20 RESPOSTAS SOBRE A PANDEMIA DO Sร CULO
> Pรกgs. 20 e 21
Em Gondomar temos 98 casos positivos
COVID - 19
#FIQUEEMCASA
Até sempre PAULO F. SILVA O dia 22 de março de 2020 será uma data que marcará todo o meio jornalístico. Morreu Paulo F. Silva. Atual assessor de Comunicação da Câmara Municipal de Gondomar, vítima de cancro, faleceu com 59 anos. Nasceu em Angola, em 1960 e aos 15 anos foi viver para o Porto, mais particularmente em Rio Tinto, Gondomar. No seu currículo fica as diversas experiências profissionais que teve em vida. Enquanto Jornalista trabalhou para a “Autosport”, “O Jogo” e o “Jornal de Notícias". Fundou e orientou o semanário “A Manhã”, em Gondomar e, agora chefiava a equipa de comunicação da Câmara Municipal de Gondomar. Para completar a sua paixão pelo Jornalismo, era ainda Vice-Presidente da Casa da Imprensa (uma associação mutualista dos profissionais da Comunicação). Conhecido e acarinhado por todos deste meio, deixou uma legião de amigos que hoje quiseram também fazer parte desta homenagem. Trabalho, dedicação e competência foi sempre o lema a seguir. Um homem nobre em caráter. Um grande amigo. Um homem incrível, mas de coração simples. Um homem sensível, mas de fortes palavras. Sincero e de muito bom trato. Um homem sensato que sempre nos sorriu com o coração. Um amante do automobilismo. Cativou-me desde o primeiro dia. Grandes conversas tivemos a pretexto de um cigarro, tantos conselhos, tanto apoio que me deste. Foste meu confidente e conselheiro. Viveste comigo todas as dificuldades que passei e sempre acreditaste em mim. Por isso, meu amigo Paulo, como diz António Lobo Antunes: “Os amigos não morrem: andam por aí, entram por nós dentro quando menos se espera e então tudo muda: desarrumam o passado, desarrumam o presente, instalam-se com um sorriso num canto nosso e é como se nunca tivessem partido. É como, não: nunca partiram.” Obrigado pela desarrumação que me fizeste, e que ainda fazes, José António Noverça Paulo F. Silva é, digo-o no presente, um dos grandes companheiros da minha viagem pessoal e profissional, um dos que estão sempre à mão, mesmo sem conversas frequentes, predisposto a ajudar, a resolver, a dar pistas, a dar rédea livre, sem moralismo ou lições. Com uma capacidade de ouvir, incentivar e corrigir. Conheçemo-nos em finais dos anos oitenta, no jornal “AutoSport” entre o pó do auto cross, entrevistas a pilotos e prepadores. Estávamos a meio tempo, mas com o gozo de quem está com paixão. Foi aí que fiz um amigo. Seguimos caminhos separados até nos profis-
e que nunca uma conversa ficou por acabar, é dizer muito sobre o Paulo (!), até porque, recorde-se, eu era apenas o “puto” que acabara de aparecer. E esta lição, levo-a para a vida. Torno pública a promessa que um dia lhe fiz: “no que depender de mim, o teu nome chegará sempre onde eu chegar”. Foi bom, pá! Obrigado, Do teu amigo (e eterno discípulo), Pedro Santos Ferreira
sionalizar-mos e abraçar-mos em 1995 no “Jornal de Notícias”. No “Jornal de Notícias” conheci um Paulo de outras dimensões, que não acabaram no jornalismo, na ética e rigor deste, mas também nas inquietações de um mundo desigual e com preocupações laborais e cívicas, nos ideais da política e no mutualismo. Esteve em Timor e no Afeganistão, em situações onde os limites da condição humana são testados. Foi objetivo. Foi um repórter de guerra sem nunca perder o horizonte. O ano de 2009 mudará as nossas vidas. Não perdemos o contacto. Bastou-me um telefonema “tenho uma ideia, marca na agenda”. Só uma semana depois, numa reunião, soubemos: o semanário “A Manhã”. Nascia um semanário para Gondomar! Um desafio em que, com aquele sorriso e calma, fazia os possíveis para estabelecer pontes, ouvir, dissipar dúvidas, inventar soluções que esgotavam dias e noites, mas sempre dentro do rigor, ao pormenor, que roçava o fastio, disse-lhe uma vez. Falávamos em intervalos, de outros mundos, do orgulho dos seus filhos e do violoncelo da Laura, a filha, mas também, da poesia, os imensos amigos, outros trabalhos e aventuras em que me arrastou e em que viríamos a participar. Mudou de rumo, abraçou o Gabinete de Comunicação e Imprensa da Câmara Municipal de Gondomar, como sempre mante-se igual, arguto e coerente. Nem no fim me surpreendeu. Manteve-se decente, sem desistir. Um homem sereno, apaixonado pela música, pelas letras – foi em tempos diretor da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto e fundou a editora Mãos de Ferro. Sempre com aquele raio de sorriso, entre o compreensivo e o irónico. Um bom gigante que adorava Peter Gabriel. Não há despedida, depois ligo-te! João Paulo Coutinho É fácil elogiar um amigo, recordar as partilhas,
as ajudas mútuas, as confidências, inconfidências e, acima de tudo, as asneiras. Prometeste-me um poema. Ficaste de escrever o meu antecipado epitáfio. Eras um tipo chato, algo insuportável (de tão pacificador) e casmurro. Frontal, solidário, crítico e atento. Talvez por isso gostasse de ti. Sempre foste como um dia me descreveste: amigo, desinteressado, pronto a abrir as portas de sua casa... Alguém que nunca pediu nada em troca. Estima e consideração, Paulo F. Silva. Usando as tuas palavras. Agora que tenhas alguma paz e, principalmente, que já não sintas o teu corpo ultrapassado pelo teu cérebro. Os teus amigos vão marcar a "patuscada" há meses adiada. E voltarás a estar connosco. Rui Barbosa O Paulo… Conheci o Paulo (F.) Silva em 2013, em plena campanha eleitoral autárquica. Já não me recordo qual terá sido a nossa primeira conversa, mas sei que num ápice o ar introspetivo, deu lugar ao tão característico (e único) sorriso dele: aquele que só dedicava aos amigos. Mal sabia eu, na altura com 21 anos, que estava perante aquela que viria a ser uma das principais referências na minha vida. Rapidamente tornamo-nos amigos e durante vários anos, num registo semanal e quase diário, partilhamos confidências, ideias, críticas, elogios e a (tão) necessária conversa da treta, que não nos levava a lado nenhum, mas que não conseguíamos dispensar. Dele guardo os valores, o pensamento, o rigor, a seriedade (de um tipo danado para a brincadeira), a infinita disponibilidade, a calma olímpica (irra, como é que conseguias?!) e o feitio tramado que alguns descrevem, mas que raramente me reservou. Dizer que nunca uma chamada ficou por atender/devolver, nunca um café ficou por tomar
Eu que, ainda pequeno, te conheci de vista já como homem feito que morava lá mais ao fundo na Rua, a caminho da estação. Eu que mais tarde como leitor te conheci como jornalista. Eu que como político te conheci como adversário quando concorreste contra mim em 2009. Eu que, como cidadão, como político, tive o prazer de passar a conhecer como amigo. Cada vez mais amigo, e como um dos mais próximos. Aquele a quem ligava para desabafar, para pedir conselhos… a quem ligava só porque sim! A tua astúcia, a tua visão mas, sobretudo a tua forma de ser sempre positiva e com um grande coração, sempre pronto a ajudar tudo e todos, o teu olhar de acolhimento e o teu sorriso entre traquina e o complacente. Serás recordado como um Senhor na genuína aceção da palavra, um homem e Amigo de pensamento maturado que nos encantava e deixava rendido. Marco Martins Muito, mesmo muito fácil elogiar o amigo Paulo F. Silva. Homem de palavra, perguntei um dia - não achas um risco acabares sempre o e-mail com a frase “sempre disponível e contatável” - respondeste de imediato, “não tenhas dúvidas que será assim, faz por favor o mesmo comigo”. A chamada poderia ficar por atender, mas sempre foi devolvida. Homem de consensos, estivemos sempre de acordo? Claro que não, mas sempre respeitamos a opinião do outro. Vou sempre recordar, as longas conversas, os nossos cafés no Giardino, os nossos almoços sobre coisas importantes e as outras (sem importância nenhuma) mas que nos faziam bem. Homem justo, equilibrado e na maioria das vezes com a solução para o problema. Conhecemo-nos algures em finais de 2008, poucos meses depois fundaste o semanário “A Manhã”, mas foi sobretudo com a tua chegada à Câmara de Gondomar, que de uma forma muito mais próxima conseguimos cimentar a nossa relação. Obrigado pelos conselhos, pela disponibilidade e sobretudo pela tua amizade. Já acordastes? Era assim que atendíamos o telefone, será desta mesma forma que um dia te voltarei a perguntar, já acordaste? Até um destes dias na nossa “patuscada”. O Rui ficou de tratar do assunto, ele nestas coisas não falha. Miguel Almeida
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Ano 14 - n.º 165 - março 2020
Preço 0,01€
Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida PARQUE NASCENTE, loja 409 EMPORIUM PLAZA, Loja 101
Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: geral@vivacidade.org
Luís Pedro Martins: Balanço do primeiro ano à frente do Turismo Porto e Norte de Portugal
A homenagem ao "nosso" Paulo F. Silva 1960-2020
> Pág. 2
Sociedade 3450 famílias irão ter as rendas suspensas > Pág. 16
> Págs. 6, 7 e 8
Um dia com o Presidente Isídro Sousa
Banda de São Pedro da Cova: A música "é reconhecida por muitos pesquisadores como uma atividade que desenvolve a mente humana" > Pág. 18
Desporto Cristiano e Rúben Santos em entrevista exclusiva ao VivaCidade
“Tenho receio de sair e não conseguir concretizar estas obras, porque não sei se serei novamente candidato”
> Pág. 31
> Págs. 24 e 25
Boxe: Multiusos foi palco de um evento internacional de boxe > Pág. 32 PUB
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VIVACIDADE
MARÇO 2020
Editorial José Ângelo Pinto Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT
Caros leitores, Estamos perante a pior situação económica, financeira e social dos últimos 70 anos. A pandemia provocada pelo vírus habitualmente designado “CORONA VIRUS” está instalada e a obrigar ao retiro da maior parte da população para casa e ao fecho generalizado dos estabelecimentos comerciais. Todos devemos proteger-nos e proteger as outras pessoas. Aplicar regras simples como manter sempre uma distância de segurança e conforto de 2 metros em relação a todas as outras pessoas; evitar o toque direto de superfícies lisas, como maçanetas, corrimões, vidros, etc.; evitar o contacto físico entre pessoas, quaisquer que sejam os envolvidos e a razão, nomeadamente cumprimentos ou outras saudações e desinfetar constantemente as mãos, evitando que estas entrem em contacto com a boca, nariz ou ouvidos. Uma palavra especial para todos os que trabalham na área da saúde, incluindo especialmente todos os que fazem apoio e são os responsáveis por haver comida, limpeza e equipamentos a funcionar nos hospitais e que não são muitas vezes lembrados, injustamente, ao lado dos médicos, enfermeiros e outros profissionais que contactam diretamente com as pessoas. O profissionalismo, a competência e a abnegação que têm vindo a demonstrar é a prova provada de que são muito grandes seres humanos, que se estende às chefias e administrações de hospitais, de direção geral da saúde e muitas outras estruturas publicas. Muito Obrigado. Um agradecimento especial também para as autarquias e para os autarcas, particularmente os da nossa região que têm feito muito mais do que aquilo que se esperaria e que demonstram a importância do municipalismo e das autarquias e, ao mesmo tempo, a importância das CIM e das áreas metropolitanas, que têm revelado boa capacidade de coordenação. Já o nosso Presidente da Republica, Primeiro Ministro e restante governo central não podemos dizer que estão a desenvolver um bom trabalho, especialmente quando ignoram totalmente as consequências de nada fazerem para apoiar as pequenas empresas e comerciantes que foram obrigados a fechar, quer porque tal resulta da imposição do Estado de Emergência quer porque deixaram de ter clientes no seu negócio. Para estes cidadãos, o estado apenas tem duas medidas. Uma é financiamento teoricamente automático e barato. E a outra é a possibilidade de dispensar os trabalhadores com redução de vencimento para 2/3 e pagamento em 70% pela segurança social e 30% pela empresa. Quer uma medida quer a outra são insuficientes e injustas. Principalmente quando os trabalhadores do estado e das autarquias que ficam em casa porque o seu serviço encerrou têm vencimentos garantidos por inteiro. Ou seja temos milhares de pessoas que não têm qualquer rendimento (pequenos comerciantes e empresários) e que têm que continuar a pagar todos os custos e temos outros que ainda vêm aumentado o seu rendimento disponível pois nem precisam de se deslocar para o trabalho para o auferirem. Vamos acreditar. Cuidem-se e cuidem dos seus evitando todos os contactos desnecessários para que possamos ficar todos bem.
PRÓXIMA EDIÇÃO 23 ABRIL
SUMÁRIO: Entrevista Páginas 6, 7 e 8 Sociedade Páginas 10 a 22 Destaque Páginas 20 e 21 Dia com o Presidente Páginas 24 e 25 Cultura Página 27
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org POSITIVO A Câmara Municipal, as Juntas de Freguesias e as IPSS’s de Gondomar prestam apoio à população a nível da Alimentação e da Medicação. Assim, as Cantinas das escolas encerradas irão servir para preparar refeições a todos os que necessitam de apoio ou que não podem sair de casa devido ao novo vírus. Também estão a fornecer ajuda para quem não pode sair de casa para comprar alimentos e medicação. NEGATIVO Gondomar tem à data do fecho da edição 98 casos confirmados.
Política Página 29 Desporto Página 30, 31 e 32 Empresas & Negócios Página 33 Lazer Página 36 Opinião Páginas 38 e 39
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Viva Saúde Paulo Amado*
Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia * Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Professor Doutor em Medicina e Cirurgia Mestre em Medicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIO TINTO
MORRA O COVID19 Estimados leitores, será incontornável abordarmos este tema que alterou profundamente o nosso quotidiano da nossa vida, com uma experiência inédita e que espero única. Não pretendo aqui tornar Eco das normas de segurança muito bem dirigidas pela DGS, mas não consigo cair na tentação de vos dizer... PF “FIQUEM EM CASA”... É óbvio que muitos de nós têm que manter a atividade profissional em face de manter as necessidades básicas da população, tal como farmácias, supermercados, bancos, serviços municipais de limpezas, e claro está médicos, enfermeiros e demais pessoal da saúde que têm nesta fase um importante papel, mesmo crucial nesta fase desta pandemia. Aliás é para toda esta gente que envio um abraço e um ENORME agradecimento pelo vosso trabalho, reconhecido como heroico por toda a população. É nestes momentos que sentimos a vocação para o qual abraçamos esta profissão. No entanto o que vai acontecer? Qual o futuro imediato desta doença? Infelizmente é um mistério que hoje, sexta feira dia 20, dia em que escrevo esta crónica o numero de casos infectados subiu mais do que o esperado, 1020 casos. Não sei mesmo como estará na altura em que lerem
este artigo, mas não me admira que tenha duplicado ou triplicado. Ainda estaremos longe do máximo esperado. Tudo é questionável, até mesmo a quarentena imposta, mas estou certo de que é o mínimo do que é eficaz fazer. Sei também que outros questionaram estas medidas como os Britânicos, que acharam não ser necessário manipular a evolução da doença, mas perante os primeiros casos de morte rapidamente modificaram a sua opinião e atuação. Sei bem que aquele Trump, presidente dos EUA, disse não ser necessário a quarentena apesar de 225 mortos nesta data, pode ser que modifique a sua opinião... Temos de colher a experiencia de países que já estão nesta luta antes de nós , tal como a China, onde tudo começou, a Koreia do Sul e o exemplo interessante de Macau que a quarentena e o isolamento se mostrou vital para o controlo da doença. Por exemplo em Hong Kong, todos que chegam, ficam TODOS em quarentena Obrigatória, independente de sintomas ou outros sinais clínicos. Bem façam o Vosso MELHOR, tentem ter espírito coletivo e de cidadania, afinal SOMOS PORTUGUESES... Até breve, estimados leitores…
FICHA TÉCNICA Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Redação: Carlos Almeida e Gabriela Monroy | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 | Paginação: Rita Lopes | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 | Sede do Editor: Travessa do Veloso, nº 87 4200-518 Porto | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Gabriela Monroy, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. | Impressão: Unipress | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@vivacidade.org
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VIVACIDADE
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Entrevista
Luís Pedro Martins: Depois de 80 000 quilómetros percorridos e cerca de mil reuniões realizadas, o presidente do TPNP faz balanço do primeiro ano de mandato Texto e fotos: Carlos Almeida
Começo por lhe pedir um balanço global deste primeiro ano à frente da Entidade Regional de Turismo. Agora podemos dizer que há um até ao coronavírus e um pós-coronavírus (risos)… O primeiro ano podemos dizer que foi um ano para organizar a casa. Era necessário estruturar de forma diferente a nossa organização que, como se sabe, está dispersa pelo território: temos a sede em Viana do Castelo e delegações em Chaves, Vila Real, Lamego, Bragança, Braga e ainda um espaço em Guimarães. Era também necessário dar uma motivação a todos uma vez que vínhamos de uma situação que deixou os colaboradores desmotivados. É isso que temos feito, organizar, motivar e começar a trabalhar. Como é que se fez essa motivação? Essa motivação fez-se cativando os colaboradores para aquele que era o nosso plano de ação e também uma relação que existe de proximidade com todos, de porta sempre aberta e tentando valorizar as suas competências, que eram muitas e que em alguns casos estavam a ser mal aproveitadas. Acho que se pode dizer que esse trabalho está
concluído. Neste momento está tudo identificado, o que tínhamos que mudar, o que tínhamos que fazer para voltar a motivar… Diria que essa questão está ultrapassada. Depois foi preciso fazer também um trabalho que chamamos de diplomático, ou seja, volta a estabelecer contactos com um conjunto de entidades com as quais o TPNP estava de costas voltadas ou com quem não tínhamos a melhor relação. Estou a falar desde a CCDR-n, o Aeroporto do Porto, a ATP… um conjunto de entidades importantes. Houve necessidade de voltar a credibilizar o TPNP? Eu não gosto de falar do passado nem estar a enumerar o que estava mal e agora está bem, mas também não fujo à pergunta. Eu senti que havia necessidade, por razões óbvias, por toda a exposição que foi feita na comunicação social, de voltar a credibilizar. Essa credibilização fez-se à medida que os nossos interlocutores iam ouvindo as nossas ideias e propostas para a região e isso foi sendo conseguido. Hoje, com todas as entidades que mencionei, temos já uma relação muito boa e julgo que daí haverá frutos muito em breve. A título de exemplo, com a ATP estamos neste momento a construir uma solução que seja uma espécie de fusão entre as duas entidades ficando o presidente do
TPNP a presidir a essa entidade. Está a ser falado e trabalhado com os associados dos dois lados e acredito que se chegarmos a uma solução será muito bom para a região e para todos os associados dos dois lados, sejam eles públicos ou privados. Com esta fusão será possível desenhar uma estratégia única de promoção ou partilhar recursos de ambas as instituições, por exemplo, à imagem daquilo que se faz em outras regiões do país. Por razões que a mim não me interessam, estávamos de costas voltadas, mas felizmente já estamos a trabalhar em conjunto, independentemente se essa fusão avança ou não. Portanto, esta pare diplomática podemos assumir que também está já concluída ao final deste primeiro ano. Estamos agora numa fase diferente, a estruturar produto e identificar alguns problemas que têm os nossos sub-destinos, nomeadamente aqueles que estão mais afastados da porta de entrada que é a Área Metropolitana do Porto. Uns porque não têm ainda empresas que possibilitem esse crescimento, nomeadamente de animação turística ou hotelaria. O que estamos a fazer é identificar todos os problemas da região e ver de que forma nós podemos colaborar… Há uma que é óbvia e que depende exclusivamente de nós, a promoção, ou seja, promover mais aqueles que têm tido menos. São coisas que achamos que têm valor e às quais conside-
ramos que faltava promoção como é o caso de Trás-os-Montes e do Douro, onde os números estão ainda muito abaixo daquilo que consideramos que é o potencial desses sub-destinos. Estamos a privilegiar estes sub-destinos enviando para lá as nossas Press Trips e as Fam Trips, mas também estamos a dar apoio a algumas iniciativas e alguns eventos, como nunca foi feito. A título de exemplo podemos falar das Sextas-feiras 13, em Montalegre, um evento importante naquele território e que já atrai muita gente, com um grande potencial de internacionalização, que capta muitos turistas espanhóis. Outro exemplo foram os Caretos de Podence, que têm tido um forte apoio do TPNP, quer seja em toda a nossa comunicação, quer seja em apoio financeiro como aconteceu já no Carnaval deste ano. Temos agora também a perspetiva de trazer a final das 7 Maravilhas para o norte e se assim for iremos, uma vez mais, privilegiar um sub-destino que não seja a Área Metropolitana do Porto porque essa felizmente tem um conjunto muito alargado de outros motivos de atração. Estamos a trabalhar no nosso Plano de Marketing Regional com novo material de promoção, estruturação de tudo que seja redes sociais. Este ano vamos trabalhar muito no campo digital, uma área essencial nos dias de hoje. Estamos também a concertar, com outras entidades, para não nos andarmos a canibalizar
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Entrevista projeto que conseguiu reunir cerca de 30 municípios e, a partir daí, também ganhou notoriedade. Temos a ideia de desenvolver um projeto semelhante a este na Estrada Nacional 222, uma estrada muito bonita que atravessa paisagens fantásticas e que possibilita o cruzamento com outros produtos, seja natureza, gastronomia ou património. Aqui está tudo por fazer, mas ainda bem, significa que temos muito para fazer. Este é um bom exemplo de um produto transversal ao território e que ao apoiarmos não estamos só a apoiar o município A, B ou C.
> Parte da equipa do Turismo Porto e Norte de Portugal
uns aos outros, uma série de ações, como por exemplo as rotas dos vinhos. Estamos a criar as rotas e a fazer cross-seling entre essas rotas e o enoturismo, mas também cruzar com as rotas já existentes das comissões vitivinícolas, do IVDP, por exemplo. Não queremos várias rotas, queremos sentar à mesa todos os parceiros e delinear uma breve que será a rota da região. É assim que nós vemos que o trabalho tem que ser feito. O que estamos também a fazer é ver oportunidades de cruzar produtos, por exemplo, apoiamos o festival Mimo, mas não chega, é preciso tirá-lo de Amarante e levá-lo para outros concelhos, mas isso também não chega, é preciso cruzá-lo com outras ofertas que temos na região como a Rota do Românico e isso é fácil, basta colocar concertos do festival a acontecer dentro de monumentos que faça parte desta rota, valorizando os dois. As Serras do Porto são também um bom exemplo de um produto transversal ao território, neste caso Gondomar, Paredes e Valongo, e que terá o nosso apoio. Um outro grande exemplo é o Wine & Music Valley que nasceu com o TPNP lado a lado com os promotores, onde conseguimos influenciar (julgo que muito positivamente), o conceito e transformar aquilo que podia ser apenas mais um festival de música num evento que une, pela primeira vez, música e vinho. Acho que é um excelente exemplo de um evento que tem efeito imediato no território esgotando completamente o alojamento, mas também atraindo turistas para esta questão do vinho com a presença de mais de 80 produtores. Com o Turismo de Portugal temos conseguido realizar algumas coisas, conseguindo trazer para o Douro, por exemplo, o programa Wine Show, um programa que será transmitido em 110 países e com um share de audiência de cerca de 80 milhões de espectadores. Um fator também importante, em especial
para o Douro, é o trabalho que temos estado a realizar com a Junta de Castelo e Leão e como quem já tivemos um conjunto de reuniões trazendo também outras instituições como a CCDR-n, do nosso lado, ou o governo regional do lado espanhol. Esta relação baseia-se em duas ideias, desde logo a defesa da Linha do Douro, onde temos sido uma voz muito ativa. Queremos criar um novo canal de comunicação entre o Porto e Salamanca. Encontramos uma série de pontos muitos positivos e inclusivamente fazer uma coisa que será excecional, promover em conjunto alguns produtos como uma rota do vinho Douro-Duero ou a rede de Patrimónios da Humanidade que existem dos dois lados. Queremos vendar a ideia de uma só linha, dois países, “x” monumentos ou pontos de interesse. Uma das suas grandes bandeiras tem sido uma maior distribuição dos turistas que chegam ao Porto por toda a região. Ao fim de um ano já consegue afirmar que esses números estão a mudar? Tentarmos mudar a direção dos turistas para outros sub-destinos é possível, dá trabalho, mas é preciso pensar que é a mesma coisa que tentar virar um petroleiro, começamos a virar hoje e ele fica completamente virado muito tempo depois, não é como virar um pequeno iate. Aqui essa imagem acho que se aplica bem. Promovendo mais esses sub-destinos e arranjo mais motivos de atração conseguiremos fazê-lo. A questão da mobilidade é aqui muito importante porque as pessoas chegam aqui ao Porto e precisam de ter meios para se deslocarem no território e aqui a Linha do Douro teria um papel muito importante. O Minho cresceu porque a mobilidade até Braga ou Guimarães, por exemplo, é fácil, e tem também motivos de atração muito fortes, como a Semana Santa de Braga, por exemplo, o Bom Jesus ou o centro histórico de Guimarães.
A continuação na aposta nos fins-de-semana gastronómicos foi assumida por si logo desde o início do seu mandato, é uma aposta vencedora? Sim, essa aposta mantemo-la por duas razões. Desde logo porque foi através dos fins-de-semana gastronómicos que se conseguiu por a gastronomia regional no mapa. Este programa existe desde os primórdios da promoção regional ainda nem havia o Turismo do Porto e Norte, eram pequenas instituições distribuídas pelo território, mas houve uma pessoa que foi a figura central de tudo isto, o Dr. Francisco Sampaio que estava em Viana do Castelo. Este é um projeto que todos os que se seguiram continuaram, como eu estou a fazer, porque na verdade consegue unir um conjunto muito grande de interesses. Na edição deste ano temos mais de mil restaurantes a participar com cerca de duas centenas de receitas. Foi editado também um guia que possibilita às pessoas saberem sempre o que temos para oferecer na região nesta matéria. É um produto bem conseguido e que merece ser continuado. O TPNP tem-se associado a grandes eventos no Douro como são exemplo a Meia Maratona do Douro Vinhateiro, o Wine & Music Valley ou algumas romarias. São estes eventos, agregadores e transversais como nos disse na primeira entrevista no cargo, que podem atrair mais gente à região? Nós não temos a menor dúvida disso. Os eventos ganham maior atração à medida que ganham escala. Quanto mais abrangente for em termos de território mais força terá até mesmo na sua comunicação. Há pouco falei do Mimo, este é um evento muito interessante que está baseado em Amarante e não tenho a menor dúvida de que, quando estiver em outros concelhos ganhará maior escala. A Estrada Nacional 2 é outro exemplo de um
Ainda recorrendo à primeira entrevista que nos deu, 24 horas após assumir o cargo, afirmou nessa conversa que o projeto da EN2 era um projeto para apoiar pela importância que já demonstrava. Podemos dizer que é um projeto à imagem da sua ideia para o turismo da região, agregador e internacionalizável? Sim e queremos, tal como em outros projetos em que estamos a trabalhar, que sirvam para internacionalizar o destino. Daí também fazer parte da nossa estratégia levar todos estes pontos de interesse connosco nas feiras em que participamos, muitos deles até organizados por entidades privadas. Ao levarmos um evento destas dimensões connosco estamos não só a promover o evento em si como a criar pontos de interesse que serão fundamentais na atração de mais turistas. Já falou um pouco sobre a Linha do Douro mas temos uma questão sobre este tema que não podemos deixar de colocar. O TPNP tem também estado ao lado das autarquias, instituições e populações que pedem a reabertura da Linha do Douro até Espanha. Tem a convicta esperança que esta obra seja uma realidade? Eu acredito que esta é a oportunidade. Nós estamos na linha da frente de braço dado com a Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, a CIM-Douro, o Museu do Douro, um conjunto de autarquias, entre outros. Inclusivamente, fomos todos juntos à Assembleia da República apresentar a petição e, sempre que temos oportunidade, nas nossas intervenções, levantamos esta questão. Eu acho que esta é a oportunidade porque estamos num bom momento na região em termos turísticos e temos aqui interesses concertados dos dois lados da fronteira. A Junta de Castela e Leão manifestou a mesma vontade, a criação desse canal, e daí nós afirmarmos que não defendemos a Linha do Douro como um ramal que termina em Barca D’Alva, mas sim como uma linha para ligar a Salamanca. Temos uma vantagem, uma consultora alemã identificou, para a Comissão Europeia, um conjunto de 42 linhas transfronteiriças desativadas e dessas afirmou que duas tinham rigorosamente tudo para dar certo e que deveriam ser urgentemente revitalizadas, uma delas é a Linha do Douro. Sabendo nós que há esse interesse e que existe a possibilidade de uma candidatura a fundos europeus com um apoio na ordem dos 75%, eu considero que este é o momento. Não podemos adiar mais ou andar a discutir o que já foi milhares de vezes discutido: o interesse da li-
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Entrevista Eu acho que até ao dia de hoje não houve por uma razão, nós tivemos tempo para nos precavermos, outros também o tiveram e não agiram em conformidade, eu acho que nós, todos, agimos e aqui uma palavra muito importante não só para a Direção Geral da Saúde, mas também, no setor do turismo, através das diferentes entidades, associações e agentes. Estamos a acompanhar a par e passo tudo o que se passa, temos estado a servir de conselheiros a transmissores de informação do que se passa no nosso território à nossa tutela. Tudo o resto é futurologia. O território está a tomar medidas mais apertadas como o encerramento de alguns espaços públicos, mas acho que vale a pena tomar estas medidas porque é a melhor forma de minimizarmos o risco. nha, o interesse da mobilidade, o interesse para o ambiente, até porque se trata de um transporte coletivo… Há a noção que é agora ou nas próximas décadas não haverá oportunidade igual? Isso é futurologia, mas eu quero acreditar que tem que ser agora e acho difícil que volte a haver um conjunto de interesses tão grande em torno de um tema como existe agora sobre a Linha do Douro. Recentemente foi apresentado, pelo Turismo de Portugal, o Plano de Ação para o Enoturismo, que vantagens trará esta medida para o Douro? Para o Douro, para o Minho, para o Porto e, inclusivamente, para Trás-os-Montes. O enoturismo, até muito recentemente, não era um produto turístico, quer para a região quer para o país. Quem tem como função estar atento a estas dinâmicas, também tem que perceber quais são as tendências e hoje é óbvio que o enoturismo é uma tendência a nível mundial. Há os que sabem da tendência e não têm nada para oferecer, depois há os que sabem da tendência e têm muito para oferecer, e aqui, o Porto e Norte tem uma grande vantagem, nesta matéria temos muito para oferecer, quer seja em experiências ligadas ao vinho e à vinha, quer seja num conjunto de infraestruturas que vão desde unidades hoteleiras até provas de vinhos, de grande qualidade. Aliados a isto tudo, temos ainda as nossas paisagens que são, para nós, as melhores do mundo. Voltando a referir o programa Wine Show, quando os levamos ao Douro os comentários era de estarem perante algo verdadeiramente arrebatador. Há uma célebre frase de Miguel Torga que faz
"Outra vantagem é o trabalho, muito interessante, que se está a fazer de despoluição dos seus rios, o Rio Tinto e o Rio Torto, bem como na recuperação e regeneração das suas margens"
sempre sentido usar quando vemos alguém olhar pela primeira vez para o Douro: “O Douro, esse excesso da natureza”. Quando vemos alguém que olha pela primeira vez o Douro, percebemos essa afirmação. Este produto, o enoturismo, é um dos que vamos querer muito trabalhar porque, ainda por cima, temos um território com muito para oferecer, a começar pela grande qualidade dos nossos vinhos, do Douro, Porto, verdes, etc. Não nos faltam os bons vinhos, nem a boa gastronomia, nem as boas paisagens, agora temos que trabalhar em novas experiências, por isso também incentivamos a criação de novas empresas de animação turística. 37 quilómetros de frente de rio, Parque das Serras, filigrana ou, por exemplo, o Festival do Sável e da Lampreia. O que se pode fazer mais no concelho de Gondomar para potenciar o turismo? Em Gondomar havia também muita coisa por fazer nesta matéria do turismo e, estando tão perto do Porto ia sendo sufocado por aquilo que existe em termos de oferta. Havia pouca promoção do que se fazia. Há coisas excelentes a serem feitas em Gondomar e que poderão inverter esta situação. Desde logo a questão da frente de rio que até agora não tinha uma única unidade hoteleira, como se sabe, neste momento são três as que irão existir. Eu não acredito que um turista, mesmo querendo fazer todas as suas atividades no Porto, ache longe 10 minutos de viagem para ficar perante paisagens como aquelas que se oferecem em Gondomar. Outra vantagem é o trabalho, muito interessante, que se está a fazer de despoluição dos seus rios, o Rio Tinto e o Rio Torto, bem como na recuperação e regeneração das suas margens. Tudo isto é muito recente. A zona da marginal, do Freixo a Gramido é também muito recente e tudo isto vai despertar agora essa curiosidade. Ao nível da filigrana é a mesma coisa, ela já existia mas, faltava a sua promoção. A criação da Rota da Filigrana é um excelente produto. Por nossa via vamos conseguir levar a filigrana àquele que é considerado um dos melhores museus do mundo, o Kolomenskiy, em Moscovo, na Rússia, fomos nós que abrimos essa porta. Abrimos porque sabíamos que, quer do lado do município, quer do lado
da Rota havia pessoas com vontade e neste momento esse projeto está a ser concretizado. Para terminar a questão das Serras do Porto. Aqui, acho muito interessante a visão que os três autarcas tiveram, temos muitas vezes esta conversas sobre as marcas e o marketing, ao lhe chamarem Parque das Serras do Porto. De facto elas podem ser as serras da Área Metropolitana do Porto, podem ter desde logo o turista interno, que está aqui tão perto e que na sua esmagadora maioria, apesar de estar a 30 minutos de distância, não conhece, porque não era promovido. O trabalho que agora está a ser feito por estes três municípios, a par do trabalho que está a ser feito dentro das serras com a sinalética. Este é um projeto no qual nós também queremos contribuir, e para o qual já temos financiamento. Tudo isto vai trazer bons resultados a Gondomar e aí os papeis vão-se inverter, a proximidade do Porto e do aeroporto passa a ser uma vantagem, passando a ter capacidade para os receber e produtos para oferecer. Esta entrevista não podia terminar sem o tema da atualidade, o Covid-19. Que implicações pode este momento ter no turismo do Douro? Bem, para começar registe-se que esta reposta é dada na manhã do dia 11 de março. Nós temos apelado à responsabilidade com a certeza que responsabilidade não é alarmismo, é sinal de inteligência. Portugal e o Porto e Norte tem-se assumido como um destino seguro e isso faz-se à conta de vários fatores: segurança por não haver violência, por não haver roubos, por o turista se sentir confortável a qualquer hora do dia ou da noite no território mas também, neste caso, e num momento em que estamos a atravessar esta crise, porque é uma crise, segurança também por se confiar nas autoridades, nomeadamente nas da área da saúde. O apelo que fazemos a todos é exatamente esse: responsabilidade. Para continuarmos a manter o destino seguro. Ao dia de hoje, 11 de março, não há um único caso de contaminação dentro de nenhuma unidade, infraestrutura ou equipamento ligado ao turismo, sejam hotéis, barcos, restaurantes, ou qualquer outro. Pode amanhã haver e estas minhas palavras poderem ser contrariadas.
Como planeia o TPNP debelar os efeitos desta situação? O plano neste momento passa por um alinhamento entre todas as entidades regionais de turismo, o Turismo de Portugal e a secretaria de estado. Obviamente estamos a sensibilizar para quando ultrapassarmos esta crise, que será necessário um reforço, financeiro e de promoção. Mas, também quero dizer, e isto é uma crença muito grande, que eu tenho a certeza absoluta, até pela forma como estamos a conseguir estar a trabalhar sem pânico, que o setor do turismo vai estar na linha da frente na recuperação das perdas que o nosso país regista neste momento. O turismo será uma peça muito importante do motor da recuperação na região e no país. ▪
RAIO X Livro que está a ler neste momento “Memórias de Adriano” de Marguerite Yourcenar Último Filme que viu no cinema 1917 de Sam Mendes Música preferida Garota de Ipanema – António Carlos Jobim Destino de férias nacional Caminha Destino de férias internacional Itália Cidade ou Campo? Sou fruto dessa simbiose, o meu pai é de Bragança e a minha mãe de Aveiro Local onde gosta sempre de regressar? Itália País preferido Itália Prato preferido São muitos… Posta à Mirandesa Cor preferida? Azul Clube de futebol? Benfica Político que mais admira? Tenho vários… Willy Brandt, Olof Palme, Mário Soares e António Guterres
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Sociedade
Gondomar Protege!
Mensagem do Presidente - COVID-19
Devido à epidemia apresentada nos últimos meses em Portugal, a Câmara Municipal de Gondomar adotou diversas medidas para reduzir o impacto económico que esta crise da saúde pública terá nos seus cidadãos. O apoio foi batizado com o nome Projeto Gondomar Protege!
Car@s Gondomarenses, Nunca ninguém imaginou que voltássemos a viver uma guerra. Ainda por cima uma guerra nova, em que o inimigo não se vê. Uma guerra difícil de combater e com consequências sociais e económicas imprevisíveis. Uma guerra que provoca baixas impensáveis e que não sabemos muito bem por onde atacar. Temos tido um esforço incansável de todos e permitam-me que destaque os profissionais de saúde, os Bombeiros, a PSP, a GNR, o INEM, as Juntas de Freguesia e as IPSSs. Todos tem sido inexcedíveis. Os tempos obrigam a cuidados extremos, ao cumprimento de regras e à vigilância de todos, em especial os mais idosos, que são mais suscetíveis aos riscos. No momento em que escrevo este texto, são já 85 os Gondomarenses positivos. E serão mais, muitos mais, não só porque os dias passam, mas também porque o novo centro de testes tipo “drive thru” irá confirmar como positivo muitos de nós que até agora não apresentam sintomas! É pois imperativo que cumpramos as regras, que sigamos as recomendações e que estejamos solidários e atentos e disponíveis para ajudar o familiar, o amigo, o vizinho, aqueles que cada vez menos poderão sair de casa devido ao confinamento!
Para além das medidas já apresentadas no Plano de Contingência económico, o executivo camarário decidiu reforçar o plano inicial com mais três medidas que beneficiarão a população mais desfavorecida e vulnerável. A Câmara Municipal tem vindo a contactar todos os Gondomarenses, com 60 ou mais anos, que integram o Programa Idade D’Ouro de forma a ajudar todos aqueles que não possuem acompanhamento familiar. O pretendido com esta medida é assegurar a proteção e o isolamento social necessário destes cidadãos vulneráveis.
A segunda medida implementada corresponde à isenção dos pagamentos, durante três meses, das rendas sociais dos mais necessitados residentes nos conjuntos habitacionais municipais. Na última medida apresentada beneficiam os cidadãos que estejam inscritos nos programas Social+, +Alimentação e +Habitação, o valor das ajudas irão duplicar. O programa social+, possui vários eixos de intervenção que permite ao Município dar resposta às necessidades que crescem nos novos contextos sociais das famílias residentes há pelo menos 6 meses no concelho. Este projeto consiste na prestação de apoios não cumulativos aos agregados com mais vulnerabilidade social, tanto a nível alimentar, como também na saúde e na habitação. Por exemplo, no eixo +Alimentação um agregado familiar em situação de carência usufruirá de uma ajuda mensal com uma base fixa de quinze euros por agregado, acrescentando cinco euros por cada elemento presente. No caso do +habitação, é atribuído apoios para o pagamento de rendas ou crédito habitação, por um período máximo de seis meses. Nos próximos três meses todas estas ajudas irão duplicar. ▪
Será uma guerra demorada e com muitas batalhas! Mas esta guerra só se vai vencer se as pessoas cumprirem e ficarem em casa. As próximas semanas serão decisivas. Só dependemos de nós! Um abraço solidário e de força e com esperança no futuro! Marco Martins ▪
FOTO: DR
Quando no domingo foi ativado o plano distrital de emergência, solicitei à autoridade de saúde (que é quem tem competência para essa decisão) que decretasse um cerco sanitário semelhante ao de Ovar no Distrito do Porto ou a alguns concelhos como o caso de Gondomar. Foi-me dito que não valeria a pena porque a medida não seria eficaz, assim como se comprovou não ser em Ovar, pois já não conteve a mitigação na comunidade. Apelo mais uma vez a que fiquem em casa e cumpram as regras. Marco Martins
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MARÇO 2020
Sociedade
AMUT e Câmara estabelecem parceria em prol da inovação social
Este projeto surge com uma parceria entre a AMUT e a Câmara Municipal de Gondomar que, em conjunto, criaram a AMUT’IESIM-Incubadora de empreendedorismo social de Idade Menor que tem o intuito de encontrar soluções inovadoras para resolver problemas sociais. Este projeto financiado pelo FSE, no âmbito do POISE -Portugal Inovação Social, possui os seguintes objetivos: “Captar projetos de empreendedorismo social; Consultoria, acompanhamento e apoio ao empreendedor social; Disponibilizar recursos técnicos e físicos; Networking e captação de investidores sociais; Pro-
mover o debate e a divulgação de informação relativamente às necessidades da população idosa e dos seus cuidadores através de um concurso de ideias”. A inauguração contou com a presença a Presidente do Conselho de Administração da AMUT, Ângela Pereira, o Presidente do Município de Gondomar, Marco Martins, as vereadoras, Sandra Almeida e Cláudia Vieira, o Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca e o Presidente da União de Freguesias de S. Cosme, Valbom e Jovim, António Braz. Ângela Pereira, referiu no seu discurso que: “A nossa incubadora concentrase na criação de soluções empresariais que contrariem a realidade fragmentária atual das respostas tradicionais, potenciando o nascimento de novas opções de cuidados e de capacitação, sendo por isso uma solução mais eficaz e eficiente do que uma incubadora generalista”, a responsável constatou ainda que a AMUT’IESIM estará disponível para receber e apoiar novas iniciativas e projetos sociais. Ângela referiu ainda que focou nos desafios do envelhecimento da população e no investimento à terceira idade. O Presidente do executivo camarário,
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FOTO: DR
No final do mês de fevereiro a AMUT- Associação Mutualista de Gondomar inaugurou um novo espaço no concelho, situado na Casa da Juventude de Rio Tinto. Este novo local tem o intuito de apostar na inovação e no empreendedorismo social.
Marco Martins, destacou que este projeto será uma referência no concelho de Gondomar. O autarca aproveitou o momento para constatar que “a AMUT tem um projeto, tem um grupo de parceiros que são fantásticos, a Câmara tem vontade, tem articulação, a Junta de Freguesia tem vontade, há instalações e, portanto, fizemos aqui um aproveitamento para uma incubadora”. O responsável
referiu que esta incubadora tem o objetivo de dar apoio à população mais idosa. O representante referiu que Gondomar está assumir um compromisso para preparar o futuro, um futuro que do qual todos nós fazemos parte. No final de ambos os discursos, Ângela Pereira e Marco Martins registaram a sua intenção assinando “um desejo de transformação social para a incubadora”. ▪
Pandemia encerra cemitérios de Gondomar Devido ao surto do Coronavírus, as Juntas de Freguesias de Gondomar encerraram todos os cemitérios. O pretendido é salvaguardar a segurança de todos os cidadãos. Assim, a União de Freguesias de S. Cosme, Valbom e Jovim os cemitérios encontram-se fechados e os funerais estão a ser realizados à porta fechada, sendo que o limite de pessoas é controlado. A União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova também encerraram as instalações e têm o número máximo de 15 pessoas no funeral. A capela também se encontra encerrada. A Junta de Freguesia de Rio Tinto também encerrou os cemitérios e possui um limite máximo de participação de funerais de 15 pessoas. A Junta de Freguesia da Lomba encerrou desde a sexta feira passada e o número de pessoas presente nos funerais é con-
dicionado. No Sábado passado, a Junta de Freguesia de Baguim do Monte fechou as portas por tempo indeterminado, apenas vai funcionar o serviço fúnebre com um número máximo de 15 pessoas. A União de Freguesias de Melres e Medas também encerrou os cemitérios pelo menos até ao início de abril, depois será realizado uma nova avaliação e determinarão se esta medida terá que prevalecer ou não. Quanto aos funerais, apenas é permitido os familiares mais próximos do falecido, sendo que terá uma agente fúnebre responsável por manter a ordem de espaçamento entre os presentes. Quanto à União de Freguesia de Foz de Sousa e Covelo, a situação repete-se às restantes, sendo que o número máximo de pessoas presentes são 15. Apesar de não haver missa, o padre realiza a última encomendação. ▪
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Autarquia doa equipamentos de proteção pessoal No último sábado, todas as corporações de bombeiros do Município de Gondomar e a Cruz Vermelha receberam seis mil artigos de proteção contra o Coronavírus. Esta entrega resultou de um pedido realizado pelas corporações em reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil. A Câmara também entregou na segunda feira material às IPSS- Instituições Particulares de Solidariedade Social. O valor do material já doado teve um custo para a autarquia de cinco mil euros gastos em batas, óculos, luvas, fatos,
máscaras, toucas, proteção de botas, espuma de limpeza e desinfetantes. As forças policiais também irão receber mais equipamento de proteção. Além deste material foram encomendadas mais unidades de proteção onde a Câmara irá investir 240 mil euros para equipar todos os bombeiros e IPSS. A partir da próxima semana, a autarquia irá pagar o abastecimento de combustível às viaturas das IPSS e das Juntas que estão em contacto direto com a população Gondomarense. ▪
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A Box do AEG1 A BoxAEG1 é fruto de uma escola inovadora, que incentiva a comunidade educativa a superar-se e a encontrar soluções para desafios do projeto educativo de um agrupamento com muita ambição. O grupo de Educação Física encontrou, num espaço destinado a armazém, o local ideal para criar a que será a primeira box escolar nacional. Esta inclui materiais reciclados, reaproveitados e outros específicos da modalidade de Crossfit, adquiridos com o apoio da Associação de Pais da Escola Secundária de Gondomar. Este projeto ambicioso, planeado e executado em 3 meses, só foi possível devido ao apoio incondicional da Direção e do trabalho dedicado de todos.
A Grande Lição Nunca nenhum de nós imaginou viver na situação em que nos encontramos fruto de uma pandemia de proporções incomensuráveis provocada pela covid-19. Nunca nos passou pela cabeça ficar em casa por tempo indeterminado, restringir os nossos contactos sociais ao mínimo ou ter, em tempo de aulas, escolas sem alunos. É assim que, desde 16 de março, data a partir da qual as atividades letivas presenciais foram suspensas, os sentimentos de medo e de angústia nos vão assolando, provocados pela incerteza do desconhecido. Sabemos que este é um tempo que exige de todos o absoluto cumprimento de regras, muita coragem e determinação para vencermos esses sentimentos e prepararmo-nos para, depois, seguirmos em frente. O nosso muito obrigada a todos os professores, pela dedicação, pelo esforço, pela capacidade de adaptação a novas formas de trabalhar com os alunos; a todos os alunos, pela resposta pronta e dedicada que têm dado aos desafios colocados pelos seus professores; às famílias, que têm respondido positivamente e apoiado o trabalho dos seus educandos; a todas as instituições, que nos têm apoiado. Todos ganhamos em aproveitar o sacrifício que estamos a fazer, se aprendermos, nestes tempos, lições para melhorar o nosso futuro, se aprendermos que só há desenvolvimento se as PESSOAS assumirem o foco e a centralidade da decisão política. Lília Silva, diretora março 2020
(algumas)
Atividades dos “Dias Abertos do AEG1”
Clube Robótica da ESG Sempre em ação! Desde 2004 com lugar no pódio. Robôs de Lego e robôs tradicionais estão quase todas as semanas em competição nas oficinas de robótica. Este ano, mais uma vez, os alunos do clube robótica organizaram workshops de soldadura e foi criado um smile para cativar o interesse de todos, mantendo bem vivo o bichinho da robótica.
A primeira mulher Cientista-Astronauta Portuguesa, Ana Cristina Pires, no Agrupamento de Escolas nº1 de Gondomar O Laboratório de Inovação e Desenvolvimento de Projetos (LABi9) organizou três debates com a primeira mulher Cientista-Astronauta Portuguesa, Ana Cristina Pires, - na ESG e EBJFS, no passado dia 2. O LABi9 convidou todos os professores e alunos do AEG1 (participaram cerca de 240 alunos, do 3º ao 12º ano de escolaridade, e 15 professores). Ana Pires partilhou o seu percurso
académico e o trabalho que desenvolve atualmente como cientista-astronauta análoga, no âmbito do Projecto PoSSUM, apoiado pela NASA. Sublinhou a importância da ciência espacial na atualidade. Por fim, revelou que a Agência Espacial Europeia (ESA) vai criar e explorar um porto espacial na ilha de São Miguel, nos Açores, para lançamentos de pequenos satélites. Com mais esta dinâmica, o LABi9 continua o seu trabalho de sensibilização dos alunos para a importância das áreas das Ciências e das Tecnologias na sociedade, procurando contribuir para a sua literacia científica e tecnológica.
Um pequeno-almoço muito especial… com empresários e alunos! Esta atividade surgiu no âmbito da parceria que o AEG1 tem com a ANJE- Associação Nacional de Jovens Empresários. Juntou 31 jovens do 12º ano, dos vários cursos em funcionamento na ESG, a empresários de quatro empresas: Sixforce; BOFLEX; WEGO3D; Habigás. Para a maioria destes jovens de cursos científico humanísticos e de cursos profissionais foi uma manhã muito proveitosa: partilharam ideias, experiências, conselhos e dúvidas sobre como ter sucesso! Registam-se, aqui, algumas das conclusões obtidas. Para alcançar o sucesso é importante saber interagir; ser dinâmico e rápido; dominar a língua inglesa; ter disponibilidade, flexibilidade, criatividade e vontade de aprender e de vencer; ser capaz de avaliar e valorizar os riscos; estar recetivo ao inesperado e atento à condição financeira. Foi marcante não só para os alunos, como também para os empresários que viram neles parceiros promissores!
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Hospital Escola Dra. Luisa Moreira
HIPERTENSÃO ARTERIAL A Hipertensão Arterial (HTA) é um dos fatores de risco mais importante para doença cardiovascular, particularmente, o acidente vascular cerebral (AVC), principal causa de morte em Portugal. A HTA é também fator de risco importante para enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, doença vascular periférica e demência. Estima-se que em Portugal, a HTA esteja presente em cerca de 35-40 % das pessoas. É extremamente importante diagnosticar precocemente e controlar adequadamente a HTA. Existem vários fatores, habitualmente associados a um estilo de vida não saudável que contribuem para o aparecimento de HTA: o sal, a falta de exercício físico, o excesso de peso, a apneia do sono. Em situações mais raras descobre-se uma causa para a HTA.
Nova linha do metro de Gondomar já em estudo Foi assinado a 21 de fevereiro, na Câmara de Gondomar, o protocolo para a consolidação da expansão da rede de metro e metrobus na Área Metropolitana do Porto. Assim, deu-se mais um importante passo na concretização da nova linha de metro de Gondomar e na expansão da rede de Metro do Porto. Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, agradeceu por receber esta cerimónia no concelho que dá sempre uma oportunidade à mobilidade, aspeto que considera fundamental para a cidade. Atualmente, Gondomar é o Município com a maior taxa de mobilidade pendular da região. Considerando que está na altura de dar um grande impulso, o edil afirma que “hoje temos que pensar em grande, pensar metropolitano e pensar na área dos transportes como um dos grandes complementos de qualidade de vida dos nossos cidadãos.” A cerimónia contou com a presença de Tiago Costa Braga, Presidente da Metro do Porto, que frisou a importância da rede de metro do Porto. Em relação ao projeto, Costa Braga, afirma ser revolucionário para a mobilidade de mais de 2 milhões de pessoas. No seu discurso salienta que se está a planear o futuro, sendo este um passo importante para a concretização da expansão da rede. Por
fim, afirma que o que está em causa é uma “transformação ambiental, económica e social da região.” O Presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues frisou que o transporte público ganhou nova importância na política nacional. Devido ao passe único houve um aumento de 20% dos utilizadores dos transportes, o que contribuiu para uma maior procura de linhas de metro. Assim, existe a possibilidade de incluir novas linhas neste projeto, que anteriormente tinham sido excluídas na expansão da rede do metro. João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e da Ação Climática, destaca que este tem sido o tempo da mobilidade. Matos Fernandes refere o Programa PART- Programa de apoio à redução do tarifário - dizendo que é muito significativo e que criou condições para um aumento da utilização dos transportes públicos, demonstrando a necessidade de novos estudos para tomar as melhores decisões que se adequem aos Municípios.
Este protocolo permite avançar com os estudos de viabilidade económica referentes à expansão da rede do metro do Porto, que inclui sete novas linhas. A decisão final sobre a expansão será tomada até ao fim do ano e em causa estão, no total, 860 milhões de euros do Plano Nacional de Investimento 2030, o PNI. Deste total, 620 milhões são referentes à consolidação da rede do Metro do Porto e os restantes 240 milhões destinam-se ao desenvolvimento de sistemas de transportes coletivos. Anteriormente tinha sido apresentado o novo traçado para a linha de Gondomar. Esta terá seis estações, duas das quais servirão a freguesia de Campanhã, no Porto. Está estimado, segundo estudos técnicos e de viabilidade de Álvaro da Costa, professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que a nova linha tenha um custo de 110 milhões de euros. As restantes estações serão em Gondomar na zona da Lagoa, no centro de Valbom, no Hospital Escola Fernando Pessoa e junto à Câmara de Gondomar, terminando no Largo do Souto. ▪
Rendas Sociais suspensas Esta semana o executivo camarário anunciou a suspensão das rendas dos bairros sociais, por causa do Covid-19. Nestes alojamentos sociais vivem cerca de 3450 famílias, nos 29 conjuntos habitacionais do Município. A medida implementada durará três meses e pretende auxiliar os Gondomarenses com as despesas das casas neste período de calamidade da Saúde Pública. Com esta medida, a Câmara estará a prescindir duma receita no valor de 195 mil euros mensais, que no final de três meses renderia ao concelho 585 mil euros. ▪
FOTO: DR
O HE-UFP dispõe de uma consulta especializada em HTA, que tem por finalidade efetuar uma avaliação individualizada de cada paciente de forma a despistar causas para a HTA, avaliar a sua repercussão e o risco cardiovascular do paciente, instituir uma terapêutica adequada de modo a conseguir-se um controlo rigoroso da sua doença, dos seus fatores de risco e das suas complicações. Tenta-se também estimular a participação ativa do paciente na gestão da sua HTA através da auto-medição da pressão arterial, do conhecimento mais aprofundado da doença, dos seus riscos e dos benefícios de um tratamento adequado e de um estilo de vida saudável.
Sociedade
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Sociedade
Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália
FEFAL- Fundação para os Estudos e Formação na Autarquias Locais, em Coimbra. Após a conclusão do curso, irão entrar em serviço pelo Município. Os 29 agentes permitirão que a Polícia Municipal de Gondomar aumente a sua eficácia nas operações e a qualidade nos serviços prestados aos gondomaFOTO: DR
renses. Recentemente, devido à pandemia do Covid-19, os estagiários integraram a linha de apoio “Gondomar Protege Covid19”. Esta linha de apoio funciona todos os dias das sete à meia noite com os números 220 188 200 e 220 188 210. Juntamente com os técnicos da área da Coesão Social, os policias esclarecerão questões sobre o funcionamento de farmácias, centros de saúde e supermercados, darão apoio caso o cidadão não possa sair de casa, explicarão as dúvidas quanto às regras do estado de emergência, a recolha de lixo, águas residuais e eletrodomésticos. A linha não serve para esclarecer dúvidas sobre questões de saúde. Este apoio surge, principalmente, para ajudar os gondomarenses que se encontra em isolamento ou maior fragilidade social. ▪
Unidade Residencial da “Villa Urbana” há 15 anos a “ser casa” FOTO: DR
A Unidade Residencial “Villa Urbana” de Valbom, da Associação do Porto de Paralisia Cerebral, comemorou o seu 15.º aniversário. Em dia festivo coube à “PikaTuna” (Tuna Feminina da Escola Superior de Saúde de Santa Maria) animar a noite. Mas coube, principalmente, a moradores e auxiliares comemorar a data. A Unidade Residencial da “Villa Urbana” de Valbom abriu portas em 2005 e, nos seus 15 anos de existência, sempre se assumiu como “mais uma” das inúmeras valências da unidade de Valbom da Associação do Porto de Paralisia Cerebral. “Este espaço [Villa Urbana] nasceu e cresceu a partir da Unidade Residencial”, referiu Abílio Cunha, Presidente da Direção da Associação do Porto de Paralisia Cerebral. “Foi esta valência e são os seus moradores e a equipa de auxiliares que se podem orgulhar de, com o passar dos anos, terem criado tantas dinâmicas e vários novos serviços”, referiu o responsável da APPC. Constituída por 14 casas independentes, construídas de raiz a pensar nas necessidades de uma pessoa com paralisia cerebral, esta unidade representa, no total, mais de três dezenas de pessoas a morar em apartamento individuais (mas com zonas comuns partilhadas).
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Viva Prevenido
Reforços para a Polícia Municipal de Gondomar No início do mês de Março, no salão Nobre dos Paços do Concelho, o Presidente Marco Martins “deu as boas vindas” a 29 estagiários que irão integrar a Polícia Municipal de Gondomar. Foi a partir do dia 9 de março que os agentes iniciaram o curso de formação de Agentes Municipais, fornecido pela
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A “Villa Urbana” foi pensada para proporcionar as condições essenciais para a rotina diária de cada indivíduo, nomeadamente a nível de mobilidade, alimentação e higiene pessoal. E “15 anos passados a Unidade Residencial continua a apoiar e a promover projetos de vida”, algo que Abílio Cunha defende só ser possível “pelo envolvimento e disponibilidade de cada uma das pessoas que colaboram connosco (clientes, pais, técnicos e voluntários).” Num espaço que funciona 24 horas por dia, há sempre uma equipa de retaguarda – por vezes pouco visível ou que, pelo horário de trabalho, nem de todos é conhecida... Por isso nos 15 anos da Unidade Residencial, dos moradores na mesma
ouviram-se palavras de elogio e de parabéns à equipa de auxiliares da APPC. E como os elogios da noite de 21 de fevereiro se direcionavam quase na totalidade para a equipa de auxiliares da Unidade Residencial da APPC, coube-lhes soprar as velas do bolo de aniversário. A realçar que a APPC está a programar uma intervenção profunda na “Villa Urbana” para continuar a garantir a qualidade de vida e de conforto dos seus residentes – e, também, de todos os clientes dos restantes serviços. A curto prazo está definido um programa de intervenção e recuperação de espaços que prevê um investimento superior a 100 mil euros em obras de melhoria dos espaços. ▪
Alergias oculares, o que se pode fazer? Em pleno mês de abril, com as suas chuvas e perto das flores de maio, começam a surgir os principais casos de alergias sazonais, que, para muitos, vêm com ardor, olho vermelho e comichão. Uma alergia nos olhos pode ser provocada por muitos elementos externos, sendo influenciada pelo sítio onde se encontra. Podemos encontrar dois tipos de alergias oculares: sazonais e perenes. As sazonais afetam a maior parte da população e manifestam-se, principalmente, na primavera (rebentar da folha) e no outono (cair da folha). Aparecem, sobretudo, por causa dos alergénios transportados pelo ar, tais como, pólen, erva, etc. As perenes acompanham-nos durante todo o ano e são provocadas desde o simples pelo dos animais de estimação até aos ácaros. O tratamento passa pela medicação receitada por um profissional da visão, bem como por remédios caseiros naturais. As lágrimas artificiais, próprias para cada tipo de alergia, são uma boa forma para o alívio dos sintomas, particularmente em pessoas que sejam usuárias de lentes de contacto. Caso se tenha uma alergia sazonal e não se queira tomar anti-histamínico, uma boa forma de minimizar os sintomas é evitar atividades ao ar livre em dias de vento, na primavera e no verão, e também considerar deixar os sapatos fora de casa, para não trazer o pólen para o seu interior. Um erro que todos cometemos é coçar os olhos com as mãos. Este gesto pode agravar bastante as alergias oculares, por isso lavar a cara e salpicar com água os olhos pode ajudar a retirar os pólenes, poeiras ou outras substâncias irritantes. Os sintomas intensificam-se para quem usa lentes de contacto e sofre de alergias. Uma das dicas que se pode fazer é lavar as suas lentes, da maneira como o seu profissional ou fabricante lhe recomendou, e manter sempre as gotas humectantes ao seu lado. Em último caso, pode considerar-se mudar de lentes de contacto quinzenais ou mensais para diárias. Uma nota importante: caso sinta qualquer sintoma de alergia, como os referidos anteriormente, é sempre essencial consultar o seu profissional da visão, pois pode tratar-se de outra coisa que tenha os sintomas parecidos, como treçolho ou conjuntivite num caso mais grave. As alergias oculares são para ser tratadas com seriedade, uma vez que podem provocar sintomas bastante severos, nomeadamente em pessoas que não saibam como lidar com elas. Para isso, não há nada como se aconselhar com o seu médico oftalmologista, médico de família ou optometrista na sua consulta seguinte e ver quais são as medidas adequadas para si.
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Banda Musical de São Pedro da Cova: "Temos feito uma aposta forte na continuidade, mas também na diversidade" Este mês o VivaCidade quis dar um pouco de música aos Gondomarenses e a Associação de março é a Banda Musical de São Pedro da Cova. Estivemos à conversa com Hélder Magalhães (Presidente) e António Ventura (Maestro). Como é que começou o vosso percurso? Helder Magalhães (HM): A Banda Musical nasceu há 120 anos, ainda durante a monarquia constitucional, passou a primeira república, o Estado Novo e continuou após o 25 de Abril. Ainda está por fazer a nossa história, apesar de haver alguns elementos já publicados pelo Serafim Gesta, “Mazola”, mas a Banda surgiu pela necessidade de dar resposta à ocupação dos tempos livres da população da freguesia e, em particular, dos trabalhadores da mina. E surgiu ainda da vontade de duas figuras importantes, o Camilo Aguiar, primeiro maestro da Banda, e o José Gandra, primeiro presidente. Temos muito orgulho no passado da Banda e em todos aqueles que deram o melhor de si. Atualmente temos em curso um projeto arrojado, quer do ponto de vista artístico com a direção do maestro António Ventura, quer do ponto de vista administrativo liderado por esta direção. É um projeto arrojado. Atualmente, quantos músicos constituem a banda? E qual a faixa etária mais predominante? HM: Atualmente o corpo executivo da banda apresenta-se entre os 40 e os 50 elementos, sendo na sua maioria jovens com menos de 30 anos, o que permite a existência de uma continua passagem de testemunho, que muitas vezes provém da participação na banda dos avós, seguidos dos filhos e netos, verificando-se assim para além do ensino artístico da música uma partilha e transmissão de valores. Há ainda um aspeto importante que é o facto de praticamente todos os músicos, incluindo o maestro, serem naturais de S. Pedro da Cova. Neste momento, a direção da banda é constituída por quantas pessoas?
HM: Nos últimos dois anos temos feito uma aposta forte na continuidade, mas também na diversidade, abrindo as portas da Banda e da Associação à comunidade, daí tem resultado uma aproximação diversificada de pessoas ao projeto, como pais de alunos, assim como figuras ligadas à história da freguesia, que nenhuma ligação tinham com a Banda, mas que se tem revelado muito importantes para preservar e conhecer a história da instituição, e ao mesmo tempo injetar ideias novas. Atualmente, a associação é composta pelos seus órgãos sociais, tendo a direção nove elementos eleitos entre os seus cento e cinquenta associados. Qual é a melhor parte de fazer espetáculos/atuações? AV: Para mim enquanto maestro são as vivências e competências adquiridas ao longo do processo de preparação para esses eventos, apesar de muito trabalho que é necessário, chegar ao fim de um concerto e sentir que todo o grupo teve uma boa prestação através da reação do público com os seus aplausos, verificar nas tradicionais romarias quando realizamos a despedida e sentimos a satisfação daqueles que apostaram na nossa apresentação, é sem dúvida a nossa maior recompensa por todo o nosso esforço e desempenho nos ensaios ao longo de vários meses de preparação para esses mesmos eventos. Houve algum concerto que vos marcou de forma especial? AV: Nesta fase que a B. M. de S. Pedro da Cova atravessa, todas as atuações são significativas pela forma como a Banda vai demonstrando a sua evolução. Vamos ver se conseguimos atingir esse ponto marcante no final do ano com o concerto comemorativo dos 120 anos da Banda. A Banda procura cumprir sempre com os seus compromissos. Naturalmente que há serviços que exigem mais de nós e que, por essa razão, são mais intensos. Os serviços na nossa terra, em S. Pedro da Cova e em Gondomar são muito motivadores. Há ainda aqueles concertos especiais, como o que fizemos no 25 de Abril de 2018 ou o concerto de Ano Novo de 2019. A Banda na sua história destaca o brilhante desempenho no Concurso patrocinado pela EDP, em 1986, um concurso por eliminatórias com Bandas de todo o País, em que a Banda conseguiu chegar à final.
Sentem que a música é especial e fundamental na vida das pessoas? AV: Sim, começo por citar uma frase de Platão: “Primeiro, devemos educar a alma através da música e a seguir o corpo através da ginástica”. A música sempre esteve presente na cultura da humanidade. É reconhecida por muitos pesquisadores como uma atividade que desenvolve a mente humana, promove o equilíbrio, proporciona um “bem-estar” facilitando a concentração e o desenvolvimento do raciocínio. Na música temos três elementos importantes: As palavras, a harmonia e o ritmo. Daí a importância de se ouvir boa e verdadeira música, porque no fim de tudo o uso artístico da música tem como objetivo proporcionar prazer aos ouvidos e despertar sentimentos e emoções no ser humano. As crianças dos 3 aos 6 anos cantam, batem palmas, dançam, reagem naturalmente a uma canção ou ao soar de um instrumento musical. É uma questão de instinto natural. Na B. M. S. Pedro da Cova temos essa experiência positiva, com dois dos nossos professores a proporcionar essas atividades musicais nos jardins-de-infância, em parceria com o Agrupamento Escolar de S. Pedro da Cova. Para as faixa etárias seguintes, dos sete aos cento e muitos anos, (porque nunca é tarde para se aprender), disponibilizamos a Escola de Música da Banda que funciona diariamente nas instalações da Escola Profissional, junto ao Museu Mineiro, dando resposta a vários tipo de instrumento, desde as cordas como a guitarra e o violino, até há percussão, como a bateria, não esquecendo as aulas de formação musical e a classe conjunto. Por isso, acho que a educação musical como complemento, pode ajudar na descompressão dos alunos como também vai lhes proporcionar a experiência através da execução de um instrumento
musical que lhes permite desenvolver uma linguagem musical de modo a interpretar, a criar e apreciarem a arte dos sons. É um grande desafio para eles (jovens) quando chegam a uma audição, ou em concerto com uma canção ou um tema musical que gostavam de ouvir, e nesse momento poderem eles próprios tocarem para os seus amigos e público em geral através do seu instrumento musical. No final é a felicidade total por prazer e pela realização de um momento pessoal. Sentem o apoio das entidades competentes no vosso dia a dia? HM: Estamos a trabalhar nesse sentido. A instituição atravessou alguns anos de falta de iniciativa e desenvolvimento, o que nos traz para a atualidade um desafio acrescido, começando pela falta de um espaço próprio condigno para desenvolver as atividades, passando pelo património de fardas e instrumentos que na sua maioria se encontram desgastados, o que se traduz em um esforço enorme de criar condições de continuidade e ao mesmo tempo de abrir novos horizontes. Temos de primeiro criar credibilidade e mostrar trabalho, para posteriormente virem os apoios, o que se revela extremamente difícil. Como é que as pessoas podem entrar em contacto com vocês e acompanhar o vosso trabalho? HM: Como referi anteriormente a falta de um espaço físico condigno, não facilita esse contacto de aproximação, sendo colmatado através de uma dinâmica nas redes sociais, distribuição flyers, realização de workshops pelas escolas do ensino básico e através da passa palavra de um trabalho que apesar de muitas dificuldades julgamos estar a ser produtivo e nobre. ▪
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ADG encerra temporariamente postos de atendimento e alarga prazos de pagamento Neste período não serão executadas suspensões de fornecimento (“cortes de água”) A empresa Águas de Gondomar suspende a partir de amanhã (19 de março 2020) o atendimento presencial na loja da sede em Gondomar, reforçando assim as medidas de combate ao coronavírus (COVID-19). A partir daquela data, os serviços serão prestados unicamente através do atendimento telefónico (224660200 e 224660295) e suportes digitais (www. aguasdegondomar.pte/ou e-mail:geral@aguasdegondomar.pt), com reforço dos meios em regime de teletrabalho. O alargamento do prazo de pagamento de faturas e a suspensão de “cortes de
água” estão também incluídas no pacote de medidas tomadas pela AdG, nesta fase delicada que recomenda isolamento social. Apesar destas medidas, a AdG continuará , através daqueles canais, disponível para dar seguimento a questões relacionadas com esclarecimentos de faturação, comunicação de leituras, solicitação de meios alternativos de pagamento (referências multibanco) e pedidos de ligação urgentes. Os serviços essenciais, nomeadamente o normal abastecimento de água e a drenagem de saneamento no concelho estão também totalmente assegurados. Os trabalhos que incluam a intervenção de piquetes técnicos, reparações de avarias, controlo de reservatórios, operadores de ETAR e técnicos de manutenção vão ser assegurados por turnos, estando uma segunda linha de colaboradores
em casa de prevenção. A adoção destas medidas, tomadas em sintonia com a Câmara Municipal de Gondomar, traduz o comprometimento destas entidades no combate à propagação do surto do coronavírus (Co-
ViD-19), através do reforço de medidas de prevenção e segurança, que ajudem a quebrar a cadeia de transmissão do coronavírus e que protejam os clientes, colaboradores, parceiros, gondomarenses e a sociedade, em geral.▪ PUB
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Destaque
Coronavírus: A Pandemia que marca o início do Século
gravidade do quadro. Diferentes vírus provocam diferentes respostas. 2. Como é que surgiu este novo Coronavírus? R. Acredita-se que o vírus tenha surgido por contato e transmissão de animal para homem, num processo chamado de Spillover, mas ainda não está definido o mecanismo exato nem o animal. 3. Qual é a particularidade deste novo vírus Covid-19? R. Tem múltplas particularidades, entre as quais a gravidade do quadro clinico e a velocidade de disseminação. 4. Quais são os principais sintomas quando somos contagiados? R. Os principais sintomas são os mesmos de uma infeção respiratória comum: febre, tosse, dor de garganta, rinorreia e congestão nasal, dores no corpo. Os doentes podem ainda apresentar-se com sintomas atipicos, como cefaleia isolada, dor abdominal, diarreia e vomitos.
Ao longo da história há relatos de várias epidemias que marcaram civilizações inteiras. Só houve apenas uma vez na história em que uma epidemia assustou milhares de pessoas ao redor do mundo que foi a Peste Negra. Hoje, a história repete-se e para marcar o início desta nova década o mundo tremeu com a pandemia do Coronavírus. O mundo está atento, as nações estão a sofrer com as perdas humanas, por isso, os apelos são constantes faça a sua parte e fique em casa. Para explicar-nos melhor esta epidemia, o VivaCidade esteve à conversa com o Daniel Pereira, especialista em Medicina Interna e Coordenador da Comissão de Controlo de Infeção do Hospital Escola da UFP. Texto: Gabriela Monroy
1.Por breves palavras, expliquenos o que é um vírus e quais as consequências que possui no corpo humano quando infetado?
R. Um vírus é uma particula que desencadeia uma resposta imunitária. Essa resposta é variada e a intensidade da mesma determina a
5. Quais são os principais grupos de risco? As grávidas fazem parte deste grupo? E os doentes oncológicos que já tenham realizado o tratamento e que se encontram estáveis, tem que ter cuidado com este vírus? R. Os grupos de riscos são as faixas etárias mais avançadas, particularmente o idoso com mais de 80 anos (mortalidade de cerca de 15%), os imunocomprometidos, doentes oncológicos (ainda que estáveis). As grávidas representam sempre grupo de risco porque é boa prática a proteção inerente, mas a expressão clínica em grávidas, salvo raras exceções, é ligeira. 6. Como é que contraímos este novo vírus? É verdade que é perigoso sair à rua? R. A transmissão ocorrerá essencialmente por via respiratória, tornando-se perigoso o contato próximo com qualquer pessoa. Outras formas de transmissão não estão ainda excluídas. 7. Os animais podem ser infetados? R. Não está ainda documentado em estudos.
8. Qual é o período de incubação deste vírus? R. Até 21 dias. 9. Depois de curados é possível contrair novamente o vírus ou ficamos imunes? R. Estão documentados casos de reinfeção e ainda se desconhece a verdadeira imunidade que a infeção confere, pois a epidemia é ainda muito recente. 10. Como é que nos podemos prevenir? O álcool em gel é suficiente?
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Destaque FOTO: DR
semelhantes: paracetamol, anti-inflamatórios. 15. Se formos detetados com o vírus, quais os procedimentos que devemos adotar? R. Isolamento social imediato e tratamento de sintomas no domicilio nas formas ligeiras e hospitalização nas formas graves. 16. O Fernando Pessoa faz testes para detetar o vírus? Tem algum custo para a população? R. Não. 17. Existe algum caso no Hospital Fernando Pessoa? R. Internado não. Mas já foram assistidos casos positivos no Serviço de Urgência, Consulta e Serviço de Radiologia. 18. O Fernando Pessoa tem capacidade para combater este vírus caso tenham algum infetado? R. Neste momento não. 19. Quais as medidas de prevenção que adotaram? Tem equipamento suficiente para o combate? R. Todo o funcionamento e circuitos da instuição foram adaptados para proteger os profissionais, utentes que recorrem à instituição e utentes internados de eventual transmissão. Neste momento existe uma restrição importante de equipamentos de proteção individual em todo o mundo e o uso da existente deve ser adequado para não suprir ainda mais esta carência.
R. Evição de contatos inferiores a 1 metro com todos, uma vez que hoje sabemos que a infeção está na comunidade e que os assintomáticos também poderão transmitir o vírus, lavar frequentemente as mãos e o uso de máscara (se por todos) também poderá quebrar a cadeia de transmissão. As soluções alcoolicas, se tiverem uma concentração superior a 60%, inativarão o vírus. 11. O Covid-19 pode ser transmitido através de alimentos?
R. Desconhecendo como foi feito o spillover para a nossa espécie, temos de presumir que sim. Ainda, se um indivíduo infetado confecionar uma refeição para mim, poderá transmitir para o meu alimento particulas víricas caso não tenha o máximo cuidado. 12. Qual a resistência deste vírus nas superfícies e nos materiais? R. O vírus pode sobreviver, nas condições ideias, até 9 dias em determinadas superfícies. 13. Qual é o tratamento possível?
R. Neste momento o tratamento é de suporte dos orgãos em falência e dos sintomas, ainda não foi aprovado nenhum tratamento específico e que module a evolução ou o resultado final. 14. Os antibióticos são eficazes? Quais os medicamentos que podemos tomar para combater os primeiros estados gripais? R. Não, pois os antibióticos não atuam diretamente sobre o vírus. Na fase inicial o tratamento é o habitual para os quadros viricos
20. Têm ou tencionam ter alguma parceria com hospitais públicos aqui do norte, por exemplo na colaboração de equipas médicas, caso está situação fique mais grave? R. Neste momento, com a declaração do estado de emergência, ainda não sabemos como vai ser implementada a organização e a perceria com instituções públicas. Quando a situação agravar, que se prevê nos próximos 30 dias, o que se prevê pela saturação dos serviços de saúde nos hospitais públicos e dificuldade da população geral em cumprir com a conteção socal, é provável que esta articulação aconteça, de forma semelhante ao que acontece neste momento em Itália. ▪
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Gonçalo Lixa Médico Veterinário, Clínica Veterinária do Taralhão
Posto de Vigia
Sociedade
Manuel Teixeira
Medidas de limpeza implementadas contra COVID-19
Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)
“Cães e Gatos em Tempos de COVID19”
Não morrer do virus nem da cura
Muito se tem escrito, especulado e desesperado acerca do novo vírus SARS CoV-2, causador de COVID19, que todos os dias tem colocado à prova a capacidade de resiliência e solidariedade da todos. O número de casos aumenta, e com eles aumenta a necessidade de confinamento e distanciamento social, bem como o medo deste inimigo, “cobardemente” invisível. Enquanto Médico Veterinário, o trabalho na Clínica Veterinária do Taralhão continua. Fomos uma das profissões autorizadas a exercer a sua vocação, em tempos de Estado de Emergência Nacional, e é com orgulho e dedicação que todos os dias nos levantamos para tratar e cuidar os nossos amigos de quatro patas. Nada como o ronronar de um gatinho no nosso colo, ou a alegria de um cão ao ver-nos na sala de espera. Pode parecer cliché, banal ou de pouco valor, mas em tempos de COVID19, esta “felicidade gratuita” vale mesmo ouro. Há doenças e problemas em animais que não podem mesmo esperar, e daí a importância de continuarmos disponíveis. Será a COVID19 uma delas? Afetará a COVID19 os cães e os gatos? De acordo com a Organização Mundial de Saúde, “atualmente não existem provas de que cães e gatos possam ser infetados com o novo coronavírus, ou transmiti-lo aos seres humanos”. Apesar de tudo, e sabendo que o vírus pode aguentar vários dias em superfícies inanimadas, fará todo o sentido termos cuidado para que o nosso animal não funcione como fomite (portador do vírus sem que este o consiga infetar, mas transportando-o no pelo e patinhas). “Que cuidados ter, então, aquando das idas do meu animal ao exterior?” Evitar passeios longos e nunca permitir o contacto com outras pessoas ou animais. Chegando a casa, promover a higienização das patinhas com água e sabão rosa ou toalhitas à base de clorohexidina. “E se estou infetado? Que acontece com o meu animal?” Primeiro de tudo, as rápidas melhoras! A regra a seguir é a de não permanecer com o seu animal se este for contactar com outras pessoas. Se for o único cuidador do seu animal e não tiver ninguém próximo que possa assegurar a sua alimentação e bem-estar, informe-se com o seu veterinário sobre as opções existentes na sua área. Importante: Abandono não é opção! Não abandone quem nunca o abandonaria a si. Qualquer dúvida adicional, teremos todo o gosto em responder, para o contacto 934982307 ou cvtaralhao@gmail.com. Não nos esqueçamos que os esforços de hoje serão os sorrisos de amanhã, sempre na melhor companhia dos nossos amigos de quatro patas!
1 – Ainda não passaram duas semanas desde que o país real começou a acordar para o pesadelo da pandemia que sufoca o mundo. E a cada dia que passa vemos e ouvimos coisas cada vez mais aterradoras. Mas o pior de tudo isto é o gigantesco grau de incertezas com que acordamos todas as manhãs. E para a paz do espírito, nada pior do que o desconhecido. Porque ficamos sem chão, lutando apenas com hipóteses. Nem vale a pena fazer perguntas, porque as respostas serão sempre hipotéticas. Mesmo quando temos por referência as boas ou más experiências de quem sentiu primeiro que nós o peso desta cruz pandémica. Com mais ou menos certezas sentimos a cada dia que esta guerra sem armas convencionais está a deixar um rasto de destruição maciça em praticamente todo o planeta. Se não em mortes, pelo menos nas consequências. 2 – As mais poderosas máquinas económicas paralisaram. Nenhum dos três blocos de referência – economia asiática, economia europeia, e economia americana – poderá considerar-se livre dos dramáticos efeitos da pandemia. Porque ninguém sabe até onde poderemos ir. Mas num mundo cada vez mais global, todos dependem de todos. Deixou de haver espaço para cada país olhar apenas para os seus interesses. Porque neste caso, o egoísmo é suicida. Ruíram os sonhos e relevam os pesadelos, por maior que seja o otimismo. É hora de deixar de olhar para os troféus económicos ou de desenvolvimento de cada um. É hora de começar a carregar a cruz deste calvário. O calvário do desassossego das pessoas e das famílias. O calvário dos já infetados e dos que o hão de ser. O calvário das empresas e dos trabalhadores. O calvário dos decisores políticos e dos agentes económicos. O calvário de todos nós. 3 – É por tudo isto que os governos, sejam eles quais forem, os nossos ou os dos outros países, se sentem verdadeiramente impotentes. Porque se as escassas projeções económicas que existem, ainda de forma incipiente, se vierem a confirmar, a Europa pode estar à beira do colapso. Basta que a pandemia não seja controlada até ao fim do ano, e que a normalidade económica se mantenha esmagadoramente paralisada no velho continente. Já todos nos demos conta que esta pandemia mata rápido, e que o seu controlo, além de lento, é uma incógnita para todos. Ninguém sabe quanto tempo se vai manter este caos sanitário e económico. Ninguém sabe se haverá apenas um ou sucessivos surtos epidémicos. É por isso que todos temos de estar unidos no mesmo objetivo e no mesmo combate. As autoridades mundiais, europeias, nacionais e locais. Porque não queremos nem morrer da doença, nem da cura…
Devido ao estado atual da Saúde Pública, a Câmara Municipal de Gondomar implementou medidas para a segurança pública desinfetando todas as vias públicas, bem como os equipamentos de resíduos de utilização pública, como por exemplo, os caixotes do lixo. Para este feito, foram asseguradas as medidas de segurança imposta pela Organização Mundial da Saúde, da APA e da ERSAR, sendo assim as limpezas são realizadas por equipas especiais encarregues de utilizar desinfetantes com soluções à base de hipoclorito de sódio, peróxido de hidrogénio ou álcool nas vias públicas. A medida pretende proteger a população do vírus COVID-19. A Câmara Municipal apela a colabora-
ção de todos os seus cidadãos para o risco de contágio e pedem para que os Gondomarenses adotem as seguintes medidas de proteção: “Deixar sempre fechadas as tampas dos contentores; Não colocar os sacos do lixo no chão; Não atirar lixo ou resíduos para as vias e espaços públicos; e colocar sempre os resíduos das luvas, máscaras e lenços de papel, no contentor do lixo comum”. Caso o utente tenha algum familiar infetado, ou em vigilância por se considerado suspeito de infeção, o seu lixo também poderá estar contaminado, assim deve ter os seguintes cuidados: “Não encha totalmente os sacos - Todos os resíduos produzidos pelo(s) doente(s) e por quem lhe(s) prestar assistência devem ser colocados em sacos de lixo resistentes e descartáveis, com enchimento até 2/3 (dois terços) da sua capacidade; e os sacos devidamente fechados devem ser colocados dentro de um segundo saco, devidamente fechado, e ser depositado no contentor do lixo comum”. ▪
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Dia com o Presidente...
Um dia com o Presidente ...
Natural de Fânzeres, Isidro Sousa, foi viver para Foz de Sousa há já 40 anos. É, atualmente, o Presidente da União de Freguesias de Foz de Sousa e Covelo. O VivaCidade acompanhou o Presidente por um dia. Texto: Gabriela Monroy
O dia do Presidente Isidro começa por volta das 9.15/9.30h na sede da União de Freguesias de Foz de Sousa e Covelo - Junta de Foz de Sousa. Logo quando chega, cumprimenta toda a sua equipa e começa a resolver todas as burocracias que estão pendentes na sua secretária. Isidro Sousa começa por apresentar-nos a sede da União de Freguesias, no meio da visita guiada, revela-nos que neste momento a junta está em obras porque necessitava de uma arrecadação para guardar todos os materiais utilizados no dia a dia, o autarca revela-nos ainda que desde que tomou posse, tem vindo a renovar a cara dos dois edifícios das Juntas de Foz de Sousa e Covelo. Enquanto realizávamos a visita, o Presidente revelou que muitas vezes a sua
agenda não é constante e que a adapta ao seu dia a dia, tentando ser sempre flexível conforme as necessidades dos seus cidadãos. Ao meio da manhã começa por revelar que a sua União de Freguesias tem potencial para ser um destino turístico rural, Isidro começa por revelar-nos que a Câmara tem feito alguns investimentos para melhorar esse setor, um dos projetos que se encontra a decorrer é a linha de Midões, que começa em Covelo, passa à frente da Junta de Freguesia de Foz de Sousa e termina na Marginal. A Junta esteve encarregue de dialogar com os proprietários dos terrenos, que segundo Isidro, esta serve como um intermediário entre a população e a Câmara. O caminho pedonal encontra-se em fase de conclusão e “será, sem dúvida, um dos locais preferidos dos apaixonados pela natureza”, o autarca aproveitou o momento para destacar que é importante preservar o património das Freguesias
"Um grupo de populares tem realizado nos oitos moinhos, transformando-os num local “magnifico”, destacando que toda a requalificação realizada foi da responsabilidade dos mesmos"
e releva todo o trabalho que um grupo de populares tem realizado nos oitos moinhos, transformando-os num local “magnífico”, destacando que toda a requalificação realizada foi da responsabilidade dos mesmos e que eles tem vindo a suportar com os custos, Isidro aproveitou o momento para homenagear o grupo e referiu que são pessoas assim que fazem a diferença. De volta ao seu gabinete, o tema da dessegregação das Freguesias foi discutido. A sua posição era óbvia. Neste momento, não é aconselhável uma dessegregação de Freguesias, pelo menos, no Alto Concelho, são realidades completamente diferentes em comparação às Uniões de Freguesias mais urbanas de Gondomar, “essas sim podem até fazer sentido desagregar”. As Freguesias do Alto Concelho são grandes em território, mas contêm pouca população. “Desagregar uma Freguesia seria começar do zero, após tantos anos, isto é um tema muito complicado”. O Presidente continua referindo que quando houve a junção das freguesias, em 2013, Foz de Sousa assumiu a divida económica que Covelo detinha na época, tornando-se assim injusto dessegregá-las. “Com esta União de Freguesias os cidadãos ganharam com um Presidente de Junta presente. Eu sou um Presidente de Junta que gosta de
estar presente e não no gabinete”. O responsável admitiu que ambas as Freguesias são tratadas de forma igual e que não destaca uma mais do que outra. “Ambas merecem muito respeito e atenção. E apesar de que em Foz de Sousa nós temos mais habitantes (cerca de 7 mil) do que em Covelo (cerca de 2 mil), eu respeito ambos os lados e para mim não há preferências”. No meio da conversa, ao ser confrontado com a questão da falta de transportes que os residentes da União de Freguesias têm vindo a reclamar, Isidro referiu que este é um problema que se arrasta por todo o Alto Concelho. Na mesma linha constatou que, quem vive na marginal, a ligação dos transportes é muito boa e abundante, agora quem vive no interior de ambas as Freguesias a realidade é totalmente diferente. Isidro referiu que no passado, teve várias reuniões com a Gondomarense para colocar um circuito em ambas as Freguesias, os estudos realizados pela empresa constataram que tal projeto não era possível de realizar por falta de população para manter um percurso constante, no entanto o autarca referiu que “as pessoas têm razão, quando dizem que não há muito transporte na freguesia”. O edil constatou que a única solução para resolver esse problema era a própria Junta adquirir uma carrinha e contratar um motorista, no entanto, revelou que a Junta não tem dinheiro para comprar outra carrinha. O mesmo constata que a única solução era a Câmara de Gondomar, fornecer uma carrinha e a Junta encarregava-se da despesa salarial do motorista.
"O mesmo constata que a única solução era a Câmara de Gondomar, fornecer uma carrinha e a Junta encarregava-se da despesa salarial do motorista" Após o almoço, fomos em direção à Junta de Covelo, pelo caminho o tema abordado foi o ambiente. Questão que preocupa muitos populares de ambas as Freguesias, principalmente em alturas de cheias, em que as inundações são constantes devido ao lixo acumulado nos rios. Isidro, reconhece o problema e evidência que o quesito do ambiente é um tópico que o preocupa muito. “É verdade, a população tem razão, quando acontecem as cheias vêm muito lixo nos rios, até cadáveres de animais e depois se este lixo encalhar
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Dia com o Presidente... é um cheiro muito forte, nós já tivemos esses problemas em que tivemos que agir. Além disto, vem milhares de garrafas, há pouco tempo mandei tirar centenas de garrafas que estavam depositados perto de uma ponte centenária no rio ferreira”, Isidro refere que este tipo de situações não podem acontecer e que as pessoas tem que começar a ter mais respeito pelo próximo, “há pessoas que vem os rios como vazadouros e isso é gravíssimo”, “se calhar era bom realizar uma reunião geral para sensibilizar toda a população”. O autarca continuou referindo que quanto às limpezas dos rios a “Câmara se optasse por um projeto destes de limpeza, a Junta também participaria, mas agora nós não temos materiais para fazer uma limpeza nos rios, mas a Câmara tem”. Isidro apontou que a população têm razão quando diz que este problema é de inteira responsabilidade da Junta e da Câmara. Chegando à Junta de Covelo, Isidro confessa que o projeto aprovado pela Câmara da rede de saneamento, no valor de 4.5 milhões de euros é “um investimento elevado e relevante, e é de louvar quer as Águas quer a Câmara pelo investimento. Foz de Sousa é constituída por sete lugares, neste momento não tínhamos nenhum lugar com o saneamento a 100%, embora que haja uns que estão muito melhor do que outros” “este investimento é muito bem vindo. Porque nós temos
uma freguesia muito grande que tem que se investir mesmo, isto é um valor base porque pode surgir sempre alguma coisa de última hora”. O autarca mencionou que há dois anos o Posto de Correio de Covelo encerrou e que esteve durante muito tempo em negociações com a sede, “porque para a população esta medida era horrível principalmente para os mais idosos”, assim, após várias reuniões, eles deixaram alguns impedimentos e “essas restrições dão um prejuízo à Junta de cerca de 300 euros por mês que consequentemente mexeu com o nosso orçamento”. Na Junta de Covelo, a rotina é a mesma, após cumprimentar todos os funcionários e de tratar de toda a burocracia, conduz-nos pelo edifício da Junta, onde mostra as obras que estão a ser realizadas para criar um bar apropriado para os funcionários poderem comer e onde a “população pode ser bem recebida”. Após concluir todas as burocracias, Isidro vai conferir a obra que está a ser realizada junto ao cais da Lixa. A empreitada consiste numa rotunda que está a ser construída para controlar a velocidade do trânsito naquela zona. O custo desta obra é cerca de 1 milhão de euros. Enquanto verificamos o local, o Presidente refere que, brevemente, com o apoio da Câmara irão realizar obras mais pequenas, como o alargamento da Rua da Concharela, onde a casa velha que está lá no local irá ser
demolida para que os carros consigam circular melhor, “a negociação da casa foi muito difícil” e “espero que a Câmara reconheça o esforço que a Junta faz para negociar com os proprietários”. No final do dia e de volta à sede da União de Freguesias, Isidro fez-nos algumas revelações tais como, a Rua Combatente Rolando Santos Pinto, em Covelo, que segundo o autarca, a obra custou cerca de cinco milhões de euros e que, atualmente, falta muita manutenção por causa da relva, o mesmo diz que até pode disponibilizar os serviços da Junta para o fazer em vez da Câmara, mas “mas esta tem que pagar, porque não podemos suportar estes custos”. Isidro Sousa também nos referiu que assinou um contrato que permitirá no Futuro a renovação do Cartão de Cidadão no Espaço Cidadão da Junta. Antes de acabar a entrevista, foi perguntado se Isidro já tinha realizado tudo o que pretendia pela União de Freguesias ou se ainda havia algum projeto que gostaria de realizar. O autarca começa por referir em Covelo gostaria de realizar um centro de dia com todas as condições para a população envelhecida daquela zona. Devido à falta de crianças a escola de Leverinho fechou, “e desde então eu gostava muito de fazer um centro naquele
“Tenho receio de sair e não conseguir concretizar estas obras, porque não sei se serei novamente candidato” edifício”, “há uns três ou quatro anos atrás realizei um contrato de comodato com a câmara municipal e, eles deram-nos a escola, tenho já algum dinheiro que adquirimos com a ajuda de populares, por exemplo os proprietários de terrenos que nos deixaram levar alguma lenha que depois acabamos por vender para conseguirmos adquirir alguma quantia monetária”, segundo o mesmo a obra já começou, mas falta o apoio da Segurança Social, “porque não quero estar a sobrecarregar a população”. Em Foz de Sousa, o Presidente gostaria ainda de construir um anfiteatro, nem que fosse só um palco para que as Coletividades e a própria Junta pudessem realizar mais eventos, o local seria num terreno que se localiza ao pé do edifício da Junta de Foz de Sousa. Duas lacunas, em dois concelhos que Isidro considera essencial para a população. O Presidente conclui referindo: “tenho receio de sair e não conseguir concretizar estas obras, porque não sei se serei novamente candidato”. ▪
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Casa Cheia na estreia de Festival de São Pedro da Cova A estreia do Festival de São Pedro da Cova contou com a lotação esgotada na Cripta da Igreja de São Pedro da Cova e trouxe o bom humor à população Gondomarense. O primeiro dia do Festival contou com a atuação da peça “Volt’a a Portugal em Revista” com Natalina José e António Calvário, dois grandes nomes da música popular e da revista portuguesa. Em conversa com o VivaCidade, Natalina José enalteceu a iniciativa realizada pela Junta e confessou que foi uma noite em que o público se divertiu e que, consequentemente, a própria equipa do Festival ficou maravilhada com a boa disposição de todos os presentes. Natalina aproveitou ainda para referir que este tipo de Festivais deveria decorrer em todas as freguesias do país, por-
que “é assim que valorizamos a Cultura”. António de Carvalho descreveu o público presente como caloroso e referiu que são eles que “nos fazem continuar a pisar o palco por muitos mais anos”. António vai de encontro com Natalina quando refere que são estas iniciati-
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Cultura
sente, com a peça “Quarto de Núpcias”. Devido à pandemia Coronavírus, as restantes atuações do Festival foram canceladas e aguardam ser reagendadas. A decisão foi tomada para prevenir a propagação do vírus e salvaguardar a vida de todos os Gondomarenses. ▪
> Atores da peça “Volt’a a Portugal em Revista” com a equipa da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova
Equipamentos informáticos para todos Devido à situação atual de epidemia mundial, o Ministério da Educação, cancelou as aulas dos menores com vista a prevenir possíveis contágios. Gondomar não é exceção e muitos alunos tiveram que socorrer à tecnologia para ficar em contacto com o contexto educativo. No Município de Gondomar estão inscritos cerca de 16.800 alunos. Nessa linha, a Câmara Municipal de Gondomar decidiu que todos os alunos deveriam ter esta possibilidade de aceder a este mundo tecnológico para
vas que valorizam a cultura “e graças a elas conseguimos levar o teatro aos que não conseguem ir às grandes salas de teatro de Lisboa ou do Porto”. No fim de semana do dia 7 de março, foi a vez do Grupo Paroquial de Teatro de São Pedro da Cova animar o público pre-
VIVACIDADE
que o acesso à educação seja mais facilitado, assim todos os educandos que não tenham um computador em casa receberão um tablet. Nesta primeira fase foram disponibilizados 800 tablets com a plataforma interativa de +saber. A distribuição destes equipamentos, bem como a seleção dos alunos foram realizadas pelos 11 agrupamentos de escolas, sendo que, também será disponibilizado o acesso à internet a todo os alunos sempre que os agrupamentos justifiquem a necessidade. ▪
Jornal VivaCidade 26/03/2020 Luís Manuel Figueiredo Branco Notário de Matosinhos NIF 115 519 890
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Certidão LUÍS MANUEL FIGUEIREDO BRANCO, notário com Cartório na Rua Ló Ferreira, nº 143, 1º andar, sala B-2, da cidade de Matosinhos: CERTIFICO, para efeitos de publicação, que, neste cartório, a folhas 115 e seguintes, do livro de notas 109-E, se encontra exarada uma escritura de justificação, outorgada em 05/03/2020, na qual MARIA DE FÁTIMA FERREIRA PINTO, natural da freguesia de Valbom, do concelho de Gondomar, casada com Francisco de Freitas Dias da Costa, sob o regime de comunhão adquiridos, residente na rua Coelho Neto, nº43, da freguesia de Bonfim, do concelho do Porto, declarou que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio rústico composto por um terreno de horta, com área de 291 metros quadrados, situado na travessa dos Belos Ares, da União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, do concelho de Gondomar, a confrontar do norte com a travessa dos Belos Ares, do sul com Rua dos Belos Ares, do nascente Virgílio de Almeida e do poente com Jorge Manuel Coelho Gomes, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Gondomar, e está inscrito na respetiva matriz predial rústica sob o artigo 8145. Que, este prédio veio à posse e domínio dela, justificante, no ano de 1990, em dia e mês que não sabe precisar, tendo ao tempo o estado de divorciada, por doação verbal efetuada pelos pais dela, justificante, António Pinto e Maria Amélia Ferreira de Jesus, casados sob o regime de comunhão geral, residentes que foram na rua dos Belos Ares, nº 41, da dita União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, atualmente falecidos. Que, contudo, a escritura de doação referente a esta aquisição, nunca chegou a ser celebrada. Que, não obstante tudo isto, ela, justificante, entrou na posse deste prédio rústico no dito ano de 1990, e tem usufruído de todas as utilidades por ele proporcionadas, cultivando o terreno, colhendo os seus frutos, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo reconhecida como sua dona por toda a gente, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacificamente, porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, e tudo isto por lapso de tempo bastante superior a vinte anos. Que, dadas as características de tal posse, ela justificante, adquiriu o referido prédio rústico por usucapião, direito que, pela sua própria natureza, não o pode comprovar por qualquer título formal extrajudicial. Está conforme. Matosinhos, 9 de março de 2020.
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Política
Reunião Pública Mensal No início do mês de março realizou-se, em Jovim, a terceira reunião ordinária pública mensal da Câmara Municipal de Gondomar, no edifício da Junta de Freguesia. Antes de começar a reunião, o Vice-Presidente Luís Filipe Araújo referiu que o Presidente Marco Martins estava ausente devido a compromissos profissionais inadiáveis e que seria ele que o representaria. Após o resumo da tesouraria, começou-se por apresentar o ponto dois
que corresponde à prorrogação do prazo por erros e omissões da ratificação do despacho proferido pelo Presidente da Câmara no dia 28 de fevereiro quanto à “Reabilitação da antiga Escola Básica da Lixa para adaptação a Posto Territorial da GNR”, o ponto foi aprovado por maioria. Quanto à terceira proposta levada à reunião sobre o “Fecho do Sistema de águas residuais de Gramido- subsistema de Esposade e Sousa” foi aprovada com três abstenções. O ponto quatro e cinco foram votados em sintonia sendo aprovados por maioria, com uma abstenção e dois votos contra. A proposta apresentada corresponde ao “Percurso da
Via estruturante Norte-Sul (Pedonal e Ciclável)”. O sexto ponto apresentado foi aprovado com unanimidade e diz respeito a apoios financeiros ao contrato do programa de desenvolvimento social das Paróquias do Município de Gondomar/ Conferências de São Vicente de Paulo. No ponto sete corresponde ao pedido de emissão do parecer à constituição da compropriedade do prédio rústico localizado no lugar da Moreira, em Melres, a proposta foi aprovada por maioria. Quanto ao ponto oito que corresponde à atribuição de um apoio financeiro à Associação Juvenil de Gondomar- Wish Ferreirinha, ao ponto nove que referencia a atribuição de um subsídio ao Clube Naval
Infante D. Henrique, à proposta dez que propõe a atribuição de subsídios para a Final da taça de Portugal de Voleibol e andebol, à proposta onze que corresponde à redução /isenção de pagamentos de taxas de utilização do Multiusos de Gondomar e à doze que aborda a proposta do Programa de Ocupação de tempos livres das férias da Pascoa de 2020 foram aprovados por unanimidade. A última proposta corresponde ao Centro de Investigação e astronomia astrofísica da Universidade do Porto que pretende trazer a ciência para Gondomar. Com esta medida os alunos das escolas irão sair beneficiados. A proposta foi aprovada com unanimidade. ▪
Ministério do Mar anuncia medidas de apoio
No documento constam cinco medidas. A primeira norma visa agilizar os pagamentos, para esse efeito foram implementadas as seguintes medidas: “Sempre que, por motivos não imputáveis às empresas e demais entidades privadas beneficiárias do programa, não seja possível a validação do pedido de pagamento, no prazo de 20 dias úteis contados da data da respetiva submissão pelo beneficiário, o pedido é liquidado a título de adiantamento”; “Os pedidos de pagamento validados nos termos da alínea anterior são pagos até ao valor máximo de 70% do apoio público que lhe corresponda, com periodicidade semanal”; Agora
é possível que os “beneficiários do programa submeter pedidos de pagamento com base em despesa faturada, mas ainda não paga pelo beneficiário, sendo esta considerada para pagamento a título de adiantamento, desde que a soma dos adiantamentos já realizados e não justificados com despesa submetida e validada não ultrapasse os 50% da despesa pública aprovada para cada projeto”. No segundo ponto está descrito que agora “São elegíveis para reembolso as despesas comprovadamente suportadas pelos beneficiários em iniciativas ou ações canceladas ou adiadas por razões relacionadas com o COVID-19, previstas em projetos aprovados”. A terceira medida implementada pretende complementar o ponto dois e refere que “não são penalizados os projetos que, devido aos impactos negativos decorrentes do COVID-19, não atinjam o orçamento aprovado e a plena execução financeira prevista na concretização de ações ou metas, podendo ser encerrados como concluídos desde que não ponham em causa o alcance dos objetivos para os quais a operação foi aprovada”. A quarta ajuda apresentada consta que “. Sempre que necessário, quando o prazo contratualmente definido para a conclusão do projeto tiver por referência o ano de 2020, esta data é objeto de alargamento, para 2021 e em prazo compatível com a finalização da sua execução físico-financeira”.
FOTO: DR
Em comunicado ao VivaCidade, o Ministério do Mar anunciou as medidas de apoio no âmbito do programa Mar 2020 com o intuito de minimiar os impactos económico-financeiros devido à situação epidemiológica atual- Coronavírus. O Ministério anunciou estas medidas excecionais de apoio “às empresas e outras entidades beneficiárias do Programa Operacional Mar 2020”.
A quinta e última medida anuncia que “é autorizada a apresentação de um maior número de pedidos de pagamento, para além do limite estabelecido na medida de flexibilização já adotada em finais de 2019, que permite a submissão de até 10 pedidos de pagamento em cada projeto”. O Ministério do Mar garante ainda que na área especifica do Mar, foi assegurado o funcionamento das lotas e da primeira venda do pescado que, tendo como base um plano de contingência exigente assegurada pela DOCAPESCA
continuará a abastecer pescado aos portugueses. No entanto, para evitar possíveis contágios, estão suspensas, todas as visitas externas às lotas e portos de pesca, será condicionada a “entrada de compradores e amadores/pescadores no recinto da lota” e todo o recinto terá um reforço na limpeza. A nível social, o processo de “pagamento do Fundo de Compensação Salarial dos Profissionais da Pesca prevendo-se o pagamento no início do mês de abril de 508 candidaturas que envolvem 350 mil euros”.
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Desporto
Torneio D’Ouro de Minibasquete O Multiusos de Gondomar foi o palco do 6º Torneio de Minibasquete “5 D’Ouro” -1º Torneio Nacional de Clubes Sub12, que pela primeira vez, em Portugal, foi realizado uma competição nacional do escalão, que contou com 30 equipas oriundas do Norte ao Sul do país.
ra. O Portimonense conquistou o terceiro lugar. Para a organização do evento, “apesar da confiança decorrente de eventos anteriores, era patente o receio inicial pela exigente dimensão, logística e expectativas que o torneio implicava. No final, as opiniões unânimes de absoluto
sucesso em todas as vertentes (desportiva, social e cívica)”. Os organizadores aproveitaram o momento para agradecer ao Presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, Manuel Fernandes, “que visitou a iniciativa e demonstrou-se entusiasmado com a ideia de um evento regular tam-
bém apoiado e participado pela entidade federativa” O evento foi organizado do Club 5Basket e contou com o apoio institucional da Câmara Municipal de Gondomar, com a Junta de Freguesia de Rio Tinto e com o Agrupamento de Escolas de Júlio Dinis (Gondomar). ▪
O torneio contou com cerca de 450 participantes e 150 voluntários, concretizaram-se 88 jogos nos cinco campos desenhados no Multiusos de Gondomar e a realização de concursos individuais de agilidades técnicas da modalidade. No apito final, a equipa do Galitos de Aveiro ganhou no encontro com a equipa anfitriã Club 5Basket por 38x24, tornando-a a equipa vencedo-
Pedro Soares no Karting Nacional Com apenas 9 anos, o piloto Pedro Soares iniciou a quarta época no Karting de Competição e a primeira na competitiva categoria juvenil, considerada como a nova classe-rainha da modalidade. Pedro é um dos pilotos mais jovens da categoria juvenil.
No fim de semana de 7 e 8 de março, o piloto voltou ao circuito de Leiria para participar ma primeira prova do Campeonato de Portugal de Karting. Nos treinos cronometrados, com algumas dificuldades em adaptarse ao novo andamento do Karting, saiu para a 1ª e 2ª manga em 14º. Nas corridas finais, conseguiu subir posições, mas com dificuldade, uma vez que a sua preparação física ainda não acompanhou os requisitos necessários. Verificou-se que estamos perante uma categoria muito competitiva e que certamente conseguiremos evoluir.
No final da prova, o jovem piloto de Gondomar referiu que “esta foi apenas a minha primeira prova na categoria de juvenil, num pelotão com mais de 20 pilotos, mas sinto que estou a
conseguir adaptar-me. Ficámos próximos do top 12, mas faltou a preparação física e alguns treinos. Estou certo de que na próxima corrida já estarei mais bem preparado”. O jovem piloto,
com um kart completamente renovado, deu a conhecer todo o seu projeto em Leiria, contando com o apoio de muitos parceiros de Gondomar e outros nacionais. ▪
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Cristiano Santos: “O futsal entrou na nossa vida através do Ricardinho, quando nós estudávamos na escola secundária de Gondomar” Cristiano e Rúben Santos são irmãos gémeos que partilham a mesma paixão pelo Futsal e pela arbitragem. O VivaCidade esteve à conversa com os irmãos Santos para descobrir a história por detrás destes dois Gondomarenses. Contem-nos um pouco da vossa história, como é que o Futsal entrou na vossa vida? Cristiano Santos: O futsal entrou na nossa vida através do Ricardinho, quando nós estudávamos na escola secundária de Gondomar, recebemos uma vez a visita dele, na primeira época dele ao serviço do Benfica. Nesse dia vimos um jogador a fazer enumeras habilidades com a bola, e como alguns dos nossos colegas de escola que eram amigos dele, deu para conhecer o Ricardinho como um rapaz normal que só gostava de jogar futsal. A possibilidade de ver um jogador fazer tantos “truques” e “malabarismo” com a bola despertou em nós uma vontade de conhecer mais a modalidade. A arbitragem pela vertente do futsal surge pelo facto do nosso irmão mais velho, à data, ser árbitro de futebol e nos sensibilizou para seguir uma carreira de árbitro. Como o gosto pelo futsal já tinha surgido optamos por seguir a carreira de árbitros de futsal e não de futebol. Acreditam que o desporto moldou a vossa personalidade? Rúben Santos: Sem dúvida, o desporto coloca-nos numa posição em que podemos ganhar e perder, faz parte da evolução de um ser humano saber lidar com as vitórias e as derrotas, o desporto providência essas oportunidades. Associado a isso, estamos sempre aprender a trabalhar em equipa, inclusive com pessoas que não conhecemos e com o desporto temos sempre a possibilidade de melhorar a nossa saúde. Houve alguém que vos inspirou? RS: Em termos de arbitragem, temos
CS: Foi um sentimento de grande realização, por atingir um objetivo que demorou vários anos a conseguir e fruto de muito trabalho, muitos sacrifícios e muito empenho.
grandes árbitros de futsal, nomeadamente, o Nuno Bogalho e António Cardoso, contudo também nos inspiramos em vários árbitros de futebol, como o Pedro Proença ou Paulo Costa. Dizem que a química de um irmão é insubstituível, com vocês funciona da mesma forma dentro de campo? Como é partilhar profissão com um irmão gémeo? O vosso comportamento dentro de campo é influenciado? CS: O facto de crescermos juntos, os valores que nos passaram foram os mesmos, isto leva a uma personalidade muito idêntica, esse facto permite que a perceção, forma de lidar e estar no jogo sejam muito semelhantes. Eu não chamaria de química, diria que temos uma personalidade com caraterísticas muito semelhantes. Ter a possibilidade de partilhar uma paixão com irmão é sentimento de felicidade, ainda mais quando temos os dois a mesma paixão e o sucesso de um é o sucesso do outro. O vosso companheirismo influenciou para que não desistissem pelo caminho? RS: Ao longo da carreira de árbitro, passamos por momentos bons e momentos menos bons, mas sempre nos apoiamos e quando refletimos se isso teve influência, sem sombra de dúvida que nos momentos menos bons um ajudou o outro a recuperar desse momento e conseguir voltar ainda mais forte. Quando é que se aperceberam que a
modalidade seria o vosso futuro? CS: Eu acho que esse momento surgiu quando chegamos ao quadro nacional da FPF, porque aí deixamos de ser árbitros da associação de futebol do porto para começar a realizar jogos em todo o país. Como é ser um árbitro profissional? Que tipo de exigências vocês possuem? Sofrem algumas restrições? Como é a vossa preparação física? RS: Em termos teóricos não somos árbitros profissionais, sendo que em termos práticos despendemos tanto tempo como os profissionais. A nível de exigências temos todas aquelas que um atleta de alta competição tem, como cuidar a sua condição física, através de treinos diários, descansar as horas necessárias e deter de uma alimentação equilibrada e adequada às funções. Existe algum segredo para uma boa arbitragem? RS: A tua equipa, se os três árbitros trabalharem todos em conjunto e em prol do mesmo objetivo, os erros podem acontecer, mas a sua probabilidade será muito menor, assim como os jogadores trabalham em equipa, se os árbitros também trabalharem o resultado será positivo. O que é que vos passou pela cabeça quando arbitraram pela primeira vez um jogo profissional?
No início da vossa carreira, alguma vez tiveram problemas em conciliar o ensino/trabalho com o mundo desportivo, antes de serem profissionais? Acreditam que dá para fazer tudo ao mesmo tempo? RS: Sim tudo é possível, se conseguirmos equilibrar as coisas. Ser muito disciplinado e organizado ajuda imenso para conseguir ter um trabalho normal e ainda ter uma carreira de árbitro na 1º divisão. Por vezes o tempo não chega e temos de procurar outras soluções, mas até ao momento sempre foi possível encontrar uma solução. Sentem que o desporto é essencial para a vida do ser humano? Ou para as crianças? CS: Se as crianças tiverem bons formadores/treinadores o desporto pode lhes ensinar a trabalhar em equipa, em sacrificar-se pelos seus colegas, a ter respeito pelos outros, são inúmeras as vantagens e as competências que as crianças adquirem para a sua vida e serem seres pessoas melhores no futuro. Portugal está a passar uma fase complicada, como é que veem o futuro do mundo desportivo, acreditam que haverá mais consequências para as modalidades que não tem a mesma visibilidade que o Futebol? CS: O Futsal e o desporto vão passar por uma fase muito difícil, mas acredito que vamos ultrapassar unidos, desde às federações, associações e aos clubes. Acham que o impacto vai ser grande para os clubes do município, os mais pequenos? RS: O impacto vai ser muito grande até que tudo volte ao que era, principalmente para os clubes mais pequenos que não tem tantos apoios, mas com a ajuda da Câmara tudo se irá resolver o mais depressa possível. ▪
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Desporto
Quatro combates, quatro vitórias O Multiusos de Gondomar foi o ringue do evento Level Up, que contou com dois combates amadores e quatro profissionais. Os profissionais que representaram Portugal neste encontro foram “Toupeirinha”, “Showman”, “Crosspunch” e “Monstro”. > Celestino Lima, Sandra Almeida e Wilker Faña
O início da Gala começou com um jantar onde esteve presente nomes importantes do Boxe Português, familiares dos atletas e com a presença dos apaixonados pela modalidade. A noite contou com a presença da vereadora Sandra Almeida e com José Carlos em representação de Marco Martins. Por volta das 22h, deu-se início ao frente a frente nos combates amadores. O primeiro combate da noite foi da responsabilidade de Celestino Lima e de Wilker Faña e contou com três assaltos de três minutos, do encontro Celestino Lima foi o vencedor. O segundo combate amador da noite foi entre Ricardo Teixeira e Mario Perez Faña. O espanhol não conseguiu derrotar o Português, consagrando Ricardo vencedor deste encontro ao fim de 3
assaltos de 3 minutos, a categoria disputada era de 81 kg. Antes de começar os combates profissionais, foram entregues algumas distinções a personalidades que marcaram o Boxe Português. O primeiro frente a frente profissional da noite foi com Jefferson da Silva “Toupeirinha” e Valentim Lancu, na categoria de 66 kg, do encontro saiu vencedor “Toupeirinha". O segundo confronto da noite foi da responsabilidade de Gonçalo Pinto “CrossPunch” e Alberto Serrano, na categoria de 66 kg. Gonçalo Pinto tirou o fôlego ao público presente no Multiusos de Gondomar, ao encaixar um soco no queixo do adversário que o deixou KO, o atleta referiu ao VivaCidade que conseguiu graças às instruções do trei-
nador e que “foi um golpe de sonho”. O quarto combate foi com Deiby Lima “Showman” contra Israel Muñoz, na categoria de 66 kg. Um encontro suado que originou na desqualificação de Israel Munõz. A rivalidade era patente
> Deiby Lima “Showman”
> Ricardo Teixeira e Mário Perez Faña
> Jefferson Silva "Toupeirinha" e Valentim Lancu
> Gonçalo Pinto "CrossPunch"
> Wisma Lima "Monstro" e Edwin Palacios
e, apesar do troféu ter ido para Deiby Lima, Israel Muñoz, aproveitou o momento para desafiar o atleta Português num confronto em Espanha. O combate mais esperado da noite era entre Wisma Lima “Monstro” e Edwin Palácios. O encontro acabou com a desistência do atleta espanhol Edwin Palácios por incapacidade física, assim Wisma ganhou por KO. Ao ser entrevistado pelo VivaCidade, Monstro revelou a sua revolta contra o seu adversário: “Este combate foi mesmo triste, o meu adversário não veio para lutar, veio só para receber o dinheiro, não gostei nada da sua atitude”. Quanto à Gala, a opinião entre os presentes era unânime, “bem conseguida” e “bem organizada”. Segundo os organizadores, estes eventos são importantes para a modalidade em Portugal. ▪
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Empresas & Negócios
Tudo o que precisa num só espaço A MALUANIMAL VET & SPA inaugurou um novo espaço mais amplo que possui o objetivo de preencher todas as necessidades dos seus clientes e todos os seus animais domésticos. A loja que se encontra situada na Rua da Cavada Nova nº13 e 31, em Rio Tinto, possui site para que todos os seus clientes possam, a partir de casa fazer as suas encomendas: www.maluanimal.com
A inauguração que teve lugar no dia 29 de fevereiro contou com muita animação e com a presença do Presidente da Junta de Freguesia da Rio Tinto, Nuno Fonseca que enalteceu todo o trabalho realizado no espaço. O novo espaço da MALUANIMAL
> Sandra Moreira e Luís Silva, proprietários da MALUANIMAL com o executivo da Junta de Rio Tinto
surge para satisfazer todos os pedidos dos clientes e abranger todo o mercado. Os dois edifícios contem todos os serviços disponíveis tais como, tosquias, banhos (SPA), posto de venda de medicamentos veterinários e uma loja com todos os produtos para os animais domésticos. O espaço proporciona ainda a possibilidade de transporte físico dos animais ao domicílio. Em maio irá ter a abertura de uma clínica ve-
terinária no mesmo espaço. Além do espaço físico a MALUANIMAL possui um espaço online onde, brevemente, o consumidor pode adquirir todos os produtos que são vendidos na Pet Shop. Todos os interessados também podem aceder ao Facebook e conhecer um pouco mais este espaço. O horário de funcionamento é de segunda à sexta, das 9h até às 19h30. Aos sábados o dia começa às 8h e encerra às 15h 30. ▪
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Lazer AGENDA CULTURAL
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Todos os eventos agendados foram cancelados e alguns reagendados para prevenir o contágio do COVID-19. O VivaCidade apela a todos os seus leitores que sigam as normas de segurança implementadas pelas entidades políticas responsáveis e que mantenham a calma. Antes de tomar qualquer decisão pense no próximo e evite situações de risco. Num momento onde a saúde está em crise, seja prudente e responsável, se está de quarentena fique em casa e evite locais públicos. Em caso de dúvida contacte a linha de apoio da SNS 24: 808 24 24 24
Joana Simões
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INGREDIENTES 400 g de açúcar 400 g Farinha para Bolos Branca de Neve fina 300 g manteiga com sal amolecida 200 g de queijo creme 6 ovos m 200 g queijo creme 4 cenouras 1 colher de canela em pó Manteiga para untar Farinha para polvilhar
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PARA A DECORAÇÃO: 100 g de miolo de amêndoa palitada 100 g açúcar 1 colher (chá) Manteiga Amêndoas de Páscoa a gosto q.b. Papel vegetal q.b.
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Dois amigos se encontram, depois de um ter ido ao médico: - Então pá, pareces preocupado… - Sim, e estou muito – responde o outro. – O meu médico disse que eu não posso mais jogar futebol. Diz o primeiro: - A sério? Foi algum exame que fizeste? E diz o segundo: - Não, ele viu-me a jogar…
RECEITA CULINÁRIA Bundt de cenoura e canela
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PREPARAÇÃO: Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte uma forma bundt (3 L) com manteiga e polvilhe com farinha. Reserve. Numa tigela, bata a manteiga com o queijo creme até ficar homogéneo. Junte gradualmente o açúcar, batendo por cerca de 5 minutos. Adicione depois um ovo de cada vez, batendo bem entre cada adição. Acrescente a Farinha para Bolos Branca de Neve, previamente peneirada, e envolva. Divida a massa por duas tigelas. Numa delas, envolva a canela e, na outra, as cenouras raladas. Deite alternadamente as massas na forma para criar o efeito mármore. Leve ao forno, pré-aquecido a 160ºC, durante cerca de 60 a 80 minutos ou até o palito sair seco. Retire do forno e aguarde 10 minutos antes de desenformar. Prepare a decoração: leve ao lume uma frigideira com o açúcar e deixe ferver até obter um caramelo. Junte a manteiga e envolva. Adicione a amêndoa palitada, mexa e deite depois sobre um tapete de silicone ou uma folha de papel vegetal. Deixe arrefecer totalmente e, de seguida, triture até ficar em pó. Desenforme o bolo sobre um prato de servir. Decore com o preparado em pó e com amêndoas de Páscoa a gosto. Sirva de seguida.
Por estes dias, a ida ao supermercado é das poucas razões que levam os portugueses a sair à rua. Deixamos alguns conselhos para uma alimentação saudável, em período de quarentena. Perante o cenário de pandemia de Covid-19 que se vive atualmente, a compra de bens alimentares exige algumas regras, sendo a primeira o bom senso. Para comprar aquilo que realmente precisa, é importante ter um planeamento semanal das refeições e elaborar uma lista dos alimentos e respetivas quantidades a comprar. Mesmo em quarentena é possível comer bem, por isso, para ir menos vezes às compras sem acabar com o consumo de frescos em casa, opte por alimentos frescos que duram mais: como as couves, cenouras, alho francês, ou laranjas, maçãs ou peras, no caso da fruta. Para além disso, os alimentos mais perecíveis devem ser consumidos em primeiro lugar e pode também comprar carne, peixe e legumes e congelá-los quando chegar a casa. As conservas (de leguminosas e de peixe) e os ovos apresentam normalmente uma validade mais alargada, pelo que constituem boas alternativas proteicas a incluir na sua lista. Até ao momento, a evidência científica atual mostra que não existe nenhum alimento específico ou suplemento alimentar que possa prevenir ou ajudar no tratamento do COVID-19. Porém, à semelhança de outras funções fisiológicas do organismo, o normal funcionamento do sistema imunitário pressupõe uma alimentação equilibrada rica em nutrientes (hidratos de carbono, proteínas e lípidos), vitaminas, minerais e água. Por isso, faça uma alimentação saudável baseada nas recomendações da Roda dos Alimentos, mantenha-se hidratado, ponha o sono em dia e faça exercício físico em casa. Neste momento de grande exigência, os consumidores portugueses podem continuar a contar com o empenho e a dedicação dos colaboradores da DECO. Linha telefónica “Dúvidas sobre Viagens COVID-19”: 21 371 02 82, das 10h às 18h. Gabinete de Apoio ao Consumidor da DECO: 22 339 19 60, das 10h às 18h ou por email: deco.norte@deco.pt
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Jornal VivaCidade 26/03/2020 Cartório Notarial Carla Carmo
Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que, neste Cartório, em treze de março de dois mil e vinte, de folhas cento e trinta e cinco a folhas cento e trinta e sete, do livro de notas para “Escrituras Diversas” número cento e cinquenta e oito – A, foi lavrada uma escritura de Justificação Notarial, na qual foram outorgantes: MANUEL VIEIRA DA MOTA, NIF 107 122 294, e mulher, JANUÁRIA FERREIRA DA SILVA MOTA, NIF 107 122 286, casados sob o regime da comunhão geral, ele natural da freguesia de Godinhaços, concelho de Vila Verde e ela da de Lomba, concelho de Gondomar, residentes na estrada D. Miguel, 191, união das freguesias de Gondomar (S.Cosme), Valbom e Jovim, concelho de Gondomar. DECLARARAM OS OUTORGANTES: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do prédio urbano, composto de terreno destinado a construção, com a área de setecentos e quarenta e três metros quadrados, a confrontar do norte com Manuel Ferraz de Castro Marques, do sul com Travessa D.Miguel, do nascente com Joaquim Fernando Oliveira Santos e do poente com Maria Manuela Conceição Pereira, sito na Travessa de D.Miguel, na extinta freguesia de S.Pedro da Cova, atual união de freguesias de Fânzeres e S.Pedro da Cova, concelho de Gondomar, não descrito na Conservatória do Registo Predial daquele concelho, inscrito na matriz a favor do justificante marido sob o artigo P16007, da união das freguesias de Fânzeres e S.Pedro da Cova, ao qual ATRIBUEM o valor de VINTE E NOVE MIL SETECENTOS E VINTE EUROS. Que não detêm qualquer título que legitime o seu domínio sobre o prédio, mas que o adquiriram há mais de vinte anos, em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta, já no estado de casados, por compra verbal feita a João Arnaldo Fontes Garrido e mulher, Rosa Angelina Vieira Alves Fontes, residentes que foram em S.Cosme, Gondomar. Que, desde então, e sem qualquer interrupção, têm usado e fruído o referido prédio, dele retirando todas as utilidades proporcionadas, demarcando-o, procedendo à sua limpeza. Tudo isto à vista de todos, sem oposição de quem quer que seja e na convicção de que não lesavam direitos de outrém. Que, o adquiriram ainda como rustico, mas não se recordam se o mesmo já tinha artigo matricial à data, mas que só agora verificaram que o mesmo não se encontrava inscrito junto do serviço de finanças competente, tendo, por isso, solicitado a respetiva inscrição, pagando os impostos necessários para o efeito. Que esta posse, exercida em nome próprio, pacífica, contínua, pública e de boa fé, desde há mais de vinte anos, conduziu à aquisição do referido prédio por USUCAPIÃO, o que expressamente invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeito do seu ingresso no registo predial, já que, dado o modo de aquisição, não detêm qualquer documento formal extrajudicial que lhes permita fazer prova do seu direito de propriedade perfeita. Que foram primeiros antepossuidores os acima indicados João Arnaldo Fontes Garrido e mulher Rosa Angelina Vieira Alves Fontes, desconhecendo quaisquer outros ante possuidores, bem como qualquer outro artigo matricial anterior dado o lapso de tempo decorrido. Que foram notificados da avaliação fiscal do imóvel e dela não reclamaram, tendo já decorrido o respetivo prazo. A Colaboradora com poderes delegados (Maria Almerinda Soares Cardoso – Nº 111/6)
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VIVACIDADE
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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal Joana Resende PS
Vivemos tempos diferentes. Tempos que nunca pensámos viver. Amedrontados, privados do que é a nossa vida normal, impedidos na nossa maioria de estarmos com os nossos. E no meio deste desafio, a pior sensação é ainda a incerteza. A incerteza do inimigo contra que lutámos, dos meios que temos disponíveis para sermos vencedores, e a maior angústia, de quanto tempo durará a nossa incerteza.
Valentina Sanchez PSD
Proteja-se a si e aos outros! Nestes dias, deixou de haver partidos políticos, hoje o único partido que existe é o do combate acérrimo a esta pandemia numa união e colaboração de todos. Sabemos que se TODOS nós cumprimos as indicações dadas pela DGS, pelos profissionais do Ministério da Saúde, por parte do governo, do poder local, a guerra a esta pandemia será temporalmente bem mais curta e vamos poder voltar à nossa vida habitual o mais rápido possível. OS cuidados de saúde primários de
Maria Olinda Moura CDU
O SNS é a garantia mais certa para o direito à saúde das populações. Nestes últimos tempos tem sido visível a percepção dos portugueses do importante papel que estes serviços têm no atendimento e cuidados de saúde a prestar aos cidadãos. Nem sempre foi assim. Muitas lutas, propostas e esclarecimentos sobre a necessidade de investimento neste serviço essencial têm sido travadas pelo partido comunista português e pelas populações, no sentido de serem criadas melhores condições de trabalho para quem labora nestes serviços mas também para que haja um investimento concreto em equipamentos, na criação
Uma grande certeza Mas não terá a Humanidade vivido sempre perante desafios? Não foi a nossa espécie posta à prova em todas as suas gerações por grandes contendas? Muito temos revisitado infelizmente a Gripe Espanhola, que assolou a Europa após a primeira Guerra Mundial, e que devastou muitos lares na geração dos nossos bisavós. Mas não terão também os nossos avós vivido com medo e incerteza todo o período da II Guerra Mundial, e do Pós-Guerra, com o mundo transformado em ruínas, e um renascimento necessário? E os nossos pais? Como terão eles vivido os tempos do Ultramar, sempre na incerteza de serem chamados à Guerra, ou de, já lá,
nunca saberem se alguma vez regressariam a casa? Este é um desafio vivido à escala mundial. Vivido agora e por nós, e por isso numa escala de intensidade que nunca julgámos possível. Mas reside o meu otimismo nisto: é a essência da Humanidade ser posta à prova e resistir. Sejam pragas, doenças, guerras ou catástrofes naturais, o ser humano tem a maior e mais brilhante capacidade; a de se adaptar. Vemos hoje as empresas a reformularem diariamente o seu dia-a-dia para manterem os seus colaboradores em teletrabalho, famílias a reorganizarem o seu quotidiano para não faltarem à assistência dos seus, às aulas à distância e a uma reinventada nor-
malidade. Assistimos a uma consciencialização nacional endógena, que nos une, sem cor nem ideal, mas com uma única premissa; a de que somos todos pessoas a sentir as mesmas inseguranças, e que todos queremos proteger o eu e o outro. Permitam-me por isso, que mesmo com medo também, seja uma otimista e uma humanista. Que acredite que mais uma vez a Humanidade vai ultrapassar um grande desafio, com mais ou menos obstáculos, e que será a força e a resiliência dos Homens a levar o Mundo ao seu Futuro. Mais do que incertezas, tenho uma grande certeza. No final, vai tudo ficar bem.
Conselho de um profissional de saúde Gondomar com o apoio da câmara municipal de Gondomar desenvolveram medidas de atendimento a doentes com problemas respiratórios e casos suspeitos de COVID- 19 com a criação de uma área dedicada a COVID-19 (ADC) que funcionará nas atuais instalações do SASU de Gondomar entre as 8 e as 20:00. Todas as receitas, atestados, baixas, declarações solicitadas às unidades do centro de saúde deverão ser preferencialmente solicitas e recebidas por sms ou e-mail evitando assim as deslocações. Nós profissionais de saúde estamos no terreno e a fazer tudo o que nos é possível para impedir a propagação da epidemia, o despiste dos suspeitos e tratamento dos infetados sem esquecer que os cuidados de saúde aos outros utentes têm de permanecer. Assim, o meu apelo
é para a população, principais soldados de combate a impedir o avanço da doença: respeite as indicações dadas; fique em casa, seja solidário, se souber de vizinhos ou conhecidos idosos ou com doenças crónicas faça as compras por eles, trate dos assuntos por eles quando tiver de saír para tratar do seu; lave bem ( 20 segundos) as mãos com água e sabão preferencialmente em vez do desinfetante ( 20 segundos) sendo este bem utilizado fora de casa como por exemplo quando tem de sair para as compras ou à farmácia; tussa para o cotovelo, assoe o nariz com lenços de papel e deite-os fora e lave de imediato as mãos ou desinfete-as com solução alcoólica; no caso de apresentar sintomas ligue para o 808242424 e tenha paciência para que a vossa chamada seja atendida, são mi-
lhares de chamadas ao mesmo tempo e os profissionais têm de ter a certeza do que fazer, qual o encaminhamento adequado e não vá imediatamente quer para os centro de saúde quer para o hospital; que não açambarque nos supermercados e nas farmácias. Não use mal as luvas, se as usar, tem de as lavar ou desinfetar constantemente pois senão podem ser mais prejudiciais do que benéficas. Obrigado a TODOS...TODOS somos guerreiros, cada um à sua maneira e tenho a certeza VAMOS VENCER e aprender novas rotinas que vão ser úteis para o futuro. O conselho do nosso estimado enfermeiro, Paulo Diogo Tavares Um Muito Obrigado!
A saúde dos portugueses de mais e melhores unidades de saúde familiar, na aposta de mais e melhores serviços de proximidade e na necessidade de um investimento sério na formação e investigação nesta área da ciência. Muitos se lembrarão da luta pela manutenção do laboratório militar que muitos queriam encerrar. Muitos se lembrarão dos SASU que foram encerrados ou viram o seu funcionamento alterado, apesar das lutas das populações. Muitos se têm apercebido da proliferação dos hospitais privados que vivem, também, à custa dos impostos dos portugueses e que têm sido abraçados pelos sucessivos governos que teimam em dar continuidade a muitas PPP nesta área. No entanto, todos sabemos que quando a doença bate à porta de cada um de nós é o SNS que nos socorre. Que nos sirva de ensinamento a crise sanitária que vivemos presentemente e que nos chama a estar
presentes e a atuar. A CDU – Gondomar está a acompanhar as medidas tomadas no município para mitigar a situação e fazer face às necessidades económicas e sociais que se colocam no imediato e se colocarão num futuro próximo. Valorizamos todas as medidas preventivas, mas também as de desoneração das famílias e dos trabalhadores gondomarenses como os descontos sociais, a suspensão das rendas nas habitações sociais por três meses e o apoio nos transportes. Achamos que se poderia ir mais longe, reduzindo-se a tarifa da água e saneamento, como, aliás, está a ser feito noutros municípios. Mas, tão ou mais importante é garantir que os que vivem do seu trabalho não se vejam privados dos seus direitos e dos seus empregos. É vital para o país e para os portugueses impedir que esta crise de saúde justifique
os atropelos laborais que, infelizmente, já se começam a sentir. É necessário impedir que se despeça e que se cortem salários, para defender o presente, mas também o futuro de todos. A CDU cá estará, sempre disponível para ajudar em tudo o que for preciso nas freguesias, no concelho e no país, confiante de que o nosso povo ultrapassará mais este momento de aperto, e solidária com todos os gondomarenses e com aqueles que têm responsabilidades políticas no concelho e que continuam a trabalhar para conter a epidemia. Reiteramos a nossa confiança na superação desta crise que deverá envolver não só todas as entidades públicas e privadas, mas também cada um de nós individualmente. Saibamos todos portar-nos à altura deste desígnio maior que é a saúde dos portugueses. Hoje e sempre.
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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal Até ao fecho da edição o Movimento Valentim Loureiro - Coração de Ouro não enviou o artigo de opinião.
David Santos
COVID 19
Pedro Oliveira
São tempos medonhos aqueles em que vivemos, pois são já centenas de milhar em todo o mundo os cidadãos contagiados pelos efeitos perniciosos deste viros. Mas, pior, são ainda, os milhares de pessoas mortas, em apenas algumas semanas, por completa ausência de uma solução terapêutica, deixando o mundo em ”estado de choque”, pelo manifesto perigo que atravessa. Aliás, trata-se de uma realidade que afeta quem seja, independentemente da sua condição social, como constatamos pela identidade de vários dos afectados. Toda esta pandemia atirou o exercí-
cio da política para planos secundários, nada justificando a luta ideológica entre governos e oposições, designadamente, quando o país vive a sua própria sobrevivência. Estamos em pleno processo de combate à disseminação do viros, procurando limitar claramente a sua influência junto das pessoas. De facto a violência com que o viros se tem imposto ao mundo, em especial à Europa, Itália, Espanha, França, Alemanha, não deixa margem para quaisquer outras prioridades pois são mais de mil, as pessoas que têm morrido todos os dias por causa do vírus. Em Portugal a influência do vírus tem vindo perigosamente a aumentar crescendo
a incidência do número de infetados e a incidência do número de mortos. O país está parado e virado do avesso, com o medo a tomar conta dos portugueses. Ora, com uma realidade destas a luta política deixou de ter contexto, não sendo tempo de dissensões ou de alternativas ideológicas Urge sim e portanto, proteger os portugueses desta inusitada agrura, que não tem fim à vista nem mostra sinais de acalmar. Para isso todos nos devemos unir e apoiar o esforço de quem governa o país, lembrando aos portugueses que o recolhimento é fundamental e que o cumprimento dos padrões comportamentais já tanto publicitados, é condição
Programa de emergência autárquico Covid-19: Resposta à crise: o papel das autarquias. Vivemos durante as últimas semanas um cenário extraordinário nunca antes visto em plena democracia, a pandemia do Covid -19 , foi e será um duro golpe no status quo do nosso país seja a nível económico e financeiro, social, cultural e nas relações laborais. Por isso e cada vez mais as autarquias terão de ter um papel político de uma resposta forte às necessidades da população. As autarquias dispõem de meios e conhecimento essenciais na resposta a esta crise. São responsáveis por serviços públicos fundamentais e de proximidade. Contam com trabalhadores que conhecem bem o território e as populações e com meios e equipamentos (de cantinas a frota automóvel, passando por pavilhões e escolas) que podem e devem ser direcionados para a resposta à crise que estamos a viver. O executivo de Gondomar até agora tem adotado uma resposta eficaz e concreta a esta crise que afecta não só o país mas também todo o concelho de Gondomar. Até agora o executivo fez aprovar e levou a cabo a aplicação de medidas que permitem dar respostas e apoiar quem luta contra esta pandemia, medidas essas como a distribuição de equipamentos de protecção individual para os actores principais que estão no terreno a lutar contra esta pandemia, o apoio que está a ser prestado aos 18.500 séniores inseridos no programa Idade d´ Ouro, desinfeções dos equipamentos e vias públicas, linha de apoio Munícipe que permite tirar dúvidas genéricas aos munícipes, a duplicação do valor para apoios às famílias inscritas nos programas Social+,
+Alimentação e +Habitação e também a isenção dos pagamentos das rendas a todas as famílias residentes nos conjuntos habitacionais municipais, pelo período de 3 meses, algumas medidas que elencamos aqui mas que aplaudimos porque permitem dar respostas as necessidades da população neste tempo de crise. No entanto não basta ficar por aqui é preciso ir mais longe nas respostas políticas que podemos e devemos dar, para o Bloco de Esquerda ninguém pode ficar para trás, e por isso elencamos aqui algumas medidas que na nossa ótica poderia ajudar o município na luta contra esta pandemia. 1- Identificar e apoiar famílias particularmente fragilizadas O despedimento de trabalhadores precários, informais e indocumentados cria novos problemas sociais. Em muitos destes casos, a segurança social não tem ainda instrumentos de resposta capazes e as autarquias podem identificar e apoiar quem está mais vulnerável. Através das cantinas municipais e das equipas de apoio domiciliário, e em articulação com a Segurança Social sempre que possível, os serviços sociais das autarquias devem garantir apoio de emergência (alimentação, medicamentos, apoio financeiro) e na procura de respostas mais amplas. 2- Quem hoje dorme na rua precisa de uma resposta especial Reforço dos Centros de Acolhimento, através do aumento da capacidade de resposta e, sempre que necessário, criação de novos centros temporários para garantir acolhimento de todos os que necessitem, com medidas de higienização reforçadas e garantindo espaços de isolamento. Manutenção das respostas para quem consome drogas também preparadas para situações de isolamento e quarentena. Estas respostas devem estar prepa-
Movimento Valentim Loureiro Coração de Ouro
CDS-PP
sine qua non a um efectivo e adequado restabelecimento, não apenas da normalidade quotidiana do país mas, acima de tudo, para que tal restabelecimento se faça com o mínimo de baixas entre a população nacional. Voltará a haver tempo próprio para a política e para a confrontação de ideias. Hoje contudo, é tempo de colaboração e entreajuda, porque são os portugueses que temos que defender.
Bruno Pacheco radas para albergar os animais de companhia das pessoas em situação são sem abrigo. 3- Proteger as vítimas de violência doméstica A prevenção e combate à violência doméstica e o acompanhamento a crianças em risco é dificultado pelo encerramento das escolas e pelo isolamento social das famílias. As situações de violência são susceptíveis de se intensificarem e importa continuar a garantir a resposta adequada. Os serviços sociais das autarquias, em colaboração com a Segurança Social, forças de segurança e entidades que intervêm na área, devem garantir visitas a famílias sinalizadas, contactos presenciais e telefónicos regulares e o reforço de campanhas de sensibilização e informação. Deve ser reforçada a resposta de acolhimento de emergência e a mobilização de vizinhos/as para denúncia e proteção. 4- Acesso à água e a serviços essenciais Serviços essenciais, responsabilidade direta ou indireta dos municípios, tais como os Serviços Municipais de Água e Resíduos, devem garantir o fornecimento contínuo de qualquer serviço durante o período de surto do COVID 19, sem lugar a qualquer corte. Da mesma forma, devem organizar e reforçar as equipas de resposta nos casos de apoio às redes e infraestruturas do município. No acesso à água, além da proibição do corte no fornecimento, é necessário garantir que não há lugar a penalizações, multas e juros de mora por atraso de pagamento, e admitir a gratuitidade do consumo essencial, determinado por escalões de consumo e número de pessoas do agregado. 5- Manter os compromissos para proteger o emprego e os rendimentos dos trabalhadores As autarquias e empresas municipais mantêm os compromissos de financiamento assumidos com associações, cooperativas ou micro e pequenas empresas para a realização de eventos culturais,
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desportivos, de animação turística ou outros, que tenham sido cancelados ou adiados por causa do surto de Covid-19. 6- Mercados Os mercados semanais / feiras são suspensos devido às suas características. Os mercados diários de frescos devem funcionar. A autarquia deve garantir no terreno orientação sobre o número de pessoas que devem estar no local, organizando as entradas. Em algumas situações a introdução de um novo horário de funcionamento poderá contribuir para facilitar o acesso diminuindo a concentração de pessoas. Este alargamento de horário não deve implicar o pagamento de taxas. Em alternativa, as autarquias poderão adquirir os produtos para distribuição ou para uso em confeção de refeições e posterior distribuição a pessoas em situação de dificuldade. 7- Apoio e Bem-estar animal Muitas pessoas em situação de confinamento necessitarão de apoio para a garantia do bem estar dos seus animais, seja para alimentação, cuidados veterinários ou passeios higiénicos. As juntas devem mobilizar canais de apoio para a realização destas tarefas por pessoas que não se encontrem em grupos vulneráveis e que possam dar este apoio. O município deve promover, onde tal não exista ainda, a identificação das colónias de gatos e a articulação entre cuidadores, assim como uma bolsa de pessoas disponíveis para substituir cuidadores habituais sujeitos a confinamento obrigatório.
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O estado de alerta, em que o país se encontra, e a consequente obrigação de todos cumprirmos as recomendações de contenção social, necessária para contrariar a propagação do novo coronavirus COVID-19, exigem-nos tomar medidas de reestruturação temporária do funcionamento do HE-UFP (Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa), por forma a melhor proteger a saúde de todos os profissionais que aqui trabalham e, por essa via, reforçar a segurança dos pacientes a quem queremos continuar a garantir a qualidade e humanização dos serviços que lhes prestamos. Neste contexto, o HE-UFP vai adequar a sua atividade assistencial programada (consultas externas, exames, cirurgias e tratamentos) às atuais circunstâncias, de modo a evitar a concentração de pessoas em salas de espera e em circulação pelo hospital; assegurar aos pacientes seguidos no HE-UFP as respostas e os cuidados de que precisam ao nível de tratamentos, exames, vigilância das suas doenças crónicas, diagnósticos urgentes para doenças graves, entre outros. Mantemos o funcionamento, com os recursos necessários, para garantir, em segurança, o atendimento a doentes crónicos; doentes agudos; doentes para internamento médico; cirurgias urgentes; cirurgias eletivas com caráter prioritário; reavaliação pós-operatória; outros exames, designadamente de despiste da COVID-19, consultas ou tratamentos inadiáveis, de acordo com critérios, estritamente clínicos, de avaliação de prioridade. O HE-UFP está a cumprir escrupulosamente as diretivas da Direção Geral de Saúde (DGS), como lhe exige a situação de emergência de saúde pública, que o país atravessa. Contamos convosco; contem connosco, para juntos combatermos a pandemia do coronavirus. Por Si e pela Sua Saúde!