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Promoção válida de 13 de Maio a 31 de Julho de 2019. Para as colecções das marcas Pull and Bear, Amichi, Pepe Jeans, Mango, Custo BCN, Victorio & Lucchino, Pedro del Hierro e Hackett disponíveis em cada estabelecimento Opticalia. Para monofocais: Lentes monofocais orgânicas brancas com índices de refracção 1,50 / 1,60 ou 1,67, com tratamento AR, da linha Vistasoft da Opticalia. Para progressivos, as lentes serão sempre lentes progressivas orgânicas brancas com índice de refracção 1,50 ou 1,60 com tratamento AR, das linhas Basic, Quality ou Prestige, da linha Vistasoft da Opticalia. Para ambos casos, as lentes deverão estar, nos intervalos de fabrico disponíveis dos fabricantes Vistasoft em stock e de fabrico. Financiamento mínimo de 12 prestações e máximo de 60 prestações mensais. TAN E TAEG DO CARTÃO DE CRÉDITO OPTICALIA: 0%. A utilização do crédito está condicionada a uma mensalidade mínima de 9,95€. Crédito disponibilizado pela Abanca Servicios Financieros e sujeito à sua aprovação. As ópticas OPTICALIA atuam como intermediárias de crédito a título acessório e sem carácter de exclusividade.
Ano 14 - n.º 172 - outubro 2020
Preço 0,01€ Mensal
Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida PARQUE NASCENTE, loja 409 EMPORIUM PLAZA, Loja 101
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Dia histórico para S. Pedro da Cova
Sociedade COVID-19: Gondomar com 700 casos ativos > Pág. 10
Entrevista José Rodrigues dos Santos: "Invistam no conhecimento. Para fazer é preciso primeiro saber." > Págs. 12 e 13
Reportagem Ambiente: Município aumenta separação do lixo em cerca de 53% > Págs. 16 e 17
> Pág. 28
Multidados realiza para o VivaCidade sondagem junto dos gondomarenses para avaliar desempenho dos autarcas > Págs. 6 e 7
Destaque Francisco Laranjeira: "Serei novamente candidato às eleições em 2021" > Pág. 20 e 21
Desporto São Pedro da Cova realizou o último jogo no estádio do Laranjal > Pág. 32 PUB
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VIVACIDADE
OUTUBRO 2020
Editorial José Ângelo Pinto Administrador da Vivacidade, SA. Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT
Caros leitores, O grupo VivaCidade inaugura nesta edição os primeiros estudos de opinião realizados sobre as autárquicas que irão decorrer no ano que vem. As nossas publicações sempre primaram por procurar antecipar razoavelmente o futuro. Por isso, a um ano das eleições, termos uma perceção das intenções dos eleitores e da avaliação que estes fazem hoje do trabalho desenvolvido pelos autarcas é um instrumento de trabalho importante para quem exerce o poder mas também para quem procura fazer oposição, pois a opinião real dos eleitores está muitas vezes bem afastada da opinião fantasiada é o que muitos políticos acham que é a opinião dos seus eleitores. O VivaCidade mais uma vez inova e surpreende com um trabalho excecional, que demonstra bem a capacidade e a maturidade crescente do projeto e a qualidade da informação e da discussão que estão sempre presentes em cada edição do jornal. Fantástico, consegui escrever um editorial inteiro sem falar do COVID. Ou, afinal, não. Continua a ser fundamental que nos protejamos. E que vivamos, com todas as proteções e respeito pelo vírus, mas, simultaneamente, com respeito por nós próprios e pelos nossos familiares e amigos.
PRÓXIMA EDIÇÃO 19 NOVEMBRO
SUMÁRIO: Breves Página 4 Reportagem Páginas 6, 7, 16 e 17 Sociedade Páginas 8 a 24
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org POSITIVO
Câmara duplica testes realizados no centro de testagens instalados no Multiusos de Gondomar. O local passará a ter duas linhas de testes.
Entrevista Páginas 12 e 13 Destaque Páginas 20 a 21 Cultura Páginas 26 e 27 Política Páginas 28 a 30
NEGATIVO
O VivaCidade recebeu a denúncia de lixo a céu aberto na entrada da estrada para o Sanatório na freguesia de São Pedro Cova.
Desporto Página 32 Empresas & Negócios Página 35 Opinião Páginas 38 e 39
Viva Saúde Paulo Amado*
Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia * Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Professor Doutor em Medicina e Cirurgia Mestre em Medicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIO TINTO
Covid-19, estamos a fazer tudo para o evitar ?
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Estimados leitores, estamos mesmo a fazer tudo o possível e que se recomenda para evitar a transmissão deste vírus? NÃO, efetivamente não estamos. Muitas vidas se vão perder, muitos doentes vão sofrer, muito dinheiro vamos gastar, muito vai sofrer a economia, pois parece difícil, por exemplo usar uma mascara. Nós profissionais de saúde temos a obrigação de esclarecer e incentivar as medidas adequadas profiláticas. Sei que em momentos infelizes a DGS, nem sempre deu os conselhos adequados, tendo chegado mesmo afirmar que o uso de mascaras não era essencial. Pela nossa formação médica, sabemos que o vírus COVID- 19 , SARS, da família corona vírus, é um vírus respiratório atacando essencialmente os alvéolos pulmonares, logo de transmissão essencialmente pelas vias respiratórias. Desde o dia 1 de Março, deste inesquecível ano de 2020, que incentivei todos a usar mascara, embora na pratica fosse difícil usar, eram caras, culturalmente não fazia sentido, entre outros motivos. Mas era evidente, para nós profissionais de saúde que o uso de mascara deveria ser um gesto OBRIGATÓRIO. Quando finalmente se compreendeu a importância desta medida, surgiram as duvidas e até alguns “democratas baratos” puseram em causa alguns direitos e liberdades. Nenhum direito se sobrepõe a VIDA, ao respeito pelo outros e finalmente o direito à SAÚDE. Lavar as mãos, distanciamento social, evitar o
contacto com terceiros... todos estes procedimentos são importantes, mas o uso da mascara é de todos o mais importante. O nosso Primeiro, António Costa, começou a inventar, querendo incrementar, ou pior obrigar, o uso generalizado de uma aplicação de SmartPhone, provavelmente não ao alcance de muitos idosos, pelo menos da minha mãe, como tantas outras mães e avos, grupo de risco... O Sr. Costa parece estar acusar algum desgaste, o que não admira, já para não falar da história do apoio ao Sr. Presidente Vieira, numa mistura estranha da política com o mundo do futebol profissional... A ministra da Saúde, é excessivamente burocrata, provavelmente vinda de uma formação de gestão em saúde, que não é suficiente para o lugar que ocupa, embora faça um esforço louvável de liderar a Saúde. A diretora geral da Saúde, direi o mesmo da S.a, Ministra, esforça-se mas, não chega e não poderei esquecer a infeliz afirmação, que o Covid era algo que nunca chegaria a Portugal e o uso das mascaras não tinham interesse ...!!!! Felizmente temos um excelente Secretário de Estado da Saúde, Dr. António Sales, que é o mais ponderado e transmite conselhos úteis e importantes, ou não seja ele Médico e melhor ainda Ortopedista. POR FAVOR USEM A MASCARA... Até breve, estimados leitores…
FICHA TÉCNICA Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Diretor Adjunto: Carlos Almeida Redação: Carlos Almeida e Gabriela Monroy | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 | Paginação: Rita Lopes | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 | Sede do Editor: Travessa do Veloso, nº 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: Tv Anselmo Braancamp 220, 4410-359, Arcozelo Vila Nova de Gaia, Porto | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Gabriela Monroy, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. | Impressão: Unipress | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@vivacidade.org
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VIVACIDADE
OUTUBRO 2020
Breves Campanha de esterilização de animais gratuita A Câmara Municipal de Gondomar promove, durante o mês de outubro, uma campanha de esterilização gratuita de cães e gatos de companhia, numa ação destinada a sensibilizar os seus munícipes para esta forma privilegiada de controlo da população de animais, reduzindo o número de ninhadas indesejáveis e o seu consequente abandono. As candidaturas de 6 a 30 de outubros de 2020.
Sport Clube de Rio Tinto criam mural Foi inaugurado oficialmente no dia 10 de outubro o “mural”, executado por um grupo de artistas coordenado pela artista Margarida Basaloco, sendo que a mentora do projeto foi Cândida Fontes. Cândida explica que o intuito era criar um ambiente descontraido onde a arte e o desporto se unem. Quem quiser visitar a obra poderá o fazer com marcação previa junto ao clube.
Município investe 30 mil euros no Posto da GNR de Fânzeres A Câmara Municipal de Gondomar, em parceria com a Guarda Nacional Republicana, realizou obras de requalificação no atual Posto da GNR de Fânzeres. É a primeira vez em mais de 20 anos que este posto é alvo de obras de requalificação. Esta intervenção representa um investimento de cerca de 30 mil euros.
Em novembro lute contra o cancro A União de Freguesia de Fânzeres e São Pedro da Cova em parceria com a Liga Portuguesa contra o Cancro, promovem no mês de novembro a Corrida para a Vida contra o cancro. A iniciativa consiste na compra de uma t-shirt no valor de 3 euros na secretária das juntas de freguesia. O valor arrecado será doado para o a liga contra o cancro do núcleo regional do norte.
Interrupção do abastecimento de água Junta da Lomba anuncia requalificação do Cais A Junta de Freguesia da Lomba, anunciou a requalificação do Cais de Areja e refere que o próximo será o Cais de Pé-de-Moura.
Exposição Romaria do Rosário Está patente até ao dia 30 de novembro na Biblioteca Municipal de Gondomar - Camilo de Oliveira a exposição "Romaria do Rosário - A Nossa Festa". A entrada é gratuita.
Lançamento do livro premiado no Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres No passado dia 18 de outubro, pelas 16h 30, decorreu a cerimónia de lançamento do livro “Ama-me devagar mas com Urgência", de Lígia Silva, vencedora do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres 2020 (29.ª Edição). O evento decorreu na Casa de Montezelo, na Rua dos Vanzeleres, em Fânzeres.
Na próxima segunda-feira, dia 26 de outubro, entre as 09h30 e as 11h30, será interrompido o fornecimento de água para a execução de trabalhos na rede pública. Devido à intervenção serão afetados os seguintes locais da freguesia de Jovim: Rua Antero de Quental nº's 213, 221 e 250 e Travessa Antero de Quental.
Doe Sangue, Doe Vida! Para o mês de outubro e novembro, a população interessada poderá proceder à doação de sangue nos seguintes locais: no dia 30 de outubro, no pavilhão de Multiusos de Gondomar (entrada traseira), entre as 9h e as 12h 30 min; no dia 1 de novembro, na Escola E.B. 2 e 3 de São Pedro da Cova, entre as 9h e as 13h30; no dia 6 de novembro, no Quartel dos Bombeiros de Melres, entre as 15h e as 19h; e no dia 8 de novembro, no Quartel dos Bombeiros de Melres, entre as 9h e as 12h30m.
Exposição "Paredes de Estuque” Encontra-se a decorrer a exposição "Paredes de Estuque", do pintor Jorge Marinho. O trabalho do artista pretende chamar a atenção para a problemática da violência doméstica. Inaugurada no dia 23 de outubro, estará patente ao público na Casa Branca de Gramido até 6 de dezembro de 2020. A curadoria é do jornalista e pintor Agostinho Santos.
Associação Portuguesa de Celíacos e Mercadona lançam livro A colaboração pretende promover, assim, o direito dos consumidores à informação e sensibilizar a sociedade para as características da doença celíaca. Com esta colaboração, a Mercadona e a APC estabelecem uma relação de apoio e diálogo constante e partilha de informação de forma bidirecional. Fruto desta colaboração surge o projeto "O Bando dos Celíacos – Aventuras com Barrigas Felizes".
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VIVACIDADE
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Reportagem
Maioria dos gondomarenses dá nota positiva a Marco Martins Numa sondagem realizada pela Multidados para o VivaCidade, Marco Martins, autarca gondomarense, recebe 58% de avaliação positiva pelo trabalho realizado à frente da autarquia. Texto: Carlos Almeida
De acordo com os resultados obtidos o trabalho de Marco Martins à frente da Câmara Municipal agrada a 58% dos inquiridos, sendo que 29% dão nota 3, 25% nota 4 e 4% consideram mesmo que o autarca merece nota máxima, 5 valores. Dos 29% que consideram negativo o trabalho de Marco Martins, 14% dão nota 2 e 15% dão apenas 1 valor ao trabalho do edil gondomarense. 13% dos inquiridos não sabem ou não respondem a esta questão.
Setorialmente o Turismo e Promoção Territorial (76,5%), a Segurança (76,5%) e a Educação (73,5%), são aqueles que merecem destaque positivo no entender dos gondomarenses quando analisam o trabalho da autarquia. Já aqueles que recebem nota negativa são Águas e Saneamento (47,1%), Mobilidade e Transportes (38,4%) e a Rede Viária (38,2%).
Analisando as respostas tendo em conta a freguesia de naturalidade dos inquiridos, na Lomba o trabalho do autarca merece 100% de notas positivas sendo que 50% dos inquiridos dão nota 3 e os restantes 50% dão nota 4. Já na União de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo a avaliação a Marco Martins é 100% negativa, sendo que todos os inquiridos afirmam que a atuação do autarca é muito má, dando apenas 1 valor. Nas restantes 5 freguesias o autarca gondomarense recebe nota positiva: Baguim do Monte (83,4%), União de Freguesias de Melres e Medas (66,7%), União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova (64,7%), União de Freguesias de S. Cosme (Gondomar), Valbom e Jovim (57,6%) e Freguesia de Rio Tinto (55,9%).
Apesar de ser o setor com pior avalização por parte dos munícipes, o setor das Águas e Saneamento é um dos quais onde consideram ser menos necessária a intervenção da autarquia, assim como os Lares/Centros de Dia/Apoio Social/Apoio a Idosos e Ruas/Iluminação/Passeios, todos com 5,3%, apenas ultrapassados por Emprego/ Desemprego (3,5%) e Infraestruturas Desportivas (0%). Entre os principais problemas que exigem intervenção autárquica, 30,3% dos inquiridos afirma que é o setor das Estradas/Acessos/Caminhos, 19,7% a Limpeza das Bermas/Matos/Valetas e 17,8% Limpeza de Ruas/Contentores/Ecopontos.
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VIVACIDADE
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Reportagem No estudo realizado pela Multidados para o VivaCidade avaliamos também o desempenho dos presidentes da Juntas e Uniões de Freguesia do concelho de Gondomar. Dos sete presidentes de junta ou uniões, três não têm qualquer avaliação negativa: Rui Vicente (Lomba), Pedro Vieira (UF de Fânzeres e São Pedro da Cova) e José Paiva (UF Melres e Medas). Contudo, as avaliações destes três autarcas é diferente. Na Lomba Rui Vicente recebe nota 3 de
50% dos inquiridos, atribuindo os restantes nota 4. Com 33,3% em cada uma das avaliações positivas (3, 4 ou 5), José Paiva da União de Freguesias de Melres e Medas também recebe 100% de avaliações positivas. Já na União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Pedro Vieira recebe apenas 47,1% de avaliações positivas (29,4% nota 3; 11,8% nota 4; 5,9% nota 5), os restantes 52,9% responderam “Não sabe/Não responde”.
Entre os sete presidente de junta ou uniões, apenas um merece mais avaliações negativas (42,5%) do que positivas (36,6%), António Braz da União de Freguesias de São Cosme (Gondomar), Valbom e Jovim. Outro autarca que não chega aos 50% de avaliações positivas é Pedro Vieira, da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. Apesar de, como já referimos nesta análise, não ter qualquer avaliação negativa, 52,9% dos inquiridos preferiu
responder com “Não sabe/Não responde” à avaliação. Na “linha de água” fica Francisco Laranjeira, o presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte recebe 50% de avaliações positivas, quase 6 décimas abaixo de Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto que chega aos 55,9%. Isidro Sousa, presidente da União de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo reúne 60% de avaliações positivas contra 20% de negativas.
Ficha Técnica:
Nesta sondagem medimos ainda a pretensão dos gondomarenses em ir às urnas. De acordo com os resultados obtidos, caso as eleições autárquicas se disputassem amanhã, 87,1% dos inquiridos admite que iria votar contra os 11,6 que assumem a posição contrária. 1,3% dos gondomarenses “Não sabe/Não responde” a esta questão.
Esta sondagem foi realizada pela empresa Multidados para o VivaCidade com recurso a 600 entrevistas telefónicas, realizadas entre 09 e 16 de outubro, obtendo uma taxa de resposta de 86,96%. A seleção foi aleatória, estratificada e polietápica dos pontos de amostragem e dos entrevistados, proporcional aos dados dos Censos do INE – 2011, por sexo, idade e nível de instrução. A margem de erro é +/- 4%, com 95% de margem de confiança.
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Sociedade
Uma Gota de Luz
O projeto Uma Gota de Luz obteve o 1º lugar no T4 Solutions Challenge, uma iniciativa da World Education Week e da Take Action Global que pretendem mostrar boas práticas pedagógicas nas escolas através de projetos que encontrem soluções para problemas elencados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Depois de o júri analisar centenas de projetos de todo o mundo, o do 10º14 mereceu o 1º lugar, o da Índia obteve o 2º lugar e o de Espanha, o 3º. Sendo a energia solar um recurso inesgotável e o plástico um resíduo (flagelo) que demora cerca de 400 anos a desaparecer, a turma 14 do 10° ano do curso profissional de Técnico de Instalações Elétricas da Escola Secundária de Gondomar decidiu estudar e produzir uma lâmpada solar de baixo custo e consumo, utilizando, como base, garrafas de água de 1,5L e um circuito simples com lâmpadas led. Estas acumulam energia solar durante
o dia, funcionando apenas com o led durante a noite. Deste modo, é possível iluminar locais onde a eletricidade ainda não é uma realidade (desde espaços rurais a comunidades de países em desenvolvimento). Assim, retiramos plástico das ruas e damos-lhe valor, produzindo uma lâmpada que pode ser utilizada e replicada em qualquer parte do mundo, incluindo nos PALOP. O projeto foi desenvolvido no âmbito de diversas disciplinas, tendo os produtos finais sido desenvolvidos na disciplina técnica, com o estudo dos circuitos, a sua montagem e o desenho esquemático; na disciplina de Inglês, foi realizado um vídeo bilíngue PT-EN e legendado, no qual os alunos explicam todos os procedimentos para a produção da lâmpada solar. Este vídeo foi já difundido em diversos países com vista à replicação do protótipo. Com o trabalho desenvolvido pretendeu-se que os alunos aprofundassem os seus conhecimentos
sobre os assuntos tratados em cada uma das disciplinas envolvidas; tomassem consciência da importância da problemática do plástico e da utilização da energia solar em detrimento de outros recursos naturais não renováveis. Pretendeu-se, igualmente, que os alunos desenvolvessem competências de cidadania ativa, compreendendo a cultura de populações de outros países, contribuindo para a melhoria das suas condições de vida. Links para os vídeos do projeto: https://youtu.be/DPkJrRgolJ4 https://youtu.be/4esYQb3k8l0 Coordenação do projeto: Inês Rodrigues
Em tempos de Covid-19, os alunos da ESG homenagearam os professores! Para lembrar o Dia do Professor, o Clube de Teatro “Às três pancadas” produziu um vídeo com a ajuda da Rita Burmester; foi criado um poema de agradecimento aos professores que têm sempre um sorriso e uma palavra amiga para dar, quando se sentem mais tristes ou desanimados. “- Um grande obrigado por fazerem parte das nossas vidas e nos ajudarem, especialmente, nesta fase difícil e confusa.” Aqui estão algumas imagens desse vídeo.
https://www.facebook.com/watch/?v=889480898126146
Em tempos de Covid-19, os alunos da ESG têm aulas ao ar livre!
Professores, envolvem-nos o coração enchem-nos de confiança São o conhecimento o nosso apoio a família na escola que nos recebe de braços abertos São as palavras certas nos momentos certos As ligações entre a vida e a matéria Dão-nos oportunidades dão-nos a mão Motivam mesmo que estejamos no fundo ouvem o que temos para dizer
e sobretudo ouvem o que não queremos dizer a ninguém Os professores veem-nos Somos mais do que números Trazem tranquilidade Felicidade E num mundo de sentimentos, orientam-nos Nós somos nós Responsabilizam-nos Mudam a nossa forma de ver o mundo E tornam-no, sem dúvida, Melhor!
No passado dia 9 de outubro, a aula de Cidadania do 9º1 decorreu ao ar livre. Todos os alunos levaram os livros por eles escolhidos para a atividade “15 minutos de leitura silenciosa” e foram lê-los para o jardim da escola. Tomadas as medidas de precaução (máscara e distanciamento social), a turma estava muito feliz e confortável, já que teve a oportunidade de sair da sala de aula e aproveitar a bela manhã de sol.
Durante esse tempo, a professora caminhou por entre os alunos, que estavam espalhados pelo jardim, conversando sobre a obra que estavam a ler. Quando estavam quase a terminar os 45 minutos, a professora teve a ideia de tirar fotografias para o 9º1 relembrar, mais tarde, esta aula ao ar livre, que aconteceu num longo e difícil período de pandemia. Lara, 9º1
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VIVACIDADE OUTUBRO 2020
Viva Prevenido
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Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália
1 EM CADA 5 CRIANÇAS TÊM PROBLEMAS DE VISÃO QUE AFETAM O RENDIMENTO ESCOLAR A Organização Mundial de saúde (OMS) estima que 7,5 milhões de crianças em idade escolar tenham algum tipo de deficiência visual, no entanto só 25% delas apresentam sintomas. O sistema visual evolui, desde o nascimento até sensivelmente aos 12 anos de idade, período durante o qual, o olho cresce e se desenvolve em função de estímulos visuais (luz e formas). Caso o olho seja privado desses estímulos durante o seu desenvolvimento, a visão estaciona ou regride, podendo apresentar baixa visão - ambliopia. As causas da privação desse estímulo podem dever-se a erros refrativos não corrigidos, como a miopia, hipermetropia, astigmatismo, assim como a anisometropia ou problemas binoculares. Verificamos que, nas atividades escolares, as crianças passam a maior parte do tempo a praticar atividades ao perto. É necessário, portanto, terem uma boa visão de perto e uma boa percepção para lerem mais rapidamente e compreenderem o que leem. Quando há problemas no processamento da informação visual, as crianças, efetivamente, precisam de um maior esforço de concentração, que se traduz em falta de atenção e de motivação para
a leitura e escrita. A longo prazo, estes problemas podem levar ao insucesso escolar, pelo que deve ser o educador (pais ou professor) a estar atento. A lentidão ou rejeição das tarefas que exigem esforço visual, o fechar ou tapar um dos olhos, apresenta letras tortas e grandes para a idade, os erros a copiar do quadro são sinais de alerta. As dores de cabeça, náuseas, olhos vermelhos, inchados ou lacrimejantes, estrabismo (olhos desviados para o nariz ou para fora) e fotofobia (dificuldade em suportar a luz) são sintomas que não devem ser ignorados. Os rastreios visuais na infância, pelo menos, a partir dos 3/4 anos, têm elevada importância, pois através destes conseguem-se detetar os problemas oculares e a deteção precoce é fundamental para o tratamento antes de virem a arrastar consigo outros mais vastos. Para promover a saúde visual, os pais e educadores devem providenciar boa iluminação, cadeira e secretária adequadas para tarefas de leitura, corrigindo posições erradas (como ler deitado de barriga para baixo) e certificarem-se de que a distância de leitura é de 30 a 40 centímetros. No computador os olhos devem estar a um nível superior (15 a 20º) do centro do monitor e a distância da televisão deve ser cinco vezes a largura do ecrã.
Sociedade
COVID-19 agrava-se em Gondomar e obriga a implementação de medidas extraordinárias O Município de Gondomar tem vindo a presenciar um aumento nos casos registados, no dia 16 de outubro o concelho registava 518 casos ativos e mais de mil pessoas encontravam-se em casa em vigilância, confinadas e a serem medicadas, presenciou-se o duplicar dos números, existindo 20 turmas de escolas com casos positivos de COVID-19. Hoje, temos 700 casos ativos.
Segundo Marco Martins, neste momento Gondomar enfrenta um dos piores momentos desde o início da pandemia. É nesta linha que o executivo camarário viu-se obrigado a implementar novas medidas. Assim, após reunir com a Proteção Civil foi decidido que todos os parques infantis, serão selados. Quanto aos espaços comerciais, foi comunicado que a GNR e a PSP estarão no terreno a fiscalizar, “quem reincidir na infração, de funcionar para além das horas definidas ou por desrespeito da lotação máxima permitida, será alvo de encerramento coercivo”, refere o edil constatando que neste momento a tolerância é zero para qualquer infração cometida. Todos os cemitérios serão encerrados a partir dos dias 30 e 31 de outubro e 1 e 2 de novembro. Todos os espaços verdes e passadiços serão alvo de fiscalização e serão realizadas diversas campanhas de
sensibilização na rua que terão o intuito de alertar os gondomarenses sobre a importância de utilizar equipamento de proteção individual, bem como manter a distância social. Quanto aos transportes públicos a vigilância será mais frequente por par-
te das autoridades competentes. E os testes realizados nos centros de rastreio no Pavilhão Multiusos passará a ter duas linhas de testes, duplicando assim a capacidade de realização dos mesmos e reduzindo os tempos de espera. ▪
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JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS:
Foto: DR
Entrevista - e mais do que ter convivido com a Guerra Colonial em pequeno -, considera que foi o seu maior desafio e mais marcante? Cada coisa que fazemos tem os seus desafios. Naturalmente que a reportagem de guerra é uma disciplina muito específica e sujeita a riscos que envolvem a vida. Isso torna-a particularmente difícil. Sente que as grandes conclusões a que chegou na sua tese de doutoramento, precisamente sobre reportagem de guerra, ainda se mantêm atuais hoje em dia com o novo tipo de guerras implantado e disseminado? Claro que sim. O uso da inteligência artificial em combate começou de resto em 1991. Portanto, nada de novo hoje.
“A boa ficção é a verdade vestida com as vestes da imaginação”
Do que aprendeu com a experiência obtida na BBC e na CNN, o que falta implementar e/ou progredir na televisão portuguesa? Até pelo facto do uso proliferado da internet… O investimento na formação. Em Portugal continua-se a ignorar a formação e a presumir que as pessoas já nascem ensinadas. Não vamos longe a pensar assim. Num período da sua vida, chegou a viver no distrito do Porto. O que é para si esta área e tudo o que a envolve? Penafiel é a terra dos meus pais, e, consequentemente, as minhas origens. De que forma é que este o inspira e o que gostaria de fazer nele, que ainda não fez? Não me inspira particularmente. Sou um cidadão do mundo, não de um distrito ou de uma região. Todas as regiões têm o seu charme.
Texto: André Rubim Rangel
Sendo natural da Beira, o que lhe vai na alma e na mente ao ver o sofrimento com o ostracismo que se vive naquela região moçambicana? A Beira vive um estado de degradação
há já décadas, não é uma coisa nova. No seu entendimento, qual seria a forma pacifista de tentar resolver o problema? Pacifismo é a ideia de que em circunstância nenhuma se deve fazer a guerra. Por exemplo, se Hitler invadir o nosso país não devemos lutar. Se ele exterminar a população portuguesa,
não devemos lutar. Nunca lutar em circunstância nenhuma. É isso o pacifismo. Não me parece que resulte, mas admito outras opiniões. E cabe a quem fazê-lo? Aos pacifistas, suponho. Ter sido repórter de guerra, no Golfo
É sobejamente (re)conhecido – não só como jornalista mas, também, como escritor. Em 2016 foi eleito o melhor escritor português e o que mais vendeu nesta última década: sente isso como um peso ou faz-lhe acrescer responsabilidades? Em que sentido? Sim, dá mais responsabilidades. No sentido de manter a fasquia a um nível alto, de modo a não defraudar aqueles em que em mim confiam, seja como jornalista ou escritor. Acaba de lançar «O Mágico de Auschwitz», em mais uma investigação profunda e com dados inéditos de pedaços de História. De que forma o misticismo e o esoterismo foram determinantes para o fim do Holocausto?
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Não tiveram nenhuma influência no fim do Holocausto. Pelo contrário, tiveram tudo a ver com o início do Holocausto. O Holocausto foi um evento que se produziu sob influência de várias ideias. Jean-Louis Vullierme, em O Ocidente no Divã, mencionou o nacionalismo e o socialismo como bases do nacional-socialismo que conduziram ao Holocausto. Mas eu diria que o esoterismo jogou um papel igualmente importante. Os nazis acreditavam que a matança dos judeus era um passo necessário para a criação de uma espécie humana semi-divina, no quadro das crenças esotéricas daquele tempo e cuja origem se localiza em A Doutrina Secreta, a obra esotérica de Madame Blavatski.
Terá de esperar pela publicação do próximo. Soube-se, recentemente, que o seu livro «Codex 632» vai ser transformado em série de ficção, a ser exibido na RTP em 2022. E quanto ao cinema mundial, tendo em conta que se ponderou este ou – mais tarde – «A Fórmula de Deus», quando poderemos assistir à película nos ecrãs da sétima arte? Não depende de mim. Depende das televisões e dos produtores de cinema. O meu trabalho é simplesmente escrever romances.
Nos relatos e registos que teve com personagens reais para a criação desta obra, e que sobreviveram aos campos de concentração, o que o impressionou veementemente? Justamente o papel do misticismo no Holocausto. E a forma como horror e normalidade coexistiam a poucos metros de distância. Não longe de uma das câmaras de gás havia um bordel e uma piscina com prancha, ambos usados por prisioneiros.
Qual a razão em ter um fascínio especial pela personagem ‘Tomás Noronha’ que utiliza em 10 dos seus livros? Relaciona-se com o poeta satírico mais inspirado do período barroco, ou com o filho dum fidalgo escudeiro do rei D. Sebastião ou, porventura, por outros motivos? O Tomás é um anti-herói que se vê envolvido em aventuras inesperadas. Nada tem a ver com poetas ou com fidalgos, que eu saiba. As suas aventuras envolvem o conhecimento, desde a ciência à história, à economia e à religião.
Agora que esta nova obra já está publicada, e tendo em conta que publica um livro por ano, pensa já na seguinte? Pode adiantar-nos a base/cenário do mesmo?
Disse, em tempos numa entrevista (ao DN): “o que me interessa na ficção é a ligação forte com a realidade”. De que maneira poderá a ficção não alterar a realidade, se ela parte da imaginação
e se aproxima da fábula? A boa ficção é a verdade vestida com as vestes da imaginação. Pelo menos é assim que a vejo. Nessa mesma entrevista, refere mais adiante que “a política é uma coisa muito importante, mas é também a gestão das ilusões e da mentira”. Continua a sê-lo, para si, e manteria essa sua definição? Aconteceu alguma coisa que demons-
tre que a política já não é assim? Há pouco tempo entrevistei outra grande escritora e jornalista, Clara Ferreira Alves, que me “intrigou” ao considerar que alguém que não tenha talento se possa iniciar na escrita: “ou nascem com o talento ou não nascem. (…) Não o descobrem mais tarde”. Concorda com esta afirmação, que parece truncar novas oportunidades? Porquê? O que ela parece estar a dizer é que uma parte de nós resulta do nosso ADN, da nossa biologia, não da nossa educação. Isso é verdade, embora não gostemos de o admitir. Assim, o que falta a outros escritores, sejam mais renomados ou menos, para atingirem o enorme êxito que o José Rodrigues dos Santos tem? (seja em termos de vendas como na crítica internacional ou, ainda, na recomendação da leitura dos seus livros em universidades estrangeiras) O ADN é muito importante, sem dúvida, mas não é o único fator. A educação também joga um papel. Há escritores que têm talento natural, e isso é ADN, mas não têm conhecimentos adequados para o canalizar, e isso é educação. Por último, e atendendo à época particularmente difícil que vivemos, peço-lhe uma mensagem final e motivacional a quem nos lê… Invistam no conhecimento. Para fazer é preciso primeiro saber. ▪ Foto: DR
Foto: DR
Entrevista
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VIVACIDADE
OUTUBRO 2020
Sociedade
A pandemia no setor artístico com Marante O VivaCidade esteve à conversa com o cantor Marante, integrante da banda dos Diapasão, que nos revelou todos os detalhes de como os artistas tem vivido estes últimos tempos de pandemia. Foi a partir do dia 14 de março que a realidade mudou, o cantor conta que desde o início da pandemia foram cancelados, aproximadamente 60 espetáculos nacionais, bem como internacionais. “Esta situação afetou toda a gente, todos os intervenientes de espetáculos ao ar livre”. Para um músico como o Marante o verão de 2020 decorreu de forma atípica nunca na sua carreia presenciou similar situação. Segundo o cantor, os populares ficaram sem o gosto de sentir a música e pelo outro lado o músico, viu as despesas aumentar porque um
artista não é só um cantor, no caso do Marante, há uma equipa de 16 pessoas, em que todos os ordenados têm de ser pagos. No caso dos Diapasão todos os músicos recebem o mesmo “os músicos não tiveram mais nenhuma rentabilidade e isto é como tudo na vida quando nós tiramos e não colocamos ficamos sem nada, tem sido difícil porque as despesas são as mesmas, eu não pedi nada a ninguém, nem coloquei ninguém em lay-off, mensalmente tenho as minhas despesas e tenho cumprido com elas”, o cantor revela que estava preparado para alguma eventualidade “porque nunca sabemos o que pode acontecer amanhã ou depois”, mas o prejuízo já ronda a casa dos 20/30 mil euros “porque isto é uma banda, não é um cantor individual e só assim é que se consegue levar uma banda de 40 anos, eles trabalham tanto como eu. Se eu ganho um cache é igual para eles. Não quero desigualdades, sempre foi assim e sempre assim será’’. A sua premissa nestes últimos meses tem sido viver um dia de cada vez ‘’já compus desde março umas 60 músicas e já fiz umas para outros artistas que já foram gravadas’’ o artista conta que saiu agora em julho um CD, que já está disponível.
O cantor revela que no dia 10 de outubro teve o seu primeiro espetáculo desde o início da pandemia, o local do evento foi num recinto fechado, “a casa tinha todas as condições para realizar um espetáculo”. Marante explica que mesmo nestas condições não podemos adivinhar o perigo, mas para o cantor nada se compara a um espetáculo ao ar livre “é mais saudável”. O cantor aproveitou o momento da entrevista para deixar uma mensagem aos gondomarenses: “Deixo a minha palavra de apreço e de agradecimento a todos os fãs do diapasão e do Marante, continuem a acreditar em nós, porque isto vai passar, nós vamos ficar bem e vai voltar tudo à normali-
dade, vai custar, mas vamos voltar a encontrar-nos nas festas da cidade de Gondomar, Porto, de Vila Real, de Bragança, do Algarve, em todo o lado e o apelo que deixo é que durante algum tempo cuidem-se que é muito importante e acima de tudo que possam fazer dentro do possível tudo aquilo que faziam antes, não deixem de fazer o que faziam porque isso também é um travão muito grande, mas sempre dentro das regras implementadas, porque isto vai passar e vamos voltar a ficar bem. No que diz respeito à música, acreditem na música portuguesa porque ela é boa, temos boa música e bons artistas e ouçam sempre a nossa musica portuguesa”. ▪
Gondomar registou uma diminuição de focos de incêndios Em comparação ao ano transato o Município registou menos focos de incêndios no período compreendido entre 1 de janeiro até ao dia 18 de outubro. No total, Gondomar registou 263 incêndios rurais. Segundo os dados apresentados nas estatísticas anuais de número de ocorrências e de área ardida 2020 do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), podemos observar que o concelho registou um total de 62 hectares de área ardida, sendo que 26 hectares foram em povoamentos, 35 em mato e 1 hectare em terrenos agrícolas. Em 2019, o Município teve uma área ardida de 70 hectares. Comparado ao ano de 2019 Gondomar
viu diminuir o número de focos de incêndios da casa dos 23, para a casa dos 286. No entanto, o Município está enquadrado no oitavo lugar dos 20 concelhos a nível nacional que mais registou focos de incêndios, sendo o Município de Paredes o que ocupa o primeiro lugar da tabela. Estes 20 concelhos representam 35% do número total de ocorrências e 9% da área total ardida (5860 ha). Tendo em conta os dados apresentados até à data, o mês de julho foi o que apresentou um maior número de incêndios rurais e o mês de setembro foi o que apresentou uma maior área ardida. Quanto a nível nacional, Portugal registou até ao momento um total de 8 807 incêndios rurais que culminaram em 66 116 hectares de área ardida, entre povoamentos (33 185 ha), matos (26 171 ha) e agricultura (6 760 ha). Comparando os valores de 2020 aos anos anteriores, Portugal surge com menos 44% de incêndios rurais e menos
35% de área ardida, é nessa linha que o presente ano regista o 2º valor mais baixo em focos de incêndios e o 6º valor mais reduzido de área ardida dos últimos 10 anos. Como responsável da proteção civil, Marco Martins constata que a época de incêndios ‘’correu muito melhor do que anos anteriores e do que estava previsto’’, o responsável acredita que a dimi-
nuição dos números de ocorrências deve-se ao facto do aumento da vigilância no terreno, “apostamos muito na vigilância nos picos de calor tivemos 16 equipas no terreno a fazer vigilância, equipas entre policia municipal, proteção civil, juntas de freguesias, bombeiros, GNR e mais as cinco camaras de vigilância”, o que permitiu detetar antecipadamente os focos e atuar. ▪
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VIVACIDADE
OUTUBRO 2020
Reportagem
Em prol de um ambiente melhor e das faturas mais baratas RECICLE
Ao longo dos últimos anos, o tema ambiente tem vindo a ganhar uma maior preocupação por parte das entidades que regem o nosso dia a dia. O concelho de Gondomar não é exceção à regra e o VivaCidade foi conhecer alguns dos projetos que o Município tem vindo a implementar com a importante ajuda da LIPOR. Texto: Gabriela Monroy
Em conversa com o Vereador do Ambiente e administrador da LIPOR José Fernando Moreira, descobrimos que foi necessário elaborar um Plano Estratégico para a Gestão dos Resíduos Urbanos no Município de Gondomar (PAPAERSU), em articulação com o Plano Estratégico da LIPOR e aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que consiste na separação dos resíduos na sua origem e recolhê-los porta a porta de forma seletiva. De volta a 2013, o autarca refere que o concelho tinha um tipo de recolha de resíduos urbanos baseado num sistema de recolha de resíduos indiferenciados, o número de ecopontos era reduzido e não havia condições para que os Gondomarenses realizassem a sua reciclagem. Num espaço de sete anos, os números apresentados apontam para um bom caminho, desde 2013 o Município aumentou a separação do lixo em cerca de 53%, tendo já ultrapassado as metas impostas pela APA para o concelho de Gondo-
mar neste ano de 2020. Per Capita a meta era de 33,00 kg\ hab. ano e, atualmente situa-se nos 41,93 kg\ hab. ano, no que concerne à preparação para a reutilização e reciclagem (incluí todos os resíduos possíveis de valorização como por exemplo, papel\cartão, embalagens de plástico, vidros, entre outros) a meta era os 31% e o município conseguiu atingir os 34,69%. Isto é um projeto ambicioso que a Lipor em conjunto com os Municípios Associados está a tecer, “nós percebemos que as campanhas de sensibilização não chegam”. Segundo o Vereador, o projeto RECICLATE surge como uma “campanha de choque, muito necessária e importante para que de uma vez por todas a população se aperceba da importância das questões climáticas”, o foco era atingir as pessoas de mais idade e as de meia idade, porque essas ainda não estavam devidamente sensibilizadas para estas questões, “nós queríamos que as pessoas pensassem duas vezes antes de deitar uma embalagem no recipiente”. José Fernando confessa que numa
primeira fase, “conseguimos aquilo que eram os nossos objetivos que consistia em retirarmos do indiferenciado uma grande quantidade de produtos, que podem entrar novamente no mercado e ser novamente reutilizados” o responsável sublinha que os recursos naturais não são infinitos “e daí nós entendermos que esta campanha foi muito importante”, esta campanha ajudou os gondomarenses a mudar o seu estilo de vida. Atualmente, o número de contentorização distribuída pelo Município ronda os 900 equipamentos, “quando cá cheguei em 2013, colocamos o ecoponto número 100 em Gondomar e pretendemos ainda implementar mais até ao final do ano”, o responsável pelo ambiente refere que “estamos muito empenhados em projetos como o seletivo porta a porta, principalmente nas zonas mais urbanas, porque temos um problema em Gondomar que é as habitações coletivas”, José Fernando revela que é uma das maiores dificuldades que tem encontrado ao longo deste percurso e que está a ultrapassar.
Em 2017 a iniciativa da recolha seletiva porta a porta tomou vida, antes, já existia a recolha porta a porta do lixo orgânico, o que para o vereador era uma “deficiência”, mas até ao início da recolha seletiva tudo o que poderia ser separado e reutilizado era desvalorizado e não aproveitado. Atualmente, as pessoas já estão a começar a perceber a importância da iniciativa. Quanto a clientes não residenciais (empresas) “temos aproximadamente 1094 clientes” que aderiram à iniciativa, no que diz respeito aos clientes residenciais, PAP Residencial, o objetivo é atingir os 20 000 habitantes e, neste momento “conseguimos 7740 residências”, este objetivo pretende ser alcançado no primeiro trimestre do próximo ano. Esta conquista foi a graças a todo o trabalho desempenhado pelos técnicos da LIPOR e da Câmara Municipal de Gondomar. “Quanto à afirmação de que as pessoas colocam de que pagam mais é verdade, a metodologia que está implementada na maior parte dos Municípios é de associar os resíduos à fatura da
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Reportagem água, nós queremos implementar um projeto que é a PAID que consiste na entrega de um contentor com um CHIP, que por causa da lei de proteção de dados, este chip não iria conter dados pessoais, mas apenas o número da porta e nós assim sabemos quantas vezes é que o popular coloca os contentores, por exemplo se você nunca colocar o contentor das embalagens nós sabemos que você esta a colocar as embalagens no indiferenciado” o intuito é penalizar através da monitorização aqueles que não reciclam e quanto mais os gondomarenses separarem mais depressa serão recompensados. O Município tem a obrigatoriedade de fazer a boa recolha em baixa e a LIPOR é quem faz os tratamentos em alta- é o encaminhamento a dar aos resíduos quando eles são despejados dos camiões dos municípios nos centros de triagem. “Quando falamos em tarifas e dizemos que Gondomar paga uma tarifa muito alta, posso dizer que quando se compara as tarifas de recolha de resíduos urbanos do Município de Gondomar, nós só o podemos comparar com mais sete concelhos (Porto, Espinho, Povoa de Varzim, Valongo, Gaia, Vila do Conde, Matosinhos e Maia), nós em Gondomar temos um custo de tonelada tanto do indiferenciado, como do multimaterial acessível que é o preço do mercado, nós aqui pagamos a mesma taxa de gestão de resíduos que paga a Maia, falo deste município como poderia falar de outros”. O Município de Gondomar paga uma taxa de 11 euros em alta e mais 60 euros resultantes do custo do investimento da exploração de “uma empresa que é nossa que é a LIPOR, mas os nossos Munícipes podem dizer que a nível da Área Metropolitana nós somos os que mais estamos a contribuir para as questões ambientais futuras, ao contrário de outros municípios, nós não colocamos nada nos aterros, mas isso no final custa-nos 11 euros mais 60 euros que somando custa-nos 71 euros”. O autarca refere que agora há a discussão com o Secretário de Estado que consiste na duplicação da taxa de gestão de resíduos para os concelhos que coloquem os indiferenciados em aterros, “enquanto vereador da Câmara Municipal de Gondomar eu concordo com a posição do Secretário de Estado eu quero que as pessoas percebam que se separarem o lixo eu consigo baixar a tarifa, por isso separem!” Quanto aos mais novos outro projeto que foi realizado para promover a sensibilização foi junto às escolas e às IPSS que se baseava na separação do lixo “quanto mais separas, mais ganha a tua instituição e notou-se logo uma vontade expressa por parte dos alunos. Foi um dois em um, foram realmente os miúdos que com muita vontade em querer que a sua escola fosse a melhor e ao mesmo tempo em casa a sensibilizar os pais”, no final de acordo com o reciclado foi atribuído pontos que foram disponibilizados em equipamentos para as Instituições de acordo com as necessidade, o autarca revela que “só tenho que dizer bem dos agrupamentos e dos professores porque aquilo que nós damos é muito pouco para aquilo que nós recebemos da parte deles”. Outro projeto “ambicioso” que o Município está a implementar “que consiste na separação dos orgânicos, porque quando as pessoas começa-
rem também a separar os orgânicos que os resíduos são praticamente zero”, esta medida está a começar por ser implementada nas freguesias com alojamentos com quintais e que tem condições “até ao momento muitos aderiram a iniciativa”. Os resíduos (resíduos alimentares e verdes de jardins) colocados nestes combustores poderão ser reutilizados como fertilizantes. Numa primeira fase a recolha seletiva de Bio resíduos pretende ser implementado em 8.000 fogos unifamiliares e 11.000 alojamentos coletivos. O vereador do ambiente José Fernando constata que “demoramos sete anos, mas ao longo destes últimos anos conseguimos ver a evolução “tremenda” do concelho”, o autarca revela ainda que a Rede Ambiente será penalizada por não cumprir os prazos de recolha dos monstros localizados ao lado dos contentores, “aqui não há um olhar para o outro lado para privilegiar uma empresa, eu sempre fui exigente e agora vou ser ainda mais”. ▪
> Na foto: José Fernando Moreira, Vereador do Ambiente
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VIVACIDADE
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Sociedade
“Aqui somos Gondomarenses de terceira classe, estamos abandonados” Neste mês de outubro o VivaCidade recebeu uma denúncia sobre o estado de degradação em que se encontra o Bairro Social da Lomba. Erguido há cerca de 20 anos, no tempo do Major Valentim Loureiro, é desde o primeiro inverno que o local tem apresentado problemas. Os habitantes dizem-se estar abandonados e esquecidos por parte da Câmara Municipal de Gondomar. O sentimento é geral, a revolta e preocupação está assente nos que cá vivem.
Maria Dias habita no Bairro Social da Lomba desde o início e em declarações ao VivaCidade revela que: Os problemas surgiram logo no primeiro ano com a presença de humidade. Temos problemas nas fossas que entopem e nós é que somos obrigados a desentupir, porque ligamos aos desentupidores, mas os mesmos dizem que não podem vir sem a ordem da Câmara, ligamos para a Câmara e tanto nos atendem, como não nos atendem e temos de esperar. Na minha casa tive de rebentar com a lavandaria porque a Câmara não mandou ninguém para desentupir as fossas e quando cá mandaram os técnicos já o meu marido tinha tratado do assunto. Aqui, praticamente não temos apoio por parte do Município, eles vêm cá tiram fotografias hoje, tiram fotografias amanhã, vamos resolver, vamos resolver e nunca nada é solucionado. Há quase dois anos vieram colocar aqueles ferros que tiveram até que ser arrumados pelos moradores porque se fosse necessário entrar uma maca de uma ambulância para dentro da casa da senhora não era possível. Nós aqui neste prédio social estamos esquecidos, não adianta os técnicos virem cá uma vez ou duas por mês tirar fotos e não resolver nada e a
renda temos que a pagar, porque se a pagarmos com atraso já nos cobram juros e, isso é inadmissível. Mas o que mais me preocupa neste momento é ver as infiltrações nas casas. Fizeram uma Etar nova e, supostamente teria de vir uma pessoa semanalmente limpar e ainda não apareceu ninguém, nem da Câmara, nem da Junta. Não sei o que se passa, não há manutenção. Caso seja necessário sair do bairro para solucionar o problema eu estou disposta, mas teria de ficar aqui na freguesia, para fora da Lomba eu não vou, e estamos aqui dispostos a dialogar com a Câmara se assim for necessário.
Joaquim Silva habita no bairro social há cerca de 20 anos e revela ao VivaCidade que: Os problemas aqui surgem desde o início, nos primeiros cinco anos até foi 'mais ou menos', mas depois começaram a piorar. Já fizemos reclamações, o prédio era supostamente para ser reparado, mas até hoje nada foi feito. Os problemas mais recorrentes são as infiltrações de água, todos os vizinhos reclamam do mesmo, mas as deficiências não são só estas. Eu sou um doente de risco e estou sujeito a estas condições. Os técnicos vêm cá olham para o prédio e vão-se embora. Ultimamente, nada nos foi comunicado e, agora, com a COVID-19 a situação ainda está pior porque não fazem nada.
É desde dezembro de 1997 que Maria Mendes habita no Bairro Social e, como os seus vizinhos testemunham “os problemas começaram logo no primeiro inverno com a água a entrar nas habitações, tudo tem infiltrações. Posterior a isto, as estruturas têm vindo a degradar-se acentuadamente, há casas em que chove, não é simplesmente pingos, cho-
ve mesmo, há apartamentos em que chove no segundo andar e a água vem para o do meio. Tivemos um caso aqui no terceiro andar em que a senhora tinha de estar com 10 baldes dentro de casa, em cima da cama, em cima da comoda e a mobília que ela lá tinha colocado estava toda estragada e a desfazerse. A tijoleira está a cair. Não vem realizar a manutenção da Etar. Há pouco tempo caiu uma pedra enorme, temos informações de que um dos lados do prédio não está assente em rocha, mas assente em terra, ou seja, não houve aprofundamento na construção do mesmo, quem nos deu esta informação foram pessoas que aqui trabalharam na altura da construção do prédio. Entretanto, a Câmara diz que vem arranjar, vieram colocar uns ferros, vem hoje, vem amanhã, vem depois e, isto tem se vindo a arrastar há muitos anos, isto está um prédio que não se justifica, que com 20 anos de construção esteja tão degradado como ele se encontra. Já realizamos abaixo assinados, reclamamos diariamente e quando tentamos ligar para a Câmara para obtermos informações, dificilmente, as chamadas duram 10 minutos e, por vezes nem atendidos somos. Não sentimos o acompanhamento por parte das entidades, nós temos sido abandonados, nós somos os Gondomarenses de terceira classe, nós não pertencemos a Gondomar é só de nome. Eu deixava que me retirassem da casa, se fosse para ficar dentro da freguesia em que vivo, eu não colocarei impedimentos para que isto seja remodelado, mas tenho de
ficar na Lomba. E, para mim, este problema já devia ter sido solucionado. Ninguém nos liga, somos tratados como calha”. Contactado pelo VivaCidade, o Presidente da Junta de Freguesia da Lomba, Rui Vicente explica que “já é de conhecimento público que o prédio tem sérios defeitos, isto é uma pequena amostra da herança pesada que os anteriores deixaram e que é preciso resolver”, o autarca explica que a Câmara está por dentro do assunto e que os mesmos já realizaram vários investimentos no local com “a colocação da Etar, que antes não tinha e que rondou um investimento de 200 mil euros” ou com o alcatroamento do parque de estacionamento do local. O mesmo admite que Marco Martins “pretende intervir definitivamente no prédio e resolver todas as suas deficiências”, mas esta intervenção “irá demorar, no entanto os estudos já estão a ser feitos” o autarca refere que o Município está a “monitorizar as instalações com frequência e que os riscos são mínimos uma vez que a situação está a ser acompanhada”. Rui Vicente conclui referindo que: “é uma obra que necessita ser realizada urgentemente e o Presidente sabe disso. Mas temos de ter noção que é um investimento muito elevado”. O Presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins explica que o Bairro Social tem “graves problemas de construção e já colocamos a obra em concurso”. De momento devido às condições do prédio estão a ser realizados estudos para encontrar “a melhor solução para a reabilitação” do espaço. ▪
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Destaque
Em quatro anos Baguim terá um inv Nos últimos três anos a Freguesia de Baguim do Monte tem vindo a sofrer um investimento superior ao habitual. Baguim encontra-se em bons ventos quanto ao investimento autárquico realizado por parte da Câmara e da Junta. O Presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Francisco Laranjeira, acredita que até ao final do seu mandato a Freguesia terá um investimento total na casa do 8 milhões de euros. Texto: Gabriela Monroy
Foi numa visita de autocarro e respeitando todas as normas da Direção Geral de Saúde que Francisco Laranjeira mostrou aos presentes todas as obras que tem vindo a ser realizadas em Baguim do Monte. O autarca em entrevista dá nota positiva aos últimos três anos à frente da Freguesia, não obstante revela ainda não estar satisfeito “queria fazer mais, mas não posso fazer em três anos o que não se fez em 30” anos. Francisco Laranjeira constata que estas obras resultam de um trabalho de união com a Câmara Municipal de Gondomar, o autarca afirma que continuará a “reivindicar para Baguim, é esse o meu papel e dou-me por satisfeito por tudo o que conquistamos” nestes últimos anos. Além de ter como principal preocupação o crescimento económico e social da freguesia, o
ambiente é uma questão de relevo para o Presidente. Os recursos naturais são de extrema importância para o autarca que devem ser protegidos, exemplo disso são os investimentos realizados em jardins e em plantações de árvores, bem como os projetos para os futuros parques. “Tivemos o caso no Largo de São Brás em que tive que deitar a baixo dez árvores, no entanto plantamos logo 30” é nessa linha que Francisco Laranjeira agradece a sensibilidade que o Presidente Marco Martins e o Engenheiro Mário tiveram quando deparados com o problema das minas, situada na Rua Padre Domingos Baião, em que os recursos de água no local foram bem aproveitados, “estas fontes de água são importantíssimas serem preservados, porque os recursos naturais não são infinitos”, quando à limpeza das ruas Laranjeira diz que a responsabilidade é da empresa Rede Ambiento, “a nossa responsabilidade quanto Junta é limpar as sarjetas e não faz sentido realizar a limpeza destas se as estradas continuam sujas e entopem na mesma”, o autarca revela que a solu-
ção que encontraram foi auxiliar “a empresa responsável na limpeza das estradas com o intuito de evitar as cheias”. A um ano de determinar o mandato, Francisco Laranjeira coloca ainda em cima da mesa alguns projetos que quer deixar na freguesia com o seu cunho. Um dos parques que estão previstos a ser executados fica na fronteira entre Baguim e Rio Tinto, na Rua Padre Joaquim das Neves o segundo corresponde a um Parque desportivo na Zona de Entre Cancelas. Outra empreitada que o edil tem como ambição é a realização de um futuro Parque Industrial na Rua da Morena, “que seria uma mais valia para o concelho de Gondomar”. Além de outras empreitadas, Francisco Laranjeira revela que a Igreja do Largo de São Brás já tem a verba para ser pintada. Outro projeto que já se encontra desenhado é o do Polidesportivo em que o executivo pretende melhorar a cobertura e a sua envolvente. Das obras já realizadas, Francisco Laranjeira destaca que as “meninas dos seus olhos” são três, “a variante, o cemitério e o Largo de São Brás”, no que concerne ao Largo de São Brás o responsável por Baguim aproveita para destacar e explicar à população que o piso lá colocado foi “ideia da arquiteta” o objetivo é que o condutor seja obrigado a reduzir a velocidade, dado que “é facto que aquela zona” era uma das estradas com mais sinistralidades do concelho. Ao VivaCidade, Francisco Laranjeira adianta em exclusivo que é sua intenção é de voltar a recandidatar-se: “Se os Baguinenses assim o entenderem serei candidato para mais um mandato à frente desta Junta de Freguesia”. No final o autarca revela que lamenta o facto do Movimento Valentim Loureiro não se ter feito representar, nem ter justificado a sua falta:
> Via Estruturante Norte-Sul
“lamento porque só assim é que poderiam ter visto as obras que realizamos e poderiam avaliar e depois comentar”. O Presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins refere que a freguesia de Baguim do Monte tem sido uma das freguesias que mais investimentos tiveram “em que honramos compromissos” o autarca refere que é justo referir que nestes últimos três anos “realizamos mais investimentos do que nos últimos quinze anos, sem dúvida”, para o edil de Gondomar há vários fatores que contribuíram para este volume de obras “por um lado a visão e a atenção da Câmara para a Freguesia e por outro lado também um conjunto de projetos que começaram a ser pensados antes, mas só agora por questões burocráticas é que estão a ser concretizados”. O responsável constata que é importante de referir que “é justo dizer e reconhecer o excelente dinamismo” por parte do executivo da atual Junta de Freguesia. Marco Martins conclui afirmando que a cooperação entre o Presidente da Junta com o Presidente camarário é excelente. ▪
> Largo de São Brás totalmente remodelado
> Francisco Laranjeira, Presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte
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Destaque
vestimento de 8 milhões de euros Principais obras realizadas e/ou a decorrer
Rui Faria- Líder da oposição pelo PSD em Baguim do Monte
Carlos Brás - Deputado da Assembleia na República
O que noto nestes últimos três anos é que eles têm tido um cuidado de ver o nosso plano de atividades porque algumas destas obras estão incluídas desde o primeiro ano no nosso projeto de atividades. O executivo da Junta tem acatado algumas ideias que temos proposto, outras, infelizmente têm sido recusadas, o que nós nos queixamos mais é que muitas destas obras estão a ser realizadas pelo executivo da Câmara sem atender às verdadeiras necessidades ou sem realizar o devido planeamento de acordo com as necessidades da freguesia, nomeadamente algumas obras que, se escutassem e se tivessem sido realizadas e planeadas junto à Junta de Freguesia poderiam ser muito melhores e responder às necessidades que nós pretendemos colmatar. Fazer obras só por fazer também há aqui e nota-se casos como o do polidesportivo do Castro que é a maior vergonha que aqui aconteceu e que não atenderam às necessidades da população, temos outras obras que continuaram a ser feitas como passeios só de um dos lados e não realizaram do outro dou o exemplo da Rua Castro Meireles que para mim não respeitaram as intenções da Junta, mas de resto há aqui uma concordância e um convívio salutar entre as forças políticas que acabam por escutar as nossas opiniões. Nós continuamos a achar que há aqui muita propaganda política, mas tem havido mais movimento que nos últimos 12 anos atrás. Em suma, faço um balanço positivo.
Fico muito feliz com o que podemos constatar hoje no terreno, de alguma forma acompanhei tudo o que tem vindo a decorrer aqui, porque primeiro que as obras aconteçam é necessário que haja inscrições nos orçamentos. Lembro-me perfeitamente que quando o Francisco Laranjeira iniciou o mandato apareceu na Câmara muito assustado quando tomou consciência das dificuldades que iria encontrar na Junta, a falar comigo e com o Presidente Marco Martins nós conseguimos tranquiliza-lo e explicamos que o ajudaríamos em tudo e, é com grande prazer que hoje registo muitas das coisas que eles nos pediu na época, umas ainda estão para acontecer ou encontram-se a decorrer, enquanto outras já se encontram concluídas como é o caso do Largo de São Brás, mas aqui o que há de salientar é o grande espírito de colaboração entre a Câmara e a Junta com disponibilidades de ambas as partes para trabalhar e encontrar soluções e é assim que as coisas vão acontecendo, com a colaboração entre as entidades. . O que interessa agora é o presente e o futuro e esta equipa que agora está na Câmara, em conjunto com esta equipa que está na Junta tem trabalhado bem e os resultados estão à vista têm havido fortes investimentos uns maiores, outros menores, mas mesmo até as mais pequenas são de grande importância para as populações e, portanto as coisas estão a funcionar bem e o desejo que tenho como Baguinense é que continuem assim com este espirito de boa colaboração para que de facto se resolva os problemas.
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VIVACIDADE OUTUBRO 2020
Sociedade
Isabel Queirós - 106 anos de história, 106 anos de vida. Conheça a história da mulher mais velha de Gondomar Apelidada carinhosamente de Rosa Mota ou Pepe Rápido, Isabel Queirós é a mulher mais velha do concelho de Gondomar com 106 anos. Doméstica, passou a sua vida a fazer aquilo que mais amava que era cuidar da sua família. Atualmente, possui dois filhos, dois netos e dois bisnetos, sem contar com os genros e as noras. Mulher de forças, de guerra, trabalhadora, determinada, independente e dinâmica são muitos os elogios que caracterizam a avó Isabel. A filha Helena Queirós e a nora Delmira Queirós descrevem-na como um doce de mulher e apontam, apenas, um único defeito que é a teimosia, são elas que nos descrevem a mulher que hoje elas tanto admiram. Natural de Penafiel, passou parte da sua vida em Angola e voltou para Gondomar, mais concretamente para Baguim do Monte para passar o resto da sua vida. Sempre tratou da família e Helena conta que uma das histórias que mais a marcou que a sua mãe contava era “que muitas vezes quando eram pequenos uma sardinha tinha de dar para quatro com um bocadinho de broa”, isto porque Isabel Queirós com 106 anos viveu “a primeira guerra mundial” um período difícil da história da humanidade. Para Delmira Queirós o que leva de Isabel “é a sua força de viver, a sua alegria, acho muito engraçado o facto de que ela sempre dizia às pessoas que o seu segredo era o trabalho”. Delmira descreve-a como uma pessoa muito independente revela até que “foram várias as vezes que ela ia para o Porto já com os seus 90 anos” e não dizia nada a ninguém, “ela gos-
> Isabel Queirós com a sua família
tava muito da sua independência”, de ir ao café com as amigas e de dar os seus passeios. Delmira e Helena revelam “algo curioso para uma senhora desta idade” é o facto de que ela gostava de ir ao Mcdonald’s. Em conversa com o neto Paulo Dias o mesmo revela que é um “privilégio ter uma avó com esta idade, é um orgulho, uma honra acima de tudo”, o neto explica que a avó foi como uma segunda mãe na sua vida que acompanhou todo o seu crescimento. “Foi uma avó extremamente presente e sempre me ajudou no que podia”, Paulo afirma que a avó teve um papel crucial na parte emocional e construtiva nos valores dele enquanto pessoa. “Tenho tantas histórias, que escolher só uma é difícil, uma historia interessante é quando muitas vezes passava o fim de semana aqui em casa da minha mãe, pode ser um pormenor, mas quando era pequeno e passava aqui os fins de semana, um dos pormenores que achava interessante era o pequeno
almoço servido com a minha avó era uma coisa simples que era nestum, mas as vezes são aqueles pequenos toques que, no final, faziam toda a diferença”. O neto revela ainda que para além de avó, Isabel foi madrinha do seu casamento. A neta Sandra Queirós refere que “tenho muitas experiências com ela, porque, basicamente, quem me criou foi ela, nasci em Luanda e ela sempre ajudou a minha mãe a criar-me”. A neta revela que aprendeu muita coisa com ela, coisa básicas, mas que fizeram muito a diferença. Sandra constata que “foi uma avó e bisavó muito presente na minha vida e na dos meus filhos, foi ela que ajudou a tomar conta deles, a Marta e o Diogo e também lhes ensinou muita coisa” valiosa. “Sempre foi uma pessoa muito carinhosa e devo-lhe muito”, a neta explica que o que mais a caracteriza era o ser amor incondicional que sempre deu aos seus “ela será para sempre a nossa heroína e se houvesse uma medalha era para ela que ia”.
Por fim, foi a vez de conversarmos com os Bisnetos Diogo Queirós e Marta Caldas. “Nós sempre fomos criados com ela, tanto eu como o meu irmão”, os bisnetos explicam que a reação que tem com a bisavó é de grande afinidade, uma relação que não dá para explicar ou transcrever em palavras. Os netos recordam com um sorriso quando a avó decidia fazer ginástica pelos corredores da casa e dizia que o intuito era para não ficar ‘’perra’’. Ambos evidenciam com saudade a excelente cozinheira que era Isabel e relembram com saudade a feijoada, que era obrigatória na altura do carnaval, e os famosos rissóis à dona Isabel. Os bisnetos explicam que uma das razões para esta bonita idade “é a sua vitalidade e força de viver”. Isabel deixa aos leitores do VivaCidade um conselho: “Para os mais novos quero dizer que tenham juízo e que cumpram o seu dever que não devam nada a ninguém. E para os mais velhos que trabalhem e que não sejam mal-educados com ninguém”. ▪
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Junta de Rio Tinto e Município de Gondomar galardoados com “selo pro-envelhecimento” A Câmara Municipal de Gondomar e a Junta de Freguesia de Rio Tinto foram este mês premiados com o selo “Comunidades Pró-Envelhecimento 2020/2021”, atribuído pela Ordem dos Psicólogos Portugueses. Este selo tem o intuito de reconhecer e distinguir políticas, programas e planos estratégicos que sejam criados em prol do envelhecimento saudável da comunidade sénior. O objetivo do projeto é construir uma sociedade coesa, equitativa, inclusiva, saudável e segura, que promova o bem-estar e a contribuição cívica de todos os cidadãos, durante todos os momentos do ciclo de vida. A Junta de Freguesia de Rio Tinto candidatou-se através de uma Checklist
Comunidades Pró Envelhecimento que tem o intuito de ser uma lista de “verificação e um instrumento de melhoria, estimulando a autoavaliação das Comunidades acerca das suas estratégias, práticas, e atividades em matéria de envelhecimento saudável e bem-sucedido, assim como o desenvolvimento e implementação de planos de ação e melhoria de práticas futuras neste âmbito”, esta candidatura ao selo é acompanhada de provas e exemplos concretos de boas praticas implementadas no terreno. O edil de Rio Tinto, Nuno Fonseca considera que o envelhecimento ativo é uma das maiores preocupações das sociedades modernas e que é importante manter a energia, o bem-estar
físico e mental desta comunidade, sendo que este selo é um reconhecimento de todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido junto a este nicho da população. A Câmara Municipal de Gondomar
também foi distinguida com este prémio pelas suas politicas que pretendem diminuir a solidão e o isolamento da comunidade de ouro de Gondomar bem como reconhecer o trabalho realizado ao nível da autoestima e de cidadania ativa dos mais velhos. ▪
“Comemorar” a Paralisia Cerebral. Todos os dias! A 20 de outubro, Dia Nacional da Paralisia Cerebral (e Dia Mundial de Combate ao Bullying), a Associação do Porto de Paralisia Cerebral decidiu dar texto, voz, interpretação, imagem e “tempo de antena” a um trabalho feito por pessoas com Paralisia Cerebral. No âmbito da Oficina Multimédia da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC), durante os últimos meses tem vindo a ser desenvolvido um
diversificado conjunto de atividades. E a produção de um vídeo sobre o “Bullying” foi apenas uma delas... O argumento de “Que mal te fiz?” é da autoria de pessoas com paralisia cerebral. Os atores são pessoas com paralisia cerebral. Gravação, edição (áudio e vídeo) e realização são, também elas, de pessoas com paralisia cerebral. Para os autores do trabalho (disponível em www.appc.pt) é desejo que nes-
te Dia Nacional da Paralisia Cerebral se reflita sobre aquilo que a todos e a cada um de nós faz ser diferente, mas tão igual... E se pense em quem, pela diferença – qualquer que ela seja! – por vezes é vítima e se sente ostracizado. A Oficina Multimédia da Associação do Porto de Paralisia Cerebral defende que a arte não tem idioma e que é a linguagem universal que une o ser humano – sendo que a criatividade é o meca-
nismo que ajuda a evoluir. E são esses os objetivos da Oficina de Multimédia: explorar a criatividade do indivíduo e orientar essa evolução utilizando as novas tecnologias do mundo Multimédia. Contando com a participação de 15 clientes, na Oficina Multimédia trabalham-se as componentes de produção musical, edição áudio, edição vídeo e escrita criativa – numa filosofia de atuação que “liga” e “funde” todas estas vertentes. ▪ PUB
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Gonçalo Lixa Médico Veterinário, Clínica Veterinária do Taralhão
“DERMATOLOGIA VETERINÁRIA: CUIDAR DA PELE DO MEU ANIMAL” A pele é o maior e um dos mais importantes órgãos do corpo. Entender a normal dinâmica da pele e pelo do seu animal, é fundamental para o conhecimento integral do corpo e saúde geral dele. Sabia que alguns problemas hepáticos (de fígado) podem levar a alterações das almofadinhas plantares e nariz? Sabia que alguns tumores do abdómen e do tórax podem ter, como único sinal clínico, alterações de pele? Sabia que, no caso da Leishmaniose (importante doença que pode colocar em risco a vida do seu animal), os primeiros sinais clínicos se manifestam, geralmente, a nível da pele? O exame dermatológico (da pele e do pelo) completo deve ser realizado periodicamente e, de preferência, por um Médico Veterinário com interesse ou especialização nessa área. Em baixo exponho algumas das questões mais colocadas em consulta: “O meu animal perde tanto pelo...Isso é normal?” Qualquer cão/gato saudável tem a pele e pelo em renovação constante. Um cão, em média, perde o dobro do seu peso em pelo, por ano (um cão de 10kg perde cerca 20kg de pelo por ano), principalmente nas alturas do ano com fotoperíodo crescente (dias ficando mais longos). Caso a queda de pelo dê origem a zonas sem pelo (alopecia), pelo mais curto (hipotricose), alterações de coloração (por exemplo, na face de cima das patas ou por baixos dos olhos), ou outras lesões associadas (como crostas, vermelhidão ou descamação), deve consultar o seu veterinário. “Quantas vezes devo dar banho ao meu animal? Com qual champô?” É falso que não se deva dar banho aos cães ou que dar banho “aumente o cheiro a cão”. Usando um champô adequado (que respeite o pH da pele do cão/ gato e promova a sua hidratação - com aveia ou ureia, por exemplo) e o animal o permitir (por razões de saúde/ comportamento) o banho pode ser dado, facilmente, até 3-5 vezes por semana, sem que isso o prejudique. Um bom equilíbrio, no caso de um animal sem doença de pele, será de 1-3 banhos, mensais. “Quando o meu animal começa a coçar, devo desparasitá-lo?” As infestações por parasitas cutâneos (pulgas e carraças, principalmente) são mais comuns nos meses quentes, mas a subida geral da temperatura tem levado à ocorrência destas durante todo o ano. A causa do prurido (coçar) do animal pode dever-se, ou não, à presença de parasitas. Em geral, é sempre benéfico desparasitar o seu animal quando ocorre prurido, seja qual for a causa patológica, mas a desparasitação pode, isolada, ser insuficiente para o tratar. Qualquer dúvida adicional, teremos todo o gosto em responder, para o contacto 934982307 ou cvtaralhao@gmail.com.
Sociedade
O jovem gondomarense que incentivou Ana Gomes às Presidenciais Chama-se Pedro Limões, tem 18 anos, é natural de Fânzeres e, recentemente, entrou na Faculdade de Engenharia Eletrotécnica na FEUP. Nenhum membro da sua família é ligado à política, mas o seu interesse por este setor levou-o a escrever uma carta à candidata Ana Gomes incentivando-a a correr a Belém.
Desde muito cedo que Pedro se interessou pela politica e pelo que se passa no mundo, “eu não gosto de imprevisibilidades , gosto de saber o que é que acontece à minha volta e que decisões tomam os políticos do nosso presente que vão influenciar o nosso futuro e o meu interesse pela politica acaba por ser uma consequência disso”, na medida que foi crescendo, a sua ‘’curiosidade e interesse’’ foram aumentando e mais recentemente é que tem tido uma posição mais ativa. Quando questionado sobre a posição dos jovens na política Pedro explica que os jovens de hoje interessam-se ‘’essencialmente por causas, não tanto por movimentos partidários, acho que os jovens de hoje tem opiniões, falam e merecem ser ouvidos’’, o gondomarense acrescenta que os jovens de hoje cresceram a ouvir na imprensa notícias de ‘’escândalos de corrupção, problemas no sistema financeiro e, principalmente, guerrilhas partidárias que em nada contribuíram para o progresso do país’’ e é essa descrença no sistema politico parte destes problemas que deveriam de ser mais abordados e resolvidos “e ao meu ver, é por isso que os jovens se distanciam tanto e não são tão ativos na vida politica ou até nas eleições”. Para o gondomarense o principal entrave para o desenvolvimento do país é a corrupção, “infelizmente, Portugal é um país minado por este tipo de interesses sujos, interesses em grande
> Na foto: Pedro Limões
parte do poder está concentrado em grandes elites, em grandes grupos económicos, ou seja, está muito centralizado”. Pedro completa constatando que por mais que os “políticos mencionem os jovens nos discursos e, por mais que falem deles, estes dão a ideia de que não tomam as decisões com basa nas opiniões deles e, esse é um problema que afetará o futuro do país” dado que o “nosso futuro” passa pelos jovens. Para o jovem de 18 anos é urgente credibilizar o sistema porque “não é só os jovens que estão descrentes, Portugal é um país com grandes taxas de abstenção” e para credibilizar é necessário a realização de reformas, mudar políticos e “daí é que surge a minha história” com a candidata Ana Gomes. A ideia de realizar a carta surge derivado ao descontentamento sentido, “enviei a carta escrita porque senti que era um meio mais particular, que tocasse mais, que fosse mais apelativo e foi uma atitude meio impulsiva, escrevo a carta numa sexta feira e na segunda estou a coloca-la no marco do correio, a resposta demorou muito tempo, mas felizmente o sentido da carta que era incentivá-la a ser candidata foi comprido”, Pedro revela que quando viu o video da candidata
Ana Gomes nas redes sociais a agrade-lo ficou muito contente e recebeu mais de uma centena de mensagens a agradecer a iniciativa, o jovem explica que mandou a carta “essencialmente pelas causas que ela defende, pelo historial e pelo currículo. E sendo ela eleita, certamente que fará história, porque seria a primeira mulher a ocupar este cargo político”. Quanto ao Marcelo, o jovem reconhece que o responsável pelo país realmente fez a diferença face ao seu antecessor e a proximidade com o público é um estilo característico do Presidente, mas “eu costumo dizer que selfies, abraços e beijinhos se resolvessem os problemas das alterações climáticas, ou do racismo, ou da xenofobia, ou até dos constantes ataques aos direitos humanos promovidos pela extrema direita, acho que votaria no Marcelo, mas como não ajuda eu prefiro votar numa candidata que está bastante afincada em lutas contra esses problemas” e acrescenta ainda que “não tenho nada contra o Marcelo, pelo contrário, considero-o uma pessoa muito simpática e acessível, no entanto considero que os portugueses podem e deve exigir mais daqueles que os governam e não basta ser simpático para ser um bom Presidente”. ▪
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Madalena de Lima, Advogada com larga experiência em Direito Criminal, Civil, Família e Menores, Administrativo, Comercial, Urbanismo e Internacional. Inscrita na Ordem dos Advogados desde 1983, abriu novo escritório em Rio Tinto.
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Cultura
Bairro Mineiro comemora centésimo aniversário No dia 10 de outubro, a União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova comemorou os 100 anos do Bairro Mineiro com uma exposição de fotografias ao ar livre e um momento musical. O evento foi realizado segundo as normas da DGS- Direção Geral de Saúde. Inaugurada a exposição de fotografias alusivas ao Bairro Mineiro, seguiu-se um espetáculo que contou com a presença do grupo ‘’Meninos do Bairro Norte’’, composto por crianças dos 6 aos 12 anos, que foram acompanhadas por Vasco Balio e Domingos Cardoso que interpretaram músicas de peso tais como: “De Mineiro a Morador”, letra e música de João Loio, originalmente cantada por José Mário Branco, e que fez parte do mais importante processo revolucionário do norte do país, o Centro Revolucionário Mineiro (CRM) e a música "Meninos do Bairro Norte", escrito por Serafim Gesta “Mazola” para Vasco Balio, Vasco Balio & Balio’s Gang e por fim a Banda Musical de São Pedro da Cova (Ensemble). O evento contou com a presença do executivo da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, bem como o seu representante Pedro Vieira, a Presidente da Assembleia de Fre-
guesia Sofia Martins e o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, a Vereadora Claúdia Vieira e o deputado José Pinto. Em simultâneo, marcou presença uma das figuras mais respeitadas que aprofundou a história mineira de São Pedro da Cova Serafim Gesta, o historiador mais conhecido por ‘Mazola’ que no seu discurso deliciou os presentes com um excerto da história mineira, ‘’esta iniciativa da Junta para mim tem muito valor porque nós continuamos a agarrar as raízes das nossas memórias para que o povo não se separe delas, nós não devíamos esquecer o passado”, Mazola concluiu a sua intervenção com uma palavra de esperança e de apelo quanto à realização de outras iniciativas do género na freguesia. Pedro Vieira referiu no seu discurso que esta iniciativa é essencial para que a população perceba a história do ter-
ritório, “nós queremos com este encontro que as pessoas tenham memória do tempo que passou” e sublinhou que a intenção do executivo da União de Freguesias vai no sentido de que as “novas gerações percebam o que isto era há 30\40 anos atrás”, queremos com esta iniciativa demonstrar que aqui vive muita gente honesta e trabalhadora, e valorizar a memória e o património que esta terra tem”. Sofia Martins iniciou a sua intervenção enaltecendo o momento importante e simbólico que são os 100 anos do Bairro Mineiro e referiu que é necessário saber “a nossa história e passar o testemunho” às próximas gerações. A autarca conclui observando que “São Pedro da Cova, de facto, é conhecido em Gondomar e a nível nacional pela sua história mineira”. O Edil de Gondomar, Marco Martins, inaugurou o seu discurso dando os parabéns aos que tiveram a iniciativa
Cinema em Fânzeres e São Pedro da Cova No próximo dia 14 de novembro, pelas 21h 30, no auditório da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova irá decorrer a entrega de prêmios do 5º concurso de curtas-metragens. No evento serão exibidas as curtas-metragens vencedoras a nível internacional, além da curta vencedora da Região de Fânzeres e São Pedro da Cova. Para além disto, será estreado no dia a curta metragem de Paulo Ferreira denominada “Viagens e memórias. Museu Mineiro de São Pedro da Cova”, sendo que também será exibida a curta metragem “O charco” do mesmo realizador.
A organização representada por Pedro Barbosa refere que “apesar da pandemia, obtivemos uma elevada aderência de participantes. Convidamos a população a vir assistir o evento e a viver o cinema. Será uma oportunidade para verem o excelente trabalho da nossa região do consagrado realizador Paulo Ferreira." A avaliação das curtas-metragens encontra-se à responsabilidade de Paulo Ferreira, Pedro Ferreira e Flávio Pires. A entrada para o evento é gratuita e o mesmo irá cumprir todas as medidas de segurança impostas pela DGS. ▪
> Na foto: Pedro Barbosa e Pedro Vieira
“porque preservar a história e a memória é muito importante, muitos dos que aqui estão hoje são filhos, netos ou bisnetos de antigos operários que vieram para aqui morar e é preciso que esta nova geração saiba como isto era”, como era a luta e as dificuldades dos que aqui viveram. “A realidade era assim, felizmente a sociedade evoluiu, felizmente os tempos mudaram, mas ainda há muito que fazer” e conclui referindo que “as novas gerações são uma oportunidade de futuro para o território de São Pedro da Cova” e o que aqui é mais importante é “não esquecer e recordar os vossos antepassados que sofreram nas minas e que, felizmente, hoje, os vossos filhos e os vossos netos começam a ter uma melhor qualidade de vida”. A exposição de fotografias ficará patente até ao dia 21 de dezembro na Alameda do Bairro Mineiro. A sua visita é gratuita. ▪
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Cultura
Paulo Ferreira distinguido no festival Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival 2020 No início do mês de outubro, Paulo Ferreira, viu o seu trabalho a ser premiado no Festival “Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival”. O realizador gondomarense arrecadou três prémios que foram os seguintes: 3º lugar na categoria de “Timelapse”; 1º lugar na categoria de “Places in History”; 1º lugar na categoria de “Best Portuguese
Film”; e ainda uma menção honrosa por parte do Presidente do Júri. O filme realizado foi gravado na cidade do Porto durante o período de confinamento e pretende transmitir um alerta para o momento da história em que estamos a viver e ao mesmo tempo pretende “brindar” os seus espetadores com uma nota de esperança de um futuro
melhor. A produção do filme ficou na responsabilidade da PTlapse e contou ainda com a participação da Laurence Alves, na adaptação e tradução de narrativa, e de Conrad Harvey como locutor. Para os curiosos, o filme pode ser visualizado no Youtube, no vimeo ou na página Lockdown Porto. ▪
Fânzeres vive o teatro mais uma vez Em tempos de COVID-19 as companhias de teatro viram os seus espetáculos a serem cancelados, sendo o meio artístico um dos mais prejudicados com a pandemia até ao momento. Foi com todas as precauções e respeitando as normas da Direção Geral de Saúde que a União
de Freguesias decidiu continuar com a realização do Festival para que a população pudesse viver a cultura. A inauguração ficou ao encargo de António Calvário e Natalina José, com a peça ‘’Volt’A Portugal em Revista’’, que no passado dia 10 de outubro reconheceram a importância
deste tipo de eventos para os artistas e revelaram a fase difícil que os artistas estão a viver devido há pandemia. Os artistas agradeceram diretamente o executivo da Freguesia por não terem cancelado o evento. No dia 17 de outubro foi a vez do GRUTA CCL - Grupo de Teatro Ama-
dor do Centro Cultural da Livração trazer animação aos presentes com a peça a ‘’Saudade do Homem’’. Para os interessados no próximo dia 24 de outubro, pelas 21h 30, o Salão Paroquial de Fânzeres será palco da peça ‘’Cartas’’ do In Skené- Companhia de Teatro. ▪ PUB
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Política
Dia histórico para São Pedro da Cova Após anos de luta, a população de São Pedro da Cova viu iniciar, no dia 12 do mês de outubro, a segunda fase da retirada dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova provenientes da Siderurgia Nacional da Maia. O VivaCidade esteve presente no local, neste dia, para testemunhar este momento histórico para a população desta freguesia que nunca baixou os braços. Rebobinando no tempo, em 2014, a população presenciou a primeira fase da remoção dos resíduos perigosos, era expectável que fossem retirados do local 88 mil toneladas que se converteram no final na retirada de 105 mil toneladas, no entanto no local continuaram a permanecer mais 125 mil toneladas. Esta primeira fase demorou um período de 210 dias, 7 meses e originou num total de 3.843 camiões. De volta há atualidade, o dia 12 de outubro foi um marco na história para a população da freguesia mineira de Gondomar, dado que foi o dia em que se iniciou a segunda fase dos trabalhos de remoção dos resíduos perigosos que corresponde à retirada de 125 500 toneladas. Nesta segunda etapa está previsto um total de 5.020 viagens por dia para a Ecodeal. O destino dos mesmos é a Chamusca, onde serão tratados. É esperado que por dia sejam retiradas 800 toneladas, o que se converte em 32 camiões de resíduos em direção à Ecodeal. Joaquim Santos encontrava-se no local como manifestante a alertar para esta luta que se tem vindo a arrastar ao longo destes últimos anos: “Estamos aqui a dar continuidade a uma luta iniciada há muitos anos pela remoção dos lixos tóxicos aqui depositados pela ordem do anterior presidente da Câmara Valentim Loureiro. Interromperam a primeira fase, lutou-se para que isto continuasse e hoje dá-se início à segunda fase e espera-se que seja feita rapidamente para que depois entremos na requalificação de todo este espaço. Enquanto isso não acontecer estaremos atentos e presentes sempre que as circunstâncias assim o desejarem. É um assunto muito importante que tem a ver com a saúde pública que foi posta
em causa”. O Presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova revela-nos que esta é ‘uma grande vitória da População de São Pedro da Cova que nunca desistiu e resistiu sempre a este grave atentado ambiental que denunciou logo na altura, foram acusados de alarmistas por outras entidades e, portanto, este processo veio dar razão” aos que sempre lutaram pela sua retirada. Segundo o edil, “o processo foi evoluindo com atrasos e recuos e também com avanços. Avanços esses que foram feitos pela população com denúncias, vigílias, postais, cordões humanos, manifestações, idas à Assembleia da República, denúncias feitas pelos deputados no parlamento europeu. Foram essas ações que desencadearam este processo”, Pedro Vieira espera que “não surjam mais surpresas no meio deste processo” e promete que “não iremos baixar a guarda, porque esta missão não está cumprida”, o responsável explica que o processo só estará concluído quando aquele território seja devolvido à população de São Pedro devidamente requalificado. O Presidente da Câmara Municipal de Gondomar relembra o dia 12 como um marco histórico para a população local. O responsável pelo Município de Gondomar revela que “é importante ter a noção que” o processo só continuou “porque houve uma ação por parte da Câmara muito forte, porque se não fosse esta Câmara a pressionar o governo para a
> Inicio da remoção dos resíduos em S. Pedro da Cova
segunda fase de retirada, este processo não teria avançado”. O Edil explica que a segunda fase foi desbloqueada porque o Município “teve que intervir e gastar 1.6 milhões de euros do seu orçamento para expropriar cerca de 27 hectares” de terreno. O responsável deixa ainda assente que: “A única coisa que eu sei é que a Junta de Freguesia sob o ponto de vista prático não fez nada, a Câmara é que andou com um processo de expropriação, a Câmara é que andou a reunir com o governo, a Câmara é que andou nas negociações, a Câmara é que concretizou e licenciou, se calhar se a Junta, em vez de perder tanto tempo na rua a reclamar tivesse ajudado a Câmara, teria sido mais rápido”. No local Freire de Sousa, Presidente da
CCDR-N descreve este momento como um “ato formal, quase como um ato de prestação de contas”. O responsável vai mais longe e destaca que “o processo que nós estamos aqui a tratar tem responsáveis que a justiça ainda não foi capaz de identificar devidamente”, Freire de Sousa aproveitou o momento para deixar uma palavra de “desculpas que não é tanto pessoal, mas sim coletiva, todos temos que pedir desculpas, uma palavra de satisfação por um momento como este que, apesar de tudo, tem que ser visto como um momento positivo, um momento de esperança e também de crença num futuro melhor”, o responsável da CCDRN apela ainda que a população “não baixe a guarda, que estejam atentos, que procurem manter o escrutínio destes processos”. ▪
OUTUBRO 2020 VIVACIDADE
Política
TPNP e ATP fundem-se num só organismo Desde o passado dia 1 de outubro as duas instituições estão agora juntas num mesmo organismo denominado Turismo do Porto e Norte, uma ambição de Luís Pedro Martins desde a sua tomada de posse à frente do TPNP em fevereiro de 2019, que passa agora a liderar o novo organismo. “É a concretização de mais um compromisso que tinha também desde o início do meu mandato”, afirmou Luís Pedro Martins ao nosso jornal. Para o agora presidente do TPN, a situação inédita vivida apenas a Norte com uma gestão bicéfala do setor do turismo urgia em ser resolvida com o objetivo de um trabalho mais profícuo na promoção do território. “Nem eu compreendia, nem muitos dos stakeholders, esta divisão que existia na região nomeadamente sabendo que as outras regiões tinham já resolvido esta situação de termos uma liderança bicéfala no turismo. Mais importante que isso era o facto de não termos uma estratégia comum, alinhada nas áreas tão importantes como a promoção, comunicação, marketing e comercialização da região. Eu não gosto de falar do passado e não irei dissecar as razões pelas quais isto não aconteceu antes, mas vou sim assinalar o facto de termos, ao fim de muito tempo, encontrar aqui um conjunto de vontades, quer pelas pessoas que lideravam até há uns dias atrás a ATP, quer por quem estava na TPNP, dando aqui um destaque muito importante à Câmara Municipal do Porto e ao seu executivo, mas também a toda a Assembleia Geral de toda a ATP que votou por esmagadora maioria este entendimento com a Entidade Regional, e também não deixando de destacar que na Assembleia Geral da TPNP esta decisão de regressarmos à ATP foi aprovada por unanimidade, ou seja, acho que foi o cumprir de um desejo dos associados das duas instituições”. Para Luís Pedro Martins o novo organismo ganha agora um maior poder reivindicativo juntando o privado e o público na representação do setor na região.
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Hospital Escola Fábio Almeida
Hiperplasia Benigna da Próstata
> Luís Pedro Martins, Pesidente do TPN e da ATP
“Claramente ficamos com mais forma e maior poder reivindicativo. Na verdade temos hoje os privados e o setor público que representa o turismo junto e alinhados. Espero que o efeito possa surgir a partir do momento em que a pandemia esteja resolvida, colocando em prática todas as ideias que temos, agora sim feitas por uma só equipa. Como tal estou bastante satisfeito por isso”. No entender de Luís Pedro Martins a fusão das duas entidades será vantajosa para toda a região, não só pelo trabalho conjunto entre privados e público, mas também pela integração das diferentes ofertas existentes na região. A ligação ao Porto é também essencial para o Presidente do organismo que vê nesta marca um grande potencial, não só por ser a principal porta de entrada de turistas no Norte como pelas curtas distâncias a que as diferentes ofertas da região se encontram da cidade invicta. “Eu diria, antes pelo contrário, a Entidade regional tem uma visão muito grande do território, a ATP tem uma visão muito grande sobre o setor privado, claramente o que queremos trazer é este apor de olhar para a região como um todo e, hoje, a ATP funcionar também como uma agência de promoção da região. Já foi dado um sinal claro, nós trouxemos para dentro dos órgãos sociais
associados de territórios como o Minho (e aqui aproveitando para trazer um produto como o Golfe de Ponte de Lima), assim como veio a Rota do Românico que é transversal ao território e afastado da Área Metropolitana do Porto como são os Vales do Sousa e do Tâmega e que, hoje, fazem parte também da nossa equipa. Um sinal muito claro de qual é a nossa estratégia que é aproveitar a grande marca Porto e o grande potencial que tem de atração esta marca, e a felicidade de a termos no Norte, mas também utilizá-la para servir como porta de entrada, permitindo depois distribuir a partir daí por todo o território. É impossível dissociar o Porto do Norte, quando se promove a região de Madrid, a palavra principal é Madrid ou Barcelona, por exemplo. Nós fazemos a ligação Porto e Norte, mas evidentemente o Porto é uma marca com reconhecimento internacional e nós temos que aproveitar esta vantagem, permitindo que através dessa porta que os turistas percorram todo o território que, em boa verdade, se percorre com facilidade à distância de duas horas chegamos a quase toda a região, isto para o mercado brasileiro, por exemplo, não é nada, as deslocações que eles fazem internamente são maiores. Temos que tirar proveito desta vantagem, desta marca, e conseguir dessa forma que todo o norte beneficie”. ▪
O aumento da próstata acontece em quase todos os homens, conforme o seu envelhecimento. À medida que a glândula cresce, esta pressiona a uretra e causa problemas ao fluxo urinário e também na musculatura da bexiga. O aumento da próstata é frequentemente chamado de hiperplasia benigna da próstata (HBP) ou hipertrofia benigna da próstata. Não é sinónimo de tumor maligno da próstata nem aumenta o seu risco. A causa exata do aumento da próstata ainda é desconhecida. Factores relacionados com o envelhecimento e alterações hormonais podem desempenhar um papel no crescimento desta glândula. O crescimento natural da próstata ocorre na maioria dos homens conforme o seu envelhecimento. Quando o crescimento é exagerado começa a ocorrer a obstrução à passagem da urina pela uretra. Os principais sintomas de hiperplasia da próstata incluem um jacto urinário fraco, dificuldade em urinar, necessidade frequente ou urgente de urinar, aumento da frequência de urinar à noite e não conseguir esvaziar completamente a bexiga. O diagnóstico passa pela realização de uma consulta médica, em que se recolhe uma história clínica completa e exame objectivo (toque rectal) para examinar a próstata. Os seguintes exames, no entanto, também podem ser realizados: Uro-Fluxometria; Ecografia prostática e vesical com avaliação do resíduo urinário; Exames de fluxo de pressão para medir a pressão na bexiga durante o fluxo urinário; Análises de sangue (PSA) e urina; Cistoscopia. A escolha do tratamento baseia-se na gravidade dos sintomas, na dimensão do impacto na vida diária e na presença de qualquer outra eventual doença. As opções de tratamento abrangem desde as mudanças no estilo de vida, à medicação e, se necessário, cirurgia. O Serviço de Urologia do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa disponibiliza a toda a população as técnicas cirúrgicas, minimamente invasivas, para o tratamento desta doença: Vaporização Anatómica da Próstata e Enucleação por LASER da próstata, no caso de glândulas mais pequenas; Prostatectomia Laparoscópica ( Millin), para glândulas mais volumosas. Estas técnicas caracterizam-se por terem um internamento curto, alta eficácia e baixo risco cirúrgico.
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Posto de Vigia Manuel Teixeira
Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)
COSTA GOVERNA AOS SOLAVANCOS 1 – A segunda vaga da pandemia chegou em força. E como aqui foi escrito em agosto passado, o Governo não tem perdão se a rede hospitalar entrar em rutura perante a necessidade de internamentos de infetados em massa. Ora, o crescimento galopante de doentes covid está a colocar os portugueses à beira de um ataque de nervos. Ninguém imagina o estado a que podemos chegar até ao final do ano, mas as perspetivas adiantadas pelos especialistas vão no por sentido. É público e notório que a população tem fortes dúvidas sobre a resposta do SNS. Abundam as ameaças de rutura nos hospitais públicos. E por isso, o Governo já anunciou que, se for necessário, recorrerá à rede hospitalar privada e social. Mas as contradições de discurso entre os atores políticos e os profissionais de saúde são gritantes e assustadoras. Entramos na fase do passa culpas, e a confusão é completa. Neste quadro, não tardará a instalar-se o pânico generalizado. 2 – Se o quadro da pandemia não confere o mínimo de tranquilidade e segurança aos cidadãos, a governação do país dá sérios sinais de verdadeiro desconchavo. Uma governação aos solavancos que não permite nenhuma tranquilidade. Depois de quatro anos de geringonça, o atual mandato de António Costa carateriza-se pelo esbracejar permanente, num ziguezaguear contínuo, onde ora apela aos partidos da esquerda para um novo acordo, ora profetiza uma crise política, agora dizendo que, haja o que houver, não abandona o barco. A verdade é que BE e PCP, sem se comprometerem, já conseguiram a proeza de forçar o Governo a apresentar um orçamento considerado o mais à esquerda das últimas décadas. E continuam a apresentar exigências que querem ver introduzidas na proposta governamental em sede de debate da especialidade. Ou seja, a fatura é cada vez mais pesada, e tudo indica que o Governo vai continuar a ceder. O próprio Primeiro-Ministro diz que ainda há caminho para percorrer. 3 – E assim chegamos a um país espartilhado onde quase metade dos cidadãos não paga um cêntimo de impostos sobre o rendimento, e a outra metade suporta integralmente a fatura do IRS. Um país onde metade dos cidadãos, uns mais afortunados que outros, não sofreram qualquer quebra de rendimentos com a pandemia (funcionários públicos e reformados), e outra metade regista brutais reduções nos seus salários, e não sabe até quando poderão sobreviver. Chegamos a uma situação onde milhares de empresas estão à beira da agonia, e o setor público absorve centenas de milhões de euros de ajudas e subsídios. Um país onde a máquina administrativa do estado continua maioritariamente em “teledescanso”, e o setor privado desespera sem esperança nem futuro, vivendo cada dia como uma aventura sem princípio nem fim. Em conclusão: depois de quatro anos de geringonçada, caminhamos para quatro anos de desconchavo e solavancos governativos.
Política
Câmara investe nas escolas do concelho Face à atual situação que Gondomar está a viver o executivo autárquico sentiu a necessidade de implementar medidas que visam facilitar o dia a dia das instituições de ensino. Foram realizados investimentos, contratações e doações de equipamentos em prol de um melhor funcionamento da comunidade escolar de Gondomar em contexto de pandemia.
Ao VivaCidade a vereadora da educação, Aurora Vieira, começa por contextualizar que foi necessário reforçar os Assistentes Operacionais das escolas do concelho. Numa primeira fase foram colocados mais de 100 operacionais em regime de Contrato Emprego-Inserção e numa segunda fase consistiu na abertura do concurso de mais 40 lugares no quadro de Assistentes Operacionais para a área da Educação. Desde o início do ano de 2020, este é o segundo reforço que o executivo camarário realiza a nível da área da educação “no que diz respeito aos funcionários, nós temos em todos os agrupamentos de Gondomar um valor entre, no mínimo 20% e no máximo de 40% de funcionários acima do rácio o que significa que há uma amplitude para a reafectação de funcionários face à falta dos mesmos” que irão auxiliar a colmatar as faltas e licenças dos funcionários. Aurora Vieira explica ainda que “no que diz respeito às substituições dos professores nós não temos nenhuma for-
ma, porque não é nossa responsabilidade, mas sim do Ministério da Educação”. Na mesma linha de ações implementadas para combater o COVID-19 nas escolas, o Município entregou esta semana materiais de desinfeção, foram entregues na passada segunda feira, dia 19 de outubro, cerca de 155 unidades de dispensadores de álcool gel de pedal e gel de carga/recarga. A partir de hoje, dia 22 de outubro, serão entregues tapetes de desinfeção aos jardins de infância. Para além disto, a autarquia anunciou a aquisição de material informático no valor de 300 mil euros para as escolas gondomarenses. A responsável pelo pelouro da educação em Gondomar, Aurora Vieira afirma que “a escola é um lugar seguro e os pais podem estar certos disso, dentro de todas as limitações que todos têm. Os diretores estão todos empenhados e as escolas estão muito empenhadas e muito preocupadas” com as regras implementadas da Direção Geral da Saúde-DGS. ▪
O "Tesouro escondido" de Gondomar, Valongo e Paredes Neste mês de outubro o Parque das Serras do Porto recebeu a visita da Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques e do Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins. O projeto do Parque das Serras do Porto é o culminar do trabalho dos três Municípios- Gondomar, Valongo e Paredes-que são abrangidos por este oásis natural. O encontro decorreu na Senhora do Salto, em Aguiar de Sousa, Paredes, e terminou na sede em Valongo com a visualização de um documentário sobre o Parque das Serras do Porto e com uma degustação com produtos tradicionais do local. Na perspetiva de Rita Marques todo o trabalho que tem sido desenvolvido, "trabalhado, nutrido e acarinhado" é muito importante e é um passo para que este seja um "ativo forte da região norte", dado que possuí uma "proximidade muito curta" de uma das cidades mais importante do país, o Porto e que pode se afirmar "enquanto um destino de turismo de natureza próximo a um centro urbano". A secretária de estado do turismo revela que "há seguramente" investimentos previstos para os territórios de forma a "identificar ativos que possam ser trabalhados, qualificados e requalificados" tornando-os polos atractores turísticos, "é
isso que gera riqueza". Quanto a Gondomar, Rita Marques constata que a possibilidade de criar uma entrada para as Serras do Porto em São Pedro da Cova "é uma iniciativa de felicitar" revelando ainda que este projeto "pode ser naturalmente financiado e acarinhado e pode ser aqui mais um projeto emblemático da região sem dúvida". No que concerne ao impacto ambiental que o local pode causar, Rita explica que é uma das maiores preocupações e prioridades do governo e que ainda neste mês será lançado um plano de sustentabilidade para o turismo. Em declarações, Luís Pedro Martins diz que o ano de 2020 foi um período em que os portugueses foram descobrir Portugal, "sendo que ainda há muito por descobrir, este território fica a 15 minutos do Porto e uma grande percentagem de pessoas não o conhece". Para o Presidente, o primeiro passo foi dado quando deu-se a união entre estes três municípios em prol da promoção do potencial território, o segundo passo foi dado quando "começaram a envolver a entidade regional que, hoje, traz aqui a Secretária de Estado do Turismo" para observar o po-
tencial desta região. Luís Pedro Martins reconhece ainda o território Gondomarense "pela sua proximidade a uma grande cidade como o Porto" o que desde logo é uma "grande vantagem" e a possível colocação de um porta de entrada em São Pedro da Cova seria "mais uma atração". O Presidente revela ainda que o sucesso deste projeto deve-se ao trabalho realizado em comunhão dos três concelhos. O responsável descreve o espaço como "um tesouro escondido que nós queremos ajudar a desvendar". Esta visita só comprova que “de facto o projeto Parque das Serras do Porto está a ganhar notoriedade e que está a crescer” não só no grande Porto, como também na região constata Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, “é um projeto futuro, que não vai dar frutos hoje, nem amanhã, mas sim num espaço de cinco ou dez anos”, o edil de Gondomar reconhece que o caminho está a ser bem trilhado para uma “associação de municípios que completou recentemente cinco anos. É um projeto sem dinheiro” que sobrevive “sobertudo do orçamento” dos Municípios abrangidos. ▪
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VIVACIDADE OUTUBRO 2020
Desporto
João Silva sagra-se campeão Nacional de Juniores empenho e dedicação para lutar por todos os meus objetivos”. A corrida de 88 quilómetros acabou por decidir-se com um ataque de longe, que deixou aquilo a que poderemos chamar pelotão a mais de dois minutos. Entre os atacantes esteve mais forte João Silva, que cortou a meta isolado, depois de pedalar durante 2h12m27s. Por último, o jovem deixa um agradecimento especial à sua equipa da bairrada por todo o apoio prestado durante estes dois anos que os representou. ▪
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Próximos Jogos: 25/10 Trofense vs Gondomar SC
O Presidente do Clube Orlando Sousa revela que a direção atual foi às finanças tomar conhecimento da atual situação do clube e lá constava que o clube tinha uma “dívida de aproximadamente de 40.000 euros, o Presidente cessante e atual da AD SPC, foi lá fazer um acordo de divida junto das finanças, e o sr. Carlos Rodrigues não pagou uma prestação e é evidente que isto começou quando eu recebo uma notificação da associação” e, atualmente a divida já ia na casa dos “75.000 euros e, eu e o Vítor Silva, fomos fazer uma reunião à Câmara perante o Marco Martins e a Sandra Almeida e, muito naturalmente, recebemos a resposta que a Câmara não estava aqui para pagar dívidas de clubes”, Orlando questiona o porquê de Carlos Rodrigues não ter pago a divida na época com a percentagem que era paga pela Câmara às Associações do concelho ou, “se fossem 10.000 ou 15.000, porque
é que não ficava com 10.000 e abatia com 5.000 para as dívidas, ao final destes anos todos já estaria paga” e acrescenta ainda o porquê de não ter falado com a Câmara sobre o assunto”. Os responsáveis pelo clube afirmam que, neste momento, a maior preocupação é os quatro atletas que estavam nas instalações a dormir, “colocamos o problema a Câmara e o Marco Martins disse que não sabia e que nós não podíamos colocar aqui os jogadores a dormir porque isto não era um hotel”, em resposta ao Presidente da Câmara, Orlando refere que os jogadores tem todas as condições e que não são o único clube que tem jogadores a dormir nas suas instalações. Orlando Silva explica que o clube tem investidores dispostos a pagar os 300 mil euros pelo estádio, no entanto a empresa Pires&Pires, atual proprietária, não cede às propostas nem dos investidores, nem da Câmara. O Clube entregou neste mês de outubro a chave do estádio. O Presidente acrescenta ainda “que o meu clube, que eu presido deve 0” às finanças. Contactado pelo VivaCidade, Carlos Rodrigues explica que “eu nunca recebi nenhum subsídio, porque estes eram penhorados por vários credores, só comecei a receber depois de criarmos um novo clube, mas já era tarde para pagar a divida. Eu quando tomei conta do clube não sabia do estado em que a "criança" se encontrava, tomei conta de um clube em que ia fechar as portas”. Carlos conta que enfrentaram muitas dificuldades e que todos tinham a plena noção das dívidas que o clube tinha, “nós quando tomamos conta da AD de São Pedro da cova, começamos a ficar preocupados. Quando recebemos a correspondência com dívidas por todo o lado” e acrescenta que ‘’tentamos ir às finanças fazer um acordo, só que não o conseguimos fazer. Havia um acordo anterior nas finanças que não cumpriram, não sei quem é que fez esse acordo, mas foram direções anteriores à minha, portanto foram essas pessoas que não
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Divisão Elite da Af Porto Série 1 JORNADA 1 P. 1 2 ... 18
Último jogo no estádio do Laranjal O estádio do Laranjal do clube de São Pedro da Cova foi vendido em hasta pública à empresa Pires&Pires, por 103 mil euros, como penhora das finanças. O problema levanta-se porque a empresa pediu a chave do estádio aos responsáveis. Para agravar a situação o clube tinha ilegalmente a dormir dentro do clube quatro jogadores que, agora, ficam sem teto. Os treinos da equipa de momento irão ser realizados no estádio de Valbom.
Equipa Leça ... Gondomar SC ...
cumpriram”, Carlos refere que a Câmara tinha conhecimento da situação e na época: “. Em relação à camara diziam que tinham muita pena do que se estava a passar, mas que não podiam fazer nada” Sobre o assunto, Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar constata que “a Câmara desde a primeira hora estivemos disponível para ajudar, o clube foi contraindo várias dividas ao longo dos anos, a Câmara chegou a atribuir subsídios para pagamento de algumas dividas que o clube tinha e o Clube nunca conseguiu resolver o problema, entretanto quando foi a venda na hasta pública tentamos comprar e chegamos até a colocar um processo contra as finanças, porque achamos que tinha interferência e acabamos por perder esse processo e já depois de ter sido comprado por uma empresa de Viana do Castelo, tentamos negociar com a empresa, mas a mesma exige mais dinheiro do que aquilo que pagou inicialmente e a Câ-
Equipa
Vila FC Gondomar SC B ... 18º SC Rio Tinto – 2 p
Pontos 11 10 ... 2
Próximos Jogos: 25/10 Oliveira Douro - Gondomar SC B Ermesinde – SC Rio Tinto
Divisão Elite AF Porto Série 2 JORNADA 1 P. 1 2 ... 8 ... 13 ...
Equipa Rebordosa AC S.Pedro da Cova ... UD Sousense ... Gens SC – 5 p ...
Pontos 13 12 ... 8 ... 5 ...
Próximos Jogos: 25/10 Aliados Lordelo - S.Pedro Cova
Freamunde - Sousense Gens - Lixa
mara não pode estar a pagar valores por um estádio que tinha sido o próprio município a construir e que deu ao clube, não vamos estar a pagar duas vezes a mesma coisa, ainda por cima quando o preço que nos pedem é exorbitante”. Contactada pelo VivaCidade, a empresa Pires&Pires escusou-se a prestar declarações. ▪ Foto: Bruno Oliveira
O ciclista Gondomarense João Silva sagrou-se campeão da prova de fundos para juniores do Campeonato Nacional de Estrada, em Castelo Branco. Para o atleta o cruzar da meta traduziu-se num sentimento de “orgulho” pelo que tinha acabado de alcançar que era um “grande objetivo com muito trabalho e sacrifício depois de no ano passado ter sido vice-campeão”. Quanto ao futuro o jovem revela que pretende continuar “a aprender e a melhorar como ciclista e um dia poder alcançar o sonho de me sagrar campeão do mundo, com isto, podem sempre esperar de mim o máximo
TABELAS CLASSIFICATIVA DE FUTEBOL Campeonato de Portugal Série C JORNADA 1
Jornal VivaCidade 22/10/2020 - Edital nº 6
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6.ª edição - Programa de Estágios Profissionais na Administração Local Torna-se público, nos termos do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 166/2014, de 6 de novembro, na sua redação atual, conjugado com o estabelecido no artigo 3.º da Portaria n.º 114/2019, de 15 de abril, que se encontra aberto, pelo prazo de 10 (dez) dias úteis a contar da data de publicitação do presente aviso na página eletrónica da LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, o procedimento de recrutamento e seleção de estagiários da 6.ª edição – 2.ª fase do Programa de Estágios Profissionais na Administração Local (PEPAL), para preenchimento de 2 vagas (licenciados). O aviso de abertura encontra-se publicado na sua versão integral na página eletrónica da LIPOR (www.lipor.pt) e na Direção-Geral das Autarquias Locais (www.portalautarquico.dgal.gov.pt) Aviso disponível a partir de 30 de outubro de 2020. Baguim do Monte, 19 de outubro de 2020 O Presidente do Conselho da Administração Aires Henrique do Couto Pereira PUB
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Empresas & Negócios
10 anos a educar e a ensinar de uma forma dinâmica Fundado há 10 anos a pedido dos Encarregados de Educação o Espaço Aventura Dinâmica é um centro de estudos que tem como foco principal o apoio ao estudo de crianças e jovens desde o primeiro ano até ao secundário e acompanhamento a alunos com mais de 23 anos. O espaço encontra-se localizado na Avenida da Conduta, 936, Rio Tinto. Estivemos à conversa com Delmira Queirós diretora do Centro de Estudos e Vítor Silva, Coordenador Pedagógico da Aventura Dinâmica que nos explicou todos os detalhes do espaço.
A Aventura Dinâmica distingue-se na diversidade de atividades educativas e tem como principal missão o reforço da aprendizagem para o sucesso escolar. No caso dos mais novos, Vítor Silva explica que “isto não é um centro de estudos que se limita a resolver os trabalhos que os meninos necessitam de fazer para levar no outro dia para a escola”, o intuito é fazer com que os alunos percebam o que “está errado”. Os professores do centro têm a preocupação de trabalhar a autonomia dos mais novos, “nós aqui reforça-
mos a aprendizagem e se for necessário explicamos o conteúdo” com este projeto a premissa é reforçar a responsabilidade dos mais novos. Cada menino possui um dossiê, onde os professores preparam um material de reforço adequado às dificuldades de cada criança. Os profissionais do Centro de Estudos são professores dos vários ciclos de ensino. Quanto aos alunos do Secundário o apoio recai a nível de explicações individuais e preparação para exames nacionais. A instituição possui ainda alunos com mais 23 anos “que nos procuram para a preparação para o exame de acesso ao ensino superior” e todas as áreas de exames nacionais possuem um professor especializado. Em relação a valores monetários o centro propõe vários packs que são ajustáveis em função da necessidade das pessoas. “Há um valor base, mas cada caso é um caso e nós tentamos adaptar soluções em função daquilo que os pais nos pedem”, por exemplo caso os pais necessitem de transporte para os seus educandos até ao Centro, o mesmo é possível, por um pequeno custo adicional, “regra geral não há limite de tempo imposto à frequência do Centro de Estudos. As crianças podem estar aqui nem que seja o dia todo.”. A Aventura Dinâmica possui ainda um pack especial económico que consiste num valor de 10 euros por cada aluno para explicações à hora em grupos de três e, no caso de requerer explicações individuais o valor pago à hora é de 20 euros “não constituímos grupos mais de três por uma questão de prestar a melhor qualidade de serviço” aos alunos. Apesar de o Centro de Estudos se localizar
> Delmira Queirós, Diretora do Centro de Estudos e Vítor Silva, Coordenador Pedagógico
em Rio Tinto o local fornece explicações a alunos de várias regiões do país e do concelho de Gondomar. Caso o interessado opte pelo ensino à distância o custo mantém-se. Paralelamente “tentamos envolver as crianças em projetos diferentes dentro e fora do concelho, que não tem custos adicionais para as famílias”. Um dos mais recentes, realizado em parceria com a Quercus, teve o intuito de sensibilizar os mais novos para a responsabilidade ambiental que constituiu na limpeza do rio Leça. “Outras atividades foram desenvolvidas, como visitas ao Planetário do Porto ou à Galeria da Biodiversidade, como for-
ma de proporcionar o contacto com outros contextos da realidade envolvente”. Por norma estas atividades não possuem custos, com exceção dos casos em que há bilheteiras “associadas a algumas circunstâncias e quando isso sucede, falamos com os pais e tratamos das devidas autorizações, mas regra geral estão incluídas no pack de atividades que oferecemos”. Neste momento a instituição possui 30 alunos, sendo que o mais novo tem 6 anos e o mais velho tem 17 anos, relativamente ao apoio ao estudo. Na componente de explicações o Aventura Dinâmica possui alunos desde os 15/16 anos até aos 45 anos. ▪
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Deco Joana Simões
Tem propinas em atraso numa instituição de ensino superior pública? Agora já pode aderir Mecanismo Extraordinário de Regularização de Dívidas. Foi atendendo a estas dificuldades vivenciadas por muitas famílias que viram os seus rendimentos reduzir drasticamente em tempos de
pandemia, que foi criado o mecanismo extraordinário de regularização de dívidas por não pagamento de propinas nas instituições de ensino superior públicas. Este mecanismo permite aos estudantes, que devido a dificuldades financeiras causadas pela pandemia possuam propinas em atraso, frequentar ou concluir o seu curso superior e ainda ter acesso a bolsa de estudo. Isto mediante um acordo voluntário entre as partes. Os estudantes que pretendam aceder a este mecanismo terão de realizar o pedido junto da Instituição de Ensino Superior que frequentam ou frequentarão, dependendo a concretização prática do mesmo de um acordo entre as partes.
A adesão a este mecanismo tem outras vantagens que importa sublinhar: - A existência de dívidas não prejudica a eventual atribuição de bolsa de estudo; - A manutenção do acesso a todos os atos administrativos que sejam necessários à frequência e conclusão do curso. A título de exemplo, o estudante que recorra a este mecanismo poderá realizar a matrícula/inscrição para o novo ano letivo, solicitar a emissão de diploma ou certidão de conclusão do curso e outros atos que sejam necessários. Quanto ao pagamento, as prestações devem ser iguais e mensais, sendo que o montante nunca poderá ser inferior a 10% do indexante de apoios sociais, que este ano é de 438,81 euros. O requerimento da regularização das propinas em dívida determina a suspensão dos
juros de mora que vençam após a apresentação do pedido. No caso do não pagamento sucessivo de três prestações (ou seis interpoladas), o estudante tem 30 dias para liquidar o valor em falta ou é determinado o incumprimento do plano de regularização, passando a exigir-se juros de mora. No caso de estudantes com carência económica comprovada. pode ser determinada a moratória do início do pagamento das prestações, até um período máximo de nove meses. Para mais informações contacte o Gabinete de Proteção Financeira da DECO Norte: 223 391 960 ou através do email deco. norte@deco.pt
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VIVACIDADE
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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal Joana Resende PS
Em 2018 falava em assuntos recorrentes. Daqueles que perduram no tempo e que, não obstante serem importantes para o nosso Concelho, são lutas difíceis, duras e lentas. Quando agrava com o facto de não depender apenas da iniciativa e vontade do Executivo, torna-se também desgastante. Para o Partido Socialista de Gondomar, que defende que todos os serviços básicos à vida, à vida em qualidade e salubridade, devem ser assegurados pelo
Valentina Sanchez PSD
Não era necessário um parecer do Tribunal de Contas, para imaginarmos o quão perigoso poderia ser a ação do governo socialista nas alterações ao regime jurídico da contratação pública. Tanto para as autarquias como para as empresas envolvidas. Pelo Tribunal de Contas: Aumenta as probabilidades de “conluio”, “distorção da concorrência”, “cartelização” e “corrupção na contratação pública”. Pelo Ordem dos Arquitetos: "É como comprar uma casa sem conhecer a
Maria Olinda Moura CDU
Já aqui falei sobre a luta encetada há quase duas décadas pelo povo de S. Pedro da Cova exigindo a remoção completa dos resíduos perigosos provenientes da siderurgia nacional e depositados naquela freguesia. Uma luta sempre acompanhada pela Junta de Freguesia que nunca desistiu de lutar pelo direito da sua população e da sua terra, encontrando sempre formas de não deixar
A herança das Águas Estado, a questão é inquietante. Movemos todos os esforços possíveis para a melhor resolução do problema, mas a verdade é que a capacidade de ação é diminuta, fruto do contrato celebrado em 2001, e que terminaria no próximo ano. Com a renegociação em 2009, ainda no anterior executivo, houve uma prolongação por mais 10 anos, terminando por isso apenas em 2031. Foi feita uma nova renegociação em 2014, já liderada pelo Presidente Marco Martins, com renegociação da taxa de rentabilidade da empresa, de 11,57% para 9,9%. Não é o ideal, nem o que o executivo esperaria, mas infelizmente foi a única medida possível.
a própria Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, a ERSAR, há vários anos que dá parecer negativo às propostas de tarifário desta empresa, alegando que as tarifas não reflectem os apoios a investimentos que ela obteve entretanto, e exigindo, até, que seja devolvido dinheiro cobrado a mais aos clientes, desde 2014, precisamente. Mas a luta do executivo é inglória, porque termina sempre na mesma solução: a reversão da concessão. Esta é a solução possível, mas que na prática não é exequível. Em 2014 (a 18 anos do fim do contrato, aquando a renegociação do contrato, a solução foi considerara e custaria à câmara 380 a 400 milhões de euros.
Há também questões legais nesta solução que poderiam custar à nossa Câmara processos jurídicos, e o investimento necessário implicava suspender grande parte dos restantes investimentos municipais. Não é por isso exequível, nem uma opção estratégica de crescimento e qualidade para o Concelho. Privatizar e concessionar um serviço como este nunca seria, como óbvio, uma solução sequer equacionada pela atual Câmara. Mas como outras heranças, é necessária uma gestão profunda e meticulosa, tentando procurar saídas reais e exequíveis, sem hipotecar o futuro do concelho.
Contratação Pública e Fundos Comunitários - A Ação do PSD nesta matéria planta". As associações de empresas de construção e obras públicas (AICCOPON e AECOPS) que supostamente seriam as que beneficiariam com estas medidas, apresentaram um parecer contrário sob pena das suas associadas acabarem responsabilizadas pelos erros e omissões nos concursos ou acusadas em processos crime. Mas o executivo de Costa, como um bom exemplo daquilo que é um executivo socialista, faz o que quer e decide por si só, e quando vieram as consequências, apontamos o dedo aos outros! Da mesma forma que o PSD fiscalizou a atividade do governo, impondo altera-
ções que travam o intuito controlador e despesista do atual governo, também estaremos atentos ao executivo socialista da Câmara Municipal de Gondomar nestas matérias. Recentemente, a comunicação social, relatou um caso que demonstra as fragilidades do atual executivo socialista na Câmara Municipal de Gondomar quanto à manutenção do que foi projetado e executado em mandatos anteriores e que, inclusivamente, é relativo a matérias, pretensamente "caras" a quem dirige os destinos da autarquia. Ambiente, senhores autarcas, não são apenas parques urbanos e ações de sen-
sibilização e Show Off ! Não é admissível, tal como relatado por esse órgão de comunicação social, que tendo como objetivo aumentar a eficiência energética das piscinas em Gondomar, este executivo, nos últimos anos, não tenha conseguido encontrar uma solução que mantenha em funcionamento um equipamento inovador. Com a consequência de ser decretada a devolução dos fundos por parte da câmara. Não faz sentido, nem pelo sentido de responsabilidade que um autarca deveria ter, nem pelo investimento que foi feito e que tanto nos faz falta!
Valoroso povo de S. Pedro da Cova cair no esquecimento este grave problema ambiental e de saúde pública. Uma luta que pela voz do povo chegou às instituições competentes contando desde a primeira hora com a intervenção do Partido Comunista Português e dos eleitos da CDU que, na Junta, na Assembleia Municipal, na Câmara Municipal de Gondomar, na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, trabalharam para a resolução desta situação. Uma luta que alcançou, finalmente, uma das vitórias que se exigia e que é preciso valorizar pela importância para a saúde pública do povo: o início da segunda fase da remoção dos resíduos.
Mas uma luta que tem de ir mais além exigindo-se, depois de removidos todos os resíduos, a requalificação de toda a área afectada, a compensação da população e o apuramento de todas as responsabilidades neste crime. Deve orgulhar-se o povo de S. Pedro da Cova e a sua Junta pelo grande significado desta vitória, não só para a freguesia, mas para todo o concelho de Gondomar e região. Deve orgulhar-se pelas vigílias, pelo envio de milhares de postais, pelo cordão humano, pelas audições conseguidas no Parlamento, na Agência Portuguesa do Ambiente e no Ministério do Ambien-
te, pelas pressões nas instituições, pela exigência em tribunal, por fazer chegar a sua voz até ao Parlamento Europeu. Valeu a pena! Mesmo quando nessa luta se ouvia o silêncio de alguns autarcas municipais esquecidos da defesa prometida ao povo e que agora, alcançada a vitória, aparecem ufanos a passearem-se pela obra construída por outros. Que saiba o povo separar o trigo do joio e muitas outras vitórias se alcançarão. A CDU reitera o seu compromisso com a população de continuar a lutar por uma freguesia livre de resíduos e com um novo espaço de fruição e lazer ao serviço de todos.
OUTUBRO 2020
VIVACIDADE
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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal PRECISAM-SE SOLUÇÕES NAO IDEIAS POLITÍCAS Estamos a ser contantemente bombardeados por informações, opniões e conjuturas de vários “entendidos e intelegentes” . Os problemas são REAIS, náo podemos estar sempre a achar que isto vai simplesmente passar, temos que nesta época de incertezas e dificuldades unir esforços e todos em comum encontrar as melhores soluções. Deixemo-nos de estar sempre a espera que algum “iluminado” tenha uma soluçao milagrosa, temos que olhar pelas empresas e pelas pessoas que nelas trabalham. Gondomar precisa de deixar de ser sempre o mau exemplo, nos casos de COVID, na falta de areas empresariais, na falta de Metro na
cidade de Gondomar, na falta de Ornamento no território Urbano, na falta de estratégia num Plano Municipal da Mobilidade, enfim somos um concelho com falta de pensamento no futuro, os nossos dirigentes actuais só se preocupam com os planos com efeitos imediatos. Queremos desenvolvimento? Façamos por isso. Queremos mais? Sejamos parte ativa da equação! Na Câmara fazem anúncios de soluções milagrosas – mas que, depois, nem são concretizadas. Na Assembleia Municipal, órgão no qual desempenho funções enquanto eleito, limitam-se a mandar calar toda a oposição, a negar
a discussão das questões que consideramos relevantes e, principalmente, passam um atestado de incapacidade decisória aos que discordam desta maioria governativa em Gondomar. Precisamos de lideres que olhem com vontade de vencer e que tenham a capacidade de inovar e criar condiçoes para que o futuro de Gondomar e de todos os Portugueses não seja mais hipotecado, Gondomar não pode continuar neste “”Marasmo” e sem INOVAÇÃO e FUTURO . O novo Parque Urbano de Gondomar é uma ideia muito interessante e com a qual, enquanto projeto, concordo plenamente, mas continuamos sem saber, “Como, Quando, e Se ”
REPRISTINAR FREGUESIAS Chegou-me aos ouvidos que o Primeiro Ministro António Costa terá enfatizado a necessidade de retomar a questão da reforma administrativa, levando ao parlamento uma proposta no sentido da recuperação de, pelo menos, seiscentas das freguesias extintas na reforma de há meia dúzia de anos atrás. Trata-se claramente de uma iniciativa sem sentido e manifestamente desenquadrada daquelas que devam ser as prioridades do País, num momento em que este mais sofre com as consequências desse malfadado vírus COVID 19. Conforme não é difícil perceber, a reforma acontecida caracterizou-se por ter sido um processo medíocre, que foi avançando ao sabor das reações, sem objetividade, sem
critérios técnicos adequados e sem a abrangência pretendida, pois deveria ter tido a coragem de reorganizar a realidade municipal, de há muito desfasada daquelas que são as necessidades dos portugueses, emergentes do contexto evolutivo da ocupação geográfica do país, no último século. A verdade é que a mingua de coragem política afastou a reforma do plano dos municípios, aí sim e talvez, a verdadeira razão de ser de uma séria e ingente abordagem renovadora territorial. Porque e designadamente, em especial no interior centro e sul do país, existem vários concelhos cuja população concelhia, na orla dos seis, sete, oito mil habitantes, se aproxima apenas da população de uma pequena/ média freguesia de um concelho no norte. Não que tal constatação implique em si qualquer censura para seus munícipes ou dirigentes, mas porque
e é necessário que ativem todos os mecanismos à sua disposição. No que à saúde diz respeito, não descurando a necessidade da contratação de mais pessoal a nível central, é necessária a rápida adaptação dos espaços das unidades locais de saúde para evitar tanto a sobrelotação dos espaços como agilizar as triagens de casos mais urgentes e replanear as consultas em atraso. O número de casos ativos no concelho de Gondomar é de facto alarmante. Na última semana a noticias davam conta de 500 casos ativos nesta região. As medidas acordadas entre a Câmara e a comissão municipal de Proteção Civil de Gondomar são importantes, mas não são suficientes. É necessário ainda rever a política de prevenção nas escolas públicas do conce-
Movimento Valentim Loureiro Coração de Ouro Alguns acusam os partidos de estarem afastados das ideologias e dos valores que faziam deles diferenciadores. Alguns acusam os partidos e os políticos de, na maioria das vezes, se preocuparem mais com o interesse particular e com caprichos mesquinhos e egoístas, em vez de se preocuparem com o bem comum. Enfim.... Pecisamos de Mudar de Paradigma......
Pedro Oliveira traz importantes implicações, nomeadamente na rentabilidade, na falta de escala do investimento publico consumado ou a realizar, nessas localidades. Mas, independentemente desta completa ausência da vertente municipal na reforma feita, o que é certo é que, com todas as críticas, não se deixou de fazer algo no referente às freguesias, não constando que tenham sido potenciadas situações de ingovernabilidade ou de insanável prejuízo para a qualidade de vida das populações unificadas. A experiência tem-nos mostrado que após algumas expectáveis e até aceitáveis, manifestações contrárias à extinção de algumas freguesias, o decurso do tempo tem amainado essas críticas e contribuído para a normalização da nova realidade criada. A real noção que fica, é que são cada vez mais residuais, as
A pandemia ainda não acabou Com a aproximação do inverno e das baixas temperaturas, mais utentes se deslocam para os serviços de saúde locais. A época das gripes aproxima-se, sendo que com a covid-19, a sobrecarga tanto do SNS como das suas sub-dependências locais será intensa. É clara a necessidade da adaptação e reorganização dos vários serviços locais de modo a proteger os seus cidadãos. As medidas sanitárias que se impõe em tempos de pandemia não devem fazer esquecer a consideração pelo bem-estar da população, de forma a que outras doenças não advenham da parca proteção contra o frio e a chuva. Os municípios têm uma clara responsabilidade como agentes de proteção da população
David Santos
CDS-PP
situações e as pessoas ainda ativas no reiterar desses protestos. Não entendo, portanto, o porquê do Senhor Primeiro Ministro repescar para a atualidade politica, assunto tão fraturante e de cariz tão inadvertido, pois tem por intuito anular parte importante dos já parcos resultados produzidos na última reforma administrativa produzida no governo de Pedro Passos Coelho. Esperemos então, que o bom-senso perdure e que, os efeitos da reforma ocorrida, faça o seu caminho, se sedimentando no desenho da organização administrativa do território.
Sara Azul lho, de modo a não criar focos de contágio entre os mais novos e as suas famílias. A câmara não pode hesitar em fechar escolas, se assim for necessário, caso não estejam asseguradas todas as condições de segurança para o normal decorrer do ano letivo. Rever uma possível testagem a alunos, professores e funcionários é fundamental para a segurança de todas as famílias do concelho. A educação da população quando às medidas sanitárias é fundamental bem como também o é o papel da autarquia na sua sensibilização. Tarda a distribuição de máscaras às famílias do concelho bem como a difusão da informação das medidas higiénicas a ter em conta. Não basta monitorizar a sua aplicação, é preciso
BE
uma participação ativa de todas as forças responsáveis. Por fim, é fundamental o alargamento da rede de transporte pública em Gondomar. Os transportes sobrelotados são uma realidade que só será ultrapassada com o alargamento das carreiras como o aumento de mais autocarros para evitar o ajuntamento de pessoas nos meios de transporte. A pandemia ainda não acabou e a prevenção será sempre o melhor aliado da população de Gondomar.
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