Edição de Julho do VivaCidade de 2020

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GONDOMAR DESTINO TURÍSTICO SEGURO GONDOMAR SAFE TOURISTIC DESTINATION


> Parque das Serras do Porto

> Praia da Lomba

Sandra Almeida - Vereadora do Turismo Gondomar é um destino seguro. Esse tem sido o mote do nosso trabalho desde que iniciamos o “desconfinamento” e retomamos ao novo normal. Quer em família ou em grupos de amigos, Gondomar oferece uma panóplia de experiências inesquecíveis, as quais estimulam um contacto próximo com a natureza. Sempre em segurança. Não é por acaso que, ainda esta semana, foi inaugurado o novo Passadiço Polis, que liga a nossa cidade ao Porto através de um troço pedonal. Juntamente com

o já existente Passadiço de Rio Tinto, terá a oportunidade de praticar exercício físico com toda a segurança e máximo conforto. Por falar em exercício, convidámo-lo a aventurar-se no Parque das Serras do Porto e a deixar-se surpreender pelos recantos da serra. Tenho a certeza de que o contacto com este que é o “pulmão da Área Metropolitana do Porto” lhe trará a tranquilidade de que necessita para retomar ao novo quotidiano. Se é adepto de atividades náuticas, Gondomar é também uma

> Passadiço de Rio Tinto

excelente escolha. Descubra o Rio Douro, o Rio Tinto, o Rio Sousa, o Rio Ferreira e o Rio Torto, bem como a Praia Fluvial da Lomba, onde poderá recuperar as energias necessárias para enfrentar mais uma semana de trabalho. Ou simplesmente aproveitar as

férias junto de quem mais gosta, se for esse o caso. Face ao contexto em que nos encontramos, Gondomar é um destino seguro. Um lugar que sabe acolher. Um lugar que surpreende. Um lugar que o fará sentir em casa.


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Promoção válida de 13 de Maio a 31 de Julho de 2019. Para as colecções das marcas Pull and Bear, Amichi, Pepe Jeans, Mango, Custo BCN, Victorio & Lucchino, Pedro del Hierro e Hackett disponíveis em cada estabelecimento Opticalia. Para monofocais: Lentes monofocais orgânicas brancas com índices de refracção 1,50 / 1,60 ou 1,67, com tratamento AR, da linha Vistasoft da Opticalia. Para progressivos, as lentes serão sempre lentes progressivas orgânicas brancas com índice de refracção 1,50 ou 1,60 com tratamento AR, das linhas Basic, Quality ou Prestige, da linha Vistasoft da Opticalia. Para ambos casos, as lentes deverão estar, nos intervalos de fabrico disponíveis dos fabricantes Vistasoft em stock e de fabrico. Financiamento mínimo de 12 prestações e máximo de 60 prestações mensais. TAN E TAEG DO CARTÃO DE CRÉDITO OPTICALIA: 0%. A utilização do crédito está condicionada a uma mensalidade mínima de 9,95€. Crédito disponibilizado pela Abanca Servicios Financieros e sujeito à sua aprovação. As ópticas OPTICALIA atuam como intermediárias de crédito a título acessório e sem carácter de exclusividade.

Ano 14 - n.º 169 - julho 2020

Preço 0,01€

Mensal

Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida PARQUE NASCENTE, loja 409 EMPORIUM PLAZA, Loja 101

Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: geral@vivacidade.org

Rui Vicente:

"É minha intenção voltar a candidatar-me à Junta da Lomba em 2021"

Entrevista Ricardo Carriço: "De repende, vemos em Rio Tinto uma recuperação urbana incrível" > Págs. 8 e 9

Sociedade > Pág. 20 e 21

Rosa Bessa e Paula Pedro: As mulheres por detrás da Contrastaria de Gondomar > Pág. 12 e 13

Reabilitação Fluvial: O programa prevê a reabilitação e valorização dos rios Torto, Tinto e da ribeira da Archeira > Pág. 16

LIPOR: "Esta APP, incentiva os cidadãos a denunciar possíveis focos de poluição tornando-os agentes ativos da sociedade" > Pág. 18

Antenor Areal: A premissa é formar bons profissionais que estejam à altura das exigências impostas pelo mercado de trabalho > Pág. 25 PUB


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VIVACIDADE

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Editorial José Ângelo Pinto Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT

Caros leitores, O desconfinamento já está aqui. Sendo uma palavra nova, quer também dizer que precisamos de continuar a aprender a lidar com o confinamento agora invertido. E não é fácil pois é preciso sermos o “velho do restelo” e o “chato” e até mesmo o inconveniente. Porque se usar máscara, ter distancia social e desinfetar muitas vezes as mãos diminui muito a probabilidade de infetarmos outros ou de sermos infetados pelo vírus, então temos mesmo que fazer estas coisas que, em época de COVID e com toda a gente a saber o que é e como se transmite são fáceis, baratas e não requerem grandes conhecimentos. Desloquei-me às grandes cidades com grandes aglomerados por diversas vezes desde o desconfinamento. Vi muitas pessoas e seguir as regras e a levarem a que outros as sigam. E vi muitas pessoas a não o fazerem. Vi muitas máscaras mal colocadas. Vi muitas pessoas aglomeradas. Vi muitas pessoas em piscinas superlotadas. E tenho visto as notícias, sendo que a quantidade de novos infetados por dia não há forma de descer. É natural, dizem-me alguns amigos. Então se se podem fazer encontros de duas mil pessoas para ouvir um suposto cómico, se se pode comemorar os dias santos de Lisboa e se se pode ir a comícios e manifestações, então porque não se pode beber umas cervejas em amena cavaqueira com os amigos, todos sem máscara e a meio metro nuns dos outros para percebermos melhor a conversa? Esta parte depende de cada um de nós. Compete ao estado e ao governo salvar a economia ou o que resta dela. Compete-nos a nós salvarmo-nos do Virus. Sempre com muito cuidado.

PRÓXIMA EDIÇÃO 27 AGOSTO

SUMÁRIO: Breves Página 6 Entrevista Páginas 8 e 9 Sociedade Páginas 10 a 26 Destaque Páginas 20 e 21 Cultura Página 28

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org POSITIVO STCP reforça ligações em Gondomar A Linha 806 será prolongada entre a Av. da Carvalha até à rotunda perto da estação de metro de Fânzeres, situação que beneficia o acesso local ao Metro e a toda a sua rede, a Linha 806 assume também nova designação: Marquês – Fânzeres (Metro).

NEGATIVO Moinhos de Jancido foram vandalizados.

Política Páginas 30 e 31 Desporto Página 32 Empresas & Negócios Página 33 Lazer Página 34 Opinião Páginas 38 e 37

ANUNCIE AQUI Tel.: 910 600 079 pedro.barbosa@vivacidade.org geral@vivacidade.org

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Viva Saúde Paulo Amado*

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia * Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Professor Doutor em Medicina e Cirurgia Mestre em Medicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIO TINTO

Últimas do Covid A Medicina é uma ciência sempre em evolução, com avanços e recuos, mas nunca se concentraram tantas empresas e cientistas na descoberta da Vacina para este novo vírus. Num artigo anterior referi que se este vírus tivesse um comportamento normal, com a chegada do verão, e em especial este que está a ser bem quente, o vírus praticamente desapareceria. Tal não está a acontecer o que prova o comportamento particularmente perigoso e agressivo deste vírus. Não compartilho a ideia que será o desaparecimento da raça humana, longe disso mas são comportamentos totalmente irresponsáveis os que tem a opinião contrária como o Presidente Brasileiro Jaime Bolsonaro ou o Trump, que interpretam está Pandemia como uma “Gripezinha”... Há que ter cautelas, o facto do vírus se manter ativo no verão, em especial em zonas como Lisboa, mostra o seu comportamento biológico anormal, e até a

sua virulência especial. Só com as medidas largamente anunciadas, em especial o uso de máscara em situações sociais, se conseguirá dominar a doença. Ninguém está a salvo, nem aqueles que se julgavam protegidos como os jovens ou crianças. Não é com histerismo coletivo que se controla o vírus mas não pode ser com facilitismos, pois basta um baixar a guarda para que todos os outros se prejudiquem. Pensem nos efeitos devastadores que pode ter na saúde de cada dadas as sequelas já descritas em doentes passados, ou se mais não seja, nos efeitos catastróficos que está a causar na economia dos países. Só a partir de agora podemos sentir mais ainda esses efeitos, pois se calhar ainda a procissão vai no adro... Continuem a lutar contra o Covid, uso de máscara obrigatório.

FICHA TÉCNICA Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Redação: Carlos Almeida e Gabriela Monroy | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 | Paginação: Rita Lopes | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 | Sede do Editor: Travessa do Veloso, nº 87 4200-518 Porto | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Gabriela Monroy, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. | Impressão: Unipress | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@vivacidade.org


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VIVACIDADE

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Breves Fernando Tordo grava álbum em Gondomar Fernando Tordo e a Banda Sinfónica Portuguesa estão a gravar um novo álbum que reúne os seus temas mais conhecidos. O cantor e os 60 elementos da banda encontram-se no Multiusos de Gondomar a realizar as gravações.

Paróquia de Gondomar com novo pároco Depois de vários anos à frente da paróquia de Gondomar, o padre Alípio Barbosa ruma para Vila Nova de Gaia, onde exercerá funções na igreja de Oliveira do Douro. A paróquia de Gondomar fica agora ao encargo do padre José Manuel Macedo.

Exposição o "Intervalo- Antes e Depois, o Desenho" A Fundação Júlio Resende está a expor em conjunto com Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, a exposição “Intervalo — Antes e Depois, o Desenho”. A inauguração realizou-se no dia 18 de julho, sábado, pelas 16 h. A exposição irá reunir trabalhos dos estudantes de Práticas do Desenho, da Licenciatura em Artes Plásticas (desde 2011) e está patente até ao dia 19 de setembro.

Partilhas (digitais) para um verão mais divertido Todos os anos, a Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) tem por norma dinamizar os seus Campos de Férias Inclusivos. Este ano, função do enquadramento de saúde pública que se verifica, tal iniciativa não pode ser realizada, mas com o termino das aulas e a presença do verão, a APPC faz questão de partilhar inúmeras atividades que (de forma mais individualizada e salvaguardando todas as normas sanitárias) podem ser dinamizadas com os mais jovens. São atividades específicas, divertidas e pensadas para partilhar com todos. De referir que este “manual” está recheado de pequenas surpresas. As propostas podem ser descobertas em www.appc.pt/_nagenda/_pdf/e_book_partilhas_VeraoDivertido_CRI_APPC.pdf

Animais mortos encontrados na Praia de Melres No início do mês de julho foi encontrado na praia de fluvial de Melres, em Gondomar, sete patos e uma Garça-real mortos. Os animais não tinham marcas de violência e aparentavam ter sido vítimas de envenenamento.

Jota oficializa pelos Leixões Formado no Sousense, onde fez a sua estreia como sénior, Jota oficializou este mês como primeiro reforço para a temporada 2020/21 pelos Leixões. O extremo de 20 anos foi das figuras que se destacou no Campeonato de Portugal 2019/20, com a camisola do Sp. Espinho.

Grupo cria movimento contra Águas de Gondomar Neste mês de julho, foi anunciado a criação do Movimento Cívico em defesa dos Interesses dos Consumidores das Águas de Gondomar. A recente iniciativa já conta com mais de 8000 membros na rede social Facebook e a petição criada já atingiu o patamar das 6000 assinaturas. Este movimento pretende reivindicar a redução dos preços pagos à entidade e a urgência da reversão da concessão de água para a esfera pública.

“Pintarolas” da APPC “Vila Urbana” são finalistas Apesar de todas as condicionantes de saúde pública que se “vivem” no momento, no dia 3 de julho, a turma dos “Pintarolas” da “Villa Urbana” de Valbom realizou a sua Festa de Finalistas. Este ano, contrariamente aos anteriores, a festa teve que ser realizada sem a presença dos pais e familiares. Em data festiva os jovens que agora transitam para o 1.º Ciclo do Ensino Básico foram presenteados com o obrigatório diploma e a respetiva cartola.

O Bairro Mineiro faz 100 anos!

“Na Imensurável Leveza da Memória” Na imensurável leveza da Memória é o título da exposição do pintor Luís Filipe Romão, com a curadoria de Agostinho dos Santos. As obras encontram-se expostas na Casa Branca De Gramido. A exposição ficará patente até ao dia 1 de setembro.

A Junta da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova está a programar várias atividades até ao final do ano, para comemorar os 100 anos após o início da construção do Bairro Mineiro. As comemorações iniciarão, também, com um momento musical, que terá a envolvência participativa das crianças e adolescentes, dos 10 aos 15 anos, que gostem de música e simultaneamente sejam moradores no Bairro Mineiro. Assim, caso o seu filho/a reúna estas condições, convida-se a inscrevê-lo/a até ao dia 25 de agosto. Para mais informações, poderá dirigir-se ao Museu Mineiro ou contactar através do email: museu.mineiro@fanzeres-saopedrodacova.pt ou telemóvel: 935663998.


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VIVACIDADE

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Foto de KIM RAMALHO

Entrevista

Texto: André Rubim Rangel Comecemos pela tua vida antes da representação. Que potencialidades tiraste/aproveitaste do curso que fizeste em Design de Interiores de Equipamentos Gerais? Acabei por nunca encontrar essa ligação entre uma e outra, pois ao terminar o curso iniciei-me na televisão. Mas, de repente, quando comecei a trabalhar com a «Confluência – Associação Cultural» um dos primeiros espaços que recuperei era um teatro; mais tarde, o presidente de então de Cascais, António Capucho, cedeunos uma antiga cavalariça que transformei num teatro com 140 lugares; e, depois, saímos dali e fomos para uma antiga discoteca. Também peguei nela, reestruturei, reinventei e reutilizei material e construímos mais um teatro para 140 pessoas. Portanto, quando eu achava que nada tinha a ver com nada, afinal tudo tinha a ver com tudo! E é engraçado como estes mundos e universos que se tocam, que julgavas que não tinham importância nenhuma, passam a fazer sentido e todos eles fazem conexão entre si. Durante a tua fase de liceu viveste três

Ricardo Carriço: “As pessoas do Norte são mais genuínas do que as daqui, do Sul”

anos nos Açores, onde te desafiaram para uma passagem de modelos e descobriste aí esse teu jeito… Isso foi decisivo e preponderante para a tua vida futura? Quando no início vais fazer um desfile para os teus colegas que são finalistas, para ajudá-los a arranjar umas ‘massas’, vês que mais tarde acabam por surgir outras oportunidades. Lembro-me da Wanda Stuart me convidar: ela organizava alguns eventos. Mais tarde, apareceram desfiles de trajes tradicionais e depois passei a ser apresentador. Tudo isto começou a aparecer sem eu nunca dar conta. A determinada altura disseram-se: quando voltares ao continente vai à procura, vai a uma escola de manequins, porque tu tens jeito. Estavam a começar a acontecer uma série de trabalhos nessa altura. Quando voltei tirei um curso de modelo fotográfico, quando a maior parte tirava o curso de técnicas de passerelle. De algum modo, mais tarde, veio ajudar-me muito na representação, porque havia muitos exercícios comuns. Teve graça porque, mais uma vez, as coisas acabaram por se complementar. E sendo tu de Cascais e tendo estado esse tempo fora, que proximidades e semelhanças encontraste – e mais gostaste – em Angra do Heroísmo, para além da ligação de ambas ao mar?

Cascais é a terra da minha família, onde tenho amigos de infância e conheço-a “de lés a lés”, como as palmas das minhas mãos. Em miúdos eramos pequenos vagabundos: íamos para todo o lado juntos, no meio das rochas e em casas abandonadas, nas nossas aventuras. Quando eu vou para os Açores tinha 14 anos e, de repente, vês que mudas tudo, para um sítio completamente diferente do teu. Sem conheceres ninguém, começas como se fosse do ponto zero. Isso é interessante porque criei aí amizades que duram até hoje, com pessoas com quem me dou muito bem. Lembro-me que Angra é uma cidade com grande património histórico e parte dela estava um pouco destruída, com a história dos terramotos. Eu fui logo a seguir a esse terramoto. Tudo isso, de algum modo, marcou-me! (…) Gostei imenso. Havia uma sensação incrível de liberdade. Para além da tua vida de manequim, encontraste outra vocação e nela entraste: a música. Fundaste há, precisamente, 35 anos uma banda de que eras o vocalista, tendo apenas um álbum editado. Mantém-se essa tua veia artística? De que forma? Essa banda era «Os Ibéria». É engraçado que há dias encontrei o realizador Tomás Duran e descobri que o pai dele era um

dos elementos da banda. Rimo-nos à gargalhada com isso. Quando regressei ao continente e na transição de manequim para ator, estava a trabalhar no bar «Bairro Alto». Nessa altura, o Otávio Pimenta (hoje conhecido como Otávio Sousa) tocava lá e virou-se para mim e desafiou-me: queres concorrer ao Festival da Canção? Eu disse: quero! O Otávio continuou: sou eu, três rapazes e três raparigas – mas falta-me uma rapariga. Arranjei-a e assim fomos, no ano em que ganhou a Dulce Pontes. Ficámos em segundo lugar, o que é um honra perder para a Dulce Pontes. E assim ficou. Depois “adormeci” uns tempos. Quando estive na Confluência, havia algumas tertúlias em que se acabava a cantar e a dançar. E eu saltava para o palco e o ‘bichinho’ instalava-se. Até que um dia faço o meu aniversário lá, peço a uma data de amigos músicos que fossem lá tocar – era o meu presente – e todo o dinheiro da bilheteira revertia para a Associação. Era a prenda que eu queria. Foi engraçado que no final eu fui cantar dois temas e correu muito bem. Mais tarde, o Rogério convidou-me a cantar com ele. Fiz alguma estrada, até que um dia o produtor do tema «Um pouco mais» disse-me que queria gravar um disco comigo. Perguntei porquê. Ele respondeu-me: porque está feliz em cima do palco. E é um facto! Há cinco anos surgiu esse single e agora surgiu o meu novo CD, «O Meu Mundo». Está a ser muito giro, mas vários concertos que tinha este ano ficaram cancelados por causa da pandemia. Ora, em meados/finais da década ’80, deste-te a conhecer mais ao público como apresentador dum programa televisivo na RTP2. Foi algo intuitivo, sem precisares de formação, ou não foi uma experiência que tivesses apreciado tanto? Volta a ser engraçado porque a vida dá sempre volta. Já conhecia o Paulo Miguel Fortes, que foi o primeiro fotógrafo que me fotografou. Anos mais tarde volto a encontrá-lo, no avião, mantivemos contacto, falei-lhe da minha história da representação e ele pegou em mim, estando numa produção: convidou-me para apresentar o «Lusitânia Expresso». Essa foi uma altura intensa, com quatro gravações simultâneas de produções distintas, estando meia semana no Porto, meia em Lisboa e, depois, duas noites a gravar esse programa. Consideras que isso ficou positivamente na memória das pessoas, sempre com a mesma felicidade em palco como quando cantas? Essa é uma maneira muito própria de ser. Gosto muito de improvisar. Como tenho noção do espetáculo e de como se faz, não tenho só atenção ao público, mas em tudo o que está à minha volta. No fundo, dou segurança a quem organiza. Por exemplo, tal aconteceu nas Galas de eleição da Miss Portuguesa, em 2018 e


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Entrevista

Para além dos lugares – e dado que privaste pelo menos por duas ocasiões com pessoas locais –, como defines e comentas o carácter e forma de ser/estar das gentes de Gondomar? Costumo dizer que as pessoas do Norte são mais genuínas do que as daqui, do Sul. Daí a expressão: “é a malta do Norte, carago!”, por serem mesmo francas e verdadeiras. Falam com o coração na garganta, como costumo dizer. Eu comecei a ir ao Porto com 18 anos e, ainda hoje, tenho grandes e bons amigos daí. E adoro! Não é que em Lisboa não haja pessoas boas, mas é a história de estarmos na capital e há defesas normais que as pessoas têm… Mas de modo geral, também mais a sul e no interior, somos muito acolhedores. É tipicamente português. Mas ainda verificas muita daquela rivalidade do passado entre Porto e Lisboa, que não só em termos futebolísticos e políticos, ou já não? Eu acho que a diferença aqui é que em Lisboa as pessoas andam todas viradas de costas umas para as outras, enquanto no Porto estão viradas de frente. Isso nota-se no meio cultural. No Porto, a Cultura mexe muito, é muito ativa e os agentes culturais falam muito uns com os outros. Esta é a sensação que tenho. Em Lisboa, não se fala tanto. São uns géneros, é quase como se fossem clubes. Voltando então atrás – ligado ao teu presente –, logo no início dos anos ’90 começaste a representar em séries televisivas, telenovelas e teatro. Podemos dizer que aí descobriste a tua maior paixão? Eu já como manequim tinha descoberto uma ligação muito forte ao público. Hoje vemos manequins a andarem para a frente e para trás sem olhar para o público. No meu tempo éramos ‘obrigados’: pediam-nos para olharmos para o público. Tínhamos de estar bem, de lhe sorrir e comunicar. Com os desfiles tornou-se mais simples e mais fácil, para mim, o ser ator. Assim me exprimi, como se finalmente te tivesses sentido mais “como peixe na água” ao seres ator, tendo em conta que

– atualmente e nestas três décadas completas – contas com trabalhos em 44 produções televisivas e integras o elenco em 12 filmes… Sim, representar é, certamente, a minha paixão. Parece-te muito ou é, ainda, pouco para o que ambicionas e olhando para a excelência do decano dos atores portugueses, o querido Ruy de Carvalho, ainda em ação? O Ruy de Carvalho é daquelas pessoas extraordinárias. É um excelente ator e é uma joia de ser humano. É, de facto, o avô de todos os portugueses. É engraçado que a minha formação foi com os atores todos da geração do Ruy de Carvalho. Aprendi com eles aquilo que é a grande humildade do ator. Por isso arrepio-me um bocadinho quando vejo algumas pessoas “todas arrebitadas”. E olho para um senhor, como o Ruy de Carvalho, com aquela grandeza e aquela generosidade, como tantos outros que ainda temos o gosto e prazer de os ver fazer televisão. E sentes falta daquela tua adrenalina como outrora? Pois, atualmente, porventura não abundam tantos trabalhos ao mesmo tempo… Essa adrenalina voltou a acontecer este mês, com as gravações para a nova telenovela de que faço parte e que estreará em setembro. Sei que, ultimamente, falaste nos Media sobre o Pedro Lima, por tu conhecê-lo há 35 anos e teres sido o seu ‘padrinho’ na representação, além de teu vizinho. E agora substitui-lo nas gravações dessa nova telenovela. Depois de tanto teres pensado nisto, de ter mexido contigo e com todos os que o conhecíamos, ainda te surgem – no teu âmago – quaisquer questões e dúvidas? Há uma coisa que se chama «profissionalismo» e que te obriga, mesmo com alguma frieza, a criar um distanciamento para contigo e para com toda a equipa. A uma dada altura, tu guardas as tuas memórias e recordações e a vida continua. Não podes estar permanentemente agarrado a algo do teu passado. Por isso digo que a melhor forma de homenageá-lo é substituí-lo, com todo o gosto, querendo fazer um excelente trabalho em homenagem ao Pedro. Agora, a vida segue. Falando nós de um problema tão grave como a depressão, em que o nosso SNS não tem dado a devida atenção, investimento ao combate e preocupação, e não se tratando de atribuir aqui culpas a este ou aquele, como achas possível que afinal – por detrás daquela exterior disposição boa e sorridente – a pessoa esteja num abismal caco interior e ninguém dá conta… A depressão é silenciosa. E ela pode evoluir para vários lados. A consciência que tenho e faço desta tua questão é: importa que estejamos atentos aos sinais dos

Foto de KIM RAMALHO

2019, ambas no município gondomarense. O que achaste e como descreves tanto o Parque Urbano de Rio Tinto, como a Casa Branca de Gramido, locais onde se realizaram os certames? Para já, qualquer sítio que tenha ao lado uma coisa que se chama ‘rio’ é lindo! O Parque achei-o interessante porque lembro-me de, antigamente, vê-lo quando ia ao Porto e aquela era uma zona um pouco ‘morta’. E de repente, vemos em Rio Tinto, uma recuperação urbana incrível, criando espaços para toda a gente. Isso é muito bom! O Porto deu um salto enorme e está uma cidade extraordinária: todos os arredores beneficiaram e conseguiram ganhar muito com isso.

outros. Para podermos perceber o que se passa nas suas vidas. Se calhar este confinamento obriga-nos a olhar um pouco mais pelos outros, em vez de estarmos de costas e de pensarmos nas nossas «megalomanias». Está na altura de nos olharmos de frente e percebermos os sinais que os outros nos passam. Se me permites perguntar, com um intuito pedagógico e até para servir de conselho e mensagem de ânimo/coragem aos que enfrentam a mesma situação ou similar, como conseguiste superar há uns anos o vício da droga, que não apenas nos momentos em que te defrontaste com ela? Tens de ter consciência das coisas. Ou tens consciência que queres sair ou então não tens. A primeira vez que falei disto foi há muitos anos, numa entrevista ao Daniel no «Alta Definição». De repente, quando faço o lançamento do meu livro, há dois anos, volta mais uma vez esta explosão mediática em torno disto. Nunca ninguém consegue ver qual o lado positivo da coisa. Eu não sou o «super-homem», mas todos nós temos momentos bons e maus. Agora, ou temos a capacidade de os identificar e partilhá-los, ou não temos e enterramonos. Eu tive essa capacidade de partilhá-los, porque achei que o devia fazer com quem estava, por ter sido uma verdade da minha vida. O que é genial nisto tudo, para mim, é descobrir que tantos outros que não o faziam passaram a partilhar, por alguém ter aberto portas. Para mim foi significante, e gratificante ao mesmo tempo, quando soube que praticamente consegui ajudá-las, orientá-las e “a partir cascalho” – como costumo dizer. O falar sobre isso com elas é no sentido de ultrapassar a situação, de criar regras e hábitos em outras coisas que não nos desviem a atenção ou nos deixem sem ela. Falámos sobre o teu passado e o teu pre-

sente. Falemos, agora, do futuro. Não propriamente o teu, mas olhando à atualidade e de modo geral. Como irá tudo encarrilar?... Considero isto um grande desafio. Não quero ser pessimista, mas será uma questão de sobrevivência. As empresas terão de sobreviver. Como? Não sei! Ou sobrevivem ou morrem. É preciso ultrapassar perante o sistema económico, que está todo ele abalado. Os espetáculos não acontecem. Ou, se acontecem, é com muito menos público, porque há regras para cumprir! O futuro, neste momento, a Deus pertence. Completamente! Vamos ter fé, força e fazer com que a nossa cabeça não entre em depressão. É um desafio, para mim, em viver assim todos os dias e um dia de cada vez. Abordaste aqui dois termos que realço: «Deus» e «fé». São o teu porto de abrigo, a força que precisas? Assumes-te como pessoa crente, com espiritualidade, ou não? Assumo-me como pessoa crente. Tenho a minha fé. Não sou assim tão praticante, como outras pessoas, mas alimento esta espiritualidade. Acredito que há algo mais acima de nós, que me dá essa força. Contudo, a fé só existe verdadeiramente se lutares por ela. Não podemos dizer que temos fé e ficarmos sentados à sombra da bananeira, à espera que as coisas aconteçam. A fé existe e exige que tenhas vontade de triunfar e de seguir em frente. E assim resulta! Queres deixar alguma mensagem final de incentivo? Peço-vos que tenham coragem, força e não desistam. Aproveitem para estarem mais próximos daqueles que nos são próximos, para entendermos o que vai na cabeça deles. Tentemos melhorar o nosso dia-a-dia. ▪


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Sociedade Posto de Vigia Manuel Teixeira

Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)

NÃO SERÁ POR FALTA DE DINHEIRO… 1 – O Conselho Europeu aprovou na semana passada um gigantesco pacote de ajudas financeiras, destinado a salvar e relançar a economia, asfixiada pelos efeitos da pandemia. Ao quarto dia de negociações houve, finalmente, fumo branco. São 750 mil milhões de euros para os próximos sete anos, dos quais 390 mil milhões serão entregues aos países a fundo perdido. Os restantes serão disponibilizados por fundos estruturais e empréstimos a longo prazo. Portugal terá direito a 15,3 mil milhões a fundo perdido, podendo ainda dispor de mais de 30 mil milhões em fundos estruturais e empréstimos. O cerne das discussões entre os 27 passou por definir as condições a que se obrigam os países para terem acesso aos referidos fundos. Cada um puxou a brasa à sua sardinha, mas no fim tudo se acordou em torno de uma certa monitorização que será feita à forma como cada país vai gastar o dinheiro. 2 – Antes de partir para a cimeira, António Costa anunciou que quer aprovar o próximo orçamento com os partidos da geringonça, para quem a Europa deve ser apenas uma vaca leiteira. E no último debate parlamentar sobre o Estado da Nação, o Primeiro-Ministro foi mais longe, lançado o repto aos comunistas e bloquistas para uma nova geringonça até ao fim da legislatura. Ou seja, Costa quer gastar o dinheiro com a bênção do BE e do PC. Ora, aqui está a resposta, em tempo oportuno, para quem não se cansa de anunciar que vem aí um bloco central. Descansem as almas inquietas, que Rui Rio não é nem nunca será a bengala da governação socialista. Mas Costa também não o quer. E ainda bem, porque o PSD é o único partido de alternância de poder, com um projeto político que aproveite esta oportunidade de fundos europeus para modernizar a nossa economia. 3 - António Costa desde a primeira hora que faz jus, no seu estilo de governação, à história da cigarra. E agora, o que mais deseja é poder banquetear-se, com os seus amigos da geringonça. Ele sabe que com Rui Rio as coisas nunca seriam assim. E, por isso, Costa demonstra bem que não há amor como o primeiro. Corre novamente para os braços das esquerdas, porque reconhece que com o líder do PSD as contas seriam outras, e o banquete dos amigos tornar-se-ia impossível. Mas cá estaremos todos para ver como vão ser gastos estes milhares de milhões que a União Europeia nos vai entregar. Uma coisa é certa: se a nossa economia não se modernizar até ao fim da década, então nunca mais sairemos da cepa torta. Porque acabam as desculpas da falta de recursos. Com tanto dinheiro a jorros, só não brilha quem for incompetente nas decisões políticas, ou fizer opções ideológicas trágicas. Nada como esperar para ver…

Gondomar com eventos de 2020 cancelados Dado o atual panorama de pandemia que Gondomar enfrenta, a Câmara Municipal em conjunto com a Confraria de S.Cosme, S. Damião e Nª Sr.ª do Rosário decidiram, de forma excecional e com o intuito de assegurar a saúde dos seus cidadãos, cancelar a programação das Festas do Município de Gondomar 2020. Assim, a programação das festas profanas que arrancavam já em setembro, com a Noite Branca e que se estendiam até outubro, não irá decorrer, dado que, segundo dados oficiais, o evento atraí mais de 500 mil pessoas. No entanto, a Paróquia irá realizar o programa religioso, cumprindo à risca as regras de segurança emitida pela DGS (Direção Geral da Saúde), sendo que a procissão este ano ficará sem efeito. Para os responsáveis autárquicos: “Estamos convictos de que esta medida se afigura como a mais adequada e prudente, considerando a conjuntura nacional e o panorama de incerteza que estamos a viver atualmente” e prometem que para o ano “estaremos de volta, mais fortes, para comemorar” a tradicional Romaria do Rosário. ▪

Associações de Gondomar resgatam animais de Santo Tirso Devido aos recentes acontecimentos que ocorreram num Canil da Serra da Agrela, em Santo Tirso, centenas de animais ficaram desalojados e, muitos, a necessitar de assistência mé-

dica. O caso mobilizou diversas associações e populares ao concelho. De Gondomar, duas associações regataram animais do local. A Associação Animais da Quinta resgatou três

patudos e a Vivanimal resgatou um. Todos eles tiveram que recorrer a cuidados médicos devido ao estado em que estavam quando foram resgatados. ▪

Sobrelotação nas praias obrigam vigilância Devido à recente sobrelotação das praias, os serviços da Câmara Municipal de Gondomar, em conjunto com as Juntas de Freguesias têm efetuado ações de controlo de

acesso e regulação do estacionamento na envolvente às praias fluviais da Lomba, Melres e Zebreiros. Além de controlar a lotação máxima previamente definida em cada

praia devido ao Covid-19, esta intervenção pretende controlar o estacionamento abusivo que acaba por bloquear os acessos à praia. ▪ PUB

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Sociedade

A arte da contrastaria em Gondomar é A arte da Contrastaria é considerada uma das mais antigas do país e surgiu como forma de proteção do consumidor através do controlo e marcação de artefactos de metal precioso. Com a criação da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), em 1972, as Contrastarias foram integradas nesta empresa pública, e mais tarde, em 1986, foi criado a atual direção de Contrastarias da INCM. Pelo país, apenas existem três contrastarias, em Lisboa, no Porto e em Gondomar. > Rosa Bessa e Paula Pedro

Texto: Miguel Almeida Texto e fotos: Gabriela Monroy

Duas mulheres, que não têm medo de desafios, duas mulheres que se encontram e se unem pela arte da Contrastaria. Paula Pedro é licenciada em Gestão pelo ISEG da Universidade Técnica de Lisboa, tem 45 anos, e considera-se uma mulher independente, sempre pronta para os novos capítulos que a vida apresenta. Em 2014, a sua vida cruzou-se com um convite do Engenheiro Gonçalo Caseiro, Presidente da INCM, que prontamente aceitou, para criar e dirigir uma direção de planeamento e controlo de gestão, que na época não existia. Desde Junho é Diretora da Contrastaria. O outro perfil feminino que se encontra mais relacionado com o Norte, é o da Engenheira Rosa Bessa, atual chefe da Contrastaria do Porto e da delegação de Gondomar. Sempre ansiou pelo conhecimento e foi graças a essa “fome pelo saber” que decidiu complementar o seu curso de engenheira com outro curso em gestão. O VivaCidade esteve à conversa com Paula Pedro e Rosa Bessa que nos desvendaram todos os pormenores da INCM e, especificamente da Contrastaria. O que é a INCM e qual é a sua ligação com a arte da Contrastaria?

Paula Pedro: A missão da INCM é criar, produzir e fornecer bens e serviços que exigem elevados padrões de segurança, focados no cliente e em soluções inovadoras. Vai desde a produção e personalização dos documentos de identificação como passaportes e cartões de cidadão, a outros documentos importantes, como o documento único automóvel, ou o Livro de Reclamações. Também certificamos a autenticidade de produtos de qualidade, e em breve vamos fazê-lo através de um novo código que interage com uma APP de um telemóvel. Assim, a missão da INCM é, essencialmente, a de oferecer serviços essenciais de segurança ao cidadão. Por outro lado somos uma Empresa que através da Imprensa Nacional promove a língua e a cultura portuguesas, em Portugal e no mundo. Através das nossas edições e de prémios literários, prestamos um serviço público de cultura. Temos seis áreas de negócio distintas dentro da INCM, mas que têm este ADN comum que é o valor da segurança e isso aplica-se à Contrastaria. A INCM está constantemente presente na vida dos portugueses, porque somos nós que produzimos boa parte dos documentos que nos acompanham diariamente, para além das moedas que trazemos no bolso. O que é que a Contrastaria oferece?

PP: Oferece a garantia da segurança que o consumidor está a comprar de facto aquele artefacto de metal precioso com o toque legal e todas as características que o fabricante diz estar a vender. Portanto, quando compro um anel eu tenho a certeza que por ter a marca de certificação da Contrastaria, estou a comprar aquilo que o comerciante diz vender. Temos duas vertentes, por um lado é uma forma de proteção ao consumidor e, por outro lado, uma forma de garantir uma leal concorrência entre o setor, prevenindo algum lucro ilícito com qualquer falsificação do produto. Portanto, temos aqui estes dois papéis, proteger o consumidor e promover a concorrência leal entre os operadores económicos do setor. Recentemente, numa estratégia de aproximação ao setor, criamos uma newsletter, e temos vindo a desenvolver um conjunto de iniciativas com este objetivo. Para nós a comunicação é uma ferramenta essencial. Queremos que todos os operadores do setor reconheçam a mais-valia da marca do Contraste. Aliás, no dia em que o consumidor perceber que a Contrastaria é a marca que faz a diferença, o nosso papel está realizado. No final, o propósito é garantir a segurança do nosso consumidor final e promover aquilo que é a ourivesaria portuguesa e que é também um património municipal, património de Gondomar.

Como é que se dá a sua chegada à Contrastaria em Gondomar? PP: Como já referi, uma das unidades de negócio da INCM são as contrastarias. Em Portugal possuímos três: a contrastaria de Lisboa, a do Porto e a delegação de Gondomar. Eu dirijo a unidade de contrastarias e fiscalização a nível nacional. Gondomar é uma delegação do Porto, mas genericamente falando é como se fosse uma Contrastaria. A Rosa é a chefe da Contrastaria do Porto e da delegação de Gondomar. O Filipe Guerra é o chefe de Contrastaria de Lisboa e contamos com o Rui Correia na chefia na área de Fiscalização. Neste novo ciclo, foi criado o núcleo de gestão de Projetos de Inovação e Eficiência, coordenado pela Ana Dias. O meu dia-a-dia é, naturalmente, dividido mas Gondomar ocupa atualmente mais de metade do meu tempo. Especificamente falando de Gondomar, o Município tem, na sua génese, a história da ourivesaria Portuguesa. Até pela minha presença assídua no Município, percebemos que Gondomar é para nós de facto algo importante, estratégico, com uma história que tem que ser respeitada e com clientes que têm que ser acarinhados, no sentido de lhes prestarmos o melhor serviço possível para que eles possam continuar a fazer aquilo que fazem com tradição e saber. Com história, mas agora, também com


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especial, é tradição, é história inovação. É importante, ainda, referir a presença permanente e a ajuda imprescindível da Rosa aqui na região Norte. Rosa Bessa: A minha família nunca esteve diretamente ligada à arte, no entanto, recordo-me que, desde pequena, quando ia para a escola, reparava nas senhoras a fazer a filigrana, algo diário com que fui crescendo. A Contrastaria de Gondomar surge inicialmente como um depósito porque as pessoas uniram-se e pediram uma delegação no Município. Antigamente, ouvia aquelas histórias que as pessoas pegavam nas “saquinhas” e lá iam a pé para a contrastaria do Porto. Depois, não sei o ano específico, foi criado cá o depósito e, em 83, é que começamos a marcar e a ensaiar. Antigamente não se fazia isso aqui em Gondomar, esta delegação era apenas um sítio onde depositavam os trabalhos e depois transportavam para o Porto. Mas a verdade é que o cliente de Gondomar, apesar de estarmos ao lado, é completamente diferente do cliente do Porto. Aqui são especialmente microempresas. Qual o peso que tem uma arte como esta no concelho de Gondomar? RB: Muito peso. Muito em termos pessoais, familiares, de tradição e de história. Muitas pessoas já tinham trabalhado em oficinas ou os pais eram ourives. Há uma ligação, pelo menos emocional, ao negócio. Mas a ourivesaria é uma espécie de "bichinho". Fica-se agarrado ao conhecimento, e especialmente aos clientes que acabam por ser amigos.

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Sociedade

> Equipa de Marcadores de Gondomar

Há pessoas que vêm cá três vezes por dia há 30 anos e acabam por se tornar família. Gondomar é especial, há uma relação muito emocional. A ourivesaria no concelho foi-se entrosando em Gondomar e foi ficando. Aqui cresceu mais porque temos a sorte de estar mais perto das vias de comunicação e do litoral, e o comércio é mais facilitado. Quantos funcionários tem a Contrastaria de Gondomar? RB:. Nós fazemos rotação entre o Porto e Gondomar. Uma das características do Porto é que tem serviços muito mais minuciosos, a verificação de marcas e as marcas estrangeiras. Na marcação, aqui em Gondomar, temos dez colaboradores, na receção são oito, e nos laboratórios temos quatro. No total temos mais de vinte. Quais as vantagens da mudança para o

edifício do Goldpark? PP: Primeiramente, apontamos para a questão da segurança. No Goldpark existe um maior nível de segurança, comparado ao espaço anterior. Em simultâneo, é de referir a sua localização estratégica. Para além da proximidade de acessos, existem sinergias, naturalmente, com as empresas incubadoras que estão aqui também no Goldpark. Portanto, há aqui um contexto que favorece e enriquece a Contrastaria dentro do recinto. Diria, ainda, que as Contrastarias de Lisboa e do Porto deverão aproximar-se, no futuro, do conceito e imagem da Contrastaria do Goldpark. O Goldpark tem tudo o que é preciso para vocês desenvolverem a vossa atividade na perfeição. Podemos dizer isto? R.B: Sim. De momento sim, e a nossa esperança é que muitas mais empresas se juntem a nós no futuro. Devido à pandemia, o processo de aproximação que, como já referiu, considera importante, tornou-se mais difícil? PP: Não têm sido tempos fáceis, mas eu gosto de desafios. Preocupo-me muito com a saúde dos nossos colaboradores e dos nossos clientes e, portanto, não descuro a segurança e a prevenção. Naturalmente que estamos a seguir todas as normas da DGS e o setor está ávido por encontrar soluções. Estou ciente dos inegáveis desafios, mas acredito, sempre, que temos de saber transformar as dificuldades em oportunidades de mudança.

> Marcadora Celeste Silva

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Para terminar, o que é que gostaria de

mudar ou o que pretende implementar na Contrastaria? PP: Para já, estou focada na aproximação ao setor, nas suas necessidades e expectativas. Na mesma linha, criámos o nosso site, porque consideramos que, neste momento, a tecnologia é crucial nas nossas vidas. Esta plataforma permitirá agilizar alguns processos que anteriormente teriam de ser realizados pessoalmente ou, pelo menos, de forma não tão imediata. Outra medida que adotámos, e que também é novidade, é a concessão de crédito que, na realidade, é uma ajuda financeira para o setor que pretende trazer de forma imediata uma maior facilidade de pagamento por via da inclusão nas faturas de uma referência multibanco. Isto permitirá que o pagamento seja realizado de forma mais cómoda e segura, online ou numa caixa de multibanco, já depois do levantamento da obra. A salientar, também, algo muito importante para as cerca de 4 000 empresas do setor: o fim do designado emolumento mínimo, ou seja, o término da taxa mínima da Contrastaria. Por fim, uma referência aos diversos projetos em curso de melhoria de eficiência e de oferta de novos serviços aos clientes, com destaque para o Uniquemark, um projeto de Inovação que nasce com a crescente preocupação dos consumidores com a garantia da autenticidade e rastreabilidade dos artefactos. Consegue imaginar uma marcação feita com a dispersão aleatória de pó de diamante e com a autenticidade controlada com uma APP num telemóvel? É o futuro, e já lá estamos. Queremos antecipar o futuro ▪


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Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália

Lentes de Contacto – mitos e esclarecimentos Os óculos, por vezes, podem ser algo marcante na vida de uma pessoa, principalmente para quem os usa desde cedo. Antes de ser Optometrista, já era usuária de lentes de contacto. Na altura, foi uma solução apresentada pela minha optometrista que desde logo abracei de forma efusiva. Existem vários mitos e contrassensos sobre este tipo de resolução da visão e, como tal, decidi falar um pouco sobre este tema, de modo a que todos fiquem esclarecidos e elucidados. Primeiramente, devemos começar por referir que as lentes de contacto não são prejudiciais à saúde, sendo recomendáveis por todos os profissionais de saúde ocular. Podem ser adaptadas tanto em crianças como em adultos. Normalmente, recomenda-se quando a pessoa pratica algum desporto ou tem profissões de risco para quem usa óculos e em situações em que, de alguma forma, se ache clinicamente justificável o seu uso, como, por exemplo, na proteção em caso de alguma cirurgia ao olho. As lentes de contacto servem para corrigir os erros refrativos - miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia - em toda a sua totalidade, assegurando uma visão nítida e correta. Nalguns casos, como miopias altas ou astigmatismos irregulares, é, por vezes, difícil conseguir uma visão a cem por cento, no entanto, se a pessoa se sentir confortável e segura, nós recomendamos na mesma o seu uso. Existem dois tipos de lentes: as convencionais e as descartáveis. As convencionais estão a cair em desuso devido ao seu tempo de duração que, no mínimo, pode ser de um ano. As descartáveis incluem todas as outras: diárias, quinzenais e mensais. A lente diária é aberta no dia e descartada no final do mesmo dia. A quinzenal dura, como o próprio nome indica, quinze dias e a mensal um mês. Normalmente, são mais recomendadas, dependendo do uso, tipo de problema e idade do consumidor. Podemos agora abordar alguns mitos associados a este tipo de lentes, tais como: . É possível a minha lente ir para a parte de trás do olho? É anatomicamente impossível isso acontecer, devido a uma membrana que cobre todo o olho e que conecta com o interior da pálpebra. As lentes de contacto podem arranhar os olhos? Podem ocorrer alguns problemas associados às lentes, mas são pouco comuns. Os problemas oculares mais comuns são causados por lentes mal adaptadas, por falta de cuidados e por falta de seguimento das recomendações de uso e descarte das lentes. . A lente pode ficar presa no olho? Pode, mas muito raramente, devido à falta de hidratação do olho. Caso isto aconteça, deve dirigir-se ao seu profissional de saúde ocular e pedir ajuda para não se magoar ou danificar o olho. Todos estes problemas podem ser evitados, caso tome todas as precauções recomendadas pelo seu especialista, se cumprir as datas de validade e o tempo diário de uso recomendado das lentes e, por fim, se cumprir a correta manutenção das mesmas, principalmente, se se tratarem de lentes mensais. Eu, que sou usuária deste tipo de lentes há cerca de dez anos, recomendo-as bastante aos nossos clientes, acompanhando-os na sua adaptação, ensinando os devidos cuidados a ter, como colocar e tirar a lente e, por fim, caso haja algum problema, a estar presente para o resolver.

Sociedade

FAPAG comemora 30 anos No dia 17 de fevereiro de 2020 a FAPAG (Federação das Associações de País de Concelho de Gondomar) celebrou o seu 30º aniversário, mas a verdadeira cerimónia realizou-se no dia 24 de julho, pelas 21h, no Auditório da Escola Dramática e Musical Valboense, em Valbom, Gondomar. A cerimónia de aniversário contou com a presença do Secretário de Estado Ajunto e da Educação, João Costa, o deputado Carlos Brás e a deputada Germana Rocha, em representação do Município esteve presente a Vereadora Aurora Vieira. O Secretário de Estado aproveitou o momento para declarar que em tempos de pandemia o sistema educativo esteve debaixo de uma lupa muito grande e que aquilo que já era necessidades e características tornam-se muito mais evidentes. Os movimentos associativos de pais neste momento tornaram-se ainda mais importantes para a comunicação entre as entidades e os Encarregados de Educação, “nós sabemos que a cooperação é essencial para o sucesso educativo”. “O próximo ano que se avizinha será um desafio. Hoje, sabemos que, infelizmente, vamos ter que aprender a conviver com este vírus e que se a democracia não pode ficar suspensa, a educação também não”. João Costa, aproveitou para felicitar a FAPAG pelo trabalho que têm

> Jorge Ascenção, Germana Rocha, João Costa, Carlos Brás, Carlos Monteiro e Aurora Vieira

vindo a desempenhar nestes 30 anos de história, que beneficiou o processo educativo de muitos jovens e crianças. Em representação do Município de Gondomar esteve presente a Vereadora responsável pelo pelouro da Educação que iniciou o seu discurso reconhecendo os 30 anos de história do Movimento que de ano para ano tem vindo a se renovar e a crescer. Aurora sublinhou no seu discurso que em plena fase de contingência, “as escolas foi a organização que mais depressa se adaptou e a que mais rápido respondeu às necessidades das famílias e dos seus respetivos alunos”. Em representação de Marco Martins, Presidente da Câmara de Gondomar, Aurora comunicou algumas palavras em nome do autarca, “deixo aqui uma palavra de amizade, uma palavra de continuidade, uma palavra de que juntos conseguiremos ir mais longe e que o foco será sempre os nossos alunos e os nossos cidadãos”.

Foi num ambiente de animação que Carlos Monteiro, Presidente do Conselho Executivo da FAPAG falou para o público presente “um dos lemas que fixei na FAPAG é que sozinho vamos mais rápido, juntos vamos mais longe”, o responsável do Movimento referiu que “a nossa satisfação é o de dever cumprido é o de percebemos que estamos a formar cidadãos”. Para Carlos Monteiros este é o “Movimento mais democrático que há, nós somos designados e estamos enquanto temos filhos no sistema educativo e sabemos que o tempo é efémero, é curto”, mas o importante é incentivar os outros “a virem atrás de nós” e que o “ponto de entrada é muito diferente do nosso ponto de saída”. A cerimónia que decorreu segundo as normas da DGS, contou com um número restrito de convidados. No final do evento deu-se um pequeno convívio, onde foi cortado o bolo comemorativo. ▪


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São Pedro da Cova com novo espaço de lazer É na Freguesia de São Pedro da Cova que se encontra o mais recente parque de lazer projetado pela Junta de Freguesia local. Com uma vista imperdível sob a cidade invicta, o sítio está projetado para que a população possa relaxar ou fazer exercício enquanto admira a paisagem. Localizado na Rua de São Pedro, lugar do Monte Alto, na Nacional 209, encontra-se este espaço de Merendas que foi projetado pela Junta de Freguesia de São Pedro da Cova. O espaço possuí uma visão sobre a cidade do Porto, Matosinhos, Gaia e Maia. Um investimento de 2500 euros que ainda não está terminado. O Presidente da União de Freguesias, Pedro Vieira, refere que “faltam dois

equipamentos de exercício que já se encontram encomendados para terminar o projeto, estamos dependentes da entrega dos mesmos”, em causa está uma bicicleta e uma máquina a remos, a intenção da Junta é que enquanto os utentes fazem exercício possam contemplar a paisagem. Além das mesas onde os visitantes podem comer e conviver, o local possui um baloiço que segundo Pedro Vieira, serve para que os visitantes “possam tirar fotografias para colocar nas suas redes sociais” com a paisagem da cidade do Porto como fundo. “Quisemos aproveitar este terreno que já era propriedade da Junta, não fizemos mais do que a nossa obrigação”, constata o Presidente de São Pedro da Cova. No local, ainda foram realizadas diversas plantações de árvores autóctones, o intuito é que no futuro a sombra das mesmas melhorem as condições já existentes no local para os visitantes. O autarca anuncia ainda que “é nosso entendimento aproveitar os espaços PUB

que temos tanto em Fânzeres, como em São Pedro da Cova e queremos, no próximo ano, até ao final do mandato, criar um outro parque em Fânzeres, isso é garantido”.

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Sociedade

Do ponto de vista do executivo da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova é importante a criação destes espaços de lazer para a população. ▪

> Pedro Vieira, Presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova

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Panorama da empregabilidade em Gondomar Dado à situação do Covid-19, vários setores económicos sentiram o peso da crise económica originada pela Pandemia. Para muitos, tornou-se difícil de suportar os gastos e, principalmente os colaboradores. Iniciativas foram criadas para amenizar a queda económica, uma delas foi a implementação do LayOff, por parte do governo central. A realidade é vista nos números, o mês de março e abril, foram os mais críticos e onde se registou um aumento de desempregados e inscritos no centro de emprego, na primeira metade do ano. Enquanto que, em janeiro registávamos 477 homens desempregados, em abril sentiu-se o pico, dado que os números dispararam para os 593. Quanto às mulheres o aumento não foi significativo comparado a janeiro. No primeiro mês do ano Gon-

domar tinha 524 mulheres no desemprego e, apesar dos números terem baixado para 440 no mês de fevereiro, o mês de abril fez aumentar para 526 mulheres inscritas. Comparando os dados, o mês de abril foi o mais problemático dos passados seis meses de 2020, registando um número de 1 119 de desempregados no Município de Gondomar. Respeitante às colocações, de forma geral o mês de janeiro foi o mais promissor, na entrada do novo mês do ano, registou-se 171 colocações, 82 para os homens e para as mulheres 89. Ao longo dos restantes meses os números são sofrem uma quebra, sendo novamente abril o mês mais negro da lista, atingindo apenas 33 colocações (homens 19 e mulheres 14). Facto é que, no primeiro mês do ano Gondomar registava um total de 5 883 inscritos e em junho é registado 7 787, um aumento de 1 904 inscritos no centro de desemprego. Num panorama geral o mês de maio é o que regista o índice mais elevado, atingido 7 873 desempregados. A nível geral, quanto ao grupo etário mais afetado nestes seis meses do ano, os números são unânimes des-

tacando o grupo etário dos 35 aos 54 anos com mais números de inscritos, sendo o pico registado no mês de maio com 3 350 desempregados. O grupo que regista uma menor taxa de desempregabilidade é o que se insere nos com menos de 25 anos. O número mais alto foi atingido também no mês de maio com 919 inscritos. Quanto à faixa etária dos 25 aos 34 anos, maio aparece, novamente como a “ovelha negra”, este grupo registou

1 686 inscritos, o mesmo panorama ocorreu no grupo com mais de 55 anos, esta faixa etária alcançou no quinto mês do ano 1 918 desempregados. No entanto, a esperança fica quando constatamos que há um aumento gradual no número de colocações. Em abril eram registadas apenas 33, visualizamos que no mês de junho as colocações sobem para um total de 107. ▪

Gondomar marca presença na cerimónia protocolar de reabilitação fluvial No dia 24 de julho de 2020, no Quartel das Artes em Oliveira do Bairro, Gondomar foi um dos 17 municípios que marcou presença na Cerimónia Protocolar de Assinatura dos Contratos Interadministrativos, no âmbito do Plano de Recuperação Económica e Social de Portugal 2020-2030, presidida pelo Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes. Este visa ao financiamento pelo Fundo Ambiental de intervenções de reabilitação fluvial, devolvendo com boas práticas quase 100 Km de territórios ribeirinhos ao usufruto da po-

pulação. O Programa de Estabilização Económica e Social prevê que o Fundo Ambiental financie intervenções de reabilitação de leitos e margens ribeirinhas com recurso a técnicas de engenharia natural, contribuindo para o cumprimento dos objetivos e compromissos nacionais e internacionais, designadamente os relativos às alterações climáticas, aos recursos hídricos, aos resíduos e à conservação da natureza e biodiversidade, tendo para o efeito sido assinado um protocolo de colaboração técnica e financeira entre a Agência Portuguesa de Ambiente e o Município de Gondomar, com vista ao financiamento de intervenções de reabilitação fluvial, com prazo de conclusão até 30 novembro de 2021. A candidatura do Município de Gondomar integra uma estratégia de reabilitação e valorização ecológica de troços nos rios Torto, Tinto e da

ribeira da Archeira, totalizando uma extensão de intervenção de 6.4 km, que ascende a 246 mil euros. Este projeto tem como objetivo estratégico a reabilitação dos corredores ribeirinhos, através de técnicas de engenharia natural; ações de corte e limpeza seletiva de vegetação nas margens e no leito; estabilização de taludes vulneráveis à erosão fluvial

> Marco Martins, Matos Fernandes e José Fernando

e ações de plantação autóctone ripícola. As próximas intervenções serão nos rios Ferreira e Sousa. Os Municípios abrangidos são: Aljustrel, Almada, Alzejur, Anadia, Azambuja, Baião, Cascais, Gondomar, Odemira, Oliveira do Bairro, Penacova, Penela, Santo Tirso, Torres Vedras, Viana do, Castelo, Vila Pouca de Aguiar e a Vila Velha de Ródão. ▪


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Sociedade

Água da Torneira: uma escolha inteligente e de qualidade A qualidade da água fornecida, através da rede pública, e que chega diariamente às torneiras dos consumidores é uma preocupação e uma prioridade da Águas de Gondomar. Além de mais segura que a água dos poços, minas e furos, e mais barata que a água engarrafada, a água da torneira é saudável e evita a produção de resíduos, o que a torna mais sustentável.

O Abastecimento de água para consumo humano é um serviço público essencial ao bem- estar dos cidadãos e à saúde pública. A

água que é distribuída para consumo humano é regularmente analisada, por laboratórios acreditados, para avaliar as suas características, atendendo a valores limite especificados na legislação nacional, que resulta da transposição da legislação europeia. A água da torneira é examinada tendo em conta indicadores de contaminação, tais como microrganismos patogénicos e contaminantes químicos, o que inclui pesticidas e metais pesados, prejudiciais à saúde, apenas são detetados com análises rigorosas. Ao consumir água da rede pública tem acesso a água de qualidade, evitando ainda a transmissão de doenças por via hídrica. Ao beber está água está a garantir a proteção da sua saúde e a dos seus familiares. O consumo de água não tratada pode originar doenças graves. ▪

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Sociedade

Lipor e Município de mãos dadas no combate à poluição no rio Tinto A poluição por odores é a segunda maior razão de reclamações ambientais por parte dos cidadãos, é nessa linha que surge a aplicação “OdourCollect” que se encontra inserido no projeto D-NOSES. O intuito da app é que os cidadãos possam denunciar os maus odores provenientes da água do rio, identificando foques de contaminação. O VivaCidade esteve à conversa com o Vereador do ambiente, José Fernando e com a Técnica da Lipor Catarina Almeida. O projeto D-NOSES consiste num projeto financiado pela União Europeia, no valor de 3 milhões de euros, no âmbito do H2020, lançado há dois anos, em abril de 2018, em Londres. O consórcio do projeto é coordenado pela Fundação Espanhola, a IBERCIVIS, que por sua vez é composto por 15 parceiros a nível mundial. É no âmbito deste projeto que a LIPOR, como parceiro e de modo a decidir qual o piloto a desenvolver, decidiu incluir potenciais propostas de

> Vereador José Fernando

problemas de odores que se verificam nos Municípios Associados, que correspondem aos quatro concelhos abrangidos pelo rio- Gondomar, Valongo, Maia e Porto. O projeto escolhido “Rio Tinto”, é segundo Catarina Almeida um caso piloto diferenciado que pretende proteger o rio Tinto e melhorar o ambiente. Para o Vereador José Fernando, esta aplicação “é uma tecnologia de ciência cidadã, prática e versátil” que incentiva os cidadãos a denunciar possíveis focos de poluição tornando-os agentes ativos da sociedade. Catarina Almeida adianta ainda que “existem movimentos cívicos locais, cujos membros se tornam vigilantes do rio Tinto e que em muito contri-

buem para a melhoria do seu estado ecológico”. Segundo Catarina, a exposição de odores pode ser responsável por alguns problemas de saúde e a sua incomodidade, é um indicador de problemas ambientais maiores, como por exemplo a poluição dos cursos de água. Para a técnica da Lipor a falta de regulamentação nesta matéria leva a menos estudos técnicos e, consequentemente, a poucos dados sobre a poluição por odor. No entanto reconhece, que é difícil a medição e a análise da incomodidade de odores, sendo assim importante a ajuda por parte da população, “os cidadãos podem ser uma força motriz para a mudança, participando ativamente na monitorização e no registo dos odores”, para a responsável “o melhor medidor de odores é o nariz humano”. O vereador responsável pelo ambiente da Câmara Municipal de Gondomar, acrescenta que com esta aplicação torna-se mais fácil uma “identificação e atuação mais célere pelas Entidades competentes no cumprimento das diretrizes da Diretiva Quadro da Água”. José Fernando adianta que “a breve prazo teremos outro painel na ribeira da Archeira, junto ao Rio Douro” e caso o aplicativo tenha adesão por parte dos cidadãos, “o município poderá equacionar a dispersão de painéis junto a outros rios ou unidades industriais, onde os odores possam ser sinónimos de falta de saúde e qualidade de vida”. O Vereador acrescenta ainda que

o Município e a Lipor contribuíram para a escolha técnica da área piloto para implementar esta experiência, tendo sido o critério de seleção o trabalho que tem vindo a ser realizado na “caracterização e requalificação” do rio Tinto, iniciado por ambas as entidades nos últimos anos. Após a denuncia ser realizada, cada piloto consegue aceder ao BackOfficeda APP para retirar os registos efetuados, tratá-los, analisá-los e validá-los. Realizada a denúncia, torna-se possível identificar um foco de odores e investigar até que ponto é um indicativo de poluição. A APP OudorCollect é gratuita e encontra-se disponível no Portal da Lipor (www.Lipor.pt) ou na PlayStore para Android e na AppleStore para iOS. É necessário realizar um registo com um email e password, sendo atribuído um nº de utilizador. ▪

> Catarina Almeida, técnica da LIPOR


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Concurso Eco-Famílias XXI de Rio Tinto A Junta de Freguesia de Rio Tinto e a ABAE estão a organizar o projeto ECO-Famílias XXI, destinados às famílias residentes em Rio Tinto. A iniciativa pretende sensibilizar a população para um estilo de vida mais sustentável.

dia 31 de agosto de 2020. A participação neste concurso está sujeita à premiação de três famílias da freguesia que conquistem a pontuação mais elevada resultante de um questionário realizado online. O primeiro prémio corresponde à atribuição de um cartão anual para a rede de Centros Ciência Viva para dois adul-

tos e dois ou mais descendentes entre os 5 e os 17 anos, mais um Cabaz Biológico Híper. O segundo qualificado é premiado com um cartão anual para a Rede de Centros Ciência Viva para dois adultos e dois ou mais descendentes entre os 5 e os 17 anos, mais um Cabaz Biológico Grande. E o ter-

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Sociedade ceiro prémio corresponde a um Cartão Anual para a Rede de Centros Ciência Viva para dois adultos e dois ou mais descendentes entre os 5 e os 17 anos, mais um Cabaz Biológico Médio. Para mais informações pode aceder ao seguinte link: https://ecofreguesias21. abae.pt/eco-familias-2020/rio-tinto/. ▪

A Junta de Rio Tinto anunciou este mês a participação da Freguesia no concurso ECO- Famílias 2020. O objetivo é destacar as famílias com as práticas mais sustentáveis e que demonstram mais preocupação com o ambiente, o território e a comunidade Rio-Tintense. A população ao participar neste concurso contribui para que a Junta de Freguesia receba a Bandeira Verde de EcoFreguesia XXI da edição 2020/21. Este galardão já foi atribuído a Rio Tinto na edição de 2018/19. Os interessados podem concorrer até ao PUB


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Destaque

Quem vive na Lomba tem mais O VivaCidade acompanhou o dia do Presidente da Junta de Freguesia da Lomba, Rui Vicente, que não poupou elogios à terra que o viu crescer. Destacada pela sua beleza natural, a Lomba é uma freguesia mais rural, que se integra no Município de Gondomar. Vários temas foram abordados ao longo do dia sendo um deles a sua recandidatura nas próximas eleições. Texto e fotos: Gabriela Monroy

O seu dia começa, habitualmente, entre as 8h 30 e as 9h, dependendo da sua necessidade. Todos os dias, ao final da tarde, Rui gosta de planear a sua agenda para o dia seguinte, “há planeamento todos os dias, no dia anterior planeamos o dia seguinte e esse planeamento dita a hora a que temos de dar início às funções e de que forma e em que local”. Sendo uma das freguesias mais distantes do centro, “muitas vezes o dia não inicia diretamente na Junta, mas logo na Câmara Municipal de Gondomar ou, em outra entidade que necessite da minha presença”. Como Presidente de uma Junta pequena, realizo muitas funções, “trato parte administrativa, respondo emails, trato de processos, faço de contabilista, faço muita coisa, temos de ser muito polivalentes”. Quanto ao atendimento, o mesmo revela que com o problema do COVID-19, o atendimento é limitado, “damos preferência ao atendimento telefónico ou desloco-me à casa das pessoas, toda a Freguesia tem o meu número de telefone, inclusive, está dispo-

nível na página do Facebook”. O autarca faz questão de manter uma relação mais próxima com todos os seus cidadãos, “não me importo de perder tempo a falar com os mais idosos ou com quem precisar”, sendo Presidente de uma Freguesia mais rural, Rui Vicente reconhece que grande parte da sua população é idosa e requerem muito mais cuidado. “Muita delas estão isoladas, que não têm com quem dialogar e precisam de falar e quando apanham o presidente da Junta começam a desabafar tudo”, na perspetiva do próprio, um presidente também tem essa função, “temos a tarefa de estar junto delas de tentar perceber se existe algum problema social ou se há alguma coisa que possamos fazer que melhore a qualidade de vida destas pessoas e nisto perde-se muito tempo”. Em tempos de pandemia, o isolamento agravou a condição destes idosos, a comunicação tinha de ser mais frequente e nisso, Rui Vicente destaca a iniciativa da Câmara Voz amiga. O trabalho foi desempenhado em parceria com a própria Junta“A Câmara apoiou-se na Junta de Freguesia para fazermos este trabalho” - o autarca revela que “tivemos muitas situações que

> Futuro Posto Avançado dos Bombeiros da freguesia da Lomba

> Praia Fluvial da Lomba

estão todas identificadas. Nós tínhamos uma lista fornecida pela Câmara e todos os dias entravamos em contacto”. A própria Junta teve de auxiliar os idosos “esse trabalho foi feito pelo executivo, a ‘minha pessoa’ teve esse cuidado de andar todos os dias à procura de quem precisasse de ajuda, levávamos os medicamentos, pagávamos as faturas da luz ou íamos buscar comida”, o responsável revela que a Lomba têm “muitos idosos, que descobrimos na pandemia, que vão buscar medicamen-

tos ao Hospital da Gaia e eu lá ia todas as semanas busca-los, depois tinha o cuidado de desinfetar tudo. A Câmara não consegue dar uma resposta aqui, porque somos muito distantes, quem dá resposta aqui é a Junta, mas sempre com orientação da Câmara”. “Eu digo que quem vive na Lomba tem regalias, relativamente, aos que vivem na cidade”, para Rui Vicente, nas Freguesias mais urbanas, os cidadãos nem “conhecem o Presidente de Junta, nem sabe qual o partido do mesmo”, na Lomba a aproximação é diferente, a comunicação é muito mais fácil. Nas palavras do próprio, a Junta da Lomba é mais prestativa, se “a pessoa precisar nós estamos sempre lá”. Mesmo com os mais novos, a preocupação do mesmo é que estes tenham contacto com o exterior, que “sejam mais felizes”. Segundo o edil, “as nossas crianças são umas privilegiadas e os pais infelizmente não conseguem ter essa noção, que por sermos uma escola pequena com 20 e poucos alunos, eles têm tudo, visitam museus e locais da redondeza, nós disponibilizamos, constantemente o autocarro, as pessoas organizam, passam a vida a conhecer, têm acesso a material escolar de graça que a Junta apoia com cerca de 25 euros por ano por criança para materiais, isto do primeiro ao quarto ano”. O autarca revela que todos os anos entrega 500 euros à professora, que corresponde aos 25 euros para cada menino, e “com isso ela faz a gestão durante todo o ano para o material escolar, a Junta suporta todos os encargos escolares dos seus alunos”, e


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Destaque

qualidade de vida, é mais feliz

acrescenta que “sinto que os pais não percebem a sorte que têm de terem os filhos aqui na Lomba. Eu vejo a realidade dos alunos de Rio Tinto ou de Gondomar que parecem muito mais tristes, aqui eles são muito mais felizes”. Ainda na Junta, o autarca revela que, quanto à questão da pandemia, o executivo sempre doou e apoiou com equipamentos de proteção, “nunca entregamos dinheiro, nós comprávamos e doávamos os produtos” a quem o precisasse. Ao longo da manhã, Rui Vicente revelou que a Lomba está cada vez mais a ser procurada para a vertente do turismo rural e “para nós isso é muito importante”. Em visita à praia Fluvial da Lomba, um dos ex-libris da Freguesia que atrai mais populares, o autarca explica que há cinco anos que a mesma é destacada com a bandeira “Qualidade de Ouro 2020”. Esta bandeira foi conquistada através “da sua qualidade da água, estacionamento e dos equipamentos existentes no local que fornecem conforto para os banhistas”, o responsável destaca que este feito foi “conquistado desde 2014 e tem vindo a ser preservado e penso que vai durar muitos anos”. Rui Vicente sublinha que é importante para a Freguesia este tipo de reconhecimento “para nós é satisfatório sair em destaque na revista internacional Time Out”. No local, enquanto o autarca contempla a praia da Lomba revela que esta “é a única do concelho de Gondomar natural, não é feita, não é pensada, é uma praia criada pela natureza. É a única praia do Município que tem condições para ser praia em Gon-

domar, podem andar aí a inventar, a deitar areia, mas nunca vão conseguir chegar aos calcanhares da praia da Lomba, isso é um ponto”. O autarca revela que os investimentos estão a crescer no que toca à habitação e ao turismo, “cada vez mais há pessoas a procurar a Lomba, para comprar casas” e que, agora mais do que nunca, é urgente a Câmara dar um pouco de atenção à Lomba, no sentido de que a Lomba necessita de mais investimentos, “estamos a crescer e precisamos de atrações e de proporcionar mais ofertas, a única praia que nunca teve investimentos foi a da Lomba. Se houvesse um bocado de investimento e planeamento da Câmara eu penso que poderíamos ter uma praia ainda mais fantástica. Agora não sei o que não move o presidente da Câmara a fazer investimentos na praia da Lomba”. As Freguesias do Alto Concelho são mais “desprezadas, penso que uma Câmara tem que olhar para o seu concelho como um todo e identificar os problemas”, Rui Vicente diz que a Lomba possui muitos problemas que necessitam de ser resolvidos, um deles é a perda de habitantes, “nós precisamos de manter a nossa identidade”. “O problema é que a Lomba tem quintas, não é como uma cidade que tem terrenos de 600 m2 loteados, bonitos, para um jovem chegar ali meter a sua casa e fazer o quintal, a Lomba não tem isso. Se um jovem quer morar aqui na Lomba tem de comprar um terreno de 5 mil metros ou de 10 mil metros. Depois temos a questão do PDM que inviabiliza metade da construção no território, ou seja, entramos aqui em vários fatores que desmotivam os jovens de fazerem casa na Lomba”. Na sua opinião, a Câmara necessita de comprar terrenos e loteá-los, “colocá-los todos direitinhos” para a venda dos mesmos, dado que não há investidores privados que queiram investir no território “um terreno aqui na Lomba vale muito menos do que em Rio Tinto. Um investidor tem muito mais rentabilidade em comprar um terreno em Rio Tinto e vendê-lo muito mais caro, do que comprar na Lomba que não consegue ter tanta rentabilidade, até porque a procura na Lomba é muito menor, então não interessa ao investidor, mas o jovem se calhar se tivesse oportunidade até ia viver para a Lomba. Já há jovens a procurar e a perguntar se há alguma casa, se há terrenos, eu digo sempre que não há nada porque não há mesmo, mas o Presidente da Câmara se calhar está a preparar muito bem as estratégias no centro do concelho onde estão os votos e, provavelmente até muito bem, está a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos daquela zona, nada contra, mas tem de olhar tam-

bém para o resto, não pode olhar para meio concelho e, infelizmente é o que eu acho que a Câmara está a fazer, a olhar só para meio concelho”, Rui Vicente sublinha que é urgente criar soluções para motivar a vinda da população para as freguesias do Alto Concelho. O presidente explica que não acredita que, o amigo Marco Martins o faça de propósito, “não acho que o Marco seja contra a Lomba nem contra mim, acho que o Marco e os vereadores não têm a capacidade e a sensibilidade de sentir estes problemas porque nunca os passaram e penso que a Câmara tem um problema muito grave estrutural no seu executivo, e esse sim é um problema muito grande que deveria ser corrigido nas próximas eleições, que é o presidente da Câmara necessita de colocar no seu executivo pessoas de todo o concelho. Nós temos um executivo de Câmara que não tem ninguém do alto concelho”. O mesmo sugere que um potencial candidato para esse posto seria o José Andrade, antigo Presidente de Melres, “ele é a pessoa indicada para estar lá a representar o alto concelho. Tive o prazer de trabalhar com ele, penso que é a pessoa indicada para dar um empurrão às Freguesias mais rurais”. Quanto a projetos futuros, o autarca revela que de momento a Junta da Lomba está a sofrer remodelações e que ainda há muita coisa que gostaria de realizar. Ainda na vertente do turismo e no conceito de atrair visitantes, o responsável refere que

gostaria de fazer um parque de campismo perto da praia “e assim resolveria os problemas quanto ao campismo ilegal”. Rui Vicente expõe a ideia de que gostava de criar um slide, “acho que seria uma coisa fantástica aqui para Gondomar, se calhar para o Porto, seria o segundo maior slide do país e sobre o rio Douro”, a Junta gostaria de aproveitar a beleza do Rio Douro e colocar um slide para que os visitantes pudessem usufruir da vista sobre o Rio, que partiria do miradouro dos Labercos e terminava perto do cais do Pé de Moura. Para além do slide e do Parque de Campismo, gostaria de fazer um Passadiço pequeno de 600 m, que acompanharia a margem do Rio. Para o autarca estes investimentos não necessitavam de uma “grande quantidade de dinheiro” seria “um projeto de um milhão de euros (campismo, slide, passadiço). De 2014 a 2020, um milhão de euros em 7 anos são 120/150 mil euros que para a Câmara não é nada comparado a outros investimentos”. No final do dia, visitamos o novo posto avançado para os bombeiros que está a ser construído numa antiga escola da Lomba, e desvendou que pretende criar um Complexo Industrial para impulsionar a economia da Freguesia, “o terreno já está comprado e situa-se na Rua Complexo Desportivo”. Rui Vicente terminou o dia com o VivaCidade revelando que é sua intenção voltar a candidatar-se para as eleições de 2021. ▪


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Gonçalo Lixa Médico Veterinário, Clínica Veterinária do Taralhão

“Como Lidar com a Perda de um Animal?” Apercebamo-nos, ou não; queiramos, ou não; as perdas fazem, e farão sempre, parte da nossa vida. Algumas perdas são vistas como positivas, por indicarem o fechar de um ciclo e início de outro (exemplo: conclusão de uma etapa escolar ou saída de um emprego para outro com melhores condições). Pelo contrário, muitas outras perdas, pela sua irreversibilidade, sofrimento, ou saudosismo associado, são vistas como negativas. Apesar de não ser psicólogo ou psiquiatra (nem me querer substituir a esses profissionais), a verdade é que o dia-a-dia de um veterinário com paixão pela profissão, é um dia-a-dia em que se presenciam essas perdas, nomeadamente a morte de um animal, e acompanhar dos seus tutores nesse difícil processo. Lidar com a perda de um animal é como lidar com a perda de um membro da família? Por mais que o possamos negar, e possa até haver alguma pressão social no sentido de o contrariar, a verdade é que, quando tratados de forma digna, um animal de estimação é mesmo um membro da família, e é muito real o sofrimento da perca de um amigo de quatro

patas. Está lá quando chegamos e quando saímos. Está lá quando estamos tristes e contentes. Está lá incondicionalmente, e pedindo muito pouco em troca. Se está a sofrer pela morte do seu animal não se sinta mal, é normal e humano, esse sofrimento. Qual a melhor forma de lidar com essa perda? Não existem fórmulas perfeitas, já que o luto é feito por cada pessoa de forma individual. No essencial, cada um deve ter a liberdade de expressar o que está a sentir e, se possível, partilhá-lo (com familiares, amigos ou escrevendo). Ajuda, ainda, criar um memorial sobre o seu animal (álbum de fotos, caixinha com recordações), para que possa voltar lá sempre que sentir falta do seu melhor amigo. Por último, mas não menos importante, lembre-se que o final de um ciclo leva sempre ao início de um outro ciclo, e o animal que acabou de perder apenas quereria uma coisa, se pudesse escolher: que você continue feliz! Talvez isso passe por vir a adotar um outro animal (não para todas as pessoas poderá ser adequado), ajudar uma associação local ou mesmo partilhar a experiência sentida com outras pessoas que perderam os seus animais. Todas estas atitudes farão com que o seu animal continue a viver não ao seu redor, mas em si e nos seus gestos para com os outros. Qualquer dúvida adicional, teremos todo o gosto em responder, para o contacto 934982307 ou cvtaralhao@gmail.com.

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Cursos de Educação e Formação de Adultos - EFA (Nível Secundário - equivalência 12ºano)

INSCRIÇÕES ABERTAS - Sistema Aprendizagem (12º ano - nível IV) - TÉCNICO/A DE RESTAURANTE/BAR - TÉCNICO/A DE COZINHA/PASTELARIA - TÉCNICO/A DE MARKETING

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- bolsa de formação; - subsídio de alimentação; - subsídio de transporte (quando aplicável); - subsídio de acolhimento (para formandos/as com filhos/as a cargo até 50% do IAS).


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Sociedade

Antenor Areal:

“O nosso objetivo é criar bons profissionais, não só na área do trabalho, mas também em todas as vertentes, como por exemplo o aspeto humano” Desde 1991, que a ActualGest tem contribuído para o desenvolvimento social, económico e cultural da comunidade. A premissa é formar bons profissionais que estejam à altura das exigências impostas pelo mercado de trabalho. O VivaCidade esteve à conversa com Antenor Areal, que já conta com cerca de 30 anos como Diretor Pedagógico da instituição.

aos países de expressão da língua Portuguesa e continuamos a fazer esse trabalho. Neste momento, está em aberto, não estamos a trabalhar com nenhum país, mas temos contactos e estamos a desenvolver o necessário para continuar, fundamentalmente, as pós graduações, que é o nível que mais trabalhamos no Instituto. A Actual Gest continuou, ainda agora começamos mais uma formação de cozinha e pastelaria, começou durante este período mais difícil, continuamos a trabalhar com os cursos de educação para adultos e esse tem sido o nosso percurso até ao momento. Naturalmente, que continuamos a trabalhar com as empresas, que requerem sempre a nossa formação e que para nós é um bom sinal, dado que é um indicativo de que estamos a fazer um bom trabalho.

Conte-nos um pouco da história da instituição? A Actual Gest começou, inicialmente (1990), com quatro pessoas. Antes estávamos localizados no Porto. Criamos alguns cursos que na época foram inovadores, que eram intitulados por “agentes de apoio a grandes dependentes”, foi um curso realizado a nível Nacional, juntamente com IPSS ligadas a esse ramo de pessoas com grandes dependências, tanto físicas, como mentais. Após esta fase, passamos para a criação da Actual Gest, onde entraram mais duas pessoas. Depois em 1997, recebemos um convite do Centro de Emprego de Gondomar- o IEFP, convidaram-nos para entrarmos como entidade formadora do IEFP. E, a partir daí, foi o percurso que seguimos, fundamentalmente com jovens, embora também façamos formação com adultos. Fomos trabalhando e incluíndo empresas até depois à criação de um Instituto chamado Lusófono de Formação Psicossocial e Comunitária -ILUFOR- que nasceu de uma formação que fizemos em Cabo Verde. Entendemos que esta iniciativa iria cobrir uma área ligada, precisamente,

E quais são os cursos que vocês tem disponíveis neste momento? E quais são os que tem mais saída? Há cerca de uns 8 anos atrás, nós optamos mais pela educação e formação na via do turismo, fundamentalmente, mais ligado às áreas de hotelaria, restauração e cozinha/ Pastelaria. Estas são as mais prioritárias porque são as que têm mais procura. Estes cursos são mais direcionados para jovens entre os 15 e os 25 anos, que têm o 9º ano de escolaridade e saem com equivalência de 12º ano e com o certificado na respetiva área-cozinha/pastelaria e ou mesa/bar, mas também temos cursos para adultos. Neste momento, encontram-se a decorrer inscrições nos cursos: Técnico de Restaurante/ Bar; Técnico de Cozinha/ Pastelaria; Técnico de Marketing: Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade. Ainda temos vagas. Todas as informações podem ser consultadas no nosso site da Actual Gest. E como é que as pessoas podem entrar em contacto com vocês, principalmente, neste tempo de Covid-19?

Continuamos a funcionar como o habitual. Nós estamos preparados para receber os interessados, nós não entramos em Lay-off, uma vez que já tínhamos conhecimento anterior de formação à distância, através do e-learning, dado que conhecíamos as plataformas, daí a rápida adaptação. Nós falamos com o Instituto de Desemprego que é a nossa entidade supervisora que entendeu que poderíamos continuar de acordo com as normas da Direção Geral da Saúde (DGS). Os jovens foram para casa e lá permaneceram durante os períodos mais críticos da primeira fase do surto epidémico, sempre a trabalhar à distância. No geral o balanço foi positivo, claro que houve algumas dificuldades, porque os nossos cursos, sendo profissionais são os cursos que todos os meses têm práticas, fizemos de facto coisas bonitas em casa, mas por vezes, alguns alunos, por não terem possibilidades começaram a vir cá sozinhos e eram acompanhados por alguém previamente destacado. Atualmente, as turmas já cá estão, com o desconfinamento adotamos uma sistema misto, dado que as práticas tem que ser realizadas presencialmente, porque os exames finais dos alunos são com exercícios práticos, assim eles tem que aproveitar estas aulas e tivemos que realizar um programa que os beneficiasse. Uns vem de manhã, enquanto outros vem à tarde. Como é que vocês estão a proceder neste momento com as inscrições? No nosso site “ActualGest”, temos a opção de realizar as inscrições, o acesso é simples e fácil. A pré-inscrição fica assim feita e depois os candidatos são contactados para virem à primeira entrevista. Quanto às parcerias que vocês têm, como é que funciona?

Quem está no mercado há 30 anos, já conhece tudo. Nós conhecemos as entidades e as entidades conhecem-nos e abrem-nos as portas. Nós tentamos dar preferência aos estabelecimentos de Gondomar, mas quando as vagas estão esgotadas, temos parcerias com espaços localizados no Porto, principalmente com hotéis. Estas parcerias já vêm de trás e continuam-nos sempre a abrir as portas, temos um vasto leque. Todas as turmas que saem conseguem estágios. Considera fulcral para os alunos a criação destas parcerias? Sim, é muito importante para o futuro destes alunos. Neste momento, saiu uma turma imediatamente e tivemos colocações num dos Hotéis mais badalados do Porto que é o “Yetman”. Temos dois jovens que ficaram e inclusivé pediram-nos mais alunos porque observaram que de facto estamos a servir bem os nossos parceiros. Qual é a vossa premissa, qual é o vosso principal objetivo, o que é que vos guiou durante estes anos? Nós levamos o nosso trabalho muito a sério, nós nascemos para isto. E como centro de formação, enquanto acreditarem em nós, continuaremos a dar o melhor possível, através do nosso trabalho, trazendo sempre inovações, de forma a que os alunos se sintam bem, esse é o nosso papel. Nós focamo-nos não só na formação, mas também na ligação que eles fazem à entidade e todo o apoio que podemos dar à família e à população local. Outro ponto é o processo de trabalhar a parte da identidade dos jovens e a sua postura na sociedade, levamos muito a sério a sua formação: o “saber ser”, o “saber fazer” e o “saber saber”. O nosso objetivo é criar bons profissionais, não só na área do trabalho, mas também em todas as vertentes, como por exemplo o aspeto humano. ▪


VIVACIDADE

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Hospital Escola Hospital Fernando Pessoa

VERÃO COM SAÚDE Alimentação Saudável Verão significa atenção redobrada com a saúde e corpo, sendo assim de essencial importância as nossas decisões e escolhas feitas no que diz respeito à alimentação. Os dias de Verão estão muitas das vezes associados a refeições rápidas, mas rápido não deve significar a ingestão de refeições de forma incorreta. Com o objetivo de aproveitar tudo de bom que esta estação maravilhosa nos oferece, é necessário praticar uma alimentação leve e saudável, assim como uma hidratação adequada, permanecendo também atento para com as questões relativas à segurança alimentar. Uma vez que a dieta deve incluir todos os nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo, evitando assim carências nutricionais, os alimentos a enfatizar e durante o verão são as frutas e os hortícolas dado que são de fácil digestão, muito ricos em fibras e vitaminas, possuindo também bastante água, mantendo assim um bom nível de hidratação do corpo.

Sociedade

Moinhos de Jancido despertam interesse de Jovens internacionais A iniciativa promovida pelos Azes Valboenses e financiada pelo IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude) contou com a participação de 20 jovens oriundos de Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália e da Palestina. O projeto deste Campo de Trabalho Internacional partiu de uma parceria realizada com o Grupo Moinhos de Jancido. Foi em Foz de Sousa, mais propriamente nos Moinhos de Jancido que do dia 10 de julho até ao dia 26, um grupo de 20 jovens esteve em linha com os valores da Associação Azes Valboenses, dado que a iniciativa promoveu “o bem-estar individual e comunitário, ancorados em valores de sustentabilidade e respeito pela diversidade” o que permitiu o desenvolvimento das competências pessoais dos participantes. Com o objetivo de alertar para a importância da redução do impacto ambiental, a alimentação do grupo foi realizada de forma mais local possível e totalmente vegetariana. Segundo os responsáveis, esta ação não teria sido possível sem todo o apoio da comunidade local, principalmente do “grupo informal de reabilitação dos moinhos de Jancido, cujo trabalho, dedicação e participação cívica inspirou este projeto”. Em simultâneo, aproveitaram para realizar um agradecimento a todos os que apoiaram a causa: “aos escuteiros que facilitaram o workshop de sobrevivência, à União Desportiva Sousense, que nos abriu portas e nos acolheu nas suas instalações, à MaqMais que contribuiu com materiais para o nosso trabalho, à Padaria de Jancido, ao Minimercado Isabel e ao Kyaya que nos confortaram o estômago, e a restante comunidade que nos ofereceram produtos locais, diversos ma-

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teriais e contribuíram com a sua experiência”. Muntaha Abu Dayyeh é uma jovem Palestiniana de 29 anos que visitou pela primeira vez Gondomar e, em concreto os Moinhos de Jancido. Para Muntaha estas iniciativas são muito importantes, tanto para a comunidade como também para o pessoal. “A nível pessoal é importante porque conhecemos e trabalhamos com pessoas de diferentes culturas e de diversas origens o que faz quebrar todos os estereótipos que temos, é através destes projetos que descobrimos que no fundo somos todos iguais e que cada cultura pode nos enriquecer tornando-nos em pessoas melhores através da comunicação, em simultâneo, a experiência permite-nos ver o mundo de outras perspetivas. Nós aprendemos a trabalhar em equipa e a criar pontes entre nós. Segundo a jovem “tive que aprender a resolver problemas sem ferramentas que tenho normalmente no meu dia a dia, tive que aprender a utilizar o meu cérebro de forma diferente”, Muntaha destaca ainda que este Campo de trabalho internacional foi importante para perceber que “normalmente aprendemos que o voluntariado é um dever que temos perante a comunidade, mas neste campo, aprendi que a humanidade está acima de tudo e melhorar qualquer comunidade é o meu dever na vida. Muntaha afirma ainda que voltaria a participar “neste maravilhoso e enriquecedor projeto”, a jovem acrescenta que, inicialmente, pensava que esta experiência seria

“normal” às outras atividades internacionais que já participou, mas que no final o Campo de trabalho comprovou que ela estava errada e que há ainda muita coisa para apreender. A jovem estrangeira mostrou o seu agradecimento para com todos os envolventes no projeto e, principalmente com a comunidade local e, ao longo da entrevista não conteve os elogios à beleza natural dos Moinhos de Jancido, situados em Foz de Sousa. João Bruno tem 23 anos e é natural Atouguia da Baleia, localidade situada no Concelho de Peniche, distrito de Leiria. Veterano em experiências internacionais, foi a primeira vez que participou num Campo de Trabalho. Na sua opinião a “adorei a experiência e vou repetir sempre que possível. A interação com pessoas de todo o mundo e de culturas variadas só nos enriquece. Quanto ao campo de trabalho em si, não custou nada! O espaço era maravilhoso e recôndito num Portugal que passa despercebido a muita gente, o projeto era interessante e amigo do ambiente e o trabalho foi simples e muito recompensador. Fiquei muito feliz por poder ajudar os voluntários dos Moinhos de Jancido e a comunidade local”. Na perspetiva de João, “Conheci pessoas fantásticas com maneiras de ver o mundo diferentes. Conectei-me com a Natureza e quebrei a rotina. Fiz algo pela comunidade e diverti-me. Experimentei comidas diferentes e conheci mais um pedaço do meu país. Foi muito bom!” ▪

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Cultura

Entrega de Prémios das Quadras Populares ao São Pedro No fim de semana de 4 de julho, período das festas dos padroeiros São Pedro e São Paulo, realizou-se a entrega de prémios do 37º Concurso das Quadras Populares ao São Pedro. O evento realizou-se no auditório da Junta de Freguesia de Fânzeres e contou com a presença do executivo da autarquia local. O concurso que decorreu até ao 29 de maio, foi promovido pela União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova e tem o intuito de destacar, pela qualidade, as melhores quadras referentes às Festividades do São Pedro. Na sua composição é obrigatório que as quadras respeitem os temas: Manjericos, balões, rusgas, orvalhadas, marchas, fogueiras, entre outros que relembrem as tradições populares respeitantes à época. Os responsáveis pela organização aproveitaram o momento para agradecer ao júri do concurso composto por Ivone Sousa, Leonel Cabral e Lourdes

dos Anjos, que proporcionou aos presentes um momento de declamação de poesia. Participaram no concurso 388 trabalhos, de um total de 83 atores, dos quais 23 se apresentam pela primeira vez. O critério do Júri para realizar a seleção dos trabalhos passou pela originalidade, a sensibilidade artística e o vocabulário utilizado. Em primeiro lugar ficou Sadino de José Rosa Rosado Motrena de Setúbal, em segundo lugar ficou a quadra Mangerico de Ermelinda Sousa Ramos Costelha Santos Costa de Gondomar e o terceiro lugar foi atribuído a Entre Aspas, de Mário Jorge Leite Almeida, de Gondomar. Quanto à categoria dos sub-18, o primeiro lugar foi ocupado por Pombo, de Bruno Diogo Oliveira Lemos Costa, de Rio Tinto, quanto ao segundo classificado ficou Lírio-Branco, de Tomás Fernandes Domingues, proveniente de Miranda do Douro e em terceiro lugar ficou Margarida, de Inês Nascimento, de Ermesinde. Foram ainda atribuídos algumas Menções Honrosas às quadras: Festa, de Domingos Freire Cardoso, de Ílhavo; Brincalhão, de António Alves da Silva, de Vila Franca de Xira; Afonsus, de Rui Alberto Cruz de Sousa, de Santa Marta; Folgazão, de Amílcar Pereira da Sil-

va, de Vila Franca de Xira; Voz Amiga, de João Francisco da Silva, de S. Tiago dos Velhos; Zizi, de Alzira da Conceição B. Veloso Quaresma, de Corroios; e Poeta Marchante, de Renato Manuel Bravo Valadeiro, de Estremoz. Devido às circunstâncias atuais to-

das as medidas foram adotadas para garantir a segurança dos presentes. Assim sendo, houve um controlo na quantidade de pessoas no auditório e em simultâneo, foram cumpridos as medidas implementadas de uso de máscara e gel desinfetante. ▪

QUADRAS DOS PRIMEIROS CLASSIFICADOS: 1.º Classificado No calor do teu abraço Há festa, fogo, magia, Onde descanso o cansaço Duma noite de folia Sadino - José Rosa Rosado Motrena - Setúbal

Categoria dos SUB-18: 1.º Classificado O Vírus não tem Fronteiras S. Pedro, querido Santo Nem tem Medo das Fogueiras Acesas, em qualquer Canto. Pombo - Bruno Diogo Oliveira Lemos Costa - Rio Tinto

Festas do Divino Salvador irão decorrer com constrangimentos

Segundo o Presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres, Pedro Vieira, “se na Santa Bárbara e no São Tiago, não houve condições para realizar um espetáculo, agora, no Divino Salvador há condições e é o que a Junta irá fazer”. Este ano as festas de Santa Bárbara e de São Tiago foram celebradas apenas com a missa solene, já as do Divino Salvador irão contar com a participação do grupo de música Quarteto de

Verazin. Segundo Pedro Vieira, este grupo “já atuou no festival de música que decorreu na Igreja Matriz de São Pedro da Cova”. Após contactados pela Junta o Grupo monstrou-se “logo disponível”. O concerto será realizado no dia 8 de agosto, pelas 21h 30 min, na Igreja Matriz de Fânzeres. O evento será

realizado com o devido cumprimento das normas implementadas pela DGS, respeitando o distanciamento social, através da utilização de lugares previamente marcados e o uso de equipamento de proteção individual. No dia 9 de agosto, pelas 11horas, será realizada a habitual missa solene. A ocupação para o concerto é conforme a chegada

das pessoas e está sujeita aos limites das marcações já pré-realizadas. A decisão da Junta de realizar o espetáculo surge com o intuito de não deixar passar em branco esta data importante para Fânzeres, “pretendemos dar um sinal à população de que a junta está disposta a que estas festas populares não fiquem esquecidas”. ▪ Foto DR

Mais um ano, mais uma edição das festas do Divino Salvador. Este ano devido à pandemia, as festas irão se realizar com constrangimentos dado ao atual panorama pandémico que Gondomar está a atravessar.


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VIVACIDADE

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Política

Inauguração do novo passadiço junto ao Rio Douro Na semana passada, mais precisamente no dia 23 de julho, foi inaugurado pelo executivo Autárquico o novo troço de passadiço situado próximo ao Rio Douro e que interliga a Ribeira de Abade, em Gondomar, ao Palácio do Freixo, localizado na cidade do Porto.

a solução surge quando Marco Martins, em 2014, após falar com o Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, “acertamos a situação” e “ponderamos realizar uma obra em conjunto chegamos até a realizar um projeto, mas entretanto surgiu o hotel e, em vez da obra, realizamos um passadiço moderno, adequado à arquitetura do hotel e que interliga Gondomar ao Porto”. No local, a população pode usufruir

de vários parques de estacionamento, uma ciclovia, zonas de descanso, diversos equipamentos de apoio e informação. A inauguração contou com a presença de Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, o Vereador Luís Filipe Araújo, a Vereadora Cláudia Vieira e o Vereador José Fernando. Marco Martins revelou ao VivaCi-

dade que no futuro, “quanto ao passadiço de Gramido até Marecos (Valbom até Jovim), são mais quatro quilómetros de rio já temos vários projetos para o local, a solução ideal será realizar o passadiço apoiado em cima do rio, para evitar expropriações, porque se não o custo da obra fica mais caro”. O concurso será lançado em 2021. ▪

A obra que se encontra a cargo do Município de Gondomar ronda um investimento de 145 mil euros mais iva. O percurso total, que estava suspenso desde 2009, conta com mais de três quilómetros de extensão. Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, explica que a obra estava suspensa devido às “divergências dos limites de onde terminava o Porto e começava Gondomar”,

Câmara toma posse de 19 hectares de terreno em São Pedro da Cova O Mês de julho trouxe novidades quanto à expropriação dos terrenos que contém resíduos perigosos em São Pedro da Cova. A Câmara Municipal de Gondomar, tomou posse “definitiva”, no dia 22 de julho, dos 19 hectares. Com o intuito de realizar a extração total das 125 toneladas de resíduos, como prometido no mês de novembro do ano passado, a Autarquia expropriou os terrenos com o Pedido de Declaração de Utilidade Pública com Carácter Urgente. O processo sofreu contestações por parte dos proprietários o que levou ao aumento do prazo inicialmente estipulado de 4 meses. A intervenção aponta para um investimento superior a 1,7 milhões de euros. Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar refere que, quanto à esta situação, o sentimento “é o poder de respirar novamente, porque o sacrifício que fizemos para ajudar a resolver o problema está agora materializado”.

O Autarca constata que a Câmara teve que tomar a iniciativa de comprar estas parcelas porque “quando em novembro começamos a preparar a operação, houve uns proprietários que tinham um conflito muito antigo com o Governo e que recusaram o início da operação e, nessa altura, a Câmara tinha apenas duas opções ou deixava andar e arrastava a situação ou de facto assumia que aquela era uma prioridade para resolver em Gondomar, nomeadamente em São Pedro da Cova”. Dado os problemas apresentados, Marco Martins revela que decidiram expropriar “não só os terrenos destes proprietários, como também toda a sua área envolvente”, para o Autarca “este é mais um investimento em São Pedro da Cova que não se vê, mas que está lá presente”. O Presidente acrescenta ainda que “isto só aconteceu porque a Câmara mudou, porque a Câmara que esteve em anterior funções autorizou a deposição e nós é que batemos o pé desde o início para o remover, às vezes as pessoas e a Junta esquecem-se disso”, Marco Martins aproveitou o momento para homenagear o Ministro do Ambiente “por ter abraçado a causa e pela sua disponibilização”. Através de um protocolo que a Câmara Mu-

nicipal irá realizar, os terrenos serão disponibilizados à CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte) para que o processo de remoção inicie pela empresa que a entidade eleger. O visto do Tribunal de Contas que permite iniciar o processo chegou à CCDR-N no início de Junho. O Presidente de Gondomar revela que “se tudo correr bem, já no mês de Agosto sairá do local o primeiro camião carregado com resíduos”. Estima-se que a obra esteja concluída nos próximos 18 meses, a contar a partir de Agosto. Para iniciar a intervenção, o Ministério do

Ambiente, por meio do Fundo Ambiental, disponibilizou 12 milhões de euros para a remoção destes resíduos industriais perigosos provenientes da Siderurgia Nacional da Maia. O concurso iniciado em 2018 contou com sete candidatos, sendo o eleito a empresa ECODEAL. No futuro, o pretendido pela atual Autarquia é fazer daquele espaço uma porta de entrada para o Parque das Serras do Porto, realizar a reabilitação do Complexo Mineiro e, a recuperação do Cavalete de São Vicente. O projeto definitivo só pode ser realizado após a remoção total dos resíduos. ▪


JULHO 2020 VIVACIDADE

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Política

Reabilitação do conjunto habitacional em Baguim do Monte Foi apresentado estes mês em Baguim do Monte, as obras de reabilitação da Cobertura, envolvente exterior vertical e melhoria da eficiência energética do Conjunto Habitacional Municipal do Castro II.

tidos abusaram, admito, mas agora a consequência é esta, qualquer “coisinha” é uma burocracia enorme”. A obra ronda um investimento de 700 mil euros para realizar a substituição da cobertura, a realização e a colocação de capoto nas fachadas, a substituição dos vãos e mais umas

pequenas obras que têm a ver com esquentadores, “com a troca do equipamento de aquecimento de água”, que segundo Marco Martins transforma o conjunto habitacional “mais eficiente e para que o consumo das famílias em aquecimento seja menor”. A última intervenção realizada

no espaço foi em 2012. O autarca adianta ainda que, “neste momento, estamos a terminar as obras em Fontela, começamos também as obras em Tardariz, temos em concurso o Monte em Valbom, Carreiros em Rio Tinto e Gandra em São Pedro da Cova”. ▪

O projeto que começou a ser pensado em 2017, só teve início neste mês de julho devido a questões burocráticas, esta obra “é um exemplo prático de uma obra paga, que nem é dos maiores investimento que já realizamos no Município, mas é a prova de que para fazer qualquer coisa neste país que se pensa hoje, só a podemos realizar daqui a uns anos”, refere Marco Martins ao VivaCidade, porque “a burocracia está tão apertada, porque acham que os políticos são todos corruptos, se calhar no passado alguns de vários parPUB

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VIVACIDADE

JULHO 2020

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Desporto

Tomada de Posse da Academia de Arbitragem Albino Nogueira A Cerimónia, que decorreu no Polidesportivo do Crasto, em Baguim do Monte, Gondomar, contou com a presença do Presidente da Associação Portuguesa de Árbitro de Futebol, Luciano Gonçalves, com o Presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto, Carlos Carvalho, o Vice-Presidente da mesma instituição, André Regueiro, e o Presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Francisco Laranjeira. ▪ Foto DR

No passado dia 24 de julho, tomou posse os novos órgãos sociais da Academia de Arbitragem Albino Nogueira - Associação de Árbitros de Futsal, com sede em Baguim do Monte. A Associação representativa dos árbitros de Futsal, essencialmente, do Distrito do Porto, é agora liderada por Gustavo Barros Pereira, árbitro da Federação Portuguesa de Futebol, que aos 23 anos, inicia o percurso de três anos à frente da Academia de Arbitragem, juntamente com uma equipa composta por dez árbitros dos quadros da Associação de Futebol do Porto, Associação de Futebol de Braga e da Federação Portuguesa de Futebol. No seu discurso de tomada de posse, o novo presidente, que sucede a Tiago Silva, colocou a tónica na importância da formação e desenvolvimento dos árbitros, dando, também, ênfase, à importância de aumentar o número de árbitros no ativo e de sócios da Academia. Jornal VivaCidade 30/07/2020

CARTÓRIO NOTARIAL DE RIO TINTO LIC.JOSÉ GUILHERME OLIVEIRA

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NOTÁRIO JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura de vinte e quatro de setembro de dois mil e dezanove, exarada de folhas 23 e seguintes, do livro de notas nº 142, deste Cartório, compareceram: JOSÉ DA SILVA MAGALHÃES, NIF: 130 956 252 e mulher MARIA EMILIA FERREIRA, NIF: 175 658 960, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, natural ele da freguesia de Abragão e ela da de Vila Cova ambas do concelho de Penafiel e residentes na Rua de Medancelhe, 472 em Rio Tinto, Gondomar, portadores dos cartões de cidadão n.º 03491304 1zy5 válido até 22/04/2020 e n.º 08500566 5zy2 válido até 09/08/2028, repectivamente. Que outorgaram escritura de justificação notarial, neste cartório notarial no dia vinte e sete de Dezembro de dois mil e dezoito, lavrada a folhas vinte e seguintes do Livro cento e vinte, e vêm por esta confirmar todos os seus termos, declarando o seguinte: Que são donos e legítimos possuidores, do seguinte prédio: Prédio rustico composto por um campo agrícola, situado em Medancelhe, da freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, com a área de mil e nove metros quadrados, que confronta a norte com Herdeiros de Ilda Ferreira Almeida, a sul com escadaria e caminho de servidão a nascente com Rua do Caneiro 337 e a poente com Rua de Medancelhe 462, 472, 478, 486, prédio omisso na Conservatória do Registo Predial de Gondomar, e está agora inscrito na matriz rustica da freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar sob o artigo 3329 com o valor patrimonial de 2.220,00€ e o atribuído de quinhentos euros (500,00€ ) . Que, os primeiros outorgantes adquiriram o dito prédio, por compra verbal nunca formalizada por escritura publica, efectuada a Joaquim Ferreira da Silva e mulher Lucinda Ferreira de Almeida casados que foram um com o outro sob o regime da comunhão de geral, residentes que foram no Porto, entretanto falecidos, realizadas em dia que não conseguem precisar, mas por volta do mês de Agosto do ano de mil novecentos e oitenta e três. Assim, Desde então os primeiro outorgantes, entraram na posse do dito prédio, há mais de vinte anos, passando a usufruir o mesmo como verdadeiros proprietários, retirando dele todas as utilidades, limpando-o, vedando-o, cultivando, colhendo os frutos, pagando as taxas e contribuições devidas, actuando sobre o dito bem sempre como quem exerce um direito próprio, á vista de todos, sem interrupção, sem nunca ter suscitado duvidas ou oposição de qualquer pessoa, elementos que conferem á posse assim exercida as características de publica pacifica e de boa-fé, o que lhes permite invocar o direito de propriedade por usucapião. Que, em virtude da inexistência de qualquer título, não têm os outorgantes a possibilidade de comprovar pelos meios normais a aquisição do dito prédio, por forma a regista-lo a seu favor, nem a possibilidade de o obter pelo que, para o efeito, justificam o seu direito pela presente escritura. O presente extracto vai conforme o original, destina-se a publicação e está nos termos dos números um e dois do artigo cem, do Código do Notariado. Rio Tinto, 24 de Julho de 2020 O Notário, José Guilherme Martins Rodrigues de Oliveira


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Empresas & Negócios

B&T Cabeleireiros: Novo espaço de glamour promete serviços de qualidade a bons preços É em Gondomar, mais precisamente em Baguim do Monte, que Soraia Santos abriu o seu novo espaço B&T Cabeleireiros. Neste novo local de requinte que abriu portas neste mês de julho é possível usufruir de um serviço de estética de qualidade a bons preços. Soraia é cabeleireira à 25 anos e emigrou para França, onde ficou durante dois anos ao lado do filho para lutar pelo seu sonho: “O meu sonho era construir algo de raiz idealizado por mim, que fosse a minha cara” a empresária constata que o seu novo espaço “só poderia ser” na sua terra, em Baguim do Monte. A inauguração realizada no dia 4 de julho foi um sucesso para a proprietária que aproveitou o momento para agradecer à Junta de Freguesia de Baguim

do Monte e, em particular ao Presidente Francisco Laranjeira, ao deputado Carlos Brás “e restantes partidos da oposição que tive todo o gosto de receber”. Soraia deixa ainda um agradecimento especial a todos os seus amigos e familiares que viveram ao seu lado este dia especial e, principalmente, “queria agradecer aos meus filhos por todo o apoio dado”. Este novo espaço promete aos seus clientes a disponibilização de serviços de qualidade num espaço glamoroso com preços competitivos com os restantes espaços da zona.

Para o mundo feminino, além dos serviços de cabeleireiros, as clientes têm à sua disposição uma especialista “em colocação de extensões e de avaliação do fio de cabelo, para indicar à cliente qual o melhor procedimento a adotar, para não danificar o cabelo, também temos serviço de manicure e pedicure básica e depilação facial”, quanto ao universo Masculino o local também tem serviços de barba, cabelo e limpeza facial. O espaço está aberto de Terça a Sábado das 9h ao 12h e das 14h às 19h. Dada a situação epidémica, o B&T cabeleireiros está a fazer o possível para respeitar as medidas impostas pela DGS, com a

utilização de equipamento de proteção (máscara e gel). Para os interessados, o B&T Cabeleireiros possuí um espaço online no Facebook e no Instagram onde todos os trabalhos lá realizados são postados. A página do Facebook está identificada como “Soraia Santos cabeleireiro” e no Instagram @soraia_santos_bt_esp_mulher. O B&T Cabeleireiros encontra-se localizado na Rua Vasco da Gama, nº 1004, em Baguim do Monte. Para entrar em contacto o número disponível é o 912 025 554. ▪

Os 3 Manitos: "Esperamos sempre por si com um sorriso e com produtos de qualidade" Abriu em Fânzeres, na Rua Vasco da Gama n.º 308, um novo espaço comercial que prima pela boa disposição e pelo bom acolhimento - Os 3 Manitos. Um negócio familiar, que pretende que o cliente se sinta em casa, se sinta descontraído, se sinta confortável. O nome surge pelo facto de a família ser constituída por três filhos, duas meninas e um rapaz. No local o cliente tem à sua disposição produtos de mercearia, higiene, drogaria, congelados, lacticínios e uma garrafeira com extensa variedade de marcas. Em simultâneo, os Manitos têm um espaço relacionado a frutas e legumes, padaria e pastelaria, sempre acompanhados de um bom café para quem assim o desejar. Os 3 Manitos destacam-se pelos produtos sempre frescos e de qualidade que vendem e pela sua vertente de entrega ao domicílio

sempre que o cliente assim o solicitar. Para quem tem como condição a higiene, o espaço é totalmente asseado, limpo e agradável. O horário de funcionamento é de segunda à quinta feira, das 8 às 20h, com interrupção para almoço das 12h 30min até às 14h, à sexta trabalham das 8h às 20 sem encerramento para o almoço. Ao Sábado não há

interrupção no horário, sendo que o espaço se encontra aberto das 8 às 18h. Contacto: 22 401 82 11 Os proprietários referem que até ao momento estão satisfeitos, “uma vez que, todos os dias recebemos novos clientes, porque alguém que já nos visitou e recomendou a visita”. ▪


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VIVACIDADE

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Lazer RECEITA CULINÁRIA

Deco

CHILLI DE CARNE COM ARROZ DE MANTEIGA (1PAX) Actual Gest Prof. João Rodrigues AZEITE 75 gr CARNE PICADA ½ CEBOLA PICADA 2 DENTES DE ALHO 25 gr PIMENTO VERDE 25 gr PIMENTO VERMELHO 25 gr PIMENTO AMARELO 50 gr COENTROS FRESCOS 50 gr TOMATE PELADO 50 gr POLPA TOMATE 30 gr BACON CUBOS COMINHOS Q/B SAL PIRIPIRI COLORAU VINHO BRANCO Q/B 15 gr MILHO COZIDO 2 COLHERES DE SOPA FEIJÃO PRETO 2 COLHERES DE SOPA FEIJÃO VERMELHO MANTEIGA ARROZ AGULHA QUEIJO RALADO

No passado dia 29 de maio foi aprovada uma lei que permite que até 30 de setembro de 2020, os consumidores que se encontrem numa situação de desemprego ou com uma quebra de rendimento do agregado familiar igual ou superior a 20%, face ao rendimento do mês anterior, possam requerer a cessação unilateral do contrato de telecomunicações, sem que sejam obrigados a pagar qualquer compensação ao fornecedor. O mesmo diploma reforça ainda que, mediante a verificação

Joana Simões

Estou em Lay-Off há um mês e atendendo à quebra de rendimento a que fui sujeito, rescindi o contrato com a minha operadora de telecomunicações. Agora recebi uma fatura para pagamento de uma penalização por cancelamento antecipado do contrato. Posso reagir? 2

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PREPARAÇÃO • 1. Num tacho, refogue em azeite a cebola e o alho picado, pimentos picados, tomate pelado picado e coentros picados e o bacon aos cubos. • 2. Junte a carne picada, deixe cozinhar durante 3 minutos, vá mexendo para não agarrar. • 3. Tempere com o sal, a piripiri, os cominhos e a folha de louro. • 4. Adicione a polpa de tomate e o vinho branco. Deixe cozinhar durante 10 minutos mexendo de vez em quando. • 5. Coloque o milho, feijão preto e vermelho com um pouco de calda e deixe ferver mais 10 minutos para apurar. • 6. Num tacho coloque manteiga e de seguida o arroz e deixe fritar. De seguida colocar a água ( 3x a q.t de arroz colocar sal e deixar cozer) Servir o Chilli com arroz de acompanhamento

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daquelas condições, os consumidores podem solicitar a suspensão temporária dos contratos com as operadoras, sem que fiquem submetidos a qualquer penalização ou cláusulas adicionais, retomando-se o contrato inicialmente acordado a 1 de Outubro de 2020. Para beneficiar de tal regime, os consumidores deverão remeter às operadoras de telecomunicações uma declaração, sob compromisso de honra, que ateste a quebra de rendimentos do agregado familiar, sendo que esta

Para mais informações contacte-nos: Telefone: 23391960 E-mail deco.norte@ deco.pt

Um médico aposentou-se e foi substituído por outro. Na consulta seguinte, o novo médico pediu a D. Ana a lista dos medicamentos que lhe haviam sido receitados. Quando o jovem médico viu a lista, engasgou-se. - D. Ana, sabe que estas pílulas são anticoncecionais? - Sei, mas ajudam-me a dormir. - Digo-lhe que não há absolutamente nada nestas pílulas que façam uma pessoa dormir! A D. Ana sorriu e disse: - Sim, eu sei. Mas todas as manhãs dissolvo uma pílula no sumo de laranja da minha neta... E assim durmo todas as noites sossegada!

Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora

210 929 000 mariahelena@mariahelena.pt

LEÃO

será calculada pela comparação entre a soma dos rendimentos dos membros do agregado familiar no mês em que ocorra a causa para a diminuição e os rendimentos auferidos pelos mesmos membros no mês anterior. Poderão, ainda, ser solicitados aos consumidores outros documentos, com vista a comprovar os referidos factos.

Amor: Poderá ter de enfrentar uma zanga familiar, mas não fique preocupado, pois tudo se resolverá. Aceite os erros dos outros. Saúde: Cuidado com o sistema nervoso. Mantenha a serenidade. Dinheiro: Não se deixe abater por uma maré menos positiva nesta área da sua vida, pois nem tudo está perdido!

SOLUÇÕES:


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VIVACIDADE

JULHO 2020

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal Joana Resende PS

Historicamente, a nossa cidade sempre foi (do) Ouro. Desde os povos pré-romanos, e mais tarde com a presença romana nas serras de Pias e Banjas, houve desde essa altura forte exploração mineira. Em pleno século XVIII, potenciado pelo Barroco e pelas suas encomendas, Gondomar afirma-se nacionalmente como um centro ímpar no cenário da Ourivesaria Portuguesa. Aprendendo com a história, e mantendo estra tradição secular no núcleo de muitas empresas familiares, atualmente a indústria da ourivesaria continua como importante mo-

Valentina Sanchez PSD

O exercício a que nos propusemos na presente sessão não pode estar desligado da conduta adotada no âmbito da aprovação do orçamento de 2019. A presente documentação traduz a execução de um orçamento que não foi aprovado pelos Vereadores e membros da Assembleia Municipal do PPD.PSD e,

Maria Olinda Moura CDU

Com o surto epidémico, a Câmara Municipal de Gondomar tomou a decisão de cancelar muitas das suas iniciativas previstas para os próximos meses, tendo já anunciado a não realização das festas do Rosário e a Noite Branca. Fê-lo, unilateralmente, 5 meses antes da data, só discutindo o assunto recentemente em reunião da Câmara. O cancelamento destas iniciativas cria disponibilidade orçamental que deve ser aproveitada em prol do concelho e dos gondomarenses para outros projetos e investimentos. Há muito para fazer em Gondomar. Aproveite-se bem os dinheiros que estavam orçamentados e que não vão ser usados. Não se deve esperar pelo próximo ano para se enquadrar estas verbas que ficarão dispo-

GoldPark cada vez mais de ouro tor económico do concelho, tendo na Filigrana a sua maior expressão, e posicionando-se no ranking das oitos maiores empresas de joalharia nacional com cinco empresas gondomarenses. Não era por isso de estranhar que existisse no nosso concelho instalações de Contrastaria, desde 1913, consequência direta do número de fabricantes da atividade em Gondomar, e da criação das contrastarias nacionais afetas à Casa da Moeda em 1882. Com a criação da Imprensa Nacional – Casa da Moeda em 1972, e mais tarde em 1986, criado que foi o Departamento de Contrastarias da Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Gondomar manteve sempre a sua delegação. Hoje em dia, e desde a sua criação, a contrastaria assegura a concorrência legal entre os industriais desta arte, bem como protege o

consumidor, garantindo com a sua marca a autenticação dos artefactos de metais preciosos. Por toda esta tradição, foi com alguma angústia que se assistiu em 2014 à intenção da Casa da Moeda encerrar a delegação em Gondomar. Com a curta distância do concelho à Contrastaria do Porto, entendia a Casa da Moeda que não era necessária a delegação gondomarense, e que passariam a funcionar apenas com Porto e Lisboa. O nosso Executivo, mais uma vez, com um plano de enriquecimento estruturado ao nosso tecido empresarial e industrial, debateu-se com esta intenção, demonstrando ainda a preponderância do concelho no cenário da ourivesaria, que por estudos realizados na altura, apuravam que a contrastaria de Gondomar era responsável por 66% da marcação de pe-

ças nacionais. Como as instalações da altura estavam também obsoletas, houve um compromisso da Câmara Municipal em ceder gratuitamente, e por um período de 15 anos, instalações modernizadas e com todas as condições inerentes à atividade, bem como de acessibilidade e segurança. Assim, e como prova dada na modernização da economia deste concelho, desde 22/06 que as novas instalações no GoldPark oferecem condições excecionais aos seus clientes e parceiros, mais ainda fortalecidas pela fácil adaptabilidade às exigências da Covd-19. Gondomar continua a ser notícia pelos melhores motivos, e marca a sua forte posição na modernização da economia e da riqueza nacional e das suas gentes.

Da Reprovação do Orçamento e das Contas de 2019 como tal, não representam as opções políticas da atual do PSD. Não tendo tido qualquer responsabilidade na execução do mesmo ao longo do ano de 2019, há diversas notas que aqui salientamos e que representam um desvio ao que deve ser uma gestão com visão e potenciadora de futuro de Gondomar. Deparamos com algumas taxas de execução que demonstram que não terá existido rigor na previsão da receita ou, por seu turno, existiu um orçamento empolado em algumas

rubricas. Os valores orçamentados para 2019 demonstram que não existiu uma logica entre aquilo que foi previsto e o que foi executado. Transparece uma gestão corrente, pouco planeada e pouco consistente. Constata-se que se o aumento do IMI (em 2018) foi devido ao valor da nossa divida, ao preverem uma redução na divida, a primeira preocupação deveria ser repor as taxas utilizadas nos anos anteriores, o que nos leva a questionar sobre que estratégia de fixação de residência e promoção da natalidade em Gon-

domar estão a ser seguidas. A resposta é, nenhuma! Parece que este executivo desvaloriza o setor da educação, particularmente no envolvimento das famílias no processo educativo, e da vida escolar dos seus filhos. Também, ainda nesta temática, transparece a falta de aposta num desenvolvimento social, cultural e educativo, consistente e criteriosos, fatores fundamentais para o desenvolvimento da qualidade de vida dos gondomarenses.

Em tempos de pandemia níveis agora e que poderão desde já ser utilizadas em áreas necessitadas e há muito reivindicadas pelas populações, nomeadamente, e para dar só alguns exemplos, para a construção de um canil municipal digno, ou para o Parque Urbano de S. Pedro da Cova, ou para o arranjo há anos esperado da praia de Marecos… Com responsabilidade, seguindo todas as medidas e procedimentos necessários, é urgente avançar com a nossa vida e as nossas atividades. Em todo este processo é fundamental que a Câmara Municipal dê sinais de que a vida não parou e assim evite que o medo se instale. Há atividades que, paulatinamente, podem reiniciar-se, como as férias desportivas para as crianças, agora que terminou o ano letivo, ou outras atividades que estavam programadas e que poderão ajudar as famílias, os trabalhadores e as empresas gondomarenses a ultrapassar esta fase difícil. É necessário atuar em muitas áreas para a superação das dificuldades existentes, como é o caso dos transportes que,

mais do que nunca, têm de ser em número suficiente para permitir a segurança necessária nas viagens dos gondomarenses para o trabalho e no regresso a casa, com carreiras que cheguem onde são necessárias, como é o caso das freguesias do Alto Concelho. Mas também na ação social que, mais do que nunca, precisa de trabalho de proximidade e de resolução de muitos problemas que se agravaram nestes últimos meses, ou no ambiente onde não se pode permitir a degradação dos espaços públicos ou da recolha dos resíduos, que tanto dinheiro levam mensalmente às famílias, ou na qualidade de vida das pessoas, sendo preciso medidas muito concretas para permitir que as populações usufruam de um descanso e lazer com qualidade nas praias fluviais, a maior parte delas, infelizmente, novamente desclassificadas. Ou na educação. Com o novo ano letivo aí à porta é necessário que a Câmara Municipal invista na segurança e na saúde de toda a comunidade educativa. Os pais, os professores,

os alunos, os funcionários querem voltar à normalidade, mas com toda a segurança. Mas é também necessário olhar para o futuro e para outras questões. É urgente baixar os custos com a água e saneamento em Gondomar, trazer o metro até ao centro do concelho e remover, de uma vez por todas, os resíduos perigosos do nosso território… Em suma, há muito a fazer pelos munícipes num ano que traz grandes desafios e dificuldades. O dever da Câmara de Gondomar é cuidar da vida dos gondomarenses e dar apoio efetivo às coletividades, aos agentes culturais, aos professores, a todas as forças vivas do concelho e, sobretudo, às famílias, ajudando-os a prosseguir com as suas atividades. A CDU tem procurado conhecer as dificuldades dos gondomarenses. Tem alertado. Tem feito propostas concretas e está disponível para ajudar a fazer o que é necessário. E continuará com esta forma de trabalhar, seja em que circunstâncias for.


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VIVACIDADE

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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal Até ao fecho da edição o Movimento Valentim Loureiro - Coração de Ouro não enviou o artigo de opinião.

David Santos

“UMA ENORME PIPA DE MASSA”

Pedro Oliveira

Esta inusitada pandemia mergulhou o mundo numa crise sem precedentes, atirando nações inteiras, das mais vulneráveis às mais poderosas, para níveis de angústia e preocupação absolutamente impensáveis há apenas meia dúzia de meses atrás. De repente as pessoas começaram a morrer, sem apelo nem agravo, passaram a ter que ficar em casa, impedidas de circular, imensas empresas de diferentes áreas, tiveram que suspender a laboração. A economia retraiu-se, entrou em queda livre, obrigando os governos a fazer uso das suas poupanças, para que os seus cidadãos pudessem manter um nível mínimo de sobrevivência. A verdade é que a situação se mantém, melhorando aqui, mas piorando ali, não havendo previsão mínima para o seu términus.

Com tal panorama e apesar dos riscos, não restou ao mundo outra solução que aprender a viver com esta nova realidade, e ir abrandando o confinamento a que se tinha votado, pugnando por almejar recuperar a “normalidade” perdida, sob pena de se poderem perder definitivamente, por se tornarem insustentáveis, os padrões de vida e de desenvolvimento alcançados nas últimas décadas. Neste seguimento, a União Europeia, numa decisão ousada, corajosa e pouco usual no computo do seu historial, decidiu alavancar grande parte dos seus recursos em prol da retoma, seja económica seja no desenvolvimento dos seus 27 estados membros, disponibilizando-lhes milhares de milhões de euros, tanto deles a fundo perdido, abrindo objetivamente o leque da esperança, àqueles financeiramente mais condicionados, de lograrem reencontrar o caminho

da recuperação do equilíbrio e da credibilidade. Só para Portugal, na próxima meia dúzia de anos, são disponibilizados a fundo perdido, a título de Fundo de Recuperação e Quadro Financeiro, a astronómica quantia de 45 ml milhões de euros. Trata-se, de facto, de um imponente apoio, trazido à economia nacional, pela genuína solidariedade europeia, que, talvez pela primeira vez, deixando o campo da simples manifestação de vontade, se transforma num real, poderoso e substancial veículo de entreajuda comunitária consagrando, definitivamente, o tantas vezes vilipendiado, verdadeiro espírito europeu. Claramente que a decisão mais importante está tomada. Cumpre agora a cada Estado beneficiário e, em especial, a nós Portugal e aos portugueses, saber aproveitar tamanho fluxo financeiro, juntando os melhores dos seus

Pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras das cantinas, por um trabalho com direitos! Face a atual pandemia provocada pelo COVID-19, que levou ao encerramento das escolas, e consequentemente as cantinas escolares, que como é sabido, empregam mais de 8 mil trabalhadores a nível nacional, através de empresas de restauração coletiva, que têm a concessão destas cantinas e que contratam através de empresas de trabalho temporário, despediram estes trabalhadores, quer contratados diretamente quer através de empresas de trabalho temporário, recorrendo na mesma aos apoios do estado. O Bloco de Esquerda defende que é necessário pôr termo a este processo de privatização do serviço de refeições nas escolas públicas, revertendo todas para a gestão pública. A qualidade da alimentação fornecida aos estudantes baixou de forma dramática bem como o controlo sobre a quantidade e a qualidade dos alimentos se revelou muito difícil se não mesmo impossível de concretizar de forma continuada O município Gondomar não é exceção e tem as cantinas das escolas primárias concessionadas a empresas de restauração coletiva e quase na totalidade encerradas, onde foram também despedidas mais de uma centena de trabalhadoras. A precarização radical que grassa neste se-

tor facilita agora o abuso das empresas de restauração colectiva e remete os trabalhadores para uma situação de extrema fragilidade, muitos deles sem terem sequer direito ao subsídio de desemprego Despedidas pela empresa de trabalho temporário subcontratada pela concessionária do serviço, são muitas as trabalhadoras que há mais de 20 anos assinam contrato a seguir a contrato, ano após ano, assinam em setembro e são despedidas em junho ou julho do ano seguinte, outras contratadas através de empresas de trabalho temporário assinam em Setembro e são despedidas em dezembro, assinam em janeiro para serem despedidas na Páscoa, assinam depois das férias da páscoa para ser despedidas logo em junho. O executivo da Câmara Municipal até agora teve uma posição pouco vincada na tentativa de resolver este problema, e só depois de muitos protestos dos trabalhadores, que culminaram com uma greve a 12 dezembro de 2018, note-se, apenas para as cantinas deste município, manifestaram intenção de verificar a situação, mas a verdade é que praticamente nada mudou. Sabemos também, que a partir de Setembro de 2020 as eb2/3 passarão para competência deste executivo, sendo o órgão responsável pela elaboração do respetivo caderno de en-

cargos. O Bloco de Esquerda propõe que este serviço deve estar inserido na gestão directa do município, tanto das escolas primárias com das escolas eb2/3, por este ser um serviço essencial para o bom funcionamento das escolas. Não sendo possível a gestão directa do município das cantinas escolares, tendo assim de recorrer a empresas externas,o município deve trabalhar no sentido de evitar que a precariedade e fragilidade económica e social, promovida por estas empresas que tem contrato publico com o município de Gondomar, sejam praticas comuns. Porque o município, deve ser um exemplo na luta pelo trabalho com direitos e da dignidade dos seus trabalhadores, o Bloco de Esquerda propõe a implementação das seguintes medidas na discussão no próximo caderno de encargos. 1- Que exija da empresa com a concessão em vigor a entrega de uma lista com os nomes de todos trabalhadores das cantinas, efectivos, contratados e sub contratados (já sabemos que estes foram todos despedidos, mais de 100) que trabalharam até 12 de março para garantir que nenhum é despedido. 2- Que na elaboração dos próximos cadernos de encargos faça constar:

Movimento Valentim Loureiro Coração de Ouro

CDS-PP

melhores, na produção de todo um projeto onde decifradas as reais, estruturantes e virtuosas necessidades, possam as mesmas ser interligadas e articuladas complementarmente, dando efetivo corpo à inadiável estratégia de transformação e modernização do tecido produtivo nacional. A oportunidade é única. E uma enorme “pipa de massa”, apenas aguarda as diretrizes da nossa inteligência, sendo tempo de não defraudarmos a confiança que os Europeus começam a depositar em Portugal, e a esperança que muitos portugueses ainda têm nos seus governantes.

Bruno Pacheco BE

2.1- O nome dos trabalhadores que este ano letivo trabalharam nas cantinas escolares, a exemplo de outros municípios, como é o caso de Santo Tirso, para que a nova concessionária que ganhe o concurso seja obrigada a contratar os mesmos trabalhadores; 2.2. Os contratos com os trabalhadores devem ser feitos diretamente pela concessionária, sem recurso ao trabalho temporário, e como efetivos, ou no mínimo que sejam contratados para todo o ano letivo, mas também neste caso contratados diretamente pela concessionária. 2.2- Em todas escolas de confeção a categoria da cozinheira deve ser de 1ª, existir despenseiro, preparadora de cozinha e encarregada, para garantir melhor qualidade de serviço, segurança e saúde no trabalho e combater os ritmos intensos de trabalho e polivalências. 2.3-Os trabalhadores que conduzem as viaturas devem ter como classificação na sua categoria de trabalho como motoristas. 2.4-Carga horária mínima diária de 8 horas nas escolas de confeção e de 3 horas nas escolas transportadas


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Aventure-se e venha descobrir o que Gondomar tem de melhor A Câmara Municipal de Gondomar está a promover o que Gondomar têm de melhor, desde o turismo de natureza à tradição gastronómica do concelho, passando pela diversidade de ofertas no alojamento local para todos os gostos, do mais urbano ao mais rural, experiências não faltam para desconfinar e aproveitar as atrações disponíveis no Município. O seu vasto leque de locais a visitar, transforma o concelho num sítio enriquecedor e seguro, estrategicamente posicionado a poucos quilómetros da Metrópole do Porto e do Parque das Serras. Para proteger os visitantes, já são várias as empresas que possuem o selo “Clean & Safe”. Este selo faz com que o consumidor consiga distinguir os locais turísticos que cumprem com os requisitos de higiene e limpeza, de acordo com as recomendações da Direção-Geral da Saúde, desde o alojamento, às empresas de animação turística, aos restaurantes e similares. Face às atuais preocupações a Câmara sugere que assentem as suas visitas no turismo de natureza e balnear. À descoberta do Parque das Serras do Porto De longe, é considerado um dos ex-libris do concelho ideal para os amantes da natureza. No local é possível deliciar-nos com os diversos sons da natureza. Este território de Gondomar abrange seis serras- Santa Justa, Pias, Castiças, Santa Iria, Flores e Banjas- com um

> Parque das Serras do Porto

total de 6000 hectares. Aproveite para descobrir este património que remonta a mais de 500 milhões de anos e descubra a riqueza histórica que o local apresenta. A curto prazo estará disponível a rede integrada de percursos pedestres do Parque das Serras do Porto. Para já diversas empresas de animação turística oferecem uma panóplia de experiências memoráveis em contacto com a natureza, salientando a vista panorâmica desde a Serra das Banjas, em Melres, sobre o rio Douro. Antes de partir à aventura, recomendamos a consulta ao site http://serrasdoporto.pt/. Informe-se sobre o Índice de Risco de Incêndio e o Calendário Venatório das Zonas de Caça, respetivamente nos sites do IPMA e do ICNF, dado que poderá condicionar o usufruto de percursos e atividades. Percorrendo os Passadiços de Gondomar Para os amantes das caminhadas é recomendado a realização de dois percursos pedestres o “Passadiço de Rio Tinto” e “o Percurso do Polis” em Valbom. Para quem prefere pedalar ou tem aptidão física para percorrer maiores distâncias, é possível realizar os dois percursos seguidos, sendo a ligação entre eles fácil, apesar de não identificada no terreno. Localizado no centro de Rio Tinto, junto à estação de metro da Levada, o Parque Urbano de Rio Tinto é um amplo e agradável espaço verde que oferece diversos equipamentos desportivos, uma cafetaria, parque infantil, e um skate park. Aqui tem início um passadiço que acompanha o rio Tinto numa extensão de 6 Km, um projeto de requalificação paisagística e ambiental que estabelece a ligação (pedonal e ciclável) entre o centro de Rio Tinto e o Parque Oriental, em Campanhã (Porto). O percurso finaliza junto à rotunda do Freixo. Dirija-se à marina do Freixo a escassos 500m e a partir daqui poderá aceder ao passadiço do Polis, que foi recentemente inaugurado. O passadiço do Polis estende-se ao longo de 3 km junto ao Douro, entre a localidade de Ribeira de Abade, outrora um importante

> O Percurso do Polis, em Valbom

> Atividades Náuticas núcleo piscatório, e a localidade de Gramido. Ao longo do percurso existem vários parques de estacionamento, bem como áreas de descanso, miradouros, parque de merendas, equipamentos de fitness e esplanadas. Em Gramido, localiza-se o Centro de Desportos Náuticos, sede do Clube Naval Infante D. Henrique, o ponto panorâmico “Anfiteatro do Douro”, a Casa Branca de Gramido assim como os acessos ao Centro de Educação Ambiental de Gondomar - Quinta do Passal e à Fundação Júlio Resende. Face aos atuais constrangimentos ditados pela prevenção da pandemia COVID-19, apenas este último equipamento encontra-se aberto ao público. Também conhecida por “Lugar do Desenho”, foi criada a partir de um espólio de mais de 2000 desenhos do Mestre Júlio Resende, um dos mais conceituados nomes da pintura nacional que residiu em Gondomar. Possui uma mostra permanente e promove exposições temporárias, conferências, concertos entre outras iniciativas. Para finalizar, é sugerido ainda a visita ao Monte Crasto, considerado o ex-libris da cidade de Gondomar, é um excelente mira-

douro sobre o Porto e arredores, cenário idílico para contemplar o pôr-do-sol. De salientar a Capela de Santo Isidoro e os Cruzeiros do séc. XVIII (1757/1759). O último patamar acolhe uma cafetaria com esplanada. Em tempos de calor, aproveita as atividades náuticas disponíveis em Gondomar Banhado pelo rio Douro numa extensão de 37,5 km, Gondomar dispõe de excelentes condições para o turismo náutico. O visitante tem à sua disposição uma oferta diversificada de atividades como passeios de barco, jet-ski, mota de água, canoagem entre outras, disponibilizadas por empresas locais. Para mais informações e contactos consulte http://turismo.cm-gondomar.pt É também possível o aluguer de barcos sem necessitar de carta de marinheiro, uma excelente opção para explorar o Douro de forma autónoma e com a liberdade de navegar ao seu próprio ritmo. Ao nível de infraestruturas de apoio o Concelho dispõe de marinas em Covelo e em Melres, totalmente equipadas para receber embarcações.


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