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Promoção válida de 13 de Maio a 31 de Julho de 2019. Para as colecções das marcas Pull and Bear, Amichi, Pepe Jeans, Mango, Custo BCN, Victorio & Lucchino, Pedro del Hierro e Hackett disponíveis em cada estabelecimento Opticalia. Para monofocais: Lentes monofocais orgânicas brancas com índices de refracção 1,50 / 1,60 ou 1,67, com tratamento AR, da linha Vistasoft da Opticalia. Para progressivos, as lentes serão sempre lentes progressivas orgânicas brancas com índice de refracção 1,50 ou 1,60 com tratamento AR, das linhas Basic, Quality ou Prestige, da linha Vistasoft da Opticalia. Para ambos casos, as lentes deverão estar, nos intervalos de fabrico disponíveis dos fabricantes Vistasoft em stock e de fabrico. Financiamento mínimo de 12 prestações e máximo de 60 prestações mensais. TAN E TAEG DO CARTÃO DE CRÉDITO OPTICALIA: 0%. A utilização do crédito está condicionada a uma mensalidade mínima de 9,95€. Crédito disponibilizado pela Abanca Servicios Financieros e sujeito à sua aprovação. As ópticas OPTICALIA atuam como intermediárias de crédito a título acessório e sem carácter de exclusividade.
Ano 14 - n.º 173 - novembro 2020 Preço 0,01€
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José Paiva:
"Se o partido assim o desejar, serei candidato a mais um mandato"
Sociedade Junta de Rio Tinto cria Banco de Emergência Social > Pág. 12
Cultura Lígia Silva quando recebeu a notícia ficou emocionada: "Das melhores sensações da minha vida" > Pág. 27
Desporto João Silva, ciclista gondomarense, assina contrato com equipa espanhola
> Págs. 20 e 21
> Pág. 32
Município cria projeto piloto para o combate à Covid-19
Hospital Fernando Pessoa serve de retaguarda aos hospitais públicos nos casos da Covid-19
José Fernando:
> Pág. 12
> Pág. 26
> Págs. 6 e 7
"Futuro Albergue Municipal terá capacidade para 200 animais"
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VIVACIDADE
NOVEMBRO 2020
Editorial José Ângelo Pinto Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT
Caros leitores, Aqui está a segunda vaga do COVID 19, bem mais forte e com maiores impactos que a primeira. O confinamento aos bocados e às parcelas, seja com alguns municípios, que acabam por ser quase todos, seja com horários diversos e desfasados, nunca vai resultar em impactos positivos na luta contra a disseminação do vírus. A razão principal obvia é simples: não se procuram as causas raiz para as estatísticas, não explicando que os 68% das infeções que ocorrem nas habitações das pessoas não aparecem nas casas por obra e graça, mas sim porque um dos elementos da família foi infetado e trouxe o vírus para os familiares. E onde estes elementos são infetados? Nas escolas, nos transportes públicos ou no trabalho. Como é também óbvio que as pessoas têm que continuar a trabalhar e a deslocar-se, utilizando os transportes públicos, principalmente nas grandes cidades, o que há que fazer é aumentar o grau de proteção, quer com maior disponibilidade de desinfetantes quer com maior vigilância e prevenção de casos em que as máscaras não estejam a ser bem utilizadas. Já em relação às escolas a medida óbvia é a total virtualização das aulas para todos os estudantes com mais de 12 anos, idade na qual os meninos já podem perfeitamente ficar em casa sozinhos e, com esta simples medida, impedir-se-iam milhares de contactos e de infeções. Já em relação ao trabalho, as empresas foram capazes de implementar todas as medidas de proteção e salvaguarda com muita assertividade, pelo que as infeções são menos nesta situação. Agora que não é a restauração nem a hotelaria nem as viagens realizadas em família que espalham o virus, e muito menos a interação social com a família durante as tardes e noites de sábados e domingos; aliás, pelo contrário, ao concentrar as necessárias visitas familiares e compras aos sábados de manhã a consequência imediata vai ser maiores aglomerações, mais pessoas juntas e maior expansão do Virus. Continuem protegidos,
PRÓXIMA EDIÇÃO 10 DEZEMBRO
SUMÁRIO: Breves Página 4 Reportagem Páginas 6 e 7 Sociedade Páginas 8 a 26
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org POSITIVO
Gondomarenses aderem ao recolher obrigatório. Um esforço realizado em prol de um futuro melhor.
Gondomarenses lá fora... Página 18 Destaque Páginas 20 a 21 Cultura Página 27
NEGATIVO
Com a pandemia um dos setores económicos mais afetados é o comércio local.
Política Páginas 28 a 30 Desporto Página 32 Empresas & Negócios Página 35
Viva Saúde
Lazer Página 36
Paulo Amado*
Opinião Páginas 38 e 39
* Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Professor Doutor em Medicina e Cirurgia Mestre em Medicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIO TINTO
Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia
Doenças Não- COVID
ANUNCIE AQUI Tel.: 910 600 079 pedro.barbosa@vivacidade.org geral@vivacidade.org
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O tema deste artigo não podia deixar de ser sobre a Pandemia que vivemos, mas chamando atenção sobre o que se passa sobre as doenças não covid, que parecem ter diminuído, o que não é verdade. É óbvio que a atenção dos Hospitais públicos se centram sobre os pacientes Covid-19 com cada vez mais pacientes a internar diariamente, mas principalmente com necessidades especificas de internamento em Cuidados Intensivos, esses mesmos serviços, já esgotados no Norte do país. É um facto que o Ministério da Saúde parece ter agora “acordado” tentando centralizar a sua atenção em aumentar os cuidados específicos de cuidados intensivos, mas tudo já deveria ter estado programado. Depois aparece uma discussão sobre a necessidade de recorrer aos cuidados hospitalares privados. Aqui realmente cai-se no ridículo com alguns “tabus”, de não ter de recorrer a estes serviços quer para doente covid ou não-covid. Avançam-se números de pagamentos de 8500€ pelo Estado por doente covid em privado. O que acham meus amigos, os internados nos hospitais
públicos ficam de “borla” ??? Provavelmente estes números estão abaixo do que se paga nos doentes covid no publico. Mas estamos em estado de emergência, que significa igual a um estado de guerra e tal como previu Bill Gates em 2015, tratando-se de uma “guerra” bem mais perigosa do que a bomba atómica, ou pelo menos com mais vitimas em todo o Mundo ( excepto na China ??!!) Assim o mais importante é que não faltem os cuidados básicos e de especialidade aos nossos pacientes e daí recorrermos a todos os meios disponíveis, venham de onde vierem. Infelizmente as doenças crónicas e agudas graves continuam e temos de continuar a tratar todos. O número de óbitos, ou seja de pessoas que morrem, aumentou, mesmo excluindo os óbitos por covid-19, o que significa que temos de manter o nível de assistência antes da Pandemia às outras patologias. Por favor, em caso de alterações de sintomas, mantenham a vigilância clinicas nos vossos médicos assistentes. Até breve, estimados leitores…
FICHA TÉCNICA Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Diretor Adjunto: Carlos Almeida Redação: Carlos Almeida e Gabriela Monroy | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 | Paginação: Rita Lopes | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 | Sede do Editor: Travessa do Veloso, nº 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: Tv Anselmo Braancamp 220, 4410-359, Arcozelo Vila Nova de Gaia, Porto | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Gabriela Monroy, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. | Impressão: Unipress | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@vivacidade.org
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VIVACIDADE
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Breves Junta de Baguim atribui apoio de 7000 euros A Junta de Freguesia de Baguim do Monte assinou um protocolo para apoiar o Movimento Associativo da Freguesia que, neste momento, encontra-se a viver um período difícil com a pandemia. O montante atribuído corresponde a 7000 euros de subsídios que serão distribuídos pelas coletividades.
Exposição “Paredes de Estuque” A exposição “Paredes de Estuque”, do pintor Jorge Marinho tem como tema a Violência Doméstica. As obras ficarão expostas até ao dia 6 de dezembro e podem ser visitadas na Casa Branca de Gramido. A curadoria é do pintor Agostinho Santos.
José António Pinto será mandatário no distrito do Porto Foi comunicado que, o Vereador da Câmara Municipal de Gondomar José António Pinto (Chalana) é o mandatário no distrito do Porto da Candidatura de João Ferreira à Presidência da República.
Restaurantes com entrega ao domicílio em Gondomar O Município de Gondomar disponibiliza uma lista de restaurantes e outros estabelecimentos comerciais do concelho que dispõem de entrega ao domicilio, como forma de apoio à restauração e incentivo à compra no comércio local, numa altura em que o recolher obrigatório vigora a partir das 23 horas, de segunda-feira a sexta-feira, e a partir das 13 horas, ao fim-de-semana. A lista encontrase disponibilizada no portal: https://covid.cm-gondomar.pt/.
Exposição- O Papel das Mulheres na 2.ª Guerra Mundial A União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova está a organizar e a promover a exposição realizada pelos alunos da turma 8ºA (2019/2020), da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento da Escola Básica de São Pedro da Cova, sobre o papel das Mulheres na 2ª Guerra Mundial. As obras encontramse expostas na Biblioteca de Fânzeres e está patente até ao dia 31 de dezembro. A entrada é gratuita.
Autarquia requalifica e termina obras em escolas de Gondomar Neste mês a Escola Básica do 1º ciclo do Souto, situada em S. Cosme voltou a entrar em funcionamento, após a conclusão das obras realizadas e esta semana foi a vez da Escola Básica do 1º Ciclo do Outeiro, em Jovim, abrir as portas após a sua requalificação.
Doe Sangue, Doe vida! Para o mês de dezembro, a população interessada poderá proceder à doação de sangue nos seguintes locais: dia 1 de dezembro, na Escola Secundária de Rio Tinto, entre as 9h e as 12h 30 min; no dia 19 e 20 de dezembro na Escola Secundária de Gondomar, entre as 9h e as 12h 30 min; e no dia 23 de dezembro na Escola Secundária de Gondomar, entre as 15h até as 19h.
Projeto de Robótica “Atividade Escola Criativa – Aprender Fazendo” O Presidente da Câmara Municipal de Gondomar e a Vereadora da Educação Aurora Vieira visitaram as escolas Básica/JI de Baguim do Monte, Básica 2/3 de Marques Leitão e as Secundárias de São Pedro da Cova e de Rio Tinto no âmbito do Projeto Educativo de Robótica “Atividade Escola Criativa – Aprender Fazendo”. O Município informa que serão entregues trolleys, a cada JI/Escola Básica, e uma impressora 3D e um painel interativo, a cada Escola Básica 2/3 e Secundária do concelho.
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VIVACIDADE
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Reportagem
Município cria infraestruturas para os animais Gondomarenses Há, sensivelmente, quatro meses os animais foram capas de jornais por todo o país por motivos infelizes e o VivaCidade foi conferir como é que os animais de quatro patas vivem em Gondomar e todas as suas condições. Em simultâneo, estivemos à conversa com o Vereador responsável, José Fernando, responsável por este pelouro que nos adiantou todos os detalhes sobre o que está a ser projetado para a população canina de Gondomar. Texto: Gabriela Monroy
Segundo o Vereador responsável, além do Canil Municipal, em Gondomar, existem mais duas Associações privadas a Vivanimal e a Associação dos Animais da Quinta e “quando sucedeu o episódio de Santo Tirso tomei logo uma decisão proativa e comuniquei de imediato com a veterinária municipal que queria realizar uma ação surpresa a estas duas Coletividades”, foi com o apoio da SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR) e a BriPA (brigada de Proteção Ambiental da PSP) que esta intervenção foi possível. “Nós queríamos ver como é que os animais estavam” a primeira a ser fiscalizada pelas entidades foi a Vivanimal, que se encontra situada num espaço cedido pela Câmara Municipal. “Nesta associação os relatórios realizados referem que as condições de higiene e acondicionamento estavam excelentes”, no entanto no que concerne à legalização “a Vivanimal encontrase em processo de licenciamento de atividades, isto significa que eles não possuem o número oficial dado pela DGAV (Direção Geral de Alimentação e Veterinária)”, o que para o Vereador
> José Fernando, Vereador do Município de Gondomar
“já deveria estar feito dado o protocolo que a coletividade possuí com a Câmara, mas quanto às condições não tivemos nada a apontar, estavam excelentes”. A segunda a ser fiscalizada foi a Associação Animais da Quinta, localizada em Covelo, José Fernando refere que esta coletividade não tinha o espaço legalizado “existem dois tipos de licenciamento, uma corresponde ao licenciamento de atividade e a segunda concerne à legalização do edificado”, no que diz respeito ao licenciamento de atividade, a Associação encontra-se inscrita na base de dados da DGAV e está legalizada. Quanto às condições do espaço e dos animais, “os relatórios também tiveram um resultado excelente”, o vereador acrescenta ainda que ficou “agradavelmente surpreendido porque "Animais da Quinta" têm um esforço acrescido dado à localização do terreno e, realmente têm que gostar muito desta causa dado todos os esforços que realizam diariamente. Em comparação à outra Associação que possui um espaço com todas as condições”. Sobre o assunto o vereador deixa uma nota final “era impensável acontecer em Gondomar o que sucedeu noutros locais do país, porque realmente as pessoas que têm os animais em abri-
gos têm-nos devidamente acondicionados e com o número de animais permitido por lei e caso ocorresse alguma emergência era possível evacuá-los facilmente”, o responsável pelo pelouro dos animais Gondomarenses admite que estas duas associações estão limitadas no seu trabalho, “porque realmente os apoios que elas necessitam por parte da Câmara Municipal são sempre poucos, como para qualquer outra Coletividade”. Futuro Albergue Municipal É com o intuito de facilitar a vida das associações e de todos os que diariamente lidam com o mundo animal, a Câmara Municipal de Gondomar decidiu investir numa construção e Modernização do Gabinete de Proteção Animal de Gondomar (GPA) que ficará localizada na freguesia de Covelo. “O espaço vai ser realizado numa superfície de três hectares. O projeto será divido em duas fases, numa primeira fase corresponde na transferência da CROAG, onde vamos ter a capacidade de acomodar cerca de 200 animais e estamos a falar tanto de cães como de gatos”, o responsável constata que precisava de um local onde pudesse realizar um albergue para o bem-estar animal com todas as condições. O espaço será constituído por dois edi-
fícios, unidos entre si, um destinado à recolha de animais e outro de caráter mais público. O projeto do local é constituído por uma receção/administração, uma sala polivalente para palestras, instalações de espécie como gatil e cães de pequeno porte, umas selas semicirculares para isolamento e quarentena antirrábica, uma enfermaria, um armazém de rações, um armazém de equipamentos de captura/limpeza, um armazém de material limpo, uma cozinha, um local para lavagem de material, uma sala de occisão, uma sala de higienização, um local para lavagem de veículos, gabinetes médicos, sanitários/ duche e crematório. O exterior será composto por um parque de estacionamento, um parque de autocarros para visitas de escolas e ATLS ao recinto. A norte do edifício serão implementadas zonas de alojamento para animais, com um corredor central de serviço que comunica com duas filas de jaulas, essas jaulas terão um recinto exterior para os animais puderem estar ao ar livre. Pode-se ainda ler no projeto que uma das valências deste centro de recolha e acolhimento de animais é a zona de lazer para quem o visita dotados com percursos pedonais, um recinto de treino para animais e uma zona de passeio animal. Todo o recinto será composto por zonas arborizadas e
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Reportagem
ajardinadas. Em simultâneo, encontra-se previsto no programa um Hotel Veterinário, com entrada e parque de estacionamentos do GPA e um Miradouro com vistas para todo o recinto do GPA e Serras. Quanto às Associações o Vereador do Ambiente adianta que “o que nós pretendemos é que cada uma tenha um gabinete para conseguirem prestar o seu voluntarismo, dentro destas instalações elas terão um gabinete onde poderão reunir-se para trocar impressões connosco e, em simultâneo vamos criar um espaço para os voluntários”. Segundo o vereador o custo de aquisição do terreno de três hectares foi zero, dado que resulta de uma doação efetuada por uma empresa. Quanto ao custo de edificação do Albergue vai rondar os 2,5 milhões de euros. Apesar do projeto já estar finalizado, “nós estamos a lutar para que no próximo orçamento nós tenhamos a possibilidade de pedir este financiamento, estamos a correr a todo o gás para estarmos preparados”, não havendo financiamento o Município encarregar-se-á do projeto. O pretendido é que o projeto esteja já a funcionar em 2021. Campanha de esterilização Teve início no dia 1 de outubro e ficou patente até ao dia 30 do mesmo mês a Campanha de Esterilização promovida pelo Município para os amigos de quatro patas dos gondomarenses. O Vereador do ambiente refere esta campanha como um projeto solidário dado que abrange todos os munícipes de Gondomar “nós não queremos excluir ninguém desta causa, porque fazer com que as pessoas comprovassem os
seus baixos rendimentos não acho que era a solução mais apropriada”, para participar o Munícipe tinha apenas de comprovar que habita em Gondomar. Cada agregado familiar poderia inscrever nesta campanha até três animais de companhia. Outra particularidade do projeto é que o gondomarense poderia escolher a clínica ou hospital veterinário para proceder à operação, “nós contratualizamos com oito clínicas e dois hospitais veterinários de Gondomar”. O Gondomarense tinha a possibilidade de proceder à inscrição via email para o CROAG ou via presencial. O vereador afirma que logo no primeiro dia “tínhamos 280 emails e 17 pessoas presenciais”, o responsável afirma que terá de arranjar uma solução para prolongar esta iniciativa. Esta campanha de esterilização teve o objetivo de sensibilizar os munícipes para esta forma de controlo da população animal, reduzindo o número de ninhadas indesejáveis e o seu consequente abandono e contemplou 602 Animais (Cães e Gatos). “Se for um gato, por uma quantia adicional, nós colocamos o chip e damos as vacinas, no entanto se for um cão não podemos fazer porque não temos a permissão por parte da DGAV, portanto se não as tiver tem que as tomar fora, mas neste caso também realizamos uma campanha de vacinação por todas as freguesias do Município.” O responsável aproveitou o momento para referir que “todos os animais que são adotados no nosso CROAG vão com um pack de esterilização, chip (identificador individual) e levam ainda um voucher caso os donos queiram que os animais participem em aulas de socialização” que são realizadas todos
os meses nos parques caninos. Ainda dentro do tema da esterilização o Município está com intenções de desenvolver um pograma direcionado para os gatos abandonados em que consiste na recolha para esterilização, “os gatos têm uma problemática que se reproduzem muito facilmente, nós já temos colónias identificadas”. Após a estrelização a ideia consiste na criação de condições nestas colónias e depois devolvê-los ao local. “Serão dois ou três espaços em que cada sede terá um tutor, uma entidade res-
ponsável” pela manutenção do espaço. Segundo o vereador, a implementação deste programa trará diversos benefícios tais como: “a redução do ruído, o controlo natural e eficaz da população de roedores o que reduz o risco para a saúde pública, possibilidade de aperfeiçoamento das ações desenvolvidas pelas associações de defesa animal, em simultâneo irá atenuar os impactos negativos na comunidade e torna os animais mais calmos e menos dados às lutas territoriais”. ▪
> Centro de acolhimento de animais de companhia de Gondomar
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Sociedade As turmas do 11º ano da Escola Secundária de Gondomar participaram no Climate Action Project, que visa unir as escolas de todo o mundo em torno de uma mesma missão: Salvar o Planeta! Participaram 2.600.000 alunos de 136 países e, durante 6 semanas, as turmas discutiram as causas e os efeitos das alterações climáticas. Os alunos da ESG tiveram a oportunidade de discutir esses efeitos e as possíveis soluções com escolas da Bélgica e da Índia. Mas não só!
Os alunos do 11º6 estavam nervosos, mas adoraram a experiência! A turma participou, no dia 5 de novembro, no webinar do Climate Action Day, que foi transmitido em direto para todo o mundo. Este contou com o testemunho de várias personalidades - Sir David Attenborough, Dra. Jane Goodall, responsá-
veis da UE, UNESCO, WWF, NASA, entre outros. Também contou com a participação do Secretário de Estado da Educação, Dr. João Costa. Para além disso, 11º6 teve a oportunidade de falar com Rick Davies, da NASA, responsável pelo programa de
aterragem em Marte, colocando questões sobre as missões espaciais e o sobre o trabalho da NASA na mitigação da sua pegada de carbono.
https://youtu.be/C7V7nR4GL0g (testemunho do SE) https://youtu.be/RfNqkRhHa-g (vídeo da conversa com a NASA)
LBA - Laboratório das Artes no AEG1 É um projeto novo, nascido da vontade de criar uma dinâmica de criação na escola. Apresenta-se como um projeto inovador, destinado a garantir aos alunos uma aproximação, íntima e construtiva, ao processo artístico. Dividido em duas vertentes - Audiovisual - Departamento de Som e Vídeo, e Teatro - Departamento de Artes Cénicas, com presença nas plataformas do Facebook e Youtube, o objetivo é não só dar um vislumbre do que acontece no agrupamento escolar, mas também apoiar os alunos que recorram ao LBA para os seus próprios projetos, seja ao nível da formação como do apoio logístico e criativo. https://www.facebook.com/laboratorio. artes.12 João Ventura e Pedro Farate
Testemunhos O que dizem os ex-alunos da ESG? - Agradeço imenso à professora de Português por me relembrar os meus objetivos de vida. Chamo-me Jéssica e tenho 21 anos. Cresci num bairro social com os meus avós (a minha mãe era muito nova quando nasci e o meu pai estava preso, falecendo 5 anos depois com sida). Ninguém da minha
família fora para a faculdade, mas todos me diziam para estudar, arranjar um bom emprego, ser independente e viajar pelo mundo. E esse foi o meu objetivo desde muito cedo. Sempre fui boa aluna, mas quando cheguei ao ensino secundário, talvez por influência de colegas que não trabalhavam, comecei a baixar as notas e a não ter motivação para nada. Passei a ser a “palhacinha” até a minha professora de Português ter uma conversa comigo, fazendo-me recordar os ob-
jetivos que tinha traçado para a minha vida. Graças a essa chamada de atenção, voltei a esforçar-me muito, conseguindo subir as notas. Agora, estudo numa área que adoro – Contabilidade. Estou no terceiro ano da licenciatura, vou fazer o exame para a Ordem e tirar Mestrado em Auditoria ou Fiscalidade…ainda estou a pensar! Nunca me senti tão realizada e orgulhosa de mim como agora! Com esforço e dedicação, conseguimos sempre realizar os nossos sonhos!
- O crescimento educativo e pessoal foram, sem dúvida, as minhas maiores conquistas na ESG! Sou a Leonor Castro e tive a sorte de terminar o meu percurso escolar na Escola Secundária de Gondomar. Sobre isso, muito haveria para dizer. Mas, por agora, darei a conhecer o meu carinho por esta casa. Frequentei colégios desde o 1º Ciclo ao 11.º ano. Mas, no 12º ano, senti que me faltava
passar pela experiência de estudar numa escola pública. Decidi frequentá-lo na ESG, ainda que receosa por passar de um ambiente confortável e tão familiar para uma escola pública, maior e desconhecida. Mas a verdade é que nunca me senti tão bem acolhida como na ESG. Conheci tantas pessoas fantásticas! Excelentes professores, dedicados e sempre disponíveis. Aprendi e cresci tanto a conviver com a diversidade. É sobretudo isso que levo da ESG - ensinamentos para além dos livros e das matérias. Foi o melhor ano da minha vida. Mantive as notas que trazia do colégio (há questões
que é importante desmistificar…) e terminei o secundário da melhor forma possível e com a sensação de que a ESG era a minha casa de há muitos, muitos anos. Terei sempre um carinho especial por esta escola que me deu tanto e à qual espero ter dado muito, também. Frequento, agora, o 3.º ano do curso de Direito na Faculdade de Direito da Universidade do Porto. Tenho objetivos traçados e trabalho diariamente para os alcançar, na expectativa de um dia viver uma vida plena, estável e feliz. No fim de contas, é isso que mais importa e foi sobretudo isso que a ESG me deu.
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Sociedade
Estabelecimentos de ensino de Gondomar distinguidos por Escola Amiga O desafio foi lançado e as escolas de Gondomar assim como 3800 candidataram-se ao concurso da Escola Amiga da Criança. Foram 1000 as destacadas e das presentes na lista dez são do Município de Gondomar. É com um panorama atípico que a 3º edição do concurso contou com o maior número de candidaturas. Este ano o desafio era maior dado que as escolas tiveram de ser reinventadas, o impossível passou a ser real e cerca de 1000 estabelecimentos de ensino foram destacados com o Selo Escola Amiga. Cada selo simboliza que a escola tem como base a aprendizagem e o crescimento, cada selo representa o crescer e o aprender de uma forma leve e feliz. Passaremos então a enumerar as escolas de Gondomar e os projetos destacados com este selo. Primeiramente temos o Colégio Paulo VI com o
projeto “A pintar o nosso colégio de verde…” e o projeto “Um por todos e todos por um”. Depois temos a Escola Básica 1 Cabanas com os projetos: Cabanas, mais do que uma escola, uma família; Compostagem com plantas invasoras; Conto um conto curtinho com carinho; Leituras ao telefone; Primeiros passos para a leitura e escrita; Programação e robótica no 1º ciclo; Projeto Erasmus Etwinning “Sharing ideas with robotics”; Projeto Europeu eTwinning; e Design a World Sustentabilidade e Reciclagem. De seguida temos a EB 1/JI Boucinha com a iniciativa “Conto à quarta conto à quinta” e “Os intervalos na BE”. Outro estabelecimento destacado é a Escola EB 1/JI de Branzelo com os seguintes projetos: Compostagem com plantas invasoras; Conto um conto curtinho com carinho; Leituras ao telefone; Primeiros passos para a leitura e escrita; Programação e robótica no 1º ciclo; Projeto Erasmus Etwinning “Sharing ideas with robotics”; Projeto Europeu eTwinning Design a World; Sustentabilidade e Reciclagem. Outra escola premiada foi a EB 1/JI de Chães com os projetos: Compostagem com plantas invasoras; Conto um conto curtinho com carinho; Leituras ao telefone; Primeiros passos para a leitura e escrita; Programação e robótica no 1.o ciclo; Projeto Erasmus Etwinning “Sharing ideas PUB
with robotics”; Projeto Europeu eTwinning; Design a World; e Sustentabilidade e Reciclagem. A próxima escola referida na lista é a EB 1/JI de Montezelo com as seguintes iniciativas: #MontezeloMexeContigo; #MontezeloMexeContigo - (IN)Forma-te com a Nutricionista!; #MontezeloMexeContigo - A Família Montezelo; #MontezeloMexeContigo - A Rede; #MontezeloMexeContigo - Cuidar da nossa “Casa Maior”; #MontezeloMexeContigo - Dá Cor a Montezelo!; #MontezeloMexeContigo - Dia Mundial da Atividade Física; #MontezeloMexeContigo - Histórias em Pijama; #MontezeloMexeContigo - Jardins Suspensos de Montezelo; #MontezeloMexeContigo - O que são os Direitos Humanos?; #MontezeloMexeContigo - Os Animais são nossos Amigos!; #MontezeloMexeContigo - Projeto “Já sei ler”; #MontezeloMexeContigo - Só o Coração Pode Bater!; #MontezeloMexeContigo Todos (pelas) Crianças!; Clube da Mediação. Outro estabelecimento destacado foi a Esc. EB 1/JI de Zebreiros com os projetos: Compostagem com plantas invasoras; Conto um conto curtinho com carinho; Leituras ao telefone; Primeiros passos para a leitura e escrita; Programação e robótica no 1ª ciclo; Projeto Erasmus Etwinning “Sharing ideas with robotics”; Projeto Europeu eTwinning - Design a World; Sustenta-
bilidade e Reciclagem. Em simultâneo, a EB 1/JI n. 1 de Cimo de Vila também foi galardoada pelas iniciativas: Compostagem com plantas invasoras; Conto um conto curtinho com carinho; Leituras ao telefone; Primeiros passos para a leitura e escrita; Programação e robótica no 1º ciclo; Projeto Erasmus Etwinning “Sharing ideas with robotics”; Projeto Europeu eTwinning Design a World; Sustentabilidade e Reciclagem. A Escola EB 2/3 Fânzeres também ganhou este selo pelo projetos: Mares e Oceanos; Recados, qual é o teu?; #NumCliqueContinuamosLigados; ALONE, TOGETHER; Canal Altamente; Cápsula do Tempo; Fazedores de Paz; Projeto Segurança, defesa e Paz: A história de Sadako Sasaki -Recado, qual é o teu?. A última escola a surgir na lista é a EB 2/3/S À Beira Douro com as iniciativas: Clube de Estilismo; Compostagem com plantas invasoras; Conto um conto curtinho com carinho; Decorar, Desabrochar e Demarcar a D1; Desporto Escolar; Escola Azul À Beira Douro - Do Rio para o Mar; Leituras ao telefone; Primeiros passos para a leitura e escrita; Programação e robótica no 1.o ciclo; Projeto Erasmus Etwinning “Sharing ideas with robotics”; Projeto Europeu eTwinning - Design a World. ▪ PUB
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VIVACIDADE
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Hospital Escola Enf.ª Susana Gregório, diretora de Enfermagem do HFP Vivemos na atualidade um momento de profunda reflexão em sociedade, conjugado com a individualidade de cada uma das nossas escolhas em prol de um bem, que acreditamos ser maior, a saúde! A pandemia elevou as mais nobres atitudes societárias e descoseu mantas de retalho, que manualmente os profissionais de saúde cerziram de forma original e genial, para ultrapassar a escassez de recursos e a sua esgotável gestão. O Hospital Fernando Pessoa assume o seu papel social ao comprometer-se com o Serviço Nacional de Saúde, reconhecendo que o Sistema nacional de Saúde se fortalecerá com sinergias, integração e fusão do foco comum- saúde das populações e equidade. A moeda do Sars Cov-2 traz o lado emergente de uma pandemia que urge reforços, planeamento, pensamento estratégico evolutivo, coragem decisiva e antecipação contrapondo uma face que, por agora adormecida, representa os estados de saúde e sua manutenção, para todos nós. As doenças crónicas e agudas não se podem se transformar num efeito secundário ou colateral de uma sociedade, que silenciosamente, esconde a sua dor, a sua enfermidade, porque não é oportuno o momento apelativo. Acreditamos que o caminho é de todos e que o Sistema Nacional de Saúde tem todos os recursos disponíveis para atravessar a pandemia. A integração de serviços e a restruturação do modelo assistencial, como o entendemos, tem de ser desmistificado, enfim aliviado. Este momento, bem como as soluções assistenciais encontradas perdurarão num tempo, que se tornará comum. À semelhança de outras patologias, como por exemplo a SIDA, também nos readaptamos, reforçamos a segurança para o ato clínico e evoluímos, no que hoje consideramos ser o normal da nossa prática. Os parceiros privados, com a sua metódica gestão poderão proporcionar soluções a curto e médio prazo, para que os atos clínicos não COVID sigam o seu percurso normal de atendimento e resolução. Especificamente, os exames complementares de diagnóstico, as consultas periódicas, primeira vez ou manutenção, aliadas à liberdade de escolha do cidadão poderão ser realizadas no sistema privado, espoliadas de burocracias, mediante um protocolo ágil e resolutivo. As listas de espera cirúrgicas, e em especial as de cirurgia de ambulatório, devem ser redistribuídas e retiradas de um sistema cansado, mitigado pelo Sars cov-2. Às populações deve ser devolvida a segurança no sistema publico, por que o sistema privado, em parceria, colmatará falhas, ausências e imprevistos, de uma forma simples, remunerada, clara e do conhecimento de todos. A Humanidade precisa de confiança, esperança de que não ficaremos todos bem mas que o Sistema Nacional de Saúde tudo fará para o maior número possível de pessoas fiquem muito melhor!
Gonçalo Lixa Médico Veterinário, Clínica Veterinária do Taralhão
Adotar um Animal – Quem quer um Amigo para a Vida? Como Médico Veterinário muitas vezes me é perguntado: “Tendo em conta as condições “X” e “Y” que tenho, acha melhor adoptar um animal em alguma associação ou comprar uma raça específica”? Enquanto profissional a resposta não é completamente óbvia, uma vez que um animal de determinada raça será sempre (ou quase sempre) mais previsível no que ao comportamento e historial clínico diz respeito. Conseguimos prever, hoje em dia, com algum grau de certeza, que raças terão mais tendência a desenvolver certos problemas de saúde no futuro (problemas dermatológicos, ortopédicos, cardiorrespiratórios. Por exemplo), quais poderão ter um temperamento mais equilibrado, quais precisarão de mais exercício, quais poderão largar menos pelo pela casa, etc. Isto traz algumas vantagens, ainda assim limitadas pela variabilidade associada a cada animal (cães da mesma raça não são, obviamente, clones uns dos outros). Por outro lado, enquanto ser emocional e com consciência cívica responsável, a resposta só pode ser uma: O MELHOR É SEMPRE ADOTAR! Talvez nem todas pessoas saibam, mas Portugal enfrenta um problema gravíssimo no que respeita á quantidade de animais errantes/ abandonados. Os números crescem exponencialmente, quer pelas alterações legislativas recentes (não abate de animais nos Centros de Recolha Oficial – CRO - para controlo populacional), quer pela falta de uma verdadeira estratégia nacional para controlo destas populações. Existem, apesar de tudo, alguns Municípios com boas iniciativas recentes de incentivo à adoção e esterilização animal (como é o caso do Município de Gondomar, felizmente). Ainda assim, em termos nacionais, na maior parte das associações e CRO’s em Portugal, por cada 10 animais que entram, apenas 3 ou 4 acabam adotados, o que cria, a curto/ médio prazo (e já hoje em muitos), graves problemas de falta de espaço para colocar os animais. Qual a solução? Construir mais jaulas? Até que ponto? Não é um problema com resposta fácil, mas uma certeza existe: ESTERILIZAÇÃO e ADOÇÃO terão sempre de fazer parte dessa resposta! E só triplicando ou quadruplicando as adoções (RESPONSÁVEIS) começaremos a ver a luz ao fundo do túnel, neste problema... Reitero que enquanto Médico Veterinário sempre atenderei com o mesmo entusiasmo e dedicação um cão adotado, ou um cão acabado de comprar por várias centenas de euros, isso é um facto. Mas é também um facto que, enquanto tutor de seis animais adotados e pessoa que contacta diariamente com dezenas de animais, posso dizer que quem decidir adotar um animal de forma ponderada/ consciente, não se vai seguramente arrepender! Eis alguns contactos que lhe podem ser úteis caso esteja a pensar adotar um animal ou ajudar animais que precisem: - Centro de Recolha Oficial Animal de Gondomar: croag@cm-gondomar.pt - Associação Animais da Quinta: geral.animaisdaquinta@gmail.com - Animais de São Pedro – Movimento de Defesa Animal: animaissaopedro.mda@gmail.com Qualquer dúvida adicional, teremos todo o gosto em responder, para o contacto 934982307 ou cvtaralhao@gmail.com.
Sociedade
Rio Tinto com iniciativa rápida, eficaz e solidária Perante a atual situação de crise pandémica a Junta de Freguesia de Rio Tinto sentiu a necessidade de criar/reformular o projeto da loja social para uma nova iniciativa que consiste num banco de emergência social. “Quando chegamos à Junta em 2013 deparamo-nos na altura com uma crise e observamos que tínhamos uma grande dificuldade na parte da Assistência Social em encontrar respostas para algumas situações e nós na época criamos um banco de emergência alimentar” explica Nuno Fonseca, Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto. O intuito deste projeto é dar uma resposta “imediata, desburocratizada” na atribuição de bens alimentares. Segundo Nuno Fonseca, “as respostas que havia eram demasiado burocratizadas e que requeriam muita avaliação o que consequentemente demorava mais tempo a ser disponibilizada”. Foi nesse sentido que foi criado este banco de emergência alimentar “não só para a Junta, mas para todas as instituições da rede social de Rio Tinto que necessitassem desse apoio para os seus utentes, agora, passado estes sete anos, estamos em 2020 e perante uma nova crise, e o banco de emergência alimentar continua a funcionar”, Nuno Fonseca revela que neste momento o banco está a funcionar de forma “mais intensa” fruto do panorama da atualidade. Ao observar as dificuldades dos Riotintenses, o Presidente da Junta explica que sentiram a necessidade de alargar esta ajuda imediata para outros campos tais como, o financeiro, verificamos que as pessoas necessitavam de ajuda para “pagar uma fatura na farmácia, para pagar uma fatura de água, para pagar uma fatura de luz, para pagar um passe para as pessoas poderem ir trabalhar”, na perspetiva do edil os dois setores unidos complementam a intenção da causa e facilita a vida dos mais necessitados, “portanto uma resposta imediata financeira que é necessária que vai completar a parte da alimentação”.
O autarca revela que a Junta anulou a Loja Social porque criaram o projeto da economia circular. Assim, neste quadro de emergência a Junta terá quatro respostas: “vamos manter a resposta do banco de roupa, portanto alguém que precise de imediato de roupa por qualquer situação, nós temos ao dispor, roupas para todas as idades e tipos; temos em simultâneo a resposta de ajuda técnica, isto é, se alguém precisar hoje, ou amanhã, por exemplo ‘está a sair do hospital e precisa de uma cama articulada ou uma cadeira de rodas’, nós atribuímos; temos também e vamos manter a resposta da emergência alimentar, temos por exemplo; e, agora, vamos associar a isto a parte da resposta financeira que irá servir para resolver situações mais imediatas, não é dar um apoio financeiro às pessoas para que elas façam a gestão das suas vidas, não é esse tipo de resposta, é uma mais direta para situações imediatas que são resolvidas por nós”. Quanto ao processo de escolha, Nuno Fonseca revela que estes baseiam-se na “rede social, são sempre critérios dos técnicos todas as situações têm que ser sinalizadas pela rede que está a funcionar, quer pela Segurança Social, quer pelos parceiros, quer por outras IPSS, muitas vezes até para a vertente da emergência alimentar é a própria polícia que nos sinaliza”, depois todo o processo é conduzido pela Assistente Social, “ela é que dá a palavra para se fazer ou não o apoio social, seja ele em que cariz for, não é o Presidente da Junta a definir, não pode ser dessa forma”. Quanto ao valor disponibilizado para a iniciativa o responsável de Rio Tinto explica que a Junta não “tem uma dotação infinita”, no entanto vão tentar dar resposta a todas às situações que possam surgir, “nós somos uma entidade de serviço público e este serviço está definido na nossa constituição, nós temos uma área de atuação muito grande e, temos que saber definir as coisas, temos que saber qual é a diferença entre um buraco e dar de comer a uma família, temos que saber e não quero que haja situações de emergência social por responder e, obviamente que se a comunidade nos ajudar com a doação de bens alimentares é menos uma despesa que temos que atribuir. Esse dinheiro pode ser disponibilizado para respostas de emergência económica”. ▪
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Sociedade
Água em Gondomar é novamente reconhecida como 100% segura A qualidade da água da torneira em Gondomar continua a ser reconhecida pela Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR) como água segura, com um índice de qualidade avaliada em 100%. Avaliada anualmente, à semelhança do que acontece em todo o País, a qualidade da água em Gondomar está acima da média nacional, valor esse correspondente a 98,66%. Os dados constam do mais recente relatório “Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano”, publicado anualmente pela ERSAR, responsável por todo o setor da água, e que pretende transmitir uma visão global do setor de uma forma fidedigna e periodicamente renovada.
Este reconhecimento, pelo quarto ano consecutivo, reforça assim a confiança na água que diariamente chega às torneiras dos gondomarenses,comprovando a eficácia e a qualidade dos serviços que a Águas de Gondomar (AdG) presta aos consumidores do município de Gondomar. A qualidade da água fornecida, através da rede pública, e que chega às torneiras dos consumidores é uma preocu pação e uma prioridade da AdG. Além de mais segura que a água dos poços, minas e furos, e mais barata que a água engarrafada, a água da torneira é saudável e evita a produção de resíduos, ajudando, desta forma, a garantir a sustentabilidade ambiental. O controlo e monitorização é efetuado em todo o sistema de abastecimento, desde a origem até à torneira do consumidor, garantindo assim a qualidade da água que chega diariamente a todos os gondomarenses. ▪
Valbom inaugura espaço cidadão No dia 16 de novembro, a União de freguesias de Gondomar abriu um novo espaço cidadão, em Valbom. O local pretende colmatar algumas falhas presentes na Freguesia. Este é o segundo espaço cidadão na Freguesia. A população pode ter acesso aos seguintes serviços: renovação de cartões de cidadão, a revalidação de cartas de condução, pedidos de registos criminais e a alteração de morada no cartão de identificação. Este novo espaço cidadão permite à população mais idosa o acesso mais facilitado aos serviços digitais
disponibilizados pela Administração Central e Local, reduzindo o tempo de espera e os custos associados, proporcionando um aumento da eficácia na resolução dos pedidos. António Braz, Presidente da Junta de freguesia, refere que a criação de ambos os espaços em Jovim e em Valbom são importantes para a população e ajuda a estabelecer uma relação de proximidade entre os serviços públicos e os cidadãos. O autarca estima que neste novo espaço seja possível ultrapassar a percentagem atingida de procura que tem decorrido em Jovim onde
já atingiram mais de 200 atendimentos por mês. Para além da presença do Presidente da Junta, a inaugura-
ção contou com a presença de Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar. ▪
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Sociedade
Um ato heroico, um ato cívico, um ato que salva vidas É com a premissa de salvar vidas que muitos cidadãos portugueses se voluntariam diariamente a doar sangue para os hospitais de Portugal. No concelho a associação responsável pela recolha é a Associação de Dadores de Sangue de Gondomar. É por pessoas como Miguel Santos que muitas vidas conseguem ser salvas diariamente. Tem 66 anos é natural do Taralhão, São Cosme e, no dia 6 de novembro doou a sua última dádiva na Associação de Dadores de Sangue de Gondomar, somando ao todo a impressionante quantia de 111 dádivas doadas ao longo dos últimos anos. Após doar por mais de 20 anos, ao VivaCidade revela que o sentimento presente é de muita tristeza porque ‘’gostava de doar mais sangue enquanto tivesse saúde e, hoje é o último dia e sinto-me realmente muito triste, porque não vou poder ajudar a salvar mais vidas’’. Ao fim deste tempo, Miguel Santos descreve este ato como um contributo que fazemos com o próximo ‘’ao fim destes anos sinto-me bem em saber que contribui para salvar vidas’’, o que começou como brincadeira para o doador, hoje é um gesto que tenta incutir nos que estão à sua volta e admite que ‘’ainda vou ao Hospital São João perguntar se estou apto para doar pelo menos mais uma vez’’. Para o Presidente da Direção da Associação de Dadores de Sangue de Gondomar, Vítor Freitas, “o Miguel como muitas outras pessoas que praticam este ato são um
exemplo”, o responsável explica que este ato é extremamente importante porque “o sangue não se fabrica e é preciso obtê-lo onde ele existe que é em cada pessoa e por mais progressos que a medicina tem vindo a ter, continua a ser necessário colher sangue para determinados tratamentos em que de outra forma não se consegue a cura do doente e estas ações são sempre muito importantes”, porque é o que possibilita que exista sempre sangue nos hospitais. “É nesse contexto que nós já existimos há 25 anos e, aqui em Gondomar, temos feito anualmente, de forma interrupta colheitas de sangue”, é nessa linha que o Presidente referencia que o sangue não se destina unicamente aos hospitais ou aos doentes do Norte ou de Gondomar, mas sim de todo o país dado que as colheitas são canalizadas para o Instituto Português de Sangue. Para ser dador de sangue é necessário ter uma idade mínima de 18 anos e, pode doar até ao dia que completar 66 anos, “os homens podem doar quatro vezes por ano, enquanto que as mulheres só podem doar três vezes”. No entanto, como explica Vítor existem exceções há regra ‘’se for uma primeira vez a doar sangue o limite de idade é aos 60 anos, outro requisito é ter 50 kg de peso mínimo, ser uma pessoa saudável que não tenha grandes complicações e tenha hábitos de vida saudáveis’’. Estima-se que, diariamente, a nível nacional são “necessárias 1000 unidades de sangue” é nesse sentido que o responsável constata que “numa colheita que nós às vezes fazemos em agosto que ultrapassa as 130\150 pessoas num dia apenas, Gondomar contribui com mais de 10% das colheitas do País o que para nós este número é muito gratificante”. Com a pandemia, Vítor admite que sentiram uma redução na quantidade de
> Miguel Santos, na sua última dádiva de sangue
dádivas doadas, “mas ficou aquém do que nós esperávamos, porque estávamos a pensar que a queda fosse maior e ficamos muito felizes com a solidariedade das pessoas que mesmo com as limitações a nível de deslocações e cuidados, entenderam por bem continuar a exercer este ato generoso”. Vítor aproveita o momento para garantir à população que todos os cuidados são realizados para assegurar a segurança de todos os envolvidos nestas iniciativas e garante que “todos os interessados são sempre bem vindos” e acrescenta ainda que os gondomarenses “têm tido um comportamento exemplar
a nível nacional porque a nossa Associação encontra-se nas 10 melhores e esperamos que as pessoas continuem sempre a vir e que tenham sempre a consciência que é um dever cívico e que lá está se todos dermos, todos temos. É necessário que as pessoas percebam a importância desta causa. Os gondomarenses também podem contar com a nossa Associação porque fazemos de tudo para que se um familiar ou amigo, ou até a própria pessoa, se necessitar de sangue a Associação de Dadores de Sangue de Gondomar trabalhou para que as dádivas não faltasse nos hospitais”. ▪
GreenSapce: Por um planeta mais sustentável O projeto GreenSpace que se encontra a ser desenvolvido por um grupo informal de jovens de São Pedro da Cova, Aventur, têm o intuito de transmitir uma mensagem “forte” sobre a preservação da natureza, das florestas e dos respetivos ecossistemas que são fundamentais para a sobrevivência do planeta. Segundo os responsáveis, recentemente a Zero-Associação Sistema Terrestre Sustentável conduziu uma
análise que aponta: ´´Se cada pessoa no planeta "vivesse como uma pessoa média portuguesa, a humanidade exigiria mais de dois planetas para sustentar as suas necessidades de recursos”, daí o tema da sustentabilidade ambiental ser muito importante neste projeto. Este projeto é assim um dos pouco a nível nacional a ser apoiado pelo IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude) e pelo Corpo Europeu de So-
lidariedade, tornando-se um exemplo de boas práticas ao nível associativo e juvenil, segundo os responsáveis, este projeto dinamiza as seguintes atividades: Ações de limpeza de florestas, ruas e espaços verdes; Realização de um pequeno documentário sobre a situação atual da nossa freguesia e concelho; Workshops e atividades de educação não formal nas escolas para sensibilizar os mais novos trará melhores, entre outras
atividades. O Projeto ´´GreenSpace´´ foi um dos três projetos selecionados na fase distrital do Prémio de Boas Práticas de Voluntariado Jovem 2020, com um vídeo criado pela Aventur que pode ser visualizado na página do Facebook do grupo. A Aventur desafia assim os cidadãos de Gondomar e do país a desenvolver boas práticas de sustentabilidade para melhorar o futuro do planeta. ▪
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Gondomarenses lá fora...
Inês Alves: “Sinto-me uma cidadã do mundo com um espírito livre” Há três anos partiu em direção a Londres à procura de um futuro mais promissor, chama-se Inês Alves é professora de uma escola primária em Wembley e, hoje, conta-nos um pouco da sua trajetória nesta aventura pelo mundo. Conta-nos um pouco sobre ti, quem é a Inês Alves? Tenho 27 anos e sou completamente apaixonada por História desde criança. Esta paixão determinou todo o meu percurso académico e levou-me a concluir o mestrado em Ensino de História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Sinto-me uma cidadã do mundo com um espírito livre. És natural de que freguesia de Gondomar? Tens alguma história que recordes com carinho da tua terra natal? Sou natural da freguesia de Fânzeres, onde vivi grande parte da minha vida. Das histórias mais caricatas que tenho memória são as que vivi enquanto escuteira do Agrupamento 328 de Fânzeres. Como escuteira aprendi a respeitar a natureza e a conhecer a realidade da nossa comunidade. Num dos diversos acampamentos em que participei recordo-me que cheguei a casa tão suja que a minha mãe teve de me lavar com lixivia.
O que é que te motivou a imigrar para Londres? A perspetiva de uma vida melhor e de novas oportunidades profissionais, face a um quase evidente desemprego como Professora de História. O que é que aprendeste de mais valioso nestes três anos em Londres que levas para a tua vida? Uma das coisas mais importantes que se aprende em Londres é a gestão do nosso tempo. Aprendes a valorizar cada momento! O que é que sentiste quando chegaste pela primeira vez a Londres? Era o que estavas à espera? Sentiste um choque na adaptação? O grande choque foi sem dúvida o multiculturalismo, o facto de ser uma cidade tão cosmopolita. Mas a adaptação, no meu ponto de vista, é fácil. Tem uma rede de transportes muito bem estruturada e devidamente identificada. É uma cidade com uma vasta oferta cultural e na sua maioria gratuita. Facilmente consegui trabalho e fiz amigos de diferentes nacionalidades. Como é que tem sido o teu percurso nestes últimos três anos? Cresci como pessoa, como mulher. Aprendi a gerir o meu tempo, o meu dinheiro e mais importante ainda os meus sentimentos... que a distância não é apenas uma questão de espaço. E as novas tecnologias ajudam realmente a reduzir essa distância, sobretudo em
relação aos que nos são mais queridos, a nossa família e os nossos amigos. Num futuro, pretendes voltar para Portugal? Pretendo voltar para Portugal sim, mas definitivamente não agora. Tenho uma situação profissional e pessoal bastante estável em Londres e condições que, honestamente, não sei se as conseguiria reunir em Portugal. Londres é um dos sítios mais afetados com a pandemia como é que tem sido esta fase para ti, principalmente longe dos teus? Não tem sido fácil, admito. Estamos já no segundo lockdown (encerramento obrigatório) com perspetivas para durar até ao início de dezembro. O primeiro lockdown foi mais complicado porque acabamos por estar todos muito isolados e durou mais tempo. Acompanhas o que está a acontecer em Portugal e, em particular, em Gondomar? Se sim, como é que vês as medidas que têm sido impostas pelo governo, consideras que foram toma-
das as mais apropriadas? Tenho acompanhado sempre que possível, tanto em termos políticos como futebolísticos, tenho um pai super benfiquista que não deixa escapar uma! Considerando e comparando com as medidas impostas, em quase todo o mundo, parece-me que não são assim tão diferentes. E parece-me que os portugueses são tão ou mais cumpridores do que os demais. O Natal está a chegar e este será um natal atípico dado o panorama em que vivemos, pretendes passar esta época natalícia cá em Portugal? Vai ser quase impossível para mim passar o natal em Portugal, isto porque o Reino Unido impõe uma quarentena de 14 dias na chegada. E, que mensagem gostarias de deixar às pessoas sobre este Natal anormal? É no Natal que somos mais recetivos e que as nossas esperanças são renovadas com a entrada de um novo ano. Esperemos que seja um ano de descobertas, principalmente da vacina para combater este inimigo mundial. ▪
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Destaque
José Paiva:
"Em três anos já foram investidos cerca de dois milhões de euros na União de Freguesias"
Neste mês de novembro o VivaCidade foi até ao alto concelho, às freguesias de Melres e Medas, descobrir como é o dia do Presidente José Paiva que, atualmente, desempenha o seu terceiro ano do primeiro mandato. Texto e fotos: Gabriela Monroy
O relógio marca 9 h da manhã, horário em que o autarca entra ao serviço. Como tem ao seu encargo duas juntas de freguesias, por questões de logística, a primeira a ser visitada é a Junta de Medas, onde começa logo por confirmar se há alguma pendência a ser resolvida e se há algum cidadão que necessite da sua atenção. Após realizar toda esta sua logística na Junta, o autarca revela-nos que dependendo dos dias ‘’vou primeiro à Junta de Melres ou vou visitar algumas obras que estão em curso na Freguesia de Medas’’. Saímos da Junta e partimos em direção à Igreja de Medas, onde José Paiva necessitou deslocar-se para conferir uma situação respeitante às luzes Natal que serão colocadas no local, ‘’vamos colocar uma árvore de Natal junto às igrejas de Medas e de
Melres, vamos também colocar iluminação na principal zona comercial da União de Freguesias que é a Rua das Quintãs e, em simultâneo vamos colocar na rotunda da A41 que no fundo é uma das portas de entrada da União de Freguesias’’, um investimento de 1500 euros e que em princípio serão acesas no dia 1 de dezembro. Ainda no local, o autarca revela-nos que o terreno que se encontra próximo à igreja será transformado num parque de lazer para a população poder disfrutar de um espaço verde com todas as condições. Uma obra que está no programa da Câmara Municipal de Gondomar e que conta com a ajuda da Junta de Freguesia. O responsável explica que o projeto está a ser elaborado e ‘’contamos que já no próximo ano esteja numa fase de execução’’. Partimos em direção à Junta de Melres onde o seu planeamento é similar ao da Junta de Medas. No local o autarca revela-nos que ‘’um Presidente de Junta nunca consegue ter um horário ou agenda defi-
nida”, porque há sempre novas situações que vão surgindo’’. Agora com a pandemia José Paiva lamenta o facto de este ano a União de Freguesias não ter realizado a semana cultural ‘’por volta de abril ou maio assumimos logo que não ia haver a possibilidade de realizar este evento e, como era de esperar tivemos um impacto económico muito grande, o valor não fomos nós que perdemos diretamente, mas sim as Associações’’, o edil explica que para todos os que se envolvem com esta festa ‘’foi muito complicado’’ tomar esta decisão ‘’porque a semana cultural tem uma dinâmica extraordinária que envolve muita gente, é como uma festa de família e não realizá-la foi muito difícil para todos’’ tanto para a organização, como também para a população. Ainda no tema da pandemia, José Paiva constata que o trabalho em equipa foi muito importante, no início os serviços ‘’foram abruptamente encerrados’’ para os cidadãos perceberem que só podiam-se
deslocar às instalações apenas em situações extremamente necessárias. ‘’Na altura colocamos uma funcionária a tempo inteiro, sete dias por semana a levar medicamentos às pessoas idosas, a realizar outros recados que elas necessitavam e, essencialmente, a dar um pouco de conforto aos mais isolados e não posso de a deixar de a mencionar, porque a Salete fez um trabalho extraordinário’’, no entanto numa perspetiva geral da situação o autarca explica que não tiveram ‘’muitos casos graves’’. O edil exalta ainda todo o trabalho ‘’excecional e essencial’’ realizado em equipa entre a Junta, a Câmara -com o pelouro do desenvolvimento social- a Santa Casa da Misericórdia e com as IPSS que foi decisivo para ‘’minorar e resolver os problemas que surgiram’’. O autarca apela ainda à população para manter “todos os cuidados necessários” porque isto ainda não passou “e não podemos baixar a guarda”. Mudando o rumo da conversa entramos pelo Ambiente um tema muito importante para o Presidente responsável por duas das freguesias mais rurais e com mais espaços verdes do Concelho de Gondomar. Esta União que é marcada pela sua beleza natural sofre com problemas de crimes ambientais constantes ‘’temos pessoas que não têm a mesma sensibilidade para o ambiente e que abandonam os monos no meio da serra, há pessoas que não têm consciência que devemos preservar o ambiente’’, o autarca revela que as serras são limpas ‘’e ao fim de 15 dias já está tudo novamente cheio’’, o dá-nos como exemplo em relação ao ano transato, mais especificamente na altura do Trail de Santa Iria: ‘’tínhamos limpado nem há meio ano e quando se realizou o trail tivemos que limpar novamente porque tinha mais de 20 sacos de lixo depositados no local’’. O Presidente revela que estas ações não se justificam porque a Câmara procede à recolha dos mesmos e a sua recolha é gratuita, ‘’para tentar combater este problema, falei com o departamento do ambiente da Câmara e chegamos à conclusão que para diminuir o impacto negativo os funcionários da Junta quando avistassem algum resíduo recolhiam e traziam para o nosso estaleiro e quando o mesmo ficasse cheio, ligávamos para a Câmara para esta fazer a recolha’’. Outra luta que a Junta enfrenta é respeitante à época balnear. O edil revela que na altura do Verão a quantidade de lixo que recolhem na praia é enorme, ‘’na segunda feira, independentemente da recolha que é realizada nos contentores temos uma equipa que a primeira coisa que realiza logo pela manhã é recolher o lixo que fica espalhado na praia e, para dar o exemplo, este verão houve uma segunda feira em que conseguimos encher uma carrinha de lixo e o mais incompreensível é que as pessoas para virem da praia para os carros passam pelos contentores’’. Ainda sobre a
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Destaque poluição dos rios José Paiva adianta que ‘’a pandemia trouxe algumas clarificações’’, a Câmara realiza análises quinzenais e durante a época balnear (Junho-Setembro) o responsável revela que os resultados foram excelentes e ‘’isto leva-nos para outro campo de poluição dos rios’’ para o edil, segundo uma reunião realizada com uma técnica responsável ‘’há várias causas que contribuem para a poluição, este ano a causa ficou mais direcionada porque o que se verificou de anormal com a pandemia, foi o menor fluxo de tráfico fluvial e tudo leva a querer que o principal foco de contaminação das águas são as embarcações’’. Entre tratamento de papeladas e atendimentos de telefone chega a hora do almoço, o autarca aproveita para realizar ao VivaCidade uma visita guiada ao museu situado na Junta de Melres que contem preciosidades da União de Freguesias e do concelho, o local serve como um arquivo histórico que nos leva numa viagem imperdível a tempos passados. Após o almoço é hora de ir visitar alguns trabalhos realizados pelas freguesias, a primeira paragem é a obra do Centro de Dia de Melres, ‘’herdamos esta obra do nosso anterior executivo e, para mim é a mais emblemática e já recomeçamos os trabalhos na mesma’’. Para José Paiva as obras mais importantes são aquelas que resolvem os problemas do dia a dia dos seus fregueses ‘’às vezes uma obra de custo quase insignificativo é mais importante porque melhoramos a qualidade de vida das pessoas”. Segundo o autarca dado a orografia dos terrenos, os problemas mais frequentes dizem respeito às acessibilidades, “há uma
série de problemas próprios de freguesias rurais que não tem nada a ver com os problemas de uma freguesia urbana, os problemas aqui são mais específicos”, dito isto continuamos a visita pelos empreendimentos que estão a ser realizados na freguesia. “Estamos a acabar uns trabalhos que já deveriam estar concluídos há mais de um ano, porque foi quando realizamos a pavimentação e o alargamento da Rua da Nossa Senhora da Piedade, ficamos de fazer um entubamento de uma linha de água, só que houve dificuldades, mas eu garanti à população que neste inverno o problema ficava resolvido” quanto às ruas que estão ou que foram alargadas “temos em Medas em curso o alargamento da Rua do Castelo que era uma prioridade, em simultâneo temos o troço da Rua dos Cavaleiros que já está concluído, a Rua do Vale de Água, em que um carro a passar quase batia nas paredes também já está concluído, em Melres temos a Rua Nova, a Rua de Santo António e a Rua das Camélias em que uma ambulância não passava, também já se encontram concluídas, a Rua das Presas já alargamos, falta pavimentar, porque estamos em vias de aumentar para outro lado para fazer um muro de suporte, a Rua de Santa Bárbara, em Melres, era muito estreita já alargamos um troço e vamos ainda aumentar outro, há outras em que estão em negociações. A Rua dos Pacatos, de inverno o camião do lixo não conseguia subir, já foi pavimentada e falámos com os proprietários e fizemos o alargamento. A Rua da Agra também está para ser pavimentada. O nosso objetivo com estas obras é que quando há intervenção
é fazê-la de forma a que depois as coisas não precisem daqui a dois anos serem intervencionadas”. O responsável acredita que nestes três anos entre investimentos da União de Freguesias e da Câmara Municipal de Gondomar já foram investidos cerca de dois milhões de euros, ‘’isto sem contar com as obras já delineadas para o próximo ano”. Neste mandato, “a Câmara realizou ainda a requalificação da Escola Básica e Secundária À Beira Douro que se encontra localizada em Medas e que teve um investimento de um milhão de euros”. No respeitante às obras futuras, José Paiva adiante que já têm algumas planeadas e em negociações. O nosso dia com o Presidente está quase a terminar e antes do mesmo acontecer sobra-nos uma questão que con-
> Futuro Parque Lazer
> Centro de Dia
cerne à sua recandidatura, o Presidente da União de Freguesias de Melres e Medas, José Paiva garante que ainda não pensou no assunto, no entanto revela ao VivaCidade: “é a minha intenção porque quando vim para cá, sempre pensei que um mandato era pouco e que três eram muitos, porque em tudo o que estive nunca gostei que me empurrassem, gostei sempre de sair pelo meu próprio pé e, portanto digamos que sem nada definido, se amanhã o partido chegar e disser que não querem contar mais comigo, como é óbvio não me vou recandidatar, mas logo se vê, isto de planear o que vai acontecer daqui a uma semana já é complicado, quanto mais para daqui a um ano, mas é obvio que provavelmente sim”. ▪
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“Com as três modalidades nós queremos criar alternativas para as pessoas saírem de casa” e aproveitarem o desporto Sediada em Baguim do Monte encontra-se a Associação GoodBikers e o VivaCidade foi conhecer a história e particularidade desta coletividade. No mês de outubro a direção realizou a tomada de posse da nova direção. Estivemos à conversa com o Presidente Paulo Dias e com o Vice-Presidente José Meinedo para descobrir mais detalhes sobre a mesma. Contem-me um pouco da vossa história, como é que tudo começou? Isto começou em 2010, com um grupo de três amigos (Ricardo Jorge, Henrique Sirne e José Meinedo) que tinham bicicletas de monte e que decidiram começar a percorrer a Serra de Valongo a praticar BTT, depois ficou-nos o "bichinho" de continuar e convidamos mais colegas aqui de Baguim e de outras freguesias de Gondomar. Em 2012, começamos a entrar em provas e foi aí que começou a ser mais a sério, o que nos obrigou a ter bicicletas mais sofisticadas, mais avançadas enquanto isso o ‘’bichinho’’ não parava de aumentar e fomos convidando mais colegas que já tinham alguma prática em BTT para se juntar a nós e começamos a reunir-nos aos domingos de manhã. Após dois anos, começamos a ter mais reconhecimento e sentimos a necessidade de ter outra logística, assim num prazo de cinco anos já começamos a considerar em registar o nome da Associação e a realizar os nossos próprios eventos e provas, queríamos algo melhor, com mais qualidade e queríamos começar a divulgar o nosso clube. Todas as provas que realizámos foi a nível regional porque a nível nacional as exigências são outras e nós ainda não temos capacidade para as organizar, porque somos velhos em idade e em prática, mas também somos novos no ramo. Agora que estamos legalizados é que vamos começar a vertente competitiva, se vier um atleta ter connosco e se precisar da nossa ajuda para fazer a competição de federado, nós estamos disponíveis para o ajudar, nós antes da legalização não tínhamos a responsabilidade do federado. Para além das modalidades praticadas com bi-
cicletas, nós também temos a vertente das caminhadas, apelidado por GoodAventura. Nós aqui temos a vertente BTT que foi o principal motor de arranque, também temos a parte de Bicicleta de estrada e passados estes cinco anos fundamos uma vertente de caminhada, em que juntamos a família e os amigos em convívio, porque uma caminhada faz bem a toda a gente. O que é que vos move para continuar a levar este barco sem baixar os braços? O que nos move é o convívio que a prática desportiva promove. Nos dias de hoje, principalmente no que diz respeito aos jovens, estes estão muito agarrados às tecnologias e quando eles se depararem com uma certa idade vão pensar e perceber que "eu perdi tanto tempo da minha vida em que podia já estar a praticar há mais anos" e então vamos sempre tentando incutir isso nos jovens e eles tem aderido muito bem, portanto é uma maneira de nós os puxarmos para as modalidades. O facto de nós termos realizado a legalização é para que as pessoas sintam que estamos a fazer algo sólido e que sintam que estamos a fazer uma coisa que é para o bem da saúde, para o bem da freguesia também, porque sempre que vamos a algum lado levamos connosco a bandeira dos GoodBikers e da Freguesia de Baguim do Monte no nosso equipamento. Portanto, nós queremos incutir às pessoas que nós estamos vivos que é algo em que as pessoas podem se aproximar e fazer parte do nosso grupo e das modalidades que detemos. Com as três modalidades nós queremos criar alternativas para as pessoas saírem de casa, agora, infelizmente, devido ao COVID não está nada fácil a nível de eventos e provas porque está tudo cancelado, mas a ideia é trazer as pessoas para o exterior, para virem praticar desporto, nem que seja caminhadas porque dá saúde às pessoas. A Associação foi crescendo ao longo desta década, quantos atletas vocês têm neste momento inscritos e qual a faixa etária? Nós temos por volta de 18/22, fora os amigos que se vão ‘encostando’ às quartas feiras que é quando nós fazemos os treinos noturnos. A faixa etária é variável entre os 18 e os 50 e tal anos. Agora a nossa intenção é trazer mais jovens, porque até agora andavam por amizade a praticar estas modalidades, mas depois ao pensar no que já fizemos, como a legalização dos GoodBikers ao fim de 10 anos, podemos ser autónomos e ter outra responsabilidade.
> Tomada de posse da nova direção dos GoodBikers
O passo seguinte que nós estamos a precisar é atrair mais as camadas jovens porque isso é o que nos faz crescer e assegura a continuidade do clube e, não só, eles é que dão força aos clubes. Como é que funciona os treinos? Por norma, em conjunto, treinamos às quartas feiras e aos domingos de manhã, claro que depois cada um, durante a semana se conseguir fazer um treino individual também não se perde nada, mas o nosso encontro é às quartas em que realizamos os circuitos pela cidade do Porto, Rio Tinto, Baguim do Monte e Valongo, portanto fazemos sempre cerca de 30 a 40km de treino com o nosso pessoal, ao domingo é mais especifico, ou seja, fazemos monte e neste já vêm os veteranos, mas é uma etapa que nós queríamos incutir aos mais novos a praticar o BTT. Agora já temos duas mulheres a praticar BTT connosco, uma é proveniente de Vila Do Conde e fez questão de se juntar a nós e a outra é de Baguim e está já nos acompanha no monte. E quanto ao equipamento de treino dos ciclistas, como é que vocês fazem? Nós fazemos equipamentos de quatro em quatro anos, através dos patrocínios que temos, estamos em processo de elaboração de uma nova camisola alusiva aos 10 anos dos GoodBikers. Uma das imposições que exigimos a quem nos acompanha é ter uma bicicleta mais ou menos adaptável para as situações, capacete e luzes que é o que nós estabelecemos e que são muito importantes para a prática da modalidade. Depois, se pretenderem continuar connosco nós exigimos que façam um seguro de ciclismo, porque as
coisas podem acontecer. A nossa prioridade quanto aos recém-chegados ao clube é a sua segurança e depois é só desfrutar. Agora que já estão legalizados, quais são os vossos projetos futuros? A meta que temos em mente é uma sede, porque nós já temos muitos troféus e queríamos que este fosse o nosso ponto de encontro fixo e, em simultâneo para as pessoas saberem que ali há uma sede que é de ciclismo e onde podem acompanhar ou realizar inscrições, mas estamos a dar um passo de cada vez. Como a Associação já se encontra mais sólida, a partir de agora estamos à procura de mais sócios porque como estamos legalizados, há certos gastos em que temos que pensar, assim o que pretendíamos era que as pessoas se tornassem sócias e pagassem uma mensalidade por mês para podermos fazer face aos gastos que temos tido nesta situação, não estamos aqui a pedir dinheiro, mas claro que se tivéssemos mais sócios para nos ajudarem, como é evidente, que serão bem vindos e assim conseguimos também desenvolver mais o clube. As cotas teriam um valor simbólico de 1 euro por mês e o cartão sócio teria um custo de três euros. Mas para nós, o mais importante agora é a sede. E, como é que a população pode entrar em contacto com vocês e como podem acompanhar as vossas atividades? As pessoas podem-nos contactar através do Facebook, ultimamente todos os atletas que têm entrado tem sido via Facebook. As pessoas podem nos procurar pelo nosso nome GoodBikers. ▪
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Balanço COVID-19 em Gondomar Há sensivelmente duas semanas o governo divulgava a lista “negra” dos concelhos que necessitavam de um cuidado redobrado e que entrariam em estado de emergência com confinamento durante os dois fins de semana, semelhante a outros concelhos do país.
Na última edição do VivaCidade os números de casos ativos tinham atingidos os 700 casos ativos, atualmente o Município regista 1910 casos ativos e 7200 gondomarenses encontam-se em vigilância. Perante o panorama foram várias as medidas tomadas pelo Município, sendo uma delas as Campanhas de sensibilização- de uso de equipamento de proteção individual e o respeito das regras implementadas pela DGS- por parte das Forças de Segurança Pública de Gondomar (Proteção Civil, Núcleo de Fiscalização e agentes da Polícia Municipal) junto aos estabelecimentos de ensino, aos transportes públicos e aos espaços comerciais. O Pavilhão Multiusos continua a servir de Centro de Rastreio e, de momento, foram duplicadas as linhas “não havia capacidade com uma linha apenas na frente e, portanto, já está a funcionar com duas linhas, sete dias por semana, das 9h às 18h e têm tido, infelizmente, muita procura”, Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar anuncia ao VivaCidade um projeto piloto que a Câmara, em conjunto com a ARS Norte irá executar no município que consiste na implementação de “equipas para realizar inquéritos, ou seja, as pessoas queixam-se que a Delegação de Saúde demora muito tempo a contactar quer para confirmar que estão positivos ou negativos, quer para depois saber qual foi a rede de contactos que a pessoa esteve e que possa ter contaminado” esta medida já tinha sido implementada pelo governo na altura do Estado de Emergência, no entanto a Autarquia irá coloca-la em vigor no município para facilitar a comunicação entre as entidades e os
gondomarenses. De momento, esta equipa encontra-se em formação com os técnicos e entram já ao serviço esta sexta feira, dia 20. No que concerne às escolas, Marco Martins destaca “há uma nota muito importante que gostava de deixar é que as coisas estão a correr bem nas escolas, ou seja, tem havido casos pontuais, mas felizmente apesar de alguns picos de preocupação e de algumas confusões as coisas estão a correr bem. Há casos nas escolas, mas os estabelecimentos têm cumprido o plano de contingência e, portanto, felizmente não temos tido nenhum sinal de grande preocupação”, o edil sublinha que “às vezes é mais o nervosismo dos pais que tem afetado. Os professores, as direções e os funcionários têm sido impecáveis e as coisas têm se resolvido de uma forma pacífica e tranquila. Há casos, há vários casos, mas tem-se resolvido”. Para promover o comércio local, a Câmara Municipal disponibilizou no seu site uma lista de estabelecimentos comerciais locais que realizam entregas ao domicílio em várias freguesias de Gondomar para que os gondomarenses, mesmo em casa, contribuíssem para a diminuição do impacto económico destes estabelecimentos. “Nós temos noção de que estas medidas do governo estão a ser muito complicadas para a economia, principalmente para a economia local” o autarca destaca que na “última reunião da Câmara” começaram a preparar mais ações de apoio que serão comunicadas no futuro e, que até ao
momento, duplicaram e aprovaram ajudas “mais imediatas” aos programas Compre + local, ao protocolo de apoio a ACIG e ao programa Natal mais solidário. Medidas de apoio ao Comércio local aprovadas O impacto económico desta pandemia é uma das sequelas que muitos empresários têm tido de enfrentar nos últimos meses. A autarquia está à procura da melhor forma de auxiliar os comerciantes do concelho, houve algumas medidas que já tinham sido aprovadas e que agora viram o programa ter um investimento duplicado. A Vereadora Claúdia Vieira responsável pelas iniciativas afirma que para o projeto compre + Local foram disponibilizados 150 mil euros, “está a ser preparado uma plataforma para que os estabelecimentos aderentes se candidatem e com esta inscrição nós atribuímos um kit que os identifica enquanto loja aderente à campanha neste natal compre + local. Decorrente disso, quem realizar compras no comércio local - nos estabelecimentos que aderirem à campanha- habilitamse a ganhar prémios, ou seja, no mínimo de 24.99 euros (pode ser faturas cumulativas) a pessoa regista as faturas nesta plataforma e todas as semanas iremos sortear 200 prémios que correspondem a peças de ourivesaria e cabazes”. Em simultâneo, a vereadora revela que a ACIG (Associação Comercial e Industrial de Gondomar) vai lançar uma campanha que a Câmara irá comparti-
cipar, no valor de 7500 euros, que consiste em “oferecer aos seus associados papel de embrulho e fita decorativa para os embrulhos de natal”, sublinhando que o Município vai estender a iniciativa aos estabelecimentos aderentes à campanha Compre +Local, sendo assim “os estabelecimentos não tem que ser obrigatoriamente associados da ACIG”. “Conjugado com a área social também será atribuído às famílias vales para descontarem em produtos alimentares no comércio local” é nesta linha que a responsável explica que “nós aprovamos uma verba de 40 000 euros para atribuir cabazes às famílias em forma de vales a descontar nas lojas aderentes do programa social +, este mês nós iremos duplicar o apoio às famílias do +alimentação, elas vão receber a dobrar e depois vamos estender às outras famílias porque o valor per capita é superior”. ▪
Mensagem do Presidente:
O meu apelo dirige-se a todos os Gondomarenses, enquanto cidadão peço que façam um esforço e continuem a respeitar as regras implementadas pela DGS, não podemos ter medo, ou seja, todos nós, para além da preocupação perante o aumento de números de casos que estamos a presenciar, se cumprimos as regras, não devemos ter medo de ir às compras, não devemos ter medo de ir ao restaurante ou ao café, porque se não o que irá suceder é que iremos morrer de fome com a crise económica, em vez de morrermos com a doença. Outro facto, o número de infetados continua a subir em Gondomar e na própria Região Norte, mas a verdade é que temos de encontrar aqui um equilíbrio entre a economia e a saúde, para evitar que se percam mais empregos e também para evitarmos um novo confinamento. Como é que isto se resolve? Cumprindo as regras.
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Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália
Já afasto os braços para ler… isso é Presbiopia? Já deu por si a afastar uma folha de papel para conseguir ler? Não consegue ver as letras pequenas dos rótulos ou das bulas dos medicamentos? Os seus braços já não são suficientemente compridos para poder ler o jornal? Esta dificuldade é normal e resulta da evolução das estruturas oculares – Presbiopia. Costumo dizer aos meus pacientes que é como ter cabelos brancos ou rugas... A boa notícia é que a presbiopia não é uma doença, corresponde a um processo natural de envelhecimento que atinge todas as pessoas a partir dos 40/45 anos. A má notícia é que não há como evitar a presbiopia e tende a agravar-se até cerca dos 60/65 anos, altura em que pode estabilizar. Além da dificuldade em ler, sintoma que se agrava quando se tenta ler com pouca luz e ao final do dia, pode ocorrer fadiga ocular, lacrimejo, ardor e mesmo dores de cabeça, sobretudo se a profissão exigir muita leitura. Manchas na visão de perto e visão turva momentaneamente quando existe transição entre a visão de perto e de longe, também são sintomas frequentes. Para lermos ou fazer algo ao perto (a uma distância de cerca de 40 cm) precisamos de ter uma capacidade de acomodação de cerca de 3 dioptrias. Quando começamos a perder essa capacidade de acomodar, vamos ter a imagem desfocada ao perto. Isto acontece porque o cristalino fica maior e menos flexível, os músculos ciliares, por mais que se contraiam, não conseguem torna-lo tão curvo de forma a aumentar o “zoom” e a imagem não se forma na retina, mas atrás desta e a visão ao perto está diminuída. Chegou a hora de consultar o seu especialista da visão. Habitualmente o problema corrige-se com a utilização de óculos. Para muitos será a primeira vez. Existem vários tipos de lentes correctoras da Presbiopia, como as lentes simples de leitura ou lentes de meiadistância, as lentes progressivas ou também lentes de contacto multifocais. Para o aconselhar sobre as lentes mais adequadas às suas necessidades e expectativas, o especialista terá de conhecer as suas actividades, quer profissionais, quer de lazer. Se acha que está a passar pelo processo da presbiopia consulte um optometrista ou oftalmologista de forma promover o diagnóstico e tratamento adequados para o seu caso.
Sociedade
Saber Amar sem Violência A Associação para o desenvolvimento Social- Querer Ser- é uma IPSS que desenvolve um trabalho orientado para a promoção do emprego e do empreendedorismo, ferramentas chaves para a luta contra o desemprego e a exclusão social. Recentemente, a coletividade tem vindo a desenvolver um projeto intitulado por Saber Amar.
Situada em Rio Tinto, a Querer Ser dispõe de respostas qualificadas e abrangentes a todas as populações do concelho: o Gabinete de Inserção Profissional (GIP) e a Entidade Prestadora de Apoio Técnico (EPAT), ambas credenciadas pelo IEFP, o Programa INCORPORA da Fundação La Caixa e, mais recentemente, o Projeto Ser a Escolha premiado pelo BPI La Caixa Solidário. Para além das respostas na área do emprego e do empreendedorismo que pretendem apoiar desempregados de curta e de longa duração, famílias monoparentais e jovens em situações de vulnerabilidade e exclusão social, a Associação tem vindo a acrescentar novas respostas às necessidades da população do concelho, pelo que atualmente dedica parte da sua intervenção social à área da violência doméstica e de género através do Projeto Saber Amar. O projeto Saber Amar é financiado pela CIG- Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género- e procura integrar na sociedade princípios de uma cultura de não-violência, de direitos humanos e de igualdade através de um conjunto de atividades destinadas a vítimas, a profissionais de educação, à população jovem e à comunidade em geral nas vertentes de prevenção, sensibilização e intervenção na violência doméstica e de género. No âmbito das atividades que se destinam à comunidade e de forma a assinalar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres- 25 de novembro- a Associação criou a campanha Face-OFF, em parceria com a Junta de Freguesia de Rio Tinto. A campanha procura tirar proveito da evolução digital para transmitir uma mensagem de sensibilização contra o flagelo social da violência doméstica e de género. De forma a participar na atividade, cada participante necessita apenas de fotografar (ler), com recurso a um smartphone, o QR
Code disponível em cada um dos cartazes que estarão em várias entidades públicas e estabelecimentos comerciais do concelho durante o próximo dia 25 de novembro, bem como nesta página do jornal. Numa era em que a informação é tão rápi-
da, e em que a sua retenção é tão efémera, Face-OFF é uma ação inovadora de consciencialização para esta problemática e para a importância da comunidade denunciar os crimes que constituem uma grave violação dos direitos humanos. ▪
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Sociedade
Hospital Fernando Pessoa: "Nós não procuramos nenhum tipo de mediatismo, estamos, isso sim, verdadeiramente preocupados com a saúde do próximo" O Hospital Fernando Pessoa que se encontra localizado em Gondomar é um dos hospitais privados do Norte que tem vindo a desempenhar um papel essencial de retaguarda para as unidades hospitalares que se encontram sobcarregadas com casos de COVID-19. Para além disto, foi o hospital que recebeu os idosos provenientes do lar ilegal de Valbom. O Vivacidade esteve a falar com os responsáveis onde realizou um ponto da situação sobre a problemática. Desde a sua génese que a missão desta unidade é estar inserido na comunidade e de servir o próximo, “em seis anos de existência, chegou a altura de demonstrarmos de forma natural a nossa essência, nós não procuramos nenhum tipo de mediatismo, estamos, isso sim verdadeiramente preocupados com a saúde do próximo, fizemos esforços e continuamos a fazer para conseguirmos dar resposta àquilo que tem sido as diversas solicitações” explica Bruno Soares membro do Conselho da Gestão do Hospital Fernando Pessoa. Foi neste sentido que quando deparados com a solicitação por parte do Município, do Delegado de Saúde e pela ARS Norte “sentimo-nos na obrigação de ajudar”, como confere Susana Gregório, Diretora de enfermagem do Hospital Fernando Pessoa, “no dia 24 de setembro, em 6 horas registou-se¬ uma mega operação de transporte com uma coordenação por parte dos bombeiros, das equipas de enfermagem, por parte dos administrativos em que conseguimos transferir em tão pouco tempo 20 utentes provenientes” do lar de Valbom. “Logo no dia 2 de outubro, saem os primeiros doentes curados” e do grupo de idosos infetados todos conseguiram recuperar do vírus da Covid-19. Segundo a responsável, os utentes encontravam-se “relativamente bem tratados e havia idosos de todo o tipo, uns com dependência,
mas também havia pessoas autónomas que conseguiam andar totalmente de forma independente e todos eles apresentavam um bom quadro nutricional”, Susana acrescenta que nenhum dos idosos apresentava sinais de maus tratos e que estavam todos bem tratados, “as pessoas demonstravam algum carinho e preocupação pelas outras”. No decorrer dos dias de internamento deste grupo de idosos as equipas de enfermagem tiveram que lidar tanto com doentes assintomáticos e sintomáticos, sendo que apenas um utente necessitou de ser transferido para os cuidados intensivos do Hospital do Santo António, dado que o Hospital Fernando Pessoa não possui uma unidade de cuidados intensivos, “no entanto o paciente acabou por regressar e no final correu tudo bem”. A diretora confessa que ficou sensibilizada com as equipas de profissionais do Hospital, porque “todos quiseram ajudar o que facilitou todo o processo. Isto ultrapassou um pouco a parte profissional do vamos receber doentes com Covid-19, porque as pessoas quiseram efetivamente ajudar e mobilizaram-se rapidamente”. No que concerne a custos, Susana Gregório adianta que a Câmara Municipal de Gondomar foi “quem assumiu a dianteira e foram eles que tiveram sempre na frente da negociação demonstrando preocupação e interesse por resolver a situação” da melhor forma possível. Bruno Soares acrescenta ainda que “nós com o Município temos umas condições diferentes mais vantajosas devido à nossa parceria direta e este relacionamento que nós temos também é de louvar. Temos que referir que a nossa relação com a CMG, nesta área tem sido exemplar”. Hospital de retaguarda Com a evolução da pandemia, os Hospitais Públicos do País enfrentam uma sobrelotação de pacientes nas suas unidades. Foi necessário criar soluções e a mais apropriada foi recorrer à ajuda dos hospitais privados. Deparado com o desafio por parte da ARS Norte, o Hospital Fernando Pessoa prontificou-se a ajudar. A proposta chegou após a situação ocorrida com os idosos infetados provenientes do lar ilegal de Valbom. De momento, a instituição serve de retaguarda para o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, situado em Penafiel, para o Centro Hospitalar do Médio Ave e para o Hospital de Guimarães. Os pacientes que são reencaminhados para o Hospital Fernando Pessoa apresentam um quadro clínico moderado,
> Na foto: Susana Gregório e Bruno Soares
isto é, não precisam de cuidados de ventilação, dado que o Hospital não tem a funcionar a sua unidade de cuidados intensivos. De momento o hospital acolhe 50 pacientes. Bruno Soares explica que é “certo que nós estamos cá para colaborar, vamos até aos nossos limites, sem obviamente colocar em risco o seu normal funcionamento”. Todos os doentes com COVID-19 têm um circuito já pré-definido para não colocar outros utentes em risco. A admissão é realizada no Piso -2, os infetados possuem um elevador próprio, as alas e os quartos estão isolados e todos os profissionais possuem equipamento de proteção individual. O responsável Bruno Soares afirma ser de louvar “o entendimento entre os profissionais de saúde, nesta classe não existe nem setor de serviço nacional de saúde, nem de medicina privada, aqui existem profissões que são médicos, que são enfermeiros, que são técnicos e entre eles a linguagem é de total sintonia”. A administração sublinha que esta é uma situação que tinha que ser feita, “nós não negociamos nenhum preço, nós quisemos receber as pessoas, nós quisemos colaborar nunca esteve em cima da mesa qualquer tipo de contrapartida financeira e nem é essa a nossa prioridade, neste momento nós queremos dar resposta. Infelizmente, temos lotações de camas que temos que respeitar, mas a nossa missão é esta e é verdadeira”, segundo Bruno “não existe nenhuma forma de milagres, existe sim a dedicação de profissionais em que a vida deles nesta altura é este hospital e é cui-
dar do próximo e eu estou certo que vamos conseguir fazer a diferença”. O membro do conselho de Gestão do Hospital, Bruno Soares, deixa um apelo à comunidade Gondomarense: “é necessário que a população tenha e interiorize conceitos basilares no seu quotidiano, principalmente nos contactos informais, perceber que este vírus não diferencia o que é amigo do que é inimigo, do que é família, do que é não família, portanto quando estamos inseridos numa comunidade, cuidar do próximo tem que ser a nossa missão¬. Portanto aquilo que se pede é o mais difícil de conseguir e, por isso mesmo, é que até à data o vírus começa a ter maior prevalência dentro das nossas casas, porque é ai que nós baixamos a nossa guarda, eu acredito que neste momento um dos grandes focos que está em descontrolo total é no seio das nossas casas, na partilha e no convívio entre famílias, naqueles ambientes em que nós também estamos habituados a sentirmo-nos no nosso porto de abrigo, onde estamos seguros, onde nada nos acontece e, hoje, a nossa casa ainda não nos protege, ajuda-nos a proteger e a ter o dever de cidadania como este recolher obrigatório e, este recolher obrigatório é um recolher que tem que ser bem interpretado, tem que ser interpretado como um recolher para nós estarmos confinados com as pessoas do agregado familiar, não é confinados com a família toda numa reunião com pessoas que até naturalmente não estaríamos com tanta frequência. Mas isto é um mal pequeno, para um bem maior”. ▪
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Cultura
Lígia Silva
A gondomarense Lígia Silva foi a vencedora do concurso do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres com a obra, agora publicada, “Ama-me devagar mas com urgência”. A escritora revela-nos que sempre se deliciou em ler poesia e que a escrita foi um complemento que chegou mais tarde, fruto da vontade de exprimir os seus sentimentos através dos versos. É de uma forma cativante que Lígia descreve como a escrita serve de terapia para o seu íntimo: “Há dias em que só escrever me salva. Libertar-me, de certa forma. São demasiadas horas, demasiadas palavras por entregar. Demasiados sentimentos por mostrar. E apenas uma pessoa para o receber. É um peso meu que preciso com urgência dividir. E, pelo termo que usei, peso, não o entendam
como algo negativo. Como se eu não gostasse de derramar todo o meu sangue numa folha em branco. Como se eu não gostasse de abrir todas as minhas entranhas para a poesia e sentir todas as minhas feridas, cicatrizarem, uma por uma, naquele que, por breves segundos, é apenas um pedaço de papel”. Perguntamos quem é a Lígia Silva e a resposta que obtivemos foi uma simples frase do poema “Tabacaria do Álvaro de Campos que, como todos vocês sabem, é um dos pseudónimos daquele que, para mim, é o maior génio da literatura, o Fernando Pessoa: “Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta, ao pé de uma parede sem porta”, dado que para Lígia “Acredito que o impossível está à distância de uma atitude. De uma persistência coerente e entusiasta. E é fundamental acreditar. Porque, para mim, se é possível dentro da minha imaginação, também o será fora dela”. Para a escritora todos os livros tiveram “um sabor especial” e todos são importantes
“senti-os sempre de forma intensa, mas, diferente. Penso que por ter essa diferença dentro de mim. Por estar sempre a metamorfosear-me e a construir-me. Este último, o “ama-me devagar mas com urgência” é, para mim, o meu “filho” mais crescido e eu tenho um orgulho enorme nele”. Lígia confessa que quando recebeu a notícia de que tinha sido vencedora a felicidade foi tão grande que ficou emocionada, “posso dizer que foi das melhores sensações que tive na minha vida”. É extremamente importante dar visibilidade e apoio a novos artistas. Há, por esse mundo fora, muitas pessoas a precisarem apenas disso: que uma porta se abra”. A artista aproveitou para agradecer todos os envolvidos nesta iniciativa: “Um enorme obrigada à Junta de Freguesia de Fânzeres por esta iniciativa e à Elefante Editores na pessoa do Dr. Nunes Carneiro por tamanha consideração. Quero também agradecer à Cidália Santos por ter dado vida às minhas palavras e as ter eternizado na sua bela voz”. ▪
Foto: Joana Sousa
“Há dias em que só escrever me salva. Libertar-me, de certa forma. São demasiadas horas, demasiadas palavras por entregar. Demasiados sentimentos por mostrar”
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VIVACIDADE NOVEMBRO 2020
Política
Visita ao Centro Distrital de Retaguarda para utentes com COVID-19 No dia 11 de novembro o Seminário do Bom Pastor, situado em Ermesinde, Valongo recebeu a visita do Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, do Secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, do Presidente de Valongo José Manuel Ribeiro e do Presidente da Câmara Municipal de Gondomar e Presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil, Marco Martins. A visita foi uma iniciativa da ARS Norte. O local que entrou em funcionamento como Centro Distrital de Retaguarda para doentes com COVID-19 tem capacidade para 50 camas, mas pode atingir, caso seja necessário 80 camas, podendo receber infetados que possuem condições de recuperar o seu quadro clínico fora do hospital e, simultaneamente não possuem condições ou retaguarda nas suas residências ou instituições onde habitam. O local que se encontra na fronteira com Gondomar tem o objetivo de dar resposta
à atual pressão que os hospitais têm vindo a sentir por esta onda pandémica. Como refere o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda, “estas estruturas para doentes com COVID-19 são muito necessárias para descomprimir os hospitais”, é nesse sentido que o responsável destacou ainda o papel do Hospital Fernando Pessoa de Gondomar como outra instituição privada que desempenha um papel importante como hospital de retaguarda para os hospitais públicos na luta contra este inimigo invisível. O Secretário de Estado da Saúde afirma ainda que os autarcas têm sido “parceiros inexcedíveis” no combate ao vírus da COVID-19. O responsável avança que ainda este mês a Direção-Geral da Saúde irá divulgar os dados por Município para que os Presidentes das Autarquias tenham acesso à informação na integra e atualizada. O Presidente da Câmara Municipal de Gondomar e Presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil, Marco Martins revela que “depois de uma reunião com a ARS foi pedido ajuda para os hospitais públicos e foram realizados três tipos de ajudas. A primeira foi com a segurança social, onde retiramos dos hospitais os utentes que lá estavam há um ano porque não tinham para onde ir, só no Hospital do São João e no de Santo António foram cerca de 90 doentes a custar quase 400 euros por dia cada um e destes 90, em um mês, cerca de 70 utentes foram colocados em
lares privados ou públicos. Depois havia a necessidade de criar este tipo de respostas Distritais para doentes positivos e para doentes negativos. Para doentes positivos foi criado o Bom Pastor que já se encontra na terceira semana de funcionamento, já por lá passaram 28 doentes provenientes de vários hospitais”, o responsável pela Proteção Civil anuncia ainda que na semana passada também entrou em funcionamento a Pousada da Juventude no Porto para doentes que vem de lares em situações que ficaram sem retaguarda, este local está capacitado com 35 camas. O Presidente Marco Martins adianta ainda que até ao final desta semana será aberto uma nova estrutura de retaguarda para positivos em Paços de Ferreira, com a capacidade de 35 camas. Sobre os recentes casos de Legionella que tem vindo a surgir nos Municípios de
Matosinhos, Povoa de Varzim e Vila do Conde o Secretário de Estado da Saúde garante que estão a ser realizados estudos para identificar a fonte, no entanto preferiu não comprometer-se com prazos ou adiantar medidas preventivas. Aproveitou ainda o momento para referir que não é necessário alarmismo perante a situação porque “não podemos viver permanentemente debaixo do medo porque temos as nossas vidas sociais, a nossa vida económica”, no entanto sublinha que “temos que estar sempre alertas para situações como estas como o COVID-19 e a Legionella”. “Sendo um assunto que enquanto Presidente da Proteção Civil do Distrito do Porto nos preocupa, o surto está confinado à zona da Póvoa de Varzim, de Matosinhos e de Vila do Conde. No entanto estaremos atentos ao evoluir da situação” revela Marco Martins. ▪
Antevisão do Orçamento Municipal Em conversa com o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins foi-nos revelado alguns pontos sobre o Orçamento Municipal para o ano 2021. “Ainda estamos a fechá-lo, sendo certo que o orçamento terá uma quebra previsível de 5 milhões de euros de receita, por causa das questões da pandemia” constata o autarca, o mesmo afirma que já foram realizadas reuniões com todas as Juntas de Freguesia para recolher as propostas dos executivos. Em cima da mesa é certo para Marco Martins que “que vamos continuar a apostar na conclusão do quadro comunitário para fechar o 2020 com grandes obras e obras estruturais para o concelho que já estão lançadas ou em concurso”, no que concerne aos Parques Urbanos foi-nos revelado que “no próximo
ano de 2021 vamos concluir o Parque Urbano de Fânzeres, vamos começar a construção do Parque Urbano de São Pedro da Cova e do Parque Urbano de Gondomar e também do Parque Urbano da Ribeira da Archeira desses quatro parques as obras físicas de facto irão iniciar em 2021”. Outra aposta do edil é a requalificação das escolas “temos o objetivo de no próximo ano requalificar dez escolas do primeiro ciclo e, em 2021, vai ser retirado as últimas placas de amianto da última escola que tem em Gondomar (Secundária de São Pedro da Cova). Em Gondomar já só tinham amianto aquelas escolas que não eram da câmara que eram as secundárias e é um trabalho que temos vindo a realizar ao longo dos anos, já o fazemos desde 2014 e já retiramos a
mais de 80 escolas”. Um dos pontos importantes para Marco Martins neste novo orçamento é perceber se é possível “sectorizar a questão do impacto financeiro, dos impostos no setor da atividade e estamos com muita dificuldade nisso, em fazer para um ramo específico porque os impostos não conseguem discriminar isso, mas esse tema ainda não está fechado, é uma possibilidade, nós vamos também realizar uma proposta para uma nova redução de taxas para tudo o que seja atividade comercial, seja de comercio local, de hotelaria, de restauração, assim iremos realizar uma nova apresentação no início de dezembro para uma nova redução”. Quanto à questão das águas “nós ainda estamos em negociação porque o assunto ainda não está encerrado, estamos a
pressionar ao máximo a empresa para negociar” o autarca revela que em breve haverá novidades. Ao VivaCidade a CDU enviou as seguintes propostas para o novo orçamento municipal: “Entre essas propostas destacam-se a afirmação do concelho através da valorização dos seus recursos endógenos - da preservação do património natural à requalificação do património edificado -, o alargamento das malhas industriais (designadamente a criação de uma nova no alto do concelho), a elaboração de um projeto educativo participado e estruturante e a preparação da reversão para a gestão municipal de serviços públicos concessionados como a água e os resíduos, bem como medidas imediatas de alívio dos custos destes serviços para as famílias gondomarenses”. ▪
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Gestão ativa de áreas ocupadas com espécies invasoras intervenções efetivas de controlo em mais de 157 hectares
foto: V
itor Car
Produzem muitas sementes, que se acumulam em bancos de sementes numerosos, permanecendo viáveis no solo durante muitos anos e germinando normalmente após abertura de clareiras e/ou ocorrência de incêndio. Também regeneram de touça e de raiz, formando vigorosos rebentos.
foto: Hélia Ma
soras. | inva valho
pt
Proliferam em Portugal várias espécies de acácias invasoras, como as austrálias e as mimosas. São nativas da Austrália, estão adaptadas ao fogo e competem muito eficazmente com as espécies autóctones.
rchante | inv asoras
.pt
Conheça as principais espécies-alvo
Formam povoamentos muito densos, impedindo o desenvolvimento da vegetação nativa, diminuindo o fluxo das linhas de água e agravando alguns problemas de erosão.
Mimosa
ália
Austr
Cresce vigorosamente e forma aglomerados densos, normalmente em áreas perturbadas (ex. taludes de estradas). Uma planta feminina pode produzir até um milhão de sementes, as quais são dispersas muito eficazmente pelo vento, originando novos focos de invasão.
foto: Elizabete Marchante | invasora
s.pt
Erva-das-pampas
Planta invasora proveniente da Austrália, tendo sido introduzida no nosso país como ornamental e para sebes, dado que possui folhas em agulha, robustas e muito aguçadas.
Háquea-picante
A generalidade das sementes permanece na planta adulta até que esta sofra alguma ameaça, como corte ou fogo, altura em que os frutos abrem e as sementes são libertadas, aumentando muito as áreas invadidas nas imediações e atingindo, por vezes, grandes distâncias. Forma bosquetes densos e praticamente impenetráveis.
s.pt chante | invasora foto: Elizabete Mar
foto: Hélia Marchante | invasoras.pt
Originária do Chile e da Argentina, é também conhecida por plumas ou penachos, sendo que o género científico - Cortaderia - alude ao facto de as suas folhas serem cortantes.
Originária da Austrália. Embora possa ser confundível com algumas acácias e salgueiros, nenhuma destas apresenta folículos lenhosos como frutos.
e-salgueiro
Háquea-folhas-d
Reproduz-se por via seminal, produzindo muitas sementes que permanecem na árvore por longos períodos de tempo e, uma vez libertadas e nas condições apropriadas, germinam rapidamente. Se cortada, rebenta de touça. O fogo pode levar à germinação de grande quantidade de sementes.
Como controlar as espécies invasoras? O controlo de uma espécie invasora exige uma gestão bem planeada, que inclua a determinação da área invadida, identificação das causas da invasão, avaliação dos impactes, definição das prioridades de intervenção, seleção das metodologias de controlo adequadas e sua aplicação, que podem incluir controlo físico, físico+químico ou químico. O corte simples é de evitar, pelo que, se for proprietário/a de um terreno ameaçado por alguma destas espécies, informe-se previamente a qualquer intervenção, para confirmar a melhor metodologia.
Conheça as principais espécies-alvo
Será fundamental monitorizar a eficácia das metodologias e a recuperação da área intervencionada, de forma a realizar, sempre que necessário, o controlo de seguimento. Intervir precocemente, de forma atempada e persistente é essencial para obter melhores resultados. Mais informações sobre este projeto e as espécies invasoras em www.serrasdoporto.pt e invasoras.pt.
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VIVACIDADE NOVEMBRO 2020
Posto de Vigia Manuel Teixeira
Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)
Pandemia: a culpa não pode morrer solteira Na edição de agosto passado do “Vivacidade”, neste mesmo espaço, escrevemos o que segue: “Se perante uma nova onda de contaminações em massa os hospitais entupirem, não haverá perdão. Se não houver ventiladores para todos, não haverá perdão. Se houver camas e macas nos corredores, não haverá perdão. Se faltarem médicos, enfermeiros ou auxiliares, não haverá perdão. Se os lares forem antecâmaras de morte para milhares de idosos, não haverá perdão. Se os centros de saúde não funcionarem em pleno, não haverá perdão… Já houve mais do que tempo para dotar o Serviço Nacional de Saúde, quer a nível dos cuidados primários quer hospitalares, dos meios necessários para todas as eventualidades. Já houve mais do que tempo para a Segurança Social se organizar com todos os planos de contingência para o que der e vier. Já houve mais do que tempo para a proteção civil e forças de segurança se prepararem com respostas de emergência. Não há desculpas nem perdão.” Ora, infelizmente, a pandemia atingiu números impensáveis, e ninguém sabe até onde ainda podemos ir. Quem entra num hospital, sobretudo os idosos, não imagina o que vai encontrar. Acredita que alguém o há de salvar, mas nada lhe garante que dali sairá vivo. Tão pouco saberá se terá direito a um ventilador nos cuidados intensivos. Nunca saberá se, perante uma situação de bloqueio, será o escolhido para viver ou para morrer. Entra confiante na sorte, mas sem garantias de coisa nenhuma. O Governo desdobra-se em explicações e justificações. Contenta-se em repetir que outros países da europa ainda estão em pior estado que nós. Mas nunca o Governo reconheceu as falhas que cometeu durante o verão. Não planeou o ataque à segunda vaga; não programou os recursos nas redes de saúde; não preveniu a compra suficiente de vacinas para as gripes sazonais; não reforçou a capacidade de resposta dos centros de saúde; não definiu uma estratégia de proteção aos idosos institucionalizados em lares. Enfim, confiou que nada de grave estaria para vir no outono e inverno… O Governo teve tempo para tudo, mas fez os mínimos. Hoje a situação da pandemia ultrapassou tudo o que era inimaginável. Mas ao mesmo tempo, os efeitos da pandemia, para além das vítimas, é devastador para a economia nacional. E tal como no caso das questões sanitárias propriamente ditas, também na economia o Governo falhou em toda a linha. O crescimento galopante do desemprego, as falências empresariais em série, a quebra avassaladora de rendimentos, a dependência de subsídios prometidos mas sempre retardados, a incerteza do futuro para milhões de portugueses, tudo isto faz deste ano o pior natal da história dos vivos. Mas há uma preocupação óbvia na atuação do Governo. Trata-se de explorar tudo quanto possa servir para desviar as atenções dos portugueses da tragédia que todos estamos a viver. Basta olhar para a caricatura da polémica que foi criada em torno da coligação política que viabilizou o novo governo regional dos Açores, afastando do poder o Partido Socialista. Caiu o Carmo e a Trindade. Foram ultrapassadas “linhas vermelhas” que ninguém sabe o que são. Sejamos claros: há limites para a farsa, e a culpa não pode morrer solteira.
Política
36 parceiros do Programa Idade D'Ouro para seniores do Município de Gondomar Neste momento, o Programa Idade D'Ouro possui 36 entidades parceiras do Programa que, através destes acordos de parceria, disponibilizam a mais de 18 500 seniores descontos nos múltiplos serviços prestados. Para beneficiar dessas vantagens e descontos, basta apresentar o Cartão Idade D'Ouro identificativo, ao qual todos os aderentes ao Programa têm acesso.
mento ativo e participativo". É nesse sentido que todas as pessoas residentes e recenseadas no Município de Gondomar, com idade igual ou superior a 60 anos, podem inscreverse no Programa. Para o fazer, devem apresentar candidatura ao Programa Idade D'Ouro mediante preenchimento de Ficha de inscrição junto dos serviços da Câmara Municipal de Gondomar - no Balcão Único - e entrega dos documentos necessários. Embora o Programa Idade D'Ouro seja bem mais amplo, esta rede de benefícios criada com as entidades parceiras é a única medida disponível, devido ao atual contexto pandémico. Assim, encontramse atualmente suspensas as atividades:
Idade D'Ouro Ativa, que consiste na promoção de atividade física gratuita, duas vezes por semana, e que integra 500 seniores; e a atividade "Conhecer Gondomar – Rota da Filigrana" que proporciona visitas semanais dentro do território concelhio. Além disso, encontram-se ainda temporariamente encerrados os Espaços Idade D'Ouro, espaços de convívio frequentados em regime livre por seniores não inseridos em respostas sociais, organizados e geridos pelos próprios, com coordenação e mediação da Câmara Municipal de Gondomar. Em suspenso ficou também a pretensão da constituição de um Fórum Sénior, considerado o patamar de excelência a alcançar através deste programa. ▪
O Programa Idade D'Ouro, criado pelo Município de Gondomar, tem como objetivo principal elevar os padrões de qualidade de vida, potenciando a ocupação dos tempos livres, o convívio e o lazer das pessoas "de saber adquirido através da experiência de vida". Nas palavras de Cláudia Vieira, Vereadora da Coesão Social, este Programa pretende "contribuir para o envelheci-
592 famílias beneficiam de apoio municipal à habitação em Gondomar Em 2020, o Município de Gondomar viu aprovadas 592 candidaturas ao Eixo +Habitação do Programa Social+, às quais correspondem outros tantos agregados familiares, num total de 678 candidaturas apresentadas. A Iniciativa do programa envolve cerca de 300 mil euros por ano. Estão abertas as candidaturas para o período de janeiro a junho de 2021. Este ano, foram 341 as candidaturas apresentadas para obtenção deste apoio à habitação de janeiro a junho e 337 candidaturas apresentadas, para beneficiar deste apoio de julho a
dezembro. Esta medida de apoio envolve cerca de 25 mil euros mensais, num valor total de 150 mil euros para cada semestre – e um valor estimado de 300 mil euros/ano – nos cofres do Município. O Eixo +Habitação do Programa Social+ atribui um apoio para o pagamento de renda ou crédito à habitação, por um período máximo de seis meses, aos agregados familiares cujo valor da renda ou crédito à habitação seja igual ou superior a 150€ mensais e cuja capitação seja superior ao valor definido pelo artigo 6.º do Regulamento do Programa. Além do apoio ser dirigido a munícipes que vivam há, pelo menos, 6 meses em Gondomar, outro requisito para receber este apoio municipal é que os agregados familiares não beneficiem de outro apoio para o mesmo efeito de outra entidade com competência
na área dos apoios sociais. De 1 a 30 de novembro encontram-se abertas as candidaturas ao Eixo +Habitação do Programa Social+, para o período de janeiro a junho de 2021. Para consulta do regulamento e documentação necessária à instrução da candidatura, poderá consultar o site da Câmara Municipal de Gondomar. As candidaturas a este eixo de apoio podem ser formalizadas no Balcão Único de Atendimento, contudo atendendo ao atual contexto pandémico causado pela disseminação da COVID-19 - e numa lógica de atuação preventiva, aconselhamos a que seja privilegiada a submissão das candidaturas através do Balcão Virtual em Serviços On-line/Apoio Social /Candidatura ao Eixo + Habitação. Para qualquer esclarecimento adicional, poderá enviar email para desenvolvimento social@cm-gondomar.pt ▪
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VIVACIDADE NOVEMBRO 2020
Desporto
“Sonho ser campeão do mundo, mais do que ganhar a volta à França” É com contrato assinado com uma equipa madrilena que João Silva, de 17 anos, entra com o pé direito no ano de 2021. Natural de Gondomar, descreve-se como trepador (ciclista especialista em subidas de montanha), o gondomarense sagrou-se, este ano, na sua última prova de formação Campeão Nacional de Juniores com a camisola do Bairrada.
Conta-nos quem é o ciclista João Silva? O que é que fazes e quais são as tuas ambições? Entrei este ano na Universidade de Letras do Porto, no Curso de Geografia e nos meus tempos livres dedico-me à prática da modalidade e, de resto gosto de fazer o que o pessoal da minha idade faz. O meu sonho é ser campeão do mundo, mais do que ganhar a volta à França. A minha prova de sonho diria que é a volta à França, mas se me dessem a escolher entre a volta à França ou ser campeão do mundo, eu escolhia ser campeão do mundo. Quando é que surgiu esta vontade pela modalidade? A meu ver, o ciclismo é um desporto que necessita de ter paixão para podermos singrar e foi nesse sentido que a modalidade cativoume, porque é necessário ter um carinho diferente para se poder crescer neste desporto e foi a partir dos 12/13 anos que comecei a acompanhar mais esta modalidade, apesar de só ter começado a treinar com 15 anos. E, como é que tu fazes para conciliar os treinos com as aulas, com a tua vida pessoa? Isso é um pouco complicado. O ciclismo é diferente de outros desportos, porque na modalidade é necessário ser 24 horas ciclista, é difícil, faço um esforço para conseguir conciliar, mas é possível. E tinhas ou tens algum atleta em particular em que tens como inspiração? Eu recordo-me quando era pequeno e via em casa as competições e quando o Rui Costa foi Campeão do Mundo foi sempre uma referência a nível nacional para mim. A nível mundial tenho como inspiração o corredor polaco Michal Kwiatkowski. E como é que são os teus treinos? Sempre
treinaste aqui em Gondomar? Existe sempre uma fase de repouso que é a que estou neste momento, depois começa em dezembro os treinos mais a sério. As corridas iniciam sempre em março e é de dezembro até março que treinamos mais intensamente e depois de março é corrida durante todo o ano. Antes de entrar no ciclismo, pratiquei futebol no Gondomar, mas o meu primeiro ano de ciclismo eu pratiquei no Maia, tinha 15 anos e permaneci no clube durante um ano e meio. Depois, quando passei para júnior fui para o Bairrada.
LEÇA 2.0 GONDOMAR SC
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Pontos 11 10 10 ... 8
ELITE AF PORTO SÉRIE 1 SC RIO TINTO 2-1 INFESTA VILA FC 1-1 GONDOMAR SC B
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Equipa
AVINTES GONDOMAR SC B VILA FC ….. SC RIO TINTO
Pontos 16 15 15 ... 6
Próximos Jogos: GONDOMAR SC B VS PADROENSE OLIVEIRA DOURO VS SC RIO TINTO
Sentes que em Gondomar a modalidade é valorizada? Cada vez é mais valorizada porque eu não sou o único ciclista a praticar em Gondomar, cada vez mais vemos pessoas a treinar. Eu partilho da opinião de que cada vez mais há mais pessoas a seguir o ciclismo, mesmo aqui na terra e isso é bom para a modalidade. E, nas minhas redes sociais eu sinto que as pessoas acompanham-me e apoiam-me no que faço.
Foste Campeão Nacional de Juniores, com este título sentes que os mais novos têm como um exemplo a seguir? Que mensagem gostavas de deixar? A verdade é que quem ganha acaba por ser um exemplo para quem vem de trás, para conquistar os seus objetivos, mas eu não gosto de pensar assim, porque eu sou como qualquer um deles, porque quando entrei também era como os outros, não comecei a ganhar logo, mas tive a minha evolução enquanto atleta e qualquer um pode ter essa evolução com trabalho. E a mensagem que deixo é basicamente, esta todos os que chegaram lá já estiveram onde vocês estão e não devemos apressar muito o tempo, mas devemos disfrutar sempre cada momento, porque treinar só por treinar sem gostar não vale a pena, temos é que gostar do que estamos a fazer e com gosto e dedicação é que se chega lá.
Equipa TROFENSE LEÇA PAREDES .... GONDOMAR SC
Próximos Jogos: GONDOMAR SC VS PEDRAS RUBRAS
E porque é que saíste do futebol e vieste para o ciclismo? Eu já acompanhava o ciclismo mesmo quando já estava a praticar futebol e também estava a querer entrar primeiro devagar e passar aos poucos para outra modalidade.
Certo que foram anos e anos de treino, mas como é que te sentiste quando te apercebeste que ias passar a meta e que ias ficar em primeiro lugar? Quando percebi que ia ganhar foi aquele sentimento de conquistar o objetivo que tinha para a formação, porque desde que entrei no ciclismo eu tinha definido uma meta para mim mesmo que era ser Campeão Nacional em formação e consegui mesmo na última corrida como formação.
TABELAS CLASSIFICATIVA DE FUTEBOL CAMPEONATO PORTUGAL SÉRIE C
ELITE AF PORTO SÉRIE 2 SOUSENSE 2-1 S.PEDRO DA COVA ALPENDORADA 2-4 GENS SC
P. 1 2 3 ... 8 9
E quanto ao futuro, quais são as tuas ambições? Para o ano vou para uma equipa espanhola situada em Madrid, Escribano Sports Team é uma equipa já conceituada na modalidade. A oportunidade surgiu devido aos resultados que tenho vindo a obter nas competições. E, quando recebi o contacto, achei que foi uma boa oportunidade, porque correr lá fora é uma maneira de aprender diferente e temos outra projeção. Fui lá conhecer o projeto e, agora, faço parte da equipa. Neste primeiro ano, nos sub23 que é o meu atual escalão vou tentar aprender ao máximo e aproveitar as oportunidades para evoluir para que nos próximos anos possa mostrar o meu valor. Uma modalidade nunca é só o atleta há toda uma dinâmica em volta dele, esse apoio para ti foi importante para conquistar o que já conquistaste? Claro que sem a minha equipa nada disto seria possível, tanto fora como dentro da corrida. Porque uma pessoa sozinha não chega a lado nenhum, no ciclismo até pode parecer que é cada um por si, mas não é, quem está lá dentro sabe muito bem o quão importante é uma equipa. Quanto à minha família e aos meus amigos, não posso estar a tirar as palavras da boca, mas acredito que seja um orgulho. ▪
Equipa S.PEDRO DA COVA- 18 P VILA MEÃ- 15 P REBORDOSA- 14 P …. SOUSENSE- 11 P GENS SC- 11 P
Próximos Jogos: S.PEDRO DA COVA VS LIXA GENS SC VS ALIANÇA GANDRA LOUSADA VS SOUSENSE
Pontos 18 15 14 ... 11 11
HONRA AFPORTO SÉRIE 2 BOUGADENSE 0-2 CA RIO TINTO RORIZ 3-1 ESTRELAS FÂNZERES
P. 1 2 3 4 ... 14
Equipa ALFENENSE ÁGUIAS EIRIZ S.LOURENÇO DOURO CA RIO TINTO ….. ESTRELAS DE FÂNZERES
Pontos 10 9 8 7 ... 3
Próximos Jogos: CA RIO TINTO VS LOUSADA B ESTRELAS DE FÂNZERES VS ALFENENSE
1ª DIVISÃO AF PORTO SÉRIE 1 ATAENSE 2-1 TORRÃO
P. 1 2 3
Equipa ALDEIA NOVA LUSITANOS ATAENSE
Pontos 13 12 12
Próximos Jogos: RAMALDENSE VS ATAENSE
2º DIVISÃO AF PORTO SÉRIE 3 MELRES DC 3-5 ABRAGONENSE
P. 1 2 3 ... 11
Equipa VÁRZEA DOURO LOMBA SC AMARANTE CROCA ….. MELRES DC
Próximos Jogos: VÁRZEA DOURO VS MELRES DC
Pontos 13 10 9 ... 9
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NOVEMBRO 2020 VIVACIDADE
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Empresas & Negócios
O Cabeças Meus prezados amigos, clientes e fornecedores neste mês de novembro comemoramos o nosso primeiro aniversário aqui em Rio Tinto. Foi com muito trabalho que abrimos esta casa há um ano, uma casa não só minha e da minha equipa, mas de todos nós. Sei que os tempos não são os melhores e que a nossa vida mudou radicalmente nestes últimos meses. No entanto uma coisa é certa, a nossa casa irá continuar aberta e a servir produtos que satisfazem o apetite dos nossos clientes. E como os nossos clientes fazem parte da nossa família, o meu apelo é unânime, cuidem-se para o amanhã ser melhor e para continuarmos a festejar mais aniversários. Esperemos que para o ano estejamos todos cá, juntos, a festejar e a comer uma boa sandes de leitão, porque essa continua a mesma de sempre. Deixo um agradecimento especial a toda a minha equipa, a esta família que é o Cabeças, porque no final somos todos um e sempre assim o seremos. ▪
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VIVACIDADE NOVEMBRO 2020 Deco Joana Simões
Natal 2020: compre cuidando de todos Foi lançada no início de novembro, a campanha “Natal 2020: compre cuidando de todos", uma iniciativa do Governo com o envolvimento da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), da Asso-
ciação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) e da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). Com esta campanha, pretendese antecipar as compras de Natal e alargar o prazo para trocas até 31 de janeiro, procurando assim evitar ajuntamentos de consumidores nos espaços comerciais. A DECO, que desde o período de confinamento procurou responder direta e imediatamente aos problemas dos consumidores, defendendo os seus direitos e
interesses e atuando, também, perante as empresas e o poder político, aderiu a esta iniciativa, que procura contribuir para a resposta aos desafios e necessidades que todos atravessamos. A campanha NATAL 2020: COMPRE CUIDANDO DE TODOS permitirá, não só sensibilizar os consumidores para a premência de antecipar as suas compras de Natal nas lojas físicas, mas também garantir-lhes um período mais alargado para as tradicionais “trocas de Natal”. Assim, a DECO informa os consumidores sobre esta iniciativa e os seus benefícios, apelando aos operadores económicos para que adi-
ram à campanha, pois só com o envolvimento de todos poderemos vencer os desafios que esta pandemia nos reserva. Não se esqueça que o sucesso desta iniciativa também depende de si! Adira a esta campanha e compre nas lojas que fazem parte desta iniciativa e que têm um dístico a assinalar. Para mais informações, contacte a DECO Norte: Email: deco.norte@deco.pt; Tel.:223 391 965
Lazer Receita de Culinária ACTUAL GEST - Professor João Paulo Vilas
Rolo de Bacalhau Ingredientes: 2 Postas de bacalhau cozido e limpo de peles e espinhas 1 cebola grande 2 dentes de alho 1,5 dl de azeite 6 ovos (L) 100g de farinha 1 c.de chá de fermento em pó 3,5 dl de leite 1 raminho de salsa picada Sal e pimenta acabada de moer Margarina para untar Papel vegetal Pano de cozinha Maionese para barrar (facultativo) Preparação: 1 Forre o tabuleiro do forno com papel vegetal e pincele-o com muita margarina. Ligue o forno a 180º. 2 Descasque a cebola e os alhos e pique tudo muito fino. Deite para um tacho, junte o azeite e leve ao lume. Deixe cozinhar até a cebola ficar macia. Junte o bacalhau, mexa bem e desligue o lume. 3 Separe as gemas das claras e deite-as para uma tigela. Junte o leite, a farinha e o fermento e mexa bem. Junte a salsa, tempere com sal e pimenta, mexa e junte a mistura do bacalhau. Misture bem. 4 Bata as claras em castelo até ficarem bem firmes. Junte metade ao bacalhau e misture. Depois, adicione o resto das claras e misture tudo delicadamente. Deite no tabuleiro, espalhe e leve ao forno durante 20 minutos. 5 Verifique a cozedura com um palito, retire e deixe repousar cerca de 5 minutos. 6 Depois, desenforme para cima de um pano de cozinha e deixe que fique morno. Retire o papel, barre com maionese e enrole com a ajuda do pano. Deixe repousar cerca de 10 minutos e sirva quente ou frio, decorado a gosto, com salada a acompanhar.
Consultório Jurídico Madalena de Lima, Advogada com larga experiência em Direito Criminal, Civil, Família e Menores, Administrativo, Comercial, Urbanismo e Internacional. Inscrita na Ordem dos Advogados desde 1983, abriu novo escritório em Rio Tinto.
Maria Mendes: "Boa Tarde, O meu pai faleceu à cerca de 2 meses. Somos 5 irmãos e durante os últimos anos de vida do meu pai, só eu é que cuidei e prestei os serviços básicos e de higiene ao meu pai. Aliás nos últimos anos, visto que a reforma era pouca, fui eu que assegurei os pagamentos de despesas. Agora os meus irmãos que nunca quiseram saber dele, pretendem a partilha de herança de igual modo o que não acho justo. O que me aconselha?" O dever de auxílio, bem como o dever de prestação de alimentos, aos pais que deles necessitem, é uma obrigação jurídica decorrente da lei, conforme preceitua o artigo 1874.º do Código Civil. Trata-se de uma obrigação que impende sobre todos os filhos, na medida das possibilidades de cada um. No caso em apreço, de acordo com os elementos fornecidos, o pai não dispunha de meios financeiros para fazer face a despesas de subsistência, pelo que seria uma obrigação de todos os filhos pagar a quantia necessária à satisfação das necessidades deste. Caso algum dos filhos não o tenha feito, voluntariamente, e apenas sobre a leitora tenha recaído toda a obrigação, poderá ela intentar a competente acção judicial para ver declarado o crédito sobre os herdeiros do falecido pai. De notar que não é no âmbito da partilha que poderá ser exigido o ressarcimento dos valores que a lesada suportou. Esta é uma informação de carácter geral, suportada nos dados disponibilizados.
ENVIE AS SUAS DÚVIDAS PARA O E-MAIL: GERAL@VIVACIDADE.ORG
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VIVACIDADE
NOVEMBRO 2020
Opinião: Vozes da Assembleia Municipal Joana Resende PS
Na edição de Setembro, escrevia este artigo em isolamento profilático por ter estado em contacto com uma pessoa testada positiva ao Covid-19. Hoje, enquanto escrevo novo artigo, estou novamente em isolamento, e neste caso eu própria testada positivo ao novo vírus. Alertei na altura para a consciência social e cívica de cada um. Alerto hoje novamente, e espero que consiga sensibilizar os Gondomarenses, da mesma forma como o nosso Presidente Marco Martins o tem
Valentina Sanchez PSD
O Partido Social Democrata apela ao executivo camarário que para o ano de 2021 tenham a sensibilidade das enumeras dificuldades em que os gondomarenses (pessoas e tecido empresarial) se encontram, e assim procedam a devolução total do IRS, reduzam o IMI até ao mínimo previsto por lei, e concedam a isenção da DERRAMA a todas as empresas sediadas em Gondomar.
Maria Olinda Moura CDU
O PCP absteve-se na votação na generalidade do OE para 2021. Porquê? Porque a proposta apresentada pelo Governo não responde, nem aos problemas estruturais do país, nem à crise actual; porque a opção do Governo pela redução do défice nega 6 mil milhões de euros ao país; porque a abstenção não impede o PCP de intervir até à votação final e exigir uma resposta mais global – salários, saúde, serviços públicos, investimento e produção. Assim, o voto final do PCP no OE será em função da resposta global que se der aos problemas nacionais. Até à votação final do OE, o PCP continua a apresentar as propostas necessárias, em todas as áreas da vida
Juntos. Por todos feito. Desde o início da Humanidade que temos vivido em comunidade. Seja ela mais estreita ou alargada, não vivemos uns sem os outros. É por esta razão que, independentemente das grandes linhas de diretrizes partirem dos nossos governantes, não podemos nunca esquecer quais os nossos deveres individuais. Não somos ilhas, e mais ainda, precisámos do contacto familiar e social para viver. São necessidades básicas como comer ou dormir. Faz parte da nossa condição de Homens. Mas neste momento em que a nossa civilização grita por ajuda, nós também somos agentes principais nesta ação. O meu contágio adveio da minha filha, que felizmente se mantém sem sintomas e não
contaminou mais ninguém. Porque seguimos as regras da consciência social, porque nos resguardámos e porque mantivemos sempre as recomendações da DGS, o vírus começou e terminou em casa. Não posso concordar com os negacionistas que apregoam que antes do vírus estão liberdades individuais que não podem ser negadas. Pois na génese do indivíduo está a sua capacidade de sobrevivência, e esta também depende da sua ação para com os outros. Não se tira liberdade. Pelo contrário. Estão a dar-nos liberdade de escolher que também queremos contribuir para a estagnação desta pandemia, em vez de sermos agentes potenciadores. Dão-nos a liberdade para trabalhar e alimentar a economia, as-
sim como nos dão a liberdade para estarmos com quem amamos. Dão-nos sempre liberdade. E desde sempre que liberdade vem com responsabilidade. Essa, é agora mais importante que nunca. Não devemos perder tempo a discutir o que não interessa quando temos pessoas a lutar diariamente na linha da frente por nós. Não podemos dispersar os nossos pensamentos quando todos os dias há quem dependa das nossas atitudes. Temos sim que nos unir. Temos que unir a nossa comunidade, sermos responsáveis pelas nossas ações individuais, e seguir as orientações dos líderes que escolhemos. Só juntos conseguimos. Só juntos podemos dizer que vencemos.
nada, sem conhecimento da atuação do vírus, sentimos nos impotentes. E que pior sentimento que a impotência? Passados os meses de confinamento, (e sem qualquer acção realmente preventiva por parte do governo) estamos, outra vez, numa situação em que os números de novos contágios e de mortes voltou a aumentar e atingir novos recordes, mas desta vez os medos dividem-se. Se no início do ano estávamos com muito receio pela saúde dos nossos, agora também receamos a sobrevivência económica dos nossos. A economia parou, o desemprego au-
mentou, as famílias ficaram sem parte dos rendimentos, os empresários enfrentam uma situação nunca imaginada, e a incerteza continua. Vivemos um período bastante difícil. Todos nós! De formas diferentes, mas do mesmo modo assustadora. Assim, cabe a quem nos governa minimizar estes danos, estar ao lado da sua população e passar um sentimento de proteção que abranja todos nós. É necessário e urgente! E o orçamento para 2021 do município de Gondomar deve ser adaptado a esta realidade.
Orçamento 2021 Que seja duplicado o apoio dado às IPSS que tanto esforço fizeram em 2020 e com toda a certeza o farão em 2021. É necessário apoiar quem apoia os gondomarenses, especialmente os mais idosos! Apelamos também á sensibilidade para a necessidade de obras urgentes no Conjunto Habitacional da Lomba, pois tememos que algo mais grave aconteça dadas as atuais condições. O ano de 2020 foi bastante complicado para todos nós, com o surgimento do COVID-19, confinados no início do ano quase dois meses, com medos e sem certezas de
O Orçamento do Estado para 2021 nacional, para que os portugueses e o país tenham respostas concretas aos problemas que enfrentam diariamente. Desde logo, em resposta à pandemia que se vive e que exige uma atenção redobrada na área da saúde com um grande investimento nos cuidados intensivos, onde, com urgência, são necessárias mais 409 camas, 47 médicos, 626 enfermeiros e 198 assistentes operacionais. Mas também nos cuidados de saúde primários, onde o PCP exige o fim das taxas moderadoras e mais contratações em medicina geral e familiar para que se alcance o objectivo de todos os portugueses terem médico de família. Para isto, uma das medidas propostas pelo PCP passa pela criação de incentivos aos médicos que se encontram em condições para se aposentarem, mas decidam continuar no activo, permanecendo em exercício no SNS. Ainda nesta área, é proposta a criação do Laboratório Nacional do Medi-
camento e a gratuitidade de medicamentos para doentes crónicos, doentes com mais de 65 anos, doentes com carências económicas e doentes com necessidade de medicamentos antipsicóticos. Mas também nos transportes e mobilidade dos portugueses são muitas as propostas, entre as quais a eliminação de portagens em todas as ex-scuts, o que, no caso de Gondomar beneficiaria a população na utilização da A43 (IC29), A42 e A41; e também a proibição de compensações nas PPP rodoviárias. Ou na Educação onde o PCP exige a gestão pública das cantinas escolares, entre outras propostas. Ou na Segurança Social onde se exige a gratuitidade das creches na rede pública com a criação de mais 30.000 vagas; o aumento de 10€ para todos os reformados e pensionistas a partir de 1 de janeiro; e a criação de uma rede pública de lares com 20 mil vagas já em 2021. E muitíssimas outras propostas
que podem ser conhecidas no site oficial do PCP. E não digam que não há dinheiro para tudo. O PCP diz onde se pode ir buscar muito do dinheiro necessário: ao englobamento obrigatório no IRS para todos os rendimentos superiores a 100 mil euros; à eliminação dos benefícios fiscais atribuídos ao grande capital e à especulação; à taxação das transferências para os paraísos fiscais; à tributação em Portugal dos lucros e dividendos de grandes grupos económicos, como o Pingo Doce, por exemplo; à criação de um escalão intermédio de 9% na derrama estadual para os lucros entre 20 e 35 milhões de euros; ao resgate das PPP que representa mais de mil milhões de euros por ano. A questão não é a falta de dinheiro. A questão é de justiça na sua distribuição. Caberá ao Governo PS explicar ao País se responde aos problemas reais ou se continua a ignorá-los.
NOVEMBRO 2020
VIVACIDADE
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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal David Santos
Aquilo "covid'izer" Não se tem falado de outra coisa nos últimos meses. E bem! A pandemia da Covid-19 é, agora, um facto inegável e que a todos preocupa. Restrições, medidas, soluções, vacinas e um imenso conjunto de assuntos surge, diariamente, na comunicação social. Já me referi a esta questão. A sociedade, num todo, está a ser profundamente afetada por este problema. Patrões, empregados, empresas, instituições, associações e, no caso que vou lidando mais de perto, o comércio local, estão a ser afetados e a atravessar graves problemas resultantes da pandemia. Perguntam-me se há soluções mágicas... Pois, até esta data não as há. Terá é que haver uma postura geral que
ajude a sociedade, como um todo, a chegar à tal solução mágica. Ou, pelo menos, a fazer com que o Serviço Nacional de Saúde consiga "aguentar" os efeitos da pandemia. Deixo por escrito o meu profundo respeito pelos profissionais de saúde, notoriamente cansados e a fazer possíveis e impossíveis para responder à questão. Deixo também o meu respeito pelos responsáveis políticos (mundiais, nacionais e locais) que tudo têm tentado fazer para combater a pandemia. Ou, mais não seja, para tentar que a pandemia tenha efeitos controláveis. Os números que vemos e lemos diariamente são assustadores. Os infetados, "apenas" positivos, são muitos. Os infetados sintomáticos são, também, cada vez mais. As mortes – até uma que fosse! – são todas de lamentar. Apresentam-se os mortos resultantes da Covid
como números... Mas são pessoas, tinham família, amigos, pessoas que os amavam e que eventualmente deles dependiam. Marcou-me a imagem do casal de idosos que, em Matosinhos, morreu no espaço de 24 horas. Foi das imagens mais apaixonantes e ao mesmo tempo violentas que alguma vez vi. O casal tinha nome. O casal tinha família. O casal morreu lado a lado... Assim esta lógica que alguns (mais parvos) usam falando do "covid'izer" é algo que me deixa agoniado. A pandemia não é um boato. A pandemia não é "fake". A pandemia não pode ser descurada ou ignorada. Apelo ao possível distanciamento social, às regras de higienização e ao respeito por todas as indicações que nos chegam das entidades competentes. Dir-me-ão que algumas dessas entidades não sabem bem o que fazer, que dizem e
Os Açores Pois é. O Partido Socialista (PS) parece estar a dar-se muito mal com a suscetibilidade, em curso, de se ver arredado do poder nos Açores, por uma “mal-amanhada” coligação de direita, mas suficiente para tomar o poder naquele arquipélago nacional. Inconformado com essa possibilidade, até há poucas semanas inverosímil, o PS qual “virgem ofendida”, protesta com todas as suas forças acusando todos os intervenientes, em especial o Partido Social Democrata (PSD), de ter perdido toda a vergonha e ter aproveitado a representatividade do Partido Chega, no parlamento insular, para, contrariando a larga vitória do PS, o afastar do Governo Regional, e o empurrar para os caminhos da oposição. Dizem os seus dirigentes, sejam regionais
"desdizem", que adaptam estratégias e que mudam de opinião como quem muda de camisa. Pois... Mas quem não o faria? Essas entidades, como nós, "navegam" num mundo desconhecido e tentar encontrar a melhor solução em função da realidade dos dias. A nós, cabe fazer, respeitar e, se necessário, e "onde" necessário, ajudar com o nosso contributo e com a nossa opinião. É isso que tenho feito. Espero que seja uma ajuda válida. Não vamos ficar todos bem... Mas espero que a maioria consiga ultrapassar este problema.
Pedro Oliveira sejam nacionais, aliás muito convenientemente, que não é a coligação, em si, que está em causa, mas o facto de o Partido Chega a integrar. Expressam os socialistas que este partido se encontra manifestamente fora daquele que se pode definir como um consenso nacional por parte das forças politicas sobre as questões basilares da sociedade portuguesa, sendo xenófobo, sendo radical, sendo profundamente fraturante sobre tais matérias de há muito decididas. É claro que esta aproximação de partidos como o PSD e o Centro Democrático Social (CDS) a um partido como o Chega, nos deve motivar a uma reflexão seja ela ideológica, estratégica, de pragmatismo. Trata-se de um processo, no entanto, a efetivar-se em momento oportuno que não no contexto da presente crónica.
O importante aqui é relembrar ao PS, quem inusitada e inesperadamente quebrou o consenso existente, de que quem ganhava as eleições governava o País. O importante é relembrar ao PS que, há cinco anos atrás, quem ganhou as legislativas em Portugal, foi o PSD e o CDS, e que, apesar disso, foram ambos postos na oposição por uma geringonça nunca antes aproximada sequer, composta por partidos como o Partido Comunista (PCP), sempre com tão grandes dificuldades em, designadamente, censurar regimes com o Venezuelano atual ou o Norte Coreano. O PS deveria ter antevisto que a sua sede de poder com a experiência da geringonça, transformou em absoluto o paradigma existente, e que os consensos tácitos, a partir daí, deixaram de ter espaço para fazerem o seu ca-
Transportes: Um bem essencial. Durante anos as queixas acerca da falta ou da qualidade dos transportes foram-se multiplicando, desde a falta de carreiras em determinadas zonas bem como do estado dos veículos que circulam no concelho. Ao longo dos anos estas mesmas queixas foram sendo expressadas em inúmeros fóruns locais bem como em assembleias de freguesia e municipais, mas as respostas a estes problemas de mobilidade têm sido curtas ou mesmo nenhumas. Existe um problema sistemático e enraizado em Gondomar que dura há décadas e tem piorado! Com o advento da pandemia estes problemas foram-se tornando cada vez mais visíveis, seja a falta de transportes em determinadas zonas como a parca higienização dos
Movimento Valentim Loureiro Coração de Ouro
transportes que fazem o serviço no concelho. A Gondomarense continua a fazer um serviço fraco no que a Gondomar diz respeito e que foi pouco reforçado na pandemia. A maior parte dos autocarros continua sem carreiras com serviços noturnos, o que afeta a população que trabalha fora do concelho, sendo que muitos destes serviços acabam antes das 21H da noite ( nomeadamente em áreas como Melres e Medas, que se vêm sem transportes quer para o centro de Gondomar quer para o Porto). Zonas como a Lomba só são abrangidas por dois autocarros, um de manhã e um à noite, tendo a população que se deslocar para outros locais para apanhar transporte fora destes horários. É necessário assim reforçar o número de trans-
CDS-PP
minho. E não invoque como razão para as suas críticas e preocupações o radicalismo do Chega, porque foi o PS que retirou quaisquer outros parâmetros na determinação de uma maioria governativa deixando, apenas e unicamente, os números. Quem tiver mais deputados, não interessa como nem porquê, governa. O que está a acontecer nos Açores é a mera repercussão desta nova forma de fazer política introduzida pelo PS. Nem mais, nem menos. Como disse o líder do PS ao tempo: Vão-se habituando.
Sara Azul portes públicos que cobrem a autarquia. Nem toda a população se pode deslocar em transporte próprio, sendo que um número bastante significativo de gondomarenses utiliza os transportes públicos de forma diária, tanto para o trabalho como nos seus tempos livres. É igualmente importante e num momento tão complicado como o que vivemos, controlar o número de pessoas que viajam nos transportes públicos, de uma forma ativa e ter todos os cuidados de limpeza dos transportes disponibilizando nesses mesmos transportes, por exemplo, desinfetante de mãos para todos os utentes. Numa nota final, a autarquia precisa de fazer todos os esforços para que a ligação do metro, de Fânzeres ao centro de Gondomar, bem como
BE
do Porto ao centro de Gondomar, seja uma realidade. Se é certo que esforços estão a ser realizados nesse sentido com algumas datas já previstas para tal, estas rotas parecem vir a ser uma realidade num futuro ainda longínquo. É necessária uma agilização deste processo que já se arrasta há vários anos e que seria uma solução para muitos dos problemas acima descritos. Os transportes e a mobilidade são um bem essencial e chegou a altura de os começarmos a tratar como tal.
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