal existe”. Ana Rodrigues fala no desejo em que a equipa do Porto Canal tem em crescer, em abranger mais pessoas e em aumentar a sua influência no país. “É já um canal credível e de referência e, prova disso, são as personalidades que por aqui já passaram”, salienta. “Construímos um novo canal em cima de outro já existente, sem paragens, a partir de agora será sempre a melhorar”, acredita Ana Rodrigues. “UM CANAL COM CLUBE E NÃO UM CANAL DE CLUBE” O desporto é uma grande aposta nesta nova fase do

canal, com uma grande quantidade de notícias desportivas generalizadas, a que acresce a informação com a marca e o conteúdo do FC Porto. O Jornal de Desporto, transmitido todos os dias às 19 horas, é um exemplo do objetivo delineado pelo Porto Canal para captar público não apenas ligado aos dragões. Este é um novo espaço de informação criado para apresentar a atualidade transversal a todas as modalidades desportivas e não exclusivamente a conteúdos do FC Porto, para apelar à audiência de todo o país. No entanto, não há dúvida que o clube azul e branco está, for-

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temente, presente na estação televisiva. O número de boletins diários de informação sobre o FC Porto aumentou nesta nova fase do canal. Os “Flash Porto” estão já integrados no programa da manhã “Acordar” e, ao longo do dia, existem mais três que vão atualizando os telespectadores das principais novidades sobre a equipa azul e branca. Também diariamente há o “Universo Porto”, que já era transmitido anteriormente, mas que agora tem uma duração maior. Todos os dias às 21h15 o programa é transmitido com assuntos diferentes,


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assim como os convidados. A segunda-feira é o dia dos resumos e das reações à partida que ocorreu durante o fim de semana. Às terças o programa conta com os comentadores desportivos Jorge Araújo, Bernardino Soares e Paulo Miguel Castro. O regresso das entrevistas de carreiras a jogadores mais antigos da equipa está à vista, com nomes como Rui Barros ou Capucho. As reportagens mais completas de Ricardo Amorim sobre o universo portista são transmitidas às quintas, como por exemplo, “Cadeira de Sonho”, “Azul e Branco”, “Pensadores” ou “Portistas

no Mundo”. Na sexta-feira, o “Universo Porto” está focado no comentário dos jogos, com uma antevisão temática. Rui Cerqueira, diretor de comunicação do FC Porto, explica que a grande aposta é a transmissão em direto de tudo o que for possível. “Tudo o que seja possível fazer em direto e estar em contacto com o público portista é o que iremos fazer a partir de agora”, diz Rui Cerqueira. O diretor de comunicação dos “azuis e brancos” explica que o objetivo “é que as pessoas ao verem o Porto Canal vejam, também, um pouco da sua casa ali”. Admitindo que

o desporto é a âncora da estação, “tudo à sua volta também vale a pena”. A vontade de, cada vez mais, fixar pessoas ao canal é um desejo e, para isso, tentar-se-á mostrar o que se passa nos bastidores, que nem sempre é revelado para o exterior. Rui Cerqueira afirma que “o objetivo é criar laços de intimidade com os telespectadores, mantendo sempre a credibilidade que tivemos até aos dias de hoje”. O dirigente explica que o FC Porto quer cimentar a sua marca, o que tem sido conquistado, mas que o querem fazer através de momentos sensoriais, de novidades e da intimidade.



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Ao longo de 2016, a VIVA! irá visitar e dar a conhecer algumas ruas da Baixa do Porto que se transformaram em autênticos santuários gastronómicos. Nesta primeira edição, fomos até à rua da Picaria. Esta artéria, localizada na movimentada baixa da cidade, conhecida como “a rua dos móveis”, está a transformar-se. Nenhuma outra rua da cidade tem atraído tantos espaços de restauração como esta. Durante muito tempo foi apenas o local escolhido para abastecer a cidade e arredores de mesas, cadeiras, camas, entre outros. No entanto, nos dias que correm, a Picaria é muito mais um refúgio gastronómico. Tapas, hambúrgueres ou comida mais tradicional são algumas das ofertas.

O Ernesto

Rua da Picaria, nº85 Telefone: 222002600 O Ernesto é o veterano para quem percorre a rua. Abriu portas em 1938 e, três décadas depois, foi comprado por Ernesto Pereira, pai do atual proprietário, Reinaldo Pereira. Aberto todos os dias, exceto ao domingo, este espaço é constituído por dois pisos acolhedores, com um estilo clássico, e ainda por uma sala ao ar livre, muito procurada nos meses de bom tempo. A boa cozinha tradicional portuguesa é o destaque deste restaurante. A ementa tem especialidades como filetes de pescada, polvo, bacalhau à Picaria, cabrito assado, cozido à portuguesa, rojões, tripas à moda do Porto e vitela assada. O preço médio de refeição é de 20 euros.


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C O M E S & B E B E S

Baixa Burger Rua da Picara, nº89 Telefone: 222011937

A decoração minimalista marca o espaço de Armando e João, que em tempos acolheu o Teatro Art’ Imagem. As paletes de madeira são uma das imagens deste restaurante que abriu no verão de 2013. A carta do Baixa Burguer é constituída por dez menus numerados, onde reinam hambúrgueres artesanais pensados pelo chef Nuno Inverneiro. A carne é 100% novilho e os hambúrgueres podem ser acompanhados com ingredientes como guacamole, morcela ou molho de goiaba, todos acompanhados de batatas fritas. Os vegetarianos também têm uma opção no menu desta hamburgueria gourmet. Os preços estão fixados entre os 4,90 e os 6,90 euros. O Baixa Burguer está aberto todos os dias, mas ao fim de semana serve apenas depois das 18 horas.

Baixópito

Rua da Picaria, nº81 Telefone: 222010318 Vasco Santos é o sócio-gerente e cozinheiro do restaurante que só tem frango. No entanto, neste local o frango não é preparado como se encontra habitualmente noutros espaços. O frango é injetado com sal e água, passa dois dias a secar e é depois confecionado durante três horas a baixas temperaturas. Isto antes de ir para a cozinha e enfrentar temperaturas que chegam perto dos 300ºC, para que o resultado seja crocante e ligeiramente tostado. A carta do Baixópito é constituída por quatro entradas: canja, asinhas, moelas e panko. Para prato principal existem cinco menús de frango assado com vários molhos e uma opção de almôndegas de soja. Existem cinco extras que são três molhos, batata frita e salada. No final, a grande especialidade é o Meiovo, que se assemelha a um ovo cortado ao meio, no entanto, em vez da casca, há chocolate de leite, a clara é substituída por penacotta de baunilha e os ovos moles fazem o papel da gema. O espaço está dividido por três salas interiores e por duas esplanadas. As paredes são constituídas por placas de metal e o mobiliário é todo feito em madeira. O Baixópito está aberto todos os dias e o preço médio de refeição é de 10 euros.


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O Serrote

Rua da Picaria, nº9 Telefone: 919185220 Esta casa passou de loja de móveis a bar e a galeria de arte. O nome “Serrote” é uma homenagem à história da “rua dos móveis”. É noturno, mas também diurno. O espaço funciona como wine bar e serve tapas e petiscos durante o dia. À noite há muita música ao som de DJ’s convidados e a dança está também incluída. A sangria de espumante e o gin são as grandes apostas do local. O Serrote oferece chás e vinhos (a começar nos dois euros por copo), mas as tapas e as sanduíches preenchem a vida diurna do bar. Os acompanhamentos ideais para uma conversa entre amigos. A carta oferece petiscos como broa assada no forno com azeite, alho e pimento, tosta de pesto com salmão e citrinos ou, ainda, morcela com puré de maçã. Para juntar a estas especialidades há vinho e cerveja ou gin, que pode ser servido com pepino ou aromatizado com tomilho. As combinações de sandes, saladas e tapas, dão ao Serrote a possibilidade de ser um espaço de refeições ligeiras sem horas fixas. À noite, entra em cena a segunda cara do Serrote. Arrumam-se as mesas e cadeiras e o espaço reduz-se ao balcão e à pista de dança, onde se dança funk, jazz e soul. O espaço é totalmente aberto, como quem convida todos aqueles que passeiam pela rua. A decoração é despretensiosa, com um pequeno balcão, algumas mesas de madeira, uma parede escura e o equipamento de DJ. O Serrote fecha aos domingos e às segundas.


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Cruel

Rua da Picaria, nº86 Telefone: 222010326 O Cruel é um dos mais recentes espaços desta rua e também um dos mais distintos. A carta, à responsabilidade do chef Luís Américo, está dividida em três níveis desafiantes. São estes o Cruel, o Cauteloso e o Medroso. O carpaccio de novilho com flor elétrica e pesto pode ser um dos pratos encontrados no menu para os mais aventureiros. Mas há também opções para aqueles que não gostam de arriscar. O que explica a existência de mais dois níveis. Os menos corajosos podem, por exemplo, provar a tarte de cogumelos com queijo, azeitonas e tomate, o naco de novilho na brasa com batata a murro e, para terminar, pedir a espuma de baba de camelo com maçã caramelizada e amêndoas merengadas. Para os cautelosos, o crostini de alho negro com pimentos piquillo e mozarella e a francesinha à diávola podem fazer parte do leque de ofertas que estão disponíveis. Bolas de Berlim com mousse de salmão e creme de wasabi, o risotto de cogumelos com alucinação, a orelha de elefante (que não é mesmo carne do animal) com arroz de tomate ou toucinho de inferno são pratos que podem ser a opção dos mais corajosos. Ao almoço, o Cruel dispõe de um menú a 12 euros, o Almoço do Staff. A decoração do espaço foi pensada ao pormenor, com um espaço requintado, mas com peças que marcam a diferença. O Cruel encerra ao domingo. O preço médio de refeição é de 20 euros.


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PORTO EXIT GAMES: UMA AVENTURA EMBALADA PELO TIQUE-TAQUE DO RELÓGIO O CONCEITO NASCEU NO CONTINENTE ASIÁTICO, MAIS PRECISAMENTE NO JAPÃO. AQUI, O HABITUAL JOGO DE COMPUTADOR PASSOU DO ECRÃ PARA A REALIDADE. JÁ NA EUROPA, A HUNGRIA FOI O PRIMEIRO PAÍS A ADERIR AO DESAFIO. OS “ESCAPE GAMES” CHEGARAM AO PORTO EM DEZEMBRO DE 2014 E O QUE É PROPOSTO AOS PARTICIPANTES ATÉ PODE PARECER SIMPLES. NO ENTANTO, SAIR DE UMA SALA REPLETA DE MISTÉRIOS, NUM TEMPO MÁXIMO DE 60 MINUTOS, OBRIGA OS PARTICIPANTES A VESTIR A PELE DE INVESTIGADORES E RESOLVER RAPIDAMENTE OS QUEBRA-CABEÇAS QUE ENFRENTAM DURANTE A AVENTURA. Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: Carolina Barbot

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ideia surgiu quando um dos casais fundadores do Porto Exit Games experimentou um jogo em Budapeste, de onde é natural uma das sócias desta atração. Na cidade

do Porto ainda não existia nada parecido e, com ajuda de um outro casal amigo, começaram a pensar no que poderiam criar para dar à cidade um local marcado pelo mistério e pela adrenalina.

“Começamos a pensar como é que podíamos fazer os nossos próprios jogos, relacionados com a cidade do Porto. Assim, criamos tudo de forma original, uma coisa só nossa”, afirma Tharcila Nomi, uma das


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Da esquerda para a direita: Carolina Rocha, Pesdo Bastos, Silvia Amorim, Rui Trigo e Dina Uma das Hortelão equipas participantes

fundadoras. Escapar de uma sala em 60 minutos, ou menos, é o objetivo final do jogo. Mas, para isso, o percurso é marcado por vários enigmas por resolver, que podem ir desde descobrir chaves para cadeados, desvendar códigos ou encontrar passagens secretas. No geral, todos os jogos têm um fluxo natural para abrir a porta no fim. Até agora os jogos criados pelos quatro sócios são três. A primeira sala criada tem como tema o vinho do Porto. O mistério aqui anda à volta de quem sabotou o vinho com uma praga de insetos. Assim, os jogadores são convidados a entrar no escritório de Jack Carrapato para tentar descobrir se é ele que está ou não a destruir o vinho do Porto. A segunda sala é “muito mais futurista” com um lado a tender em grande medida para

PORTO EXIT GAMES Esta atividade destina-se a equipas de duas a cinco pessoas e o preço por grupo pode variar entre os 39,90 e os 49,90 euros. Os jogos têm lugar na praça Guilherme Gomes Fernandes, 53 e as reservas podem ser feitas por telefone, para o 914 884 883 ou pelo site www.portoexitgames.com.

os enigmas. É também sobre a cidade do Porto, mas desta vez os jogadores viajam no tempo e vão para o ano de 2147 e, aqui, o objetivo é recuperarem as memórias perdidas que en-

volvem a cidade. A última sala a ser criada, com pouco mais de três meses, é sobre o edifício do Porto Exit Games, um prédio antigo, considerada pelos fundadores como “uma REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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sala mais estranha”. O tema do jogo é mesmo “Sacrifice” e, aqui, um jogador precisa de ser sacrificado para que os outros possam avançar no processo de descoberta. “Temos três salas bastante diferentes, mas o objetivo é sempre o mesmo, apenas o modo de resolver as encruzilhadas é diferente”, explica António Silva, fundador da atração. O segredo para conseguir resolver os mistérios está no trabalho de equipa. Para os

criadores, e contrariamente ao que se possa pensar, “os jogos não exigem conhecimentos matemáticos, de cultura geral ou até linguísticos pelo que o que realmente importa é que todos os participantes consigam comunicar eficientemente entre si e jogar como uma verdadeira equipa, pois só dessa forma é possível escapar (surge daqui o ••Exit••) com sucesso”. Desde o início a atração tem cativado quem por lá passa e promete ser uma atividade

para todas as idades. Apesar de a maior afluência se verificar ao nível de jovens adultos, também já participaram num mesmo jogo três gerações diferentes. “São jogos que estão adaptados a todas as idades e dependem muito mais do espírito com que se entra no desafio do que a idade real do participante”, explica António Silva. Por ser um jogo em equipa, são necessários, no mínimo, duas pessoas para se fazer um jogo,


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uma vez que seria impossível, fisicamente, um jogador conseguir passar os desafios. Os criadores afirmam que há participantes que não sabem para o que vão quando chegam, no entanto afirmam que todos saem das salas a vibrar com muita adrenalina, mesmo que não consigam superar o desafio. É o exemplo do grupo de cinco amigos com quem a VIVA! falou depois do final do jogo. Carolina Rocha, Pe-

dro Bastos, Sílvia Amorim, Rui Trigo e Dina Hortelão não superaram o desafio durante os 60 minutos, no entanto não conseguiram esconder o entusiasmo depois do final do jogo. Os participantes afirmaram que a experiência foi desafiante, considerando o jogo “difícil e engraçado”. “A adrenalina é fantástica”, explicaram. Para o grupo, constituído por dois elementos que já tinham jogado numa sala diferente, a

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perspicácia e a experiência em jogos de estratégia são uma grande ajuda na hora de resolver os enigmas. E explicam que a atividade “puxa pelo espírito de equipa e pela nossa capacidade de resolução de problemas”. Até agora a atracão tem tido um feedback muito positivo por parte dos participantes e o facto de ser uma atividade pouco usual, faz com que grupos de amigos tenham vontade em experimentar. REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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INOVAÇÃO E TECNOLOGIA: AS “CHAVES” DO SUCESSO O CAMINHO NÃO É FÁCIL E AS DIFICULDADES QUE SE LEVANTAM TÊM O ASPETO DE, QUASE SEMPRE, SEREM MAIS DIFÍCEIS DO QUE AS QUE JÁ FORAM ULTRAPASSADAS. NUMA ÉPOCA DE CRISE, COMO A QUE TEM ASSOMBRADO O PAÍS NOS ÚLTIMOS ANOS, A INOVAÇÃO E A TECNOLOGIA TÊM MOSTRADO QUE PODEM SER PONTOS CHAVES PARA O SUCESSO DE NOVAS EMPRESAS. A VIVA! FOI VER O TRABALHO DE DUAS STARTUPS PORTUENSES, OS PRODUTOS QUE DESENVOLVEM E O ESPÍRITO EMPREENDEDOR DOS SEUS FUNDADORES. Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: Carolina Barbot

“Tempo é dinheiro” diz a crença popular. E, de facto, foi este um dos pensamentos de João Rodrigues, um dos fundadores da Xhockware, quando iniciou o projeto para a empresa e analisou a criação do “youbeep”, uma aplicação de retalho que tem como objetivo poupar tempo nas filas de supermercados. Com um passado em negócios ligados ao retalho, João começou a refletir sobre possíveis soluções para problemas que surgem no quotidiano. Desta

forma, o tempo morto que se perde à espera de pagar as compras e a tirar e tornar a colocar os produtos do carrinho foi o início para a startup que nasceu em 2014 e que pertence a tantas outras que estão alojadas no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC). Para a criação da “youbeep”, a Xhockware juntou o útil ao agradável, ou seja, o tempo perdido em filas de espera e os minutos que se ocupam a

olhar para o smartphone. A aplicação permite ao cliente usar o telemóvel de forma a que este leia o código de barras dos produtos no momento em que são colocados no “carrinho de compras”, assim, no momento em que chega à caixa, o cliente tem que mostrar apenas um único código e a lista de compras é passada, de imediato, para o software. Isto irá tornar todo o processo de compra mais rápido para o cliente e para o funcionário do


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supermercado. A verdade é que, em termos estatísticos, a utilização da aplicação reduz em cerca de um terço o tempo despendido na caixa. A aplicação criada pela startup de João Rodrigues, composta por 13 pessoas, já se pode encontrar em seis lojas em Portugal, três da cadeia de supermercados Pingo Doce e três da cadeia do Lidl, mas a ideia é alargar-se a uma maior quantidade de estabelecimentos no país e além fronteiras. O fundador afirma que a prioridade até ao momento foi a validação de negócio, tentando ultrapassar a dúvida acerca da disponibilidade dos clientes para usarem os telemóveis no processo de compra, e os testes-piloto foram conclusivos: a ideia é aceite por grande parte das pessoas. João Rodrigues afirma que “não foi de todo fácil” chegar ao sucesso até agora alcançado. “Foi um processo longo, com um sério impacto social, e com uma série de desafios, desde a necessidade de angariar capital de risco, numa altura em que não há negócio, à dificuldade de criar credibilidade perante potenciais clientes”, explica. A empresa está agora focada REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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no lançamento do “youbeep”, mas pensa já no aumento de número de produtos criados. “Acreditamos que o sucesso que queremos atingir é possível, mas há ainda muito caminho para andar”, remata o fundador. Também acolhida na UPTEC está a WiseConnect. Nascida no seio do curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da Faculdade Engenharia do Porto, esta startup voltou-se para o mercado da agricultura. O “wisecrop” é o produto da empresa e baseia-se num sistema de apoio à decisão do agricultor, tendo como base uma rede de sensores sem fios (energeticamente autónomos através do recurso a painéis solares) que adquirem continuamente informação da exploração. O sistema, que integra várias ferramentas com diferentes funcionalidades, primeiramente, permite à plataforma, colocada na exploração, que aceda a todas as condições a que o terreno está sujeito (temperatura, humidade, valor de pH, entre outras) e que envie a informação ao produtor. Desta forma, o responsável pela exploração consegue, em qualquer lugar, saber o que aconteceu ou está a acontecer com a sua exploração, podendo tomar

Tiago Sá, um dos fundadores da WiseConnect

decisões sobre a exploração sem estar presente. O sistema integra uma maior coleção de funcionalidades como uma ferramenta de indicadores ou um sistema de apoio à rega. Toda a informação é guardada online e analisada pelos modelos da empresa, os dados são processados dando informação útil para uma melhor gestão para a produção, com melhores resultados para o agricultor. Desde o início da empresa, há um ano e meio, o “wisecrop”

tem evoluído e melhorado devido à aproximação que a empresa tem tido com o mercado. Tiago Sá, um dos fundadores desta startup, explica que esta proximidade ajuda a equipa da WiseConnect a perceber os valores encontrados, no produto, pelos diferentes tipos de utilizadores. Os prémios ganhos em alguns concursos nacionais e internacionais foram o necessário para uma primeira rampa de lançamento. Inicialmente, explica Tiago Sá,


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tentar solidificá-lo, continuando a desenvolver o produto consoante as necessidades que vão aparecendo. A internacionalização também já está nos planos da startup, no entanto e por ser uma empresa que integra um produto de hardware, este processo torna-se mais exaustivo. Tiago Sá admite que ao longo deste percurso de três anos tê m e n co n t ra d o a l g u m a s barreiras, “nomeadamente a mentalidade do mercado que, geralmente, é retrógrada”, mas acredita “que já estão a ocorrer algumas mudanças”, tanto ao nível da agricultura como do empreendedorismo, que ajudarão a ultrapassar as maiores dificuldades. João Rodrigues, sócio fundador da Xhockware

o sistema seria para os grandes produtores, devido à robustez financeira necessária para integrar o wisecrop. No entanto, ao longo dos três anos de desenvolvimento da startup, verificou-se que qualquer outro perfil de produtor tinha potencialidade para se tornar um eventual cliente. A ideia inicial era muito limitada, mas a partir daí enfrentaram o caminho “desafiando-se constantemente”. O futuro passa agora por expandir o mercado que já alcançaram e REVISTAVIVA, MARÇO 2016


S U G E S T Õ E S

C U L T U R A I S

NOS PRIMAVERA SOUND 2016 ABRE TEMPORADA DE FESTIVAIS A música vai invadir o Parque da Cidade do Porto entre os dias 9 e 11 de junho com o NOS Primavera Sound, festival que ocorre uma semana antes na cidade de Barcelona. A primeira confirmação do evento, que contará com a presença de cerca de meia centena de artistas e com os quatro habituais palcos, foi a banda francesa Air, que tem entre os trabalhos mais notáveis o tema “Moon Safari” ou a banda sonora de “As Virgens Suicidas”. No entanto, o maior destaque vai para a presença da artista britânica PJ Harvey que este ano voltará aos discos com “The Hope Demolition Project”, agendado para 15 de abril. Para além de Harvey, estão também confirmados os Sigur Rós que vão trazer, da Islândia até ao Porto, o rock experimental que os caracteriza. Também Brian Wilson vai subir ao palco do Primavera e apresentará um concerto especial dedicado ao histórico “Pet Sounds”, álbum maior da pop que completa este ano o seu 50º aniversário. A estes artistas irá juntar-se o dream pop dos Beach House, que regressam ao Porto depois de dois espetáculos, em Portugal, esgotados, em novembro passado. Para a terceira edição do festival estão ainda confirmados a banda de post-rock dos Explosions In The Sky, os alemães Moderat, que apresentarão o novo álbum de originais, os Deerhunter, os Ty Segall and The Muggers, os Savage e Julia Holter, autora de “Have You in My Wilderness”, um dos álbuns mais marcantes de 2015. Estre as bandas portuguesas que também marcarão presença, o destaque vai para os Sensible Soccers, para os Linda Martini e para os White Haus. Em 2015, o festival registou a sua maior assistência de sempre, com 77 mil pessoas de 40 nacionalidades diferentes. O passe geral para os três dias já está à venda e custa 90 euros.


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CARLOS SANTANA VOLTA A PORTUGAL E PASSA POR GONDOMAR O músico, a quem a revista norte-americana Rolling Stone atribuiu o 20.º lugar entre os melhores guitarristas de todos os tempos, está de volta a solo português e, a 26 de julho, atua no Pavilhão Multiusos de Gondomar. Este concerto de Santana, que faz parte da digressão Luminosity 2016, vai apresentar ao público o novo disco “Santana IV”, a ser lançado no dia 15 de abril, e cujo single “Anywhere You Want To Go” já pode ser ouvido. Com 40 anos de carreira, Carlos Santana já vendeu mais de cem milhões de discos e conta com dez Grammy, três Grammy Latinos e um Billboard Century Award. Os bilhetes já estão à venda e custam entre 30 e 56 euros.

ANA MOURA LEVA O SEXTO DISCO DE ORIGINAIS AO COLISEU A fadista portuguesa, Ana Moura, sobe ao palco do Coliseu do Porto nos próximos dias 15 e 16 de abril para apresentar “Moura”, o seu sexto disco de originais. Estes concertos da fadista fazem parte do primeiro semestre da digressão deste ano, que fará Ana Moura atravessar a Europa e a América do Norte. “Moura” foi lançado em novembro de 2015 e, em apenas duas semanas, chegou à platina. Já o anterior trabalho da artista, “Desfado”, tinha atingido a quíntupla platina, que o tornou, até ao momento, o álbum mais vendido da década em Portugal. O preço dos bilhetes varia entre os 30 e os 45 euros.

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S U G E S T Õ E S

C U L T U R A I S

MARIANA CALO E FRANCISCO QUEIMADELA COM EXPOSIÇÃO EM SERRALVES Integrada no eixo de programação de Projetos Contemporâneos, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves apresenta, até ao dia 29 de maio, uma instalação da dupla de artistas portugueses Mariana Caló (1984, Viana do Castelo) e Francisco Queimadela (1985, Coimbra). Ambos pertencem a uma geração de artistas portugueses que começou recentemente a atrair a atenção internacional. A sua obra abrange vídeo, filme de 8 e 16 mm, diaporamas e pintura, geralmente na forma de instalações com imagem em movimento, pintura e som que criam ambientes visuais rigorosamente organizados. A unificar esta multiplicidade está a pesquisa e a reflexão sobre o entendimento da noção de Tempo, como uma dimensão simbólica da realidade, mas também como um conceito abstrato relativo a algo que é imaterial. A instalação concebida para a exposição no Museu de Serralves assenta em múltiplos canais de imagens visuais, de vídeos a fotografia e painéis de luz. A exposição “O Livro da Sede” é comissariada por Ricardo Nicolau, curador do Museu, com a assistência da curadora Filipa Loureiro.

“SUL CONCETTO DI VOLTO NEL FIGLIO DI DIO” DE ROMEU CASTELLUCCI NO RIVOLI A peça italiana com encenação de Romeu Castelluci, datada de 2010, sobe ao palco do Teatro Rivoli no próximo dia 12 de maio e promete ser uma reflexão sobre a sociedade contemporânea, sob a influência de uma religião. O corpo de Cristo – numa gigante ampliação do Ecce Homo de Antonello de Messina – projetado no fundo do palco, e outros elementos presentes ao longo da peça, levarão o espectador a refletir sobre a criação de um rosto criado, mas cuja identidade é, por muitos, desconhecida. A obra de Castellucci centra-se na religião, não como uma manifestação mística ou teológica, mas como parte desse conjunto de imagens primárias. “Sul Concetto di Volto nel Figilo di Dio” já passou por várias salas de espetáculo europeias e em todas elas causou choque com as opiniões a dividirem-se no público.


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DEOLINDA APRESENTAM “OUTRAS HISTÓRIAS” NA CASA DA MÚSICA O sucessor do álbum “Mundo Pequenino” já chegou e intitula-se “Outras Histórias”, que será apresentado na nova digressão dos Deolinda, incluindo uma passagem pela Casa da Música., no próximo dia 6 de maio. Este novo trabalho foi gravado em coprodução com João Bessae e conta com as participações especiais de Manel Cruz (Ornatos Violeta), no tema “Desavindos”, e de Riot (Buraka Som Sistema) em “A Velha e o DJ”. A Orquestra Sinfonietta de Lisboa, conduzida pelo Maestro Vasco Pearce de Azevedo, com os arranjos para cordas escritos por Filipe Melo, é outra das presenças no disco. Os bilhetes para o concerto da banda de Ana Bacalhau têm um preço de 25 euros.

BORIS BEREZOVSKY NA CASA DA MÚSICA O pianista Boris Berezovsky, vencedor do Concurso Tchaikovski e um dos intérpretes mais aclamados do mundo, brinda a Casa da Música, no dia 29 de maio, com obras célebres de Tchaikovski e o virtuosismo de Igor Stravinski numa peça emblemática como é Petruchka. Depois do seu último concerto em 2010, Berezovsky retorna

num ano que é dedicado à música russa. O pianista tornou-se numa lenda viva dos festivais de música e consagrou-se como um dos mais aclamados intérpretes dos Românticos e dos grandes mestres russos. Para além de Stravinski e de Tchaikovski, Boris Berezovsky tocará também as Peças Líricas de Edvard Grieg, incluindo Butterfly, Berceuse, March of the Dwarfs ou Wedding day. Os bilhetes custam 22 euros.

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Carolina Barbot

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“Entrei nesta casa com dezassete anos e meu manuscrito na mão. Discreta, pensativa de sucessos que demoraram uma eternidade a conseguir. Estas paredes e estantes dizem-me o que só os que lêem e os que escrevem sabem ouvir.” Agustina Bessa-Luís

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RALI DE PORTUGAL COM PROVA NA BAIXA DO PORTO O RALI DE PORTUGAL VAI PASSAR NA BAIXA DO PORTO, A 20 DE MAIO, NUMA ETAPA QUE CONTA PARA A CLASSIFICAÇÃO FINAL COM OS AUTOMÓVEIS A CIRCULAR A GRANDE VELOCIDADE NA AVENIDA DOS ALIADOS E RUAS ADJACENTES.

O Rali de Portugal vai percorrer o Norte do país, entre 19 e 22 de maio, tendo, pela primeira vez, uma classificativa no centro do Porto. O rali passou pelo centro do Porto em 2010, no que foi apenas uma demonstração envolvendo nove carros e sem efeitos na classificação. Depois de o rali se ter instalado a Norte, no ano passado, o Porto vai agora receber a prova, com a organização a antecipar já a presença de “milhares de espectadores” para assistir à passagem de quase cem automóveis de competição. A etapa portuense irá chamar-se “Porto Street Stage”, com duas passagens sucessivas por uma classificativa, com uma extensão de 1850 metros. Entretanto, Matosinhos será novamente o centro de operações. De 19 a 22 de maio, a Exponor,

em Leça da Palmeira, volta a transformar-se no “quartel-general” do WRC Vodafone Rally de Portugal, acolhendo o posto de comando da prova, a generalidade das partidas e chegadas das etapas. Matosinhos é um dos 14 municípios envolvidos na organização na edição deste ano, a par de Amarante, Baião, Caminha, Fafe, Guimarães, Lousada, Matosinhos, Mondim de Basto, Paredes, Ponte de Lima, Porto, Valongo, Viana do Castelo e Vieira do Minho. A prova terá uma extensão total de 1.688 km, dos quais 368 km competitivos distribuídos por 19 provas de classificação. Na quinta-feira, 19 de maio, o dia é reservado ao shakedown, que se irá disputar no concelho de Paredes, com as últimas centenas de metros a decorrerem no interior das instalações do

Kartódromo de Baltar. A partida do rali terá lugar ao final da tarde do mesmo dia novamente em Guimarães. Em seguida, os concorrentes dirigir-se-ão à pista de ralicross de Lousada onde, a partir das 19h00, terá lugar a única super especial do rali, com dois carros a correrem em simultâneo em pistas paralelas. Na sexta-feira, dia 20 de maio, a prova segue para o Alto Minho, onde terão lugar três classificativas distintas – Ponte de Lima, Caminha e Viana do Castelo.


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Nesse mesmo dia, a partir das 19h00, terá lugar o Porto Street Stage. No sábado, dia 21 de maio, a prova avança para a região do Marão, onde haverá uma dupla passagem por três troços diferentes - Baião, Marão e Amarante. Para domingo, dia 22 de maio, estão agendadas as classificativas de Vieira do Minho e Fafe. A cerimónia final de consagração dos vencedores do Vodafone Rally de Portugal 2016 terá lugar na Marginal de Matosinhos-Sul. REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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UM ANO DE CULTURA SEM PAUSAS MATOSINHOS É, JUNTAMENTE COM A CIDADE DE VILA REAL, A CAPITAL DA CULTURA DO EIXO ATLÂNTICO EM 2016. ASSIM, OS PRÓXIMOS MESES ESTÃO RECHEADOS DE UMA PROGRAMAÇÃO MUITO INTENSA E COM GRANDE DIVERSIDADE. A FESTA DE ABERTURA OFICIAL DA CAPITAL DA CULTURA ESTÁ MARCADA PARA 6 DE MAIO, COM UM GRANDE ESPETÁCULO DE VÍDEO MAPING NA FACHADA DA CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS. NO ENTANTO, AS ATIVIDADES CULTURAIS, QUE JÁ TIVERAM INÍCIO, GANHAM A PARTIR DESTE MÊS DE MARÇO UM NOVO RITMO E, DE MAIO A SETEMBRO, PROMETEM NÃO PARAR. Texto: Raquel Andrade Bastos Fotos: Francisco Teixeira/ CMM


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O ambiente cultural em Matosinhos está a aquecer e a responsabilidade é do título de Capital da Cultura do Eixo Atlântico. A ambiciosa agenda cultural, com mais teatro, mais dança, mais música e mais arte, já está quase completa e, nos próximos meses, dará ao concelho uma nova dinâmica, prometendo envolver toda a população. O município matosinhense vê a atribuição de Capital da Cultura como “uma oportunidade de consolidar, e intensificar, um conjunto de programação que se tem vindo a desenvolver ao longo destes últimos anos”, salienta o vereador com o pelouro da Cultura de Matosinhos, Fer-

nando Rocha. A criação de uma maior atratividade para a cidade é também um dos propósitos de uma programação muito rica, que pretende “chamar as pessoas vindas de fora, de Portugal ou estrangeiras, e, de certa forma, aproveitar a onda crescente de turistas que a região do Porto tem vindo a registar”. “Queremos, essencialmente, afirmar a identidade de Matosinhos”, explica o vereador. Para esta nova dinâmica, que será a nível cultural, mas da qual a economia local e a população colherão os frutos, os eventos começam a intensificar-se, com o Cine-Teatro Constantino Nery a

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acolher uma grande diversidade de espetáculos, nomeadamente a peça “Descobridores”, que sobe ao palco no dia 20 de março, o espetáculo “Nome Próprio”, no dia 2 de abril, o festival “Dias de Dança”, no final de abril e princípio de maio, e o concerto da Orquestra Jazz de Matosinhos, com Maria João, no dia 12 de maio. O Constantino Nery vai, também, acolher uma extensão do festival de teatro “Fazer a Festa”, que decorre entre os dias 23 e 25 de abril. O Quarteto de Cordas de Matosinhos vai também iniciar uma caminhada pelas várias igrejas do concelho, com um concerto previsto para 16 de abril, REVISTAVIVA, MARÇO 2016


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na igreja da Lavra. As festas do Senhor de Matosinhos decorrem em maio, mês em que abre oficialmente a programação da Capital da Cultura do Eixo Atlântico, mais precisamente dia 6, com um espetáculo de video maping na fachada principal da Câmara. A festa mais popular do concelho acontece pelo mês fora, mas o espetáculo de fogo de artifício está reservado para dia 14. O festival literário “Literatura em Viagem” (LeV), que já tem anunciado o nome do escritor

italiano Cláudio Magris como cabeça de cartaz, volta para mais uma edição entre os dias 13 e 15 de maio. No ano em que o LeV comemora o seu 10º aniversário, José Pacheco Pereira terá as honras de abertura. Ainda no decorrer deste mês de maio, no dia 27, a Orquestra Jazz de Matosinhos dará um concerto para a população na marginal da cidade. A abertura da Casa do Design está marcada para o dia seguinte. O mês de junho arranca com um Simpósio de Escultura, onde


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três escultores vão trabalhar “ao vivo” e, assim, produzirem peças para a cidade, sendo que uma delas ficará como símbolo da Capital da Cultura do Eixo Atlântico de 2016. Agendado para o fim de semana de 11 e 12 de junho está previsto, em parceria com as cidades do Porto e de Gaia, mais um Open House, evento que abrirá as portas de vários edifícios que, por norma, estão fechados ao público. A inauguração de uma exposição sobre Aurélia de Sousa está marcada para 13 de junho, iniciativa que se realiza em parceria com a autarquia do Porto. A festa cigana Romani vai invadir a praça Guilhermina Suggia, no dia 18 de junho. Este espetáculo, que tem como protagonista a comunidade cigana, é marcado pelas músicas e danças deste grupo cultural e conta com o apoio da Casa da Música do Porto. O PortoCartoon vai deslocar-se até ao concelho de Matosinhos, estando prevista para 23 de junho, véspera de São João, a inauguração de uma exposição dedicada à modelo Sara Sampaio, da qual farão parte várias caricaturas provenientes dos quatro cantos do mundo. Um dos grandes destaques desta agenda cultural é a exposição do emblemático escultor Julião Sarmento, que será inaugurada a 23 de julho e que ficará patente atá ao dia 15 de outubro, na Galeria Municipal.

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Fernando Rocha, vereador da Cultura

Em agosto, Matosinhos vai oferecer ainda um maior fluxo de atividades, com animação agendada para todas as semanas e fins de semana. “Fizemos uma aposta neste mês, porque é uma altura, que por norma, apresenta condições meteorológicas melhores e, com o intuito de divertirmos as pessoas, apostamos em diversão de rua, para diversos públicos, de forma a chegar a toda a população”, revelou o responsável pelo pelouro da Cultura. A recriação histórica, no Mosteiro de Leça do Balio, dos Hospitalários no Caminho de Santiago está marcada para setembro,

decorrendo entre os dias 8 e 11 deste mês. Outubro inicia-se com um ciclo de voz, com a presença do Ensemble vocal “Capella Duriensis”, na Igreja de Matosinhos. Em 5 de novembro será inaugurada a exposição de pintura de Alfredo Barros que poderá ser visitada, na Galeria Municipal, até fevereiro de 2017. Por fim, e para os dias 8, 9 e 10 de dezembro, está agendada a “Festa da Poesia”. Entre os dias 12 e 18 do último mês do ano, as escolas de dança do concelho terão oportunidade de mostrar os seus trabalhos em mais uma edição do festival “Dancem Todos”.

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Imaginarius Festival Internacional de Teatro de Rua 16ª edição – 20 e 21 maio 2016 O Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira é o maior evento de Artes de Rua realizado em Portugal e uma referência internacional. O Imaginarius, que este ano se realiza a 20 e 21 de maio na sua décima sexta edição, aposta numa estratégia de solidificação de um ambiente criativo favorável para os artistas de rua em Santa Maria da Feira, ao longo de todo o ano. Com um percurso consolidado de 15 anos na promoção das Artes de Rua em Portugal, o Imaginarius é o palco privilegiado de reputados artistas e companhias, nacionais e internacionais, que elegem o espaço público de Santa Maria da Feira para apresentar as suas criações, muitas delas em estreia absoluta. La Fura dels Baus, Royal de Luxe, Titanick Theatre, Pippo Delbono, Xarxa Teatre, Transe Express, Leo Bassi, Strange Fruit, Cacahuète, Gran Reyneta, CirkVOST, Hortzmuga Teatroa, KTO Theater, Odin Teatret, Pan Optikum e Antagon Theater AKTion são algumas das companhias mundiais que já passaram pelo certame e deixaram uma marca no território.

O Festival aposta, desde 2001, nas grandes produções internacionais e no desenvolvimento de criações originais, para apresentação em estreia na sua programação, dando espaço à experimentação e à imaginação dos criadores locais. Do programa oficial fazem, ainda, parte a secção “Mais Imaginarius”, contextualizada como uma competição de projetos de artistas emergentes, o “Imaginarius Infantil”, com oficinas e experiências inovadoras para um público entre os três e os 12 anos e o “Imaginarius PRO”, espaço profissional do festival que se caracteriza como uma nova ferramenta de profissionalização e divulgação dos players artísticos locais, reforçando o posicionamento criativo de Santa Maria da Feira. O Imaginarius integra atualmente a rota europeia das Artes de Rua, seja pela sua presença na Circostrada Network, seja por um conjunto de parcerias com outros festivais e projetos de criação, que contribuem para a afirmação de Santa Maria da Feira como capital portuguesa das Artes de Rua.


SA N TA M A R I A DA F E I RA

“MAIS IMAGINARIUS” ATRAI MAIS PAÍSES O Mais Imaginarius – secção do festival Imaginarius que desafia os artistas emergentes a mostrarem o seu trabalho através de um concurso de criações artísticas dirigidas ao espaço público – voltou a superar o número de países candidatos, com a receção de 148 projetos artísticos de 29 nacionalidades. Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Bulgária, Cabo Verde, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estónia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Israel, Itália, México, Nova Zelândia, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suíça e Taiwan são os 29 países que este ano apresentaram candidaturas ao “Mais Imaginarius”. “Estes números resultam de um reforço do plano de internacionalização do festival e do potencial criativo de Santa Maria da Feira, que atrai cada vez mais artistas nacionais e internacionais para a experimentação de novas abordagens artísticas para o espaço público”, considera o vereador da Cultura, Gil Ferreira, destacando ainda o enfoque multidisciplinar e o registo experimental mais vincado dos projetos candidatos, bem como a maior aproximação do festival às escolas artísticas nacionais e internacionais. O júri do “Mais Imaginarius”

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encontra-se em fase de avaliação de candidaturas, de forma a selecionar os 20 projetos finalistas que serão apresentados no festival, sendo simultaneamente concorrentes a um prémio que consiste na criação de condições para o desenvolvimento de uma residência artística no ano 2017, com o objetivo de desenvolvimento de uma nova criação para estreia no Imaginarius de 2017. Será atribuído um prémio a cada categoria a concurso: Artes Performativas e Arte Pública. ESPAÇO DE EXPERIMENTAÇÃO Esta secção desafia os artistas para a apresentação de propostas que abordem o espaço público nas suas mais diversas perceções, testando formatos e modelos, rumo à construção de novas identidades artísticas. A diversidade, quantidade e qualidade dos projetos que têm sido apresentados a concurso no “Mais Imaginarius”, ao longo dos últimos anos, revelam a vontade dos artistas em ocupar o espaço público de Santa Maria da Feira e de se expressarem através de múltiplas linguagens. Na edição 2016, o “Mais Imaginarius” assume-se como um espaço de experimentação artística dentro da programação oficial do festival Imaginarius, explorando dois eixos distintos de intervenção no espaço públiREVISTAVIVA, MARÇO 2016


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co: Arte Pública (Novos Media, Arte Digital, Instalação, Graffiti e Multidisciplinar) e Artes Performativas (Teatro, Dança, Música, Circo, Performance, Intervenção e Multidisciplinar). CALL - APOIO À CRIAÇÃO LOCAL Cão à Chuva, Projeto EZ e Teatro em Caixa são as três companhias de Santa Maria da Feira selecionadas no âmbito da Call – Apoio à Criação Local, promovida pelo Município, através do festival Imaginarius. As duas primeiras vão trabalhar em conjunto na nova criação “Vincent” e a terceira vai desenvolver o seu novo espetáculo multidisciplinar “Ephemeros”, ambos com estreia marcada para 20 de maio, integrando o programa oficial do festival. Os dois projetos selecionados através da Call – que contou com dez candidaturas de artistas e companhias locais de várias áreas de intervenção artística para o espaço público – serão agora desenvolvidos em coprodução com o Imaginarius, integrando as dinâmicas nacionais e internacionais de apoio à difusão do festival. “Vincent” é um projeto que mistura o clown contemporâneo, a música tocada ao vivo e a construção e manipulação de uma cenografia ativa. Um espetáculo imprevisível, interativo, provocatório e alucinante. Na criação “Ephemeros”, seres fantasmagóricos servem-se do seu piano e humor negro para

expor as inúmeras vantagens de uma vida curta, dando um tratamento inusitado à história da condição humana. ESPETÁCULO URBANO COM ARTISTAS DO TERRITÓRIO Duas companhias feirenses preparam uma criação Imaginarius para estreia no festival. O espetáculo será desenvolvido em três residências artísticas, no âmbito do Imaginarius 365, nos meses de fevereiro, março e maio, culminando com a estreia absoluta no festival. Para a segunda residência, a realizar em março, serão recrutados voluntários locais, que terão uma participação efetiva no espetáculo. VERTICO conjuga múltiplas linguagens artísticas: movimento, acrobacia, música ao vivo, videomapping e parkour. Uma imponente estrutura cénica, composta por uma torre de 10 metros, ladeada por torres gradualmente mais pequenas, vai invadir o espaço público, como metáfora de uma sociedade movida apenas pelo desejo de ascensão. Este espetáculo é uma coprodução Décadas de Sonho, Companhia Persona e Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira, com o apoio da Direção Geral das Artes. VERTICO tem estreia marcada para 20 de maio, no festival Imaginarius, e estará disponível para difusão, nacional e internacional, a partir de junho.


SA N TA M A R I A DA F E I RA

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A CAPITAL DA ESCULTURA

CONTEMPORÂNEA SANTO TIRSO INAUGURA, EM ABRIL, A SEDE OFICIAL DO MUSEU INTERNACIONAL DE ESCULTURA CONTEMPORÂNEA (MIEC). O PROJETO, DESENVOLVIDO NUMA COLABORAÇÃO ENTRE OS ARQUITETOS ÁLVARO SIZA VIEIRA E EDUARDO SOUTO DE MOURA, DESTACA O FORTE POSICIONAMENTO DA CIDADE NA ARTE PÚBLICA E TRAZ NOVA VIDA A UM DOS MAIORES MUSEUS AO AR LIVRE DA EUROPA. Foto: Câmara de Santo Tirso

Vinte e cinco anos passaram desde a ideia inicial, proposta à Câmara Municipal de Santo Tirso, em 1990, pelo escultor Alberto Carneiro. O projeto previa a realização de dez simpósios de escultura que, simultaneamente, trouxessem à cidade uma

coleção de obras de escultura contemporânea. Um quarto de século passado, Santo Tirso viu recentemente o culminar deste projeto, que resultou numa coleção de 54 esculturas, expostas ao ar livre, que formam um património

único a nível nacional e internacional, tornando a cidade um centro de arte e cultura contemporânea. Espaço de reflexão do binómio cidade/arte, o MIEC – Museu Internacional de Escultura Contemporânea funciona como pólo aglutinador de projetos de arte contemporânea, pretendendo ser um espaço de diálogo e confronto de várias correntes artísticas, de divulgação de arte contemporânea e de debate de arte pública. As suas importantes valências ficam agora disponibilizadas na sua sede oficial, inaugurada em abril, e projetada


SA N TO T I RSO

numa colaboração dos conceituados arquitetos Siza Vieira e Souto de Moura. Perante a necessidade de requalificar o Museu Municipal Abade Pedrosa, instalado no Mosteiro de Santo Tirso, associou-se a necessidade de construção de um espaço de acolhimento para o MIEC. Ambos ficam, agora, ligados por um serviço de atendimento único, um projeto que junta o edifício sede do museu de escultura e o Museu Municipal Abade Pedrosa, num valor total de 4,6 milhões de euros. O espaço interno, distribuído por um programa contido e de grande flexibilidade, surge rigoroso e claro. A desmenti-lo apenas a escada interior, desenhada e construída com uma eloquência

formal que a aproxima de uma escultura. Ou não fosse este o edifício que acolhe o MIEC. O espaço traduzir-se-á num centro de acolhimento dotado de bibliografia e recursos tecnológicos e permitirá, por exemplo, que o visitante passe a poder ir junto de uma escultura da cidade com auriculares, para apreciar a peça e, ao mesmo tempo, ouvir uma explicação. ARTISTAS RECONHECIDOS Conjugando os seus deliciosos jesuítas com uma paisagem encantadora, Santo Tirso surge reinventada num museu a céu aberto que fica, agora, completo com esta nova paragem, inovadora e informativa. A sede do MIEC projeta o que de melhor

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existe no concelho, e destaca o forte posicionamento da cidade na Arte pública, em particular na Escultura Contemporânea, através deste museu, um dos maiores da Europa. Todas as esculturas distribuídas pela cidade têm assinatura de renomados artistas, como Miguel Navarro, Alexandru Arghira Calinescu, Pierre Marie Lejeune, Rafael Canogar, José Aurélio e Denis Monfleur. No domínio cultural, a memória coletiva de Santo Tirso fica ainda mais viva, consolidada pela presença de mais uma marca histórica que define o seu caráter e identidade, mas, também, pela projeção no futuro da sua capacidade criativa e transformadora do presente.

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UM ESPAÇO QUE OFERECE O MUNDO EM CULTURA LOCALIZADA NO CORAÇÃO DA FREGUESIA, NO LARGO DO CAMPO LINDO, A CASA DA CULTURA DE PARANHOS OFERECE À POPULAÇÃO UMA PROGRAMAÇÃO CULTURAL CONSTANTE, COM ATIVIDADES QUE ENVOLVEM CICLOS DE POESIA, EXPOSIÇÕES, AULAS DE DIFERENTES IDIOMAS E UM EXCELENTE SERVIÇO DE BIBLIOTECA. EXEMPLO DESTA DINÂMICA CULTURAL FOI A INAUGURAÇÃO DA MOSTRA “HOW MODERN CAN BE LOVE?”, NO MÊS EM QUE SE COMEMOROU O SÃO VALENTIM, COM UMA EXPOSIÇÃO DAS MAIS DE TRINTA CARTAS DE AMOR ENVIADAS PARA O CONCURSO “AS MAIS BELAS CARTAS DE AMOR”, ENTRE AS QUAIS AS TRÊS GRANDES VENCEDORAS. ÁLVARO COSTA, O CONHECIDO MUSICÓLOGO, TAMBÉM ESTEVE PRESENTE NESSA INICIATIVA, EM QUE FOI AINDA RECORDADO E HOMENAGEADO DAVID BOWIE, CANTOR RECENTEMENTE FALECIDO. Foto: JFParanhos


PA RA N H OS

Radialista icónico, musicólogo, apresentador, comentador, entre outras atividades, Álvaro Costa foi o convidado especial nesta conferência/debate, participando numa conversa com o público, em que também foi abordado o “Amor” em David Bowie, tendo partilhado os mais variados aspetos da vida pessoal e profissional do artista britânico que morreu, de forma inesperada, no mês de janeiro. Estes eventos ocorreram no espaço que, remodelado há cerca de três anos, oferece a Paranhos uma intensa vida cultural. A Casa da Cultura é composta por quatro andares, todos eles dedicados a atividades diferenciadas. O auditório, com uma capacidade para 60

pessoas, encontra-se no piso térreo e recebe, semanalmente, uma multiplicidade de eventos que vão desde conferências a sessões de cinema e de poesia a apresentações de livros. O espaço, que pode ser cedido a instituições que assim o requisitem, recebe, em todos os primeiros sábados de cada mês, o ciclo “A Poesia anda no ar…”. Também cursos de línguas, que podem ser de inglês, alemão, francês, mandarim, espanhol e italiano, têm lugar no auditório, com a participação de cerca de 200 alunos. A estas iniciativas juntam-se também as oficinas de “Livros e Companhia” e de Literacia, ateliês de bordados, danças e pintura. É no primeiro piso do edifício que

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se encontra a sala de exposições, onde decorrem, frequentemente, mostras de arte plástica, artes decorativas, fotografia e trabalhos manuais, entre outros. A freguesia pretende com as atividades neste espaço, dar a conhecer trabalhos de artistas de Paranhos (mas também da cidade) que não encontrem uma oportunidade para mostrar a sua obra noutros locais. Como não poderia deixar de ser, a literatura também tem o seu cantinho neste espaço que não se esquece de nenhuma vertente artística. Desta forma, há cerca de 7 anos, foi criada uma biblioteca que conta já com cerca de 20 mil livros, grande parte doados pela população. E porque a Casa da Cultura quer ter uma oferta variada e apostar na proximidade com os cidadãos, criou o projeto “Um Café, Um Livro”. Com esta iniciativa, as pessoas podem frequentar os cafés da freguesia e tirarem partido dos livros que se encontram nestes locais. O projeto possibilita o levantamento dos livros, permitindo levar as obras para casa, doando um outro livro da próxima vez que forem ao mesmo café. O terceiro piso destina-se à parte administrativa e de logística desta instituição cultural. Além destas atividades, existem algumas que transportam esta veia cultural para “fora de portas”. É o exemplo da iniciativa “Um mês… um Museu!” que proporciona aos paranhenses uma visita aos museus da cidade do Porto. Aguarde as próximas iniciativas! Visite a Casa da Cultura de Paranhos e deixe-se surpreender! REVISTAVIVA, MARÇO 2016


H

U M O R

No médico: - Sr. Dr., então o meu marido que tal está? Responde o médico: - Precisa de muito descanso e tranquilidade. Vou receitar este calmante. - E que quantidade devo dar-lhe? – pergunta a mulher. E diz o médico: - Não é para ele… é para si! Um senhor chega a casa e encontra um amigo com a sua esposa na cama. Ele pega numa pistola e mata-o imediatamente. A esposa irritada comenta: - Se continuas a comportar-te assim vais acabar sem amigos!... No médico: - Sr. Doutor, tenho um problema... Quando digo “Abracadabra” as pessoas desaparecem. O que devo fazer? Sr. Doutor, sr. Doutor? Onde está?

Um casal de namorados estava a namorar no bem bom até que ela lhe diz: - Diz-me algo baixinho ao ouvido que me deixe louca! - Estás gorda!

ahahahah Uma senhora já de idade bastante avançada chega a uma farmácia e pergunta: - Tem remédio para o Alzheimer? O farmacêutico responde: - Tenho sim. E ela pergunta: - Tem o quê?

Oh mãe! Oh mãe! Lá na escola chamam-me mentiroso! - Está calado que tu nem andas na escola!

- Olá, tem açúcar? - Não. - Olá, você tem açúcar? - Eu já disse que não! - Olha, tem açúcar? - Não! E se perguntar outra vez, dou-lhe um tiro! - Olá, você tem uma arma? - Não! - E açúcar? A mulher está na cozinha e ouve o marido a gritar para a televisão. - Não! Não faças isso, seu idiota! A esposa pergunta: - O que estás a ver? E o marido responde: - O nosso filme de casamento.




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