EDIÇÃO DE JUNHO DE 2021

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Ano 15 - n.º 180 - junho 2021

Preço 0,01€ Mensal

Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida

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Rui Nabeiro:

CULTURA Luís Macedo: “Tocar com Tiago Nacarato, perante 250 mil pessoas foi um dos momentos mais importantes da minha carreira”

“A filigrana é uma das artes tradicionais mais genuínas e bonitas do nosso país.”

> Pág. 31

POLÍTICA CHEGA: Isabela Mendes candidata à Câmara Municipal de Gondomar > Pág. 33 José Fernando:

Ministério Público acusa Vereador do Ambiente

> Págs. 12 e 13 AUTÁRQUICAS 2021

> Pág. 33

> Págs. 24, 25 e 26

O VivaCidade inicia este mês uma série de entrevistas com os candidatos às Juntas de Freguesia. Conheça nesta edição os nomes já apresentados à União de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo e à Freguesia da Lomba

INICIATIVA LIBERAL:

Rafael Corte Real candidato à Câmara Municipal de Gondomar > Pág. 35 PUB


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VIVACIDADE | JUNHO 2021

EDITORIAL

SUMÁRIO: Breves Página 4

José Ângelo Pinto

Sociedade Páginas 6 a 26 Entrevista Páginas 12 e 13

Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT

Caros leitores, Em Gondomar estão a aquecer os motores para as eleições autárquicas que se aproximam. Devemos ser sempre pela pluralidade de opções, que se devem poder oferecer os seus projetos e programas aos eleitores da forma mais lata e viável que for possível. Por isso haver varias opções é bom e deve ser respeitado por todos, especialmente pelos partidos que estão habituados a conseguir organizar as suas candidaturas sem grande oposição e sem grande esforço. Com mais opções, os partidos vão ter que fazer um esforço maior para mostrarem os seus programas, políticas e objetivos para o concelho. Definidos os principais candidatos, é altura de informar, debater e começarem as campanhas a andar para que os eleitores sejam informados e a campanha possa ser um momento de reflexão, de melhoria dos objetivos e de adequação das ações para que sejam consequentes. Mais uma vez, sempre que há eleições autárquicas tenho a especial oportunidade de aqui dizer para os líderes não se esquecerem de escolher boas pessoas para as suas listas. Não é demais insistir pois se tivermos pessoas boas nas listas, qualquer que seja a orientação política destes elementos a população será sempre beneficiada. Bem é preciso boas escolhas.

PRÓXIMA EDIÇÃO 22 JULHO

Destaque Páginas 24 e 25 Cultura Páginas 28 a 31 Política Páginas 32 a 36 Desporto Páginas 38 a 40

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org POSITIVO Henrique Hilário, natural de São Pedro da Cova, venceu como treinador adjunto do Chelsea Football Club, a Liga dos Campeões, disputada a 29 de Maio no Estádio do Dragão.

NEGATIVO No Parque Urbano de Fânzeres/S. Cosme, ocorreram atos de vandalismo e furto nos equipamentos de iluminação dos passadiços e num bebedouro.

Empresas e Negócios Páginas 41 a 43

Viva Saúde Paulo Amado*

Lazer Página 44

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Opinião Páginas 46 e 47

*MédicoEspecialistadeOrtopediaeTraumatologiaProfessorDoutoremMedicinaeCirurgia MestreemMedicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIOTINTO

Medicina de Emergencia no Desporto

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Logo na abertura do campeonato Europeu de Futebol, surge uma situação inédita neste campeonato, embora já com outros antecedentes em outros campeonatos, inclusive no campeonato Português ha uns anos com um atleta que conheci bem o Micky Faier . Episódios de morte súbita surgem no desporto variadas vezes pois situaçõeps de stress podem desencadear disfunções cardíacas que podem ditar a morte em campo do atleta. A sua causa pode não ser esclarecida, mas o mais importante é que a equipe médica consiga reverter a paragem cardiorespiratoria no campo podendo salvar o atleta num espaço de tempo muito curto de tempo antes que surja a morte cerebral. Muitas situações tem um final trágico, mas esta com o atleta Eriksen, teve felizmente uma eficaz recuperaçao, graças a um trabalho de equipa não de jogadores de futebol, mas de profissionais de saúde. É a preparação e a oportunidade de dispor de meios técnicos capazes que fazem a diferença. Alguns terão reparado que surgiram 2 médicos com desfibriladores portáteis cardíacos e todos os meios de suporte básico de vida. Em 30 anos de assistência médica em jogos de futebol, nunca tive uma situação idêntica, mas não tinha os meios técnicos que estes colegas tiveram e tem a felicidade de dispor. Por sorte de todos, nunca foi preciso, mas isso faz a diferença é estar devidamente equipado para o caso de acontecer algo idêntico. Neste momento muitos clubes em Portugal já dispõe de meios técnicos capazes de resolver este tipo de situações. Mas nem sempre foi assim. Durante muitos anos já se compravam atletas por milhões mas não se dispunha de um desfribilador cardíaco automático em campo, nem material de suporte básico de vida, com o custo de pouco mais de 300€. São os aspectos que mostram a desigualdade das situações no Futebol. Uma vida que se salva, não tem preço, parabéns. Como um jornal diário colocou no título, este campeonato Europeu já tem um vencedor e a ser é a Equipe Médica. Obrigado…

FICHA TÉCNICA Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Diretor Adjunto: Carlos Almeida Redação: Carlos Almeida e Gabriela Monroy | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 | Paginação: Rita Lopes | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435- 778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 | Sede do Editor: Travessa do Veloso, no 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: LUSO IBÉRIA – Av. da República, n.o 6, 1.o Esq. 1050-191 Lisboa | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Frederico Amaral, Gabriela Monroy, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. | Impressão: Unipress | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@vivacidade.org


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VIVACIDADE | JUNHO 2021

BREVES Doe Sangue, Doe vida! Para o mês de junho e julho, a população interessada poderá proceder à doação de sangue nos seguintes locais: dia 19 de junho, na Escola Básica e Secundária das Medas, entre as 9h e as 12h 30 min; no dia 3 de julho, na Escola Básica e Secundária de São Pedro da Cova, entre as 15h e as 19h e, no mesmo local, no dia 4 de julho, será entre as 9h e as 12h 30 min; No dia 17 de julho, na Escola Secundária de Rio Tinto, entre as 9h e as 12h 30 min; e no dia 31 de julho, no Centro Escolar de Baguim do Monte, entre as 9h e as 12h 30 min.

Assinatura e Homologação da Rede de Intervenção na Violência Doméstica de Gondomar Decorreu hoje, pelas 11h, a Assinatura e Homologação da Rede de Intervenção na violência doméstica de Gondomar, no Auditório Municipal. O evento contou com a presença da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro.

Livro “António Lobão Vital – Arquiteto de Utopias” Foi apresentada no Auditório do Centro Cultural de Rio Tinto a mais recente obra da professora Fátima Silva, “António Lobão Vital– Arquiteto de Utopias”. O livro relata o percurso do arquiteto, – companheiro de sempre de Virgínia Moura – tanto pessoal, como político. A sua persistência em lutar por causas e pela liberdade, levou a que tivesse estado preso por 16 vezes. Estiveram presentes entidades autárquicas, representantes partidários e contou com um momento de poesia e de música.

Inaugurada secção do PS da Estação (Rio Tinto) No dia 14 de junho, foi inaugurada as novas instalações, que pretendem substituir as já utilizadas há 46 anos pelo Partido Socialista. O evento contou com a presença de Marco Martins, Nuno Fonseca, Carlos Brás e José Luís Carneiro, Secretário Geral Adjunto.

Loja Circular de Rio Tinto Voltou a reabrir este mês, a loja circular da Junta de Rio Tinto. Aberto das 9h às 12h 30, pode encontrar vários tipos de produtos de vestuário, a preços baixos. As verbas angariadas são direcionadas para fins sociais.

João Magalhães sagra-se vitorioso no Torneio Regional do Km Jovem Decorreu no último domingo, em Lousada, o Torneio Regional do Km Jovem. Do torneio, João Magalhães destacou-se ao vencer a categoria dos Infantis com um novo recorde pessoal de 2:59,95. Lara Machado, da categoria Iniciadas, conseguiu a 2ª posição e também obteve um novo recorde (3:03,65).

Cláudia Pascoal e Banda Musical de SPC unidos para dar música Natural de São Pedro da Cova, Cláudia Pascoal fez questão de deixar um cunho especial no seu novo single “Tanto Faz”, ao convidar para integrar no seu projeto a Banda Musical de São Pedro da Cova. O videoclip do projeto foi gravado na Sala d’Ouro, do Multiusos de Gondomar.

Obras em Rio Tinto

Patinagem Artística destaca-se no Open Distrital

No dia 12 de junho, voltou a reabrir o trânsito no viaduto. No dia 14 de junho arrancou as intervenções, na Rua Bernardim Ribeiro e na Travessa de Perlinhas. Nas próximas semanas, faseadamente, serão repavimentadas as seguintes localidades: Praça da Estação, Rua de Medancelhe, Rua da Lourinha e Rua da Estrada Nova.

Concluído o 1º e 2º Open Distrital da Associação de Patinagem do Porto, o Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres conquistou 35 medalhas no 1º Open Fernando Andrade e 19 medalhas no 2º Open Helena Viana.

Policia Municipal comemora 20 anos Neste mês de junho, a Policia Municipal de Gondomar, está a comemorar o seu vigésimo aniversário.


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VIVACIDADE | JUNHO 2021

SOCIEDADE

Com o objetivo de sensibilizar os jovens, de promover o interesse e o conhecimento pelas diferentes tecnologias, utilizadas na conversão das fontes de energia renováveis, através de uma atividade experimental, a AdEPorto (Agência de Energia do Porto), em parceria com os Municípios Associados (Gondomar, Maia, Matosinhos, Paredes, Porto, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo e Vila do Conde) promoveu a iniciativa À Velocidade do Sol.

No dia 27 de maio, cinco equipas do LABi9 de Gondomar e de Jovim participaram na fase municipal do concurso, na Escola Secundária de Rio Tinto. A equipa de alunos do 10º14 do Curso Profissional de Eletrónica, Automação e Computação venceu o prémio na categoria "Conceção e Construção". Uma das equipas do ensino básico da ESG ficou em 1º lugar e passou à fase intermunicipal que se realizará no dia 17 de junho, pelas 14:00h, no Parque Ecológico Monte de São Brás. Professor Fernando Silveira

O AEG1 fecha o ano letivo 2020/2021 com múltiplas atividades!

Testemunho da aluna Alexandra Pogorilyy, 10º8 Chamo-me Alexandra Pogorilyy, sou ucraniana e estudo na escola Secundária de Gondomar, porque me foi recomendada. Gosto da ESG, em vários aspetos. Gosto das pessoas - funcionários, professores e alunos e do espaço - é uma escola acolhedora, espaçosa. Só não me agrada a restrição de saída da sala de aula nos intervalos, mas isso deve-se à situação de pandemia que vivemos.


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VIVACIDADE | JUNHO 2021 Posto de Vigia

Manuel Teixeira Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)

QUEM TEM MEDO DA REFORMA DA JUSTIÇA? 1 – É voz unânime, em todos os setores da sociedade portuguesa, que os tribunais não funcionam, ou, no mínimo, que a lentidão da justiça é a negação da própria justiça a que todos têm direito. Não há dúvida que o retrato da vida dos tribunais é confrangedor e deixa os cabelos em pé a qualquer cidadão que por lá tenha de passar. E, queiramos ou não, ninguém pode dispensar, na sociedade moderna, o recurso a uma justiça eficaz e exercida em tempo útil. O vulcão dos designados processos “Caso Sócrates/Operação Marquês” e “Falência do BES” veio recolocar em debate público as fragilidades da justiça, e da paralisia dos tribunais. E daqui criou-se uma convicção generalizada: em Portugal há uma justiça para ricos, e outra para pobres. Ideia que os factos confirmam, porque quem tem dinheiro consegue gerir os tempos de decisão, e quem não tem sujeita-se ao que der e vier, e quando muito bem calhar. 2 – Ora, a pressão mediática e a indignação pública perante os sucessivos escândalos nacionais, sobretudo os que envolvem personalidades de poder financeiro, económico e político, obrigou o Governo a tentar demonstrar que quer mudar este escandaloso estado de coisas. Vai daí, foram apresentados na Assembleia da República uma série de projetos de lei que visam, teoricamente, alterar vários diplomas legais, no sentido de acelerar os julgamentos. A pergunta que se impõe fazer é simples: é desta que teremos uma verdadeira reforma da justiça? A resposta só pode ser negativa. Pior ainda, nada nos garante que, no fim deste processo de alterações legislativas o país não fique mais estupefacto, por constatar que tudo o que vier a mudar não resolve nenhum dos problemas existentes hoje nos tribunais. As ditas reformas prometem ser uma mão cheia de nada, a juntar-se à confusão já existente. 3 – Sejamos claros: só é possível fazer uma verdadeira reforma da justiça se houver um amplo consenso nacional, corporizado num largo acordo das forças políticas parlamentares, e, sobretudo, entre os dois maiores partidos. Enquanto não for possível um tal acordo teremos sempre os interesses partidários e corporativos a dominar esta tenebrosa máquina, e a impedir que haja uma justiça autêntica e funcional. E António Costa já disse que não quer acordos… Resulta daqui que tudo o que se altere hoje será posto em causa amanhã, quando os futuros governos tiverem uma diferente cor partidária. Tudo continuará, assim, a ser transitório, com a certeza de que a justiça manterá uma balança para os ricos, e outra para os pobres. Os cidadãos continuarão a ser desiguais no tratamento dos tribunais, porque uns podem gerir as decisões, e outros ficam reféns dos estrangulamentos processuais. Vergonha!

SOCIEDADE

Município presta homenagem a cinco personalidades da área da Saúde Com a pandemia, foram muitos os profissionais que deram o que podiam para salvaguardar a vida dos seus cidadãos. É nesse sentido que a Câmara Municipal de Gondomar, homenageou cinco personalidades do concelho que se destacaram no combate à pandemia da COVID-19. A cerimónia que decorreu nos Paços do Concelho, condecorou com a Medalha Municipal de Mérito- Grau Ouro: Carlos Nunes, Presidente da Administração Regional do Norte

Manuel Castro, Delegado de Saúde Coordenador da Unidade de Saúde Pública de Gondomar

Nelson Pereira, Diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva e Coordenador da Urgência Covid-19 do Centro Hospitalar Universitário de São João

Cristina Pascoal, Diretora Executiva do Agrupamento de Centros de Saúde de Gondomar

Eduardo Alves, Enfermeiro Diretor do Centro Hospitalar Universitário do Porto


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SOCIEDADE

Vacinação em Gondomar O ritmo de vacinação no Multiusos de Gondomar, até ao momento, está a correr em boas marés. Segundo Marco Martins, “Nesta semana, já há pessoas com 43 anos que começaram a ser vacinadas”, o edil explica que o ritmo médio corresponde a cerca de 2000, vacinas administradas, por dia podendo variar conforme as marcações.

“Ferro e Carvão” regressam aos palcos É expectável para o autarca que, com o avançar do processo de vacinação e com a idade a diminuir, que esperamos que até ao fim de junho, possam ser administradas 2 500, por dia. Em Gondomar, Marco Martins prevê, se tudo correr conforme planeado, ter 70% dos gondomarenses vacinados, até ao final de agosto. ■

“Feitas de Ferro, Desenhadas a Carvão”, peça do Grupo “Era uma vez... Teatro” da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) vai regressar aos palcos no próximo dia 19 de junho às 21h30. A mais recente produção da companhia da APPC vai, assim, assinalar o final de um longo interregno (justificado por razões de saúde pública). O palco escolhido foi o Auditório da Junta de Freguesia de Campanhã, no Porto, em apresentação integrada no “VI Festival de Teatro Amador”. A entrada é livre até à lotação da sala. Serão cumpridas todas as exigências e normas sanitárias em vigor. Em cena serão apresentadas as histórias de dez mulheres que decidem “romper o palco e aumentar as possibilidades de sobrevivência” – despindo aquilo que o coletivo de teatro da APPC retrata como um “silêncio indigno das mulheres maltratadas”. O espetáculo traduz o silêncio de muitas mulheres que sofrem as atrocidades de uma sociedade ainda demasiadamente machista... A companhia “Era uma vez... Teatro”

é um projeto inclusivo que pretende sensibilizar a sociedade para as capacidades artísticas das pessoas com deficiência. Foi em 1997 que este grupo começou a apresentar produções com o objetivo geral do desenvolvimento de atividades no âmbito da sensibilização, formação, pesquisa, experimentação, promoção e produção de eventos artísticos. ■

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ENTREVISTA

Rui Nabeiro:

Foto: DR

“Não podemos pensar em nós sem pensar nos outros”

São 90 anos de vida e quase outros tantos de trabalho, começados em criança. Se fosse hoje, mudaria algo na sua infância que considera não ter tido? Acho que não. Depois das coisas se iniciarem, nos terem proporcionado um bem-estar e darem-nos condições para que possamos ir mais além, eu mantinha a mesmíssima coisa e mudava para melhor aquilo que sou e aquilo que faço. Portanto, não ficava parado. Não há dúvida nenhuma que as pessoas devem fazer sempre todos os dias algo mais em relação ao dia anterior. E essa é a minha forma de vida, de melhorar todos os dias o meu sistema como pessoa e a nível profissional. Eu considero-me uma pessoa criadora, graças à divina Providência, e que não devo fazer igual: as pessoas têm que fazer melhor todos os dias. Mas quem nasce assim, morre assim mesmo!

o caminho da verdade de hoje, sem o egoísmo nem demasiada ambição. Embora também se tenha que ter ambição. O homem que cria tem ambição de criar, e depois também a ambição de distribuir. É o que tenho feito na minha vida, mesmo perante as dificuldades que surgem aqui todos os dias, de pessoas com carências e que pedem emprego. Tenho isso em conta, porque a minha origem vem de gente pobre. Os meus pais eram pessoas que trabalhavam no campo. O meu pai, mais tarde, conseguiu tirar a carta de condução, foi motorista. Ora a nossa casa era uma casa humilde, onde realmente havia um quartinho e onde dormia lá meia dúzia de pessoas. Quem passa por essas coisas todas, e a sorte que também tivemos, olha para a vida de outro modo. Não vivemos com fome nem pouco mais ou menos, mas naquela casa havia muita carência e havia muito poder de equilíbrio económico para se poder dar aos filhos o melhor possível, tanto mais que todos nós fizemos a instrução primária. Pois no interior não havia mais escola para estudar. Era ser-se, depois, tipo lavrador ou algo parecido.

Considera que devia de haver mais Ruis Nabeiros no país e no mundo? Em que é que o senhor Comendador é essencialmente diferente das outras pessoas? Eu gosto de respeitar muito as pessoas. Neste mundo que estamos a viver o respeito que a gente consegue ter e dar em relação ao semelhante é, de facto, pensar que somos iguais. Mas não somos iguais. O meu gosto e conselho é que as pessoas, já hoje, pudessem pensar que o mundo deve ser para todos. E conseguimo-lo para todos, pois viemos da mesma forma ao mundo. Seja-se pobre, seja-se rico, seja-se remediado, todos viemos nas mesmas condições. Depois, uns têm meios para realmente caminhar desde o seu berço e outros são uns coitados, que nem berço têm. Portanto, não há dúvida nenhuma que gostaria que fossemos um país, todo ele, com outra atitude e com muito respeito pelo seu semelhante, para que todos pudéssemos ter uma vida boa. Sigamos

Falando em família, há uma pessoa que se destaca: a mulher da sua vida, que foi sempre a sua esposa e que conhece há uns 80 anos. Que especial homenagem de amor já lhe fez ou gostaria de lhe fazer? Nós fizemos sempre uma vida de proximidade um com o outro. Somos casados há 67 anos – casámos bastante novos, eu com 23 e ela com 22 –, mas começámos a olhar um para o outro na escola, na instrução primária, e ficámos sempre ligados. Fiz muitas coisas e dei muitas condições familiares à família da minha mulher, que também tinha uma origem muito humilde. Portanto, a minha homenagem é permanente: é aquilo que ela me dedicou a mim e, por sinal, neste momento em que ela está muito doentinha sou eu que estou o mais tempo possível perto dela. Semeei e tive a felicidade de encontrar uma esposa como ela, que me serviu sempre: entendemo-nos sempre. Eu não conheço um dia de zanga nossa. Sem dúvida

Texto: André Rubim Rangel

que homenagem melhor que a da amizade não há! Ela é e foi sempre uma fiel amiga, uma fiel economista dentro da sua casa e, agora, preocupado estou eu com o estado de saúde dela, porque me faz falta. E, na vossa casa, o que nunca perde aquele misticismo devido é o “almoço de domingo”: o patriarca reunido com a sua família. Como foi a sua envolvência nesse romance biográfico sobre si e escrito este ano por José Luís Peixoto? Eu realmente sempre pensei, há uma dezena de anos, ter um livro assim. Houve uma senhora que, também, me fez um livro mas era com uma atitude totalmente diferente, como existem muitos. Ao contrário do enfoque do que comprei, vendi, fiz e não fiz, queria que, de facto, dissesse neste livro quem eu sou. Que o escritor fizesse um trabalho que pudesse ter algum caminho. E eu penso que acertei em escolher o José Luís, depois de ouvi-lo um dia numa entrevista: gostei dele e do que ouvi. Depois, perguntei a dois ou três meus amigos se o conheciam bem, se era a pessoa ideal, e assim foi! Em segredo, fui contando-lhe os pequenos detalhes da minha vida, mais objetivamente e sempre com uma atitude de conquista. Falámos com muita tranquilidade e prestei-lhe um bocadinho da simbiose daquilo que eu sentia, como pessoa, e ele também o que sentia, como escritor, vendo como podia aproveitar para romancear um pouco a minha biografia. O que eu tenho para oferecer no livro é, realmente, um manancial de informação na própria instância de revistas, jornais, de três comendas que tenho, à parte de medalhas e de situações diversas. Vamos pôr tudo isso num espaço bonito, que está a ser orientado pelo Arq. Siza Vieira. E esperamos que, em meados do próximo ano, possa estar concluído. Sessenta anos da Delta Cafés e ser há muito líder no mercado nacional e com projeção internacional é, para si, o mesmo que dizer o quê? Para mim, dá-me um orgulho e uma satisfação enormes. Mas é um orgulho educado, não de

encher o peito de ar, é um orgulho de humildade. Portanto, estes 60 anos foram o que eu sonhava, o que sonhei, aquilo que pensei e aquilo que se realizou. Eu trabalhava já na fábrica com a família, era uma fábrica pequena. Não era por ser grande que a queria. Estava dentro de mim pensar que podia ser grande, mas se conseguia ou não conseguia eu não sabia. Quando comecei a trabalhar aqui comecei com três pessoas, neste lugar onde estamos, que agora é o edifício da sede administrativa. E ao fim de 4-6 anos éramos uma centena e tal de pessoas. Por isso, é realmente uma satisfação, um gozo que tenho diariamente e que sinto quando as pessoas me escrevem. Não há dia nenhum que não tenha correio! São, portanto, 60 anos de sonho vivido. Saber distribuir e saber plantar, pois às vezes não se oferece só a quem precisa. Há um detalhe, há um pormenor, mesmo agora a acontecer nesta nossa conversa e esse detalhe é sempre compensado com a amizade dessas pessoas. Assim, vivo daquilo que sempre semeei e plantei. E o resultado sempre vem ao de cima. É caso para perguntar: o que seria de Campo Maior, e seus cidadãos, sem o Sr. Rui e sem todo o notável potencial que é o Grupo Nabeiro? Era um bocado difícil as pessoas viverem nessa altura dos anos 30. Tenho, nesse aspeto, uma consciência local. Já fiz referência ao meu pai e à minha mãe e a uma vida de muito sacrifício: era um casal com oito filhos e todos fizeram pela vida, nesta família trabalhadora no campo. O meu pai abria a porta às pessoas de família e isso deu-me condições para pensar que toda a gente o pode fazer. Há muita gente que está na ignorância de si próprio. Quando o cidadão deve pensar em “nós”. Tenho aqui um colega de trabalho que nunca diz “eu”, mas sempre “nós”. Dentro dos valores da empresa, dentro dos valores do trabalho. Quando algum me diz “eu” corrijo logo para “nós”. Porque sentimos que a empresa, além de ser de quem é, também é daqueles que cá trabalham. Essa é a grande forma de eu pensar: eu não penso que é meu aquilo que tenho. no que é meu. Foi na medida de Deus e peço à Providência que nos vá dando condições para podermos continuar a fazer cada vez mais e melhor. Até porque, graças a si, Campo Maior é um oásis contrastante com o Portugal real, em que está acima da média nacional dos indicadores de salário e de longevidade de vida. Isto surpreende-o? E o que impede outros concelhos de seguir este bom exemplo? Não há razão nenhuma, a razão está no coração e na formação. As pessoas se pensam em si, têm sempre que pensar nos outros. Às vezes tenho dificuldade em compreender porque é que alguém tendo dois não cria condições de distribuir algo e tendo dez porque é que não se distribui algo mais. As outras pessoas deveriam pensar exatamente igual, mas infelizmente muitas não pensam assim e fazem com que sejamos um caso à parte. Eu aponto a razão olhando como eu nasci nos anos 30, como os meus pais foram fazendo a sua vida e as pessoas de Campo Maior. Todas estas são razões mais do que evidentes e que deveriam fazer do mundo um lugar melhor e maravilhoso. Penso que há muita gente com muitas responsabilidades e que, no fundo, a vida pode ser melhor para todos. Penso que há uma palavra muito importante: eu tenho, mas tu também vais ter. Porquê não tens a minha capacidade ou a minha força de vontade? Eu nunca digo “deixa para amanhã”. Não. Mesmo com 90 anos, o dia de hoje


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ENTREVISTA

O café Delta é muito consumido nos estabelecimentos de Gondomar. E, como tal, foi distinguido com toponímia local. O que significa para si esse reconhecimento? É uma forma que gostaria de ter replicada noutros concelhos do país em jeito de homenagem? Estou muito agradecido à Câmara e aos cidadãos de Gondomar por terem dado o meu nome a uma artéria do vosso município. Foi com grande alegria que, em 2016, recebi a notícia e depois tive o prazer de estar na cerimónia de descerramento da placa. Eu não trabalho para que as pessoas me agradeçam, mas é natural que me sinta feliz quando os reconhecimentos acontecem, como foi o caso. Significa que as pessoas têm carinho por mim e dão valor à minha atitude de querer e de construir sempre coisas novas. Pelo que acabei de referir, compreenderão que não devo ser eu a dizer se acho que mereço homenagens deste ou de outro género. Isso terá que partir sempre das pessoas e de quem as representa. Nessa ocasião, confessou-se como um “consumidor de filigrana”. No seu entender, Gondomar poderia apostar num novo estilo ou género desta sua arte? De que modo? A filigrana é uma das artes tradicionais mais genuínas e bonitas do nosso país. Nos dias de hoje, é muito bom haver artesãos que deem continuidade a este trabalho. Para mim, mais do que dar um novo estilo ou género à arte da filigrana, o que importa verdadeiramente é que ela mantenha esse caráter genuíno, essa pureza e originalidade que vêm de outros tempos. E, para garantir que isso nunca se perca, é preciso que haja escolas e cursos para formar as futuras gerações de artesãos que vão trabalhar a filigrana. É a partir da formação que se vai garantir a continuidade do negócio, criando novos postos de trabalho e gerando riqueza para a região de Gondomar e para o nosso país. Sente que o café, como arte e cultura – e particularmente o seu –, veio mudar a vida e os hábitos dos portugueses? A vida, a nós, mudou-nos. O hábito dos portugueses foi vindo a alterar, pouco a pouco, porque isso deve-se à situação económica de cada um. O café é um vício, algo que se transforma como tal e que, no fundo, não é negativo em parte nenhuma. O português dos anos 20, 30 ou 40 que condições é que tinha para parar ir para tomar um café? Não há dúvida que o grande consumista de tudo é o povo. Tem algum ritual com o café e quantos bebe por dia? Bebo 4 cafés por dia e não mais. Nalguns dias são menos, quando faço alguma prova de café, em que tenho de ter a boca limpa. E entende que poderá inovar mais no café e ir mais além? De que forma? Pode inovar-se todos os dias. Inovamos nas cápsulas, onde temos tido uma liderança boa. Temos também produtos com certificação biológica e coisas do género e outros estão ligados a tipos de cooperativas noutros países. Trata-se dum percetual sub-café, preço superior, o que significa umas melhorias em determinado processo à qualidade. Depois, esse café vem com mais de 300/400 dólares de toneladas e todo esse dinheiro vai para uma cooperativa. Faço

parte de um grupo que está distribuído, pago uma cota mensal e pensamos, assim, que serve para melhorar as pessoas e o consumo. Portanto, a especialidade deste café depende do gosto de cada um. Aqui, na Delta Cafés, temos sempre gente a estagiar: temos entre 20 a 30 pessoas a fazer estágio nas diversas áreas. Há tanta coisa para fazer bem feito e bonito. Imagina, nesta década até ao seu centenário, aumentar ainda mais o seu império, superando os números dos 3.400 trabalhadores e das mais de 20 empresas que lidera? Eu posso dizer que sim, pelo menos está dentro de mim e está, também, aqui dentro deste teto (o seu gabinete de trabalho). Tenho um filho, uma filha, uma nora, quatro netos e já sete bisnetos. Portanto, não duvido que eles querendo continuam, ainda para mais com a cultura do café que aqui existe. E ela existe para lá do próprio café, ao estarmos a falar dele nesta e noutras entrevistas e porque o meu exemplo está muito para além de mim. Tudo isto acarreta responsabilidades e com essas responsabilidades as pessoas não podem falhar. Eu não estou a falhar nem falharei. Temos consciência que a gente aumente, mas é provável que haja também o aumento de custos e de responsabilidades. É aqui que nem todos pensam em aumentar: a responsabilidade. Porque com a desgraça que temos tido todos, e em que muita gente deixou este mundo, não se pensou antes em fazer melhor e o mundo foi e vai cedendo, mais e mais. Com o 25 de Abril pensávamos que ia ser tudo melhor, mas não foi! Há muita gente que vive melhor, mas também há muita gente com carências, que vive pior. Quais são aquelas dinâmicas e tarefas diárias imprescindíveis para si, tanto pessoais como profissionais – dado que se mantém no ativo –, que sente necessidade e prazer em cumprir? Eu trabalho já desportivamente, por isso não vou parar. Só paro quando a divina Providência e Deus me mandarem para o outro lado. E isso deve-se a não me ter habituado a andar a passear, não tirei realmente partido disso com a minha mulher. Faço aquilo que me faz feliz à minha maneira e é continuar a estar aqui, que sou útil. Vou à fábrica várias vezes: ainda hoje fui. Penso continuar, mas não obrigando os meus a tomarem uma atitude que não seja sensata ou que não caia bem na maneira deles pensarem. A propósito, disse há três anos numa entrevista que trabalharia até os 95: mantém esse desejo? Sim, absolutamente. Além de empresário foi também autarca por uns 10 anos. O que é que mais aprendeu e desaprendeu, antes e depois do 25 de Abril, enquanto presidente da Câmara deste município? Eu, na Câmara, fui sempre útil. Porque quando ela não tinha meios eu punha os meus ao serviço. Não era com dinheiro, mas era com transportes e com outras situações, etc.. De forma que fui um autarca convidado para as funções e as coisas corriam bem. Naquela altura era assim, mas depois do 25 de Abril já não havia convite. Mas voltei com as eleições de 1976, até vir embora nos anos 80, porque o povo me quis lá. Ainda hoje sou uma pessoa influente na terra e conheço muitos autarcas do país. Podemos concluir que se aborreceu e entristeceu com a política, pelo facto de não ter aceite mais nenhum cargo alusivo desde 1986?

Foto André Rubim Rangel

é o hoje e o de amanhã é outro dia: é para se fazer mais coisas. Portanto, esta circunstância é a força que a pessoa tem. E eu tive várias situações, até por vivermos tão perto de Espanha, que também foi um bom estágio para mim.

Não, porque eu gostaria de trabalhar ao contrário. Ou seja, não com o salário que nunca levantei e que ficou sempre para quem estava carente – por isso não era com política –, mas com o trabalho numa empresa que eu já tinha. A certa altura, eu fui o único português de Campo Maior que tinha entrado na presidência da Câmara com o nível social dos homens da lavoura. E só isso me chegava para ficar muito satisfeito. Tem ainda tempo para ser cônsul honorário regional de Espanha. Como tem sido esta missão e que resultados tem obtido? Isso foi uma homenagem que os espanhóis me prestaram, porque Espanha trabalha bem com os nossos cafés. Eu também ajudei lá no pós-guerra civil. Havia gente que vivia muito mal e eu dava-lhe aqui crédito para poderem levar produtos à sua família, alguns bens de consumo e de alimentação. Desse modo, recebi uma das maiores distinções atribuídas por Espanha – por indicação do Rei –, a «Comenda da Ordem de Isabel a Católica», como tive muitas medalhas, etc.. Isto não se trata de vaidade, porque eu não gosto de vaidade. É um caso simples, um caso de uma região do país. A Espanha tem uma amizade grandíssima: gente amiga que considero e que eles consideram. Na Universidade de Évora possui uma Cátedra com o seu nome destinada à área da biodiversidade. Como é que esta o preocupa? Acha que a nossa sobrevivência no planeta está em risco, por “um fio”? Não, não acho. As pessoas têm que ter a sua cultura própria e, aí, eu fui atrás da cultura de quem ma veio pedir e eu fiquei lá. E ela está a funcionar, mas já sem a minha ajuda. Na altura, surgiu porque começou a ter saída a questão do rio Guadiana com a barragem do Alqueva. Ao ser uma pessoa crente, acreditando em Deus – que foi evocando já nesta entrevista –, acredita na vida para além da morte? Ou pensa que a vida é “só isto”, na Terra?

Eu penso que isso não dá muito para pensar: só quando lá chegarmos é que somos capazes de dizer alguma coisa (risos). Realmente sou um crente, porque alguma coisa nos domina e nós, também, temos que acreditar. Há uma educação criada na nossa sociedade e, lá está, se todo o mundo vivesse bem, muito ou pouco seria por Deus, nosso Senhor. Agora, como há muita gente que não vive bem, mas vive mal, há então descrença. As palavras são poderosas, ora bondosas ora dolorosas. Quais aquelas que lhe dirigiram há muitos anos, mas que lhe ficaram sempre no coração e jamais esquecerá? Tenho dificuldades em recordar. Mas tenho recebido tanta mensagem bonita e de tanta gente. Lembro-me que em criança eu já fazia muita coisa pelas pessoas. As vizinhas da minha mãe esperavam que eu chegasse a casa para fazer algum trabalhinho, nem que fosse para comprar qualquer coisa à mercearia. Quando eu chegava, elas diziam-me sempre que eu era um gaiato fora de série, sempre disponível. Outros diziam: “Este rapaz vai ser um homem sério, vai crescer e vai triunfar”, isso ouvi muitas vezes. Para terminar uma mensagem final positiva para os nossos leitores. Olhando para a vida obra e personalidade do senhor Comendador vê-se notoriamente que respira felicidade. Que conselhos dá para se ser sempre feliz? Aconselho o seguinte: haja proximidade, pois há muitas pessoas que se dão mal por falta dela; não se deixe para amanhã o que pode ser feito hoje, na parte de bem viver; não podemos pensar em nós sem pensar nos outros, seja quem for; acreditar que devemos estar disponíveis e trabalharmos bem, servindo bem, com cultura e educação. E a minha cultura é a quarta classe. Mais um bom conselho é saber estar na vida e dar exemplos suficientes para que nos possam seguir: isso é a melhor coisa que há. ■


14 VIVACIDADE | JUNHO 2021

SOCIEDADE

Horta de Gondomar comemora sexto aniversário No dia 10 de junho, pelas 16 horas, decorreu a comemoração do 6º aniversário da Horta de Subsistência de Gondomar (São Cosme). No local esteve presente o Presidente da União de Freguesias de Gondomar (S.Cosme), Valbom e Jovim, António Braz, o Vereador do Ambiente, José Fernando e Cristina Ferreira, representante da Lipor.

Inaugurado em 2015, no âmbito do projeto Horta à Porta – Hortas Biológicas da Região do Porto, este projeto nasce de uma parceria entre a Lipor e a Câmara Municipal de Gondomar e comporta um total de 70 talhões de terreno cultivável, todos ocupados. O intuito é alertar a população para a necessidade de praticar hábitos mais sustentáveis e de responsabilidade social. O terreno localizado na zona de Gondomar, foi cedido à União de Freguesias, em regime de comodato, sendo esta a responsável pela gestão do espaço. Para além dos

espaços cultiváveis, o local possui ainda dois abrigos, que servem de apoio para os utentes guardarem os seus utensílios de trabalho. A Cristina Ferreira referiu aos presentes que a Lipor estará sempre disponível e prometeu que este verão “Vou marcar uma visita ao final do dia na Horta, para todos os utilizadores para poderem tirar dúvidas e para realizar a reciclagem da compostagem. É algo que vai ser obrigatório a nível nacional e europeu que é reciclar os resíduos orgânicos”. O Presidente da União de Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, António Braz, aproveitou o momento para referir o seguinte: “Já passaram seis anos e antes de começar a fazer os agradecimentos, vou dar um agradecimento especial à Drª. Alice que é a proprietária deste terreno que o cedeu gratuitamente. Ela é uma pessoa boa. Cedeu-nos este terreno e há aproximadamente um ou dois anos, deixou ampliar o espaço e nós, bem como a Lipor e a Câmara Municipal de Gondomar, estamos imensamente gratos. O importante é criarmos um estilo de vida saudável e as Hortas, são cada vez mais essenciais para que o nosso dia a dia seja melhor, mais saudável. Esta componente deveria de ser mais alargada, eu diria que em todas as PUB

cidades e vilas de dimensão, onde a parte rural deixou de ter a sua importância, temos que arranjar espaço para que os cidadãos possam dedicar um pouco do seu tempo às artes Agrícolas”. Como representante do Município, no local estava presente o Vereador do Ambiente, José Fernando, que iniciou o seu discurso referindo que: “Este tipo de projetos tem duas dimensões que considero muito importantes. Os mais novos, dão essa importância há muito tempo, porque nas escolas os professores têm realizado um trabalho exemplar, naquilo que é a sensibilização para a temática ambiental e portanto entramos aqui na dimensão da sustentabilidade, essa palavra que todos nós ouvimos

falar, só que no nosso dia a dia, não sabemos respeitar essa dimensão. E vocês aqui, com este projeto, neste espaço, estão a dar uma resposta muito positiva, para aquilo que é a sustentabilidade no nosso planeta. O segundo pilar que eu considero importantíssimo, é a dimensão da saúde pública, que no qual o executivo da Câmara Municipal de Gondomar sempre teve essa preocupação, mudamos o paradigma no concelho, porque para nós essas questões do ambiente, da sustentabilidade e da saúde pública são importantes. Termino referindo que, para nós é um orgulho ver este espaço cuidado por vós e ver que o dinheiro público investido está a ser bem aproveitado”.■ PUB


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SOCIEDADE

Município apoia Comércio Local “Dinamizar o Comércio local” é o recente programa de incentivo municipal que visa apoiar os empresários na retoma do comércio no concelho de Gondomar. O apoio entrou em vigor no início do mês passado e, encontra-se patente até ao dia 3 de julho. Com o objetivo de impulsionar o comércio local, através da definição de estratégias e iniciativas que permitam a sua promoção, revitalização e dinamização, aquando da retoma à atividade, esta campanha é, de certa forma, semelhante à campanha desenvolvida na época natalícia - agora alargada para este período de retoma

à atividade, impulsionado pelo Plano de Desconfinamento. Os comerciantes que pretendam aderir à campanha devem preencher o formulário de inscrição disponível na plataforma online compremaislocal.pt. Os estabelecimentos aderentes receberão um dístico que identifica a adesão à campanha para colocarem nas suas montras. Na mesma plataforma, os clientes que queiram participar no sorteio devem registar as suas faturas - com o número de contribuinte - por cada compra de valor igual ou superior a 20 euros. Após o(s) sorteio(s), os clientes premiados serão contactados via email ou telefone. Para o levantamento da(s) oferta(s), no Edifício Gondomar Goldpark, deve ser apresentada a fatura da compra. A

data-limite para o levantamento decorre até 20 dias após a comunicação aos premiados. Quaisquer dúvidas podem ser

apresentadas através do email desenvolvimento@cm-gondomar.pt ou por telefone para o 224 664 256. ■

> Claudia Vieira, Vereadora da Câmara Municipal de Gondomar

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16 VIVACIDADE | JUNHO 2021

SOCIEDADE

Novos rotários empossados

Dia Mundial da Criança na “Villa Urbana”

No dia 25 de maio, foram empossados os novos rotários da Rotary Clube de Gondomar. Célia Carneiro, Álvaro Castro, João Silva, João Fernando e Pedro Carriço, receberam as insígnias do Rotary pelas mãos da Presidente Madalena Lima. Os valores do Rotary passam

A 1 e 2 de junho foram assinaladas na “Villa Urbana” de Valbom, em festa, as comemorações do Dia Mundial da Criança. Repartindo as comemorações da data por dois dias – primeiro para as crianças, depois para os mais jovens... – a Associação do Porto de Paralisia Cerebral decidiu, desta forma, fazer de forma mais “interna” um evento que tradicionalmente era aberto à comunidade local. No dia 1 de junho a festa (e as diversões) estiveram reservadas aos mais novos clientes da Creche e Jardim-de-Infância “Urbanitos” da Associação do Porto de Paralisia Cerebral. Depois, no dia 2 de junho, também os jovens que frequentam o Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) comemoraram o Dia da Criança. De relembrar que tradicionalmente a “Villa Urbana” de Valbom costuma dinamizar a já “famosa” Festa da Criança para toda a comunidade educativa escolar, colaboradores da instituição e familiares dos jovens que frequentam o CATL. Este ano, com a pandemia

pela ética, tolerância e contribuição para um mundo melhor. Propõe-se modificar as vidas dos seus semelhantes sob o lema “Dar de si antes de pensar em si”. O evento contou com a presença de Luís Filipe Araújo, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Gondomar. ■

> Madalena Lima e Luís Filipe Araújo

(e com as inerentes salvaguardas de saúde pública), o já habitual programa festivo teve que “sofrer” a adaptação possível... Ainda assim, mesmo de forma mais restrita, crianças e jovens da unidade valboense da Associação do Porto de Paralisia Cerebral desenvolveram inúmeras atividades durante estes dois dias ■

Novo Espaço Cidadão inaugurado em Medas Foi inaugurado no dia 24 de maio, um novo espaço cidadão que fica situado na Junta de Freguesia de Medas- Rua Luis de Camões. O intuito deste novo local é aproximar a população dos serviços administrativos. O Espaço Cidadão encontra-se aberto ao público de 2ª a 6ª feira, das 9h às 12h 30 e das 14h às 17h 30. Neste novo espaço é possível realizar os seguintes serviços: Autoridade para as condições de trabalho; Agência para a energia; Direção- Geral de proteção Social aos Funcionários e agentes da Administração Pública; Agência para a modernização administrativa; Autoridade Tributária e Aduaneira; Caixa Geral de Aposentações; Direção-Geral das Atividades Económicas; Direção-Geral da Administração da Justiça; Instituto do Emprego e Formação Profissional; Instituto de Mobilidade Terrestre; instituto de Segurança Social; Serviços partilhados

do Ministério da Saúde; Serviços de Estrangeiros e Fronteiras. Segundo o Presidente da União de Freguesias de Melres e Medas, José Paiva, “Até ao momento, o feedback das pessoas tem sido muito positivo e elas estão a aderir. A ideia era criar aqui um novo espaço cidadão, para aproximar a administração às pessoas. Quem usufrui deste tipo de serviços são pessoas com maior dificuldade na mobilidade, pela idade ou falta de transporte próprio. Este espaço aqui em Medas era o ideal pela sua centralidade”. O edil explica que “Qualquer jovem ou qualquer pessoa que saiba lidar com as tecnologias, consegue, através da internet, resolver a maior parte destes serviços. Isto é para as pessoas que não o saibam fazer. O principal objetivo é suprimir as dificuldades de quem não o consegue fazer. Tivemos, agora, com os Censos muita gente que procurou a nossa ajuda no preenchimento dos Censos, quer aqui, quer em Melres.” Quanto à Junta de Melres, o Presidente revela que “Já foi pensado para a Junta de Melres, há dois anos um espaço cidadão. O problema do edifício de Melres é a acessibilidade e isso foi

o que nos levou a não avançar. Estamos a ver uma solução para esse problema. Teria de criar um elevador e num edifício histórico daqueles não seria muito prático. No entanto, a estrutura do edifício de Medas, já ajudou

muito, porque a acessibilidade é muito mais fácil”. O responsável pediu ainda para as pessoas ligarem para a Junta (224760676) a solicitar uma marcação, para evitar situações de aglomeramento. ■


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18 VIVACIDADE | JUNHO 2021

SOCIEDADE

Colégio Paulo VI e Escola À Beira Douro são as melhores classificadas no concelho no Ranking Nacional Atendendo aos resultados divulgados no Ranking disponibilizado pelo Ministério de Educação, o Colégio Paulo VI é a melhor instituição privada aparecendo no 14º lugar da lista geral de escolas. Respeitante ao ensino público, no 164º ficou a Escola Básica e Secundária À Beira Douro.

Colégio Paulo VI- Melhor classificada a nível Geral e Privado Estivemos à conversa com Rui Castro e Dulce Castro, diretores do Colégio Paulo VI que começaram por referir que este resultados só foram possíveis “Com muito trabalho”. Os responsáveis da instituição revelam que, perante o Covid-19, sentiram a necessidade de readaptar-se e partiram com uma “Vantagem competitiva de troca de informação digital e optamos, recentemente, por um sistema de avaliações online. O que nos permitiu a nossa readaptação num fim de semana”. Na perspetiva de Rui e Dulce, “Este nosso modelo tornou-se muito eficaz e foi uma enorme vantagem que se traduziu em resultados excelentes. Estávamos à espera que os resultados dos exames fossem bons, mas não tão bons

como o foram. Foi uma grande alegria e que tudo valeu a pena”, para ambos, outro ponto referido que auxiliou neste processo foi “A excelente ligação que temos como os pais dos alunos”. Dulce aponta ainda que “Nós tentamos sempre que os nossos alunos tenham objetivos e que consigam superar as dificuldades do dia a dia e isso ajudou nas aulas online. Essa ambição de atingir um determinado patamar de excelência, faz com que os alunos, sejam exigentes com eles próprios”, à ideia de Dulce, Rui complementa referindo o seguinte “Os excelentes resultados que temos conquistado batem em 3 pontos essenciais: 1º muito trabalho; 2º Cultura familiar interna, para que o aluno se sinta bem cá dentro, em relação com os colegas, professores e funcionários; 3º autonomia e responsabilidade”. De momento, a ambição para os diretores é “Ficar sempre entre os 30 primeiros a nível nacional, este ano ficamos em 12 lugar. A nível concelhio já ficamos em primeiro há mais de 20 anos consecutivos”. Os responsáveis aproveitaram o momento para destacar todo o trabalho e esforço realizado pelos professores “E da própria comunidade educativa que permite este êxito. Os funcionários tiveram um papel importantíssimo, principalmente na época mais crítica, na implementação dos planos de contingência”.

Escola Básica e Secundária À Beira Douro- Melhor escola pública do concelho classificada Em Melres, encontra-se a melhor escola Pública classificada de Gondomar no Ranking Nacional. No entanto, apesar dos resultados, Manuel Monteiro, Diretor da Escola, revela que o importante não é se a instituição é a melhor ou não, mas sim os valores que a mesma incute nos seus alunos. Para Manuel, o que realmente importa é comprovar que uma “Escola de contexto desfavorecido,

com muitos alunos com circunstâncias de vida difíceis, conseguem atingir resultados de excelência. Para o responsável isto só é possível porque é necessário criar uma política que passa pelo incentivo escolar junto aos alunos: “Eles gostam de estar na escola e sentem-se bem aqui. A escola tem que ser um local onde eles são felizes na maior parte do tempo porque isso é o que reflete nos resultados”. Manuel Monteiro revela que tem consciência que “A questão curricular é muito importante e tem um peso muito grande, isto é uma escola que tem metas para serem cumpridas, tem resultados para serem obtidos, têm tudo isso, mas efetivamente, isto é um trabalho integrado que possui várias valências, que no qual o currículo é importante. No entanto o currículo não formal é em termos de peso especifico muito parecido com o peso que tem o outro. É nisso que nós acreditamos e é isso que dá os resultados. Quanto ao ensino à distância, por causa da Covid-19, Manuel Monteiro, revela o seguinte: “As coisas decorreram com a normalidade possível, tendo em conta o ano de pandemia que passamos. As problemáticas

que nós temos aqui no dia a dia, eram mais ou menos as mesmas problemáticas que tivemos durante o ensino à distância. Portanto, nessa altura os alunos perceberam que era possível fazer uma aprendizagem à distância que, obviamente não se compara à qualidade presencial. No entanto, eles perceberam que isso dependeria de muito do esforço e da capacidade de adaptação que eles tivessem juntamente com os professores”. Quanto à comunidade escolar, Manuel adianta que “Eles sabem o que eu penso e estamos sempre em contacto. Eles sabem, perfeitamente, que isto só foi possível com a ajuda de todos. Os alunos, os professores, os pais e os parceiros, nós temos uma proximidade enorme com a Junta de Freguesia, com a Câmara quer com outro tipo de parceiros do alto do concelho -Turbo Gás, a Banda, o Centro de Foz de Sousa. Esta é outra das grandes vantagens que temos. Possuimos uma verdadeira comunidade educativa e isso, é fundamental. O que esta a acontecer aqui, não é nenhum milagre, resulta de muito trabalho que se traduz nesta proximidade que existe entre todos os intervenientes”.

Matilde Alves Aluna de Ciências e Tecnologias Presidente da Associação de Estudantes da Escola Básica e Secundária À Beira Douro Estou nesta escola desde o meu 9º ano, ou seja, este é o meu quarto. Gosto muito do ambiente, porque é muito saudável para qualquer aluno que queira estudar cá. Por causa da pandemia, as nossas aulas tive-

ram que ser online e considero que, perante este desafio, os professores adaptaram-se muito bem. Claro que foi complicado para todos, não só para a nossa escola, no entanto conseguimos dar a volta à situação. Eu pretendo seguir os meus estudos para o ensino superior e, posso dizer que tenho vários professores que nos apoiam nas questões que dizem respeito à Faculdade. Para mim, é um orgulho estudar aqui. Considero que este resultado que obtivemos tem muito relacionado com os professores, porque apesar da escola ser pequena, em comparação com outras do concelho, os professores tem um contacto muito mais próximo com os alunos e sinto que se preocupam com cada um, individualmente e na minha opinião, é essa proximidade que nos faz obter melhores resultados. Sinto que há uma preocupação por parte de todos os envolvidos com a escola.

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GONDOMARENSES LÁ FORA...

Sara Santos:

“Gostava de dizer que aqui é tudo perfeito, mas como em outro lado qualquer, nada é perfeito!” Sara Santos, tem 30 anos e foi para a Suíça em busca de um futuro melhor, há sete anos que, juntamente com o seu marido, decidiu deixar Portugal e recomeçar uma nova vida. Conta-nos um pouco do teu percurso aqui em Portugal e quando é que surgiu a ideia de embarcar numa aventura internacional? Durante o meu percurso por Portugal era feliz junto dos meus, mas infelizmente tentar lutar em Portugal, hoje em dia, é cada vez mais difícil... são muitos os jovens da minha faixa etária que lutaram como eu, para ter uma vida melhor e estudamos, tiramos cursos no ensino superior e que, infelizmente tendo terminado com sucesso não conseguiram entrar na área desejada, por não haver oportunidades. Na minha situação abandonei a licenciatura em criminologia, sempre trabalhei e estudei para pagar os meus estudos, mas cheguei a um ponto que comecei a ver muitas portas fechadas, mesmo em voluntariado. Parei de estudar para começar a trabalhar a tempo inteiro uma vez que tinha pelo menos um contrato de trabalho em mãos para renovar e não perder a oportunidade. Mas, mesmo assim naquela altura, efectivar era uma sorte, quase ninguém conseguia efectivar. Trabalhei em várias vertentes, desde supermercados, a lojas de shopping, a venda de roupa, ou artigos para o lar... Sempre com ordenado mínimo trabalhando horas nocturnas e domingos para receber um extra! Houve um dia que os meus pais decidiram tentar uma vida melhor na Suíça, onde tenho bastante família. Apesar de, já não morar com os meus pais, as saudades eram imensas, um ano depois a minha mãe, que sentia muito a minha falta, por sua vez, não descansou enquanto não me viu perto dela, arranjou um trabalho para mim e para o meu namorado, com quem hoje estou casada. E,

assim, em Novembro de 2014 partimos os dois numa nova aventura, deixando ainda alguma família e amigos, levando apenas algumas malas e bagagens... Há quantos anos estás a viver no estrangeiro? E, porquê a Suíça? No dia 14 de Novembro de 2021, faz 7 anos que viemos para a Suíça, nunca tinha pensado antes em emigrar, nem que permanecesse tanto tempo neste país. A Suíça foi o país escolhido para emigrar por ter bastante família cá sabia que nunca iria ficar desamparada. A adaptação a uma nova cultura foi fácil? Qual foi a parte mais difícil neste processo? A parte mais difícil neste processo, foi mesmo deixar uma outra parte da família e amigos, e talvez também uma vida para trás, para começar uma outra nova. A adaptação à nova cultura, confesso que não foi fácil, a começar pelo frio, pela comida, pelo dia começar de madrugada e terminar por volta das 17h (de inverno), pelo povo suíço e, principalmente, pela língua (alemão). A Suíça é um país pequeno, mas com várias línguas, como alemão, francês e italiano, depende do cantão onde se vive. Para ti, quais são os benefícios de viver no estrangeiro? Os benefícios de viver no estrangeiro é relativo, se falamos em questões económicas, é melhor para quem trabalha por estação. Para quem quer juntar um dinheiro, trabalhar na estação de inverno e/ou de verão traz bastantes benefícios, para quem vive no país já não há tantos benefícios. A vida na Suíça é muito cara! Outro benefício é a saúde, o sistema de saúde é muito bom e rápido nas respostas para com o paciente. Talvez porque todo o cidadão, independentemente de ser estrangeiro, é obrigado a ter um seguro de saúde (Krankenkasse). Do que é que sentes mais falta da tua terra Natal? O que sinto mais falta da minha terra... TUDO!

Quando estamos longe dá-mos mais valor às coisas que antes não valorizávamos. O nosso país tem tudo para nos oferecer, temos mar, temos sol, temos espaços verdes incríveis (saudades do cheiro do eucalipto), a nossa comida tão boa, as pessoas... Mas o que mais sinto falta é de viver a vida, acabar o trabalho e ainda dar um passeio pela praia, comer um bom peixinho fresco, conviver com os amigos, ir ao cinema... Pretendes um dia voltar a Portugal? Sim, pretendo voltar a Portugal. Quando vim para a Suíça arranjei trabalho num Berghotel (hotel de montanha) no meio do nada, onde se trabalha por estação, ou seja, de inverno trabalhava cerca de 4 meses e de verão 5 meses. Os restantes meses que tinha livre ía sempre para Portugal de férias. A trabalhar assim, apesar de ganhar menos, juntava mais, pois nos meses de trabalho era só mesmo para trabalhar. Morava no hotel onde era descontado o valor de um quarto para o pessoal do trabalho e não havia shoppings para passear. Então assim é perfeito para voltar mais rápido para Portugal! A ideia inicial quando vim para a Suíça era juntar dinheiro e abrir um negócio em Portugal, mas devido a um problema de saúde, as coisas alteraram-se um pouco. Tive que fazer vários exames e operações, o que contribuiu para que tivesse que mudar de trabalho (passei a ter um trabalho de ano), fui para uma cidadezinha maior e aluguei uma casa, onde estou a viver neste momento. As despesas aumentaram e juntar dinheiro, agora, torna-se mais difícil, mas não impossível! Íamos no final do ano de 2020 voltar para Portugal, mas apareceu o COVID-19 e recuamos na decisão. Decidimos continuar mais um tempo por aqui, até as coisas melhorarem e voltarem mais à normalidade. Sei que de momento trabalhas num hospital na Suíça, como é que foi todo o processo com a Covid-19? E, qual é a tua área de trabalho? Nunca estive ligada à área de saúde! É uma área em que sempre tive bastante interesse, mas nunca tinha passado por nenhuma formação. Mas sim, é verdade, estou a trabalhar num hospital aqui na Suíça. O processo inicial com a COVID-19 foi dificil com um especial cuidado e sigilo.Tivemos uma área do hospital reservada para casos positivos, onde só entrava pessoal autorizado e devidamente equipado, fechou se as portas às visitas e adaptou-se as áreas de restauração e cafetaria, funcionando apenas para o pessoal de trabalho. Ao longo do tempo aprendi a falar melhor o alemão (com dialeto suíço) e engrenei um pouco mais na área de saúde, sendo já certificada em primeiros socorros com assistência a disfibrilador e primeiros socorros a recém nascidos. A minha área de trabalho é a assistência no cuidado alimentar (Verpflegungassistentin), faço todo processo de alimentação do paciente desde o momento em que dá entrada hos-

pitalar, por exemplo se tem diabetes, ou problemas cardíacos, se tem algum tipo de alergia, etc. e reencaminho o menu de cada paciente para a cozinha. E como trabalhar nunca foi demais, muitas vezes trabalho na cafetaria do hospital e outras vezes ajudo na cozinha preparando o restaurante para abertura e fecho. Se pudesses dar um conselho a uma pessoa, que como tu, gostava de um dia emigrar, qual seria? Diria que a vida aqui não é fácil, é preciso lutar, ter objectivos na vida. Não é como muitas pessoas pensam e comentam que nós emigrantes ficamos ricos, pois não é verdade! Não dá para ter a mesma vida que em Portugal, se querem ter uma vida melhor, aqui não se vai a cafés, não se vai a restaurantes… Como já tinha referido antes, a vida na Suíça é muito cara e não podemos dizer que ganhámos como um suíço, pois emigrante que não fala a língua, quando chega ao país ganha o mínimo dos mínimos e sujeita-se a qualquer tipo de trabalho. Só para dar um exemplo, um beef de vaca custa 10 francos, ou seja, como se fosse 10 euros, um café custa cerca de 4.20fr, fora inúmeras situações que se passam em que somos rebaixados. Ouvimos e calamos... Por isso, se pretendem um dia vir para a Suíça, aconselho que estudem pelo menos as bases de uma língua como por exemplo o alemão, para virem preparados e conseguirem um bom trabalho. Digo isto porque nas aldeias poucas pessoas falam ou percebem o inglês e é onde conseguem mais rápido arranjar trabalho! A comunicação é muito importante. Aconselho também o trabalho sazonal se querem juntar um dinheiro mais rápido. Gostava de dizer que aqui é tudo perfeito, mas como em outro lado qualquer, nada é perfeito! ■


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SOCIEDADE

AMUT comemora décimo aniversário A Associação Mutualista de Gondomar é uma Associação com história. Fundada em 2011, no próximo mês comemora o seu décimo aniversário. Neste mês de junho, estivemos à conversa com o Conselho de Administração da AMUT, composto pela Presidente Ângela Pereira e os quatro vogais Sameiro Moura, Antónia Ferreira, Artur Teixeira e Rogério Santos. Como é que nasceu a AMUT aqui em Gondomar? A AMUT nasce no dia 14 de julho de 2011. É um dia especial, porque comemora-se a tomada da Bastilha e, isso acaba por ser interessante, porque os valores que este dia representa, acaba, de certa forma, por descrever os nossos: a liberdade, a igualdade e a fraternidade. E, como acredito que nada é por acaso, nós nascemos da transformação de uma outra Instituição. Que tinha nascido em 1963 e era apelidado por Caixa de Providência dos Funcionários da Câmara Municipal e Serviços Municipalizados. Na altura, essa organização é fundada num tempo em que não havia Segurança Social, não havia ADSE, não havia ao fim ao cabo apoios para os trabalhadores. Isto para dizer que nós, fazemos parte da história da Segurança Social de Portugal. Porque nós fomos das primeiras organizações a fazer aquilo que a Segurança Social faz. Entretanto, fruto da crise económica, a Caixa de Providência nasce por portaria e ela, por sua vez, permitia às Câmaras Municipais, criar este tipo de organizações. Ela nem era de direito privado, nem de direito público e, embora fosse gerido pelos funcionários da Câmara, ela foi criada em reunião Camarária e, até 2011, ela foi gerida assim. Nessa altura, há uma auditoria à Câmara em que diz que nós tínhamos que nos decidir, ou éramos de direito privado, ou éramos de direito público. E, por outro lado, o financiamento público foi legislado, porque não havia nenhum valor mínimo ou máximo para o apoio que a Câmara podia dar à organização. Essa portaria veio a legislar nesse nível. Então, nessa altura criamo-nos como Associação Mutualista. Porque achamos que era o que fazia mais sentido, para manter o máximo de benefícios aos associados. Assim, nascemos nessa altura, com o propósito de manter o quê? Resumidamente, nós somos um género de seguro de saúde para os trabalhadores da Câmara e as suas Famílias. Em que áreas atuam?

O nosso foco principal é a comparticipação das despesas da saúde dos nossos associados que, neste momento, só podem ser os trabalhadores da Câmara, aposentados e os familiares, ou seja, conjugues ou os filhos até aos 18 anos, ou até aos 25 se estudarem. Atualmente, temos cerca de 2400 associados. E o que é que distingue a AMUT de Gondomar? A nível nacional, só existe duas Associações como a nossa, ou seja, que tem o mesmo fim. É a nossa e uma situada em São Pedro do Sul. Sendo que eles tem cerca de 50 associados. Depois, há um outro factor que nos distingue. Nós trabalhamos muito a questão da saúde, mas numa vertente de prevenção e, isso, já entra nas nossas atividades secundárias, porque também somos uma Entidade Formadora Certificada. A nível concelhio, só existe duas Associações Mutualismos. A nossa e a Associação de São Bento das Pêras, em Rio Tinto. Sendo que, a nossa, é a única que é profissionalizada, ou seja, é para profissionais específicos. Enquanto que, a de São Bento das Pêras é para qualquer pessoa que queira ser associado. Depois, nós desenvolvemos um conjunto de atividades que são abertas à comunidade e, isso, também acaba por nos diferenciar. Como já disse, o nosso foco é a saúde, sobretudo na vertente da intervenção, então todas as atividades que nós vamos desenvolvendo elas focam-se nisso. Nomeadamente, nós temos um plano de caminhadas, que neste momento está suspenso, por causa da COVID-19. Temos também uma clínica de Medicina Integrativa. Assim, temos a Medicina Geral e Familiar e, depois, tem as outras áreas -Nutrição, Psicologia e as Medicinas Alternativas, tais como, a Medicina Tradicional Chinesa, o Reiki, o shiatsu, ou o Naturopatia. Portanto, temos várias áreas e tudo integrado dentro da mesma clinica. Depois, temos uma vertente única, a nível europeu, que é uma incubadora de empreendedorismo social. Existe muitas incubadoras, mas ela é única, porque é orientada e especializada só para projetos empreendedores que melhorem a vida dos idosos ou dos adultos dependentes. Isto não existe, é mesmo único. É um projeto que foi financiado pelo POISE- Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, pelo Programa Portugal e Inovação social, no âmbito das parcerias por impacto e que, neste momento, está a acompanhar sete projetos de empreendedorismo. Todos os funcionários da Câmara fazem parte da AMUT? Não é obrigatório, as pessoas associam-se voluntariamente, mas tem que pagar uma cota. Quais são as vantagens de ser associado da AMUT?

Diria que nós nunca sabemos quando é que vamos estar doentes e a AMUT comparticipa 80% das despesas de medicamentos e 65% as outras despesas. O único que não comparticipamos são os internamentos. No que concerne à clínica, um associado da AMUT pode usufruir de uma consulta de psicologia por seis euros, outro exemplo que dou é uma consulta de Medicina Tradicional Chinesa, no mercado, chega a ser 50 euros, no entanto, para um associado fica por sete euros. Portanto, estamos a falar de valores muitos baixos. Depois, sendo uma Entidade Formadora Certificada, nós desenvolvemos um vasto leque de formações, ou gratuitas, ou com valores muitos baixos e muito inovadoras. Nós fomos a primeira entidade a fazer formação de Reiki certificado. Além disso, o nosso plano de caminhada é único. Entrando na linha da pandemia, como é que foi para vocês esta fase? Eu diria que houve duas fases. Na primeira fase tivemos o pânico que durou um semana. Quando digo o pânico, é no sentido “o que é que vamos fazer agora?”, porque tínhamos uma série de atividades programadas. Depois de meditar sobre o assunto, reinventam-nos, enviamos os colaboradores para casa numa fase inicial e suspendemos todas as atividades. No entanto, começamos a criar atividades novas. Foi na altura que implementamos o nosso Boletim Informativo, que ainda continua a funcionar. É o nosso AMUT partilha. Em simultâneo, criamos um projeto que se chama linhas de abraço. Um projeto com várias vertentes, entre as quais, num primeiro momento consultamos os nossos idosos e pessoas com doenças crónicas, para lhes comunicar que nós íamos fazer as compras e para eles não saírem de casa. Depois começamos a angariar voluntárias que quisessem costurar corações terapêuticos. Eram corações enormes, de 5 kg, com dois bracinhos e tinham um cheirinho de Alfazema ou Alecrim. A ideia era as pessoas que sentissem falta de um abraço, pudessem sentir esse abraço. Para além disso, as voluntárias também faziam máscaras de tecido. E, com a venda das duas coisas, a receita era revertida na compra de produtos de higiene para as famílias mais cadenciadas. Depois, fizemos uma parceria com a Cruz Vermelha Portu-

guesa e, praticamente de dois em dois meses, nós levávamos um stock significativo de produtos de higiene, que era algo que fazia muita falta. Neste momento são mais, mas na altura eram cerca de 600 famílias que eram acompanhadas pela Cruz Vermelha. Na vossa perspetiva, qual foi o maior problema da pandemia? A falta de contacto com as outras pessoas. O contacto físico e presencial fazem falta. Nós somos seres de contacto e, apesar da possibilidade do virtual, que já era muito bom, o contacto não é a mesma coisa, faz falta o contacto, o olhar, o toque. E, é por isso que de momento estamos a desenvolver um projeto que pretendemos candidatar ao Programa Portugal Inovação Social, que se chama Arte em Mente. É um projeto orientado, especialmente, para a saúde mental, em contexto familiar e que se baseia numa intervenção terapêutica, que tem como base a arte da terapia ( a música terapia, a dança terapia e os banhos de floresta, ou seja, de reconecção com a natureza). Estamos agora na fase de angariar investidores sociais. O que é que têm planeado para o futuro? Agora, paulatinamente estamos a retomar a atividade com todos os colaboradores. As caminhadas em princípio vão voltar. Primeiro pretendemos terminar uma peregrinação no caminho de Santiago de Compostela. Nós fazemos esta atividade todos os anos e, no ano passado foi interrompida, por causa da COVID-19. Assim, o pretendido é terminar isso em outubro e, em princípio retomamos as caminhadas em janeiro. Depois, o nosso grande projeto é a nossa nova sede, que neste momento está na fase de projetos. Ela vai nascer mesmo ao lado dos Bombeiros Voluntários de Gondomar. Se tudo correr bem, teremos a nossa sede em 2024\25. Como é que as pessoas podem entrar em contacto com vocês? A nossa sede está aberta, os telefones e os emails estão sempre a funcionar. O nosso site está no ativo, em simultâneo, temos uma página no YouTube, no Instagram e no Facebook. Nós estamos em todo o lado. ■


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AUTÁRQUICAS 2021

União de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo O VivaCidade falou com os atuais quatro candidatos apresentados. Este ano, após o Partido Socialista ter afastado Isidro Sousa da corrida, o atual Presidente da União de Freguesias decidiu lançar novamente o seu nome com a fundação de um Movimento Independente. Assim, ao contrário das eleições das últimas autárquicas, este ano, em 2021, temos a concorrer pela União de Freguesias, dois independentes. Dado que, Armando Paiva, lança-se novamente na corrida a representar o Movimento Independente Contamos com Todos. O novo nome apresentado pelo Partido Socialista, é o segundo da atual lista da União de Freguesias, Silvino Paiva. E, a vestir a camisola da coligação do PSD e do CDS, temos a candidata Rosa Gomes.

> Silvino Paiva - PS Na corrida a representar o Partido Socialista, o nome apresentado é Silvino Paiva que, atualmente, é o segundo elemento da lista do executivo da União de Freguesias. Sobre a sua candidatura, explica que “Muitos são aqueles que reconhecem o meu trabalho, pois sou um “homem do terreno”, que está em contacto permanente com todos os eleitores da nossa União de Freguesias”. Silvino Paiva revela ainda que sempre contou com o apoio do Presidente

da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, e explica que “por isso mesmo, sou o que reúne as melhores condições para fazer “obra”. Quanto à proposta realizada pelo PS, Silvino afirma que aceitou “Com muita alegria e determinação”. Do seu Plano Eleitoral, o candidato expõe alguns pontos que considera os mais importantes e urgentes a ser realizados: “Defender a construção de mais habitação privada e social, para fixar população, nomeadamente jovens; Apoiar

> Isidro Sousa - Candidato Independente Para a corrida às próximas autárquicas, Isidro Sousa, atual Presidente da União de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo, decidiu concorrer como Movimento Independente, “Esta minha candidatura é especial, não estava à espera de ser candidato independente, sempre pensei que seria pelo PS”.

Ao VivaCidade, o candidato revela que já tem a carta preparada para desfiliar-se do partido e explica que o que falhou foi a “Negociação entre o candidato -que sou eu- a Concelhia de Gondomar e a Secção de Foz do Sousa e Covelo. E, no meu entender, o meu segundo da lista, o Silvino Paiva, porque

a recuperação do Edifício da Central Elevatória do rio Sousa, contando com a participação das Associações existentes; Criar a Prova Anual de Cicloturismo com a designação dos 3 Rios Douro/ Sousa/Ferreira, a impor-se no plano regional; Apoiar de forma sistemática iniciativas particulares e públicas que promovam a nossa União de Freguesias: Moinhos de Jancido, Sai em rutura com Isidro Sousa: “É certo, que trabalhei com o atual Presidente – mas com muitas limitações que não posso continuar a aceitar, nomeadamente, a difícil relação que ele manteve ao longo do mandato com a Câmara – e que não nos ajuda em nada. Mas quem avalia o trabalho realizado e os novos candidatos é o PS. Interessa lembrar que o atual Presidente, pessoa que respeito no plano pessoal, não conseguiu uma condição fundamental para uma boa governança da União de Freguesias: não conseguiu os consensos necessários para a maioria dos autarcas eleitos aprovarem o Plano e Orçamento, que foram sucessivamente reprovados nos últimos anos pela Assembleia de Freguesia. A nossa União de Freguesias é a única em Gondomar que não tem um documento orientador para sua gestão. E isto é muito grave! É

governada aos “impulsos”. Aproveitamos o momento para o questionar sobre o processo que tem pendente? “É uma tentativa de enxovalho muito baixa” e explica o seguinte sobre o processo: “A questão judicial prende-se com a falta de descontos de alguns funcionários para a Caixa Geral de Aposentações (situação que já foi regularizada) que não foram efetuados durante um determinado período de tempo - os principais responsáveis são o então Tesoureiro da Junta e uma Funcionária. Eu não tenho nenhuma conta bancária cativada à ordem do Tribunal. Estou no processo apenas porque era o responsável da Instituição (Junta de Covelo), mas não posso responder pelos atos dos outros que não eram do meu conhecimento. Sou um homem honrado e estou tranquilo!”. No entanto, o candidato reconhece que provavelmente, terá alguma sanção “Eu sei que sou responsável, isto é a minha opinião pessoal, não é a da justiça porque ela até pode determinar o contrário, mas na minha perspetiva é que vou ter uma sanção qualquer, vou ter que sofrer qualquer coisa”. Se a sanção for muito grave, admito retirar a candidatura.

deveria ter sido mais correto comigo. E isso não posso aceitar. Dei quatro vitórias ao PS e, agora, no final recebo este balde de água fria. Às vezes até penso que nem é verdade, mas é”. De momento, Isidro revela que está a preparar a candidatura como independente e explica que encontra-se à procura de pessoas para a lista, mas destacada que “O importante é que estou com uma garra tremenda que não queria estar contra o PS”. “Estou muito magoado com o Partido Socialista. Na minha opinião, foi tudo preparado nas minhas costas e o mais grave é, eu ter sabido de tudo o que estava a acontecer pela oposição. Para mim foi pura traição, que obrigou-me a tomar uma decisão que não estava nos meus planos”, cita Isidro ao ser questionado como se sentia em relação ao PS. O candidato explica ainda que inicia a corrida às Autárquicas mais “Prejudicado”, porque está a iniciar agora o Movimento Independente, “Embora tenha a noção que sou o atual Presidente da União de Freguesias, isso só, não chega

e agora, vou ter que começar tudo de novo”. Os principais pontos do seu Plano Eleitoral passa pelo aumento do cemitério em Covelo, “É urgente, porque já não temos espaço”. Outro investimento que Isidro tem em mente é a realização de um Centro de dia em Covelo, “incomoda-me imenso que as pessoas de Covelo tenham que ir para outras freguesias. A Câmara realizou um contrato de comodato e deu à Junta de Freguesia a escola de Leveirinho e é lá que pretendemos criar este Centro de Dia”. Quanto à Freguesia de Foz do Sousa, uma das ideias planeadas é a construção de um Parque de Estacionamento, com um Anfilteatro, “Num terreno situado entre a Junta e a Paróquia, assim daria apoio às instituições. “Estou convencido que vou ganhar estas eleições como independente. E caso não ganhe saiu da política” o candidato revelou ainda que, caso ganhe as eleições, este será o seu último mandato.


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tem de o fazer, mas faz muito pouco para aquilo que são as necessidades da União de Freguesias. Eles são muito fechados entre eles, não dão abertura às ideias propostas em Assembleia. É uma Junta que funciona à moda antiga. Sou contra isso e nós queremos mudar. Quem se desloca à Junta parece que não se desloca para solicitar um serviço, mas sim para pedir um favor”. O candidato explica que a União de Freguesias precisa de deixar de transmitir esta imagem, dado que “Este é um local que serve para solicitar, exigir e apresentar ideias. Não podemos ser os donos da razão e temos de estar sempre receptivos”. Com a sua candidatura, Armando Paiva deixa assente que o pretendido é “Trazer rigor, transparência e em simultâneo, realizar um aproveitamento dos valores materiais, humanos e financeiros. Porque se houver rigor na gestão dos meios materiais, humanos e financeiros sobra sempre dinheiro para fazer mais coisas. Nos últimos anos, isso não tem acontecido, não

há rigor, nem critério. A gestão dos meios materiais, humanos e financeiros é um desastre. Quando somos rigorosos conseguimos alcançar mais objetivos”. Na perspetiva de Armando Paiva, de momento a freguesia é gerida por dois executivos, “Isso não pode acontecer. Se é uma União, tem que trabalhar como tal”, assim o principal eixo que o Movimento apresenta é a necessidade de organizar a instituição. O segundo eixo apresentado é o facto da União de Freguesias estar a perder população. Para o candidato é importante criar postos de trabalho para fixar as pessoas. É nessa linha que, Armando Paiva, aponta um terceiro ponto que está presente no seu Plano Eleitoral, que é a criação de um Polo Industrial para trazer “pessoas e empresas de fora, as Freguesias de Foz do Sousa e Covelo. Temos potencial para a fixação destes Polos Industriais, mas nada foi feito”, o candidato acredita que com a criação destes polos a União de Freguesias “Irá crescer e a economia irá movimentar-se. Se este projeto não começar a ser planeado agora, continuaremos a ver os outros a crescer e nós a ficar sempre no fundo”. Outro eixo apontado pelo candidato é o do Turismo. Para Armando Paiva, as freguesias tem muito potencial desvalorizado e deu-nos o exemplo do fenómeno conquistado pelo movimento popular dos Rapazes de Jancido, com a requalificação da Rota dos Moinhos. Para o candidato, há outras zonas que estão desvalorizadas, tais como a Praia de Zebreiros, É de realçar o trabalho da Câmara Municipal de Gondomar e não quero dar a entender que a Junta não tem acompanhado, mas tem de ter um papel mais ativo”. No que concerne aos outros candidatos, Armando Paiva refere o seguinte: “Existe uma guerra dentro do executivo, mas já

não é de agora. Talvez de um processo mal gerido por parte do partido, mas é da responsabilidade dele. Serão dois candidatos que talvez estejam a pensar neles próprios, em vez na União de Freguesias. Sou franco, no que diz respeito ao Isidro, acho que ele perde uma oportunidade de sair pela porta da frente, isto é aquilo que entendo. Sobre o Silvino, sou sincero, não entendo como é que um membro do atual executivo que está a aguardar julgamento do tribunal, por causa de um processo de desvio dinheiro da Junta de Freguesia de Covelo, possa ser candidato. Eu acredito que essa não será a melhor forma de credibilizar a política, porque só a credibilizamos com os nossos atos. Eu não quero dizer que o Silvino seja culpado e o B inocente, isso é o juiz que tem de o decretar, até lá são todos inocentes. Mas apesar de haver a possibilidade de ser inocente, acho que o próprio Partido e o Silvino se deviam resguardar e de dar outra imagem à política, mas até ao julgamento está sempre em cheque. Quanto à candidata do PSD é uma amiga. Não lamento pela candidata, mas pelo PSD em si. Porque um projeto para ser apresentado, não pode ser apenas para quatro meses, mas sim para quatro, oito ou doze anos. Porque se vermos o passado do PSD, quer a nível Municipal, quer a nível da Freguesia, o que acontecesse é que em cada quatro anos, aparece um candidato novo. Eu chamo a isso um projeto a quatro meses, porque aparece a quatro meses das eleições e termina no dia a seguir às eleições. Eles têm que pensar em projetos a longo prazos. Lamento, que o PSD esteja a prestar um mau serviço para a União de Freguesias de Foz de Sousa e Covelo.

do ponto apresentado passa pela exploração do turismo, “Temos a situação do cais em Covelo, onde está o Douro Azul, nós não temos no local nenhum apoio em termos turísticos. Não há um ponto de Turismo”. Na perspetiva da candidata as Juntas “Estagnaram no tempo” e completa referindo que “Se nós olharmos para uma Junta de Freguesia apenas como um posto político e não nos lembrarmos que é necessário desenvolver a terra com as ferramentas que temos em mão, ela não irá evoluir”. A Advogada defende que deveria ser criado o Gabinete do Freguês, “Porque nas autarquias locais e sobretudo, as freguesias, têm que ouvir as pessoas, porque se não o fizemos, não conseguimos perceber quais são os problemas da Terra. Por isso, defendo

que deveria de haver um dia para ouvir as pessoas que, de momento, isso não existe”, a candidata defende ainda a criação de um Gabinete Jovem. “No sentido de divulgar as atividades desportivas e os recursos que temos para que os clubes possam realizar competições. Dou o exemplo do remo, é sempre realizado em Melres ou em Gramido, e porque é que não fazemos na praia de Zebreiros? Se formos a ver foi das primeiras praias em Gondomar. E, mesmo o rio Sousa podia ser mais aproveitado, permitindo assim a prática de outro tipo de desportos radicais”. Quanto à falta de investimento, Rosa Gomes, confere que “Apesar do orçamento ser limitado para as Juntas, há os fundos comunitários. Temos que estudar de forma a enquadrar a possibilidade da Junta obter fundos comunitários para desenvolver estas determinadas áreas”. Para a representante do PSD e do CDS, “dois pontos importantes que terá em mente caso ganhe as eleições, “É ouvir os problemas\reclamações das pessoas, bem como dinamizar a freguesia em termos de poder com o intuito de criar meios para a população jovem se fixar lá”. Neste momento, a candidata aponta que a maior carência da freguesia incide no “Acesso a coisas básicas, como um Multibanco que, neste momento, só existe na sede do Sousense”. Rosa continua a constatar que para uma pessoa conseguir ir ao Multibanco na União de Freguesias , está limitada a duas soluções,

ou vamos ao Lugar de Jancido, ou a Gondomar e temos que pensar nas pessoas idosas”. A advogada apontou ainda que é necessário “Desenvolver o tecido empresarial e a vontade de investimento em ambas as Freguesias. O comércio local tem que ser divulgado, porque, já que não temos uma grande superfície, como existe noutras freguesias vizinhas, há nas freguesias as pequenas mercearias e cafés e, isso, tem que ser divulgado”. A candidata reforça ainda que uma característica que vai levar consigo caso ganhe as eleições é a “Persistência” e deixou assente “Que um bom resultado nestas eleições seria sair com um pensamento de que fiz uma boa campanha e que consegui passar a minha mensagem. Costumo dizer que os prognósticos só no fim do jogo. Mas eu vou lutar para ganhar”. Quanto à hipótese de criar uma coligação, Rosa revela o seguinte, “Eu admito fazer coligações, porque sou uma pessoa de consensos, agora se me perguntar com quem, ainda não me debrucei sobre o assunto.” Atendendo ao facto de que, até ao momento, Rosa Gomes é a única mulher na corrida à Junta, a candidata revela que sente que “É sempre um desafio combater contra homens e se há coisa que não me sinto diminuída é ter que competir contra eles. Eu não vou para as eleições só por ir. Eu vou porque sinto que posso fazer diferença”.

> Armando Paiva - Movimento Independente Contamos com Todos O Movimento Independente Contamos com Todos, lançou o nome Armando Paiva, novamente, à corrida às Autárquicas de 2021. Filho da terra, sempre teve uma vida associativa muito ativa,“Quem participa na vida associativa ainda jovem, mais cedo ou mais tarde, acaba por entrar na política ou, num partido, ou com um Movimentos Independente”. “Este Movimento não foi criado para ser contra ninguém, mas para ser a favor da União de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo. Concorremos às últimas eleições e sentimos o apoio da população e, por isso, voltamos a candidatar-nos agora em 2021”. O pretendido por parte do Movimento Independente é dar “Outra dinâmica às Freguesias que, nos últimos anos, não têm tido”. Atualmente, o Movimento está representado na Assembleia de Freguesias com quatro elementos eleitos e ao analisar o último mandato do atual executivo, refere o seguinte: “Este executivo tem vindo a realizar alguns investimentos, porque

> Rosa Gomes - PSD/CDS A representar o Coligação do PSD e do CDS, entra em jogo, Rosa Gomes, natural da Freguesia de Foz do Sousa, é apelidada pelos que lhe são mais próximos, onde reside, por “Glorinha ou Glória”. Ao VivaCidade, a candidata começa por elencar que a “União de Freguesias, neste momento tem os recursos mal aproveitados. Eu aceitei este desafio no sentido de poder melhorar a freguesia onde nasci, resido e onde pretendo morrer”. No ponto de vista de Rosa, são vários os pontos que estão a ser mal conduzidos nas freguesias. O primeiro exemplo apresentado corresponde aos recursos naturais, “Houve um grupo de voluntários que demonstrou a quem de direito, que aquela freguesia (Foz do Sousa) tem potencialidade”. O segun-


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AUTÁRQUICAS 2021

Freguesia da Lomba Para as Autárquicas de 2021, na Freguesia da Lomba, até ao momento, foram chamados a jogo, dois candidatos. A representar o Partido Socialista, o nome apresentado é Rui Vicente, o atual Presidente da Junta de Freguesia. O segundo nome apresentado é Frederico Fernandes, candidato em nome da Coligação do PSD e CDS, à Lomba.

to, prontamente aceitou o pedido. Do ponto de vista do candidato, de momento, na Lomba “Estão a ser realizadas algumas obras, não vamos dizer que não, mas acho que, em comparação com as outras freguesias de

Gondomar, a Lomba está esquecida e considero que a Freguesia tem muito potencial”. Um dos potenciais enumerados por Frederico Fernandes é a Praia Fluvial, “Uma praia muito conhecida”. Na sua perspetiva é necessário criar condições para os jovens: “Pretendo mudar na freguesia muita coisa, tanto a nível de acessos, bem como apostar um pouco no turismo, porque temos um potencial muito grande, que neste momento está estagnado. Se formos a ver, as pessoas da terra estão a ir embora e acredito que, o que deveria ser feito era criar condições. Tanto para as pessoas que tem os seus negócios, tanto a nível do turismo e tentar cativar os jovens. É de citar os jovens, porque vem agora o verão e se criarmos atividades para manter a juventude, iremos mexer com ela e ao fazer isso, consequentemente, estou a mexer com o comércio local”. Quanto às Coletividades, o candidato de-

fende o seguinte: “Temos na Lomba diversas Associações de juventude, que praticamente estão “fechadas”. No que concerne ao investimento industrial, Frederico Fernandes acredita que há uma zona industrial na Freguesia: “Que tem meia dúzia de empresas e essas empresas não estão a receber apoios. Eu acho que nós devíamos investir mais nessa zona industrial e criar empregos para às pessoas. Assim, elas não se deslocaram para outros concelhos ou freguesias. Também deveríamos rever o PDM, porque há muitos jovens que até gostariam de cá ficar, mas temos um problema a nível da construção e isso obriga a que eles se desloquem para outros lugares”. O candidato monstra-se confiante para os resultados das próximas eleições e pretende, nos próximos tempos, levantar mais o véu do seu plano de campanha eleitoral.

ao fim e não podemos saltar fora do barco a meio do processo”. Ao analisar os últimos anos de mandato, Rui Vicente faz um balanço positivo. Destacando o seguinte: “Penso que não falhou nada, apenas as causas naturais que foi a pandemia, porque elas não permitiram que as coisas corressem de uma forma normal, como estava a correr”. O representante do PS explica que, no primeiro mandato, “Fizemos muitas obras, conseguimos atingir todos os nossos objetivos, porque execu-

tamos quase 90% do nosso compromisso. Neste segundo mandato, não consigo identificar a percentagem que atingimos, mas só não estamos nos 90%, por causa da Covid-19. Mas lá está, há coisas que podemos nos desculpar com a pandemia, enquanto que outras não. Mas dadas as circunstâncias em que vivemos, este mandato correu bem”. O projeto iniciado em 2013, pretende intervir em vários eixos da Freguesia: No eixo da habitação (com a aquisição e venda de loteamento habitacional); no eixo Industrial (com a aquisição e venda do loteamento industrial); e no turismo (com a construção do slide e do passadiço e com o lançamento da concessão da Praia da Lomba, um projeto que será realizado no local para os privados). Sobre os loteamentos, o autarca adiantou ao VivaCidade que “Penso que até setembro, vamos conseguir disponibilizar oito lotes industriais, para oito empresas. E vamos disponibilizar sete lotes habitacionais, para jovens que queiram ficar na nossa freguesia. Do meu ponto de vista, ambas as empreitadas, são grandes obras, que fazem muita falta à freguesia e que já as conseguimos. Já

temos os terrenos na nossa posse, os loteamento estão aprovados, falta colocar em prática as hastas públicas e vender os terrenos”. O candidato pretende ainda concluir as obras que já se encontram em execução no Largo de Santo António, bem como “Arranjar as infra-estruturas do Bairro Social. Em simultâneo, já investimos muito dinheiro na nossa rede viária interna -nas estradas- criamos o Espaço Cidadão e, restauramos e modernizamos, toda a Junta de Freguesia. Nós temos vindo a fazer uma grande aposta tanto a nível interno, como externo. E, ao fim destes 12 anos, teremos aqui um projeto completo e ambicioso que cobrirá todas as frentes”. Rui Vicente afirma ao nosso jornal que está confiante para as eleições que se avizinham “Mal seria se não estivéssemos confiantes, apesar do trabalho que temos vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos, penso que as pessoas não têm outra solução se não acreditar no projeto do Partido Socialista, quer para a Freguesia, quer para o concelho de Gondomar”.

> Frederico Fernandes - PSD/CDS A representar a Coligação do PSD e do CDS, o nome apresentado na corrida é Frederico Fernandes. Para o candidato a proposta chegou por parte de Pedro Carvalho, representante do CDS de Gondomar. E, após ponderar o assun-

> Rui Vicente - PS Na lista do PS de Gondomar, constava para a Lomba, o nome Rui Vicente. Ao VivaCidade referiu que, a sua recandidatura vai ao encontro de um projeto iniciado em 2005 e que entrou em execução em 2013. O pretendido para o próximo mandato é terminar, “Um projeto de um conjunto de jovens da Freguesia da Lomba. Não faria sentido de outra forma. Quando nós nos envolvemos com um projeto político, desta dimensão, é óbvio que temos que ir até


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28 VIVACIDADE | JUNHO 2021

SOCIEDADE

Águas de Gondomar reforça equipa de atendimento telefónico digital Na Águas de Gondomar (AdG), o atendimento ao cliente é uma prioridade, razão pela qual tem apostado na diversificação dos canais de comunicação com a empresa. Durante o último ano, em resposta ao atual cenário de pandemia da COVID-19 e em cumprimento das orientações legais que regulamentaram os estados de emergência, a AdG reforçou a equipa das linhas de atendimento telefónico, no sentido de mitigar eventuais constrangimentos decorrentes da suspensão do atendimento presencial. Mantendo a qualidade e a normalidade dos habituais serviços, os clientes podem entrar em contacto com a Águas de Gondomar, S.A. (AdG), através do atendimento telefónico, cujas linhas em regime de teletrabalho se mantêm reforçadas. No último ano, a empresa registou uma média mensal de 16 mil chamadas, entre a linha Verde (800206438), disponível 24h para a comunicação de avarias e roturas, a linha de Apoio

ao Cliente (224660295), indicada para prestar apoio comercial e a linha Geral (224660200), utilizada para atendimento ao público externo. Estas duas últimas linhas, estão disponíveis em horário laboral, para dar seguimento a questões relacionadas com esclarecimentos de faturação, comunicação de leituras, solicitação de meios alternativos de pagamento (mesmo que a data limite da fatura tenha sido ultrapassada, antes de se dirigir às instalações da AdG, poderá contactar a empresa para lhe serem fornecidos novos dados para pagamento) e pedidos de ligação urgentes. A linha Apoio ao Cliente e linha Geral são atendidas automaticamente pela central telefónica. Após efetuar a ligação é atendido por uma mensagem automática, a qual fornece opções de reencaminhamento de chamadas, através do teclado do telefone, para a área selecionada: Tecla 1 – registo de leituras (disponível 24 horas) – registo automático de leituras através do teclado do telefone; Tecla 2 – avarias (disponível 24 horas); Tecla 3 – faturação (disponível em horário laboral); Tecla 4 – contratação (disponível em horário laboral; Tecla 5 – contencioso (disponível em horário laboral); e aTecla 9 – operador (disponível em horário laboral). A comunicação da leitura do contador tem aumentado nos últimos anos, com a média mensal de contactos para este efeito a cifrar-se numa média mensal de 8 000 atendimentos automáticos. As linhas de atendimento ao cliente dispõem também de um recente serviço de call back, ou seja, sempre que as linhas estejam ocupa-

das, o cliente tem a possibilidade de deixar o contacto e a AdG devolve a chamada para o número indicado. Neste novo serviço, em vigor desde março do corrente ano, já foram rececionados cerca de 2 500 pedidos de chamada de retorno. Além dos contactos telefónicos, os clientes têm à sua disposição outras formas de interagir com a AdG, nomeadamente o atendimento digital, através do CHAT online, ativo em www. aguasgondomar.pt, um novo canal de comunicação que garante a mesma qualidade de serviço com vista à total satisfação do consumidor. O chat online é um serviço de atendimento pelo site, que permite obter respostas e solucionar problemas em tempo real.

Este serviço é mais uma alternativa de contato direto com a empresa, tendo a vantagem de ser mais cómodo e prático para o cliente, para além de ser a melhor opção para solucionar dúvidas e pequenas dificuldades de forma ágil. A AdG tem ainda duas lojas para o atendimento aos consumidores, no escrupuloso cumprimento das regras de distanciamento e da desinfeção dos espaços, de acordo com as recomendações da Direção Geral da Saúde. Apesar do desconfinamento, a AdG apela aos clientes para privilegiarem os contactos telefónicos ou digitais para o tratamento de qualquer questão relacionada com o serviço, garantindo a mesma qualidade e eficácia que no atendimento presencial. ■

Lomba distinguida pela Quercus Este novo arranque de Época Balnear de 2021 começou com mais uma atribuição, pela Quercus, com a Bandeira Qualidade de Ouro, à Praia Fluvial da Lomba. Sobre o assunto, o Presidente da Junta de Freguesia da Lomba, Rui Vicente declarou o seguinte: “É a única praia do concelho de Gondomar e penso que o executivo da Câmara deveria apostar mais na nossa praia. No entanto, considero que nos últimos anos, a Câmara não teve essa opção e espero que, para o próximo ano, caminhem com o intuito de investir e dar atenção a uma praia qualificada que tem vindo a merecer ao longo dos últimos anos”. Questionado pelo VivaCidade, sobre as praias de Gondomar, o Presidente da Câ-

mara Municipal de Gondomar referiu que, no que concerne à praia de Melres e Zebreiros, “Como aconteceu o incidente em 2018, a lei determina que, durante três anos, a água tem que obter o resultado “água boa”, para poder recuperar o título e, este ano de 2021, é o terceiro ano e esperemos que a água continue a estar boa, para que em 2022, Melres e Zebreiros recuperem o galardão”, o edil garantiu ainda o seguinte “Não obstante disso, a Câmara vai manter na mesma o galardão de praia e vai manter na mesma todo o sistema de vigilância, de apoio, de sinalização e de medidas COVID”. O autarca adiantou ainda que as análises realizadas até ao momento, davam conta de um resultado de água boa. ■

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30 VIVACIDADE | JUNHO 2021

CULTURA

Festas de Fânzeres e de São Pedro da Cova

ARGO acolhe exposição “Paleta Versátil” de Teresa Pires

Este ano, as festas de verão de Fânzeres e de São Pedro da Cova irão ser assinaladas de forma simbólica pelas entidades organizadoras. Em Fânzeres, a Junta de Freguesia em colaboração com a Paróquia irá assinalar as três principais festas - a da Srª Auxiliadora, Santa Bárbara e São Vicente; a de São Tiago e Santa Luzia; e o Divino Salvador. Todas serão comemoradas nos mesmos moldes, por causa da pandemia. Assim sendo, todas terão uma missa solene e um momento musical. A primeira festa que se irá realizar será a da Srª Auxiliadora, Santa Bárbara e São Vicente, que decorrerá no dia 3 de julho, pelas 21h, na Igreja de Fânzeres, onde os presentes poderão assistir a um momento musical que ficará à responsabilidade de José Duarte Freitas (Piano), Nadia Kolesnyk (piano), Mariana Lopes (Violino), Susana Vieira (Soprano) e Pedro Oliveira

No dia 12 de junho, foi inaugurado na sede da ARGO, a exposição de pintura de Teresa Pires, intitulada “Paleta Versátil”. A exposição ficará patente até ao dia 30 de Julho. No decorrer dos anos, a área da Pintura e das Artes veio a despertar o interesse da artista Teresa Pires. Assim que a sua vida profissional o permitiu, em 2015, inscreveu-se na Universidade Sénior de Rio Tinto nas aulas de pintura. Apesar da sua inexperiência, a vontade de aprender era muita e no inicio do ser percurso foi guiada pelo professor Carlos Jorge Graf. Continuando a sua caminhada, decidiu inscrever-se no Inatel, no Porto, em aulas de desenho e pintura, com o Professor Jaime Hilário. Começou os seus trabalhos em aguarela, grafite e nunca mais parou. Realiza obras em óleo, acrílico, aguarela, e utiliza várias técnicas como raspagem e espatulado. Já participou em algumas exposições, uma delas realizada pala Universidade Sénior de Rio Tinto, no Centro Cultural de Rio Tinto, outra pela Junta de Fre-

Lopes (Piano). No dia 4 de julho, a Missa Solene será na Capela de Santa Bárbara, pelas 11h. Na Freguesia de São Pedro da Cova, a Comissão de Festas, com o apoio da Junta de Freguesia e com a Paróquia de São Pedro da Cova, irão comemorar simbolicamente as festas em homenagem ao São Pedro e São Paulo. Ao VivaCidade, o Presidente da Comissão de Festas, Carlos Moura, revelou que a Missa será no dia 29 de junho e contará com a presença da Banda Musical de São Pedro da Cova. No dia 2 de julho, na Igreja Matriz, pelas 21h 30, irá decorrer o concerto do trio Três & Tal. Ainda dentro das comemorações ao São Pedro, no dia 3 de julho, pelas 15h30, na Junta de Freguesia de São Pedro da Cova, irão ser entregues os prémios aos vencedores do concurso das Quadras Populares. ■

União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova promove Workshops

A Junta da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova irá organizar nos próximos fins de semana um conjunto de workshops interativos de música instrumental. A primeira atuação, em Fânzeres, decorreu no dia 12 de junho e teve a participação de Mars Band, na freguesia de São Pedro da Cova o arranque deu-se no dia 13 de junho e contou com a participação dos Stukas. Os próximos workshops irão decorrer nos seguintes locais: Freguesia de Fânzeres, Largo Júlio Dinis, aos Sábados, pelas 16h; E, na Freguesia de São Pedro da Cova, será aos domingos, no Largo da Feira de Vila Verde, às 10h. Segundo a vice-presidente da União de

Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Maria José Cardoso: “Pretende-se com estes workshops proporcionar a oportunidade, a quem tenha curiosidade e gosto pela música, para experimentar novas sonoridades em grupo”. Os interessados poderão trazer os seus próprios instrumentos ou experimentar os que estão disponíveis nos dias de atuação. Esta iniciativa irá contar com a presença de muitos outros convidados que serão divulgados, semanalmente, nas redes sociais da União de Freguesias. Os workshops irão decorrer até os dias 3 e 4 de julho, com a possibilidade de alargamento da data para os fins de semana seguintes. ■

guesia de Rio Tinto, realizada no Centro Comercial Parque Nascente, na Galeria Arte no Parque. Esta nova exposição denomina-se “Paleta Versátil”, como o nome indica, tem uma versatilidade de técnicas e visões da forma como contempla a arte. ■

Margarida Basaloco expõe “Dualidades de um Ser” É no Centro Cultural de Rio Tinto Amália Rodrigues - Condomínio das Artes, que se encontra exposto os mais recentes trabalhos de Margarida Basaloco. A exposição que assume o título Dualidades de um Ser, desafia os visitantes a ver a realidade de um modo diferente do que a conhecemos, através da arte. Uma exposição inaugurada no dia 6 de março de 2020 e, encerrada dois dias depois devido à pandemia. Reabriu novamente as portas no dia 21 de maio de 2021 e encontra-se patente no local até ao dia 25 de junho. A exposição é composta por um conjunto de trabalhos realizados ao longo de 17 anos, pela a artista. Trabalhos abstratos e outros de caracter mais figurativo. Segundo a artista, esta é uma exposição que testemunha “Uma enorme

paixão pela arte e por tudo aquilo que ela representa. Um tempo de renovação e esperança, num mundo melhor e equitativo”. As texturas e relevos presentes nas suas obras apelam ao sentido tátil, que permite à população invisual sentir a arte. Com um currículo ligado à arte, Margarida Basaloco, é membro Artista da The New York Boyer Foundation (E.U.A.), é mentora e curadora de exposições, destacando-se num projeto artístico-cultural que envolve várias vertentes artísticas, em Vila Nova de Gaia. Para além disso, possui Licenciatura em Conservação e Restauro do Património e Mestrado em Património Artístico Conservação e Restauro. Atualmente, é docente de Artes Decorativa, na Universidade Sénior de Rio Tinto. ■


VIVACIDADE | JUNHO 2021

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CULTURA

Luís Macedo, o trompetista que, como o seu avô, está a conquistar o carinho internacional Desde sempre que a música é a sua paixão. Vive em Melres e é descendente de uma família de músicos. Luís Macedo, refere que a sua principal inspiração para seguir uma carreira musical foi sempre o seu avô paterno, José Alves Macedo, um trompetista clássico de renome que chegou a tocar com figuras grandes da música como, Luciano Pavarotti ou Montserrat Caballé. Com 27 anos, possui um currículo admirável, é licenciado em Jazz e Lead Trumpet na Orquestra Jazz de Matosinhos, e da Orquestra Jazz de Espinho, integra a HotFive BigBand e é ainda artista da marca SE Eletronics, também conhecida por trabalhar com o músico Hans Zimmer e toca habitualmente com Tiago Nacarato. Atualmente, deu um grande passo para a sua internacionalização ao se tornar músico da Yamaha Music Europe.

Como é que a música clássica entrou na tua vida? Como é que tiveste o teu primeiro contacto com esta arte? Em primeiro lugar, nasci num berço de músicos. O meu avô era músico e os meus pais também. Foi por volta dos meus seis anos que tive o meu primeiro contacto com a música. O meu percurso musical começou aqui, na Banda de Melres, comecei no Solfejo, como qualquer músico de uma banda. Fui progredindo até que comecei a tocar trompete aos meus oito anos. Foi uma escolha que teve influência na minha família, dado que o meu avô era trompetista e antes de falecer queria que o primeiro neto seguisse os seus passos e o seu legado. Aos dez anos decidi concorrer ao conservatório do Porto, em Clássico. Depois no 10º ano, comecei a fazer Ciências e Tecnologias e conciliava com o conservatório. Tive que fazer os dois separadamente, porque no conservatório não tinha o curso integrado. Depois, houve uma fase na minha vida, em que comecei a ficar desinteressado pelo trompete clássico, muito fruto do cansaço, mas nunca desconectei da música. Foi no 11º ano, que no conservatório criaram a vertente de Jazz e criaram uma orquestra. Na altura, alguns colegas meus, daqui de Melres, vieram ter comigo e convidaram-me a experimentar tocar. Fui lá fazer o meu primeiro ensaio, e fiquei “parvo”, foi uma sensação muito boa de completa liberdade. Desde o início que os meus olhos brilharam. Quando cheguei ao 12º ano, tive que escolher e decidi concorrer para a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto (ESMAE), na vertente de Jazz. Foi uma decisão desafiadora, porque fazer um ano de Jazz, sem bases e concorrer a uma Superior, é um pouco arriscado. Desde sempre soubeste que a música seria o teu futuro? Sim, sim. Sempre senti isso desde nascença. Com os meus 6 anos eu já queria ser músico. Cheguei a pensar mudar de instrumento para percussão, mas no final eu quis sempre fazer música. Qual é a sensação de estar a tocar para uma plateia lotada e elas estarem a vibrar com a tua música? Vou usar uma expressão que não é a melhor, mas diria que é quase “apocalíptico”. É uma mistura intensa de sentimentos. Porque um artista não trabalha só por si, a energia do público também conta muito. Dou o exemplo do concerto da passagem de ano de 2019, nos aliados, em que fui tocar com o Tiago Nacarato e tínhamos um público de

aproximadamente 250 mil pessoas. Eu senti algo espantoso e estar naquele palco a ver aquilo, foi surreal. Dirias que foi o teu melhor momento, enquanto músico, ou tiveste outro? Tive outros, porque quantidade, não é sinónimo de qualidade. Mas foi dos melhores. No entanto, acredito que o melhor momento ainda está para vir. Tive muitos bons concertos, espectaculares, mas como sou tão novo, ainda é difícil escolher o melhor. E qual foi o teu melhor desafio nestes anos de carreira? Tive dois. O primeiro foi acabar a faculdade, porque naqueles 4 anos, cheguei a um ponto da minha vida em que fui-me abaixo, porque como entrei sem bases, andei um bocado a passear, mas isso é normal em todos, mas cheguei a um ponto em que pensei que, provavelmente, não ia conseguir terminar o curso, porque não estava a conseguir progredir na parte teórica, porque na parte prática estava lá tudo, dado que sempre tive um ouvido desenvolvido. No último ano deu-me um “vaipe” e disse para mim, tenho que acabar isto tudo”, e acabei. Foi uma limpeza de cadeiras muito rápida. E qual foi teu maior suporte nessas alturas mais complicadas ou dirias que foi um pouco de exercício mental? Foi um pouco dos dois. Foi uma decisão minha, dizer para mim mesmo, “tens que acabar isto, quer queiras, quer não, tens que lutar”. E da parte da família e dos amigos, um dos meus suportes dentro da faculdade que me deu um apoio incansável, foi um professor que tive, chamado Pedro Guedes que curiosamente é Maestro titular da Orquestra onde estou, a de Matosinhos. Ele e outros foram essenciais para o meu percurso lá dentro, como o Paulo Perfeito, que foi meu professor e que hoje é meu colega de orquestra. E qual é que dirias que foi a tua melhor conquista em termos de carreira? Sem dúvida que foi entrar na Orquestra de Jazz de Matosinhos. Como é que conseguiste entrar? Como funcionou o processo? Foi fácil? Foi estranho. Foi de surpresa mesmo. Conheci o nome em 2011 e desde que entrei na ESMAE, em 2012, foi um objetivo que, passado 4 meses, convidaram-me para ir lá tocar. Quem me convidou foi o Pedro Guedes que já conhecia o meu avô e eu nem sabia, porque também

não cheguei a conhecer o meu Avô. O teu avô era de Melres, certo? Sim, era Maestro da banda, mas não era de Melres, era de Pedorido. E quando é que tu recebeste a proposta para entrares na Yamaha Music Europe? Qual foi o sentimento? É um destaque muito grande para a carreira de um músico, principalmente português. É um caminho muito longo. É passar de um patamar nacional, para um internacional. Depois de terminar a faculdade, fui convidado para ser chefe de Orquestra de Matosinhos e ficar efetivo, o que aceitei muito rápido- Já estou lá efetivo há 3\4 anos, como chefe de Naipe, o que é estranho porque sou o mais novo da Orquestra. Há cerca de 2\3anos comecei a entrar em contacto com a Yamaha, porque sempre toquei com a marca, tal como o meu avô. Depois, o meu processo passou para Espanha e eles responderam “Que teríamos todo o gosto de te ter como artista da marca”. Enviaram-me o contrato e assinei para a vida toda. Foi o realizar de um sonho. Como é que vês a Música Clássica, mais concretamente o Jazz aqui em Portugal e no concelho de Gondomar? Em simultâneo, sentes reconhecimento por parte do público português? Do público Português, sim, mas é o público que está ligado à música. No entanto, se calhar, sinto mais apoio externo, internacional. Recebo muitas mensagens internacionais. Mas no geral, Portugal é um pouco ignorante no que toca a música. Dou o exemplo das Bandas de Música de cada terra, de cada freguesia, neste momento é o que manda músicos para fora. Nós temos músicos de renome que foram criados em bandas. Mas, chegamos a um ponto, em que não se dá valor às bandas e elas acabam por morrer, porque ninguém lhes dá valor. E, no meu ponto de vista, elas deviam de ter mais apoios, seja de quem for, porque é de lá que saem os grandes músicos e, se calhar não sabemos, mas deve haver por ai uma banda, de alguma terrinha em que tenha um músico que possa vir a tornar-se o melhor a nível global. Na minha opinião falta muito apoio ao setor da cultura.

Isso comparado a outros países, certo? Sim, é incomparável o apoio que algumas orquestras recebem. Noutros países, os apoios são maiores e as pessoas dão mais valor. Um concerto não deveria de ser visto como uma coisa de classe, não deveríamos ir ver uma orquestra só para mostrar que fomos ou por ser uma atividade de alta sociedade, não, em Portugal ainda há muitas pessoas que tem esse pensamento, no entanto, nós deveríamos ir a uma orquestra, por gosto, pela música e pelo momento. Temos que desconstruir essa ideia. Na tua perspetiva, o que é ser um bom músico ou o que para ti é essencial para um músico ter uma carreira como tens neste momento? Como para tudo, existe duas coisas que são importantes para começar uma carreira na música. A primeira eu diria que é a humildade. Porque sem humildade não há hipótese, há os que chegam lá por serem humildes, enquanto que há outros que só conseguem a “calcar” as outras pessoas. Sendo que, os que “calcam” podem chegar longe, mas o humilde vai chegar muito mais longe, porque os outros vão chegar a um momento que vão cair. Depois, eu diria que a segunda coisa importante é, enquanto músico, conseguir destacar-se dos outros, sendo o mais original e genuíno possível. Apesar de que no inicio, temos que “copiar” os antigos, para ter aquelas bases, no entanto a partir do momento em que somos profissionais, temos que ter o nosso estilo próprio que se destaque. Eu não vou dizer que sou o mais estudioso, porque não o sou. Não sou exemplo para ninguém. Mas o mais importante é não ir a baixo e, temos que ser fortes, porque o mundo da música é um mundo cruel. Então hoje, consegues viver só da música? Sim, consigo. E, és feliz a fazer o que fazes? Dirias que a música é a tua paixão? Sim, desde que nasci e até ao fim que a música é a minha paixão. E sim! Claro que fico feliz, é muito bom, acredito que qualquer um gosta de ganhar a vida a fazer o que realmente gosta. ■


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CULTURA

​ ma Escola Amiga da Criança, um sonho, U uma realidade em Gondomar No dia 4 de junho, teve lugar no Salão Nobre da Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Valbom, a Cerimónia de Entrega dos Selos “Escola Amiga da Criança”, edição de 2020/2021. O evento contou com a organização da FAPAG - Federação das Associações de Pais de Gondomar, em parceria com a CONFAP. A iniciativa que conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República, é lançada pela CONFAP em parceria com a Leya e apadrinhada pelo Eduardo Sá, visando distinguir projetos e feitos extraordinários, que façam a Escola crescer e pular de dentro para fora. Mais de uma centena de gondomarenses marcaram presença, enchendo todo o Salão, que se encontrava previamente limitado de acordo com as restrições impostas pela DGS. A falta de espaço levou à inviabilização de muitos pedidos de inscrição. Para os responsáveis do evento, “Esta adesão massiva mostra, uma vez mais, a vitalidade do movimento associativo de pais, em Gondomar”. Estiveram presentes diversas entidades, tais como a Câmara Municipal de

Gondomar, autarcas locais, representantes das diversas forças políticas, a CPCJ, Direções de Agrupamentos de Escolas e Colégio Paulo VI. Em simultâneo, os professores, os assistentes operacionais, os pais e os alunos marcaram presença no evento. Tomaram a palavra ao longo desta cerimónia: o Carlos Monteiro (Presidente da FAPAG), Aurora Vieira (vereadora da Educação), Jorge Ascenção (em representação da CONFAP), Ariana Cosme e Matias Alves (membros da comissão de avaliação dos projetos a concurso) e, por fim, Eduardo Sá, via gravação de vídeo (também membro da comissão de avaliação dos projetos a concurso). Neste evento, foi ainda apresentado e lançado pela FAPAG o “Projeto Vitória”, que “Visa reconhecer o trabalho de cidadania dos elementos da Comunidade Educativa que se destacam na ajuda a criar uma Escola mais Amiga da Criança”. Este projeto nasceu no seguimento do Tributo feito postumamente à Professora Maria José Monteiro, que lecionava no Agrupamento de Escolas de Rio Tinto - AVERT. Para

os responsáveis da organização, “Foi a forma da comunidade escolar reconhecer toda a sua dedicação e colaboração ao longo dos anos, em atividades e projetos que seriam, e são, eleitos no âmbito da iniciativa Escola Amiga da Criança. A cerimónia contou ainda com um momento musical que ficou à responsabilidade do dueto de violinos, Lara Coelho e Tiago Moreira. No final

do evento, o palco foi ocupado pelas Dancingstar - Associação Valboense de Dança (que realizaram a sua primeira atuação pós-confinamento). As escolas contempladas com o Selo e Certificados EAC pertencem aos Agrupamentos de Escolas de Rio Tinto AVERT, Pedrouços, Santa Bárbara, Beira Douro e o Colégio Paulo VI. ■

Uma experiência documentada que pretende demonstrar à população as riquezas naturais que o Arquipélago dos Açores tem de melhor para oferecer e sensibilizar a população para a importância de “Uma maior consciência ambiental”. Uma aventura única, com registos fotográficos que retratam a beleza de um Arquipélago banhada pelo Atlântico. Ao VivaCidade, o realizador adiantou que o documentário terá “Depoimentos sobre a época da baleação, uma atividade do passado que foi o sustento da maioria das pessoas da ilha”. ■

Foto: DR

O realizador gondomarense, Paulo Ferreira, encontra-se em Terras Açoreanas a gravar o seu mais recente trabalho “Açores - Atlântico de Vida”. As imagens que serão recolhidas serão da ilha Terceira, do Pico, das Flores e de São Miguel.

Foto: DR

Paulo Ferreira, em Terras Açoreanas, com “Açores - Atlântico de Vida”


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POLÍTICA

Vereador José Fernando acusado pelo Ministério Público O Ministério Público acusou este mês, o vereador do ambiente da Câmara de Gondomar, José Fernando, por dois crimes de peculato. Na acusação consta a utilização pessoal do carro alugado pela Câmara Municipal de Gondomar para uso oficial e a gerência de empresas, que faltaram declarar ao Tribunal Constitucional. Na acusação, José Fernando é acusado de utilizar para fins pessoais, o Renault Talisman da Câmara, deixando todas as despesas (combustível, portagens e estacionamento) ao encargo

do Município. Situação que já vinha a decorrer há mais de um ano e meio. Este crime pode ser punido com uma pena que pode chegar aos oito anos e a perda de mandato. Para além disso, o MP exige 11 215 euros a favor do Estado. Segundo o calculo do MP, o valor do aluguer da viatura custava ao Município 514 euros, pelo que, o arguido terá que reembolsar pela utilização da viatura 10 290 euros. O segundo processo corresponde ao facto de José Fernando gerir outras empresas. Após a reeleição de 2017, o vereador terá declarado ao Tribunal Constitucional que não exercia outras atividades, mas referiu ser “Sócio Passivo” de três empresas da área da restauração, cafés e confeitaria. Sobre o assunto a Procuradoria afirma que, a gerência das empresas é realizada por José Fernando, “Foi sempre o arguido que decidiu, deu ordens, fez as compras e geriu as contas bancá-

rias das sociedades”. Sociedade essa constituída pela mulher de José Fernando e a mulher do Vice-Presidente Luis Filipe Araújo. Ao VivaCidade, José Fernando declarou o seguinte: “Quanto à acusação que me é imputada pelo Ministério Público quero referir o seguinte: A questão judicial será tratada pelo meu advogado nas instâncias próprias, no entanto refiro que estou de consciên-

cia completamente tranquila. Em relação à questão política, a viatura foi-me entregue para uso de 24h por dia. Os gondomarenses podem estar descansados que nada de errado foi feito”. O Presidente da Câmara Marco Martins, anunciou que a Autarquia constitui-se assistente, determinou a abertura de um inquérito e solicitou a consulta do processo. Depois disso, prestará declarações sobre o assunto. ■

Isabela Mendes candidata do Chega na corrida à Câmara de Gondomar Natural de Gondomar (São Cosme), tem 47 anos, é empresária e possui uma Licenciatura em Administração e Gestão de empresas pela Universidade Católica Portuguesa. A candidata revela que a proposta foi apresentada por “Um dos Vice-Presidentes do Chega” e após ponderar o convite, chegou à conclusão de que teria que aceitar, porque “Quando não acreditamos no sistema que nós temos, nós temos que sair do Sofá, É uma questão de decidir o que é que vamos fazer? Se vamos ficar só no sofá ou se vamos fazer alguma coisa”, para conseguir obter uma freguesia, um concelho e um país melhor. A candidata pelo Chega à Câmara de Gondomar admite “Ter zero experiência política. Sempre fui discreta e tive sempre na vida empresarial. Nunca me manifestei de forma alguma na vida política e, nesse sentido, a minha experiência política é nula. Sempre fiz o meu dever cívico de votar e mais nada”. É nesse sentido que a candidata reconhece a confiança que

o Partido depositou ao apresentar o seu nome na corrida. Quanto às ideias que tem para o concelho, Isabela explica que ainda é muito cedo para apresentar o programa político, tendo em conta que, a sua apresentação oficial decorreu no dia 12 de junho, sábado. No entanto, levanta-nos um pouco do véu sobre o que não abdica que faça parte do seu plano eleitoral e enumera ao VivaCidade três pontos, que considera importantes: “1- Pretendemos melhorar o estado de Gondomar, porque sei que há muitas coisas que estão erradas; 2- Queremos reduzir a corrupção, porque nós sabemos que existe; 3- O Partido tem uma bandeira que corresponde ao IMI. Uma das bandeiras do Partido é cancelar o IMI. Tenho consciência que conseguir isso da noite para o dia é difícil, mas acho e sinceramente, tendo em consideração que já paguei a primeira prestação do IMI, tenho pena que, enquanto contribuinte, que o atual Presidente Marco Martins, não tenha tido em consideração que estamos numa pandemia complicada e que haverá muitas pessoas para quem o “Ter baixado a taxa” como fizeram em outros concelhos, teria sido uma grande ajuda”. Na perspetiva da candidata, um bom resultado seria, inicialmente, fazer com que as pessoas “Percebam que o Chega é definitivamente um Partido diferente, mas não na

ideia pré-concebida que têm. As pessoas tem que perceber que o Chega, enquanto partido, é diferente. Não é extremista, não tem todas aquelas ideias pre-concebidas e negativas que toda a gente pensa que temos. Somos pessoas normais, com princípios e valores que querem fazer o melhor pelos cidadãos”. E, apesar de não querer dar nenhuma previsão do resultado das eleições autárquicas, Isabela Mendes, adianta que “Ainda

é muito cedo para dizer o que é um bom resultado, porque primeiro as pessoas tem que conhecer-me. Caso não ganhe as eleições, ocuparei o cargo de vereação. Eu não vim aqui para não fazer o meu trabalho, eu candidatei-me e o meu trabalho implica fazer um esforço para que consiga um Gondomar melhor. Mas para nós, o Povo é Soberano e é ele que decide com o voto na urna”. ■


34 VIVACIDADE | JUNHO 2021

POLÍTICA

FAPAG interpõe providência cautelar à Câmara de Gondomar Foi através de um comunicado oficial, que a FAPAG revelou que interpôs uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, para a suspensão do “Processo eleitoral” dos Representantes das Associações de Pais de Gondomar no Conselho Municipal de Educação, promovido pela autarquia. A FAPAG afirmou que a decisão foi tomada após a “Violação ostensiva da independência e autonomia do movimento associativo de Pais, legalmente protegidos”. Nos seus objetivos estatuários, a Federação afirma que continuará a “Representar as Associações de Pais de Gondomar, sempre em prol da defesa estrita dos superiores interesses da educação dos filhos e educandos de Gondomar, de modo ”a que o exercício do direito de autonomia e do dever correspondente que cabem às Associações de Pais não sejam atacados, assim não se admitindo qualquer ingerência externa ou qualquer tutela pública que conflitua com esse direito/dever. Sobre o assunto, em comunicado, a Vereadora da Educação, Aurora Vieira iniciou por realizar um Enquadramento Legal e cita que na “Constituição da República Portuguesa considera a liberdade de associação no contexto dos Direitos e Deveres Fundamentais e quadro dos Direitos, liberdades e garantias instituindo no nº 1 do artgº 46º o direito do cidadão de livremente e sem dependências de qualquer autoridade se associarem. E nº 3 cita-se expressamente

> Carlos Monteiro, Presidente da FAPAG

que; Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação nem coagido por qualquer meio a permanecer nela. O DL nº 21/19 de descentralização de competências a que o Município aderiu em janeiro de 2020 dispõem quanto à composição do Conselho Municipal de Educação, CME, artigo 57º, nº2 que integram ainda o conselho municipal de educação os seguintes representantes, desde que as estruturas representadas existam no município…., alínea h) Dois representantes das associações de pais e encarregados de educação”. Quanto à posição da Câmara, a Vereadora refere que: “Cabe à Câmara presidir o órgão e garantir o apoio logístico e administrativo necessário ao funcionamento do CME, sendo este constituído em Gondomar por 11diretores+11 elementos dos conselhos pedagógico eleitos de entre os elementos do CP+1 Presidente de Junta eleito na Assembleia Municipal, 1 representante eleito de entre as IPSS do concelho +1 representante dos docentes de cada grau de ensino eleito de entre os respetivos universos, +1 representante das associações de estudantes eleitos de entre estas….sendo ELEITO a palavra-chave no que se refere aos representantes para o CME. Aos antecedentes: Este Executivo municipal orgulha-se de poder dizer que valorizou o movimento associativo de pais colocando, onde sempre devia ter estado, em equidade com todas as outras associações do município, instituindo no regulamento de apoio ao movimento associativo, e pela primeira vez, a integração do associativismo socioeducativo. Neste contexto todas, mesmo todas e, cada uma das associações, se pode candidatar a apoio. Incluindo as associações de associações como é a FAPAG. As associações de pais são livres de se associarem em outros conjuntos sejam a FAPAG ou a CONFAP ou qualquer outra, ou de se não associarem e se manterem independentes ou de deixarem de ser associadas, é um direito que lhes assiste, e isso

> Aurora Vieira, Vereadora da Educação

sim é do seu foro decisional.” A responsável apontou ainda que: “Consideramos assim não só o reconhecimento do movimento associativo de pais como valoramos a sua representação e apoiamos a sua atividade bem como cumprimos o preceito constitucional de liberdade de associação, da garantia de direito e liberdade de que ninguém é obrigado a fazer parte ou permanecer em qualquer tipo de associação. Não se deixou com isso de reconhecer o papel da FAPAG já que se manteve e considera a sua missão especifica no regulamento de apoio ao movimento associativo, porque a liberdade de estarem associadas é tanto um direito como o de não estarem.A título exemplificativo e compreensivo efetue-se uma analogia com a Federação das Coletividades de Gondomar em que, em liberdade e colaboração as diferentes associações e coletividades, sejam as culturais, desportivas ou outras, coexistem e não se subsumem na Federação, nem esta se arroga dos direitos das associações, cada um tem o seu papel.” No que concerne à Providência Cautelar, Aurora afirma o seguinte: “Está eivada de inverdades e fundamentação inversa, quer dizer, afirma-se no primado da lei e da constituição e atua contra direitos liberdades e garantias. Pois o que vem dizer é que representam todas as associações do concelho, questão que foi diretamente colocada ao signatário por um elemento do CME de como disso fazia prova, mas, e ainda que assim fosse o universo e o processo para a eleição de uma associação de associações não é a mesma coisa, nem anula qualquer outro processo eletivo cujo universo possa ser o mesmo, todas as associações de pais. Como exemplo considere-se os cidadãos eleitores, sempre o mesmo universo, que podem votar para a Assembleia da República, para o Presidente da República, para as Câmara Municipais, para as Assembleias Municipais, para as Juntas de

Freguesia e imagine-se que porventura depois de votar para um deles não poderiam mais votar para qualquer outro, estaríamos a caminho da ditadura! Que nos livrem de tal! Afirmam-se a favor da liberdade e atuam recorrendo à justiça como arma contra que se efetue em liberdade um processo eleitoral do universo de todas as associações. No momento que decorre o processo livre de candidaturas das associações e da votação nos candidatos que se apresentaram a FAPAG comunica que por decisão executiva, da sua comissão executiva, quais os nomes que indica para a representação de todos no CME, sem auscultar todas as associadas, ainda que eventualmente convocando a sua Assembleia Geral, pelo menos era mais livre e democrático, embora continuasse a ser a mesma coisa. Afirma ter sido uma imposição sem decisão do CME num ponto quando noutro reafirma o contrário ao considera a reunião do CME, de facto resultou da reunião do CME que o processo fosse o de fazer funcionar a liberdade e a democracia para todos os universos eleitorais, isto é, que os representantes dos diferentes universos incluindo as associações de pais pudessem livremente candidatar-se e livre democraticamente votar o que foi aprovado com o voto contra do pai que é membro da FAPAG. O que aconteceu de seguida foi que os serviços providenciaram, face à pandemia, uma plataforma eletrónica para que pudessem os interessados candidatar-se e posteriormente votar, nos termos do apoio logístico e administrativo ao funcionamento do CME e na prossecução da operacionalização da sua deliberação. O que aqui se dirime é a liberdade de associação e o valor supremo da democracia consubstanciado no direito de eleger e ser eleito no âmbito da legalidade e dos preceitos constitucionais que o município tem orgulho de garantir contra o contrário disso tudo, como se pode constatar. Viva a Liberdade e a Democracia porque vivo a Liberdade e a Democracia”. ■


VIVACIDADE | JUNHO 2021

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POLÍTICA

Rafael Corte Real é candidato pela Iniciativa Liberal à Câmara de Gondomar Rafael Corte Real foi escolhido para representar a Iniciativa Liberal, em Gondomar, nas próximas eleições autárquicas de 2021. Um processo aprovado com unanimidade pelos membros da Força Política. Sobre a proposta o candidato explica que, desde 2019 que esteve sempre com um percurso “Muito ativo em prol do partido e posso dizer que fiquei muito contente e honrado quando o meu nome surgiu naturalmente da parte dos membros. Mas isto é fruto do meu percurso com o partido”. Rafael é o candidato mais novo que está na disputa pela Presidência da Câmara de Gondomar. E, explica-nos que a imagem de marca do Partido é a Juventude e considera que “É um bom sinal, quando uma das maiores Câmaras do País tem um candidato com menos de 30 anos” na corrida. Para o concelho, o principal objetivo para Rafael é “Fazer a diferença” e acrescenta que a Iniciativa Liberal é um “Partido moderado e construtivo. É nesse sentido que não viemos só para dizer mal quem está atualmen-

te no poder, mas é evidente que estamos a construir um projeto, que tem soluções para aquilo que tem corrido menos bem, porque eu não conheço um executivo que faça tudo bem ou tudo mal. Este tem as suas falhas e como é de esperar já as identificamos e definimos as nossas prioridades políticas”. Quanto às ideias para Gondomar, o representante começa por mencionar o seguinte: “Nós não podemos ter outra prioridade que não seja a competitividade e o emprego, num concelho que é o mais pobre relativamente aos que nos são mais próximos”. Segundo o candidato, a estratégia possível para mudar o panorama em Gondomar passa por criar “Uma ideia política integrada”, com isto o Partido pretende “Um enquadramento fiscal diferente, porque temos um dos IMI mais altos do distrito. E quanto aos Resíduos Urbanos só é ultrapassada pela Trofa. O enquadramento fiscal em Gondomar, não é amigo do investimento e nós olhamos para exemplos como Braga ou o Paradigma Made In Famalicão, um programa muito interessante, onde a Câmara estabelece um conjunto de requisitos para que as empresas que queiram se instalar, possam beneficiar de um série de benefícios. Nós nunca vimos o atual executivo ou o anterior a ter este tipo de ação proativa para trazer investimento”. Outro ponto levantado que preocupa o Partido corresponde ao Programa das Águas. Sobre o assunto Rafael entende o seguinte:

“Nós não somos nem radicais nem irresponsáveis, como a CDU e o Bloco de Esquerda que defendem a Municipilização dos serviços a todo o custo. Nós não defendemos isso porque isso seria aumentar a divida da Câmara e nós não queremos esse caminho. E também não temos a posição incompreensível, na nossa perspetiva, do PSD e do CDS, porque querem renegociar um contrato que toda a gente detesta. E que já foi duas vezes renegociado e ficou ainda pior. O que é que a Iniciativa Liberal defende? Nós estamos a estudar bem o assunto, faltam dez anos para concluir o contrato de concessão, que nunca deveria ter sido feito naqueles termos, e nós gostávamos de encontrar um conjunto de soluções que permitissem mitigar o efeito na factura dos gondomarenses durante este período. Não é renovar um contrato que é péssimo, nem é municipalizar a todo o custo aumentando a dívida. As soluções passam por “apertar” as Águas de Gondomar. Há Perícias técnicas da Autoridade das águas a levantar questões sobre incumprimentos contratuais da parte das AdG. Para o candidato, um bom resultado é subir, “Nós dizemos, meio a brincar meio a sério, que estamos sempre à espera de mais em relação à eleição anterior e menos que a seguinte. Desde que nós aparecemos, nós subimos em todos os atos eleitorais que concorremos e claro que esperamos crescer em Gondomar. Não sei quanto é que vamos conseguir crescer, tentaremos fazer a cam-

panha mais competente possível para crescer o máximo possível, agora, sem dúvida que o nosso objetivo é continuar a trajetória de crescimento”. Termina afirmando que eleger um vereador seria um “excelente resultado”. ■ PUB

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Madalena de Lima, Advogada com larga experiência em Direito Criminal, Civil, Família e Menores, Administrativo, Comercial, Urbanismo e Internacional. Inscrita na Ordem dos Advogados desde 1983, abriu novo escritório em Rio Tinto. Registo Comercial Registo Predial Registo Automóvel Reconhecimentos Autenticações Procurações Certificações Traduções Contratos

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36 VIVACIDADE | JUNHO 2021 Jornal VivaCidade 17 de junho de 2021 edital nº 14

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---------- CERTIFICO, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que: por escritura de 21/05/2021, exarada a folhas 40, do livro de notas 3392, deste Cartório: ------------------------------------- ARTUR AUGUSTO SOARES GUEDES, natural da freguesia de Rio Tinto, concelho de

Gondomar, e esposa NOÉMIA FERREIRA E SILVA GUEDES, natural da freguesia de Cedofeita, concelho do Porto, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Travessa Joaquim Pereira de Figueiredo, n.º 60, freguesia de Águas Santas, concelho da Maia, NIFS 155.106.244 e 155.106.252, declararam que o outorgante marido é proprietário, com exclusão de outrem, do seguinte bem imóvel:------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Prédio urbano, destinado a habitação e comércio, com a área total de mil seiscentos e trinta metros quadrados, sito na Rua da Varziela, nºs 385 e 393 (anteriormente Lugar de Rebordãos), freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, composto por cinco casas, inscrito na matriz, respectivamente, sob os artigos urbanos 546, 547, 548, 3640 e 3641. -------------------------------------------------------------- Que o referido imóvel encontra-se descrito na competente Conservatória do Registo Predial sob o número oito mil cento e setenta e quatro, da freguesia de Rio Tinto e encontra-se registado a favor de dos avós paternos do primeiro outorgante marido, Alzira Ferreira da Silva e António Rodrigues Guedes, residentes que foram no Lugar de Rebordãos, freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, pela Apresentação um de catorze de Junho de mil novecentos e sessenta e cinco.--------------------- Que o referido prédio pertence ao outorgante marido por o ter adquirido por escritura pública de doação efectuada pelos seus avós e titulares inscritos, António Rodrigues Guedes e Alzira Ferreira da Silva, no final do ano de 1965, ainda durante a sua menoridade. --------------------------------------------- Que não obstante aturadas buscas em diversos cartórios notariais do concelho de residência e de concelhos vizinhos, não foi possível localizar a escritura pública da transmissão e que, através dos pais, como representantes legais, o outorgante marido entrou imediatamente na posse do imóvel, fazendo suas as rendas quando os imóveis estavam arrendados, fazendo as obras de conservação necessárias, pagando as contribuições e impostos, não obstante as cadernetas prediais estarem averbadas em nome da herança de sua mãe, Lídia da Conceição Soares.------------------------------------ Que fez diversas tentativas para reunir os indicados herdeiros com vista a confirmação da escritura, o que nunca foi possível por não conseguir contactar a esposa do seu cunhado António João, Sandra Domingas Paste Rocha, não obstante a sua morada ser conhecida como sendo na Avenida Cidade de Guimarães, 15, 3.º C, em Vila do Conde, local a que já se deslocaram e não lograram localizar a mesma, nem as pessoas aí residentes a conhecem, desconhecendo se a mesma já faleceu ou os seus herdeiros. -------------------------------------------------------------------------------------------------------- Que por não dispor de elementos para contacto da referida Sandra Domingas Paste Rocha ou dos seus herdeiros, não consegue outorgar o título e fazer o registo do imóvel a seu favor por não ser titular de documentos para o registo, pretendendo justificar o seu direito em escritura de justificação notarial. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Que, em consequência, requereram, em dezanove de Março de dois mil e vinte e um, a notificação da indicada Sandra Domingas Paste Rocha ou dos seus herdeiros por via edital, por não ser possível a notificação pessoal.------------------------------------------------------------------------------------------------------ Que foi enviada notificação para a referida Sandra, para a morada supra indicada.----------------------- Que, também por ofícios remetidos por este Cartório, foi solicitado à Conservatória do Registo Predial de Gondomar, bem como à Junta de Freguesia da área da localização do imóvel e da residência da indicada Sandra Domingas Paste Rocha, a afixação de editais por trinta dias, tendo os mesmos sido devolvidos a este Cartório com a certificação de afixação pelo referido prazo. ------------------------ Cartório Ana Paula Castro-Notária SP, Unipessoal Lda, na Rua de Camões, n.º 219, 1.º dtº, na cidade do Porto, em vinte e um de Maio de dois mil e vinte e um.------------------------------------------A Notária, Ana Paula Ferreira Neves de Castro

POLÍTICA

Vai Avante organiza diálogo entre IPSS’s e Deputados da Assembleia A Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante, organizou este mês, no Auditório Municipal de Gondomar, um diálogo entre as IPSS’s e os Deputados da Assembleia da República, Tiago Barbosa e Carlos Brás. A representar a Câmara Municipal de Gondo-

mar, encontrava-se a Vereadora, Cláudia Vieira, em representação do Centro de Enprego esteve Eduardo Serrão. O momento serviu para os presentes debaterem os problemas que as IPSS enfrentam face ao agravamento da Situação Social. ■

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VIVACIDADE | JUNHO 2021 DECO

SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS EM TEMPOS DE PANDEMIA: Direitos excecionais e temporários terminam a 30 de junho A DECO alerta todos os consumidores para o término dos direitos excecionais e temporários relativos aos serviços essenciais no próximo dia 30 de junho. As medidas tinham sido implementadas no contexto da pandemia provocado pela COVID-19 para dar resposta temporária às difi-

culdades enfrentadas pelos consumidores, apoiando-os e garantindo o acesso aos serviços públicos essenciais, como o fornecimento de eletricidade, gás natural, água, e os serviços de telecomunicações. A DECO relembra que o fornecimento de eletricidade, gás natural e água não pode ser cortado, desde o dia 1 de janeiro até 30 de junho de 2021, ainda que por falta de pagamento das faturas. Também os serviços de telecomunicações não podem ser suspensos até 30 de junho, por falta de pagamento das faturas, em caso de desemprego, de quebra de rendimentos do agregado familiar igual ou superior a 20%, ou de infeção por COVID-19. Os consumidores que se encontrem em situação de desemprego, ou de quebra de rendimentos do agregado familiar igual ou superior a 20% face aos rendimentos do mês anterior, podem cancelar o seu

contrato de telecomunicações sem qualquer penalização, até 30 de junho. Em alternativa, e nas mesmas condições, podem solicitar a suspensão do contrato de telecomunicações, sem penalizações, retomando-o a 1 de janeiro de 2022, ou noutra data a acordar com o operador. A DECO reforça que estes direitos terminarão no dia 30 de junho de 2021. A partir de 1 de julho caso existam valores em dívida as empresas poderão cortar os serviços, desde que enviem um pré-aviso de corte nos termos da lei. Assim, existindo valores em dívida, aconselhamos que negoceie um plano de pagamentos adequado aos seus rendimentos atuais. A DECO poderá ajudá-lo a contactar a empresa para estabelecer um plano de pagamentos justo e adequado aos seus rendimentos. Peça a nossa intervenção através dos seguintes contactos: 223 391 960; deco.norte@deco.

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pt e formulário site. A DECO já questionou as entidades reguladoras sobre o universo de consumidores afetados no sentido de se encontrarem soluções que reforcem a sua proteção atenta a sua especial vulnerabilidade, bem como procurou junto dos prestadores de serviços estabelecer contactos céleres e eficazes para resolução das situações que os consumidores nos façam chegar. Continuaremos a acompanhar o impacto social e económico desta pandemia na vida dos consumidores e tudo faremos para salvaguardar e garantir a defesa dos seus direitos e legítimos interesses. A DECO dispõe de um protocolo de colaboração com o Município de Gondomar e presta apoio localmente aos munícipes por marcação prévia. Contacte o município para agendamento: 224 660 500 (ext. 3619) ou gac@cm-gondomar.pt .

Jornal VivaCidade 17 de junho de 2021 edital nº 15 PUB Luís Manuel Moreira de Almeida - Notário. Cartório em Santa Maria da Feira Rua Jornal Correio da Feira nº 5 1º, d.º 4520-234 Santa Maria da Feira Tel. 256.379021/3 Fax. 256.379029 JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL Filipe Moreira Rosa, com o número de inscrição na Ordem dos Notários 26/5, aí publicitada em 27/12/2018, devidamente autorizado pelo Notário no concelho de Santa Maria da Feira, Lic. Luís Manuel Moreira de Almeida, com Cartório à Rua Jornal Correio da Feira, n.º 5, 1.º direito, nesta cidade de Santa Maria da Feira, certifica, para efeitos de publicação, que por escritura pública, lavrada em 08.06.2021, neste notário, a partir de folhas 13, do livro L-249.---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.-------------------------------------- a)Guilherme Martins da Cruz, NIF 194 279 871, casado, natural da freguesia de Lomba, concelho de Gondomar, residente e com domicílio fiscal na Rua das Pereirinhas n.º 455, freguesia da Lomba, concelho de Gondomar; Titular do cartão de cidadão n.º 08561965 5 ZZ9, válido até 12.06.2028, emitido pela República Portuguesa; ------------- b)Manuel Joaquim Moreira Gomes, NIF 155 654 470, casado, natural da freguesia da Lomba, concelho de Gondomar, residente e com domicílio fiscal na Avenida Feyzin, n.º 158, freguesia da Lomba, concelho de Gondomar; .---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.-----------------------------------------------------------Titular do cartão de cidadão n.º 03861910 5 ZX8, válido até 17.06.2029, emitido pela República Portuguesa; .---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.--------------c) Maria Emília de Jesus Coval, NIF 183 065 735, casada, natural da freguesia da Lomba, concelho de Gondomar, residente e com domicílio fiscal na Rua do Portal, n.º 568, freguesia da Lomba, concelho de Gondomar; .---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.----------------------------Titular do cartão de cidadão n.º 08921062 0 ZY0, válido até 21.10.2029, emitido pela República Portuguesa; .---------------------------------------------------.----------------------------------------------------------------Que outorgam, respetivamente, na qualidade de Presidente da Direcção, vice presidente da Direcção e terceira Secretária da Direcção em representação da associação denominada “ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE PÉ-DE-MOURA”, com sede na Avenida Feyzin, n.º 123, freguesia da Lomba, concelho de Gondomar, titular do cartão de identificação de pessoa coletiva n.º 506 508 684, constituída por escritura de catorze de março de dois mil e três, lavrada no Cartório Notarial de Gondomar, a cargo da Notária Maria Filomena Donas Botto Saraiva de Aguilar Pinto Ferreira, a folhas cento e trinta e oito, do livro duzentos e trinta e sete-C. Fizeram as seguintes declarações: .---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.------------------------------------------------------------Que a Associação é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, por estar na posse dela, por mais de vinte anos, posse essa que sempre exerceu pública, contínua e pacificamente, sem lesar direitos de outrem, sempre à vista e com o conhecimento de toda a gente, pelo que invoca a usucapião, do bem seguinte: .---------------------------------------------------.-------------------------------------------------Prédio urbano, de dois pisos, destinados a serviços, com a área coberta de cento e noventa e oito metros quadrados, sito na Avenida Feyzin, n.º 123, lugar de Pé de Moura, freguesia da Lomba, concelho de Gondomar, a confrontar do norte com Alexina Maria Crespo Moreira, do sul com caminho público, do nascente com caminho público e do poente com Alexina Maria Crespo Moreira, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 1013, da freguesia da Lomba, omisso no registo. .---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.-----------------------------------------------Santa Maria da Feira, 08.06.2021 .---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.---------------------------------------------------.---------------------------------------------------------------

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Jornal VivaCidade 17 de junho de 2021 edital nº 16

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Assembleia Geral Extraordinária Convocatória

Nos termos e para os efeitos previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 35.º, do artigo 37.º e do artigo 74.º dos estatutos, convoco os Senhores Associados da Associação de Socorros Mútuos de São Bento das peras de Rio Tinto a reunirem-se em Assembleia Geral Extraordinária, no próximo dia 18 de junho de 2021, às 20:00 horas, na Sede Social desta Associação, sita na Rua da Boavista, n.º 394, na freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, distrito do Porto, com a seguinte Ordem de Trabalhos Ponto um - Apreciação, Discussão e Votação da proposta da Direção de alteração global dos Estatutos, conforme estabelece o artigo 74.º dos Estatutos. Ponto dois - Apreciação, discussão e votação da proposta da Direção de alteração do n.º 4 do artigo 11.º, do n.º 1 do artigo 16.º, da al a) do n.º 2 do Artigo 17.º e do n.º 1 do artigo 25 do Regulamento de Benefícios da Associação Socorros Mútuos S. Bento Peras de Rio Tinto.

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A Assembleia Geral reunirá à hora marcada na convocatória estando presentes mais de metade dos Associados efetivos com direito a voto e no pleno gozo dos seus direitos associativos ou sessenta minutos depois, isto é, às 21:00 horas, com qualquer número de presenças, de acordo com o nº 1 do artigo 40.º dos Estatutos. Só podem participar e votar na Assembleia Geral, os Associados efetivos, admitidos há mais de doze meses e que tenham as suas quotas pagas até ao mês de maio de 2021, inclusive. Os documentos referentes a esta Assembleia Geral agora convocada estarão disponíveis para consulta dos Associados na Sede da Associação, nos quinze dias antecedentes à data marcada para a realização desta Assembleia Artº 39 dos Estatutos. NOTA: Informa-se os Senhores Associados que, tendo em consideração a atual situação epidemiológica vivida em Portugal e no cumprimento das regras determinadas pela Direção Geral de Saúde (DGS), a Mesa da Assembleia Geral deliberou apenas autorizar o acesso à Assembleia Geral dos Associados que, cumulativamente: 1.Estejam em pleno gozo dos seus direitos associativos e com direito de Voto; 2.Usem máscara cirúrgica durante todo o período em que permanecerem nas instalações; 3.Cumpram todas as demais regras de saúde pública que venham a ser adoptadas pela instituição, em especial à distância social mínima entre os participantes 4.Apresentem documento de identificação (B.I. / C.C.) e recibo da quota de maio-2021 Rio Tinto, 31 de maio de 2021.

Observações (art 34º dos Estatutos): A Assembleia Geral é constituída por todos os Associados maiores que estejam no pleno gozo dos seus direitos associativos, tendo cada Associado direito a um voto. Consideram-se no pleno gozo dos seus direitos os Associados admitidos há pelo menos 12 meses que tenham as suas quotas em dia e não se encontrem suspensos.


38 VIVACIDADE | JUNHO 2021

POLÍTICA

Atualização do Processo do Hotel da Ribeira de Abade Neste mês, a IGAMAOT (Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território), solicitou à Procuradoria-Geral da República que declare inválido os atos de licenciamento realizado pela CCDR-N e a Câmara Municipal de Gondomar, que determinaram o licenciamento da operação urbanística do

Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália

O que é a fotofobia? Todos os dias os nossos olhos estão em constante exposição a radiações, sejam elas solares ou artificiais. A exposição excessiva destas luzes causa uma elevada sensibilidade ao nosso

Hotel Nasoni. A decisão tomada pela entidade surge devido a uma participação apresentada no dia 21 de janeiro de 2021, por um Movimento Cívico de Moradores da encosta da Ribeira de Abade. Recorde-se que o ponto apresentado contra a construção da empreitada, concerne no facto de parte do Hotel

estar a ser construído numa Reserva Ecológica Nacional. Sobre o sucedido, Marco Martins, revelou ao VivaCidade que, “Há cerca de dois meses suspendeu a licença” até serem conhecidas as conclusões do inquérito realizado, “E, respeitante a essas conclusões, o inquérito determinou a nulidade do licenciamento”.

Perante o sucedido, o autarca adiantou que a “Câmara está a estudar quem é que vai processar. Naturalmente, os culpados, são as entidades que até à data emitiram um parecer favorável e que, agora, voltaram atrás. Mas estamos ainda a estudar a melhor forma de poder agir contra estas entidades”. ■

olho, podendo provocar graves danos. Quando esta sensibilidade ocorre também em ambientes com pouca luz dá-se o nome de fotofobia. A sensação de olho seco, a dificuldade em estar em ambientes claros, p constante lacrimejamento e vermelhidão ocular, são os principais sintomas desta sensibilidade excessiva. Todas as pessoas podem apresentar fotofobia independentemente da idade. No entanto, existem algumas causas que contribuem para uma maior probabilidade desta surgir. A pigmentação que dá cor à íris, com o nome de melanina, é a principal causa natural. Quandto

maior for essa quantidade de pigmento, maior a proteção do olho. Desta forma, pessoas albinas e loiras têm uma maior disposição para serem sensíveis à claridade. pessoas com astigmatismo podem também serem maus suseptíveis a fotofobia, uma vez que a sua principal característica é alteração do formato circular da córnea, tornando-a oval. Outras causas associadas são os fatores externos como a ingestão de medicamentos, o uso excessivo e inadequado de lentes de contacto e alergias, levam a que o nosso organismo fique mais vulnerável. Os cuidados com a fotofobia começam

com a prevenção. A melhor forma forma de o fazer é procurar descobrir o que está por trás do sintoma. Deve consultar o seu profissional de visão para que este possa ajudar e aconselhar com mais precisão. Muitas vezes a solução passa pelo uso de uns óculos de sol têm um papel que vai além do sentido estético, selecionam a quantidade de luz que chega aos olhos, apresentando por isso diferentes formas de proteção. se tem estes sintomas não adie mais, aconselhe-se junto do seu especialista qual a melhor solução para si.

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Candidatos para as Autárquicas de 2021 Os partidos políticos do nosso concelho têm vindo a anunciar os candidatos para as Autárquicas de 2021. No quadro, pode acompanhar alguns dos nomes já conhecidos.


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POLÍTICA

União de Freguesias dá apoio Gondomar Participa- Revisão extraordinário às Coletividades do PDM A União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, decidiu, no Dia Nacional das Coletividades, dia 31 de maio, dar um apoio extraordinário às Associações de ambas as Freguesias. O valor total que saiu dos cofres da Junta da União de Freguesias foi 20 mil euros. Fruto da pandemia, muitas Associações tiveram as suas atividades interrompidas e por consequência, acabaram por sentir o impacto nos seus orçamentos. É nessa linha que o executivo da Junta da União de Freguesias deliberou dar um apoio extraordinário para “Motivar as pessoas a retomarem às coletividades”, explica Maria José, Vice-Presidente da União de Freguesias. “O Movimento Associativo para nós, enquanto Junta tem uma importância muito grande, para a afirmação da nossa terra e para o nosso trabalho. Este ano fruto da pandemia que nos assola, há mais de um ano, tirando uma ou outra, as Associações estão praticamente sem atividade. E, nesse sentido, a Junta tendo no seu orçamento uma verba considerável de apoio ao Movimento Associativo, consideramos que com este apoio extra, damos um incentivo à retoma de atividades destas Associações”, explica Pedro Vieira, Presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. Pedro Vieira, complementa referindo que ao longo dos últimos meses, “Sentimos muitos

pedidos de ajuda por parte das Associações. Foram feitas reuniões, para percebermos as dificuldades passadas, por causa dos meses de paragem devido ao COVID-19”. Na distribuição do montante, o executivo teve em conta a atividade de cada Coletividade, Pedro sublinha que “Pretendemos ser os mais justos possíveis com a sua atividade, a sua grandeza e as suas despesas. Porque sabemos que os próximos tempos não serão fáceis”. ■

A Câmara Municipal de Gondomar encontra-se a promover um Processo Participativo, no âmbito da 2ª revisão do Plano Diretor Municipal (PDM). O processo encontra-se aberto à participação de todos os gondomarenses. O processo participativo encontra-se a decorrer entre o dia 20 de maio e 28 de julho. O intuito do executivo é envolver as pessoas. Para Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, é importante ouvir as pessoas, “O que elas pensam, como elas pensam e o que acham que deve ser feito”. Este processo de participação engloba duas

fases. A primeira fase corresponde a um momento dirigido a públicos-alvos como elementos das Juntas e Assembleias de Freguesia, bem como membros da Assembleia Municipal, Técnicos e Projetistas, e elementos do Movimento Associativo do concelho. Numa segunda fase, é aberto ao público e decorre de forma descentralizada em todas as freguesias do concelho. O calendário das sessões descentralizadas e mais informações sobre o assunto, podem ser consultadas no site da autarquia de Gondomar ■

> Na foto: Pedro Vieira e Maria José

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DESPORTO

Gondomarenses André Silva e Diogo Jota disputam título europeu com camisola da seleção ao peito André Silva, é natural de Baguim do Monte e tem 25 anos. Conta com 38 internacionalizações e 16 golos ao serviço da selecção das quinas. Internacional por Portugal desde os Sub-16, extremo transformado em avançado no laboratório do FC Porto. André Silva foi uma das figuras principais nas seleções de Sub19, 20 e 21. Estreou-se na seleção nacional a 1 de Setembro de 2016, frente à congénere de Gilbraltar. O seu primeiro golo foi a 3 de Junho de 2017, frente ao Chipre. Depois de passagens pelo Milan e Sevilha, atualmente joga no Eintracht Frankfurt onde, nesta época, foi o segundo melhor marcador da Liga alemã com 29 golos, em 34 jogos. Diogo Jota, apesar de ter nascido em Massarelos, viveu a maior parte da sua vida em

Gondomar. Tem 24 anos, conta com 12 internalizações e 6 golos ao serviço da seleção das quinas. Internacional por Portugal desde os Sub 19, extremo/avançado notabilizou-se nas camadas jovens do Gondomar SC, tendo dado o salto para o FC Paços de Ferreira. Após uma curta passagem no FC Porto, foi em Inglaterra que se notabilizou como peça chave no Wolverhampton. Actualmente joga no Liverpool, onde esta época realizou 29 jogos pelo clube, marcou 13 golos, apesar de uma lesão com alguma gravidade o ter afastado durante cerca de 3 meses dos relvados. Estreou-se na seleção nacional a 14 de Novembro de 2019, frente à Lituânia. O seu primeiro golo foi alcançado frente à Croácia a

5 Setembro de 2020. No primeiro jogo do Euro 2020, na passada terça feira frente à seleção da Hungria, Diogo Jota fez

parte da equipa titular e André Silva foi suplente utilizado. De referir ainda que a equipa das quinas iniciou a sua participação a vencer por 3-0. ■

Luís Frade é campeão da Champions de Andebol O atleta Riotintense, Luís Frade, conquistou com a camisola do FC Barcelona, a EHF Champions League ( designada Liga dos Campeões de Andebol). Na Final da Competição os espanhóis vence-

ram os dinamarqueses do Aalborg por 36-23, sendo que Luís Frade marcou um dos golos dos catalães. Luís Frade torna se assim o primeiro português a conquistar tal prestigiada competição.

Gondomar recebeu a XL Regata Internacional

A competição foi organizada pelo Clube Naval Infante D. Henrique e contou com os apoios da Câmara Municipal de Gondomar, da União de Freguesias de Melres e Medas, da Federação Portuguesa de Remo- FPR e os Jogos Santa Casa. Em primeiro lugar nas Equipas duplas veteranas femininas de 2000 metros ficou classificada Claúdia Santos e Petra Ocenaskova, do Clube Infante D. Henrique. No percurso de 2000 metros, a equipa de oito elementos dos Veteranos Masculinos que venceu a prova era composta por Paulo Eusébio, Alfredo Barreto, Tito Pinto, Pedro Ramos, José Sousa, Alan Arezes, António Piedade Sá e António Gonçal-

ves, do clube Vilacondense. Nos quartetos femininos, de 2000 metros, a equipa vencedora era composta por Carla Mendes, Antónia Fernandes, Ana Pedreiro, e Janine Coelho, do clube Misto. Nos 2000 metros, o quarteto masculino que se destacou é composto por Cláudio Rodrigues, Mateus Costa, José Monteiro e José Canha, do Fluvial. Nas duplas masculinas (2000 metros), conquistou o primeiro lugar a equipa do Académica, composta por Ricardo Paula e Eduardo Sousa. No 1x Adapt Feminino PR1/PR2, ficou em primeiro lugar Beatriz Alves do Clube Infante D. Henrique. Enquanto que, no Masculino, ficou classificado Laurent Lecuyer, do mesmo Clube. No que concerne aos Juvenis Femininos (2000 metros) a equipa que alcançou o primeiro lugar da competição é de VR Lima e é composta por, Maria Alberto Vaz, Carolina Lima, Ana Machado Pinto e Maria Lemos Sousa. A equipa de 8 elementos, da categoria dos Juvenis Masculinos (2000 metros), do Clube Infante D. Henrique, foi a que levou a medalha para casa, após um percurso de 2000 metros e, é constituída pelos seguintes atletas: João Lopes Silva, André Lopes, Igor Ribeiro, Diogo Sousa, Bernardo Cruz,

João Ricardo da Silva Santos, José Monteiro Sousa e José Costa. Nas duplas Masculinas, de 2000 m, ficou em primeiro lugar Gonçalo Delgado e João Gomes, do Académica. No 4 x Masculinos 2000 m, alcançou o primeiro lugar do pódio Vasco Bessa, Paulo Fidalgo, Nuno Coelho e Nuno Mendes, do Fluvial. A dupla feminina do Infante D. Henrique, Rita Faria e Carolina Bacalhar, foram as primeiras a cortar a meta. Assim como a dupla, Diana Ferreira e Ana Gomes, do Caminhense. Na categoria 1X Adapt PR3/LTAi, o primeiro

lugar foi para a casa de Pedro Coelho, do Clube Infante. O atleta André Lima (VR Lima), foi o primeiro classificado na prova individual de 2000 metros masculinos e nos femininos, a atleta Beatriz Varela (Infante), foi a que levou a medalha de ouro para casa. Por fim, a equipa Masculina composta pelos atletas, Cláudio Rodrigues, Nuno Coelho, Vasco Bessa, Mateus Costa, Luís Barquinha, Paulo Fidalgo, José Monteiro e José Canha, do Fluvial, foram os destacados com o primeiro lugar do pódio. ■ Foto: DR

Decorreu no dia 27 de maio, na Pista de Melres (junto à Praia fluvial de Melres), a XL Regata Internacional de Gondomar. A competição contou com a presença de 325 atletas de 15 clubes, dos quais 3 eram espanhóis. Devido à pandemia, o evento decorreu sem público.


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DESPORTO

Ataense sobe de Divisão, Sousense e Gondomar B na luta O Ataense venceu o Lusitanos de Santa Cruz por 2-1 e garantiu a subida de divisão. Para o ano os comandados por Pedro Gonçalves e Vasco Aguiar irão disputar a Divisão de Honra. Nas meias finais irá defrontar o Penamaior, no próximo domingo na Academia Jaime Pacheco, em Lordelo. O Gondomar SC B venceu o Aliados de Lordelo nos quartos de final, através da marcação das grandes penalidades, após 1-1 no tempo regulamentar. O UD Sousense venceu o Avintes FC nos quartos de final através das grandes penalidades, após um empate no tempo regulamentar de 2-2. Ambas as equipas gondomarenses irão defrontar-se entre si no próximo domingo, disputando o acesso à final da elite. O clube São Pedro da Cova perdeu nos oitavos de Final de acesso ao Campeonato de Portugal, contra o Avintes por 1-0. O Gens Sport Clube ficou pela fase de grupos, na série 2 de acesso ao Campeonato de Portu-

gal, em 3º Lugar, com 31 pontos. O Sport Clube de Rio Tinto também ficou pela fase de grupos, série 3 de acesso ao Campeonato de Portugal, em 3º Lugar, com 25 pontos. O Clube Atlético de Rio Tinto também ficou pela fase de grupos, na série 5, de acesso à divisão de Elite em 3º Lugar, com 25 pontos. Já o Estrelas FC Fânzeres ficou pela fase de grupos, na série 2 de acesso à divisão de Elite em 4º Lugar, com 11 Pontos e o Melres DC ficou pela fase de grupos, série 7 de acesso à primeira divisão, em 4º lugar, com 8 pontos. ■

Federação Portuguesa classifica formação de clubes Gondomarenses A Federação Portuguesa de Futebol, certificou como entidade formadora de futebol, vários clubes do concelho de Gondomar. Esta distinção referente à época desportiva 2020/2021, avaliou com notas de 1 a 5 estrelas, todos os clubes com formação no Município. Com 4 estrelas ficaram o UD Sou-

sense e Gondomar SC. Com 3 Estrelas ficou o Estrelas FC Fânzeres. Com 2 estrelas ficaram o Gens SC. O SC Rio Tinto, CA Rio Tinto e o SC Montezelo estão em processso de certificação. Todas as classificações foram obtidas nos termos do artigo 12º do Regulamento de Certificação de Entidades Formadoras. ■

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Jornal VivaCidade 17 de junho de 2021 edital nº 17

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CARTÓRIO NOTARIAL DE MATOSINHOS Sito à Rua Alfredo Cunha, 99, salas B, C, e D Lic. Dinora Rocha Martins Certifico narrativamente, que no dia 11/05/2021, foi celebrada escritura de justificação notarial exarada a folhas 101 do Livro de Notas “TREZENTOS - A”, na qual MARIA MANUELA ASCENSÃO MARQUES DE SÁ PINHEIRO DA COSTA e marido, JOAQUIM CARLOS PINHEIRO DA COSTA, casados na comunhão geral de bens, naturais, ele de Custóias, Matosinhos e ela de Águas Santas, Maia, onde residem na rua de Granja, n.º 33, Águas Santas, 4425-094 Maia, NIF 153 544 988 e 153 544 970 declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do prédio rústico denominado Bouça do Carqueijal de Cima ou Carqueija de Cima, sito na rua Manuel Marques de Sá Júnior, na freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, com a área de sete mil setecentos e setenta e sete metros quadrados, a confrontar do norte com o justificante e com António marques, do sul com Travessa da Granja e do poente com rua Manuel Marques de Sá Júnior, do nascente com Ribeira de Rio Tinto, e que recebeu o número de inscrição na matriz, da referida freguesia de Rio Tinto, sob o artigo 3330, por aquisição já na constância do seu matrimónio, por doação verbal, feita por Manuel Marques de Sá Júnior, casado com Maria Amelia Moutinho Alves da Cruz, sob o regime da separação de bens, residente na rua D. Amelia Moutinho Alves, Pedrouços, Maia, já falecido, no ano de mil novecentos e noventa e oito. sendo que este doador, Manuel Marques de Sá Júnior, adquiriu a posse por compra e venda verbal levada a cabo por volta do ano de mil novecentos e oitenta e quatro, à titular inscrita no registo predial, Maria Luísa Moreira de Oliveira Santos e que, desde a data reportada à referida doação não titulada, passaram a usufruir o imóvel como entenderam, dele retirando todas as utilidades, nomeadamente recolhendo a lenha, limpando o mato e outra vegetação, por si ou por intermédio de outrem, sob sua iniciativa, tendo essa fruição sido feita à vista de toda a gente, perante a generalidade das pessoas da freguesia de Rio Tinto, lugares e freguesias vizinhas, há mais de vinte anos, nele praticando os normais atos correspondentes ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu inicio, pelo que, na impossibilidade de poderem comprovar a aquisição do imóvel, pelos meios normais, justificam o direito de propriedade por usucapião que expressamente é invocada. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

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EMPRESAS E NEGÓCIOS

Cinco anos a ganhar a confiança do mercado Gondomarense Há cinco anos que Jerónimo Oliveira, decidiu investir em Fânzeres, entrando para o mercado nacional da rede das Oficinas. Para o responsável era uma área que já estava habituado e que lhe despertava interesse. É uma rede que contem aproximadamente cem oficinas em Portugal. O começo não foi fácil, como tudo há sempre desafios, mas Jerónimo recusou baixar os braços para este projeto que ambicionava. Hoje, tem o seu nome consolidado no Mercado e conta com 1100 clientes ativos, bem como um vasto leque de clientes de empresas de renome internacional. A perspetiva do empresário para os próximos anos é continuar a crescer. O intuito é consolidar as duas oficinas que possui no concelho, uma situada em Fânzeres e a outra

na estrada D. Miguel (S. Cosme). Segredos para o negócio, não há muitos. Para o proprietário, todos tem acesso aos materiais, os preços do mercado estão equilibrados, no entanto “A nossa aposta passa pela criação de uma relação

de confiança com os clientes, uma relação séria, correta e transparente com o mercado. Fomos bem aceites e tentamos sempre criar uma relação de fidelização com o cliente e, ao mesmo tempo, queremos estar sempre perto deles para resolver os seus problemas de forma rápida, com um serviço de qualidade e com maquinaria de topo”. Todos os funcionários da rede Oficina, possuem muitas formações. “O mercado automóvel está sempre a evoluir e, é preciso sempre atualizar a formação dos nossos funcionários. Independentemente da marca do automóvel, o Cliente terá sempre o melhor atendimento possível. Dentro das redes Oficina, o cliente não perde a garantia do carro de origem, porque nós estamos certificados para tal, utilizando sempre peças de origem e com

serviços de qualidade”. Sobre o quinto aniversário, Jerónimo Oliveira deixa a seguinte mensagem: “Deixo um agradecimento especial pela confiança que nos deram. Sem os clientes as empresas não existem e não fazem sentido. Tentaremos sempre retribuir essa confiança com o nosso trabalho e fazer de tudo para que corra sempre pelo melhor. Estamos e continuaremos aqui a construir este caminho, sempre a melhorar. Trago ainda uma mensagem de tranquilidade, pois os tempos que correm são difíceis. E, apesar de todas as dificuldades, não perdemos a qualidade, pelo contrário, estamos sempre a tentar encontrar os melhores profissionais, as melhores ferramentas e trabalho. E, é com essa premissa que queremos continuar no mercado. ■


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LAZER

RECEITA VIVACIDADE

SALADA CROCANTE DE BACALHAU Ingredientes: 2 colheres (sopa) de azeite 1/2 cebola picada

ANEDOTA

O professor de Matemática levanta uma folha de papel em uma das mãos e pergunta para Joãozinho: - Se eu dividir essa folha de papel em quatro pedaços, Joãozinho, com o que eu fico? - Quatro quartos, professor! - E se eu dividir em oito pedaços? - Oito oitavos, professor! - E se eu dividir em cem pedaços? - Papel picado, professor!

1 dente de alho 1 xícara (chá) de bacalhau dessalgado e desfiado 1 Caldo de carne de aves Salsa fresca picada a gosto 3 ovos 5 tomates secos picados

Joãozinho chega a casa e entrega ao pai o recibo da mensalidade escolar. - Meu Deus! Como é caro estudar nesse colégio. E o menino: - E olhe, pai, eu sou o que menos estuda da minha turma!

10 azeitonas pretas picadas 100g de uva passa sem sementes 1 pacote de Batata Palha Extrafina (120g)

Modo de Preparo Aqueça o azeite e refogue a cebola e o alho até dourarem. Acrescente o bacalhau, o caldo e a salsa, e refogue mais um pouco. Reserve. Bata as claras em neve. Acrescente uma gema de cada vez, misturando delicadamente. Bata por mais 5 minutos. Reserve. Leve o bacalhau refogado ao lume. Acrescente os ovos batidos aos poucos, mexendo sempre, até incorporar ao bacalhau e o mesmo ficar seco. Desligue o lume, acrescente o tomate, a azeitona, a uva passa e a batata palha. Misture. Transfira para uma travessa e sirva em seguida.

Renault Gondomar RENAULT ANUNCIA o INOVADOR ARKANA Um dos lançamentos mais aguardados do ano e uma novidade absoluta na gama Renault, graças a um design inovador, vincadamente desportivo. Um modelo que rompe com os cânones estilísticos dos SUV, sendo comercializado com três níveis de equipamento e duas motorizações: TCe 140 EDC e E-TECH Híbrido 145. Com um conceito de design que até agora era exclusivo dos topo de gama, o Renault ARKANA é uma proposta única entre os SUV do segmento C. Um modelo que surpreende pelas linhas distintas e, ao mesmo tempo, desportivas. Mas se o design exterior não deixa ninguém indiferente, uma vez no habitáculo, a sensação é de qualidade, conforto, espaço, tecnologia e segurança. Um convite a viagens em grande estilo, seja nos percursos urbanos, ou até mesmo pelos caminhos mais recônditos à descoberta da natureza ainda intacta, fruto da altura ao solo que é caraterística dos SUV. O Renault ARKANA já pode ser encomendado com duas motorizações – TCe 140 EDC Micro Híbrido e E-TECH Híbrido 145 – e três níveis de equipamento: Business, Intens e R.S.Line.

Versão entrada de gama recheada de equipamento Logo na versão Business de entrada de gama, o Renault ARKANA beneficia de uma extensa lista de equipamentos, com destaque para os faróis 100% LED, as jantes em liga leve de 17 polegadas, o sistema multimédia EASY LINK de 7 polegadas com navegação (compatível com Android Auto™ e Apple CarPlay™ -Bluetooth®), o ar condicionado automático e purificador de ar, a câmara de marcha-atrás, o alerta de distância de segurança, o alerta de excesso de velocidade com reconhecimento dos sinais de trânsito, a comutação automática das luzes de estrada/cruzamento, o regulador e limitador de velocidade, os retrovisores exteriores reguláveis e rebatíveis eletricamente com sistema de desembaciamento, o sistema de ajuda ao estacionamento traseiro e dianteiro, o sistema de assistência à travagem de emergência ativa com deteção de peões e ciclistas, o sistema de assistência na transposição involuntária de via, entre outros itens. Com o nível de equipamento Business, associado ao motor TCe 140 EDC (uma das grandes referências do mercado no seu segmento de potência) e à caixa automática de dupla embraiagem EDC de 7 velocidades. Distinção com a versão Intens Neste nível, para além de alguns dos itens da versão Business, o destaque vai para as jantes em liga leve de 18 polegadas, o sistema multimédia EASY LINK com base num ecrã tátil vertical de 9,3 polegadas com navegação (compatível com Android Auto™ e Apple Car-

SOLUÇÕES:

Play™ -Bluetooth®, entradas USB), o painel de instrumentos de 10 polegadas, o sistema MULTI-SENSE (a possibilidade de parametrizar a dinâmica e o ambiente a bordo), os estofos em tecido TEP preto, bem como o volante e punho da alavanca da caixa de velocidades em couro. No domínio da segurança, para além dos equipamentos do Business, referência para o alerta de ângulo morto, o alerta de obstáculo traseiro e o regulador de velocidade adaptativo e limitador de velocidade. Imagem ainda mais desportiva com a versão R.S. Line Com ambas as motorizações, são inúmeros os pormenores exclusivos da versão R.S. Line. No exterior, destaque para os badge identificativos da versão, as jantes em liga leve de 18 polegadas, o para-choques dianteiro com lâmina aerodinâmica com inspiração na F1, as proteções dianteira e traseira (esta última com dupla saída de escape) e os retrovisores exteriores em preto brilhante. Já o habitáculo é marcado pelas decorações específicas R.S. Line a vermelho no volante e no painel de bordo, pelas costuras vermelhas nos painéis das portas, nos bancos

e no apoio de braço central, bem como nos pedais em alumínio e no teto interior em preto. No que toca à tecnologia, para além do sistema multimédia EASY LINK com base num ecrã tátil vertical de 9,3 polegadas com navegação (compatível com Android Auto™ e Apple CarPlay™ -Bluetooth®, entradas USB), do painel de instrumentos de 10 polegadas e do sistema MULTI-SENSE (a possibilidade de parametrizar a dinâmica e o ambiente a bordo), destaque para o carregador de smartphone por indução. No que toca ao conforto, não faltam mordomias, como os bancos dianteiros com regulação elétrica e sistema de aquecimento, os bancos em couro alcântara e o volante aquecido. Mas como o Renault ARKANA também é sinónimo de segurança, para além dos sistemas associados às versões Business e Intens, referência para o alerta de obstáculo lateral e para o Easy Park Assist (estacionamento mãos livres). Disponível para encomenda O Renault ARKANA já pode ser encomendado na Rede de Concessionários Renault, com as entregas das primeiras unidades previstas para o final do mês de junho.


Consultório Jurídico

VIVACIDADE | JUNHO 2021 Hospital Fernando Pessoa Prof. Doutor Luis Martins (Cardiologista)

Madalena de Lima, Advogada com larga experiência em Direito Criminal, Civil, Família e Menores, Administrativo, Comercial, Urbanismo e Internacional. Inscrita na Ordem dos Advogados desde 1983, abriu novo escritório em Rio Tinto. Boa Tarde, o meu nome é José Sales e a minha dúvida é a seguinte: semana passada, os filhos dos meus vizinhos ao jogarem futebol em casa deles, enviaram uma bola para dentro de minha casa onde partiram o vidro a minha entrada da porta. Os rapazes não assumiram a responsabilidade perante os pais, pois também vieram buscar de imediato a bola a minha casa e os meus vizinhos recusam a pagar o prejuízo. O que devo fazer sabendo que o diálogo é difícil entre ambos.

Caro leitor, Perante a situação descrita, tem o direito de ser indemnizado pelo dano que os seus vizinhos lhe causaram, com a quebra do vidro da entrada de casa. Uma vez que mencionou que o diálogo entre as partes é difícil, e atentos ao valor do dano causado, uma possível solução será o recurso aos Julgados de Paz. A tramitação do processo nestes Tribunais é simplificada, sendo que podem ser resolvidos através de mediação, sendo, posteriormente, homologado o acordo pelo Juiz. Caso a mediação não resulte em acordo, o processo segue para julgamento, culminando com uma sentença. As partes têm que comparecer pessoalmente, podendo fazer-se acompanhar por Advogado. Em suma, o recurso aos Julgados de Paz é, garantidamente, um meio de reacção adequado para o caso que o leitor apresenta, por ser célere (duração média de seis meses), simplificado e pouco dispendioso (a parte vencida pagará 70,00€ ou, no caso de haver acordo o valor a pagar é de 50,00€ a dividir por ambas as partes). Como em qualquer caso de litígio, o aconselhamento com Advogado é a melhor forma de fazer valer os seus interesses. Boa Tarde, Tenho 75 anos e sou reformado. Não tenho nenhum familiar em Portugal, pois os meus dois filhos vivem na Suíça. Se eu tiver que ser internado fico nas mãos dos médicos, que podem decidir tudo por mim, o que me apoquenta. Queria saber se há possibilidade de modificar esta situação. Aguardo a vossa resposta e agradeço esta iniciativa do consultório jurídico, porque vai conseguir informar muita gente que tem como eu muitas dúvidas. Manuel Freitas

Caro leitor, Entendemos a sua angústia. De facto, é possível nomear um procurador de Cuidados de Saúde no caso de o senhor Manuel se tornar incapaz de decidir por si próprio, no futuro. Pode, agora, indicar os cuidados que pretende que lhe sejam prestados, no caso de incapacidade mental ou física ou quase morte, tais como ser submetido a meios invasivos de suporte artificial de funções vitais, participar em estudos de fase experimental, investigação científica ou ensaios clínicos, bem como administração de sangue ou derivados. Assim poderá fazer um Testamento Vital, com reconhecimento presencial de assinatura. Esse documento é inscrito na plataforma de dados de saúde. Sempre que um médico consultar o processo de um utente, será notificado de forma automática do dito Testamento. Estes testamentos são válidos por cinco anos e podem ser alterados a todo o tempo pelos titulares. Sessenta dias antes do fim do prazo de validade, os serviços informam os titulares por escrito. Nada fazendo o titular, o Testamento fica sem efeito e, caso pretenda mantê-lo, deverá repetir o processo.

ENVIE AS SUAS DÚVIDAS PARA O E-MAIL: GERAL@VIVACIDADE.ORG

PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR E MEDICINA PREVENTIVA Quando estamos a falar da área da prevenção cardiovascular, ou da área do risco cardiovascular, estamos a falar da área que é, na minha opinião, a mais importante na intervenção da cardiologia. A cardiologia enquanto Medicina Preventiva/Medicina Populacional, ou seja, dirigida para toda a gente, é uma área muito importante e particularmente sensível, porque enquanto nós ainda estamos na área da prevenção, é um bom sinal, significa que não temos sintomas. Quando temos sintomas da área cardiovascular, as coisas já aconteceram e muito provavelmente a doença já se instalou! Portanto a hipertensão, enquanto não provocar estragos, não dá sintomas. A diabetes, enquanto não provocar estragos e tiver desvios, não dá sintomas. Os problemas do colesterol enquanto não derem cabo das nossas artérias, não temos sintomas. E este é o principal problema e pelo qual todos nós temos que nos auto-controlar e auto-vigiar e, portanto, ter os cuidados preventivos de vigiar a pressão arterial. Obviamente se a pessoa não é hipertensa, em função da idade, deverá vigiar a sua tensão arterial uma vez por ano, uma vez dois em dois anos, mas se já tem valores limites deve recorrer ao hospital para verificar quais são os seus valores de pressão arterial e estabelecer um plano de seguimento. Ao fazer o plano de seguimento da pressão arterial, nós desenhamos também o plano de seguimento, quer das perturbações do açúcar, portanto, das perturbações do metabolismo da glicose que acabam por dar a Diabetes, quer as perturbações do metabolismo das gorduras que acabam por dar à chamada dislipidemia, e esta tríade, é aquela que junto com a idade e com a falta de exercício físico com a obesidade nos transformam numa bomba relógio. Porque a saúde NÃO pode esperar, recorram ao hospital, porque nós temos programas para fazer a vigilância da pressão arterial, fazer a vigilância da diabetes, fazer a vigilância do colesterol e estabelecer um plano de seguimento para se poder dizer: mantenha-se saudável e envelheça saudavelmente!

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Gonçalo Lixa Médico Veterinário Clínica Veterinária do Taralhão

Santos Populares: O Fogo de Artifício/ Festas não têm que Ser um Problema. Os Santos Populares estão à porta e, com eles, as mais diversas formas de manifestação de alegria por parte das populações! Ainda que se peça moderação, e a intensidade dos festejos possa vir a ser menor que o habitual, é expectável que algumas alterações no dia do seu animal possam ocorrer: com festas (música alta, pessoas diferentes a entrar em casa, diferentes alimentos/ cheiros na casa) e/ ou fogo de artifício, entre outros. Todas estas alterações têm uma coisa em comum: vão causar stress ao seu animal (principalmente o gato), que deve ser diminuído ao mínimo possível. “Cuidados a ter com o meu animal antes do evento” A resposta vai sempre depender do animal e do quão assustado/ agitado/ tranquilo ele tenha ficado no passado, quando exposto a uma situação destas, mas no geral devemos: - Garantir que existe um local tranquilo e familiar para o animal, na casa, livre de confusão e barulhos, no qual se possa refugiar, se o entender (mais importante); - Dar um bom passeio (cão) antes do evento; - Antecipar a possibilidade do seu animal poder tentar fugir de casa; - Se o seu cão se assustar facilmente com barulhos altos, pergunte ao seu veterinário se lhe recomenda algum especialista em comportamento. Treinar e dessensibilizar, especialmente enquanto são jovens, pode ensinar aos cães que não têm que se preocupar com barulhos altos e estrondos. Pode também comprar um CD criado para que o seu cão se habitue a todo o tipo de barulhos. “Cuidados a ter com o meu animal durante o evento” - Não force nunca o contacto do seu animal com outras pessoas. Caso ele esteja confortável na festa e bem socializado, deve apresentá-lo aos convidados à medida que vão chegando; - Não deixe ao alcance do seu animal coisas que ele possa ingerir e fazer-lhe mal (exemplo típico: carnes temperadas com osso e/ ou sobremesas com chocolate!). Não se esqueça de instruir os seus convidados sobre o que podem (ou não) oferecer-lhe; - Procure tranquilizar e não sobre estimular! Manter uma postura serena e tranquila irá transmitir segurança/ confiança ao seu animal; - Não se esqueça de recompensar! Um bom comportamento será mais facilmente repetido, se seguido de uma recompensa. Todos estes cuidados ajudarão a que a alegria das festas se possa estender a todos os membros da família (não só os humanos). Saiba ainda que existem várias terapias hormonais/ farmacológicas, prescritas pelo seu médico veterinário assistente, que podem ajudar (e muito!!!) nestas situações. Qualquer dúvida adicional, teremos todo o gosto em responder, para o contacto 934982307 ou cvtaralhao@gmail. com.


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OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Joana Resende PS No último artigo que escrevi para este jornal centrei-me naquilo que foi a concretização de um vasto programa eleitoral (ainda de 2013), e que mais concretamente se consubstancia nos compromissos firmados entre os candidatos do PS e a população de Gondomar. Não falei de promessas vãs, ou de uma listagem avulsa de obras. Falei sim de um Programa extenso, mas estruturado, com objectivos reais e fundamentais para o desenvolvimento do nosso concelho, concelho esse que estava estagnado e que não

Valentina Sanchez PSD Nos passados dias 8 e 9 de junho os Gondomarenses foram brindados com diversas notícias nos jornais nacionais dando conta da realização de várias buscas levadas a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção

Maria Olinda Moura CDU A valorização do ambiente na perspectiva da sustentabilidade da terra e do futuro da humanidade enche a boca de muita gente, nomeadamente, da maioria PS que gere a Câmara de Gondomar há oito anos e que já a geriu no passado. Está à vista de toda a gente o que esse “amor” pelo ambiente tem feito em Gondomar, um concelho com recursos ambientais como poucos na área metropolitana do Porto. Desde o rio Douro, o Sousa, o Ferreira, o Tinto e o Torto, os seus férteis vales e as serras que atravessam o concelho, assim como as praias fluviais, tudo está esquecido ou adulterado. Muitas vezes, são as populações que deitam mão à obra para limpar os terrenos que ladeiam os rios e mesmo os seus leitos,

Contra factos, não há argumentos acompanhava os seus concelhos limítrofes naquilo que seria expectável para um território tão vasto e risco em oportunidades. Falei, acima de tudo, de um trabalho de sucesso que ninguém pode pôr em questão nestes 8 anos de executivo PS. Haverá quem aponte falhas. E haverá com certeza muitos pontos que ainda não estão totalmente concretizados, ou que não se conduziram como previsto, mas é por isso que o Programa tem a sua continuidade até 2025. Não obstante, tenho a firme convicção que os Gondomarenses sabem que mais de 90% desse programa foi concluído e que Gondomar é, sem qualquer dúvida, um concelho muito mais desenvolvido, competitivo no seu tecido empresarial e industrial, com melhores equipamentos

para a qualidade de vida dos seus cidadãos, e com um rol de obras de melhoramento que são testemunho para todos. Criticar por criticar, ou lançar questões perdidas no tempo e no conteúdo, servem apenas para distrair os mais desatentos, ou tentar lançar pequenas confusões estéreis. É a estratégia do “fogo de artifício”, criar um foco de confusão para que não sejam vistos os próprios erros e falhas de quem lança essas questões dúbias. Nas últimas décadas, sentem-se crescentes exigências nas obras públicas associadas à complexidade dos projectos e do desafio que muitas vezes é intervir na malha construída. Agrava ainda as burocracias da contratação e da gestão, e o em-

penho redobrado de forma que se evitem os aumentos de custo e do prazo. Mas só quem tem de lidar diretamente com todas estas contrariedades, especificidades e lutar para concretizar é que sabe os trâmites, as dificuldades e resiliência para ver a obra feita. Falar e questionar é fácil para quem está apenas como espectador. E usar o “fogo de artifício” como arma eleitoral não é de quem se empenha, mas de quem não tem visão nem estratégias previstas no seu próprio programa. Mas a tranquilidade impera, e a obra fala por si. Os Gondomarenses sabem o que foi e está a ser feito, e de nada adianta remar contra esta maré de progresso e crescimento.

Buscas na Câmara Municipal de Gondomar da Polícia Judiciária que, segundo comunicado do Departamento Central de Investigação Criminal tais buscas realizaram-se por suspeitas da prática dos crimes de corrupção e/ou tráfico de influências. Em causa estará a realização de vários ajustes diretos entre a empresa E.Q.S - serviços de engenharia, qualidade e segurança de que era à altura dos factos, sócio gerente, o ex-chefe chefe de

gabinete (atual presidente do Conselho de Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo) do ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos e várias entidades públicas, designadamente a Câmara Municipal de Gondomar, decorrente da celebração de ajustes diretos para a aquisição de serviços de fiscalização e inspeção de elevadores, entre outros equipamentos. De facto, encontram-se registados no

Portal Base, vários ajustes diretos celebrados entre aquela empresa e o Município de Gondomar, incluindo dois contratos entre 2015 e 2017 com o valor de 74.752,50 Euros cada, com o objeto atrás referido. O PSD por considerar que os Gondomarenses devem saber a verdade irá questionar o executivo da CMG sobre as notícias vindas a público e os factos em causa”.

O ambiente e o futuro de Gondomar à falta de resposta da autarquia municipal. Estamos no início da época balnear e, outra vez este ano, as praias da Ribeira de Abade, de Gramido, de Marecos, de Zebreiros e de Melres não foram classificadas pela Agência Portuguesa do Ambiente, por nelas persistirem problemas de poluição da água considerados de risco para a saúde pública. Há anos que a CDU tem vindo a alertar, na Câmara e na Assembleia Municipal, para a urgente necessidade de intervir nas ETAR’s que revelam erros de construção e de manutenção que têm sido ignorados pelo executivo PS, que usa como argumento para a poluição os barcos que transitam no rio Douro e para os quais a própria câmara construiu um ancoradouro na Lixa onde os barcos procedem à limpeza e despejos dos dejectos. Se não fosse dramático daria para rir… Claro que este argumento caiu por terra ao perceber-se que em 2020 houve uma redução de mais de 80% da navegação e as praias continuaram desclassificadas. E agora? Que tem feito a câmara? Ignorado

o problema, “agarrando-se” à Lomba, a única praia classificada. Entretanto, as ETAR’s continuam a não ter capacidade de resposta e a poluir os rios e o presidente da Câmara vem-se mostrar “indignado” com a Águas de Gondomar, como se a responsabilidade maior não fosse da Câmara que não exige à empresa o cumprimento do contrato de concessão. Nisso, no preço da água, do saneamento e dos resíduos. Até parece que é a Águas de Gondomar que gere a autarquia… Quanto às serras, está à vista a falta de investimento. Há uma concessão de exploração mineira no coração das serras e a câmara diz que nada sabe, nem toma posição pública. É que uma coisa é ser uma exploração do Estado que tem de dar garantias ao município, outra coisa é uma exploração privada cujos resultados todos bem conhecemos. E a Câmara não sabe e, pelos vistos, não quer saber… Na entrada do Parque das Serras em S. Pedro da Cova continua por resolver em definitivo a questão dos resíduos e da reabilitação dos terrenos, assim

como todo o património mineiro que há décadas necessita de soluções. A câmara precisa de dizer aos gondomarenses o que vai fazer ali – depois de retirados os resíduos – que planos tem e qual o calendário. Os gondomarenses não vivem de propaganda nem é isso que lhes traz qualidade de vida. Os parques urbanos são uma opção positiva e há muito que a CDU defende a sua criação, mas o que está a acontecer é que estão a ser criados em época pré-eleitoral sem tempo para a sua discussão pública e sem uma verdadeira articulação com os elementos patrimoniais e históricos, como é o caso do de S. Pedro da Cova que não cria qualquer relação com o museu mineiro, o campo de futebol e insígnias que foram arrasadas. Quando as razões não são de defesa dos interesses coletivos, as obras são mal planificadas e mais tarde ou mais cedo a factura é apresentada ao povo. E assim continua Gondomar.


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OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

AS ELEIÇOES, AS INAUGURAÇOES E OS PARQUES DA CIDADE Estamos na época das inaugurações sistemáticas – para justificar um mandato de inércia que nem a justificação da COVID-19 consegui ocultar a falta de visão ou, mesmo de capacidade de olhar o futuro na sua plenitude... e não as reparações e remendos dos espaços e locais públicos já existentes... A verdade é que quando se assume um cargo numa autarquia não e só para se fazer coisas novas, sendo que a manutenção das já existentes é tão ou mais importante de que criar novos projetos. Temos mais um mandato de quatro anos (estes últimos) com projetos em algumas freguesias específicas do concelho de Gondomar, que merecem todo o apoio. Mas que não se pode pensar que só daí se justificará a renovação de uma candi-

datura ou de um projeto eleitoral de quem sempre olhou para algumas iniciativas como se fosse a sua menina dos olhos... O concelho de Gondomar tem várias freguesias, cada qual com a sua especificidade e com as suas necessidades. A nível de obras de relevo, por exemplo, o Alto do concelho e as freguesias junto ao Rio Douro deveriam ser o Polo do desenvolvimento turístico de Gondomar. Mas apenas temos pequenos “remendos” e pequenos projetos que não dignificam as potencialidades da nossa zona turística (desde a ribeira de Abade até aos areais de Melres e Medas. Mais uma vez tantos Projectos, tantas ideias... Tantas capacidades em demonstrar que o passado era tão mau... Mas que, pelos vistos, o presente nada dignifica o futuro.

Passo agora a uma opinião exclusivamente pessoal. Este executivo camarário está a “fazer” um Parque na cidade de Gondomar. Até que enfim! Mas, mais uma vez, a capacidade e criatividade deste executivo camarário (e dos “criadores” do Parque), não foi suficiente para verem que deveriam criar a mobilidade necessária – com um parque subterrâneo – e para poderem, então sim, resolver um problema antigo de falta de estacionamento no centro de Gondomar. E, por inerência, retirar muitos dos lugares de estacionamento à volta desses espaços saturados e sem outra forma de aparcamento. Temos um Auditório Municipal, uma Biblioteca Municipal e a própria feira Municipal sem outra forma de estacionamento ou alternativas de mobilidade para as pessoas se deslocarem para estes

economia, tão latamente depauperada em função das violentas agruras advindas desta inusitada pandemia, nascida do nada e implantada por todo o lado, por todo o mundo, sem apelo nem agravo. E temia-se porque alguns países da europa central, não direta, não taxativamente, mas indiciariamente, ameaçavam bloquear a sua aprovação, caso lhes não fosse concedida alguma flexibilidade na forma de entender e aplicar, em concreto, alguns dos princípios fulcrais do projeto europeu. A verdade é que a questão não chegou a ser colocada e o bom senso prevaleceu com a aprovação, por todos, da BAZUKA. Grande parte dos países entregaram já os inerentes planos de aplicação destes colossais fundos, com os quais querem, os mais atrasados, os mais pobres, como Portugal, transformar, ou criar as condi-

ções para moldar a completa alteração das condições de vida, das suas gentes das suas comunidades. Como é do conhecimento publico, Portugal foi o primeiro país a fazê-lo. Como seria suposto, são já variadas as críticas, as desavenças quanto às opções tomadas, defendendo outros caminhos, outras prioridades, que nunca e designadamente, a prioridade do investimento no lítio, que entendem marcadamente casual e sem critério sério. Enfim, não nos imiscuiremos nas cores desse dissidio, uma vez que, quais fossem as escolhas, as preferências, seriam sempre objeto de questões e ultrapassadas por outras escolhas prioritárias, consideradas naturalmente mais pertinentes. O programa foi entregue, foi o primeiro e, diz-se, será o primeiro a ser aprovado

Cuidar dos animais de Gondomar A maneira como cuidamos dos nossos animais e os abrigos que criamos para os mesmos, são um espelho das políticas que adotamos nesta área. É essencial uma política de bem-estar animal, quer na vigilância quer no investimento em espaços que sejam apropriados para o acolhimento e tratamento de animais abandonados. Sabemos que as políticas no que ao bem-estar animal diz respeito são escassas e as que existem não são suficientes para as reais necessidades que Gondomar enfrenta. O concelho enfrenta uma superlotação nos seus espaços

Movimento Valetim Loureiro Coração de Ouro locais públicos. Era fácil de antes de se criar um Parque Municipal criar tais valências de mobilidade para este espaço e para todos os serviços públicos adjacentes. Mas temos um executivo que é de visão curta... Ou, então, um executivo que gosta de fazer mais obras depois do que já está feito ou terminado! Isto porque os concursos públicos (com inúmeras obras e mais e mais despesas) são sempre bons... Para demonstrar sabe-se lá o quê!...

Pedro Oliveira

A BAZUKA São milhões, muitos milhões, vários mil milhões que estão para chegar a Portugal, fruto da já chamada BAZUKA Europeia, enorme lufada de “oxigénio” disponibilizada pela Comunidade Europeia aos diversos países que a integram. A dúvida, o suspense, perdurou por praticamente todo o primeiro semestre do ano, pois urgia que, individualmente, cada um destes países aprovasse, nos correspetivos parlamentos, esta decisão dos órgãos comunitários. Tratou-se de um processo lento, moroso, entediante, e sempre mais impreciso na sua adoção á medida que as aprovações se iam sucedendo, temendo-se que algumas democracias pudessem “deitar por terra”, tamanha esperança de tantos que viam, e veem, neste “milagre”, uma solida esperança de transformação estrutural da respetiva

David Santos

e deixa grande parte do trabalho para as associações de voluntários que existem em Gondomar. Estas associações enfrentam imensas dificuldades e necessitam de mais apoios de modo a garantirem o seu funcionamento no futuro e são parte integrante da construção de um município melhor para os nossos animais. Não é explicável que o executivo continue a não apoiar estas associações e a remeter para segundo plano políticas eficazes que combatam o abandono de animais e que acolha e remeta para adoção de uma forma legítima aqueles que infelizmente

são abandonados todos os dias em Gondomar. Muitas destas associações pedem financiamento constante ou instalações para comportar as suas atividades, mas vêm os seus pedidos esquecidos ou recusados. É necessário, obviamente, para além de mais apoio às associações locais, uma política pública estrutural e que repense o modo como cuida e cuidará no futuro dos seus animais. É necessário também investir em cuidados de saúde veterinários e públicos e criar uma rede de distribuição de alimentação e hidratação pelas colónias de animais abandonados que es-

CDS-PP na Comunidade. Esperemos que saibamos, de uma vez por todas, honrar o esforço de todo complexo europeu nesta solidária e fundamental iniciativa, claramente rejuvenescedora da esperança de milhões de europeus, que começam a acreditar na crescente mais-valia que o projeto comum de uma europa unida, significa para todos. Neste contexto, eu dou-me, por vezes a pensar, qual será o sentimento dos Ingleses ao perceberem que, para já, deixaram de beneficiar de um apoio de larguíssimos milhões, a preços, no mínimo, muito baratos!..

Sara Santos BE teja presente em toda a área do nosso concelho e não só nas grandes áreas urbanas. A pandemia afetou não só as pessoas, mas como alimentou o abandono animal por todo o país. Está na hora de repensar o modo como tratamos os nossos animais e fazer de Gondomar, um concelho irrepreensível no que a esta matéria diz respeito.


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